Fazenda da grama ed37

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ed. 37 • dezembro de 2013

REVISTA FAZENDA DA GRAMA • EDIÇÃO 37• DEZEMbRO 2013

Toque verde-amarelo

EmprEsários brasilEiros produzEm vinho Em mEndoza

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EDITORIAL

Caminhando pelas alamedas floridas do parque do Fazenda da Grama, dei uma volta também no tempo. Fui lembrar de uma música chamada “Estão chegando as flores”, muito bem interpretada pela cantora carioca Helena de Lima. Isso ocorreu na época em que se frequentavam lugares no Rio de Janeiro em que se ouvia boa música, tinha-se boa comida e famílias eram bem-vindas. Esse era o cenário dos anos 1960 e 1970. Bons tempos? Sim. Eram bons aqueles tempos. E por falar em odes à primavera, nós do Fazenda da Grama temos um motivo importante a comemorar. O arquiteto e paisagista Marcelo Novaes, que projetou nosso parque, acaba de ganhar um prêmio na Inglaterra concorrendo com seu projeto “Fazenda da Grama”. Em grande competição internacional, ele apresentou esse trabalho que, entre vários outros, saiu-se vencedor na categoria “Landscape Architecture”. O prêmio lhe será entregue em Londres dia 6 de dezembro, em solenidade promovida pela International Property Awards, sua idealizadora. Na terra dos famosos parques e jardins, ser premiado é um mérito que merece nosso aplauso, e Marcelo Novaes e seu projeto “Fazenda da Grama” são detentores do nosso reconhecimento. Com isso, convido a todos a festejar a primavera com flores e muita alegria. Por aqui ficamos. Até a próxima vez. Aluizio Rebello de Araújo

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O vERDE pOR Aí Ao tentar ver um fio condutor nesta edição da revista, percebi que o verde é a cor predominante na maioria das reportagens. Temos uma viagem pela paisagem verdejante da Irlanda, com seus tradicionais e desafiadores campos de golfe, vacas e ovelhas pastando, castelos pendurados em rochedos e alegres cidades. Aqui em São Paulo, fomos conhecer o trabalho de jovens empreendedores que criaram a Courrieros, empresa que faz entregas de bicicleta em meio ao trânsito caótico da cidade. Sustentável, a iniciativa estampa seu conceito nos uniformes e nas cores das bicicletas, verdes. A jornalista Renata de Farias também investiu duplamente no tema: entrevistou o paisagista Gil Fialho, especialista em jardins verticais e um apaixonado pelas plantas tropicais; e ouviu vários profissionais para saber como montar um orquidário, além de selecionar uma boa bibliografia sobre o tema. Sylvio Telles também seguiu a mesma trilha, explicando em sua coluna, Por Dentro do Campo, como se faz um bom putting green. Em Mendoza, mais verde: a Otaviano Bodega & Viñedos, comandada por um grupo de empresários brasileiros, é tema de uma reportagem de Alice Rivero, que conta como são produzidos os vinhos que já ganham adeptos entre os grandes conhecedores da bebida. E, para fugir um pouco da cor predominante, a arquiteta Rossana Cerello mostra sua obra e fala de decoração de interiores, atividade em que ela privilegia sempre o bem-estar do usuário. E, em Londres, visitamos a National Portrait Gallery: bem ao lado da National Gallery, sempre lotada de turistas de todos os cantos do mundo, suas salas tranquilas e amplas exibem retratos de algumas das figuras mais importantes do passado e do presente, de Elizabeth I à modelo Kate Moss, passando por Beatles, Rolling Stones e grandes damas do teatro inglês, como Judi Dench e Maggie Smith. desejamos a todos uma ótima leitura!

QUEM FAZ

Denilson Milan

Rosane Aubin

Nina Franco

Renata Turbiani

Kevin Bulman

ContAtos FAzendA dA GRAmA Pabx. 11 4591-8000 Clubhouse starter 11 4591-8001 Clubhouse Bar 11 4591-8003 Clube 11 4591-8004 Administração Juan Higuera Romero (gerente geral) 11 4591-8010 eng. Antonio (construções) 11 4591-8018 Administração Regina (assistente) 11 4591-8012 Administração sandra (assistente)11 4591-8011 Administração sabrina (assistente) 11 4591-8015 Administração eng. sylvio (greenkeeper) 11 4591-8017 ConseLHo edItoRIAL Luís Eduardo Americano Araújo, Fernando Viana Lomonaco e Denilson Milan

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Sylvio Telles

diretor executivo – Denilson Milan Publisher – Rosane Aubin direção de Arte – Nina Franco (inspiredesignlab.com.br) Colaboraram nesta edição – Alice Rivero, Kevin Bulman, Renata de Farias, Renata Turbiani, Renato Machado, Sylvio Telles (texto), Silvana Marli (revisão) PARA AnunCIAR – Tel. (11) 3521-7329 Denilson Milan – denilson@fortunacom.com.br www.facebook.com/fortunacom A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados. As pessoas não listadas no expediente não estão autorizadas a falar em nome da revista ou a retirar qualquer tipo de material sem prévia autorização emitida por carta timbrada da redação.





BOAS NOvAS

Desenhado pela FGMF Arquitetos, de Fernando Forte, Lourenço Gimenes e Rodrigo Marcondes Ferraz, o restaurante Deliqatê, no coração dos Jardins (Alameda Jaú, 1.191) lembra as charmosas delicatessens de Nova York. O terreno de 5 por 30 metros, que antes abrigava um sobrado dos anos 1940, ganhou uma nova construção com estrutura em aço pintado de cinza. O projeto procurou deixar o prédio convidativo para as pessoas que passam na rua. “Dispensamos cercas e muros e o recuo obrigatório de 5 metros foi ocupado por um deck cercado de plantas. E a fachada é totalmente envidraçada”, diz Fernando Forte. São três andares: o térreo, destinado à entrada, uma área de mesas e um terraço e deck externos; o subsolo, com a cozinha e demais espaços de serviços; e o superior, que se debruça sobre a entrada em forma de mezanino. Decorado com obras de arte, o restaurante oferece um cardápio de sanduíches gourmet, saladas, sopas e sobremesas.

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fotos: RAfAELA NEtto

À moda nova-iorquina


Montblanc celebra a escrita

Quem for a Nova York tem um novo endereço para visitar: a marca de relógios, canetas, joias e óculos Montblanc inaugurou no final de outubro uma nova loja no número 600 da Madison Avenue, no Midtown de Manhattan. A festa contou com vários convidados especiais, como a atriz Olivia Munn, e com um discurso do CEO Jerome Lambert. Com muitos produtos à mostra, a loja de 3.200 metros quadrados tem uma sala VIP para receber os clientes e lustres de cristais Swarovski. O conceito, alinhado à tradição da marca, é o de celebrar o universo da escrita, com a exibição de várias coleções, peças raras e duas escrivaninhas.

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Estúdio do Executivo Casa Cor 2013 Projeto Andrea Teixeira & Fernanda Negrelli Piso e Parede em Limestone Saint Remy

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PAZ E ENERGIA ARQUITETURA

Para a arquiteta Rossana Cerello, os principais requisitos para morar bem s達o a tranquilidade e o bem-estar Por renata de Farias

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ormada em arquitetura e urbanismo pela Faculdade Armando Álvares Penteado (FAAP), de São Paulo, e em design de interiores sustentável em edifícios históricos pela Florence University Of The Arts, em Florença, na Itália, a arquiteta Rossana Cerello procura criar ambientes únicos e personalizados para cada um de seus clientes. Por conta disso, ela, que também cursou design de interiores na New York School of Interior Design, nos Estados Unidos, está sempre em busca de novas tecnologias e designs, mas sem deixar de lado a preocupação com a natureza. “A tecnologia e a natureza costumavam ser vistas como duas coisas opostas, mas isso está mudando. E nós, arquitetos e designers de interiores, temos de colaborar sempre, procurando materiais que não prejudiquem o meio ambiente”, comenta. Ligada à decoração desde a infância – sua família é proprietária da centenária loja de móveis Armando Cerello, localizada na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, no Jardim Paulistano, em São Paulo –, Rossana conta que acabou se apaixonando pela profissão justamente por ter crescido rodeada por arquitetos e decoradores. “A proximidade com esse universo e com esses profissionais fez com que eu me encantasse pela arte de morar”, analisa. Hoje, ela comanda o escritório Rossana Cerello Arquitetura e realiza projetos residenciais e corporativos, além de participar de diversas mostras, como a Itu Casa Decor. Segundo a arquiteta, conforto e bem-estar definem seu estilo. “Tenho de entender as necessidades do meu cliente para depois saber qual rumo tomar. Também tenho a preocupação de oferecer o máximo de personalização para que cada ambiente seja único”, complementa. Para saber mais sobre a carreira, os trabalho e os projetos futuros, a Revista Fazenda da Grama bateu um papo com Rossana. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista. Fazenda da Grama – Você nunca cogitou assumir a loja da família? Rossana Cerello – Consigo conciliar muito bem o meu escritório de arquitetura e design de interiores com a nossa empresa. São duas coisas que estão muito ligadas e uma acaba ajudando a outra. Porém, nos meus projetos, escolho um pouco de cada fornecedor. Nenhuma loja tem tudo aquilo que desejamos, então gosto de prestigiar os lugares que completam meus projetos. Pode citar alguns? Gosto muito da Dpot, onde encontro peças de designers brasileiros renomados; do Empório Vermeil e dos móveis da Armando Cerello, que, além de oferecer alta qualidade, permite que o

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ElEgância, luz E naturEza: a decoração da casa é baseada nesses pilares, com o uso de móveis em tora e plantas que evidenciam a interação entre interior e exterior

cliente personalize suas peças. Lá, ele pode alterar medidas, acabamentos e ainda fazer móveis seguindo o desenho que quiser. Para tecidos gosto muito da Entreposto e da Prints. Tapetes costumo procurar na By Kamy e na Casa Fortaleza. O que é morar bem para você? Morar bem é se sentir bem quando entramos em casa. Seja ela grande ou pequena, luxuosa ou simples. Morar bem é viver em um lugar que seja capaz de nos dar paz e que recarregue nossas energias. Como define seu estilo? Conforto e bem-estar podem definir bem o meu estilo. Tenho de entender as necessidades do meu cliente para depois saber qual rumo tomar. Gosto de ambientes leves e aconchegantes, da mistura das cores claras com a madeira, que é um material muito nobre e deixa o espaço mais acolhedor. Gosto de tons pastéis misturados com pedras e madeira. Claro que podemos colocar algum tom mais forte em um ambiente, mas gosto das cores fortes quando elas são pontuais, porque assim tornam-se especiais. E as pedras e a madeira traduzem a nacionalidade da casa. O Brasil é um país rico nesses elementos naturais e, utilizando de forma consciente e harmônica, conseguimos um ambiente elegante e acolhedor. O que pode dar um toque especial ou transformar a decoração da casa? Uma peça especial, uma obra de arte ou mesmo uma coleção. Itens que o cliente se apaixona ou já é apaixonado dão o toque

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especial na decoração e acabam sendo as peças-chave do ambiente. É o que chamo de elemento de destaque. E o que pode acabar com ela? O gosto pessoal de cada um é algo muito peculiar e deve ser respeitado. O que eu posso achar que acabou com a decoração, pode ser o destaque para outros. Mas acredito que temos de tomar cuidado com a mistura de cores e texturas. Não existe regra, mas tem de existir harmonia. Como não deixar a decoração datada? O mundo está em constante transformação. Decoração é como moda: as cores que estão em alta mudam, assim como os tecidos, as estampas e os revestimentos. O interessante para não deixar um ambiente com prazo de validade é fazer com que ele seja bem versátil, flexível e passível de mudanças, mesmo que sejam em pequenos detalhes. E como fazer essas mudanças? Os tecidos podem fazer essa mágica. Eles têm o poder de transformar uma decoração sem ter de mudar tudo. Os papéis de parede e as tintas também são elementos superfáceis de utilizar e dão outra “cara” ao ambiente. Quais são suas dicas para transformar o interior das casas nas quatro estações? Acho que naturalmente fazemos isso. As flores mudam a cada estação e, com isso, acabamos trazendo para dentro de casa plantas diferentes em cada uma delas. Esse é um tipo de mudança. No inverno, costumamos colocar cobertores nas camas. Além disso, podemos mudar detalhes como capas de almofadas, mantas nos sofás e poltronas, velas e vasos em diferentes cômodos… Assim, a casa fica em constante transformação sem que façamos grandes mudanças. Hoje em dia a preocupação com o meio ambiente tem sido um dos principais pilares da arquitetura mundial. Como você encara essa questão?

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MiniMalista E arrojado: Rossana procurou aquecer a casa, em concreto aparente, com elementos de madeira, tapetes discretos e com a mistura de peças de linhas retas com outras mais orgânicas, como a mesa de centro em tora; os móveis da área externa são da Armando Cerello

A tecnologia e a natureza costumavam ser vistas como duas coisas opostas, ou seja, uma prejudicava a outra. Agora isso está mudando. A tecnologia entra num estado em que ajuda a natureza, e é isso que o design tem como tendência: a preservação do meio ambiente. Nós, arquitetos e designers de interiores, temos de colaborar com a natureza, buscando materiais que não prejudiquem o meio ambiente. Afinal, a natureza também é nossa casa e temos de cuidar dela com o mesmo cuidado que temos com os nossos lares. Onde busca inspiração para a realização dos projetos? Repertório é muito importante. No meu escritório tenho muitos livros de diversos lugares do mundo. Toda cultura tem seu charme, algo que é extremamente agregador na hora de projetar. Gosto de buscar inspirações em diferentes lugares para um mesmo projeto. Assim tudo fica único e muito personalizado. Quais peças de design você recomenda que a pessoa tenha em casa? O que não pode faltar numa casa é obra de arte. Seja quadro ou escultura, as obras de arte “vestem” nossas casas e muitas vezes retratam a personalidade dos moradores. Tem um designer de que mais gosta ou uma peça favorita? Sérgio Rodrigues é um grande nome do design brasileiro que não poderia deixar de ser lembrado. Entre muitos outros que tenho grande admiração, gosto de citar o nome dele, pois é uma referência para mim. Amo as peças dele: além de esteticamente belas, são muito confortáveis. Isso é o que admiro: o belo e o funcional andando juntos, lado a lado. Você trabalha com projetos residenciais e corporativos. Quais são as principais diferenças entre eles? Os projetos residenciais têm como objetivo o bem-estar de uma família ou de uma pessoa no seu momento mais íntimo, sendo necessário um bom entendimento do cliente e dos seus hobbies, por exemplo. Já no corporativo o bem-estar é coletivo. Nesses casos, o objetivo é retratar na arquitetura e na decoração as características da empresa. É importante que a ambientação seja funcional, flexível e que traduza a identidade da companhia em detalhes arquitetônicos.

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Falando mais sobre arquitetura, o que ela representa para você e de que maneira pode melhorar a vida das pessoas? A arquitetura é a arte de habitar, seja por um curto ou longo período. É o que mais gosto de fazer, pois é muito satisfatório ver como a arquitetura tem o poder de mudar a vida das pessoas. Quando mudamos nossa casa ou nosso ambiente de trabalho a energia se renova, gerando uma sensação de bem-estar. E é isso que me motiva cada vez mais: a satisfação e a felicidade do cliente. Como integrar a decoração à arquitetura? Decoração e arquitetura devem falar a mesma língua. Se recebo o projeto de uma casa com referências do estilo toscano, vou procurar as mesmas referências toscanas para fazer a decoração. Por outro lado, se recebo um projeto de uma casa contemporânea minimalista, vou traduzir essa arquitetura na decoração, buscando elementos com linhas mais retas e espaços amplos. Como transformar ambientes pequenos ou aqueles que naturalmente já não têm muita graça, como lavanderia, em locais charmosos? Isso é arquitetura! É a arte de transformar ambientes, seja eles quais forem, em lugares agradáveis e funcionais. As cores são muito significativas e a escolha dos móveis e da marcenaria também. Médicos e psicólogos sempre acabam “atendendo informalmente” seus amigos. Com você isso também acontece? As pessoas costumam te pedir muitas dicas? Demais, mas gosto disso! Apenas ratifica o quanto minha opinião é importante para essas pessoas e como elas confiam em mim. De que forma a experiência de ter estudado na Itália enriqueceu seu trabalho? A Itália é um país muito rico em diversos aspectos e em especial no que diz respeito à arquitetura, design de interiores e moda. É um país que exala estilo e isso me deu um repertório enorme com referências de grandes nomes do design mundial. Quais são as principais diferenças que vê entre a arquitetura e a decoração das casas brasileiras e europeias? A cultura influencia muito no morar das pessoas. O que é prático e funcional para os brasileiros, pode não ser para os europeus, e os materiais disponíveis na Europa também são diferentes dos que temos aqui. Dessa maneira, as residências naturalmente tornamse distintas. Quais são seus planos futuros? Gosto de deixar a vida fluir, mas também gosto muito da minha profissão, e acho que isso só tende a me fazer crescer mais, pois me dedico muito ao que faço.

clEan, urbano E contEMporânEo: para dar um aspecto de amplitude à sala, a arquiteta fez uma montagem com espelhos, fechando por completo uma das paredes; o aparador amarelo destaca-se diante dos móveis de tons claros; na varanda, as pedras do revestimento da churrasqueira e a madeira de demolição foram escolhidas para deixar o ambiente acolhedor

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OBJETOS DO DESEJO

Leve e eLegaNte A estante Cage B, do designer Massimo Castagna para a Orbi Brasil, passa uma impressão de leveza: a estrutura de metal proporciona transparência, e as prateleiras de madeira estrategicamente colocadas dão um toque de harmonia. www.orbibrasil.com

coNForto e gLamour A cadeira Double Bubble Red, da Kare, é feita de aço cromado e ABS. www.kare-saoapaulo.com.br

somBra com estiLo Da Stobag, o guardasol Brisa é perfeito para ambientes amplos. www.stobag.com.br

cLássico O Eames Sofa Compact, desenhado pelo casal Charles e Ray Eames, é feito de espuma, com revestimento em tecido e estrutura esmaltada na cor preta, com pernas cromadas e sapatas em aço inoxidável. www.issoehermanmiller.com.br

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equiLíBrio A estante Équis, do Espaço 204, permite montagens com duas ou mais unidades intercaladas. A autora é a designer Alessandra Delgado Tavares. www.espaco204.com.br

iNsPiração LoNdriNa O bufê Picadilly, da Boca do Lobo, é especial por dentro e por fora. O interior é forrado com espelhos, e o exterior é uma criativa homenagem à londrina Picadilly Circus. www.bocadolobo.com

tradição coLorida Inspirada nos tradicionais mobiliários de países como a Índia e a Turquia, a coleção Cores do Oriente, da Madeira Bonita, tem entre seus destaques a escrivaninha Nellore, de madeira com acabamento em laca. www.madeirabonita.com

BaLaNço Premiado A cadeira Fedro, da Dedon, à venda na Collectania, acaba de ganhar o prêmio EESC (European Award for Excellent Sustainable Design 2013). Representa um novo conceito de sentar: sem pernas, a cadeira de design ergonômico é apoiada em dois arcos, o que permite balançar para a frente e para trás. www.collectania.com.br

Luz do orieNte A luminária de mesa Gradil, com design do estúdio Latoog, resgata os recortes dos tradicionais muxarabis, uma herança islâmica muito usada na arquitetura brasileira. www.clami.com.br

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pAiSAGiSMO

TroPicaL cHiQue Apaixonado por espécies nativas da Mata Atlântica, o paisagista Gil Fialho é adepto dos jardins verticais Por renata de Farias Fotos divulgação

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rande observador da natureza e incansável estudioso da flora brasileira, o paisagista Gil Fialho acha que, além do benefício ecológico, um jardim deve resgatar a identidade do local em que está inserido e integrar o conjunto arquitetônico de forma harmônica e natural. Há mais de 20 anos na profissão, ele, que no passado vivia fazendo excursões à Mata Atlântica para estudar e conhecer melhor as espécies, hoje comanda uma equipe de 30 profissionais, entre arquitetos, botânicos e estagiários. Com seu estilo original e despretensioso, Gil Fialho costuma reproduzir a natureza de uma maneira orgânica. Como ele explica, suas paisagens têm como objetivo integrar da melhor forma a arquitetura e as condições do solo e do clima local, respeitando a vegetação do entorno e, com isso, permitindo a total interação do homem com o ambiente. Ele não abre mão das plantas tropicais em seus projetos. “Essas espécies são mais interessantes esteticamente e, por serem nativas, se adaptam melhor”, comenta ele, que tem trabalhos realizados em diversas cidades brasileiras e até em outros países, como Angola. A pedido da Revista Fazenda da Grama, Gil Fialho separou alguns projetos de jardins verticais − ele desenvolveu um sistema próprio que é comercializado com exclusividade em seu escritório, em São Paulo −, áreas com piscina e paisagismo corporativo. JARDiM vERTicAl Melhorar a sensação térmica, reduzir a emissão de carbono, oferecer conforto acústico, combater a poluição visual e embelezar residências, condomínios e empresas. Esses são apenas alguns dos benefícios dos jardins verticais, que têm em Gil Fialho um de seus principais defensores. O paisagista conta que o sistema que criou foi baseado na estrutura dos troncos das árvores da Mata Atlântica, onde crescem plantas epífitas (vivem sobre outras plantas e árvores, utilizando-as como suporte, como algumas variedades de orquídeas). “Trata-se de uma estrutura feita de materiais reciclados e compostos orgânicos para a recomposição de áreas degradadas. Elas possuem um tipo de bolsa, onde as mudas são plantadas, e contam com sistema de irrigação automatizado”, comenta. Segundo Fialho, o ideal é instalar jardins verticais em áreas externas. “As plantas precisam de sol e ventilação, e, em ambientes fechados,

Paredes verdes: Gil Fialho desenvolveu um sistema que permite plantar em superfícies verticais

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Para cada caso, uma soLução: vegetação densa em paredes de maior extensão e mistura de cores

por não terem as condições climáticas ideais, pode ser que não se desenvolvam corretamente.” Entre seus projetos de paredes verdes (também chamadas de quadros vivos), destaca-se o do condomínio West Whales, na Praia da Baleia, em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo. Gil conta que os painéis de 9 metros, com espécies nativas em diversas composições, inclusive de cores, foram desenvolvidos para amenizar a alvenaria e criar um visual interessante. No Restaurante Jam, no bairro Jardins, na capital paulista, o profissional optou por fazer uma vegetação inoculada em uma parede de pedras. “Desejávamos um paisagismo menos denso, pois a distância do observador para a parede é curta.” Lá, foi utilisada uma coleção de espécies epífitas. Em outra residência, também nos Jardins, em São Paulo, a opção de Gil Fialho foi um grande painel (11,9 metros de comprimento e 4,7 metros de altura), instalado à beira da piscina. Algumas das plantas escolhidas foram columeias, peperômias, orquídeas, chifre-de-veado, minitradescantia e ripsalis. Além do sistema de irrigação automatizado, esse jardim vertical possui um sensor de umidade. piSciNAS A piscina sempre foi o centro das atenções em qualquer residência, especialmente quando cercada pela natureza. Isso porque é neste local que a família curte os dias de sol, recebe os amigos, relaxa, curte a vida... Em seus projetos, Gil Fialho procura compor o jardim de forma que a água possa refletir a copa das palmeiras, espécies que ele usa bastante. “Também gosto muito de chegar com o jardim bem perto da piscina, fica algo mais natural”, acrescenta. Quanto aos revestimentos, ele diz que prefere mesclar madeira com pisos antiderrapantes (cimentícios ou cerâmicos) para que o ambiente não fique tão árido. Já a escolha das plantas vai depender do terreno, do que o cliente deseja e das condições climáticas da região. “Normalmente, uso coqueiros, palmeiras, helicônias e papiros. O ideal é não utilizar bambus nem árvores de folhas muito pequenas, para que elas não caiam na água, causando o entupimento da piscina. Além disso, espécies muito grandes podem gerar sombra em excesso, por isso também é bom evitar”, indica. Outra dica de Fialho é construir pergolados próximos à piscina, assim os usuários

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terão um ambiente de sombra para relaxar. Em relação aos móveis, ele comenta que a tendência atual são os feitos em materiais mais leves e fáceis de limpar, como a fibra sintética. Madeira de demolição também é uma boa pedida, pois aquece o ambiente. Na residência no Jardim Europa, em São Paulo, com projeto arquitetônico de Arthur Casas, o spa e o deck ficam junto à piscina, de forma que parecem um único elemento. No paisagismo, Gil pretendeu que a vegetação abraçasse a casa, promovendo conforto térmico e a atração de aves. Ele priorizou, mais uma vez, as espécies tropicais, como jasmim-da-índia, gengibre vermelho, costela-de-adão e maranta-charuto. O clima tropical também foi um dos pedidos dos moradores de uma casa em Piracicaba, no interior de São Paulo. Com isso, a equipe de Gil Fialho procurou integrar ao máximo as áreas da academia, da churrasqueira e da piscina por meio de uma coleção de plantas nativas. Na lateral da piscina, tipo raia, foram colocadas cinco palmeiras arecas-de-locuba, com moreias na base plantadas em sequência. O jardim envolve a construção de forma harmoniosa e os espelhos d’água ressaltam a sensação de bem-estar. Em mais uma residência no Jardim Europa, Fialho pensou a área da piscina de forma a criar um espaço que pudesse ser usado tanto para relaxamento quanto para os moradores receberem amigos e parentes. “Especificamos frutíferas e plantas com perfume, como jabuticabeiras, romãs e jasmins. O diferencial fica por conta do deck, que desliza sobre a piscina, formando um solário.”

sequêNcia NaturaL: o paisagista gosta de trazer a natureza para perto das piscinas

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cORpORATivO Ao longo dos anos, os locais de trabalho passaram por diversas transformações, e não apenas os ambientes internos. O exterior também mudou, e muito. Se antes era uma construção fria, com no máximo um pouco de grama e um vaso aqui e outro ali, hoje o paisagismo tornou-se essencial para o bem-estar dos funcionários. De acordo com Fialho, nos projetos corporativos, caminhos orgânicos, volumes, cores e cheiros convidam para a interação do homem com a natureza e oferecem momentos de relaxamento e descompressão durante o dia, aumentando o rendimento na hora de voltar para a frente do computador. “No paisagismo corporativo, precisamos respeitar o tráfego das pessoas e os espaços de circulação. Também é importante conhecer a cultura da empresa. Normalmente, nesse tipo de projeto, a formalidade é maior em função da arquitetura e também da postura da companhia”, afirma. Fialho relata ainda que os pedidos de projetos para grandes corporações são cada dia mais frequentes. Um de seus clientes é AstraZeneca Brasil, indústria farmacêutica localizada em Cotia, na Grande São Paulo, que abandonou o ar asséptico, necessário dentro de seus laboratórios, para investir na qualidade de vida dos funcionários ao ar livre. “Antes a empresa tinha apenas uma área gramada sem muita utilidade. O que fizemos foi transformar todo o exterior em um espaço de relaxamento. Incluímos até uma pista para fazer caminhada. Entre as espécies que utilizamos estão palmeiras, helicônias e bromélias. Também investimos em frutíferas, como a pitangueira, para atrair aves, e em vegetação nativa da região.” Outra empresa que contratou os serviços de Gil Fialho e equipe foi a Engevix, que elabora estudos, projetos e atua na integração e no gerenciamento de empreendimentos nas áreas de energia, indústria e infraestrutura, com sede em Barueri, em São Paulo. Lá, ele criou um jardim interno bem no centro do prédio. “É uma espécie de praça de confluência, e exploramos apenas as laterais, para deixar a bela escultura Pêndulos, do artista plástico Gilberto Salvador, se destacar. Além de valorizar a obra, nossa ideia foi que ela interagisse com o paisagismo.” No exterior da edificação, toda de vidro refletivo, o paisagista introduziu espécies mais esculturais, como as palmeiras. Outras plantas utilizadas foram dracenas, antúrios, lírios-da-paz, pleomelias e pacovás.

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o verde iNvade as emPresas: o mundo corporativo usa cada vez mais o paisagismo para proporcionar bem-estar aos colaboradores e visitantes



GOlF TipS

pOR Kevin Bulman

eNTeNdeNdo como FuNcioNa o acesso ao PGa Tour e WeB.com

C

lassificar-se para o PGA Tour nunca foi fácil – conquistar o cartão do tour e o direito de ser membro do PGA Tour sempre foi uma tarefa árdua. A partir deste ano, esse objetivo tornou-se ainda mais difícil. De 1965 até 2012, a maneira “mais fácil” para se classificar era por meio do PGA Tour “Q-School”, uma série de torneios classificatórios que terminava com uma seleção final, após a qual um certo número de jogadores do topo da lista eram contemplados com a admissão para o PGA Tour na temporada seguinte. A partir de 2013, o Q-School não mais levará um jogador para o PGA Tour. O Q-School ainda existirá, mas vai contemplar jogadores com uma vaga no Web.com Tour, o circuito de acesso ao PGA Tour. E a via para o PGA Tour tera como base as finais do Web.com Tour, uma série de torneios no final da temporada que inclui os líderes em ganhos do Web.com Tour e os jogadores do PGA Tour que não se classifi caram para os playoffs do Fedex Cup do PGA Tour. Assim, a resposta mais curta para a pergunta, “qual é o principal meio de se classificar para uma admissão no PGA Tour?” é: torne-se um membro do Web.com Tour (por meio do Q-School), tenha um desempenho bom o suficiente na temporada e nas finais do Web.com Tour. Conquistando um cartão do PGA tour no Web.com tour Lembrando que primeiro o jogador precisa conquistar a admissão no Web.com Tour por meio do novo Q-School. Uma vez no Web. com Tour, ele poderá se “graduar” para o PGA Tour de uma destas duas maneiras: • Promoção do Campo de Batalha: vencer no Web.com Tour três vezes na mesma temporada leva o jogador a ganhar imediatamente a admissão para o PGA Tour. Essa maneira é conhecida como a “promoção do campo de batalha”. • Finais do Web.com tour: conquistar o cartão do PGA Tour por meio de bom desempenho nas finais. Como conseguir o cartão do PGA tour nas finais do Web.com “The Finals” é uma série de quatro torneios do Web.com Tour, em seguida à conclusão da temporada regular. Jogadores que terminam entre os top 75 em ganhos no Web.com Tour, mais os jogadores do PGA Tour que terminam a temporada entre as posições 126 e 200 no Fedex Cup, fazem parte das competições. As primeiras finais do Web.com Tour foram jogadas em setembro de 2013.

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Um total de 50 jogadores serão contemplados com cartões do PGA Tour nas finais do Web.com Tour. Jogadores nas posições de 1 a 25 na lista de ganhos do Web.com Tour garantem 25 desses cartões (mas ainda assim jogam os “The Finals” para estabelecer sua posição no ranking de prioridade); os outros 25 cartões são conquistados pelos jogadores com maior ganho acumulado nos torneios finais. outras maneiras de se classificar para o PGA tour Assim, a partir de 2013, as finais do Web.com Tour substituem o Q-School como meio de conquistar um cartão no PGA Tour. O Q-School levará jogadores somente ao Web.com Tour. existem outros meios − além de avançar no Web.com tour − de conquistar a admissão no PGA tour? Sim, existem vários outros meios, mas são todos bastante difíceis de acontecer. • Vencer um torneio do PGA tour ou um major: se um não membro do PGA Tour vier a jogar um evento do PGA Tour ou um major (por exemplo, como convidado do patrocinador ou por meio de classificatória de Segunda-Feira) e vencer esse torneio, recebe a admissão para o PGA Tour. • Acumular muitos pontos em poucos torneios do tour: assim como no caso anterior, essa maneira de se classificar requer ao não membro do PGA Tour jogar os torneios com convites de patrocinadores ou classificatórias de Segunda-Feira. Se o jogador consegue jogar um número suficiente de torneios dessa maneira − e ter um desempenho suficientemente bom − poderá conquistar seu cartão dessa maneira. Se o tal jogador conseguir, a partir da temporada de 2014, conquistar pontos suficientes na Fedex Cup (ou ganhos antes de 2014) de maneira que termine a temporada entre os top 125, conquistará um cartão para o PGA Tour no ano seguinte. Conquistar um cartão dessa maneira acontece, mas é muito raro. • Conquistar na temporada um “special temporary membership”: um jogador pode conquistar esse cartão no PGA Tour na temporada presente se acumular pontos suficientes na Fedex Cup (a partir de 2014, ou ganhos antes de 2014). Ele deve acumular a quantidade de pontos equivalente ou maior do que o jogador na 150ª posição na Fedex Cup ao final da temporada anterior. Mesmo assim, o tal jogador ainda deve conquistar seu cartão para a temporada seguinte num dos meios anteriormente citados. • Há outras maneiras de um jogador permanecer no PGA Tour (no lugar de perder seu cartão), se já for um membro do PGA Tour. Para não membros, entretanto, os meios acima citados são a única maneira de se classificar para uma admissão no PGA Tour. De qualquer maneira, classificar-se é um processo muito difícil.

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Por renato machado

fotos: MARiusz CiEszEwski

BATE-BOlA

polo abaixo de zero

Havaí, terra também do golfe

A prancha de surfe e a água salgada ficarão de lado por alguns instantes no Havaí, enquanto as praias paradisíacas cederão lugar aos bunkers de areia. Isso porque entre 9 e 12 de janeiro acontece o tradicional torneio de golfe Sony Open in Hawaii, na capital Honolulu. A competição profissional, que faz parte do PGA Tour, é realizada no Waialae Country Club desde 1965. Além do alto nível de competidores e uma premiação de 1.008.000 dólares, o Sony Open Hawaii conta com um dos cenários mais belos da temporada. Vale conferir: www.sonyopeninhawaii.com/

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foto: sCott PiERCY

Final de ano no Hemisfério Norte é sinônimo de queda de temperatura. A chegada do tempo frio e das nevascas é o anúncio para algumas adaptações no estilo de vida. E, por que não, também na forma de praticar esportes? É o que irá acontecer entre 8 e 19 e janeiro, em Tianjin, China. O Goldin Metropolitan Polo Club é a sede da terceira edição do Fortune Heights Snow Polo World Cup. Cavalos e cavaleiros vão ao campo coberto de neve para enfrentar os adversários e também um frio de -3 graus centígrados. Longe de casa, o torneio ainda irá contar com a presença de um selecionado brasileiro. Para maiores informações, acesse o site www.snowpoloworldcup.com/


foto: NICK HEWSON

Ano novo, temporada nova

Após curtas – e merecidas – férias, os tenistas voltam às quadras para mais um grande desafio, o Australian Open. Como nos últimos anos, o grand slam acontece nas superfícies duras da arena Rod Laver, no Melbourne Park, entre 13 e 26 de janeiro. Além da disputa por um começo promissor na temporada, os melhores atletas da atualidade estão de olho na premiação de 2,43 milhões de dólares (tanto no feminino quanto no masculino). Atuais campeões, a bielorrussa Victoria Azarenka e o sérvio Novak Djokovic vão ter que suar a camisa para se manter no topo da competição.

De branco para velejar

Hasteiem as velas e feliz ano novo! Esse é o espírito da última competição de vela do ano, a Regata de Año Nuevo – Bahía de Cádiz. Com a regata derradeira sendo disputada no próprio dia 31 de dezembro, crianças, jovens e adultos participantes poderão celebrar a entrada da nova data nas águas da Baía de Cádiz, na Espanha. O evento é promovido pela Federação Andaluz de Vela e chega neste ano à décima edição. Serão disputadas provas das classes Laser, Laser Radial, Laser 4.7 e RS:X. Há ainda modalidades para jovens, como a RS:X 8.5, a Techno 293 (sub-15 e sub-17) e a Optimist (sub-13 e sub16). As primeiras regatas serão disputadas a partir de 27 de dezembro. Para maiores informações acesse o site da Federação: www.fav.es/

Snowboard Jamboree 2014

A cidade de Stoneham, no Canadá, será a sede do Mazda Snowboard Jamboree 2014. O evento, que acontece entre 16 e 19 de janeiro, possui três categorias de snowboard: half-pipe, big air e slopestyle. Este ano a competição será uma das últimas possibilidades de os atletas garantirem uma vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, Rússia (que acontecem em fevereiro). Além da credencial olímpica, os resultados no Jamboree 2014 valerão pontos para o World Snowboard Tour. Entre uma disputa e outra, os fãs poderão curtir uma feira de exposição, com marcas relacionadas ao esporte, ou se divertir nas festas realizadas após a final de cada modalidade. Veja mais em: www.snowjamboree.com/

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VI A G E N S

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Tacadas e muiTa diversão

A Irlanda é uma festa para quem gosta de golfe − e também para quem só quer curtir as férias Por rosane aubin*

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ão mais de 450 clubes de golfe, dois jogadores no ranking dos top 20 do mundo, vários campos entre os melhores e mais de 240 mil turistas que visitam a ilha por ano para praticar o esporte. A República da Irlanda, ao sul, e a Irlanda do Norte, que faz parte do Reino Unido, são um destino quase obrigatório para os aficionados do golfe. E não é só isso: além de oferecer alguns dos campos mais deslumbrantes e desafiadores do planeta, a ilha tem um povo caloroso e simpático, opções de lazer para todos os gostos e uma respeitável tradição literária que inclui os inigualáveis James Joyce, Oscar Wilde e Bram Stocker, só para citar alguns. E, além dos mundialmente famosos uísque Jameson e cerveja Guinness, prepare-se para cair em muitas tentações: a comida irlandesa é uma delícia, com uma carne de fazer inveja a argentinos e uruguaios, frutos do mar frescos e saborosos e queijos divinos. Antes de mais nada, aprenda a brindar como os irlandeses, que desejam “sláinte” (saúde), que se pronuncia slaintcha. DUBliN E ARREDORES Berço da banda U2, a capital da República da Irlanda é cortada pelo Rio Liffey e marcada pelo histórico espírito independente de seu povo. Simpáticos, os dublinenses conhecem com detalhes a história de seu país e têm um imenso prazer − pelo menos aqueles com quem tive contato − de mostrar onde moram ou moravam seus conterrâneos ilustres, onde fazer compras com qualidade e bons preços, como se divertir…

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BucóLica e aNimada: a tranquila paisagem urbana, o agitado Temple Bar e muitas atrações literárias, como a escultura de Oscar Wilde, fazem de Dublin uma cidade versátil e atraente

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Nesse quesito, o bairro Temple Bar, à beira do rio, é imbatível. Com altíssima concentração de pubs, suas ruas estreitas, coloridas e lotadas de turistas fervem noite adentro. De cada pub saem os acordes de um tipo de música, de rock a canções celtas, e a qualidade das bandas impressiona. Uma boa pedida é visitar a cidade em outubro, quando acontece o Hard Working Class Heroes, um festival que em 2013 reuniu 100 novas bandas. Os espetáculos acontecem em vários pequenos teatros e pubs de Temple Bar, é só escolher o ritmo preferido e ir atrás. E o melhor: se o show estiver chato, você pode sair e caminhar até outro local e assistir a outro artista ou banda. Outra arte que atrai muitos visitantes a Dublin é a literatura. Não é para menos. James Joyce, o grande escritor que inventou uma nova língua e previu que as universidades estudariam sua obra até dali a 300 anos − como se vê, um gênio com zero de modéstia −, pode ser encontrado em traços espalhados aqui e ali. No dia 16 de junho, todos os anos, ocorre o Bloomsday: fãs do escritor vestem roupas da era eduardiana e percorrem o trajeto que o personagem Leopold Bloom, protagonista de Ulysses, realizava, e tomam um café da manhã reforçado com salsichas, feijão e tortas típicas. O James Joyce Centre também vale uma visita: instalada em uma elegante casa georgiana, estilo arquitetônico predominante na parte mais abastada da cidade, a instituição exibe de fotos até a porta da casa em que o personagem Bloom morava. As opções para quem gosta de literatura são variadas: dá para fazer uma foto ao lado da escultura


de Oscar Wilde na Merrion Square, bem no Centro da cidade e ao lado da casa em que ele morou na infância; visitar o Dublin Writers Museum e ver fotos e documentos dos três irlandeses que ganharam o prêmio Nobel deLiteratura, William Butler Yeats, George Bernard Shaw e Samuel Beckett. Mas a maior atração, esta realmente imperdível, está no Trinity College: a mais antiga universidade da Irlanda guarda tesouros em sua Old Library, com suas altas prateleiras repletas de livros e a mostra que enfoca o livro de Kells. Esse, datado do século IX, é impresso sobre a pele de carneiros e reúne os quatro evangelhos do Novo Testamento, ricamente ilustrados. E a Old Library é conhecida como a maior biblioteca da Irlanda, já que desde 1801 ganhou o direito de receber uma cópia grátis de todo e qualquer livro que seja impresso na Grã-Bretanha ou Irlanda. O condado de Padraig Harrington, vencedor do The Open Championship em 2007 e 2008, e do PGA, em 2008, também não poderia ficar atrás em termos de campos de golfe. A 15 ou 20 minutos de carro do centro começam a aparecer as grandes extensões de grama verdinha salpicadas por áreas de areia. O mais famoso é o Portmarnock Golf Club, que aparece em 12o lugar na conceituada lista da Golf Digest. A família Jameson, do uísque de mesmo nome, criou o campo de nove buracos há mais de 100 anos no terreno que hoje abriga o hotel quatro estrelas e o Dublin Golf Links, desenhado por Bernhard Langer, com 6.422 metros. No próprio site é possível reservar um horário. A República da Irlanda ainda tem mais quatro campos na lista de 100 melhores do mundo da Golf Digest: Waterville G. Links, Ballybunion, Lahinch Golf Club (Old) e The European. Em alguns casos, dá para jogar e visitar antigos castelos, como o Malahide. Erguido no século XII e circundado por lindos jardins que abrigam mais de 5 mil espécies e variedades de plantas, o castelo conserva algumas salas originais da Idade Média e tem uma história interessante, ligada à família proprietária. Nas folgas entre as tacadas, não deixe

tradição Levada a sério: o Portmarnock Golf Club, o castelo Malahide e a Old Jameson Distillery, um passeio que termina com degustação de uísque

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de visitar também a antiga fábrica da Guinness, um grande museu que conta a história da mais famosa cerveja do mundo e oferece uma bela vista da cidade no bar do último andar, com direito a um pint de cerveja que beira a perfeição. E também a The Old Jameson Distillery, onde a visita guiada começa com um filme de época mostrando a destilaria ainda no século XVIII e termina com os visitantes alegres e sorridentes, embalados por doses do suave uísque triplamente destilado. iRlANDA DO NORTE: BElEZA E TURBUlêNciAS Se você for a Belfast, vai ouvir muito sobre o período que os moradores chamam de The Troubles, em que os conflitos entre católicos e protestantes − os primeiros defendendo a independência da Irlanda do Norte, os segundos pretendendo que continuasse a fazer parte do Reino Unido − fizeram muitas vítimas de ambos os lados. As marcas continuam até hoje nos muros que separam as comunidades de católicos e protestantes. Com uma reprodução da Guernica, de Picasso (que mostra a devastação causada por um ataque nazista na cidade espanhola de mesmo nome), e pedido de liberdade para Marian Price, integrante do IRA presa por ter participado de uma ação em Londres, em 1973, a parede usada para os protestos republicanos desde os anos 1970 está em constante mutação. Inclui a propaganda dos passeios do Black Taxi Tour, que prometem um giro pelos pontos que marcam a história recente da Irlanda do Norte guiado por locais que viveram os conflitos. Apesar de em alguns momentos ser possível sentir a tensão entre católicos e protestantes, Belfast é uma cidade tranquila e charmosa, pequena e cheia de atrações turísticas. Um dos passeios mais charmosos é o City Hall, bem no centro, um prédio renascentista que passou por reforma e está aberto à visitação desde 2009. Brenda, a simpática funcionária que guiou nossa visita, nos convidou a vestir uma das becas que os parlamentares usam nas sessões, um traje pesado que faz jus à pompa e à circunstância britânicas. Uma foto para guardar. Com pisos em mármore e tetos

cidade dividida: o centro de Belfast e os muros, que ainda refletem a luta por independência do período chamado The Troubles

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deslumbrantes, além de retratos de todos os prefeitos e esculturas, o prédio, além de ter valor por sua bela arquitetura, também guarda tesouros históricos e artísticos. Conhecida por sua desenvolvida indústria naval e pela produção de linho, Belfast honra essa tradição. O mais famoso barco do mundo, o Titanic, é lembrado em uma moderna e interativa construção − não caia na tentação de chamar de museu, eles não gostam − que lembra cada detalhe do navio, de mobílias a objetos de navegação. A construção, realizada entre 2008 e março de 2012, é uma farra para as crianças, que podem brincar no chão interativo, ver o fundo do mar e até mesmo as pessoas que estavam a bordo quando o Titanic afundou: imagens de pessoas são projetadas sobre os ambientes com móveis de verdade nas reproduções de cabines, tanto de primeira quanto de terceira classes. Depois de curtir a vida urbana, que tal pegar a estrada? E que estrada. A Causeway Coastal Route, que parte de Belfast e vai até Londonberry, perto do Lago Foyle, é considerada uma das mais belas do mundo. De vacas e ovelhas pastando em campos verdejantes a deslumbrantes campos de golfe à beira-mar e ruínas de castelos pendurados em rochedos altíssimos fustigados pelas ondas, tem de tudo um pouco nessa rodovia que segue a costa da Irlanda rumo ao norte. Paradas obrigatórias: o castelo Dunluce, do século XIV, que está em ruínas mas mantém seu charme pitoresco e romântico; o Giant’s Causeway, um conjunto de

Na estrada: a Causeway Coastal Route tem atrações como a ponte Carrick-a-Rede, o castelo de Dunluce e a charmosa Londonberry

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rochas que ganharam o formato de colunas e que, juntas, formam uma espécie de calçada natural; e a Carrick-a-Rede Rope Bridge, uma ponte de corda suspensa que liga duas montanhas. Quem não tem medo de altura pode atravessá-la, se o vento não estiver muito forte. Isso sem falar nos campos de golfe. Um dos mais famosos de toda a ilha fica perto do castelo de Dunluce, o Royal Portrush Golf Club. Dois dos grandes campeões irlandeses, Graeme McDowell, vencedor do US Open Champion em 2010, e Darren Clarke, campeão do Open 2011, jogam sempre por lá. Outros dois golfistas famosos da ilha, Rory McIlroy e Padraig Harrington, praticaram no local quando eram amadores. Para os jogadores, os campos da Irlanda do Norte são uma experiência única. “Os verdadeiros links não podem ser construídos artificialmente, precisam de séculos de ventos soprados do mar”, elogia o escritor americano Tom Coyne no livro A course called Ireland (à venda na Amazon). Uma dos itinerários sugeridos para a Causeway Coast pode ser feito em quatro dias. No primeiro, jogo no Castlerock Golf Club, visitas ao Mussendem Temple e Downhill Demesne. No segundo, Portstewart Golf Club e passeio no The Old Bushmills’ Distillery. Terceiro, Ballycastle Golf Club, e passeio na ponte suspensa Carrick-aRede. E no quarto dia, tacadas no Royal Portrush Golf Club e visita ao Giant’s Causeway. *A jornalista viajou a convite do tourism Ireland

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Vento e CenáRIo de FILme O Royal Portrush Golf Club, no condado de Antrim, é um dos clubes mais famosos da Irlanda do Norte. Nos últimos anos, com o sucesso dos golfistas Darren Clarke e Graeme McDowell, ganhou mais destaque. A costa, formada por altos penhascos em contraste com as ondas que estouram e moldam a rocha pura, é o grande trunfo do Royal Portrush. Wilma Erskine, gerente do local, trabalha lá há 29 anos e conta um pouco sobre o clima, os diferenciais e os visitantes ilustres. Fazenda da Grama – Vocês costumam receber brasileiros no Royal Portrush? Wilma erskine – Até agora recebemos poucos golfistas brasileiros, mas acreditamos que a Olimpíada a ser disputada em seu país possa aumentar o interesse pelo golfe. na sua opinião, o clima pode ser um desafio para os brasileiros? A temporada, de maio a setembro, tem um clima agradável, quente mas sem exageros. E os ventos podem ser um bom desafio para os jogadores. A melhor época para jogar é de maio a setembro, mas abril e outubro também são recomendados. Como os golfistas podem reservar um horário? É possível reservar o tee time, para qualquer dia da semana, pelo site www.royalportrushgolfclub.com ou pelo e-mail info@royalportrushgolfclub.com. Quais são os grandes trunfos do campo? O Royal Portrush Golf Club é famoso pela tradicional link course desenhada por HS Colt num terreno privilegiado pela natureza e com vistas para a Escócia e Donegal, além do castelo Dunluce e da rodovia Causeway. É considerado um dos 15 melhores do mundo. o clube recebe golfistas famosos? O Royal Portrush é a casa de Darren Clarke e Graeme McDowell. Rory McIlroy e Padraig Harrington também são associados, e todos jogam como amadores aqui. Também já recebemos outros golfistas tops, como Ernie Els, Davis Love e Phil Mickleson. Como é a recepção dos visitantes? Temos um pessoal especialmente treinado, de starters até recepcionistas, para garantir a diversão dos visitantes, que são bem-vindos e podem usar toda a infraestrutura do clube e conviver com os associados. do que você mais gosta em seu trabalho? Trabalhar aqui é muito interessante porque cada dia é diferente, podemos conhecer muitas pessoas de várias partes do mundo que vêm até o Royal Portrush para ter uma experiência única. o clube sediou o open Championship. Como foi essa experiência para você e seus colegas? O Royal Portrush sediou o Open em 1951 (único campo a sediar o campeonato fora da Escócia e Inglaterra) e também o Irish Open em 2012, que teve recorde de público, com mais de 30 mil pessoas a cada dia. Foram momentos inesquecíveis para todos nós.


onde FICAR dublin The Marker – Moderno e elegante, o hotel está localizado na Praça Grand Canal, bem em frente ao teatro Bord Gáis Energy. Acolhedor, tem um bar e uma brasserie logo na entrada e um lounge na cobertura, com uma bela vista da cidade. Tem spa. www.themarkerhoteldublin.com Dylan Hotel – Perto de vários pontos turísticos, em zona sofisticada, o hotel boutique é estiloso e oferece ótimo serviço. Tem bar, restaurantes e lounges. www.dylan.ie Belfast The Merchant – Luxuoso, bem localizado, perto de charmosos bares e restaurantes, o hotel é puro estilo: a arquitetura vitoriana e a nova ala art déco são de encher os olhos. A boutique Harper, dentro do Merchant, detém a exclusividade das grifes Valentino, Celine e Christian Loubotin na Irlanda do Norte. Mesmo que você decida não se hospedar, visite o restaurante, o jazz bar e o bar, ou mesmo o night club. www.themerchanthotel.com Ten – Acolhedor e charmoso, o Ten Square é um hotel boutique muito bem localizado, bem em frente à praça que sedia o City Hall e perto de bons restaurantes, ruas de comércio e outras atrações. Pessoal simpático e prestativo, quartos aconchegantes − cada um tem decoração exclusiva − e muito confortáveis. www.tensquare.co.uk onde ComeR dublin Ely Wine Bar - Com uma enorme e selecionada carta de vinhos, a bons preços,

o bar tem atmosfera agradável e cálida, com frequentadores elegantes e educados. O menu, preparado com ingredientes orgânicos e produtos artesanais, inclui carnes produzidas na fazenda própria da empresa. www.elywinebar.ie Eden Bar & Grill – Moderno e charmoso, o bar oferece o Early Bird Menu, um jantar de final de tarde perfeito para quem vai ao teatro ou a um concerto. O cardápio, enxuto porém variado, inclui nhoque, pato confit, carne suína em preparo especial, bacalhau e steak, entre outras delícias. ww.edenbarandgrill.ie Belfast The Bar and Grill at James Street South – Carnes que beiram à perfeição em ambiente informal e serviço caprichado. Um bom endereço para provar os deliciosos steaks irlandeses com acompanhamentos feitos com ingredientes frescos da estação. www.besfastgrill.co.uk Coppi – Massas frescas, preparadas pela própria casa no dia, são o carro-chefe da casa. Comida italiana e steaks como o Florentine, com carne maturada em sal do Himalaia produzida pela Hannon Meats, fornecedor premium local. O restaurante também tem um caminhão itinerante que vende pratos rápidos. Confira o trajeto diário no Twitter @CoppiTruck. www.coppi.co.uk

InFoRmAções GeRAIs www.ireland.com www.visitdublin.com www.discovernorthernireland.com www.visit-belfast.com

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ESpEciAl

BeLeza em evidÊNcia Aprenda a fazer um orquidário, um hobby que ganha cada vez mais adeptos Por renata de Farias Fotos cecilia Franco (abre) e divulgação

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família das orquídeas possui mais de 35 mil espécies distribuídas em quase todas as partes do planeta, especialmente nos países de clima tropical. Só no Brasil, estudos recentes revelam a presença de cerca de 2.300 variedades. Bela, delicada e democrática − há opções para todos os bolsos −, não à toa a planta tem despertado paixões e ganhado cada vez mais admiradores, colecionadores e estudiosos. O fascínio que ela exerce, inclusive, tem estimulado a criação de orquidários espetaculares, e não apenas em residências. Diversos parques, como o Villa-Lobos, na capital paulista, e jardins botânicos, como os do Rio de Janeiro e de São Paulo, contam com áreas dedicadas exclusivamente a elas. E você, tem interesse em montar um orquidário em sua casa? Hoje em dia, é possível adquirir estruturas já prontas ou então mandar fazer sob medida. Há opções de madeira, bambu, ferro, tijolos e alumínio − a escolha do material deve estar de acordo com a arquitetura e a decoração do imóvel. Caso se sinta inseguro, deve procurar a orientação de um especialista. Confira as dicas de profissionais da área. ESpAçO Quando se trata de orquidários, não existem regras. O que determinará seu tamanho, por exemplo, é o espaço disponível para a construção. Segundo

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Luiz Cezar de Lima, colecionador filiado à Coordenadoria das Associações Orquidófilas do Brasil (CAOB), em uma área de 25 metros quadrados é possível instalar um orquidário para acomodar cerca de 250 plantas. Caso opte por algo mais simples, a dica é acomodar no quintal, na varanda ou no jardim, diversos vasos em mesas ou prateleiras ou então deixá-los sobre uma tábua apoiada em tijolos. Lou Menezes, engenheira florestal e pesquisadora do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), diz que o recinto reservado às orquídeas deve ser bastante úmido (entre 70% e 80% é o ideal); ter teto de vidro ou acrílico, para garantir a entrada de luz e evitar o excesso de água da chuva; e as laterais revestidas de tela, para afastar os insetos. Caso a estufa seja totalmente fechada, será necessário instalar um sistema de ventilação. E já que falamos em umidade, para que ela não danifique a estrutura do orquidário, Carol Costa, jardineira e responsável pelo site Minhas Plantas (www. minhasplantas.com.br), sugere que todos os materiais passem por um tratamento especial. Outra indicação, dada pelo paisagista Gilberto Elkis, é manter o ambiente limpo e organizado. Também é importante analisar com cuidado a forma como as plantas serão dispostas. Carol explica que isso varia de acordo com as espécies escolhidas. “Algumas devem ser colocadas penduradas, outras plantadas em vasos e têm ainda as que devem ser fixadas às árvores. Normalmente, usamos bancadas em forma de escadas, feitas de material vazado, e também ganchos no teto. Mas, atenção, é fundamental montar a estrutura de forma que, na hora da irrigação, a água de uma planta não caia sobre outra. Dessa forma, evita-se a transmissão de doenças”, afirma. Por último, o chão do orquidário nunca deve ser de terra. O ideal é forrá-lo com cascalho, pois ele ajuda a manter o ambiente úmido e ainda atua na absorção da água. cliMA E iNSOlAçãO Independente, do tamanho e do layout do orquidário, o correto é posicioná-lo em local ventilado e que receba sol pela manhã, para garantir boa iluminação. “Escolha ambientes reservados de rajadas de ventos, para não desidratar as plantas”, recomenda Lima, que possui uma estufa de 52,5 metros quadrados em sua residência no interior de São Paulo e uma coleção de 400 orquídeas. Carol, do site Minhas Plantas, aconselha ainda que a estufa fique virada para as faces Leste ou Norte. “Caso o terreno não permita, deve-se fazer barreiras com plantas maiores, como arbustos, para que o ar gelado não entre com tanta força e também para filtrar os raios solares.” TipOS DE ORQUíDEAS Como já citamos, existem mais de 35 mil espécies de orquídeas no mundo. Com tanta variedade, o ideal, para quem está começando a cultivar a planta, é optar pelas mais simples e comuns. Carol Costa indica a Cattleya, Cynbidium, Oncidium, Phalaenopsis e Dendrobium. “Também aconselho que o interessado leia e pesquise bastante sobre o assunto. Só assim ele conhecerá as características de cada uma e aprenderá a cuidar delas corretamente. Além disso, conforme ele for adquirindo conhecimento, é bacana incluir espécies mais exóticas e difíceis”, diz a jardineira e dona de uma coleção com mais de 150 orquídeas. vASOS Para garantir o bom desenvolvido das orquídeas, o recipiente onde ela será cultivada faz toda a diferença. Como explica Carol, as espécies epífitas, que vivem sobre outras plantas e árvores, utilizando-as como suporte, preferem os

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vasos furados e feitos de barro. As variedades de Vanda e Stanhopea, por sua vez, não precisam de suportes. “Elas gostam que suas raízes fiquem nuas, por isso podem ser presas apenas por ganchos ou serem fixadas às árvores”, diz. Quanto à Phalaenopsis, sua preferência é por vasos de plástico transparente, que permitem melhor controle da umidade. Já os gêneros terrestres podem ser plantados em qualquer tipo de recipiente: cimento, barro, cerâmica, terracota ou fibras naturais. Em todos os casos, no entanto, é preciso atenção quanto ao substrato − ele deve ser específico para o cultivo de orquídeas. “De forma geral, utiliza-se um composto preparado com terra, chips de coco, casca de pinus e pedacinhos de carvão”, explica a responsável pelo site Minhas Plantas.“Quanto mais fina a raiz, mais fino deve ser o substrato”, detalha. cUiDADOS “Não há grandes segredos nos cuidados com as orquídeas, mas é sabido que o modo mais fácil de matá-las é molhando demais. Quando isso acontece, suas raízes ficam sem oxigênio e morrem, e os fungos se proliferam de forma descontrolada”, explica o paisagista Gilberto Elkis. Ainda segundo ele, para garantir que as plantas se desenvolvam com saúde, é preciso regar entre duas e três vezes por semana − o clima da região determinará a quantidade. “O melhor jeito de saber se elas precisam de água é colocar o dedo no substrato. Caso a terra esteja úmida, não regue

estiLos diversos: orquidário feito de madeira tipo cumaru abriga espécies como Laelia purpurata, Cattleya SP e Oncidium marshallianum; a estufa de ferro recoberta com vidros e janelas garante a entrada da luz e do vento; os dois projetos são do paisagista Gilberto Elkis

ESTANTE

Confira a seleção de livros sobre orquídeas que a Revista fazenda da Grama separou para você. Boa leitura! Belezas que encantam: orquídeas – vol. 1

Editora Avis Brasilis Autor: Alexandre Vieira silvério indicado para estudiosos e admiradores de orquídeas, o livro, de 160 páginas, traz informações e imagens sobre diversos gêneros da planta. Preço: R$ 78 Onde comprar: www.avisbrasilis.com.br

orquídeas – manual de cultivo vol.1

Associação orquidófila de são Paulo (AosP) Autor: Equipe AosP o livro, de 300 páginas, conta com fotos e informações detalhadas de 506 espécies de orquídeas, para ajudar as pessoas a identificar com mais facilidade a sua flor e, assim, saber a melhor forma de cultivá-la. Preço: R$ 60 Onde comprar: www.aosp.com.br

orquídeas – manual de cultivo vol. 2

Associação orquidófila de são Paulo (AosP) Autores: Denitiro watanabe e Márcia sanae Morimoto Continuação do volume 1, o manual tem 348 páginas e retrata 442 espécies e 295 híbridas, identificadas por fotos e informações detalhadas. A obra aborda ainda dicas de adubação e noções de semeadura, entre outros tópicos. Preço: R$ 70 Onde comprar: www.aosp.com.br

cultivo de orquídeas

Lk Editora Autores: Roberto Jun takane, Ricardo tadeu de faria e Vasco Luiz Altafin o livro, de 132 páginas, traz informações essenciais para o cultivo dessas flores. os procedimentos são ilustrados por meio de fotografias, acompanhadas por textos curtos e didáticos. Preço: R$ 58 (só o livro) e R$ 125,60 (livro + DVD) Onde comprar: www.lkeditora.com.br

dicionário etimológico das orquídeas do Brasil − a etimologia a serviço dos orquidófilos

apaixão pelas orquídeas – manual do orquidófilo

orquídeas Brasileiras

cultivo moderno de orquídeas – cattleya e seus híbridos

Editora Ave Maria Autor: Pe. José Gonzáles Raposo Nesta obra o leitor encontrará informações linguísticas e culturais, bem como curiosidades, sobre a origem e o significado dos nomes das orquídeas brasileiras. são 256 páginas. Preço: R$ 29,90 Onde comprar: www.avemaria.com.br

Queen Books Autores: sergio Araújo e Delfina de Araújo são 220 páginas com fotos e informações (em inglês e português) de diversas variedades. o livro ainda trata de temas como híbridos, plantas de ar e terra e espécies tropicais. Preço: R$ 160 Onde encontrar: www.livrariasaraiva.com.br

Editora Dinalivro Autor: José M. M. santos Aborda o modo de cultivo de orquídeas no Brasil, tanto as espécies que podem ser produzidas nas áreas externas como aquelas que necessitam de condições especiais e devem ser cultivadas no interior. são 207 páginas. Preço: R$ 112 onde encontrar: www.livrariasaraiva.com.br

universidade federal do Ceará Autores: Roberto Jun takane, sergio shoji Yanagisawa e kathia fernandes Lopes Pivetta são 191 páginas com ilustrações e mais de 300 fotos coloridas. Nos 12 capítulos são abordados temas relacionados ao cultivo de orquídeas, fornecendo dados e perspectivas de mercado atualizadas. Preço: R$ 60 onde encontrar: www.arlequim.com.br

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Para visitar: Brasil possui diversos orquidários abertos ao público, como o do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o do Ibama, o do Jardim Botânico de São Paulo, o Municipal de Santos (da esquerda para a direita) e, na página ao lado, o Morumby e o

MUDAS Mesmo se você não é um grande especialista em orquídeas, saiba que é possível fazer as próprias mudas em casa para aumentar a coleção. Nesse caso, o primeiro passo é verificar se a planta está saindo do vaso, quando o substrato fica cheio de raízes, e se está em brotação. Em seguida, deve-se retirar a muda composta de três bulbos e o broto. Faça isso com a ajuda de uma faca de serra e preserve uma parte das raízes − o ideal é deixar entre dois e três centímetros para fixar a planta e também para nutrir e permitir o surgimento de raízes secundárias. Após a retirada do bulbo, deve-se fazer o seu plantio. Para isso é necessário um vaso e substrato especial para orquídeas. No fundo do recipiente coloque um pouco de isopor e brita e acomode a planta, deixando-a bem firme. Caso necessário, prenda com arame. A etapa seguinte é adicionar a terra, irrigar e, por último, adubar. No site da jardineira Carol Costa estão disponíveis alguns vídeos com tutoriais completos sobre como retirar os brotos para fazer novas mudas.

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foto: RoGéRio M. suzuki foto: tADEu NAsCiMENto

e espere até secar. Se estiver seco, jogue água até que o líquido comece a escorrer por baixo do vaso. Além disso, prefira fazer as regas no início da manhã ou no final da tarde”, diz Elkis. Ainda sobre irrigação, Lou Menezes, do Ibama, indica a instalação de um sistema automatizado. “Ele facilita bastante os cuidados, além de ser mais seguro, especialmente quando se trata de grandes coleções.” A especialista também observa que todas as plantas devem ser observadas atentamente toda semana. “É preciso verificar se elas estão saudáveis ou se apresentam algum sinal de doença, infestação de pragas ou a presença de lesmas e caracóis. Ao identificar o problema rapidamente, evitamos que se espalhe.” Quanto à adubação, Carol Costa indica o uso semanal da fórmula NPK 20 20 20, vendida pronta em garden centers e lojas especializadas. E a especialistas dá ainda outras dicas: “Nunca use o adubo em quantidades maiores do que as especificadas pelo fabricante, não aplique o composto quando o substrato estiver seco, borrife os lados interno e externo de todas as folhas e suspenda a adubação na época da floração”.

foto: DiVuLGAção

foto: DANiEL BEHR

do Parque Villa-Lobos


pARA viSiTAR conheça alguns orquidários brasileiros abertos à visitação e encante-se ainda mais com a beleza das orquídeas. orquidário jardim Botânico, no rio de janeiro Hoje mantido pelo designer de joias antonio Bernardo, o orquidário do Jardim Botânico do rio de Janeiro começou a ser construído em 1890. inicialmente, a estufa era de madeira. Foi só na década de 1930 que ela foi refeita em ferro e vidro, seguindo a linha das estufas inglesas. a maioria das plantas da coleção de orchidaceae do local é composta de espécies brasileiras − são 4.768 plantas registradas. endereço: Rua Jardim Botânico, 1.008, Jardim Botânico, Rio de Janeiro (RJ) Horário de funcionamento: segunda-feira a domingo, das 8h às 17h Preço: R$ 6 (crianças até 7 anos e adultos a partir de 60 anos, residentes no Brasil ou em outros países que fazem parte do Mercosul, não pagam) informações: (21) 3874-1808 e www.jbrj.gov.br

orquidário jardim Botânico de são Paulo o orquidário de visitação do Jardim Botânico de são Paulo é uma pequena amostra da coleção científica (fechada ao público) existente na instituição. o espaço, que conta com cerca de 140 orquídeas de 40 espécies diferentes − a maioria nativa do Brasil −, foi construído há cerca de 30 anos. Lá há exemplares que estão sob ameaça de extinção no estado de são Paulo, como a Brasilaelia purpurata, e sob ameaça de extinção no Brasil, caso da cattleya warneri. endereço: Avenida Miguel stéfano, 3.031, Água funda, são Paulo, sP horário de funcionamento: terça-feira a domingo e feriados, das 9h às 17h

entrada: R$ 5 (estudantes e pessoas com mais de 60 anos pagam meia-entrada) informações: (11) 5067-6000 ou www.ibot.sp.gov.br

orquidário morumby Fundado em 1983 pelo orquidófilo Peter meyer Pflug (1943-2000), o orquidário morumby, além da venda de flores, ferramentas e demais produtos específicos para o cultivo de orquídeas, realiza cursos, palestras, workshops e exposições. Há ainda um café onde o visitante pode descansar ou saborear uma bebida e comer um lanche. endereço: Av. Professor Vicente Rao, 1.513, Brooklin Paulista, são Paulo, sP Horário de funcionamento: terça-feira a sábado, das 9h às 19h; domingo, das 9h às 17h; feriado, das 9h às 13h Preço: entrada gratuita informações: (11) 5041-2391 e www.morumby.com.br

orquidário municipal de santos reinaugurado recentemente, o orquidário municipal de santos, no litoral de são Paulo, passou por uma ampla reforma − foram três anos fechado. o espaço, que reproduz a mata atlântica, conta com cerca de 4 mil orquídeas de 100 espécies, a maioria fixada nas árvores. endereço: Praça washington, s/no, José Menino, santos, sP horário de funcionamento: terça-feira a domingo, das 9h às 18h Preço: R$ 5 (estudantes pagam meia-entrada; crianças de até 12 anos e adultos com mais de 60 não pagam) informações: (13) 3237-6970

orquidário Nacional do instituto Brasileiro do meio ambiente e dos recursos Naturais renováveis (ibama) com estrutura de madeira tratada (eucalipto), o orquidário do ibama está sob os cuidados de uma das maiores especialistas em orquídeas do país, a engenheira florestal Lou menezes. Para garantir melhores condições para a coleção de mais de 3 mil plantas, o local está passando por uma completa reforma. a previsão é de que seja reaberto em fevereiro de 2014. endereço: sede ibama (sCEN trecho 2, Brasília, Df) horário de funcionamento: segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30 e das 14h30 às 16h30 Preço: entrada gratuita informações: (61) 3316-1212

orquidário ruth cardoso − Parque villa-Lobos inaugurado em 2010, no Parque villa-Lobos, em são Paulo, o orquidário ruth cardoso abriga mais de 170 espécies, entre nativas e estrangeiras. a estufa, em formato de oca e com cúpula translúcida, é cercada por um espelho d’água. o espaço foi projetado pelo arquiteto decio Tozzi. endereço: Parque Villa-Lobos (Av. Professor fonseca Rodrigues, 2.001, Alto dos Pinheiros, são Paulo, sP) horário de funcionamento: todos os dias, das 9h às 18h Preço: entrada gratuita informações: (11) 3021-6285 e www.ambiente.sp.gov. br/parquevillalobos

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viNHOS

Na arGeNTiNa, um PedaÇo de cHão verde e amareLo

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Instalada na região de Mendoza, a Otaviano Bodega & Viñedos produz vinhos premiados e com um toque de brasilidade Por alice rivero Fotos divulgação

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universo da viticultura já não é controlado pelos antigos soberanos. França, Itália e outros países europeus com tradição na cultura de cepas para vinificação dividem hoje o mercado com produtores do mundo todo, da Oceania às Américas, passando pela África. A província de Mendoza, na Argentina, já avançou tanto em posicionamento como região vinícola que está para a produção de Malbec assim como Borgonha e Bordeaux, na França, estão para a produção de Pinot Noir e Cabernet, respectivamente. Ou como Montalcino, na Itália, está para a produção do Brunello, feito da casta Sangiovese. Esse terroir argentino é atualmente responsável por 70% da produção de vinhos do país, entre garrafas de Merlot, Cabernet Sauvignon, Pinot, Sirah, sem esquecer do Malbec, logicamente. Apesar de haver tantas propriedades com produtos bem-sucedidos − Mendoza contabiliza, em uma área com cerca de 160.000 hectares de uvas plantadas, mais de 1.200 bodegas − foi lá que um grupo de cinco sócios brasileiros decidiu investir em sua própria marca de vinhos. Com a colaboração técnica de Euclides Penedo Borges, que foi presidente e hoje é diretor da Associação Brasileira de Sommeliers no Rio de Janeiro, os investidores adquiriram uma área de 70 hectares no município de Lujan de Cuyo, já dedicada ao cultivo de Malbec e Cabernet Sauvignon e com uma esplendorosa vista para a Cordilheira dos Andes. Inauguraram, em 2004, a Otaviano Bodega & Viñedos, acrescentando às plantações vinhas das uvas brancas Chardonnay e Sauvignon Blanc e das tintas Syrah, Petit Verdot e Cabernet Franc, chegando a uma área plantada de 48 hectares, suficiente para aumentar de 110 mil para 400 mil garrafas produzidas por ano com uvas próprias. Com essa variedade, Euclides, que é sócio-diretor de enologia da bodega, explica que puderam organizar o portfólio em quatro níveis de produto da marca que leva seu nome. “Para os consumidores usuais, não versados em vinho, temos os Penedo Borges clássicos, que são um Sauvignon Blanc,

terroir esPeciaL: as uvas que dão origem aos Penedo Borges são cultivadas em Lujan de Cuyo, com vista para a cordilheira

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um Malbec Rosé e um tinto Malbec jovem. Nenhum deles passa por madeira”, explica. “Já na série Reserva temos um Chardonnay, que tem um leve toque amadeirado, por passar quatro meses em barris de madeira.” O carro-chefe da Penedo Borges é o tinto Malbec Syrah, que faz parte desse grupo. “Os costumes locais e as características do terroir orientaram a definição do portfólio e contribuíram para que esse se tornasse nosso maior sucesso. Contudo, como 90% da nossa produção é destinada ao Brasil, assumi o papel de definir um sabor que agradasse ao paladar brasileiro”, diz Borges. “A uva costuma dar vinhos muito frutados, e, pela minha experiência, sei que meus conterrâneos gostam de vinhos mais condimentados. Por isso, orientei a adição de Cabernet Sauvignon e Syrah à Malbec”, afirma, lembrando que para assumir a denominação do varietal basta que o vinho tenha 85% da uva principal. Para esse público, há ainda os tintos Malbec Reserva e Cabernet Sauvignon Reserva. Os dois varietais também têm seus representantes na linha Gran Reserva, idealizada para os aficionados, que gostam de dar o correto tratamento ao vinho, deixando-o no decanter e servindo-o na temperatura correta. E o rótulo top da marca é o Malbec Icono, cuja safra 2010 já garantiu presença na lista dos 25 melhores Malbecs argentinos no prêmio da publicação inglesa Decanter Magazine. “Assinar rótulos com meu nome, depois de tantos anos envolvido com vinhos como professor, palestrante e escritor de enologia, é uma experiência extraordinariamente gratificante, apesar da tremenda responsabilidade que representa e da exposição a que me sujeito. Mas o que tenho aprendido com o projeto vale mesmo a pena”, afirma. Mi cASA, SU cASA E já que Mendoza tem uma das rotas do enoturismo mais badaladas do momento, os sócios da Otaviano Bodega & Viñedos também capricharam na ambientação do negócio. Quando estão

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Natureza e coNForto: as mudanças feitas pelo escritório de arquitetura deixaram o espaço com mais integração entre o interior e o exterior e apto para receber grandes eventos, como casamentos

abertas à visitação, as vinícolas da região permitem que o turista presencie diversas etapas do processo, como a colheita, a separação, a retirada do suco, o amadurecimento, o envelhecimento e o engarrafamento. O projeto arquitetônico colabora para que essa experiência seja um show à parte: a linha minimalista da fachada foi usada como inspiração pela arquiteta Renata Dantas, do escritório hispano brasileiro Dantas Reche, para a concepção do interior. “Usamos materiais locais, como tijolos, concreto e madeira, e priorizamos os acabamentos com vidro para garantir bastante transparência. Minha intenção foi criar um ambiente que fizesse o visitante se sentir integrado, fazendo parte do processo”, diz. De fato, graças aos panos de vidro usados em toda a área social, enquanto está dentro da estrutura o visitante pode enxergar a maior parte dos ambientes da bodega, inclusive as áreas ditas “técnicas”: dos tanques de alumínio às barricas de madeira. A sensação é como ter o poder de atravessar paredes ou ter visão raios X. Quando os olhares se voltam para dentro − o que fica difícil quando se tem, do lado de fora, uma cordilheira rodeada de vinhas posando para os seus admiradores −, podem apreciar um verdadeiro colírio: gotas de vidro pendentes do teto que, penduradas em diferentes alturas, formam o lustre, que é o grande destaque da decoração. “Não à toa, ele está alinhado ao vazio do chão, fazendo oposição ao recorte no piso coberto também com vidro que permite ver o andar debaixo, onde ficam as barricas”, diz Renata. A arquiteta destaca que em sua “arrumação da casa”, além das intervenções que fez nos banheiros e na sala de reunião, preocupou-se em ampliar a cozinha original para que o espaço ficasse adequado à proposta no enoturismo. “Com uma estrutura maior e mais equipada, a cozinha está capacitada para eventos, seja um almoço para um grupo grande de turistas ou um evento maior, como um casamento.” Ainda sobre a parte gastronômica, que costuma sempre andar junto com a enologia, ela conta que teve o desafio de incorporar costumes locais na estrutura. Traduzindo: teve de instalar uma parilla que se comunicasse facilmente com a cozinha e a sala de degustações, permitindo que sejam feitos churrascos à moda argentina, regados a vinho, claro. A bodega não oferece hospedagem, mas conta com infraestrutura para visitas, degustações, restaurante e eventos, inclusive casamentos. O agendamento deve ser feito com Gabriela Castellvi, pelo e-mail hospitality@bodegaotaviano.com ou pelo telefone (54 9) 2615534452.

oNde eNcoNtrar os viNhos são Paulo: importadora winelovers (catia@winelovers.com.br ). rio: supermercados zona sul e importadora AsA Gourmet (analuisa.asagourmet@gmail.com) Belo horizonte: Casas Rio Verde www.casarioverde.com.br vitória: Rita Ramalho (27) 3227 3485 (ritaborgesramalho@gmail.com) salvador: Casa Malbec importadora www.malbecbebidas.com.br

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cUlTURA

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de eLizaBeTH i a Jerry HaLL A National Portrait Gallery, em Londres, tem a maior coleção de retratos do mundo Por rosane aubin

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em ao lado da famosa e sempre lotada The National Gallery, a poucos metros subindo pela Charing Cross Road em direção a Leicester Square, a National Portrait Gallery é quase um refúgio, livre do burburinho de turistas que tomam a vizinha mais famosa e repleta de grandes nomes da pintura. Suas salas tranquilas abrigam visitantes silenciosos e estudantes ingleses com seus uniformes de colégio que rabiscam, tentando reproduzir em seus blocos de desenho os traços de grandes mestres do retrato mundial. E, claro, o mais importante, a maior e mais importante coleção do gênero no mundo, com mais de mil obras em exibição entre pinturas, fotos, esculturas e vídeos, distribuídos em três andares. Criada em 1856, a galeria tem desde retratos da rainha Elizabeth I, que reinou entre 1558 e 1603, até a modelo Jerry Hall, que aparece na mostra Bailey’s Stardust, que ficará em cartaz entre 6 de fevereiro e 1o de junho de 2014.

do sécuLo vvi ao XX: retrato da rainha Elizabeth I atribuído a Nicolas Hilliard e realizado em 1585; e Jerry Hall e Helmut Newton em Cannes, em 1983, por David Bailey

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Uma das possibilidades de um roteiro de visita dentro do museu é começar pelas obras mais antigas, com a coleção Tudor e Elizabetanos, de 1485 a 1603. A primeira sala, chamada Early Tudors, inclui retratos de Henrique VII e VIII, Catarina de Aragão e Ana Bolena. A terceira, que reúne esculturas, medalhas e pinturas, traz Elizabeth I; Mary, rainha da Escócia; Elizabeth de York e Lady Margaret Beaufort. Cada obra traz um pequeno texto com informações sobre o personagem retratado, o que permite um passeio pela história da monarquia inglesa, com suas guerras, traições e amores explosivos. Em seguida vem a área dedicada aos Stuarts e à Guerra Civil, com cinco salas que cobrem o período entre 1603 e 1714. Na primeira, um dos retratos mais conhecidos é o de William Shakespeare, atribuído ao pintor John Taylor, que teria feito o quadro por volta de 1600. Na sala 8 está o retrato do físico Isaac Newton, aquele da lei da gravidade, retratado em 1702 por Godfrey Kneller. O período Georgiano, a partir de 1714, tem uma sala curiosa, com o Kit-cat Club, um grupo de homens poderosos que começou a se reunir numa taverna perto do Temple Bar e adotou o nome por causa das tortas de carneiros chamadas de kit-cats. A coleção seguinte, Regência, começa com o rei George IV e vai até a morte de William IV, em 1837. A primeira sala chama-se Realeza, Celebridade & Escândalo, e traz uma pintura que mostra o julgamento da rainha Caroline e sua filha, Charlotte Augusta. A sala 18 chama-se Arte, Invenção & Pensamento: os Românticos, e traz personalidades como Mary Shelley, Keats e Jane Austen. A série de obras reunidas sob o tema Vitorianos e Eduardianos vai do reinado da rainha Vitória, de 1837 a 1901, ao de Eduardo VII, em 1910. Vitória é a grande estrela, mas algumas esculturas, como a de Charles Darwin, chamam a atenção. A sala 24 merece uma visita demorada: traz retratos da escritora Emily Brontë sozinha e com suas irmãs, Charles Dickens e William Makepeace Thackeray, entre outros. A coleção intitulada Século XX vai da Primeira Guerra Mundial até os anos 1980. Na sala 32, figuras importantes que todos conhecem:

traNquiLidade e iNFormações Na medida certa: a National Portrait Gallery valoriza ainda mais seu acervo com a exposição didática e ordenada das obras

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foto: BRAM Boo

a NoBreza em Foco: pintura da rainha que integra a mostra Elizabeth I & Her People; Diana, em 1981, e o prĂ­ncipe Charles, em 1980, ambos retratados por Bryan Organ

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O que vem por aí: foto inédita de Kate Moss, Francis Bacon e Mick Jagger na mostra Bailey’s Stardust, que reúne 250 imagens e estreia em 6 de fevereiro de 2014

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ícoNes da cuLtura BritâNica: Damien Hirst, por Jonathan Yeo, e a atriz Judi Dench, por Alessandro Raho

Paul McCartney, Elizabeth II, o príncipe Charles, Diana, Harry e William, Margaret Thatcher, Francis Bacon, Samuel Beckett, Rudolf Nureyev com Margot Fonteyn, os Beatles e por aí vai... A seção de Retratos Contemporâneos reúne as grandes damas do teatro e do cinema britânicos, Maggie Smith e Judi Dench, o escritor Harold Pinter, o poeta Seamus Heaney, os arquitetos Norman Foster e Zaha Hadid, entre outras grandes personalidades da atualidade. Além do rico acervo, a National Portrait Gallery exibe exposições itinerantes. Até 5 de janeiro de 2014, uma grande mostra intitulada Elizabeth I and Her People ocupa o térreo; a sala 40 expõe obras do compositor e cantor Bob Dylan; e as salas 41 e 41a retratos do consagrado Jonathan Yeo. O pintor já retratou algumas das mais flamejantes personalidades da atualidade, como o artista plástico Damien Hirst, o ator Kevin Spacey caracterizado como Ricardo III, a atriz Helena Bonham-Carter e o ator Jude Law. Quem for a Londres entre 6 de fevereiro e 1o de junho do ano que vem poderá conferir a mostra Bailey’s Stardust, que inclui um retrato de Kate Moss inédito. Serão 250 fotos, selecionadas pelo próprio David Bailey entre imagens que capturou em cinco décadas. São flagrantes de atores, escritores, músicos, políticos, diretores de cinema, modelos, artistas e pessoas que encontra em suas viagens. A National Portrait Gallery tem entrada grátis, mas algumas exposições cobram ingresso, como a mostra sobre a rainha Elizabeth I. O site é muito bem organizado e completo: traz todas as obras expostas, com informações completas. Vale uma visita. www.npg.org.uk

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SUSTENTABILIDADE

a ForÇa do PedaL Além de proteger a natureza e fazer bem para a saúde, a bicicleta pode ser um ótimo negócio Por rosane aubin Fotos divulgação

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odo mundo sabe que andar de bicicleta é saudável, polui menos e ocupa menor espaço no caótico trânsito das cidades. Mas o que poucos imaginam é que esse meio de transporte também pode ser um bom negócio, com sucesso e prosperidade. A Courrieros − Entregas Ecológicas é a maior prova disso. Criada em outubro de 2012, após dez meses de estudos detalhados para verificar a viabilidade econômica do empreendimento, a empresa hoje faz pelo menos 140 entregas por dia − no primeiro mês, fizeram 100. “Nosso maior desafio foi quebrar o preconceito que existe com a bicicleta. Existe uma crença muito grande de que ela não é eficiente, seja pelo relevo de uma cidade como São Paulo, trânsito ou potência das pernas, que no final das contas é o que move a bicicleta. E ela, em até dez quilômetros de distância, pode ser bem mais eficiente que a motocicleta. Temos uma facilidade fantástica para andar em pequenos espaços e para parar: na Avenida Paulista, por exemplo, é preciso procurar um bolsão para estacionar a moto. Para o ciclista, qualquer poste vira estacionamento. Esse tempinho, que parece bobo, pode fazer uma grande diferença”, diz André Monteiro de Barros Biselli, advogado de 23 anos que fundou a empresa ao lado de Victor Castello Branco, de 24 anos, e de Stefano Cappanari. Nesse pouco mais de um ano de criação, a Courrieros mudou-se de uma sala pequena na Rua Pedroso de Morais, em Pinheiros, para o segundo piso de um sobrado espaçoso e rodeado de verde na Rua Lisboa, no Jardim Paulista, numa região que a maioria considera como bairro de Pinheiros e a menos de uma quadra da Avenida Rebouças. Hoje são 17 ciclistas e mais seis pessoas na administração, além de mais dois sócios, Rodrigo Assaff e Richard Sippli, responsável pelo marketing. A lista de clientes, conquistados principalmente no boca a boca, também aumentou de forma exponencial. Hoje eles entregam de tudo, de documentos e sapatos a chocolates e flores, para empresas como a Odebrecht, Itaú BBA,Young & Rubicam, Promon Engenharia, CPFL, Chocolat du Jour. Na área de e-commerce, trabalham com a Net Shoes, Men’s Marketing e Flores Online. “Fomos conseguindo nosso espaço aos poucos, com clientes que já gostavam da bicicleta, tinham preocupação ambiental, testavam e viam que o serviço funcionava. E, como o documento,

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por exemplo, parte de um ponto para outro, uma das pontas em geral era nosso cliente, a segunda, não. Eles perguntavam como funciona o serviço, ficavam interessados, e procuravam a gente”, conta André. Um dos maiores diferenciais da Courrieros é um aplicativo que permite que o cliente veja onde está a sua encomenda: ele recebe um link que, ao ser acessado, mostra no mapa em que ponto do trajeto está o ciclista que realiza o trabalho. “Temos um pequeno delay de dois ou três minutos, causado pelas falhas na internet do celular, mas é possível acompanhar todo o caminho até a entrega final”, explica André. Segundo o empresário, a única característica comum entre os ciclistas da Courrieros é a paixão pela bike: eles têm as mais variadas idades e formação, de pessoas que mal sabem ler até outros com formação superior, homens e mulheres. A seleção é feita com base em testes práticos, em que um funcionário experiente sai com o candidato para observar seu comportamento na rua. “Quando não tem condições, o funcionário nos fala. Se tem, ele dá uns toques, faz pequenos ajustes para que o novato aprenda a andar de forma segura. Temos vários treinamentos mostrando o que é permitido ou proibido. Nosso ciclista tem de ser um exemplo, não pode andar na contramão, precisa usar o material completo de proteção,

emissão de poluentes A European Cyclists Federation, sediada em Bruxelas, oferece uma ferramenta para calcular a emissão de CO2 por quilômetro. Veja quanto cada um dos veículos abaixo emite em um trajeto de um quilômetro. Bicicleta: 21 gramas Carro: 271 gramas Ônibus: 101 gramas www.ecf.com/resources/co2-calculator/

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casa Nova: os sócios Richard, Victor e André (sem uniforme) com os ciclistas na entrada do sobrado da Rua Lisboa

sinalizar quando vai mudar de faixa…”, diz André. O material de segurança inclui capacete, luvas, shorts ou calça adequados para pedalar e luzes de sinalização para andar à noite. E importante: não é correto andar junto ao meio-fio, já que as irregularidades do asfalto podem causar tombos. A bicicleta deve ocupar o meio da faixa e os carros, por lei, devem ultrapassá-la guardando no mínimo 1,5 metro de distância. Os colaboradores da Courrieros ganham entre 20% e 30% a mais do que o salário-base de seu segmento, e cada um adapta a bicicleta, que tanto pode ser própria quanto da empresa, segundo suas preferências. “Cada um tem um perfil de pedal, alguns preferem pneus mais largos, de trilhas, outros mais finos, que permitem maior velocidade. Só fazemos questão de manter o padrão de cor”, diz o empresário. Os colaboradores pedalam entre 70 e 80 quilômetros por dia, e a empresa atua em um raio de aproximadamente 10 quilômetros a partir de sua sede. “Nós observamos o relevo para fazer esse raio. Na região do Morumbi, por exemplo, deixamos alguns pontos de fora porque o relevo é complicado, exige muito do ciclista e a entrega começa a perder rendimento. Nos dez meses de estudos, antes de criar a empresa, andamos muito de bicicleta pela cidade cronometrando o tempo, observando se chegávamos cansados, tudo para manter um serviço de excelência”, explica André. Eles também levaram em conta os resultados de uma aferição feita anualmente pelo Instituto CicloBR de Fomento à Mobilidade Sustentável, que organiza anualmente o Desafio Intermodal, em que vários tipos de veículos e até pessoas a pé deslocam-se por 10 quilômetros para calcular o tempo gasto no trajeto. Em 2012, o ciclista gastou 24 minutos, atrás apenas do helicóptero, que chegou em 22 minutos. O motorista de carro levou 101 minutos, apenas um a menos que a pessoa que foi caminhando, e os passageiros de trem e metrô chegaram em 32 minutos, reduzindo pela metade o tempo de 2011, o que demonstra uma melhora do transporte público. www.courrieros.com.br

Vida de atleta Guilherme Lucas Maciel Conti de Freitas,de 20 anos, hoje é o responsável pelo controle dos ciclistas da Courrieros. Antes disso, trabalhou um ano fazendo entregas. Ele conta que tinha de se alimentar como um atleta, com muitos carboidratos durante o dia e proteína à noite. Seu esforço foi reconhecido pelos chefes, que o promoveram, e hoje ele usa a bicicleta apenas para vir de sua casa, na Zona Norte, em Santana, até a sede da empresa, perto da Avenida Rebouças. “São 15 quilômetros, mas é tranquilo. Apesar de os motoristas serem individualistas, se você pedala de forma defensiva, com muito cuidado, não tem problema. Se você quer ser respeitado, tem de respeitar, ter um comportamento exemplar no trânsito”, diz.

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pOR DENTRO DO cAMpO

um Novo PuTTiNG GreeN

pOR SYlviO TEllES

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om a finalidade de aumentar a área de treinamento para a prática de putting (rolagem da bola), foi construído um novo Putting Green com recursos do Fundo de Investimentos do Golfe (FIG), oriundo das taxas de golfista e green fee. Vamos falar um pouco sobre a complexidade de construção dessa área, que aparenta ser um simples gramado, mas requer investimento e atenção na construção. Um green de golfe, seja ele de prática, como é o caso, ou não, deve ser construído seguindo padrões e recomendações feitas com base em pesquisas. A United States Golf Association (USGA) fornece parâmetros construtivos ideais para construções de greens, classificados como a mais importante área do campo. Vale lembrar que a contratação de um arquiteto especialista para o projeto desse local é altamente recomendável para se obter qualidade. Vamos iniciar falando sobre a seleção da melhor época para executar essa obra. Havendo possibilidade, recomenda-se o plantio na primavera, para aumentar a velocidade de fechamento do gramado. Feito isso, iniciamos a seleção do tipo de areia para a implantação do green. Para um melhor enraizamento e permeabilidade, o gramado é estabelecido sobre uma base de areia. Para tanto, selecionamos as melhores opções de preços de areia na região e encaminhamos ao laboratório para análise de viabilidade granulométrica, a qual deve estar dentro da faixa recomendada pela USGA. Por se tratar de uma área com base de areia, a retenção de umidade é extremamente baixa, por isso alguns campos utilizam uma mistura de areia com material orgânico para uma melhor retenção de umidade. Todavia, após alguns anos, o teor de matéria orgânica aumenta e isso passa a ser um grande problema para a manutenção. Por isso, é cada vez maior a tendência de utilização de areia

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4 pura na base dos greens, dessa forma a implantação de um sistema de irrigação adequado passa a ser primordial na implantação e manutenção. O preparo da base compreende, inicialmente, a execução do shape bruto (relevo e formato) com profissional habilitado. Em nosso caso, essa tarefa foi executada pelo canadense Frederick Thompson, shaper profissional que já havia construído os greens do Fazenda da Grama anos atrás. (imagem 1) Após a definição do formato ainda no terreno natural, escavamos a superfície em 40 centímetros, removendo o solo original e executando linhas de trincheiras drenantes compostas por tubo-dreno perfurado e brita por toda a base do green, visando evitar o excesso de água nessa área. (imagem 2) Com as trincheiras prontas, espalhamos 5 centímetros de pedrisco por toda a base do green. Recomenda-se a aplicação de lonas plásticas grossas nas laterais do green, evitando a perda de umidade para o solo natural do entorno. E só então iniciamos a aplicação de areia. (imagem 3) Com a base preenchida de areia inicia-se o shape fino, em que o profissional suaviza a superfície do futuro green, já pensando no relevo final do gramado e nos locais de posicionamento de bandeiras. Recomenda-se expurgar a área com produto específico, evitando contaminações com outro tipo de grama e garantindo a pureza do gramado específico. O tipo de grama é especialmente produzido para essa função, pois tolera corte extremamente baixos. No nosso caso utilizamos a Tifdwarf, o mesmo tipo existente nos greens de nosso campo, com certificado de garantia de pureza emitido pelo produtor, que recebe auditorias internacionais de credenciamento para comercialização deste produto. Ao contrário do que se imagina a grama desse local não é plantada em placas, mas sim em mudas (estolões), espalhadas sobre a superfície de areia e plantadas com um rolo de discos. A utilização de mudas, também chamadas de sprigs, visa conservar o relevo final executado pelo shaper, e principalmente garantir que não haja contaminação do local com outro tipo de solo argiloso encontrado comumente em placas de grama. Foto 3 – Plantio da grama Após o plantio da grama, inicia-se a fase de grow-in, em que adubação, irrigação e corte são frequentes. O primeiro corte é feito com 20 dias de plantio (se plantado na primavera ou verão). Os cortes são importantes, pois estimulam o fechamento entre as mudas. Veja a seguir a evolução de nosso putting green: Foto 5 – 10 dias do plantio Foto 6 – 20 dias do plantio Foto 7 – 30 dias do plantio Foto 8 – 40 dias do plantio Em aproximadamente 60 dias após o plantio já teremos o green fechado e iniciamos os trabalhos de regularização final e redução da altura de corte para uma rolagem adequada ao jogador.

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SOciAl

A Voz DA CoNsCiÊNCiA O Instituto Akatu, que trabalha na orientação e educação para o consumo consciente, faz pesquisas, orienta empresas e engaja pessoas na adoção de um estilo de vida sustentável Por alice rivero

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A

resposta àquela perguntinha “o que te faz feliz” pode dizer muito mais sobre você quando analisada por experts da sustentabilidade. A mais recente pesquisa do instituto Akatu, focado em ações que provoquem uma mudança de comportamento em prol do consumo consciente, revelou que dois terços dos entrevistados consideram que ter saúde é um dos fatores fundamentais para a felicidade, e mais da metade disse que o mais importante é estar bem com a família e os amigos. Concorda? Em caso positivo, você está no “caminho da sustentabilidade”, nos termos do Akatu. Isso porque, esses dois motivos não estão vinculados ao dinheiro e, portanto, ao consumo − apontado por apenas 30% dos entrevistados como motivo do pleno contentamento. “O estudo mostra que grande parte da sociedade brasileira já compartilha, mesmo que de forma difusa e pouco consciente, a

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oNtem e hoje: móveis e objetos produzidos nas oficinas e os estudantes que fazem sua formação no Liceu atualmente

noção de que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a busca da felicidade implica em tomar o caminho da sustentabilidade e não o do consumismo”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu. “Sem dúvida, hoje as pessoas conferem muito mais importância ao tema. O número de brasileiros que ‘ouviram falar’ do termo sustentabilidade aumentou de 44% para 60% em dois anos”, acrescenta Dalberto Adulis, gerente de Conteúdo e Metodologias do instituto. Para ele, além da disseminação da consciência, a ampliação do acesso às mídias digitais e às redes sociais favoreceram para a propagação desse conhecimento. Em atividade desde 2001, o instituto, com algumas adequações à direção que sopra o vento, vem defendendo os mesmos ideais, que agora se propagam com mais velocidade e em maior escala graças à Internet. Mas sempre com a preocupação de trazer os conceitos para o mundo real. Em outubro, por exemplo, realizou o Piquenique pela Sustentabilidade, na Praça Victor Civita, em São Paulo, onde a ordem era tirar os sapatos e relaxar, saboreando quitutes feitos com os ingredientes o mais natural e orgânico possível. Se por um lado há o desafio de mudar os hábitos de consumo e o estilo de vida, por outro há a missão de engajar as empresas. Afinal, na prática, ainda não é tão fácil montar, por exemplo, uma

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cesta de piquenique totalmente sustentável. “Organizações de todos os setores estão sendo cada vez mais cobradas pelo consumidor, que esperam delas atitudes que vão além do cumprimento da legislação. Isso é, mesmo que não sejam obrigadas, quando se deparam com resultados como esse da nossa pesquisa, as empresas percebem que engajar-se na sustentabilidade faz bem à sua reputação”, afirma Adulis. Marcas como Pão de Açúcar, Natura, Nestlé e Unilever, inclusive, patrocinam os estudos do Akatu para poderem, com os resultados, direcionar suas estratégias de mercado. A fim de facilitar a vida do consumidor que deseja colocar em prática sua consciência sustentável, a rede Walmart do Brasil, por exemplo, investiu no redesenho de um novo refrigerante de baixa caloria, com fibras e produzido com menos água, energia e embalagem; um creme dental com matéria-prima de fonte renovável, programa de logística reversa e tratamento para os resíduos de tubos e embalagens; e um protetor solar cuja produção visa o reaproveitamento de água, redução de resíduos sólidos, maior eficiência no consumo de matérias-primas e energia. É verdade que a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que começa a vigorar em 2014 com anuência do Akatu, força, em termos legais, uma mudança de atitude das empresas − já que, em linhas gerais, determina que o fabricante seja responsável pela coleta e devido descarte dos produtos que fabrica (por exemplo, aquele celular obsoleto com o qual você não sabe o que fazer deixa de ser problema seu e passa a ser problema de quem o produziu). E o desafio complementar do instituto

susteNtaBiLidade Na Prática: piquenique com produtos orgânicos divulgou as causas do instituto

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desde a iNFâNcia: Adulis conta que o Edukatu tem como meta transformar todos os participantes da rede em multiplicadores

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é tentar interferir no livre arbítrio dos usuários (já que o celular não irá andando sozinho até o ponto de coleta apropriado). “Também temos que lidar com os desejos de consumo, que, ao contrário das necessidades, são infindáveis. A aquisição de supérfluos é um problema ambiental e moral, acima de tudo”, diz Adulis. “Ele existe em todos os níveis, mas é crítico no mercado de luxo, em que o consumo é mais desenfreado.” Ele lembra que o público endinheirado tem nas mãos o poder − aquisitivo e social − de colaborar com o ciclo da sustentabilidade. Os produtos sustentáveis não são necessariamente mais caros, mas há muitas ocasiões em que isso acontece. É fato que um tênis produzido a partir de mão de obra escrava será muito mais barato que outro feito em parque industrial de ponta, com sistemas avançados de eficiência energética. Assim como móveis de madeira contrabandeada serão mais baratos do que aqueles feitos com madeira certificada. Há exemplo em todas as indústrias. “Orientar que as pessoas façam a escolha certa e depois façam bom uso dos produtos é o nosso maior desafio”, diz. Sendo essa uma questão relacionada a hábito e cultura, o Akatu vem desenvolvendo um projeto junto a escolas primárias para incluir a sustentabilidade e o consumo consciente na educação infantil. Conforme Adulis, crianças entre 8 e 12 anos já compreendem e incorporam bem os preceitos do modelo. “O Edukatu é uma plataforma on-line desenvolvida em parceria com a Braskem, líder mundial em biopolímeros, e conta com o apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Educação. O objetivo é que cada participante da rede, de alunos a professores, seja um multiplicador do que aprende e compartilha nesse espaço”, afirma.



CLUB CHAMPIONSHIP

MARATONA

O tradicional Club Championship deste ano foi disputado nos dias 9 e 10 de novembro, em dois dias e 36 buracos. O campeão na Categoria Masculina Gross foi Eduardo Costa, com 155 pontos, seguido por Geraldo Vieira, com 159. Na Masculina Net, Tasso Pereira, com 144, e Flávio Lattes, com 145, ficaram em primeiro e segundo, respectivamente. Na Feminina Cross, venceram Silvia Nishi, com 155, e Hiroe Wakabayashi, com 177. E na Feminina Net, Maria Elisa Araújo, com 135, e Marina Leo, com 146. Ao final do primeiro dia, Geraldo Vieira liderava entre os homens e Silvia Nishi entre as mulheres, mas no segundo dia Eduardo Costa jogou muito bem e sagrou-se campeão na Categoria Gross Masculina. Já na disputa feminina, Silvia manteve a liderança e ganhou pela terceira vez, enquanto Maria Elisa Araujo ficou em segundo, mas, por ter vencido na Categoria Net, cedeu sua posição para Hiroe.

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1. Jackson Silva, Gilberto Pereira, Glenn Peebles, Caca Vieira, Reinaldo Piscopo, Carlos Ernanny, Paulo Ronaldo, Geraldo Vieira, Diogo Pereira, Tasso Pereira, Eduardo Costa, Beto Dias e Alexandre Martins. 2. Fernando Lomonaco 3. Luis Henrique Araujo 4. Silvia Nishi, Marina Leo e Maria Elisa Araujo. 5. Claudia Rappa, Angela Rappa e Hiroe Wakabayashi. 6. Vera Breda 7. Tasso Pereira, Geraldo Vieira e Pedro Martins. 8. Giampaolo Michelucci, Sergio Fernandes e Rony Blinder. 9. Tasso Pereira 10. Sergio Fernandes, Rony Blinder e Giampaolo Michelucci 11. Eduardo Costa 12. Geraldo Vieira 13. Vera Breda, Mariana Ogawa e Martha Vidal

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TA Ç A M E N S A L 19 DE OUTUBRO

COM BANDEIRA A Taça Mensal, realizada no dia 19 de outubro, foi disputada no formato Flag Tournament, em que cada jogador recebe uma bandeira com seu nome. Quando chega à 72o tacada Net, considerando seu handicap, ele bate e pode hastear sua bandeira no local em que a bola para. O vencedor é o que percorre a maior distância em campo com sua bandeira. Na categoria A, de 0 a 18, o campeão foi Fernando Lomonaco, seguido por Paulo Ronaldo. Na B, de 19 a 40, venceu Vera Breda, e Rony Blinder foi vice-campeão. O Near Pin foi para Rogério Picanço. Nessa modalidade, quem tem um desempenho abaixo de seu handicap passa do buraco 18 para o 1, continuando seu jogo. E os que não obtêm bom resultado precisam deixar suas bandeiras antes do green do 18.

1 1. Jogadores no Green do 18 2. Tom Zé Dias e Pedro Martins

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BARONEZA X GRAMA

A TAÇA CONTINUA NA CASA No dia 11 de outubro, uma sexta-feira, foi realizada na Quinta da Baroneza a 12o edição da Taça Engenheiro Oscar Americano de Caldas Filho, tradicional torneio disputado por duplas entre o Fazenda da Grama e o Quinta da Baroneza em duas etapas anuais. O jogo, equilibrado, resultou em empate. E, como o troféu de posse transitória já estava no Fazenda da Grama, permaneceu na sede do clube após o empate na casa do adversário. As equipes somaram 12 pontos cada. Parabéns aos 24 jogadores do Fazenda Grama!

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3 1. Eduardo Costa, Alexandre Martins e Colin Scott 2. Ralph Rocha e Luigi Valentino 3. Ralph Rocha e Luigi Valentino 4. Mauricio Rappa 5. Axell dos Santos

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6. Colin Scott, Eduardo Costa e Alexandre Martins 7. Diogo Pereira 8. Alexandre Martins 9. Fernando Lomonaco 10. Caca Vieira 11. Caca Vieira

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16 12. Mauricio Rappa 13. Jogadores conferindo o placar 14. Tuca Gantus 15. Ralph Rocha, Rogério Picanço, Alfredo Breda, Antonio Palma e Mariangela Fonseca 16. Rogério Picanço, Alfredo Breda e Antonio Palma 17. Jogadores Almoçando

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TA Ç A C A P I T Ã

TEMPO A FAVOR

A previsão para a sexta-feira, dia 4 de outubro, era de chuva. Silvia Nishi iria receber as golfistas para a Taça da Capitã, e manteve o otimismo. Resultado: a chuva cessou poucos minutos antes do início do torneio e as 60 golfistas que compareceram puderam exibir seu melhor desempenho na modalidade Stableford, em duas categorias. Na A, a campeã foi Marise Sawada, com 38 pontos, seguida por Erica Kiyota, também com 38, e Carola Mantovani, com 37. Na categoria B, venceu Adriana Martire, com 41 pontos, Beatriz Giorgi ficou em segundo, com 38, e Daniela Fukushima em terceiro, com 37. O Near Pin da Categoria B foi obtido por Ângela Rappa, no buraco 2; e na A, por Aziza Elshekh, no 11. Rosa Guilger ganhou uma premiação especial por um Eagle no buraco 7. Após o jogo, as participantes almoçaram no Club House. O torneio contou com apoio de Rubinella, Iguatemi, Fabrizio Giannone, Sapori, Coollect, Diane Von Furstenberg, Andiamo Ristorante, Flessibilità Pilates e Bem-estar, Jun Sakamoto, Feira Feita, Biolab, Fortuna e Thais Pastor. O valor de 8.300 reais arrecadado com as inscrições foi doado ao Instituto de Tratamento do Câncer Infantil - Itaci.

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1. Jogadoras reunidas no puting green 4. Everton Simão e Erika kiyota 5. Jogadoras fazendo doação para Itaci 4. Mesa com troféus e Brindes 5. Silvia Nishi 6. Kevin Bulman 10. Silvia Nishi, Adriana Martire, Beatriz Giorgi, Daniela Fukushima e Beatriz Araujo 8. Silvia Nishi, Marina Leo e Patrícia Katsurayama

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NOITE NAS ARÁBIAS

Com delícias da culinária árabe e muito batepapo entre os presentes, o Jantar Árabe, em 28 de setembro, promete ser o primeiro de vários outros dedicados a essa tradicional e sofisticada gastronomia. Adultos e crianças degustaram as especialidades da cozinha oriental e elogiaram os temperos e sabores típicos.

J A N TA R Á R A B E

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1. Cristina e Fernando 2. Clara e Claudia 3. Flavia,Thiago, Renato e Renata 4. Claudio e Adriana 5. Massami Junior, Silvia, Vera e Alfredo 6. Clara, Ana e Gabriel 7. Fernando, Sergio e Glenn 8. Alexandre, Carolina e convidados 9. Glenn e Alejandra 10. Vanessa, Vitor e Ricardo 11. Sergio e Erci 12. Gabriel, Lucas e convidadas 13. Erci,Vanessa, Mariana e Pedrinho 14. Carlos Henrique, Fernanda e convidados 15. Luiza, Ana, Julia e Clara 16. DĂŠbora, Erci e Paula 17. Sergio, Alfredo, Fernando, Pedro, Luis Fernando e Massami Junior 18. Luis Fernando, Sergio, DĂŠbora e Paula

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DIA DAS CRIANÇAS

PULA-PULA

O Dia das Crianças, festejado em 12 de outubro, um lindo sábado, não deixou nenhum pimpolho parado. A recreação era completa, com pula-pula, escorregador, brincadeiras, histórias, muita diversão e guloseimas deliciosas.

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1, 2, 5 e 7. crianças brincando 3. Ricca e Alegra 4. Alegra 6. Marina, Isabela e Letícia 8. Letícia e Isabela

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UM DOS MAIORES DESAFIOS DE GOLFE DA EUROPA GRAMA NO MUNDO

O Estela Golf Club, considerado um dos melhores de Portugal, é um verdadeiro link de 18 buracos, que se prolonga por três quilômetros de costa atlântica Por Jorge Santos Carneiro

A caminho do buraco 11

É

um verdadeiro prazer e um grande orgulho falar do Estela Golf Club, pelo qual tenho um carinho muito especial. Afinal, foi lá que aperfeiçoei o meu jogo, há 25 anos, foi nesse campo que os meus filhos se iniciaram na prática do golfe e é aí que tantas vezes jogo com meu pai. São já três gerações desta família a jogar neste fantástico campo da Estela! E já vão perceber por que digo que é fantástico. Localizado no litoral norte de Portugal, muito próximo à cidade do Porto, o Estela Golf Club foi fundado em 1988 e é considerado hoje o melhor campo de golfe do norte do país, sendo consecutivamente distinguido pela Golf Digest entre os melhores cinco campos portugueses, sendo o único do norte do país destacado por essa publicação mundial de golfe. O campo da Estela é um verdadeiro link situado numa zona magnífica em cima da praia, ocupando um total de 3 quilômetros de costa atlântica, com comodidades de primeira classe e um clima refrescado pela brisa do Atlântico no verão e aquecido pela corrente do Golfo no inverno. Apresenta bons fairways e greens fi rmes e rápidos e estende-se 6.300 metros (7.000 jardas), com um par de 72, um Course Rating de 72,7 e um Slope Rating de 131. Desses

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tees, não é um campo para quem tem dificuldades com o drive! Com fairways estreitos nas “landing areas”, a pressão é mesmo no tee shot. Quase não existem bunkers no campo − na verdade não são precisos: quem falha o fairway no Estela, vai, invariavelmente, parar nas dunas! Há alguns buracos com vistas maravilhosas sobre o Atlântico, com as montanhas por trás, especialmente nos primeiros nove. São quatro horas de grande jogo e magnífica paisagem marítima que enche a vista e a alma. Trata-se de um championship course, foi eleito duas vezes Campo do Ano e teve a honra de receber o Open de Portugal, bem como várias provas amadoras internacionais. Com todas essas características, o Estela Golf Club atrai cada vez mais golfistas de todo o mundo. Ou não fosse a sua localização privilegiada, junto ao mar, a 30 minutos da cidade do Porto, classificada em primeiro lugar pelo famoso guia Lonely Planet no Top Ten das cidades europeias a visitar. O campo tem acordos com os principais hotéis de cinco estrelas do Porto — entre os quais destaco o hotel vínico de luxo The Yeatman Hotel, dos meus amigos Adrian e Natasha Bridge —, o que permite visitar a cidade e fazer um dia de jogo com a maior das facilidades. A oferta gastronômica


também é digna de referência, já que essa região é rica em peixes frescos e mariscos e conhecida pelo cultivo de alguns dos melhores produtos que compõem os famosos pratos da cozinha regional nortenha portuguesa. A propósito disso, relembro as nossas quadradas de sábado, com os meus amigos Alexandre Quintas e Sousa (presidente do Estela Golfe Club), João Barbosa da Silva e José Eduardo Rocha Almeida. Após os primeiros nove buracos, fazemos sempre a obrigatória pausa para saborear ao almoço um belíssimo bacalhau, cozido ou assado, que é uma das especialidades do Restaurante do Club House deste campo de golfe, e só depois continuamos para a segunda volta, para finalmente decidirmos quem pagará a conta. Uma última curiosidade sobre o Estela Golf Club: foi desenhado pelo arquiteto Duarte Sottomayor, o mesmo que desenhou o campo da Gávea, no Brasil. Meus amigos e colegas golfistas, assim como fui bem recebido aqui no Fazenda da Grama, da mesma forma, e na qualidade de membro dos seus órgãos sociais, teremos o enorme prazer de os receber no Estela Golf Club em sua próxima visita a Portugal!

Encontro de gerações: Lourenço Santos Carneiro (meu filho), Manuel Santos Carneiro (o meu pai) e eu próprio (a fotografar), no buraco 5 do Estela e o Club House do Estela Golf Club, sobranceiro ao mar (abaixo)

Para saber mais sobre o Estela Golf Club visite www.estelagolf.pt Se vai viajar para o Porto ou para a região norte de Portugal, consulte www.visitportoandnorth.travel

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M u lt i c o l o r i d o A associada Silvia Costa registrou com suas lentes as cores e luzes de um belo dia de sol na Fazenda da Grama

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Construções

Há maiS de 10 aNOS CONSTRUiNdO NO FazeNda da GR ama

vai CONSTRUiR, CONSUlTe-NOS

(11) 3025.0800

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