470 milhas a remar contra a morte M
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N U M A
R E V I S T A
Esta revista é parte integrante da edição do jornal “Público” do dia 15/02/2011, não podendo ser vendida separadamente
T U D O
Liberty fomenta Portugal Positivo
JORGE ARAÚJO maestro anticrise
A lampreia nos Caminhos de Santiago
editorial
em
470 milhas a rem ar contra a mo rte M
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N U M A
ser vendida separadam ente
T U D O
R E V I S T A
Esta revista é parte
integrante da edição
do jornal “Público”
do dia 15/02/2011 , não podendo
emFoco...
Liberty
fomenta Portugal
Positivo
JORGE ARAÚJO maestro anticris e
A lampreia nos Caminhos de Santiago
índice emFoco 04 a 06 Há quanto tempo não fazia isto?
Opinião 07 Jorge Araújo
Opinião 08 Carlos Moreira Azevedo
Tema 09 a 11 Lusa luta para não perder a identidade
Opinião 12 Eduardo Vítor Rodrigues
Empreendedorismo 13 a 17 Opinião 18 José Ramos
Sabores 19 a 23 Santiago, um caminho duas peregrinações
Episódio 24 e 25 470 milhas a remar para fugir a morte
Desporto 26 a 28 Milagre do pano azul
Restaurante 29 Quinta da Boucinha
somos nós “Para que a Comunicação ocorra é necessário que seis elementos estejam presentes: emissor, receptor, mensagem, código, canal e contexto. Cada um deles exerce um papel essencial no processo de comunicação e qualquer falha em um destes elementos pode prejudicar ou invalidar a percepção ideal de mensagem”. A definição de Leonardo Teixeira – professor catedrático em Letras e consultor em Comunicação Empresarial - toca um ponto fundamental: a falha ou ausência de um dos elementos do processo de comunicação prejudica a mensagem. Ainda mais numa era como a que vivemos, da globalização, em que a informação surge a toda a hora e de todos os lados. A que não for eficaz fica para trás, é desvalorizada pelo receptor. Consciente de que a selecção é feita pela qualidade e eficácia da mensagem, a Letrados Comunicação propõe-se tratar a Comunicação e a Informação, em todas as suas vertentes, de um modo profissional e eficaz sempre tendo em vista o receptor da mensagem, seja individual ou colectivo. Este primeiro número da revista emFoco enquadra-se no plano de comunicação desta empresa. Qualidade de conteúdos, escolha criteriosa de colunistas de referência e um cuidado especial em atingir vários públicos são e serão as nossas premissas. Cabe ao leitor julgar da eficácia desta mensagem.
Espaço Jovem 30 Games
Gadgets 31
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FOCO
Direcção Editorial
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FOCO em
por josé barbedo magalhães jose.magalhaes@e-letrados.com
Há quanto tempo
não fazia isto?
Iniciativa da Liberty Seguros mexe com corpos e mentes de plateias rendidas ao poder de comunicação de Jorge Araújo Imagine-se convidado a participar numa formação. Mais uma, entre tantas outras, pensará. Uma vez chegado ao local, as primeiras desconfianças. Há por ali uns balões, mas não se trata de uma festa. Um sistema de controlo de som, mas não estamos numa discoteca. Já instalado, começa a ouvir o professor Jorge Araújo e apercebese de que está realmente perante algo de diferente do que esperava e, até, do que já alguma vez viu. As dúvidas dissipam-se quando, ao cabo de pouco mais de meia hora, lhe pedem para trocar de lugar, para interagir com pessoas que mal conhece ou nem conhece de todo como se fossem amigos de longa data. Está ultrapassado o efeito-surpresa, mas muito mais está para acontecer nas próximas duas horas.
Vão andar balões pelo ar, os participantes serão ora “comerciais” ora “back office”, ora senhores de emprego sólido ora desempregados; vão segurar umas palhetas metálicas aos pares, bater palmas ao som de uma pandeireta e, até, fazer a “onda” como se estivessem num estádio. Bem-vindos a mais uma acção do Portugal Positivo. A iniciativa da Liberty Seguros é uma pedrada no charco, em contra-ciclo com tempos de crise, de preocupação com um presente pouco animador e um futuro que quase todos anunciam ainda pior. Porque uma atitude positiva não resolve tudo mas ajuda muito, a seguradora de origem norte-americana mas com forte implantação em Portugal lembrou-se de promover um conjunto de 18 acções no âmbito
Ultrapassado o efeito surpresa, os participantes entregamse com entusiasmo, colocando empenho em tudo o que lhes é solicitado
deste programa, recorrendo a um especialista em treino comportamental na
fotos: IVO PEREIRA
área motivacional, Jorge Araújo, antigo treinador de basquetebol. O resultado final é a transformação de rostos animados – é sempre um novo dia que está a começar – mas formais à chegada – em semblantes quase eufóricos à partida para um dia de trabalho mais curto, é certo, mas, quase apostaríamos, mais rentável do que o tínhamos imaginado ao levantar.
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FOCO em
Por dentro
da acção Portugal Positivo “O que faço hoje é treinar atitudes e comportamentos. Neste âmbito, procuro ajudar pessoas e equipas a serem mais eficazes em termos comportamentais”. Jorge Araújo apresentouse assim aos cerca de 80 participantes na acção portuense do Portugal Positivo”. A formalidade da comunicação não ajudou a quebrar o gelo, o que não era novidade para o formador, que passou à acção. Desde pedir à audiência que se levantasse – “Só nesta mudança há logo uma hesitação, porque o nosso cérebro conduz-nos preferencialmente para as zonas de conforto” – até ao convite à troca de lugares, passando pelo desafio da procura de pessoas que não
conheciam mas abordavam como amigos de longa data. Formaram-se pares e grupos que até foram difíceis de desmobilizar, porque “mesmo os mais sisudos começaram a abrir um sorriso, a ter e a dar uma atitude positiva” e a perceberem que “a comunicação decorre de uma expressão emocional constante”. E porque “nós somos sobretudo emoção” o passo seguinte foi criar um clima emocional na sala: a alegria do reencontro, abraços, reconhecimentos ao longe. Atitudes diferentes, espontâneas mas com um denominador comum: a preocupação de manter contacto visual com o professor Jorge Araújo.
Já com toda a gente a trabalhar em equipa – “falamos muito nisso, mas não temos a noção de quanto ganhamos se o fizermos. GANHAMOS FORÇA” -, de novo a tentação do refúgio numa área de conforto: os participantes passavam bolas entre si mas os menos afoitos praticamente entregavam-nas em mão, sem arriscar. Feita a chamada de atenção, não tardaram os passes mirabolantes e emergiram os “treinadores de bancada”. Chegada a hora da “onda”, lugar a reacções tão dispares como “pressão? Estamos habituados a ela” ou “estávamos melhor quando não olhavam para
nós”. Três ou quatro novas ondas depois do ensaio e já tudo corria pelo melhor, levando à conclusão do formador: “Não basta fazer bem quando não se está sob pressão, falta emoção”. Antes do encerramento, Jorge Araújo dividiu-se entre a mensagem terrena – “o nosso primeiro contributo é termos a noção clara de quais são os valores que temos de pôr em prática para atingir um objectivo” -, a evocação – Aristóteles disse que “a excelência é um hábito” – e a citação – “Aquilo que fazemos na vida ecoa na eternidade”, frase do filme Gladiador, que o treinador de futebol Pep Guardiola adoptou para o balneário do seu Barcelona.
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palavradeparticipante Zaida Miranda
Marketing Liberty Seguros
"Na vida temos que aceitar todas as adversidades, aprender com elas para nos tornarmos mais fortes e mantermos uma atitude positiva. A mudança vem de dentro, cabe a cada um de nós cumprir essa missão de captarmos a positividade e contagiarmos os outros à nossa volta. Obrigada, Prof. Jorge Araújo, pela sua inspiração”!
Paulo Dias Gerente
“Este evento, e o assunto/tema abordado, vem reforçar a ideia ou teoria de que, numa empresa ou organização, quando existe um ambiente positivo, de boa disposição e espírito de equipa, as dificuldades são mais facilmente ultrapassadas“.
Rodrigo Esteves
Director de Marketing da Liberty Seguros
“Atitude para fazer mais” Rodrigo Esteves é o rosto da Liberty Seguros mais ligado às acções Portugal Positivo. O director de marketing corporativo da empresa responsável pela iniciativa pretende ver combatido o “clima de pessimismo que sentimos, vemos e lemos de cada vez que abrimos um jornal ou vemos um noticiário”.
Maria Rosa Amorim
Sócia-gerente da Norsecur
“Cada vez mais há a noção que as coisas têm de mudar. No espaço de dez anos, mais ou menos, temos vindo a assistir à perda de valores e de bem-estar social. Estas acções são importantes porque tentam evitar que a situação piore e chamam a atenção para esta necessidade - Postura Positiva”.
E uma “atitude positiva”, acredita, “é a melhor fórmula para ultrapassar estas questões”. Daí a vontade de passar a mensagem: “Pessoas e empresários com uma atitude positiva, com a atitude certa, conseguem ultrapassar melhor as dificuldades e as diversidades”. “E isso treina-se”, conclui.
Miguel Rodrigues
Consultor Negócios Internacionais C8 Consult
“Pensar positivo é o meu lema de vida. Esta iniciativa da Liberty Seguros, que eu aplaudo, foi muito interessante com vista ao alastrar desta mensagem de bem fazer, mas fundamentalmente de encarar a vida e os negócios e trabalhar em equipa“.
opinião
Jorge Araújo
Team Work Consultores
Gestão de
energias Introdução Em termos gerais, tudo o que respeita ao desempenho social, familiar e profissional dos seres humanos, exige que estejam, não só enérgicos de um ponto de vista físico, mas também emocionalmente activos, mentalmente focados e espiritualmente alinhados com os objectivos pessoais e profissionais que perseguem. Sempre que pensam, se emocionam ou comportam seja de que forma for, sentem, quer de um ponto de vista quantitativo, como qualitativo, a importância de uma boa gestão das suas ENERGIAS físicas, emocionais, mentais e espirituais. A importância da saúde física, emocional, intelectual e espiritual Impõe-se assim a necessidade de cuidarmos melhor da nossa saúde física, emocional, intelectual e espiritual. Descansando mais, relaxando quando possível, renovando energias e procurando ter, o mais possível, uma atitude positiva perante a vida.
Mas, para que tal seja possível, corpo, coração, mente e espírito, como partes de um todo, requerem um treino continuado. Temos de nos sujeitar a um treino periódico, tendo em vista ganharmos a necessária resistência física, emocional, mental e espiritual. Saber como desenvolver e renovar as energias que requeremos. Saber como comer e descansar para recuperar as energias despendidas. Treinar e recuperar diariamente dos esforços realizados. Aprender a interpretar e gerir as nossas emoções. Perceber a importância de permanecermos focados nas tarefas e mentalmente preparados para enfrentar a frustração do insucesso, da dor e da fadiga. Cuidados constantes na preservação de um número determinado de horas de sono, alimentação mais saudável e regrada, exercício físico periódico, melhor gestão das emoções, melhorar os respectivos índices de concentração mental e aprofundar a importância dos valores e crenças que ditam tudo o que respeita aos nossos comportamentos éticos, morais, deontológicos, etc.
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Carlos Moreira Azevedo
Bispo auxiliar de Lisboa
Ai liberdade,
liberdade! Muitas conversas do nosso fado quotidiano terminam com o pesaroso: “tem de ser”, ao que o interlocutor balbucia: “pois é”. Quando o objecto da conversa não são banalidades caseiras, mas atinge as decisões nacionais no âmbito da economia, o “tem de ser” merece outra resposta que não o mero “pois é”. O mínimo que pessoas livres devem interrogar incide nas consequências do actual “tem de ser”. E se quisermos ser mais profundos é essencial perceber as causas, sem fugir das responsabilidades que conduziram e continuam a conduzir ao afundamento. Se estendermos a aplicação deste determinismo ronceiro ao âmbito político, vem a mesma série de fileiras cerradas a qualquer novidade que altere o sistema dos partidos e sua representação, os sistemas de governança, mais abertos à sociedade civil, mais criadores de participação e de uma cidadania activa. Na raiz está uma grande crise na educação da liberdade. As novas
gerações não contestam e antes de crescerem já se adaptaram ao “tem de ser”, cada vez mais propagandeado pela comunicação social, tantas vezes servidora dos agrados e gostos mais instintivos.
Conviver com a liberdade é muito mais exigente do que abusos de cansativa retórica, sem traçar caminhos operativos que retirem do fosso, sem renovação de estruturas que andaimem o futuro. Quando a mera e imediata eficácia política substitui a honestidade, quando na Europa sobrevivem chefes incapazes ou corruptos, capazes de suscitar nos eleitores a ideia de “ter” de os aguentar, ergue-se um suspiro: Ai, liberdade, liberdade! Quando o Ocidente se cala sobre os atentados aos direitos humanos na China porque “tem” de lhe estender a mão: Ai, liberdade, liberdade! A liberdade é auto-realização e autodisposição. Ser humano implica um corajoso caminho em esperança do reino da necessidade para o reino da liberdade, decidir-se livremente para a liberdade. Muito desejo que esse suspiro se transforme em grito numa nova geração, firme na verdade, respeitadora da dignidade de cada pessoa na sua integralidade. Do norte de África sopram ventos de liberdade ou de histeria para reduzir a pouca liberdade? O mundo prossegue em vertiginosa mudança… Não permitamos que as libertações sejam servidões de sinal oposto.
por Jorge Fonseca jorge.fonseca@e-letrados.com
Tema
Lusa luta para não perder
a identidade
Fundada em 12 de Dezembro de 1986, a Agência Lusa resultou da fusão da ANOP e da NP, tendo iniciado funções no primeiro dia do ano seguinte. Quase um quarto de século depois, um cenário de nova agregação faz temer pelo desaparecimento de postos de trabalho e não só… Quase 24 anos depois da fusão da ANOP e da NP ter dado origem à Lusa – Agência de Notícias de Portugal, contrariando anos de luta dos jornalistas que compunham as duas agências resistindo à fusão - e que levou, inclusive, a que em Dezembro de 1981 se tivesse registado a maior greve de que há memória em Portugal, na classe de jornalistas, contra a extinção da ANOP -, a Lusa luta agora por não perder a sua identidade, tentando manter a isenção com que sempre trabalhou e a independência de todos os seus actos. A participação na última greve geral, que ditou uma adesão superior a 70% dos trabalhadores da empresa, foi o sinal mais forte e audível de uma luta que atravessou todo o ano de 2010. Historiando, os trabalhadores decidiram em
plenário realizar uma greve de 48 horas para os dias 19 e 20 de Novembro, data da Cimeira da Nato em Lisboa. Na base da decisão estavam o congelamento dos salários verificado e a questão da dignidade da carreira de jornalista. As declarações do Governo, no sentido de haver uma agregação e partilha de sinergias entre a Lusa e a RTP, fez soar o alarme no edifício da Rua do Dr. João Couto. Associado a isto, os cortes salariais previstos, e posteriormente aprovados no Orçamento de Estado também prenunciavam mais nuvens negras, razão por que foi abandonada a ideia de uma paralisação de 48 horas, tendo os jornalistas optado pela adesão à greve geral, que se realizou quatro dias depois. Vestidos de negro, à porta da Lusa, os grevistas
defendiam que “uma agência noticiosa só faz sentido com um serviço em igualdade de circunstâncias com os outros órgãos de Comunicação Social (autonomia na escolha e produção de conteúdos), condição perdida se vier a verificar-se a ligação umbilical a um dos seus clientes, a RTP”, argumenta uma fonte da Redacção. Aliás, se, em termos de funcionalidade, a agregação determina uma perda preocupante de identidade, a outra face da agregação faz
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prever uma sangria ao nível dos recursos humanos, ou seja, despedimentos. É que a fusão do “back-office” com a RTP, ou seja, os serviços comerciais e administrativos, não anuncia nada de bom para, pelo menos, uma parte dos actuais funcionários, da mesma forma que alguns dos jornalistas, previsivelmente aqueles a contrato ou a recibo verde, também estarão na linha de tiro caso a agregação venha a confirmar-se. De resto, em resposta a um email do DI, saudando o esforço dos jornalistas que não aderiram à greve, o Conselho de Redacção fez um importante alerta: “Tendo em conta os rasgados elogios traçados pelo DI ao trabalho por eles desempenhado, e que o CR subscreve, o Conselho de Redacção espera que, em futuras contratações para os quadros da Lusa, não haja qualquer dúvida de que devem ser estes os jornalistas a considerar pela Direcção de Informação.”
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DI saudou produção e Às 20h10 do dia da greve, a Direcção de Informação enviou um email agradecendo e elogiando a colaboração A adesão à greve verificada entre os jornalistas da sede, em Lisboa, enquadrouse nas expectativas, superando os 70% da média global apurada em toda a estrutura da agência de notícias (delegações e correspondentes incluídos). Contudo, as ausências, de acordo com o e-mail emanado da Direcção de Informação e assinado pelo responsável, Luís Miguel Viana, não terão beliscado
recordes na agenda
a capacidade produtiva da Redacção e da agenda: “Venho agradecer a todos os que hoje trabalharam o magnífico esforço feito para cobrir a actualidade mundial, lusófona, nacional
e, dentro desta, a da greve geral. Foi um belo trabalho e um grande serviço prestado aos clientes, tanto em quantidade como em qualidade”. Numa comunicação dirigida
aos jornalistas e editores, que caiu muito mal na Redacção, o DI deu conta de que, às 20h10, hora do envio do email, já haviam sido “ultrapassadas as 410 notícias”. “E – há estes dados curiosos –, a agenda bateu hoje o recorde absoluto de registos num só dia: 357 itens para o dia 25 de Novembro, e o documento seguiu para os clientes sem atrasos, às 20h00 em ponto”, lê-se ainda no email. Estas anotações foram contestadas pelo Conselho de Redacção, que solicitou a Luís Miguel Viana a clarificação de quantas das notícias divulgadas na linha da Lusa, no dia 24, foram produzidas efectivamente nesse dia e, dos mais de 300 itens registados na agenda, quantos foram inseridos no dia 24 de Novembro.
Conselho de Redacção reagiu ao email apontando o dedo ao DI
Desrespeito e intimidação para com os grevistas O email de Luís Miguel Viana mereceu do Conselho de Redacção (CR) críticas à postura do DI, acusando-o, numa nota interna, de estar “há muito afastado de grande parte da Redacção”. “O Conselho de Redacção lamenta,
profundamente, a atitude desrespeitosa para com os trabalhadores que aderiram à greve geral”, ao enviar o referido email, considerando existir no seu teor um “tom intimidatório” para com os jornalistas que aderiram à greve.
Sobre os números apontados pelo director de informação relativos à produção, o CR precisou que, na agenda, “dos 357 itens para o dia 25 (…), 258 tinham já sido feitos em dias anteriores, muitos por trabalhadores que aderiram
à greve geral”. Sobram ainda acusações de recurso a trabalho ilegal de jornalistas a recibo verde e substituição de jornalistas em greve por outros sem vínculo à empresa, muitos deles trabalhando entre 10 e 12 horas.
por fernando rola fernando.silva@e-letrados.com
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Qualidade do jornalismo
está a ser posta em causa Alfredo Maia, presidente do Sindicato dos Jornalistas (SJ), falou à emFoco sobre a hipotética fusão da Lusa com a Direcção de Informação da RTP, a adesão dos jornalistas da agência à última greve geral e, ainda, a questão do desemprego entre os jornalistas portugueses. O primeiro assunto, que levanta sérias reservas dentro da Redacção da Agência, é uma preocupação real para Alfredo Maia, aliás já anteriormente expressa em comunicado do SJ. “A questão, para nós, é muito simples: do ponto de vista social, significa o risco de despedimentos num volume muito significativo; quanto à questão da informação, tememos pela concentração de meios. Além disso, a Lusa serve um conjunto de clientes, entre os quais canais de televisão privados, que, dessa forma, passariam a ser servidos por um concorrente directo”. Estas preocupações podem
Alfredo Maia alerta contra fusões ser estendidas à Redacção da Lusa, expressas na adesão à última greve geral, que o presidente do SJ considera “significativa e importante”. “Também na RTP, mas sobretudo na Lusa. Esta postura haverá de dar frutos”, diz Alfredo Maia, que aponta o dedo a quem ocupa lugares de chefia na redacção da Lusa e agradeceu aos jornalistas que não fizeram greve. “É um gesto que traduz falta de camaradagem e de respeito pelas opções de quem entendeu desenvolver aquela forma
de luta”, criticou. O futuro dos jornalistas e do jornalismo é visto por Alfredo Maia com inquietação. E traça um quadro negro da situação actual, pelo número de jornalistas que enfrentam o desemprego: “É uma realidade complicada e dramática. As empresas querem produzir conteúdos, não fazer jornalismo. Estão a despedir jornalistas com experiência, a esvaziar a memória das redacções, o que tem efeitos catastróficos na qualidade. E servem-se do trabalho precário, a recibo verde, com um conjunto de jornalistas que, provavelmente, nunca chegarão a entrar para os quadros da empresa”.
Desemprego não recua Alfredo Maia considerou dramática a situação do desemprego de jornalistas em Portugal, baseando-se no número de profissionais da Comunicação Social que têm recorrido à Segurança Social e aos subsídios disponíveis para desempregados. Em 2008, entraram 157 pedidos; em 2009, 213 e, em 2010, 209. Embora significativos não espelham a situação, pois dizem quantos jornalistas recebem subsídio, não quantos há no desemprego. Porque, entretanto, para alguns terminou o prazo do subsídio e não conseguiram nova colocação na profissão e há os que, por diversos motivos, perderam direito ao subsídio. Assim sendo, estes números, preocupantes, só podem ser encarados como amostra, não representando a verdadeira situação da classe. No comunicado em que denuncia a situação, o SJ faz um ranking de empresas responsáveis pelos despedimentos (sempre tendo em conta o pedido de subsídios à Segurança Social), que é encabeçado pela Controlinveste (proprietária de jornais como o JN, o DN ou O Jogo), pela Impala (Focus, Tv7 Dias…), Cofina (Correio da Manhã, Record…) e Empresa (Expresso, Visão, SIC…).
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Eduardo Vítor Rodrigues
Professor Auxiliar do Departamento de Sociologia, Faculdade de Letras da Universidade do Porto
O combate à pobreza ou o combate aos pobres:
o caso do RSI O RSI (Rendimento Social de Inserção) é um instrumento de combate às formas mais severas da pobreza. As presenças mais acentuadas na medida correspondem a crianças oriundas de famílias vulneráveis e pessoas em idade activa, com ou sem emprego. Encontramos activos à procura de emprego, com enorme vontade de encontrar uma resposta no mercado de trabalho; mas encontramos também activos com emprego, recebendo o RSI como prestação complementar ao baixo rendimento per capita dos elementos do agregado. Encontramos ainda activos que não trabalham e não estão muito disponíveis para o trabalho (chamolhes “beneficiários bloqueados”), ora porque incorporam handicaps psico-sociais (deficiência, perturbações psico-emocionais, idade avançada, entre outras), ora porque têm uma actividade doméstica que dificulta a
empregabilidade (é o caso das mulheres, com idosos ou crianças a cargo, sem respostas públicas para os colocar e, assim, bloqueadas pelas tarefas domésticas). Assim, o perfil-tipo define-se pelo sexo feminino, baixíssimas habilitações, uma relação prévia – mas muito precária – com o mercado de trabalho e com filhos e/ou ascendentes a cargo. No entanto, atendendo ao carácter multidimensional dos processos de vulnerabilização, o perfil caracteriza-se muitas vezes por um compósito de características.
São múltiplas as razões para se cair nas malhas da pobreza e da dependência, muitas vezes de carácter cumulativo: o divórcio, a desqualificação escolar e profissional, a precariedade que sempre enfrentaram na relação com o trabalho e o desemprego ou o emprego com baixos salários são as razões mais presentes. No entanto, há também razões exógenas ao indivíduo, como a rarefacção de empregos, o encerramento de empresas e a manutenção de padrões de baixos salários e fraco vínculo laboral. Certo é que as razões da entrada na medida são muitas vezes conjunturais e rapidamente se tornam estruturais e duradouras, não por efeito da medida, mas por efeito do carácter reprodutor e duradouro dos processos de empobrecimento e de vulnerabilização social. Ora, face a essas dinâmicas estruturais, exige-se uma resposta tecnicamente avalizada, multidimensional e interinstitucional. Se é verdade que a pobreza e a exclusão social são um atentado aos Direitos Humanos e à Democracia, também é verdade que o combate contra a pobreza e a exclusão é, em primeiro lugar, uma opção política e de modelo de sociedade.
empreendedorismo
Boato
Elevar imagem ao seu melhor A Boato nasceu no Porto, formada por jovens e promete manter este espírito “ad eternum”, caminhando ao lado dos que estão à frente e rebocando consigo todos os que lhe estão associados, sejam colaboradores ou clientes. Foi esse o propósito que elegeu na fundação, e que
deixou escrito para memória futura: “Após longos anos na criação de marcas direccionadas para ombrear com os melhores do sector mobiliário mundial, na criação de estratégia, design e criação de redes comerciais, pretendemos agora trazer esse knowhow para o interior de
Boato Marketing, Design & Vendas, Lda www.boatomds.com email: contact@boatomds.com Travessa Helena Vieira da Silva, Loja 73B 4450-573 Leça da Palmeira
empresas em várias áreas, não nos limitando ao mercado mobiliário, para que essas também possam experimentar o sabor do sucesso dos novos produtos além-fronteiras”. As armas que se propõe utilizar são criatividade e inovação, geridas por alguns conceitos que
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estarão sempre presentes na sua acção, visando o mercado e os clientes: assume como missão do seu futuro o sucesso dos clientes (propõe-se lutar por cada empresa como se fosse sua), e aspira a ser reconhecida com a melhor parceira das empresas na gestão de riscos no mercado de consultadoria, marketing, design e vendas. As próximas páginas são disso exemplo, na forma como se posiciona ao lado dos clientes e os acompanha num trabalho marcado pela qualidade.
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empreendedorismo
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Saal
Elegância e sentimento Quando, em 2009, se apresentou ao mundo no decorrer da Tentlondon, em Londres, a marca portuguesa já tinha definidas as influências e o seu mercado. Sentir A Alma Lusa (SAAL) baseia-se na transmissão de emoções e sentimentos, relacionando as pessoas com cada peça, criando na casa de
cada cliente uma atmosfera elegante, exclusiva e única. O espírito jovem reflecte-se em cada peça de madeira, cortiça ou fibra de vidro. Qualidade, funcionalidade, beleza e alma são palavras representativas da marca, que prima também pelo requinte. Irreverente, urbana e muito
ousada, a SAAL baseia as suas criações no conhecimento adquirido ao longo de décadas no Norte de Portugal, mas não só, mostrando-se atenta às tendências que chegam do exterior. De resto, é internacional o seu mercado de eleição, sem, contudo, deixar de apresentar as suas propostas em Portugal.
SAAL Sentir A Alma Lusa www.saal-design.com email: info@saal-design.com Rua da Argila, nº 310 4445–027 Alfena, Portugal
empreendedorismo
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Matrioskas
Qualidade e pormenor A combinação do design actual com a selecção de materiais, qualidade de acabamentos e a minúcia dos pormenores fazem nascer peças despretensiosas e divertidas, capazes de agradar a qualquer tipo de público. Do requinte da chaise long THOM,
que pode ser personalizada, à intemporalidade da cadeira LUCA, chega-se à volumetria e arrojo da garrafeira OLIVE. Na Matrioskas encontra todas as peças com a suavidade das madeiras nobres de nogueira e pau-ferro tratadas a óleo e com apontamentos metálicos.
Matrioskas www.matrioskas.com email: geral@matrioskas.com R. do Passeio Alegre, 20 4150-570 Porto
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empreendedorismo
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m.n.arquitectura
Mobiliário de autor São três as áreas preferenciais de intervenção da m.n.arquitectura, podendo dizer-se que as suas áreas de negócios vão para além dos trabalhos de arquitectura e design de interiores:
conseguem a diferença também pelo mobiliário de autor. Especialista na arte de trabalhar o mármore, é no design e na qualidade da produção que os responsáveis da m.n.arquitectura apostam
para se afirmarem no mercado internacional, mas também no nacional. Produzindo trabalhos que primam pela originalidade, a abordagem ao espaço e aos objectos, assente na depuração, simplicidade e
inovação de formas, visa proporcionar aos clientes o sentimento único de possuir uma peça intemporal. A criatividade assume aqui relevo fundamental, dando um cunho inovador aos produtos.
m.n.arquitectura www.mnarquitectura.pt email: geral@mnarquitectura.pt R. Bartolomeu Dias, nº 15 4200-126 Porto
empreenderorismo
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J.Dias www.jdias.pt geral@jdias.pt Rua do Monte Ergudo, nº 131 4585-753 Vandoma – Paredes
J. Dias
Referência nacional Das madeiras para o lar saltou para a especialização no mobiliário de cozinha, casas de banho e, mais recentemente, roupeiros, facto que a tornou uma referência a nível nacional
(embora, com olhos postos no mercado internacional), distinguindose, nos 25 anos que já leva no mercado, pela qualidade e design das suas peças.
Detentora do estatuto de PME líder, atribuído pelo IAPMEI, é missão da J. Dias estudar, criar e conceber cozinhas de sonho, aliando o design a uma grande funcionalidade. Detém também o Sistema de Gestão e Qualidade ISO 9001 no âmbito do projecto, fabrico, comercialização, instalação e assistência técnica do diverso mobiliário.
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José Ramos
Médico
A gripe e a
vacina A ”gripe” é uma doença do tracto respiratório, contagiosa, provocada pelos vírus influenza. Em 2009, esta doença propagou-se pelo mundo inteiro causando uma pandemia, situação que não ocorria há 40 anos. Os sintomas da “gripe” são febre, dores musculares, congestão nasal, cefaleias, fadiga generalizada e outros sintomas inespecíficos. É uma doença transmissível desde um dia antes do aparecimento dos sintomas até cerca de cinco dias após o início da doença. A gravidade da doença vai depender do estado de imunidade individual e de alguns factores de risco associados como, a idade (superior a 65 anos e inferior a 5 anos), gravidez, doenças crónicas (asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, diabetes, doenças do sistema nervoso como epilepsia e alteração do estado mental, doenças do fígado e rins, alterações do sistema imunitário provocado por doença ou por medicação como SIDA, cancro, ou o uso crónico de esteroides. As pessoas acima referidas devem ser sujeitas a vacinação contra a gripe sazonal. É importante referir que a vacina que contém vírus inactivados, é segura e pode ser usada em pessoas a partir dos 6 anos, saudáveis ou com doenças e pode ser aplicada a grávidas. A imunidade vai depender do tipo de vírus, estando as vacinas preparadas para combater os vírus mais comuns. A imunidade que não é garantida dura cerca de 6 meses, que coincide com o tempo em que a doença normalmente aparece.
por josé barbedo magalhães jose.magalhaes@e-letrados.com
sabores
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Um caminho duas peregrinações Santiago
Do Porto a Valença, o Caminho de Santiago ganha novos encantos. Desde os tons que a natureza não oferece em mais lugar algum até ao prazer da mesa que, nestes primeiros meses do ano, tem na lampreia um dos expoentes “Falar de Turismo Religioso sem englobar o Minho é não entender a alma do nosso Povo” (in “Santiago – Caminhos do Alto Minho”, Região de Turismo do Alto Minho, 2004). Nas suas diversas manifestações, essa alma portuguesa encontra também espaço para os prazeres da mesa, de que a lampreia é um dos expoentes, ainda mais
quando é do Minho que se fala. Daí à evocação do Caminho Português para Santiago vai um pequeno passo. Depois, lançados os dados, depressa interiorizamos que não há melhor do que esta peregrinação para viver intensamente o que de comum têm o Minho e a Galiza… pouco muda de um e outro lado
da fronteira… os mesmos caminhos empedrados, as igrejas, os cruzeiros, os campos de um verde que se perde no olhar. Também do ponto de vista gastronómico são mais as semelhanças do que as diferenças. E, claro, a já referida lampreia é rainha, ao seu tempo, por este percurso encantador. No que toca à parte portuguesa do percurso, a oferta de restauração e hotelaria é tão variada que se assemelha a uma outra peregrinação dentro da grande aventura que é o percurso do Caminho de Santiago. Seja para os incondicionais seja para os aventureiros que nunca experimentaram o ciclóstomo, não há cidade,
vila ou estrada minhota onde não se encontre esse sublime prazer em forma de bordalesa ou arroz, para mencionar só as mais conhecidas formas de confeccionar a lampreia. Não é do Minho ao Algarve, neste caso, mas é do Porto a Valença, antes da penetração no mais português do território espanhol, até Compostela. Nas páginas seguintes encontramos a forma mais eficaz e agradável de juntar à fé o prazer da boa mesa e do convívio que sempre lhe está associado. Porque há tradições bem nortenhas que importa preservar e de que é obrigatório desfrutar.
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sabores
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Restaurante Biqueirão
Restaurante Primavera
Lugar do Lírios 4740-366 Fão - Esposende Tel. 253 968 517 – 918 579 707 email: restaurante.biqueirao@hotmail.com GPS: 41.507891,-8.781459
Praça Conselheiro Silva Torres, 99-101 4910-122 Caminha Tel. 258 921 306 – 966 593 776 email: restauranteprimavera@sapo.pt GPS: lat. 41º52’21.12”N / long. 8º50’22.24”O
Restaurante Camelo
Restaurante Foz do Minho
Rua do Facho 4740-055 Apúlia - Esposende Tel. 253 987 600 - 912 539 661 email: apulia@camelorestaurantes.com
Lugar de Esteiró - Vilarelho 4910-605 Caminha Tel. 258 921 784 email: fozdominho@sapo.pt
Restaurante Esplanada do Molhe
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Praia do Molhe, Módulo 28 4150-497 Porto Tel. 226 173 099 email:geral@restaurantedomolhe.com.pt
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Restaurante Adega Rua João Sá, 161 4910-201 Lanhelas Tel. 258 727 355 email: restauranteadega@mail.telepac.pt GPS: Lat. N 41º54 29” Long. W 008º 47 27”
Estalagem Boega Quinta do Outeiral – Gondarém 4920-061 Vila Nova de Cerveira Tel. 251 700 500 email: reservas@estalagemboega.com GPS: 41”55’08N, 8”45’15W
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Solar do Taberneiro Praceta Doutor Araújo 4990-065 Ponte de Lima Tel. 258 942 169 email: solardotaberneiro@gmail.com
Restaurante A Cozinha Velha Cangostas - Queijada 4990 - 685 Ponte de Lima Tel. 258 749 664 - 961 136 653 - 969 653 812 email: ceuabreu@hotmail.com
Restaurante Sonho do Capitão
Restaurante Açude
Campo Raso - Correlhã 280-4990 Ponte de Lima Tel. 258 741 138 email: sonhodocapitao@gmail.com GPS: 41º45´17.83”N / 8º35,58.93”O
Centro Náutico - Arcozelo 4990-150 Ponte de Lima Tel. 258 944 158 - 910 945 782 email: geral@restauranteacude.com GPS: 41º 45” 55.19´, N 8º 35” 28.71’ W
Restaurante Bagoeira
Restaurante Encanada
Av. Dr. Sidónio Pais, nº 495 4750-333 Barcelos Tel. 253 809 500 email: bagoeira@mail.telepac.pt GPS: N 41º 31’53, 27’’, W8º 37’ 0,5’’
Mercado Municipal, 8 4990-076 Ponte de Lima Tel. 258 941 189 email: encanada@iol.pt
Restaurante Pedra Furada Rua de Santa Leocádia, 1415 4755-392 Pedra Furada - Barcelos Tel 252 951 144 - 917 838 144 GPS: 8º 38´ 0,1” W, 41º 28´ 23,8” N
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sabores Restaurante Casa Real - Fonte Velha Piscinas Municipais Rua D. Manuel I 4980 - 620 Ponte da Barca Tel. 258 455 248 email: reservas@restaurantescasareal.com
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Restaurante Casa Real - Matadouro Lugar de Pedrosas 4980-195 Arcos de Valdevez Tel. 258 515 000 email: reservas@restaurantescasareal.com
Restaurante Castrum Villae Lugar de Vila 4960-061 Castro Laboreiro - Parque Nacional da Peneda Gerês Tel. 251 460 010 – 938 201 029 hotel@castrumvillae.com GPS: Lat. 42.030847; Long. -8.160052
Restaurante Chafarix Praça Amadeu Abílio Lopes 4960-521 Melgaço Tel. 251 403 400 - 936 751 060 email: restaurante@chafarix.com GPS: 42º 6`55``, N 8º 15 18´´ 0
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episódio
FOCO
por Jorge Fonseca jorge.fonseca@e-letrados.com
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470 milhas a remar Em 1918, um lugre português foi afundado por um submarino alemão e os pescadores, os que se salvaram, foram obrigados a remar até aos Açores A pesca do bacalhau é, há séculos, mais do que uma prioridade, uma necessidade na economia portuguesa, daí nascendo a denominação “fiel amigo” ou “o peixe de todos, ricos e pobres”. Por essa razão, a faina maior realizou-se sem interrupções, mesmo entre as Duas Guerras Mundiais que eclodiram no séc. XX. O afundamento do Gamo, um lugre que andava à pesca na Terra Nova em 23 de Agosto de 1918, constitui, pelos documentos obtidos a partir do diário de bordo do capitão João Fernandes Mano “Agualusa” e do piloto João Maria Madalena, um relato impressionante de heroísmo de 39 portugueses ao longo de 17 dias. Carregado com mais de 300 kg de bacalhau, o navio português foi alvejado por um tiro de canhão de um submarino alemão em trajectória de aproximação. Do U155, comandado por Ferdinand Studt, saíram depois cinco homens que deram dez minutos à tripulação para deixar o
navio antes. Assustados pela velocidade da acção, lançaram os dóris ao mar com os mantimentos e água possível de carregar, ao mesmo tempo que o inimigo dispunha as bombas a bordo e estendia os rastilhos. Com os homens já distribuídos pelos 13 dóris (três por embarcação) e com apenas 50 litros de água e algum material de navegação recolhido, o capitão mostrava a documentação do navio aos alemães quando surgiu no horizonte fumo de um navio a vapor que se aproximava. Tudo se precipitou então, com os alemães a acender os rastilhos e a afundar o lugre, já saqueado. O estrondo e o fumo fizeram o navio a vapor alterar a rota, deixando os portugueses à mercê do mar. Remaram então para Sul, num mar calmo, mas, passadas quatro milhas, o submarino ressurgiu para escarnecer mais uma vez dos homens.
para fugir à morte
Submarino U155
Oito dias depois (1 de Setembro), os dóris foram atacados por uma tempestade que fez cair 12 homens ao mar. No desespero que se gerou, apenas nove conseguiram salvar-se. Além dos três pescadores que perderam a vida, quatro dóris, a maior parte da água e muitos mantimentos se perderam, o aumentando o sofrimento e a carência dos sobreviventes. Sem dar tréguas, a tempestade não deixava tempo para chorar os mortos. De madrugada os sobreviventes avistaram uma embarcação e accionaram os sinais luminosos. Alguns despiram as camisolas e
delas fizeram tochas para serem visíveis na escuridão. Instantes depois, as luzes da embarcação desapareciam, ficando suspeitas de que se tratasse outra vez do U155. Passado algum tempo, viram-se luzes outra vez e novas movimentações... em desespero. Um dóri, a que haviam sido removidos alguns apetrechos que serviam de âncora flutuante, virou-se e ditou mais um episódio da tragédia, tendo morrido mais dois tripulantes. Perante este cenário, o capitão alterou planos e mandou remar para terra, seguindo o rumo das ondas. Com dois remos a servirem
episódio
de leme – um a bombordo e outro a estibordo –, seguiram 70 milhas para sudeste, entre a vida e a morte, uma vez que o temporal não cessava. Na madrugada seguinte, uma vaga precipitou um dóri contra o outro mas, desta vez, os cinco tripulantes foram salvos. Graças às ordens do capitão, os salvados mantiveram-se agarrados à embarcação até serem distribuídos pelos outros barcos e, assim, mantido o equilíbrio no número de homens por dóri. Sem água potável e com apenas uma lata de sardinha para cada cinco homens, a situação começou a provocar o desânimo entre a tripulação. No dia 5, pela manhã, um barco surgiu no horizonte, a esperança ressurgiu mas este mudou de rumo... Nesse tempo, era comum os submarinos organizarem ciladas com falsos náufragos para, assim, fazerem mais vítimas em mar alto e essa pode ter sido a razão da fuga do barco a vapor. As mentiras do capitão Agualusa para manter o ânimo da tripulação, prometendo para breve o
avistar de terra, contrastavam com a sede que reinava, com os homens a roer o chumbo, a beber da própria urina ou mesmo água do mar – com efeitos nefastos para o estômago e intestinos – para tentar diminuir a carência. Ninguém se lembrava de comer, tanta era a sede...Ao anoitecer do dia 6, um iate canadiano foi avistado e remou-se em desespero na sua direcção, mas a escuridão tornouos invisíveis na linha do horizonte e, mais uma vez, a tentativa de salvamento gorou-se. A tragédia ganhou novos contornos na madrugada seguinte. Atacados por uma nova tempestade, os oito dóris separaram-se e apenas sete conseguiram retomar o contacto. Abatidos, os marinheiros recusavam-se a continuar, dizendo querer morrer ali mesmo. Valeu nova intervenção do capitão Agualusa, sustentada na mentira de estarem apenas
ria Madalena e o piloto João Ma Capitão Agualusa
a 35 milhas do Faial, numa encenação encorajada pelo piloto João Madalena que lhes garantiu estarem a uma distância inferior a 30 milhas. Dito isto, foi assegurado a todos que no dia seguinte atingiriam terra. Na realidade, a distância estimada era de… 85 milhas. A viagem prosseguiu. A névoa que se instalou no dia seguinte ajudava à mentira, tornando impossível ver a uma distância superior a duas milhas, com o capitão a dizer-lhes para continuarem a remar, que só muito perto da costa conseguiriam distingui-la. No raiar do dia 9 de Setembro as ilhas Graciosa, Faial e Pico surgiram mais perto do que nunca. Contudo, foi só pelas 24 horas que quatro dóris conseguiram chegar a terra, após dobrar a ponta dos Capelinhos. Os tripulantes beberam água pela primeira vez em muitos dias. No mar, sem forças para remar para terra, permaneciam 15 homens. Em terra, organizou-se um resgate a partir da lancha a motor “Elite”. Pelas 3 horas, o primeiro dóri foi detectado a ser rebocado por um barco de pesca; duas horas depois, encontrou-se o segundo. Do terceiro dóri só tiveram notícias ao princípio da tarde, pois tinha chegado à costa no lado norte da
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FOCO em
glossário Dóri - Pequena embarcação em madeira utilizada para a pesca do bacalhau e tripulada por apenas um homem.
Lugre – Navio à vela utilizado pelos marinheiros portugueses para as campanhas ao bacalhau, onde eram transportados os pescadores e os dóris
ilha do Faial e, de carro, já seguiam ao encontro dos demais. Faltava um… que acabou por ser salvo pela lancha baleeira Amaral, a 25 milhas do Faial a meio da tarde do mesmo dia. Em oito dóris de 13 pés de comprido por cinco de largo, os 34 tripulantes que atingiram a ilha do Faial navegaram 470 milhas, a remo e contra as vagas do Atlântico. Esta história resulta do cruzamento dos diários de bordo do capitão Agualusa e do piloto João Maria Madalena. Quase um século depois, João Madalena, neto do piloto e grão-mestre da Confraria Gastronómica do Bacalhau, pesquisou e refez a história, transformando-a, através da publicação no sítio da Confraria, numa homenagem ao heroísmo dos homens da pesca do bacalhau.
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desporto
FOCO em
por josé barbedo magalhães jose.magalhaes@e-letrados.com
O milagre do
pano azul...
... que já foi verde mas, metaforicamente, rendeu-se também ao poder do dragão. 28 anos e 30 organizações internacionais depois, a secção de bilhar do FC Porto carimbou o nome do clube, da cidade e do País no mapa mundial. Em 1995, o já desaparecido pavilhão Afonso Pinto de Magalhães, no complexo desportivo do FC Porto, engalanava-se para receber uma edição da Taça do Mundo organizada pelo clube. Era apenas a terceira organização internacional portista e aquela que haveria de ser o ponto de arranque de um impressionante percurso de sucessos, organizacionais e desportivos, que se mantém e se projecta no futuro. Entre grandes nomes internacionais do bilhar três tabelas, um jovem espanhol, catalão, de apenas 20 anos, deu nas vistas. Daniel Sanchez, ilustre desconhecido, chegou, viu e… ganhou. Para casa levou a sua primeira grande vitória internacional, um acordo com Alípio Jorge para jogar no FC Porto e o cartão de sócio do clube.
Tudo se mantém até hoje, com excepção das vitórias: Dani já ganhou tudo o que havia para ganhar no plano individual e colectivo. Quanto ao FC Porto, assumia a partir daquele momento o papel de protagonista na estrondosa expansão de uma modalidade até então de café e de salão, boémia mesmo. O bilhar português organizava-se, federativa e associativamente, os clubes, grandes e pequenos, apostavam, as instâncias internacionais deitavam o olho. Hoje, na especialidade nobre deste desporto, as três tabelas, ou carambola, são cem milhões os praticantes à escala mundial. Em Portugal a Federação conta com centenas de clubes inscritos, algo impensável não há muitos anos.
Em 1999 o FC Porto e a Confederação Europeia de Bilhar não foram indiferentes à comemoração das bodas de ouro do Campeonato da Europa individual, tendo organizado em conjunto a 50ª edição num dos mais nobres espaços da Cidade do Porto, o Palácio da Bolsa. Doze anos depois, o mesmo espaço vai voltar a receber, em Junho próximo, mais uma edição da mesma competição.
Uma centena de atletas
Entre escolas e seniores, masculino e feminino, três tabelas e pool, o bilhar do FC Porto conta, hoje, com cerca de uma centena de atletas. Em representação não só do clube mas também de “satélites”, como a Casa do Porto de Espinho, o Bilhar Clube do Porto ou a Casa do Porto da Trofa. Três dezenas destes praticantes são jovens, o melhor garante da sobrevivência e expansão futura deste desporto, alguns deles já de olhos postos na evolução que permitiu a João Ferreira ser um dos melhores jovens bilharistas mundiais dos últimos anos.
Pioneiro no feminino
Corriam os anos 90, ainda o bilhar masculino procurava cimentar um lugar no panorama desportivo nacional e o FC Porto lançava-se em mais um projecto arrojado: a criação de uma secção de bilhar feminino. Hoje, a secção, totalmente amadora, conta com cerca de uma dezena de atletas e ostenta, orgulhosamente, mais de duas dezenas de títulos, individuais e colectivos.
por fernando rola fernando.silva@e-letrados.com
DESPORTO
Um terço dos 30 melhores
de dragão ao peito
A secção de bilhar do FC Porto foi fundada por volta de 1940, pela mão de Portugal da Mata, que foi precisamente um dos primeiros internacionais portugueses, ao lado de Alfredo Ferraz, no terceiro campeonato europeu de bilhar livre, disputado em Espinho, em 1932. Nos anos 60 outro grande nome da história da secção, Wilson Neves, relançou uma estrutura parcialmente adormecida para, em 11 de Novembro de 1990, Alípio Jorge Fernandes assumir os destinos do
“A secção de bilhar do FC Porto é uma secção modelo da qual muito me orgulho, pela união de ideias de todos os que dela fazem parte” Pinto da Costa Presidente do FC Porto
bilhar portista, rumo a uma expansão que de há muito ultrapassou as fronteiras nacionais. A visibilidade internacional do bilhar do FC Porto não passa, apenas, pelas grandes organizações. Uma boa parte dos melhores jogadores de três tabelas do planeta representam, ou já representaram, os dragões. Na actualidade, Daniel Sanchez e o turco Semih Sayginer são os expoentes – Semih é um dos melhores do Mundo, actualmente sem cotação por não jogar provas individuais. Mas há mais. O sueco Torbjorn Blomdahl, os turcos Tayfun Tasdemir e Murat Çoklu, o grego Nikos Polychronopoulos, o italiano Marco Zanetti, o peruano Ramon Rodriguez ou o espanhol Ruben Legazpi ajudaram a expandir internacionalmente o nome do clube.
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FOCO em
Sinto que fui sempre do FC Porto Comecei a ganhar na minha carreira internacional no Porto, na Taça do Mundo de 1995. Foi, também, a primeira organização do FC Porto em que estive e logo ali deu para ver que toda a gente ficou impressionada e contente. Para todos nós, jogadores, o Porto não é só um grande torneio, sentimos um carinho especial das gentes, ao contrário da generalidade dos torneios, onde vamos apenas para jogar. Sinto que fui sempre do FC Porto, se vai ser para sempre no futuro ninguém o sabe, mas ser portista faz parte de mim ainda que nem tenha um contrato assinado, nunca tive… falo com o Alípio e o contrato está como se fosse assinado. Há algum tempo joguei na Holanda, para poder evoluir, mas sempre fui jogador do FC Porto. Momentos especiais? Muitos, mas alguns são especiais. A final europeia que jogámos na casa do Sporting, não por ser na casa do Sporting, mas porque ninguém apostava em nós e estivemos muito perto de ganhar. Mas o momento mais marcante foi ter sido Dragão de Ouro. Para mim é um prémio muito especial, porque não é o meu país e foi um reconhecimento marcante e inesquecível? Um objectivo por concretizar no FC Porto? Claro que espero ainda ganhar muita coisa, mas ganhar a Taça da Europa seria o máximo. É difícil, muito mesmo, mas já esteve perto… sempre falhou alguma coisa, às vezes por muito pouco, mas quem sabe…” Um abraço amigo, Daniel Sanchez
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desporto
FOCO em
João Ferreira
Ser campeão do mundo Aos 17 anos, pulverizou a fase de ser considerado uma promessa nacional do bilhar do FC Porto e português para ser uma certeza. Os horizontes,
agora, são mais vastos, quer no plano nacional quer internacional. O mais visível produto da escola de bilhar dos portistas reconhece que esse percurso “ajudou”,
Duas finais europeias mas alerta: “Não chega, é preciso um bom bocado de trabalho individual, até porque os professores têm outras ocupações”. Ou seja, o eterno problema do profissionalismo, ou da falta dele. Porque, ainda que João Ferreira não aspire a ser um profissional de bilhar, tem já um percurso internacional que lhe permite dizer que “há sempre coisas para aprender, em Portugal, mas as experiências no estrangeiro são outra coisa, de um nível e uma exigência incomparáveis”. Neste cenário, questionado sobre um objectivo enquanto praticante de bilhar, não vai em falsas modéstias: “Ser campeão do Mundo”. E por que não? Na Taça do Mundo do ano passado, em Matosinhos, o jovem João Ferreira viveu uma experiência inesquecível ao defrontar o líder mundial Dick Jaspers, da Holanda. E deu luta, apesar da derrota por 1-3.
As épocas de 1998/99 e 2007/08 representam o que de melhor o FC Porto conseguiu nas competições europeias, mas também um certo sentimento de frustração, porque, pelo lado positivo, em ambos os casos chegou à final da Taça da Europa de clubes, contudo, em nenhum conseguiu o título. Em 1971/72, 1995/96 e 2004/05, conquistou o terceiro lugar nesta competição. Em termos nacionais, é extenso o palmarés portista: 16 títulos de campeão nacional de equipas (o primeiro em 1971/72, o mais recente em 2007/08); 7 títulos individuais (Augusto Germano venceu o primeiro em 1971/72), soma 11 conquistas da Taça de Portugal por equipas (a primeira em 1983/84, a mais recente na temporada passada, 2009/10); e ainda 10 triunfos individuais nesta competição.
restaurante
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FOCO em
Quinta da Boucinha
Precursor das bodas completas anos depois virados para os namorados
20 Quem passa na movimentada Avenida Vasco da Gama, entre Vila Nova de Gaia e Oliveira do Douro, não se apercebe da grandiosidade e encanto, visão disponível uma vez entrados num parque de estacionamento, onde se começa a tomar contacto com um jardim encantador, que convida a passeios, à reflexão e ao namoro. Lá dentro, a música ambiente e a decoração ajudam ao charme de uma casa senhorial do século XVII restaurada nos finais do século passado para revolucionar o conceito das bodas de casamento. Na sala de espera, uma mensagem colocada numa mesa com tampo de vidro agradece os mimos prestados no aniversário de uma nonagenária e dá nota 10 (numa escala de 1 a 10) ao serviço. Em frente, um expositor de relógios e joalharia acentua a impressão de um espaço aberto a quem tem muito dinheiro.
Odete Caldeira, há um ano com o marido Rui a administrar o empreendimento, refuta essa impressão. “A nossa aposta é o público em geral, não queremos, de todo, dedicar-nos a nenhum em particular, mas sim primar pela qualidade. Em média, as refeições que servimos custam 9€. Se achamos que todos têm direito a comer fora num local com a qualidade da Quinta da Boucinha, temos de ter preços que permitam chegar a todas as bolsas”. Foi o (então novo) conceito das bodas de casamento que tornaram célebre a Quinta da Boucinha, inovação que ganhou seguidores, mas não reduziu a clientela dos empreendedores. “Há exemplos de casais que fizeram cá a boda e que, depois, festejaram aqui o baptizado e a comunhão dos filhos. Se voltam é porque gostam do serviço”, precisou Odete Caldeira.
Há duas décadas a Quinta da Boucinha abriu a pensar no coração, hoje repete o apelo aos que estão na idade do namoro. A proposta é ousada, como explica Odete Caldeira: “Criámos o menu jovem com o propósito de atrair os casais de namorados. Para eles temos pizzas e francesinhas com ovo e batatas fritas a 9€; depois, podem namorar nos nossos jardins em vez de irem para o carro”. De facto, os jardins, visíveis do interior dos salões, convidam ao passeio e ao namoro, completando em charme e graciosidade uma área de 15 mil metros quadrados, tudo disponível de terça a domingo, das 12 às 00h00. Aos sábados à noite há música ao vivo.
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Do Pokémon ao
Sonic Colours Rapaziada, parabéns, estão a ler a página de jogos da revista emFoco! Com esta revista, vão estar sempre informados do top dos jogos de PSP, NDS (I, lite,), WII, PS2, PS3, XBOX, GAME BOY e PC. Bem, o primeiro jogo do qual vamos falar é a novidade do Pokémon World: POKÉMON RANGER GUARDIAN OF SIGNS. O nome diz
tudo, é um Ranger, mas com um pormenor: apanhas os pokémon, usas os pokémon e os pokémon voltam para onde vieram. Este jogo é aconselhável aos poké-fãs. Com lançamento previsto em 2011, o POKÉMON BLACK and WHITE vai trazer imensas surpresas ao POKÉMON WORLD.
Top 10 1º Super Mario Bros 2º Duck Hunt 3º Wii Sports 4º Super Mario World 5º Grand Thief Auto San Andreas 6º Super Mario Bros. 3 7º Gran Turismo 3 8º Wii Play 9º Grand Thief Auto Vice City 10º Super Mario 64 fonte: http://nadave.net/2008/08/10-jogosde-console-mais-vendidos-no-mundo/
Ratchet
& Clank O jogo do Ratchet existe desde 1997 no mercado português para a Playstation 1, sendo possível hoje encontrar versões para a Playstation 3 e PSP. Dos jogos da série que já tive oportunidade de jogar, o “Ratchet & Clank” é dos que mais gosto. Trata-se de um jogo que não é nem violento nem muito infantil e, como todos os
Passemos ao SONIC THE HEDCHEOG, que lançou o SONIC COLOURS, um jogo em que o maléfico dr. Eggman descobriu outro plano para conquistar o mundo! Construiu um parque de diversões incrível no espaço perto do planeta onde se situa a casa do Sonic, repleto de montanhas russas e atracções incríveis. Mas o dr. Eggman capturou uma raça alienígena chamada “Wisps” e pretende aproveitar a sua energia colorida para abastecer uma arma maligna. Sonic descobre o plano e para o anular vai precisar de toda sua velocidade e habilidade, mas, por delegação da energia alienígena, é um teste que vai passar com muita facilidade!
jogos de aventura e acção, tem os níveis que, neste caso, são planetas para os jogadores completarem. O sucesso dá sempre mais parafusos, podendo estes ser utilizados para comprar armas ou engenhocas necessárias para acabar o jogo, repetindo-se, quase em todos os níveis, esta possibilidade. Por vezes, essas armas e engenhocas - em alguns casos o jogo disponibiliza armaduras ao nosso herói - encontram-se nos próprios níveis. É mais fácil de ser jogado na Playstation do
que na PSP porque, devido à dimensão menor do ecrã na segunda opção, é mais difícil detectar os inimigos, aumentando o perigo de sermos atingidos e mortos. Em alguns casos, morrer significa ter de recomeçar o nível um pouco mais atrás, o que é desagradável.
Gadgets
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iPad2 lá para Abril Quando um jornal como o The Wall Street anuncia, temos tendência para acreditar: o iPad2 chega em Abril ao mercado dos Estados Unidos. Têm sido muitos os rumores, quase todos dizendo que será mais fino, mais leve, terá processador mais rápido e câmara.
Ataque ao ressonar Eis um aparelho que promete atacar uma das pragas do sono do parceiro do lado: o ressonar. Este aparelho, fabricado e desenvolvido no Japão, promete endireitar o nariz de forma a que as pessoas respirem sem problemas e… não ronquem. Ainda não o encontramos em Portugal, por isso, não podemos dizer se resulta. Mas que tem aspecto intimidador, isso é verdade.
Powershot SX230 HD A Canon faz o tudo-em-um nesta pequena compacta: tira fotos (claro!), filma em HD e marca as fotos com coordenadas de GPS (geo-tagging). Acrescente-se um zoom óptico de 14x e capacidade para tirar fotos com 12,1 megapixels. Vai ser lançada em Março.
Abre cápsulas com contador Para que serve? Para contar o número de cápsulas retiradas das garrafas. Se for de cerveja, pode permitir, no dia seguinte, saber quantas garrafas contribuíram para a dor de cabeça. Está à venda!
Rua Fernando Namora, 33 - 3G S/2 4425-651 Pedrouรงos Maia t. 229 028 339 | email: geral@e-letrados.com