Theotokos 10

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Paróquia Santa Maria – Demarchi – São Bernardo do Campo

Edição 10 | Dezembro de 2015 e Janeiro de 2016


A proximidade de Deus ao homem é um dom que não se acaba nunca

Expediente A revista THEOTÓKOS é uma publicação bimestral da Paróquia Santa Maria e produzida pela Pastoral da Comunicação Rua Albino Demarchi, 1233 - Demarchi São Bernardo do Campo – SP – Tel.: (11) 4347-7999 Endereço para correspondência: Rua João Morassi, n° 40 – Demarchi – São Bernardo do Campo - SP Pároco Padre Gonise Portugal da Rocha Jornalista responsável e revisão Lígia Valezi da Silva (Mtb 72617) Projeto gráfico e diagramação Nathalia Araújo e Thais Araújo Comercial / Financeiro Celia Beghini Barrionuevo Impressão MM Produções Gráficas Tiragem 2.000 exemplares Colaborou com esta edição: Pastoral do Dízimo e Gabriela Rosa Cassiano (Anuncie Aqui) Horário das Missas Paróquia Santa Maria Domingos: 7h, 10h e 18h Segundas, quintas e sextas-feiras: 19h Sábados: 15h Capelas Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora de Fátima Domingos: 8h30 Terças-feiras: 19h Comunidade Vila das Valsas Sábados: 19h30 Expediente da Secretaria Terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h Sábado, das 8h às 11h

Queridos irmãos e irmãs! Jesus é a Palavra de Deus que se fez homem e colocou a sua “tenda”, a sua morada entre os homens. Escreve o evangelista: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14). Nestas palavras que não cessam nunca de nos maravilhar, há todo o Cristianismo! Deus se fez mortal, frágil como nós, partilhou a nossa condição humana, exceto o pecado, mas tomou sobre si os nossos, como se fossem Dele. Entrou na nossa história, tornou-se plenamente Deus conosco! O nascimento de Jesus, então, nos mostra que Deus quis unir-se a cada homem e a cada mulher, a cada um de nós, para nos comunicar a sua vida e a sua alegria. Assim, Deus é Deus conosco, Deus nos chama, Deus que caminha conosco. Esta é a mensagem de Natal: o Verbo se fez carne. Assim, o Natal nos revela o amor imenso de Deus pela humanidade. Daqui deriva também o entusiasmo, a esperança de nós cristãos, que na nossa pobreza sabemos ser amados, ser visitados, ser acompanhados por Deus. Com o nascimento de Jesus, nasceu uma promessa nova, nasceu um mundo novo, mas também um mundo que pode ser sempre renovado. Deus está sempre presente para suscitar homens novos, para purificar o mundo do pecado que o envelhece, do pecado que o corrompe. Por mais que a história humana e aquela pessoal de cada um de nós possam ser marcadas por dificuldades e fraquezas, a fé na Encarnação nos diz que Deus é solidário com o homem e com a sua história. Essa proximidade de Deus ao homem, a cada homem, a cada um de nós, é um dom que não se acaba nunca! Ele está conosco! Ele é Deus conosco! E esta proximidade não acaba nunca. Eis o alegre anúncio do Natal: a luz divina, que inundou os corações da Virgem Maria e de São José, e guiou os passos dos pastores e dos magos, brilha também hoje para nós. No mistério da Encarnação do Filho de Deus há também um aspecto ligado à liberdade humana, a liberdade de cada um de nós. De fato, o Verbo de Deus coloca a sua tenda entre nós, pecadores e necessitados de misericórdia. E todos nós devemos nos apressar para receber a graça que Ele nos oferece. Em vez disso, continua o Evangelho de São João, “os seus não o acolheram” (v. 11). Também nós, tantas vezes, O rejeitamos, preferimos permanecer no fechamento dos nossos erros e na angústia dos nossos pecados. Mas Jesus não desiste e não deixa de oferecer a si mesmo e a sua graça que nos salva! Jesus é paciente, Jesus sabe esperar, espera-nos sempre. Esta é a sua mensagem de esperança, uma mensagem de salvação, antiga e sempre nova. E nós somos chamados a testemunhar com alegria esta mensagem do Evangelho da vida, do Evangelho da luz, da esperança e do amor. Porque a mensagem de Jesus é esta: vida, luz, esperança, amor. Maria, Mãe de Deus e nossa amorosa Mãe, apoie-nos sempre, para que permaneçamos fiéis à vocação cristã e possamos realizar os desejos de justiça e de paz que trazemos em nós no início deste novo ano.

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Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco


Caríssimos irmãos e irmãs leitores da revista Theotókos, Paz e Bem! No mês de dezembro teremos a alegria de iniciar um ano santo, no qual o papa Francisco nos convida a celebrar a misericórdia de Deus para cada um de nós. O tema da misericórdia tem sido central no pontificado de Francisco. Ele anunciou a promulgação de um Ano Santo da Misericórdia. Foi o papa em pessoa quem o comunicou, durante a liturgia penitencial que presidiu na Basílica de São Pedro e na qual ouviu a confissão de alguns fiéis, em abril deste ano. Este Jubileu Extraordinário começará no próximo dia 8 de dezembro, no quinquagésimo aniversário de fechamento do Concílio Ecumênico Vaticano II, e durará até a festa de Cristo Rei, em novembro de 2016. Misericórdia é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade; misericórdia é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro. Misericórdia é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa [...]. Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem (2). Com esse Ano Santo, o papa Francisco nos convida a fixar o olhar na misericórdia, para sermos sinais do agir do Pai. Meus irmãos e irmãs, este é um tempo forte e eficaz de testemunharmos nossa fé, um kairós, isto é, um tempo de graça. A data escolhida para a abertura do jubileu é dia 8 de dezembro, solenidade da Imaculada Conceição. Essa data possui um significado todo especial. Como diz o papa: “Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Será aberta a Porta Santa. Onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor de Deus que consola, perdoa e dá esperança” (3). Mas é também a data que se comemora o cinquentenário da conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II. O concílio foi um verdadeiro sopro do Espírito Santo, para falar de Deus aos homens do seu tempo de modo mais compreensível. A Igreja sentia a responsabilidade de ser, no mundo, o sinal vivo do amor do Pai (3). A misericórdia de Deus é uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma mãe que se comovem pelo próprio filho até o mais intimo das suas vísceras (6). E para cada um de nós que iremos vivenciar esse Ano Santo, na

perspectiva da Palavra de Deus: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36). Meus irmãos, este é um projeto de vida que é construído na alegria e na paz. Primeiro é preciso escutar a Palavra de Deus. No mundo de correria é preciso silenciar para meditar bem as palavras de Deus (13). Abrir o coração àqueles que vivem nas mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma dramática, acrescenta o papa Francisco. É preciso a Igreja sentir-se chamada ainda mais a cuidar das feridas (15). Por fim, o nosso pensamento se volta para a mãe da misericórdia. Ninguém como Maria conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Ela entrou no santuário da misericórdia divina porque participou intimamente no mistério do seu amor. Aos pés da cruz, Maria atesta que a misericórdia do Filho de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém (24). O papa Francisco já nos seus discursos nos conduziu ao caminho de um Deus que nos ama e que não se cansa de nos perdoar, nós que nos cansamos de pedir perdão. Somos convidados a viver intensamente esse amor e nos colocar na presença de Deus como filhos que retornam ao seio do Pai. Tenhamos a certeza que seremos abraçados e acolhidos como filhos muito amados. A Igreja, esposa de Cristo, é uma mãe. Que se mostra amorosa, paciente e cheia de misericórdia e bondade. Contemplar o rosto da misericórdia. Deus é aquele que está presente, aquele que é próximo, providente, santo e misericordioso. Porque eterna é a sua misericórdia (Sl 136). (Os números entre parênteses se referem ao parágrafo da bula Misericordiae Vultus, documento apresentado pelo papa Francisco.) Fraternalmente,

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Frei Alessandro Rodrigues Ordem dos Frades Menores Conventuais


José Antonio de Oliveira, 54 anos, administrador, vendedor e esposo de Márcia Garcia de Oliveira. Pai de Alice Cristina, 29, e Estevão, 26. José Antonio, junto com vários amigos e voluntários, colaborou com a construção da capela Imaculado Coração de Maria, fruto de muito esforço e trabalho com a realização de feijoadas, bingos e quermesses, e muitos outros eventos realizados com a participação de pessoas envolvidas e comprometidas com a evangelização, o sagrado dom de levar Deus aos moradores do bairro Terra Nova II. Não satisfeito com a iniciativa de empreender a construção da capela, ainda encontrou tempo para outra nobre vocação, tornando-se ministro da Eucaristia em 2009, sendo que Márcia serve no ministério há 12 anos. José Antonio e Márcia dão juntos o testemunho do poder de Deus em sua família. No dia 17 de agosto de 2012, ao se preparar para mais um dia de trabalho, José Antonio sentiu-se mal e precisou ser socorrido às pressas, com a ajuda dos vizinhos. A pressão arterial já estava muito alta e após passar por uma bateria de exames, foi constatado que se tratava de um aneurisma cerebral de nível cinco (numa escala de zero a cinco, zero é considerado leve e cinco, grave), e as chances de sobrevivência não ultrapassavam de 1%. José passou por uma cirurgia de emergência no dia seguinte, em 18 de agosto de 2012, que tinha duração prevista de quatro horas, mas acabou levando o dobro. De acordo com o médico cirurgião responsável (doutor Hugo Leonardo Doria), um dos melhores do Estado, o cérebro de José Antonio foi encontrado num estado muito critico. Apesar disso, o

procedimento cirúrgico foi um sucesso e a recuperação dependia de José Antonio, mas, sobretudo, de Deus. O pós-cirúrgico inspirou muitos cuidados, fé e grande corrente de oração, porque em todos os momentos Márcia, sua esposa, acreditava plenamente na misericórdia divina e pedia que prevalecesse sempre a vontade de Deus. José Antonio passou 18 dias em coma, perdeu 18 quilos e, nesse intervalo sua pressão cerebral continuava alta mesmo estando sedado, e respondia a poucos estímulos. Diante da gravidade do seu estado de saúde, ele chegou a receber a extrema unção do hoje padre emérito José Aguirre. Cerca de 15 dias após a cirurgia, os médicos começaram a retirar alguns aparelhos e medicamentos e, cada reação por menor que fosse, era uma vitória para a família, que permanecia reunida em oração. Nesse período, devido à sonda e fortes medicações, José Antonio tinha dificuldades para caminhar e se movimentar. Os filhos Alice e Estevão, parentes e irmãos da comunidade esperavam muito em Deus. Amigos se deslocaram de longe para, juntos, rezar pela saúde e recuperação de José. É com brilho nos olhos e visivelmente emocionado que José Antonio se recorda do ocorrido. Ao lado da esposa, ele testemunha o quanto é necessário se entregar completamente nos braços de Jesus Cristo. Em dezembro do mesmo ano, para honra e glória do Senhor Jesus, o médico que o acompanhava retirou totalmente a medicação. José Antonio estava curado, recuperado e sem nenhuma sequela (o que não é muito comum em pacientes que passam por esse tipo de situação). O milagre mais uma vez aconteceu na vida do servo de Deus. José Antonio retomou as suas atividades diárias e hoje leva uma vida normal, mas sem descuidar da saúde. Periodicamente retorna ao médico e agora amigo, doutor Hugo Leonardo, para consultas, e às vezes para um bom bate papo de velhos conhecidos.

Testemunho relatado a Cláudio Brandão Membro da Pastoral da Comunicação

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DÍZIMO: COMPROMISSO, PARTILHA E GRATIDÃO. Por falta do conhecimento da Palavra de Deus, muitas pessoas não devolvem o dízimo na sua paróquia, isto porque ainda não têm a consciência do que é ser igreja e desconhecem a importância de ser um dizimista fiel. O QUE PRECISAMOS SABER SOBRE O DIZIMO É muito importante saber sobre esse assunto, principalmente nos dias de hoje, quando falsos religiosos mercadores da fé se utilizam de algumas passagens bíblicas como meio de extorquir e explorar pessoas simples e de pouca instrução, procurando para si enriquecimento e vantagens. É por esta causa e pela falta de conhecimento de alguns fiéis que resolvi escrever sobre o significado do dízimo, que é justo e verdadeiramente cristão. A história nos diz que nos tempos do Velho Testamento na Lei de Moisés estava escrito que era obrigatório o pagamento de 10% do rendimento do fiel na forma de mantimentos, da colheita na agricultura e de bens. Esse valor era usado para manter a tribo de Levi e também os sacerdotes encarregados da manutenção do Tabernáculo e do Templo. Os mantimentos serviam também para atender os pobres, órfãos e viúvas nas suas necessidades. Com a destruição do Templo no ano 70 d.C. e com o cessar dos sacrifícios e da classe sacerdotal, os rabinos recomendaram para os judeus que prestassem auxílio aos mais humildes contribuindo com 10% de tudo que colhiam da terra com o seu trabalho. Hoje somos também convidados a oferecer a décima parte do que ganhamos, mas com a certeza de o fazer sempre com alegria no coração, sentindo o desejo sincero de partilhar o que temos e o que somos. A Igreja não exige que a doação seja de 10%. Cada pessoa deve definir livremente, sem tristeza nem constrangimento, qual percentual dos seus ganhos irá separar para o dízimo. Não podemos esquecer que devolver o dízimo é um ato de adoração. Mesmo sendo o dono de tudo, Deus confiou ao homem o gerenciamento da terra e dos seus recursos (Gênesis 1, 28; 2,15). Os israelitas foram ensinados a adorar a Deus com o dízimo, ou seja, 10% de tudo o que se produzia. Abraão já tinha esse costume (Gênesis 14,18-20), que perdurou no Novo Testamento (Mateus 23,23; Hebreus 7,2). A palavra “dízimo”, que quer dizer “décima parte”, é citada muitas vezes na bíblia: (Gn 14, 20b); (Lv 27, 30-32); (Nm 18, 21;24;26;28;30); (1 Sm 8, 15-17); (Mc 3,49); (Mt 23,23); (Lc 11,42).

Com o passar do tempo, algumas pessoas tendem a se acomodar e a mudar seus sentimentos, perdem a disposição para devolver o dízimo. Normalmente isso acontece em período de férias e fim de ano, que com o entusiasmo pela diversão e festas, chegam a esquecer de seu dever para com a Igreja. Acabam se preocupando mais com as coisas do mundo chegando a pensar que não é tão necessário devolver o seu dízimo. Esse comportamento não podemos nunca deixar acontecer em nossa vida, precisamos ser conscientes de nossa obrigação e saber que temos um compromisso fixo para com Deus manifestando a nossa fé com amor e atenção à nossa comunidade e ao próximo. É através do dízimo que a Igreja mantém a sua atividade, realiza obras de caridade, sustenta seus trabalhos de evangelização, e dá assistência aos menos favorecidos. É pelo dízimo que podemos viver as maiores virtudes de um cristão: a fé, esperança, a caridade, no amor ao nosso semelhante. Deus nos dá o livre arbítrio, e a nossa doação deve ser feita com alegria no coração. Quem doa de boa vontade faz bem a quem dá e a quem recebe. Através desta liberdade demonstramos os valores de gratidão e profundo amor ao nosso Pai e do seu reino. Dez motivos para ser dizimista: 1) O dizimo é o reconhecimento de que tudo pertence a Deus; 2) O dizimo é devolução e não pagamento; 3) O dizimo é uma atitude de amor e de fé; 4) O dizimo é bíblico; 5) O dizimo é um ato livre e espontâneo; 6) O dizimo é uma atitude de obediência; 7) É do dizimo que também sai o sustento da Igreja; 8) Com o dizimo a paróquia e a diocese mantêm as obras de evangelização; 9) O dizimo é administrado pelo padre e uma equipe paroquial; 10) O dizimo atrai as bênçãos de Deus em nossa vida Seja você também um dizimista fiel em sua paróquia ou comunidade, procure um agente da pastoral e faça seu cadastro. “Deus ama quem dá com alegria” (Coríntios 9,7). Ser amado por Deus, não tem preço! Procure a Pastoral do Dízimo e informe-se. Paróquia Santa Maria: Adriana, Carlos, Denise, Ecedite, Ednéia, Eric, Idalina, Isabel, Ivanil, Jucélia, Maria, Reginaldo e Wellington. Capela Imaculado Coração de Maria: Madalena, Márcia, Maria de Fátima e Marilú. Capela Nossa Senhora de Fátima: Ana Cláudia e Maria Aparecida. Comunidade Vila das Valsas: Ana e Francisca. Sérgio Monteiro Gomes Ministro extraordinário da Comunhão e membro da Pastoral da Comunicação

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REVISTA THEOTテ適OS - 06 -


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“Tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16,18) Pedro Carlos Cipollini nasceu em 4 de maio de 1952, na cidade de Caconde (SP), fillho do casal já falecido João Cipollini e Alzira Carneiro Cipollini. Tem duas irmãs e um irmão, também membro participante ativo do clero da Diocese de Marília, dom Luiz Antônio Cipollini. Fez seu noviciado com os padres paulinos em 1972 e ingressou no seminário Central da Imaculada Conceição de São Paulo pela Diocese de Franca. Cursou Filosofia e Pedagogia nas Faculdades Associadas do Ipiranga entre 1973 e 1976. Realizou o curso de Teologia na Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção, na Arquidiocese de São Paulo, obtendo bacharelado em 1977. Neste mesmo ano foi ordenado diácono em Franca. É autor dos livros “Um cristão para hoje”, da Editora Paulinas, “Cidade transfigurada: o futuro do mundo urbano pela solidariedade”, da Editora Alinea, além de editar o livro “Permanecei no meu Amor: para uma espiritualidade presbiteral do serviço”. Cursou pós-graduação em Teologia na Faculdade Pontifícia Nossa Senhora da Assunção no ano de 1984, defendeu sua tese baseada na Teologia Dogmática. Realizou curso de extensão sobre o novo Código de Direito Canônico no Instituto de Teologia Salesiano Pio IX. Foi diretor espiritual do seminário propedêutico; fez doutorado em Teologia na Itália, estudando na Universidade Gregoriana e defendendo a tese sobre Eclesiologia. Foi professor de História da Igreja Antiga, Eclesiologia, Mariologia e Epistemologia Teológica. Manteve um programa diário na TV Século 21 de 2011 até 2015. Eleito bispo em Amparo (SP), pelo papa Bento XVI e nomeado bispo de Santo André pelo papa Francisco, substituiu Dom Nelson Westrupp SCJ., por limite de idade. Dom Pedro tomou posse da Diocese de Santo André em 26 de julho de 2015, em missa realizada na Praça do Carmo, na cidade de Santo André, sendo recepcionado por seus fieis leigos com todo amor e carinho. Tomado de caridade e humildade, antes da posse canônica visitou funcionários demitidos da GM e realizou diversas visitas às paróquias da diocese, inteirando-se da realidade das igrejas locais. No dia 28 de setembro de 2015, a Paróquia

Santa Maria recebeu pela primeira vez o bispo, que cumprimentou e sorriu constantemente a todos com sua simplicidade. No momento da homilia, sabiamente falou da importância de estarmos reunidos em torno da Palavra de Deus, e disse ainda: “Reunidos como comunidade de fé, todos nós aqui fomos batizados, então o batismo fez de nós pedras vivas da construção de Deus, a Igreja de Jesus, a Igreja que é comunidade, comunhão de amor, de fé, de esperança. Então pelo batismo fomos consagrados para sermos membros do povo de Deus, a sua Igreja. E qual é a nossa função? Testemunhar Jesus ao mundo. Como a nossa fé, vivida no dia a dia, na prática. A fé age pelo amor. Então através do amor nós demonstramos nossa fé, o amor concreto e verdadeiro. E a Palavra de Deus nos ilumina”. No encerramento da missa, dom Pedro nos deu a oportunidade de matar um pouquinho da saudade de um grande amigo que ficou gravado em nossos corações apesar de permanecer conosco por tão pouco tempo. Padre Guilherme, conhecido por nossa paróquia como padre Gui, um jovem sacerdote que contribuiu conosco por alguns meses e nos deixou um zelo, um carisma muito intenso. Ele veio para nossa paróquia em janeiro de 2015 como seminarista. Foi ordenado diácono em 7 de fevereiro e tornou-se padre em 18 de julho, e acabou nos “deixando” para obter uma experiência ainda maior ao lado de nosso bispo, trabalhando como secretário episcopal. Padre Guilherme deixou em nós um legado rico em conhecimento teológico e litúrgico, além de nos demonstrar a importância de se doar a cada dia, nos transbordando com o amor de Cristo. Fonte: http://www.diocesesa.org.br/bispo-diocesano/ Acesso no dia 1 de outubro de 2015, às 18h42.

Vanessa Gonçalves de Paula Membro da Pastoral da Comunicação

REVISTA THEOTÓKOS - 08 -


Ao criar o homem, Deus percebeu “que não é bom que o homem esteja só” (Gn 2, 18), e então disse: “Vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2, 18). E Deus criou a mulher. Adão, feliz, exclamou: “Eis agora aqui o osso dos meus ossos e a carne da minha carne” (Gn 2,23). Por isso, “o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e os dois formarão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19, 5-6). Essa é a vontade de Deus: que o homem se una à sua mulher, que sejam um. Um só dinheiro, uma só vontade, um só objetivo, uma só felicidade. Aí começa o problema do casamento, pois na maioria das vezes o casal não se une, mas sim, se junta. Moram debaixo do mesmo teto, mas cada um tem um objetivo na vida, continuam a viver como se continuassem solteiros, continuam a fazer as mesmas coisas de antes: é futebol com os amigos, é shopping com as amigas; um espera que o outro o satisfaça quando deve acontecer exatamente o contrário: o casal deve se unir com o intuito, em primeiro lugar, de fazer o outro feliz, de ajudar o outro a crescer. Minha felicidade tem que ser a felicidade do meu cônjuge, a minha vontade deve ser o que é mais importante para o casal, não para mim. No casamento, o “eu” deve dar lugar ao “nós”: a nossa vontade, o nosso desejo, o nosso objetivo. Para que isso aconteça, em primeiro lugar, ambos devem se conhecer bem, é necessário muito diálogo para começar a trilhar nesse sentido com muito amor. E amar é doar-se; o verdadeiro amor não se importa em renunciar aos seus próprios interesses e desejos para construir algo em comum, exige sacrifícios. Mas todo esse sacrifício não é sofrimento, não é algo que tortura, e sim, uma grande alegria! No casamento deve-se ter em mente que cada um teve uma história de vida, vem de família diferente, com formação diferente, com características próprias. Quando o casal se une, as diferenças devem ser respeitadas, ambos devem crescer juntos, o amor deve vencer para que seja formado um novo jeito de viver, para que surja a base de uma nova família. O casamento é uma instituição divina, por isso a finalidade do casal é formar uma nova família, gerar filhos para Deus. Embora em alguns casos esse casal não gere filhos, pois nem sempre a vontade de Deus é a mesma que a nossa. Mesmo assim, esse casal é uma família. Construir uma família não é fácil, na realidade é uma grande obra. Por esse motivo é que Deus é fundamental na vida do casal. Sem Deus nada somos. Os filhos são uma benção, a maior riqueza do casal. Educá-los na fé e no amor é a principal função dos pais. Os pais só conseguirão formar os filhos se estiverem em torno da família, se o objetivo for a família. Se a preocupação do pai ou da mãe for, em primeiro lugar, a carreira profissional, a família fracassa.

O objetivo primeiro do casal, lógico, deve ser Deus, e depois a família. Não há alegria e satisfação maiores do que ver os filhos bem encaminhados, trilhando nos caminhos do Senhor. Não há dinheiro no mundo que traga essa satisfação. O casal deve entender essa realidade, a importância de sua missão dentro do projeto salvífico de Deus. Devemos educar nossos filhos na fé, principalmente através do exemplo. Para isso, é necessária sempre a intercessão de Nossa Senhora. É a vivência religiosa dos pais que levará os filhos a amar a Deus. O que une o casal, o que os atraiu, foi o amor: homem e mulher se olharam, se amaram e se uniram. Então a base da família é o amor. Por isso é que o mundo luta tanto para destruir as famílias, pois o mundo sabe que nunca poderá vencer o amor, nunca poderá vencer uma família unida. Surge aí a importância fundamental do sacramento do matrimônio, pois só conseguiremos vencer as tentações do mundo se estivermos ligados a Cristo. Perto Dele o mundo não consegue nos atingir, porque Deus é amor. Nesse sentido, a formação de nossos futuros casais é importantíssima. Deve-se ter em mente que o matrimônio, assim como o sacramento da ordem, é considerado um sacramento de serviço. Estamos à serviço de Deus na implantação de seu reino neste mundo. Não podemos deixar esse sacramento ser banalizado, pois ele é a base da nossa sociedade. Temos o dever de protegê-lo, não podemos deixar que ele seja transformado simplesmente num ato social. Ele é muito mais que isso: é um ato de fé.

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Ana Lúcia S. Roggi e Guido Evaristo Roggi Ministros extraordinários da Comunhão e catequistas de adolescentes e jovens


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