ngcanela.com Volume 02 Postagens de 51 a 100 Norberto Geraldi
Os pedreiros
Post (0050) Uma vez um viajante, deparou-se com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas, trabalhavam no que parecia ser um importante projeto. O viajante, curioso, perguntou ao primeiro deles o que estava fazendo: - Estou assentando tijolos, não vê? Respondeu. Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. - Eu estou morrendo de trabalhar, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas eu não suporto mais este trabalho, concluiu. Mal satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta, o que estas fazendo? - Estou ganhando a vida, respondeu. Não posso reclamar, pois foi o emprego que consegui. Para mim esta bom, porque levo o pão de cada dia para minha família. O viajante então perguntou ao terceiro pedreiro: O que você está fazendo, perguntou, e este respondeu: - Estou construindo uma Catedral! Três respostas diferentes para a mesma pergunta. Cada um manifestou sua própria visão. Para o primeiro, o serviço significava dor e sofrimento, um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa. O segundo, indiferente, conformado, mas, não realizado, o trabalho nada lhe significava e ele só o fazia por obrigação. Já o terceiro pedreiro tinha a consciência da importância do que fazia, tinha o sentimento elevado de participar de uma grande obra. Desempenhar uma função com orgulho e satisfação, lhe dará mais força, animo e felicidade. Texto de autor desconhecido – NG Canela – Fevereiro de 2010
O Antílope e o Leão Post (0051)
“Todos os dias pela manhã, na África, o antílope desperta. Ele sabe que terá de correr mais rápido que o mais rápido dos leões, para não ser morto. Todo o dia, pela manhã, desperta o leão. Ele sabe que terá de correr mais rápido que o antílope mais lento, para não morrer de fome.” - Não importa que bicho você é se antílope ou leão. Quando amanhece, é melhor começar a correr. - Todas as manhãs, o empreendedor acorda sabendo que não é possível ficar parado. Em todas as áreas de indústria, do comércio e dos serviços, a cada dia é necessário aprimorar, qualificar, investir, evoluir e correr em busca do sucesso. Fonte: Informativo da ACIC – NG Canela – Fevereiro de 2009
Desabafo de Herbert Viana Post (0052)
- Cirurgia de lipoaspiração? - Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada de ninguém, nem falar o que não sei, nem procurar culpados, nem acusar ou apontar pessoas, mas ninguém está percebendo que toda esta busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e mais piração? - Uma coisa é saúde outra é obsessão. O mundo pirou, enlouqueceu. Hoje, Deus é a auto imagem. Religião é dieta. Fé, só na estética. Ritual é malhação. - Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo, sentimento é bobagem. - Gordura é pecado mortal. Ruga é contravenção. Roubar pode, envelhecer, não. Estria é caso de polícia. Celulite é falta de educação. Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso. - A máxima moderna é uma só: “Pagando bem, que mal tem?” - A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem. Imagem, estética, medidas, beleza. Nada mais importa. Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa. - Não importa o outro, o coletivo. Jovens não têm mais fé, nem idealismo, nem posição política. Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada. - OK, eu também quero me sentir melhor, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal, mas … - Uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulimicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural. Não é, não pode ser. Que as pessoas discutam o assunto. Que alguém acorde. Que o mundo mude. - Que eu me acalme. Que o amor sobreviva. – “Cuide bem do seu amor, seja ele quem for.” Texto de Herbert Viana, cantor e compositor enviado por J.Scheidegger – Até que alguém falou algo sensato – NG Canela – Fevereiro de 2010
Incentivos a um líder Post (0053)
Numa palestra de Giuliani foi dada ênfase a necessidade de um líder ser sua própria pessoa, ou seja, saber e conseguir ver e entender o mundo por si próprio, ler e estudar. Insistiu que um líder se faz, se forma, não apenas nasce. - Bem, vamos a alguns pontos que disse que devem ser considerados: - O primeiro deles é LER, ler vai dar a base para o conhecimento, vai te fazer refletir e ter senso crítico. Principalmente livros; - Segundo é OUVIR. Escute, faça perguntas. Cuidado para não ficar apenas falando, apenas sobre o que já sabe; - Em terceiro, DEBATER. Esteja sempre pronto para expor suas ideias e poder suportá-las frente à opinião contrária de outros, avalie os dois ou mais lados da questão antes de decidir. Na sua equipe, sempre existirá a diversidade, e se você não a sufocou, num debate ela aparecerá; - Em quarto, ESCREVER. Quando pensar em questões mais complexas escreva num papel os prós e contras tendo assim em uma única visão tudo que deve ser considerado. Escrever requer concentração, uma formulação mais elaborada; E por último PENSAR, aparentemente simples e óbvio, mas numa emergência, deve-se decidir na hora, É justamente nesses momentos onde você deve pensar ou agir com base em seus instintos, mas para isso tem que treina-los. Treinar, ensaiar todas as possíveis situações que serão vividas, pois quando acontecer deve saber o que fazer, ainda mais numa emergência. Pense, só então conclua, sem as quatro etapas anteriores, você estará apenas pensando que pensou… Um líder tem que formar sua equipe com pessoas que possam suprir suas fraquezas. Resumo de uma palestra de Rudolph Giuliani (Quando Prefeito de Nova Iorque) – NG Canela – Fevereiro de 2010
A Reengenharia das Pulgas Post (0054)
Duas pulgas estavam conversando: - Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas. Então contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de voo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra: - Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente. Então contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chegasuga-voa. Funcionou, mas não resolveu… A primeira pulga explicou por quê: - Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez. E então um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen. Resolvido, mas por poucos minutos… Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha, que lhes perguntou: - Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica? - Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento. - E por que é que estão com cara de famintas? - Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?
- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer, e perguntaram a pulguinha: - Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia? - Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora. - Mas o que as lesmas têm a ver com pulgas? Quiseram saber as pulgonas… - Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinha, só observando o cachorro e então ela me disse: “Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança”. MORAL 1: Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma simples questão de reposicionamento. MORAL 2: Você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, a GRANDE MUDANÇA é uma análise correta. Tomar medidas sem saber qual a verdadeira causa do problema é mera agitação, um desperdício de esforço (Variante da moral, segundo J.Scheidegger). Texto de Max Gehringer – NG Canela – Março de 2010
O tempo Post (0055)
Toda a tarefa ou serviço, independente de sua grandiosidade, tende a ocupar todo o tempo que dispomos para executá-la. É bastante comum ouvir-se: – Não fiz isto ou aquilo por não ter tido tempo. O tempo necessário que necessitamos esta sempre disponível, o tempo não para, para esperar-nos. - Para conseguirmos executar tudo que queremos, se é que é isto que queremos realmente, basta um pouco de planejamento. Para exemplificar vou contar uma experiência da qual participei: - Quando trabalhava em uma empresa no Rio de Janeiro, o Gerente de nossa divisão, seguidamente deixava de atender um subordinado, ou resolver um problema que julgava menor, devidamente, alegando que tinha que se rápido, pois não dispunha de tempo. - Até que se dando conta de que algo estava errado, tomou a seguinte decisão: Trabalharia somente pela manhã a portas fechadas, telefone desligado, o secretário filtrava as ligações e visitas, passariam somente as emergências e assim conseguiria tempo para o seu trabalho burocrático e administrativo. À tarde, bem esta seria livre, teria todo o tempo do mundo para visitar os seus departamentos, resolver em loco os pequenos problemas e escutar os lamentos e sugestões de seus subordinados. Colocado em prática e … – Não é que deu certo – Lemos! – Onde você estiver, fica aqui o meu grande abraço. NG Canela – Fevereiro de 2010
Coisas do tio Boris Post (0056)
- Depois de muito batalhar e graças às novas leis da ex-União Soviética, o tio Boris (Judeu) conseguiu permissão para emigrar para Israel, como muitos outros camaradas russos. - Porém, ele se queixava: - Discriminavam-me, não queriam que eu saísse, me investigavam tempo todo… , e eu sou uma boa pessoa. - Por fim, se deram conta e concordaram com a sua saída. - No dia da partida, na alfândega, um oficial russo ao revistar as suas bagagens de repente, abre uma delas e pergunta: - Que é isto? - Perdão – disse Boris – você deve perguntar: “- Quem é este?”. – Este é um busto do camarada Stalin, nosso querido ideólogo e grande dirigente do partido. E eu o levo para nunca me esquecer dele. - É verdade – disse o guarda – ele pensava diferente dos judeus, porém o felicito… Passe! - Tio Boris chega a Tel Aviv e quando é revistado na alfândega, o oficial israelense abre sua bagagem e lhe pergunta: - Que é isto? - Perdão – disse Boris – você deve perguntar: “Quem é este”’. – Este é o maldito ditador anti-semita Stalin por quem sofremos tantas desgraças e misérias. Trago este busto para não esquecer de seu rosto e ensinar aos jovens quem nos fez sofrer dia após dia! - Bom, senhor, acalme-se – disse o guarda – Você já está aqui, em Israel, pode passar… – Passe, passe que sua família o espera! - E tio Boris é recebido com grande alegria por seus irmãos, sobrinhos e toda a família. Vão todos ao kibutz, onde haviam preparado uma grande festa para recebê-lo. Quando chegaram a casa, lhe disse um sobrinho: -Tio, venha ver primeiro os seus aposentos, deixar suas coisas e se refrescar. - E logo o acompanham ao seu quarto e o ajudam com suas coisas. - E, quando Boris abre a mala e coloca o busto sobre sua cama, o sobrinho pergunta: -Quem é esse? -Desculpa, – disse Boris – deves perguntar: “Que é isso”’.- Isso, querido sobrinho, são cinco quilos
de ouro puro. Texto recebido de um velho amigo – NG Canela – Agosto 2010
Estratégia Post (0057)
Um velho homem vivia sozinho em sua chácara. Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito pesado… Seu único filho, que o ajudava nesta tarefa, estava na prisão. O homem então escreveu a seguinte carta ao filho: ” Querido Filho, estou triste, não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo, sua mãe sempre adorou flores e esta é a época certa para o plantio. Eu estou velho para cavar a terra. Se você estivesse aqui, não teria esse problema, sei que você não pode me ajudar, pois estás na prisão. Com amor, seu pai.” Pouco depois, o pai recebeu o seguinte telegrama: “- Pai, PELO AMOR DE DEUS! – Não escave o jardim! – Foi lá que eu escondi o roubo!” Como as correspondências eram monitoradas na prisão, na manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes da policia apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar qualquer corpo. Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que havia acontecido. Esta foi a resposta: “Pode plantar seu jardim agora, amado Pai. Isso foi o máximo que eu pude fazer no momento…” Estratégia é tudo!!! Nada como uma boa estratégia para conseguir coisas que parecem impossíveis. Assim, é importante repensar sobre as pequenas coisas que muitas vezes nós mesmos colocamos como obstáculos em nossas vidas. Recebido por e-mail de uma amiga – NG Canela – Março de 2011
A irracionalidade do automóvel Post (0058)
- Muitos de nos vivemos em cidades travadas, onde usar a palavra trânsito é incidir numa contradição, afinal, tudo que não se faz é transitar. - Repetimos à exaustão: “Por que não se investe em transporte coletivo?”. - Periodicamente, as grandes cidades batem recordes de engarrafamento, tornando-se lugares altamente poluídos, torrando milhões e esvaziando tanques de combustível sem sair do lugar. - O caso do transporte nas metrópoles demonstra como determinados conceitos culturalmente arraigados afirmam-se, contra toda racionalidade. Afinal, como justificar o privilégio conferido ao automóvel em políticas de transporte, em que uma única pessoa ocupa o espaço que poderia ser ocupado por muitas num ônibus ou metrô? - A ideologia do sucesso individual, que leva as pessoas a associarem imediatamente o status social ao carro que possuem, se confunde com a falta de consciência do compartilhamento do espaço público. - O que se questiona é o próprio sentido de cidadania. Afinal, compartilhar o rico e complexo espaço de uma cidade requer uma postura de respeito pela coletividade, e isso afeta, as escolhas que cada um faz na constituição de seus hábitos cotidianos. - O avesso disto, que insiste em se reafirmar na realidade, são essas escolhas irracionais que, com máscara de solução individual, tornam-se uma condenação de todos à má qualidade de vida e ao desperdício de recursos. Sabemos que é tempo de mudar. - Isto não é uma apologia ao abandono do automóvel, mas para que se racionalize o seu uso. Pense nisto durante a sua caminhada costumeiral. Texto publicado Revista Fórum em junho de 2010 – Resumido – NC Canela – Setembro de 2010
Relatividade Post (0059)
Um Quociente apaixonou-se doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a da base ao ápice. Uma figura ímpar de olhos rombóides, boca trapezoidal, corpo ortogonal e seios esferoidais. E fez da sua vida uma paralela à dela, até que se encontraram no Infinito. - Quem tu és? Indagou ele, em sua ânsia radical. - Sou a soma do quadrado dos catetos, mas podes me chamar Hipotenusa. E ao se falarem descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a almas gêmeas: Primosentre-si. E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz, numa sexta potenciação, traçando linhas retas, curvas, círculos e senoidais ao sabor do momento e da paixão. Escandalizaram-se os ortodoxos das fórmulas euclidianas e os exegetas do universo finito. Romperam convenções newtonianas e pitagóricas e, enfim, resolveram somar-se, constituir um lar, mais que um lar, uma perpendicular. Convidaram para padrinhos o Poliedro e a Bissetriz. Fizeram planos, equações e diagramas para o futuro, somados a uma felicidade integral e diferencial. Casaram-se e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos. E foram felizes até àquele dia em que tudo, afinal, tende a se dividir. Foi então que surgiu o Máximo Divisor Comum, frequentador de círculos concêntricos e viciosos. Ofereceu, a ela, uma grandeza absoluta e reduzindo-a a um denominador comum. Ele, quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade. Era o triângulo, chamado amoroso e desse problema ela era a fração mais ordinária. E como Einstein ao descobrir a Relatividade, tudo que era espúrio passou a ser normalidade, como, aliás, em qualquer teorema. CQD Texto equacionado por um amigo – NG Canela – Setembro de 2010.
Tire as meias Post (0060)
Você por acaso já parou para pensar se tem algo em sua vida que lhe ajude a desligar de forma simples? É fácil ser Zen deitado ao pé de um coqueiro à beira-mar. Mas como fazer isso numa vida que demanda tanto de nós, tanto pessoal quanto profissionalmente? Recentemente convidei um grande amigo e empresário para passar um final de semana conosco aqui na Bahia. Logo que chegou, a primeira coisa que fez foi ficar descalço. Antes que eu lhe que perguntasse o porquê da rapidez em tirar os sapatos, ele me olhou e disse: “Amigo, para poder tirar as meias, pois quando as tiro, entro em ‘modo descansar’”. Sei que pode parecer engraçado, mas esse meu amigo, sem saber, sabiamente encontrou um atalho para estar Zen onde quer que esteja. Um dos grandes desafios neste mundo conectado, reativo e intensivo é conseguir, de forma prática, “desligar-se do mundo”. Você por acaso já parou para pensar se tem algo em sua vida que lhe ajude a desligar de forma simples? Conheci um senhor há alguns anos que, logo ao chegar em casa, tomava uma dose de whisky . É claro que isso deve funcionar também, mas não é disso que estou falando. Também não estou falando de meditação, que é uma ótima forma de silenciar a mente, mas de algo simples que possa lhe trazer em contato consigo mesmo. Pode ser uma canção, uma imagem, uma oração ou até tirar suas meias. Se pensar com calma, encontrará algo. Durante o Caminho de Santiago, descobri várias formas de treinar minha mente e minhas emoções para que soubessem quando podiam entrar em “modo descansar”. No começo, como todo exercício, dá um pouco de trabalho. É preciso ter disciplina e dedicar-se, confiando que o benefício será a paz duradoura. A verdadeira paz se encontra ao desconectar do mundo exterior e conectar consigo mesmo. E, às
vezes, isso é tão simples quanto tirar as meias. Texto de Pierre Schürmann. Filho mais velho da primeira família brasileira a dar uma volta ao mundo de veleiro, é amante da vida simples.
NG Canela – Agosto 2010
A máquina de escrever Post (0061)+Vídeo - Acreditem em já existiu um equipamento chamado “Máquina de escrever”
- É bom a gente não falar muito disto, pois se, vão nos chamar de velhos, nascidos na era APC (Antes do PC). - Naquela época para conseguirmos um emprego, tinha-se que aprender datilografia (Era como chamavam a digitalização) em uma máquina de escrever. - Existia ali no bairro Cidade Baixa em Porto Alegre em uma sala nos fundos de um corredor de um prédio que já foi demolido, uma porta com a parte superior em vidro, onde se lia “Escola de datilografia do professor Deoclides – Matriculas abertas”. - Ao adentrar-se, deparava-se com uma sala um pouco escura, onde sobre as mesas estavam às maravilhosas e modernas “Maquinas de escrever”, pretas, com teclados de madrepérola e alavancas cromadas. - Ao fundo a mesa do professor Deoclides, atulhada de papéis, e ele seus alunos sobre as lentes bifocais do óculos de aro de tartaruga. - Sobre cada mesa pendia do teto alto uma lâmpada incandescente em um plafon aloçado… - Tinha-mos que ficar teclando até encher uma página de “QWERTY QWERTY QWERTY QWERTY ” os dedos ficavam duros, na outra aula: “ASDFGH ASDFGH ASDFGH ASDFGH” e assim até decorar o teclado inteiro e passar para formar palavras. - Mas o mais incrível era que o professor insistia que cada letra tinha que ser com um dedo diferente, tinha-se que usar todos os dedos da mão, e mais, as letras do lado esquerdo do teclado tinham que ser tecladas com os dedos da mão esquerda e as da direita com os da mão direita, pasmem! - Nem o dedão escapava, era dele o travessão, aquela tecla maior que fica em abaixo das pequenas. - E os acentos, puxa não quero nem lembrar. - Só para maltratar as máquinas de escrever não tinham teclado numérico. - E o fim da linha, era um deus nos acuda. Se agente não se desse conta ou não ouvisse a campainha que tocava “automaticamente” para avisar que a linha estava chegando ao fim, a última letra ficava rebatida, inteligível, um verdadeiro borrão ou a máquina trancava. - E mais, não tinha retrocesso (Back Space), escrito errado ficava errado. Oh Deus! - Para nova linha, acionava-se uma alavanca, que movia o rolo na parte superior onde estava o papel,
esta mesma alavanca servia para o retrocesso, ou seja, posicionar o papel no inicio da nova linha (Enter do PC,). - Verificador ortográfico nem pensar, tinha-se que ter conhecimento de linguagem. - Naquela época fazia um grande sucesso uma máquina fabricada na França, que vinha com uma tecla que era literalmente um borrão, muito útil quando se tinha dúvida se a palavra era escrita com s, z ou x, a gente tacava o borrão e a culpa era atribuída à máquina… - Hoje é muito mais fácil, com os dois dedos indicadores fazemos tudo e se errarmos é só voltar e reescrever. - Veja você, tínhamos que pensar e prestar muita atenção ao que estávamos fazendo, pois se errássemos tínhamos que começar tudo novamente, e isto de certa forma ajudou em nossa formação para a vida como um todo. Texto de N.Geraldi, devidamente datilografado – NG Canela – Novembro de 2010 >> Vídeo com Jerry Lewis: >>Veja como uma máquina de escrever era fabricada:
Obesidade Mental Post (0062)
O prof. Andrew Oitke publicou o seu polêmico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão criando problemas tão ou mais sérios que esses. Segundo o autor, a nossa sociedade está mais atulhada de preconceitos do que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros desta magna “fast food” intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e produtores cinematográficos. Os telejornais e telenovelas são os hamburguês do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação. O problema central estaria na família e ou na escola? Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma alimentação intelectual tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada. Um dos capítulos mais polêmicos e contundentes da obra, intitulado “Os Abutres”, afirma: O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular. Os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polêmico e chocante. Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais. O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas poucos sabem quem foi Kennedy. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto.
As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia. Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma idade das trevas ou o fim da civilização, como tantos apregoam. É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos, o mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos, precisa sobretudo de dieta mental. Texto de João César das Neves – NG Canela – Outubro 2010
Desacelere Post(0063)
- Se a sua vida esta passando rápida demais, desacelere! -Tire uma folga, e: - Viaje pela vida como se estivesse sentado no banco do carona, apreciando a paisagem; - Faça uma parada, de preferência não programada para conversar com um desconhecido e tomar aquele lanche no meio da tarde, sem pressa; - Faça aquela coisa que esta no final da sua lista de prioridades; - Estacione o seu estres na garagem e saia caminhando de mãos dadas com quem você mais gosta; - Olhe no céu aquelas figuras formadas pelas nuvens, deitado na relva; - Vá trocar figurinhas; - Sente num banco de igreja, na hora em que esta esteja vazia e fique alguns minutos sozinho consigo mesmo e seus pensamentos, não planeje nada, simplesmente voe. Se isto for bom, repita, quantas vezes quiser, não tem contra indicações. Acrescente outros itens à lista, não esquecendo que infelizmente a vida dita normal deve continuar. N.Geraldi – NG Canela – Abril de 2010
A maior bronca Post (0064)
Tínhamos uma aula cálculo na faculdade logo após um feriadão. Como a maioria havia viajado, todos estavam ansiosos para contar as novidades. O professor ao entrar na sala logo percebeu que iria ter trabalho para conseguir o silêncio e com grande dose de paciência tentou começar a sua aula. Como se o professor não estivesse lá continuamos a conversar, afinal as nossas aventuras do feriadão nos pareciam mais interessantes que o que o mestre estava tentando dizer. Constrangido o professor pediu silêncio, não adiantou, ignoramos a solicitação. Foi neste ponto que ele perdeu a paciência e deu a maior bronca que já presenciei: - “Prestem atenção porque vou falar uma única vez, disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala, e ele continuou. – Desde que comecei a lecionar, e isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos para apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos estes anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro, tornando-se profissionais brilhantes, contribuindo de forma para melhorar a qualidade de vida das pessoas e do seu ambiente. Os outros 95% servem apenas para fazer volume, são medíocres e simplesmente passam pela vida sem deixar nada de útil. E o interessante que esta percentagem vale para todo mundo. Se prestarem atenção notarão que a regra aplica-se para professores, médicos, engenheiros, garçons, motoristas, atendentes e outros, apenas cinco de cada cem são verdadeiros profissionais. É lamentável que não possamos identificar e separar desde cedo estes 5% do resto, pois se assim fosse eu deixaria nesta sala somente os alunos especiais e colocaria os demais para fora e finalmente teria o silêncio e a atenção necessária para dar uma boa aula e a noite dormiria tranqüilo sabendo estar investindo nos melhores. Infelizmente não sei como separa-los, só o tempo é capaz disto. Portanto terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que esta sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre poderá escolher a qual grupo pertencerá.” O Silêncio finalmente reinou na sala. A bronca tocou fundo em todos nós, o comportamento melhorou bastante daí por diante, afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto? Hoje não lembro muita coisa das aulas de cálculo, mas a bronca nunca esqueci. Aquele professor certamente fazia parte de um grupo dos 5% que fazem à diferença. Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que fizemos, se não tentarmos
fazer o melhor possĂvel, seguramente estaremos nos candidatando a fazer parte da turma do resto. Texto em homenagem ao professor desconhecido, que faz parte da turma dos 5% – NG Canela – Abril 2010
O último biscoito Post (0065)+Vídeo
- Uma jovem estava à espera de seu vôo, na sala de embarque de um aeroporto. Como deveria esperar várias horas, resolveu compras um livro e um pacote de biscoitos. - Sentou-se numa poltrona, para poder descansar e ler para passar o tempo. - Ao seu lado sentou-se um homem, que abriu uma revista e começou a ler, entre eles estava o saco de biscoitos. - Quando ela pegou o primeiro biscoito, o homem também pegou um. Sentiu-se indignada, mas nada disse. Apenas pensou: “Mas que atrevido! Se eu estivesse com disposição dava-lhe um soco, para que ele nunca mais se esquecesse deste atrevimento!”. - A cada biscoito que ela pegava o homem também pegava um. Aquilo a foi deixando cada vez mais indignada, sem conseguir reagir. - Quando restava apenas um biscoito, ela pensou: “Ah… o que vai esse abusado vai fazer agora?”. - Então, o homem dividiu o último biscoito ao meio, deixando a outra metade. - Ah! .. Aquilo era demais! Ela estava soprando de raiva! Então, pegou o livro, e o restante de suas coisas e dirigiu-se para a porta de embarque. - Quando se sentou confortavelmente na sua poltrona, já no interior do avião, olhou para dentro de sua bolsa e para sua surpresa, viu intacto o seu pacote de biscoito, do jeito que havia comprado. - Sentiu imensa vergonha! Percebeu quanto esta errada. Tinha-se esquecido que tinha guardado seus biscoitos na bolsa. - O homem tinha dividido os seus com ela, sem sentir-se indignado, nervoso ou irritado ao contrário dela. - E já não havia mais ocasião para se explicar, nem pedir desculpas! Somente refletir sobre o acontecido. Texto de autor desconhecido – NG Canela – Dezembro de 2010.
A serpente e o vagalume Post (0066)+Vídeo
Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume que só vivia para brilhar. Ele fugia rápido com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir. Fugiu um dia e ela não desistia, dois dias e nada… No terceiro dia, já sem forças o vaga-lume parou e perguntou à serpente: - Posso fazer três perguntas? - Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te comer mesmo assim, pode perguntar… - Pertenço a sua cadeia alimentar? - Não. - Te fiz algum mau, alguma coisa? - Não. - Então por que você quer me comer? - PORQUE NÃO SUPORTO VER VOCÊ BRILHAR… Pense nisso, sempre que você brilhar. Certamente haverá uma serpente a lhe espreitar, cuidado. Texto da internet – NG Canela – Dezembro de 2010
O Coleguismo e ou a amizade Post (0067)
Outro dia eu estava conversando com um pessoal e de repente surgiu o tema “Amizade”. Cada um narrava algum fato ocorrido em suas vidas e eu escutando, atentamente, conclui que há muitos colegas e somente poucos amigos. Isso não é novidade, afinal todo mundo sabe que amigos são poucos. Por um motivo qualquer, deixar de oferecer festas (Boca livre) e divertimentos gratuitos faz com que desapareçam os chamados “amigos” que eram na realidade simplesmente “colegas”. Se alguém está alegre, feliz e de bem com a vida? Tenham certeza de que a inveja aparece quase sempre daqueles que se dizem “amigos”. O pior é que não tem jeito, todo mundo precisa relacionar-se e permanecer num grupo. Assim sendo, saber conviver com as pessoas é uma arte, que exige de todos nós muita paciência e tolerância. O jeito é treinar diariamente. Tente identificar no seu grupo a diferença que há entre coleguismo e amizade. Uma vez identificado quem são os colegas, então, não devemos esperar que se comportem como amigos. Daí, não tem problemas e tudo fica sob controle. Coleguismo é muito simples. Podemos fazer colegas nas festas, nos passeios, no emprego em qualquer ambiente que frequentamos, e destes colegas são raríssimos os que se tornam nossos amigos. Uns são, alegres e divertidos, outros são simpáticos e amáveis e outros têm bom papo, há de tudo. Nos encontros de colegas tudo é festa e alegria. Mas cuidado, com a ressaca… uma dor de cabeça danada… também, não prestou a atenção… caiu na bobagem de falar demais… Olha só no que deu… probleminhas de ti-ti-ti… Com colegas não devemos falar em demasia, nem dizer o que pensamos, só devemos manter o astral legal, dando risadas de tudo e, é claro, conversar abobrinhas. É melhor assim. Vai por mim… Não se preocupem se um colega não quer mais papo com você. Tudo bem, porque logo vem outro para substituí-lo. Ah! Era colega mesmo. Nada de importante. Devemos desejar felicidades e pensar: foi bom enquanto durou… Não é a primeira vez que um colega vai embora sem mais e nem menos. Muitos já se foram, passaram pelas nossas vidas sem registrar nada de importante. A esses, que nada fizeram nem de bem e nem de mal, devemos simplesmente desejar felicidades. Passou… Até a vista…
Por outro lado, existe a amizade de verdade, esta é um sentimento raro e duradouro. Não há distância e nem outros fatores que possam destruir uma verdadeira amizade. O laço é forte e o amor e os sentimentos estão presentes nessa relação. Nessa relação de amizade exige-se confiança e fidelidade, e uma cumplicidade mútua. Os nossos amigos do coração estão nessa relação de amizade. São poucos, preciosos, importantes e necessários, para a nossa vida. Amigos estão contidos numa energia cósmica, porque só assim justifica-se o fato de muitos estarem longe, e continuarem presentes. Não importa há quanto tempo não os vimos e nem à distância em que se encontram, porque os sentimentos de amizade que existe na relação transcendem, dando a certeza de que somos queridos. Dando-nos forças, conforto e compreensão nos momentos em que mais venhamos a precisar. Com certeza, na tristeza e na alegria. São esses amigos que devemos cuidar com muita atenção, respeitando sempre a sua individualidade, estando sempre prontos para lhes estender as mãos no momento em que precisarem. Se um desses poucos amigos magoar-me ou deixar de existir, aí, sim ficaria numa enorme tristeza, podem acreditar. Distinguir a diferença entre coleguismo e amizade é fácil; É só ficarmos atentos as atitudes, porque são elas que revelam toda a verdade de uma relação. Texto de Conceição Vetsch – resumido – NG Canela – Maio de 2010 Para ler o texto original completo, acesse este link: Coleguismo e amizade
Significados Post (0068)
- Nada tem significado por si só. Coisas são apenas coisas. Acontecimentos são apenas acontecimentos. Pessoas são apenas pessoas. Seus gestos, olhares e comentários também não passam de gestos, olhares e comentários. Somos nós que atribuímos os significados a tudo isso. - Algumas pessoas são boas em atribuir significados interessantes a coisas e acontecimentos. Se você conhece pessoas assim, sabe que elas parecem mais felizes. Outras preferem dar significados ruins a coisas, acontecimentos, pessoas, … - E dessa forma, elas acabam sofrendo e por isto. Vivem estressadas, deprimidas, desanimadas, você conhece esse tipo de gente? - O fato é que muitos não sabem que têm o poder de escolher o significado das coisas e que podem dar a elas o significado que quiser … - Que tipo de significado você costuma atribuir a suas ações do dia a dia? - Se você gosta de fazer alguma atividade, é pelo significado que você atribuiu a ela e se não gosta, também é por causa do significado que você deu a ela. - Se você diz que lavar o carro é um trabalho de escravo, assim ser, e se você dissesse que lavar o carro é como limpar os sentimentos e pensamentos negativos de sua vida? - Se você, ao lavar o carro, enquanto a água escorre e leva a sujeira, dissesse que com aquele ato está se libertando de raiva, ressentimento, culpa, etc.? - Como mudar isso? - Pense em algo que não tem muita vontade de fazer. Uma caminhada, por exemplo – algo que muita gente sabe que vale a pena, mas não pratica. - Se você sempre tem desculpas para não fazer a caminhada – porque “não tem tempo”, é porque você deu esse significado à caminhada. Isto é, “a caminhada é uma perda de tempo”. Como você não quer perder tempo, também não vai fazer a caminhada. - Agora pense: Como seria, se você dissesse que cada passo que dá é um passo em direção a seu objetivo? Cada passo é uma etapa para alcançar seu objetivo. Muda alguma coisa? - Você poderia dizer, enquanto anda rápido, que está indo rapidamente em direção a seu objetivo ou enquanto anda devagar, apreciando as paisagens, poderia dizer que enquanto caminha, aprecia e aproveita cada momento de sua vida. - O que você acha dessa forma de pensar sobre suas atividades do dia-a-dia? - O que mudaria em sua vida, se começasse a fazer disso um hábito? Texto de Mizuji Kajii, engenheiro e master practictioner, consultor em desenvolvimento pessoal, especialista em PNL, EFT, coaching, … Resumido – NG Canela – Outubro de 2010
Hospital psiquiátrico – O teste da banheira
Post (0069) Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor: - Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui? Respondeu o diretor: – Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não (antes de prosseguir com a leitura do post escolha a sua opção). - Entendi – disse o visitante – uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher. – Não – respondeu o diretor – uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria? Dedicado a todos que escolheram o balde. A vida tem muito mais opções… E muitas das vezes são tão óbvias como o ralo, só falta enxergarmos…. Colaboração de BH – NG Canela – Novembro de 2009
As aventuras de um messias indeciso Post (0070)+Vídeo Richard Bach piloto, escritor. Sua obra mais conhecida é “Fernão Capelo Gaivota”. O livro “Ilusões” é sobre um piloto ambulante que voa em antigo biplano sobre os campos de milho no Centro-Oeste Americano. A ele inesperadamente se juntou nesta viagem solitária a outra pessoa que fazia a mesma coisa, Donald Shimoda. No entanto, rapidamente se torna evidente que há algo de anormal em Shimoda. Seu avião apesar de muito antigo aparece ser novo de fábrica, não tem tecido rasgado, sem manchas de óleo, nem mesmo a palha de passageiros que levam para passear, dentro da aeronave. O encontro não foi um acidente, Donald foi espécie de mentor de Richard. Dele recebeu um pequeno livro: ” Manual do Messias, lembretes para uma alma avançada.” , entorno do qual gira este post. O que Bach faz é usar a história de um mentor de relacionamentos como um quadro para a apresentação de sua concepção de vida. Em Ilusões, sua premissa é que a própria vida é uma ilusão, que somos seres em realidade espirituais, e não seres de substância material. É uma leitura alegre que pode ser concluído em uma tarde. O elemento mais profundo do livro é uma pequena parábola contida no prólogo, eis:
“Uma vez havia uma aldeia de criaturas no fundo do leito de um grande rio cristalino… A corrente do rio passava silenciosamente por cima deles, jovens e velhos, ricos e pobres, bons e maus, a corrente seguindo, o seu caminho, só conhecendo o seu próprio ser cristalino.. Cada criatura, a seu modo, se agarrava fortemente ás plantas e pedras do leito do rio, pois agarrar-se era o seu modo de vida, e resistir à corrente era o que cada um tinha aprendido desde que nascera… Mas uma das criaturas disse, por fim: - Estou farto de me agarrar. Embora não possa ver com meus próprios olhos, espero que a corrente saiba para onde está indo… - Vou soltar-me e deixar que ela me leve para onde quiser. Se me agarrar, morrerei de tédio. As outras criaturas riram-se e disseram: - Louco! Se você se soltar, essa corrente que você adora o lançará despedaçado sobre as pedras e a sua morte será mais rápida do que a causada pelo tédio!…
Mas aquele não lhes deu ouvidos e, respirando fundo, soltou-se, e imediatamente foi lançado e despedaçado pela corrente sobre as pedras! Mas com o tempo, como ele se recusasse a tornar a se agarrar, a corrente o levantou, livrando-o do fundo, e ele não se machucou nem se magoou mais. E as criaturas mais abaixo no rio, para quem ele era um estranho, exclamaram: Vejam, um milagre! Uma criatura como nós, e, no entanto voa! Vejam, é o Messias que chegou para nos salvar!.. E aquele que foi carregado pela corrente disse:- Não sou mais Messias do que vocês. O rio tem prazer em nos erguer à liberdade, se ousarmos nos soltar. O nosso verdadeiro trabalho é essa viagem, é essa aventura! No entanto, cada vez exclamavam mais: ‘- Salvador ! , enquanto se agarravam às pedras; quando tornaram a olhar, ele se fora, e eles ficaram sozinhos, inventando lendas sobre um Salvador”. Do livro Ilusões de Richard Bach – NG-Canela – Julho de 2010 Se você preferir pode ativar a legenda em português.
Para que servem as palavras
Post (0071) - Para que servem as palavras ? - Servem, para sermos verdadeiros na publicação de nossas ideias. Para sermos honestos, transparentes e éticos. Através delas, damos permissão para o outro conhecer nosso mundo. Mas, se não é isso o que desejamos, servem também para simular, para dissimular, para enganar, para lesar e destruir. - Alguns vocábulos, quando empregados inadvertidamente, prestam-se a mal-entendidos pelo desconhecimento de sua denotação, de sua etimologia ou do seu significado. Outros que se costumam utilizar grosseiramente como sinônimos, carregam sutis singularidades cuja atenção nos permite maior fidelidade na expressão de nossas ideias e no entendimento das alheias. Prestando-se frequentemente a mal-entendidos. -Tem a linguagem a serventia de aprimorarmos o espírito, na medida em que nos empenharmos, respeitando e considerando nosso interlocutor, em expressar do modo mais claro possível o que de fato estamos pretendendo dizer. A linguagem clara e precisa é, um sinal de respeito. - Temos de estar sempre refletindo a respeito de nossas ações e reações, para não ruirmos ao nos julgar, para mais ou para menos, seja caindo nas malhas da nossa vaidade, seja caindo na autodepreciação – o que vem dar no mesmo – desde que vaidade e modéstia são duas faces de uma mesma moeda. - Pode-se julgar equivocadamente que a preocupação com a precisão da linguagem seja um preciosismo e que pouca importância prática terá no dia-a-dia. Afinal, de qualquer modo as pessoas não se entendem e os mundos pessoais tornam-se isolados pela falta de comunhão de ideias, pois as ideias precisam da linguagem para ser debatidas, trocadas, recriadas ou simplesmente recusadas. As ideias, por sua vez, alimentam a reflexão que nutre o espírito. Texto de Jorge Rocha – Resumido, o que lastimo. Tive que cometer esta heresia para poder publicálo dentro do espaço do Blog – NG Canela – Julho de 2010
A lição do bambu chinês Post (0072)
Depois de plantada a semente deste arbusto, não se vê nada, por aproximadamente 5 anos exceto lento desabrochar de um diminuto broto. Durante 5 anos, todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Então, no final do 5º. Ano, o bambu chinês, cresce até atingir a altura de 25 metros. Covey escreveu: – Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês. Você trabalha, investe tempo, esforço, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos. Mas se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º Ano chegará, e, com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava. O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de nossos sonhos, de nosso trabalho, especialmente de um projeto fabuloso, que envolve mudanças de comportamento, de pensamento, de cultura e de sensibilização: nosso proejeto familiar. Devemos sempre lembrar do bambu chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão. Procure cultivar sempre dois bons hábitos em sua vida: a Persistência e Paciência, pois você merece alcançar todos os seus sonhos!!!
É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão. Texto de Stephen R. Covey: Autor do best-seller administrativo Os Sete Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes, publicado pela primeira vez em 1989, como também do livro Primeiro o Mais Importante. Ele é fundador da Covey Leadership Center em Salt Lake City, e da “Covey” de Franklin Covey Corporation, que ensina a como fazer planejamentos nas organizações – NG Canela – Abril de 2011
O sorvete de baunilha Post (0073)
“Não importa quanto “louco” você possa achar que alguns possam ser, eles podem estar certos!” Essa é uma historia verídica, relata uma queixa foi recebida pela Divisão Pontiac da General Motors, veja o que aconteceu: “- Esta é a segunda vez que eu escrevo para vocês e não os culpo por não responder, posso parecer louco, mas o fato que nós temos o hábito em nossa Família comer sorvete como sobremesa após o jantar. O tipo de sorvete varia. Toda noite, após termos jantado, vota-se em um sabor de sorvete e eu me dirijo até a loja para comprá-lo. - Recentemente comprei um Pontiac e desde então minhas idas a loja tem sido um problema. Veja você, toda vez que eu compro sorvete de baunilha, quando eu volto da loja para minha casa, o carro falha. Se eu levo qualquer outro tipo de sorvete, o carro funciona bem. - Saibam vocês que estou sendo sério em relação a esta questão, não importa quão tola ela pareça. O que acontece com o Pontiac que não funciona quando eu compro sorvete de baunilha ? E funciona toda vez que compro outro sabor .” O presidente da Pontiac ficou curioso e enviou um engenheiro para checar o assunto. Este ao chegar foi recebido pelo cliente e inteirado do que estava acontecendo. Combinaram se encontrar logo após o jantar. Os dois entraram no carro e foram até a loja de sorvetes. Até aqui tudo bem. O sorvete escolhido foi o de baunilha, certo que depois que retornassem ao carro, ele não iria funcionar. O que efetivamente aconteceu. O engenheiro retornou por mais três noites… Na primeira noite escolheu o sabor chocolate. O carro funcionou. Na segunda escolheu morango. O carro funcionou.Na terceira ele pegou o de baunilha e o carro falhou. O engenheiro, um homem lógico, recusou-se em acreditar que o carro era alérgico a sorvete de baunilha ! Então combinou de continuar as suas visitas até resolver o problema. Investigou, anotou tudo, hora do dia, tipo de combustível usado, modo de dirigir, etc. Em pouco tempo, ele tinha uma pista: – O homem levava menos tempo para comprar o sorvete de baunilha do que qualquer outro. Por quê? – A resposta estava na disposição da loja. Baunilha, sendo o sabor mais popular, estava numa caixa separada na frente da loja para ser pego rapidamente. Os outros sabores eram mantidos nos fundos da loja, noutro balcão, onde se demorava mais para pega-los. Agora a pergunta era: – Por que o carro não queria funcionar quando se levava menos tempo? - Lógico que não era o sorvete de baunilha.
O engenheiro rapidamente encontrou a resposta: – A saída do vapor da combustão. O tempo extra para pegar os outros sabores deixava o motor esfriar o suficiente para funcionar. No caso do sorvete de baunilha, o motor ainda estava quente para o vapor ser dissipado e falhava”. Até os problemas que parecem mais banais ás vezes são válidos, então, nunca devemos subestimar, ou dispensar um problema em potencial relatado por um cliente, procure sempre uma solução. Autor desconhecido – resumido – NG Canela – Maio de 2011
Gerência de qualidade, lá em casa. Post (0074) “Gerência é a função responsável pelo estabelecimento da finalidade de uma operação, pela determinação dos objetivos mensuráveis e pela adoção das medidas necessárias à realização de tais objetivos.” – Embora a gerência seja normalmente ligada às empresas, também opera em outros campos: – Dirigir uma família será provavelmente o mais difícil de todos os trabalhos. Poucos foram totalmente bemsucedidos nesta tarefa. O pequeno número de pessoas que de fato concretiza o seu esperado potencial poderia ser explicado como uma questão de sucesso fortuito, considerando-se os bilhões de indivíduos que vivem este momento. “Alguém tem que acertar”! A Família sofre três obstáculos primordiais quando se trata de gerência: – Primeiro: Os membros da organização familiar achamse no “barco” sem o benefício de avaliação pessoal, teste psicológico, ou qualquer outra técnica utilizada para escolha. Assim cada membro é uma quantidade desconhecida. – Segundo: Todos estão relativamente presos ao grupo familiar. Se a filha de três anos causa problemas, você não pode despedi-la, nem joga-la pela janela. Os visinhos que já tem os seus problemas, certamente a jogarão de volta. O domínio que os gerentes familiares exercem sobre o pessoal da família tem base emocional e circunstancial e é sabido que emoções e circunstâncias modificam-se a toda a hora. – Terceiro: Os gerentes familiares, e na verdade a própria família, não foi treinada para este trabalho. Não possuem métodos para mensurarem o desempenho, a não ser em termos de sua limitada experiência. Espera-se que proporcionem meios financeiros, segurança, muitas vezes sem terem tido a chance de aprender, seja pela prática ou experiências passadas. Quando finalmente aprendem o trabalho, são classificados de obsoletos, e forçados à imobilidade, incapazes de interferir quando os filhos assumem, por sua vez, a gerência da família. A operação familiar a as de negócios tem muito em comum. Ambas são orientadas para as pessoas e enfrentam dificuldades na mensuração de alguns aspectos importantes do seu processo. A gerência familiar mede tudo baseado nos padrões pessoais do gerente. Assim, a atividade aprovada está sempre algumas décadas atrasada. Os jovens gostam de um tipo de música, por exemplo, os adultos de outro. A mensuração torna-se uma questão de definir os direitos e expectativas da existência humana: – O que tem direito a receber os membros de cada geração? – Que podem esperar da família como seu direito, e como se espera que contribuam? À medida que a família se torna mais abastada, com o passar dos anos, as especificações vão mudando. O avô talvez se arrogue o direito a levar os netos à escola, atrelando o cavalo de tiro à charrete. A neta mais velha pode considerar que toda a adolescente de dezesseis anos tem direito ao seu carro próprio. A mãe, que supõe ter direito aos confortos domésticos, talvez acredite que deva ser objeto de constante adoração de cada membro do grupo. Todos os indivíduos formaram uma idéia do que a sociedade deveria fornecer para o seu bem-estar físico e emocional. Poucos imaginam o que deveriam realizar para alcançarem tais objetivos, ou do que deveriam proporcionar aos outros. As famílias têm dificuldade em estabelecer objetivos, calcular o desempenho e realizar tarefas. Como todos os seres humanos, defrontam-se com problemas de
comunicação, problemas agravados pelo envolvimento emocional. A gerência da qualidade foi sempre considerada uma operação subjetiva, difícil de definir e mensurar, porque foi relegada ao papel de procedimento orientado para os resultados. Isto posto está em nós, aqueles que ainda estão à procura de soluções racionais concluir este processo. Parte do texto “Aferidor de Maturidade da gerência da qualidade” do programa de sensibilização, conhecimento e conscientização do grupo PQT – Processo de Qualidade da Trombini industrial – Canela / RS NG Canela – Maio de 2010
Divagando Post (0075)
- “A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver e sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos, e … … o certo e o errado são apenas modos diferentes de entender nossa relação com os outros, o difícil não é viver com as pessoas, o difícil é compreendê-las, então … … não tenhamos pressa, mas não percamos tempo. Afinal, há é que ter paciência, dar tempo ao tempo, já devíamos ter aprendido e de uma vez para sempre, que o destino tem de fazer muitos rodeios para chegar a qualquer parte.”
Pequeno texto composto com frases de José Saramago. http://pensador.uol.com.br/autor/jose_saramago/ NG Canela – Setembro de 2011
Princípio do vácuo Post (0076)
- Se você tem o hábito de juntar objetos inúteis acreditando que um dia poderá precisar deles? - Se você tem o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outros tipos de equipamentos sem serventia? - Se você tem o hábito de guardar dentro de você mágoas, ressentimentos, raivas e medos?- Não faça isso. É antiprosperidade. - É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem a sua vida, eliminando o que é inútil para que a prosperidade venha. - O vácuo provocado por este vazio atrairá tudo o que você almeja. - Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço para as novas.Os bens precisam circular. Limpe as gavetas, os guarda-roupas, o quartinho lá do fundo, a garagem,… Doe o que você não usa mais, venda, troque, movimente e não acumule. Não são os objetos guardados, mas a atitude de guardar um monte de coisas inúteis que amarra a vida. Quando se guarda, considera-se a possibilidade da falta, da carência. É acreditar que amanhã poderá faltar, e que você não terá meios de prover suas necessidades futuras. Com essa postura, você está enviando uma mensagens para o seu cérebro e para a sua vida: – Não confia no amanhã e acredita que o novo e o melhor não são para você. Acreditar que o melhor não é para você, pode se manifestar, por exemplo, na conservação de um velho e inútil liquidificador. Esse princípio denota um comportamento que pode também estar presente em outras áreas da sua vida, gerando entraves ao sucesso e à prosperidade. O simples fato de doar o um velho objeto, colocando-o em circulação, cria um vácuo para que algo novo ocupe este espaço.
Emocionante também é passar a acreditar que o novo compensará o objeto doado. - Gente, uma faxina básica é sempre bem-vinda, apesar da trabalheira que isso provoca. Arejar espaços, fora e dentro faz um bem enorme! Vamos lá… Mãos à obra! Desfaça-se do que perdeu a cor e o brilho e deixe entrar o novo em sua casa e dentro de você! Autor desconhecido – NG Canela – Setembro de 2009
O cavalo no poço Post (0077) - Um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar nos trabalhos em sua pequena fazenda. Um dia, seu capataz veio trazer a notícia de que um dos seus cavalos havia caído num velho poço abandonado. O fazendeiro foi rapidamente ao local do acidente, avaliou a situação, certificando-se de que o animal não se machucara, mas pela dificuldade e o alto custo de retirá-lo do fundo do poço, achou que não valeria a pena investir numa operação de resgate. - Tomou então a difícil decisão: - Determinou ao capataz que sacrificasse o animal, jogando terra no poço até enterrá-lo ali mesmo. E assim foi feito, os empregados, comandados pelo capataz começaram a jogar terra para dentro do buraco de forma a cobrir o cavalo. - Mas à medida que a terra caía em seu dorso, o animal sacudia e ela ia se acumulando no fundo, possibilitando ao cavalo ir subindo. - Logo, os homens perceberam que o cavalo não se deixava enterrar, mas ao contrário, estava subindo à medida que a terra enchia o poço, até que enfim, conseguiu sair. - Sabendo do caso, o fazendeiro ficou muito satisfeito e o cavalo viveu ainda muitos anos servindo ao dono da fazenda. Conclusão: Se você estiver “lá embaixo”, sentindo-se pouco valorizado, quando, já certo de seu desaparecimento, os outros jogarem sobre você a terra da incompreensão, da falta de oportunidades e de apoio, lembre-se desse cavalo. - Não aceite a terra que cai sobre você… - Sacuda-a e suba sobre ela. - E, quanto mais terra, mais você vai subindo…e aprendendo a sair do buraco… - Pense nisso! Texto de Lúcia Medeiros, exposto no Shopping Center de Recife em 14/11/1999 -NG Canela – Fevereiro de 2010
O mau comportamento Post (0078)
Falta de educação no relacionamento profissional gera custos elevados para as empresas, afeta clientes, colegas e a comunidade. -A falta de educação e de polidez faz com que as pessoas se sintam mal e as repercussões são diretas no relacionamento com os clientes e colegas de trabalho. Afeta a qualidade do produto e o relacionamento com fornecedores e a imagem da empresa. - O relacionamento interno é extremamente importante para que os demais possam fluir. – Existem chefes rudes, que expõem suas ideias por meio de grosserias aos subordinados, gerando resmungos e cara feia. Existem ainda os atritos entre colegas. Criando um clima de tensão e mal-estar, atrapalhando a execução das atividades e resultando em insatisfação na equipe. - E quanto aos clientes e fornecedores, extremos vitais para a empresa? São eles que sustentam a organização, o atendimento bem feito, com educação, polidez e cortesia, garantem o sucesso formando uma parceria sólida e duradoura. - Quando um fornecedor é tratado mal, tenta se esquivar em oportunidades futuras, criando barreiras para não atender as solicitações de quem lhe foi rude. Gerando um custo enorme para a empresa. - Como podemos mapear e melhorar esse mau comportamento? Uma idéia são os treinamentos em grupo. Num primeiro momento, precisaremos identificar que queremos melhorar. Saber o que é falta de civilidade e de educação. Depois, colocar aquilo que se espera. Quando esses comportamentos estiverem em forma de “manual de bom comportamento”, é preciso disseminá-los para todos os níveis, deixando claro o que é esperado, sem exceção. Todos, incluindo a diretoria, devem estar igualmente envolvidos. Caso contrário, a iniciativa pode cair em descrédito.
- Para manter o bom relacionamento, é importante separar o “o joio do trigo”. Por mais que se goste de uma pessoa, quando ela tem um comportamento que não é adequado é preciso falar abertamente sobre os pontos que precisam ser melhorados, mostrando os benefícios que a mudança pode gerar. Temos que desmistificar a idéia de que “se eu falar algo ele ficará contra mim”. Então, para conseguirmos eliminar o custo do mau comportamento, é preciso treinar, comunicar o que se espera, mostrando a importância de ser educado e cortês, e os benefícios que isto traz para a
vida. O sucesso da empresa cabe a todos! Texto de Brian Lipczynski Martins – NG Canela – Novembro de 2010
O importante é competir Post (0079)
- Existe no Rio Grande do Sul um pequeno município que segundo o IBGE é o menor do estado, com exatamente 1487 habitantes sendo destes, duas e grávidas e oito suspeitas. - Este é no entanto pequeno só no que se refere à população, seu povo é hospitaleiro, ordeiro, trabalhador e de grande tradição desportista. - Sem em mais rodeios era ai que eu queria chegar. A capital do município, assim eles chamam a cidade de União da Serra é palco de muitas disputas futebolísticas. - O “Puladorense de União da Serra/RS”, desde a sua fundação em 19oo e antigamente, é campeão do “Torneio Municipal Anual” promovido pela “Federação de Futebol de União da Serra”, cujo presidente vitalício e fundador é o atual prefeito da cidade. - São 25 anos seguidos vencendo o campeonato municipal, não que isto seja decorrente de ser o único time da cidade. As disputas são acirradas entre os times A e B, revezando-se como campeões, sendo que os dois estão sobe a mesma bandeira, cujas cores muito se orgulham, originalmente Pêssego, Laranja e Vinho e atualmente vermelho e branco (dizem que o atual prefeito é colorado) formando um desenho composto. Dizem que foi criada pela esposa do prefeito que é costureira de mão cheia. - Os encontros desportistas ocorrem sempre aos domingos, após a missa, o padre é o juiz. Não tem número certo de jogadores para cada lado, os que estão no campo na hora do início da peleja são divididos em dois grupos e o jogo inicia e não tem hora para terminar. É proibido chutar outra coisa que não seja a bola. Já foram até convidados para participar do Gauchão, mas o regulamento da “Federação” não permite, com o intuito de não virem os seus “Craques” perder a sua forma característica de jogar influenciados por outros. - O “Uniãozinho” é o meu time do coração, e como ele nunca perde nenhuma partida e ou campeonato eu estou sempre feliz e nunca de cabeça inchada. Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, este texto é para ser uma homenagem ao citado município, cujo time sou torcedor – NG Canela – Maio de 2011
O pão e a manteiga Post(0080)
Nossa tendência é sempre acreditar na famosa “Lei de Murphy”: “Se alguma coisa tem a mais remota chance de dar errado, certamente dará”. Eis uma interessante história a respeito: Um homem tomava relaxadamente seu café da manhã. De repente, o pão onde acabara de passar manteiga caiu no chão. Qual foi sua surpresa quando, ao olhar para baixo, viu que a parte onde tinha passado a manteiga estava virada para cima! O homem achou que tinha presenciado um milagre: animado, foi conversar com seus amigos sobre o ocorrido – e todos ficaram surpresos, porque o pão, quando cai no solo, sempre fica com a parte da manteiga virada para baixo, sujando tudo. “Talvez você seja um santo”, disse um. “E está recebendo um sinal Divino”, disse outro. A história logo correu na pequena aldeia, e todos se puseram a discutir animadamente o ocorrido: como é que, contrariando tudo o que se dizia, o pão daquele homem tinha caído no chão daquela maneira? Como ninguém conseguia encontrar uma resposta adequada, foram procurar um mestre que morava nas redondezas, e contaram a história. O Mestre pediu uma noite para rezar, refletir, pedir inspiração Divina. No dia seguinte, todos foram até ele, ansiosos pela resposta. “É uma solução muito simples”, disse o mestre. “Na verdade, o pão caiu no chão exatamente como devia cair; a manteiga é que havia sido passada no lado errado”. Texto postado originalmente por Paulo Coelho – NG Canela – 16 Julho 2010 - Sempre existe a possibilidade de você estar certo. (NG).
Memórias de Luciano Post (0081)
Fui abordado por um leitor após uma palestra. Ele se queixou de que apelo repetidamente para memórias pessoais em meus textos, invocando um passado que pouco ou nada tem a ver. Saquei então uma frase deliciosa do escritor espanhol Max Aub : “Há três categorias de homens: Os que contam a sua história; Os que não a contam e Os que não a têm.” E ele: Hum… Prefiro quando você é crítico sobre atualidades. Eu: Muitos de meus textos trazem críticas, mas não acho que isso faça de mim um “crítico”. Se você disser “inconformado” eu concordo. Aprendi em meio século de vida a reconhecer a armadilha que é cair na crítica às instituições, ao povo, às elites, ao governo. Esses alvos nunca têm endereço certo e criticá-los dá rigorosamente em nada. Minha indignação é com aqueles que têm o poder de mudar as coisas, mas não mudam, evitando o compromisso com valores morais e com a cultura do país. É essa gente que ajuda a construir uma visão distorcida do Brasil, tornando até mesmo justificável a violência de parte do povo contra nossos símbolos e tradições. Ele: Mas quem é que você acha que tem esse poder, esse privilégio, essa força e capacidade de provocar mudanças? Eu: Olhe-se no espelho! Todo mundo tem o poder de despertar mudanças. O professor em seus alunos, os pais em seus filhos, o médico em seu paciente, o pastor nos fiéis, o ator na platéia, o escritor em seus leitores, a esposa no marido, o dono no cachorro… E vice versa. Aquilo que você chama de “crítica” é meu esforço para despertar a consciência do seu impacto e influência sobre as pessoas. Não quero que você ache que estou certo, que me siga, que concorde comigo. Só quero que você se importe e evite jogar a responsabilidade sobre as instituições, sobre as elites, sobre o povo. Isso é muito cômodo. Ele: Luciano, por falta de educação, as pessoas depredam, roubam livros, esculturas e qualquer outra lembrança de nossa história suja, hipócrita e triste. Conforme-se que sempre foi e sempre será assim. Eu: Pois é. Em qualquer lugar civilizado, depredar, roubar, enganar, dá cadeia. No Brasil dos conformados, dá dó. E isso nos traz de volta a seu comentário sobre minhas memórias. Talvez por
nunca terem aprendido com nossa história – que é tudo menos hipócrita ou triste – muitas pessoas adotam uma visão conformada das mazelas do Brasil. Nunca aprendem com o passado, com as memórias. Por isso é fundamental conhecer o passado. Quando apelo às memórias pessoais, procuro reflexões que tragam ensinamentos. Algumas são críticas, outras são bem humoradas, outras são quase poéticas. Mas todas são reflexões sobre um passado precioso onde estão as lições para o futuro. Quem não tem memória, perde suas referências, fica vazio e conformado, apoiando-se apenas numa estratégia para a vida: a esperança, sacou? Só que esperança nunca foi estratégia. Mas talvez seja o único recurso dos que não têm memória. Não sei se ele ficou satisfeito, mas que botei uma pulguinha lá, ah, isso eu botei. Texto de LUCIANO PIRES – NG Canela – Fevereiro de 2011
As lições do prisioneiro da sela 46664
Post (0082) - Há 20 anos, o advogado e prisioneiro Nelson Mandela enfim era solto, tornando-se depois um dos presidentes eleitos mais respeitados do planeta. - Aos 91 anos, sua história pode ser vista em inúmeros livros, bem como no recente “Invictus”, filme de Clint Eastwood. - Aqui segue uma lista de dez mandamentos inspirados na vida e obra deste vencedor do Nobel da Paz que jamais fugiu de uma luta. 1 – Para Mandela, o exercício físico não traz somente saúde para o corpo, mas especialmente paz para a mente; 2- “Ao encarar torcidas e multidões contra, ouça somente os aplausos. Jamais reaja com raiva e grosserias”; 3 – “Aprendi que coragem não é a ausência de medo, e sim o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que jamais sente temos, e sim o que vence seu medo”, escreveu o líder; 4 – “Aproveite os momentos de reclusão forçada para estudar. Olhe para dentro de você e escreva metas que você deseja para si e para seu futuro”. 5 – “Creia na força das palavras. Elas podem ser um instrumento vital de motivação antes e durante uma luta”; 6 – “Sonhe com a vitória, mas trabalhe muito por ela”; 7 – “Trabalhar em conjunto com o inimigo é mais produtivo que simplesmente odiá-lo. Treine o perdão no dia-a-dia, e assim perca um rival e ganhe um parceiro de batalha”; 8 – “A glória maior de se viver não consiste em jamais cair, e sim em levantar a cada queda”; 9 – “Todo e qualquer homem que tentar roubar a minha dignidade vai ser derrotado”;
10 – “Uma boa cabeça e um bom coração são sempre uma combinação formidável” (Nelson Mandela). Texto de Duda Vitorelli – Extraído do Informativo de expressão ativa 2010 – NG Canelas – Julho 2010
O motorista de taxi e o padre Post (0083)
Assim que morreu, o padre foi direto ao Paraíso. Ali chegando, foi bem recebido por São Pedro, passeou pelos jardins, e de repente se deu conta que um motorista de táxi de sua paróquia, que tinha falecido alguns anos antes em um acidente de carro porque dirigia muito mal, estava ocupando uma esfera mais alta na hierarquia celeste. - Eu não entendo – reclamou com São Pedro. – Devotei minha vida inteira à minha congregação, e aquele homem nada fez para merecer estar aqui! - Bem, aqui no Céu nós sempre damos importância aos resultados. Diga-me o seguinte: as pessoas estavam sempre atentas ao que o senhor dizia? - Na verdade, devo confessar que nem sempre conseguia exprimir direito a importância da fé. Às vezes, notava que certos paroquianos dormiam durante meus sermões. - Pois então agora o senhor entende porque este motorista tem tantos privilégios aqui. Quando as pessoas entravam em seu táxi, até mesmos alguns ateus se convertiam: elas não apenas permaneciam despertas, como rezavam o tempo todo! Texto de Paulo Coelho – NG Canela Abril de 2012
Hoje Post (0084)
- Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia noite. - É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje. - Posso reclamar porque está chovendo ou agradecer às águas por lavarem a poluição. - Posso ficar triste por não ter dinheiro ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício. - Posso reclamar sobre minha saúde ou dar graças por estar vivo. - Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria ou posso ser grato por ter nascido. - Posso reclamar por ter que ir trabalhar ou agradecer por ter trabalho. - Posso lamentar decepções com amigos e conhecidos ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades. - Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
– O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser. E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma. Tudo depende só de mim. Extraído de um texto de Tom Coelho – NG Canela – Julho 2010
Mesmices primaveris Post (0085) - Alguém chegou a calcular a hora exata da criação (Quatro da tarde de uma terça-feira), mas não se sabe se era primavera. Provavelmente sim, pois Deus poderia testar a castidade das suas criaturas, Adão e Eva. E os colocou nus, num jardim primaveril, para ver se resistiam. E a primavera foi mais forte que Deus. Eles não resistiram, e provaram o fruto proibido. - Adão teve a primeira ereção da história e avisou a Eva: – Chega para traz, que eu não sei até onde isto cresce. Eles exploraram todas as possibilidades dos seus corpos e esgotaram o assunto logo na primeira geração. - Desde então, em matéria de sexo, a humanidade não tem feito outra coisa senão se repetir. O sexo não evoluiu. Nenhuma nova zona erógena foi descoberta, nenhuma técnica nova inventada ou desenvolvida em laboratório, depois de Adão e Eva. - Claro, mudaram as atitudes em relação ao sexo, os antecedentes, as conseqüências, os métodos de abordagem, os parâmetros (Óleos perfumados, arreios, capacetes, algemas.. ), mas a mecânica do, digamos, negócio continua a mesma desde que o homem é homem e a mulher, felizmente, é mulher. Ou o homem é mulher e a mulher é homem, o que também é antigo. - As variações do sexo são contidas pelas limitações do corpo, o que explica a mesmice dos filmes pornô. Ou então eu é que tenho andado com a turma errada. Texto de Luiz Fernando Veríssimo – NG Canela – Outubro de 2009
Dia mundial da alimentação Post (0086)(16/10)+Vídeo
O Dia mundial da alimentação é comemorado em 16 de outubro. - Em vez de comemorar, a gente precisa refletir. - O Brasil é o 4º. Maior produtor mundial de alimentos, mas desperdiça 36 mil toneladas por dia, isto alimentaria 19 milhões de brasileiros. - Hoje, 925 milhões de pessoas vão passas fome no mundo, enquanto isso, 20% dos alimentos vão para o lixo todos os dias. - Então, como chamar a atenção das pessoas para evitar o desperdício? Inclusive a sua atenção. - Para marcar esta data a agência DM9Sul criou a ação “Prato Consciente” para a Ecobenefícios. A ideia básica foi trocar pratos tradicionais do buffet de um restaurante, em Porto Alegre. - Uma idéia simples que pode alertar as pessoas para o consumo correto dos alimentos e evitar o desperdiço: trocar os tradicionais pratos por outros com uma redução 20% de sua área, não diminuindo o seu diâmetro, o que passaria despercebido para a maioria das pessoas, mas cortandolhe literalmente um pedaço, o que causou um impacto maior. A ação termina com a mensagem escrita no prato: “Por que 20% dos alimentos são desperdiçados todos os dias?”. Confira a reação das pessoas no vídeo abaixo. NG Canela – Fevereiro de 2013
Treinamento de assertividade Post (0087)
- A arte de negociar é a palavra, negociar um projeto, um contrato, dívidas, e, mesmo em família. Ou seja, o negócio é negociar. - Este fato tão necessário para uns é para outros um prazer. - Aqui trago algumas dicas do sistema “Treinamento de assertividade”, bastante aplicado em situações de conflito e útil para aprendermos a mudar nossas atitudes ante uma situação de conflito. - A atitude encontra-se entre a psicologia e a sociologia. É uma combinação de ambas, é o resultado de uma mescla de aspectos, como o caráter, o temperamento, a personalidade as motivações, tudo entrelaçado com os costumes e as influências do âmbito social e cultural. - O que não cabe dúvida é que nossas atitudes pessoais impregnam as relações que podemos ter. - Na arte de negociar e fechar tratos o “Treinamento Assertivo” aporta um excelente material para adquirir atitudes auto-afirmativas. - Ante um conflito, a atitude assertiva nos permitirá nos mostrarmos serenos e capazes de manifestar nosso desacordo sem entrar no terreno da agressividade e da imposição de respostas. - Para colocar argumentos válidos, discuti-los, rebater com tranqüilidade e impor critérios próprios durante qualquer negociação é necessário levar em conta vários fatores. A seguir alguns conselhos práticos: 1- Ter claro o objetivo que se persegue. Neste primeiro momento o mais importante é conseguir que nos escutem, que nossos direitos não sejam desprezados, ficando claro que queremos solucionar o conflito e esta é a prioridade. 2- Tente que o outro tenha claro o que quer. Este é válido no caso em que desejamos negociar a parir de um conjunto de argumentos próprios e alheios. Mostrando que existem alternativas para chegar a um ponto bom para os dois lados. 3- Fazer com que nos escutem. Devemos manifestar nossa opinião com firmeza, mas sem agressividade. As mensagens devem ser telegráficas. As repetições devem referir-se tanto a nossa como a mensagem que o outro esta nos passando. Por exemplo: “ Vejo que estas me dizendo que acreditas ter razão …” Mas tente me escutar , permita que eu dê meus argumentos, por favor … 4- Escutar o outro e demonstrar-lhe isso. Pode ser feito repetindo-se sinteticamente alguma mensagem que o outro nos transmitiu.
5- Ir diretamente ao que interessa. Significa evitar rodeios mediante argumentos secundários pois o outro pode utilizar-los como acordos prévios. 6- Mostrar sinceramente o que se sente. Isto feito sempre e quando acreditamos que isto possa ser útil. 7- Dirija-se a pessoa chamando-a pelo nome. Isto demonstra que somos conscientes de com quem estamos falando. 8- Reconhecer quando for necessário, que necessitamos de tempo para pensar, ou clarear nossas idéias. O ideal e´ que se inicie a reunião acordando-se que não é obrigatório que a decisão tenha de sair deste encontro, isto abre espaço para se poder negociar sem “ a faca no pescoço”. 9- Levar em conta aspectos fisiológicos que podem passar despercebidos. O rítimo respiratório é chave para controlar a tensão este deve ser profundo e calmo. A postura do corpo a mais correta possível. O olhar, como complemento, deve ser sempre direto, fazendo contato com os olhos do interlocutor. 10- Estar sempre disposto a interromper momentaneamente a discussão, uma vez que se esgotaram os recursos disponíveis. É imprescindível para seguir adiante em outra ocasião. Saber aceitar que as coisas muitas vezes simplesmente não têm solução. Faz parte da vida Todas estas sugestões não são infalíveis. O que fica claro é que a atitude assertiva só é factível se existe uma disposição para se negociar. Texto de Maria Antônia Plaxats – Resumido para caber no Blog – NG Canela – Novembro de 2009
O Poder das Palavras Post (0088)+Vídeo
Sempre por onde passavam muitas pessoas, um mendigo sentava-se na calçada ao lado de uma placa com os dizeres: “Vejam como sou feliz, próspero, bonito, importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, saudável e bem humorado.” Alguns o olhavam intrigado, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro. Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia aumentava. Numa manhã, um importante executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse: “Você é muito criativo! Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?” “Vamos lá. Só tenho a ganhar!”, respondeu o mendigo. Após um bom banho e roupas novas, foi levado para a empresa. Daí para frente sua vida foi uma seqüência de sucessos e rapidamente tornou-se um dos sócios da empresa. Numa entrevista coletiva à imprensa, esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição. Contou ele: - Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia: “Sou um nada neste mundo! Ninguém me ajuda! Não tenho onde morar! Sou um fracasso e maltratado pela vida! Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados! Mal consigo sobreviver!”. As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achou um livro e nele um trecho que dizia: “Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando. Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem. Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito. Por mais pobre que seja você, diga a si mesmo e aos outros que você é próspero.”. Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidiu trocar os dizeres da placa para: “Vejam como sou feliz, próspero, bonito, importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, saudável e bem humorado.” A partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje. Tive apenas que entender o Poder das Palavras. O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade. Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que somos horrível, pobres, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as
reforçará. Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças. Uma repórter, ironicamente, questionou: - O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida? Respondeu o homem, cheio de bom humor: “Claro que não, minha ingênua amiga! Primeiro eu tive que acreditar nelas!”. Mais um exemplo do poder das palavras: Autor Desconhecido – NG Canela – Abril 2010
Morte lenta Post (0089) Morre lentamente quem: - Não troca ideias, não troca de discurso, evitando as próprias contradições; - Quem vira escravo da rotina, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no mercado; - Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma nova cor, não dá papo para quem não conhece; -Quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário, alienando-se diante de uma imagem, que mesmo trazendo informação e entretenimento, não deveria ser o único meio de lazer, deixando no esquecimento: Livros, teatro e até mesmo um bom papo com os seus conhecidos. - Que evita uma paixão; - Quem prefere o preto no branco e os pingos nos “is” a um turbilhão de emoções indomáveis; - Quem evita sorrisos e soluços; - Quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, ou seja, lá no que for, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos. - Morre lentamente quem destrói seu amor próprio; - Quem passa os dias queixando-se da má sorte ou do tempo lá fora, desistindo de um projeto antes mesmo de iniciá-lo; - Quem não pergunta sobre algo que desconhece e mais não respondendo quando lhe indagado sobre o que sabe. - Morre muita gente lentamente, e este é o tipo de morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando nos damos conta, ai já estamos muito despreparados para percorrer o tempo que ainda nos resta. - Já que ela é inevitável, pelo menos a evitemos em suaves prestações. De um autor desconhecido (Possivelmente já falecido) -NG Canela – Dezembro de 2009
Trabalho Post (0090) Cada um de nós sabe a maneira melhor de realizar o seu trabalho. E que cada tarefa tem as suas próprias dificuldades, que só quem as realiza sabe. … O Escritor ao visitar o seu amigo, Escultor, notou um grande bloco de pedra no meio da sua sala de trabalho. - O que você vais fazer com este bloco? Perguntou. - Não sei, ainda estou decidindo, respondeu o Escultor. O escritor ficou surpreso com a resposta e continuando, perguntou: - Quer dizer que você planeja a sua inspiração? – Não sabes que um artista tem que ser livre para mudar de idéia sempre e quando desejar! - Isto funciona quando, disse o Escultor, ao mudar-se de ideia tudo que você precisa fazer é amassar uma folha de papel que pesa cinco gramas e joga-la no lixo, mas quando você lida com um bloco de quatro toneladas, tem que pensar, planejar e agir de forma diferente. Esta eu li no Blog de Paulo Coelho, publicada originalmente em 30/04/2008 – NG Canela – Dezembro de 2009
É Proibido Post (0091) É Proibido – Levantar sem saber que rumo tomar, abandonando tudo pelo medo de não poder tornar seus sonhos realidade; É Proibido – Não rir dos problemas, chorar sem aprender e não lutar pelo que quer; É Proibido – Não demonstrar amor, esquecer aqueles que te gostam e fazer com que algum pague pelas suas dúvidas; É Proibido – Abandonar os amigos, por não tentar compreender os seus motivos ou chama-los somente quando deles necessita; É Proibido – Não ser você mesmo diante das outras pessoas, fingindo não perceber quando elas não se importam e ser gentil só com aqueles que lembram de você; É proibido – Sentir saudades sem se alegrar; esquecer aqueles olhos, daquele sorriso, só porque seus caminhos se desencontraram ou ter medo de suas lembranças; É Proibido – Não compreender as pessoas, pensar que a vida delas é melhor que a sua, esquecendo que cada um tem seu caminho e faz a sua sorte; É Proibido – Não criar a sua história, deixar de publicá-la, esquecer seu passado; É Proibido – Não ter um momento para quem necessita de você, não compreender que a vida dá e também te tira; É Proibido – Não fazer as coisas por si mesmo, ter medo da vida e de seus compromissos, não viver cada dia com plenitude. É proibido – Não buscar a felicidade, não pensar que tudo pode ser melhorado, não sentir que sem você este mundo não seria legal; É Proibido – Proibir. Pablo Neruda – (Ligeiramente modificado e adaptado) – Esta foi publicada originalmente no www.jornaldobemestar.com.br – NG Canela – Dezembro de 2009.
Postagens classificadas
Post (0092) Caro amigo, caro seguidor ! - Estou inaugurando na aba do Blog uma maneira mais fácil das postagens serem acessadas. - Veja a lista encabeçada por “Postagens classificadas”. - Não necessariamente a classificação esta totalmente correta, mas é a minha primeira tentativa, vou revisá-la e melhorá-la. - Conto com a tua contribuição, se você achar que uma das postagens pode ser melhor classificada, avise-me. - Também se pode classificar a mesma em mais de um título. - A ideia e tornar o Blog mais interativo possível. NG Canela – Dezembro de 2009
Os 14 Pontos para a Gestão Post (0093)
- William Edwards Deming fez contribuições significativas tornando-se é amplamente reconhecido pela melhoria dos processos produtivos, ensinando altos executivos como melhorar projeto, qualidade de produto, teste e vendas. - Os 14 pontos para a gestão descrevem o caminho para a qualidade total, o qual deve ser continuamente aperfeiçoado: 01 - Criar constância de propósito para melhorar o produto e serviço. Ao invés de só ganhar dinheiro, o propósito é ficar no ramo e oferecer emprego através da inovação, da pesquisa e aperfeiçoamento constante. 02 - Adotar uma nova filosofia. A administração deve despertar para o desafio, conscientizar-se de suas responsabilidade e assumir a liderança em direção à transformação onde os erros e o negativismo sejam inaceitáveis. 03 - Acabar com a dependência de inspeção em massa. É comum empresa pagarem operários para fazem defeitos e, depois para corrigi-los. A qualidade não é fruto da inspeção, mas do aperfeiçoamento do processo. 04 – Cessar a prática de avaliar as transações apenas com base nos preços. Em vez disso, minimizar o custo total. Insistir na idéia de um único fornecedor para cada item, desenvolvendo relacionamentos duradouros, calcados na qualidade e na confiança. 05 – Melhorar constantemente o sistema de produção e serviços. Buscar sempre novas formas de reduzir o desperdício, melhorando a qualidade e reduzindo os custos. 06 – Instituir o treinamento. Muitas vezes, os operários aprendem o trabalho com outro operário que por sua vez nunca teve um treinamento apropriado. O treinamento é o início de tudo. 07 – Instituir a lideranças. O Trabalho de um supervisor não é dizer o que fazer ou punir, mas liderar, A liderança dos trabalhadores e a liderança empresarial necessitam de uma atenção especial. 08 – Afastar o medo. Permitindo aos empregados contestarem ou tomar uma posição sem medo. A perda econômica causada pelo medo é espantosa.
09 – Quebrar as barreiras entre departamentos. Os setores de pesquisa, projetos, vendas, compras ou produção devem trabalhara em equipe, tornando-se capazes de antecipar problemas que possam surgir durante o processo produtivo. 10 – Eliminar slogans, e metas dirigidas aos empregados. Isso nunca ajudou ninguém a fazer um bom trabalho, que as pessoas trabalhem com seus próprios slogans. 11 – Eliminar padrões artificiais (cotas numéricas). As cotas que só levam em conta os números são em geral uma garantia de ineficiência e custos elevados. 12 – Remover barreiras que despojem as pessoas de orgulho no trabalho. A atenção dos supervisores é crucial nesta tarefa. 13 – Estabelecer um programa rigoroso de educação e auto-aperfeiçoamento para todo o pessoal. 14 – Concretizar a transformação. Colocar todos da empresa para trabalhar de modo a realizar a transformação. A transformação é tarefa de todos. Texto de William Edwards Deming -NG Canela – Dezembro de 2009
A tese do coelho Post (0094)
Num lindo e ensolarado dia, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, concentrado. Pouco depois passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho, tão distraído, que chegou a salivar. Ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa: - Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado? Perguntou. - Estou redigindo a minha tese de doutorado, disse o coelho sem tirar olhos do trabalho. - Humm .. . E qual é o tema da sua tese? - Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais de animais como as raposas. A raposa fica indignada: - Ora! Isso é ridículo! Nós é que as raposas é que somos os predadores dos coelhos! - Absolutamente! Venha comigo a minha toca que eu mostro a minha prova experimental. O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois se ouve alguns ruídos indecifráveis, alguns grunhidos e depois silêncio. Sem seguida o coelho volta, sozinho, e retoma os trabalhos da sua tese, como se nada tivesse acontecido… Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. Resolve saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho: - Oi, jovem coelhinho. O que o faz trabalhar tão arduamente? - Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais, inclusive dos lobos. O lobo não se contém e farfalha de risos com a petulância do coelho. - Ah, ah, ah, ah!! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa… - Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me a minha toca? O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte e desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois se ouve uivos desesperados, ruídos de mastigação e… Silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta à redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido… Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos e pelancas de diversas ex-raposas e restos daquilo que um dia foram lobos. Ao lado da pilha de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem
alimentado e sonolento, a palitar os dentes. Moral de história: - Não importa quão absurdo é o tema de sua tese. Não importa não tem o mínimo fundamento científico. Não importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria. Não importa nem mesmo se suas ideias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos… O que importa é QUEM É O SEU ORIENTADOR… Texto de um autor desconhecido. Uma fábula que ensina uma importante lição sobre a mentalidade acadêmica atual. NG Canela – Janeiro 2009
Organize-se
Post (0095) - Se você abriu, feche; - Se acendeste, apague; - Se ligaste, desligue; - Se desarrumaste, arrume; - Se você sujou, limpe; - Se prometeste, cumpra; - Se ofendeste, desculpe-se; - Para usar o que não lhe pertence, peça permissão; - Se não sabe como uma coisa funciona, não mexa; - Mesmo sendo de graça, não desperdice; - Se algo não lhe diz respeito, não se intrometa; - Se não sabe fazer melhor, não critique quem sabe; - Se não veio para ajudar, não atrapalhe; - Se não sabe consertar, chame que sabe para fazer; - Se esta usando algo trate com cuidado; - Falou, então assuma; - Pediu emprestado, lembre de devolver; Ao vencer o desafio da bagunça e colocar um pouco de ordem no seu dia-a-dia, você ganha tempo, espaço, energia e liberdade para se dedicar àquilo de que mais gosta. Seguindo estes preceitos básicos, você certamente viverá melhor. Texto de autor desconhecido, contribuição de BH para o Blog.
NG Canela – Fevereiro de 2010
A estranha beleza da lingua Portuguesa ou O candidato Post (0096)
Um político que estava em plena campanha chegou a uma pequena cidade, subiu para o palanque e começou o discurso: - Compatriotas, companheiros, amigos! Encontramo-nos aqui, convocados, reunidos ou juntos para debater, tratar ou discutir um tópico, tema ou assunto, o qual me parece transcendente, importante ou de vida ou morte. O tópico, tema ou assunto que hoje nos convoca, reúne ou junta é a minha postulação, aspiração ou candidatura a Deputado estadual. De repente, uma pessoa do público pergunta: - Diga-me, porque é que o senhor utiliza sempre três palavras, para dizer a mesma coisa? O candidato respondeu: - Pois veja, meu senhor: A primeira palavra é para pessoas com nível cultural alto, como intelectuais em geral; a segunda é para pessoas com um nível cultural médio,como o senhor e a maioria dos que aqui estão; a terceira palavra é para pessoas que têm um nível cultural baixo, pelo chão, digamos, como aquele bêbado, ali deitado na esquina. De imediato, o bêbado levanta-se a cambalear e ‘atira’: - Senhor postulante, aspirante ou candidato: (hic) O fato, circunstância ou razão pela qual me encontro num estado etílico, alcoolizado ou mamado (hic), não implica, significa, ou quer dizer que o meu nível (hic) cultural seja ínfimo, baixo ou mesmo rasteiro (hic). - E com toda a reverência, estima ou respeito que o senhor me merece (hic) pode ir agrupando, reunindo ou juntando (hic) os seus haveres, coisas ou bagulhos (hic) e encaminhar-se, dirigir-se ou ir direitinho (hic) à leviana da sua progenitora, à mundana da sua mãe biológica ou à puta que o pariu!
Não sei quem é o autor, recebi por email…- NG Canela – Setembro de 2010
Gráficos Hilários - II Contribuição do amigo BH – Post (0097) NG Canela – Agosto 2010
Peripatético
Post (0098) Numa das empresas em que trabalhei, eu fazia parte de um grupo de treinadores. Éramos coordenados pelo chefe de treinamento, o professor Lima, e tínhamos até um lema: “Para poder ensinar, antes é preciso aprender” (copiado, se bem me recordo, de uma literatura do Senai). Um dia, nos reunimos para discutir a melhor forma de ministrar um curso para cerca de 200 funcionários. Estava claro que o método convencional – Botar todo mundo numa sala – Não iria funcionar, já que o professor insistia na necessidade da interação, impraticável com um público daquele tamanho. Como sempre acontece nessas reuniões, a imaginação voou longe do objetivo, até que, lá pelas tantas, uma colega propôs usarmos um trecho do Sermão da Montanha como tema do evento. E o professor, que até ali estava meio quieto, respondeu de primeira. Aliás, pensou alto: - Jesus era peripatético. Seguiu-se uma constrangida troca de olhares, mas, antes que o hiato pudesse ser quebrado por alguém com coragem para retrucar a afronta, dona Dirce, a secretária, interrompeu a reunião para dizer que o gerente de RH precisava falar urgentemente com o professor. E lá se foi ele, deixando a sala à vontade para conspirar. - Não sei vocês, mas eu achei esse comentário de extremo mau gosto – Disse a Laura. - Eu nem diria de mau gosto, eu diria ofensivo mesmo – Emendou o Jorge, para acrescentar que estava chocado. - Talvez o professor não queira misturar religião com treinamento – Ponderou o Sales, que era o mais ponderado de todos. – Mas eu até vejo uma razão para isso., É óbvio que ele é ateu. - Não diga! - Digo. Quer dizer, é um direito dele. Mas daí a desrespeitar a religiosidade alheia.
Cheios de fúria, malhamos o professor durante uns dez minutos e, quando já o estávamos sentenciando à fogueira eterna, ele retornou. Mas nem percebeu a hostilidade. Já entrou falando: - Então, como ia dizendo, podíamos montar várias salas separadas e colocar umas 20 pessoas em cada uma. É verdade que cada treinador teria de repetir a mesma apresentação várias vezes, mas. – Por que vocês estão me olhando desse jeito? - Bom, falando em nome do grupo, professor, essa coisa aí de peripatético, veja bem. - Certo! Foi daí que me veio a idéia. Jesus se locomovia para fazer pregações, como os filósofos também faziam, ao orientar seus discípulos. Portanto a sugestão de usar o Sermão da Montanha foi muito feliz. - Peripatético quer dizer “o que ensina caminhando”. E nós ali, encolhidos de vergonha. Bastaria um de nós ter tido a humildade de confessar que desconhecia a palavra que o resto concordaria e tudo se resolveria com uma simples ida ao dicionário. - Isto é, para poder ensinar, antes é preciso aprender. Finalmente, aprendemos. Duas coisas. - A primeira é que o fato de todos estarmos de acordo não transforma o falso em verdadeiro. - E a segunda é que a sabedoria tende a provocar discórdia, mas a ignorância é quase sempre unânime. Artigo escrito por Max Gehringer publicados na Revista VOCÊ S/A – NG Canela – Agosto 2010
Educação à francesa Post (0099)
A escritora americana Pamela Druckerman que mora e tem filhos na França, no livro “Crianças francesas não jogam comida fora”tenta explicar porque as crianças francesas são mais educadas que as americanas e inglesas, porque dormem a noite, respeitam os horários das refeições e comem bem. Segundo ela, os pais não gritam e os filhos são calmos, pacientes e capazes de lidar com frustrações. Quando vemos os franceses com seus filhos temos realmente a impressão de que educar é fácil. Eu nunca vi meus amigos franceses perderem a cabeça com seus filhos. Sempre me chamou a atenção como as crianças francesas são disciplinadas. Elas também são comunicativas e educadas. Quase sempre dizem “por favor”, “obrigada”, “me desculpe”. Um dia eu estava em uma padaria e entraram uma mulher e sua filha que devia ter uns três anos. A mulher disse boa noite ao padeiro, como a menininha não falou nada, a mãe disse baixinho, sem se irritar, “eu não te escutei” e a menina imediatamente disse “bonsoir monsieur”. Tenho um casal de amigos que tem três filhos. O mais velho, de cinco anos, é engraçado e extrovertido. Em seu aniversário, uma amiga brasileira da mãe ofereceu um pacote de balinhas e disse, já esperando uma crise, que ele só podia comer depois do jantar. Ele respondeu calmamente, “então vou pedir para meu pai guardá-las”. De tanto observar cenas como esta, eu acho até que entendi o que acontece com as crianças do Brasil. Os franceses, em geral, não têm problemas em cumprir regras e por isso, não têm dificuldades em aplicá-las. Tanto adultos quanto crianças têm horários e os respeitam, dizem “por favor” e “obrigado”, não comem entre as refeições e se sentam à mesa para comer de maneira disciplinada. Além disso, eles vivem numa sociedade onde as regras são, em geral, respeitadas. É fácil educar seu filho sabendo que mais tarde ele não vai ter que se perguntar porque ele é o único que respeita as regras. Em uma sociedade como a brasileira, o problema nem é saber impor limites, mas saber onde eles estão! Como dizer que as regras devem ser respeitadas quando se vive na anarquia total? Pelo menos uma coisa é certa ao ver os franceses com seus filhos, podemos ter certeza que impor limites e regras é positivo e possível sem perder a cabeça. Depende mais dos adultos do que das
crianças. Pamela Druckerman é a autora de Bringing Up Bébé, que foi publicado no Reino Unido, sob o título “Crianças francesas não jogam comida fora”, (French children don’t throw food). Além das idéias parentais e inspiração, o livro contém comentários sobre de creches parisienses (elas são deliciosos também para os adultos ) com ilustrações do fabuloso Margaux Motin. Como dizem os franceses, não existem receitas para criar filhos, existem alguns princípios orientadores.
Texto de Ana Carolina Peliz, jornalista, mora em Paris a cinco anos onde faz um doutorado em Ciências da Informação e da Comunicação na Universidade Sorbonne Paris IV. NG Canela – Fevereiro de 2013
O método científico e a pseudociência ou O dragão na minha garagem Post (0100)+Vídeo
Um amigo lhe diz que descobriu um dragão na garagem da casa dele. “Uau, isso é incrível! Vamos lá vê-lo!” você diz entusiasmado, já pensando nas manchetes dos jornais. “Bem… isso não vai ser possível porque ele é invisível.” “Você fala sério?!”, mas seu momentâneo desapontamento é logo substituído por uma excitação ainda maior, afinal você sabe que um dragão invisível é ainda mais incrível que um dragão qualquer.”A gente joga tinta nele então. E depois tiramos umas fotos.” “Ahhh? Tinta? Bom… isso também não vai dar, pois este dragão é incorpóreo.” “Incorpóreo?!!” “Sim, incorpóreo, tipo um fantasma ou um ectoplasma.” “Mas este dragão solta fogo? Pelo menos isso?” “Sim, soltar fogo ele solta! Se bem que o fogo é invisível também.” “Ta, não tem problema, a gente usa um visor de infravermelho pra ver este fogo invisível.” “Mas o fogo deste dragão é um fogo frio, que está à temperatura ambiente, não vai dar pra sentir…” “!!” Você propõe mais uma dúzia de maneiras de detectar o dragão e seu amigo refuta todas elas dizendo que com este dragão não vai funcionar. Você começa a perder a paciência e, além de um pouco preocupado com a sanidade do seu amigo, fica imaginando qual a diferença entre um dragão que não pode ser detectado de nenhuma maneira e dragão nenhum: “Então como você sabe que há realmente um dragão lá?!” Seu amigo responde a esta pergunta com explicações confusas que misturam capacidade de se comunicar telepaticamente com o dragão, técnicas ancestrais milenares de detecção de dragões, instrumentos exóticos capazes de medir a “energia” de dragões, uso da intuição, etc., e encara o seu ceticismo como má-vontade em crer neste maravilhoso dragão-invisível-incorpóreo-que-cospe-fogofrio.
Esta história é uma adaptação livre de um trecho do livro “O Mundo Assombrado pelos Demônios” de Carl Sagan e ilustra o típico pensamento pseudocientífico. De fato você não precisa ir muito mais longe para, usando a mesma analogia, imaginar pessoas que buscam soluções inspirados por dragões indetectáveis, ou que dizem curar usando a energia destes seres. Estas pessoas provavelmente acusarão os cientistas que não querem crer na existência de seus dragões de estreiteza de pensamento ou dirão que eles se negam a encarar as evidências porque temem que elas abalem sua forma ortodoxa de pensar. A conclusão é que por mais que a ciência investigue o fenômeno não há evidências, ordinárias nem extraordinárias, obtidas através de um rigoroso método científico que suportem a existência do Dragão Invisível. Por isso, para a ciência pelo menos, ele é finalmente esquecido. Texto de Widson Porto Reis, resumido – NG Canela – Maio de 2011
ngcanela.com Blog criado em maio de 2008, com a finalidade de reunir postagens sobre diversos assuntos referentes ao nosso diadia, que possam de uma maneira ou de outra contribuir para uma vida melhor. Norberto Geraldi www.ngcanela.com
Canela – Rio Grande do Sul - Brasil