Negazioni - n°1 - Giugno 2012

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n. 1 giugno 2012


L’arte non è sempre quello che ci dicono. L’arte può essere anche esattamente il contrario. Il contrario di succursali di quadri che tappezzano pareti ben imbiancate di mostre in antichi e ricchi palazzi di centro città. Il contrario di flim che ripetono ossessivamente un balletto di scimmie con il morbo del denaro. Il contrario di lingue di volumi che si srotolano dentro enormi edifici multipiani con impressi codici a barre che fanno risalire la loro natura a stereotipi di vendita. Stili di gradimento. Gusti registrati. Il riflesso condizionato della mano che afferra un tomo con il personaggio del momento. L’istinto preregistrato di accodarsi, sorridere, spendere. Ma i momenti muoiono, continuamente. La psiche indotta no. L’arte non è quel che ci dicono. La negazione dell’arte deve essere la negazione dell’autore da classifica, dei consigli per la pubblicità, del dopobarba che ti rende vero uomo. La negazione è sinonimo di sputo, di ballo fuori dal coro, di cupidigia delle proprie viscere. Di individualismo ostico alla massa. La massa è la Messa della fede di una società che si rincorre. Io nego tutto questo. E nego me stesso perché negando mi aggrego ai negatori. Sono la negazione al quadrato. Nego la mia negazione. Alessandro Pedretta Kresta


pag. 2. prefazione 3. indice 4. cosa posso aspettarmi 5. cannibali 6. sorrisi 7. i documenti prego 8. lacrime solitarie 9. rombando 10. non per molto 11. disastri ambientali 12. bestial supermarket 13. maledizione 14. lenore kandel 16. diane di prima 17. theate-reality 18. emil cioran 19. thomas bires 20. andrea pazienza 22. einsturzende neubauten, nuovi edifici che crollano 24. teatro degli orrori 26. eduard levĂŠ 27. bella giornata 28. forse non c’è altro 29. distruzione 30. gin tonic 32. effetti indesiderati 34. a vivere con gli animali 36. quello che non ci hanno mai detto 38. social world executive (connessione attivata) 40. le sei e sei 41. alex 42. las americas


Io che non ho visto le cervella del 35º Presidente volare basse ne cielo di Dallas. Io c he mi s on per s o l a l a s c i mmi a d e l q u a r t o Re i c h ballare la p o l k a s o p r a i l mu ro . Io che devo s ub i r mi q u e s t ’ e p o c a a s s u rd a di fals i attentati e f a l s e c r i s i e c o n o mi c h e , i n un mondo di pla s t i c a e mu s i c a e l e t t ro n i c a . Qua il vento tr as cina le mo d e e p e t t i n a l e t e s t e d i c a z z o , le nuvole s ono s c o re g g e d i a e ro p l a n i , le s telle f a n n o s t r a n i c o l o r i . I comici n o n f a n n o r i d e re . i meteorologi balbet t a n o e i c a l c i a t o r i re c i t a n o . i calz olai s i r itir a n o e g l i s c r i t t o r i a n n o i a n o , mentre gli s c h i a v i s ’ i l l u d o n o . E ades s o mi p ro p o n g o n o f a l s i mi t i , libr i di e d u c a z i o n e c i v i c a e panor ami s ulle c o mp l i c a z i o n i d e l l o s v i l u p p o . Mi dicono c h e s a r ò i l f u t u ro . . . Mi cons igli a n o d i f a r mi l a b a r b a e di r i g a re d r i t t o , ma non ved o n e s s u n re t t i l i n e o . Mor ti che s pieg a n o l a v i t a a d a l t r i mo r t i , fann o q u a s i p a u r a . Io s ar ò d a u n ’ a l t r a p a r t e . Intanto mu s i c h e me d i e v a l i tengono il r itmo a l f a b b ro , l u i l a v o r a s o d o . Io gio c o c o i p e n s i e r i . Gli altr i s c r i v o n o l a s t o r i a . Andr à s e mp re p e g g i o , for s e n o n c i s a r à p a c e . Altr i es s er i cad r a n n o i n q u e s t o mo n d o , dis tr ug g e r a n n o l ’ a r t e . I bambin i s a r a n n o c o l t i v a t i in un campo c o n s i s t e mi i d ro p o n i c i . Ediz ioni s c o l a s t i c h e mo n d a d o r i , qualcuno dovr à s tu d i a re l e mi g l i o r i p u t t a n a t e . Il progres s o d i v e n t e r à v o l g a re , non ci s a r a n n o v e c c h i s a g g i e s are mo t u t t i u n i t i , galleggianti, nella nos tra me rd a t e c n o l o g i c a - d i M a t t i a I n d a vu ru -


divor a re , ma n g i a re , ingurgit a re a l t r i u o mi n i è c a n n i b a l i s mo ce l’h a n n o s p i e g a t o quando e r a v a mo b a mb i n i ci s p a v e n t a v a n o par landoci d i q u e s t e p o p o l a z i o n i che ammaz z a v a n o e ma n g i a v a n o l o ro s i mi l i ma il c a n n i b a l i s mo non è s o l o q u e s t o i cannibali moder ni s o n o q u e l l i c h e c o s t r i n g o n o alt re p e r s o n e ad amma z z a r s i d i l a v o ro per uno s t i p e n d i o d a f a me oppure c h e s u c c h i a n o le loro e n e rg i e d i g i o r n o davanti a un ma c c h i n a r i o i n f a b b r i c a e le loro cel l u l e c e re b r a l i d i s e r a di fro n t e a u n a t v que s t i c a n n i b a l i divor ano ta n t e , t ro p p e p e r s o n e ogni g i o r n o , o g n i a n n o ma non i n g r a s s a n o ma i perch è l a l o ro f a me è insaziabile - d i M a u res -


“Sorrisi” di Giacomo Clerici Grotesquer


fumo tro p p o f u mo p o c o mi s veglio p re s t o t ro p p o t a rd i pens o tro p p o n o n p e n s o ma i s ono giov a n e s o n o v e c c h i o m i hanno detto di g u a d a g n a re e d i l a s c i a re s t a re di fa r mi e s me t t e r l a di r icom i n c i a re e f i n i r l a di viaggi a re e d i s t a r f e r mo ci dicono di es s e r p a r t e ma d i s t a r n e f u o r i di avere s pe r a n z a e p o i mo r i re a t titudine all’attività di ven d i t a ma s s i ma s e r i e t à b e l l a p re sen za s iamo circonfu s i a r t i g l i a t i a g g r a p p a t i impos iz ioni d e t t a mi re g o l e c o d i c i lauree attest a t i d i p l o mi c ro c i f i s s i un a s o l u z i o n e una s oluz ione c h e n o n s e r v e a u n c a z z o prenda i l n u me ro p re g o file cod e a mp l e s s i a b o r t i ne ln o me d e l p a d re m edici inghir landa t i p s i c o t e r a p e u t i a l c o l l a s s o lei parl i t i r i f u o r i t u t t o ombrecines i c a v a l c a n o i mi e i s o g n i albechimich e mo s t r a mi l e b r a c c i a r iciclati un’anim a c h e i l c o r p o s u d a t ro p p o e tifa t o n f a t r a f f i c a vendi droga g u a rd a l a t v s t u p i s c i mi c ’è sempre qualcuno p i ù d i v e r s o d i t e o me n o u g u a l e qualcuno c h e i mi t a c h e s p i c c a uno che muore s ’ i mp i c c a s i v e n d e g u a d a g n a s agome pro f i l i ma s c h e re s e g u a c i idoli s ant i p r i n c i p i e c o ro n e vir us alibi d e f i c i t c u r r i c u l u m m i dia i documenti c h e f a c c i a mo u n c o n t ro l l i n o - Al e s s a n d ro Pe d re t t a Krest a -


Gior ni r ipetuti d e n t ro o s p e d a l i a f f o l l a t i tr a letti osp e d a l i e r i d i c r i s t a l l o tur ni mas s acr ant i d i u n i n f e r mi e re f r u s t r a t o ho la s chiena a p e z z i e i l c u l o ro t t o troppo pres to lucidato a mo r t e d e n t ro u n a v i t a l i q u i d a , sterilizzata pr iva d i s i g n i f i c a t o t irando a vanti a s eghe di s b o r r a r a n c i d a s u l e n z u o l a s p o rch e ma i c a mb i a t e ma i p u l i t e . Palle di polvere ro t o l a n o n e l c o r r i d o i o il telefono c h e n o n s q u i l l a ma i nes s una donna tra l e mi e l e n z u o l a s b o r r a t e . Sono geniale nel f a r mi d e l ma l e giorni vacui s emp re u g u a l i finchÊ i n re p a r t o non capita un p a z i e n t e a f a s i c o a n z i a n o dag li occhi tr is ti co l c u l o s e mp re s p o rc o d i me rd a che pian g e l a c r i me a ma re vergo g n a n d o s i d i me m entre gli pulis co il culo e i l c a z z o e l o s c ro t o e l e n a t i ch e la vita lo s ta le n t a me n t e a b b a n d o n a n d o è solo s i mu o re s o l i si nasce soli. Mi è mor to il gi o r n o v e n t i q u a t t ro a g o s t o nel caldo t o r r i d o d i u n l e t t o disfatto mentre gli pulivo il culo e il cazzo e lo scroto e le natiche e le lacr im e b a g n a v a n o i l l e t t o ma ques ta v o l t a n o n e r a n o l e s u e non è mo r t o s o l o . - d i Dr. Co sm o -


Con g l i o c c h i v u o t i e le p a l l e p i e n e , mi s lancio s inc e ro n e l l e t e r re s e l v a g g e , li b e ro e v i v o , come una b e s t i a d a mo n t a : un bi s o n t e i n f o i a . Il mi o v e n t re non vale u n s o l d o b u c a t o e le mi e b u d e l l a br ucian o d i d e s i d e r i o : a rd o n o come in f e r mi i mp a z z i t i . Cor ro c o me u n f o l l e nei miei pe r s o n a l i c a mp i e l i s i , lontano dagl i o c c h i d i d i o , s coreggiando s a g g e z z a e s p e r p e r a n d o s ordi m u g g h i t i n e l v e n t o . Sbavo, s bo r ro , s b o c c o , f re mo , Romb a n d o Ri mb a u d dalle lab b r a ; g o c c i a n t e , come tr ag i c a s a l i v a p re z i o s a . E un infid o g i o r n o s b o c c e r ò p u re i o come il piÚ s q u a l l i d o d e i f i o r i , me n t re v o i s tare t e l Ï a c re p a re sorridenti. - d i Da v i d e De M a ri a -


Nietz s che impa z z i t o s u l l e t t o d i mo r t e avvolto in u n o s c i a l l e c o l o r c re ma gl i occhi fis s i contro u n n u l l a c h e h a u n a f o r ma la m ente per s a in un c a o s d i v e n u t o i n c o mp re n s i b i l e . Beckett as pet t a q u a s i s e n z a p a r l a re un uomo mis ter io s o s e n z a v o l t o e s e n z a v o c e lo as petta s ed u t o s u u n a p i e t r a d o r a t a c ol c appello s otto i pie d i e u n a s i g a re t t a t r a l e l a b b r a . L a canna de l f u c i l e d r i t t a i n g o l a pom i cia con l’animo or ama i f o l l e d i u n n a r r a t o re a me r i c an o Hemingway ha pre mu t o i l g r i l l e t t o d e l l a v i t a e non è cer to la mo r t e c h e s e l ’ è p o r t a t o v i a . Venti fucili c o n t ro u n s o l o u o mo piccolo e debole c o me mi l i o n i d i u o mi n i s olo e confus o c o me mi l i o n i d i p e c o re che as pettano la la ma p e r u n a g o l a d a a p r i re . Dos toevs kij s i s a l v a s o l o p e r p o c o mentre è cons apevo l e d i e s s e re s o l o u n u o mo . E le s pade nas co s t e s o t t o i n d u me n t i p e s a n t i vino e bir r a cus t o d i t i t r a c o s c e e v o mi t o Bukows ki non mu o re d i c i r ro s i e p a t i c a e tutti noi c o n t i n u i a mo a b e re . - d i Da n t e Ol i v i e r Be l m o n t e -


c’er an o l e t u e p u p i l l e dentro alle foto g r a f i e d e l l a mi a g i o r n a t a . s biad i t e , i n g i a l l i t e ; tr acciavano i s e n t i e r i d e l t u o p a s s a t o , i di sas tr i ambientali d e l l e t u e t ro p p e a d o l e s c e n z e , i gr ammi che p e s a v a n o l e t u e l a c r i me s cendev a n o s e n z a c u r a r s i dei t u o i s u s s u l t i gli s pas mi d e l t u o s p i r i t o ch e n o n e s i s t e volev o r i n g r a z i a r t i delle s iga re t t e e d e l l ’ a mo re - d i J a c o p o M a tt i o n -


s i dice che s i a l a mo d e r n i t à poter co g l i e re p re s e r v a t i v i e fr u t t a i n s i e me godere l’amp l e s s o d i mi l l e b a r a t t o l i dis cutere s u l l i e v i t o a d a t t o s i dice ch e s i a l a c o mo d i t à di trovar t u t t o i n p o c o t e mp o io trovo n u l l a a mma s s a t o con milioni d ’ a n i me i n f i a mme s i par la d ’ a mo re e t e c n o l o g i a benes s ere a b a s s o c o n s u mo mutande col p i z z o e c e re a l i a s s o r t i t i pr ugne s ec c h e e c a s s i e re b r u t t e s iam o b e s t i e i n f o i a s ul pro d o t t o f a c o l t a t i v o s i dice c h e mo r i re mo in dis cari c h e c o l me d i n u l l a - d i L’ An a rc o p o e t a S u r rea l e -


Sono s e d u t o d i s t r a t t o , s u quest a s e d i a s c o mo d a . Ti s to mal e d i c e n d o , l o s a i ? Mi dà fas ti d i o i l t u o i g n o r a r mi . Mi dis tr ugg e s e n t i re i l t u o n o me . Mi s convolge l a g e n t e c h e h a i i n t o r n o : s tu p i d i b i g o t t i . È il mas s imo ch e s e i r i u s c i t a a t ro v a re ? Troppo fac i l e v i v e re c o n l o ro , troppo fa c i l e d i s t r u g g e r l i . Prova con me i n v e c e , p ro v a c o n me . Hai il cor a g g i o d i c o n f ro n t a r t i ? Io c re d o d i n o . È meg l i o c o s ì p e r ò . Solo cos ì potrei c o n t i n u a re a d a mmi r a r t i .

- d i S a b i n o Di Tul l i o -


L e nore K andel,poetes s a s ta t u n i t e n s e d e l l a b e a t g e n e r a t i on ( 1 4 g e n n ai o 193 2 - 18 ottobre 20 0 9 ) U n suo libretto di 8 pagine c o n t e n e n t e 4 p o e s i e i n t i t o l a t o “ T h e L o v e B ook” , nel 1966 venne s e q u e s t r a t o d a l l a p o l i z i a n e i 2 neg o zi i n cui e ra venduto per os cen i t à , a l p ro c e s s o n e l 1 9 6 7 f u c on d a n n a t a m a poi venne as s olta in a p p e l l o , q u e s t a d i s a v v e n t u r a l e d i ed e u n a grande notor ietà. F u un attiv is ta del movimen t o c o n t ro c u l t u r a l e , h a f a t t o p a r t e d el g r u ppo politico anarchico d e i Di g g e r s , s i è s p o s a t a c o n B i l l y F r i tsch (poeta e membro d e l l a b a n d a mo t o c i c l i s t i c a d e g l i H el l s A n ge ls ) con cui ha avuto un g r a v e i n c i d e n t e i n mo t o n e l 1 9 7 0 ch e l ’ ha cost retta al r itiro dal l a v i t a p u b b l i c a e a u n a l u n g h i ssi m a c o n vale sce nz a. D i sse: “la poes ia non è ma i c o mp ro me s s o . È l a ma n i f e s t a zi o n e – t raduzione di una vis ione, u n ’ i l l u mi n a z i o n e , u n ’ e s p e r i e nza . S e sc e ndi a c ompromes s i diven t i u n p ro f e t a c i e c o . No n c ’ è a l c u n sen so oggi in quella poes ia che e s i s t e s o l t a n t o c o me e s e rc i z i o d i d est rezza. La tecnica è neces sa r i a f i n c h é s e r v e d a a b i l e l e v a t ri ce a c h i are zza, bellez z a, vis ione; q u a n d o s i i n n a mo r a d i s e s t e s sa p ro d u c e m astur baz ione ver bale ”.


t r atto d a “ Th e L o v e B o o k ” : S o n o nuda contro di te e m e t t o l a m i a bocca su di te lentamente v o r re i tanto baciarti e l a mia lingua ti adora sei bellissimo i l t u o c o r p o si muove verso di me carne a carne l a p e l l e s c ivola sulla pelle dorata c o m e la mia verso la tua l a m i a b o c c a la mia lingua le mie mani i l m i o v e ntre e le mie gambe c o n t ro l a tua bocca il tuo amore s c i vola...scivola... i n o s t r i c o r pi si muovono si uniscono i n s o pportabilmente i l t uo viso su di me è i l v iso di tutti gli dei e d e moni bellissimi i t u o i o c c h i...amore tocca amore i l tempio e il dio sono uno c o p ulare con amore -c o n o s c e re i l t re m i t o della tua carne dentro la mias e n t i re s p e s se dolci linfe scatenarsi c o r p i s u d a t i stretti e lingua a lingua s o n o t u t t e q u e l l e d o n n e dell’ antichità innamorate del sole l a m i a f i g a è u n f a v o siamo coperti di venire e miele s i a m o c o p e r t i l ’ u n c o n l’ altro la mia pelle è il tuo sapore c o p u l a re - c o p u l a z i o n e d’ amore- copulare il sì interol ‘ a m o re f a f i o rire l’ universo intero- io/te r i f l e s s i n e l l o s p e c c h i o d o rato siamo l’ avatar di Krishna e R ada p u ro a m o re - b r a m a d e l la divinità bellezza insopportabile c a rnale incarnato s o n o i l d i o - a n i m a l e , l a d e a figa spensierata il dio animale maschio mi c o p re m i p e n e t r a siamo diventati un angelo totale u n i t i n e l f u o c o u n i t i n e l seme e sudore uniti nell’ urlo d’ amore s a c r i i n o s t ri atti e le nostre azioni s a c re l e n o s t re parti e le nostre persone.


D i a n e D i P rima è una delle poetesse più conosciute d e l l a b e a t generation. N a s c e a B rooklyn il 6 A gosto 1934, abbandona gli s t u d i p e r diventare scrittrice, frequenta artisti e nel 1 9 5 8 p u bblica il primo libro. Nel 1962 co m incia a p r a t i c are il buddismo. Nel 1966 si è trasferita a M i l l b ro o k, entrando nella comunità psichedelica di Ti m o t h y L eary. N e l 1 9 6 9 ha pubblicato il racconto della sua esper i e n z a b e at in M emoirs of a B eatnik.. I s u o i l i bri includono l’ incendiario R evolutionary L e t t e r s , diversi volumi di memorie e autobiografia, n o n a n c ora pubblicati, e molte raccolte di poesia, t r a i q u a l i Pi e c e s o f a S o n g . Or a v i v e a S a n F r a n c i s c o e H A B I SOGNO DI A I UTO, ha problemi di salute e de v e a f f ro n t a re n u m e ro s e c u re mediche.Chi volesse mandare qua lcosa, aiut a r l a i n q u a l s i a s i m o d o o a nche solo un pensiero può contattarla su faceboo k : h t t p s: / / w w w. f a c e b o o k . c om/profile.php?id= 620415827 A bban don ate...... Ab b a n d o n a t e a s e s t e s s e ,le personesi fanno crescere i capelli. A b b a n d o n a t e a se stessesi tolgono le scarpe. A b b a n d o n a t e a se stesse fanno l’ amore d o r mono facilmente d i v i d o n o c o perte,droga e bambini n o n s o no pigre o impaurite p i a n t a n o s e m i , s o r r i d ono,parlano fra loro.L a parola c o m i n c i a d e n t ro se stessa : tocco di amore n e l c e r vello,nell’ orecchio. R i t o r n i a m o c on il mare,con le maree r i t o r n i a m o s p e sso come le foglie,numerosi c o m e l ’ e r b a , g e ntile e insistente,ricordiamo i l m o d o i n c u i i n o s t r i piccoli muovono i primi passi a p i e d i n u di attraverso le città dell’ universo.


Il prezzo, la pugnalata, la putredine che emerge all’improvviso, l’esplosione di conflitti latenti e potenziali. Consegnati con pacco celere e rovesciatimi automaticamente addosso in tutta la loro orgogliosa realtà . Mittente: la maschera. Data di spedizione: il preciso momento in cui realizzi di essere amato mentre la indossi. Prese di coscienza che mi conducono per mano al desiderio di scoperchiare la scatola cranica per mangiarmi le cervella come fossero un budino da mensa scolastica. - di Daniele Puddu -

fotografia di Mattia Indavuru


“Non sono nichilista, non sono niente, sapete. E’ difficile da dire. Sicuramente mi ritengo un negatore, ma anche la negazione non è una negazione astratta, un esercizio, è una negazione viscerale, dunque un’affermazione, malgrado tutto, è un’esplosione. Uno schiaffo è forse una negazione? Dare uno schiaffo è un’affermazione. Ciò che io faccio sono delle negazioni che si rivelano degli schiaffi, dunque delle affermazioni.”


famiglia cristiana

www.thomasbires.com L’aspirante (di Sylvia Plath)

Prima di tutto ce li hai i requisiti? Ce l’hai un occhio di vetro, denti finti o una gruccia, un tirante o un uncino, seni di gomma, inguine di gomma,

Un po’ rigido e nero, ma niente male. Lo vorresti sposare? È impermeabile, infrantumabile, abile contro il fuoco e imbombardabile. Credi a me, ti ci farai sotterrare.

rattoppi a qualcosa che manca? Ah no? E allora che mai possiamo darti? Smetti di piangere. Apri la mano. Vuota? Vuota. Ma ecco una mano

E adesso, scusa, hai vuota la testa. Ho la cosa che fa per te. Su, su, carina, esci fuori dal guscio. Ecco ti piace questa? Nuda per cominciare come una pagina bianca

che la riempie, disposta a porgere tazze di tè e sgominare emicranie, e a fare ogni cosa che gli dirai. La vorresti sposare? È garantita,

ma in venticinqu’anni d’argento, d’oro in cinquanta, potrà diventare. Una bambola viva, sotto ogni aspetto. Sa cucire, sa cucinare, sa parlare, parlare, parlare.

ti tapperà gli occhi alla fine della vita e del dolore. Con quel sale ci rinnoviamo le scorte. Vedo che sei nuda come un verme. Che te ne pare di questo vestito-

E funziona, non ha una magagna. Qua c’è un buco, che è una manna. Qua un occhio, una vera visione. Ragazzo mio, è l’ultima occasione. La vorresti sposare, sposare, sposare?


A n dre a P azienz a (23 maggio 1 9 5 6 – 1 6 g i u g n o 1 9 8 8 ) f u me t ti st a e p i t t o re. D o tat o di u n s tr aordinar io t a l e n t o d i v e n n e u n s i mb o l o d e l m o vi m e n t o gi ovanile italiano co n t e mp o r a n e o a l p u n k , e r a a mi c o p erso n ale di F reak Antoni degli S k i a n t o s e d i Ro b e r t o Be n i g n i c h e h a d e t to di lui: “Er a l’albero d e l p a r a d i s o , c i h a f a t t o i n t r a v e d ere l a b e l le zza e poi ha chius o tut t o , p e r ò c i h a l a s c i a t o d e i f r u t t i p ro i b i t i e noi ce li s iamo mang i a t i , l i a b b i a mo a s s a p o r a t i . Ci rest a u n a grande voglia di vedere c o mp i u t e l e s t o r i e i n c o mp i u t e , c h i ssà c o s’al t ro c i avrebbe potuto re g a l a re . An d re a e r a v i c i n o a t u t t e l e e t à ; pot ev a es s ere un bambin o e u n v e c c h i o , u n a d o n n a e u n u o m o , u n anim al e o una biro. Er a e c l e t t i c o e d a n c h e mo l t o b e l l o : a veva l a gi oi a di vivere negli occh i ”. U n a poe si a di Andrea Paz ien z a ( 1 9 8 4 ) : Ma i o sono la mitica anatr a mi g r a n t e , so n o anc ora una volta per pe t u o mo t o so n o la brocca s ognante,des i d e r i o d i v u o t o . E se le m i e ar roganti parole d i u n t e mp o so n finite segnalibro d’un vo l u me d i me n t i c a t o p u re ti c hie do ar a il mio camp o a sc opri rlo.



Tubi, flessibili, turbine, compressori, seghe circolari, bidoni pieni d’acqua, plastica, vetro e travi di metallo. Rari elementi melodici con dissonanze e rumori. Temi ossessivi, storie di autodistruzione e di emarginazione. Einstürzende Neubauten, ovvero “nuovi edifici che crollano”, è il progetto varato nel 1980 a Berlino dal cantante e chitarrista Blixa Bargeld (alias Christian Emmerich) e dai percussionisti Mufti F.M.Einheit (Franz Strauss) e N.U.Unruh (Andrew Chudy, originario di New York). Nell’Üntergang, un exmattatoio che era diventato il centro dell’avanguardia giovanile della città, il progetto Neubauten da voce alll’underground berlinese, a tutta la costellazione dei punk, degli anarchici e degli irregolari che frequentavano l’area. È qui che nel 1980 gli Einstürzende Neubauten si esibirono per la prima volta con live show distruttivi, terroristici e sfrenati, che imposero subito il gruppo come una delle esperienze più estreme e più innovative della musica d’avanguardia. Il nome del gruppo acquisì una visibilità inaspettata quando il 21 maggio 1980 crollò il tetto

della Haus der Kulturen der Welt, causando alcuni feriti e un morto. La conseguente morbosa attenzione che i media dedicarono al crollo della cosiddetta “ostrica gravida” diede al nome del gruppo una nuova profetica dimensione. Tutto il disagio del post industriale viene urlato con toni dissonanti, che squarciano le melodie pop. Accordi dolci e orecchiabili vengono sostituiti da flessibili e seghe circolari per graffiare le coscienze con lo stridore di un malessere pressante, che investe una società stanca e monotona, dedita a un lavoro alienante e che la sera si rinchiude in alveari sovraffollati. Pubblicato nel 1981, il primo album Kollaps sintetizza alla perfezione il loro progetto: quella degli EN è musica ridotta al grado zero, spogliata di ogni tipo di armonia e arrangiamento: apice dell’opera sono le frenetiche danze industriali “Tanz Debil” e “Steh Auf Berlin” (introdotta da un martello pneumatico!), dove gli Einstürzende Neubauten portano la musica tedesca, rock e non, al suo limite estremo. Il resto del disco si divide tra vignette surreali e infernali orge di rumore, ma spiccano gli otto

minuti della title-track, una litania narrata da un Bageld in pieno delirio estatico. Ancora acerbo, il disco mostra comunque già la personalità unica e originalissima dell’ensemble (ai tre fondatori si erano aggiunti il bassista Marc Chung e il chitarrista Alexander Hacke). Usando quegli stessi oggetti del lavoro quotidiano in spettacoli che si avvicinano più al teatro espressionista che alla musica a cui il mondo era abituato, gli Einstürzende Neubauten sono uno strappo talmente forte dalle esperienze precedenti che gli album ebbero un impatto enorme. “Kollaps”, “Die Zeichnungen Des Patienten O.T.” e “Halber Mensch” hanno influenzato intere generazioni di artisti: dal noise newyorkese di band come i Sonic Youth, a nomi come Nine Inch Nails e Killing Joke, e gli italiani CCCP. Più che alla musica industriale, gli Einstürzende Neubauten si avvicinano sempre più ai collage sonori dei maestri dell’avanguardia elettronica tedesca (Stockhausen soprattutto) e americana, ma con una profondità morale e una visionarietà senza precedenti. I loro battiti metallici, i rantoli demoniaci del cantante,


le dissonanze e le tempeste ritmiche dipingono scenari apocalittici senza possibilità di uscita e di salvezza: ogni brano è avvolto in un senso quasi tangibile di vuoto, angoscia, terrore. “Armenia”, a metà tra un incubo freudiano e un trip lisergico, riassume tutta la “poetica” di Blixa e compagni. Le sonorità iniziano a cambiare con l’esperienza che Blixa si fa con Nick Cave and the Bad Seeds. La band comincia per la prima volta a introdurre strutture musicali ben ordinate, se non vere e proprie “canzoni”, sull’album Halber Mensch (1985). Nelle loro mani tutto viene trasformato e deformato per essere messo al servizio delle nevrosi lancinanti di Blixa e dei deliri rumoristici dei due fenomenali percussionisti Einheit e Unruh. Il quarto album segna un altro cambiamento: gli Einstürzende Neubauten suonano insieme proprio ai Sonic Youth in varie date del loro tour (si parla dei Sonic Youth del periodo di “Bad Moon Rising” e “Evol”), e proprio gli echi di quei due capolavori del gruppo newyorkese avvolgono profondamente le atmosfere e le sonorità di questo album dei Neubauten, il più tetro, insondabile e inquietante della loro carriera, nonché indubbiamente il più suggestivo: Fünf Auf Der Nach Oben Offenen Richter-

skala (1987). Più che un album, uno psicodramma disperato, che ruota intorno alla straordinaria “Zerstorte Zelle”, brano che porta a definitivo compimento la loro prassi del collasso nervoso, con il suo andamento sinistro e l’apoteosi finale tra aperture sinfoniche e grida disperate. Il gruppo registrò una soundtrack per il teatro, seguì alcuni progetti solisti e si dedicò ad altre colonne sonore. Si intravedono anche i primi germi della crisi che di lì a poco colpirà il gruppo, che si ritroverà privato del bassista Marc Chung ma soprattutto del geniale F.M. Einheit, sostituiti rispettivamente da Jochen Arbeit e da Rudi Moser, entrambi bravi ma non certo all’altezza dei loro predecessori. Dopo una lunga pausa, gli Einstürzende Neubauten trovano comunque la forza di risorgere dalle proprie ceneri con Silence Is Sexy (2000), che dà di fatto inizio a una nuova carriera. Perfezionando la strada già intrapresa con i due album precedenti, il gruppo porta avanti un’estetica basata sul silenzio, l’attesa e la rarefazione come armi per spiazzare il pubblico. Blixa stesso spiega: “Si trattava di trovare qualcosa che non avevamo mai fatto prima. E questo naturalmente ci ha portato a fare delle cose sempre più fragili, perché le

cose rumorose le abbiamo già provate negli anni 80. Adesso lavoriamo invece con il silenzio e con i suoni molto piani, il sovrapporre, lo sparire e riapparire dei pezzi, che sono molto diversi l’uno dall’altro, era questo quello che ci interessava in questo disco”. Quello che è visibile immediatamente è la scelta di passare da terrore e angoscia a ironia e raffinatezza. Ma abbiamo anche il pezzo “Pelikanol”, ovvero 18 minuti di recitazione su un sottofondo di rumori estenuanti. L’ultimo album è del 2007, Alles Wieder Offen, ovvero Autonomia Operaia. Indipendenti a tutti i livelli, dal finanziamento (con contributi dai fan) alla distribuzione tramite la loro etichetta personale, i Neubauten si ripresentano muovendosi con più efficacia e concisione. Album pacato e surreale, in costante equilibrio tra rumorismo e forma-canzone, nutrito con discrezione delle consuete dosi di angoscia e unheimlichkeit, “Alles Wieder Offen” è l’atto di ennesima rinascita del leggendario collettivo berlinese. I Neubauten tornano a occupare fabbriche in disuso, tornano a sporcarsi di cemento e metallo, basti ascoltare l’inno industriale di “Weil Weil Weil”: ma anche così restano pur sempre elitari, raffinati, unici. - di Ty Elle -


Negli anni cruciali della battaglia mediatica fra i due più grandi pseudorockettari della storia del pianeta, Ligabue e Vasco, nella scena musicale “rock di nicchia” alcuni gruppi stanno facendo il loro esordio in campo, passando dalla porta di servizio, quella vicino ai cassonetti e senza la scritta “ingresso artisti” appiccicata sopra, tentando con coraggio e presunzione di portare o riportare in Italia ciò che dagli anni ’70 non esiste più: espressione, senso critico, cultura, musica. Scusate se è poco. Se un tempo non troppo lontano in cui dagli aborti musicali puntualmente prodotti da Cecchetto nei ’90 (ma anche oggi) ci si poteva consolare con ottime band del calibro di Verdena, Marlene Kuntz, Afterhours (per citare le più influenti) oggi queste stesse band non sono più in grado di reggere come una volta il fardello di mantenere vivo il vero rock. Vuoi perché hanno già dato, vuoi perché non sono più giovanotti aitanti, vuoi perché “che cazzo ne so io”. La missione è affidata allora a nuovi episodi del rock che da un lustro circa si stanno prepotentemente assorbendo una buona fetta di pubblico dai gusti musicali discordanti dalle offerte targate Teatro Ariston. La band di cui andrò a parlare è Il Teatro Degli Orrori. Che con l’Ariston ha in comune solo il 40% del nome, fortunatamente. Il progetto nasce dalle menti di tre membri degli One Dimensional Man, gruppo che ha sfondato poco in Italia, anche se ancora attivo e voglioso. Parlo di Pierpaolo Capovilla, Giulio Favero e Francesco Valente. Di questi tre solo Capovilla è attualmente negli One Dimensional. Il Teatro degli Orrori nasce nel relativamente vicino 2005, ma sforna il primo album per conto di una casa indipendente (se non ci fossero loro in Italia oltre la Pausini non ci sarebbe un cazzo) nel 2007, probabilmente dopo due anni di sperimentazione e concerti in giro per locali sotterranei, con “Dall’impero delle Tenebre”. In 11 tracce per 40 minuti circa si concentra tutta la potenza musicale e testuale di questo nuovo gruppo, e si mettono in luce tutte le peculiarità che ha da offrire. Ciò che bisogna precisare prima di analizzare suoni e testi che caratterizzano Il Teatro degli Orrori è che non è una band che piace al primo ascolto, e non è detto che ascoltandola ossessivamente possa piacere. Nel senso che nel loro conformarsi ad un genere, in questo caso il noise rock, sono un qualcosa di a sé stante, in tutto e per tutto. Le cose sono due: li adori o li detesti. Non è la solita frase che i recensori scrivono perché, come si dice, è la tipica “frase ad effetto”, e potete accorgervene ascoltando i loro dischi. La cosa più espressiva e rilevante nelle canzoni del Teatro sta nei testi e nell’interpretazione che l’autore Capovilla conferisce loro. Sono delle poesie, i testi del Teatro, parole acuminate, spesso ricercate, piene di citazioni e riferimenti, di denuncia e protesta sottoforma di


dramma poetico, proprio come in uno spettacolo teatrale (che io ho sempre odiato, ma questo è un limite personale). E proprio come in uno spettacolo teatrale le canzoni sono recitate. Il cantato è presente ma viene attuato in una forma e con una voce lontana dalla melodia italiana, la voce di Capovilla sa di retrò, sa di attore finito nel baratro, un doppiatore di soggetti ubriachi e misantropi che sospirano, sussurranno, urlano e annaspano. La forza di Capovilla forse sta proprio in questo. Dare enfasi e colori a ciò che scrive come un monologo teatrale, su uno sfondo di chitarre distruttive e bassi pomposi. Una sceneggiatura drammatica non accompagnata da vaghe sviolinate o jingle su pianoforte, ma da riff di chitarra mai virtuosi o “solisti”, ma pieni di ritmo, cantilenanti e dalla sfumature crude e cupe, distorte, invasive a livello encefalico. Il basso e la batteria fanno il loro dovere: il primo, oltre ad avere una distorsione altissima e un volume notevole, rende corposo, riempie di ingranaggi l’intero arrangiamento musicale, annerendolo e incazzandolo mentre la batteria scandisce a colpi secchi e semplici la velocità di narrazione e accentua i cambi di tono di Capovilla. La sensazione che si ha nell’ascoltare canzoni come “Dimmi addio”, ottimo brano noise-rock cantautorato dell’ultimo album fresco fresco d’uscita, Il Mondo Nuovo, “E lei venne!” (reinterpretazione della poesia “il vino dell’assassino” di Baudelaire), “La vita è breve”, “Il turbamento della gelosia”, “Non vedo l’ora”, “A sangue freddo”, è di assistere ad cupa e rabbiosa quanto sentimentale narrazione di storie, di istinti, dove anche la più sociale argomentazione si trasforma in una tragedia, teatralmente parlando. Basti pensare all’ultimo album, il già citato “Il Mondo Nuovo”, un concept incentrato unicamente sul tema dell’immigrazione, dell’abbandono della propria nazione, dell’amore e delle opportunità che il paese non ha saputo dare, il tutto in un miscuglio di suoni e parole che seppur fanno intendere di che si parla, è un aleggiare, un sussurro violento, un’implicita denuncia. Se non fosse per il fatto che buona parte delle canzoni riporta come titolo il nome di un potenziale migrante (scelta che non condivido appieno), il senso dell’album sarebbe ancora più nascosto. Tirando le somme, accettato lo stile musicale originale e letterario del Teatro (in Italia sono gli unici ad essersi ritagliati un certo spazio, anche commerciale, ma è tutto meritato) possiamo davvero andare fieri di come attraverso il rock venga diffusa cultura, espressione e appunto stile graffiante, in un connubio che Capovilla e sudditi hanno realizzato molto bene, non creando quella discrepanza facile quando si mischia il parlato, o meglio il Recita-cantato su ritmi elevati e forti come il loro noise-rock. Gruppi del genere dovrebbero nascerne a fiotti, e probabilmente ce ne sono già, ma gli ostacoli che il paese in cui viviamo mette rende difficoltoso l’emergere. Meglio così, a volte è un bene che certi gruppi rimangano nella nicchia, non se ne infanga il nome e la musica facendo diventare un gruppo come il Teatro banale come chi si vanterebbe d’ascoltarli. Congratulazioni al Teatro degli Orrori, che continuino su questa strada, asfaltata di talento e voglia di dire. -di Giuseppe Baldassarra -


Il 5 ottobre 2007, il manoscritto di un libro fu recapitato all’ editore francese Paul Otchakovsky-Laurens. Titolo: Suicidio. Tema: lettera scritta a un amico innominato suicidatosi quindici anni prima con un colpo di fucile, senza lasciare una sillaba di spiegazione. Autore: Edouard Levé, scrittore e fotografo, che già in passato aveva pubblicato dei testi con lo stesso editore. L’ 8 ottobre, quell’ editore gli telefonò: «Va bene, pubblichiamo». E aggiunse di sperare che non fosse un libro autobiografico. Levé gli rispose con una battuta. Aveva quarantadue anni. Il 15 ottobre, lo trovarono impiccato in casa. Anzi: la moglie lo trovò impiccato in casa, come egli aveva previsto che accadesse. Aveva lasciato tre lettere: una all’ editore, due ai genitori e alla moglie. Parole affettuose, che non spiegavano nulla: forse perché nulla avrebbe potuto spiegare, nei termini della cosiddetta normalità, quello che Baptiste Liger sul settimanale L’ Express ha definito «un atto letterario assoluto», quasi l’ incarnazione di una vita e di una morte nella letteratura. E viceversa. Suicidio fu pubblicato

qualche mese più tardi. Chiunque legga Levè capisce subito che è un libro autobiografico. Non si può immaginare così stati alterati, depressione, confusione mentale se non ci sei passato attraverso. Non descritte così puntigliosamente, con dolore che fa arrancare nella lettura sentendoti parte di un dramma annunciato, che non potrai evitare. Levè ha scelto, non spiega i motivi del suo gesto, ci arrivi da solo. Leggendo i suoi pensieri capisci che non avrebbe potuto restare perché la vita o la mordi, la rovesci, ci ridi sopra o finisci schiacciato. Si legge di farmaci che rallentano, che rendono la mente una nebulosa che si espande all’infinito, confusamente. Si legge di relazioni affettive che non possono più bastare perché, e Levè lo dice chiaramen-

te, il suicida è un essere assolutamente egoista, che deve fottersene di chi gli sta intorno, o non arriverebbe mai fino in fondo. La necessità di ammazzarsi supera ogni altro affetto, amicizia, amore. La decisione è presa, l’organizzazione della fine comporta una concentrazione che non sempre c’è, ma che viene portata avanti con fatica estrema ma caparbia. La sensazione di leggere dentro un altro essere umano, indifeso, spogliato di ogni maschera, ti tiene inchiodato al libro e te lo fa leggere tutto in una volta sola. Si cercano risposte, si apre un mondo che non credevi potesse essere scritto con quella sincerità brutale. Si capisce che quando la qualità della vita viene schiacciata da farmaci e depressione non puoi che sospendere ogni giudizio e accettare la decisione di Levè come l’unica fedele a se stesso. Nessun giudizio, dunque, solo parole incasellata su fogli bianchi, a distruggere certezze e creare dubbi su questa società che lascia i suoi presunti figli abbandonati a crepare da soli. Nessun giudizio, solo lettura. Leggetelo e non dimenticate. - di Ty Elle -


Io sono un lupo mannaro, mi trasformo ogni notte,qualche volta anche di giorno,quando ho le mestruazioni e la mia mente vaga: ...mi trovo in un PUB da solo al bancone col mio solito pint di birra,pacchetto da venti di marlboro light,biglietti scritti da distribuire... << ho paura di girarmi...c’è qualcuno che mi spia! gioco a biliardo con dei veri e propri svitati,vagabondi che suonano la chitarra per degli spiccioli, vado a casa di studentesse universitariedi mia spontanea volontà,loro mi accudiscono, mi medicano le ferite, si prendono cura di me,piangono per me,per l’amor che non so dare. Sono al bagno,al lavandino sotto allo specchio,un tipastro con la barbetta rossa e berretto nero che mastica la gomma con l’occhio leggermente chiuso,suggerisce: “bella giornata oggi...” ehm...la mia testa è zeppa di spettri del passato, un aeroplano che non riesce a decollare con 350 elefanti a bordo, la mia testa piena di cartaccia. ...chi toccò il cielo col dito per poi crollare su se stesso? ma che razza di autodistruzione è mai questa? ma quale autocombustione, ma quale sfiammata elettrica! presto scoppierò come un palloncino, un giorno di questi me ne vado in televisionee mi faccio saltare le cervella, trattenendo il respiro per un bel quarto d’ora abbondante... …io sono un libero pensatore. - di Alessandro De Cesare -


Bruciano le mani, che poi non sono mani, ma labbra che costruiscono parole, martelli che inchiodano promesse, strilli che frantumano specchi.Bruciano gli occhi e tutte le immagini della vita, quella di ieri, quella di domani, quella che oggi chissà se c’è.Carta, la gente è fatta di carta e la vita altro non è che fuoco.Siamo tutti nudi fogli di carta vestiti di parole.Bruciano le gambe, che poi non sono gambe, ma luoghi da raggiungere, idee da cui fuggire, domani da inseguire. Brucia lo stomaco, chenon è stomaco, ma son rospi da inghiottire e fame di emozioni, poi singhiozzi e parole andate di traverso.Acqua, la gente è fatta d’acqua e la vita altro non è che corrente che ci spinge e ci trascina.Siamo tutti fiumi alla ricerca del nostro mare.Bruciano le dita strette nella mano, che poi non sono dita, ma coraggio da trovare e tener stretto, son cazzotti in piena pancia, momenti che tolgono il fiato.Bruciano i piedi, che poi non sono piedi, ma contatto con il suolo, sono ancore per non andare al largo, sono primi passi che ci porteranno lontano.Bruciano i pensieri, che poi non son pensieri, ma non sono niente e in fondo sono tutto.Emozioni, la gente è fatta di emozioni, forse nella vita non c’è altro. - di Gnigne Train -

disegno di Silvia Vaienti


di st ruzionedistr u z io n e d is tr u z io n e d i st ruzi onedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u z i one distruzion e d is tr u z io n e d is tr u z i o ne di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n ed i st ruzionedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u zi onedistruzione d is tr u z io n e d is tr u z i o ne di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n e d i s t ruzionedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u zi one distruzion e d is tr u z io n e d is tr u z i o n e di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n e d i s t ruzi onedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u z i one distruzione d is tr u z io n e d is tr u z i o ne di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n ed i st ruzionedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u z i onedistruzion e d is tr u z io n e d is tr u z i o ne di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n e d i st ruzi onedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u zi one distruzion e d is tr u z io n e d is tr u z i o n e di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n ed i s t ruzi onedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u zi onedistruzione d is tr u z io n e d is tr u z i o ne di struzionedis tr u z io n e d is tr u z io n e d i s t ruzionedistruz io n e d is tr u z io n e d is tr u zi one distruzioned is tr u z io n e d is tr u z ion e l’ anarcop o e ta s u r re a le


Non ho voglia di niente tranne che del mio gin tonic. Come sempre, a quest’ora. Chiudo la zip del piumino e mi avvio verso il solito bar. So già cosa troverò, perfetta cornice alla mia ubriacatura. Due passi e già ci sono, per non fare aspettare troppo la mia voglia-necessità. Lei è sempre lì sorridente, una barista perfetta a quest’ora. Quando tutti vanno a letto arrivo io e non devo nemmeno chiedere, lei sa cosa prendo. Mi siedo al bancone, sullo sgabello imbottito e inizio a mangiare i taralli, giusto per fare qualcosa mentre dico come è andata di merda anche questa giornata. Lo so, mi lamento, ma lei è una barista, ci sta apposta, no? E poi faccio anche due battute, lei ride e non so se ride perché sono stato divertente o ride perché lo deve fare. Non mi importa un cazzo, alla fine. Ognuno ha i suoi ruoli: io sono l’ubriacone che arriva all’una di notte, lei la barista gentile che smercia alcol. Poco ghiaccio, molto gin Tanqueray, poca acqua tonica, lime. Ecco come lo voglio ed ecco come mi viene messo davanti. Faccio un complimento al vestito

nuovo della barista e lei come al solito risponde con una battuta. Sa che non ci sto esattamente provando, sa che è un’abitudine anche questa. Lei è una donna, io un uomo. Il complimento alcolico ci scappa. Non vorrei star lì a spiegare perché la mia giornata è andata di merda, ma mi ritrovo a sorseggiare gin tonic spiegando esattamente perché la mia giornata è andata di merda. Lei ascolta, è compreso nei 5 euro del cocktail. Inveisco, mi lamento, mi sfogo. Non ci torno in quel posto di merda, me ne vado in campagna, a fare l’apicultore. Lei la trova un’ottima idea e sorride interessata. Allora mi prende di raccontarle della casa in campagna di mio zio, di quando ci andavo da bambino. Le dico che sarebbe proprio una bella vita, senza dover più cucinare in un maledetto albergo di terz’ordine con i materassi infestati dai topi, giù nel magazzino. Cibo surgelato e sporcizia in cucina. E io l’ho detto che le cose sarebbero dovute cambiare, l’ho detto che non sarei stato disposto a sopportare. Sono il capo cuoco, voglio decidere io il menu. Siamo a Natale, voglio delle cazzo di ferie. Si incazzano? Me le negano?


E io sono venuto via e non ci torno. Vado a fare l’apicultore da mio zio e si fotta questo mondo di merda che ti stritola nei suoi ingranaggi. Un altro gin tonic, grazie. E’ il mio mantra. Un altro gin tonic, grazie. Lei tiene il conto su quella cassa computerizzata. Digita il tasto long drink con la pennetta ed ecco comparire altri 5 euro. Lei tiene il conto, io no. Ha senso tenere il conto di quanto mi ci vuole per ubriacarmi e non sentire più un cazzo? Piacevolmente assente. Stasera ho anche fumato e sono stonato. Non ci ero più abituato, le palpebre sono pesanti. Se parlo io non ho problemi, se parla lei non la seguo. Non importa seguirla, pago. Quindi parlo io e chiedo un altro gin tonic. Però voglio sempre meno acqua tonica e lei che sa quanto lascio ogni sera su quel bancone non si fa problemi e ne mette poco, giusto per poter dire che è un gin tonic. Le chiedo le polpette marocchine, anche se mi si rivolta lo stomaco, ma la chimica si impone. Vado in automatico e aspetto bevendo. C’è un gruppo chiassoso dietro di me. Tre ragazzi con le loro ragazze. Avranno vent’anni. Ecco, glielo dico, alla barista, che è una generazione di merda, che non pensano mai a un cazzo, che si troveranno male in questo mondo che stiamo distruggendo. E lo so che lo dico sempre, ma porca puttana è vero. E mi fa rabbia che questi stronzetti stiano qui a ridere inconsapevoli della merda che li circonda. Sono anche loro merda. Arriva il mio piatto e la barista me lo mette sul bancone. Lo sa che non ci vado, a un tavolo.

E’ triste sedersi a un tavolo da solo, in mezzo a questi stronzetti allegri. E io non sono triste, sono incazzato. Dico alla barista che ci mando i NAS, in quell’albergo di merda. Che gliela faccio vedere io. Li avevo avvertiti, ora faccio il culo a tutti. E vado a vivere in campagna, faccio l’apicultore. Mi viene il dubbio di averglielo già detto, ma forse no perché lei annuisce e sorride. Mi si chiudono gli occhi. Lei asciuga i bicchieri nel vapore della lavastoviglie. Mi sveglio di colpo, qualcosa di umido mi appiccica il mento. Merda, le polpette marocchine. Per arrivare al tovagliolo ci metto troppo tempo. Le mani tremano, sono lento. Mi pulisco. Mi guardo intorno. Lei sta pulendo la macchina del kebab, non si è accorta. Guardo il piatto, la testa è pesante. Polpette mangiate a metà, intinte nel sugo piccante. Stavolta non controllo più lo stomaco. Faccio in tempo a arrivare in bagno, vomito le polpette, il sugo piccante, i gin tonic e quello che resta di questa notte di merda. Tiro lo sciacquone. Faccio davvero schifo, ma me ne fotto. Mi pulisco. Ora va meglio. Torno al bancone. Mi aspetta ancora il resto del mio piatto e il mio quarto o quinto gin tonic col ghiaccio che si sta sciogliendo. Forse se avessi qualcuno da cui tornare adesso non sarei qui. Forse dopotutto sarei qui lo stesso. Forse domani torno in quell’albergo di merda. E poi torno anche qui, a questo bancone. Fanculo la campagna e le api. Fanculo tutto. - di Ty Elle -


Giacomo si svegliò sudato, aveva freddo e sudava, una cosa assurda, sicuramente stava male, gli mancava il respiro, faticava a respirare, aveva preso quella nuova droga che gli aveva venduto quel tipo poi non ricordava niente, sentiva formicolio ovunque soprattutto in faccia, si alzo con le braccia a penzoloni, riuscì a trascinarsi in bagno, cazzo che sballo, mai sentito una cosa simile, sembrava che il naso gli sbattesse in bocca, che sballo, cazzo che roba fenomenale, si affacciò allo specchio e gli si gelò il sangue, saltò indietro sbattendo la testa contro il muro, si portò terrorizzato le mani in faccia, si tastò come per cancellare quello che vedeva, no era lì, cazzo che cazzo, un cazzo, un pene di medie dimensioni gli penzolava al posto del naso e aveva pure i testicoli che finivano armoniosamente prima del labbro superiore, un cazzo in faccia, che vergogna, come faceva ora, come andare in giro così, un dubbio ancora più atroce lo assalì, si tirò giù le mutande e rigelò, il naso era lì e senza mutande respirava finalmente meglio, senti un assurdo senso di sollievo che lo pervase, in fondo aveva tutto come prima, aveva solo cambiato posizione, forse era un allucinazione della droga, ricominciò a tremare, aveva da pisciare, ma con cosa doveva farla, si avvicinò

al water, sentiva dal cazzo al posto del naso l’ esigenza di urinare, si abbassò e pisciò dal cazzo. Si sollevò, una goccia di piscio gli bagnò le labbra, non ci fece neanche caso, doveva abituarsi, ora come faceva ad andare a lavorare, doveva tenere sempre la sciarpa, o mettersi un velo come le donne orientali, pensando alle donne orientali nude sotto i vestiti gli venne un improvvisa erezione, gli sbatteva sulla fronte, dava fastidio, come cazzo poteva andare in giro con quella faccia da cazzo? Telefonò a un suo amico che studiava medicina e gli spiegò la situazione, ottenne delle risate e un riposati che ti passano le allucinazioni. Era disperato. Poi gli venne l’ idea e tutte le preoccupazioni svanirono: Massimo Dimmerla. Il grande Dimmerla, il mitico presentatore televisivo che aiutava tutti, lui avrebbe avuto la soluzione, lui aveva la soluzione per ogni problema, solo Dimmerla poteva salvare la sua vita. Telefonò e trovò la segretaria, le disse il problema, le rispose: “Non si muova, saremo da lei tra poco, stia calmo e vicino al telefono per ogni evenienza”. Dopo pochi minuti sentì degli elicotteri, si affacciò e vide una scena che gli ricordò Apoclypse Now, numerosi elicotteri stavano atterrando nel


giardino condominiale, in pochi attimi ebbe l’ appartamento allestito come uno studio televisivo, con tanto di salotto con gli esperti del caso, lui lo posizionarono di spalle dietro una tenda per la privacy e per non far vedere organi genitali in prima serata, interruppero la normale programmazione con un edizione straordinaria, lui si sentiva contento, era l’ uomo del momento, di che poteva lamentarsi. Iniziarono il dibattito: c’ era chi diceva che se avesse un figlio così lo caccerebbe di casa, chi invece diceva che i giovani stanno vivendo un periodo di disagio e bisogna star loro vicini, capirli, comprendere perché si drogano a tal punto da ritrovarsi il cazzo in faccia, uno grasso del pubblico dello studio-appartamento si alzò accalorato urlando: “La pena di morte ci vuole”, molti applaudirono calorosamente, una signora distinta fresca di parrucchiere rispose prontamente: “Basterebbe applicare le leggi che già ci sono”, alcuni applaudirono tiepidamente. Poi cominciarono a discutere animatamente dell’ immigrazione clandestina causa di tutti i mali, dopo un paio d’ ore cominciarono finalmente a parlare di come risolvere il suo problema fisico e alcuni volevano vederlo bene da vicino allora a turni di due iniziarono ad andare dietro la tenda e con un guanto di lattice che veniva fornito da un solerte assistente gli toccavano il cazzo, ma sentirono in quel momento un elicottero dal rombo più potente di tutti quelli di prima, iniziarono tutti ad agitarsi e

urlare “E’ arrivato il Presidente, il Presidente della Repubblica”. Pochi istanti dopo entrò nell’ appartamento tra gli applausi dei presenti emozionati, deciso andò dietro la tenda e gli diede la mano: “Caro giovane come vede il Presidente è vicino a tutti i cittadini della nazione in qualsiasi momento della loro vita, lei che si trova con gli organi genitali in faccia non è meno degno di uno più fortunato, piuttosto smetta di drogarsi che come vede può causare danni imprevedibili”. Tutti applaudirono commossi da tanta saggezza in un solo uomo, alcuni piangevano senza freni, le parole del Presidente avevano colpito anche Giacomo che si mise a piangere ma mentre piangeva a causa della tensione nervosa riebbe un erezione e proprio in quel momento il Presidente col guanto stava osservando di persona, non riuscì a trattenersi e venne copiosamente in faccia al Presidente , una guardia del corpo per riflesso indotto immediatamente estrasse la pistola e gli sparò in faccia, Giacomo cadde riverso sul pavimento, l’ ennesima vittima della droga. Lo imbalsamarono per esporlo al museo come monito per i giovani, ma per via di un esposto per la pubblica decenza non lo esposero mai, rimase nel magazzino del museo dimenticato. Solo il mitico Massimo Dimmerla andò a visitarlo una volta per farsi una foto ricordo. - di Andreas Finottis -


“ S e ne v uole andare a vivere c o n g l i anim al i . E’ da un po’ di t e mp o che ci p ens a. Magar i in u n a g i u ngl a dell’Amaz z onia, o n e l l a sav ana. O anche nel dese r t o . Vu ole andar s ene con gli anima l i , i n s om ma, il punto è ques to. H a se m pre avuto paur a d e l l a m o r t e, ques ta la ver ità, e ne l l a su a c ondizi one attuale non v e d e a l t ro c he conti alla roves cia , r i f l e s si di se stes s o dentro s pec c h i e v etri me ntre invecchia, pa r a s si t i c he l o divor ano mentre d o rme. S t a sprec ando il s uo tempo i n m e z zo alla città e agli uman i , l o se n t e. Ma non s olo lui. L o s ta n n o sp recando tutti. Dalla fine s t r a o s s erva sc atolette con r uote c h e m u ov ono per s one immobili, c e m e n t o ov unque, non è pietr a , t i d à p roprio la s ens az ione di f a l so , di art i f i cios o, di avvelen a t o . E poi tutti che cor rono. Lu c i , sc h ermi, t elecomunicaz ioni . E’ c i ò che forse gli fa più paur a , l a f re tt a. G l i r icorda di non e s s e re i mm ortale, di non es s ere i n d i sp e nsabile , di non es s ere. E’ c o n v i n to che q uei tiz i là fuor i n o n

s t i a n o d a v v e ro v i v e n d o , a n ch e s e i mp e r t e r r i t i u r l a n o l e p ro p ri e a mb i z i o n i , c h e s i a n o c o n d i vi si b i l i o me n o , c h e s i a n o a n t i co n f o r mi s t e o p l a s ma t e , o p la sm a t e d a l l ’ a n t i c o n f o r mi s mo . C h i h a d e t t o c h e d e v i a v e re a mb i zi o n i ? c o me p u o i c h i a ma re v i v e re i l f a re c i ò p re s c i n d e d a l l a n a t u ra u ma n a e a n i ma l e ? S i d o vreb b e v i v e re d i i s t i n t i , d i s e n s azi o n i , d i v i t a o d i mo r t e . E q u el l i i n v e c e s t a n n o l ì a p a s s a re g li a n n i i n s e g u e n d o c h i me re , a vest i re c a mi c i e , a f a re f i g l i d a i scri vere a s c u o l a c a l c i o , a ma n g i a re p a n e t t o n i d a v a n t i a d e l l e sca t o l e c h e t r a s me t t o n o p e r s o n e v i rt u a l i e s e mp re f e l i c i . Ma che cazzo sto e stanno fac e n d o ? Ch i h a i n v e n t a t o q u est o mo d o d i v i v e re ? No n p u ò e ssere c e r t o l ’ i s t i n t o d i s o p r a v v i ven za ! Av e r c re a t o q u e s t o mo n d o p a r a l l e l o d o v e s i v i v e i mb o t t ig l i a t i f u o r i d a l v e rd e e d a l l e s e n sa zi o n i p a n c re a t i c h e a c h e p ro d o vreb b e p o r t a re ? E’ s t a n c o e n a u s e a t o d i sen t i re p o i p a ro l e s t u p i d e e mo d a i o l e c o me “l i b e r t à ” , “f e l i c i t à ”, “ st a -


b i l i tà”, “amore” da finti uo mi n i c h e le pronunciano infilan d o l e d e n tro un oggetto di plas tica p o st o all’ore c chio o nel r ifer ir s i a i l o ro traguardi ines is tenti. S i è ro t to i coglioni di ques to mo n d o f a r locc o, c he vive di nulla p e r n u l l a, per q ues to s e ne vuole a n d a re c on gli animali. L i b e rt à non è la piena man i p o l a z ione de lle propr ie az ion i , è q u al cosa di meno cinemato g r a f i c o e piac e vole. L a libe rt à è una malattia me n t a l e. Libe rt à è es s ere manip o l a t i d a s e st essi. E’ non avere s ce l t a d i pe nsi ero, è s olo uno s corre re d i i m magini e parole fuor i c o n t ro llo, una mir iade di s ens a z i o n i . P roprio come accade ne g l i a n i mali, c he fanno le cos e a c a z zo p erc hè sono bur attinati d a l l e v o g lie . R agionare con la pan c i a , re s p i rare c on la pelle, imma g i n a re c on gli occhi. Vivere s o l o c i ò c he è st ato loro dato, lon t a n o d a l l e i nve nz ioni umane che mi ra n o al l ’i l l us ione di es s ere a l t ro o l t re ad atomi morenti. Vu ole provare per una volt a a d e s s ere brut a le, mes chino, im mo ra l e, st ronzo come un leone , o c o m e un furetto. Mangiare o rg a n i s mi e se ntir ne gli odor i, n o n b i s tec c he spacciate per cibo . S i è rotto anche di s cr ivere , d i

b a t t e re t a s t i , d i b a t t e re d en t i , d i b a t t e re l a f i a c c a . Gl i u o m i n i h a n n o f r a i n t e s o e n o r m em en t e i l c o n c e t t o d i p e rc o r s o vi t a l e . L’ h a n n o p re s o d a v v e ro p er u n p e rc o r s o - c re s c i t a - re a l i z z a z i o n e , u n a b b i g l i a me n t o d a me t t e rsi a d d o s s o . M a i n re a l t à n o n è n i en t e. S e n o n c i f o s s e ro l e p a ro l e f o rs e s a re b b e t u t t o mo l t o p i ù sem p l i c e . Ne s s u n c o n c e t t o a s t ra t t o , i n t e r p re t a z i o n i , n e s s u n a p o esi a c h e p a r l i d e l l ’ a rc a n o . Ci s a rb b e s o l o u n mu c c h i o d i a n i ma li p u zzolenti che fanno quello che gli p a re , e i l mo t i v o n o n è d a t o sa p e r l o , p e rc h è n o n c ’ è . Pe rc h è n o n c ’ è i l c o n c e t t o d i m o t i v o ! Qu e s t e p a ro l e a p o c a l it t i ch e c o me “e s i s t e n z a ”, “v i t a ”, “ rea l t à ” c o s a s o n o s e n o n c i rc o scri zioni a concetti che non vanno al d i l à d i s e mp l i c i s u p p o s i z i on i ? I n re a l t à p e r s p i e g a re b e n e co sa s i è , b a s t e re b b e s me t t e re di scri v e re . Vu o t o . Fi n e . E c o s ì s me t t e . Molla tutto. S e n e v a d a l l a f i n e s t r a . S i va a g u a rd a re a l l o s p e c c h i o . La b a rb a v u o l e e s s e re r i f a t t a , l e l a m et t e n u o v e l e h a c o mp r a t e i e r i st esso . No n g l i e n e f re g a n u l l a . Lu i v u o l e a n d a re a v i v e re co n g l i a n i ma l i . ” - d i Gi u s e p p e Ba l d a s s a rra -


Dolore. Si dice che con esso nasciamo e in sua compagnia moriamo. E’un attimo finito e infinito, nello stesso tempo. Vedi l’uomo caracollante sul ring dinanzi a te farsi sotto col suo muso scavato e angolare, un triangolo di carne segnata e scalfita, e puntarla quasi nell’incavo del tuo collo, mirando lo spazio rossastro e urlante tra le tue costole. E’ come un rinoceronte sovraeccitato a cui abbiano somministrato una brutale droga ipnotica. Sono attimi, secondi – nemmeno. Senti l’odore acre, pungente del suo sudore e del suo sangue e riesci nitidamente a scorgere quella piccola, antica e bianca cicatrice sul suo cranio bulboso che solo ora ti accorgi che possiede, solo ora in intimo contatto con i tuoi sensi squadernati, solo ora, inquietante macchia psicopompa che prelude al tuo passaggio alla sofferenza. Sei lì, immobile, le braccia ancora alzate con i pugni semichiusi, ma lo sguardo è trasognato, come catalizzato sul funesto e ugualmente agognato bianco simbolo craniale che si associa al tuo processo di liberazione. I lampi di luce dei piccoli fari attorniano e delineano il tuo sfidante sbuffante rimarcandolo, facendolo più spesso, dandogli un’aurea quasi mistica, trascendentale… E quelle linee di luci si combaciano, piano piano, si uniscono alle facce distorte e animalesche appena fuori

dalle corde, musi che sbavano, sputano, che stringono corti mozziconi di sigari bagnati, le gote e le sopracciglia che si allargano e si piegano in un rallenti febbricitante, le bocche unte che s’aprono, denti gialli che digrignano, occhi obliqui e gesti convulsi, e tu, tu non odi nulla. Come se quel marasma di voci urlanti fosse distante chilometri, come se fossi separato da esso da un muro trasparente, non senti niente, tranne la calda cullante ebbrezza di qualcosa che sta per avvenire. Di qualcosa di importante. Lentamente le luci si confondono col corpo muscoloso che hai davanti e pare che lo innalzino, che lo librino al di sopra del ring fino a fargli sfiorare le sue scarpe di tela grigiastra e consunta col tuo volto tumefatto. E tu rimani fermo, col volto sospeso in aria, gli occhi in cielo, ed è lì chesuccede. Dolore. Ti trovi su quel ring perché forse hai accettato il fatto che per cambiare, per affrontare una nuova nascita devi passare per un comune denominatore d’ogni nascita: il dolore. Violento e traumatico. Il tuo nuovo sanguinolento parto liberatore. La porta alla vera parte di te. Gli eccessi possono portare all’equilibrio.


Per tarare una bilancia bisogna saggiare i pesi opposti. Gli estremi. L’estremo,ora, è la grossa rossa avida bocca della violenza che s’apre in squarci ululanti di ferite che traggono altrettanti squarci illuminanti nel tuo incartapecorito raggrinzito intimo essere.

in avanti ci immergiamo sempre più in noi stessi. Nel denso crogiolo del nostro io perduto. In quell’amalgama di dettami impartiti dalle cose, dalle regole prestabilite, dai fottuti cenoni in famiglia e le serate davanti alla TV. Nel dolore, in quello fisico, diventi il Cristo di te stesso.

E’uno shock di luce e nero e buio e gente che ghigna nel silenzio e poi un Cominci ad adorarti per quel che sei: forte lampo, un secondo di nocche di mortale nella tua sconfitta e dunque, una mano che si ritira con un elastico al cospetto della Morte, immortale. di sangue legato al tuo mento. E tu che reggi le gambe dritte ancora Silenzio, flash di luci, le bocche che un poco e ti volti, col busto immobiora, di colpo, in un trauma cacofo- le, una folata di sigaro dal sapore di nico delirante che spezza quella tua terra bruciata t’avvolge la testa e poi momentanea sordità, s’aprono e si l’uomo ancora, caracollante ma ben sentono, tutte, inequivocabilmente, presente, gli occhi stretti come due all’unisono, pazzesche, atroci, be- uncini affilati e non puoi fare niente stiali. Un ruggito di guerra profondo anche se tutto vedi e lo vedi distine terribile, da oltretomba. tamente e con una coscienza totale dell’azione che è come se passassero Aprire una porta col dolore equivale secondi e secondi in quell’ultimo colad una esperienza spirituale. po. Il gomito che arretra col braccio, roteando con la spalla e torcendosi Il tuo guru è ora questo rozzo energu- col busto e lo scattare lineare, feroce, meno dal teschio spigoloso e il naso sistematico delpugno. risucchiato tra gli zigomi. Dolore. Pratichi l’arte di procacciarti flash di morte che sospingono alla vera vita. Un’ondata di bianco accecante, lancinante duro bruciare. Ogni cambiamento provoca un po’ di dolore perché l’essere il quale siamo E’ un attimo, e senti il tuo proprio diventati non è consono al cambia- tonfo sul suolo, t’immagini anche il mento. E’ strutturato nella sua posi- tuo muso, il mento rimbalzare due zione di sconfitto. volte sul tappeto di gomma, e sorridi, e poi chiudi gli occhi, lentamente, nel L’essere umano è una creatura bloc- dolore. cata nella sua scala evolutiva. Circoncisa dal solo pensiero di poter es- di Alessandro Pedretta Kresta sere migliore. E invece di proiettarci


SOCIAL WORLD EXECUTIVE NET- network, televisione, cinema, libreria infinita sempre in aggiornamento, che te WORK ne fai di pochi? Scegli l’infinito. (connessione attivata) Il tutto in una sedie con schienale reIdentificativo: Memorie Esterne di un clinabile, singola o per due, dedicare Nervo Ottico. quindici minuti della tua vita facendoci sapere cosa ne pensi del mondo è un tuo Diario pubblico personale: Un’altra giornata nella cintura ester- diritto, rispettalo. na, la temperatura, come ci ricordano La più grossa disgrazia mai apparsa i nostri BenGraditi Esecutori Globa- sulla faccia di Progress I, terzo pianeta li, è nella norma; l’escursione termica della fascia esterna. quest’anno ha avuto un miglioramento Prima si chiamava terra, poi dopo l’inrispetto all’anno scorso, siamo sui meno gresso nella Federazione di Galactica, dieci con punte di meno tredici in not- il Collettivo Decisionale, si è messo in turna e un bel quarantasei nella nostra regola con le formalità: scelta di un incredibile Piazza Bianca, registrato nome, classe di appartenenza, etc. ed proprio stamattina verso le quattordici; eccoci qua: insomma questo sarà finalmente un anno Progress I, la terra dei vostri incubi. mite, si spera così di smentire definitivamente l’antica e ingiustificata tesi che Prendo un vecchio disco in vinile; credo le nostre Grandi Madri Fabbriche siano di essere l’unico su tutto il pianeta ad avere ancora della musica non digitale responsabili dell’inquinamento. e non schedata. SOCIAL WORLD EXECUTIVE NET- Attualmente considerata illegale. WORK Appoggio delicatamente la puntina sul (connessione disattivata) solco, prendo una cuffia Binaural e mi Spengo la Warrior e tiro fuori da sotto il sdraio sul letto. letto un vecchio 406ExtraSound, il me- Memodate Attivato. glio della qualità IperSonor per tutti i Se stai ascoltando o leggendo questo formati d’ascolto compreso il vinile, il memodate significa che Johnson ha batmeglio del 2024. tuto Rosso K. Attualmente sono considerati illegali. Siamo nel 2042, parliamo per slogan: Attualmente c’è la Warrior: cinque tele- modi di dire, frasi fatte, semplici e gercamere obbligatorie, cinque casse sur- gali. Sapete com’è, no? l’abitudine. Abiround per sentire al meglio, due schermi tuatevi pure voi. riceventi per conversazioni multiple ed Chi ha un lavoro, è occupato quasi tutto uno trasmittente, connesso direttamente il giorno. con Social World Executive Network. Chi non ha un lavoro, quasi sempre enL’essenziale: videonotizie, blog, social- tra nella Resistenza. Io sono tra quelli.


Se vi siete persi qualcosa: eccovi un riassunto. Nel secondo ventennio del XXI secolo, gli scambi globali arrivarono al punto di rottura. Si istituì un sistema globale di emergenza: il Collettivo Decisionale. Qualsiasi cosa: dalla scelta dei governi al prezzo del burro, dall’erogazione di gas ai finanziamenti alle squadre di calcio, scuole di pensiero, programmi televisivi, medicine, cibi, tutto. Vagliato, commentato e approvato. La musica e l’arte in genere restarono immuni, o per meglio dire vennero dimenticati. I pochi che continuarono imperterriti ad interessarsi, vennero considerati illegali. Quei pochi, crearono La Resistenza. Da musicisti ad informatici specializzati.

per stabilizzare il Labirinto. Il Labirinto è un enorme sistema interspaziale di tunnel spazio-temporali costruito da una specie che si è estinta milioni di anni prima che esistesse il concetto stesso di Federazione Galattica. Ritornato in uso da poco, funziona grazie alla gravità dei pianeti. Il Thermichals è uno stabilizzatore gravitazionale, in teoria è illegale, ma è l’unico modo per restare ancorati alla superficie durante questi Black-Out, alcuni di noi sospettano che questi stacchi di gravità servano per stabilizzare il livello della sovrapopolazione, ma non abbiamo notizie certe. Esempi come questi ve ne potrei citare tanti ma ora non mi vengono in mente. Per quanto la tecnologia sia capace di spostare universi grazie al rotore di Farghender, il riconoscimento vocale è ancora utilizzato nella sua forma base: accesso agli edifici, pagamento debiti, etc. Il lato positivo è che inserendo il gergo corretto all’interno di un discorso prevalentemente costituito da slogan, la comunicazione diventa indecodificabile per tutti i sistemi di controllo.

Esempi di gergo in uso. Il ritorno di un pinguino – Giornata di merda/situazione critica. Attualmente ignoriamo cosa sia un pinguino; qualcuno associa il termine ad un antico animale o qualcosa di simile, altri affermano invece che era un nome in codice riferito all’arrivo di una sorta di Squadre d’Intervento del ventesimo Far parte della Federazione di Galactica avrebbe dovuto concederci la libertà, secolo. una nuova rinascita, ma non fu così. Caga Sul Cazzo – C S C / Ci Stanno Con- Venimmo semplicemente schedati come trollando. Sistema in Evoluzione, ci fecero instalSignifica che abbiamo dieci minuti scar- lare degli Approdi per scambi commersi per scappare, prima che una Squadra ciali e inserirono il nostro pianeta in d’Intervento ci piombi addosso. fondo alla lista delle specie evolute. Torna a Casa alle Otto se No sono Guai Le specie non umane che circolano attualmente per il pianeta sono circa una –GNOCT Gravità Non Ottimizzata – Controllare ventina, gli scarti della galassia. Ora devo lasciarvi, vi terrò informati. Thermichals Ogni tanto la Federazione Galattica toglie gravità ai pianeti come il nostro, Memodate Disattivato. - di Andrea Doro -


Le sei e sei. “L’ora del demonio”, penso, rigirandomi tra le dita l’edizione tascabile di un romanzo rosa. Una copia sgualcita degli autori più decadenti del genere, recuperata in fretta e furia, il bisogno di staccare la mente dal corpo per un secondo, quell’attimo infinito nel quale concludi che qualunque stronzata, foss’anche la più divertente, perversa, sconvolgente, o di contrappunto inutile, tediosa, deprimente che si possa mai concepire, si dimostra adatta allo scopo, in quanto niente e nessuno riuscirà mai a distrarti dal tuo obiettivo. Devi solo impegnare la mente per non pensare al dolore. “E’ quasi l’ora, ci siamo quasi”. Le parole scorrono una dietro l’altra senza trovare un reale approdo nella mente, e più tardi nella memoria, un sonnolento fiume di caratteri indistinguibili l’uno dall’altro che percorre il nervo ottico senza arrivare a destinazione, prosciugato da pensieri più profondi, schiacciato dalla forza di volontà di un’anima che non intende darsi per vinta senza combattere, consapevole di un incombente distacco, consapevole di un’imminente perdita, un’inevitabile separazione. Musica in lontananza, un clacson, un cane che abbaia, un bimbo che piange. Rumore, processi gaussiani bianchi a dispersione infinita e a valor medio nullo, disturbi in precario ma per questa ragione perfetto equilibrio. Ma sto divagando. La verità è che sudo freddo. Immagino ci si senta così a pochi istanti dalla propria morte. Perché è così che mi sento, e così probabilmente sono, e tra poco non sarò più. Pessimista, brutto segno. Non abbandonarti. Non abbandonarci. I pensieri s’affollano, curioso come il desiderio di non pensare venga troppo spesso automaticamente tradotto in un troppo pensare. Troppi stimoli, mi deconcentro, un lampo, un crampo, ritorno in me. Pochi secondi, il rombo del tuono mi circonda come un piumone in una notte d’inverno, mi culla, mi risveglia dal torpore. Sì, cazzo, m’ero quasi addormentato. “E’ il momento”. Adrenalinico, come sempre. Il corpo si adatta, si evolve, risponde alle richieste di sangue extra, il cuore pompa con più energia, mena colpi nel petto come un pugile che sa di aver poco tempo per vincere. Il dolore esplode. “Merda, no!” non adesso, mi ripeto. Non ora, non così. Non ce la farò. Ancora un tuono, poi un altro, è una tempesta ormai. E’ la fine. Urticante, come l’odore che pervade le mie narici. Odore di sconfitta. Forza. Forze. Raccolgo le forze, spingo, caccio via ogni pensiero con tutte le mie forze, sorretto dall’ultimo lampo di orgoglio. Sto sanguinando, forse. Sì, dev’essere così. Sangue mescolato a questo magnifico orgasmo. Ho quasi un’erezione. Sono stremato ma vibro un ultimo colpo alle mie paure, a quella parte di me che ora DEVE abbandonarmi, cazzo. E’ quello decisivo. Non è finita. E’ finita, ne uscirò vincitore. Lo so. Buio. Il suono del mio respiro inframezzato da un altro lampo. Un crampo, un tuono. Guardo lo stronzo galleggiare nel cesso, prima di salutarlo per l’ultima volta. - di Diego Minelli (C) COLLETIVO SCRIBI DALL’INFERNO -


E d’un tratto capii che il pensare è per gli stupidi, mentre i cervelluti si affidano all’ispirazione. (Alex - Arancia Meccanica)


Chi non si è mai chiesto, almeno per una volta, nei suoi vent’anni, qual è il suo senso nella vita, e soprattutto, che cosa volerne fare dei propri giorni? Volere continuare a sognare fra le pagine di quel libro che vi ha rapiti, immaginando dei personaggi che riescono ad essere quello in cui voi ritrovate il vostro alter ego, (o probabilmente il vostro vero io) o invece decidersi, liberarsi da quel senso che ci tiene attaccati ai canoni di una realtà comune, e andare a vivere di persona tutte quelle avventure e disavventure che la vita tiene in serbo per chi si sbilancia? La maggior parte della gente, comune e non, non fa altro che fare finta, e si crea un personaggio che il più delle volte non è neanche il suo. Ma lo fa per paura, pura paura di affrontare quel che poi è la consistenza a dimostrare chi si è veramente. Certo, è duro riuscire a tirarsi fuori da quella armatura che, comunque, in qualche modo sei proprio costretto ad indossare per attutire i colpi, ma la ragione sta proprio qui; è più conveniente subire questi colpi come una vittima o affrontarli perlomeno da essere vivente? No, perché perlopiù, e oggi più che mai, più che esseri viventi stiamo sembrando soltanto dei conviventi comuni, e che oltretutto non si sopportano a vicenda, o perlomeno l’uno vuole prevalere sull’atro. Vogliamo sentirci superiori agli altri. Ma secondo me non è questo il punto. Secondo me, se uno vuole qualcosa dalla propria vita, prima di tutto deve mettersi in discussione con se stesso, e affrontarsi, e anche nel caso che perda, non prendersi mai del tutto sul serio, ma seriamente continuare a rischiare la rivincita. Gli dei ci osservano, o, oltremodo, la vita. Nei miei vent’anni avevo una voglia smisurata di andare via dal mio paese, e cercare una qualche forma di vita più interessante, (anche se tra l’altro non è che i miei giorni non fossero interessanti; ma io volevo di più) andare a vivere la vita davvero giorno per giorno, con le capacità del mio genio, e soprattutto per vincere quella mia paura che mi rendeva del tutto pigro, e mi faceva accontentare solo del sogno. (Intanto scrivevo poesie) Ma io in qualche modo sapevo che dentro di me qualcosa ci doveva essere, e così un bel giorno, per caso o per volontà, decisi di lasciare tutto e andarmene incontro ad una sorte vagabonda. Non ero sicuro di niente; non lo ero mai stato, ma la voglia, l’istinto, fu più forte di ogni pensiero. La sera prima che partissi nella mia avventura avevo all’incirca 140mila lire, ma quella sera, incontrando il mio amico Costanzo, decisi di brindare alla mia risoluzione. Quando io ho avuto una lira ho brindato quasi sempre a qualcosa. Se è stata amarezza ho brindato ad essa, se è stata una cosa simpatica ho fatto lo stesso, e così anche con tutte le altre cose emotive che mi sono capitate. Ad ogni modo, quella sera, poiché Costanzo era senza una lira, e siccome noi eravamo due che tracannavano, e che ci davano dentro di brutto, partirono le 40mila lire. Be’, avevo sempre le 100mila.


Costanzo era un gran bevitore e nello stesso un valente fumatore di cannabis. Io alle volte non riuscivo a capire come riuscisse a mantenere le due sostanze insieme senza dare sintomi di sballottamento perlomeno visibile. Io ero uno che tracannava sì tanto, ma lo sballo lo accusavo, e mi ci perdevo, e addirittura ci godevo, e poi mi sprigionavo in follia, e finalmente mi ritrovavo in quella forma di vita che abitava dentro a quell’essere che sarei dovuto essere io. Il giorno dopo sistemai lo zaino, presi la chitarra classica che mi aveva regalato un omosessuale a Graz, in Austria, andai a comprare qualche bottiglia, e nella serata fui già sul treno per Roma Termini. I primi giorni a Roma, con i soldi in tasca, mi parvero una vacanza, ma quando mi finì la grana mi resi conto che dovevo darmi un bel da fare, e da quel momento, incurante del futuro, divenni un vagabondo. Passai mille storie, viaggiai per quasi tutta l’Europa, a volte in compagnia del mio amico Valerio e la sua ragazza, Gaia. Conobbi nuovi personaggi, un bel po’ di ragazze. Con qualcuna di loro ebbi delle spudorate avventure sessuali. Poi rincontrai Petra, una ragazza bulgara che avevo lasciato in Austria prima di questa mia avventura, il mio amico Costanzo, e poi ancora viaggi, fino a scoprire un amore platonico che vissi per tre giorni, fra Isabel, (una francese) e Teide, (spagnolo) a Tenerife, nelle Canarie. Feci il vagabondo per circa due anni, poi, non proprio per scelta, ma neanche del tutto per la sorte, ritornai al mio paese. (intanto avevo scritto altre ed altre poesie) All’inizio l’idea era quella di comprare un furgone a poco prezzo e poi ripartire, insieme a Valerio e Gaia, ma ci riuscì impossibile acquistare il mezzo. Col tempo ci riuscì difficile anche il nostro rapporto, e così si ruppe anche la nostra amicizia. Molti anni dopo mi venne l’ispirazione di scrivere un romanzo dedicato al mio vagabondaggio, e nel giro di un inverno riuscii a finirlo. Era forte, elastico, ironico, spietato, ma anche appassionante, sarcastico. All’inizio gli trovai il titolo: Sognando la California, ma nei giorni prossimi mi venne alla mente che probabilmente quel titolo l’aveva già usato qualcun altro, così lo cambiai in Sognando Los Angeles, ma subito dopo mi sembrò troppo diretto sulla città americana. No, io cercavo qualcosa che andava aldilà, e così, un momento dopo mi venne un altro titolo, Sognavo l’AmeriKa. Si, perché la mia idea non era tanto quell’America, quella regione, quella terra abitata dagli americani e dagli indiani sfrattati, ma un’illusione, un sogno, un’utopia, che mi dava la speranza per riuscire a cavalcare la vita e spronare me stesso. Tuttavia poi mi venne un altro titolo, che mi parve ancora più originale e lo definii “Las Americas”. Questo romanzo è uno dei più avventurosi che abbia scritto fin ora. Parla di questo mio viaggio senza una vera e propria meta, che parte da Roma e finisce a Tenerife, nella Plaja de Las Americas. In qualche modo in un posto chiamato America ci ero arrivato, anche se il nome aveva una consonante in più; la s. Esse come selvaggio, quello che in qualche modo ero io nei mie vent’anni. Ergo, buona lettura. - di Giovanni Favazza Per informazioni o per acquistare il libro: edizioni.amande@libero.it http://www.mokaweb.it/edizioni.amande/


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Hanno collaborato Diego Minelli Andrea Doro Dr. Cosmo Thomas Bires Silvia Valenti Gnigne Train Mattia Indavuru L’Anarcopoeta Surreale Davide De Maria Alessandro De Cesare Dante Oliver Belmonte Jacopo Mattion Sabino Di Tullio Daniele Puddu

I disegni sono di Giacomo Clerici Grotesquer http://grotslair.wordpress.com/ Grafica e impaginazione: Maures

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