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Nacional

Economia portuguesa comportou-se melhor do que o esperado

O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, fez uma declaração sobre os dados da evolução da economia portuguesa no ano passado, após a publicação da estimativa rápida pelo INE. O Ministro destacou que, “no último trimestre de 2020, a economia portuguesa cresceu 0,4% relativamente ao trimestre anterior”.

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O Gabinete do Ministro de Estado e das Finanças emitiu um comunicado no qual refere que “a atividade económica teve um comportamento melhor do que o anteriormente antecipado no segundo semestre do ano, com um crescimento de 5,1% face ao primeiro semestre”.

O Ministro Siza Vieira disse que “no conjunto do ano, teve uma quebra muito significativa (7,6%) relativamente a 2019, mas muito menos drástica do que era previsto por todas as instituições e do que as projeções do Governo” (8,5%) no Orçamento do Estado para 2021.

Esta quebra acentuada foi sentida em toda a zona euro, tendo atingindo particularmente os países onde o setor do turismo tem mais peso, tais como Espanha (11%), Itália (8,8%) e França (8,3%), e sido de 6,8% no conjunto das economias da moeda única.

Dados acalentam confiança

Pedro Siza Vieira afirmou que “o que explica o comportamento da economia no último trimestre de 2020 é o melhor comportamento do investimento e da procura externa. As nossas empresas continuam a mostrar competitividade externa e capacidade de investir apesar das dificuldades levantadas pela pandemia”.

“Estes dados são consistentes com os do emprego”, disse. A taxa de desemprego no ano de 2020 deverá ficar substancialmente abaixo da prevista em outubro (8,7%), segundo comunicado das Finanças, que acrescenta que em dezembro, o número de desempregados foi inferior ao verificado no pico registado em maio (menos 9354 desempregados).

Siza Vieira disse ainda que os números do desemprego “mostram que as medidas de apoio à economia e ao emprego funcionaram até agora”.

No início de 2021, “estes dados acalentam a nossa confiança e permitem-nos continuar a apelar à mobilização das empresas e dos trabalhadores para atravessarmos da melhor maneira possível este período tão difícil”, concluiu.

Os apoios à manutenção do emprego e das empresas têm permitido que a subida do desemprego tenha sido “bastante contida e os encerramentos de empresas têm sido bastante reduzidos”, disse o Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, na conferência digital “Retomar Portugal – Comércio Internacional”, uma iniciativa da rádio TSF, Jornal de Notícias e BPI.

Sublinhando o caráter “temporário desta crise”, bem como a sua origem externa às empresas, o Ministro disse que “as empresas (dos setores do Turismo e da Restauração)

Governo poderá estender apoios ao emprego pelo segundo semestre se necessário

Pagamentos ao setor agroflorestal somam mais de 69 milhões de euros em janeiro

O Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas procedeu ao pagamento de um total de 69,3 milhões de euros ao setor agroflorestal durante o mês de janeiro de 2021.

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, afirmou que “estes pagamentos são essenciais para minimizar os efeitos da pandemia, garantir a resiliência do setor, dando liquidez aos agricultores, permitindo assim que a agricultura não pare e continue a crescer, mesmo num período tão difícil marcado pela Covid-19”.

“Continuamos a acompanhar de forma muita próxima os nossos agricultores para podermos, a todo o tempo, implementar as medidas e as ações necessárias para que a agricultura continue a assegurar alimentos em quantidade e qualidade a todas e a todos”, acrescentou, numa nota divulgada pela área governativa da Agricultura. O valor inclui os pagamentos no âmbito das medidas Covid-19 para apoio ao setor, destacando-se os 1,4 milhões de euros no Novo Regime da Vinha, 1,6 milhões de euros no Fundos Operacionais Frutas e Produtos Hortícolas e 60,8 milhões de euros no PDR2020, nomeadamente 39 milhões de euros em medidas de Investimento, quatro milhões de euros em Florestação de Terras Agrícolas, 9,2 milhões de euros em medidas Agroambientais e 8,6 milhões de euros no Seguro de Colheitas.

No âmbito das medidas de mitigação dos efeitos Covid-19, foi pago um montante total de 3,6 milhões de euros, a título de adiantamento dos pedidos de pagamento submetidos nas medidas de investimento do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente (PDR 2020).

estão mal porque não aparecem clientes”, pelo que, nesta altura, o Governo deve “continuar a estender apoios que permitam às empresas aguentarem-se até à recuperação da procura”.

“Estamos mesmo preparados para continuar estender os apoios ao emprego pelo segundo semestre, se isso for necessário”, acrescentou.

Se “a recuperação da economia é uma preocupação essencial, o tema mais essencial é a normalização da situação sanitária”, que gerou a crise económica, através da vacinação de uma parte significativa da população.

A vacinação, pelo menos dos grupos de maior risco, “é que assegura que próximas vagas não tenham o mesmo impacto sobre a procura de serviços de saúde e por isso possam ser acompanhados de medidas menos restritivas. Mas enquanto durar esta situação, as trocas comerciais e o impacto na economia vão manter-se”, disse Siza Vieira.

AUMENTAR QUALIFICAÇÕES

O Ministro lembrou que, em dezembro, foram lançados novos apoios a fundo perdido, que contam sobretudo com financiamento europeu, tendo já sido pagos mais 200 milhões de euros ao abrigo do programa Apoiar. Siza Vieira destacou que “estes apoios são importantes numa altura em que empresas levam já um ano de redução das suas receitas”.

O Governo está a trabalhar com um conjunto de associações empresariais para aproveitar “este tempo de menor atividade para o aumento de qualificações, seja a nível das línguas, da utilização de ferramentas digitais ou da sensibilização para novas práticas de sustentabilidade e sanitárias”.

“É importante aproveitar os momentos para reciclar os conhecimentos dos trabalhadores das empresas”, disse ainda.

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