Ribatejo Invest - Abril 2022

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RIBATEJO Abril 2022 • Ano VII • Nº79

Integração Laboral

o êxito está no acompanhamento colaborativo P. 24

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EDITORIAL

Domingos Chambel

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Presidente da Direção da NERSANT

om a entrada na CEE, hoje UE, as empresas portuguesas passaram a ter não só a liberdade de circulação de pessoas, capitais e mercadorias como alargaram o potencial dos seus clientes de 10 milhões para mais de 400 milhões. A expansão das exportações veio equilibrar a balança de pagamentos das finanças portuguesas, contribuir para o desenvolvimento de novos produtos, processos, novas tecnologias, diminuição do desemprego, aumento na arrecadação de impostos, impulsionou a economia nacional, motivou

FICHA TÉCNICA Diretor: Domingos Chambel Conselho Redatorial: Cláudia Monteiro Elsa Duarte ribatejo.invest@nersant.pt

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novos investimentos, e na sua maioria, aportou robustez às empresas exportadoras. Com tão vasta panóplia de vantagens, adicionadas ao reconhecimento e notoriedade internacional de alguns bons exemplos de produtos âncora, como o vinho, azeite, curtumes, software, têxteis, calçado e pedra, era espectável que o Estado Português apostasse e investisse forte na internacionalização da nossa economia e da marca “made in Portugal”. Os empresários portugueses necessitam de um forte impulso na sua cultura exportadora, a falta de informação de potenciais clientes, oportunidades e mercados preferenciais, conhecimento da conformidade legal do país importador, dificuldade na definição do mercado alvo e sua dinâmica em tempo útil, conhecimento do potencial da concorrência, fraca aposta no marketing e procuras sazonais, potenciam as nossas fragilidades. A debilidade financeira das PME’s, impede-as, de forma autónoma e individual, de se apresentarem competitivas com visibilidade nos mercados internacionais. É necessário ganhar escala para dar resposta às solicitações do mercado exportador, a fraca apetência para as ACE (agrupamento complementar de empresas), de modo a criar infraestruturas de facilitação da cooperação e competição no sentido de reduzir custos nos processos produtivos, comer-

Publicidade: Maria João Rodrigues maria.joao@nersant.pt Propriedade: NERSANT, AE. Várzea de Mesiões - Apartado 177 2354-909 Torres Novas Tel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

ciais e logísticos das exportações é handicap a ultrapassar. Todas estas complexidades, somadas ainda à falta de meios técnicos, estruturas internas e recursos humanos para investimento na prospeção de clientes / importadores / distribuidores / facilitadores de negócio nos mercados alvo e a reduzida existência de ferramentas adequadas para processos de industrialização. Adicionando a concorrência internacional por parte de países e empresas com elevado poder económico, apresentando-se no mercado com estratégias de preço e promoção agressivas mas fora das exigências dos padrões ambientais e dignidade humana. A fraca ligação aos politécnicos e redes europeias de apoio à inovação e empreendedorismo, e ainda a nossa situação geográfica periférica com custos logísticos pouco competitivos em relação ao centro da Europa, legitima-nos concluir com segurança. Mesmo tendo em consideração o trabalho exemplar da AICEP, que as nossas empresas mereciam mais. O Estado está muito longe de cumprir a sua obrigação e missão estratégica de investir na marca “made in Portugal”, elegendo a internacionalização como investimento prioritário, desenvolver estruturas de proximidade, linhas de crédito e apoio financeiro mais robusto, diferenciação positiva fiscal e expansão do sistema REX (Estatuto de Exportador Registado) a outros países fora da UE.

Periodicidade: Mensal

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

Tiragem: 250 exemplares

Capa por: Alexander Lemann

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ABERTURA

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Desenvolvimento Regional

Viver o Tejo

05 Notícias

30 Domingos e Edgar Catering: Alimentação de qualidade e os sabores regionais são prato forte

10 Autarcas da Lezíria sentem-se “defraudados” com perda de 5,2ME de fundos para Centro de Excelência para Agricultura e Agroindústria por “inação” do INIAV 14 Sorlaf: da fabricação de acessórios inox para chaminés aos isolamentos industriais

34 Notícias 34 Startups Santarém e Ourém recebem 6 novos projetos de empreendedores estrangeiros no âmbito do Startup Visa

Informação e Apoio 16

Notícias

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Concurso de Aceleração para empresas com menos de 3 anos - VITAMINA

38 Centro 2020 apoiou investimento de 4.000 empresas

20 33.ª FERSANT de 4 a 12 de junho em paralelo com a Feira Nacional de Agricultura em Santarém 21

Feiras Digitais NERSANT: 3ª Feira de Empreendedorismo, Emprego e Formação vai realizar-se em maio

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NERSANT realiza sessão informativa sobre o SIFIDE

24 Integração laboral: o êxito está no acompanhamento colaborativo 26 NERSANT promoveu sessão informativa sobre “Transição Digital: Desafios, Oportunidades e Mecanismos de Apoio para ajudar a preparar as Empresas”

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Empreendedorismo e Inovação

40 Alfrigo celebra 18.º aniversário com aumento de negócios na área das energias renováveis e climatização

Internacionalização 45 Notícias 46 Inovação e internacionalização são a chave do sucesso da Mola Solta e 2Unique View 50 Filstone junta arquitetos na Índia para apresentar potencial da pedra portuguesa

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

IP investe 1,7 milhões de euros na Ponte Rainha D. Amélia A infraestruturas de Portugal (IP) já deu início às obras da empreitada de Proteção das Fundações e Reabilitação dos Pilares da Ponte Rainha D. Amélia, que liga os concelhos do Cartaxo e Salvaterra de Magos, no distrito de Santarém. A intervenção envolve um investimento de cerca de 1,7 milhão de euros, com um prazo de execução

de 270 dias e tem como objetivo reforçar as condições de integridade dos pilares da ponte e a proteção das suas fundações contra os efeitos da erosão provocada pela corrente do rio Tejo. A empreitada consistirá em trabalhos de limpeza das superfícies dos pilares e encontros; selagem das juntas entre pedras de alvenaria dos pila-

res e encontros, com o refechamento com uma argamassa à base de cal hidráulica natural e inertes; proteção da base dos pilares, através do encamisamento adicional da base dos pilares com recurso a cofragens metálicas e microbetão submerso; e substituição dos aparelhos de apoio sobre o pilar P13 e encontro E2.

Empresa GM2E celebra o sucesso alcançado no ano de 2021 A empresa GM2E organizou um jantar comemorativo, em Tomar, no Restaurante Manjar dos Templários, para celebrar a superação das metas estabelecidas internamente para o ano de 2021. “Apesar do contexto pandémico vivido nos últimos tempos, os desafios têm sido superados. Mais do que fazer anos de existência, - que naturalmente gostamos de celebrar-, gostamos de comemorar o que fazemos diariamente e o que conquistamos. Porque para completar aniversários basta existir, quisemos contrapor e enfatizar a importância dos pequenos sucessos diários e do processo evolutivo da empresa e da sua equipa de modo sustentado. É também para nós fundamental, manter a equipa motivada e unida.”, refere Luis Inácio, CEO da GM2E. A empresa GM2E apresentou no ano de 2020 o seu plano estratégico para o período 2020-2025, onde prevê alcançar taxas de crescimento médias de 50% nesse período, com o objetivo de atingir o estatuto

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PME Líder no ano de 2025. “A definição de metas ambiciosas, leva-nos a questionar os nossos processos e as nossas competências, e é precisamente isso que está a acontecer na empresa.”, acrescentou ainda Luis Inácio. Relativamente ao jantar comemorativo, houve muita música e animação, onde colaboradores e familiares desfrutaram de bons momentos de convívio. GM2E CELEBRA ANIVERSÁRIO A empresa GM2E celebrou no dia 12 de março 2 anos de existência. A data foi assinalada pela equipa de um modo descontraído, com um brinde e votos de mais anos de vida plenos de sucessos pessoais e profissionais. A empresa GM2E, com escritórios no Inov Point do Tagus Valley em Abrantes, surgiu em 2020 como uma Spin-off da empresa de consultoria de engenharia Lipronerg, estando neste momento a desenvolver trabalhos na área do facility management em todo o país.

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Rio Maior pode receber o terminal de contentores da Bobadela

A Infraestruturas de Portugal identificou cinco possíveis localizações para deslocalizar definitivamente, em 2026, os terminais de contentores de Loures, atualmente instalados no local onde se realizará no próximo ano a Jornada Mundial da Juventude, disse à Lusa fonte da empresa. Castanheira do Ribatejo (concelho de Vila Franca de Xira), Carregado (Alenquer), Rio Maior, Barreiro e Poceirão são as cinco possíveis localizações identificadas pela Infraestruturas de Portugal (IP) para passar a acolher, a partir de 2026, os terminais de contentores, atualmente localizados no Complexo Logístico rodoferroviário da Bobadela, no concelho de Loures, segundo indicou fonte da IP à Lusa. A mesma fonte ressalvou que, nesta fase, está a ser levada a cabo uma “análise de viabilidade de algumas soluções técnicas” e uma recolha de “contributos ou propostas de outras localizações que possam fazer sentido”. No entanto, apesar de a deslocalização definitiva só se concretizar em 2026, de acordo com a calendarização aprovada pelo Governo em abril de 2021, o Complexo Logístico da Boba-

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dela vai ser já alvo de obras de adaptação para acabar com dois dos três terminais existentes, concentrando a atividade apenas num. “O projeto de adaptação do Parque Norte engloba a construção de três novos edifícios para apoio à operação no terminal”, indica a IP, adiantando que a intervenção representará um investimento de cerca de 8,2 milhões de euros. O objetivo, explica a IP, é proceder à desocupação definitiva da zona sul do complexo, cujos terrenos serão utilizados em agosto de 2023 para a realização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o maior evento organizado pela Igreja Católica e que contará com a presença do papa Francisco. “Foi determinado centralizar toda a atividade logística dos três terminais existentes no denominado Terminal Norte, garantindo uma solução com capacidade operacional, que dê resposta às necessidades dos operadores ferroviários e do mercado”, salienta a IP. O projeto de adaptação do Parque Norte engloba a construção de três novos edifícios para apoio à operação no terminal, “até à sua retirada total e definitiva”. A IP adianta ainda que a interven-

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ção, que ficará a cargo da empresa Mota-Engil, terá um prazo de execução de 180 dias e terá início após concessão do visto prévio do Tribunal de Contas. A JMJ2023 vai decorrer em agosto de 2023 na zona do Parque das Nações, em Lisboa, mas abrangendo também parte de território do concelho de Loures. O anúncio da escolha de Lisboa para receber a JMJ foi feito em 27 de janeiro de 2019, na Cidade do Panamá. Inicialmente prevista para agosto de 2022, a pandemia de covid-19 determinou o adiamento da JMJ um ano. Portugal será o segundo país lusófono, depois do Brasil, a acolher uma Jornada Mundial da Juventude, criada em 1985 pelo papa João Paulo II (1920-2005). O programa indicativo, enviado à agência Lusa, aponta para a abertura da JMJLisboa2023 no dia 01 de agosto de 2023, com uma missa presidida pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente. A primeira iniciativa com o papa deverá ocorrer em 03 de agosto do próximo ano, com o acolhimento dos jovens ao pontífice.

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ISLA Santarém comemorou 38 anos O ISLA de Santarém comemorou, no dia 26 de março, o seu 38.º Aniversário, no Convento de S. Francisco. Domingos Martinho, diretor do ISLA, referiu que esta instituição tem crescido ao longo dos anos, não só em termos educacionais, onde a diversidade da atividade de ensino procura corresponder àquilo que identifica na região como necessário e para o qual o ISLA tem capacidades, competências e conhecimentos para poder desenvolver, como também ao nível de infraestruturas procurando cada mais dar melhores condições para estudar, investigar e contruir o futuro. O diretor aproveitou o momento para agradecer aos professores passados e atuais, aos funcionários, aos alunos e respetivas famílias por acreditarem no ISLA. Por seu lado, o presidente da

Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves começou por dar os parabéns pelos 38 anos, “que têm sido muito importantes para a nossa região, onde já se formaram milhares de pessoas nesta escola de excelência”. Para o Presidente da autarquia, “o ISLA é um parceiro que tem tido a capacidade de se adaptar às necessidades identificadas, antecipando

o futuro, e, por isso, a nossa região está a crescer convosco”. A sessão solene contou com a intervenção de diversos convidados, entrega de prémios a docentes e funcionários, prémios de mérito e diplomas aos estudantes dos últimos três anos letivos e momentos musicais que vão animar este Dia da Família ISLA.

Grupo Primetool celebra 40 anos A Primetool assinala 40 anos de experiência em soluções integradas de comunicação institucional, destacando “os parceiros, clientes e fornecedores com os quais constroem a história da empresa e partilham um percurso feito de crescimento e sucesso”. O Grupo é constituído pelas empresas Primetool, UpBrand, Lastpower, e Decor Steel. A Primetool é uma empresa especializada na produção de equipamentos de comunicação para o mercado B2B. A UpBrand é especializada em soluções de impressão inteligente e produtos promocionais. A LastPower é especializada na prestação de serviços nas áreas de montagem, manutenção e assistência. A Decor Steel é uma marca exclusiva de soluções em aço para fachadas ventiladas, mobiliário urbano e elementos decorativos.

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Águas do Ribatejo tem novo diretor-geral Moura de Campos aposenta-se ao fim de mais de 40 anos de serviço O atual Diretor Geral da Águas do Ribatejo, Moura de Campos, conclui no dia 31 de março, o seu percurso na empresa após mais de 40 anos de serviço. O Conselho de Administração da Águas do Ribatejo, juntamente com os presidentes dos 7 municípios que integram a empresa, pretendem destacar o seu importante papel na construção da AR que conhecemos hoje. “Ao longo de mais de 13 anos, o Eng.º Moura de Campos liderou uma equipa que, de raiz, foi capaz de tornar a AR na referência que hoje é, a nível regional, nacional e até internacional”, refere a empresa. “Na sequência da aposentação do atual Diretor Geral da Águas do Ribatejo, foi prioridade encontrar uma solução que permitisse assegurar a estabilidade da empresa, nomeadamente, através da seleção de um responsável com competência reconhecida, que se identifique com os valores da empresa, que conheça as suas dinâmicas e que possa dar continuidade ao trabalho até então realiza-

do”, adianta o comunicado da empresa. “Atentas estas premissas, tomou-se a decisão de eleger Miguel Carrinho, que vinha desempenhando as funções de Diretor Administrativo e Financeiro, para o cargo de Diretor Geral da AR, a iniciar no dia 1 de abril , refere a empresa.

“Ao novo Diretor Geral, Miguel Carrinho, a equipa expressa os votos de sucesso, uma vez que estes são também os da empresa que ser ve mais de 140.000 pessoas dos Municípios de Almeirim, Alpiarça, Benavente, Chamusca Coruche, Salvaterra de Magos e Torres Novas”, conclui a nota.

Visitas de estudo à Filstone Após dois anos de suspensão, devido à pandemia, a Filstone volta a receber alunos do 11.º e do 12.º anos do Agrupamento de Escolas de Nisa na pedreira de Alpalhão, que puderam conhecer um pouco do processo extrativo, as preocupações ambientais, as potencialidades do granito Filstone SPI Alpalhão e outros aspetos do nosso dia-a-dia.

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AQUANENA dedica semana ao Ambiente e ao Ciclo Urbano da Água A AQUANENA assinalou o Dia Mundial da Árvore e o início da Primavera (21 de março), e o Dia Mundial da Água (22 de março), com uma semana dedicada às temáticas do Ambiente, e em especial ao Ciclo Urbano da Água. A Aquanena acolheu na ETAR de Alcanena a visita de cerca de 40 alunos de duas turmas do 8.º ano da Escola Secundária de Alcanena, no âmbito da disciplina de Físico-Química. Os alunos puderam conhecer de perto as várias etapas do processo de tratamento de efluentes domésticos e industriais.

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Foi ainda realizada uma breve visita ao aterro de lamas. A empresa municipal realizou a primeira sessão do webinar digital subordinada ao tema “Os Caminhos da água no concelho de Alcanena”, a qual foi destinada às Escolas do 1.º ciclo de todo o concelho e contou com a parceria da DECO – Associação de Defesa do Consumidor e da ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável. Decorreu ainda a iniciativa “Conversas à Segunda”, iniciativa da Câmara Municipal de Alcanena à qual a AQUANENA se associou, e cujo tema foi “O Sistema

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de Alcanena”. A conversa teve lugar no Museu da Arte e da Indústria do Couro, contando como oradores com representantes da Câmara Municipal de Alcanena, da AQUANENA, da Hidra – Hidráulica e Ambiente, Lda., da APA/ ARH Tejo e Oeste e da CCDRLVT. No dia 22, Dia Mundial da Água, iniciou-se a campanha de adesão à Fatura Eletrónica e ao Débito Direto, com a oferta da garrafa AQUANENA. Foi ainda disseminada alguma informação sobre a utilização do sistema de saneamento doméstico e sobre o consumo racional de água.

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Autarcas da Lezíria sentem-se “defraudados” com perda de 5,2ME de fundos para Centro de Excelência para Agricultura e Agroindústria por “inação” do INIAV Os autarcas da Lezíria do Tejo sentem-se “bastante defraudados” com a incapacidade revelada pelo INIAV para executar o projeto do Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria, perdendo 5,2 milhões de euros de fundos comunitários. Em declarações à Lusa, os presidentes da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), Pedro Ribeiro (PS), e da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves (PSD), afirmaram que pediram uma reunião à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, para pedir explicações e para que “haja em conformidade com a gravidade da situação”. Os autarcas foram informados, no início do ano, numa reunião do Programa Operacional (PO) do Alentejo, de que os fundos aprovados para o projeto, no valor de 5,2 milhões de euros, estavam perdidos por ausência de execução por parte do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), estrutura que depende do Ministério da Agricultura, uma decisão formalizada em março. Sublinhando que os fundos foram aprovados devido a uma candidatura da CIMLT, que elegeu este como um projeto âncora para a região, Pedro Ribeiro acusou o Conselho de Administração do INIAV de, a partir do momento da aprovação, ter tomado posse do projeto, ignorando todas as entidades parceiras e não dando conta dos procedimentos que estaria a desenvolver, acabando por perder os fundos.

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“Ainda tentaram fazer uma reprogramação no fi nal do ano. Foi mal feita e não tiveram capacidade para executar”, declarou, considerando “inadmissível” que os dirigentes do INIAV tenham faltado a uma reunião convocada em julho pela Comissão Diretiva do Alentejo 2020, para se realizar em agosto, com a alegação de não poderem estar presentes por “estarem de férias”. Ricardo Gonçalves lamentou igualmente que os dirigentes do INIAV não tenham comparecido, na semana passada, a uma reunião com a CIMLT, não tendo, “até hoje”, havido “uma palavra” sobre o que se passou. O presidente do município escalabitano disse esperar que a ministra da Agricultura “dê algumas respostas sobre esta matéria e possa atuar”, porque os autarcas se sentem “bastante defraudados”. “O que se passou é mau demais para ser verdade e dá um passo atrás na estratégia que tínhamos desenhado em conjunto para a região, para a Fonte Boa [nome pela qual é conhecida a Estação Zootécnica Nacional, EZN, polo

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do INIAV situado no Vale de Santarém], que tanto precisa deste investimento”, num total de seis milhões de euros (com a comparticipação nacional), disse, salientando o estado de degradação em que se encontra esta estação experimental do Estado. “Não dizemos à senhora ministra o que tem de fazer. Eu, se fosse ministro, ele [o presidente do INIAV, Nuno Canada] já não estava lá. Mas a senhora ministra tomará as decisões que entender”, afirmou Pedro Ribeiro. Na sequência da comunicação do PO Alentejo, a Câmara de Santarém aprovou, na segunda-feira, o retorno ao orçamento municipal dos 350.000 euros que tinha colocado no projeto, com vários membros do executivo a classificarem o sucedido como “um balde de água fria” e uma “dor na alma”, dado o estado “decrépito” em que se encontra a EZN. Contudo, Ricardo Gonçalves frisou que, a haver novos fundos, o município estará “disponível para colocar essas verbas novamente em orçamento”, embora realce o facto de não ser possí-

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vel recuperar o que se perdeu, por ter existido “algum laxismo”. Pedro Ribeiro quer voltar a candidatar o projeto ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, mas coloca como condição que sejam os municípios a executar, fi cando em protocolo a parceria com o INIAV, que detém a competência técnica. “A administração desconcentrada do Estado não tem capacidade para este tipo de projetos. Já demonstrou isso à saciedade. […] Se o INIAV não é capaz, nós fazemos pelo INIAV. Não tem problema nenhum. Agora, não podemos é perder investimentos destes que são fundamentais para a região. […] Se é para ter mais do mesmo, estamos fartos de gente incompetente”, declarou. Em resposta à Lusa, o Ministério da Agricultura afi rma que, “depois da aprovação do projeto, foram desenvolvidos os devidos procedimentos administrativos obrigatórios, de acordo com a legislação em vigor (programa preliminar, estudo prévio, anteprojeto e projeto de execução), necessários para a abertura do concurso público das

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obras”, os quais vieram a decorrer em 2021, ficando desertos. Em dezembro de 2021, acrescenta, “foi submetido à Autoridade de Gestão do Alentejo 2020 um pedido de reprogramação temporal e financeira, procurando ultrapassar desta forma os constrangimentos referidos anteriormente”, tendo a Comissão Diretiva do Alentejo 2020 comunicado, em março passado, “não ser viável, no contexto atual de grande volatilidade de preços e grande incerteza, a execução do projeto nos moldes previstos até ao final deste quadro comunitário de apoio”. A tutela refere que, “apesar do atual contexto de volatilidade internacional, com grandes oscilações nos preços de construção, o projeto de modernização do ‘Polo da Fonte Boa’ está contemplado no âmbito da Agenda de Inovação para a Agricultura 2030 e da sua Rede de Inovação”. O protocolo para a criação do Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria, a instalar na EZN, foi celebrado em abril de 2015, tendo como entidades promotoras o INIAV, a Câmara de Santarém (ambos responsáveis pela comparticipação nacional), a CIMLT, o Agrocluster do Ribatejo, a Associação Empresarial da Região de Santarém, o Instituto Politécnico de Santarém e as Universidades de Évora e de Lisboa. As entidades parceiras comprometiam-se a procurar investimentos para melhoria das instalações e equipamentos existentes na Fonte Boa, com o objetivo de, num prazo de cinco anos, ter o centro a ajudar produtores e empresas dos setores agropecuário e agroindustrial a “incorporarem inovação e valor acrescentado” e a aumentarem a sua competitividade. O centro iria produzir e transferir conhecimento em áreas como recursos genéticos animais (visando o melhoramento e conservação das raças autóctones), produção de alimentos (desenvolvendo novos alimentos e contribuindo para a redução da dependência externa), tecnologia, qualidade e segurança alimentar, eficiência industrial e valorização de efl uentes, subprodutos e resíduos agroindustriais.

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Fátima é o local escolhido para o 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo A AHP anunciou que assinou protocolos com o Município de Ourém e o Turismo do Centro de Portugal para a realização do 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. O Congresso anual da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que já vai na 33.ª edição, visa promover o debate e a partilha de experiências sobre o Turismo e a Hotelaria, sendo que contará, assim, com a presença de diversos especialistas nacionais e internacionais, esclarece a associação em comunicado, lembrando que os protocolos foram assinados durante a realização da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Na nota divulgada é referido que o 33.º Congresso Nacional da Hotelaria e do Turismo se realizará entre 16 a 18 de novembro deste ano.

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Município de Torres Novas investe na renovação do centro histórico A Câmara de Torres Novas está a concluir a obra da Central do Caldeirão, que permitirá devolver a centralidade ao edifício, no centro histórico da cidade, salvaguardando as suas características arquitetónicas e recuperando a maquinaria existente. Com um investimento de 1,9 milhões de euros, financiado em 85% pelo PEDU, a obra vai criar uma área museológica (Centro de Interpretação) que revisita o funcionamento desta instalação e o edifício terá condições para acolher ações culturais e de dinamização social

e económica, incluindo um restaurante, um espaço multiusos para espetáculos, áreas para comércio e serviços e todo o tratamento do jardim exterior com vista para a tarambola. O espaço, em estreita comunhão com o Almonda Parque, enquadra-se numa ampla

renovação do centro histórico que tem sido promovida pelo Município de Torres Novas, recuperando e reabilitando alguns dos espaços mais emblemáticos da cidade, melhorando a sua fruição e aumentando a qualidade de vida dos munícipes.

Médio Tejo marcou presença na Bolsa de Turismo de Lisboa Durante os dias 16 a 20 de março, a região do Médio Tejo esteve presente naquela que é a maior feira do país na área do Turismo na FIL, Parque das Nações, em Lisboa. A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo esteve representada na Bolsa de Turismo de Lisboa, no Stand da Turismo do Centro de Portugal, com um programa vasto e diversifi cado, promovido por esta CIM e pelos municípios do Médio Tejo, em parceria com algumas entidades externas parceiras.

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Chamusca apresenta Guia Turístico com o melhor do concelho O Município da Chamusca apresentou o novo Guia Turístico do Concelho – Chamusca o Coração do Ribatejo. O roteiro, que foi lançado na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), está publicado em português, e será mais tarde editado também em inglês e em francês. Na apresentação, Paulo Queim a d o , p re s i d e n t e d a C â m a r a da Chamusca, salientou que “o Município da Chamusca, em colaboração com a Entidade Regional de Turismo do Ribatejo e do Alentejo, tem encetado todos os esforços para promover esta região lindíssima, com tanto para oferecer”, referindo que “queremos que os nossos promotores turísticos, investidores e todos os que trabalham, no nosso território tenham à sua disposição uma ferramenta que possa ser consultada em papel e em formato digital”. Ao longo das 60 páginas que compõem o novo Guia Turístico da Chamusca são revelados alguns dos maiores tesouros do concelho da Chamusca. Para além do património histórico e da típica gastronomia, de que são exemplo a couve a soco com bacalhau assado na brasa, regado com azeite e alho, a carne à pinéu, as trouxas de ovos ou o peixe doce, o novo guia dá-lhe a conhecer os percursos pedestres, o circuito da Charneca Ribatejana, o circuito da Borda d´Água ou o centro de Cycling do Arripiado, onde pode desfrutar da natureza no seu estado mais puro.

Paulo Queimado, reforçou a panóplia de locais de interesse que o território da Chamusca tem para oferecer entre os quais “a charneca, a lezíria ou o rio Tejo, que atravessa o nosso território em quase 40 quilómetros”. Com o novo guia turístico “queremos dar a conhecer aquilo que são os nossos produtos, hotelaria, gastronomia, arrozais, montado de sobro e toda a paisagem da lezíria, charneca e rio Tejo”, afirmou. Ao contrário do que era expectável “estes dois anos de pandemia trouxeram-nos uma nova realidade, com os

portugueses a procurarem e a quererem conhecer o nosso território. Podemos falar de alguns casos em que a taxa de ocupação hoteleira chegou mesmo acima dos 80%. Se por um lado foi contraprodutivo para os ser viços que tiveram de estar fechados, durante algum tempo, por outro, serviços como os desportos náuticos, passeios de barco, passeios no campo, birdwatching ou BTT tiveram uma procura acima, daquilo que era o normal antes da pandemia. Esta situação veio fazer com que aparecessem novos empreendimentos turísticos durante a pandemia, sendo um deles a Herdade dos Cordeiros, na freguesia de Vale de Cavalos/Chamusca”, salientou. O presidente da Câmara referiu, ainda, que “as perspetivas para o futuro são muito promissoras, uma vez que temos assistido a um retorno positivo e muito bom, por parte dos nossos agentes turísticos e investidores, sendo que a BTL é uma excelente oportunidade para dar a conhecer aqueles que investem no nosso concelho”. Com este guia não faltam, certamente, opções de locais a explorar, de restaurantes onde saborear a típica gastronomia chamusquense, natureza para apreciar e inúmeros eventos onde participar ou sugestões de unidades de alojamento e restauração, num convite à descoberta do Concelho da Chamusca.

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sorlaf

da fabricação de acessórios inox para chaminés aos isolamentos industriais

A empresa SORLAF Canalizações, Lda. foi fundada em 2003, na Lagoa do Furadouro, em Ourém.

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endo como administradores Francisco Oliveira e Elisabete Martins, a empresa teve, inicialmente, como principal atividade a fabricação de módulos e acessórios de inox para chaminés. Mais tarde, em 2008 a SORLAF alargou a sua atividade na área dos isolamentos industriais, sendo que em pouco tempo passou esta área a ser a principal atividade da empresa. Atualmente a SORLAF – Canali-

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zações Lda. dedica-se ao fornecimento e aplicação de Isolamentos industriais térmicos na área de Ar condicionado e acessórios de chaminés em aço inox as quais comercializamos para lojas e chaminés. “Desde o início que temos como lema competência, eficácia e qualidade, em que nos focamos em melhorar todos os dias”, afirma Francisco Oliveira. “Oferecemos aos nossos clientes a melhor relação preço/qualidade tendo em conta as matérias-primas e equipamentos utilizados”, afirma Elizabete Martins, acrescentando que “fazemos questão de fornecer um serviço de excelência e pontualidade pois é muito importante cumprir os prazos acordados”. A empresa estabeleceu uma parceria com a ISOTIQUE, em França,

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o que leva a que a equipa tenha de se deslocar frequentemente a França para realizar trabalhos. Como marcos mais importantes na vida da empresa, Francisco Oliveira destaca o ano de “2008 quando a empresa iniciou a sua atividade na área dos isolamentos industriais, pois rapidamente nos defrontámos com a necessidade de mais recursos, de forma a respondermos cada vez melhor aos pedidos dos nossos clientes”. “Mais tarde, o ano de 2017 foi igualmente muito importante, pois foi quando adquirimos instalações próprias, maiores e com melhores condições de trabalho e armazenamento, o que contribui em muito para a continuação e melhoramento dos serviços prestados”, acrescenta.

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Para o futuro, a empresa projeta a continuação de obras nas instalações, de forma a aumentar a área de produção. Por ora, não tem ainda em perspetiva de apresentar uma candidatura a apoios comunitários ou nacionais, mas se a empresa continuar a crescer será sempre uma questão a colocar em cima da mesa para analisar. Entre os principais obstáculos e problemas que se deparam na atividade, destacam os elevados custos de deslocação e impostos. Como soluções que gostaria de ver implementadas para facilitar a atividade da empresa, destaca a atribuição de apoios às empresas para compensar os elevados custos de transporte e a simplificação de todos os processos burocráticos. 

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New Life Home adere aos Protocolos NERSANT A empresa de construção civil de Ricardo Ribeiro, é a mais recente empresa a aderir ao Protocolos NERSANT. A NERSANT desafiou as empresas Associadas a aderir à realização de

um Protocolo com a NERSANT, que permita descontos diretos e/ou facilidades na aquisição de produtos e serviços entre formas que a empresa entenda ser a que mais se adequam aos seus produtos e serviços.

RIBATUBOS, LDA. Venda a retalho de tubos e acessórios

MANERGY, LDA Manutenção industrial

SANDRA SILVA Medicina Tradicional Chinesa

CAIXA AGRÍCOLA Banco

MINIMERCADO CARDOSO Comércio de produtos alimentares e não alimentares

SCALCONTA, LDA. Atividades de contabilidade e auditoria

COLÉGIO OS TIMONEIROS, LDA. Ensino pré-escolar, 1º ciclo e apoio escolar

NERSANT SEGUROS Mediação de Seguros

SCALOTEL Hotel

NO VO

AVIS Aluguer de viaturas

DOMINGOS E EDGAR CATERING, LDA Serviços de Catering e eventos

NEW LIFE HOME - RICARDO RIBEIRO Construção civil (pintura de edifícios e aplicação de pladur)

SEM PRESSA Restaurante

FONTEVAL Captação e Tratamento de água

NUNO MIGUEL DE SOUSA TRINDADE Sapateiro, reparação de calçado e outros artigos de pele

SGS PORTUGAL Formação Profissional

JFERTEC Comercialização de equipamento hoteleiro e assistência técnica

RESTAURANTE NERSANT Restaurante

TEMPLUM EVOLUTTO Consultoria em Sistemas Gestão ISO e de outras normas técnicas

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2.ª Feira Social Digital foi um sucesso A 2.ª edição da Feira Social Digital terminou com um balanço muito positivo. O sucesso alcançado pela 1.ª edição realizada no ano passado fi cou reforçado nesta edição de 2022, com o número de expositores, de sessões informativas e de participantes. Em formato digital, esta 2.ª edição da Feira Social com organização NERSANT e parceria da UDIPSS de Santarém, recebeu 9714 visitantes. Integrado na Feira Digital, com organização NERSANT e parceria da UDIPSS de Santarém, realizou-se ao longo do mês de março o ciclo de sessões informativas Café In Digital, com a realização de 10 sessões online, que tiveram cerca de 500 participantes. Nestas sessões informativas foram abordados temas do maior interesse para as IPSS e outras instituições do setor social. O Café Digital iniciou-se com uma sessão sobre os Desafios para a Sustentabilidade do Setor Social, com Eleutério Alves, do CPES/CNIS.

Seguiu-se no dia 8 de março uma sessão sobre Diagnóstico, implementação e certificação da independência energética de infraestruturas sociais, por António Campos, da NERSANT. No dia 10 de março, foi a vez de Filipe Pinto, da Universidade Católica, vir falar da importância da Transparência na Governança das IPSS. No dia 15 de março, Pedro Félix, da NERSANT, abordou o tema da Eficiência Energética em edifícios de serviços, com a apresentação do Aviso nº 01/C 13 – Apoio à Renovação e Aumento do Desempenho Energético dos Edifícios de Serviços. Otimizar a Transição Digital e o RGPD nas Organizações foi o tema da sessão de 22 de março. O diretor do Centro Distrital da

Segurança Social de Santarém, Renato Bento foi o orador na sessão do dia 21 de março, sobre Oportunidades para as IPSS no Quadro da Transferência de Competências da Segurança Social. O Futuro do Desempenho e a Capacitação Profissional nas IPSS foi o tema da palestra de Paula Guimarães, da Aliança ODS, na sessão do dia 24 de março. A Liderança Inspiradora e Motivação de Equipas nas IPSS foi o tema da comunicação de Sérgio Fonseca, da NERSANT, no dia 29 de março. A encerrar o ciclo de debates, na passada quinta-feira, dia 31 de março, tiveram lugar as apresentações da Rede Incorpora Portugal e o Protocolo em vigor entre a NERSANT Seguros e a UDIPSS de Santarém.

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Fiscalidade Verde

Aquisição validada de veículos BI-Fuel A AT validou, através de Informação Vinculativa, o entendimento de que, ao abrigo da Fiscalidade Verde, é possível aos clientes sujeitos passivos de IVA que adquiram veículos BI-FUEL (gasolina/GPL) para o exercício da respetiva atividade e até € 37.500, deduzirem 50% do valor do I.V.A suportado com a aquisição. Este mesmo parecer, confirma também a dedução de combustível (GPL) na mesma proporcionalidade, ou seja 50%.

Ações de formação b-learning Formação Pedagógica Inicial de Formadores em agenda NERSANT A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém vai realizar em maio e junho ações de formação pedagógica inicial de formadores b-learning, em Santarém, Benavente e Torres Novas. Com uma duração de 90 horas, na modalidade b-Learning, ou seja, presencial e à distância, as ações terão lugar em: 

Local: Santarém, CIES / Startup Santarém Início : 26-05-2022 Local: Torres Novas, sede NERSANT Início : 06-06-2022 Local: Benavente, Núcleo NERSANT do Sorraia Início : 06-06-2022

Das ações constam sessões presenciais ao longo do curso, complementadas com a formação à distância, através de sessões assíncronas. O curso homologado pelo I.E.F.P. destina-se a candidatos que tenham

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preferencialmente qualificação de nível superior, sendo que não podem ter qualificações inferiores ao 9.º ano de escolaridade. Mais informação e pré – inscrição no portal NERSANT:

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https://www.nersant.pt/academia/ L i n k d e a c e s s o e m h t t p s : / / w w w. nersant.pt/academia/formacao-de-formadores/curso/formacao-pedagogica-inicial-de-formadores/170

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Start-ups inovadoras na Lezíria do Tejo e Alentejo Concurso de Aceleração para empresas com menos de 3 anos - VITAMINA Encontram-se abertas, até ao próximo dia 6 de maio de 2022, as candidaturas para o Programa de Aceleração para Empresas e Start-ups “VITAMINA”. Trata-se de uma iniciativa das Associações Empresariais NERSANT, NERE, NERBE e NERPOR, dinamizada no âmbito do projeto “BUSINESS +2.0”, co-financiado pelo programa Alentejo2020 e FEDER, cujo objetivo passa por estimular o lançamento de start-ups inovadoras na Lezíria do Tejo e Alentejo, e incentivar o investimento empresarial com a utilização de tecnologia e conhecimento. Este Concurso, destina-se a empresas com menos de 3 anos de existência e com sede num dos concelhos pertencentes à Região Alentejo (NUT III), na qual está incluída a Lezíria do Tejo, que estejam prontas para crescer.

À start-up com o melhor projeto, de cada Associação, será atribuído um PRÉMIO MONETÁRIO de 2.000 euros, e a start-up com o segundo m e l h o r p ro j e t o , s e r á c o n t e m p l a d a com um PRÉMIO DE 1.000 euros, para apoio ao desenvolvimento dos projetos com que se candidataram. Além

dos prémios monetários, todas as start-ups concorrentes, terão a oportunidade de participar em OFICINAS DE CRIATIVIDADE, cujo objetivo é capacitá-las de conhecimentos especializados para o amadurecimento do projeto de aceleração com que se candidatam. Aos 4 projetos mais pontuados por Associação, 16 no total, será dado apoio no desenvolvimento de PL ANOS INTEGRADOS DE COACHING E MENTORIA, visando potenciar o seu crescimento e escalabilidade, no desenvolvimento/reestruturação do Plano Estratégico e Plano de Negócios, e na preparação de uma apresentação a potenciais financiadores. As candidaturas decorrem online, através da submissão do formulário disponível em: https://businessdoispontozero.pt

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Centro histórico renovado, vivo e moderno Central do Caldeirão A obra, em fase de conclusão, permitirá devolver a centralidade ao edifício, salvaguardando as suas características arquitetónicas e recuperando a maquinaria existente. O espaço será dotado de uma área museológica (Centro de Interpretação) que revisita o funcionamento desta instalação e o edifício terá condições para acolher ações culturais e de dinamização social e económica, incluindo um restaurante, um espaço multiusos para espetáculos, áreas para comércio e serviços e todo o tratamento do jardim exterior com vista para a tarambola. O espaço, em estreita comunhão com o Almonda Parque, enquadra-se numa ampla renovação do centro histórico que tem sido promovida pelo Município de Torres Novas, recuperando e reabilitando alguns dos espaços mais emblemáticos da cidade, melhorando a sua fruição e aumentando a qualidade de vida dos munícipes.

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Central do Caldeirão e Áreas Exteriores Investimento: 1 796 647,17 euros (financiados a 85% no âmbito do PEDU)

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33.ª FERSANT – Feira Empresarial da Região de Santarém de 4 a 12 de junho em paralelo com a Feira Nacional de Agricultura em Santarém A FERSANT – Feira Empresarial da Região de Santarém vai realizar-se de 4 a 12 junho, em paralelo com a Feira do Ribatejo /Feira Nacional de Agricultura, no CNEMA em Santarém, numa organização da NERSANT. Mais do que um certame empresarial onde os agentes económicos do Ribatejo podem promover os seus produtos ou ser viços, a FERSANT assume-se como um centro privilegiado de contactos comerciais e uma

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oportunidade para a concretização de inúmeros encontros entre clientes e fornecedores, atuais e potenciais e até, eventuais agentes e distribuidores. A 33ª FERSANT vai ocupar uma área própria na Nave B do Centro Nacional de Exposições em Santarém, com organização, coordenação e acompanhamento NERSANT, onde as empresas presentes apresentam a atividade, divulgam produtos e serviços. Para a edição deste ano, as empre-

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sas participantes usufruem de Stand / Espaço físico na Nave B, participação na FERSANT Digital (https://compronoribatejo.pt) plataforma online NERSANT, e presença em Dossier sobre o evento na Revista RIBATEJO INVEST (junho) editada pela NERSANT. Mais informações, condições de participação e inscrição com o Departamento de Associativismo, Marketing e Eventos NERSANT (dame@nersant.pt ou 249839500).

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Feiras Digitais NERSANT 3ª Feira de Empreendedorismo, Emprego e Formação vai realizar-se em maio A NERSANT, continua muito ligada ao empreendedorismo regional, o qual é fundamental para a renovação do tecido empresarial. A criação de empresas é geradora de emprego e, muitas das vezes, a procura não é tão facilitada como poderíamos imaginar. A formação é fundamental para melhorarmos a produtividade das nossas empresas e aumentar os níveis de realização profissional e pessoal do individuo. Como forma de potenciar o conhecimento público destas temáticas e ambicionando contribuir de forma positiva para o desenvolvimento da nossa região e do país, voltamos a organizar a Fei-

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ra de Empreendedorismo, Emprego e Formação, de forma a dar visibilidade, proporcionando negócios, emprego e conhecimento. Os expositores dispõem de um espaço virtual próprio, onde apresentam os seus serviços e produtos. O acesso é livre e sem necessidade de registo no portal para facilitar a visita do público. Na edição deste ano disponibilizamos uma área de OFERTAS DE EMPREGO.  A área de OFERTAS DE EMPREGO estará disponível na página de abertura do evento com acesso às ofertas sem necessidade de qualquer registo.

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Quem estiver interessado na oferta publicada, acederá à oferta e responderá num breve formulário para a NERSANT, que posteriormente encaminhará à empresa que disponibilizou a oferta, para o respetivo seguimento ou recrutamento.

No âmbito da Feira de Empreendedorismo, Emprego e Formação que decorre durante todo o mês de Maio, a NERSANT irá ainda desenvolver um conjunto de iniciativas paralelas para dinamizar o empreendedorismo na nossa região.

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NERSANT realiza sessão informativa sobre o SIFIDE

Investimentos em investigação & desenvolvimento empresarial podem render poupança fiscal às empresas

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Sabe que as despesas da sua empresa com atividades de investigação & desenvolvimentos empresariais podem ser deduzidas na sua fatura fiscal? Esta e outras questões, como saber quem pode candidatar-se, quais as atividades de I&D abrangidas, quais são as despesas elegíveis, foram o tema da sessão informativa online sobre o SIFIDE - Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial.

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NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém promoveu dia 11 de abril, uma sessão online de apresentação do SIFIDE - Sistema de Incentivos Fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial. O programa da sessão teve início com a abertura a cargo de António Campos, Presidente da Comissão Executiva NERSANT, seguindo-se a apresentação do SIFIDE por Diamantino Lopes, Consultor Especialista em I&D CH Business Consulting. Houve ainda um espaço para perguntas e resposta, com a participação de Maria Fernanda Carmo, Diretora da Área de Negócios CH Business Consulting. PRINCIPAIS VANTAGENS DO SIFIDE PARA AS EMPRESAS Os especialistas da CH Business Consulting salientaram as principais vantagens que este sistema de incentivos apresenta para as empresas. Desde logo, destaca-se a Poupança fiscal resultante da dedução à coleta do IRC. Permite o Reforço da competitividade, dispondo de mais recursos para continuar a investir em I&D. Favorece a obtenção de um benefício sem custos acrescidos, uma vez que a apresentação da candidatura ao SIFIDE não obriga a Empresa a incorrer em investimentos adicionais. É um incentivo à Valorização das atividades de I&D, através da descrição técnica e científica das atividades com o apoio de consultores altamente especializados. Permite uma Maximização dos benefícios fiscais obtidos. E oferece ainda a possibilidade de incrementar os benefícios relacionados com outras candidaturas apresentadas no âmbito do Portugal 2020, nas componentes de investimento que não tenham sido objeto de incentivo. QUEM PODE CONCORRER AO SISTEMA DE INCENTIVOS Este incentivo fiscal consiste na dedu-

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ção à coleta do IRC de uma percentagem das despesas imputáveis às atividades de I&D realizadas no exercício económico. Podem concorrer a este apoio todos os sujeitos passivos de IRC que exerçam, a título principal, uma atividade de natureza agrícola, industrial, comercial e de serviços, desde que preencham cumulativamente duas condições: o lucro tributável não seja determinado por métodos indiretos; e não sejam devedores à Autoridade Tributária e à Segurança Social. O QUE É A ATIVIDADE DE INVESTIGAÇÃO & DESENVOLVIMENTO São consideradas despesas com I&D as Despesas de Investigação realizadas com vista à aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos; as Despesas de Desenvolvimento: as realizadas através da exploração de resultados de trabalhos de investigação ou de outros conhecimentos científicos ou técnicos com vista à descoberta ou melhoria substancial de matérias-primas, produtos, serviços ou processos de fabrico. Importa também esclarecer que é considerada uma atividade de Investigação e Desenvolvimento a criação de um novo Produto, Serviço ou Processo, ou a introdução de Melhorias técnicas nos mesmos em que é necessário a introdução de algum elemento considerado como novidade e a sua resolução depende de uma incerteza científica ou tecnológica. COMO SE CALCULA O INCENTIVO FISCAL Para calcular o incentivo fiscal é aplicada a Taxa base - 32,5% das despesas em I&D realizadas no ano de referência; e a Taxa incremental - 50% do aumento das despesas em relação à média dos 2 anos anteriores, até ao limite de 1,500.000€; Em termos práticos, este apoio pode significar a recuperação até 82,5% do investimento em I&D. Esta Taxa é acrescida em 20% para as despesas relativas à

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contratação de doutorados pelas empresas para atividades de investigação e desenvolvimento, passando, neste caso, o limite máximo a ser de € 1.800.000€; No caso dos sujeitos passivos de IRC que sejam PME e que, por não terem completado dois exercícios, não beneficiem da taxa incremental, aplica-se uma majoração de 15% à taxa base (47,5%). QUAIS AS DESPESAS ELEGÍVEIS São consideradas despesas elegíveis as Despesas com pessoal diretamente envolvido em tarefas de I&D (Se doutorado, é considerado a 120%); as Despesas de funcionamento (até 55% das despesas de pessoal); as Aquisições de ativos fi xos tangíveis; a Participação no capital de instituições de I&D; a Subscrição de Fundos de Investimento; o Custo com registo, aquisição e manutenção de patentes; as Despesas com auditorias à I&D; a Participação de quadros na gestão de instituições de I&D; a Contratação de atividades de I&D junto de entidades públicas ou reconhecidas para o efeito; as Despesas com ações de demonstração. As despesas que digam respeito a atividades de I&D associadas a projetos de conceção ecológica de produto são consideradas em 110%. PRAZOS DE CANDIDATURAS As empresas cujo período de tributação coincida com o ano civil deverão apresentar candidatura até ao final do mês de maio do ano seguinte. As empresas cujo período de tributação é diferente do ano civil, deverão submeter candidatura até ao último dia do quinto mês seguinte à data de termo do período de tributação a que respeitam as despesas de I&D A dedução fi scal é efetuada no ato da liquidação em relação ao exercício a que as despesas dizem respeito. O que significa que, a empresa poderá beneficiar dos incentivos fiscais na submissão do Modelo 22 referente ao exercício de 2021, mesmo antes de ser conhecida a decisão da Agência da Inovação (ANI). Caso o benefício fiscal que exceda o IRC a pagar no exercício, o crédito fiscal obtido através do SIFIDE pode ser utilizado até aos 8 exercícios futuros, em caso de insuficiência de coleta. As candidaturas ao SIFIDE processam-se através do preenchimento de um formulário eletrónico disponibilizado no site https:// sifide.ani.pt, após registo prévio. 

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O Presidente da Junta de Freguesia de Bacelo, Luis Pardal, a beneficiária Incorpora, Stela Brasileiro e a técnica Incorpora da Santa Casa da Misericórdia de Évora, Ana Rita Lavado. A Stella foi integrada com êxito na Junta de Freguesia de Bacelo após um trabalho de preparação e de capacitação para poder desenvolver as funções requeridas pela Junta de Freguesia. O acompanhamento e a colaboração entre a técnica Incorpora e o Presidente da Junta foram fundamentais para o êxito desta integração.

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m que consiste, o Programa Incorpora? Trata-se de um serviço de integração socio-laboral dirigido a pessoas desempregadas que estão numa situação de vulnerabilidade decorrente ou de uma limitação física ou intelectual ou de uma circunstância pessoal que as afastou do mercado de trabalho ou lhes impede a entrada no mercado de trabalho. Temos, pois, por um lado as pessoas, que são atendidas e acompanhadas por um dos técnicos ou técnicas da Equipa Incorpora – de uma entidade social

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localizada próximo da residência dessas pessoas – e, por outro as empresas, parceiras, que necessitam recrutar e contratar pessoas para os seus quadros. Trata-se, pois, de um serviço de intermediação laboral que faz a ponte entre as pessoas que procuram trabalho – para saírem da sua situação de exclusão – e as empresas, que necessitam integrar pessoas de acordo com suas necessidades de contratação. O papel da equipa técnica é, por um lado caracterizar e avaliar as competências das pessoas – profissionais e pessoais – e, por outro lado, identifi-

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car ofertas de trabalho nas empresas parceiras que se ajustem a esses perfis profissionais e pessoais. Mas a missão não se acaba com o estabelecer de ponte e fazer o ajuste entre a vontade de trabalhar de uns e a necessidade de contratar de outros. Vamos mais além, pois sabemos o difícil que é para as pessoas que se encontram numa situação de exclusão – muitas há muito tempo – de voltarem ou integrarem o mercado de trabalho. E também somos conscientes de que não é fácil para as empresas adaptarem as suas dinâmicas internas a pessoas

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Integração laboral

o êxito está no acompanhamento colaborativo O Programa Incorpora é um programa da Fundação “la Caixa”, em colaboração com o I.E.F.P., I.P. e o BPI, cuja missão é integrar pessoas com deficiência e em risco de exclusão social no mercado de trabalho. Criado em 2006 em Espanha, foi introduzido em Portugal em 2018 em colaboração, no início, com 33 entidades sociais de Lisboa, Setúbal, Coimbra e Porto, entre elas a CAIS. Hoje a Rede Incorpora Portugal já se estende a todo o território nacional e conta com a participação de 58 entidades e com uma equipa de 120 técnicos e técnicas.

que, devido à situação de vulnerabilidade e exclusão, requerem um grau de compreensão e de abertura muito elevados para que a integração se faça com êxito. Nesse sentido, para a Coordenação e as Equipas do Programa Incorpora cada pessoa é um caso singular, que requer uma atenção paciente, a criação de um itinerário profissional de acordo com as suas competências profissionais e pessoais, uma estratégia de capacitação que lhe permita ultrapassar algumas fragilidades e a escolha muito criteriosa da empresa onde poderá ser integrada.

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Mas só isto não é suficiente para assegurar uma integração com êxito. Para isso, é necessário que se estabeleça, entre a Equipa técnica Incorpora e a Equipa que vai acolher a pessoa em situação de vulnerabilidade na empresa, uma colaboração que tenha como objetivo acompanhar a par e passo a integração da pessoa. Não se trata apenas de uma adaptação ao trabalho em si, mas também de uma adaptação a novas regras, a novas responsabilidades, a novas dinâmicas, novos ambientes, novas exigências, novos desafios.

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E se as integrações em novos ambientes são sempre um grande desafio para todos – venham ou não de situações de exclusão e vulnerabilidade – a verdade é que para os públicos mais vulneráveis o êxito da sua integração numa empresa e, em consequência, na sociedade, depende desta colaboração ativa que se estabelece entre os técnicos, a pessoa e as equipas da empresa, pelo menos até se perfazer um ano após o início do contrato. Em 2021, o Programa Incorpora conseguiu assegurar 1759 integrações laborais em 744 empresas parceiras. 

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NERSANT promoveu sessão in formativa sobre

“Transição Digital: Desafios, Oportunidades e Mecanismos de Apoio para ajudar a preparar as Empresas”

“Transição Digital: Desafios, oportunidades e mecanismos de apoio para ajudar a preparar as empresas” foi o tema da sessão informativa online que a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém realizou no dia 26 de abril, para despertar e estimular o interesse das empresas para este desafio que se afigura dos mais decisivos para as empresas.

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NERSANT elegeu o tema da transição digital das empresas como prioridade da sua ação, e está empenhada em apoiar as PMEs para aproveitar ao máximo a digitalização, aproveitando esta esta oportunidade para melhorar os níveis de produtividade, potenciando a inovação e reduzindo os custos dos processos das empresas. A sessão iniciou-se com uma apresentação pela NERSANT do projeto “Futu-

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rE.com - Exploiting digitalization to increase B2B e-commerce”, que tem como objetivos melhorar a eficácia e o impacto dos instrumentos de política utilizados, nos 10 parceiros de 8 países europeus, sendo Portugal representado pela NERSANT. FERRAMENTAS E DICAS PARA A TRANSIÇÃO DIGITAL Numa segunda parte da sessão, foram apresentadas algumas ferramentas e dicas para as empresas

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iniciarem ou prosseguirem a transição digital. Hugo Oliveira, do Departamento de Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica, salientou a importância crucial que a transição digital assume para as empresas. “Para quem ainda não está no mundo digital a melhor altura para iniciar a transição é agora mesmo, e para as que já iniciaram a digitalização é importante que prossigam o processo, porque não basta estar, é preciso aprofundar a presença, e para isso existem inúmeras ferramentas, tendencialmente gratuitas, que permitem melhorar a interatividade através do e-mail, da otimização do SEO dos site, do comércio eletrónico ou das redes sociais”, afirma o técnico. Hugo Oliveira deixou o exemplo da NERSANT que implementou um conjunto de ferramentas que permitem otimizar processos e gerir melhor os recursos internos, libertando recursos e tempo para a realização de outras tarefas no dia a dia da organização. Numa terceira parte da sessão foi ainda feita uma apresentação dos Apoios para a Transição Digital às empresas. NERSANT PARTICIPA EM CONSÓRCIO INTERNACIONAL FUTURE.COM PARA FOMENTAR TRANSIÇÃO DIGITAL DAS EMPRESAS Nesta sessão foram apresentados por João Salvador, do Departamento de Apoio Técnico, Inovação e Competitividade da NERSANT, os resultados do projeto Future E.Com - Exploiting digitalization to increase B2B e-commerce, que pretende estimular a exploração da digitalização, por parte das PME, e melhorar a sua competitividade no futuro, contribuindo para o seu crescimento. O projeto ser ve, por outro lado, para fornecer aos decisores políticos o conhecimento e a compreensão das potencialidades da digitalização. Tem igualmente o objetivo de alertar para os desafios e as barreiras que as PME terão de enfrentar, em termos de preparação dos seus processos, para aproveitar e enfrentar a digitalização da economia global. O projeto Future E.Com é desenvol-

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vido por um consórcio de 10 parceiros, entre os quais se contam centros de negócios, câmaras de comércio, agências de desenvolvimento económico, centros de inovação, uma universidade e uma associação empresarial, de oito países europeus – Alemanha, Dinamarca, Finlândia, Grécia, Itália, Lituânia, Reino Unido e Portugal, que está representado pela NERSANT. O projeto pretende explorar a digitalização da economia, com vista a contribuir para aumentar o comércio eletrónico B2B e melhorar a implementação de políticas e programas de desenvolvimento regional, assim como de programas específicos de Investimento para Crescimento e Emprego, que induzam a introdução de princípios de inovação no tecido empresarial, apoiando-as no seu crescimento. As principais áreas abrangidas são a inovação e desenvolvimento de novos produtos, e-procurement, produção inteligente / indústria 4.0, vendas e marketing on-line, mercado digital b2b, e as moedas digitais. O projeto deverá produzir 8 Relatórios de Diagnóstico Regional, nos quais serão identificadas as potencialidades da digitalização e os Desafios e barreiras que as PME terão de enfrentar, para aproveitar e enfrentar a digitalização da economia global, nas 8 regiões parceiras. Serão produzidos manuais de Boas Práticas, com 14 bons exemplos de apoios existentes para ajudar as PME, a enfrentar os desafios e a digitalização da economia global e que contribuem para o desenvolvimento da região Centro; Serão também produzidas 12 Sugestões/Recomendações direcionadas às autoridades públicas e aos responsáveis políticos relevantes, de forma a poder influenciar os 8 Instrumentos de Política Regional visados. Serão ainda elaborados 8 Planos de Ação Regionais - “Action Plan”, sob a forma de conjunto de medidas estratégicas para as 8 regiões da parceria. O Plano de Ação desenvolvido pela NERSANT no âmbito do projeto “Futu-

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rE.com - Exploiting digitisation to increase B2B e-commerce”, foi composto por duas atividades, consistindo a primeira na análise e promoção do fortalecimento da oferta formativa com o intuito de preparar as PMEs para a temática da digitalização e da Indústria 4.0, e a segunda atividade abrange a promoção da aceleração digital na Região Centro. No âmbito da primeira atividade, a NERSANT conduziu um inquérito junto de diversas empresas e instituições da rede de networking da NERSANT, tendo sido obtidas 146 respostas. EMPRESAS VALORIZAM FORMAÇÃO PRESENCIAL Apesar da evolução digital ocorrida nos últimos tempos, as entidades continuam a valorizar a formação presencial (em sala) e a formação em contexto prático no trabalho, apesar de terem ocorrido alguns avanços nas modalidades de formação à distância (participação em webinars e ações de formação online). No que respeita às metodologias de qualificação dos RH que as empresas consideram mais adequadas, estas maioritariamente continuam a preferir os programas personalizados e à medida das necessidades da empresa/ instituição. EMPRESAS VALORIZAM FERRAMENTAS DIGITAIS DE E-COMMERCE E CIBERSEGURANÇA Dentro das diversas temáticas ligadas à transição digital, as que as empresas consideraram mais importantes são as Ferramentas digitais de E-Commerce, a Cibersegurança. As empresas sinalizaram como principais barreiras e/ou dificuldades que enfrentam (ou enfrentaram) na transformação digital as Lacunas de conhecimentos e competências; a Escassez de talento humano; a Falta de cultura digital e suporte da liderança e/ou gestão de topo; e as Insuficientes fontes de financiamento. A grande maioria das empresas afirma que já possui contas de e-mail personalizadas para a empresa. Grande

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parte das empresas já possui página internet para presença institucional (algumas já com catálogo de produtos/serviços ou mesmo com loja online). As principais temáticas em que as empresas consideram ser relevante obter apoio de entidades acreditadas para o efeito são a Criação e gestão de redes sociais; o Planeamento e implementação de campanhas de Marketing Digital; e a Automatização de processos administrativos. No âmbito da atividade 2 - “Promover a aceleração digital na Região Centro”, uma vez que já existia na Região um “Digital Innovation Hub”, a NERSANT assinou um protocolo de colaboração com o PTCentroDIH, para a dinamização de uma “rede informal de aceleração digital”. TODOS OS NEGÓCIOS SÃO DIGITAIS A sessão informativa online incluiu ainda uma apresentação dos Apoios para a Transição Digital, no âmbito do PRR. Pedro Félix, Vice-Presidente da Comissão Executiva da NERSANT, salientou a importância de existir uma “ambição digital coletiva”, considerando que “todos os negócios podem ser digitais”. Na verdade, “há sempre formas de introduzir a transição digital nas empresas, seja ao nível da organização interna, da presença no mercado ou do marketing, para dar alguns exemplos, e hoje em dia todos os negócios têm de ser multicanal, sendo o mundo digital complementar do físico”. A importância da aceleração digital é bem evidenciada nos números que revelam que em 2020 18% da população de Portugal ainda era infoexcluída, enquanto na Europa essa percentagem era de apenas 9%. Ainda assim, os dados mostram que houve uma evolução positiva, uma vez que em 2019 22% da população era infoexcluída (10% da Europa). Quanto às empresas, os números demonstram que houve uma evolução, passando de 40% das empresas com presença na internet em 2019

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para 60% em 2020. Os dados mostram que 25% das empresas integram loja física na loja online, e 27% tem estratégia digital bem definida para a transformação digital. HÁ 650 MILHÕES DE EUROS EM APOIOS PARA A TRANSIÇÃO DIGITAL DAS EMPRESAS O PRR assenta a aposta na transformação digital do país em três pilares. São alocados 650 milhões de euros à transição digital das empresas. Em primeiro lugar, apoia a capacitação e inclusão digital das pessoas. Em segundo lugar, investe na transformação digital do tecido empresarial. O terceiro pilar é a digitalização do Estado. No primeiro pilar, de salientar os programas Emprego Mais Digital e a Academia Portugal Mais Digital. No que respeita aos apoios à Transformação Digital do Tecido Empresarial, destacam-se os programas Bairros Digitais e Aceleradoras de Comércio; Empresas + Digitais Aceleração da Transição Digital; e Empreendedorismo (Startup Hub Vouchers Startups & Incubadoras. A área das Empresas 4.0 na estrutura do PRR atribui 100 milhões de euros à capacitação digital das Empresas. Desta área, a Academia Portugal Digital é uma plataforma para desenvolvimento de competências digitais em larga escala para os trabalhadores das empresas (800 mil formandos e 30 mil empresas). Por seu lado, o Emprego + Digital 2025 aposta na capacitação em tecnologias digitais para responder aos desafios e oportunidades dos vários setores económicos (200 mil participantes previstos). Destacam-se os apoios ao comércio digital. A Digitalização do Comércio através dos Bairros Comerciais Digitais vai criar áreas comerciais digitais para fomentar a atividade das empresas. Por seu lado, são ser criadas Aceleradoras da Digitalização do Comércio para apoiar a transição digital dee micro e PME comerciais. É também apoiada a Internacionalização via e-commerce, com serviços de suporte à internacionalização das PME através de canais digitais.

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HAVERÁ ACELERADORAS DIGITAIS NA LEZÍRIA DO TEJO E NO MÉDIO TEJO Será constituída uma aceleradora em casa NUT III, estando previstas uma na Lezíria do Tejo e outra no Médio Tejo, que serão equipadas com recursos materiais e humanos para trabalho de proximidade. Cada estrutura deverá realizar contatos e uma avaliação da maturidade digital das empresas do seu território, com recurso a uma ferramenta de diagnóstico. Será elaborado um catálogo de serviços para a digitalização. As empresas poderão aceder a estes serviços financiados numa base de necessidade, após avaliação da aceleradora. No total deverão ser intervencionadas 30 mil empresas. Na área do Empreendedorismo, serão atribuídos Vouchers Green & Digital para Startups, no desenvolvimento de produtos e serviços digitais e verdes. Será apoiado o reforço da estrutura nacional de empreendedorismo. Haverá Vales Incubadoras/ Aceleradoras para investir no seu desenvolvimento. Na área da Transição Digital e inovação das Empresas serão atribuidos apoios no valor de 250 milhões de euros. Está previsto o investimenro na Rede Nacional de Test Beds, infraestruturas para apoiar o desenvolvimento e teste de novos produtos e serviços digitais. Nna área dos Digital Innovation Hubs, está previsto o financiamento dos 17 pólos de inovação digital que integram a rede nacional de DIH. Para a aceleração da transição digital, serão atribuídos vales para apoiar a integração de tecnologias digitais nas PME, nomeadamente na Desmaterialização da Faturação e Selos de Certificação. Serão concedidos apoios diretos às empresas, através de um catálogo online onde as empresas beneficiárias podem concorrer ao apoio e consultar os pacotes de serviços elegíveis, bem como os respetivos prestadores de serviços acreditados à prestação do serviço. Serão atribuídos vouchers para start-ups, vales para incubadoras/ aceleradoras, e apoios ao comércio digital e ao Coaching 4.0. 

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VIVER O TEJO

Domingos e Edgar Catering

Alimentação de qualidade e os sabores regionais são prato forte

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DE Catering organiza festas de casamento, batizados, aniversários e outras eventos com Catering próprio e com uma quinta ideal para qualquer tipo de evento social na região de Coruche, Abrantes e Santarém. A empresa de Catering dedica-se à arte da boa cozinha, que pode degustar numa das três quintas que dispõe para eventos ou pode levar a alimentação ao local do evento em qualquer ponto do país, de preferência na região de Santarém. A empresa Domingos e Edgar Catering Lda. foi fundada a 6 de fevereiro de 2019, pelos sócios Domingos Matilde e Edgar Morais. A pandemia foi um rude golpe na

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vida da empresa recém-criada, mas os dois sócios têm conseguido encontrar alternativas para enfrentar as dificuldades e ambicionam novos projetos para desenvolverem a empresa. “A alimentação de qualidade e os sabores regionais e nacionais são o nosso domínio forte e há muito que me dedico a esta área da hotelaria e sempre sonhei criar uma empresa para concretizar as minhas ideias, mas a oportunidade apenas surgiu em 2019 quando Edgar Morais aceitou ser sócio na criação da empresa”, recorda Domingos Matilde. “Desde então têm sido as dificuldades que todos conhecemos, primeiro a

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Covid-19 a afetar gravemente os negócios da restauração e hotelaria e agora o brutal aumento dos preços provocado pela guerra na Ucrânia”, afirma Domingos Matilde. Ainda assim, a DE Catering avançou em janeiro de 2020 com uma parceria com

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a Quinta do Nateiro, no Cais do Rio, um espaço deslumbrante em Alvega, concelho de Abrantes, onde realizam festas de casamento, de batizado, de aniversário, festas de empresas e outros eventos. Além desta quinta em Alvega, a empresa iniciou parcerias também com a Quinta do Gandaio, em Casais da Aroeira, Santarém, e com a Quinta do vale, em Coruche, onde realiza igualmente todo o género de festas e eventos. “O problema é que logo em março de 2020 abateu-se sobre nós a crise pandémica e depois estivemos quase parados durante estes dois anos, por exemplo em 2021 apenas fizemos uma festa de casamento”, lamenta Domingos Matilde. BANCA NO MERCADO MUNICIPAL DE CORUCHE AOS SÁBADOS Mas Domingos e Edgar não são pessoas

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de baixar os braços perante as dificuldades. Em janeiro de 2021, começaram a vender os produtos alimentares que confeccionam, tais como todos os géneros de salgadinhos, bolos, etc. - aos sábados de manhã no Mercado Municipal de Coruche. “Além da venda direta, as pessoas fazem as encomendas e podem vir aqui levantar os produtos ao sábado”, afirma Edgar Morais, que encontrou assim uma forma de gerar algum rendimento para ajudar às despesas da empresa enquanto aguardam pela retoma do setor. SERVIÇO CHAVE NA MÃO PARA CASAMENTOS A DE Catering oferece um serviço chave na mão para festas de casamento. “Organizamos tudo, desde a remodelação e decoração do espaço para o evento de acordo com o gosto do cliente, à requi-

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sição dos bens e serviços, da comida ao pessoal para servir, até ao vestido da noiva e à viatura nupcial, etc.”, salienta Domingos Matilde. A empresa marca presença no evento gastronómico sabores do toiro Bravo, que se realiza em Coruche. “É uma forma de apresentarmos os nossos produtos e também permite encaixar alguma receita”, afi rma Edgar. “Temos vários pratos à base de carne de toiro bravo e apresentamos uma inovação nossa que são as cabeças de toiro, uns salgadinhos com a forma de uma cabeça de toiro, além da tradicional Sopa de Corno, empadas, toiro bravo guisado com couves, e os tradicionais grelhados”, acrescenta Domingos. Os sócios da DE Catering apostam na inovação para se diferenciarem da concorrência. Domingos aponta como

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exemplo o casamento realizado em outubro do ano passado em que o prato principal foi uma cataplana de peixe, o que deixou os convidados deslumbrados com a qualidade do prato e a frescura do peixe confecionado ali na hora para centenas de convidados. “Fazemos os menus à medida do gosto dos clientes”, salienta Edgar. Antes da pandemia, a empresa chegou a dar trabalho a mais de 50 pessoas espalhadas por todo o país, todos numa base de prestação de serviços. “A DE Catering já formou mais de 200 pessoas para assegurar o serviço nesta área, mas a concorrência tenha aliciado grande parte dessas pessoas que nós formámos nos nossos workshops”, afirma Domingos Matilde, lamentando deparar-se com alguma falta de pessoal apesar de todo o esforço de formação que realizou. “A atividade reduziu muito, mas já

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começa a retomar, e este fim de semana, por exemplo, já vamos ter 20 pessoas a trabalhar connosco, para servir a festa da Queima das Fitas dos alunos do Instituto Politécnico em Santarém e temos também muitas encomendas para o Dia da Mãe”, afirma. Depois da pandemia, novos problemas surgem agora com a guerra na Ucrânia a fazer disparar os preços. “Os produtos aumentaram no mínimo para o dobro”, lamenta Domingos Matilde. INVESTIMENTO TRAVADO PELO BANCO LEVA A QUEIXA AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA Desenvolver a empresa tem sido um objetivo dos dois sócios, mas os obstáculos têm dificultado essa meta. “Apresentámos um projeto de investimento de 100 mil euros para aquisição de equipamentos e veículos de frio para a atividade

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de catering, mas o banco exigiu-nos 48 mil euros de fundo de maneio; ora, se nós tivéssemos esse dinheiro não precisávamos do empréstimo do banco para nada, como é óbvio”, afirma domingos Matilde, que fez chegar o seu protesto pela forma como a banca maltrata as empresas numa carta que fez chegar ao Presidente da República, ao primeiro ministro e à Assembleia da República. PRONTO-A-COMER EM CORUCHE VAI AVANÇAR Neste momento, a DE Catering está empenhada em abrir um pronto-a-comer em Coruche, mas problemas entre o senhorio e o arrendatário do espaço estão a atrasar a abertura da loja. A par deste projeto, a empresa acaba de lançar um novo site e projeta abrir uma loja online. 

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Startups Santarém e Ourém recebem 6 novos projetos de empreendedores estrangeiros no âmbito do Startup Visa A NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém contratualizou no último mês a instalação de seis novos projetos promovidos por empreendedores estrangeiros, no âmbito do StartUP Visa. Estes empreendedores vão incubar os seus projetos empresariais na Star-

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tup Santarém e na Startup Ourém, com vista a desenvolver a sua ideia de negócio e criar as suas empresas em Portugal. Estes projetos desenvolvem-se em áreas como a mecatrónica, o turismo, os conteúdos multimédia, o desenvolvimento de Células Solares de Filme Fino e Estores de Painéis Solares, a fabricação de próteses dentárias e a engenharia sustentável. Com estes 6 novos projetos são já 11 os projetos que se encontram incubados nas Startup geridas pela NERSANT, oriundos de diferentes geografias como por exemplo a Índia, o Brasil e o Irão, contribuindo para a Missão de atração de investimento estrangeiro para a Região.

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A NERSANT encontra-se ainda a negociar com mais 4 projetos para incubação e instalação na Região. A primeira empresa decorrente dos projetos incubados está neste momento em processo de constituição. Trata-se de uma empresa inovadora que utiliza a ciência e as tecnologias de informação para desenvolver produtos inovadores ligados à saúde e bem-estar e que será apresentada em breve publicamente. O StartUP Visa é um programa de acolhimento de empreendedores estrangeiros que pretendam desenvolver um projeto de empreendedorismo e/ou inovação em Portugal, gerido pelo IAPMEI.

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Sociedade Panificadora Costa & Ferreira distinguida como PME Líder 2021 A Sociedade Panifi cadora Costa & Ferreira foi, mais um ano, distinguida pelo IAPMEI - Agência para a Competitividade e Inovação, como PME Líder 2021. Esta renovação de distinção refletiu-se pela qualidade do nosso desempenho e perfil de risco. “É com grande orgulho que somos novamente reconhecidos pelo nosso sucesso e contributo para a economia nacional”, relatou a empresa.

ENTOGREEN comemora 8.º aniversário e marca presença na Futurália No mês de comemoração do 8º aniversário e com os olhos postos na evolução, a Entrogreen marcou presença na Futurália. No âmbito da parceria de ensino e investigação

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científica com a Egas Moniz Cooperativa de Ensino Superior, a Entogreen participou na edição 2022 da Futurália - Salão de Oferta Educativa, Formação e Empregabilidade.

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EMPREENDEDORISMO&INOVAÇÃO

Endesa ganha concurso da central do Pego com projeto de 600 ME e promete “reciclagem profissional” no local A Endesa, que venceu o concurso para o ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego, em Abrantes, apresentou um projeto avaliado em 600 milhões de euros e promete a “reciclagem profissional” de mais de 2.000 pessoas. Num comunicado, a elétrica adiantou que “através da sua filial Endesa Generación Portugal, venceu hoje o concurso de transição justa do Pego, em Portugal, com um projeto que combina a hibridização de fontes renováveis e o seu armazenamento naquela que será a maior bateria da Europa, com iniciativas de desenvolvimento social e económico”. Na mesma nota, a Endesa detalhou que “recebeu um direito de ligação à Rede Elétrica de Serviço Público (RESP) de 224 MVA [MegavoltAmpere] para instalar 365 MWp [megawatts-pico] de energia solar, 264 MW de energia eólica com armazenamento integrado de 168,6 MW e um eletrolisador de 500 kW [quilowatts] para a produção de hidrogénio verde”. De acordo com a Endesa, “a hibridização destas tecnologias permitirá otimizar a produção e obter um elevado fator de carga, colocando Portugal na vanguarda da Europa relativamente ao desenvolvimento e utilização destas energias”. O grupo destacou que “além do desenvolvimento de fontes de energias renováveis”, apresentou “um plano no qual envolveu todos os agentes locais”, ou seja, “partindo do estudo e da análise das suas necessidades elaborou um plano específico para o crescimento económico e social da região que inclui a criação de 75 postos de trabalho, 12.000 horas de formação e o apoio às PME para que integrem os seus projetos na região, criando novas oportunidades de crescimento e riqueza para a Região de Abrantes”. A Endesa detalhou que o seu projeto “representa um investimento total de 600 milhões de euros, não estando sujeito a ajuda externa por se tratar de uma iniciativa economicamente

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sustentável”, sendo que se destina “à construção de nova capacidade solar (365 MWp) e eólica (264 MW) num regime de hibridização apoiado por um sistema de armazenamento com baterias com uma capacidade total de 168,6 MW”. De acordo com a Endesa, “este sistema de baterias visa aproveitar ao máximo a produção renovável através da injeção da energia armazenada na RESP de forma dinâmica e otimizada, reduzindo as perdas de energia e otimizando a sua utilização”, sendo que “será instalado um eletrolisador de 500 kW que entra em funcionamento em simultâneo para aproveitar os excedentes que não podem ser geridos pelo sistema de armazenamento”. O grupo garantiu que este é um modelo “inovador, possível graças à avançada legislação portuguesa em matéria de hibridização e armazenamento de energia elétrica” e que “vai permitir a obtenção de quase 6.000 horas de produção, superior ao funcionamento de qualquer central térmica convencional”. A empresa referiu ainda que o seu projeto “foi concebido desde o início como uma colaboração com a região de Abrantes e com os trabalhadores envolvidos no encerramento da central a carvão do Pego, pelo que a proposta apresentada inclui um projeto de formação e de desenvolvimento social e económico”. Assim, o grupo “elaborou um plano de formação de mais de 12.000 horas, que permitirá a reciclagem profissional de mais de 2.000 pessoas, abrindo também a possibilidade de futuros empregos para os desempregados da região”, acrescentando que “esta formação é essencial na abordagem aos novos projetos de energias renováveis da Endesa no Pego, pois será necessária mão-de-obra qualificada”. O grupo compromete-se a “criar 75 postos de trabalho diretos permanentes, recorrendo prioritariamente a mão-de-obra

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de antigos trabalhadores da central do Pego”, de acordo com o mesmo comunicado. “Com esta adjudicação, a Endesa reforça o seu compromisso com Portugal, com a Transição Justa e, fundamentalmente, com as comunidades com as quais trabalhamos há 3 décadas na Região de Abrantes e com as quais vamos agora construir o futuro para as próximas três ou mais décadas”, explicou Nuno Ribeiro da Silva, diretor-geral da Endesa em Portugal, na mesma nota.O júri do concurso para o ponto de ligação à rede elétrica da central do Pego, em Abrantes, escolheu a proposta da Endesa e irá agora remeter à DGEG a sua decisão, de acordo com um relatório hoje publicado.

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“O júri, encerrada a fase de avaliação, propõe ao órgão competente para a atribuição de reserva de capacidade de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público a adjudicação do objeto do presente procedimento concorrencial à Endesa – Endesa Generación Portugal, S.A., concorrente classificado em primeiro lugar”, lê-se no documento. Assim, “o júri considera ser de remeter ao diretor-geral da DGEG [Direção-Geral de Energia e Geologia] a presente proposta de adjudicação e os documentos respeitantes à proposta do concorrente, na medida em que esta o vincula perante a entidade adjudicante, bem como todo o processo administrativo do presente procedimento”.

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apoiou investimento de 4.000 empresas O programa Centro 2020 já proporcionou apoio ao investimento a cerca de 4.000 empresas, o que permite criar 9.421 empregos, segundo o relatório anual de execução de 2021.

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ste relatório foi apresentado e analisado pelo Comité de Acompanhamento, que esteve reunido no 28 de abril, no Convento de Cristo, em Tomar, no distrito de Santarém. O relatório anual de execução de 2021 “permitiu efetuar um balanço do Centro 2020 muito focado nos resultados alcançados”, designadamente no apoio ao investimento em 3.999 empresas, informou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC). Em comunicado, a CCDRC, presidida por Isabel Damasceno, adianta que tais financiamentos “permitem criar 9.421 postos de trabalho”, além do “apoio à colocação de 199 pessoas altamente qualifi cadas em ambiente empresarial, apoio a 254 equipamentos escolares e a 87 equipamentos de saúde e apoio a 6.156 estudantes” dos cursos técnicos superiores profissionais (TeSP). “Foram destacados alguns dos problemas (…) sentidos no programa em 2021: restrições na execução das empreitadas e em outros procedimentos de concurso, prolongando prazos e fazendo subir os preços-base, quebra nas cadeias de distribuição a nível global, levando a falta de matérias primas e produtos para incorporação na indústria, suspensão de projetos empresariais tendo em conta a incerteza sobre o futuro dos respetivos negócios (exemplo do setor do turismo), impossibilidade devido à pandemia de cumprir os programas de ação dos projetos imateriais, bem como projetos em rede e de

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capacitação institucional”, refere. Citada na nota, Isabel Damasceno afirma que a reunião do Comité de Acompanhamento do Centro 2020, programa financeiro em vigor desde 2015, “decorreu da melhor forma, tendo-se verificado um excelente nível de debate e participação”. “Apesar das dificuldades sentidas, 2021 foi o melhor ano de execução do programa, com um incremento de 20,3 pontos percentuais, ou seja, com 437 milhões de fundos aplicados. Destacámos a importância de acelerar a execução do Centro 2020, tendo como meta ultrapassar os 82% de execução no final de 2022”, salienta. Esta pretensão, segundo a presidente da CCDRC, “implica o empenho de todos, tendo a região o desafio de garantir a plena absorção dos fundos europeus disponíveis”. “Numa fase em que temos pela frente o encerramento do Centro 2020, [importa] garantir um forte impulso no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o arranque do Portugal 2030”, defende. Na reunião, em Tomar, participaram representantes da Comissão Europeia, Agência para o Desenvolvimento e Coesão, organismos intermédios dos sistemas de incentivos, comunidades intermunicipais (CIM), grupos de ação local (GAL), Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbanas (IFRRU), Banco de Fomento e vários parceiros regionais, como associações empresariais, sindicatos, municípios, universidades e institutos politécnicos. 

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Alfrigo celebra º

18. aniversário com aumento de negócios na área das energias renováveis e climatização A Alfrigo está a celebrar 18 anos de atividade no setor da instalação e comercialização de equipamentos de hotelaria, lavandarias, climatização, painéis solares e bombas de calor.

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festa de aniversário vai realizar-se no dia 6 de junho, com um evento de showcooking e festa para clientes e convidados. Sediada na cidade de Almeirim, a empresa iniciou a atividade em 2004, com cinco sócios iniciais. Passados 3 anos, três dos sócios saíram da sociedade, permanecendo atualmente na empresa António Pedro e a esposa Maria do Céu Pedro, a que se juntam os dois filhos Sérgio Pedro e Tiago Pedro Costa e a esposa Cristiana Costa. Passados 3 anos de existência, com forte crescimento, em 2007, a Alfrigo já contava com uma equipa de 10 colaboradores. Em 2009, a empresa operava de norte a sul do país, contando com mais de 1000 clientes. Um marco na história da empresa foi a aquisição em 2009 das máquinas de serralharia mecânica que permitem à empresa fabricar os equipamentos. Seguiu-se outro momento importante que foi a inauguração em 2012 das novas instalações que atualmente ocupa na zona industrial de Almeirim. Passados 9 anos, em 2018, a empresa conseguiu duplicar o número de clien-

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tes, contando 2000 clientes. O ano de 2018 marcou também o início da internacionalização da empresa, com a participação no Encontro internacional de negócios - Nersant Business Internacional Meeting 2018, seguindo-se a participação em missões empresariais a Marrocos e Cabo Verde em 2019. Apesar da experiência internacional em 2019, a Alfrigo continua a centrar a atividade no território nacional. “Ainda há muito mercado por explorar em Portugal, e o nosso modelo de negócio obriga a arranjar parceiros nos países onde nos pretendemos instalar, para fazermos montagens nesse país, e os requisitos de qualidade na assistência técnica obrigam a ter uma presença nesse país”, afirma Sérgio Pedro, salientando que “a nossa equipa encontra-se preparada e atenta para responder a quaisquer exigências dos nossos clientes desde o primeiro contacto até ao serviço de pós-venda”. Ainda em 2019, a empresa lançou o seu no site na internet e fez o primeiro rebranding, com a mudança de imagem. Com vasta experiência no ramo de Hotelaria e Refrigeração, a empresa

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presta serviços de fornecimento e montagem de Lavandarias industriais e de Self-Service, Ar condicionado, Painéis Solares Térmicos e Fotovoltaicos e Bombas de Calor. A atividade na área dos painéis solares fotovoltaicos beneficiou de um forte impulso com a entrada na empresa de Cristiana Costa, com Doutoramento em Química e especialização em fotovoltaicos, qualificação que muito valoriza a capacidade técnica e know-how da empresa. Este ano, o aumento dos preços da energia fez disparar o interesse nas energias renováveis, com um grande aumento do número de clientes que estão a investir em painéis solares fotovoltaicos como forma de reduzir a fatura energética nas suas casas e empresas, afirma Sérgio Pedro. “Os apoios do Fundo Ambiental vieram dar um grande incentivo para a compra destes equipamentos de ar condicionado, bombas de calor, painéis fotovoltaicos, e a Alfrigo tem registado um grande aumento do número de clientes, ajudando também a preencher os formulários para a candidatura ao Fundo Ambiental”, acrescenta Cristia-

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na Costa. A pandemia fez também aumentar a procura de ar condicionado. “Com as pessoas a permanecerem mais tempo em suas casas houve uma maior preocupação com o conforto. Já a área da hotelaria sofreu um enorme declínio com a pandemia a paralisar a aticidade dos clientes deste setor”, afirma António Pedro. “Valeu-nos o aumento dos negócios nas áreas da climatização e energias renováveis, que permitiram compensar a quebra sofrida no setor da hotelaria”, afirma Sérgio Pedro. “A crise de 2009 foi mais complicada, porque tivemos várias empresas de construção que foram à falência e não nos pagaram as contas”, afirma. “Desta vez, tivemos as ajudas do Estado e as moratórias que ajudaram muito as empresas, evitando que muitas fossem à falência”, adianta António Pedro. A transição digital é um desafio que a Alfrigo abraçou, beneficiando já de resultados em termos de economia de trabalho e de tempo. “Usamos uma aplicação informática que permitiu digitalizar todo o processo, desde a leitura de

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códigos de barras dos produtos, à criação da ordem de serviço , sincronização com o backoffice de administração”, afirma Tiago Costa. Com este software que permite articular a assistência técnica e a contabilidade e faturação, poupam-se muitas horas de trabalho, e acabou-se com os atrasos da faturação e, por consequência, encurta os prazos de recebimentos, salienta Maria do Céu Pedro. A Alfrigo tem a expetativa de crescimento dos negócios nos próximos anos, o que levou já à contratação de mais 3 pessoas. “As áreas das energias alternativas e da climatização têm potencial de crescimento nos próximos anos”, declara Sérgio Pedro. Tiago Costa salienta a importância da formação para a melhoria da empresa. “Estamos a participar no programa Move PME, com a NERSANT. Neste momento a aposta é na transição digital, de forma a otimizar processos e escalar capacidade produtiva, para depois passarmos ao investimento em marketing para aumentar a carteira de clientes, adianta Tiago Costa. 

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AQUANENA recebeu visita da Embaixada da Dinamarca A AQUANENA recebeu no dia 22 de março, Dia Mundial da Água, a visita de uma comitiva da Embaixada da Dinamarca que veio conhecer o processo de tratamento de efluentes na ETAR de Alcanena e, em especial, os projetos da empresa para o tratamento de efluente com sulfuretos. A comitiva foi liderada por Laura Bailón, especialista em águas residuais e otimização energética. A especialista, que se encontra na Embaixada da Dinamarca em Madrid, está atualmente a trabalhar em conjunto com vários colegas provenientes de entidades gestoras de água dinamarquesas e tem percorrido Portugal a conhecer a atividade das entidades gestoras portuguesas, de forma a promover a troca de experiências e o desenvolvimento de soluções para o setor da água. A comitiva foi recebida pelo Conselho de Administração da AQUANENA e pelo Diretor de Exploração e, após uma reunião de trabalho na sede da empresa, deslocou-se à ETAR para conhecer o processo de tratamento implementado e também os projetos em curso no âmbito dos investimentos prioritários previstos no Plano Estratégico.

Medway volta a reforçar frota em Espanha com incorporação de novas locomotivas elétricas A Medway reforçou a atividade no mercado espanhol, com a incorporação de mais cinco locomotivas na sua frota, que se juntam às 11 que já se encontram a operar no país, foi hoje anunciado. Num comunicado hoje divulgado, a Medway afirma que “esta aposta incide no aluguer de novas locomotivas elétricas do modelo Stadler Euro6000, com bitola europeia” e precisa que “a primeira destas cinco locomotivas entrou em circulação em abril e as restantes irão começar a circular entre os meses de maio e setembro”. A Mebway recorda ainda que “em 2020 a empresa reforçou a aposta no país com o lançamento de vários servi-

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ços transfronteiriços, como a extensão do MEDIBÉRIA, com ligação direta a Barcelona, com meios próprios, e com o serviço no eixo Madrid/Córdoba/Valência, também com meios próprios”. “O aluguer destas novas locomotivas

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elétricas responde ainda à estratégia de sustentabilidade da Medway para atingir a neutralidade carbónica na sua atividade, como benefícios para o planeta e para a atividade dos seus clientes”, refere ainda a empresa.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Inovação e internacionalização são a chave do sucesso da

Mola Solta e 2Unique View

Após mais de 25 de experiência profissional numa empresa líder nacional de mobiliário e colchões, Pedro Azinheira iniciou o seu percurso como empresário com a empresa 2Unique View Lda e posteriormente em 2018 lançou a empresa Mola Solta Lda. Hoje as duas empresas destacam-se pela inovação dos seus produtos, exportando a maior parte da produção para a Europa.

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empresa Mola Solta lda. foi criada em 2018 por Pedro Azinheira, para ocupar uma lacuna no mercado do restauro de estofos. “Não havia nenhuma estrutura para fazer restauros de estofos com grande dimensão, apenas pequenas oficinas de estofadores”, recorda Pedro Azinheira. MOLA SOLTA LDA É REFERÊNCIA NOS ESTOFOS A empresa arrancou em Santarém em instalações com 550 m2. Além de restauros de estofos, a pedido dos clientes, passou também a produzir produtos à medida tal como somiers, cabeceiras de camas, cadeiras, sofás, etc. No verão de 2020, Pedro Azinheira adquiriu ao sócio a sua participação no capital e assumiu a totalidade da empresa. O passo seguinte foi a aquisição de um espaço maior, com 2000 m2, em Alcanena, para onde transferiu a empresa, agora inteiramente dedicada ao fabrico

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de produtos novos, mantendo o serviço de restauro uma pequena percentagem do negócio da Mola Solta. A empresa produz todo o tipo de estofos para automóveis, barcos, sofás, cadeiras, camas, até paredes e portas. “O cliente imagina, nós fazemos”, é o slogan da empresa que além de apresentar um catálogo próprio de produtos, apresenta soluções à medida dos clientes. “Trabalhamos por meio de recomendação dos nossos clientes e parceiros arquitetos e decoradores, pelo elevado padrão, sinônimo de confiabilidade e alta qualidade em dos nossos serviços”, afirma o CEO da empresa. 2UNIQUE VIEW EXPORTA 98% DA PRODUÇÃO A 2Unique View foi criada para ser uma loja online mas rapidamente passou a ser uma solução de “One Stop Shop” para os clientes internacionais, sendo uma base em Portugal para os clientes e facilitando todo o processo de exportação de produ-

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tos diversos tais como mesas, cadeiras, sofás, colchões, mobiliário em madeira diverso, iluminação, tapetes, têxtil variado e também mobiliário outdoor . “A nossa experiência no equipamento de bares, restaurantes, salas de reuniões, esplanadas e outros espaços interiores e exteriores é bastante vasta”, afirma Pedro Azinheira. A 2Unique View tem as instalações em Alcanena, e foi criada para ser uma solução nacional e internacional de fonte única para o setor hoteleiro e residencial. Prestar serviços em todo o mundo e a preços competitivos são o que acreditamos ser a nossa mais valia, declara Pedro Azinheira. Em Portugal, a 2Unique realizou várias parcerias com outros fabricantes da área

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do mobiliário ( no total e em conjunto possuem mais 30.000 m2 de instalações),o que veio permitir à 2Unique ter uma gama completa de produtos que lhe possibilita fazer o fornecimento e instalação de projetos direcionados ao sector hoteleiro em qualquer parte do mundo. O administrador da empresa salienta que “todas as fases de produção de mobiliário, colchões, sofás, iluminação e têxteis são devidamente organizadas de forma a trabalharem em conjunto para o mesmo projeto, possibilitando assim o envio de contentores ou camiões com todo o material necessário para um quarto, sala ou apartamento, evitando assim tempos de envio mais alongados e também evitando ao cliente custos de armazenagem e

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deslocação para o edifício do projeto”. ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DOS NEGÓCIOS DÁ FRUTOS Pedro Azinheira afirma que “a pandemia não afetou os negócios da Mola Solta; pelo contrário, 2020 foi um bom ano , mas em 2021 a Mola Solta teve um crescimento de 40% e foi o melhor ano de sempre. Já a 2Uniqueview, mais centrada na hotelaria, sofreu com a quebra dos negócios dos restaurantes e bares. Grande parte dos clientes da empresa são marcas hoteleiras. No entanto, a empresa manteve a atividade e em plena pandemia, a empresa equipou alguns projetos em Portugal onde se destaca o novo hotel de Évora, “O Cante”, considerado uma referência pela

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diferenciação do conceito. A internacionalização dos negócios tem sido a estratégia de Pedro Azinheira para o crescimento das empresas. “Sempre viajei muito, o que me permitiu criar contactos e uma rede de agentes que trazem muitos negócios”, afirma. A 2UniqueView tem-se dedicado à exportação desde o início. Em 2019, as exportações representaram 98% do volume de negócios da empresa que continua focada nos mercados internacionais. Já a Mola Solta começou centrada no mercado nacional, mas em 2021 já exportou 50% e este ano prevê atingir 70% de exportações. “As exportações são importantes para nós porque permitem atingir maior escala de produção e assim atingir maior rentabilidade na fábrica”,

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afi rma. Por outro lado, sublinha que as exportações apresentam a grande vantagem de termos os pagamentos assegurados antes dos produtos saírem de Portugal, enquanto que em Portugal ainda há uma grande percentagem de clientes que não pagam a horas”. “Oferecemos produtos portugueses de excelência, com uma marca que hoje já circula pelo mundo inteiro, através de uma rede de lojas e de revendedores”, adianta o empresário. Pedro Azinheira atribui a maior importância à seleção dos trabalhadores. “Recrutei os melhores profissionais, pelos seus conhecimentos e experiência, para trabalharem comigo, ajudando a concretizar os meus projetos e ideias”, afirma. INOVAÇÃO É A CHAVE DO SUCESSO Pedro Azinheira destaca-se pela capa-

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cidade de inovação, contando já com alguns pedidos de patentes nacionais e internacionais a decorrer e muitos produtos inovadores. Em 2021, a 2UniqueView arriscou num novo projeto, lançando um conceito inovador da Azimod, uma casa de madeira ecológica, modular, sustentável, que se encontra em fase de patente internacional. “Há muitas casas modulares de madeira, a nossa casa distingue-se pela vertente ecológica e sustentável, oferecendo uma solução para o setor do turismo e também para a habitação”, afirma. A Azimod é também inovadora ao assumir-se como a casa mais rápida a montar, demorando apenas 3 a 5 dias, após a saída da fábrica, para a entrega da casa chave na mão. A Azimod foi concebida como solução

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ideal para o turismo ecológico e de natureza, sendo possível montá-la num sítio isolado (offgrid) sem redes de infraestruturas, uma vez que se trata de uma casa autossuficiente, quer em energia (painéis fotovoltaicos), abastecimento de água (reservatório) e com uma inovadora sanita de compostagem. Uma segunda versão é dirigida a clientes que pretende a ligação à rede pública de infraestruturas. As casas Azimod são energeticamente eficientes com baixos custos operacionais, duradouras e feitas de materiais ecológicos que são seguros para nós e para o meio ambiente, garante Pedro Azinheira. A patente internacional é focada no conjunto de elementos inovadores. Oferece 3 dias de autossuficiência para uma família; entrega chave na mão 3 a 5 dias após a saída da fábrica; não precisa de

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movimentações de terras ou de base de betão, podendo ser implantada no terreno em perfeito enquadramento com o meio ambiente. O modelo Azimod foi apresentado ao público na Decorhotel em Lisboa em 2021, tendo recebido um excelente acolhimento por parte dos setores da hotelaria e turismo. Também a Mola Solta aposta em produtos inovadores. Lançou também a primeira cabeceira de cama que é possível comprar na loja e transportar para casa num veículo de passageiros, diferenciando-se dos restantes produtos que carecem de transporte de maiores dimensões. ECONOMIA CIRCULAR E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL SÃO PRIORIDADE As preocupações ambientais estão na ordem do dia também nestas empresas.

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“A sustentabilidade do planeta, a poupança de recursos e a economia circular estão plenamente assumidas por nós, desde a conceção das embalagens que são fabricadas em tecidos reutilizados e que podem ser reciclados à grande redução que estamos a fazer na utilização de plásticos e cartão nas embalagens”, afirma. A 2UniqueView lançou em abril o novo e extenso catálogo de produtos, com uma série de novidades a nível mundial. Apresenta o primeiro colchão do mundo com incorporação de cristais esotéricos, já com grande aceitação na fase de pré-lançamento entre os seguidores de Reiki, Feng Shui, etc. Outra novidade é um inovador colchão ecológico , utilizando materiais produzidos à base de produtos naturais e de origem vegetal e tecido fabricado com fibras de garrafas de plástico recicladas.

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BUROCRACIA, AUMENTOS DE PREÇOS E ESCASSEZ DE MATÉRIAS-PRIMAS Como principais obstáculos encontrados no desenvolvimento das empresas, Pedro Azinheira destaca a burocracia e os elevados custos das patentes internacionais. Com a pandemia e agora a guerra na Ucrância, verificam-se graves problemas de abastecimento de matérias-primas, devido à acumulação de stocks e armazém de alguns especuladores, provocando uma grave escassez de matérias-primas no mercado e consequente aumento dos preços. “Conseguimos manter os preços aos clientes em 2021, mas este ano é mais difícil aguentarmos aumentos dos preços dos transportes e simultaneamente das matérias-primas como as madeiras, contraplacados, espumas, tecidos… e vamos ter de fazer o primeiro aumento ainda este mês, conclui. 

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Filstone junta arquitetos na Índia para apresentar potencial da pedra portuguesa

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ais de uma centena de pessoas, entre arquit e t o s , d e s i g n e rs e prescritores de obra, estiveram, dia 29 de abril, reunidos no evento ‘Beleza da Pedra’, promovido pela Filstone, em Mumbai, Índia. O evento foi a primeira apresentação oficial da Filstone neste país, que representa um dos principais mercados de exportação para a empresa. Entre os oradores estiveram o Embaixador Português na Índia, Carlos Pereira Marques, que mostrou disponibilidade para apoiar a Filstone nos desafios que surgirão.

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Do painel fizeram também parte arquitetos e designers de reconhecidas empresas na Índia, que abordaram temas como construção, desafios para o setor, estética e durabilidade da pedra natural, aplicabilidade da pedra natural, entre outros. O evento foi organizado em parceria com a ABVA, empresa portuguesa representante da Filstone na Índia. 20 ANOS CELEBRADOS COM APOSTA NA INTERNACIONALIZAÇÃO Diversificar os mercados externos é um dos principais objetivos da Filstone, que celebrou, em abril, o 20.º aniversário. Com a China a ocupar o lugar de

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topo dos países para onde mais exporta, outros mercados têm surgido como oportunidade para a Filstone, de que são exemplos a Índia e a Polónia. Depois da abertura de dois Filstone Centers em Yunfu e em Shuitou, na China, a empresa quer apostar noutras localizações, de forma a favorecer a compra de blocos de pedra natural sem os normais constrangimentos de tempo e distância. Atualmente, a Filstone emprega cerca de 250 colaboradores nas pedreiras de Casal Farto (Fátima) e de Alpalhão (Nisa), tendo gerado um volume de negócios na ordem dos 45 milhões de euros em 2021. 

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