VI SIMPGEO
Imagens & Mensagens
NEMO - Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização Maringá - Paraná - Brasil 2013 - www.nemo.uem.br
Título: VI SIMPGEO - Imagens & mensagens Editora: PGE/UEM Ano: 2013 Cod. Assunto: 770 ISBN: 978-85-87884-30-5 Conselho Editorial: Beatriz Ribeiro Soares Wagner Costa Ribeiro Dirce Maria Antunes Suertegaray Cesar Miranda Mendes Maria Teresa de Nobrega Fotografias e textos: Márcio Mendes Rocha Felipe Augusto Moreira Bonifácio
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PREFÁCIO Arte(fício), art'ofício do olhar. Recebi a prazerosa tarefa de apresentar este fotolivro para você que acaba de abrí-lo ou também para você que talvez, já tenha mergulhado em suas cores, presenças e símbolos e passou por aqui por algum outro motivo. Geralmente as apresentações começam com usuais frases como: “Recebi o manuscrito deste trabalho com grande alegria” e por ai indo... Porém, no contexto ao qual se insere a confecção deste prefácio, dei-me o direito de tomar outro caminho. Explico: o trabalho que nesse momento tem em mãos é resultado de uma dinâmica totalmente diversa de ação, de pensamento, de interconexões, de relações pessoais e por ai indo..., que não costumamos ver/viver com tanta frequência na academia. Esse grupo de pessoas, das quais emergem as qualidades que expus acima, chama-se, na estrutura acadêmica, NEMO: Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização, que obedece por um lado todo o formalismo que as necessidades acadêmico-científicas propõem, mas, por outro lado, tem a característica, a verve de ressignificar todo o espaço acadêmico que ocupa e abrir nossos poros ao inóspito, ao desconsiderado ou ao estrangeiro. Um grupo de transgressão. Transgressão que procura fazer com que enxerguemos o mundo e o outro com outras lentes destruindo nossas preconcepções cristalizadas. Curiosamente – ou não, pois ao frequentar a salinha de ebulições de ideias semanais que é o coração do NEMO, você percebe que isso é propositadamente praticado – grande parte dessa transgressão é transbordada através de uma postura realmente artística. Por isso comecei esta apresentação falando em tarefa prazerosa. Prazerosa pois, como professor de um departamento de Artes na universidade, me deparei com uma riquíssima, cuidadosa e bela produção artística em um departamento de Geografia. Não há nada mais delicioso para um artista do que encontrar a arte produzida em locais que ela usualmente não ocupa. No NEMO, a preocupação artística emerge dos cantos mais inesperados: do dado estatístico, da discussão política, do prazer do diálogo, até da escolha do tipo de et cetara que se utilizará no texto – que peguei emprestada da introdução – e por ai indo... Toda essa profusão artística é resultado daquela verve do ressignificar, do transgredir, do transformar que você verá, ou já viu, nas páginas que se seguem. Desejo que o passeio, ou parafraseando a música de Mussorgsky, o promenade (do olhar) que trilhará dentro deste fotolivro, seja tão transformador e belo como o foi para mim. Ele documenta o último SIMPGEO – Simpósio Paranaense de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia-2012 – sim, mas transgride o documentar e tenta abrir o universo do evento para uma compreensão diversa. As fotografias, como exercício do olhar, propõem, por meio de um sentir atento e aguçado, uma leitura de dentro. Elas convidam a descristalizarmos nossos conceitos de evento acadêmico ao mesmo tempo que, aliadas à prosa não acadêmica, criam um jogo de inter-significações colocando em cena o olhar do fotógrafo e sua leitura textual; arremessam o fruidor para um conceito diferente de rito científico. Descortinam a beleza que se esconde por detrás de um gesto do palestrante, da paisagem dinâmica congelada no tempo da imagem, um pouco como Cartie-Bresson, na geometria revelada pelo enquadramento, na palavra que cai de uma boca e por ai indo... Sorva os textos e ressignifique o olhar e, se participou do evento aqui retratado, redescubra o estético que ali se encontrava pedindo para ser revelado... Transgrida-se! Rael B. Gimenes Toffolo
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INTRODUÇÃO Estava aqui, defronte das fotos, com uma inquietude que não advinha das mesmas. O problema era o texto. Qual narrativa? A clássica descrevendo o evento, falando das pessoas do lugar, portanto, um texto de formato descritivo e por aí indo. Então tivemos uma idéia que nos liberta desta tarefa árdua e não criativa de escrever um documento politicamente correto enaltecendo o lugar, as pessoas, a comida, os discursos… e por aí indo. NÃO!!! A saída melhor, mais rápida, mais criativa é a elaboração de uma narrativa focada na essência da imagem, na sua potência metafórica, resvalando quando couber, no evento, no real. Um texto livre que trate sim do evento a partir de suas múltiplas determinações, com suas virtudes e fraquezas com suas peculiaridades e universalidades. Posta a seleção das fotos iniciamos dois módulos de textos. O da foto em si e dos potenciais temas, a partir de conjunto de imagens. Diferente de uma seleção das fotos feita pelo coletivo do NEMO. A seleção das fotos foi feita pelos fotógrafos Márcio Mendes Rocha e Felipe Bonifácio. Os textos sim foram avaliados e mudados pelo coletivo do núcleo. Variações narrativas sobre o tema imagético fica livre e passível de ser selecionada para o fotolivro. Esta proposta é um exercício para uma reflexão sobre o mundo dos homens, das coisas e da natureza. Os desdobramentos discursivos não se remetem às pessoas em si. Elas inspiram sempre uma interpretação mais ampla e genérica. Agradecemos aos colegas professores, pesquisadores e pós-graduandos que nos acolheram muito bem quando da captura das imagens.
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Malas na m達o Aparecer, anteceder, confluir, alienar, compreender, congregar, compor, conjecturar, crescer, contrapor, confraternizar, contrastar, compatibilizar, contestar, dispor, ficar, fluir imaginar, permanecer, qualificar, repor, sonhar, subsidiar, entrar, sair, no assento do momento, disperto ou atento, NO EVENTO.
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O sentido da coordenação
Quem coordena nestes últimos tempos... cada vez mais as mulheres. Mulheres pró ativas, não Amélias. Esta mudança de comportamento se reproduz nas diversas instâncias da sociedade. Da Presidência da República ao SIMPGEO. 6
Pra começo
A bagagem e o hóspede
Encontro e o início de tudo, de um ciclo que pode trazer o novo, consolidar o velho, ressignificar o todo, m e t a m o r fo s e a r o s e r. Transformações vem neste ambiente propício. Resta saber buscar aquilo que realmente vibra forte, de dentro pra fora, de fora pra dentro. 7
Todos pensam na carga que carregam, vários tipos, vários pesos, dentro ou fora do corpo, incorporadas, muitas vezes pesadas. A carga que levamos é resultado de nossas escolhas. Resta-nos saber a pertinência de sua existência. A insustentável leveza do ser, como dizia o escritor, denota n o s s a d i fi c u l d a d e d e compreender nossas cargas a partir de nossas utopias.
Emphasis A caneta à espera de seu momento, os dedos que a escrevem relaciona-se com as pessoas de outra forma, na expressão visual, teatral. Mas os dedos não agem sozinhos, os olhos e as sobrancelhas complementam a mensagem a ser passada. E lá, mais distante, as pessoas capturam as informações e mesclam com o seu juízo sobre o assunto. Uns gostam, outros não, outros nem ouvem, tergiversam do objetivo do palestrante pensando bobagens de todas as ordens. É assim que acontece. 8
Discurso de abertura
Os óculos, a caneta, a aliança, um olhar atento ao roteiro escrito. O perfil de um profissional da ciência que constrói seu discurso à sombra da bandeira.
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Portas abertas Tudo pronto. Os ajustes finais e mais um rito de civilidade, para além do civismo. A busca de um acordo concertado entre os homens e as instituições. A possibilidade de carregar em nossos discursos um pouco de compromisso social, restanos universalizar. Além de abrir o acesso a todos devemos convidá-los com esmero. De quem falamos? Do povo.
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Por traz dos cristais Do ponto ao ponto pode haver uma curva, seu trajeto é incerto conforme os olhos que a observa. A racionalidade pode ser cega, mas não é boba. Tudo depende dos olhos que veem, analisam, depuram e compreendem. Vivemos sob a égide de um filtro ético que nos aprisiona, mas desmorona perante a beleza.
Na sombra difusa dos cristais, um olhar atento de Apreensão? Dúvida? Atenção? À espera do momento da ação.
No ponto Geo 11
Na medida
Toda a ciência e tecnologia, construída ao longo de séculos, almeja o bem-estar dos homens com acertos e equívocos que, “aos trancos e barrancos”, busca delinear as formas ótimas de seus instrumentos. Todo tempo, a racionalidade investida para a produção de bens se depara com as condições objetivas das práticas sociais que sempre buscam respostas eficientes para circunstâncias específicas. A criatividade humana na apropriação dos instrumentos põe em xeque, em muitas situações, os modelos idealizados por técnicos e cientistas, ressignificando os produtos, tanto em sua finalidade como em seu uso. 12
O sopro da escrita A linguagem visa versar com o mundo, denotar aquilo que a matéria não diz, mas induz. O silencioso sopro trafega por alternos meios, até chegar aqui, mero papel da fotografia, mas irá ainda mais adiante, no tráfego do córtex, nas sinapses neurológicas, no coração e na memória... 13
De corpo imobilizado e olho móvel, tu, leitor de formas, inquieta-te por conteúdo. Descarrega e despeja os conflitos íntimos de sua mímese no ato da leitura imagética. Pela janela os arranjos dos espaços se mobilizam, transtornando ordem e desordem. No ritmo da diferença e da repetição produzem e reproduzem, em dialogias, cheios e vazios, ausência e presença. Contudo, passa como que incorporando trilhos e vapores que (des)constroem territórios, paisagens, lugares e regiões.
O ato da paisagem
Nuvens caramelo Formas e cores que nos orientam, nos inspiram, balizam a possibilidade de equilíbrio em nossas vidas. NATUREZA BELEZA ACESA QUE QUEBRA A RUDEZA DA VIDA DO HOMEM
Nas cores da noite A luz incandescente mostra facetas de sujeitos herdeiros do iluminismo, que traçam objetivos e metas pautados nas suas condições reais e materiais. Geógrafos atento a uma realidade luminosa e opaca. 16
A boca que fala, que explica, que pede, que estica e sempre agindo, sempre agindo. É dela que temos as saídas, os caminhos, os mandos e desmandos, armados ou desarmados, afetos ou irados. Na tênue membrana do passado, elas, as bocas, falavam ingenuidades e verdades. Verdades universais nas quais seu limite se dá simplesmente pela síntese da crítica sua, feitas é claro, por bocas contemporâneas. Boca, o sabor do desejo, que nos confunde a racionalidade do ensejo. A boca silenciada mutila palavras que agonizam na ponta da língua, poetiza a poetisa Marlene Pasini. A distância entre o verbo e a boca pode ser percorrida rapidamente entre os impulsivos, inquietos, resolvidos; mas também lentamente, quando não, dilaceradas até a morte...o silêncio, pelos tímidos, reflexivos, introspectivos.
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As bocas tambĂŠm falam
As bocas dialogam entre si e os homens observam. A metalinguagem contida na expressĂŁo das bocas inaugura uma autonomia expressiva para alĂŠm do discurso verbal. Caladas no verbo as bocas falam para si e para os outros. 18
Somlitário
Situado entre o elo incessante do movimento subjetivo e objetivo, o instrumento. A técnica que permite criar, materializar histórias, produzir, por efeito, sonoridade, Trans (e)-metida por paisagens; sonoras? Que seja!
Mesa redonda
Uma mesa redonda virtual, talvez! Operando no ciberespaço conteúdos atinentes ou não ao evento. Tudo é possível na sociedade da informação. Uma transversalidade entre o real e o virtual construindo a trajetória das práticas em um evento.
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Os entraves psiquicos não são meras quimeras na corporificação daquele que pensa, inverte a ordem desenlaçando reversibilidades singulares, resvalada e tingida pela passagem do biopoder. A natureza humana mescla-se com a sociedade naturalizada e atinge formas abstratas oriundas de contrários que se negam e que concomitantemente se expandem. Não são as fórmulas que explicaram o mundo, mas os pensares telúricos...
Um pensar telúrico
A luz dadivosa
A luz desnuda um sentimento de satisfação, como se estivesse escondida e foi descoberta numa brincadeira lúdica, feliz por ser retratada. 20
Olhar sublime Um olhar sublime responde a complexidade de mil palavras ditas ou não ditas. Este mistério do não dito mas sentido impregna o ar de um micro clima que envolve quem se aproxima.
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Espelhamentes Justaposições e bricolagens parafraseiam críticas e idéias, na incessante passagem filosófica e epistemológica da práxis do saber. Diálogos materiais, magnetizados pela virtualidade transaparente nos contratempos dos processos protocolados, incide na dialética espaçotemporal dos nós das tramas dos encontros. A ciência de contemplar a luz indireta, transmitida pela lente da ótica humana e da máquina, projeta fótons de uma tele-materialidade.
“Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas” FRIEDRICH NIETZSCHE
Será !? O desvendar O desvendar de um novo mundo de possibilidades, o tato inseguro, precavido, o receio do desconhecido, mas também a atenção para o que lhe espera, um certo entusiasmo como possuído por uma entidade divina... ou apenas um pósgraduando chegando no evento.
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Atenção dobrada Mal estar
Esvaziam-se as salas produzindo ausências de coesões. TV`s transmitem efemeridades sem conjunções a só espectadores. Imobilização política.
Emerge-se no mar de informações de linguagens, com a atenção redobrada, pois há sempre dobras nos reencontros dos platôs. 24
Apoio com atenção Nova mente as mãos como um tripé para um pensar mais leve, porém ágil. 25
Armação A ciência oculta sua miopia, acreditando cegamente que o instrumento lhe trará a qualidade exata das coisas; f o c a l i z a - s e demasiadamente o objeto, e separa-se ainda o que se opera por trás, sem conjunções ela falha em sua unidade e circunda em sua ambiguidade.
A diva do filete dourado Misterioso olhar que encharca o imaginário, repousado no jardim enigmático da natureza sábia e enlouquecedora que Humboldt intenta decifrar. Olhar humano, que esculpe cada sugo, liquens, estratos e clivagens de uma paisagem ver nácula repousada no seio ombrófilo e estrutural.
Rudez da produção Pinus enfileirados num pelotão que vai à guerra e morre sem saber o objetivo de tamanho massacre. É o cativeiro para a produção em escala para aquele que a oprime e mata. O HOMEM.
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Das franjas da encosta às matas ciliares
A silhueta denuncia o feminino contraste que dá à forma a beleza regida p e l o s fi o s d e c a b e l o protagonizadores de um universo de sensualidade enigmática. Um sentimento que nos ata numa comunicação para além do verbal. 29
Horizonte da escrita Imerso no silêncio da linguagem escrita, entoa no íntimo sua voz que enseja, formando conceitos e imaginação. Somos regidos por códigos que denunciam incógnitas passagens, de um caráter c o d i fi c a n t e para um céu i n fi n i t o horizonte. Nos t a t e i a m , per meiam, a ponto de ser incorporado à equação: (in)formacional .
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Na sombra as referências Os pensamentos, os conceitos, as ideias possuem referencias. Explicitas ou não, são sombras que podem ser alternas, dependendo da incidência da luz, da posição ou do foco.
Macio e duro Macio e duro no sépia longe que remete ao desgaste pelo tempo e que portanto, infere uma natureza preservada, pretérita hoje. 31
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Salto escarpado Os imperativos da contemplação são sanados nas obras da natureza. Impossível não evocá-la, colocá-la em estado de sublimação, distância que nos faz vê-la como paisagem. Desejamos tocá-la ao menos com os olhos e captá-la para a eternidade...eis a fotografia.
Leito rochoso Floresce ao pé d'água, onde a rocha lavada deixa marcas de um tempo lento, de um ritmo que para muitos inexiste, é apenas uma água que passa. Valorização destes pequenos nichos como um conjunto de condições em que o indivíduo, ou uma população, vive e se reproduz. É o ponto de partida para se pensar uma sociedade para além do produtivismo/consumismo. 34
Pé de ouvido
A inclinação para uma boa comunicação do emissor ao receptor, não mais de 15 cm. Distância suficiente para uma comunicação eficiente e normalmente rápida. A fala ao pé de ouvido tem que ser rápida e objetiva e pode ser subversiva ao contexto, ou mesmo complementar. Aquilo que poderia, ou não, ter sido dito. Enfim, o pé de ouvido também apresenta uma demonstração de intimidade, às vezes falsa, que visa uma ação performática frente aos que a veem, pretenso empoderamento muito comum nos ritos acadêmicos... bobagem, mas muito praticada. O pé de ouvido também é exercido quando somos obrigados a escutar enfadonhas palavras de longos discursos. As conversas paralelas, ao pé de ouvido desestressam um pouco, é salutar. É muito raro em uma mesa de evento não ocorrer o pé de ouvido. 35
Diálogos oficiosos
As várias instâncias da dialogia humana – digo assim porque ninguém me tira da cabeça que meus cachorros trocam ideias – se complementam do discurso formal ao informal, do rigoroso ao fluido, do respeitoso ao debochado. Essas dialogias se complementam e se justapõem nos eventos científicos.
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Nariz tampado atenção dobrada
Me parece que quando nos concentramos e ficamos atentos a algo as mĂŁos complementam o ato.
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O que?! Indagações são premissas fundamentais para o fluir do conhecimento e sua r e v i r avo l t a : a c r í t i c a , relação fundamental para o movimento.
Sorriso sincero Entra a razão e a emoção, decanta a sensibilidade humana, que abre-se como uma janela, por onde corre uma brisa primaveril sutil e solta, que desliza e balança a seda da cortina, movido por uma sincera natureza, a mesma presente na alegria do ser. 38
A geometria do homem
M o d e l o s m at e m á t i c o s enumeram o h o m e m estatística, advindo de um positivismo de verdades empíricas, enjaulam e restringem sua filosofia e sua liberdade. Sozinho, em uma unidade fragmentária.
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A reta interminável  n g u l o s adjacentes, pontos de subsecção, retomadas, fugas. A impalpável fenomenologia ve r s a c o m a materialidade, no vai e vem da dialética concreta. As Histórias corroem ferros fundidos por sujeitos dominados e intemperizam paredes e muros que dividem e expropriam territórios. A sociedade da propriedade privada escalona hierarquias de degraus solapantes. 40