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Programa de consultoria empresarial dá resposta

SCIE, foi o orador desta sessão. As medidas de autoproteção (MAPs) são uma componente fundamental da segurança contra incêndios em edifícios. Por isso mesmo, desde 2009 estas passaram a ter um papel de relevo no nosso quadro regulamentar, colocando o foco na sua adequada implementação, através da manutenção dos meios de SCIE, formação e simulacros. No entanto ainda há muitas empresas que ainda não têm MAPs aprovadas ou que, tendo ultrapassado este passo burocrático, ainda não as implementaram efetivamente. Conhecer a legislação aplicável em SCIE constitui uma mais valia na prevenção de incêndios.

“ENERGIA, A NECESSIDADE DE REDUZIR CUSTOS COM FONTES ALTERNATIVAS”

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“Energia – A Necessidade de Reduzir Custos com Fontes Alternativas” foi o tema escolhido para a 3.ª sessão informativa realizada online, no âmbito da Feira Empresarial digital do Sorraia.

Após as boas vindas do Presidente do Núcleo NERSANT da Região do Sorraia, José Balbino, aos empresários participantes neste terceiro webinar do ciclo de sessões informativas no âmbito da Feira Empresarial do Sorraia, coube ao Presidente da Comissão Executiva da NERSANT António Campos fazer a apresentação deste tema bem atual, tendo em conta a recente escalada dos preços da energia em toda a Europa, que coloca o custo da energia como uma das maiores preocupações da atualidade para os empresários.

Nesta sessão, o Presidente da Comissão Executiva da NERSANT apresentou um conjunto de recomendações para que os empresários possam reduzir as faturas da eletricidade.

Tendo em conta que a energia chega a representar 30 a 40% dos custos de muitas empresas, reduzir estas despesas pode ser decisivo para a competitividade do negócio.

Por isso, impõe-se desde logo fazer uma revisão elétrica para avaliar o equilíbrio de cargas nas instalações, realizar adaptações, otimizar o uso do ar condicionado, privilegiar o uso de equipamentos com consumo de energia de classe energética A.

Depois, ajuda muito saber interpretar a conta da luz da empresa, de forma a avaliar os custos e definir metas para a sua redução.

Vale a pena equacionar, se possível, a substituição dos equipamentos de maior consumo por outros mais recentes, com mais eficiência energética.

As empresas devem equacionar o investimento em energias renováveis, como os painéis fotovoltaicos e pode obter ganhos na adequação das rotinas de trabalho, pra horas em que que a

energia é mais barata. As fontes alternativas de energia com menores impactos ambientais mereceram especial atenção nesta apresentação, tendo sido analisados as vantagens e desvantagens de cada uma das fontes de energia, e algumas dicas a ter em conta na decisão sobre o investimento e exemplos práticos para a escolha do fornecedor de energia.

A RESTAURAÇÃO DE FUTURO – QUAIS OS DESAFIOS?

“A Restauração de Futuro - Quais os Desafios?” foi o tema escolhido pelo Núcleo NERSANT do Sorraia para a 4.ª sessão informativa realizada online, no âmbito da Feira Empresarial digital do Sorraia. Filomena Diegues, coordenadora do Departamento Técnico e Jurídico da AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, foi a oradora desta sessão informativa. O SETOR MAIS AFETADO PELA PANDEMIA

Para a jurista da AHRESP Filomena Diegues, o maior desafio da restauração é a sobrevivência. Isto porque se trata do setor mais afetado pela pandemia, devido à limitação da circulação, distanciamento obrigatório entre as pessoas, e restrições ao funcionamento. A AHRESP considera que os apoios foram pouco ágeis e pouco robustos (moratórias). Como ameaças ao setor salienta ainda os elevados custos de contexto da atividade e fiscais / transversais (+ custos eletricidade e combustíveis) e a legislação laboral que não atende às especificidades, concertação social / agenda política.

INQUÉRITO REVELA EFEITOS DEVASTADORES NAS EMPRESAS

Filomena Diegues divulgou os resultados de um inquérito realizado pela AHRESP em setembro de 2021, no qual se destaca que 49% das empresas registaram quebras na faturação de setembro, face ao mês homólogo. Segundo o inquérito, 16% das empresas ponderam avançar para insolvência, caso não consigam suportar todos os encargos. Apenas 10% das empresas indicam ter registado faturação suficiente no período de verão para aguentar os meses de época baixa. De acordo com este inquérito, 34% das empresas assumem que não conseguem manter o negócio até ao final do ano, se os apoios não forem reforçados. Segundo a AHRESP, no final de setembro de 2021, 45% das empresas tinham créditos em moratória. Destas, 26% assumem não conseguir retomar os pagamentos a partir de outubro e 35% não sabem se conseguem.

AS EXIGÊNCIAS DA AHRESP

A jurista da AHRESP considera fundamental para o setor vencer o desafio da sobrevivência garantir o ambiente favorável ao negócio. E para isso importa garantir a disponibilização dos mecanismos de redução do endividamento; e garantir que as instituições bancárias não condicionam o acesso ao financiamento. A AHRESP defende a aplicação temporária, em 2022, da taxa reduzida IVA a todo serviço de alimentação e bebidas e reposição integral na taxa intermédia a partir de 1 de janeiro de 2023, a redução global da fiscalidade para incentivo ao investimento; e a existência de estabilidade e previsibilidade fiscal.

A Associação apresenta propostas para o apoio à criação, requalificação e ampliação de estabelecimentos; apoios para o investimento em higiene e segurança de pessoas e dos espaços, bem como nos meios de pagamento digitais. Considera da maior importância as matérias ambientais e de sustentabilidade. Defende um Plano de Ação para atrair e reter recursos humanos qualificados; e apoios para a contratação de novos recursos humanos.

A coordenadora do Departamento Técnico e Jurídico da AHRESP defende a manutenção dos mecanismos que permitam alguma flexibilidade laboral; a existência de estabilidade em matéria laboral; a promoção do conhecimento e das competências digitais; e a implementação universal da realidade digital.

OS DESAFIOS DO FUTURO DA RESTAURAÇÃO

Filomena Diegues deixou ainda uma palavra sobre o desafio da atual conjuntura política, marcada pelo chumbo do Orçamento do Estado 2022 (OE), que irá implicar a Governação em duodécimos, a partir de janeiro 2022, até à aprovação de um novo OE, após a realização de Eleições antecipadas. Por outro lado, importa ter em conta a execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Perante esta instabilidade e incerteza, a AHRESP considera fundamental manter as reivindicações em cima da mesa de forma assegurar a sobrevivência de um setor fundamental para a economia do País.

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