Jornal Corpus

Série Editorial III, Ano VII Dezembro, 2018 Cotia/SP - Brasil

Polícia & Ordem Civil acerca da PM e da GCM considerações historiográficas

Movimento Renova Cotia

O OUTRO PORTUGAL QUE VIROU BRASIL [de Affonso Sardinha a Vaz-Guassu] 3ª Edição do Livro

CAUCAIA DO ALTO Comitiva Brasil Poeira Espaço eco-histórico e sociocultural na Fazenda Cambará | São Roque

Transporte, Médicos, Mobilidade. Adilson Lima

Uma história de empreendedorismo exemplar.

O que era a empresa em 1986? Um micro-ônibus e uma perua Kombi.

Mão-de-obra especializada? Ele mesmo: Adilson Lima. Então, ele abraçava o ideal inovador para fazer do transporte de passageiros em ônibus fretados, executivo e escolar, um ir-e-vir com segurança e conforto, a partir da cidade de Cotia, na Grande São Paulo, onde a empresa estava sediada.

A empresa foi e é gerenciada pela Família Lima com o lema Viver a Vida Amando o Trabalho.

Com o aumento populacional e da infraestrutura urbana da região oeste, a Viação Adilson Lima – VALLI – cresceu na mesma proporção e, para operar em meio à demanda de transportes, a frota passou para mais de 100 veículos e mais de 150 pessoas empregadas.

A frota, sempre renovada, exigiu investimentos vultosos para atender as exigências de usuários, por isso, a VALLI foi uma das primeiras transportadoras a disponibilizar ônibus e micro-ônibus para pessoas com necessidades especiais, operar com novos negócios em torno do turismo, corporativo, social e escolar.

Hoje, atuando em várias cidades do Estado paulista, a VALLI é uma referência em transporte com segurança e conforto.

Sede: Estrada do Capuava 535 / Jd. dos Ipês 06717-155 Cotia-SP Fone: 11-4615.4110

/ 4616.9389 Ce.: 95328.5506 email: contato@viacaoadilsonlima.com.br

Viver a Vida Amando o Trabalho

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ÍNDICE Giro Municipalista

04

EDITORIAL

- Estrada de Caucaia. A duplicação...

O mundo Que Somos No Brasil

- Livro da HISTÓRIA DE CAUCAIA DO ALTO (3ª Edição)

Tema do Mês 05 - Cotia: Segurança Pública, ações que se aplaudem

Depois de ´descobrirmos´ a mensagem do povo brasileiro há muito anunciada, nas eleições de 2018, eis-nos a refletir sobre a urgência de políticas públicas... publicamente discutidas.

Com um pé em 2019, o Brasil regional do Municipalismo precisa que o Poder Público que embasa a República se apresente com a transparência dos números e dos projetos, não com a retórica do velho caudilhismo. Por outro lado, também deputados e senadores terão que fazer de Brasília e dos Estados uma via de mão dupla para que a Nação circule e progrida com sustentabilidade e responsabilidade social.

Ao que tudo indica, 2019 não será apenas um ano novo: 2019 apresenta-se como metalinguagem política no campo da segurança e da regionalização, que são as metas internas de Bolsonaro, o presidente eleito pela maioria da gente brasileira. E não se poderá aguardar, cada pessoa tem de cooperar já. Só existe uma causa: o Brasil.

Repor o espírito republicano na pluralidade democrática é o que interessa, agora.

- Movimento Renova Cotia

Saneamento Básico & Saúde 06 - Araçariguama | combate a enchentes - Dados Avulso No Cotidiano [Coisas da Prefeitura de Cotia em Caucaia...]

Anotação 07 - Comitiva Brasil Poeira [um espaço eco-histórico e sociocultural na Fazenda Cambará | São Roque]

CAPA - Polícia & Ordem Civil considerações historiográficas

Especial 09 - de Affonso Sardinha (o Velho) a Vaz-Guassu o assentamento do Brasil, apesar de Portugal...

Cultura 10 - Ferro do Brasil | 200 anos dos altos fornos da Real Fábrica de Ferro de São João do (rio) Ipanema

Crônica | Mobilidade Urbana 11 - Adilson Lima

João Barcellos

www.jcorpus.com.br Registro Civil de Pessoas Jurídicas da Comarca de

EXPEDIENTE

Cotia //

ANOTE Justiça deu razão ao Povo: a Praça dos Romeiros, em Caucaia do Alto, é ponto sociocultural da comunidade e não pode ser alterado.

Edição: João Barcellos / Cristiane Ramos [MTb 39615]

Série III, Ano VII, nº12, Dezembro, 2018

Título Editorial de Terranova Comunicação e Eventos Culturais Ltda

/ 02.206.278/0001-45 _ I.M. 01542B

Rua Katia 91 _ Casa 1,

Do Título _ Corpus vem do grego Korpus e diz-nos de

Pq São George / 06708-130 Cotia-SP

um conjunto de trabalhos ou agrupamento de ideias,

Web _ Georg Hans

etc., para acabar no conhecido espírito de corpo.

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GIRO MUNICIPALISTA

Estrada de Caucaia do Alto

Após ter sido publicitada em março, as autoridades municipais e estaduais anunciaram em novembro de 2018 o início das obras de duplicação da Estrada de Caucaia do Alto, que serve o Distrito e as cidades de Cotia e Vargem Grande Paulista.

O trecho principal de ligação ao distrito cotiano tem início no acesso do Km 39 da Rodovia Raposo Tavares e, em seus 12 Km até ao marco-zero (a Igreja Matriz), passa por regiões vargem-grandenses (Tijuco Preto e Parque Agreste), além do acesso à Rodovia Bunjiro Nakao saindo do centro caucaiano; por isso, existe um convênio intermunicipal e outro estadual, este, via Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (FUMEFI), com R$3 milhões, mais R$7,5 milhões municipais e R$2,250 milhões federais, segundo as estimativas de março, mas..., em 10 de novembro de 2018, o prefeito de Cotia anunciou R$60 milhões ao assinar a ordem de serviço para o início das obras!

Interessa, neste apontamento, e porque nunca é tarde..., elogiar o compromisso do executivo municipal em relação às obras tão solicitadas e eternamente aguardadas. O serviço é público, logo, uma obrigação de vereadores e executivos, pelo que a pompa e circunstância armada para anunciar a ´obra´ era simplesmente desnecessária, o que o povo quer é as máquinas em operação.

3ª Edição

No lançamento da 2ª Edição, João Barcellos avisou: «as pesquisas continuam e a 3ª edição está a caminho...».

Agora, na celebração dos 74 anos [1944] do Distrito Caucaia do Alto, sob jurisdição política de Cotia, o autor apresentou a nova edição revista e ampliada.

O intelectual integra a Comissão Pró Emancipação de Caucaia do Alto e vem colaborando ativamente na popularização do conceito «um distrito cuja renda própria o faz viver como cidade precisa se libertar das amarras de administração alheia para progredir». A terceira edição do livro sobre a história caucaiana mostra a força social e econômica das comunidades locais. _ Mário G. de Castro | Fotojornalista e Serigrafista, Rio de Janeiro, 2018

VSN

uma duplicação que urge e que é uma obrigação dos serviços públicos estadual e municipal

HISTÓRIA DE CAUCAIA DO ALTO

Imagens cedidas pela Coop Vida Nova

Consultoria Contábil, Fiscal e Trabalhista Av. Otacílio Tomanik, 34 /1º Jd. Bonfiglioli 05.363-000 - São Paulo - SP. Cel. (11) 9-4723-8838 / 117 Km2 + 75.000/ 9-9896-3168 Habitantes 9-9491-5566 / 9-5436-9538

uma economia própria

vaniosnascimento@gmail.com

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TEMA DO MÊS

COTIA

Segurança Municipal A municipalidade de Cotia acaba de garantir instrumentos de trabalho para a Guarda Civil Municipal (a GCM) – a saber: mais veículos e totens de vigilância eletrônica.

É o que se espera dos políticos eleitos para o Executivo e a Vereança, porque a ordem pública municipal vinha se degradando e humilhando a população por falta de recursos no combate à criminalidade.

A prevenção com instrumentos adequados é a melhor maneira de evitar atos violentos e roubos, e até para controlar massas em movimento, além do tráfego de veículos, nas áreas urbanas.

MOVIMENTO RENOVA COTIA Sempre existe um tempo-espaço de ruptura com a velha ordem que nega o futuro! A demanda cabe a cada um(a) de nós...

(João Barcellos, palestra)

A lição veio, finalmente, em 2018, com o ato eleitoral, ou seja, é preciso que as pessoas de Bem e que vivem a realidade própria e não ideologias importadas, unam-se por uma ruptura com a velha ordem que recusa o futuro.

E agora, eis o espaço-tempo que emerge em Cotia para uma renovação política direcionada ao Poder Público municipal, porque não é possível tanta asneira na governação local (apesar de alguns acertos, é verdade) sem que um movimento de oposição clara e responsável se faça presente!

As divisões sociais e partidárias têm de ser postas de lado para se construir uma Política Pública honesta e transparente que favoreça o Todo cotiano. Ao publicitar a formação do Movimento Renova Cotia um grupo de gente cotiana se dispõe a ir de bairro em bairro para mapear realidades e fazer história.

Vários foram os movimentos que, por cunho partidário, perderam-se no tempo sem deixarem sequer um ponto de luz no espaço. E é verdade que não há política sem partido político, mas é preciso que o partido esteja alinhado com a realidade social e histórica local para produzir uma ´res publica´ autêntica e não um poder ideologicamente aparelhado.

Acreditamos que o Movimento Renova Cotia vem para dizer que existe uma Cotia em Cidadania e em Democracia.

Arregaçar as mangas é o primeiro passo..., que acaba de ser dado!

Por uma Cotia de olho em si mesma, vamos lá!

BELLE Chris & Karla Fone

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SANEAMENTO BÁSICO & SAÚDE ARAÇARIGUAMA

Combate a Alagamentos & Água Acumulada Os moradores do Bairro da Lagoa recebem benefícios de infraestrutura da Prefeitura em parceria com a empresa AEPI do Brasil: é a implantação de uma galeria tubular de drenagem pluvial.

“Os alagamentos trazem prejuízos para os moradores e é foco para a reprodução do mosquito Aedes Aegypti. Estamos trabalhando para solucionar estes problemas, levando mais qualidade de vida para os araçariguamenses”, disse a Prefeita Lili Aymar.

Dados Avulso No Cotidiano Terreno adquirido pela Prefeitura de Cotia no centro de Caucaia. Tem ou não espaço para construir uma UBS?

Dado 1

Dado 2 Construção de Creche em Caucaia abandonada pela Prefeitura há muitos anos...

Fonte: Prefeitura|Imprensa

em Portugal e no Brasil

A malha rodoviária e logística do Rodoanel tem agora na Vargem Grande Paulista um empreendimento de alto nível: o Loteamento Comercial e Industrial POLO 40.

Com 25 anos de operações no ramo imobiliário em Portugal e no Brasil, a incorporadora Miranda & Mendelsohn é a responsável pelo POLO 40. Um polo

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ANOTA ÇÃO

Dez. 2018

Comitiva Brasil Poeira Espaço eco-histórico e sociocultural na Fazenda Cambará Lá por meados de 2007 dois amigos, Sandro e Álvaro, conversaram acerca de tropas, carro de bois, viola e violeiros, coisa de roça e comida tradicional e crenças, logo a conversa se alongou e adentraram Leôncio, Bene, Zé Rubens e Vitório.

Mas..., e eis ele, o eterno ´mas´, a botar lenha na fogueira da ´comitiva´ que ainda não o era.

O ideal seria, naquela região de tanta tradição rural e tropeira, que é São Roque, formar uma entidade cultural e tocar a ´boiada´ até se acertar um ´cercado´.

De fala em fala, abraço em abraço, a ´comitiva´ reuniu-se em setembro em torno de um almoço fogo-de-chão e uma apresentação de viola caipira para arrecadação de fundos.

Surgiu então a associação Comitiva Brasil Poeira e o Projeto Viola Caipira. E logo a ´comitiva´ integrou-se aos eventos que fazem da cidade san-roquense um ponto de boa convivência. Fundada a associação em 28 de janeiro de 2008, com registro cartorial na linha de associação sem fins lucrativos, iniciaram-se os projetos dedicados Viola Caipira, Culinária Caipira, Festa na Roça, Centro de Estudos Caipiras, entre outros, e agora, Memória da Família Diederichsen..., sim, porque a Família Diederichsen fez a doação da Fazenda Cambará para sediar a Comitiva Brasil Poeira!

Hoje, em meio à Estrada da Serrinha, perto do centro sanroquense, a Fazenda Cambará é um espaço eco-histórico e sociocultural que celebra o olhar e o gesto ambientalista de James Theodor Diederichsen, botânico alemão que, no final do Séc. 19, dedicou-se a preservar a beleza naturalíssima da velha fazenda que o colono Vaz-Guassu transformou em vila.

Informações | Álvaro Pequeno [alvaro.pequeno@bol.com.br]

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O escritor e pesquisador de história João Barcellos fez palestra na manhã de 24 de novembro acerca da importância do sítio histórico

CAPA

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Polícia & Ordem Civil Considerações historiográficas acerca da PM e da GCM

Ordem no arraial!... Era o que se escutava, e os alcaides (na época presidentes da vereança e, hoje, prefeitos municipais) tinham, sim, decisão de polícia para acalmar ânimos mais social, religiosa e politicamente exaltados, ou neutralizar criminosos, além de tratar de questões fundiárias ligadas às sesmarias (terra doadas pelo reino luso a quem as cultivasse, e que deu origem à popular ´grilagem´ para ´usucapião´). Assim a primeira ação policial no Brasil verificou-se quando o rei João III decidiu criar as Capitanias Hereditárias e deu ao governador Martim Afonso de Souza poder de policiamento via carta régia.

Logo que desembarcou na “ilha de brasil”, o governador instituiu a Polícia Brasileira para garantir a Ordem Civil, e foi com tal ´força´ que, logo, interrompeu a atividade mercantil no Piabiyu guarani (estrada de ligação de Sam Paolo a Buenos Ayres e Asunción) para, na Guerra d´Iguape, enfrentar os castelhanos e o Bacharel de Cananeia e pôr fim a um golpe d´Estado em marcha no litoral e na estrada guarani.

E só em 1809 (13 de maio) surgiu a Guarda Real da Polícia, em carta régia de João VI e embarcada com o mesmo para o Brasil fugindo das tropas napoleônicas.

Com a abdicação do imperador Pedro I, eis que Pedro II é de menoridade e é substituído por uma Regência, na qual entre o cotiano Diogo Feijó, que em 22 de abril de 1822, havia gritado nas cortes lisboetas “independência para o Brasil”. Era um momento delicado na política imperial do Brasil, pois, surgiram atos republicanos (Guerra dos Farrapos, Balaiada, etc.) e a monarquia decidiu, com Feijó, criar o Corpo de Guardas Municipais Permanentes para conter as rebeliões localmente. Entre os atos movia-se a Maçonaria, a republicana (com Feijó) e a monárquica (com os Andradas), movimentação essa que ´oleou´ ideologicamente a política brasileira e assim continuou na transição para a República, quando a ´força´ permanente virou Força Pública, e na qual adentrou o poeta cotiano Baptista Cepellos, então a cursar na Faculdade de Direito do Largo São Francisco; o poeta e advogado chegou ao posto de capitão da Força Pública e chefiou por algum tempo o quartel situado em Cotia.

A Força Pública republicana transformou-se na base estrutural da Polícia Militar e, depois, na base da Guarda Civil Municipal.

Aprígio

personagens de Cotia na história da Polícia nacional e paulista Baptista Cepellos [desenho de Ricardo Feher]

Diogo Feijó | Presbítero e Regente

BARCELLOS, João | escritor e pesquisador de história, conferencista, autor de ORDEM & SOCIEDADE (4ª Ediç.) e MENS@GENS POLÍTICAS & FILOSÓFICAS, entre outros livros. [www.noetica.com.br]

Notas BAPTISTA CEPELLOS | Cotia-SP, 1872-1915.

DIOGO FEIJÓ | Cotia-SP, 1784-1843.

PIABIYU | Estrada continental dos guaranis na qual se estabeleceu uma economia liberal, via pioneiros como Affonso Sardinha (o Velho) e Pompeu de Almeida, liberalismo que até norteia as relações comerciais e industriais do Brasil.

POLÍCIA MILITAR | Existiu um erro de interpretação ao transformar a Força Pública em Militar, porque só existe Polícia Militar nos e entre quartéis das Forças Armadas. Assim, a Força dita militar deveria ser Força Metropolitana.

Esta questão vai continuar a criar atritos institucionais enquanto não for devidamente resolvida.

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ESPECIAL de AFFONSO SARDINHA (o Velho) a VAZ-GUASSU o Outro Portugal que virou Brasil Dominados os cais de Carapochuyba e de Cutaúna, e já com a notável mameluca Suzana Dias em ascensão social na Sant´Anna de Parnahyba, falta a Affonso Sardinha (o Velho) conquistar o Pico do Jaraguá, e ele recebe o título de Capitam das Gentes da Villa de Sam Paolo dos Campi de Piratinin, em 1592, para executar o seu plano de abrir os certõens y mattos dos guaranis e tupis para o avanço e assentamento de Portugal.

Nessa primeira fase, a Família Sardinha (o Velho e o Moço) minerou ouro e prata no Sítio dos Arassarys (Ibituruna, hoje Araçariguama), no Jaraguá, e ferro no Cerro Ybiraçoiaba, aqui, o primeiro sítio ferrífero da América, originando o Brasil industrial. A segunda fase surge com o capitão Pedro Vaz de Barros que transforma a aldeia Cutaúna (hoje Quitaúna, base de Osasco) na primeira grande experiência urbana do Brasil e, logo, o filho Pedro (batizado VazGuassu) pelos nativos, e atua em Koty (Acutia) para depois transformar a terra herdada além Cerro Saboó na fazenda São Roque e dar-lhe vida social elevando-a a Villa São Roque. É neste contexto geossocial e político-militar que o Portugal d´Alémmar vira Brasil republicano, apesar da Monarquia lusa e da colonização.

Para quem gosta somente de ler atas e ofícios, aqui fica esta anotação para uma reflexão sobre a história que o é em si mesma, mas muito de intuição de quem a pesquisa, porque ela nos diz agora do amanhã com o lastro do passado. João Barcellos

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CULTURA FERRO DO BRASIL 200 Anos Do Primeiro Ferro-Gusa Da Real Fábrica De Ferro

Affonso Sardinha

Friederich Varnhagen

ferro-gusa

É preciso criar uma indústria ferrífera para alimentar os serviços J.Araújo metalúrgicos na grande colônia que é o Brasil. No início do Séc. 19 esta é a dinâmica governamental da Coroa portuguesa no que à exploração e beneficiamento de ferro diz respeito.

E não por acaso, pois, já no Séc. 16 as jazidas de ferro do Cerro O eDiálogo Gera Progresso Ybiraçoiaba são conhecidas trabalhadas nos moldes dos Fornos Catalães, segundo as crônicas oficiais da época, por Affonso Sardinha (o Velho) e o filho do mesmo nome (o Moço), sendo no início do Séc. 17 doado um desses equipamentos ao governador Francisco Souza para reforçar a fábrica de Santo Amaro do Birapoera, quando o ´velho´ Sardinha já está mais atarefado com o ouro do Ibituruna (no Sítio dos Arassarys) e o ouro e a prata do Pico do Jaraguá, além da política na Vereança paulistana onde fora nomeado (com apoio da Capitania vicentina) ´Capitam das gentes da Villa´.

E assim, criada a primeira fundição ferrífera da América, no Cerro Ybiraçoiaba, a Coroa lusa decide aproveitá-la, já depois de outros melhoramentos tentados na região pelo Morgado de Matheus [capitão-general da Capitania paulista no Séc. 18] e, em 1818, instalados altos-fornos, Friedrich Ludwig Wilhelm Varnhagen (pai do historiador que nasceu no Cerro Ybiraçoiaba), emerge dos mecanismos um ferro-gusa que alimenta as esperanças industriais e econômicas da Coroa lusa, já sob “o fervor de uma mensagem política de independência nos manifestos políticos do Diogo Feijó, o presbítero e maçon nascido na Acutia do corredor guaranipiabyuano”.

O aspecto geomorfológico do Cerro Ybiraçoiaba chama a atenção até hoje, e, “...naquele Século 16 tal ´montanha´ entre um mar de morrinhos logo despertou o interesse dos primeiros colonos, e já nas andanças para a Aldeia Maniçoba [e João Barcellos nos dá uma visão quase real dessa circunstância em suas palestras] o jesuíta Manoel da Nóbrega recebe a notícia de ´pedras negras´ no Cerro Biracoiaba” [Ab´Sáber, 1991].

Eis que celebrar os 200 Anos da formulação do Ferro-Gusa nos altos-fornos da Real Fábrica de Ferro de São João do (Rio) Ipanema é celebrar a raiz do Brasil industrial.

Notas CELEBRAÇÃO – Com lançamento de selo comemorativo e palestra de Fernando Landgraf, em 1º de Novembro de 2018, no auditório da ACADEBio, na Fazenda Nacional Ipanema, com apoio da Prefeitura Municipal de Iperó e dos Correios, celebrou-se a efeméride que marca um ponto alto na industrialização do Brasil. O evento teve cerimonial orientado pelo notável iperoense-ybiraçoiano Hugo Augusto Rodrigues.

A MEMÓRIA FERRÍFERA NA EXPLORAÇÃO DA TERRA BRASILIS – João Barcellos. Palestra na Câmara Municipal de Cotia c/ W. Paioli e Aziz Ab´Sáber. Evento no Dia do Radioamador promovido pelo jornal Gazeta de Cotia, 1991.

O JEITO DE EXPLORAR A TERRA E O FERRO DE BIRACOIABA – Aziz Ab´Sáber. Palestra na Câmara Municipal de Cotia c/ W. Paioli e João Barcellos. Evento no Dia do Radioamador promovido pelo jornal Gazeta de Cotia, 1991.

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Transporte, Médicos, Falta de Mobilidade

Opinião de Adilson Lima

O que faz com que profissionais da medicina abandonem regiões distantes? É só a falta de transporte público? Não. Na verdade, em muitos municípios falta de tudo e, principalmente, vontade política de dar ´cara´ urbana à região.

Só existe mobilidade rural e urbana quando as vias de acesso são projetadas por engenharia adequada e não por políticos engenhosos na manha de enganar os povos. O que tem de mudar no Brasil é o modo de se fazer política, porque as pessoas se fazem eleger (na maioria dos casos o voto é comprado) para serem elas mesmas e não representantes de quem nelas votou.

Um plano de mobilidade começa pela vontade política de gerenciar a municipalidade com transparência.

No caso dos profissionais de medicina aplica-se a mesma observação ao professorado: como executar um trabalho de assistência social-médica e de educação de qualidade quando a região, além de não ter estruturas físicas (unidades de saúde e escolas) não oferece sequer transporte público? O que se coloca não é nem o salário, apenas a falta de condições para exercer a profissão.

O que falta no Brasil é uma política pública que sirva o Povo e não o corporativismo das elites que desconhecem a Cidadania.

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