Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós! Queridos irmãos! Venho, com muita alegria, agradecer a Deus por mais um ano que se finda, um ano de lutas, desafios, mas também de muitas conquistas e vitórias. Trago no meu coração, nesse ano, muitas pessoas importantes que fizeram parte da minha história e da história de nossa Paróquia Santa Maria, com carinho aos meus agentes de pastorais, que não medem esforços para trabalhar em nossas comunidades com amor e dedicação: meu muito obrigado a todos! Após celebrar o Natal, a festa do nascimento de Deus feito homem, a Igreja inicia a celebração do rito da esperança, ou seja, ela se une no desejo e na espera de um futuro melhor, um mundo centrado na paz, no amor, na fraternidade, enfim, de um mundo mais cristão. Inicia-se agora o Ano Novo, um novo dom de Deus para nós, uma nova oportunidade que o Senhor nos dá para deixar que o Seu projeto se realize em nossas vidas, pois Deus quer que a nossa história tenha um significado dentro da Sua história de Salvação e que entendamos o seu projeto de amor em nossas vidas e o coloquemos em prática. Gosto de olhar o tempo de forma teológica, sabendo que para Deus não existe presente, passado ou futuro, porque Deus é o eterno presente, e que o tempo (kronos) existe só para nós que somos seres limitados. E, assim estendendo essa reflexão, percebo que o tempo é Sagrado, é um presente de Deus, no qual Ele quer entrar na nossa história pessoal, a qual não é uma série de acontecimentos desconectados uns dos outros, que se desenrolam sem significado, mas pelo contrário, este tempo (kairós) é o espaço que Deus nos dá para realizar o Seu projeto. Acredito profundamente que “tudo caminha para o bem daqueles que amam a Deus!” e
EXPEDIENTE A revista THEOTÓKOS é uma publicação bimestral da Paróquia Santa Maria Rua Albino Demarchi, 1233 - Demarchi São Bernardo do Campo – SP Tel.: (11) 4347-7999 Endereço para correspondência: Rua João Morassi, n° 40 – Demarchi São Bernardo do Campo - SP
se buscamos a vontade do Senhor em nossa vida, com sinceridade, mesmo que errando, o Senhor, em um certo momento, entra na nossa história e faz com que a Sua vontade seja feita em nós, porque é Ele o Senhor da história, é Ele que tem o mundo em Suas mãos e não nós! Devemos apenas ter o cuidado para não jogar fora a obra que o Senhor deseja realizar em nós e por isso devemos colaborar com Ele. Olhando para trás, percebemos quanta violência, dor e sofrimentos acompanhamos e vivemos; mesmo assim, sonhamos e esperamos um mundo melhor, que podemos construir com a nossa vida, com as nossas palavras, deixando de lado toda a palavra mesquinha, dura, amarga, as pequenas divisões e brigas que muitas vezes são banais, e assim veremos que as grandes guerras são a soma das nossas pequenas guerras. Certa vez, São João Paulo II disse que: “Construir a paz, significa ter a coragem de dialogar, com amor e com o perdão!”. Diante dessas palavras, somos chamados a fazer um caminho interior de perdão, não só para com os outros, mas também conosco mesmos. Gostaria de invocar também a intercessão de Dom Bosco, que ao fim de sua vida, olhando alguns garotos que andavam em cima da corda bamba, disse a um padre de sua congregação: “Meu segredo, desde o tempo de garoto, foi este: nunca olhar para trás, para não me prender às imagens que já passaram, nunca olhar para os lados, para não me distrair com o barulho ao me redor e nunca olhar para o vazio abaixo dos meus pés, mas sempre olhar para frente, com os olhos fixos e a atenção voltada para o Senhor!” Espero começar este ano novo de 2015 estreitando ainda mais nossos laços fraternos, tendo sempre Cristo e sua vontade no centro de nossa amizade. Deixo-lhes o mais sincero e afetuoso abraço, desejando-lhes um santo e feliz ano novo!
Supervisão Marcos Vinicius
Frases do Dízimo: Padre Agnaldo dos Reis Ferraz
Projeto gráfico e diagramação Nathália Araújo e Thaís Araújo
Horário das Missas Igreja Santa Maria Domingos: 7h, 10h e 18h Segundas, quintas e sextas-feiras: 19h Sábados: 15h
Revisão Taíse Palombo Impressão MM Produções Gráficas
Pároco Padre Gonise Portugal da Rocha
Tiragem 3.000 exemplares
Capelas Imaculado Coração de Maria e Nossa Senhora de Fátima Domingos: 8h30 Terças-feiras: 19h
Jornalista responsável Lígia Valezi da Silva (Mtb 72617)
Colaborou com esta edição: Pastoral do Dízimo
Comunidade Vila das Valsas Sábados: 19h30
Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco
Expediente da Secretaria Terça a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 17h Sábado, das 8h às 11h
: santamariademarchi www.paroquiasantamariasbc.com.br
A Ressurreição de Cristo em Nossa Vida Iniciamos, na quarta-feira de Cinzas, este importante tempo litúrgico chamado Quaresma. Com o convite de percorrermos o deserto de nossa existência, para atravessar com Jesus o Calvário da vida e, junto a Ele, alcançar a Glória da Ressurreição vivendo nossa Páscoa. Celebrar a Páscoa é proclamar que Jesus ressuscitou. É encontrar o Senhor Ressuscitado e viver com Ele uma vida nova. Jesus Cristo ressuscitou e vive atualmente na plenitude de Deus e em Sua Igreja. De onde provém este anúncio? Ele provém de longe. Provém do Anjo da Ressurreição; provém das mulheres que, na madrugada daquele distante “primeiro dia da semana”, foram ao sepulcro e o encontraram ‘vazio’; provém de Pedro e a seguir de todos os onze que O viram, comeram e beberam com Ele (cf. At. 10, 41). O cristão que faz a experiência pessoal da Ressurreição de Cristo olhará para si mesmo, para as pessoas que o cercam e para o mundo, com um olhar diferente, original, criativo… De cada cristão, espera-se que transpareça radiante o rosto de Cristo ressuscitado. Ressurreição é sinônimo de Salvação, não somente para uma realidade pós-morte, é possível experimentar no hoje de nossas vidas esta salvação, esta ressurreição. Vejamos um exemplo no Evangelho de Lucas 15, 11-32, este texto bastante conhecido, narra-nos a história do filho mais novo, que pede ao Pai sua parte da herança. Sai pelo mundo gastando desenfreadamente seus bens, o desfecho desta parábola todos nós sabemos: o filho volta para casa do Pai e este o acolhe sem lhe questionar. Temos aqui uma experiência de Ressurreição do filho mais novo, que recebe a oportunidade de começar vida nova, próprio de quem atravessa com Cristo o Calvário da vida e alcança com Ele a Vitória. Quantas pessoas nos dias de hoje precisam ressuscitar com Cristo? Basta recordar as multidões que caminham na sexta-feira Santa, nas procissões, Via Sacra... Mas que não conseguem ultrapassar o calvário, não chegam ao final da caminhada para com Cristo ressuscitar! Mas aqueles que conseguem seguir até o fim desta caminhada quaresmal, praticando os exercícios espirituais (jejum, esmola e oração), fazendo penitência e lutando contra o pecado, podem assim testemunhar a vida nova diante do egoísmo, da libertação das drogas, do álcool, da depressão, entre outras. Esta é a alegria e a esperança cristãs. O verdadeiro cristão jamais se dá por vencido porque sabe que já é vitorioso Naquele que venceu o pecado e a morte.
Nos fala o Papa Francisco na Exortação apostólica Evangelii Gaudium: “A ressurreição de Cristo não é um fato do passado; contém um poder vital que impregnou este mundo”. E acrescenta: “Jesus não ressuscitou em vão. Que jamais fiquemos à margem desta marcha da esperança viva” (§276). Sendo assim, queridos irmãos e irmãs, não hesitemos em mergulhar na mística deste forte tempo litúrgico que estamos vivendo, para que ao final desta caminhada no deserto da vida, possamos ressurgir vitoriosos com Cristo Ressuscitado. Votos de uma feliz e frutuosa caminhada quaresmal, e uma Santa e Feliz Páscoa a você meu amado, minha amada.
Everson Neves Mendes Diácono
“Não estou eu aqui que sou tua mãe?” O que significa para a América a mensagem proferida por Nossa Senhora em Guadalupe, no México? Amados irmãos! A afirmação de Nossa Senhora significa que nós temos que ser para todas as pessoas, na evangelização, tudo para todos. Como diz São Paulo, fazer-se tudo a todos e para que possamos realmente adaptar-nos ao modo de ser das pessoas, fazendo com que elas entendam a mensagem de Deus da melhor maneira possível. Deus Nosso Senhor precisa de instrumentos, precisa de modos de evangelização modernos, modos de evangelização que façam com que todos possam entender a mensagem de Deus de uma maneira mais fácil e que as pessoas possam entregar-se a esse Deus que nos ama de uma maneira mais plena. Por isso São João Paulo II bem nomeou Nossa Senhora de Guadalupe como padroeira da América e Estrela da Nova Evangelização. Qual a resposta que o povo da América pode dar ao apelo deixado no monte Tepeyac? Primeiramente, nós temos que escutar o que Nossa Senhora falou: “Não estou eu aqui que sou a tua mãe?” Esse é o primeiro apelo que nós temos que responder. Todo o povo da América, desde o Alaska até a Terra do Fogo, Nossa Senhora convida a reconhecê-la como Mãe, como aquela que nos cobre sob seu manto. E somente por isso já deveria nascer no nosso coração uma confiança total na pessoa de Maria. E o segundo compromisso que nós devemos fazer é de evangelizar sem medo, sabendo que, apesar de se encontrar com pessoas de diferentes culturas, de diferentes hábitos, você possa dizer quão difícil seria a evangelização, é preciso entender que com Nossa Senhora e aprendendo com ela, as coisas ficam muito mais fáceis e que é possível evangelizar todos os ambientes em que Deus nosso Senhor nos pede que evangelizemos. Dentre todos os milagres que foram descobertos no ayate de Juan Diego, quais são as novidades que a ciência pôde identificar?
A última descoberta foi que detectaram movimentos na região do útero de Nossa Senhora, movimentos que comprovam que Nossa Senhora de Guadalupe, como todos os estudos mostram, é a única Nossa Senhora grávida, é a única aparição de Nossa Senhora com o Menino Jesus em seu seio. Fizeram uma série de testes científicos e comprovaram que existem movimentos nessa parte, e isso é impressionante. Esse sinal em especial nos faz lembrar que a América está passando por uma investida, principalmente na América Latina, de tentativas de se descriminalizar o aborto, a eutanásia etc. O que a mensagem de Nossa Senhora de Guadalupe pode nos deixar de contribuição nesse campo? Nossa Senhora de Guadalupe é a padroeira dos movimentos pró-vida nos Estados Unidos. Tenho certeza que todos esses estudos de Nossa Senhora grávida, esses estudos que comprovam movimentos na região do útero no manto, no ayate de Juan Diego, todos nos levam a um compromisso maior com a vida, a defender a vida desde a concepção. Entender que nós começamos de uma maneira milagrosa e somos um milagre de Deus e por isso temos que ser profundamente respeitados. O dom da vida é um dom que tem que ser respeitado. Portanto, Nossa Senhora é aquela que leva primeiro essa bandeira da defesa da vida. Nossa Senhora de Guadalupe quer ser, por essa característica tão específica de ser a única Nossa Senhora grávida, a padroeira de todos aqueles que querem defender a vida.
Pe. Gonise Portugal da Rocha Pároco
Encontros e desencontros na vida em comunidade “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum; Perseverantes e bem unidos, frequentavam diariamente o templo, e partiam o pão pelas casas, tomando a refeição com alegria e simplicidade de coração” (At. 2, 44 e 46) A primeira impressão é a que fica? Nossa vida está repleta de desafios e regada de maravilhas. Podemos destacar o desafio de compreender o sentido das coisas e a maravilha de se perceber parte de um grande projeto; projeto este, desenhado por Deus e que fica na responsabilidade de cada um fazer dele o seu projeto pessoal e ao mesmo tempo comunitário. Desde a infância, aprendemos como conviver bem com os outros. Em nossos lares descobrimos que para se conseguir conviver bem com as pessoas a sua volta é preciso antes de tudo respeitar o direito do outro, independente de quem ele seja, um filho, um irmão, amigo ou vizinho. Quando contemplamos o toque de um instrumento musical, nossos sentidos ajudam nossa sensibilidade no reconhecimento da beleza do som, o que nos proporciona a capacidade de abafar o barulho cotidiano para se enamorar com as notas balbuciadas em cada instante que o gênio musical expressa seu sentimento. Agora, quando ao invés de um único instrumento que já se faz capaz de mexer com a rotina de nosso querer, somos surpreendidos com o agregar de uma quantidade de instrumentos diferentes, na qual cada um possui a sua maneira de expressar os sons, às vezes, uma diversidade de melodias e até mesmo letras que são permeadas de sonhos, projetos e histórias das mais diversas possíveis, é aí que se torna possível enxergar um novo horizonte. A dificuldade para nós, inexperientes na arte de conduzir, é a de fazer esse amontoado de vontades se transformarem num conjunto de realizações; conjunto este que respeite as limitações, o que cada um pode oferecer e o que pode ser potencializado quando há cooperação, paciência, comunhão na perspectiva de se harmonizar as diferentes notas construindo uma canção que seja capaz não só de emocionar, mas gerar o conjunto, e refletir, para fora dele, verdadeiras experiências de generosidade. Quando nos aventuramos em assumir o ser cristão, percebemos que a caminhada deixa de ser uma aventura e o papel passa a se tornar vida quando compreendemos o sentido da vivência comunitária. Notamos que não precisamos ser maestros e nem musicistas para poder conduzir ou gerar melodias nas vidas daqueles que ainda não tiveram a oportunidade de se deliciar com as
notas transformadoras. A vida em comunidade é a oportunidade que Deus nos dá de contemplar diariamente o seu toque de amor em nossas vidas. A fé sem vivência comunitária é vazia, pois é dentro da comunidade cristã que compartilhamos e aprendemos a riqueza que é viver sob os desígnios de Deus. A comunidade Santa Maria sempre foi um espaço de relações e hoje também está na expectativa de criar laços de amizade, de se fazer local de amadurecimento e dar condições para você cristão ser verdadeiro agente evangelizador em sua família, em seu trabalho, e descobrir que é possível termos uma sociedade que vivencie autênticos valores e que proporcione a todos conhecer o caminho apresentado pelo próprio Cristo. Permita perceber-se que nem sempre a primeira impressão é a que fica, mas que os encontros e desencontros que a vida nos ensina a experimentar são oportunidades de mergulhar; de se fazer escolhas; de errar tentando acertar; de acreditar às vezes ainda sem ter compreendido; de compreender acreditando; e de crer vivenciando. Fazer parte da orquestra divina é dar-se a chance de ouvir as notas, de ousar interagir na melodia, mesmo que no início não se saiba fazer a leitura das partituras, mas se compreenda que a harmonia musical da vida se faz na entrega sincera, no doar-se sem reserva, na compreensão das falhas e na superação mútua, tendo sempre como fundamento o amor que é a inspiração das belas composições. Seja você também comunidade conosco, participando, engajando-se em nossas diferentes pastorais e movimentos. Venha ser também um cristão disposto a fazer parte desta harmonia que o Reino de Deus nos propõe. Camilo Gonçalves de Lima Seminarista
A importância da oração Para ser um cristão forte e equilibrado na fé e capaz de amar, é preciso algo primordial: a ORAÇÃO. Somos tentados constantemente a nos afastarmos dos caminhos do Senhor. Jesus disse claramente: “O espírito é forte, mas a carne é fraca. Vigiai e orai para que não entreis em tentação” (Mt 26,41). Jesus estimava tanto a oração que passava noites inteiras no alto dos montes da Galileia conversando com o Pai e dando-nos o exemplo (cf. Lc 5,16; 6,12; 9,29). E aí estava a sua força; de dia pregava, de noite rezava. Ensinou os discípulos a rezarem (cf. Mt 6,9) e insistiu com eles: “É necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo” (Lc 18,1b);); “Pedi e se vos dará” (Mt 7,7a). Sem oração, nenhum de nós fica de pé espiritualmente e ninguém consegue fazer a vontade de Deus. A razão é muito clara: “Porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15, 5). Jesus deixou claro: esse “nada” indica que, por nós mesmos, não conseguiremos nem fazer o bem e, pior ainda, nem evitar o mal. São Paulo insistiu: “É o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1 Cor 12,6b). São Tomás de Aquino disse que todas as graças que o Senhor, desde toda a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração. “A oração é necessária”, disse o santo, “não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, reconhecendo-o como o único autor de todos os bens”. Quando o Senhor manda: “Pedi e se vos dará. Buscai e achareis” (Mt 7, 7a), no fundo, Ele deseja que reconheçamos que só Ele é o autor dos nossos bens e que, portanto, devemos só a Ele recorrer. Por outro lado, aquele que ora, manifesta confiança em
Deus, como o salmista disse: “Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele: e Ele agirá” (Sl 36,5). Feliz o cristão que adquiriu o hábito de conversar, coração a coração, familiarmente, com Deus. Isso é orar: falar com Deus, coração a coração, em todas as circunstâncias. Ninguém nos ama tanto como Ele e até as nossas pequenas coisas Lhe interessam. É preciso sermos transparentes diante do Senhor; abrir-lhe o coração com toda a liberdade e confiança. Diz o livro da Sabedoria que “Deus antecipa-se a dar-se a conhecer aos que O desejam” (cf. Sb 6,13). São Paulo expressou tudo isso em poucas palavras: “Vivei sempre contentes. Orai sem cessar. Em todas as circunstâncias, dai graças, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo” (1Ts 5, 16-18). Devemos conversar com Deus em todas as ocasiões: na alegria e na dor; na penúria e na fartura, na saúde e na doença, pedindo, agradecendo, louvando, bendizendo, cantando… Podemos orar quando estamos no carro, na bicicleta, na cozinha, no silêncio do quarto, na rua. E Deus estará sempre acolhendo nossa oração e nos respondendo. Enfim, a oração é a força do homem, é o caminho mais simples para receber os dons de Deus. Que nos tornemos íntimos de Deus, crescendo na vida de oração e assim saibamos sempre fazer a vontade do Pai.
Everson Neves Mendes Diácono
A paz de Cristo Esse é um momento muito especial da Santa Missa. Após a bênção final, todos se cumprimentam desejando “A PAZ DE CRISTO”. Podemos perceber nesse instante, que o abraço é muito significativo e importante, porque nesta demonstração de carinho confortamos o irmão que está ao nosso lado, quem sabe, pode até estar carente, necessitando de apoio e precisando se sentir amado. É certo que devemos avaliar nossas atitudes e nosso comportamento dentro da Igreja, evitando sair de seu lugar e caminhar por todo canto para cumprimentar e abraçar nosso irmão, não há necessidade para tanto, bastam somente as pessoas que estão ao nosso lado. A Igreja quer corrigir estes exageros, mas não proibir, precisamos ser mais moderados, controlar o entusiasmo e entender de modo especial a liturgia que nos convida a celebrar com vivacidade o grande mistério da fé que é a Eucaristia. É bom dar um novo impulso e mais simplicidade ao expressar a fé que celebramos. O Rito da Paz não mudou, apenas precisou de correção, aos erros que têm sido praticados. O missal e documentos da Igreja sempre pediram que fosse dessa forma. Muitas vezes, com este simples gesto acolhedor, podemos não notar, mas estamos levando a um irmão todo o carinho e atenção que ele mais precisa naquele instante, e demonstrar o quanto é importante ser seu amigo e sorrindo dizer: “Estamos juntos nesta caminhada e não estamos sozinhos, Deus está sempre conosco e não nos abandona nunca.” É bom ver e ouvir na Missa todos se cumpri-
mentando e desejando “A paz do Senhor”. É possível sentir uma emoção muito forte ao ver as pessoas que nunca se viram antes, unidas na mesma fé, como uma só família, se querendo bem, com respeito e carinho abraçando-se, pedindo ao Nosso Senhor que tome a frente de todos seus problemas e que ilumine os seus caminhos, protegendo e livrando dos malefícios da vida numa verdadeira demonstração de fé e amor. Quando recebemos o abraço de um irmão, o coração se enche de alegria, parecendo um remédio que alivia os sofrimentos, dando força e deixando-nos mais feliz porque temos a certeza que Deus está junto de nós, percebendo que o amor verdadeiro é incondicional e realmente existe. Um abraço significa muito, nos dá força e ânimo, representa o calor de um amigo; o amor de um casal; o respeito de um filho e de uma certeza que parece dizer: “Sou seu irmão, conte comigo para ajudar a resolver seu problema, pois Deus está conosco”. Se o tempo não se mostrou amigo, é um abraço amigo que vai nos ajudar, fazendo esquecer esse tempo, ganhamos coragem para enfrentar todas as dificuldades da vida quando abraçamos alguém, sentimos no coração o quanto nos importamos e nos preocupamos com o nosso bem estar. Aproxime-se mais. Vamos sentir o que o abraço é capaz. “A PAZ DE CRISTO”
Sergio Monteiro Gomes Ministro extraordinário da comunhão