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Notícias
Networking das novas empresas na Startup Santarém
“O seu melhor cliente ou fornecedor pode estar ao seu lado”. Este o lema que tem vindo a ser seguido pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém ao promover regularmente sessões de networking regulares com as novas empresas instaladas na Startup Santarém e Startup Ourém.
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A mais recente sessão de networking “Novas Empresas nas Startups e Soluções de Seguros”, realizou-se no dia 28 de setembro, ainda em formato digital, com a apresentação de quatro novas empresas instaladas na Startup de Santarém.
A sessão iniciou-se com a apresentação da empresa Ecogestus Lda., que se dedica ao setor da engenharia e consultoria de gestão, nas áreas de gestão e tratamento de resíduos, projetos de limpeza urbana, educação e sensibilização ambiental, sustentabilidade, contando com software próprio para a área da gestão da recolha de resíduos e limpeza urbana e know-how no setor da inteligência artificial e software diferenciador e inovador na área.
Seguiu-se a empresa Empenho Próprio Lda., também incubada na Startup Santarém, que se dedica a consultoria e implementação de sistemas de gestão, auditorias de normativos, reengenharia de processos, gestão de sistemas e normativos, com foco na economia circular, responsabilidade social e sustentabilidade.
A empresa Jetserv Lda., oferece um Marketplace de serviços. Através da plataforma informática concebida pela empresa é disponibilizada uma aplicação para telemóveis, PC e tablets, que permite intermediar a oferta da prestação dos mais diversos serviços, desde serviços personalizados de limpeza, de cuidados de idosos, ama de crianças, cuidados de animais, enfermeiros particulares, etc., e os consumidores que buscam esses serviços e aqui podem contratar de forma segura, prática e rápida.
No final, podem fazer a avaliação do serviço, servindo de referência para outros utilizadores.
Por último, Ricardo Santos apresentou a sua empresa que se dedica à consultoria estratégica e apoio à gestão, reorganização sustentável e formação.
Nesta sessão de networking foram apresentadas as soluções de Seguros NERSANT, com um pacote de seguros dirigido para as empresas, desde os seguros de acidnetes de trabalho, de saúde, de viaturas, até aos seguros de crédito e de financiamentos e de operações de exportação.
Uma oferta criada pela NERSANT com o objetivo de proporcionar preços mais baixos para as empresas, graças às parcerias que a Associação criou com corretores de seguros que trabalham com 17 empresas seguradoras, permitindo encontrar soluções e preços mais competivos. No encerramento desta sessão, o presidente executivo da NERSANT, António Campos sublinhou a importância destas sessões para que todos se possam conhecer, tendo informação da atividade de cada uma das empresas incubadas na rede de Startups Ribatejo. Neste momento, há 51 empresas incubadas nas Startups de Santarém e de Ourém, das quais 27 instaladas fisicamente. “Atendendo à diversificação das empresas facilmente encontramos nestas 51 empresas fornecedores e clientes para os negócios”, afirmou. A próxima sessão de networking será presencial, retomando assim o contato pessoal tão importante para o networking.
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SPR Esperanças renova certificação do sistema de gestão da qualidade
A SPR Esperanças renovou a certificação do sistema de qualidade da empresa pela norma ISO 9001: 2015. “Prova da preocupação constante com a melhoria contínua dos processos é, acima de tudo, a manutenção da garantia que os nossos stakeholders têm na relação com a nossa empresa”, refere a empresa.
A Tecnorem – Engenharia e Construções realizou a instalação de painéis fotovoltaicos na empreitada de alteração do edifício comercial Intermarché, do Grupo Os Mosqueteiros. O departamento de TIE - Instalações Especiais da Tecnourem instalou mais de 550 painéis fotovoltaicos na cobertura do Intermarché de Pombal, capacitando-o com uma potência para autoconsumo de 250kWp.
Tecnórem instala painéis fotovoltaicos na empreitada de alteração do Intermarché de Pombal
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Gallo aposta em sistema de iluminação eficiente
A Victor Guedes em Abrantes concluiu a instalação e configuração do sistema de iluminação eficiente. A substituição de mais de 400 luminárias permitiu uma poupança acima dos 40% face à potência existente.
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Criar uma empresa não é um mar de rosas
O ciclo de workshops sobre “Como montar o seu negócio em 6 passos”, organizado pela NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, contou com cerca de 900 inscrições e ao longo das últimas seis semanas proporcionou aos participantes todo um conjunto de informações que permitirão iniciar da melhor forma o processo de constituição das suas empresas.
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Ovice-presidente da Comissão Executiva da NERSANT Pedro Félix expressou a satisfação pela elevada participação nesta sessão online, que demonstra o grande interesse que há pelo empreendedorismo na região.
Salientou que a NERSANT acolhe por ano, cerca de 300 a 400 pessoas que procuram ajuda para iniciar um negócio, e cerca de 60 a 80 empresas são criadas todos os anos com o apoio gratuito da equipa de empreendedorismo da NERSANT, desde a definição do modelo de negócio, a elaboração do Plano de Negócios, Fontes de Financiamento, até aos aspetos jurídicos, contabilísticos e fiscais.
O ciclo foi constituído por seis sessões muito práticas e breves, com 15 a 20 minutos de duração, lançando desafios aos participantes no final de cada workshop para que possam desenvolver as suas ideias para iniciar ou melhorar as suas empresas. Tarefas para as quais os participantes contam com a equipa de empreendedorismo da NERSANT que se encontra disponível para trabalhar com cada um para avançar no processo.
PRIMEIRO, A IDEIA DE NEGÓCIO
A primeira sessão foi dedicada à ideia de negócio. Numa apresentação prática e concisa, João Santos, da NERSANT, apresentou algumas dicas sobre a forma de obter e desenvolver ideias de negócio. “A ideia surge como resposta a uma necessidade identificada no mercado, e cabe ao empreendedor desenvolver as competências e capacidades que permitam identificar essas oportunidades de negócio”, afirma. Partindo dos interesses e hobbies pessoais, o empreendedor pode identificar necessidades criadas por problemas que a sociedade sente, e identificar produtos ou serviços existentes que carecem de melhorias. Sugere-se a análise das tendências, como por exemplo a crise climática, os movimentos civis, a igualdade de género, entre outras megatendências que poderão proporcionar oportunidades.
A importação de ideias com sucesso noutros locais pode servir de fonte de inspiração, assim como as experiências profissionais e pessoais, a investigação e desenvolvimento e a visita a feiras e congressos.
DEPOIS DA IDEIA, O MODELO DE NEGÓCIO
A segunda sessão foi dedicada à elaboração do modelo de negócio. A sessão foi dirigida por Teresa Moleirinho, da NERSANT, que começou por desafiar os participantes a questionarem-se sobre o que pretendem produzir, quem serão os seus clientes, para quem pretendem vender os seus produtos ou serviços, isto de
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forma perceber desde início a viabilidade do negócio. O conceito de modelo de negócio é aqui entendido como um conjunto de elementos interligados que em conjunto criam e devolvem valor.
O objetivo do modelo de negócios é identificar os recursos, competências e parcerias necessárias para o negócio. Como vamos implementar o negócio, com que recursos, parcerias, atividades, financiamento? Quanto vamos cobrar pelo produto ou serviço? Todo um conjunto de questões para refletir, entre as quais deve ser dada especial atenção à estrutura de custos: quais os custos relacionados com a operacionalização da atividade, custos fixos e variáveis, por um lado, e por outro, as fontes de receitas, que deverão resultar de uma análise ou inquérito de mercado, para saber quanto é que os clientes estão dispostos a pagar pelo produto ou serviço. Só então será possível perceber se o negócio terá ou não viabilidade. PARA QUE SERVE UM PLANO DE NEGÓCIOS
Qual a finalidade de elaborar um Plano de Negócios? Na realidade não basta ter uma boa ideia, é preciso demonstrar que a proposta de valor é única; e dar provas da viabilidade do negócio. O Plano de Negócios permite ainda diminuir os riscos e as incertezas da atividade futura. Foi sobre esta questão a terceira das seis sessões do ciclo de workshops.
Coube a Sofia Plaza, da equipa de Empreendedorismo da NERSANT, fazer a apresentação desta sessão dedicada a uma das principais etapas da criação de qualquer empresa – o Plano de Negócios. Trata-se de um documento descritivo de todas as vertentes e detalhes do negócio e deve ser escrito de forma clara e percetível para o interlocutor, seja um potencial cliente, fornecedor, financiador ou parceiro. O Plano descreve os objetivos do negócio e as ações para os alcançar. Permite uma visualização completa de todos os aspetos relevantes do negócio, ou seja, é a ideia de negócio transposta para o papel. A elaboração do Plano de Negócios ajuda o empreendedor a compreender melhor o seu negócio (mercado, produto, financiamento, modelo de negócio, riscos, etc.). Permite orientar o empreendedor na execução e desenvolvimento do seu negócio, a curto, médio e longo-prazo (apoio à gestão). Serve de ferramenta de apresentação, como um “cartão de visita” do negócio. A comprovar tudo isto está o facto de 7 em cada 10 empresas que iniciam a atividade sem um Plano de Negócios acabam por fechar. Mais importante: das empresas que elaboram o Plano de Negócios apenas 30% não tem sucesso.
AS QUESTÕES CONTABILÍSTICAS E FISCAIS
Na quinta sessão, entrou-se já nos aspetos mais práticos da constituição formal e nos passos a dar para a criação da empresa, nomeadamente as questões contabilísticas e fiscais. Coube a Filipe Borgas, presidente do Núcleo Empresarial da NERSANT de Santarém, a apresentação do tema desta sessão dedicada aos aspetos a ter em conta na criação de uma empresa na organização contabilística, enquadramento fiscal e da Segurança Social.
Logo na constituição, o empreendedor tem de decidir o tipo de empresa: empresário em nome individual, sociedade unipessoal por quotas, sociedade por quotas ou sociedade anónima.
Cada uma delas com um enquadramento contabilístico e fiscal especifico que Filipe Borgas explicou de forma prática aos participantes deste workshop.
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FONTES DE FINANCIAMENTO DO NEGÓCIO
A quarta sessão do ciclo de workshops “Como montar o seu negócio em seis passos” foi dedicada às fontes de financiamento do negócio. O presidente da Comissão Executiva da NERSANT, António Campos destacou ainda o trabalho que está a ser realizado pela Associação através do departamento de apoio ao empreendedorismo, que presta gratuitamente todo o apoio aos empreendedores no processo de criação e desenvolvimento da empresa.
Ilustração de: vectorpouch / Freepik
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NERSANT ACOMPANHA 130 EMPREENDEDORES NA CRIAÇÃO DE NEGÓCIOS
A Associação Empresarial é líder nacional na apresentação de candidaturas ao PAEPCE – programa de apoio ao empreendedorismo e criação do próprio emprego, estando a acompanhar neste momento cerca de 130 projetos. Neste domínio, António Campos refere que a taxa de mortalidade das novas empresas apoiadas pela NERSANT é de apenas 8%, enquanto a média nacional é de 56%. Esta taxa de sucesso das empresas acompanhadas pela estrutura técnica da NERSANT justifica-se com a existência de bons projetos, bons planos de negócio e bons planos de tesouraria. Fundamental para o sucesso é também a formação que é ministrada aos empreendedores, através das ações de formação inicial de empreendedores, que lhes permitem adquirir os fundamentos em matéria de gestão, de recursos humanos e de marketing, entre outros conhecimentos essenciais para a atividade empresarial.
Coube a Teresa Moleirinho, da equipa de Empreendedorismo da NERSANT, fazer a apresentação desta sessão dedicada a uma etapa fundamental no processo de criação de qualquer empresa – as fontes de financiamento. Destacou a importância de existir capital próprio para financiar o investimento da empresa. Por um lado, garante uma boa autonomia financeira e, por outro, pode ser um fator decisivo para a aprovação do projeto. Em complemento, pode-se recorrer ao financiamento público ou bancário.
Nas fontes de financiamento público contam-se os fundos comunitários e os apoios do IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional. Quanto aos apoios do IEFP, destaca-se o PAECPE, que permite aos beneficiários de prestações de desemprego apresentarem planos de negócios e pedirem o pagamento parcial ou total das prestações do subsídio de desemprego, para financiar a criação do negócio.
Os jovens entre os 18 e os 30 anos, inscritos no IEFP, dispõem da linha de crédito Invest Jovem, para investimentos entre os 1097 euros e os 43881 euros. Outra fonte de financiamento disponível é o programa Nacional de Microcrédito Sou+, medida desenvolvida em parceria do IEFP com o CASES – Cooperativa António Sérgio para a Economia Social. Há ainda o ADN Startup, para apoio ao desenvolvimento do negócio, com financiamentos até 50 mil euros, pelo prazo de 8 anos e com 2 anos de carência de amortização de capital. Depois há também a possibilidade de recorrer ao crédito bancário.
Na realidade, como salienta António Campos, “nunca existiram tantos apoios para a criação e dinamização de empresas como agora, existindo uma dinâmica sempre em atualização e uma relativa facilidade em encontrar soluções, processo no qual a NERSANT pode ajudar”. OS ASPETOS JURÍDICOS
Coube ao advogado Filipe Teixeira fazer a apresentação desta última sessão dedicada aos aspetos jurídicos da criação de uma empresa.
Um tema vasto que começa pela decisão sobre a forma jurídica da empresa a criar, que pode assumir a forma de Empresário em nome individual, Estabelecimento individual de Responsabilidade Limitada, Sociedade Unipessoal por Quotas, Sociedade em nome colec-
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tivo, Sociedade Por quotas, Sociedade Anónima, Sociedade em Comandita, ou Cooperativa. Os critérios para a escolha da forma jurídica da empresa devem atender a questões como a capacidade económica, o património a afetar, o risco patrimonial a assumir e saber se projeto é individual ou envolve mais pessoas.
Enfim, criar uma empresa está muito longe de ser um mar de rosas, como se viu ao longo destas seis sessões que começaram pela elaboração da ideia de negócio, passando depois pela conceção do modelo de negócio, até chegar à definição do plano de negócios, sendo muito importante recorrer a apoio especializado para estes vários momentos.
O ciclo de workshops passou ainda pela abordagem das possíveis fontes de financiamento da empresa, passando depois às contabilísticas e fiscais, para terminar nesta última sessão com os aspetos legais.
Terminado este ciclo de sessões, a NERSANT vai agora iniciar um novo Programa de Aceleração de Ideias de Negócio, que vai permitir a todos os empreendedores interessados prosseguirem o trabalho realizado neste ciclo de workshops, e assim aprofundarem e desenvolverem a ideia de negócios de cada um, com o apoio de especialistas nas diversas áreas.