nerdofobia
2014 - Ano II - Julho #12
a revista do nerd que so teme outro nerd
EntrevistaFobia: Heitor Regiani criador da página Minicars Brazil Pipocafobia: Capitão América 2 Soldado Invernal Melhor filme da Marvel SeasonFobia: True Detective e seus padrões absurdos
Game of Thrones
nerdofobia editoriaL
O
lha nóis ai na area de novo... Se derrubar é pênalti... E haja coração Amigo!! Não. Não vamos tocar no assunto copa, mas se o Brasil for Campeão vamos fazer um especial sobre bola. SQN!
A seção FotoFobia como sempre com fotos supimpas, aposta em imagens que mudam a visão das pessoas do mundo e chegam até a emocionar.
Cinema por Cinema fomos pontuais e falamos dos três filmes que mais nos A edição de julho, ou melhor do chamaram atenção esse ano. Sim tem meio do ano visto que passamos por um Capitas na área, junto com o aracnídeo mais fodão de todos e mais azarado longo hiato devido a problemas divertambém. sos, resolvemos falar do que achamos bacanas nesse ano até aqui e não nos Nos passos de um papo estamos rendermos a prazos. Pode estar datado, sim pode, mas também ta bacana então falando de uma das melhores biografias brasucas. Casagrande e Seus Demônios! curte ai!
Ainda falamos de Battle Royale, True Detective (a melhor série que a HBO já fez), Popeye, sim curtimos popeye também. Esperamos que tenham uma excelente leitura e nos digam quais foram suas impressões sobre a revista. Não deixe de acompanhar o nosso podcast semanal (ou não) o Nerdofobiacast. Ah e só para não esquecer, adoramos a quarta temporada de Game of Thrones, se você ainda não notou é a capa dessa edição.
Jefferson Lobo
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Tininha Magalhães
Dizem que sou louca..Mas prefiro ser louca a não ter amado...Ser louca a não ter sonhado... No fim sou mais normal que vc... :/
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Anderson Veiga "A.K.A. Bobby, raposeiro de coração, jornalista, publicitário wannabe e nerd de plantão."
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Cleriston Costa
Paulistano radicado na Paraíba, nerd admirador de HQ's e de boa música.
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Alan Rocha
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The MotherFuckers Say Hello! Dorgas!! _ Drogados demais para responder qualquer coisa, passem mês que vem! _ Comendo um quarteirão com queijo aki...!
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Diret贸rio Quadrinhofobia Perfil Nerdica
Pronto para assassinar seus colegas de classe?
Popeye: O marinheiro e seu espinafre salvador!
Entrevistafobia Carros em miniatura!!
Nos passos de um Papo Casagrande e seus Daemons!
SeasonFobia TrueDetective e sua filosofia aderente!
PipocaFobia Cinema Pontual!
Em Agosto
NERD! ca Batlle Royale O Livro Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami escreveu uma das mais assustadoras histórias, o jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República Ditatorial Repressora da Grande Ásia Oriental. Quer mais motivos que esses pra ler veja a matéria que fizemos mais a frente! Onde achar: http://globolivros. globo.com/livros/battle-royale
World War Z - O Livro Uma epidemia de zumbis, desde a identificação do primeiro paciente até as consequências da disseminação da “doença” e o esforço mundial de guerra necessário para conter os infectados – este é o mote de Guerra mundial Z, segundo livro do escritor, roteirista e ator bissexto Max Brooks. O narrador é um integrante da comissão da ONU encarregada de elaborar relatório sobre o conflito, após sua conclusão. A história conta como as sociedades desmoronaram e foram forçadas a se reorganizar após o colapso da infraestrutura e das instituições que as mantinham, levando as pessoas a atos extremos de heroísmo e altruísmo, bem como de egoísmo e mesquinhez. Procure aqui: Moonshadows
entrevistafobia A entrevista desse mês é com um cara que leva a sério carros, mas não na concepção original de tamanho e proporção, sim estamos falando do hobbye de colecionar carros em miniaturas e Heitor Regianni é fera no que diz respeiito a isso. Confira a entrevista que ele nos concedeu e veja se você está apto a se tornar um colecionador. Acho que não teria como começar sem perguntar como surgiu a sua paixão por carros em miniatura? Heitor: Esta paixão pode se dizer que
Como nosso titio assassino de personagens bacanas. George R.R. Martin blogosfera? Como surgiu a ideia de criar o site dedicado ao hobbye?
“ Carros em geral são uma paixão minha, posso dizer que tenho gasolina aditivada no lugar de sangue.”
Heitor: O blog surgiu da vontade de mostrar esse hobbie e minha coleção, além da possibilidade de divulgar nossos eventos do gênero e miniaturas para trocas e venda. Como você avalia o hobbye no Brasil?
Heitor: Este é um hobbie que a cada ano cresce mais no país, cada vez mais surgem novos modelos muito interessantes e marcas de altíssima qualidade surgiu desde que nasci, pois já comecei de detalhamento, marcas ja muito conhecidas como a Hot Wheels por exema ganhar alguns carrinhos, inclusive o primeiro tenho até hoje, e carros em ge- plo investe inclusive em lançar miniaturas conhecidas de brasileiros como ral são uma paixão minha, posso dizer que tenho gasolina aditivada no lugar de Brasilia, Maverick ou Dodge Charger. E a editora Altaya lançou uma coleção exsangue. (risos) clusiva nas bancas a algum tempo. Como se chama esse hobbye? Quanto custaria em média ter uma coleção simples? Heitor: O Hobbye pode ser classificado de diferentes formas, mas as basicas Martin: Custo é algo dificil de dizer são Colecionismo de Miniaturas (generalizando), Coleção Die-cast (para quem pois vai de gosto, quem gostaria de ter tradicionais hot wheels a partir de R$ tem miniaturas tradicionais em metal), Plastimodelismo (para quem compra kits 7.00 consegue ir achando boas miniaturas em lojas, quem gosta de carrinhos de carrinho em plastico para montar), mais detalhados ou de maior escala (taentre outros nomes. manho) dae já começa a ter de investir mais, uma miniatura de uns 15 cm, que Gostariamos de saber como foi que seria escala 1/39 sai ao minimo uns 15 você embarcou nesse mundo da
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Este ĂŠ um hobbie que a cada ano cresce mais no paĂs, cada vez mais surgem novos modelos muito interessantes e marcas de altĂssima qualidade de detalhamento...
Enfim agradecemos e deixamos o espaço para você dar um recado Pra quem quer começar a colecionar para os colecionadores que estão nos lendo. qual a sua sugestão? reais cada.
Heiitor: Essa questão retorna ao padrão custo e também ao padrão gosto, começar com Hot Wheels ou Maisto Fresh Metal (concorrente da hot wheels com miniaturas mais baratas e simples) é fácil pois são miniaturas encontradas em diversas lojas, papelarias e até supermercados. Quem desejar miniaturas de escalas maiores ou marcas mais premium necessitam ir atrás em lojas mais especificas, sejam lojas de brinquedo, magazines ou até exclusivamente de coleção.
Heiitor: Gostaria de agradecer quem coleciona, pois nesse ramo fazemos excelentes amizades, conhecendo pessoas que gostam de seguir nessa filosofia e de alguma forma mostrar a este pais que a paixão por carros deve ser preservada e incentivada.
Curtiu a Entrevista..Saiba mais sobre esse hobbye fascinante acessando a pagina da loja do Heitor no facebook:
http://www.facebook.com/lojaminicarsbrazil
Quadrinhofobia Perfil
O Marinheiro mas boa praça o não de todo o mundo pop e suas peripécias para sempre dar um jeito de salvar sua amada Olívia... Mais um perfil em parceria com o InterruptorNerd.
Espinafre!!! Texto: joão Gabriel
“
Macacos me mordam, a Olívia está em perigo! Tenho que pegar meu espinafre...” se você não é dessa nova geração que solta pipa, joga bola e come merda por um cantor de funk, provavelmente já ouviu uma frase mais ou menos desse jeito dita por certo marinheiro de antebraços desproporcionais e rosto deformado metido em algum problema para salvar a donzela esquelética e voz chata em perigo. Sim senhoras e senhores, dessa vez, o perfil é em homenagem ao primeiro super ser dos quadrinhos, o pioneiro na super força, estou falando do baixinho grande marinheiro Popeye. Surgido da mente criativa(e dizem as más linguás, drogada) de E. C. Segar, em 1929 como coadjuvante da tirinha Thimble Theater, ajudando castor, o irmão de sua futura namorada(e pira-
Sempre salvando a linda Olivia Palito dos Perigos!
nha de marca maior), Olivia Palito. Nessa primeira aparição, ele e os membros da família Palito vão atrás da galinha magica Whiffle, que daria super força e invulnerabilidade a quem tocasse 3 de suas penas(primeiro elas ficavam na cabeça, mas já falaram uma vez que as penas ficavam na cauda), e advinha quem consegue? O mais novo membro da tripulação que se tornou o primeiro super ser dos quadrinhos(#ChupaSuperman) e, de quebra, abocanhou(Uiii) a tirinha pra si, mudando o nome para Thimble Theater: Starring Popeye The Sailor. Claro que não demorou muito para o marinheiro virar serie de cinema(lembrem-se crianças, não existia TV, os episódios dos desenhos passavam na tela grande) graças aos estudos Fleischer, lembrando que a boneca Betty Boop fez uma participação, adaptando o personagem como ele era na época, ou seja, brigão, bêbado e politicamente incorreto, o que é uma coisa muito foda, tanto que, quando apareceu nos livros Memórias de Emilia do Monteiro “Racis-
ta” Lobato, era essa a caracterização. Nessa época, nos desenhos, Popeye era realmente caolho, depois concertaram isso, pra ser o que ele é, um cara feio que ta sempre com a cara torta. A partir das animações da década de 40, o uniforme do Popeye mudou de cor, deixando o estilo vermelho e preto(graças a esse uniforme, o marinheiro virou mascote do Flamengo por muito tempo), nessa época várias mudanças foram feitas nas roupas dos personagens e tivemos um episódio em que Popeye veio para o Brasil, tendo tentado sambar e o caramba. Mas só conseguiu com a ajuda do espinafre. E falando em espinafre, mais uma vez, as mas linguás falam que, a ideia do espinafre era uma analogia para a maconha, mas isso é, na minha opinião de merda(e geralmente) correta, uma imbecilidade criada por maconheiros em suas viagens. Oficialmente, temos duas explicações: A primeira, o autor sempre ouvia a dica de um marinheiro bêbado e cheio de historinhas(que foi a inspiração para o Popeye), que comer espinafre o deixaria forte o suficiente pra derrubar um elefante. A Segunda é que, o autor tinha um contrato com uma fabrica de espinafres enlatados, ai vocês tirem suas conclusões. O fato é que, o consumo de espinafre aumentaram em 30%, tanto que ganhou uma estátua no Texas de 1,80 m.
Nos anos 60, produziram a série
O espinafre que nunca deixa o marinheiro Popeye na mão
pra TV, e que, de importante mesmo é são só os novos vilões para as histórias, e mostra que a Olivia é a biscate lazarenta que citei mais cedo. Mas na década seguinte, a partir de 1978, tivemos várias séries do marinheiro produzido pela Hanna Barbera, a melhor é O Novo Show do Popeye(All New Popeye Show), que a maioria viu várias vezes, com episódios misturados com as outras temporadas dessa época. Em 2004, tivemos o filme em 3D especial de natal aonde Popeye procura pelo pai e combate a bruxa do mal, que é bem divertido e vale a pena dar uma conferida. Em 1980, tivemos o filme do Popeye estrelado por Robin Williams, baseado nas primeiras HQ’s do personagem, o que rendeu, algumas criticas ruins, mas não atrapalhou o filme, que faturou o dobro do que custou e teve um clima bem musical e fiel ao conceito original, se tiver a oportunidade de assistir, veja que é legal, mas não espere ver o Popeye do desenho “clássico” por que não vai rolar. Bem galera, eu espero que tenham curtido o perfil, se ficou faltando alguma coisa, comentem ai e ajudem a melhorar o post. Para mais perfis:
http://interruptornerd.blogspot. com.br/2014/03/perfil-popeye. html
TecnoFobia
Filme “App” documenta a mudança gerada por apps no nosso cotidiano Antes, baixar e instalar programas era coisa de nerds. Gente que sabia onde encontrar, como instalar e para que serviam cada um dos softwares. Desde 2008, as coisas funcionam de um jeito bem diferente. A maioria das pessoas se sente confortável em instalar um botãozinho novo no seu smartphone, que executa alguma da tarefa ou ajuda a conectar com os amigos. Essa revolução causada pelos aplicativos é o tema principal do documentário “App: The Human Story”, que se esmera em detalhar o impacto da chegada da App Store, e posteriormente, de outras lojas de aplicativos, que alteraram o jeito que as pessoas percebem os programas que instalam em seus dispositivos. O trailer foca bastante no ambiente do iOS, sistema operacional da Apple, pois os criadores do projeto são desenvolvedores de aplicativos para aparelhos da marca, e tem mais contatos nesse
ramo, mas eles esperam conseguir, com a divulgação do financiamento coletivo no Kickstarter, acesso a profissionais como Sundar Pichai e Matias Duarte, que fazem parte da equipe do Android, no Google. O projeto já alcançou cerca de 40% do valor necessário para ser produzido, e se chegar a completar a verba requerida no site, deve estrear em dezembro de 2015. O bacana é que os apoiadores que investirem mais de 300 dólares poderão ter acesso à todas as entrevistas feitas para o documentário, na íntegra, apenas com uma leve edição para tirar as hesitações dos entrevistados. Uma boa oportunidade pra quem quiser ouvir o que grandes especialistas da área têm a dizer. Para o vídeo: http://www.youtube.com/ watch?v=GBRqrNAuFCQ
Quadrinhofobia
por: Anderson Veiga
Battle Royalle Ou Aquele Livro livro das crianรงas se Matando matando Crianรงas
Crianças! Mais ou menos três meses atrás eu recebi aqui em casa um kit mais do que bacana da Globo Livros para o lançamento de Battle Royale, uma das mais importantes obras da literatura japonesa. Aí nesse momento você deve estar se perguntando: “Mas o que diabos é Battle Royale?” e eu te trago a sinopse do livro: “Em um país totalitário, o governo cria um programa anual em que uma turma do ensino fundamental é escolhida para participar de um
jogo. Os estudantes são levados para uma área isolada, onde recebem um kit de sobrevivência com uma arma para se proteger e matar os concorrentes. Uma coleira rastreadora é presa no pescoço de cada um deles. O jogo só termina quando apenas um estudante restar vivo. Ao final do Programa, o vencedor é anunciado nos telejornais para todo o país. As regras do jogo foram criadas de maneira que não haja uma forma de escapar. E a justificativa da matança é mostrar para a população como o
ser humano pode ser cruel e como não podermos confiar em ninguém – nem mesmo no nosso melhor amigo de escola”. Se você é uma pessoa normal com certeza deve ter se interessado de cara só pelo que acabou de ler. Aliás, não necessariamente uma pessoa normal, já que se a gente pensar bem se interessar por uma obra onde crianças são presas em uma área remota por um governo totalitário para matar uns aos outros não é lá um atestado de sanidade.
E de certa forma esse “atestado de
anormalidade” com relação à trama foi vista já na sua gênese, quando o seu autor Koushun Takami chegou ao final do Japan Grand Prix Horror Novel em 1997, mas teve o seu manuscrito preterido porque o júri não achou a ideia lá muito normal. Depois disso, o livro só veio a ser publicado em 1999 vendendo mais de um milhão de cópias só no Japão e causando um verdadeiro rebuliço de polêmica e buzz na mídia, o que acabou levando a obra a ser adaptada para mangás, que saiu aqui no Brasil pela Conrad em quinze volumes entre novembro de 2006 e novembro de 2011, e para os cinemas com direção do renomado Takeshi Kitano, que saiu aqui no Brasil em DVD pela Visual Filmes em 2007 com o título de Batalha Real e foi elogiado por ninguém menos que Quentin Tarantino como o melhor filme que ele havia assistido desde o início de sua carreira.
Mas vamos falar do livro em si? O personagem principal do livro é Shuya Nanahara, um garoto que perdeu os pais em um acidente de carro aos cinco anos e acabou crescendo na Casa de Caridade, um orfanato católico, e que juntamente com sua turma do colégio é obrigado pelo governo a participar do Programa que, segundo a Enciclopédia Compacta compilada pelo governo, tem a seguinte definição:
“Programa subst.m. 4. Simulação de batalha instituída por razões de segurança e conduzida pelas Forças Especiais de Defesa da nossa nação. Oficialmente conhecido como Experimento Militar do Programa Nº 68. O primeiro Programa foi realizado em 1947. Anualmente, cinquenta alunos são selecionados aleatoriamente (antes de 1949, quarenta e sete alunos eram escolhidos) para a execução do Programa e coleta de dados estatísticos. O experimento em si é simples. Os colegas de tur Como se isso não fosse suficiente, ma são forçados a lutar entre si até ainda existe a polêmica que envolve a que resta apenas um sobrevivente, acusação que Jogos Vorazes seria um plágio de Battle Royale, algo que Suzan- e os dados – inclusive o tempo desne Collins ser impossível já que não co- pendido – são analisados. Ao sobrevivente final de cada classe (o vennhecia a obra japonesa antes de escrecedor) é assegurada uma pensão ver seu livro e que Koushun Takami já afirmou que não tinha intenção de abrir vitalícia e um cartão autografado pelo Supremo Líder”. processo de forma alguma por acreditar que cada obra tem algo diferente a Como eu falei no Nerdofobiacast acrescentar sobre o tema. #011, o estilo de escrita de Koushun Takami me agrada muito, tanto pelo fato
dele utilizar capítulos curtos que acabam dando um ritmo bem legal para a trama, quanto pela forma que ele desenvolve cada um dos (vários) personagens presentes na obra, utilizando flashbacks e trabalhando bem o lado psíquico de cada um deles com relação aos outros e a situação que eles próprios se encontram, o que para mim é o maior trunfo do livro. Ah, eu particularmente não tive dificuldade até pelo costume em consumir obras orientais, mas a priori algumas pessoas podem ter dificuldades com relação aos nomes, já que todos são japoneses, mas é algo que rapidinho qualquer leitor consegue se acostumar. Resumindo, Battle Royale é um daqueles livros extremamente sensacionais e que vale MUITO a pena qualquer um ir atrás para adquirir, pois o tempo investido vai valer cada centavo pela obra.
A Globo Livros mandando bem no mercardo editorial Nerd!
P a r c e i r o s
fotoFobia
Como o Mundo muda o mundo Tininha Magalhães por
Olha eu na area de novo. Entre hiatos e contratempos mais uma compilação de fotos que eu apanhei pela net. Nela algumas fotos marcantes de fatos que transformaram o nosso mundo. Essas belíssimas imagens mostram como a história pode trazer lembranças do quanto somos pequenos perante nós mesmos!
Para a lista completa veja: http://www.interessantenota10.com/2014/01/as-30-fotos-mais-marcantes-da-historia. html
Essa foto, tirada por Richard Drew, mostra exatamente o que foi o desespero de 11 de Setembro. Nela é possível ver um homem que saltou dos prédios devido ao fogo
Essa imagem mostra um soldado russo, que lutou na Segunda Guerra Mundial, e seu reencontro com o tanque no qual passou todos aqueles terríveis anos de sua vida.
Mulher chora no meio da cidade destruĂda apĂłs terremoto e tsunami que devastou a cidade de Natori, em março de 2011 no JapĂŁo
Essa foto, feita em julho de 1943, mostra os soldados russos, momentos antes da batalha de Krusk
Em Bangladesh, uma fábrica colapsou enterrando vivos todos que lá trabalhavam. Mas o que chamou a atenção no mundo não foi apenas o acidente em si, mas a imagem que revelou um casal em seu derradeiro momento Estudante enfrenta tanques de guerra em frente à praça da Paz Celestial, em 4 de junho de 1989; essa imagem entrou para a história da luta pela democracia e a liberdade na China
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PIPOCAFOBIA
Porque Somos Nerds Por Alan Rocha E aí alguuém na vibe dos blockbusters que estavam prometidos para 2014? Não é de hoje que alguns blockbusters são vendidos pelos trailers... Alguns são gratas surpresas como Capitão América 2: O Soldado Invernal, que arrebentou no cinemas de todo mundo mostrando um herói vivo e cheio de nuances. Outros parecem ter a alcunha de filmes movidos pelo seu peso. O novo espetacular homem-aranha 2: A Ameaça de Electro parece carregar o público pela força do personagem que como adaptação passa longe do brilho dos quadrinhos. Enfim, cinema é o que nos une, celebremos ele.
Noé Noé Proibido na Malásia, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuait e Indonésia, Noé já começou a ser diivulgado a partir da polêmica. Lógico que o catolicismo não iria ficar de fora disso, críticos do Vaticano chegaram a dizer que é um filme “sem Deus”. Isso poderia ser correto se Noé não realizasse tudo ao que se propõe. Podemos dizer que o filme é um exemplo de fé. Mas saber que Darren, nascido judeu e hoje ateu, também “cutuca” alguns posicionamentos, deixa o filme ainda mais interessante. Nesse sentido, o crítico, o diretor embutiu o longa de tamanha ironia, a ser vista em situações como a de Matusalém, o personagem de Anthony Hopkins, que surge como uma espécie de Enigma. Um homem misterioso, que oferece um auxílio muito discreto a Noé, seu neto; numa sequência antológica, embutida de ironia e sagacidade, Noé o procura para relatar o sonho e pedir uma orientação, e o velho oferece a Noé um chá que pelo qual ele perde a consciência e tem uma alucinação, que lhe lembra seu pesadelo. Essa cena dá um ar de que o aclamado diretor Aronofsky chuta um pouco o balde de mostrar que Noé, está em todo o momento buscando a Deus mesmo em momentos fora da consciência, ou melhor deixa a pergunta se o Deus que ele busca é o que todos nós acreditamos. Podemos pensar também que “NOÉ” tem ainda um objetivo maior. De acordo com o diretor, numa de suas entrevistas para promover ao filme, ele e seu roteirista habitual Ari Handel, compuseram todo um filme em torno da tal dura decisão de Deus em destruir a criação e como ela pesou no coração de Noé.
Mas aí também o diretor foi além, se repararmos bem, veremos que o personagem Noé, na verdade reflete ao próprio Deus; suas angústias, suas dúvidas, suas incertezas a respeito do que está prestes a acontecer (construir uma arca para que consigam salvar a criação e sua família, enquanto a humanidade lá fora é exterminada) são também faces da decisão de Deus. E esse esclarecimento aparece muito nas contradições que aparecem dentro da arca nas sequências pós dilúvio. Pois se Deus quis exterminar a humanidade, como Noé permitirá a gravidez de sua filha adotiva dentro da arca? Ele deve ser justo ou misericordioso? E essas decisões podem gerar a falta de uma conclusão
da tragédia grega. A história de Noé inclusive aponta para o que a tradição religiosa sempre chamou de “prefiguração”, todo o sacrífico de Noé é visto como o sacrífico de Cristo em ter lavado a humanidade em seu sangue com a morte de Cruz. Também a figura de Maria, a mãe de Jesus, é chamada de “a arca da nova aliança”, que carregou Jesus em seu ventre. A direção de Aronofsky ganha um tom A citação diz respeito de outra arca, a que crônico, existe o tempo todo, uma verdadeira luta para que se chegue há um equilíbrio entre guardou as tábuas da lei, mas também a arca a dramaticidade e a própria aventura. Vendo de Noé. O filme então se fecha como um ciclo assim uma tragédia, bem no estilo grego, alias, completo de reflexão dentro da própria genese não é nada a toa que um dos tais guardiões de da bíblia. Seria mesmo impossível não esperar Deus, um amargurado gigante de pedra, tenha menos de um diretor, dos mais instigantes, o rosto entristecido como a da famosa máscara surgido nos últimos anos nos EUA.
na própria sequência. Na sua obsessiva angústia, que lhe consome a cada dia, decide que se a criança for homem viverá, mas se for mulher morrerá. O desfecho da situação é impressionante, sem outras palavras mais, para conseguir calar a boca dos mais valentões.
Quem é o Espetacular Homem-Aranha? I
nteressante poderia ser a palavra pra descrever a nova franquia do homem aranha. Ao mesmo tempo que a Sony reinventa o herói baseado no universo ultimate dos quadrinhos da marvel, tenta inventar um mundo cinematográfico para o aracnideo. E é ai que reside o perigo e as maiores falhas do longa. O Homem-Aranha da nova geração está em um labirinto, onde acerta nos principais aspectos que seu antecessor fracassa. O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro consegue desenvolver o personagem muito bem, ao mesmo tempo que segue a linha marvel, mesmo sendo um filme da sony, e tendo um roteiro raso, com vilões poucos marcantes. A narrativa acontece logo após os eventos de O Espetacular Homem-Aranha. O personagem está estabelecida como um herói já tarimbado, experiente
e adorado pela maioria dos nova-iorquinos. Sua contra-parte Peter Parker já está ganhando uns trocados vendendo fotos para o Clarim Diário (que aparece só através de menções, assim como J. Jonah Jameson) e segue namorando Gwen, mesmo com as visões e pertubações pelas últimas palavras do capitão Stacy. Outra herança do primeiro capítulo é o misterioso passado dos pais explicado de maneira rápida no começo do longa. Dão as caras Norman e Harry Osborn, com uma dinâmica bem diferente da esperada — e muito interessante. Além disso, O
filme consegue combinar várias linhas narrativas e amarrá-las de forma razoavelmente satisfatória. O ritmo é acelerado e aliado as cores gritantes do filme, dão o tom dessa nova franquia, voltada diretamente para o público teen. Tecnicamente a obra é muito bem trabalhada é acima da média, não só os efeitos visuais como também os sonoros chamam a atenção positivamente. As cenas de ação são bem empolgantes, ainda que seja incômodo o exagero em enfatizarem o espetáculo e a louvação ao herói. Se você reparar em várias aparições do aranha existem grades isolando o público, como se o aranha fosse um astro.
O Aranha e O Parker Andrew Garfield é um bom Homem -Aranha e um passável Peter Parker. O herói está mais espirituoso e brincalhão, o verdadeiro Amigão da Vizinhança dos quadrinhos, lembrando bem que a pegada na qual o personagem é baseado é bem mais leve e teen, e o herói mesmo sem a máscara não é um nerd cdf sofredor de buliyng. Garfield parece ser indeciso entre ser o jovem descolado do primeiro filme e o Peter um tanto atrapalhado, que os outros não levam muito a sério. Isso é importante, pois faz parte da identidade secreta. Sorte dele que em vários momentos a ótima Emma Stone está em cena para salvá-lo. Há um carisma monstruoso entre os dois, e o romance vai-e-volta é bastante convincente, típico de jovens/pós-adolescentes, como são os personagens. Nota alta para a escalação da Emma, além de ser a queridinha da américa ultimamente, ela acaba pontuando de maneira bem plausivel a Gwen dos quadrinhos.
Quanto aos vilões, a apreensão maior era, sem dúvida, referente à presença de três vilões na mesma história, fato logo derrubado quando notamos que dos vilões só compoem elenco fazendo praticamente pontas no filme. O antagonismo maior fica realmente por conta de Electro e seu sofrimento em não ter amigos. Diga-se que a atuação de Jammie Foxx está ótima e apesar de seu Max Dillon ser motivado por inveja, birra e desejo de ser notado não atrapalha a trama, mas também não soma. a não ser nos momentos de ação e show visual. Enfim, temos um bom filme que constroi um camnho no cinema para o heroi mais adorado dos quadrinhos.
Porque o Capitão
É O Capitão Por Anderson Veiga
Sim, eu já começo o texto desse jeito. Simples assim. Isso porque Capitão América 2 – O Soldado Invernal tem tudo que um filme de super-herói precisa ter: ação, comédia, drama e explosões tudo na medida certa. Mas a segunda aventura solo do Bandeiroso nos cinemas vai muito além disso.
do universo cinematográfico da Marvel. Por sinal, ponto mais que positivo para o Marvel Studios por ter tido coragem de realizar uma mudança desse naipe em um filme solo de personagem e não ter esperado pra que isso aconteça somente no filme d’Os Vingadores, decisão essa que acaba valorizando ainda mais os filmes solos, mostrando que cada filme traz consequências reais na continuidade e não só na “cereja do bolo”.
O roteiro com um toque de espionagem no melhor estilo dos já consagrados na franquia Bourne e termina com Mas vamos falar do filme em si? Vamos. uma mudança completa do status quo
É sensacional ver como agora a Marvel simplesmente não precisa mais fazer a explicação for dummies dos seus personagens e do mundo em que eles estão inseridos. As coisas simplesmente acontecem e o público já aceita por estar inserido na ideia. Quem dera um dia ver isso com os filmes da DC… E isso ajuda muito na fluidez da película. Além do fato dos eventos acontecerem e o filme seguir sem precisar ficar parando para explicar coisas desnecessárias, colabora para a introdução dos novos personagens como o Falcão (que ficou simplesmente SENSACIONAL,
tanto na personalidade do personagem, como no traje totalmente fluido), a Agente 13 (que coisa linda ver Sharon Carter no universo cinematográfico), Brock Rumlow (e a gênese do Ossos Cruzados nesse universo), Batroc (Georges St-Pierre em um cacete sensacional contra o Capitão) e Alexander Pierce (Robert Redford dispensa comentários). Por sinal, foi muito bom ver como os personagens que já conhecíamos, como Nick Fury (Samuel L. Jackson dispensa comentários), a Viúva Negra (a relação dela com o Capitão é sensacional e ainda tivemos várias nuances do que ela era antes de entrar para a S.H.I.E.L.D.) e Maria Hill (com uma Cobie Smulders que eu não consigo não ver como Robin Scherbatsky) tiveram suas personalidades trabalhadas. Hora de falar então dos dois principais personagens. Primeiramente é preciso ressaltar como Chris Evans está bem mais a vontade no papel d’O Sentinela da Liberdade e como finalmente resolveram aproveitar e dar uso para o escudo do Capitão América. Segundamente, o Soldado Invernal. Gente, O SOLDADO INVERNAL! Que personagem incrível e que adaptação maravilhosamente bem feita. A forma como introduziram o personagem nesse universo corrobora perfeitamente com o fato da Marvel não
precisar mais explicar as coisas tratando o público como idiota e foi tão bem feito que na sessão que eu assisti teve até uma cidadã que soltou uma exclamação de surpresa quando a identidade do personagem foi revelada. Isso unido ao fato dele sempre roubar a cena quando aparece, fez com que o personagem fosse imediatamente catapultado ao mesmo nível do Loki no que diz respeito à empatia com o público. Mas obviamente nem tudo é perfeito no filme e tem dois pontos que pra mim ficaram um pouco estranhos. O primeiro deles é a ausência do Gavião Arqueiro. Considerando que ele é um agente da S.H.I.E.L.D. e a relação com a Viúva Ne-
gra mostrada anteriormente em Os Vingadores, é um tanto quando bizarro ele não dar o ar da graça com todo o rebuliço e nem mesmo que Natasha tenho sequer mandado uma mensagenzinha no WhatsApp perguntando do gajo. O outro ponto foi o caderninho de Steve Rogers. É certo que a Marvel não teve lá muita culpa já que as opções localizadas foram indicadas pelo público a partir de uma enquete no UOL e que isso foi feito exclusivamente para ser um momento comédia já frequente nos filmes da Casa das Ideias, mas é muito bizarro um soldado americano passar décadas congelado e quando acordar ir atrás de saber mais sobre Xuxa, Chaves ou Mamonas Assassinas. O que serve de consolo é que em outros países a lista tem itens tão bizarros quanto os vistos na brasileira. No final das contas e resumindo as coisas, vale MUITO a pena assistir Capitão América 2 – O Soldado Invernal. Ainda não bate o primeiro Superman de Richard Donner e a trilogia do Batman de Christopher Nolan, mas com certeza figura por ali entre os melhores. E também, pudera, um filme que termina sob aplausos do publico (sim, na minha sessão também teve isso), não podia estar num lugar diferente.
Seasonfobia
True Detective Texto: Jefferson Lobo
L
ogo no início do primeiro episódio de “True Detective” dois policiais , interpretado por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, chegam na cena de um crime e confrontam uma visão perturbadora.
orando. Esse é o tom qe vai permear “True Detective “, “ não é mais complitoda a temporada. Mistério, investigação cado do que isso : que você vai usar a investigação de um crime como o tipo e filosofia. de queijo derretido em que você mitiga As indicações podem ser único, mas uma investigação do caráter humano “ . as armadilhas e humor de “True DetecA escuridão nesses shows não tive “, série da HBO , parece familiar. Os pode ser literal, o brilho da Louisiana de Lá, sob uma árvore, uma mulher incompatíveis - e danificados - parcei“True Detective” transmite uma sensamorta nua de joelhos , chifres empolei- ros. O assassino , talvez um assassino ção de lugarzinho do final do mundo. O rados em sua cabeça como em uma co- em série , à solta . A atmosfera. Para Nic Pizzolatto , o criador de desenrolar gráfico da série não parece roa, amarrada para parecer que ela está
“Somos coisas que operam sob a ilusão de ter um eu-próprio, essa acreção de experiência sensorial, e fomos programados para pensar que somos alguém quando, na verdade, todos são ninguém. A coisa mais honrável para nossa espécie é negar nossa programação. Parar de se reproduzir. Caminhar, de mãos dadas, até a extinção, uma última meia-noite, irmãos e irmãs deixando tudo para trás.”
atrair tanto o público de blockbusters, mas devido a força das interpretações de Woody Harrelson e principalmente a de Mathew McCounaghey (que está um monstro atuando) garantiram não somente uma audiência espetacular como também notas altissimas do público e da critica especializada. Digo e repito que esta série é “fora de série”. Sem comparação a qualquer
série de investigação. O Enredo é extremamente bem elaborado, dedicado a cada ator, os quais interpretam sem pudor e dor. As passagens em que Rust Cohle (Mcconaughey) e Martin Hart (Harrelson) estão conversando no carro e debatendo existencialismo, filosofia e a própria razão de tudo que estão fazendo, é de estourar a cabeça de qualquer um. Os diretores simplesmente fazem com que os personagens falem olhando
para a camera, ou seja, falando diretamente com o espectador em alguns momentos. A narrativa que te prende a cada instante juntamente com cada personagem. Seus estilos de vida diferentes, comparando a moral da existência juntamente com a da sociedade é de manter qualquer um afixionado pela série, afixionado mesmo.
A
série tem grande direção de fotografia e filmagens inesquecíveis de algumas sequências. Há uma cena memorável no quarto episódio, a qual foi feita sem cortes, em uma filmagem de seis minutos ininterruptos,é nessa vibe que você vai assistindo o episódio e vendo o desenrolar sem entender porque está achando aquilo tão foda, só depois você. O quinto episódio traz também uma sequência que se destaca, na qual, um evento passado é narrado como se tivesse acontecido de uma maneira, mas as cenas de flashback que se desenrolam durante essas falas revelam que a realidade foi completamente diferente. Além disso, toda a fotografia em imensos cenários abertos do interior de Louisiana merece destaque. Vale mencionar também os efeitos especiais que dão vida às alucinações de um personagem como o Rust qe deixa qualquer um maluco. Enfim se você não assistiu corra e passe mais ou menos oito horas da sua vida diante da tv tendo uma experiência sem igual. Cada nuance da série é de parar e refletir, os easter eggs e referências dos roteiristas te deixam monstruosamente ligados no mundinho. Uma série sem precedentes, que venha a segunda temporada e que se mantenha tão boa quanto foi esta.
“É claro que sou perigoso. Eu sou policial. Posso fazer coisas terríveis com os outros sem ser punido.”
“Acho que a consciência humana foi um erro trágico na evolução. Nos tornamos muito autoconscientes. A natureza criou um aspecto seu separado de si. Não deveríamos existir pela lei natural.”
Toda Semana... voce pode curtir nossas sandices In Loco. o podcast mais fobico da net em um batepapo Descontraido com os editores dessa revista de merda...
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nerdofobia CasT
“Os lannisters não são os únicos que pagam suas divídas” Oberyn Martell Principe de Dorne
Como descrever a quarta temporada da serie mais assistida de toda história da HBO? A resposta é simples: Fantástica! Game of Thrones é um sucesso não só de público mais de crítica sejam elas positivas ou negativas. E porque a série baseada na obra de George R. R. Martin é tão assistida e virou esse fenômeno mundial. Podiamos começar a falar que o grande responsável é o capricho com que o canal trata a série desde seus piloto até agora. Em cada temporada o
nível de cuidado com os detalhes surpreende e traz fatores determinantes para que o espectador e o próprio público leitor das crônicas de gelo e fogo também se rendam a sua versão televisiva. Nessa temporada tivemos esse capricho elevado ao extremo com a adaptação de trechos que para quem leu os livros eram extremamente aguardados, entre eles a aparição da víbora vermelha de dorne, o príncipe Oberyn Martell
(habilmente interpretado pelo ator Pedro Pascal), o julgamento de Tyrion, a morte de Joffrey e toda a desolação da muralha com as aventuras e desventuras de Jon Snow na patrulha da noite. Essa quarta temporada em especial teve muito burburinhos pois como um recurso de roteiro os desenvolvedores de game of thrones resolveram dar uma acelerada na história mudando alguns arcos ou núcleos como os fãs gostam de chamar. Em especial vimos
o enredo de Arya Stark e sua jornada com o cão de caça ter varias reviravoltas e um desfecho bem diferente do que foi apresentado nos livros mas que no final agradou bastante. Outro ponto relevante de mudanças no roteiro para dar uma agilidade maior a série abrangeu a muralha e todo o núcleo que faz parte do conflito com os white walkers tendo inclusive gerado uma cena polêmica onde o último filho de Craster foi levado pelas criaturas e transformado em um deles, algo que não foi mostrado no livro mas ficou subentendido. Ainda nessa crescente que a série tomou sendo sempre trendtopics do twitter, o assunto mais comentado de fóruns e redes sociais, o que marcou muito essa quarta fase da atração televisiva foi o que ficou conhecido na net como “mimimi” de fãs. A cada episódio tivemos mudanças como algumas citadas anteriormente nesse texto que acabaram por despertar a revolta nos fãs mais xiítas que fizeram burburinhos extremos em cima dos atos do seriado que os desagradaram. Essas amostragens de força da série seja pela interação dos fãs, da mídia especializada e dos próprios personagens vem culminar com os números de Game of Thrones que bateu The Sopranos e veio marcar história. Afinal de contas o que podemos esperar do seriado uma vez que depois de tanto sucesso, a tendência seria
uma queda normal na qualidade até mesmo pela saturação do elenco. Haja vista que tivemos um amadurecimento de alguns personagens e a perca de outros (leia-se morte), os produtores conseguiram manter a coesão de todos eles e o resultado final foi o melhor possível para essa temporada, mas cria-se uma expectativa ainda maior para o futuro da pelicula do canal.
“o que eu não daria para ter visto o joffrey morrer” Arya Stark Dentre essas e outras preocupações os produtores ainda tem de manter o foco voltado para não distanciar a obra televisiva demais do eixo principal dos livros até porque o próprio George R. R. Martin está envolvido na produção e escreve um ou dois episódios por temporada. Mas com a demora do autor em escrever os outros livros a série pode estar alcançando a sua fonte, o que preocupa os fãs. O ponto é que podemos ter o fim da série antes do fim dos livros, podendo gerar dois finais diferentes para a mesma história.
Deixando de lado as expectativas para o futuro devemos pontuar alguns momentos fortes dessa quarta temporada. Entre elas temos sem dúvida a morte de Joffrey que foi a catarse para todos os que gostam dos Starks (Ned Feelings), sendo que a construção do episódio em si ficou muito boa com toda a segunda parte do episódio desprendida para o desenrolar do casamento purpura e a morte do rei mais odiado de toda Westeros. Falando em tempo, esse molde de dar um tempo ininterrupto a determinado segmento dentro do episódio foi seguido em vários episódios ao longo dessa temporada. No episódio nove tivemos toda o espaço dedicado a um único núcleo, os patrulheiros na muralha, em uma das melhores sequências até aqui de guerra da série ficando na minha humilde opinião empatado com a batalha de black water bay na segunda temporada. No quesito mortes tivemos a despedida de ygritte o que gerou muita tristeza visto que houve uma identificação do público com a personagem pois seu enlace com o queridinho das meninas Jon Snow gerou fanzetes. Para melhorar no quesito mortes ainda tivemos a morte de Lisa Arryn pelas mãos de Mindinho numa das melhores cenas dessa temporada, onde ela voa pelo portão da lua.
Em tempo podemos fechar com
uma das cenas mais esperadas dessa temporada com a explosão literalmente da cabeça de Oberyn Martell pela Montanha e a virada no status quo do personagem cabeçudo mais amado de todos os sete reinos, sim tyrion como não poderia deixar de ser dar o ar de sua graça com uma das melhores interpretações de Peter Dinklage (forte concorrente ao Emmy) e além de um discurso espetacular no seu julgamento ainda nos presenteou com uma fuga espetacular, com a ajuda de um redimido Jaime, que não suporta ver o irmão sofrer, dica de passagem que a relação fraternal entre os dois leões ficou muito bem construída em todas as temporadas culminando com essa mostra final de amor
entre irmãos. Como não poderia deixar de ser o anão lannister teve sua vingança e matou a sua ex puta Shae e numa das cenas mais icônicas de toda as crônicas de gelo e fogo acaba por matar Tywin Lannister na privada. A guerra dos tronos é pedida certa para quem pretende ter um bom entretenimento, com reviravoltas deveras e muita intriga. Para quem já é fâ da história de George R. R. Martin, mesmo com todas as adaptações, ainda assim pode se dizer que a série cumpre seu papel de fidelidade a obra dando novo aspecto a uma história que já é brilhante por si só.
NosP assos de um Papo
R
icamente ilustrado, com um caderno recheado de fotos, a publicação tem prefácio de Marcelo Rubens Paiva, amigo de sempre, que endossa a hipótese de que tantas coisas boas, e outras tantas ruins, que permearam a vida do ex-jogador dariam um bom roteiro para um livro. “Casão faz questão de contar o inferno que viveu quando era viciado em drogas e sua internação, pois para ele é fundamental passar adiante a experiência, dividir as dores da dependência e alertar para os perigos de um vício frenético, sem preconceitos, desvios ou mentiras. A verdade ajuda a sanidade”
Com esse inicio o que me resta dizer é: Sincero... Essa é a primeira palavra que chega a minha mente quando penso no livro Casagrande e Seus Demônios: sincero, comovente, inspirador, doloroso, eloquente e engraçado. Ler sobre um cara autêntico, interessante, roqueiro, corintiano, sofrido, não tem como não se identificar com a figura do Casão. E gostei, não senti nada mascarado na leitura. Escrito em terceira pessoa, com passagens de frases do próprio Casagrande e de outras pessoas, a leitura é rápida, ágil e fácil, muito gostosa, me senti predisposto a lê-lo por uma resenha na net e não me arrependi nem um segundo, me joguei no resto do livro até terminá-lo, no mesmo dia, em poucas horas. Interessante observar que um capítulo emenda no outro, o assunto de um en-
tra no início do outro capítulo, achei que isso deixa que a leitura flua de modo inteligente, nos chamando a atenção. Nada é ocultado das páginas para os leitores; eu me emocionei com os relatos das drogas, com as homenagens que o Casa recebeu, com sua história nos gramados e com sua família, principalmente com seus filhos e os amigos, do futebol ou não. Mas sem sombra de dúvida a passagem que choca e traz luz a quão sóbrio é o craque é o capitulo que fala das drogas. Na luta contra o seu vício o embate ganha contornos de uma narrativa épica. No entanto, sem
qualquer egocentrismo e sem subestimar a sua capacidade de autodestruição, Walter assume sua ponderabilidade diante do vício, e afirma que não se lembra de como era antes de provar a droga. Ela não o apequena, ao contrário, é homem o suficiente e tem tal coragem e ombridade para assumir que sempre perderá para o entorpecente. Sua luta diária é a de empatar com ele, não de ganhar. O ex-jogador não é um ex-adicto: viciado é a sua condição; a luta é para não lançar mão de seu vício. Ou seja é como comparar o seu vício com o alcoolismo, nunca se deve tomar a primeira dose e essa luta se torna um
embate diário, um jogo sem apito final, onde Casagrande é mais zagueiro que atacante. Ribeiro usa um paralelo com Salomão, que teve um embate com 71 demônios e que destes o único que sobreviveu era exatamente o mais forte, o qual retornaria. Casagrande também estudaria o caso e veria materializado o diabo em seu apartamento. Trecho que choca pela riqueza de detalhes e o desabrochar da reflexão que a droga estava tirando tudo dele. Felizmente podemos ver um homem que teve seus erros, suas frustrações, suas alegrias e tristezas e sem dúvidas nenhumas exorciza seus demônios nesse desabafo corajoso e cheio de força de vontade. Sem mais delongas, um livro sincero, de coração e de alma.
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