Almeida Garrett - o portuense e o Ateneu Comercial

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ATENEU COMERCIAL DO PORTO

Almeida Garrett o portuense e

o Ateneu Comercial

○ nos 170 anos da sua morte ○

Organização, pesquisa e textos: Francisco Correia

Maquetização e montagem: Fernando Rola

Vídeo: Fernando Rola e Paulo Gonçalves

J

oão Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, Visconde de Almeida Garrett, nasceu no Porto, no dia 4 de Fevereiro de 1799, e morreu em Lisboa, a 9 de Dezembro de 1854.

Como romancista, poeta, dramaturgo, foi uma das maiores figuras do romantismo português. Grande impulsionador do teatro em Portugal, a quem se devem as propostas para a edificação do Teatro Nacional, depois designado de D. Maria II, e do Conservatório Geral de Arte Dramática.

Como político, foi apoiante da revolução liberal de 1820, tendo lutado ao lado das forças liberais de D. Pedro IV, contra os absolutistas, chefiados por D. Miguel. Exilado por duas vezes: a primeira, em 1823, e até ao ano de 1826 – após o movimento conhecido por Vila-Francada, que colocou no poder o rei absolutista D. Miguel –, tendo estado em Inglaterra e França; a segunda, em 1828, após nova tomada de posse do país pelo rei absolutista, D. Miguel, tendo-se deslocado para Inglaterra. O seu regresso definitivo do exilio verificou-se no ano 1832, tendo sido um dos chamados Bravos do Mindelo que participaram na operação militar conhecida por Desembarque do Mindelo, juntamente com nomes como Alexandre Herculano e Joaquim de António Aguiar; participou, igualmente, no chamado Cerco do Porto, pelas forças liberais, que se prolongou até ao ano de 1833.

Nos anos posteriores, Almeida Garrett iria exercer diversos cargos políticos e, como deputado, foi um dos seus mais fluentes oradores.

A sua maior envolvência na vida política do Reino acontece com o Setembrismo, movimento que contava, entre os seus aderentes mais influentes, com o seu grande amigo e correligionário de pensamento, Manuel da Silva Passos. Passos Manuel, como era mais

conhecido, começaria por chefiar, neste período designado de Setembrismo, entre 1836 e 1837, o poderoso Ministério do Reino, tendo, igualmente, ocupado as pastas da Fazenda e da Justiça.

Os decretos de fundação do Teatro Nacional de Lisboa, actual Teatro Nacional D. Maria, e do Conservatório Geral de Arte Dramática, promulgados por Passos Manuel, à frente do Ministério do Reino, foram o resultado de um trabalho elaborado por Almeida Garrett, a convite do governante e amigo.

Amizade que continuou e, mais tarde, em 1843, foi pretexto para a visita que Almeida Garrett fez a Passos Manuel, na sua residência, em Santarém, visita de que iria resultar o seu mais famoso romance, As Viagens na Nossa Terra, publicado em 1846.

A relação entre o Porto e Almeida Garrett não foi a mais amistosa nos tempos de juventude do poeta. A razão, certamente, prende-se com um poema que Almeida Garrett redigiu quando tinha 20 anos de idade e era, na altura, estudante em Coimbra – trata-se do poema “As Férias”, datado de 1819, publicado no seu livro “Lyrica de João Minimo” (1ª edição, Londres: Sustenance e Stretch, 1829, p. 38).

O poema, em forma de epístola a um amigo, inicia-se assim:

“E em que pensas, amigo, que se ocupa N’este grande aldeão que chamam Porto, O teu G … amigo? – Come e ronca, Come, e torna a dormir. (…)”

E prossegue Almeida Garrett as suas férias, no Porto, e só para o final do poema se percebe a razão deste desânimo:

“Oh! Quando te heide eu ver, pátria querida, limpa de Ingleses, safa de conventos, E varridas tuas ruas da immundicie de fidalguesco lixo!” (Idem, p.40).

Era o ardor liberal que fervilhava em sangue jovem, cansado da presença inglesa que, desde as invasões francesas (estas últimas,

motivo da ida da sua família para a cidade de Angra do Heroísmo, nos Açores), se sentia na cidade do Porto, e do domínio da Igreja e da fidalguia na sociedade portuense.

Na nota final, a página 185, o autor explica-se:

“Isto são versos de um senhor estudante zangado por se não divertir nas férias quanto desejava, e que se despica em chufas sensaboronas à mais bella e mais benemérita e mais nobre de todas as cidades portuguesas. O editor d’esta Lyrica – que se honra muito de ser portuense – conservou por isso mesmo esta peça na collecção. Estamos mais altos que nenhum Portuguez, e não devemos desconfiar com similhantes gracejos: se na nossa cidade há muito quem troque o b por v, há muito pouco quem troque a honra pela infâmia, e a liberdade pela servidão.

O Autor fez, todavia, justiça à mocidade portuense, que por seus independentes princípios e liberal educação, é em verdade a mais segura esperança de nossa triste pátria.” (Idem, p. 185-186).

Aquele termo “aldeão”, quando se refere à cidade do Porto, irá causar-lhe alguns dissabores, o primeiro dos quais é o de nunca ter sido eleito deputado pelo Porto, mas sim por Braga, Angra do Heroísmo, entre outros círculos. E esse lamento transmite-o ao seu amigo, também escritor e do Porto, José Gomes Monteiro, em carta de 17 de Junho de 1836 (Amorim, Francisco Gomes. Garrett – Memória Biographica, T. II, Lisboa: Impr. Nacional, 1884, p. 201-202).

Da parte de Almeida Garrett, a admiração pela sua cidade natal esteve bem patente em diversas ocasiões. Por exemplo, na dedicatória que, um ano depois deste citado poema, escreve na 2ª edição da sua obra Catão (Londres, S. W. Sustenance, 1830):

“Dedicatória à Muito Nobre, Muito Antiga e Sempre Leal Cidade do Porto, Propugnado-

ra Fortíssima da Liberdade Constitucional”.

Igualmente, sete anos depois, quando, em 1837, em plena governação do que se denominou de Setembrismo, e sendo, então, o Ministro do Reino Passos Manuel, Almeida Garrett é convidado a redigir o decreto que iria estipular as novas armas da cidade do Porto.

É da sua autoria o epíteto de “Invicta” que se acrescenta aos anteriores de “Muito Nobre, Muito Antiga e Sempre Leal”, e que nos surge, pela primeira vez, nesse decreto datado de 14 de Janeiro de 1837, assinado por D. Maria II e promulgado por Passos Manuel.

Destas armas, faziam parte a coroa ducal e o dragão a preto das antigas armas dos senhores reis (retirados no Estado Novo, no novo ordenamento heráldico do Porto, de 1940), para além do escudo aquartelado, com as armas de Portugal, no primeiro e terceiro quartéis, e as armas da cidade (Nossa Senhora de Vandoma com o Menino ao colo, dentro dos muros da cidade, entre duas torres, ladeada por anjos), no segundo e quarto, para além de um escudete com um coração, a insígnia e o colar da grã-cruz da Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito, e, sobre o escudo, a tenção em letras douradas, sobre fundo azul, e a palavra “Invicta”.

A cidade do Porto quis homenagear o seu mais ilustre cidadão, no ano de 1864, 10 anos depois da sua morte, com a colocação de uma lápide na frontaria da casa onde nasceu o poeta, antiga rua do Calvário, actual Rua Dr. Barbosa de Castro, nº 39, no Porto.

Pelo historiador coevo, natural da Póvoa de Varzim, Henrique Duarte de Sousa Reis (1810-1876), à época, oficial maior da Secretaria da Câmara Municipal do Porto, ficamos a saber do autor desta lápide e da sua colocação, através de documentos pertencentes ao seu espólio, na posse do Ateneu Comercial do Porto:

“Em vereação de 27 de Abril de 1864 resolveo-se que se desse ordem ao Engenheiro civil da Camara para mandar fazer ao esculptor Almeida da Costa a lapide

comemorativa d’ Almeida Garrett afim de ser colocada na casa da Rua do Calvario”.

E sobre a colocação da lápide refere:

“Em officio de 25 de Novembro de 1865 a Camara repondeo ao dito Mello [José Vicente de Castro Sousa e Mello] que as obras constarão em lavar toda a cantaria, beiral do telhado pintado, caixilhos concertados e pintados, concerto da água furtada, caiar toda a frente da casa, grades, janelas e portas pintadas da sua parte exterior como se havia prometida à viscondessa de Veiros”.

Ao que parece, pelo ofício que é enviado ao proprietário da casa, a data que surge no texto da lápide, que o mesmo historiador transcreve, não é o da sua colocação, mas o da sua aprovação em sessão de Câmara:

monumento, sendo o seu primeiro subscritor o Rei D. Carlos, e criada uma Comissão Executiva do Monumento a Almeida Garrett.

O programa das comemorações do Centenário do Nascimento de Almeida Garrett contou, ainda, com a iniciativa do Ateneu Comercial do Porto, no ano de 1900, de um abaixo-assinado, junto dos cidadãos do Porto, para a trasladação dos restos mortais de Almeida Garrett para o Panteão Nacional, na altura, na Igreja dos Jerónimos.

O texto desse documento seria escrito, a pedido do Ateneu Comercial, por Ramalho Ortigão, a quem coube, igualmente, a missão de o entregar nas Cortes, para sua decisão.

Diz Ramalho Ortigão neste requerimento que foi apresentado aos “Deputados da Nação”, e datado do Porto, Secretaria do Ateneu

CASA ONDE NASCEU

AOS 4 DE FEVEREIRO DE 1799

JOÃO BAPTISTA DA SILVA LEITÃO D’ALMEIDA GARRETT

MANDOU GRAVAR EM RECORDAÇÃO DO GRANDE POETA

A CÂMARA MUNICIPAL D’ESTA CIDADE EM 1864

A decisão de comemorar o Centenário do Nascimento de Almeida Garrett, em 1899, com a edificação de um monumento, foi tomada pelo Ateneu Comercial do Porto, 10 anos antes, no ano de 1889. A proposta foi apresentada em reunião de direcção, pelo seu presidente, José António Ferreira, em sessão de 26 de Agosto de 1889.

Dez anos depois, no dia 4 de Fevereiro de 1899, para celebrar o Centenário do Nascimento de Almeida Garrett, o Ateneu Comercial organizou um concerto, onde foram ouvidas as obras: D. Branca, de Alfredo Keil, O Arco de Sant’Ana, de Francisco de Sá de Noronha, e Frei Luís de Sousa, de Francisco de Freitas Gazul.

Foi, igualmente, iniciada, nesse ano de 1899, uma subscrição para a construção do

Comercial do Porto, em 6 de Abril de 1900:

“Porque o primeiro de todos os elementos de uma nacionalidade é a sua língua, eterno baluarte, feito de tradição, de poesia e d’arte, resistente a toda a invasão das armas, in-/conquistável e indestructível.”

E mais adiante:

“Esta língua bem fadada foi Camões que a fez refulgir, sob a sua forma definitivamente literária, entre as línguas mais cultas da Renascença. No século XIX foi Garrett quem a refundiu para todas as convivências da moderna vida europeia. Foi elle quem a desentorpeceu da imobilidade ascética de dois séculos de clausura.”

A trasladação iria verificar-se no ano de

1903, do Cemitério dos Prazeres, onde se encontrava, para a Igreja dos Jerónimos, e mais tarde, em 1966, para o actual Panteão Nacional, quando este foi instalado na muito famosa Igreja de Santa Engrácia, em obras desde o século XVII até esse ano de 1966, nas chamadas “obras de Santa Engrácia”

O Ateneu Comercial do Porto presta, de novo, homenagem a Almeida Garrett por ocasião das suas Festas das Bodas de Ouro, no dia 29 de Agosto do ano de 1919. Por sua iniciativa, é colocada a 1ª pedra do Monumento a Almeida Garrett na Avenida dos Aliados, acto do qual foi lavrado um auto comemorativo.

Não pôde, contudo, o Ateneu Comercial proceder à sua conclusão, tendo a Câmara Municipal do Porto assumido, em 1848, este projecto: a falta de verba para a edificação do Monumento foi o motivo para esta decisão, tomada em Assembleia Geral do Ateneu Comercial do Porto, em 10 de Dezembro de 1945.

Desse monumento a Almeida Garrett, que o Ateneu a encarregara, para sua concretização, o arquitecto Correia da Silva e o escultor Diogo Macedo, apenas nos resta um modelo em barro, do mesmo escultor Diogo Macedo, que esteve presente numa exposição, organizada pelo arquitecto Fernando Lanhas, sobre Almeida Garrett, e inaugurada no Ateneu Comercial, no dia 28 de Outubro de 1954.

À época da colocação da 1ª pedra do Monumento, em 1919, o Ateneu estava na posse do dinheiro suficiente para a obra, 30.000$00 escudos, e o contrato fora redigido com o arquitecto Correia da Silva e com o escultor Diogo de Macedo, segundo o testemunho de António Macedo, na introdução a esta mesma exposição. Ao que parece, segundo o mesmo António Macedo, o arquitecto não cumpriu o contrato, e no prazo estipulado dos 2 anos não realizou a obra; ao pretender retomar a mesma, o Ateneu Comercial apercebeu-se do aumento excessivo dos materiais, impossibilitando a sua realização.

Nesse mesmo ano de 1954, e para assinalar o Centenário da Morte de Almeida Garrett, a

Câmara Municipal do Porto viria a inaugurar a estátua a Almeida Garrett, hoje existente, num trabalho escultórico diferente do projectado pelo Ateneu Comercial do Porto, no dia 11 de Novembro de 1954.

Abandonada a pretensão de edificar um monumento a Almeida Garrett, o Ateneu Comercial decidiu aplicar o dinheiro existente, no total de 30.000$00, num prémio literário dedicado a Almeida Garrett, a organizar de 3 em 3 anos, e que no ano de 1954, sendo o do centenário da sua morte, seria, ainda, de maior solenidade.

No Dia da Biblioteca de 1951, a 12 de Dezembro, e pela primeira vez, é entregue o Prémio Almeida Garrett, no valor de 4.000$00, nesta sua primeira série, relativo a ensaios sobre o poeta, a dois trabalhos: “Almeida Garrett – Homem de Ideias e Político”, de Joaquim Salgado, e “Almeida Garrett e a Poesia Íntima”, de Victor Santos. Foram escolhidos, entre quatro apresentados, por um júri presidido pelo escritor Antero de Figueiredo.

Na ocasião da entrega dos prémios, é inaugurado o busto de Almeida Garrett, da autoria do escultor Lagoa Henriques, com as presenças do presidente da Câmara Municipal do Porto, Lucínio Gonçalves Presa, e do Presidente da Direcção do Ateneu Comercial do Porto, António Macedo.

Quanto ao Prémio Almeida Garrett respeitante a Poesia, o principal programa das comemorações do Centenário da Morte do Poeta, as decisões são tomadas pela Direcção do Ateneu Comercial a 22 de Junho de 1953. Nessa reunião é aprovada, igualmente, a inclusão no programa da audição da Missa de Requiem dedicada a Camões, do compositor João Domingos Bomtempo, para além da exposição do quadro A Morte de Camões, do pintor Domingos Sequeira, e o poema Camões, de Almeida Garrett.

Ainda quanto ao Prémio Almeida Garrett de Poesia, e para a composição do seu júri, a Direcção do Ateneu Comercial do Porto escolheu os seguintes elementos: Afonso Duarte

(presidente), João Gaspar Simões, Paulo Quintela, Vitorino Nemésio (vogais) e Gaspar Araújo Melo Pestana (o presidente da Direcção do Ateneu, igualmente como vogal).

Este Júri, reunido em Coimbra, em 28 de Novembro de 1954, escolheu o livro Penas do Purgatório, do poeta Miguel Torga, para lhe atribuir o 1º prémio, no valor pecuniário de 6.000$00.

Foi o escolhido entre 93 concorrentes e respectivas obras a concurso, de cujos manuscritos se conservam no Ateneu, e onde figuram, entre muitos outros: Jorge de Sena, com a obra “As Evidências”; Sofia de Melo Breyner e o livro “No Tempo Dividido”; Natércia Freire e o manuscrito “O Zagal na Lua”; António Gedeão e a sua obra “A Experiência Dolorosa”; Adolfo Casais Monteiro, com o manuscrito “Vôo sem Pássaro Dentro”; José Carlos Ary dos Santos, com a obra “O Livro de Todas as Horas”; etc. A Festa da Biblioteca e da Atribuição do Prémio Almeida Garrett a Miguel Torga, realizada a 9 de Dezembro de 1954, ponto alto das Comemorações do Centenário da Morte de Almeida Garrett, pelo Ateneu Comercial do Porto, é descrita na acta posterior à mesma, do dia 15 de Dezembro de 1954: uma conferência por António Salgado Júnior sobre “Uma explicação do Frei Luís de Sousa” (a apresentação do conferencista foi de António Macedo, então presidente da Assembleia Geral); a entrega do Prémio Almeida Garrett a Miguel Torga (feita pelo presidente da Direcção, Gaspar Araújo de Melo Pestana) – quando este se lhe dirigiu para a entrega do prémio, Miguel Torga leu uma declaração onde dizia não poder aceitar o prémio e pediu à Direcção do Ateneu Comercial que utilizasse a verba para “a revelação pública dos poetas jovens que tivessem enviado trabalhos dignos de ser conhecidos” (Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 374, f. 122v); seguidamente, Miguel Torga, recusando ler poemas seus, leu alguns poemas de poetas novos; coube ao elemento do júri do Prémio, Paulo Quintela, a missão de ler, a pedido, alguns poemas do livro premiado.

Integrada, ainda, nestas comemorações do Centenário da Morte de Almeida Garrett, e para além da já referida exposição sobre Almeida Garrett, inaugurada no dia 28 de Outubro de 1954, da autoria do arquitecto Fernando Lanhas, o Ateneu Comercial organizou um total de quatro conferências de João Gaspar Simões, sobre o poeta, cujos textos iriam ser publicados no livro de homenagem ao poeta, com o título “Garrett: homenagem do Ateneu Comercial do Porto” (Porto: Ateneu Comercial, 1954).

O exemplar número 1 desta edição, com a assinatura de todos os elementos dos corpos sociais do Ateneu Comercial do Porto, é um dos documentos expostos nesta exposição. Tal como o livro que o poeta Miguel Torga preferiu ver publicado com os trabalhos “dignos de ser conhecidos” dos jovens poetas, em vez de receber o seu prémio, e que recebeu o título de Antologia: Prémio Almeida Garrett de 1954 (Porto: Ateneu Comercial do Porto, 1957). E com este último se completa o conjunto de documentos que fazem parte desta exposição intitulada “Almeida Garrett – O Portuense e o Ateneu Comercial”, inaugurada neste Dia da Biblioteca de 2024.

Francisco Correia (Coordenador do Núcleo da Biblioteca do Ateneu Comercial do Porto)

a exposição

Arquivo Distrital do Porto. Paróquia de Santo Ildefonso (Porto), Registo de baptismos, 1798-1801, f. 68v

Cf.:https://pesquisa.adporto.arquivos. pt/viewer?id=490353 (imagem 73, vista em 27/11/2024)

O PORTUENSE

F/l-1640-v_PDF_24-C-R0150/l-1640-v_0000_1-260_t24-C-R0150. pdf (Vista em 27/11/2024)

Dedicatória à “Muito Nobre, Muito Antiga e Sempre Leal Cidade do Porto, Propugnadora Fortíssima da Liberdade Constitucional”, na 2ª edição da obra Catão de Almeida Garrett

Londres: S. W. Sustenance, 1830 Cf.:https://babel.hathitrust.org/cgi/pt?id=uc1.a0000681924;view=1up;se q=5 (Vista em 27/11/2024)

Memória de Henrique Duarte de Sousa Reis sobre a homenagem a Almeida Garrett feita pela Câmara Municipal do Porto, em 1864, com a colocação de uma lápide na frontaria da casa onde nasceu o poeta, na actual Rua Dr. Barbosa de Castro, nº 39, no Porto

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 46A

Decreto assinado por D. Maria II, datado de 14 de Janeiro de 1837, onde é atribuído à cidade do Porto o epíteto de “Invicta”

(A autoria é de Almeida Garrett e a promulgação de Passos Manuel)

In: Amorim, Francisco Gomes de. Garrett – Memória Biographica, T. II, Lisboa: Impr. Nacional, 1884, p.263264, nota nº 2

Biblioteca Nacional de Portugal, L 1640V, - Poema “Férias”, p. 38

https://purl.pt/44/4/l-1640-v_PDF/l-1640-v_PDF_24-C-R0150/l-1640-v_0000_1-260_t24-C-R0150. pdf (Vista em 27/11/2024)

Retrato a óleo de Almeida Garrett 1899

Autor: António José da Costa

Nota: Oferta do autor para as comemorações do Centenário do nascimento de Almeida Garrett

O ATENEU NO CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE ALMEIDA GARRETT

O Monumento

to a levantar na cidade do Porto ao Visconde d’ Almeida

Garrett

se comemorar o centenário do nascimento de Almeida Garrett com o levantamento de uma estátua de Almeida Garrett, numa iniciativa do Ateneu. 1889/08/26

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 27, f. 55 v

Acta da direcção onde é referido o modelo em barro do Monumento a Almeida Garrett, da autoria de Diogo Macedo, exposto na exposição organizada pelo arquitecto Fernando Lanhas, sobre Almeida Garrett, no Ateneu Comercial, e inaugurada em 28 de Outubro de 1954 1954/10/21

1899-1900

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 1A

Modelo em barro cozido do Monumento a Almeida Garrett 1919

Autor: Diogo de Macedo.

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 374, f. 112v

Nota: A concretização do monumento a Almeida Garrett, num projecto escultórico diferente, é assegurada pela Câmara Municipal do Porto, que o inaugura, em 11 de Novembro de 1954, assinalando o Centenário da Morte de Almeida Garrett.

Carta (cópia) do presidente da direcção do Ateneu ao Comandante das Guardas Municipais do Porto, solicitando as partituras de Francisco de Sá de Noronha “O Arco de Sant’ Ana” e de Francisco de Freitas Gazul, “Frei Luís de Sousa”, existentes no arquivo municipal do regimento de Guardas Municipais, para um concerto para celebrar o Centenário do Nascimento de Almeida

ção na Avenida dos Aliados da pedra fundamental do monumento ao grande escriptor Almeida Garrett.

1919/08/29

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 1C

Garrett, organizado pelo Ateneu para o dia 4 de Fevereiro de 1899 1899/01/25

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 268, f.198 Nota: Compreendia, igualmente, esse concerto audição de “Dona Branca” de Alfredo Keil.

PRÉMIO ALMEIDA GARRETT

Trasladação para o Panteão

da representação escrita por Ramalho Ortigão, a pedido do Ateneu, para a trasladação para o Pateão Nacional, na altura no Mosteiro dos Jerónimos, dos restos mortais de Almeida Garrett 1900/03/30

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto doc. 161, f.315-317)

Abaixo-assinado dos cidadãos do Porto para a trasladação dos restos mortais de Almeida Garrett para o Panteão Nacional dos Jerónimos 1900/04/06

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 1B

Nota: texto de Ramalho Ortigão, es crito a pedido do Ateneu Comercial do Porto

Ensaio (1951)

“Considerando a falta de verba para edificação do monumento a Almeida Garrett da autoria do Arquitecto Correia da Silva e do escultor Diogo de Macedo, e que a Assembleia Geral de Dezembro de 1945 determinou a sua conclusão e que o dinheiro existente se fizesse um prémio literário de 3 em 3 anos e que o ano de 1954, sendo do centenário da sua morte seria de maior solenidade”

In: Acta da direcção do Ateneu de 31 de Dezembro de 1951

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 374, f.4v

Busto de Almeida Garrett

Autor: Lagoa Henriques

Foto da inauguração do busto de Almeida Garrett, da autoria do escultor Lagoa Henriques, na entrega do 1º Prémio Almeida Garrett, em

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do

Acta da direcção do Ateneu onde é revelada a atribuição do Prémio Almeida Garrett a 2 trabalhos: “Almeida Garrett – Homem de Ideias e Político”, de Joaquim Salgado, e ao trabalho “Almeida Garrett e a Poesia Íntima”, de Victor Santos. 1951/12/07

Homem de Ideias e Político por Joaquim Salgado 1951

Poesia (1954)

cta da reunião do Júri onde é atri buído o Prémio de Poesia Almeida Garrett a Miguel Torga 1954/11/28

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 329, f. 1v

Garrett e a Poesia Íntima/Ensaio

Por Victor Santos 1951

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 399

Foto dos elementos do júri do Prémio de Poesia Almeida Garrett, de 1954: Afonso Duarte (presidente), João Gaspar Simões, Paulo Quintela, Vitorino Nemésio (vogais) e Gaspar Araújo Melo Pestana (o presidente da direcção do Ateneu, igualmente como vogal).

Coimbra/1954

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, doc. 339

Documentos respeitantes ao Prémio de Poesia Almeida Garrett 1954

Arquivo Histórico do Ateneu Comercial do Porto, Cx. 2, doc. 271

Alguns concorrentes e respectivas obras a concurso: Jorge de Sena (“As Evidências”), Sofia de Melo Breyner (“No Tempo Dividido”), Natércia Freire (“O Zagal na Lua”),

Andresen, Sophia de Mello Breyner. “No Tempo Dividido”

Lisboa: Guimarães Editora, 1954

Biblioteca do Ateneu Comercial do Ateneu – Z 25552

Biblioteca do Ateneu Comercial do Porto – Z 25592

Nota: Dactiloscrito; emendas autógrafas.

Gedeão, António, pseudónimo de Rómulo de

“A experiência dolorosa”

Livro de Poemas concorrente ao Prémio Almeida

Garrett instituído pelo Ateneu Comercial do Porto

[1954]

Biblioteca do Ateneu Comercial do Ateneu – Z 25559

Nota: Dactiloscrito.

António Gedeão (“A Experiência Dolorosa”), Adolfo Casais Monteiro (“Vôo sem Pássaro Dentro”), José Carlos Ary dos Santos (“O Livro de Todas as Horas”), etc.

“As Evidências - Poema em XXI Sonetos”

1954

Biblioteca do Ateneu Comercial do Porto - Z 25591

Nota: Dactiloscrito; assinatura autógrafa. Contém algumas emendas autógrafas.

Monteiro, Adolfo Casais. “Vôo sem pássaro dentro” seguido de alguns poemas

1944-1952

Poesia [s.d.]

Biblioteca do Ateneu Comercial do Ateneu – Z 25561

Nota: Dactiloscrito.

Lisboa, 1954

Biblioteca do Ateneu Comercial do Porto – Z 25575

Notas: Dactiloscristo; emendas autógrafas

FESTA DA BIBLIOTECA E DO PRÉMIO ALMEIDA GARRETT

A Festa da Biblioteca e a Atribuição do Prémio Almeida Garrett a Miguel Torga, realizou-se no dia 9 de Dezembro, com o seguinte programa:

- Conferência por António Salgado Júnior sobre “Uma explicação do Frei Luís de Sousa” (a apresentação do conferencista foi de António Macedo, presidente da Assembleia Geral);

- Entrega do Prémio Almeida Garrett de Poesia a Miguel Torga, pel presidente da direcção, Gaspar Araújo de Melo Pestana

(Quando o presidente da direcção se lhe dirigiu para entregar o prémio, no montante de 6.000$00 escudos, Miguel Torga leu

“Antologia

Prémio Almeida Garrett de 1954”

Porto: Ateneu Comercial do Porto, 1957

Biblioteca do Ateneu Comercial do Porto, L12 – P1

Nota: compilação de poemas de alguns dos jovens poetas a concurso ao Prémio Almeida Garrett de 1954, num trabalho da autoria de João Gaspar Simões.

ATENEU COMERCIAL DO PORTO

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