Nietzsche, o bufão dos deuses

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Ecce homo, o desconcertante texto autobiográfico de Friedrich Nietzsche, é uma das obras mais singulares da filosofia. Escrita de 15 de outubro de 1888, quando o autor acabava de completar 44 anos, até as vésperas de seu colapso, no início de janeiro de 1889, é nela que Nietzsche diz “a que veio”, como “se tornou quem ele é”. Mas é nela também que ele assume o papel de comentador de sua própria obra, percorrendo todos os seus livros anteriores. Com um tom virulento, carregado de humor e de desprezo, Ecce homo é tão fascinante quanto hermético. Daí a importância deste Nietzsche, o bufão dos deuses. Aqui, Maria Cristina Franco Ferraz lança luz sobre o contexto do surgimento da obra, incluindo as imbricadas relações de Nietzsche com sua família, editores, amigos e inimigos, a partir de uma pesquisa de fôlego sobre as cartas do filósofo. Com leveza, graça e acuidade extrema, o leitor se vê conduzido ao coração do pensamento desse desconstrutor de metafísicas. Trata-se, portanto, de uma leitura fundamental tanto para quem deseja desbravar a filosofia do martelo de Nietzsche pela primeira vez, quanto para quem já está habituado a suas pancadas.


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