Paróquia Santa Maria – Demarchi – São Bernardo do Campo
Edição 12 | Abril e Maio de 2016
Trabalho, expressão do amor São José Operário
Expediente A revista THEOTÓKOS é uma publicação bimestral da Paróquia Santa Maria e produzida pela Pastoral da Comunicação Rua Albino Demarchi, 1233 - Demarchi São Bernardo do Campo – SP – Tel.: (11) 4347-7999 Endereço para correspondência: Rua João Morassi, n° 40 – Demarchi – São Bernardo do Campo - SP Pároco Padre Gonise Portugal da Rocha Jornalista responsável e revisão Lígia Valezi da Silva (Mtb 72617) Projeto gráfico e diagramação Nathália Araújo e Thaís Araújo Tiragem 2.000 exemplares Colaborou com esta edição: Pastoral do Dízimo e Larissa Rosa Cassiano (Anuncie Aqui) Horário das Missas Paróquia Santa Maria Domingos: 7h, 10h e 18h Segundas, quintas e sextas-feiras: 19h Sábados: 15h Capelas Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora de Fátima Domingos: 8h30 Terças-feiras: 19h Comunidade Vila das Valsas Sábados: 19h30 Expediente da Secretaria Terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h Sábado, das 8h às 11h
“A expressão quotidiana deste amor na vida da família de Nazaré é o trabalho”. O texto evangélico especifica o tipo de trabalho, mediante o qual José procurava garantir a sustentação da família: o trabalho de carpinteiro. Esta simples palavra envolve toda a extensão da vida de José. Para Jesus, este período abrange os anos da vida oculta, de que fala o Evangelista, a seguir ao episódio que sucedeu no templo: “Depois, desceu com eles para Nazaré e era-lhes submisso” (Lc 2, 51). Esta submissão, ou seja, a obediência de Jesus na casa de Nazaré é entendida também como participação no trabalho de José. Aquele que era designado como o “filho do carpinteiro”, tinha aprendido o ofício de seu “pai” putativo. Se a família de Nazaré, na ordem da salvação e da santidade, é exemplo e modelo para as famílias humanas, é também analogamente o trabalho de Jesus ao lado de José carpinteiro. Em nossa época, a Igreja pôs em realce isto mesmo, também com a memória litúrgica de São José Operário, fixada no primeiro de maio. O trabalho humano, em particular o trabalho manual, tem no Evangelho uma acentuação especial. Juntamente com a humanidade do Filho de Deus, ele foi acolhido no mistério da Encarnação, como também foi redimido de maneira particular. Graças ao seu banco de trabalho, junto do qual exercitava o próprio ofício juntamente com Jesus, José aproximou o trabalho humano do mistério da Redenção. No crescimento humano de Jesus “em sabedoria, em estatura e em graça” teve uma parte notável a virtude da laboriosidade, dado que “o trabalho é um bem do homem”, que “transforma a natureza” e torna o homem, “em certo sentido, mais homem”. A importância do trabalho na vida do homem exige que se conheçam e assimilem todos os seus conteúdos, “para ajudar os demais homens a aproximarem-se através dele de Deus, Criador e Redentor, e a participarem nos seus desígnios salvíficos quanto ao homem e quanto ao mundo; e ainda, a aprofundarem na sua vida e amizade com Cristo, tendo, mediante a fé vivida, uma participação no seu tríplice múnus: de Sacerdote, de Profeta e de Rei”. Trata-se, em última análise, da santificação da vida quotidiana, no que cada pessoa deve empenhar-se, segundo o próprio estado, e que pode ser proposta apontando para um modelo acessível a todos: São José é o modelo dos humildes, que o cristianismo enaltece para grandes destinos; é a prova de que para ser bons e autênticos seguidores de Cristo não se necessitam “grandes coisas”, mas requerem-se somente virtudes comuns, humanas, simples e autênticas.
www.paroquiasantamariasbc.com.br santamariademarchi@gmail.com Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco
: santamariademarchi
Maio é um mês especial! Mês das mães. As mães que Deus escolheu para nos gerar, criar, educar, proteger e amar. Não foi por mero acaso. É o mês de Santa Maria, mãe de Jesus e nossa. Santa Maria, por meio de seu semblante, deixa transparecer a divindade de seu Filho muito amado, Jesus. Ela é a mãe do Puro Amor. É o veículo direto que nos comunica com Seu Filho. É nossa intercessora. A ela confiamos nossas fraquezas, nossos sofrimentos, nossas limitações. Maria é nosso HELP! O colo de Santa Maria é maternal. Nele, encontramos abrigo e consolo. Ela nos conforta, nos acalenta. A presença da Virgem Maria em nossas vidas é real. Maria nos guia a cada momento. É mãe cuidadosa e amorosa com seus filhos. Assim também devem ser os pais com seus filhos, semelhantes à Maria. Tratá-los com carinho e cuidados, mesmo com muito esforço. Devemos ser fiéis à Mãe de Deus, oferecendo nossas orações, aflições, angústias e tendo-a em lugar especial e respeitoso em nossas vidas. Ela não se esquece de nós. As mães precisam ser como Maria, acalentando seus filhos, educando-os e amando-os, dentro dos princípios morais, éticos e religiosos. Mães comprometidas com seus filhos, até as últimas consequências. Isso alegrará o coração de Maria. Maria supervisiona a maternidade de todas as mães. Ela é mãe celeste das mães. Ela nos abençoa e solidifica nossa fé em seu Filho amado. Com Maria firmamos nosso elo de união com Jesus Cristo, seu FILHO. O profundo mistério de ser mãe de Deus a coloca numa posição privilegiada na história da salvação, elevando-a acima de todas as criaturas. Porém, não podemos esquecer que sua vida foi de ser humano normal e semelhante à nossa, com as devidas diferenças da época. Mas as preocupações, sofrimentos, trabalhos foram exatamente como os nossos. Estamos acostumados a vê-la nos altares, merecidamente, envolta em vestes douradas, mãos postas, glorificada. Mas nos esforcemos para também vê-la de avental, cozinhando e lavando como nós. Nossa relação com Nossa Senhora é de infinita igualdade e ao mesmo tempo de grandezas diferentes. E o SIM de Maria? É o SIM do verdadeiro e Santo Amor.
Queremos pedir um pouco da sua coragem, para darmos o SIM necessário à realização do plano de Deus em nós. O SIM de Santa Maria a coloca em plena disponibilidade ao Criador. Sem pensar nas consequências, faz a sua entrega, entrega total de prova de amor. Maria foi o maior exemplo de fé, de certeza, fidelidade ao Pai. Renuncia sua própria vida de jovem comum e assume o principal papel na história universal, o de mãe de Deus. O nosso culto à Virgem Santíssima, Mãe de Deus, Rainha de todos os Anjos e Santos é de SUMA VENERAÇÃO-HIPERDULIA. A Igreja estabeleceu duas festas de preceito e honra à Santa Maria. A festa da Imaculada Conceição, no dia 8 de dezembro, e a festa da Assunção de Maria, em 15 de agosto. As demais festas celebram os privilégios de Maria. E são muitas, pois ela tem muitos títulos. São Bernardo, devoto mariano, dizia que o coração de Maria Santíssima é como um quadro onde estão pintados todos os atrozes sofrimentos de seu Filho. Para conhecê-los, não é preciso fitar a cruz, basta observar o coração da Mãe Dolorosa. Os espinhos que ferem a cabeça de Jesus, os pregos que transpassam os pés, as mãos, as feridas que lhe cobrem os ombros, os insultos, as angústias, tudo isso está visivelmente esculpido no coração da Santíssima Virgem. No coração das mães também estão cravados os sofrimentos de seus diletos filhos. Como a Virgem Maria, as mães têm seus sofrimentos e suas dificuldades. Confiemos todas as tribulações à Maria. Nas suas frequentes aparições, ela repete: “Orai, orai muito pela conversão dos pecadores! Fazei penitência!”. Devemos fazer o que ela nos pede. São vários seus títulos e muitos tratamentos especiais. Podemos e devemos tratá-la com respeito e dignidade. Entre muitos títulos estão Santíssima Virgem Maria, Nossa Senhora, Mãe de Deus ou simplesmente MARIA. A exemplo de Santa Maria, mulheres, sejam mães com docilidade, paciência e serviço, tudo temperado com fartas doses de amor para o exercício do dom nobre desta linda e especialíssima missão: ser MÃE! No último domingo do mês de maio, comemoramos o dia de Santa Maria, mãe de Deus e nossa mãe, que na verdade, é todo dia. Mãe não tem férias, assim como não tiramos férias de Deus. A mãe exerce sua maternidade até o fim. Com certeza será uma novena e festa com Nossa Senhora e para Nossa Senhora. Santa Maria nos ensinando a cada dia a semear as sementes do Reino de seu Filho Jesus.
Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco
REVISTA THEOTÓKOS - 03 -
“Não tenhais medo de ser santos”. Foram essas as palavras que São João Paulo II proclamou aos que estavam presentes na Jornada Mundial da Juventude de 1989, em Santiago de Compostela, na Espanha, e este é o grande chamado de Deus para cada um de nós. O evangelista São Mateus nos narra em seu Evangelho: “Portanto, sede santos, assim como vosso Pai celeste é santo” (Mt 5,48). Neste ano Santo da Misericórdia temos de maneira especial que nos recordar deste lindo convite que recebemos de Deus. Em julho de 2016 haverá mais uma edição da Jornada Mundial da Juventude, desta vez em Cracóvia, na Polônia, país de origem de São João Paulo II e Santa Faustina Kowalska, duas referências que nos auxiliam nesta longa caminhada da busca pela santidade. Os dois santos são os patronos da Jornada Mundial da Juventude. Nada mais justo e propício, por serem dois santos que souberam viver, aceitar e levar a misericórdia de Deus em todos os lugares que passaram durante suas vidas, e que até hoje nos ensinam e nos levam a buscar a misericórdia de Deus como o auxílio e a força que nos impulsionam a continuar essa incessante busca pela santidade e pelo céu! São João Paulo II foi um exemplo de cristão, servo e pastor para todos. Não tem como não olhar a vida deste homem santo e não entender o que é, e como viver a misericórdia. Quero te recordar de uma pequena parte da vida de São João Paulo II, que particularmente me faz entender o que é ser cristão e me direciona a viver a misericórdia e a caridade. Em 1981, o então papa João Paulo II sofreu um atentado na Praça São Pedro, em Roma. Um homem turco chamado Mehmet Ali Agca disparou tiros à queima roupa contra o pontífice. Uma bala atravessou o abdômen e outra quase acertou o coração. Você deve estar se perguntando: Mas onde está a misericórdia? E a caridade? A misericórdia e a caridade estão na maneira de viver deste santo. É muito provável que a maioria de nós não quisesse
sequer ouvir falar o nome deste turco, porém São João Paulo II foi visitá-lo na prisão em 1983 para perdoá-lo. “O amor me explicou tudo”, disse São João Paulo II. Santa Faustina viveu apenas 33 anos (1905 – 1938), sendo 13 de vida religiosa. Ao longo de toda a sua trajetória, Santa Faustina escreveu um diário, onde registrava desde suas experiências como criança a suas experiências místicas com Jesus. Foi para Santa Faustina que Jesus apareceu e pediu que fosse pintada a famosa imagem que temos hoje de Jesus Misericordioso, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. “Ofereço aos homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. Esse vaso é a imagem com a inscrição Jezu, ufam tobie – Jesus, eu confio em Vós”. (Diário de Santa Faustina, 327). Recebemos uma fonte inesgotável para nossa conversão diária, para nos fortalecer na luta diária contra a correria do mundo de hoje, contra nossos pecados, contra nossa tendência a querer desistir de tudo. Que possamos sempre nos lembrar de que a misericórdia de Deus nos alcança e nos fortalece, assim como o próprio Jesus revelou a Santa Faustina: “A conversão e a perseverança são uma graça da minha misericórdia” (Diário de Santa Faustina, 1577). Que a exemplo destes dois grandes santos de nossa Igreja, patronos da JMJ 2016, possamos perseverar e buscar viver as belezas da misericórdia, da caridade e da alegria que nos vêm de Deus! São João Paulo II e Santa Faustina Kowalska roguem por nós!
REVISTA THEOTÓKOS - 04 -
Lucas Faria Ministro extraordinário da Comunhão e da Palavra
Mal começamos 2016 e já estamos com o coração e os olhos voltados para 2017. É que em 13 de maio do ano que vem comemoraremos os 100 anos da primeira aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta na cova da Iria, em Fátima, Portugal. E em 12 de outubro de 2017 comemoraremos 300 anos do encontro da imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul a três pescadores: Domingos Alves, João Alves e Felipe Pedroso. Considerando que as comemorações de Fátima e Aparecida têm 2017 como o ponto mais alto, convidamos os devotos a participarem da grande festa do jubileu e celebrarmos os 300 anos de bênçãos e graças recebidas das mãos maternas da Virgem Aparecida e os 100 anos das aparições de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. Os santuários de Fátima, em Portugal, e de Aparecida se uniram para prepararem essa grande festa, numa iniciativa conjunta do arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, do bispo de Leiria-Fátima, dom António Marto. A comemoração recebeu o nome: “2017: Aparecida e Fátima, centenários de bênçãos”. Em maio de 2015, a imagem de Nossa Senhora
Aparecida foi entronizada solenemente no santuário de Fátima, em Portugal, e o santuário de Fátima presenteou o santuário de Aparecida com uma imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, diante da qual milhares de fiéis rezam o rosário. Uma das ações pastorais em preparação para o jubileu de Aparecida é a peregrinação da imagem pelas dioceses e arquidioceses de todo o Brasil. A nossa Diocese de Santo André fará essa peregrinação a Aparecida para buscar a imagem, no dia 14 de maio deste ano. Essa imagem percorrerá várias paróquias de nossa diocese. Será um momento de muita oração e grande devoção para os fiéis. Façamos votos, como fez dom Damasceno, que os jubileus de Aparecida e Fátima “sejam um verdadeiro ‘kairós’, um tempo especial da misericórdia de Deus, da sua bondade e ternura e um tempo de conversão e oração para todos os peregrinos que visitarão esses dois santuários”.
REVISTA THEOTÓKOS - 05 -
Ana Lúcia S. Roggi Ministra extraordinária da Comunhão e catequista de jovens
REVISTA THEOTテ適OS - 06 -
REVISTA THEOTテ適OS - 07 -
Na primeira quinta-feira após a solenidade da Santíssima Trindade, a Igreja celebra devotamente a festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, comumente chamada de Corpus Christi. A motivação litúrgica para tal festa é o louvor merecido à Eucaristia, fonte de vida da Igreja. Desde o princípio de sua história, a Igreja devota à Eucaristia um zelo especial, pois reconhece neste sinal sacramental o próprio Jesus, que continua presente, vivo e atuante em meio às comunidades cristãs. Celebrar Corpus Christi significa fazer memória solene da entrega que Jesus fez de sua própria carne e sangue para a vida da Igreja, e comprometer-nos com a missão de levar esta Boa Nova para todas as pessoas. A celebração do Corpo de Cristo Santo Tomás de Aquino, o chamado doutor da Igreja, destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem (passado). Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental de Jesus Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade (presente). Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus (futuro). A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões do sacramento. Por isso envolve com muita solenidade a festa do Corpo de Cristo. Não raro, o dia de Corpus Christi é um dia de liturgia solene e participada por um número considerável de fiéis. As leituras bíblicas deste dia lembram-nos a promessa da Eucaristia como Pão do Céu (Jo 6, 51-59 - Ano A), a última Ceia e a instituição da Eucaristia (Mc 14, 12-16. 22-26 - Ano B) e a multiplicação dos pães para os famintos (Lc 9, 11b-17 Ano C). A celebração de Corpus Christi surgiu na Idade Média e consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. Quarenta dias depois do Domingo de Páscoa ocorre a quinta-feira da Ascensão
do Senhor. Dez dias depois temos o domingo de Pentecostes. O domingo seguinte é o da Santíssima Trindade, e na quinta-feira é a celebração do Corpus Christi. Era necessária, realmente, uma data distinta para que se manifestasse um culto especial ao Corpo e Sangue de Cristo, atraindo d’Ele nova graças e bênçãos para os que caminham neste mundo. A devoção popular Porém, é preciso destacar que muito mais do que uma festa litúrgica, a solenidade de Corpus Christi assume um caráter devocional popular. O momento ápice da festa é certamente a procissão pelas ruas da cidade, momento em que os fiéis podem pedir as bênçãos de Jesus Eucarístico para suas casas e famílias. O costume de enfeitar as ruas com tapetes de serragem, flores e outros materiais, formando um mosaico multicor, ainda é muito comum em vários lugares. Algumas cidades tornam-se atração turística neste dia, devido à beleza e expressividade de seus tapetes. Ainda é possível encontrar cristãos que enfeitam suas casas com altares ornamentados para saudar o Santíssimo, que passa por aquela rua. A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de fé e devoção a Eucaristia. A procissão de Corpus Christi conheceu seu apogeu no período barroco. O estilo da procissão adotado no Brasil veio de Portugal (principalmente da região dos Açores), e carrega um estilo popular muito característico. Geralmente a festa termina com uma concentração em algum ambiente público, onde é dada a solene bênção do Santíssimo. Nos ambientes urbanos, apesar das dificuldades estruturais, as comunidades continuam expressando sua fé Eucarística, adaptando ao contexto urbano a visibilidade pública da Eucaristia. O importante é valorizar este momento afetivo da vida dos fiéis. Utilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, com dizeres e figuras relativas ao assunto. Por este tapete passa a procissão, seguida pelos fiéis que participam com fervor. A festa de Corpus Christi é o único dia do ano que o Santíssimo Sacramento sai em procissão às ruas. Propriamente é a Quinta-feira Santa o dia de sua instituição, mas a lembrança da Paixão e Morte do Salvador Jesus Cristo não permite uma celebração festiva. A Eucaristia é fonte e centro de toda a vida cristã. Nela está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, o próprio Cristo. Referências: cancaonova.com | cleofas.com.br Livro “O Milagre da Eucaristia para você” - Pe. Alberto Gambarini
Cláudio Brandão Pastoral da Comunicação
REVISTA THEOTÓKOS - 08 -
A Pastoral da Acolhida é um ministério muito importante em nossa igreja, pois procura proporcionar a cada pessoa um ambiente de paz, com muita fé, conforto e esperança. Como diz o nosso pároco, padre Gonise, a igreja é a nossa casa e nela devemos nos sentir sempre muito bem. Para isso, a Pastoral da Acolhida cuida de todos os detalhes, desejando boas-vindas a todos visitantes, com alegria e satisfação. Tudo é feito com carinho e simplicidade, mostrando sempre no rosto o amor próprio dos cristãos. “Tudo que fizermos para o bem de nossa comunidade é para nós mesmos que fazemos” Ser acolhedor não é profissão, mas uma maneira própria de ser. É necessário estar de bem com a vida, ser hospitaleiro, mostrar um ambiente bem familiar e se sentir como se estivesse em casa. Todos precisam ser bem acolhidos na Igreja, assim como em família. Não bastam o pai ou a mãe acolher, os filhos devem fazer o mesmo. É importante conhecer as pessoas, como são os seus modos e costumes, de onde vieram, receber a todos de forma igual, sem distinção, com todo carinho e atenção, pois a Igreja é uma comunidade e deve estar atenta aos sentimentos e desejos do povo de Deus. Para sermos fiéis à vontade de Deus, não basta apenas ser acolhedor e atender bem as pessoas, mas ter também a missão de evangelizar, ter a preocupação de mostrar a Igreja como mãe acolhedora, e o amor ao nosso semelhante deve ser a marca principal, e assim certamente as pessoas retornarão sempre mais felizes e agradecidas. “Para vós eu sou quem lhe acolhe, para Deus eu sou cristão” A Pastoral da Acolhida é muito importante e necessária na comunidade, acolher significa demonstrar bons sentimentos, ser receptivo e procurar incentivar aproximação e conversas para que as pessoas se conheçam. Quem acolhe deve saber ouvir e guardar segredo. Cada um que chega à Igreja precisa se sentir amado.
José Aguirre. Foram 14 anos de reconhecido valor na missão de transmitir o amor cristão. Atualmente essa pastoral conta com 21 agentes, sempre dispostos a servir e atender ao que for preciso, com muita simpatia e atenção. O grupo é coordenado pela senhora Maria Aparecida Bercelli, a quem devemos cumprimentar por este belíssimo trabalho junto à comunidade, sempre com muito carinho, cuidado e presteza, tratando a todos integrantes do grupo com muito respeito e dignidade, valorizando cada um pelo serviço prestado. “Entre que a casa é sua; sinta-se à vontade. Estamos muito felizes com sua presença” Os acolhedores são os primeiros a chegar à igreja. Antes do início da missa, eles se reúnem e oram por todos e pela celebração, desempenham muitas funções na igreja sempre com simpatia e amizade, tem como objetivo auxiliar e orientar a comunidade, se preocupam em acomodar as pessoas nos bancos, com especial atenção aos mais velhos, crianças, grávidas, enfermos e portadores de deficiência. Eles também se encarregam de entregar folhetos, informativos ou jornais e dar informações. Acompanham também os padres e ministros na distribuição da comunhão e outros mais a que precisarem. A meta principal deste grupo é fazer toda a Igreja se comportar como uma só família e a viver uma vida nova com a força do Espírito Santo, permanecendo centrados em Jesus, compreendendo a Palavra de Deus e seus mandamentos. A Pastoral da Acolhida nos convida a fazer parte da igreja. Todos somos chamados a participar da comunidade. Cada um de nós tem um dom, uma qualidade, uma virtude que pode estar a serviço de um irmão, orientado sempre na Palavra e o conduzindo ao encontro do Senhor. “Acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória do Pai” (Rom. 15,7)
“O sinal do cristão é amizade e amor” A Pastoral da Acolhida da Paróquia Santa Maria iniciou sua caminhada em 15 de janeiro de 2001, pelo casal Vera Lúcia e Valdir Rodrigues, com autorização do padre
REVISTA THEOTÓKOS - 09 -
Sérgio Monteiro Gomes Ministro extraordinário da Comunhão
Meu nome é Antonio Borges da Silva e nasci no dia 8 de dezembro de 1944. Sou casado com Sofia Antonia Conceição da Silva. Frequento a Paróquia Santa Maria desde 2013. Fui atropelado em 1984 e sofri duas fraturas expostas na perna esquerda. Passei por uma cirurgia e fiquei internado por um tempo. Quatro anos depois fiz vários exames e me aposentei por invalidez pelo INSS. O salário ficou mais baixo e, mesmo com a minha esposa trabalhando, mal cobria nossas despesas e o pagamento do condomínio que morávamos, na avenida Senador Vergueiro, Rudge Ramos. Sem trabalhar, eu ficava lá embaixo, no prédio, conversando com as pessoas. O síndico do condomínio, vendo nossa correria de hospital, perguntou se eu não queria trabalhar para entregar as cartas nos apartamentos. Assim, com o salário da minha esposa, do INSS e desse “bico” conseguíamos pagar o condomínio, água e luz. No mês da eleição entrou uma síndica nova. Mesmo sabendo que eu era aposentado e que trabalhava no condomínio para completar o orçamento de casa, fui chamado no apartamento dela para ser avisado que eu deveria ser registrado. Expliquei que isso não poderia acontecer por causa da minha situação. Mas ela tinha um advogado e eles me registraram. Trabalhei assim entre 2003 e 2007. Em 2010, parei de pagar o condomínio. Três anos depois suspenderam minha aposentadoria. Só com o salário da minha esposa não dava sequer para pagar um aluguel em outro lugar. Em 2015, o imóvel foi para leilão. Comecei a receber cartas do arrematante, cobrando nossa saída do apartamento. Liguei para o comprador e pedi alguns dias até encontrarmos uma casa, mas ele falava que não dava mais para esperar. Um dia, ele chegou no apartamento às 7h da manhã com
a ordem de despejo e o oficial de justiça. Não sabíamos o que fazer. Eles entraram no apartamento e pegaram as coisas de qualquer jeito. Saímos apenas com a roupa do corpo. Nossos móveis foram levados para Itaquaquecetuba. Com a ajuda dos parentes da minha esposa, ficamos em uma casa de aluguel por um tempo. Quando eles não puderam mais pagar, fomos morar com amigos. Com a ajuda de um advogado, consegui me aposentar por idade. Com o dinheiro do leilão, compramos uma casa no bairro dos Casa, onde vivemos hoje. No dia 9 de abril fui internado no Hospital São Bernardo onde passaria por uma cirurgia de urgência no estômago. Minha esposa recebeu a notícia da operação no dia 12, e que a mesma seria realizada no dia seguinte. Naquela noite, ela deixou o hospital e foi à missa na Paróquia Santa Maria. Deu tudo certo na cirurgia. Recebi essas graças de Deus e de nossa Santa Maria. Muito obrigado por todos que fizeram a corrente de oração por mim. Que Deus e Santa Maria lhes deem muita saúde, felicidade e caridade. Aqui vai um trecho da Bíblia que escrevo em agradecimento: “Em tudo somos oprimidos, mas não sucumbimos. Vivemos em completa penúria, mas não desesperamos. Somos perseguidos, mas não ficamos desamparados. Somos abatidos, mas não somos destruídos” (2 Cor 4, 8-9). Salve Santa Maria!
REVISTA THEOTÓKOS - 10 -
Testemunho relatado a Lígia Valezi da Silva Pastoral da Comunicação
REVISTA THEOTテ適OS - 11 -