Sociedade Tecnologia e CiĂŞncia - Fundamentos
Formanda: Neide Correia, N.Âş 10
Data: Maio 2009
A experiência advém de um estudo, teste ou comparação de várias hipóteses alterando condições e circunstâncias. Com as diferentes técnicas e procedimentos, os resultados adquiridos são mais vastos, provenientes do seguimento das várias hipóteses para conseguir comprovar a teoria, podendo assim desenvolvê-la. A recolha de informação, igualmente importante, é obtida na realização de testes, questionários, entrevistas, pesquisa de internet, estudos, entre outros. Perante as diversas hipóteses, optar pela técnica mais adequada é essencial. Torna-se assim relevante no resultado final da experiência. Após testar todas as hipóteses possíveis, é interpretar os resultados. Estes poderão levar a mais hipóteses ou concluir a experiência. Em qualquer local de trabalho existe uma rotina. Por exemplo, gerir o tempo numa creche (a hora de chegada e entrega das crianças, de almoço, de actividades todas têm um horário estipulado). Até mesmo numa experiência de laboratório, existe rotina – uma experiência com substâncias líquidas (voláteis, incandescentes, inflamáveis, perigosas, etc.), há que misturar esses líquidos por uma sequência para não haver uma explosão, hipoteticamente. Portanto, a rotina é imprescindível para melhorar a eficácia e a eficiência no local de trabalho como em quem exerce a função. O ser humano tem várias formas de apreender, organizar a realidade (religião, filosofia, ciência), e vários níveis de conhecimento: empírico (senso comum, conhecimento vulgar) e o cientifico (racionalmente fundamentado). O que distingue estes dois, é o método. A importância da experiência no sucesso/insucesso de equipamentos contribui para o seu uso adequado e como a teoria é a base das tecnologias, tenho o esterilizador de biberões (o qual poucas vezes usei), como exemplo. A cada dia que o uso, encontro dificuldades e familiarizo-me cada vez mais com o equipamento, tirando o melhor proveito dele. Ou seja, reflicto no que errei antes, por exemplo, não coloquei água no esterilizador) e na próxima vez que o usei, já o fiz. Ao possuir experiência com crianças (e não tendo filhos, irmãos ou quaisquer outras crianças familiares), sei empiricamente que se um bebé estiver a chorar, irei experimentar darlhe comida e verificarei a fralda. Se persistir tento verificar-lhe a temperatura (por questões de saúde, frio ou calor). Se mesmo assim o choro permanecer, chegarei à conclusão (empírica) que um bebé, às vezes, só precisa de chorar. Assim sendo chego a outro desfecho – que mesmo alterando hipóteses, condições, soluções e testes, há experiências que não têm solução/resolução. Estas produções de conhecimento, geralmente são experiências antigas, passadas de geração em geração, com o saber empírico aumentamos o nosso conhecimento.
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As fases do método científico são: inicialmente, observa-se o facto para indicar o problema. De seguida formula-se a hipótese adequada e/ou possível. Seguidamente será possível testar estas hipóteses. Perante os resultados encontrados, será realizada uma análise. Esta análise poderá revalidar as hipóteses, criando novas experiências ou concluir a experiência. Esta conclusão irá determinar se a hipótese é válida ou rejeitada.
Experiência Planta tapada
Se taparmos uma folha de uma planta com papel de alumínio, o que acontecerá? As hipóteses são: a)
A folha continua verde, não há alterações nem na folha nem na planta;
b)
A folha torna-se castanha e o resto da planta continua a crescer normalmente e
continua verde; c)
A folha torna-se acastanhada e faz com que a planta também fique castanha, aca-
bando por matar a planta; d)
A folha continua verde e a planta torna-se acastanhada.
Ao realizar esta experiência, com quatro plantas iguais, no mesmo ambiente e condições climatéricas iguais, água e suplementos iguais, iria ter a opção C como resultado final.
As variáveis são: 1)
Várias espécies de plantas.
2)
Mudando o ambiente e as condições climatéricas;
3)
Vários tipos de solo (terra fina, terra mais grossa, areia, etc.)
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Com estas variáveis os resultados seriam outros. Ao realizar a mesma experiência anterior com várias espécies de plantas, era possível a hipótese C ser novamente o resultado final. Embora a resistência das plantas influenciasse o resultado. Teria que acontecer uma nova experiência, agora com um estudo de base de conhecimento. Empiricamente falando, sei que se tapar uma folha de uma planta, privando-a da luz solar, esta irá secar. Concluo então que a fotossíntese é a base da vida das plantas. Para completar e complementar a fotossíntese, existe a luz solar e o oxigénio.
Teoria A fotossíntese é o processo através do qual as plantas e alguns outros organismos transformam energia luminosa em energia química processando o dióxido de carbono e outros compostos (CO2), água (H2O) e minerais em compostos orgânicos e produzindo oxigénio gasoso (O2). A equação simplificada do processo é a formação de glicose: 6H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6. Já a equação não simplificada do processo é: 12H2O + 6CO2 → 6O2 +C6H12O6 + 6H2O.
Factores que afectam a fotossíntese
Comprimento de onda e intensidade da luz: A velocidade da fotossíntese está direc-
tamente relacionada com a quantidade de luz, até ser atingido o nível de saturação. 3
Concentração de dióxido de carbono: É geralmente o factor limitante da fotossínte-
se para as plantas terrestres em geral, devido a sua baixa concentração na atmosfera, que é em torno de 0,04%.
Temperatura: Para a maioria das plantas, a temperatura óptima para os processos
fotossintéticos está entre 30 e 38ºC. Acima dos 45ºC a velocidade da reacção decresce, pois cessa a actividade enzimática.
Água: A água é fundamental como fonte de hidrogénio para a produção da matéria
orgânica. Em regiões secas as plantas têm a água como um grande factor limitante.
Morfologia foliar
A importância da fotossíntese A importância da fotossíntese para a vida na Terra é enorme. A fotossíntese é o principal processo de transformação de energia na biosfera. Ao alimentarmo-nos, parte das substâncias orgânicas, produzidas graças à fotossíntese, entram na nossa constituição celular, enquanto outras (os nutrientes energéticos) fornecem a energia necessária às nossas funções vitais, como o crescimento e a reprodução. Além do mais, ela fornece-nos oxigénio para a respiração. O ponto de compensação acontece para manter o sistema fotossintético activo, dissipando parte da energia luminosa recebida pela planta, permitindo a sua sobrevivência nestas condições stressantes. Tudo isto pode-se verificar nos ecossistemas existentes na Terra.
Outras propostas Como propostas após a experiência principal tenho as seguintes:
E se tapássemos a folha com película aderente. Aconteceria o mesmo?
As folhas das plantas estão viradas em direcção de maior incidência de luz solar?
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Se deitarmos o vaso com a planta. A planta cresce para o lado, continuando para em
frente ou irá subir em direcção ao céu?
http://esamultimedia.esa.int/docs/issedukit/pt/activities/flash/start_toolbar.html#c4_p56_01.s wf (Site interactivo de experiência com plantas – sem luz nem gravidade)
Se colocar um vaso dentro de um caixote de papelão (o qual não deixa trespassar a luz
solar), a planta irá contornar este obstáculo (caixote) para procurar a luz solar ou continuará a crescer para cima, a direito?
Conclusão Perante este projecto concluo que o mesmo foi importante para aprender o necessário na elaboração adequada de uma experiência. Também foi útil para aplicar o meu conhecimento empírico, aprender o conhecimento científico e analisar experiências com plantas. Futuramente poderei aplicar esta experiência como base na introdução da fotossíntese e do meio ambiente no estudo e na construção do conhecimento das crianças. Actualmente tenho a convicção e a segurança de aplicar esta experiência resultante de uma recolha de informação, testes, hipóteses e análises, o que me levou à conclusão da experiência em si. Conseguirei planear e implementar experiências relativas à fotossíntese e plantas, orientar o estudo das crianças aplicando o “aprender-brincando” ao estudo da ciência. As crianças poderão estudar a influência da luz solar nas plantas, explorar as suas próprias experiências tendo esta como base e assim aprender e construir conhecimento (empírico
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e cientifico). A partir dessas experiências, as crianças poderão ainda conhecer o meio que as rodeia, generalizar conceitos e leis, trabalhar em equipa, gerar debate, entre outros. Em suma, a realização deste trabalho foi importante devido à recolha de informação suficiente para adequar futuramente às crianças.
Bibliografia http://www.camilo.org/blog/ www.wikipedia.com
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