Utopilândia: uma cidade mineira (mineradora)

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Utopilândia: uma cidade mineira (mineradora) Nadja Cristiane Lapann Botti

Um dia... Numa tarde boa em Utopilândiai, pequena cidade mineira muito distante do mar, chegavam numa Kombiii, na Maria Pé de Molequeiii para uns goles de caféiv, prosa e muita história contada, os amigos Hipopótamo George, Cachorro Zoca e Coelha Henriquetta. — O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo que não admite acompanhamento sólidov...— Disse Henriquetta. O convencido Zoca, antes de Henriquetta terminar a fala, acrescenta: — Mas café e pão de queijo nasceram um para o outro, sendo café coado na hora/adoçado a rapadura bem escuravi ... — Simmmmmmm. — Disse George com suas duas covinhas num lindo sorriso. Os amigos esperavam Gato Tote que chega trazendo na mochila seus savuhc-adraugvii e então se inicia mais uma rodada de café. — Estava no coreto com os Passarinhos Amadeusviii e eles contaram que depois do Mar de Lamaix cantam, noite e dia, para aliviar a dor. — Disse Tote. — Castor Cardozo e João-de-Barro trabalham, dia e noite, orientando, defendendo e aconselhando os utopilandeses atingidosx porque depois do Mar de Lama vemos intenso sofrimento. — Disse Coelha Henriquetta e com os olhos marejados conta para os amigos a poesia ilustrada de um dia, um rioxi. Cachorro Zoca com seu boné #mardelamanuncamais divide também sua preocupação:


— Ontem estava com o Grupamento 1º de Formigas Pelotudas, nossas amigas certas nas horas incertas, que estão por todos os lados na busca e socorro dos atingidos pelo Mar de Lama; e no final do dia encontrei Zebra Gil no fim do campo de centeio, ela estava na beirada olhando para baixo em direção ao fundo do precipício maluco. Entre suspiros e silêncios... Zoca olhando para os amigos George, Tote e Henriquetta, disse: — Somos apanhadores no campo de centeioxii. — E buscadores de estrelasxiii. — Acrescenta Hipopótamo George. Ser uma astronauta para ligar estrelas no céu. — Divaga Coelha Henriquetta em lembranças de sonhos de criança. Neste momento, Gato Tote, como excelente observador, explica: — Amigos, a palavra emoção vem do latim emovere que significa abalar, sacudir, deslocar. E emovere vem de movi que literalmente quer dizer pôr em movimento. Parece nossa Kombi. — Divaga Henriquetta. — As emoções, como o abre e fecha dos guarda-chuvas, dão cor, som, gosto e cheiro à vida! E não se enganem, eu não me engano, tem mais emoções no mundo do que meus 92 savuhc-adraug. — Acrescenta Tote. — Simmmmmmmmm. Toda emoção existe para dar movimento a vida! — Disse George com suas duas covinhas num lindo sorriso. E entre suspiros, silêncios e olhando para os amigos acrescenta: — Vamos conversar com Arara Nina na Escola Aipotuxiv.



Um outro dia... Em Utopilândia, pequena cidade mineira muito distante do mar, moravam cidadãos singulares. Arara Nina e Centopeia Wanderleia estavam no quiosque da Escola Aitopu desenhando sonhos e tomando café com pão de queijo e doce de maçã: — Como não corujar esse pomar de Macieiras Utópicasxv? — Pergunta Nina. — E agora teremos maçãs do amor em mais lugares de Utopilândia com o projeto O que canta e conta em todo canto? de João e Jean de Barro Rufus — Responde Wanderleia. E numa bela manhã Hipopótamo George, Cachorro Zoca, Coelha Henriquetta e Gato Tote chegam de Kombi a Escola Aipotu. Eles encontraram a Arara Nina, que com mil pulseiras e do alto do seu sapato de salto quadrado abraçou feliz os amigos, e a Centopeia Wanderleia, que com camiseta roxa #lutecomoumagarota saltitou de alegria com a visita dos amigos. Depois de uns goles de café, prosa e muitas histórias contadas George, com suas duas covinhas num lindo sorriso, entregou a história em quadrinhos Lamaxvi para a biblioteca e compartilhou com Nina e Wanderleia a preocupação deles com Zebra Gil. E os amigos, entre goles de café, continuaram a prosa: Henriquetta perguntou sobre a saúde mental na escola. Tote indagou se estavam precisando de guarda-chuvas. Zoca, tutor de curiosidade, disse que poderia ajudar com seu super drone a pousar onde o coração desejasse. Nina responde que esta muiiiiiiiito preocupada com a saúde mental na escola. — Dorvidaxvii? — Perguntou Henriquetta. Nina e Wanderleia balançaram afirmativamente a cabeça. — Não é um bicho de 7 cabeças! Vamos trabalhar! — Disse Zoca. — Hoje é dia do projeto Café com Queijo D’Empatia, projeto do Coletivo Frida: pés, para que te quero, se tenho asas para voar. Lembram? — Perguntou Wanderleia. — Sim. Será logo após o intervalo e poderíamos participar. O que acham? — Provoca Nina.


Todos alegremente concordaram, aprovaram e apoiaram participar do Café com Queijo D’Empatia. E os amigos, entre goles de café, prosa e histórias contadas, comemoravam. Quando toca o sinal Arara Nina, Gato Tote, Cachorro Zoca e Coelha Henriquetta vão para quadra de esportes esperar Rato Canastra, professor padrinho do projeto, e seus alunos. — Hoje é dia de sermos acordadores de sonhosxviii. E? Vamos fazer um ultra mega power passeio de balão. —Disse saltitante Centopeia Wanderleia jogando balas de maçãs da Oficina Sapiência - Saber com Saborxix do Rato Canastra. — Na volta do passeio cada um poderá escolher um dos guarda-chuvas para contar a emoção do passeio pelos ares de Utopilândia, mas caso esses não sejam suficientes, também podemos fazer quantos possíveis e impossíveis guarda-chuvas forem necessários. — Acrescenta Gato Tote. Com esse projeto vamos arrebentar a boca do balão. Comemorou Centopeia Wanderleia com mil saltinhos. Entraram animados no cesto do balão, os alunos Urso Luck, Esquilo Tick, Cobra Maloque, Cavalo Marinho Tyl, Macaca Kahlo, Zebra Gil, Camaleão Charles, Tartaruga Penha; na companhia de Nina, Wanderleia, George, Tote, Zoca, Henriquetta e Canastra. De pé, dentro do cesto, todos vibraram. As cordas que prendiam o balão foram liberadas e ao sabor dos ventos começou a flutuar pelos ares de Utopilândia. Foi uma animação danada! Foi uma aventura inesquecível! Ao fim do voo, o balão foi descendo bem devagar para uma aterrissagem segura no pátio da Escola Aipotu. E com os pés no chão e os guardachuvas, na mão e no coração, cada aluno se expressou: Urso Luck com o guarda-chuva da tristeza lembrou que gostava muito de estudar, adorava ir para escola, mas que hoje era tão difícil ir, era tão difícil sair do quarto. — Às vezes penso que se fosse um urso pilha seria uma pilha descarregada, sem energia para nada na vida. Na verdade, na vida acho que sou o último urso do universo e pior que sou o único urso de Utopilândia, então não sou nada... — Disse Luck. Esquilo Tick roendo as unhas e com o guarda-chuva da alegria contou que sempre fica muito preocupado, principalmente na sala de aula.


— Eu não consigo me controlar e quando não consigo fazer alguma coisa fico muito irritado. Eu preciso me destacar, eu preciso ter as maiores notas, eu já fui três vezes aluno destaque com a melhor média da escola... — Disse Tick. Pedindo o guarda-chuva da tristeza emprestado para Luck, Cobra Maloque fala tristemente que não tinha amigos na escola. — Meus colegas não gostam de brincar comigo porque tenho olhos vermelhos e manchas de queimado nos dedos... — Disse Maloque. Cavalo Marinho Tyl suspirou e abraçou Cobra Maloque. — Sou feliz e o mais brilhante de todos os mares, mas na escola não sou feliz e nem brilhante. Meus colegas também não entendem meu jeito de viver; não entendem que não quero jogar futebol, não entendem que gosto de escutar música e dançar... — Disse Tyl. Com olhos marejados Macaca Kahlo se escondeu dentro do guarda-chuva da raiva para contar que gosta de se expressar usando arte e que adora contar história com imaginação ultra mega power colorida. — Na escola todo dia um colega zoa de mim e quando entro no Instagram tem sempre trolagem nas minhas publicações... — Disse Kahlo. Tartaruga Penha não falou. Em silêncio colocou, dentro do guarda-chuva do medo, um bilhetinho: — Não gosto de falar de mim, não sou uma boa tartaruga, não gosto do meu tio Tartarugone, não gosto de carinhos, não gosto de segredos... — Escreve Penha. Com o guarda-chuva do amor Camaleão Charles contou que se sente como o YouTuber Charlote, Charlota, Charlateria mais conhecido como Charlinhos. Zebra Gil fez o desenho de um balão no fim do campo de centeio e colou no guarda-chuva da raiva. — Queria encontrar minha mãe do coração... — Disse Gil murmurando. Final de manhã tocou o sinal avisando que as aulas tinham acabado. Então Luck, Tick, Maloque, Tyl, Kahlo, Gil, Charles e Penha vão juntos embora para suas casas na Kombi.


Logo, no pátio da escola, ficaram Nina, Wanderleia, George, Tote, Zoca, Henriquetta e Canastra conversando como poderiam ajudar para valorização da vida e do viver na infância em Utopilândia. — Amanhã teremos o Café com Queijo D’Empatia com o passeio de balão com a turma do Crocodilo Dico, Porco Thyla, Minhoca Noca, Formiga Cacau e Pinguim Nico. — Disse saltitante Centopeia Wanderleia. Rato Canastra, com sua memória de elefante, lembrou nostálgico da rã de três olhosxx. — Era uma rãzinha que vivia num rio poluído. — Conta Rato Canastra acrescentando: — D+! Vamos conversar com mais moradores de Utopilândia e pedir ajuda para ajudar. — Simmmmmmmmm. E precisamos de muita ajuda porque várias crianças, depois do Mar de Lama, começaram com a Drª Pilulinha tomar medicamentos para comer, para parar de comer; para dormir, para acordar; para sorrir, para parar de chorar; para brincar, para parar de brinca; para estudar para, para, para ... — Disse Hipopótamo George. — Vamos marcar um encontro na Maria Pé de Moleque para um café, prosa e muita história contada? — Sugere Hipopótamo George. — Temos muita mobilização para ser e fazer. — Disse saltitante Wanderleia. — Vou mandar um Direct no Instagram para João e Jean de Barro Rufus, Tubarão Alfred e seu filho Camarão Tupã. — Acrescenta George. — Eu mando para Canguru Zilu e Aranha Penélope. — Disse Zoca. — Bravo! — Exclama Arara Nina. — Vamos convidar Papagaio Jurus, Abelha Juju e Baleia Lia. — Acrescenta Nina. — Fantástico! E não podemos esquecer de convidar Vagalume Zé Brilho. — Acrescenta Coelha Henriquetta.



Depois de um outro dia... Em Utopilândia, pequena cidade mineira muito distante do mar, num final de tarde de um belo dia encontraram na Maria Pé de Moleque para um café, prosa e muita história contada os utopilandenses nascidos, criados e/ou amados: Passarinhos Amadeus, Arara Nina, Centopeia Wanderleia, Hipopótamo George, Gato Tote, Cachorro Zoca, Coelha Henriquetta, Rato Canastra, João e Jean de Barro Rufus, Tubarão Alfred, Camarão Tupã, Canguru Zilu, Aranha Penélope e Vagalume Zé Brilho. — Dialogar sobre valorização da vida e do viver na infância é a melhor solução. Aprendemos com Estrela, a Bezerra que virou saudadesXXI, irmã da Bezerra Berenice. — Disse Henriquetta olhando para os amigos. — Bahhhhhh! Falar sobre valorização da vida e do viver é um trabalho como o nosso, definitivamente não dá para cada um fazer sozinho no seu canto pois já aprendemos a lição que uma andorinha sozinha não faz verão. — Dizem os Amadeus. Então Wanderleia descreveu o projeto Café com Queijo D’Empatia e Canastra narrou a reação de Urso Luck, Esquilo Tick, Cobra Maloque, Cavalo Marinho Tyl, Macaca Kahlo, Zebra Gil, Camaleão Charles e Tartaruga Penha depois do passeio de balão com os pés no chão e o guarda-chuva na mão. — Hummmm!! Somos todos fiandeiros do tecido social, portanto vamos continuar tecendo nossa rede de valorização da vida e do viver. — Argumenta Penélope. — Maravilha! Nosso desafio é tecer a rede de atenção com cuidado/apoio/proteção e detecção precoce de dorvida. — Acrescenta Zilu. Neste momento Alfred pergunta: Será que não teríamos que contratar uma consultoria de Intervenção Baseada em Evidênciaxxii? — Vale quanto lattes, vale quanto likes, vale quanto diz a Vale. Minha vida é baseada em evidência de café, prosa e afeto. — Resmunga Henriquetta para Alfred pensando sobre o paradigma da ciência. E levantando da cadeira, tomando um gole de café acrescenta:


— A vida é um direitoxxiii. A defesa da vida e do viver são imperativos dos nossos dias, não só em Utopilândia, mas no mundo. Vamos esperançar! A esperança se expressa na linguagem das utopias. E piscando para Zoca pergunta: — Para que serve um mapa do mundo que não inclua a utopiaxxiv? Entre suspiros e silêncios... — Se não fosse escutadora de dorvida seria uma fantástica guia de turismo espacial. — Disse Nina abraçando Henriquetta. Todos riem... — Não vamos desanimar, nenhum passo atrás! Passo a passo garantimos os Direitos Humanos. Um ano atrás só tínhamos em Utopilândia o projeto Café com Queijo D’Empatia do Coletivo Frida, mas hoje temos em cidades mineiras, como Divinolândia e Universilândia; e nos amanhãs iremos de Kombi para os lugares que encontrarmos sofrimento. — Disse Wanderleia. — Simmmmmmmmm. Somos utopilandenses apanhadores no campo de centeio, buscadores de estrelas e acordadores de sonhos. — Defende George. E nesta vibe de ativismo existencial, relacional e vivencial cada um começou a parir suas ideias: Rato Canastra lembrou que muitos pensam que criança não sofre e não tem depressão. — Quem sabe fazemos rodas de prosa com pais, responsáveis, professores, profissionais, líderes comunitários? — Pergunta Canastra. Gato Tote adorou a ideia acrescentando: — Posso ajudar a sensibilizar o mundo adulto com meu guarda-chuva cinza escuro de aço tocador de sofrência com emojis chorando. — Maravilha! Você pode ajudar os grandes ajudarem nos momentos de tristeza dos pequenos! E me ajudar a ajudar também. — Exclama Canguru Zilu.


Conta que numa visita a família Esquilói, o Esquilo Tick falou que estava muiiiiiiiito preocupado que acontecesse um terremoto destruindo Utopilândia, sua família, seus amigos, sua escola e tudo que gostava. — Mandei um Direct no Instagram para Formiga Cacau e impulsivamente comemos 111 brigadeiros. — Contou Esquilo Tick para Zilu. — Sei que vão me chamar de abelhudo, mas como ímpar condutor de drones podemos encontrar e inventar brinquedos e brincadeiras com ajuda da imaginação de Henriquetta e da emoção do Tote. — Disse Cachorro Zoca. — Que orgulho desse cachorrão! — Exclama Abelha Juju, sua madrinha — Fantástico! — Disse Henriquetta e argumenta suspirando para Zoca: — No brincar a criança revela sua realidade interior, seus sentimentos, simbolizando e elaborando sua dor. Aproveitando a discussão, Rato Canastra e Canguru Zilu lembram a todos que Formiga Cacau e Pinguim Nico continuam faltando muito as aulas e das vezes que foram não conseguem ficar de olhos abertos e acabam dormindo na sala. — São meus vizinhos. Eu e Jean construímos a casa deles com cheiro de capim-limão e canela. — Disse João de Barro Rufus. — E com jardim florido de girassóis e dentes de leão. — Acrescenta seu companheiro Jean de Barro Rufus. — Não vamos desanimar, nenhum passo atrás! — Defende Centopeia Wanderleia comentando que Formiga Cacau trabalha como embaladora de brigadeiros na empresa do Sr. Cavalo Vale Tudo. — Ah! Mas nós não vamos tirar o cavalo da chuva. — Disse emocionado João. — Pinguim Nico tem marcas no corpo de cortar gelo com o pai. A família Pinguimói não esquenta com nada e tem tradição secular de cortadores de gelo. — Acrescenta Canguru Zilu contando ainda que durante uma visita a família Malocói encontrou Cobra Maloque fazendo um desenho: — Que lindo seu desenho, Maloque. — Disse Zilu. E ela me respondeu: — Meus únicos e verdadeiros amigos, a Ovelha Caprina e o Pinguim Nico — Yeah! Porque somos todos iguais na diferença! — Exclama Tubarão Alfred.


— Maravilha! Foi a Caprina quem me ensinou a cuidar de feridas invisíveis e ela dizia: Aprendam! Não é porque não vemos corte ou sangue que não temos machucado para cuidar, muitas vezes cuidamos de feridas que são invisíveis. — Conta Zilu. — Fantástico! Mas vale lembrar que a cidadania é direito a ter direitosxxv. — Disse Coelha Henriquetta. — Como utopilandenses sabemos que temos direito à igualdade, direito à diferença e direito à diversidade. — Exclama Tubarão Alfred pedindo para seu filho falar da sua preocupação com Tyl. — Somos vizinhos do Cavalo Marinho Tyl que apesar de ter muitos irmãos, sente-se muito sozinho, por isso, passa o maior tempo possível bem longe do mar. Às vezes, ele vai lá em casa, principalmente quando está triste, com medo ou raiva e pede para contar histórias das diferenças. — Conta Camarão Tupã. — Também me preocupo com Tyl. Ele me manda mensagem e desenho dizendo: você e Tupã são os únicos que me entendem e tentam ajudar. — Compartilha Zilu. Arara Nina fala que o super fantástico ilustrador de livros, Sr. Macaco Estampanário, pai da Macaca Kahlo, procurou a escola pedindo ajuda porque tem dias que a filha chega da aula aos prantos dizendo que não aguenta mais ser rejeitada pelos amigos. Ele viu na bio do Instagram da filha: “Sou ultra mega power incompreendida pelo modo de enxergar a vida. Viver não vale a pena”. — D+! Vamos pedir ajuda para Vagalume Zé Brilho, quem sempre dá uma luz — Disse Rato Canastra e compartilha que um dia, ao passar pelo corredor da escola, viu Kahlo com muito interesse pelo cartaz: “Vagalume Zé Brilho - Pintor de Arco-íris, um ombro amigo para ouvir seus sentimentos sem qualquer julgamento”. Parei próximo dela e disse: — Hummmm. Interessante o Vagalume Zé Brilho. Estou pensando em combinar com Centopeia Wanderleia e Arara Nina para convidá-lo para conhecer nossa escola. O que acha da ideia Macaca Kahlo? Kahlo me olhou com olhos marejados mostrando uma publicação que tinha recebido na sua foto do Instagram: “hoje na aula ela tava com a macaca...”. — Legal Rato Canastra! — Respondeu Kahlo indo para sala de aula. — Fantástico! Ele é um escutador. — Disse suspirando Coelha Henriquetta.


Neste momento Zé Brilho deu um forte abraço em Henriquetta dizendo: — Estudamos juntos na Escola de Escutadores e aprendemos a valorizar a vida e o viver com escuta sensível da dorvida e seus desesperos murmurantes, suas dores que gritam, suas esperanças mudas e seus sonhos silenciosos ou silenciados. — Bacana! — Exclamam todos juntos. — Não vamos desanimar, nenhum passo atrás! Passo a passo garantimos os Direitos Humanos. — Argumenta Wanderleia. — Simmmmmmmmm. Somos utopilandenses apanhadores no campo de centeio, buscadores de estrelas e acordadores de sonhos. — Disse Hipopótamo George com suas duas covinhas num lindo sorriso. — Certíssimo amigo George! Sempre de bacon com a vida. — Disse Gato Tote compartilhando sua preocupação com Tartaruga Penha que tem pedido emprestado seu guarda-chuva do medo para dormir. Ela me contou que quando seu Tio Tartarugone chega perto fica em pânico, chora à toa e à noite faz xixi na cama. Então contei para ela a estória do Lobo em pele de cordeiro e ao final ela me pediu o guarda-chuva da raiva e o da tristeza porque suas notas estavam cada dia mais horríveis e que não era mais uma boa aluna. Rato Canastra e Canguru Zilu lembram que Tartaruga Penha também tem faltado muitas aulas por causa de dor de cabeça. — Somos amigos de Dona Tamar, mãe da Tartaruga Penha, e para casa não cair, fomos arrumar o telhado da família Tartarugói. E no fim de um dia, Penha entregou de presente para nós, um desenho da mão boa e da mão boba. — Contam João e Jean de Barro Rufus. — Simmmmmmmmm. Penha num dia na aula de português escreveu um bilhete: um dia como escritora, quando for ultra mega power corajosa, vou contar a história da mão boa e da mão boba. — Acrescenta Centopeia Wanderleia. — Precisamos mais um bule de café. — Disse suspirando fundo Henriquetta.


— Simmmmmmmmm. — Disse Hipopótamo George dando um forte abraço na Coelha Henriquetta. E com um lindo sorriso e suas duas covinhas lembra a todos: Somos utopilandenses apanhadores no campo de centeio, buscadores de estrelas e acordadores de sonhos. E entre goles de café leem a bio do Intagram da Zebra Gil: “Sou Zebra Gil. “Zebra sem listra é cavalo”. Nunca devia ter nascido. Era muito bom para ser verdade! Um ano e 10 dias depois: #cidademineiramineradora #morte da bezerra”. Coelha Henriquetta compartilha que Zebra Gil, Crocodilo Dico, Porco Thyla e Minhoca Noca moraram um tempo no abrigo de Utopilândia. Lembro que Zebra Gil escrevia nos seus desenhos que não devia ter nascido e que nunca tinha entendido, porque quando ainda era uma zebrinha, seu pai disse para sua mãe: “Zebra sem listra é cavalo”. Ela chorava ao contar que Crocodilo Dico ficava triste quando na escola falavam que ele tinha “lágrimas de crocodilo”, que Porco Thyla queria sumir quando escutava que ele tinha “espírito de porco” e que Minhoca Noca se cortava quando zoavam que ela “tinha minhocas na cabeça”. O dia super feliz de Zebra Gil foi quando Bezerra Berenice disse: sou sua mãe do coração. — Recorda Henriquetta emocionada. Nesse momento fez um silêncio na Maria Pé de Moleque. — Certíssimo amigos! Lembramos hoje e lembraremos nos amanhãs das flores que não brotam, dos pássaros que não cantam, dos peixes que não nadam e da morte da Bezerra. — Disse Tote contando que Zebra Gil num dia pediu seu guarda-chuva da raiva emprestado para ir à escola e argumentou: — Gato Tote, ontem quando cheguei no banheiro estava escrito com lápis de cera: “Gil: Eu não quero saber quem pintou a Zebra, eu quero é o resto da tinta ... kkkkk”. — Simmmmmmmmm. — Disse George dando um forte abraço em Tote. E com um lindo sorriso e suas duas covinhas lembra a todos: Somos utopilandenses apanhadores no campo de centeio, buscadores de estrelas e acordadores de sonhos. Então, Papagaio Jurus, Abelha Juju e Baleia Lia cantando coração civilxxvi e quebrando o silêncio chegaram de Kombi. — Certíssimo amigos! Quem canta seus males espanta. — Disse Gato Tote. Papagaio Jurus, depois de bicar todos, conta comemorando:


— Nossos vídeos estão fazendo megassucesso na internet. Aqui não tem essa história de papagaio come milho, periquito leva a fama. Vamos comemorar! E todos brindam com um gole de café. — Vamos começar uma nova pauta do Programa Fato ou Fake e precisamos de ajuda amiga Henriquetta. — Acrescenta Jurus. Abelha Juju, hiper comunicativa, depois de dar um beijo no seu afilhado Cachorro Zoca, apresenta a Baleia Lia aos amigos. — Lia tem uma power fan page de Desafios do Bem. Ela é prima da Baleia Rosaxxvii. — Disse Juju. — Simmmmmmmmm. Somos utopilandenses apanhadores no campo de centeio, buscadores de estrelas e acordadores de sonhos. — Disse George com suas duas covinhas num lindo sorriso. E entre goles de café, prosa e histórias Aranha Penélope contou aos recém-chegados o que tinham conversado até o momento na Maria Pé de Moleque... — Podemos ajudar muiiiiiiiito. Bacana demais! Tudo certo. — Disse Juju piscando para Jurus. — Vejam! Jurus é um power Instagrammer e podemos produzir conteúdo de valorização da vida e do viver. Perfeito para nossa pauta do Programa Fato ou Fake, não é Lia? — Pergunta Juju. Antes de Baleia Lia responder Abelha Juju começa a contar como poderiam ser os vídeos de valorização da vida e do viver e como poderiam fazer os ... — Fecha a matraca Abelha! — Disse gargalhando Papagaio Jurus. E todos riem... — Ahhhhhhh! Juju é uma abelha que tem alma de maritaca. — Acrescenta Jurus e continua contando que a rede social é uma potente e bacana estratégia para engajamento de uma causa: — Temos recebido muitas notícias, mas antes de compartilhar sempre verificamos se não são fake, pois na vida nem tudo vale quanto likes. — Fantástico! Mais um ativista existencial conosco. — Disse suspirando Henriquetta.


— Então poderíamos ajudar Camaleão Charles? — Pergunta Tubarão Alfred. — Estamos preocupados porque nos últimos tempos alguns estão com medo de vir à escola. — Compartilham Alfred, João e Jean. — E com medo de assistirem vídeos nas mídias sociais. — Acrescentam Tupã, Nina e Canastra. — Precisamos também da sua ajuda Baleia Lia. — Disse Tubarão Alfred. Então Lia, calma e serena, tranquilamente olhando para os amigos Juju e Jurus conta: — Adoro tocar flauta porque seu sopro encanta o bem, o bem-quer e o bem-dizer abrindo possibilidade para sermos bem-amado, bem-vindo e bem-visto. Penso que na pauta do Programa Fato ou Fake podemos incluir o projeto: o bem encantado. O que acham? — Bravo! — Exclama Nina. — Fantástico! — Lia toca flauta e Lili canta o mundoXXViII. Divaga Coelha Henriquetta em lembranças de poemas musicados. — Simmmmmm. Somos utopilandenses apanhadores no campo de centeio, buscadores de estrelas e acordadores de sonhos. — Disse incansavelmente Hipopótamo George com suas duas covinhas num lindo sorriso. — Hummmm!! — Disse Penélope. — Não vamos desanimar, nenhum passo atrás! E qual será nosso próximo passo para defesa dos Direitos Humanos? — Pergunta Centopeia Wanderleia. Henriquetta e Nina contam que em Universilândia, cidade próxima a Utopilândia, tem criaturas fantásticas com expertise em cuidado inovador, criativo e imaginativo. — São criaturas fantásticas com potentes pés alados, mãos de fada e olhos que falam. — Descrevem Coelha Henriquetta e Arara Nina. Logo, Aranha Penélope conclui: — Hummmm!! Então tecendo as ideias temos em Utopilândia:


A potência comunitária

das múltiplas configurações familiares com lares esperançosos e solidários de

João e Jean de Barro Rufus, Tubarão Alfred e Camarão Tupã; dos projetos coletivos, multiníveis e intersetoriais com o café com queijo d’empatia do Coletivo Frida, macieiras utópicas, oficina sapiência - saber com sabor, programa fato ou fake e o bem encantado; dos projetos de proteção em contextos de vulnerabilidade com socorro do Grupamento Formigas Pelotudas e com esclarecimento, orientação e defesa jurídica do Castor Cardozo; dos projetos solidários e gratuitos de apoio emocional com Vagalume Zé Brilho e demais voluntários do CVV e de solidariedade social com Hipopótamo George; dos encontros pulsantes de afetos e sincronicidade de valorização do viver e conviver; da rede social virtual com produção de conteúdo protetivo e preventivo de Baleia Lia, Papagaio Jurus e Abelha Juju no trabalho de valorização da vida e do viver inspirado em A flauta mágica de Mozart, principalmente do personagem Papageno; do cultivo de esperança com vidas, girassóis e dentes de leão; da crítica ao modelo econômico capitalista e da crítica a medicalização da infância na família, educação e saúde.

A potência dos serviços públicos

com o trabalho multiprofissional dos Passarinhos Amadeus que

quebram essa de cada um no seu canto para em equipe dar conta do que conta; da rede de educação em escolas inspiradas em Paulo Freire com Arara Nina, Rato Canastra e Criaturas fantásticas e maravilhosas; da rede socioassistencial com Centopeia Wanderleia e Cachorro Zoca, especialista em posar com seus drones onde o coração desejar; da rede de saúde com Canguru Zilu na atenção básica e Ovelha Caprina na atenção hospitalar; da rede de atenção psicossocial com Coelha Henriquetta, especialista na escuta de dorvida, e Gato Tote, expert em guarda-chuvas emocionários e da articulação de redes com Aranha Penélope. — Hummmm! — Bravo! — Fantástico! — D+!



Um dia depois de outro dia...



Notas I.Cidades mineiras mineradoras que efetivamente adotam o Marco de Sendai para a Redução de Riscos de Desastres 2015-2030 (UNISDR, 2015). II.“Viver é comover-se” portanto viver é mover-se com o outro (MANEN, 1998 apud BOFF, 1999), é comover-se com outro participando da sua existência, deixando-se tocar pela sua história de vida, não pelas sensações que produz, mas por amor, pelo apreço de sua diferença e pela valorização de sua vida e luta (BOFF, 1999). Deste modo, primeiramente comovido com o sofrimento do outro, todos em Utopilândia com compromisso afetivo, da comoção, e ético, do vínculo, movem-se, com a Kombi amarela, para e pela valorização do viver. A Kombi é movida pelo amor de Dante Alignieri, o amor “que move o sol e as outras estrelas” descrito no último verso da Divina Comédia (ALIGHIERI, 1989). III.Espaço de afetos, sincronicidade e encontros pulsantes de valorização do viver e conviver. IV.Mário Quintana e Carlos Drummond de Andradre imortalizaram em palavras a magia do café e a importância do tempo, do encontro, do tempo do encontro e do encontro com tempo. V.Mário Quintana, no poema Restaurante, revela que o café é uma coisa especial porque não se pode tomar sozinho (QUINTANA, 1983). VI.Carlos Drummond de Andradre, no poema O visitante inábil, aponta o inestimável prazer de beber e fazer o café são exaltados (ANDRADE, 1988). VII.Emocionário é um livro com ilustrações inspiradoras para explicar de forma simples e delicada 42 emoções que pode ajudar as crianças no reconhecimento e expressão de suas emoções (PEREIRA; VALCARCEL, 2018). E como as emoções podem virar “o mundo de cabeça pra baixo” também os guarda-chuvas do Gato Tote tem a palavra escrita ao contrário, por isso savuhc-adraug. VIII.Equipe multiprofissional que ajuda com o canto a aliviar as dores (física, emocional e social) de todos atingidos pelo Mar de Lama. Eles se reúnem diariamente no coreto da Praça de Utopliândia para discutirem o processo de trabalho. No final do dia começam a ensaiar a música Um Canto Pra Brumadinho, do Renato Goetten, para apresentarem na Festa do Dia das Crianças. IX.Desastres da Samarco, com o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em 5 de novembro de 2015; e desastre da Vale, com o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 25 de janeiro de 2019. X.Livro infantil no qual joão-de-barro narra os dois mares de lama que atingiram cidades mineiras após o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, e da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, destruindo vidas e sonhos (REIS, 2019). XI.Livro infantil que narra uma história triste, rica em metáforas e com delicadas ilustrações. O livro narra como triste moda de viola, de maneira doce e amargurada, o lamento e o grito de socorro tardio de um rio indefeso que não teve como reagir ao ser invadido pela lama da mineração que destruiu suas águas e vidas que abrigava. A narrativa e as imagens, com sensibilidade, emoção e de modo categórico, são um convite a imaginar e refletir sobre o desastre da Samarco, em 2015, que abalou a Bacia do Rio Doce (CUNHA, 2016). XII.O Apanhador no Campo de Centeio, de Jerome David Salinger, é um clássico da literatura americana, lançado em 1951. O livro tem como protagonista Holden Caulfield, um adolescente de 16 anos, que diante dos apelos insistentes da irmã mais nova para que ele revele qual é a sua verdadeira vocação, ele responde: "Fico imaginando uma porção de garotinhos brincando de alguma coisa num baita campo de centeio. Milhares de garotinhos e ninguém por perto - quer dizer, ninguém grande - a não ser eu. E eu fico na beirada de um precipício maluco. Sabe o que que eu tenho de fazer? Tenho que agarrar todo mundo que vai cair no abismo. Quer dizer, se um deles começar a correr sem olhar onde está indo, eu tenho que aparecer de algum canto e agarrar o garoto. Só isso que eu ia fazer o dia todo. Ia ser só o apanhador no campo de centeio. Sei que é maluquice, mas é a única coisa que eu queria fazer" (SALINGER, 1999). XIII.Mário Quintana no poema "Das utopias", do livro Espelho Mágico, mostra a importância do sonhar: “se as coisas são inatingíveis...ora!/ Não é motivo para não querê-las.../ Que tristes os caminhos, se não fora/ A mágica presença das estrelas” (QUINTANA, 2005). XIV.A “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo” (FREIRE, 1987), portanto o conhecimento pode mudar as coisas de lugar. Assim em homenagem a Paulo Freire, em Utopilândia, as escolas, como espaços fora do lugar comum, também seu nome composto em outra ordem (Aitopu = Utopia). XV.Maçã do amor é a fruta da típica árvore de Utopilândia - a Macieira Utópica. Além de um paladar extremamente saboroso também é detentora de alto valor nutritivo, tanto para o coração como para os sonhos.


XVI.Lama é uma história em quadrinhos que mescla ecologia e horror, despertada através de diferentes estímulos; pela representação histórica, pelo uso do folclore nacional e pelo simbolismo presente (RAMOS; BARTHOLO, 2018). XVII.O termo psychache, um neologismo cunhado por Shneidman que assinala a dor psicológica de caráter insuportável, interminável e inescapável; envolvida no comportamento suicida. Desse modo, a dor psicológica - psychache – atua como núcleo central do suicídio e assim, o comportamento suicida significaria uma resposta exclusivamente humana à essa dor extrema como solução diante de problemas dolorosos e urgentes da vida (SHNEIDMAN, 1993). Nessa perspectiva, Farberow alerta que uma tentativa de suicídio, geralmente, é um pedido de ajuda, um grito por socorro, um modo não-verbal de alguém desesperado frente os reveses da vida (FARBEROW, 1997). XVIII.Segundo Aristóteles, filósofo antigo, a esperança é o sonho do homem acordado. XIX.O discurso “está cansado, exausto de tanto produzir sentido” assim de “nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível" (BARTHES, 2007) um convite à sapientia no qual o importante não seria instituir um saber, mas um certo jeito de viver o saber. XX.A narrativa do livro infantil mostra a importância de se mobilizar em grupo e tem como personagem principal uma rãzinha que vivia num rio poluído e conforme ela crescia começou a descobrir porque a situação do rio estava daquele jeito e tentou mudar, mas percebeu que sozinha não conseguiria (DIOS, 2018). XXI.Livro infantil que fala da morte, luto e prevenção ao suicídio. Narra a história de Estrela, a Bezerra que virou saudades E ela vira saudades e no final do livro tem uma parte para a criança interagir (ANDRADE, 2018). XXII.A ideologia da prática "baseada em evidências" é produto derivado da aplicação tendenciosa e economicamente orientada do discurso da ciência e da tecnologia RODRIGUEZ, 2013). XXIII.Os Direitos Humanos, a Constituição Federal e as Leis do Estado laico devem garantir a defesa da vida para que todos possam ter seus direitos garantidos para viver e ajudar a viver. XXIV.Com Oscar Wilde encontramos que ”Um mapa do mundo que não inclua a utopia não é digno de ser olhado, pois ignora o único território em que a humanidade sempre atraca, partindo em seguida, para uma terra ainda melhor” (WILDE. 2009). XXV.Direito a ter direitos baseia-se no acesso pleno à ordem jurídica que somente a cidadania oferece (ARENDT, 1989). XXVI.Composição de Fernando Brant e Milton Nascimento do álbum Caçador de Mim lançado pela gravadora Ariola, em 1981. XXVII.Livro interativo que reúne 50 desafios lúdicos e práticos - como caça-palavras, listas e frases – para trabalhar questões como autoestima, alegria de viver e sentimento de pertencimento (HOPPE, A.P.V.; TILTSCHER, 2017). XXVIII.Poemas de Mario Quintana musicados por Irene Bertachini e Cristiane Gouveia (2017).


Referências ALIGHIERI, D. A divina comédia. Tradução de Cristiano Martins. 2 v. 5. ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia, 1989. ANDRADE, C.D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988. ANDRADE, E.L. Estrela: a bezerra que virou saudades. Ilustração de Ideraldo Simões. Carmópolis: [s.n.], 2018. ARENDT, H. Origens do totalitarismo – antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. BOFF, L. Saber cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 1999. CUNHA, L. Um dia, um rio. Ilustrado por André Neves. São Paulo: Editora Pulo do Gato, 2016. DIOS, O. Rã de três olhos. Tradução de Thaisa Burani. São Paulo: Editora Boitatá, 2018. FARBEROW, N. The psychology of suicide: Past and Present. In: Botsis, A.J.; Constantin, R.S.; Costas, N.S. (ed). Suicide biopsychosocial approaches. Amsterdam: Elsevier, 1997, p.147-163. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. HOPPE, A.P.V.; TILTSCHER, R.S. Baleia Rosa - Você está espalhando o bem? São Paulo: Buzz editora, 2017. PEREIRA, C.N.; VALCARCEL, R. Emocionario: diga o que você sente. Tradução de Rafaella Lemos. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2018. QUINTANA, M. A vaca e o hipogrifo. 4. ed. Porto Alegre: L&PM, 1983. QUINTANA, M. Espelho mágico. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2005. RAMOS, R.; BARTHOLO, M. Lama. São Paulo: Editora Carniça Quadrinhos, 2018. REIS, G. O João-de-Barro e o mar de lama. Ilustração de Quinho Ravelli. 2. ed. Belo Horizonte: Páginas Editoras, 2019. RODRIGUEZ, L. Uma resposta com base em evidências. Stylus, Rio de Janeiro, n.26, p.67-72, jun. 2013. SALINGER, J.D. O apanhador no campo de centeio. 14. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1999. SHNEIDMAN, E. Suicide as psychache. The Journal of nervous and mental disease, v.181, p.145-147, 1993. UNITED NATIONS OFFICE FOR DISASTER RISK REDUCTION. Marco de Sendai para la reducción del riesgo de desastres 2015-2030. 2015. Genebra: UNISDR, 2015. Disponível em: https://www.unisdr.org/files/43291_spanishsendaiframeworkfordisasterri.pdf Acesso em: 28 mar. 2019. WILDE, O. A alma do homem sob o socialismo. Tradução de Heitor Ferreira da Costa. Porto Alegre: L&PM, 2009.



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