1 - A utilização de ostras depuradas e outros moluscos cultivados como ferramenta de inserção das co

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A Utilização de Ostras Depuradas e outros Moluscos Cultivados como Ferramenta de Inserção das Comunidades Pesqueiras Tradicionais no Promissor Mercado Brasileiro de Pescado

“O Caso do Projeto Ostras Depuradas de Alagoas”

FENACAM - Fortaleza, novembro de 2014 Luís Tadeu Assad Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade - IABS LABPATC / IBERTUR – Universitat de Barcelona

Marcela Pimenta Campos Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade – IABS Ricardo Gomes de Barros Nonô Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura de Alagoas – Sepaq/AL


Histórico • Atividade iniciada a cerca de 12 anos em Alagoas (SEBRAE/GOV.AL) • Início da cooperação espanhola em Alagoas em 2007 – Pesca e Aquicultura (Aecid-IABS)

• Construção/Inauguração da Depuradora de Ostras em 20102011 (Aecid-IABS) • Inicio do processo e inserção produtiva em 2013 (Aecid-IABSSEBRAE/AL-SEPAq)


Contexto • 150 famílias envolvidas (maioria mulheres de baixa renda) • Produção comunitária/familiar de baixa tecnologia • Foco inicial em produção – dificuldades de comercialização • Apostas anteriores: formas tradicionais de comercialização (varejo ou outros estados) • Áreas de produção com riscos elevados de contaminação • Grande apoio institucional (Aecid, IABS, Sepaq, Sebrae, entre outros)


Localização


Localização Praias de grande atrativo turístico Áreas com relativa ocupação Distância significativa entre as áreas de produção, Depuradora e Maceió (capital)


Desafios • Alimento de consumo não regular e pouco conhecido localmente – sem hábito de consumo •

Produto altamente perecível

Organismo filtrador - com elevador risco de contaminação

Alimento de consumo vivo

• Áreas dispersas de produção comercialização (logística)

e

Grande competição de outros mercados

Organização produtiva complexa distribuição de oportunidades

• Construção do preço justo (produtor – comprador) •

Sustentabilidade da indústria (?)

Garantia da finalidade pública e coletiva


Objetivos do Programa Geração de trabalho, emprego e renda para comunidades vulneráveis do litoral de Alagoas........ através do fortalecimento da cadeia produtiva da ostra cultivada e outros moluscos com a ampliação da comercialização sob princípios de responsabilidade social, ambiental e garantia de qualidade e sanidade.


Premissas • Comércio justo • Consumo Sustentável e “Km 0”

• Responsabilidade Social • Turismo cultural • Produção de base comunitária – economia solidária • Negócio Social

• Desenvolvimento Local • Empoderamento, autoestima e participação • Profissionalismo


Hipóteses e Estratégias • Garantia de qualidade e sanidade – Depuradora e conscientização • Empoderamento das comunidades e ampliação da participação

• Necessidade de equipe multidisciplinar (Pesca, Turismo, Marketing) • Ampliação da comercialização (demanda) com a inserção produtiva no mercado turístico local (ostra, moluscos e outros produtos)

• Nichos de mercado que valorizem conceitos de consumo diferenciados – Novas vertentes turísticas • Criação de um hábito de consumo local como forma de ampliar o interesse dos turistas • Integração de produtos de base comunitária com a alta gastronomia



Principais ações realizadas Etapa 1: Revisão e consolidação dos processos de depuração – Garantia de qualidade e sanidade • Revisão do processo •

Criação de protocolos e definição de padrões de qualidade

• Análise de qualidade (microbiológica e sensorial) – implantação de sistema de monitoramento e registro (“rastreabilidade”) – pesquisa de opinião •

Certificação Sanitária (SIE) - adaptação da indústria


Principais ações realizadas Etapa 2: Construção de modelo de gestão com integração de instituições e grupos de produtores •

Implantação do Comitê Gestor – mobilização - participação

• Construção de “Pactos” – preço de venda, divisão de oportunidades, responsabilidades, sustentabilidade, avaliações, estratégias, etc... • Definições – Estrutura pública com fins coletivos – Cooperativa – “Maturação” •

Reuniões mensais – 18 reuniões realizadas


Principais ações realizadas Etapa 3: Fortalecimento da estrutura administrativa, operacional e de logística •

Definição dos estudos de viabilidade técnica, econômica (e social) da indústria;

Definição e treinamento de equipe – envolvimento produtores (?);

Organização de logística – coleta da matéria-prima, distribuição, venda;

Administração – “período de maturação” (?), estruturação, ponto de equilíbrio. Entrega de ostras por Associação Ostras (Setembro 2014) 1.200

1.088 AOBARCO

1.000

800

PARAÍSO DAS OSTRAS 600

480 RIO MAR

400

200

72

84

SALDO VERAO

0

14


Principais ações realizadas Etapa 4: Definição e implantação de estratégias de comercialização •

Diagnóstico do potencial de comercialização (estudo de demanda)

Realização de eventos de divulgação e promoção institucional

Implantação de demonstrativos (Restaurante Akuaba) – aquário mostruário – carrinho de venda – caixas de acondicionamento

Curso de sanidade e manipulação de ostras

Venda direta – Projeto “Ostras depuradas no Verão - 2013”


Principais ações realizadas Etapa 5: Integração de experiências e empoderamento • Treinamentos produtores (na indústria); •

Envolvimento produtores – vendas verão e restaurantes;

• Tours de vivência (produtores, chefs, donos de restaurantes); •

Eventos de integração e visitas técnicas.


Principais ações realizadas Etapa 6: Promoção e marketing •

Eventos gastronômicos;

Aula-show (chefs locais e internacionais);

Participação em congressos e seminários;

promoção institucional;

Facebook, instagran, impressos, vídeos....



Ações previstas Programa “ostras no verão” 2014/15 Ampliação de novos restaurantes participantes Inclusão de novos moluscos no portfólio de venda da depuradora Captação de projetos – novas parcerias

Formalização da cooperativa de gestão Finalização do livro da experiência Restaurante de verão – Villa Niquin (Parceria Sebrae/IABS) Discussão do Plano de Sustentabilidade do Programa/Depuradora


Programa Verão 2014/2015 Depuradora: Corurípe

Local de Produção Barra de São Miguel Passo de Camaragibe

Ponto de Apoio Barra de São Miguel Marechal Deodoro Passo de Camaragibe Gunga Maceió

Praia (Vendedores) Barra de São Miguel Frances Gunga Maceió

Estabelecimento Comercial Barra de São Miguel Litoral Norte Maceió

RESTAURANTE

20


Comercialização 2013 x 2014 Alguns resultados

Comercialização de50.000 ostrasostras até ovendidas: momento (Setembro 2014 26.000 comercializadas em restaurantes;

Comparação das vendas da ostras 2013- 2014

20.500 comercializadas durante o “Ostras no Verão 13/14”.

Venda de ostras (unid) 12.000 10.000 8.000

60.000

34,6% 6.340

9.702

2013

6.000 2014

4.000 2.000 0

OSTRAS

•50.000Comparando o que 49.546 foi vendido entre mai o a 40.000 setembro de 2013 (6.336 25.870 30.000 ostras) e maio a setembro de 20.532 20.000 2014 (9.702 ostras), podemos 10.000 observar um3.144 aumento de 0 34,6% da comercialização das ostras do projeto.

Venda Restaurantes/ hoteis Venda direta Ostras Verão TOTAL


Alguns resultados Remuneração (R$) ás produtores até o momento (Setembro 2014) •

R$ Restaurant es /hoteis 40%

R$ Ostras verão 55%

A remuneração para os produtores é maior na venda no verão, representa um 55% do total, porque na campanha do verão considera-se uma dúzia R $ 15.

R$ Venda direta 5%

R$ PRODUTORES 46.624,4

50.000,0 45.000,0

R$ Restaurantes /hoteis

40.000,0 35.000,0

25.665,0

30.000,0 25.000,0 20.000,0

R$ Venda direta

18.471,4 R$ Ostras verão

15.000,0 10.000,0 5.000,0 0,0

2.488,0

R$ TOTAIS

11


Alguns resultados Avaliação dos consumidores (Nov 2013/Set 2014) 120

Total de entrevistas para o período: 205

100 80

sim

60

não

40

desconhece 20 0

Conhece a procedência

Consome as ostras não depuradas

Resultado dos Itens de avaliação 130

m.sa sfeito

110 90

sa sfeito

70

regular

50

ruim

30

péssimo

10 -10

Avaliação geral

Aparência das ostras

Odor

Sabor

Textura

12


O futuro.... Estruturante: Consolidar o conceito de comércio justo – novo modelo de desenvolvimento Passo 1: Ampliar a demanda turística pelas ostras (ampliação do calendário de venda direta, de restaurantes...) Passo 2: Incluir novos produtos na depuração (sururu e outros moluscos...) Passo 3: Desenvolver novos produtos e adaptar a depuradora (congelados, pré-cozidos, embalados à vácuo, meia concha) Passo 4: Ampliar beneficiários – áreas de produção Passo 5: Inclusão de novos produtos de base comunitária no nicho estabelecido - (caprinos, mel, sabonete de leite de cabra, artesanato) Passo 6: Ampliação do conceito – novos projetos – (Ilha de Deus, Nicaragua, Venezuela)


Ostras Depuradas de Alagoas:

Projeto ostras depuradas de Alagoas (Legendas em Espanhol) https://www.youtube.com/watch?v=1HiVIpMrxMo

Projeto ostras depuradas de Alagoas https://www.youtube.com/watch?v=PnUfEvSr2mQ

• •

Projeto ostras no verão 2013/14 https://www.youtube.com/watch?v=1lBNsByRRKs&list=UUgSc9rBfUrzia_ 8JNUqZDKw

– Ostras de Coruripe – RiT TV https://www.youtube.com/watch?v=a4sURiOFWwg&feature=youtu.be

– Facebook (https://www.facebook.com/OstrasDepuradasDeAlagoas)

Apresentações recentes: •

La inserción de productos de base comunitaria en la cadena del turismo: Un relato de la experiencia del proyecto “Ostras Depuradas de Alagoas” – Brasil - 3rd International Conference UNITWIN UNESCO Chair “Culture, Tourism, Development” (Tourism and Gastronomy Heritage: Foodscapes, Gastroregions and Gastronomy Tourism)Barcelona, Catalonia, Spain. June 2014

Inserção produtiva na cadeia produtiva do turismo: o caso do programa Ostras Depuradas de Alagoas – Encontro Nacional de Turismo de Base Local (ENTBL) – Juiz de Fora/MG. Nov/14.


OBRIGADO !

www.iabs.org.br

assadmar@iabs.org.br


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