ngcanela.com Volume 04 postagens de 151 a 200 Norberto Geraldi
Hoje eu me dei conta que ... Post (0151)
.. Em última análise, estou me expondo. Os assuntos e as quantidades de postagens no Blog representam as minhas escolhas e o meu estado de espírito atual, afinal já são 150 postagens. Vejam bem, as postagens foram selecionadas e classificadas por mim, são as minhas escolhas. Estão organizadas por assunto (Veja o gráfico). Fiquei a pensar, como mudei, se isto for um fato, parece que melhorei, estou mais ligado em coisas humanas, é o que me parece. Mas não tão sério. Em tempo, descartei os assuntos com menos de três publicações, vou ter que trabalhar estes casos. Para finalizar isto pode não ser a totalidade da verdade, … Mas me fez pensar a respeito. GRÁFICO DE POSTAGENS POR ASSUNTO E QUANTIDADE. NG Canela – Outubro de 2011
O gênio da lâmpada Post (0152)
Dois funcionários e o um gerente de uma empresa saem para almoçar e na rua encontram uma antiga lâmpada a óleo. Um dos funcionários mais que depressa esfrega a lâmpada e de dentro dela sai um gênio que diz: - “Eu só posso conceder três desejos, como vocês estão juntos e são três, então concederei um desejo a cada um de vocês”. - “Eu primeiro, eu primeiro !”- Grita um dos funcionários. - “Eu quero estar nas Bahamas dirigindo um barco, sem ter nenhuma preocupação na vida!” Puf ! E ele lá se foi. O outro funcionário se apressa a fazer o seu pedido: - “Eu quero estar no Havaí, com o amor da minha vida e um provimento interminável de moedas de ouro !” Puf ! E ele lá se foi. - “Agora você”, diz o gênio para o Gerente. - “Eu quero aqueles dois de volta ao escritório logo depois do almoço!” Moral da História: Deixe sempre o seu gerente falar primeiro. Autor desconhecido – NG Canela – Outubro de 2011.
Não é só uma palavra Post (0153) A jornalista e filósofa Lia Diskin contou um caso acontecido numa tribo da África.
- Um antropólogo enquanto estudava os usos e costumes de uma tribo africana, propôs uma brincadeira para as crianças. Colocou em debaixo de uma arvore, num cesto, uma porção de guloseimas. Chamou as crianças e combinou que quando dissesse “já” elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces. As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele havia desenhado no chão e quando ele disse “já” deram se as mãos e saíram correndo em direção ao cesto. Chegando lá, começaram a dividir os doces entre si e comeram felizes. - O antropólogo, incrédulo, perguntou por que tinham ido todas juntas, se uma só poderia ter ficado com tudo. Elas simplesmente responderam: “Ubuntu! , como uma de nós poderia ficar contente se todas as outras ficassem tristes!”. - Ficou desconcertado, após meses de trabalho estudando a tribo, ainda não havia compreendido a essência daquele povo, e se, jamais teria proposto aquela competição. - Ubuntu é uma palavra oriunda da língua dos povos Bando da África. Não é somente uma palavra é uma filosofia focada nas alianças e relacionamentos das pessoas umas com as outras. - O premio Nobel da Paz, o bispo sul-africano Desmond Tutu, explicou uma vez: Ubuntu é a essência do ser humano. “Você não é humano se for só, e se não tiver consciência de que faz parte de algo maior”.
- Para Nelson Mandela: “Para ser feliz é preciso viver em coletividade, em harmonia com quem está a sua volta”. - Ubuntu é uma palavra bem maior em significado que qualquer tradução possa explicar. Uma tentativa de tradução para nossa língua seria: “Sou quem sou, porque somos todos nós!”. Texto publicado no Jornal do Bem Estar, resumido, mas fiel a sua essência – NG Canela – Novembro de 2011
Saudações da vovozinha Post (0154) - Querido neto! - Acabei de ter uma experiência religiosa incrível e eu estou escrevendo para compartilhá-la com você. Hoje de manhã fui a uma livraria cristã e me chamou a atenção um adesivo para carro que dizia: ‘TOCA A BUZINA SE AMAS A DEUS’. - As pessoas ficam tão estressadas no trânsito, pensei, então eu decidi comprá-lo e pregá-lo no para-choque do meu carro. Assim, quem sabe, as pessoas despertem sua consciência religiosa quando estão dirigindo. - Ao sair com o carro, cheguei a um cruzamento que estava entupido de carros. A temperatura exterior era de 37 graus e meu carro, você sabe, não tem ar condicionado. Para piorar mais a situação era hora de saída das escolas. Fiquei um tempão parada esperando o sinal vermelho abrir, pensando no Senhor e em todas as coisas boas que Ele nos tem dado. - Não me dei conta que o sinal tinha mudado para o verde, e foi aí que descobri como existem muitas outras pessoas neste mundo que também amam ao Senhor, porque imediatamente começaram a tocar as buzinas… Foi uma experiência maravilhosa! - A pessoa que estava logo atrás do meu carro era sem dúvida muito religiosa, já que tocava a buzina sem parar e gritava: “Vamos, pelo amor de Deus…!!!”. - Acho que influenciados por ele, todos os outros carros começaram a tocar a buzina. Eu sorri e abaixei o vidro para saudá-los com a mão através da janela, totalmente emocionada. - Vi que outro rapaz muito simpático me saudava de uma maneira muito particular levantando só o dedo médio da mão. Eu perguntei ao Betinho, filho da sua tia Marisa, que estava comigo, o que queria dizer esta saudação. Ele me explicou que era ‘uma saudação havaiana’ de boa sorte. - Aproveitando que o trânsito continuava parado, coloquei minha mão para fora da janela e saudei a todos da mesma maneira. Seu primo morria de rir, feliz com a bela experiência que eu estava vivendo. - Dois homens desceram de um carro próximo do meu e vieram em minha direção. Enquanto eles se aproximavam pensei no poder que tinha um simples adesivo e já me preparava para rezar com eles ou para perguntar qual era a igreja que eles frequentavam, mas não deu tempo. Foi neste momento que reparei que o sinal estava verde para mim. Então, saudei a todos os meus irmãos e irmãs e passei o semáforo. - Depois de cruzar, notei que o único carro que havia podido passar era o meu, já que o sinal ficou logo vermelho. Aí eu me senti triste de deixá-los para trás depois de todo o amor que havíamos compartilhado. Resolvi então parar o carro, abaixei o vidro mais uma vez e saudei a todos com a ‘saudação havaiana’ e fui para casa. - Rezo por todas essas almas tão boas e me sinto revigorada por saber que ainda existem tantas pessoas que amam a Deus.
- Beijos, da tua avó. Autor desconhecido – NG Canela – Novembro de 2011
Natal de 2011 Post (0155)
- Feliz Natal para todos … mesmo fugindo a minha vontade, eu termino me dividindo … - Para os Blogueiros e Seguidores…: Persistência e Inspiração ! – NG Canela - Para os Colegas , tudo isto e mais…: Paciência e Dedicação ! – N. Geraldi - Para os meus Amigos, tudo isto e mais…: Aquele abraço ! – Norberto - Para os meus Familiares, tudo isto e muito mais: …Vocês sabem ! – Beto - Oxalá pudéssemos quardar o espírito de natal em um jarro e abri-lo a cada dia do ano para deixar sair um pouquinho ! NG Canela – Dezembro de 2011
Igreja de São Francisco Post (0156)
- Tour Virtual 360 graus dentro da Igreja de São Francisco localizada no histórico bairro do Pelourinho, em Salvador – Bahia. Uma das relíquias do barroco brasileiro, com centenas de quilos de ouro utilizado para folhear seu rico interior. Foi classificada , em 2009 , como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo e indicada á eleição das 7 Maravilhas do Brasil (Fonte: Wikipédia). - Tenho certeza absoluta que tu nunca vistes algo assim, acesse o link e siga estas instruções: Coloque em tela cheia, siga as setas para ver melhor os detalhes, arraste o mouse para girar e não esqueças de ver o teto … é magnífico … http://www.onzeonze.com.br/blog360/toursaofrancisco/index.html Aos autores parabenizo pelo excelente trabalho, ao amigo Bruno obrigado pela contribuição. NG Canela – Dezembro de 2011
Mude Post (0157)+Vídeo
- Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante do que a velocidade. - Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa, mais tarde mude de mesa… - Deixe o carro na garagem…Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua… Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Vá a outros cinemas, outros teatros, visite novos museus… - Almoce em outros restaurantes, mais cedo, jante mais tarde,. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias , compre pão em outra padaria… Escolha outro mercado… Outra marca de sabonete, outro creme dental… - Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Troque de carteira, de malas, troque de carro, compre novos óculos, escreva versos e poesias. Jogue fora os velhos relógios. Use canetas de outras cores… Registre seus momentos… - Tire uma tarde inteira para passear livremente no campo, ou no parque, e ouvir o canto dos pássaros.Tente ver o mundo de outras perspectivas. Tente de novo todo dia, o novo lado, o novo método, o novo sabor,o novo jeito, a nova vida… - Durma no outro lado da cama, depois, procure dormir em outras camas da casa. Durma mais tarde, durma mais cedo… Tome banho em novos horários… - Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda… - Assista a outros programas de TV, compre outros jornais, leia outros livros… Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua…. Desligue o celular.. Abra conta em outro banco…- Grite o mais alto que puder no espaço vazio. Deixem que pensem que você está louco. - Busque novas amizades… Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes. Seja criativo. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as… - Aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas… - Experimente coisas novas. Troque novamente. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia, a positividade que você está sentindo agora. Texto de Edson Marques, resumido – NG Canela – Dezembro de 2011
Feliz 2012
A todos aqueles que nos acompanharam em 2011 NG Canela – Dezembro de 2012 – Post (0158)
Amizade Post (0159)
De tanto refletir, descobri algumas coisas que dizem respeito à amizade. - Amigos são pessoas que compartilham com alegria as nossas vitórias, que nos acolhem despretensiosamente nos maus momentos. São apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de nossas posições. São bons ouvintes e sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou comentários, mas apenas sermos ouvidos com paciência. - Adeptos da diversidade, pouco lhes importam aspectos como raça, credo ou condição sócioeconômica, pois respeitam nossas diferenças antes mesmo de desfrutar as semelhanças. Surpreendem-nos com frequência e são admiráveis confidentes, compartilhando seus segredos – e os nossos. - Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, honesto, leal e digno de honra e admiração. - Melhor do que conquistar novos amigos é conservar os velhos. Visite seus amigos com frequência. O mato cresce depressa nos caminhos que são pouco percorridos. Relacionamentos não se constroem por telefone ou e-mail. São bons expedientes para se manter uma amizade, mas precisamos mesmo é estar “cara a cara” com as pessoas que apreciamos. Olhos que brilham, braços que envolvem, palavras que acalentam. - A amizade torna as pessoas mais amenas, gentis, generosas e felizes. Mas, para se ter amigos, é preciso antes ser um. E isso envolve atitude… Começar junto e terminar junto. - Quem nos dera termos tantos quanto quiséssemos.(NG) Texto de Tom Coelho, educador, conferencista e escritor – Resumido – NG Canela – Dezembro de 2011
Promessas para 2012 Post (0160)
- A cada ano que se inicia prometemos e fazemos juras de grandes mudanças, e isto se repete desde que nos conhecemos como gente. Desde que éramos crianças e os adultos assim nos orientavam. Mas dificilmente conseguimos levar a intento estas promessas. Coisas novas foram acontecendo, é verdade, à medida que passavam os anos, independente de nossa vontade, outras, em função do trabalho, esforço e muita dedicação. Muitas vezes relutamos em aceitar e rejeitamos as mudanças que a primeira vista não nos são cômodas. - A propósito disto, cito um texto de Isaac Asimov em “Os Robôs, os computadores e o medo”. “- Por que essa atitude refratária a mudanças? Simplesmente pelo medo que se tem do processo de reeducação! As pessoas adultas gastam infinidades de horas para se habituar com polegadas e milhas, com os vinte e oito dias de fevereiro, com letras que não pronunciam, em night e debt, por exemplo, com exercícios de datilografia e sabe Deus mais o quê. Introduzir algo completamente inédito implica recomeçar tudo de novo, voltar a estaca zero da ignorância e correr o velho risco, tão conhecido de possíveis fracassos. As crianças enfrentariam as modificações, sem problemas – nem perceberiam, aliás, que estavam passando por elas – mas ninguém lhes dá oportunidade…” NG Canela – Janeiro de 2012
Síndrome da vítima Post (0161)
Responsabilidade… Um dos valores mais respeitados dentro de uma sociedade, que pode ser vista como sinônimo de seriedade, de caráter, de hombridade. Encontra-se naquelas pessoas que cumprem seus deveres, ou melhor, naquelas que não fazem mais que sua OBRIGAÇÃO. Mas é irônico, o modo como pode ser valorizada e igualmente nociva para uma mesma sociedade. Um bom exemplo disso inclui aquelas pessoas que não assumem seus atos – pessoas de nível baixo ou zero de responsabilidade – que indicam possíveis culpados e transferem descaradamente a responsabilidade para outros que nada tem a ver com a história. Assim, possuem diversas justificativas na ponta da língua: “Não é comigo”, “Eu fiz a minha parte”, “O problema são os outros”,” A culpa é do governo”, “Não há nada que eu possa fazer”… Essas e outras frases são típicas de quem não assume e sequer entende o conceito. Mas é como a questão do respeito, depende de vários fatores: Cultura familiar, relacionamentos e influência de pais e amigos. Embora não seja difícil identificar as causas, considero a “Síndrome da vítima” o principal deles. Omitir-se, fazer-se de vítima, transferir a culpa, são armas de defesa daqueles que, sequer, tem valores. Estes, preferem se sentir insignificantes, dissimular, zoar, encontrar alguém para culpar em vez de exercitar a capacidade de assumir o controle sobre si mesmo e sobre suas ações. No final da história, a culpa é da sociedade, do pedestre atropelado, do paciente inconformado, do leitor mal-informado, do infeliz desavisado… A culpa só não é do culpado. Concluo que convém: … Jamais esquivar-se da parte que lhe cabe do mundo, pois assumir a responsabilidade e aprender com os erros é coisa para gente evoluída, capaz de dar a volta por cima e disposta a aprender que os erros são parte do crescimento pessoal… Texto de Carolina Geraldi – NG Canela – Janeiro de 2012
Associativismo de resultados Post (0162)
Desde 1996 atuo (Tom Coelho) voluntariamente em associações e entidades. Quer saber a verdade? Comecei nisso por mero interesse pessoal. Toda esta experiência permitiu-me chegar a algumas conclusões: - Você é voluntário até começar a participar. Integrar uma associação ou entidade é uma decisão pessoal. Uma vez assumido o compromisso, você se torna responsável pelo cumprimento de um planejamento estratégico previamente formulado e pela defesa dos propósitos que norteiam a missão da organização. - Participar não se resume a pagar mensalidades. A contribuição é o bem menor que você pode legar. É limitado e superficial acreditar que basta depositar alguns Reais e exigir que os outros lutem por seus interesses. Você precisa participar ativamente. - O interesse coletivo se sobrepõe ao individual. O nome do jogo não é vencer, mas convencer. Isso significa ter flexibilidade e nenhum compromisso com o erro. Em alguns momentos seu argumento é mais fraco e você perde. A derrota de hoje pode ser a vitória de amanhã. - O inimigo deve ser eleito com critério. O adversário deve ser nomeado coletivamente. Com rapidez você descobre que ele não é o concorrente na sala ao lado, mas sim a estrutura tributária paranóica, os entraves à competitividade, a economia informal, o produto importado com câmbio favorável e qualidade questionável. – As batalhas devem ser escolhidas com sabedoria. A questão não é debater demandas específicas, de caráter conjuntural, mas sim buscar a regulamentação de um setor ou mudanças estruturais. É trocar o benefício de curto prazo por avanços de longo prazo capazes de promover a geração de emprego e renda. Muitas vezes temos hábito de criticar sem oferecer alternativas, praguejar sem dialogar, julgar sem refletir. E, assim, terceirizamos a culpa como indulgência pessoal à nossa própria negligência.
Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outros cinco livros.
Resumido – NG Canela – Janeiro de 2012
O gato de botas ou O Presente de Grego Post (0163)
Era uma vez um gato muito esperto que foi dado pelo rei Príamo ao seu jovem filho Páris, que ao receber ficou muito decepcionado com a parte que lhe coube, mas o gato falava e lhe disse: - Meu querido amo me arrume um par de botas e um saco que te provarei minha utilidade , disse o gato num grego fluido e bem articulado. Um pouco desconfiado o jovem Páris fez o que o gato lhe pediu. Este prontamente calçou as botas, colocou o saco nas costas e partiu de Atenas em direção ao palácio de Menelau, lá chegando escondeu-se no jardim e esperou até que a rainha fosse colher flores. A rainha Helena de Esparta, filha de Zeus e Leda, era muito bela e quando distraidamente abaixouse para retirar uma rosa foi surpreendida pelo gato que rapidamente jogou o saco na sua cabeça e a nocauteou com um chute. ( Existe outra versão não confirmada da história onde diz que ela fugiu para Tróia com Páris). Páris dormia tranqüilo quando o gato regressou a Tróia com a rainha ainda desacordada, ficou surpreso com a atitude do gato e lhe perguntou: - Gato, como ousas? - Trouxe-lhe uma esposa – Disse o gato com toda a pompa, entregando o presente grego ao seu amo. …e lá do outro lado do mar … Menelau que tinha o hábito de dormir com suas escravas, pouco sentiu a falta de Helena, mas ao ouvidos as fofocas de Icário, seu irmão, resolveu preparar as tropas para seu resgate, quando reparou na porta do palácio, (Muito desprotegido por sinal) um gato calçando botas, e logo lhe perguntou: - Quem és tu ó criatura bem calçada? - Sou quem sabe de tua esposa – A fama de Helena já não era das melhores. - Diga o que queres em troca da informação ? - Quero ser nomeado Marquês de Carabás ! - Esta feito! O gato então levou um séquito de guardas até Atenas e entregou seu ex-amo, que no momento estava com a rainha na cama (Uns dizem que apenas dormindo, outros que estavam bem acordados). Levaram os para Creta e o sabe-se lá o que fizeram com eles. (Mas isto é outra história da saga).
E então o novo marquês de Carabás ficou radiante com o êxito do seu plano e viveu feliz para sempre no castelo. Conselho : Se você receber de presente um cavalo de pau ou o seu gato falar com você, fique ligado. Texto de autor – NG Canela – Janeiro de 2012
Jane Fonda e o terceiro ato da vida Post (0164)+Vídeo
-Das muitas revoluções no último século, nenhuma tão significativa quanto à da longevidade. Estamos vivendo em média, 34 anos a mais do que nossos bisavós. - Um novo período de vida que foi adicionado à nossa expectativa de vida e nossa cultura não se posicionou sobre o que isto significa. - Ainda estamos vivendo com o velho paradigma da idade como um arco. -Você nasce, atinge o auge na meia-idade e declina para a decrepitude. - Muitas pessoas hoje, filósofos, artistas, médicos, cientistas, estão lançando um novo olhar para o que chamo de terceiro ato, as três últimas décadas da vida. -Eles perceberam que isso é na verdade, um estágio de desenvolvimento da vida com sua própria significância, tão diferente da idade madura quanto a adolescência o é da infância. -Como usamos esse tempo? – Qual é a nova metáfora para o envelhecimento? -Passei o último ano pesquisando sobre este assunto e descobri que a metáfora mais adequada para envelhecimento é uma escadaria – a ascensão para o topo do espírito humano, trazendo-nos para sabedoria, completude e autenticidade. -A maioria das pessoas acima de 50 sente-se melhor, é menos estressada, menos hostil, menos ansiosa e dizem que até mesmo mais felizes. - Não quero romantizar o envelhecimento. Não há garantia de que ele seja um tempo de fruição e crescimento. E não há muito que possamos fazer sobre isso. - Então vamos examinar o que podemos fazer para tornar esses anos adicionais bem sucedidos e fazer a diferença. - Deixe-me dizer algo sobre a escadaria, uma metáfora esquisita para idosos, considerando-se o fato
de que muitos idosos são desafiados por escadas. O mundo inteiro obedece uma lei universal: Entropia, a segunda lei da termodinâmica, significa que tudo no mundo, tudo, está num estado de declínio e decadência, o arco. - Há apenas uma exceção a essa lei universal e isso é o espírito humano, que pode continuar a evoluir em direção ao topo – a escadaria – trazendo-nos para a completude, autenticidade e sabedoria. - Essa ascensão acontecer mesmo face a desafios físicos extremos. Há cerca de três anos atrás, li no New York Times, que um homem chamado Neil Selinger (57), advogado aposentado tinha se juntado ao grupo de escritores da Faculdade Sarah Lawrence. Dois anos depois, ele foi diagnosticado com uma doença fatal que devasta o corpo, mas a mente permanece intacta. Em seu artigo, Selinger descreveu o que estava acontecendo: “À medida que meus músculos enfraqueciam, minha escrita se tornava mais forte. À medida que perdia minha fala, ganhava minha voz. À medida que encolhia, eu crescia. No momento em que perdi tanto, finalmente comecei a encontrar a mim mesmo.” Neil Selinger é a personificação da subida da escadaria em seu terceiro ato. - Todos nascemos com espírito, mas, às vezes, ele fica soterrado debaixo dos desafios da vida, abusos, negligências… Muitos de nossos relacionamentos não tiveram uma conclusão e assim podemos nos sentir inacabados. A incumbência do terceiro ato é terminar esta tarefa. -Para mim começou no meu aniversário de 60 anos. – Como era para eu viver? – O que era para eu realizar nesse ato final? – E percebi que: a fim de saber para onde estava indo, eu tinha que saber onde estivera. Voltei e estudei meus dois primeiros atos, tentando ver quem eu realmente era e não o que meus pais ou outras pessoas quisessem que fosse. – Quem foram meus pais, não como pais, mas como pessoas? – Quem foram os meus avós? – Como eles trataram meus pais? Esse tipo de coisas. -Descobri que esse processo é chamado pelos psicólogos “Análise da vida”. Ele pode dar nova significância, clareza e sentido à vida. Você pode descobrir, que muitas coisas que você costumava pensar que era falha sua, ou pensar sobre você mesmo, na verdade, não tinham nada a ver com você. - E você é capaz de voltar, de mudar sua relação e se libertar de seu passado e perdoar a você mesmo. - Em seu livro chamado “Em Busca de Sentido”, Viktor Frankl, psiquiatra alemão que passou cinco anos em um campo de concentração nazista, escreveu: “Tudo que você tem na vida pode ser tirado de você exceto a liberdade de escolher como você responderá as situações. Isso é o que determina a sua qualidade de vida, não se é rico ou pobre, famoso ou anônimo, saudável ou sofredor. O que determina sua qualidade de vida é como se relaciona com a essas realidades e que tipo de significado atribui a elas.” -Talvez o objetivo principal do terceiro ato seja voltar e tentar mudar a relação com o passado. Acontece que somos capazes de proceder assim, isso se manifesta pelos caminhos neurais do cérebro. Veja, se você ao longo do tempo reagiu negativamente a eventos passados e a pessoas, caminhos neurais que são configurados por sinais químicos e elétricos são criados no cérebro. E com o tempo, esses caminhos neurais se estabelecem e se transformam em normas que nos causam
estresse e ansiedade. - Se puderem voltar e alterar seus relacionamentos e eventos do passado, os caminhos neurais podem mudar. E se puder manter sentimentos mais positivos sobre o passado, isso se tornara um novo modelo. - “Não são as experiências que nos tornam sábios, e sim refletir sobre as que tivemos”. - Somos os sujeitos de nossas próprias vidas. Mas muitos, se não a maioria de nós, quando alcançam a puberdade começam a se preocupar com ajustar-se e ser popular, tornando-se o sujeito e objeto da vida de outras pessoas. - Agora, no terceiro ato, talvez seja possível para nós percorrer de volta o círculo onde começamos. - E se pudermos fazer isso, não será apenas para nós mesmos. Os mais velhos são o maior contingente demográfico no mundo. Se pudermos voltar e redefinir a nós mesmos, nos tornando completos, isso criará uma mudança cultural no mundo, e será um exemplo às gerações mais jovens para que elas possam repensar suas próprias expectativas de vida. Veja o texto completo em http://www.azullmarinho.com.br/ Texto de Jane Fonda – Resumido – NG Canela – Janeiro de 2012
O Poder da Burrice Post (0165)
“Duas coisas são infinitas: o universo e a burrice humana. Mas a respeito do universo ainda tenho dúvidas”, disse Albert Einstein. Componente inalienável da natureza humana, a burrice é, provavelmente, a força mais perigosa do cosmos. - O que significa burrice? - Uma definição convincente foi dada pelo historiador e economista italiano Carlo Cipolla: “Uma pessoa burra é aquela que causa algum dano à outra pessoa ou a um grupo de pessoas sem obter nenhuma vantagem para si mesmo – ou até mesmo se prejudicando.” - Até mesmo os mais inteligentes tendem a desvalorizar os riscos inerentes à burrice. E ela é mais perigosa que a crueldade: esta, tendo uma lógica compreensível, pode pelo menos ser prevista e enfrentada. - A burrice sempre ofereceu cenas e personagens cômicos, como no conto de Andersen “A roupa nova do imperador”, no qual dois alfaiates mal-intencionados convencem o rei a vestir uma roupa maravilhosa, invisível para as pessoas contradizer o soberano afirmando não ver a roupa (que de fato não existia). Só um menino teve a coragem de dizer que o rei estava nu, revelando a trapaça. Mas, atenção: rir da burrice pode deixá-la “simpática” e, portanto, desvalorizada. Se na ficção o estúpido é facilmente reconhecido, na vida real as coisas são diferentes. - A burrice tem três características fundamentais: 1 – Ela é inconsciente e repetitiva: o burro não sabe que é burro e tende a repetir várias vezes o mesmo erro. Tais características contribuem para dar mais força e eficácia à ação devastadora da burrice. A pessoa estúpida não reconhece os próprios limites, fica fossilizada em suas convicções particulares e não sabe mudar. “Por isso, no âmbito clínico, a burrice é a pior doença, por ser incurável”. 2 – A burrice é contagiosa: as multidões são muito mais estúpidas que as pessoas que as compõem. Isso explica por que populações inteiras (como aconteceu na Alemanha nazista ou na Itália fascista) podem ser facilmente condicionadas a perseguir objetivos insanos. 3 – Além da coletividade, há um outro fator que amplifica a burrice: estar numa posição de comando. “O poder emburrece”. Por quê? Quando estão no poder, as pessoas muitas vezes são
induzidas a pensar que, justamente por ocuparem aquele posto, são melhores, mais capazes, mais inteligentes e mais sábias que o resto da humanidade. Além disso, estão cercadas de aduladores, seguidores e aproveitadores que reforçam o tempo todo essa ilusão. Dessa forma, quem está no comando chega a cometer as mais graves faltas com a aprovação geral. - Em cada um de nós há um fator de burrice que é sempre maior do que imaginamos. Isso não é, necessariamente, um problema. Ao contrário, a estupidez tem uma função evolutiva: serve para nos fazer agir precipitadamente, sem pensar muito, o que em certos casos se revela mais útil do que não fazer nada. A burrice nos permite errar, e na experiência do erro há sempre um progresso do conhecimento. Assim, o ponto-chave para anular a burrice está em reconhecer os próprios erros e se corrigir. - Todos nós estamos prontos a admitir que sejam um pouco loucos, mas burros, jamais. - E a capacidade de admitir nossos erros de avaliação? – Quase inexistente: estamos atados as nossas convicções como se elas fossem coletes salva-vidas. O que pedimos ao mundo não são novos desafios a nossas ideologias políticas e sociais. Preferimos amigos, livros e jornais que compartilham e confirmam nossos iluminados valores. Mas, cercando-nos de pessoas oportunistas, reduzimos a chance de que nossas opiniões sejam questionadas. - Também nos vários setores da pesquisa, a burrice se apresenta pontualmente: os envolvidos tendem a considerar um estudo sério e convincente quando os resultados coincidem com seu ponto de vista; ou julgam-no ultrapassado e cheio de defeitos quando vão de encontro a suas expectativas. - Há pessoas que chegam incrivelmente perto da verdade sobre si mesmas. Elas têm uma percepção equilibrada, são imparciais quando se trata de atribuir responsabilidades de sucessos e fracassos e fazem previsões realistas para o futuro. - É claro que ser realistas e ao mesmo tempo serenos e otimistas seria o ideal; mas não há dúvida de que às vezes um pouco de burrice faz bem. Publicado na Revista PLANETA edição 432 – NG Canela – Agosto 2010
Um recorte ao acaso Post (0166)
Texto de W. Timothy Gallway, recortado por Paulo Coelho de um jornal que estava lendo num voo de Belgrado para Barcelona, segundo ele. - Quando plantamos uma roseira, notamos que ela fica dormindo muito tempo no seio da terra, mas ninguém ousa criticá-la, dizendo: você não tem raízes profundas ou falta entusiasmo na sua relação com o campo. Ao contrário, nós a tratamos com paciência, água, e adubo. - Quando a semente se transforma em muda, não passa pela cabeça de ninguém condená-la como frágil, imatura, incapaz de nos brindar imediatamente com as rosas que estamos esperando. Ao contrário, maravilhamo-nos com o processo do nascimento das folhas, seguido dos botões, e, no dia em que as flores aparecem, nosso coração se enche de alegria. - Entretanto, a rosa é a rosa desde o momento em que colocamos a semente na terra, até o instante em que, passado seu período de esplendor, termina murchando e morrendo. A cada estágio que atravessa – semente, broto, botão, flor – expressa o melhor de si. - Também nós, em nosso crescimento e constante mutação, passamos por vários estágios: vamos aprender a reconhecê-los, antes de criticar a lentidão de nossas mudanças. A propósito: “plantei recentemente duas mudas de roseira em minha casa, as duas já deram a sua primeira rosa. (NG)” NG Canela – Fevereiro de 2012
Humildade Post (0167)
- O exercício fundamental que esquecemos ao longo da Era do Conhecimento (pós 1950) é o da humildade. Só sabemos aquilo que sabemos. - Apegar-se a, ou supervalorizar, aquilo que conhecemos é uma pretensão tola e improdutiva. - O conhecimento acumulado torna-se ultrapassado (*) no exato instante em que produz seus resultados práticos. - A partir desse instante, o conhecimento agora necessário é justamente aquele que ainda não foi descoberto; esse é o que nos impede de fazer o que ainda não foi feito. - Se já soubéssemos como curar – ou evitar – o câncer, já o teríamos feito; se já soubéssemos como produzir energias mais eficientes em toda a cadeia produtiva, já a estaríamos produzindo. - Ser humilde é ouvir o que os outros dizem de fato, ao invés de por em suas bocas as palavras nas quais acreditamos; transigir ao invés de impor; não desdenhar de quem questiona nossas certezas (quais certezas, afinal? a do conhecimento passado?) - Ser humilde é tolerar erros como fonte de aprendizado. - Ser humilde é reconhecer que outros podem saber coisas que não sabemos. - Entender que o conhecimento acumulado – aquele ultrapassado mesmo – é muito maior nos anciãos e sábios do que nos jovens fogosos, unicamente porque aqueles tiveram mais experiências que estes. - E que a ignorância de ambos é absolutamente equivalente, pois o que ninguém ainda sabe é idêntico para todo mundo. - (*) Ultrapassado não é inútil; é apenas ultrapassado. “Today’s belief in ineluctable certainty is the true innovation-killer of our age.” – Neal Stephenson, on Innovation Starvation. Texto de Neal Stephenson enviado pelo amigo J.Scheidegger – NG Canela – Fevereiro de 2012
Como surgiu a expressão Tchê! Post (0168)
Sotaques e regionalismos na hora de falar são conhecidos desde os antigos tempos .Todos reconheciam Pedro pelo seu jeito “Galileu” de se expressar. No Brasil existem muitos regionalismos. Quem já não ouviu nós gaúcho dizer: “Barbaridade, Tchê”? Ou de modo mais abreviado “Bah, Tchê”? Essa expressão, própria dos sulistas, tem um significado muito curioso. Para conhecê-lo, é preciso falar um pouquinho do espanhol, dos quais os gaúchos herdaram seu “Tchê”. Há muitos anos, antes da descoberta do Brasil, o latim marcava acentuada presença nas línguas européias como o francês, espanhol e o português. Além disso, o fervor religioso era muito grande entre a população mais simples. Por essa razão, a linguagem falada no dia, era dominada por expressões religiosas como: “Vá com Deus”, “Queira Deus que isso aconteça”, “Juro pelo céu que estou falando a verdade” e assim por diante. Uma forma comum das pessoas se referirem a outra era usando interjeições também religiosas como: “Ô criatura de Deus, por que você fez isso”? Ou “menino do céu, onde você pensa que vai”? Muita gente especialmente no interior ainda fala desse jeito. Os espanhóis preferiam abreviar algumas dessas interjeições e, ao invés de exclamar “Gente do céu”, falavam apenas Che! (se lê Tchê) que era uma abreviatura da palavra “caelestis” (que se lê tchelestis) e significa do céu. Eles usavam essa expressão para expressar espanto, admiração, susto. Era talvez uma forma de apelar a Deus na hora do sufoco. Mas também serviam dela para chamar pessoas ou animais. Com a descoberta da América, os espanhóis trouxeram essa expressão para as colônias latinoamericanas. Aí os Gaúchos, vizinhos dos argentinos e uruguaios, acabaram importando para a sua forma de falar. Portanto, exclamar “Tchê” ao se referir a alguém significa considerá-lo como alguém “do céu”. Um abraço, Tchê! Texto de autor desconhecido – NG Canela – Abril de 2012
Uma vírgula muda tudo Post (0169)
-Vírgula pode ser uma pausa… ou não: Não, espere. Não espere. - Ela pode sumir com seu dinheiro: 23,4. 2,34. - Pode criar heróis: Isso só, ele resolve. Isso só ele resolve. - Ela pode ser a solução: Vamos perder, nada foi resolvido. Vamos perder nada, foi resolvido. - A vírgula muda uma opinião: Não queremos saber. Não, queremos saber. - A vírgula pode condenar ou salvar: Não tenha clemência! Não, tenha clemência! - Detalhes Adicionais: coloque uma vírgula na seguinte frase: SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA. * Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER… * Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM… ABI (Associação Brasileira de Imprensa): 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação – NG Canela – Março de 2012
BBB 10 - A Vergonha Post (0170)
Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A décima (está indo longe) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa inteligência. Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 10 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros… Todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB 10 é a realidade em busca do IBOPE. Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 10. Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!). Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, façase justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores, carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados.. Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de Reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!! Veja o que está por de tra$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil Reais a cada paredão. Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores) Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa…., ir ao cinema…, estudar… , ouvir boa música…, cuidar das flores e jardins… , telefonar para um amigo… , visitar os avós… , pescar…, brincar com as crianças… , namorar… ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade. Texto atribuído a Por Luiz Fernando Veríssimo, recebi este texto por e-mail, é um pouco longo, e foge ao enfoque deste Blog mas não resisti em publicar, eu também penso assim. NG Canela – Abril de 2010
O Mosquito e o Touro Post (0171)
“Um Mosquito que estava voando, a zunir em volta da cabeça de um Touro, depois de um longo tempo, pousou em seu chifre, e pedindo perdão pelo incômodo que supostamente lhe causava, disse: “Mas, se, no entanto, meu peso incomoda o senhor, por favor é só dizer, e eu irei imediatamente embora!” Ao que lhe respondeu o Touro: “Oh, nenhum incômodo há para mim! Tanto faz você ir ou ficar, e, para falar a verdade, nem sabia que você estava em meu chifre.” Com frequência, diante de nossos olhos, julgamos-nos o centro das atenções e deveras importantes, bem mais do que realmente somos diante dos olhos do outros.” Moral da História: Quanto menor a mente, maior a presunção. Fábula de Esopo – NG Canela – Março de 2012
Feliz Páscoa 2012 Post (0172)
- “Quando eu era mais jovem não entendia muito bem o significado da Páscoa. O importante era levantar bem cedo no domingo para ver o que o coelhinho tinha deixado no ninho que eu tinha feito com muita esperança. Hoje as atitudes mudaram e entendo o espírito da comemoração e sei que tu também o entendes. Feliz Páscoa !” NG Canela (Beto, Deti, Nando e Lina) – Maio de 2012
Um tempo sem nome Post (0173)
Com seu cabelo cinza, rugas novas e os mesmos olhos verdes, cantando madrigais para a moça do cabelo cor de abóbora, Chico Buarque de Holanda vai bater de frente com as patrulhas do senso comum. Elas torcem o nariz para mais essa audácia do trovador. O casal cinza e cor de abóbora segue seu caminho e tomara que ele continue cantando “eu sou tão feliz com ela” sem encontrar resposta ao “que será que dá dentro da gente que não devia”. Afinal, é o olhar estrangeiro que nos faz estrangeiros a nós mesmos e cria os interditos que balizam o que supostamente é ou deixa de ser adequado a uma faixa etária. O olhar alheio é mais cruel que a decadência das formas. É ele que mina a auto-imagem, que nos constitui como velhos, desconhece e, de certa forma, proíbe a verdade de um corpo sujeito à impiedade dos anos sem que envelheça o deslumbramento diante da vida. Proust, que de gente entendia como ninguém, descreve o envelhecer como o mais abstrato dos sentimentos humanos. Não fora o entorno e seus espelhos, netos que nascem, amigos que morrem, não fosse o tempo “um senhor tão bonito quanto à cara do meu filho“, segundo Caetano, quem, por si mesmo, se perceberia envelhecer? Morreríamos nos acreditando jovens como sempre fomos. A vida sobrepõe uma série de experiências que não se anulam, ao contrário, se mesclam e compõem uma identidade. O idoso não anula dentro de si a criança e o adolescente, todos reais e atuais, fantasmas saudosos de um corpo que os acolhia, hoje inquilinos de uma pele em que não se reconhecem. E, se é verdade que o envelhecer é um fato e uma foto, é também verdade que quem não se reconhece na foto, se reconhece na memória e no frescor das emoções que persistem. É assim que, vulcânica, a adolescência pode brotar em um homem ou uma mulher de meia-idade, fazendo projetos que mal cabem em uma vida inteira. Essa doce liberdade de se reinventar a cada dia poderia prescindir do esforço patético de camuflar com cirurgias e botoxes — obras na casa demolida — a inexorável escultura do tempo. O medo pânico de envelhecer, que fez da cirurgia estética um próspero campo da medicina e de uma vendedora de cosméticos a mulher mais rica do mundo, se explica justamente pela depreciação cultural e social que o avançar na idade provoca. Ninguém quer parecer idoso, já que ser idoso está associado a uma sequência de perdas que começam com a da beleza e a da saúde. Verdadeira até então, essa depreciação vai sendo desmentida por uma saudável evolução das mentalidades: a velhice não é mais o que era antes. Nem é mais quando era antes. Os dois ritos de passagem que a anunciavam, o fim do trabalho e da libido, estão, ambos, perdendo autoridade. Quem se aposenta continua a viver em um mundo irreconhecível
que propõe novos interesses e atividades. A curiosidade se aguça na medida em que se é desafiado por bem mais que o tradicional choque de gerações com seus conflitos e desentendimentos. Uma verdadeira mudança de era nos leva de roldão, oferecendo-nos ao mesmo tempo o privilégio e o susto de dela participar. A libido, seja por uma maior liberalização dos costumes, seja por progressos da medicina, reclama seus direitos na terceira idade com uma naturalidade que em outros tempos já foi chamada de despudor. Esmaece a fronteira entre as fases da vida. É o conceito de velhice que envelhece. Envelhecer como sinônimo de decadência deixou de ser uma profecia que se autorrealiza. Sem, no entanto, impedir a lucidez sobre o desfecho. ”Meu tempo é curto e o tempo dela sobra”, lamenta-se o trovador, que não ignora a traição que nosso corpo nos reserva. Nosso melhor amigo, que conhecemos melhor que nossa própria alma, companheiro dos maiores prazeres, um dia nos trairá, adverte o imperador (Adriano em suas memórias escritas por Marguerite Yourcenar). Todos os corpos são traidores. Essa traição, incontornável, que não é segredo para ninguém, não justifica transformar nossos dias em sala de espera, espectadores conformados e passivos da degradação das células e dos projetos de futuro, aguardando o dia da traição. - Chico, à beira dos setenta anos, criando com brilho, ora literatura , ora música, cantando um novo amor, é a quintessência desse fenômeno, um tempo da vida que não se parece em nada com o que um dia se chamou de velhice. Esse tempo ainda não encontrou seu nome. Por enquanto podemos chamá-lo apenas de vida. Texto da escritora ROSISKA DARCY DE OLIVEIRA, foi publicado em O Globo em 21/01/12 – NG Canela – Abril de 2012
Os chinelos
Post (0174) Chegando a cidade vizinha, onde deveria dirigir uma escola, o professor se deu conta de que esquecera os chinelos. Escreveu à mulher nos seguintes termos: - Manda-me pelo portador os teus chinelos. - Escrevo “teus” porque se escrevesse “meus”, você ao ler este bilhete entenderia que eu quero os teus chinelos. - De que me adiantaria os teus chinelos? - Por isso escrevo claramente “teus chinelos” para que leias e mande os meus, como quero. Fonte: O Professor – NG Canela – Setembro 2009
Pequenas grandes verdades ! Post (0175)
Hoje para descontrair vou publicar uma série de frases que falam sobre as grandes verdades da vida, aprecie com moderação. São frases de vários autores desconhecidos e ou que não se dão ao trabalho de serem conhecidos. - No Havaí, todas as sandálias são havaianas. - A primeira missa do Brasil foi o maior programa de índio. - Mulher grávida reclama de barriga cheia. - Os filósofos têm um problema para cada solução. - Lixo – coisas que jogamos fora. Coisas – lixo que guardamos. - As fitas são virgens porque o gravador é estéreo. - Herói é o covarde que não teve tempo de fugir. - Pinte os cabelos de preto para encontros amorosos, e de branco para encontros de negócio. - Relógio que atrasa não adianta. - Nasci careca, pelado e sem dente. O que vier é lucro. - Um chato nunca perde o seu tempo. Perde o dos outros. - Não brinque com fogo, ele não sabe brincar. - Uma celebridade é alguém que trabalha duro muito tempo para se tornar conhecida, e depois passa a usar óculos escuros para não ser reconhecida. - Você está velho quando achar que antigamente era melhor. - Você sabe que está ficando velho quando as velas custam mais caro que o bolo. - Amigo é alguém que têm os mesmos inimigos que você. - A fé move montanhas. Os ecologistas são contra. - Ser canhoto é muito fácil, difícil é ser direito. - Quando não restar mais nenhuma opção, leia o manual. - Evite acidentes. Faça de propósito. - Quando era menor pensava que dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje tenho certeza. - A primeira amnésia a gente nunca esquece. - A vantagem de ter péssima memória, é divertir-se muitas vezes com a mesma coisa boa como se fosse a primeira vez.
NG Canela – Novembro de 2012
A Perdida arte da datilografia Post (0176)+Vídeo
O computador que me desculpe, mas a grande revolução nos escritórios do mundo todo foi a máquina de escrever. Até o final do Século XIX toda a papelada era manuscrita, consumia-se um tempo absurdo com canetas, mata-borrão, rasuras, etc. A máquina de escrever mudou tudo isso. Com o advento das fitas corretoras até errar se tornou aceitável. A velocidade de escrita era incomparável. Um datilógrafo treinado conseguia a média de 100 palavras por minuto. Embora ainda sejam usadas no mundo todo (inclusive nos EUA, a Prefeitura de NY comprou milhares em 2009, para as repartições) na absoluta maioria dos escritórios o computador substituiu a máquina de escrever, e por mais românticos que os saudosistas sejam, a única coisa que dá pra sentir falta é dos teclados da MARAVILHOSAS IBM elétricas. Na minha infância lembro que era comum o chamado “curso de datilografia”. Saber escrever à máquina era um diferencial. Na verdade datilógrafo era uma profissão para a qual estudavam milhares de jovens, em sua maioria mulheres. Era estranho passar por aquelas lojas, abertas para a rua com fileiras e fileiras de máquinas e o pessoal escrevendo maniacamente. [ Chegou a IBM Elétrica. “A eletricidade faz o trabalho…você escreve mais em menos tempo. Está cientificamente provado: o esforço que você despende com a IBM Elétrica é 95,4% menos do que com as máquinas de escrever comuns”. Diz o anúncio publicado dia 15 de dezembro de 1957 no Estadão.] Texto de Carlos Cardoso - Maio de 2012
Ray Tomlinson Post (0177)
A World Wide Web nasceu no início da década de 1990 da mão de Tim Berners-Lee, mas pouca gente sabe que muito, muito tempo antes do nascimento da web, teve um engenheiro formado no MIT chamado Ray Tomlinson que no seio da ARPANET – Rede militar estadunidense considerada a precursora de nossa atual Internet – inventou um programa chamado SNDMSG (acrônimo de “send message”) para o envio de mensagens escritas entre os diferentes nós ligados à rede. Em 1971, ocorreu a Tomlinson que um bom modo de enlaçar o nome do usuário com o da máquina através da qual se ligava à rede, era usar o caractere arroba “@” já que todos os teclados o incluíam, ainda que não fosse usada para nada. O primeiro e-mail que o mundo conheceu foi enviado por Tomlinson para ele mesmo (usando dois computadores diferentes); e a histórica mensagem foi um típico: “1, 2, 3 testando…”. Com esta simples mensagem nasceu o formato atual de e-mail que é utilizado por milhares de milhões de usuários em todo o planeta. Muitos perguntamos o que teria acontecido se Tomlinson tivesse patenteado seu desenvolvimento? Mas ele não quis fazê-lo porque não acreditou que seu singelo e bobo invento iria ser usado em massa –crasso erro-. Atualmente ele afirma que basta o reconhecimento que o mundo lhe deu a posteriori, e isso já o deixa-o muito honrado. Texto de “Ademin” -NG Canela– Maio de 2012
Leia mais em: Ray Tomlinson, gente que faz – Metamorfose Digitalhttp://www.mdig.com.br/index.php?itemid=8204#ixzz1vDpN372C
Depois de algum tempo... Post (0178)+Vídeo
“Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve. Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus
pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Portanto… plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!” Texto atribuído a William Shakespeare -NG Canela – Maio de 2012
Opinião Post (0179) - Toda opinião que nasce da raiva é tola. - Erros de avaliação depõem exclusivamente contra quem os faz.
- Não adianta chamar de feio quem é belo, pois isto não o cobrirá de feiura. - Não adianta chamar o gênio de burro, pois isto não o deixará idiota. - Não adianta falsear um fato com argumentos raivosos, pois isto não muda a realidade. - Julgamentos desprovidos de verdade não alteram a qualidade do objeto, mas dizem muito sobre a falta de inteligência do sujeito. E se essa manifestação irracional for acompanhada de algum tipo de violência, inclusive verbal, a coisa fica pior ainda. - Chamar alguém de filho da puta com sussurros não torna puta a mãe do ouvinte, mas demonstra uma certa finesse de quem xinga. Entretanto, gritar em altos brados a mesma imprecação só demonstra que o autor, além de não saber raciocinar, não controla sequer as próprias emoções. O infeliz talvez ache que a altura do que supõe ser a verdade é uma questão de decibéis… Fuja desse tipo de gente. - Essa história de flor de lótus é bobagem: do lodo geralmente só sai barro. Texto original de Édison Marques – NG Canela – Maio de 2012
A Cigarra e a Formiga Post (0180)
VERSÃO CLÁSSICA: - A Formiga trabalha todos os dias do verão sob um calor escaldante construindo a sua casa e a abastece com comida para o inverno. - A Cigarra passa o verão rindo, dançando e brincando. - Quando chega o inverno, a Formiga se refugia em sua casa onde tem tudo que precisa até a Primavera. - A Cigarra sem comida ou abrigo, morreu de frio. A seguir a VERSÃO EM UM CONHECIDO PAIS SUL AMERICANO: - A Formiga trabalha todos os dias do verão construindo a sua casa e a abastece com comida para o inverno. - A Cigarra passa seus dias dançando e brincando. - Quando chega o inverno, a Formiga se refugia em sua casa onde tem tudo que precisa até a próxima Primavera. - A Cigarra, sem comida ou abrigo, esta quase morrendo de frio e fome. - O Gafanhoto, do “Movimento dos Sem Terra”, organiza uma coletiva em que pergunta por que a Formiga tem o direito à moradia e alimentação, quando outros menos afortunados, passam frio e fome. - Uma rede de televisão no “Jornal das Oito”, mostra com muito sensacionalismo a Cigarra passando frio e calamidades, e também o vídeo da Formiga em sua casa agradável e acolhedora cheia de comida. - A “Ordem dos Bispos” diz que isto é um exemplo de desigualdade social. - A população esta surpresa que no país enquanto os pobres como a Cigarra sofrem, outros como a Formiga, vivem na abundância. - Manifestações acontecem na “Praça dos Três Poderes”. - Os jornais publicam uma série de artigos especulando de como a Formiga enriqueceu e instigam o governo a aumentar os impostos da Formiga, para que outros possam viver melhor. - Respondendo a uma pesquisas de opinião, o governo produz uma lei sobre a igualdade econômica e direitos retroativos, anti-discriminação e cria um “Cartão Alimentação para as Cigarras”.
- Aumentam os impostos da Formiga e a “Receita Federal” a coloca na malha fina. - A cigarra é contratado como “Assistente Parlamentar”. - As autoridades confiscam a casa da Formiga, já que esta não tem dinheiro suficiente para pagar os novos impostos. - A Formiga foge pela fronteira e instala-se com êxito, no Paraguai. - A televisão mostra a história onde à Cigarra, obesa, acima do peso por ter comido tudo o que tinha muito antes da primavera chegar. - A casa que era da Formiga torna-se “Albergue Social para Cigarras”, e deteriora-se por seus ocupantes nada fazem para mantê-la em bom estado. - O governo é acusado de não suprir os meios necessários. - É instituída uma “Comissão Parlamentar de Inquérito” para discutir e aprovar uma grande verba para as reformas e suprimentos solicitados pela “Defesa Civil” em caráter emergencial, sem licitação. - Enquanto isso, a Cigarra morre de uma overdose e é enterrada como indigente. - A mídia discute o fracasso do governo ao tentar corrigir os problemas das desigualdades sociais. -A casa é ocupada por uma gangue de Aranhas drogadas. - O Governo congratula-se por suas medidas contra a diversidade social. Fábula traduzida, resumida e adaptada – NG Canela – Maio de 2011
A fábula da formiga Post (0182)
- Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz. - O gerente besouro estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada. E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora. - A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga. - Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas. - O besouro ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões. A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões! - O besouro concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava. -O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.. - A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada. - A cigarra, então, convenceu o gerente besouro, que era preciso fazer um estudo de clima. - Mas, o besouro, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!! - E adivinha quem o besouro mandou demitir? - A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. Texto de autor desconhecido. NG Canela – Junho de 2012
Questionamento Post (0183)
Oito da noite, numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita… Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. Ele questiona: – Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, por que não insistiu um pouco mais? Ela diz: – Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz! Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite! MORAL DA HISTÓRIA: Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Texto de um autor desconhecido – NG Canela – Julho de 2012
De repente, classe C Post (0184)
- Sou ex-pobre. Todos querem me vender geladeira agora. O coletivo ainda quebra todo dia, o bairro alaga. Mas na TV até trocaram um jornalista para me agradar.Eu era razoavelmente feliz até descobrir que não sou mais pobre e que agora faço parte da classe C. - Com a informação, percebi aos poucos que eu e minha nova classe somos as celebridades do momento. Há empresas e institutos de pesquisa exclusivamente dedicados a investigar as minhas preferências: se gosto de azul ou vermelho, batata ou tomate e meus filmes favoritos. - A televisão também estudou minha nova classe e, mudou seus planos: além do aumento dos programas que relatam crimes bizarros, as telenovelas agora têm empregadas domésticas como protagonistas e até mesmo personagens ricos que moram em bairros mais ou menos como o meu. Um telejornal famoso até trocou seu antigo apresentador, um homem fino e especialista em vinhos, por um mais povão, do tipo que fala alto e gosta de samba. Um sujeito mais parecido comigo, talvez. - As empresas decidiram que minha classe é seu novo alvo de consumo, antes, quando eu era pobre, de certo modo não existia para elas. Agora elas querem me vender carros, geladeiras de inox, engenhocas eletrônicas, planos de saúde e TV por assinatura. Tudo em parcelas a perder de vista e com redução do IPI. - As universidades privadas, então pipocado. Os cursos custam poucos reais ao mês, e isso se eu não quiser pagar menos, estudando à distância. Assim como toda pasta de dente é a mais recomendada entre os dentistas, essas universidades estão sempre entre as mais indicadas pelo MEC, como elas mesmas alardeiam. Se é verdade ou não, quem pode saber? - Não que eu esteja infeliz com meu novo status de consumidor. Agora mesmo escrevo em um notebook, minha TV tem canais de esporte e minha mãe prepara a comida num fogão novo; se isso não for felicidade, do que se trata, então? - O problema é que me esforço, juro, mas o ceticismo ainda é minha perdição: levo 2h30 para chegar
ao trabalho, meu plano de saúde não cobre minha doença no intestino e morro de medo das enchentes no bairro. Ou seja, ao mesmo tempo em que todos querem me atingir por meu razoável poder de consumo, passo por perrengues do século passado. Eu e mais de 30 milhões de pessoas que não somos pobres, mas classe C.
- Deixa eu terminar por aqui o texto, porque daqui a pouco vão me chamar de chato ou, pior, de comunista. Logo eu, que só li Marx na versão resumida em quadrinhos. Texto resumido do publicado na Folha de São Paulo por Leandro Machado – NG Canela – Agosto de 2012 Leia um pouco mais em: http://unacomportamentodoconsumidor.blogspot.com.br/2011/10/classe-c-ascensao-e-comunicacao.h tml
Férias natalinas - 2009 Post (0185)
- Férias, isto me reporta a minha infância. - As férias de fim de ano eram o acontecimento mais esperado ano, junto a elas vinha o Papai Noel, bons tempos. - Não que ele não continue me visitando, aqui entre nós, a boca pequena, eu ainda acredito em Papai Noel – Nas não tem o mesmo encanto de quando eu era mais jovem. - Bom, agora vou tirar férias, não escolares, férias agora do trabalho, vai ver que ai é que quebrou o encanto. - Vou desligar o computador e me dedicar inteiramente a família, estarei de volta somente o ano que vem, até parece que é distante, o ano que vem. - Aos que me procurarem, certamente saberão onde me encontrar. - Este foi um ano de alegrias, conquistas e realizações. Mais o mais importante é refletir sobre os acontecimentos, a jornada do dia-a-dia, e concluir ao final, que tivemos um saldo positivo de crescimento e aprendizado. - Agradeço a todos que me acompanharam nesta jornada almejando que este Natal seja o início do caminho para mais um ano de alegria e de muita esperança. Norberto Geraldi – NG Canela – Dezembro de 2009.
Reflexões para 2010 Post (0186)
- Não destrua teus valores comparando-os com os dos outros. - É por sermos diferentes uns dos outros que cada um de nós é especial. - Não estabeleça teus objetivos por aquilo que os outros consideram importante, somente tu sabes o que é melhor para ti. - Não considere como garantidas as coisas que estão perto do teu coração, dê atenção a elas como à sua vida, pois sem elas esta não tem sentido. - Não deixe a vida escorregar pelos dedos, vivendo no passado ou só voltada para o futuro, viva agora. - Uma coisa só termina realmente no momento em que tu deixas de tentar. Não tenhas medo de admitir que tu sejas “menos que perfeito”, é este o tênue fio que nos liga uns aos outros. - Não tenhas medo de correr riscos, é assim que aprendemos a ser valentes. - Não exclua o amor de sua vida dizendo que ele é impossível de ser mantido, cuide-o bem para não perde-lo. - Não desprezes teus sonhos, pois sem eles é viver sem esperança e sem esperança é viver sem objetivo. - Não corras pela vida, a pressa pode fazê-lo esquecer não só onde tu estiveste, mas também para onde tu tens que ir. - A vida não é uma competição, mas uma jornada e os passos do caminho devem ser saboreados, saboreie-os todos neste ano que esta iniciando como todos os que ainda lhe restam nesta vida. Feliz jornada de 2010. Este artigo li no Jornal de Canela, coluna do Webinha, dito de autor desconhecido – NG Canela – Janeiro de 2010
Cinco caminhos criativos para reconhecer óbvio. Post (0187)
Onde e como vamos descobrir o óbvio?- Aqui estão algumas perguntas e exemplos que devem conduzir a sua imaginação através dos caminhos óbvios. 1 . Não se impressione como as coisas sempre tenham sido feitas ou como outras pessoas gostariam de fazê-las. - O importante é questionar : qual a maneira mais simples de fazê-las ? - Esqueça todas as idéias, práticas, métodos, técnicas e tradições já usadas. Pense como uma criança desarmada de preconceitos analisaria o problema, o que será que ela faria ? - A experiência da vida é valiosa – porem pode intimidar, dificultar, complicar e afastar-nos do óbvio. É preciso pensar de forma simples, nova, original e corajosa para simplificar qualquer coisa. - Existe uma maneira perfeita de simplificar um projeto ou uma idéia. Registre cada faze num papel. À medida que você for escrevendo, aplique a pergunta-teste : “Será que este item é absolutamente necessário ?” - É comum a gente descobrir ter começado no ponto em que os outros pararam. Considerando que a maioria das idéias se desenvolveram por acréscimo – o jeito de simplificar uma idéia é começar novamente. A técnica é eliminar todas as partes supérfluas. Vá ao cerne do problema. Pergunte a si mesmo : “O que eu estou tentando fazer ? E por que ?” - Um dos nossos maiores problemas é termos muitos métodos, práticas, costumes e tradições profundamente arraigados. Pensamos e planejamos construindo por cima das experiências e hábitos acumulados através de gerações. Ao invés disto, deveríamos começar do zero, como se a cada manhã, acordássemos num novo mundo, ondenenhum dos problemas da vida e dos negócios, das artes e das ciências, tivessem sido jamais resolvidos. 2 . Imagine como seria divertido se tudo pudesse ser completamente invertido. - Nada abre mais a mente para um caminho novo do que fazer esta corajosa consideração. O fato de uma coisa ter sido feita de um certo jeito, por vários séculos, significa que chegou a hora de questioná-la. Talvez o óbvio seja inverter as coisas de algum modo. - Tem a história de como R.J. Pigott, Diretor de Engenharia da Gulf Oil desenvolveu um “dispositivo óbvio” para lubrificar ferramentas de corte. Pigott estava olhando uma ferramenta produzir rebarbas espirais de uma peça de aço, num torno. Um fio de óleo caía do alto, enquanto a lâmina estava cortando por baixo. Um pensamento lhe ocorreu : Como o óleo por cima pode fazer um bom trabalho de lubrificar a ferramenta na parte de baixo ? – Criou um jato de alta pressão, para dirigir o óleo diretamente entre lâmina da ferramenta e o metal torneado, de baixo para cima. O método não só permitiu maior velocidade de corte como também aumentou a vida da ferramenta.
- Se o revolucionário Convair Sea Dart, um avião a jato que pode decolar da água, chegar a fazer tudo o que promete, será porque o criador do projeto, Ernest G. Stout, usou esta mesma técnica de inversão. Apesar das muitas vantagens, e o fato de 4/5 da superfície terrestre serem cobertos de água o hidroavião foi relegado ao esquecimento. Todos, menos Stout, e um pequeno grupo de homens e engenheiros da Marinha Americana. Por mais de quatro décadas, o hidroavião não passava de um barco com asas, o que não é um bom desenho aerodinâmico. Stout teve uma inspiração, ao invés de desenhar um barco que podia voar, ele se dispôs a fazer um avião que pudesse flutuar. 3 . Será que você conta com a aprovação e com a participação do público no seu projeto ? - Nos negócios, muitas decisões são tomadas nos escritórios e não nos lugares onde a ação realmente acontece. - Uma rede de supermercados de Chicago decidiu lançar sua própria marca de café. Os especialistas podiam recomendar as misturas e tipos de torrefação. Mas o presidente da empresa preferiu fazer com que os clientes escolhessem a mistura e o ponto de torrefação que desejassem. Foram preparadas quatro amostras com graus diferentes de torrefação, embaladas em sem identificação. Cada uma representando uma diferente combinação de misturas e torrefação. Foram distribuídos a centenas de domicílios com um questionário para que indicassem a sua preferência. Desse modo, a rede lançou o “Royal Jewel – o Café que Chicago escolheu“. O sucesso do produto já estava garantido, o público o havia escolhido. - Sendo o público quem decide o sucesso ou fracasso de tudo que tentamos fazer, parece óbvio pesquisar junto ao mercado, antes de irmos adiante. 4 . Quantas oportunidades estão passando desapercebidas porque ninguém se importou de examiná-las ? - Em uma companhia de seguros, um homem ganhou um grande prêmio por uma simples idéia na caixa de sugestões: “Procure algo com que ainda ninguém se importou”. - Existem milhares de idéias óbvias, em todos os negócios e profissões, que até aqui ninguém se importou em examinar. São lugar-comum não percebidos. - No seu livro, Ray Giles conta a seguinte história. “Há muitos anos atrás, o vendedor de uma mercearia estava cortando queijo – quando pediam um pedaço, ele levantava a tampa de vidro e cortava, calculando o peso. Enquanto isso o queijo ficava descoberto, sujeito ao pó e às moscas. Se tivesse pouca saída, o queijo esfarelava antes de terminar. A única proteção era uma casca grossa que ia se formando, pela qual se tinha de pagar, juntamente com o peso do queijo. Até que vendedor teve a idéia – uma dessas bem óbvias que podia ocorrer a qualquer um : por que não dividir o queijo em fatias e acondicioná-las em embalagens individuais ?” Esse vendedor chamava-se J.L. Kraft e toda vez que você comer um queijo Kraft não se esqueça : uma idéia simples e óbvia pode levar à fortuna. - Benjamin Franklin, incomodado por ter de usar dois pares de óculos – um para perto e outro para longe – desenvolveu as lentes bifocais, uma benção para toda a humanidade. Nada poderia ser mais óbvio. Esse caso sugere que a melhor técnica para descobrir o óbvio é dar uma olhada bifocal em tudo o que usamos, fazemos e precisamos. Examinar de perto para ver se um detalhe pode ser melhorado – olhar de longe para ver se não há uma forma diferente para atingir o mesmo fim. 5 . Quais são as necessidades específicas do caso ? - Muitas vezes, a própria situação indica a oportunidade de aperfeiçoamento, que ainda não foi considerada. - Para exemplificar tem o caso dos Hartford Brothers, com suas lojas tipo “Pegue e Pague” .
Woolworth, com suas lojas de dois mil réis. A caneta esferográfica que acabou com o tinteiro. A Du Pont com suas fibras sintéticas que não amarrotam… -Todas estas soluções foram criativamente óbvias. E também atenderam aos desejos e necessidades do público, muitas vezes não expressos e nem mesmo percebidas. Entretanto, no momento em que alguém as transformou em soluções, ficou óbvio que estas já existiam há muito tempo. - O mundo está cheio de desejos, vontades e necessidades não expressas, esperando que se faça o óbvio para resolver os grandes problemas. Boa sorte ! Texto de Robert R. Updegraff – Resumido – NG Canela (0187) – Agosto de 2012 Leia mais em “Obvio” http://www.obvio.ind.br/Adams%20Obvio.htm Veja também “Mude” http://ngcanela.blogspot.com/2011/12/mude.html
Dom Quixote Post (0188)+Vídeo
De tanto ler antigos livros de cavalaria, o pacato Alonso Quijano perde o juízo e resolve levar a vida de um cavaleiro andante. Depois de equipar-se com a velha armadura herdada do seu bisavô e de fazer-se ordenar por um estalajadeiro, transforma-se no mui afamado Dom Quixote de La Mancha. Na companhia do cavalo Rocinante e do fiel escudeiro Sancho Pança, sai mundo afora em busca de aventuras. Pelo caminho, o engenhoso fidalgo encontra uma caravana de beneditinos, uma procissão de penitentes e os famosos moinhos de vento – porém a sede de aventuras, agravada pela sandice, leva-os a ver bruxos, fantasmas hordas de gigantes. Com alguns dos personagens e cenas mais célebres de toda a literatura, Dom Quixote vem cativando cada vez mais leitores desde o século XVII. Recentemente (2012) a L&PM Editores lançou, com o apoio da UNESCO, uma coleção chamada “Clássicos da literatura em quadrinhos” com ilustrações e cores por David Pellet, que entre outros títulos, tais como “Odisséia”, “A ilha do tesouro”, “Volta ao mundo em 80 dias”, “Robson Crusoé”, “Mil e uma noites” e “Viagem ao centro da terra”, encontramos “Dom Quixote”. Certamente não se compara com a obra original, da qual tenho um exemplar editado pela Abril Cultural em 1978, ou outras edições mais elaboradas, inclusive ilustrados por Gustave Doré. Mas não deixa de ser uma boa oportunidade para se fazer contato com esta obra de Miguel de Cervantes Saavedra. NG Canela – Agosto de 2012.
Tecnoestresse Post (0189)
Tecnoestresse. Causado pelo uso excessivo da tecnologia, esta disfunção provoca dificuldade de concentração e ansiedade. 0 jovem tecnoestressado também pode tornar-se agressivo ao ficar longe do computador. Segundo pesquisas, já são associadas a overdose de tecnologia problemas neurológicos, psiquiátricos e estão aumentando os casos de doenças relacionadas ao isolamento. A depressão é a que mais cresce. Há uma incidência maior do transtorno de déficit de atenção entre adolescentes aficionados por computador. Não é fácil de diagnosticar. Os pais não acham que o filho tem dificuldade de concentração por ele ficar parado frente ao computador.
O impacto das mídias digitais tem efeitos de ordem física e social. Do ponto de vista da saúde, o principal risco é o da obesidade do social, o fato é que, quanto mais conectados, mais isolados os jovens ficam no sentido das relações pessoais. É comum ver casais de mãos dadas e falando ao celular com outras pessoas. A tecnologia invadiu tanto o cotidiano que as pessoas se perdem no seu uso. É mais preocupante em crianças e adolescentes do que em adultos, porque nessa faixa etária o cérebro ainda não atingiu sua maturidade e não exerce plenamente a função de controle de seus impulsos. Mas nem tudo são pedras no mundo virtual. Pesquisas também mostram que crianças usuárias de tecnologias da informação são mais ágeis, mais inventivas e têm uma capacidade maior de raciocínio, fato comprovado em testes de Ql. A tecnologia não é um bicho de sete cabeças do qual elas tenham que ficar afastadas, devem ser estimuladas a fazer bom uso, respeitando limites. Os próprios pais são as principais responsáveis por esse quadro “cibercaótico”. Por falta de
intimidade com as novas mídias, os adultos deixam de preparar as crianças para o mundo virtual. Muitas vezes, eles apenas dão o laptop pensando que, desde que os filhos estejam no quarto, não vão se meter em confusão, o que é um erro.
Os adultos precisam se tornar aprendizes dos jovens na parte técnica para que possam ser seus professores na parte humana. Texto da Folha de São Paulo, resumido – NG Canela – Setembro de 2012
Aprender e compartilhar Post (0190)
A internet é um lugar privilegiado para propagar informações, onde todos têm o direito ao mesmo espaço e todas as correntes e linhas de pensamento podem conviver de forma democrática. O blog pode e deve ser um lugar para esse compartilhamento, onde você pode dispor para os outros, o que você estuda, gosta, conhece e ou domina, somando conhecimentos. Um blog pode ser um “diário do conhecimento”. Isso vai atrair mais pessoas à sua volta, que estudam ou gostam das mesmas coisas e que vão também compartilhar o conhecimento delas. Redes sociais podem ser ampliadas com um blog bem construído que mostre ao mundo ou ao seu setor quem é você e como você atua e trabalha. É um lugar de encontro e contatos, que ampliam as possibilidades de você ser encontrado e encontrar pessoas e oportunidades afins. A internet não tem limites nem fronteiras, e é o que te dá a chance de estar diante de mais cenários. Viajar pelo mundo ou estudar nas melhores universidades não é para todos, a internet encurta distâncias para o conhecimento. Pesquise e aprenda com os melhores de seu ramo, estudando e debatendo com os especialistas de sua área. Quando for escrever, publicar seus textos faça-o como um líder, que domina o assunto que aborda. Saiba compartilhar informações e elevar o nível de debates. Pesquisar e estudar têm que ser uma constante na sua atuação na internet. Nunca se dê por satisfeito ou completo, nem feche debates ou finalize assuntos. Sempre aprofunde e promova, provoque as pessoas à sua volta e persista. Ler cada vez mais vai te ajudar a escrever cada vez melhor e melhorar as suas referências. Escrever em um blog é um aprendizado constante e só escreve bem quem lê bem. As frustrações nascem quando nos damos por satisfeitos e acreditamos que já atingimos o topo. Não há limites para o conhecimento humano. Texto de Marcos Lemos (resumido) – NG Canela – Março de 2010
O mal da mediocridade Post (0191)
Um dia destes, contava Tom Coelho, em um vôo da madrugada, uma senhora sentada ao seu lado, na poltrona central, tentava acomodar no colo o filho adormecido de pouco mais de três anos, que acabara de passar por uma cirurgia cardíaca. O quadro era de grande desconforto. Por isso, decidiu ceder seu lugar no corredor a ela, deslocando-se para outro assento. A comissária imediatamente lhe interpelou, informando que deveria retornar ao seu lugar de origem, local “adquirido no check-in”. Diante de sua explicação sobre o porquê de haver trocado de lugar, ela emendou: “Estou apenas seguindo ordens”. Em outra ocasião, hospedou-se em um hotel luxuoso reservado por uma empresa contratante, com um valor de diária exorbitante. Assim que adentrou o quarto, buscou o cardápio do room service, a fim de fazer uma refeição. Porém, o atendente disse-lhe que não poderia acatar seu pedido, pois o serviço havia encerrado à meia-noite. Detalhe: o relógio marcava meia-noite e nove! A mediocridade é uma das maiores chagas do mundo moderno. Ela representa estatisticamente a porção central da distribuição normal, ou curva de Gauss, segundo a qual cerca de 70% dos eventos observáveis encontram-se dentro da média. É medíocre o aluno que se esforça apenas para obter a nota mínima exigida para passar de ano ou o que comparece às aulas com desinteresse, pois seu único objetivo é alcançar o certificado de conclusão do curso. É medíocre o trabalhador que laconicamente apenas cumpre ordens, destituindo-se de um mínimo de bom senso e flexibilidade, como nos casos acima relatados. Olhando para os extremos da curva, identificamos dois grupos importantes de variáveis, muito acima ou muito abaixo da média, e que por esta característica impactam de forma decisiva nos rumos da história. No mundo da gestão de pessoas, temos do lado direito da curva os grandes líderes e realizadores, aqueles que se destacam pela proatividade e elevada resiliência. Já do lado esquerdo, encontramos os estúpidos, dotados de falta de discernimento e sensibilidade. O maior desafio de um gestor, líder ou educador, em qualquer cenário ou âmbito, é distorcer a curva de Gauss, trazendo os tolos ao menos para a média, tanto quando possível – e estimulando os medíocres a abandonarem a zona de conforto para se tornarem pessoas especiais, comprometidas e engajadas, capazes de fazer não apenas o possível, mas de entregarem o seu melhor. - Em que ponto da curva você se encontra?
Texto de Tom Coelho (Educador, conferencista e escritor) – ligeiramente modificado e resumido sem perder a sua essência. NG Canela– Dezembro de 2012
Minha mensagem - Natal 2012
NG Canela – Dezembro de 2012 – Post (0192)
A pedra rolada. Post (0193)
- Um dia deste eu estava caminhando na rua, matutando de que forma e qual seria o texto de minha mensagem de final de ano, quando encontrei no chão esta pedra (Veja foto ao lado). Juntei e analisei! - Note que ela esta polida, certamente quando se desprendeu do rochedo original, não era assim, mas depois de muito rolar pelo seu caminho, foi tendo as suas arestas e asperezas aparadas e polidas. - Note também que ela tem agressões sofridas com o tempo, que apesar do seu polimento ainda podem ser notadas, deixando a vista algumas marcas profundas, outras superficiais e outras que quase desapareceram. - Fiquei pensando… alguns de nós também, certamente, estaremos polidos(1) quando formos chamados para fazer parte do acervo do “Grande colecionador de almas”, ao contrário de outros que esperarão da mesma forma original, cheios de arestas e ásperos como as pedras que permaneceram junto a outros entulhos ao pé montanha. - Então resolvi aproveitar este acontecimento como exemplo, para então desejar a todos nós, queridos amigos e conhecidos – Que o ano de 2013 seja um caminho pelo qual possamos continuar o nosso aperfeiçoamento e mais … muito mais … paciência(2) e ponderação(3). NG Canela – Dezembro de 2012 (1) Polimento [F.: polir + -mento.] 1 – Proporcionar brilho a; 2 - Fig. Tornar(se) educado, fino; REFINAR(-SE): 3 – Fig. Melhorar o estilo de; APRIMORAR: 4 – Fig. Educação esmerada; REFINAMENTO 5 - Esfregar a superfície de (metal, madeira etc.) para eliminar suas asperezas e torná-la lisa, brilhante.[F.:do lat. polire. Hom] (Caldas Aulete Digital) (2) Paciência (pa.ci:ên.ci:a) sf. 1 – Qualidade do que ou de quem é paciente. 2 – Virtude que consiste em suportar os males e incômodos sem reclamar, sem se revoltar ou irritar; 3 – Virtude de saber esperar com calma;
4 – Qualidade ou comportamento de quem não desiste nem desanima; 5 – Perseverança. [F.: Do lat. patientia, ae. Ant. ger. das acps 1 a 4: impaciência.] (Caldas Aulete Digital) (3) Ponderação(pon.de.ra.ção) sf. 1 – Ação ou resultado de ponderar. 2 – Qualidade de quem tem bom senso, equilíbrio; 3 – Qualidade daquele que procede com reflexão, meditação; 4 – Fig. Bom senso, reflexão; 5 – Característica do que é importante, relevante. [F.: Do lat. ponderatio, onis.] (Caldas Aulete Digital)
A família Post (0194)
- Família é um prato difícil de preparar. - São muitos os ingredientes, reunir todos é um problema, não é para qualquer um. - Os truques, os segredos, o imprevisível, às vezes, dá até vontade de desistir, mas a vida sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite. - O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. - De súbito, feito um milagre, a família está servida. - Fulana sai a mais inteligente de todas, Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, Sicrano, quem diria? Sacou, endureceu, murchou antes do tempo. - Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante, Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe, Ela, a mais apaixonada, A outra, a mais consistente. - Pronto, já estão aí, todos os ingredientes! Ótimo. - Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados, logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola, não se envergonhe de chorar, família é prato de difícil preparo que emociona e a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. - Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco, mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. - Atenção também com os pesos e as medidas, uma pitada a mais disso ou daquilo e pronto: é um verdadeiro desastre. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. - Família é prato extremamente sensível. - Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional, principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é uma verdadeira arte. - Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. - O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. São muito raras. -Não existe Família a Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). Família é afinidade, é à Moda da Casa. - Cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. - Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta
só para manter a linha. - Cozinhe em Banho Maria, e fogo baixo. - Enfim, receita de família não se copia, se inventa. - A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. - A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. - Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer, servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir. - Se puder saborear, saboreie, não ligue para etiquetas, passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no prato de barro.- Aproveite ao máximo. - Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete. Trechos do livro “O Arroz de Palma” de Francisco Azevedo resumido – NG Canela – Janeiro de 2013
O Blog em 2013 Post (0195)
- Fazer um Blog é um exercício bem interessante. - Comecei em maio de 2008 só por brincadeira (A brincadeira continua até hoje). - Nunca imaginei que chegaria a ter os 14.156 acessos que aparecem nas estatísticas do Google (Descontados os meus próprios – de pai coruja – ainda sobram muitos). - Já são 195 publicações sendo que destas 30 são de minha autoria (15,38%) e o restante fruto de colaboração de amigos e transcrições de outros autores (Com os devidos créditos, evidentemente). - Esta semana recebi de um amigo uma série de links que levariam a fazer o meu Blog crescer e virar um “Blog sério e rentável” – Li algumas dicas e me assustei, se seguir o caminho sugerido, o blog deixaria, talvez, de ser “uma brincadeira – um passatempo” – não imagino que seja este o seu destino. - Bem, isto posto (Bonitas palavras), resolvi continuar em 2013 do modo que está – claro que volta e meia modificando uma coisinha aqui e outra ali – para não ficar muito monótono, do jeito que esta ainda dá para ver o meu horizonte a olho nu – se subir mais vou precisar de um binóculo – e ai, a coisa vai se profissionalizar – não creio que seja o caso – Feliz ano Novo para vocês também. SDS-Norberto – NG Canela – Janeiro de 2013
A Internet e a era da (des)informação Post (0196)
- Passei 15 anos da minha vida trabalhando com TI, afirma Marcel Dias. Aprendi a me manter informado, a buscar a informação ao invés de esperar ela cair no meu colo. Informação hoje é como oxigênio. Ela está quase que literalmente espalhada na atmosfera (não é literalmente porque o cérebro ainda não consegue captar sinais wireless sozinho). E, por algum motivo que foge à minha compreensão, as pessoas simplesmente ignoram essas informações e continuam esperando que ela caia no colo. Elaborei um gráfico simples que mostra como as pessoas se comportam: - Conforme esse avançado gráfico elaborado pelo MIT – utilizando cálculos matemáticos avançadíssimos – quanto maior a facilidade em se obter a informação, maior é o comodismo das pessoas. Pode testar, é tiro e queda. Hoje, comentei no Twitter: “A AppleStore nos EUA está vendendo iPhones contract-free e unlocked, com entrega de 1 a 3 dias úteis”. A espera antes estava em 3 semanas, ou seja, as lojas foram abastecidas para o Natal. Sabe quantas pessoas se deram ao trabalho de ir até o site da Apple saber mais? Zero. Entre as perguntas, surgiram: ■
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Quanto tá o iPhone? Dá pra dividir no cartão? Por 200 dólares?
- O iPhone tem basicamente o mesmo preço desde que foi lançado, com pequenas variações. As pessoas têm plena noção de quanto custa um iPhone. Se o sujeito se desse ao trabalho de ir à loja on-line, veria que sequer é possível comprarmos iPhone lá e mandar entregar no Brasil, isso também não é nenhuma novidade. Dividir no cartão comprando algo importado? Nem comento. Sobre o preço, em momento algum eu sequer citei quanto custava. É incrível e absurdo o comodismo das pessoas em não dar um “click” para buscar uma informação. E pior: acreditam em qualquer baboseira que seja postada. Se eu tivesse dito que os iPhones eram entregues no Brasil e que estavam em promoção de Natal por 100 dólares, o site da Apple ia cair de tanto acesso. Há leigos nesse universo de preguiçosos? Sim, certamente. - Mas numa era onde o conhecimento nunca esteve tão disponível e fácil de alcançar, é quase criminoso ter ferramentas para buscar esse conhecimento e simplesmente ignoralas. Texto de Marcel Dias – NG Canela – Janeiro de 2013
Empatia Post (0197) As pessoas se preocupam em ser simpáticas, mas pouco se esforçam para ser empáticas, e algumas talvez nem saibam direito o que o termo significa. Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, de compreendê-lo emocionalmente. Vai muito além da identificação. Podemos até não sintonizar com alguém, mas nada impede que entendamos as razões pelas quais ele se comporta de determinado jeito, o que o faz sofrer, os direitos que ele tem.
Nada impede? Foi força de expressão. O narcisismo, por exemplo, impede a empatia.A pessoa é tão autofocada, que para ela só existem dois tipos de gente: os seus iguais e o resto, sendo que o resto não merece um segundo olhar. Narciso acha feio o que não é espelho. Ele se retroalimenta de aplausos, elogios e concordâncias, e assim vai erguendo uma parede que o blinda contra qualquer sentimento que não lhe diga respeito. Se pisam no seu pé, reclama e exige que os holofotes se voltem para essa agressão gravíssima. Se pisarem no pé do outro, é porque o outro fez por merecer. Afora o narcisismo, existe outro impedimento para a empatia: a ignorância. Pessoas que não circulam, não possuem amigos, não se informam, não leem, enfim, pessoas que não abrem seus horizontes tornam-se preconceituosas e mantêm-se na estreiteza da sua existência. Qualquer estranho que possua hábitos diferentes será criticado em vez de respeitado. E afora o narcisismo e a ignorância, há o mau-caratismo daqueles que, mesmo tendo o dever de pensar no bem público, colocam seus próprios interesses acima do de todos, e aí os exemplos se empilham: políticos corruptos, empresários que só visam ao lucro sem respeitar a legislação, pessoas que “compram” vagas de emprego e de estudo que deveriam ser conquistadas através dos trâmites usuais, sem falar em atitudes prosaicas como furar fila, estacionar em vaga para deficientes, terminar namoros pelo Facebook, faltar compromissos sem avisar antes, enfim, aquelas “coisinhas” que se faz no automático sem pensar que há alguém do outro lado do balcão que irá se sentir prejudicado ou magoado. É um assunto recorrente: precisamos de mais gentileza etc. e tal. Para muitos, puxar uma cadeira para a moça sentar ou juntar um pacote que alguém deixou cair, basta. Sim, somos todos gentis, mas colocar-se no lugar do outro vai muito além da polidez e é o que realmente pode melhorar o mundo em que vivemos. A cada pequeno gesto diário, a cada decisão que tomamos, estamos interferindo na vida alheia. Logo, sejamos mais empáticos do que simpáticos. Ninguém espera que você e eu passemos a agir como heróis ou santos, apenas que tenhamos consciência de que só desenvolvendo a empatia é que se cria uma corrente de acertos e de responsabilidade – colocar-se no lugar do outro não é uma simples gentileza
que se faz, é a solução para sairmos dessa barbárie disfarçada e sermos uma sociedade civilizada de fato. Texto de Martha Medeiros – publicado originalmente na ZH de 30/01/2013 – NG Canela – Fevereiro de 2013
Esse será sempre rico Post (0198)
Uma moça enviou um e-mail a uma revista financeira, pedindo dicas sobre “como arrumar um marido rico”. Contudo, mais inacreditável que o “pedido” da moça, foi à disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma bem fundamentada. Mensagem/e-mail da MOÇA: - Sou uma garota maravilhosamente linda, de 25 anos, e bastante articulada, de fino trato. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no, mínimo, meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site? - Já namorei homens que ganham entre de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso, e 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. - Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é tão inteligente. - Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela? BjsRafaela. Mensagem/resposta do RAPAZ: - Li sua consulta com grande interesse, pensei com cuidado no seu caso e fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa. Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: - Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. - Eis o por que: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas. Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro. Mas tem um problema. Certamente, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas também uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta! - Explicando: você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco. Isto é, hoje você está em ‘alta’, na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. - Usando o linguajar de Wall Street, quem a tiver hoje deve mantê-la como ‘trading position’ (posição para comercializar) e não como ‘buy and hold’ (comprar e reter), que é o casamento, para o qual você se oferece… - Portanto, casar com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! - Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar, mas já cogitando, e
para certificar-me do quão ‘articulada, com classe e maravilhosamente linda’ seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa ‘máquina’, quero tão somente o que é de praxe: fazer um ‘test drive’ antes de fechar o negócio. - Podemos marcar? Bjs-Stephert. Texto de autor desconhecido – estava rolando na internet -NG Canela – Fevereiro de 2013
Régua de Cálculo Post (0199) - Uma Régua de cálculo é um aparato mecânico-analógico que permite a realização de cálculos por meio de réguas graduadas deslizantes. Antes de aparecerem às calculadoras e os computadores pessoais, eram usadas para fazer operações matemáticas.
- Como disse um amigo meu: “- O vamos fazer com elas ? – Eu tenho várias, inclusive uma com 500 mm para cálculos com até 5 algarismos significativos, que tentei doar ao Museu de Tecnologia da PUC de Porto Alegre, mas desisti pela complicação. Eu já vi uma com 2000 mm numa empresa em S. Paulo na década de 70”. - Nos que nascemos com 20 anos e de lá para cá já vivemos mais que trinta, tínhamos na régua de cálculo uma ferramenta de trabalho incrível. Ela nos dava status, da mesma forma que um estetoscópio o dá a um médico, quando tirava-mos a dita da pasta ou da gaveta, posicionarmos o cursor, deslocando a lingueta, fazendo aquela cara de “sabe tudo” e finalmente dizendo, por exemplo: – Certamente a estrutura vai aguentar 4570 kg. Era um momento de glória. - A Régua de Cálculo foi criada pelo padre inglês William Oughtred em 1638, baseando-se na tábua de logaritmos que por sua vez que foi criada por John Napier pouco antes, em 1614. - Apesar da semelhança com uma régua comum, a Régua de Cálculo é um dispositivo que não tem nada a ver com medição de pequenas distâncias ou desenhos de retas, ela serve para fazer cálculos, alguns bastante complexos. - Quanto a precisão destes cálculos, elas não fornecem resultados exatos e sim aproximados que são aceitos como viáveis dentro de certas aplicações. Assim, um cálculo como 345 x 442= ? É resolvido em poucos segundos, mas o máximo que será possível dizer é que o resultado esta bem próximo de 152.500, (Sendo o valor exato 152.490, neste caso). - A régua de cálculo é a mãe das calculadoras eletrônicas modernas (Até mesmo porque os engenheiros que criaram as calculadoras eletrônicas provavelmente fizeram isso usando Réguas de Cálculo). - Foi largamente usada até a década de 1970 quando foi então substituída pela calculadora eletrônica. - Fica aqui o nosso tributo a esta que nos acompanhou por muitos anos. Veja mais no Museu da calculadora. http://museu.boselli.com.br/reguas%20abacos.htm peter@peterowen.org.uk Resultado de uma pesquisa em diversas fontes. NG Canela – Setembro 2011
Estabilidade ou promiscuidade na carreira? Post (0200)
Uma das maiores dificuldades, diz Tom Coelho, atual das empresas está na chamada retenção de talentos. Após investirem em recrutamento, seleção e treinamento de seus profissionais assistem a muitos deles se desligarem seduzidos que são ora por um salário maior, ora por benefícios, ora pelo status conferido pelo nome da organização ou pelo título do cargo oferecido. Acrescente-se a este aspecto a crença propalada, em especial a partir do ano 2000, de que uma carreira de sucesso constrói-se através de múltiplas experiências profissionais em diferentes companhias. Houve um tempo em que o profissional confiável e competente era aquele que não passava por mais do que uma ou duas empresas até sua aposentadoria. Hoje isso é visto como sintoma de acomodação, apontando para obsolescência, aversão ao risco, falta de dinamismo e ambição. Abomino rótulos, generalizações e paradigmas. Verdades absolutas, tidas inquestionáveis, que obscurecem o pensamento, turvam a razão. Onde está escrito que esta rotatividade de empregos é necessária ou mesmo saudável? Por que não podemos edificar uma carreira auspiciosa atuando em uma mesma organização, onde conhecemos as pessoas e o ambiente, assimilamos e nos alinhamos à sua cultura, alcançamos prestígio, além de estabilidade e acúmulos salariais? Estamos equivocadamente ensinando aos nossos jovens que uma carreira sólida demanda promiscuidade corporativa, quando o que entorpece e definha o profissional é sua estagnação. É parar no tempo, realizar as mesmas tarefas, deixar de estudar e de aprender. E isso pode acontecer mesmo pululando de uma empresa para outra. Para alcançar o topo da hierarquia, o que vale a pena perseguir é a mobilidade horizontal, conhecendo a companhia integralmente, militando em diversas áreas, compreendendo a sinergia entre os departamentos. No caso de empresas de grande porte, há ainda a possibilidade de migrar para filiais ou outras empresas do grupo, inclusive no exterior. O fato é que enquanto houver desafios e satisfação pessoal, não há motivos para se mudar de emprego. Todavia, se a mudança for fruto de decisão madura decorrente de falta de reconhecimento, clima organizacional desgastado, cabeça batendo no teto ou por força de proposta irrecusável, assegure-se de que, quando o entusiasmo arrefecer e a rotina se instalar, a nova empresa não se mostre uma autêntica “amante argentina”, cerceando sua autonomia, eliminando privilégios e exigindo o comprometimento que um dia você não pôde ou não soube honrar. “Os líderes de amanhã sabem compartilhar o poder, a informação e o compromisso.” (Flávio Kosminsky) Texto deTom Coelho, educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países.
NG Canela – Março 2013
ngcanela.com Blog criado em maio de 2008, com a finalidade de reunir postagens sobre diversos assuntos referentes ao nosso diadia, que possam de uma maneira ou de outra contribuir para uma vida melhor. Norberto Geraldi www.ngcanela.com
Canela – Rio Grande do Sul - Brasil