Festas & Eventos . Ano VIII . N.º 15 . Jun 2010

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ANO VIII . NÚMERO 15

JUNHO 2010

€ 4,50

Festas &

Eventos

\\ MOTIVAÇÃO E EVENTOS \\ Os vencedores da Gala dos Eventos \\ Entrevista com Tomaz Morais \\ Expoeventos e GEST \\ À mesa com... Marco Gomes \\ Destinos: Alentejo e Maurícias

FEIRAS EVENTOS INCENTIVOS CONVENÇÕES CONGRESSOS


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EDITORIAL Este número de Verão fica indelevelmente marcado pelo rescaldo da ExpoEventos - em formato de roadshow, com etapas no Algarve e no Porto -, dos seminários do Gest e da entrega de prémios da Gala dos Eventos. Tanto assim que decidimos atrasar por uns dias a saída da revista, justamente para poder incluir reportagens sobre estes vários momentos, importantes na vida do sector. E desta vez com uma responsabilidade acrescida, nossa, dado que aceitamos o desafio proposto pela Publihappening para coordenar cientificamente o Gest. Fizemo-lo com a intenção de reunir uma série de especialistas de diferentes áreas, muitos deles que nunca organizaram um evento, mas cujos conhecimentos, no sector do ambiente, da aviação, da comunicação - reportando-se por exemplo ao uso das redes sociais -, etc. podem trazer pistas para o que será o desenvolvimento da indústria nos próximos anos. Um trabalho contínuo, este de aprendizagem, que ficou muito longe de se esgotar. Ainda assim, e apesar do conjunto de

convidados portugueses e estrangeiros, alguns deles especialistas dos mais reconhecidos internacionalmente, a adesão dos profissionais do sector ficou, a nosso ver, aquém das expectativas. E isto é algo que não podemos deixar de lamentar. Se por um lado o sector se queixa da escassez de oferta de qualidade, ao nível da formação, quando essas oportunidades existem a mobilização é escassa. É pena. Porque em mercados vizinhos, concorrentes dos nossos, as pessoas investem claramente no constante aperfeiçoamento de conhecimentos, capacidades, na antecipação de tendências, novas tecnologias, conteúdos mais eficazes e impactantes. Fica aqui o desabafo à consideração de todos. O tema que estrutura este número da Festas&Eventos é o da motivação. Esse ingrediente tão especial, e que tanta falta nos faz nestes tempos conturbados, de incerteza. Quisemos ajudar a desfazer algumas confusões, nomeadamente de nomenclatura, e pedimos vários contributos que nos explicassem o que é isto da motivação, como se

pode trabalhar, que efeito tem no nosso dia‑a‑dia. À atenção de todos os que organizam eventos deste género, e de todos os que gerem equipas, portanto. Julho é também o mês em que mostraremos o novo site da Festas&Eventos, com novo grafismo, melhores ferramentas de interacção com os nossos leitores, mais ajustado por isso à realidade actual da web 2.0. Visitem-nos em www.festaseeventos.net, assim como na nossa página no Facebook. E já agora sigam-nos no Twitter.

Entretanto, podemos desde já anunciar que a próxima edição, Outubro, trará uma Festas&Eventos dedicada à organização de congressos. Até lá.

Administração, Redacção e Publicidade: Rua Visconde de Bóbeda, 70, 2º Fte - 4000-108 Porto \\ Tlf: 22 605 39 36 \\ info@festaseeventos.net \\ www.festaseeventos.net \\ Assinaturas: assinaturas@festaseeventos.net \\ Director: Rui Ochôa \\ Directora de Informação: Cláudia Coutinho de Sousa: claudia@festaseeventos.net \\ Edição: Cláudia Coutinho de Sousa \\ Redacção: Cláudia Coutinho de Sousa, Maria João Leite, Rui Luís Romão (colaborador), Sara Marques \\ Fotografia: (Coordenação) Rui Luís Romão \\ Colunistas: Adélia Carvalho, Alexandre Real, Diogo Assis, Jorge Padinha, Luís Rasquilha, Maria do Céu Almeida, Miguel Neves, Pedro Cardoso, Pimentel Furtado \\ Design: Norma Design (www.normadesign.com) \\ Director Comercial: Rui Ochôa: rui@festaseeventos.net \\ Página de Internet: Nuno Paulo \\ Secretariado de redacção: Ana Almendra \\ Impressão: Fernandes & Terceiro \\ Distribuição: VASP – Distribuidores de Publicações \\ Tiragem: 8 mil exemplares \\ Periodicidade: Quadrimestral \\ Registo ICS: 124225 \\ Depósito Legal: 210978/04 \\ ISSN: 1645-7382

É estritamente proibida a reprodução parcial ou integral de textos ou ilustrações da Festas & Eventos. As informações contidas nos anúncios são da exclusiva responsabilidade dos anunciantes. Consequentemente, não podemos ser responsabilizados por qualquer informação incorrecta que se possa verificar.

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ÍNDICE 6 8 12 14 16 20 24 28 34 40 47 54 58 62 63 70 82 85 86 88 92 94 96 98 101 104 106 112 118 122 126 127

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Colunistas Mundial de Futebol 2010: Sucesso ou fracasso..., por Pimentel Furtado Espaço APECATE Notícias Dossiê temático: Motivação Motivar é aprender, por Adélia Carvalho Motivação de equipas, por Alexandre Real Grande entrevista: Tomaz Morais, treinador de rugby Case study: 24 Horas de Logística Oh please entertain me, por Jorge Padinha O Papa em Portugal Turismo da Madeira vítima do temporal de Fevereiro Gerir o risco na Animação Turística Expoeventos Gest: Pensar os eventos Gala dos Eventos Como motivar quando os vulcões espirram..., por Diogo Assis Mercado da Cultura internacionaliza-se IMEX O futuro das feiras profissionais, por Miguel Neves Sustentabilidade Consultório de protocolo A excelência e a felicidade serão compatíveis?, por Pedro Cardoso Rock in Rio 2.0 Estoril Open À mesa com... Marco Gomes Formação Destino nacional: Alentejo Destino internacional: Maurícias Empresas Livros Directório

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COLUNISTAS

Adélia Carvalho Tem o curso de Hotelaria/ Recepção na Escola de Hotelaria de Lisboa. Iniciou a carreira no Méridien, em Lisboa, na área de alojamentos, onde permaneceu até 1993. Com a abertura do Penha Longa Hotel & Golf Resort foi convidada para responsável de Front-Office. Foi assistente de direcção, directora de eventos e directora de vendas. Leccionou na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril a disciplina de Alojamentos e Práticas de Recepção. Em 2004, inicia-se como directora do “Bairro Alto Hotel”, onde ainda permanece. Aluna da Universidade Católica de Lisboa, entre 2005 e 2006, na formação para executivos na vertente de recursos humanos.

Alexandre Real Licenciado em Direito com especialização em Ciências Jurídico-Económicas, MBA em Planeamento e Estratégia Empresarial, actualmente frequenta a Pós Graduação no I.S.PA. – Treino em Liderança e Desenvolvimento de Equipas. Em 2004 colaborou no conteúdo do livro “Campeões Portugueses no Estrangeiro”. É ainda autor de vários artigos publicados sobre gestão, empreendedorismo, gestão de equipas, formação, gestão de Eventos. Na SFORI é coordenador de vários eventos. Formador, consultor e facilitador de team building certificado. Co-autor do livro de gestão “Casos Empresariais” Alentejo. Consultor no Projecto Europeu - EUFACINET- European Facilitators Network.

Diogo Assis Formado em Gestão Hoteleira e Turismo, trabalhou no departamento comercial e de marketing de algumas das principais cadeias hoteleiras do país, assim como no Intercontinental Hyde Park, em Londres. Em Novembro de 2002 decidiu lançar-se numa nova experiência e co-fundar a TLC. O objectivo era o de tornar esta empresa o DMC líder em Portugal.

Jorge Padinha Tem já uma vasta experiência na área do entretenimento, nomeadamente na sua vertente comercial, iniciando a sua carreira profissional na MTV, onde ocupou o cargo de Head of Ad Sales & Sponsorship, responsável pela criação e comercialização de conceitos 360º para as marcas que anunciavam no canal. Ao fim de quatro anos nesta empresa, transitou para a Fox International Channels, onde, actualmente, ocupa o cargo de Multimedia Sales Director de todos os canais Fox e National Geographic.

Luís Rasquilha Managing partner/senior vice president da AYR Consulting, Trends & Innovation (a scienceofthetime.com company), assessor da Administração da Multipublicações; administrador da United Media. Professor convidado em diversas escolas de Executivos, empresas de formação e universidades em Portugal, Brasil, Bélgica e França. Formação em Empreendedorismo e Gestão da Inovação, Gestão, Marketing e Comunicação.

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Maria Céu Almeida Engenheira Civil, mestre em Investigação Operacional e Engenharia de Sistemas, doutorada em Engenharia Civil e do Ambiente (Imperial College of Science, Technology and Medicine, University of London). Especialista e professora de Gestão do Risco em Gestão do Lazer e Animação Turística e no mestrado em Turismo na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Monitora de Canyoning e Média Montanha da Associação Desnível e formadora de Manobras de Cordas.

Miguel Neves Profissional de conferências e eventos está neste momento em Londres a finalizar um mestrado na Universidade de Westminster. Em Maio de 2009 venceu o prémio IMEX – MPI Foundation Student Scholarship Award. Desde Julho de 2008 trabalha para a empresa SYNAXIS Meeting & Events. Participou no curso de Planeamento Estratégico & Gestão de Congressos e Eventos orientado por Linda Pereira (CPL). Foi orador na 14ª Conferência da IAHMP, em Denver.

Pedro Cardoso Formado em Gestão Hoteleira, foi director de Front-Office /Alojamento na abertura do ex-Sheraton Porto em 1986 e director de Marketing e Vendas até 1995. Quadro co-fundador e director-executivo da Sugestões&Opções e do Grupo QRM, de 2002 a 2008. Fundador, em 2002, administrador e principal accionista da The House of Events. Consultor de Hotelaria e Turismo, e ex-docente na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto. Orador convidado em seminários e congressos do sector.

Pimentel Furtado Coronel de Cavalaria, José Pimentel Furtado é licenciado em Ciências Militares. Desempenhou diversas funções na área de Segurança, entre as quais Comandante de diversas Unidades da Polícia do Exército, assessor para a formação da Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas e a de Staff Security Manager do Quartel-General da NATO em Oeiras. Foi responsável pela organização da segurança de dezenas de eventos oficiais, e nesta função ampliou a sua experiência de organização da segurança de eventos internacionais. Actualmente dedica-se à consultoria, ensino superior e formação técnica.

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OPINIテグ

Pimentel Furtado

Coronel de Cavalaria, especialista em seguranテァa e gestテ」o de crises

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MUNDIAL DE FUTEBOL 2010 SUCESSO OU FRACASSO NA PROMOÇÃO TURÍSTICA DA ÁFRICA DO SUL Os principais factores considerados como relevantes na decisão de um país em organizar um mega-evento desportivo, como o Mundial de Futebol, são a projecção internacional da sua capacidade técnica e organizativa, como destino fiável e seguro para o desenvolvimento de negócios, a promoção turística do país, como destino turístico de eleição e, finalmente, mas não menos importante, a criação de um evento que atraia um número significativo de turistas, geradores de uma receita que cubra o vultuoso investimento feito. Deixando de parte o primeiro factor, a África do Sul como destino fiável para o estabelecimento de negócios, que extravasa o objectivo deste texto, embora esteja intimamente relacionado com ele, vamos abordar sucintamente a questão da organização do Mundial 2010 como factor de promoção turística do país organizador. O mega-evento Campeonato Mundial

de Futebol tem um enorme potencial de captação de turistas estrangeiros, devido à popularidade verdadeiramente global do desporto em questão e ao facto de nele participarem equipas dos cinco continentes. Claro que os países envolvidos definem à partida o potencial de captação de turistas estrangeiros. O potencial da

Coreia do Norte como país emissor de turistas é substancialmente diferente do da Austrália. Porém, no caso concreto da África do Sul, há ainda outro factor muito importante a ter em consideração na captação de turistas estrangeiros: a segurança, ou antes, a falta dela. A segurança de um destino turístico é

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OPINIÃO . Mundial de Futebol 2010: Sucesso ou fracasso na promoção turística da África Do Sul, por Pimentel Furtado

a criminalidade,

ponto de vista psicológico das vítimas e das potenciais vítimas, a prevalência de uma elevada percentagem da população infectada com o VIH aumenta ainda mais o risco percepcionado pelos potenciais turistas. Deveria ter sido efectuado nos últimos anos um esforço substancial na redução desta violência, o que não se verificou. Acontecimentos recentes, alguns deles com elevado potencial para degenerarem em situações de violência inter‑étnica generalizada, vieram trazer à luz da comunidade internacional o quão precária é a paz social naquele país.

e especialmente

Não foi por acaso

a criminalidade

que as mulheres dos

violenta, é o factor

jogadores da selecção

que maior impacto

portuguesa optaram

psicológico tem.

por não acompanhar

um dos principais factores avaliados pelos turistas, no momento de decidirem onde irão deslocar-se, em lazer ou em negócios, sendo o factor que, cada vez mais, maior importância tem entre os vários critérios desta decisão.

De entre as diversas ameaças existentes no potencial destino turístico,

Se essa violência afectar especialmente as mulheres e as crianças, então é um factor decisivo para o fracasso desse destino turístico. Estudos recentes indicam que, em ambiente familiar, o destino turístico de uma família é decidido fundamentalmente pela opinião da mulher, em 80% dos casos, e que esta taxa sobe ainda mais quando existem filhos menores. E a segurança é exactamente um dos factores mais considerados pelas mulheres para efectuarem esta escolha. A África do Sul é um dos países com maior taxa de criminalidade violenta do mundo, onde a violação de mulheres e o rapto de crianças (quer para fins sexuais, quer para a exigência de resgates) são situações comuns da vivência diária. Não fossem já estes crimes suficientemente graves do

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os maridos. Caso os tivessem acompanhado, teriam também elas sido incluídas nas medidas especiais de segurança que rodeiam todas as delegações. Mas mesmo nestas condições, a opção foi não ir.

Os assaltos aos jornalistas estrangeiros, os roubos dos equipamentos da selecção grega e do gerador do hotel da delegação portuguesa, hotéis onde era suposto haver uma segurança adequada, e, ainda, a morte da bisneta do líder histórico do país, Nelson Mndela, são acontecimentos que nada auguram de bom para a alteração da imagem da África do Sul como um destino turístico seguro e de qualidade. No momento em que escrevemos estas linhas, é já impossível mudar a imagem de segurança e de estabilidade do país para melhor e, desta forma, poderemos considerar que, muito provavelmente, a captação de turistas estrangeiros para participarem directamente no evento terá sido um fracasso. De igual modo, e pelas mesmas razões, fracassará a captação de potenciais turistas para os anos vindouros. A contabilidade destes números ainda está por fazer, mas será certamente importante para avaliar o impacto real do campeonato na economia do país. Caso venham a surgir novos casos de violência, projectados a nível mundial pela comunicação social que se encontra no país para cobrir o campeonato, então, não só este evento não contribuirá para melhorar a imagem da África do Sul, como servirá para projectar no mundo a imagem de um país de violência, à beira do colapso social e político. Se tal se verificar, será um rude golpe na indústria do turismo e na economia e um enorme “tiro nos pés” na promoção da África do Sul.


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ESPAÇO APECATE . Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos

Maria José Teixeira

António Marques Vidal

Presidente da Secção de Congressos da APECATE

Vogal da Direcção da APECATE

A MOTIVAÇÃO

OS CÓDIGOS ÉTICOS Uma das vantagens dos códigos éticos é proporcionar um guia permanente e estável de boa (e má) conduta, ainda que tal vantagem seja pouco perceptível nos códigos que regem a maioria das profissões, os quais pecam por serem vagos e indeterminados. Nas empresas, contudo, os códigos éticos revelam-‑se quase sempre um bom guia para o comportamento dos colaboradores, assim como uma forma de controlo do poder dos empregadores. Casos há em que um código ético nos negócios pode até constituir uma salvaguarda quando um empregado é forçado a cometer um acto “sujo”ou pouco ético. Então por que razão os códigos éticos continuam a ser tratados com cepticismo pela maioria das pessoas de negócios? A principal razão parece ter a ver com o facto de em geral se considerar que os códigos de conduta, pelo seu carácter essencialmente moral, não têm força suficiente que obrigue ao seu cumprimento. A ética é, pois, uma ciência teórica de carácter normativo, como é, por exemplo, a lógica, ainda que esta se

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E INCENTIVOS NA ANIMAÇÃO TURÍSTICA

dirija à razão e a ética à vontade. A ética é, antes de mais, algo positivo: há que falar sobretudo de fazer o bem e, como consequência, de evitar o mal. É errado ver na ética só proibições, esquecendo a satisfação que produz a adopção de um comportamento ético, já que sentir-se ligado pela responsabilidade de actuar eticamente é, antes de mais, o resultado de um acto positivo: a livre escolha pessoal de uma opção. A ética nem sempre coincide com a legalidade. Nem tudo o que é ético é legal e vice-versa. A lei é necessária para a convivência, mas do ponto de vista ético, não é suficiente. Todos sabemos que, hoje, há grandes “negociatas” que podem ser legalmente irreprováveis. Finalmente, a ética é algo para ser vivido diariamente, não é um remédio ou uma solução para quando surge um problema ou conflito. Isto porque, para além das razões de fundo, sem o hábito de sempre nos comportarmos eticamente, dificilmente se tomará uma boa decisão ética, quando as circunstâncias se tornem adversas.

A motivação e os incentivos, entre outros, são temas muito importantes para o mundo empresarial, a motivação é, aliás, referida como um dos factores determinantes para o êxito de qualquer projecto. Equipas sem motivação conduzem à desistência e ao insucesso. Sem uma equipa motivada não se conseguem desenvolver projectos vencedores. Quem faz um projecto ganhar são as pessoas, a sua motivação e capacidade de investimento são a chave do sucesso. Para resolver ou atenuar os problemas de Motivação, diversas áreas de saber e trabalho criaram modelos de intervenção, com múltiplos programas de incentivo. Umas das áreas mais activas no trabalho da motivação e criação de incentivos, é o desenvolvido pelas empresas de Animação Turística (AT) com as actividades de team building e Incentivos realizados em espaços naturais. A natureza, e os seus espaços, é um dos melhores cenários para trabalhar comportamentos e atitudes, sendo, por isso mesmo, utilizada como meio preferencial pelas empresas de AT para desenvolverem as suas actividades. As características excepcionais da natureza, em termos de valores, de beleza, de situações potenciadoras de aprendizagem, são há muito conhecidas e utilizadas. As actividades desenvolvidas na natureza facilmente trabalham diversas competências como seja a motivação, confiança, resolução de problemas, cooperação, trabalho de equipa, comunicação, gestão de conflitos e muitas outras. A diversidade de situações de trabalho é um argumento


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Nuno Morte Director da Rustitur

APOSTAR NA MOTIVAÇÃO

muito poderoso, obtendo quase sempre resultados, desde que devidamente enquadrada nos objectivos de formação. No entanto, não deveremos pensar que basta colocar as pessoas a praticar uma actividade no espaço natural para que o resultado seja o que pretendemos, nomeadamente o reforço da motivação. Os organizadores e as empresas de AT devem dominar bem os princípios do trabalho comportamental, ter em consideração os objectivos do cliente, as características do grupo, o local onde vão realizar a actividade e o tempo disponível, para decidirem qual o programa mais adequado. Programas excessivos ou desadequados dos objectivos provocam o efeito contrário, introduzindo ainda mais problemas na motivação e negando o incentivo. A área comportamental é um dos campos óbvios de trabalho das AT, para o qual devem estabelecer parcerias com outras empresas especializadas, criando boas respostas para o trabalho da motivação e incentivo.

Ao escrever este breve artigo, cujas temáticas abordadas são motivação e incentivo, fiz de imediato o exercício mental de associar estas palavras àquilo que deve ser incutido às equipas de qualquer empresa nestes tempos de desafios em que vivemos. Se quisermos encarar este contexto económico como um enorme desafio para as empresas, então estamos num cenário perfeito para uma excelente acção de incentivo, destinada a colaboradores, clientes ou parceiros, onde o mote principal é a motivação. Não obstante a primeira tendência seja reduzir, ou mesmo cortar, nos orçamentos para estas áreas, é de realçar a importância que elas têm na equipa de colaboradores de qualquer organização (independentemente da área de actividade ou da dimensão), ao longo do ano, seja ele de crise ou de prosperidade. Um problema que hoje é crítico é a capacidade de qualquer organização executar o seu plano estratégico, definido para o médio e longo prazo. Estamos sujeitos a inúmeros desafios e solicitações diárias, que nos dispersam a energia e a atenção da linha estratégica para as tarefas operacionais. Este facto distorce por completo a comunicação externa e interna de uma organização. Se faz parte da estratégia da empresa organizar eventos de motivação e incentivo, ao eliminar este investimento em anos difíceis pode, de facto, eliminar esse custo, mas está a criar um custo invisível para o futuro, que quase corresponde ao somatório dos investimentos feitos nesta área em anos anteriores. Como poderá interpretar um cliente a mensagem de que este ano não haverá o tradicional evento de incentivo em que habitualmente participa? Poderá

perder alguma confiança no seu fornecedor, ou pensar que há alguma fragilidade na empresa? A nível da comunicação interna os efeitos poderão ser ainda piores, pois em anos mais complexos é na motivação e incentivo dos seus talentos que as empresas devem apostar. O corte em acções de motivação poderá, mais uma vez, criar o tal custo invisível. Sei que estamos perante uma equação difícil de resolver, mas estamos a falar no objectivo primeiro de qualquer empresa: vender, ser competitiva e lucrativa. Pela minha experiência, a maioria dos briefings recebidos para a organização de uma acção de motivação, solicita a criação de cenários com vários obstáculos para ultrapassar. Pretende-se desenvolver o trabalho de grupo, a comunicação inter-pessoal e motivar os colaboradores. Eis o melhor contexto para colocar as equipas à prova! O mesmo se pode dizer ao nível das acções de incentivo destinadas a clientes e parceiros. Muitas vezes é pedido que se desenvolva o fortalecimento da relação, a ligação existente entre a empresa e os seus clientes, a confiança e notoriedade na marca/ empresa. No contexto que estamos a viver este ano, manter o investimento nestas acções de incentivo é passar uma mensagem ainda mais forte!

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NOTÍCIAS

EUBEA: INSCRIÇÕES

CONGRESSO DA

RACE OF CHAMPIONS

ATÉ 30 DE JULHO

EFAPCO VAI SER EM

PELA PRIMEIRA VEZ

PORTUGAL

NO ALGARVE

Portugal vai receber o próximo Congresso da EFAPCO (Federação Europeia das Associações dos Organizadores Profissionais de Congressos) que se realiza em Janeiro de 2012. A seccção de Congressos da APECATE – Associação Portuguesa das Empresas de Eventos, Congressos e Animação Turística vai reunir-se, em breve, para formar um grupo de trabalho para este evento. Helena Weinstein, vice-presidente da EFAPCO, realçou a importância de acolher este 6ª Congresso e Assembleia Geral, “Vamos receber 12 associações de organizadores profissionais de congressos, de outros tantos países, pelo que este é um momento muito importante para a promoção do destino Portugal”. Lembre-se que o último Congresso da EFAPCO, realizado em Janeiro, em Bruxelas, recebeu mais de 200 pessoas. Nessa altura, Nicolas Le Brun, presidente da EFAPCO, expressou à Festas&Eventos a vontade de levar o evento para Portugal. Vontade agora oficialmente concretizada.

O Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, vai acolher, nos dias 8 e 9 de Agosto, o Race of Champions 2010, um dos mais espectaculares eventos automobilísticos do mundo. A etapa algarvia, a segunda edição em território nacional e a primeira a realizar-se na região, será o palco onde se vai conhecer qual o piloto mais rápido do mundo. O evento está inserido na programação do Allgarve que, em termos desportivos, já recebeu, por exemplo, o WRC Vodafone Rally de Portugal, o Concurso de Saltos Internacionais e o Campeonato do Mundo de Carros de Turismo - WTCC. O programa “Allgarve” prolonga-se pela primeira vez até Novembro, oferecendo um recorde de cerca de 90 eventos. A programação este ano é mais abrangente, com destaque para a introdução de animação de rua, novo circo e música clássica.

Até ao próximo dia 30 de Julho pode candidatar os seus eventos aos EuBea – European Best Event Awards. Esta é a iniciativa que premeia, ao nível europeu, os melhores eventos e os mais competentes organizadores, valorizando o evento como instrumento de comunicação, integrante do marketing mix e das estratégias de comunicação. A participação está aberta às agências de eventos, relações públicas, publicidade, promoção, a empresas, editores, instituições públicas, associações, etc., baseadas na Europa que tenham levado a cabo um evento entre 1 de Julho de 2009 e 30 de Junho de 2010. Lembre-se que agências portuguesas têm ganho vários prémios nos últimos anos. Nesta edição, e fruto de um protocolo entre a Gala dos Eventos e os EuBea, as empresas portuguesas que se inscreveram nos prémios nacionais podem concorrer aos europeus, beneficiando nesse caso de um desconto de 30%.

Cláudia Coutinho de Sousa

APEP E APECATE ASSINAM PROTOCOLO A Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo (APEP) e a Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) estabeleceram um protocolo de cooperação, oferecendo descontos iguais para os associados nas iniciativas de ambas as entidades. Além disso as associações vão divulgar em parceria os seus eventos. O primeiro fruto visível desta colaboração foi o I Encontro Internacional de Protocolo de Coimbra, no passado mês de Março.

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Entretanto, estão em preparação as V Jornadas de Protocolo Internacional, organizadas pela Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, que vão decorrer em Lisboa, no dia 10 de Novembro. O evento vai ter lugar pela segunda vez consecutiva no ISLA - Instituto Superior de Línguas e Administração, que assume a organização conjunta. O tema será “Ideias e inovação no protocolo” e o evento marca os cinco anos de existência da associação presidida por Isabel Amaral.


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II EDIÇÃO DA EXPO’CASCAIS EM NOVEMBRO A Expo’Cascais regressa ao Centro de Congressos do Estoril, nos dias 19, 20 e 21 de Novembro. A segunda edição do evento, promovido pela Associação Empresarial do Concelho de Cascais, está a ser preparada de forma a acrescentar ao projecto inicial novidades que, segundo comunicado, “pretendem convocar cada vez mais intervenientes, tanto locais, como externos ao concelho”. Com o intuito de proporcionar uma maior aproximação dos agentes económicos de vários quadrantes, foi alterada a data de realização da Expo’Cascais, para assim responder às necessidades dos expositores. Outra das novidades prende-se com a linha orientadora desta segunda edição. Depois do tema “Chaves para o Sucesso, Soluções para o Futuro” que dominou as Jornadas Empresariais no ano passado, segue-se o tema “ A Iniciativa”. A organização do evento está a cargo da Publihappening.

DESAFIO GLOBAL SOMA PRÉMIOS A Desafio Global ativism, agência especialista em corporate events do sistema ativism, juntou mais dois prémios ao seu curriculum. Venceu o Prémio Marketeer na categoria de Eventos e Entretenimento, e o Prémio Meios & Publicidade para Melhor Agência de Eventos. “A Desafio Global (DG) ativism procura responder às necessidades dos seus clientes rompendo com o convencional, desde o desenvolvimento da identidade, até à cenografia do evento.

A introdução de novas tecnologias e de novos conceitos é uma das grandes preocupações da DG. O mapeamento de vídeo, projecção fulldome, mesas com base LED e por exemplo uma mesa palco, com 50 metros de comprimento e 2,50 metros de largura, que utilizava 20 projecções para o efeito, são alguns dos exemplos utilizados nos eventos da Desafio Global ativism em 2009, que permitiram à nossa agência ser merecedora destes prémios”, explica Pedro Rodrigues, coordenador da empresa.

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DOSSIÊ TEMÁTICO

É TUDO UMA QUESTÃO DE MOTIVAÇÃO Ana Rocha

“Todos vocês vão morrer”. É assim que se dirige o CEO da Seagate Technology aos 200 colaboradores seleccionados para uma acção de team building na Nova Zelândia. E diz isto com um ar de muito poucos amigos. A audiência, formada por engenheiros, doutores, MBAs, confiantes e habituados a terem o controlo das situações vão ser postos à prova numa aventura de 40 quilómetros no Lago Wakatipu, na Nova Zelândia. O que Bill Watkins quer é abrir os horizontes destas pessoas, ajudá-las a ser mais cooperantes, orientadas para o grupo, saber quais são as suas prioridades. Todos eles vão morrer... um dia... diz Watkins, é preciso que percebam o que querem da vida e mudar os seus comportamentos. A Seagate Tecnology gasta todos os anos 2 milhões de dólares nos seus eventos de motivação, conta uma reportagem da CNN, será que este investimento e o investimento feito nas acções de motivação tem retorno?

CLARIFICAÇÃO DE Jorge Araújo

Oliver Rohrich

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CONCEITOS Antes de mais nada é preciso clarificar conceitos. Se bem que motivação seja a base de todos eles, uma coisa são eventos (acções) de motivação, outra diferente são incentivos. Incentivos servem para premiar - e com isso motivar, levantar a moral, inspirar - por exemplo os melhores colaboradores, clientes, fornecedores, etc. É uma demonstração de reconhecimento e de valorização, de uma outra forma que não monetária. O incentivo, na sua essência, permite a possibilidade de desfrutar de uma série de actividades de outra forma quase inacessíveis, como uma viagem de luxo, um jantar num local impensável, uma experiência única. Já as acções de motivação e de team building centram-se no melhoramento da performance da equipa, através de actividades de dinâmica de grupos, acções formatadas para trabalhar o espírito de grupo, a comunicação, gestão de conflitos, as capacidades de

liderança. São feitas fora do ambiente de trabalho, indoor ou outdoor. Uma acção destas não cumprirá todos os objectivos se for isolada. É destas acções que vamos tratar neste dossiê temático.

NÃO É FÁCIL TRABALHAR EM EQUIPA... No entanto é do bom funcionamento das equipas que depende o sucesso das empresas. Jorge Araújo, antigo técnico de basquetebol e director da TeamWork, empresa que actua no domínio da motivação, escreve no livro “Trabalho em Equipa” uma frase que pode resumir a dificuldade de trabalhar estas áreas, “por um lado, somos uns inveterados egoístas, pelo outro, temos o desejo constante de


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fazer parte de um colectivo que nos complemente e dê espaço quanto baste para, através dele, também nos afirmarmos individualmente”. Esse colectivo precisa de estar motivado para funcionar em alto rendimento. O trabalho que a TeamWork desenvolve com os quadros e equipas das empresas é “procurar torná-los o mais possível emocionalmente convincentes”, explica Jorge Araújo em entrevista à Festas&Eventos. Da experiência como treinador profissional percebeu, rapidamente, que os quadros das empresas precisavam de treino. E é neste método que assenta o trabalho da TeamWork. A diferença entre treinar uma equipa de basquetebol e uma empresa não é nenhuma, refere o especialista, “é preciso acompanhar, orientar, dar feedback, ajudar a reflectir”. Aliás a grande mensagem de Jorge Araújo é a de que o líder deve cada vez mais intervir como treinador, “um treinador melhora as competências das pessoas que dirige, tem a percepção de que quem joga são os jogadores”. O processo da TeamWork desenrola-se da seguinte forma: é feito um diagnóstico de necessidades, depois é encetado um plano de acção, com um conjunto de intervenções espaçadas no tempo. São feitos follow-ups periódicos e entretanto é acompanhado à distância tudo o que vai acontecendo.

E É POSSÍVEL MOTIVAR QUALQUER EQUIPA? Oliver Rohrich, um dos autores do livro “Gestão Emocional de Equipas” acredita que sim, “motivar para nós significa criar as condições para que cada elemento da equipa se auto-motive”. No entanto a forma como cada pessoa se motiva é naturalmente diferente e por isso o líder tem de ter um conhecimento profundo de cada elemento

do grupo, “esta observação pressupõe um conhecimento individual, na esfera profissional – o desempenho (as suas aptidões, vocações, o que realiza melhor e o que deve melhorar, o que gosta mais de fazer e aquilo que faz com menos gosto) e na esfera pessoal (a sua personalidade, os gostos pessoais, a forma como reage a determinadas situações, as suas crenças, os seus valores, os seus interesses, passatempos), explica o autor à Festas&Eventos. “Todos somos motivados e motiváveis, aquilo que os investigadores descobriram é que às vezes o enquadramento em que trabalhamos não nos motiva”, refere o ex-técnico de basquetebol. Para Jorge Araújo a gestão da motivação nas pessoas é muito simples na teoria e complicada na prática, “na teoria é assim: estas são as regras, estas são as atitudes e comportamentos que se devem ter, vou observar e acompanhar. Se as atitudes são correctas, eu reconheço e distingo. Com isto gere-se o empenho das pessoas”. Parece, de facto, simples. Mas porque é que não acontece isto sempre? “Porque custa a quem lidera muitas horas de acompanhamento, muito esforço e desprendimento”, responde o especialista. O dinheiro é, naturalmente, uma componente importante da motivação, mas não é tudo, existem outros factores, conforme explica Ana Rocha, co-autora da obra “Gestão Emocional de Equipas” à Festas&Eventos, “esses factores estão relacionados com necessidades intrínsecas, tais como identificação, aprendizagem, autonomia, desenvolvimento, desafio, reconhecimento e progressão”. “Somos seres emocionais”, justifica Jorge Araújo, “e reagimos sempre primeiro emocionalmente e só depois é que introduzimos o lado racional”. É esta gestão de emoções que é trabalhada nas acções de motivação. E não é só com uma acção que qualquer problema fica resolvido, “treino subentende continuidade e acompanhamento”, refere o ex-treinador.

A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA “Uma chefia, um líder, muitas vezes mais do que pelo saber, é pelo impacto comunicacional que tem nas pessoas que está a dirigir que consegue extrair e potenciar neles as emoções”, refere Jorge Araújo, daí que a questão da comunicação nas empresas seja de suma importância, sobretudo a “comunicação emocionalmente convincente”. O líder deve participar sempre nas acções de motivação, mas isso nem sempre acontece. “Cada vez mais a percepção vai sendo a de que não faz muito sentido treinar a equipa e não treinar a liderança”, adianta o especialista, ressalvando no entanto que por vezes é mais adequado treinar a liderança em separado. Há uma ideia que é clara, “liderança e equipa são um todo”.

COMO MEDIR O RETORNO? Uma das questões mais colocadas pelas empresas é a de saber de que maneira pode ser avaliado o retorno de uma acção de motivação. “Esse é o grande drama da formação comportamental porque não é mensurável em números, é em comportamentos e reacções que, obviamente, vão produzir melhores resultados”, adianta Jorge Araújo. O especialista refere, no entanto, que hoje em dia, pela observação é possível ver diferenças palpáveis, “num dos últimos trabalhos que fizemos recebemos um feedback de que reuniões de duas ou três horas, passaram a durar 45 minutos, e que são igualmente eficazes, mais profundas e melhor organizadas”.

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DOSSIÊ TEMÁTICO

CRISE ECONÓMICA: AINDA MAIS IMPORTANTE TER EQUIPAS MOTIVADAS Como explica Ana Rocha, os resultados económicos advêm de vários factores, inclusivamente o capital humano, “quanto mais sustentado for o processo de motivação da equipa mais bem preparada ela está para lidar com as adversidades do exterior”. Jorge Araújo é da opinião de que em crise as carências das equipas vêm mais ao de cima. Mas com os problemas económicos actuais é natural pensar que possa existir algum desinvestimento dos clientes nas acções de motivação. Jorge Araújo não está a notar esse desinvestimento, “até diria que os primeiros meses do ano estão a dizer é que há claramente um foco na área comportamental”. A importância destas acções de formação comportamental é grande em tempos de crise, “uma instável situação de tesouraria é possível resolver com uma equipa muito mobilizada e empenhada e jamais vai ser resolvida com uma equipa desestabilizada, pouco empenhada, e muito pouco crente de que é possível resolver o problema”.

MERCADO: ALGUMAS BOAS EMPRESAS “Acreditamos que existem empresas excelentes no mercado no que respeita a team building e outras com enorme potencial”, refere Oliver Rohrich. Jorge Araújo concorda com o facto de existirem empresas de grande qualidade no nosso país, no entanto vê com alguma preocupação a confusão em torno do conceito de team building. “Um team building em que se junta as pessoas todas, numa acção divertida,

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dali não sai reflexão nenhuma, não há transferência para a realidade da vida das empresas e principalmente não há a ideia de treino”, explica. Mas o team building está de facto muito conotado com a ideia de lúdico. E o mercado apresenta empresas que correpondem a estas duas realidades tão diferentes: o team building focado na ideia do lúdico, e outro vocacionado para o treino comportamental. Em termos das tendências actuais de dinâmicas de grupo, segundo Jorge Araújo nos últimos anos há muitas solicitações na área da comunicação, da motivação e da superação, “continua a trabalhar-se a liderança, o trabalho em equipa, mas cada vez mais há uma exigência grande no que respeita às questões da comunicação com eficácia e às questões da motivação.” O indoor têm ganho recentemente mais expressão, explica o director da TeamWork, “porque o oudoor ficou muito marcado pelo divertimento, “as empresas associam o outdoor ao lúdico e não ao treino comportamental”. Em relação aos clientes destas acções, encontram-se lógicas empresariais diferentes, “tanto encontramos empresas que só se preocupam com team building em determinadas situações ou momentos, como existem outras que assumem o team building como um dos pilares da sua estrutura”, refere Oliver Rohrich. O especialista é de opinião que as segundas estão mais bem preparadas e têm maior probabilidade de atingir melhores resultados.

MOURINHO: UM LÍDER ESPECIAL? Se fizermos o exercício de pensar num líder nato, a páginas tantas, o nome de José Mourinho vai, provavelmente, atravessar os nossos pensamentos. Não é raro lermos ou ouvirmos elogiar as capacidades de motivação e de liderança do técnico português. Fomos saber junto de Luís Lourenço, biógrafo

de José Mourinho, os segredos da liderança do treinador. “Não julgo que se possa falar num factor essencial para justificar o sucesso de José Mourinho”, refere Luís Lourenço mas em vários factores interligados. “Um dos ‘segredos’ é a forma como trabalha, em que nada é descontextualizado e tudo está em interligação”, conta o co-autor dos livros de José Mourinho, que explica que ele desenvolve a noção de que a “vedeta” é grupo/equipa e não um determinado jogador. Luís Lourenço destaca ainda alguns traços de personalidade “a empatia que sempre consegue gerar com os elementos da sua equipa e a sua capacidade motivadora. Por isso se diz constantemente que Mourinho transforma jogadores normais em super jogadores e equipas normais em super equipas”. E os resultados desportivos do treinador, que todos nós conhecemos, devem-se em grande parte à sua capacidade motivadora, acredita o biógrafo. Mas afinal, esta capacidade de motivação vem de onde? “Justamente tem de partir do próprio líder, da sua maneira de ser, do seu interior, e Mourinho é um homem com uma motivação interior enorme, como poucos que eu tenho conhecido. Ele acredita sempre que pode, que consegue, que vai ganhar”, explica Luís Lourenço. Enquanto observador e estudioso da figura de José Mourinho, Luís Lourenço foi contagiado pelos métodos do treinador, “acredito muito na ‘liderança através de exemplos’, ou seja, que é através dos (bons) exemplos do líder que os seus seguidores conseguem, também eles, chegar a patamares de excelência com resultados excepcionais”. Os métodos de Mourinho podem ser aplicados ao mundo empresarial, porque quer no desporto, quer nas empresas, trata-se do domínio humano, mas esta aplicação deve


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contar “sempre com a marca, o cunho pessoal do líder dessa organização”, esclarece Luís Lourenço. “O modelo Mourinho é, por maioria de razão, um modelo feito e destinado a homens em grupo. Falamos, assim, de uma multiplicidade de factores – liderança, motivação, superação, empatia, emoções, etc. – que se convertem em estratégias de sucesso que têm atingido, ao longo dos anos, resultados excepcionais”, conclui. Este método pode ser conhecido no livro “Liderança-As lições de Mourinho”, de Luís Lourenço e Fernando Ilharco. Há também uma empresa portuguesa, a SFORI, que aplica o método de Mourinho numa acção de team builing. O evento chama-se justamente “Special One Special Team”. Cláudia Coutinho de Sousa

A PESSOA MAIS MOTIVADORA DE PORTUGAL... É Adélia Carvalho, directora-geral do Bairro Alto Hotel e foi eleita numa iniciativa promovida pelo ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa) e pela empresa Adecco (ver artigo de opinião da página seguinte). “Quisemos incutir nos portugueses um espírito mais positivo e reconhecer as pessoas mais motivadoras de Portugal”, explica Ana Rocha, um dos rostos da iniciativa. Através do site www.motivaccao.com, qualquer pessoa podia inscrever o chefe ou alguém que considerasse ser muito motivador. Os nomeados tiveram que superar uma série de fases, a última das quais fazer um discurso motivacional perante um júri constituído por Daniel Sampaio, Professor Catedrático de Psiquiatria, Isabel Jonet, Presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, António Câmara, CEO da YDreams, Pedro Moreira, Presidente do Conselho de Administração da OPART – entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado, e Tomaz Morais, Director Técnico da Federação Portuguesa de Rugby. “O que mais nos surpreendeu foi que os prémios foram atribuídos numa proporção de 3 mulheres para 4 premiados. Numa cultura em que a grande maioria dos top managers são homens, neste concurso venceram as mulheres. Podemos antever um novo caminho no futuro”, conclui Ana Rocha.

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OPINIテグ

Adテゥlia Carvalho Directora do Bairro Alto Hotel

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MOTIVAR É APRENDER! Assiste-se, actualmente, a padrões de avaliação e técnicas necessárias ao sucesso de uma empresa, diferentes dos que existiam há alguns anos atrás. O conceito de qualidade alterou-se em certa parte, e com ele as tendências. O conforto e o “mimo” é hoje algo a que o cliente dá valor. Numa era em que a agitação é muita, ganha importância ter alguém que nos proporcione aquilo que queremos e gostamos e que, por vezes, por falta de tempo não conseguimos fazer acontecer. Há outros indicadores que se mantêm inalteráveis, como a qualidade do produto, a sua relação com o preço, funcionalidade e grau de aceitação no seu público-alvo face ao sector em questão, contudo hoje em dia, além de todos esses componentes é essencial proporcionar experiências e sensações agradáveis que perdurem na memória de cada um. A motivação surge hoje com um papel muito importante, aplicando-se no nosso quotidiano e em todas as áreas de negócio, sendo transversal no seu perfil.

Ter os líderes e as suas equipas de trabalho motivadas é o caminho certo para o sucesso. A carreira profissional que cada um pretende desenvolver e alcançar como líder, e a nossa própria vida, são uma aprendizagem contínua. E motivar é aprender! Eu defendo que a motivação pode ser inata e que cada pessoa se motiva de

forma diferente. No entanto, há uma base comum indispensável, composta por vários factores; a atenção para com o outro, ouvir, acompanhar a evolução pessoal e profissional de cada um e estar disponível para ensinar e receber opiniões, pode ser o segredo de um bom motivador! Muitas vezes, um simples sorriso – motiva! A comunicação fluente e a clareza total na apresentação dos objectivos propostos, são pilares fundamentais para um bom retorno e excelente resultado das acções pretendidas.

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OPINIÃO . Motivar é aprender!, por Adélia Carvalho

Numa fase em que a economia a nível global não acompanha elevados níveis de produtividade e de rentabilidade financeira, as A motivação é contagiante, agrupa as pessoas e forma equipas consistentes. E, como já há muito vem sendo provado, o sucesso de uma equipa é a valorização do seu trabalho como um todo, cujo impacto é enorme e perdura ao longo do tempo. O cenário propício para bons desempenhos, passa por transmitir segurança, fortalecer as iniciativas em prol de uma evolução saudável e constante; dar e receber bom feedback do que se comunica; demonstrar confiança a quem se relaciona connosco e dotar-nos de uma boa auto-estima, que seja fundamentada na credibilidade e realidade dos vários patamares de sucesso que vamos construindo ao longo da nossa formação pessoal, académica e profissional. A motivação passa por vários níveis e etapas, ou seja, depende do indivíduo e público a que se destina, bem como da fase pessoal e profissional em que cada um se encontra. Os objectivos diferem de pessoa para pessoa, e vão evoluindo para patamares diferentes, conforme o desenvolvimento e experiências que cada um vai passando e assimilando ao longo de todo o seu percurso.

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avaliações de mérito podem pautar-se por outros métodos de recompensa que não somente os prémios monetários, correspondentes ao bom desempenho de um profissional. Em determinados casos, a possibilidade de formação dada pela empresa poderá elevar em grande escala a motivação dos seus colaboradores, proporcionando-lhes maiores capacidades académicas, que de outra forma, não seriam possíveis. Possibilitar aos colaboradores “crosstraining”para experienciarem outras realidades, em outros departamentos que se complementam com a sua área, dentro da própria empresa ou mesmo fora do país (em muitos casos, existe essa possibilidade), enriquece a cultura dos mesmos, proporciona-‑lhes maior capacidade de raciocinio, visão, comunicação e adaptabilidade. São temas cruciais, que devem estar patentes na era actual, e que, ao serem necessários, devido aos tempos de mudança de ideais que se fazem sentir, quer seja impulsionada por

razões económico-sociais, directrizes internas, imposições politicas internacionais, etc.… , podem ditar o futuro de qualquer empresa ou instituição. Particularmente, considero muito enriquecedor o facto de um líder poder aconselhar, acompanhar e gerir a carreira dos profissionais com os quais se vai cruzando, sendo em grande parte essa motivação responsável pelo seu percurso e também pelo seu sucesso. A motivação pode ser recíproca, saber direccionar e posicionar os recursos humanos de cada um, potenciando as suas maiores virtudes, traduzindo-as na sua aplicação em elevados níveis de satisfação… é sinónimo de eficácia e bom desempenho ao nível da gestão. Gerir com gosto, executar com dedicação e ter objectivos estimulantes que nos confiram um desafio constante aos nossos níveis de desempenho, traduz-‑se num enorme prazer, por tudo o que concretizamos. No caso concreto da hotelaria e turismo, o “servir” com paixão e motivação torna-se uma verdadeira Arte!


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OPINIテグ

Alexandre Real Director da SFORI

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MOTIVAÇÃO DE EQUIPAS A motivação de equipas é, sem dúvida, um dos grandes desafios da actualidade, neste artigo gostaria de partilhar três perspectivas que são fundamentais para motivar uma equipa e manter padrões de elevado desempenho. Primeiramente abordaremos o que motiva as equipas, depois a motivação como impulsionadora e responsável por uma equipa produtiva e enérgica e, por fim, o que mantém uma equipa duradouramente motivada. O QUE MOTIVA AS

1. Fomentar o respeito mútuo pelas aptidões de

EQUIPAS?

todos os membros das equipas.

Segundo Richard E. Clark em Performance Improvement: As equipas, tal como os indivíduos, são motivadas por tudo aquilo em que se acredita poder ajudar a atingir os seus mais importantes objectivos. Ainda assim, as equipas devem também partilhar algumas crenças colectivas se quiserem ter sucesso. O papel dos gestores e líderes de equipas (ou elementos das equipas, nas equipas sem líder) é atingir cinco objectivos motivacionais:

2. Ajudar os elementos mais fracos das equipas a acreditarem que os seus esforços são vitais para o sucesso das equipas. 3. Apoiar uma crença partilhada nas capacidades cooperativas da equipa. 4. Tornar os elementos das equipas responsáveis pelos seus contributos para o esforço da equipa. 5. Dirigir o espírito competitivo da equipa para fora da equipa e da empresa. www.festaseeventos.net


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OPINIÃO . Motivação de equipas, por Alexandre Real

A MOTIVAÇÃO COMO IMPULSIONADORA DA PRODUTIVIDADE Segundo Chris Devany, manter as equipas motivadas é sempre um desafio. Aqui está uma lista “Top10” dos métodos para manter as nossas equipas enérgicas e a desempenhar bem: 1. Todos os colaboradores querem que se lhes pergunte a sua opinião de vez em quando. Pergunte aos elementos da equipa o que os motiva e inspira, o que acham que funciona bem e o que a equipa poderia fazer para desempenhar melhor. Não faça perguntas só por fazer. Ignorar os seus pensamentos é ainda mais ineficiente e desencorajador do que nunca lhes perguntar nada sobre as suas necessidades. 2. Use técnicas activas de audição – supervisionar, parafrasear, tomar notas e responder com afirmações sintéticas e assertivas – para obter o input da equipa. 3. Reaja rapidamente ao input para estabelecer e confirmar a reacção padrão que espera da sua equipa. 4. Faça perguntas mais significativas e aprofundadas sobre os elementos das suas equipas, de forma a, não só controlar melhor as conversações, mas também a gerir mais eficientemente. Aborde a sua equipa, dando-‑lhe permissão para o abordar a si em reacção. Irão agradecer-lhe e respeitá-‑lo mais como gestor quando molda os comportamentos que espera deles e lhes dá a oportunidade para praticarem esses comportamentos como reacção.

5. Exija continuadamente o melhor da sua equipa e de si. Ao fazê-lo, estará não só a desafiar-se a si mesmo a melhorar, mas está também a moldar a atitude de “melhoria contínua” que pretende implementar na sua equipa. 6. Peça à sua equipa para desenvolver uma lista das três maiores prioridades que gostaria de ver alcançadas no curto prazo e ao longo do próximo ano. Isto irá proporcionar-lhe a autoridade precisa para ajudá-lo a interagir com eles, um verdadeiro sinal de coesão de equipa. 7. Pergunte aos clientes o que você e a sua equipa poderiam fazer melhor. Partilhe respostas com a sua equipa e estabeleça uma estratégia de colaboração para melhorar a satisfação do cliente. 8. Pergunte aos gestores o que você e a sua equipa fazem bem e onde necessitam melhorar. Partilhe as suas respostas, ou, melhor ainda, aplique uma abordagem colectiva de equipa, e convide os gestores a facilitar uma reunião de equipa. 9. Leia e discuta o conhecimento das fontes externas, incluindo publicações de indústrias como o Journal of Property Management e de negócios em geral como a Fortune, Forbes, Business Week e o The Wall Street Journal. Partilhe artigos que dêem que pensar e discuta-os com a sua equipa. 10. Pergunte aos elementos das equipas o que eles gostariam que você mudasse na maneira como, na equipa, se fazem as coisas. Registe as respostas e faça delas a sua prioridade número um. Eles respeitá-lo-ão ainda mais e responderão ainda mais depressa aos seus pedidos.

PERFORMANCE E RESULTADOS = COESÃO DURADOURA DE UMA EQUIPA Muitas vezes pensamos em obter mais e melhores resultados... Logo de seguida investimos em acções internas de coesão... Mas o que está cientificamente comprovado é que o que mais influencia a coesão de uma equipa são os seus resultados e performance. Resumindo:

Tendencialmente uma equipa com bons resultados é uma equipa coesa, duradouramente. Já sem performance teremos pouca coesão... É a performance que conduz à motivação e coesão duradoura de uma equipa e não a coesão que nos traz mais e melhores resultados.

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GRANDE ENTREVISTA

Tomaz Morais

Responsável técnico da Federação Portuguesa de Rugby

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“A MENSAGEM QUE PASSO É PURA” É difícil, mesmo para os mais distraídos, não fazer uma associação imediata entre rugby e o nome de Tomaz Morais, nascido no Lobito, Angola, a 6 de Abril de 1970. Antigo jogador - em 1996, uma hérnia discal impediu-o de continuar a jogar -, e actual treinador de rugby, foi o seleccionador nacional de râguebi, desde Setembro de 2001 até Março de 2010, data em que assumiu a função de responsável técnico da Federação Portuguesa de Rugby. Tendo alcançado os maiores sucessos internacionais de sempre da modalidade, culminando com o apuramento para a fase de grupos do Mundial de 2007, foi nomeado para melhor treinador do mundo em 2004. Para nós, constitui o exemplo de alguém que trata a motivação por tu. Que recordações guarda do período em que a sua família saiu de Angola? Foram momentos difíceis, que corresponderam a uma mudança familiar radical. De um momento para o outro, todo um conjunto de situações que estavam criadas em Angola foram perdidas. O meu pai era administrador de uma companhia petrolífera e quando chegou cá decidiu abrir em Carcavelos um pronto-a-comer,

algo que na altura era uma novidade. Todas essas mudanças mexeram com a família. Passou-se para um patamar de subsistência, sobrevivência até, mas depressa as coisas se recompuseram e entramos na vida normal do quotidiano português. Assim, não sei o que é ser africano, toda a minha juventude é passada aqui. Claro que Angola sempre foi tema de conversa na família. Jamais se conseguiu quebrar essa ligação.

E como surge a relação com o desporto? O meu pai era um desportista, e nós em África éramos sempre incentivados a fazer desporto. Vivíamos muito ao ar livre e daí vem a nossa aptidão para o desporto, que todos nós, eu e os meus irmãos, praticámos. Havia três coisas fundamentais na família, que faziam todo o sentido: os estudos, o desporto e a religião. Tudo isso estava interligado.

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GRANDE ENTREVISTA . Tomaz Morais E como surge o rugby? Através do meu irmão Nuno. Ele fazia natação, depois foi convidado para ir para o rugby, para uma equipa de júniores do Dramático de Cascais, e convenceu-me a ir para a equipa de infantis. Tinha uns 8 anos e gostei imenso. Curiosamente, no início o rugby é bom para miúdos que não são muito grandes. São mais rápidos, mais ágeis, e conseguem marcar mais ensaios, o grande objectivo do jogo, e também o mais divertido. O rugby deu-me o espírito de querer sempre mais. Assim como o espírito de amizade muito grande que se criava entre quem estava ligado ao jogo. O rugby tinha para si essa imagem de desporto elitista? Hoje em dia, a maioria dos portugueses identifica o que é o rugby, mesmo que não conheça as regras ou não as perceba. Na altura não, nem toda a gente tinha a facilidade de chegar a uma equipa de rugby. Eu era um miúdo e os jogos de miúdos disputavam-se por regiões. A nossa era a de Lisboa e as equipas jogavam todas no mesmo campo. Quando chegávamos, tínhamos seguramente catorze ou quinze equipas e um sem número de miúdos no campo. Por isso, achávamos que o rugby era um desporto de massas [sorriso]. Ou seja, nós achávamos que o desporto tinha uma dimensão muito maior do que aquela que realmente tinha. E não era só isso, porque quando ia ver os jogos de futebol dos meus amigos só lá estavam duas equipas em campo, e parecia que eles é que praticavam um desporto menos popular [risos]. Bom, depois a dimensão do convívio era muito maior no rugby do que no futebol... Finalmente, com onze, doze anos comecei a perceber que o rugby era afinal jogado por uma minoria, e percebi que estava numa missão, ajudar a que esse jogo fosse conhecido por muita gente.

Como é que explica esse relativo confinamento do rugby? É um jogo que precisa de condições estruturais. Que condições? Portugal é um país pequeno, mesmo em termos de dimensão desportiva, não temos nenhuma cidade de alto rendimento desportivo, por exemplo. E o rugby, para se poder desenvolver e chegar às massas, precisa de campos de jogo, de treino. Uma alternativa é jogar em campos de futebol, só que isso levanta o problema dos horários. No nosso caso, em Cascais, primeiro jogava-se o futebol e a seguir ao futebol entrava o rugby. Os nossos não eram os horários nobres, portanto. Eram os horários em que os pais não querem que os meninos joguem. Eu comecei a jogar num campo pelado - hoje felizmente é proibido -, mas a jogar em campos pelados só ficava quem gostava mesmo, quem tinha paixão. As coisas evoluíram muito, desde então. Com a melhoria das condições técnicas, a formação de treinadores, de árbitros, a própria qualidade dos jogadores, a mudança de mentalidade, houve um grande boom que acaba por culminar com o Mundial de 2007. Mas sem campos não se joga, é isso? Sem um hectare e meio não há rugby e neste país dar um hectare e meio para o desporto é um crime. Estou a ser algo fatalista, mas é verdade. O rugby está sempre limitado no seu crescimento. Ou consegue uma congregação de esforços com espaços de outras modalidades, ou então vai estar sempre com dificuldades. Só uma política de desenvolvimento desportivo global poderá também ajudar a suportar o crescimento do rugby. Muito tem feito a modalidade, e com pouco, servindo de modelo para outras.

É verdade que estamos limitados por razões físicas, morfológicas dos nossos atletas? Somos um povo pequeno, é verdade. Mas os nossos jogadores estão a ser mais bem trabalhados no campo físico, e estamos a aproximar-nos de patamares a que nunca pensamos chegar. Sou um defensor de que o nosso rugby não tem que seguir um modelo físico, porque se o fizer vamos perder as qualidades que temos. Por isso também, em termos físicos, o jogador português está mais talhado para os jogos de Sevens*. A presença no campeonato do Mundo de 2007 foi um acto isolado? Não, eu sempre disse que marcou uma página fortíssima na história do rugby nacional, que deixou de ser visto como um jogo de alguns para alguns, mas como um jogo que pode ser jogado por todos e chegou à maioria dos portugueses. Se não chegou com um jogo completo chegou com imagens, se não chegou com as imagens de patriotismo, de alma, pelo menos a palavra rugby entrou na casa dos portugueses, coisa que nunca tinha acontecido. Passados três anos atingimos o maior número de praticantes que alguma vez tivemos, com mais de cinco mil, temos mais clubes do que alguma vez tivemos, 418 treinadores com formação. Tudo isso se deveu à exposição mediática que o Campeonato do Mundo trouxe, e à participação da equipa nesse campeonato. Foi claramente um marco. O que determinou essa empatia entre a equipa e o resto dos portugueses? As pessoas não estavam à espera de ver uma equipa totalmente amadora, com três meses de preparação, chegar ao campeonato do mundo e vender tão

* NR – Variante de rugby jogada apenas com sete jogadores, ao contrário dos habituais quinze.

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caro o jogo como vendeu aos adversários, a lutar por cada situação com tudo o que tinha. Bastava ver o alinhamento para os hinos nacionais, uma equipa pequenina ao lado de gigantes. Mas a forma como cada jogador se entregou ao jogo, a forma colectiva como a equipa jogou, a paixão que pôs em cada acção, foi isso que engrandeceu os portugueses. Uma atitude que não se estava habituado a ver, e começava logo no próprio hino. A forma como os jogadores sentiam que o compromisso de ir para dentro do campo era “estou a viver este momento como se não houvesse mais nenhum”. Como é possível atingir esses níveis de motivação? A motivação é muito mais do que um conceito teórico. Nem é uma questão só psicológica. É muito emocional, revelase no aspecto físico. Uma pessoa às

vezes não está nas melhores condições, até pode estar doente, mas quando está muito motivada para uma tarefa ultrapassa tudo isso. A manifestação da motivação é algo que é muito próprio, ímpar, manifesta-se em cada pessoa sempre de forma diferente. Quando dizemos, “Aquela equipa está muito motivada”, é falso. Elementos daquela equipa estão muito motivados. O somatório da motivação dos elementos de cada equipa dá uma motivação colectiva extraordinária. Para mim a motivação não é mais do que atingir um conjunto de necessidades, coisas que queremos, de que gostamos. Só estamos motivados quando estamos apaixonados, caso contrário só o estamos se sentirmos que estamos a ter a oportunidade de revelar as nossas capacidades. Caso contrário, pode vir alguém com uma óptima conversa motivacional, nós gostamos, aplaudimos, mas toca-nos de um modo

superficial. Estar motivado é conseguirmos revelar as nossas capacidades a todo o momento e estarmos satisfeitos com o produto do nosso trabalho. Isso para mim é motivação, parte de dentro de cada um. Há pessoas que naturalmente estão muito motivadas para o desempenho de qualquer tarefa. Como há pessoas que estão muito motivadas para aquilo de que realmente gostam, e pouco motivadas para aquilo de que não gostam. Qual é então o papel do líder? Ao treinador, ao director, ao chefe, compete passar uma motivação extra, compete regular essa própria motivação, elevá-la. A motivação está com a pessoa, é muito complicado alguém vir de fora e trazer aquela pessoa para cima. Pode é elevar os níveis motivacionais e um bom motivador sabe fazer isso. Como é que as pessoas se motivam PUB

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GRANDE ENTREVISTA . Tomaz Morais na prática? Com exemplos. A melhor forma de motivar alguém, muito mais do que através de conceitos teóricos, é estar com alguém que dê um exemplo prático. Por que é que o nosso seleccionador de futebol levou lá o [alpinista] João Garcia? Na selecção de rugby há 10 anos que fazemos isso. Levamos até ao grupo outros atletas nacionais e estrangeiros, pessoas de outras áreas, para se ver que o nosso exemplo não é o único. Há outras pessoas que conseguiram superar, vencer adversidades. Isto tudo é muito dinâmico, muda também consoante os resultados. Quando os atingimos ficamos altamente motivados, quando não existe sempre um momento de desmotivação. Como definiria o seu papel, enquanto motivador de uma equipa? Tenho que os inspirar, conhecer, de forma a poder tirar o melhor de cada um. E se fizer isso estou a motivá-los. Compete-me fazê-los acreditar em objectivos, situações em que eles se calhar não acreditavam. E só posso fazer acreditar se acreditar primeiro. Transmite-se motivação na vivência diária, em pequenos detalhes, pequenos exemplos. A sua carreira como jogador foi interrompida de um modo dramático. Teve uma lesão... Andei sempre à procura das minhas próprias motivações. Quando os outros achavam que era difícil eu achava que era fácil, e vice-versa. Sempre tive essa particularidade. De repente, quando estava no auge da carreira, em termos de rendimento desportivo, tive uma lesão que me afastou daquilo que eu mais gostava de fazer. Tinha 27 anos e ainda muito para dar ao jogo. Depois de ter a notícia de que não podia jogar mais, os dias custavam muito a passar, fazia-me falta o treino. Justamente, motivei-me para que o meu percurso académico fosse na área do treino. Foi uma adversidade que me levou

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a uma motivação completamente diferente, a de ser treinador. Às vezes temos de nos deixar ir atrás das coisas que vão acontecendo, e não nos deixarmos quebrar. E o que o levou a abandonar recentemente o cargo de seleccionador? São dez anos de permanência na selecção, um desgaste enorme, sempre de um lado para o outro, com prejuízo da minha vida familiar. Achei que tinha chegado o momento. A selecção precisava de uma nova voz, um novo elo motivacional, alguém que trouxesse uma motivação diferente aos jogadores. No fundo, estava doido para abraçar um novo projecto. Acabei por aceitar o desafio da Federação para ser Director Técnico, e a única coisa que impus foi a de poder trabalhar directamente no terreno, com os jogadores. Claro que vou ser muito exigente com os treinadores que escolher para treinar a selecção, porque sem exigência não há motivação. Como surgiu a oportunidade de ir às empresas falar da sua experiência desportiva? Surgiu de forma espontânea. Em 2003 tive o convite de uma empresa para fazer uma intervenção sobre trabalho de equipa. Fiz a minha apresentação baseada somente naquilo que penso, e na minha experiência enquanto alguém que é elemento de uma equipa. Senti no final da apresentação que as pessoas tinham ficado boquiabertas. Não percebi se tinha corrido bem ou mal, confesso. Na segunda-feira seguinte o presidente da empresa ligou-me a agradecer a intervenção, que tinha sido uma das melhores que alguma vez tinham tido, e mandou-me os resultados da avaliação da acção, francamente positivos. Em 2004/2005 surgiu a ideia de utilizar o jogo de rugby como uma actividade de trabalho em equipa, e isso era uma forma de também divulgar o rugby. A ideia era criar um jogo que qualquer pessoa

pudesse jogar, com os princípios e valores do rugby, que fosse ao mesmo tempo uma analogia clara àquilo que se passa no balneário deles, o escritório, o ponto de venda, o lugar onde se tomam decisões. Esse jogo foi um sucesso, e comecei a ser convidado para desenvolver dias com empresas. Fazer um trabalho de princípio, meio e fim para desenvolver o espírito de equipa, o trabalho de equipa ou a liderança. Algo que faço sempre com gosto. Sou igual a mim próprio, a mensagem que passo é pura. Coisas encomendadas por uma determinada estrutura, não faço. Mas esse é um trabalho que deve ser continuado, não? Sim. Há empresas em que sou quase o treinador. Para uma delas, por exemplo, criei uma escola de valores. Durante dois anos, uma sexta-feira por mês, havia um tema ligado ao trabalho de equipa que íamos desenvolvendo no terreno, através do rugby e de uma série de actividades diferenciadas. De cada sessão trazíamos um valor. Senti que esse trabalho teve uma dinâmica enorme e ultrapassou todas as expectativas. De resto, tenho vindo a trabalhar com um conjunto de empresas em que marcamos um objectivo, vemos quantas sessões são precisas para atingir esse objectivo e trabalha-se em função disso. É a importância da repetição, do treino? As empresas nunca se podem esquecer de que as coisas são treinadas. Para chegarmos a um pico treinamos muito, mas se deixamos de treinar a queda é vertiginosa. Às vezes fazemos uma acção, convidamos tal pessoa, correu muito bem, toda a gente gostou imenso, mas se aquilo não for treinado, os bons hábitos criados, a motivação originada, os bons exemplos dados, tudo acaba por se perder. Para treinar espírito de equipa é bom sair do nosso habitat, para nos conhecermos melhor, saber se estamos em sintonia uns com os outros,


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até onde vai o nosso compromisso, se há altruísmo naquela estrutura, se os nossos valores estão correctos.

10 PERGUNTAS Figuras do desporto que mais admira? O meu sobrinho Frederico [“Kikas” Morais, campeão de surf] e o meu irmão Nuno.

É preciso abandonar as chamadas zonas de conforto? Justamente, é aí que somos verdadeiramente testados. Onde é que um guarda-redes se sente melhor? Entre os postes. Quando está fora dos postes está desconfortável. Nunca me esqueço de uma senhora de 66 anos que se atirou para dentro de um lago, para dentro de uma canoa como se tivesse 20. Essa senhora é assim no dia-a-dia. Não tem nenhuma função de liderança, era uma líder puramente invisível. Curiosamente, ninguém fazia nada sem lhe perguntar, sem sentir que ela concordava. Está a falar de uma senhora de 66 anos, mas o que se passa é um pouco o contrário, as pessoas mais velhas tendem a ser dispensadas. A experiência é muito importante numa equipa. A experiência dá intuição, algo fundamental para conseguirmos vencer o que quer que seja. A experiência dá-nos competência, conhecimento. Um projecto e uma equipa precisam de experiência por um lado, e irreverência por outro. Concorda com a ideia de que em Portugal faltam boas lideranças?

Figura mais motivadora? A minha família. Conquista que lhe falta alcançar? Estar satisfeito comigo próprio. Clubes da sua vida O Cascais, no rugby, e o Sporting. Vitória mais saborosa? Costumo dizer que a melhor vitória é a última. Mas há duas que marcam, o nosso apuramento para o campeonato do mundo e o facto de termos vencido o campeonato da europa de sevens de 2008 contra o País de Gales. É prática corrente no rugby e nós não tínhamos. Surgiram várias hipóteses e achou-se que o lobo era um animal que caracterizava o espírito do rugby português. À medida dos resultados, os jogadores começaram a rever-se de facto como lobos. Foi uma marca, um símbolo que demorou a ser interiorizado, mas que ficou. Publicou um livro, “Compromisso: Nunca desistir”. É essa a chave de tudo?

Como é que a selecção nacional de rugby assumiu esta alcunha de “Lobos”?

[risos] Quando eu e o Carlos Mendonça o escrevemos, faltava dar-lhe um título. Surgiram muitas ideias, mas achei que aquilo que melhor caracterizava o meu talento, desde sempre, era essa característica de nunca desistir. Tive sempre uma capacidade de persistência além da média. E o grande talento dessa nossa equipa da selecção de rugby era justamente o de não desistir.

Os seniores estavam na campanha para o mundial de 2001 e os dirigente queriam uma alcunha, qualquer coisa.

Rui Luís Romão

Não. Tenho conhecido imensos bons líderes e grandes exemplos. Isso não pode ser tido como um dado adquirido. É como em tudo na vida, há bons e maus. Também nada se faz só com o líder. A responsabilidade começa em cada um de nós.

Lamento maior na carreira Não nos termos qualificado para o mundial de 2011. Evento marcante a que tenha assistido? O campeonato do mundo de 2007. Melhor destino de férias Praia, e ainda não descobri um sítio melhor do que Portugal. Prato favorito Uma boa churrascada. Sítio para viver Estoril e Cascais.

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CASE STUDY

© Jacinto Policarpo

24 HORAS DE ® LOGÍSTICA Aumentar a capacidade de comunicação entre os elementos da equipa, criar laços entre as pessoas facilitando a gestão de conflitos, respeitar mais o trabalho dos outros, criticar construtivamente, aprender a gerir melhor a tensão e o esforço, testar a capacidade de tomar decisões sobretudo em alturas de stress, eis algumas das razões apontadas por António Fernandes, director de Inovação da Luís Simões, para ter voltado com uma equipa desta empresa às 24 Horas de Logística®, ele que foi vencedor da primeira edição, em 2006. Este desafio, exemplo do que pode ser uma acção de team building, foi organizado pela SFORI e pela Logística Moderna, decorrendo em 2010, nos dias 8 e 9 de Maio, na região de Palmela. www.festaseeventos.net


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As 24 Horas de Logística® são um evento formativo criado pela SFORI, “único no panorama logístico europeu”, afirmam os seus responsáveis. Nele apela-se a um constante desafio dos participantes, tendo por base um conjunto de tarefas eminentemente práticas que as equipas vão cumprindo, assumindo diversos papéis. Tudo se passa durante 24 horas ininterruptas, “visando testar tanto a destreza física como intelectual dos participantes, colocando à prova as capacidades relacionais destes, através de desafios alusivos à área da logística e distribuição”.

Alexandre Real, um dos responsáveis da SFORI, explica que o mais delicado é equilibrar todos os aspectos que importa incorporar numa iniciativa deste género. Desde o uso das tecnologias ao contacto com a cadeia de abastecimento de uma empresa em concreto, da sustentabilidade ou do conhecimento da região onde se desenrola a prova até à superação de barreiras psicológicas, emocionais e físicas, tudo importa para que os resultados sejam obtidos. E o objectivo maior é tornar cada um dos participantes mais capaz de trabalhar em grupo, respondendo aos desafios de uma actividade extremamente exigente, vital na organização das sociedades. Ao longo das 24 horas de duração do evento os participantes são acompanhados por observadores que analisam o desempenho e as dinâmicas comportamentais de cada um e das respectivas equipas, sobretudo quando confrontadas com situações críticas que impliquem decisões ao nível da gestão do grupo, do tempo, do stress, da comunicação, da liderança e dos conflitos. Domingos Mira, com formação na área da engenharia e gestão industrial é um destes observadores. “Estamos atentos às atitudes, à linguagem verbal e não verbal, tentamos perceber as dinâmicas que se estabelecem dentro de cada equipa, e tudo isso é registado por nós recorrendo a uma grelha, o que uniformiza os elementos avaliados e a forma como são pontuados”, explica.

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CASE STUDY . 24 Horas de Logística

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O CORPO É QUE PAGA O contexto real criado em redor deste evento pedagógico testou, entre outras, a capacidade de resistência física e psicológica dos concorrentes. De uma maneira geral, todos concordam com o facto de o período mais crítico acontecer entre as três e as seis horas da manhã, quando a melhor maneira de vencer o cansaço, asseguram os que já experimentaram, e por mais surpreendente que possa parecer, consiste em forçar o corpo a uma actividade física. Também por isso a organização previu nada mais nada menos do que quatro provas práticas para este intervalo de tempo, experimentando os limites de resposta dos participantes. Acima de tudo, convém não adormecer. No caso de Pedro Peralta, de uma das equipas da Escola Superior de Ciências Empresariais, do Instituto Politécnico de Setúbal, o mais importante aqui é conseguir transpôr para a prática conceitos e ideias aprendidos nas aulas. Isso e administrar da melhor maneira possível o tempo.

“Com o aumentar da pressão tendemos a avançar sem reflectir, o que nunca deve acontecer porque se cometem mais facilmente erros”, avisa.

Para Ivone Rocha e Gilberto Meira, da Sanitop, o desafio maior consiste em chegar à empresa e implementar os conhecimentos adquiridos durante as 24 Horas de Logística®. “Pelo menos nós que trabalhamos no armazém procuramos fazê-lo, e sim, temos conseguido”, garantem.

© Jacinto Policarpo

Alguns dados sobre a 5ª edição das 24 Horas de Logística®

© Jacinto Policarpo

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Catorze equipas; Setenta participantes; Presentes sete empresas conceituadas na área da logística nacional; Vinte e cinco pessoas envolvidas directamente no apoio às provas, incluindo onze da organização, sete colaboradores externos e sete observadores; Fornecedores contratados para as áreas do som, catering e merchandising.


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QUEM É A SFORI? O nome dos organizadores das 24 Horas de Logística® surge da abreviatura de Strategy For Improvement. Trata-se de uma empresa com sede em Lisboa, especializada em promover o desenvolvimento pessoal e organizacional, recorrendo a eventos formativos e comunicacionais, acções de formação (team building & team bonding), editando manuais técnicos e fazendo consultoria para PME. São os criadores das 24 Horas de Gestão® e de diversas acções de team building, destacandose a “Estratégia Lusitana”, que relaciona dez grandes operações militares portuguesas com o ambiente competitivo empresarial, interpretando essa transposição à luz dos princípios de gestão actuais, e a “Special One Special Team”, inspirada nos métodos de José Mourinho, transpondo-os e adaptando-os a diferentes realidades, fora do contexto do futebol.

Na colaboração é que está o ganho No total foram quase vinte provas em jogo, incluindo um peddy-paper por Palmela, com visita ao Castelo, isto apesar da chuva forte que se fez sentir, insuficiente para quebrar o ânimo dos participantes. Outro dos desafios apresentados consistia em encontrar as quatro caixas que pertenciam a cada uma das equipas. Para isso, os concorrentes tinham que ir até à zona de armazém, pegar numa caixa de cartão fechada e passá-la junto de um leitor de rádio frequência (RFID) que identificava a que equipa ela pertencia. Se fosse deles, tinham que a levar para o destino final. Caso contrário, se não fosse, podiam optar por voltar a colocá-la no armazém ou entregá-la à equipa respectiva. No final, a mensagem dos formadores foi a seguinte: se cada equipa tivesse colaborado com as outras, partilhando entre si as caixas respectivas, todas teriam terminado a prova mais cedo. O que aconteceu foi que algumas terminaram rapidamente e outras levaram bastante tempo a concluir uma tarefa simples. Este é apenas um exemplo do tipo de mensagens que se procura transmitir durante as 24 Horas de Logística®.

Cláudia Coutinho de Sousa

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OPINIテグ

Jorge Padinha Director da Fox Portugal

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OH PLEASE ENTERTAIN ME Senhoras e senhores preparem-se para serem motivados, o entretenimento chegou para vos salvar... Ok, as coisas não são bem assim, mas nos dias que correm se existe algo que todos precisamos é de motivação, venha ela de onde vier e em que formato for. Não querendo discorrer sobre a crise e os efeitos que a mesma tem sobre as nossas empresas e, consequentemente, nas nossas vidas, diariamente deparamo-nos com uma outra “crise”: a da motivação. Subjugados pela força e imparcialidade dos números, e eles nestes dias vêm de todos os lados, vai-se tornando cada vez mais dificil olhar para o lado e encontrar algum motivo para nos regozijarmos e entusiasticamente seguirmos um caminho que não o da auto-comiseração. É aqui que as “luzes, a música e os efeitos especiais” do mundo do entretenimento podem, e devemm ter um papel mais activo, não só pela força e imediatismo que as mesmas têm, mas também pela cada vez maior facilidade que temos em aceder a elas, seja via os canais cabo que todos os dias nos entram pela casa dentro, seja pelo telemóvel que levamos no bolso, ou leitor de mp3 do qual não nos conseguimos separar ou de um qualquer tablet multimédia onde podemos levar todos aqueles livros que não lemos, e se calhar nunca iremos ler, mas que por alguma razão nos sentimos impelidos, quase obrigados a adquirir. É através desta panóplia de

ofertas que vamos tendo que mais facilmente podemos encontrar ferramentas que nos ajudem a motivarmo-nos e/ou a motivarmos os outros. Pensemos por um momento em entretenimento, imediatamente somos levados para um universo paralelo, onde tudo se rege de acordo com os nossos gostos e necessidades, onde existe um princípio meio e fim, e tudo é sempre controlado. Ao longo da nossa vida existem recordações que, por mais anos que passem, irão sempre transportar-nos para momentos e situações, onde numa qualquer altura existiu uma música, um filme, um livro que nos encheu de esperança, que nos motivou ou simplesmente nos emocionou, e que ajudou a transformar alguma coisa. É nesta vertente que o entretenimento se tornou tão fundamental na comunicação.

Nada nos é apresentado que queira ter sucesso, que não venha embrulhado num papel cada vez mais multimedia e cada vez menos decorativo. Os principais cânones da indústria do entretenimento, sim, porque é de uma indústria que se trata - no final de 2011 estima-se (de acordo com a PriceWaterHouseCoopers) que a mesma valha aproximadamente 2 triliões de dólares -, são o de entreter, descontrair, inspirar e, cada vez mais, o de motivar.

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OPINIÃO . O please entertain me, por Jorge Padinha Quando pensamos em motivar, muitas vezes a nossa mente leva-nos a uma sala cheia de pessoas especadas em frente a um orador que tem todas as respostas para as dúvidas e receios que as possam assolar. Quem não se lembra do magnífico filme de Paul Thomas Anderson, Magnolia, onde um orador povoado de dúvidas e incertezas levava uma audiência a seguir cegamente as suas indicações só pela força e veemência das suas palavras. Esta é a força do entretenimento, o de levar as pessoas a debruçarem-se sobre pequenos fragmentos de som ou imagem e encontrar aí algo que as entretenha e disponha a seguir um caminho. A indústria do entretenimento não se quer messiânica, pois não é através dela que se vão encontrar respostas para os problemas com os quais todos os dias lidamos, contudo pode ser com ela que encontremos dicas que simplifiquem e, por vezes, galvanizem o nosso trabalho. Seja sob um formato musical, cinematográfico, ou qualquer outro é cada vez mais nestes meridianos que vamos encontrando fontes de motivação, sejam elas do ponto de vista pessoal ou empresarial. Tomemos o exemplo de Steve Jobs. Na teoria um homem na sua posição teria todos os predicados para ser um executivo cinzento e apenas prepcupado com os números. Daqui a única coisa que é verdade é a segunda opção, ele é claramente preocupado, se não obcecado, com os números. Contudo é muito mais que isso, ele é um dos verdadeiros ícones dos nossos dias. Ouvi-lo a apresentar qualquer que seja o produto, não só nos impele imediatamente a querer “consumi-lo” como acima de tudo nos motiva nessa compra, e porquê? Porque é tudo entertainment! Ou pelo menos grande parte é. Todas as apresentações que ele faz (ou que a Apple leva a cabo) são preparadas com grande antecedência e de forma a precaver qualquer eventualidade, assentes numa plataforma de entretenimento, que por si só já vende o que quer que nos venham apresentar. Num outro lado, que não sendo oposto, www.festaseeventos.net

pode ser também ele complementar, existem dois exemplos que servem na perfeição para exemplificar qual a força que simples fotogramas podem ter na motivação de uma força de trabalho, e que algumas vezes já foram utilizados em seminários, reuniões de trabalho ou sessões de motivação. O primeiro deles é de um filme de 1996, de Cameron Crowe, onde um jovem agente desportivo, num assomo de clarividência, ou loucura como alguns viriam a afirmar, resolve enviar um memorando interno a toda a sua companhia (no decorrer de um seminário motivacional) onde questiona todo o funcionamento e propõe alterações radicais à estrutura e organização da mesma. Depois de ser sumariamente despedido, pela sua (in) sensatez, este mesmo agente deparase com um único cliente a quem não tem nada mais a oferecer que toda a sua disponibilidade. Nesta mesma discussão, ele é levado ao extremo da motivação quando dá por si a gritar a plenos pulmões “Show me the money”. A partir deste momento criou-se um símbolo, quase que arriscava a dizer, cultural (pelo menos nesta década tornou-se num dos seus motes e hoje percebemos bem o porquê), pois toda a força e honestidade do momento não consegue deixar ninguém indiferente e, no mínimo, sem vontade de ir para a rua e angariar o maior número de clientes e dinheiro possível. Outro momento que consegue demonstrar bem a força e carga emocional necessárias para motivar um grupo de pessoas é demonstrado no filme de 1999 de Oliver Stone, Any Given Sunday, onde um treinador de futebol americano, no final do jogo mais importante da época, e da carreira de alguns dos seus jogadores, tenta recuperar a motivação de uma equipa desgastada e pouco crente nas suas qualidades, utilizando para isso toda a sua história de vida alicerçada em desafios em parte falhados, por forma a fazê-los ver que os três minutos que têm à sua frente poderão ser aqueles em que toda a sua história poderá

mudar, bastando para isso acreditarem no bem mais precioso que eles tem: a força de vontade. Imagine-se estes dois momentos num qualquer auditório atirados a um “público” sedento de pistas e podemos facilmente imaginar a galvanização que conseguiremos angariar. Se fosse possível medir os níveis de motivação de cada uma das pessoas que assiste a qualquer uma destas projecções, garantidamente que teriamos uma sala cheia de energia positiva. Com a proliferação e massificação da internet, torna-se cada vez mais fácil e rápido aceder a conteúdos que na perfeição exemplifiquem acções de motivação recorrendo a conteúdos de puro entertenimento, seja um Dr House no meio de todo o seu cinismo a motivar uma horda de médicos e estagiários, seja uma gravação caseira da Beyoncé a dançar e cantar ao som da Whitney Houston como exemplo de perseverança e empenho. Todos os dias vemos a importância desta indústria a aumentar e a ter uma presença mais forte e activa no nosso dia-a-dia, nunca esquecendo o seu papel, e aquele que alimenta a máquina que é o de Entreter. Porém, e como no início escrevia, pode também ser aqui que encontremos ferramentas motivacionais para o nosso trabalho diário, nem que seja apenas pelo escape que esta represente.

Há uns anos atrás Robbie Williams dizia-nos, “Let Me Entertain You”, hoje respondemos-lhe, “Be my guest”.


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OPINIテグ

Luテュs Rasquilha

Vice-presidente da AYR Consulting

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MOTIVAÇÃO? INCENTIVO? ISSO USA-SE? Durante décadas as empresas foram geridas única e exclusivamente com base em rácios, percentuais, taxas e demais indicadores de rentabilidade e crescimento. Enfrentámos uma fase da gestão quantitativa onde as pessoas eram segundas linhas ou prioridades. Uma fase muito industrial e pouco humana. Depois a massa humana ganhou força e o capital do conhecimento galgou barreiras para se afirmar como um driver importante no sucesso das empresas. Gestão das pessoas, humanização e conhecimento alicerçavam o know-how das empresas com o emergir dos serviços e da necessidade de diferenciação. www.festaseeventos.net


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OPINIÃO . Motivação? Incentivo? Isso usa-se?, por Luis Rasquilha Várias respostas são possíveis:

E hoje? Como é que hoje as empresas se posicionam face a esta questão? Existirá verdadeira motivação e incentivo? Não será isso uma política que se pratica diariamente na relação entre colegas, colaboradores e hierarquias? São as pessoas o activo mais importante da empresa? Se fizermos um rápido survey com colaboradores e gestores teremos duas opiniões: os primeiros apontam claramente a importância das pessoas; os segundos ainda que não o digam estão sob a pressão dos números e dos accionistas. E hoje mais do que nunca. Perante este aparente afastamento de opiniões como pode o futuro ser mais risonho e promissor? Uma coisa é certa. As empresas são pessoas! Tudo o resto é sucedâneo ou complementar. Por isso a questão que coloco no título deste artigo assume particular importância e relevância no contexto que vivemos. Motivação? Incentivo? Isso usa-se?

. há quem diga que sim, e talvez sejam essas as empresas que melhor lidam com a nossa actual realidade; . há quem diga que

SIM. Motivação e

talvez e talvez sejam as

incentivo usam-se. E

empresas que possam

se não se usam devem

sobreviver;

usar-se. E já!

. há quem diga que não, porque os mercados não deixam, e talvez sejam empresas que não têm espaço no mercado. Uma coisa é certa: colaboradores desmotivados reflectem empresas perdedoras e votadas ao insucesso. Neste sentido: SIM! Motivação e incentivo são palavras incontornáveis no sucesso das organizações. SIM, é preciso saber que cada colaborador é diferente e que as formas de motivação mudam de pessoa para pessoa e de contexto para contexto. SIM, o sucesso conquista-se quando temos pessoas motivadas, felizes, sorridentes.

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Nunca como agora pessoas motivadas fazem a diferença nos resultados e no sucesso das empresas. E os gestores devem incorporar cada vez mais a vertente humana no seu dia-a-dia de gestão. Ou como dizia o CEO da SAS “95% do activo da minha empresa sai porta fora todos os dias às 18h. A minha função é fazer com que eles queiram voltar”.


REPORTAGEM

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O PAPA EM PORTUGAL

Um dos eventos do ano

Quatro dias, três missas em outras tantas cidades, milhares de pessoas envolvidas, sociedade civil mobilizada... A vinda do Papa a Portugal não foi simplesmente a visita de um Chefe de Estado. A presença do líder religioso mais importante do mundo Ocidental obrigou a enormes medidas de segurança, a uma logística complicada e a um envolvimento humano assinalável. Fomos conhecer algumas vertentes deste grande evento. “FOI UM EVENTO TRANQUILO” Para um católico convicto, fazer parte da equipa organizadora da visita do Papa a Lisboa é, no mínimo, uma experiência única. Bernardo Capucho, da BPositivo, detinha já curriculum na organização de eventos religiosos,

nomeadamente a comemoração dos 25 anos do Pontificado de João Paulo II ou o Terço Vivo no Estádio Nacional, foi por isso com alguma naturalidade que se viu incorporado num comité de quatro pessoas, responsáveis pela organização da visita de Bento XVI à capital. D. Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa, foi o rosto principal desta organização.

Tudo se iniciou em Janeiro, “começamos por fazer um levantamento de todos os intervenientes, e de tudo o que pudesse estar relacionado com a visita”. Nesta altura começam as reuniões diárias com representantes dos serviços de segurança, comerciantes, trânsito, e muitos outros. De referir que, para além da missa no Terreiro do Paço, havia uma série

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REPORTAGEM . O Papa em Portugal

BENFICA CAMPEÃO ATRASA PREPARATIVOS

de eventos paralelos que tinham que ser assegurados por esta organização. Inclusivamente nos dias de montagem do altar havia centenas de pessoas a assistir, pelo que foi necessário providenciar algum bem-estar para esta assistência. Em Março a equipa cresce e surgem sub-equipas de segurança, comunhão, peditório, voluntariado, sacristia e reservas eucarísticas. No dia do evento estavam a trabalhar cerca de 3500 pessoas, incluindo voluntários. Para além da assistência, entre 80 e 100 mil pessoas, estavam acreditados 2000 elementos da comunicação social. Uma das preocupações fundamentais prendia-se com o bem-estar das pessoas que queriam ir trabalhar e que não tinham intenções de assistir à missa.

Alguns números 1000 religiosos 320 casas de banho 3000 voluntários 9000 polícias 2000 jornalistas 6 ecrãs gigantes

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“Procurou minorar-se o mais possível os efeitos do evento, por isso foi necessária grande articulação entre todos, desde forças de segurança e trânsito até aos operadores de transportes”. Os parques de estacionamento em redor da Baixa tinham bilhetes combinados, título de estacionamento e transporte, para quem ia à missa, mas também para quem ia trabalhar. “Não foram encerradas mais ruas do que num outro evento e nem afectados mais recursos do que por exemplo nas Festas da Cidade”, explica o responsável. Para facilitar, foi criado um site da visita do Papa a Lisboa com todas as indicações importantes para os lisboetas.

Havia um plano de contingência para o evento, primeiro devido às obras no Terreiro do Paço, porque embora existissem garantias de que tudo estaria pronto a tempo, a chuva acabou por atrasar os trabalhos. A alternativa poderia ser realizar a missa num estádio de futebol. A segunda preocupação, embora em muito menor escala, era a chuva no dia do evento. “Nada deixaria de ser feito como planeado, no entanto já tínhamos preparado uma bolsa de 3500 guarda-chuvas se fosse necessário”, refere o director da BPositivo. Nos dias anteriores ao evento, a organização teve que lidar com outro imponderável, o Benfica é campeão, o que atrasa por exemplo a decoração no Marquês de Pombal, que fazia parte do percurso por onde o Papa ia passar. Também a recepção da equipa campeã na Câmara Municipal de Lisboa contribuiu para algum atraso nos preparativos. No entanto, “tudo isso foi ultrapassado com muito bom-senso e dedicação”, refere o responsável. O Vaticano reconheceu o trabalho da organização, conta-nos Bernardo Capucho, “deram os parabéns e foram raros os pormenores em que recebemos indicações deles. Sendo uma estrutura voluntária fomos muito profissionais.” Bernardo Capucho considera que foi fácil lidar com um evento destes, uma vez que todas as entidades cooperaram. Em jeito de brincadeira diz, “não é tão diferente de um espectáculo de música, há um artista, um palco, uma multidão, a grande diferença foi a de que a sociedade civil se envolveu no evento e suportou os custos”. A Câmara contribuiu com serviços, nomeadamente limpeza, higiene, polícias municipais, baias, autorizações e licenças. Tudo o resto resultou de contribuições de várias empresas e instituições. O balanço foi “muito bom”.


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SEIXOS DO TEJO INSPIRAM ALTAR PARA O PAPA O desafio chegou à Multilem pela mão do Patriarcado de Lisboa. Tratava-se de conceber o altar em que o Papa haveria de dizer missa, quando o calendário assinalasse 11 de Maio de 2010. A inspiração mais profunda veio da frase de Jesus, “Tu es Petrus, et super hanc petram aedificabo ecclesiam meam” (Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja), mas o designer Jorge Assis descobriu a forma deste altar tão especial num seixo do Tejo, partido ao meio. Pedro Castro, administrador da Multilem, descreve que a consulta surgiu em finais de Janeiro, o projecto foi apresentado no início de Fevereiro e aprovado ainda durante esse mês. Tudo muito rápido, portanto. O local escolhido para a missa de Bento XVI na capital foi o Terreiro do Paço, com o altar colocado sobre a água em pleno Cais das Colunas, estabelecendo assim uma relação com o mar e as missões portuguesas que se espalharam através dele pelo mundo, também com o

intuito de evangelizar outros povos. A base deste altar foi uma tenda convencional, apenas com um formato diferente, explica Pedro Castro. E nele foram incorporadas todas as habituais preocupações da empresa com a sustentabilidade: forro com micas brancas reaproveitáveis, revestimentos de algodão anti-fogo, também reaproveitáveis, uso de lacagem em vez de simples pintura, para garantir melhores acabamentos e maior durabilidade das peças, preocupação de não estragar a calçada onde parte da estrutura ficou assente, reaproveitamento de diversos elementos utilizados, distribuindo-os por várias instituições da Igreja, como no caso da mesa do altar. “Essa mesa foi aliás a única mudança que o Vaticano impôs ao desenho original, porque estava prevista uma forma mais arredondada, mas por razões litúrgicas (que remetem para a mesa da Última Ceia) o tampo teve mesmo que ser rectangular. De resto, aderiram de imediato à nossa

proposta, o que é muito gratificante”, recorda Pedro Castro. Neste projecto a Multilem envolveu cinco designers em permanência, para além da equipa de produção. As montagens começaram a 28 de Abril, a missa aconteceu a 11 de Maio e as desmontagens ficaram concluídas quatro dias mais tarde. Como não poderia deixar de ser, a segurança em torno desta operação foi apertadíssima. “Chegámos a ter reuniões com mais de 150 pessoas”, diz Pedro Castro, “desde a PSP à Protecção Civil, passando pelas Operações Especiais, Bombeiros, representantes dos ministérios com gabinetes no Terreiro do Paço, estava lá toda a gente”. O custo da operação que acolheu Bento XVI em Lisboa rondou os 200 mil euros, de acordo com números divulgados pelo Patriarcado à imprensa. Na memória de muitos, que assistiram no local ou viram pela televisão, para além das palavras do Papa, ficará a imagem do altar, em tons de branco e azul.

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REPORTAGEM . O Papa em Portugal

CÂMARA FOI A “CASA” DO PAPA

UM GRANDE DESAFIO PARA O PROTOCOLO Um momento histórico para o Porto... pela primeira vez um Papa rezava uma missa na cidade, e logo no maior anfiteatro disponível, a Avenida dos Aliados. Tudo começou a ser preparado com muita antecedência. Mal se soube da notícia, “houve contactos entre a diocese do Porto e a Câmara do Porto no sentido de ser promovida uma organização conjunta, uma vez que a visita de um Papa não é uma organização qualquer, não é uma mera visita de um Presidente da República ou de um Rei”, explica Manuel de Novaes Cabral, director Municipal da CMP, responsável pelo protocolo da instituição. A visita do Papa envolve meios logísticos, um envolvimento institucional e protocolar “que está a milhas de distância de qualquer outra iniciativa”, refere. Aliás, para o responsável, conjugando logística e protocolo, este foi o evento mais complicado de organizar. Todos os detalhes, as cadeiras, a colocação do altar, a circulação das pessoas, a colocação dos membros da Igreja, dos convidados, do coro, a movimentação dos ministros da comunhão, tudo isto exigiu um planeamento muito cuidado e a aprovação da Diocese e do Vaticano. Para além, claro, de toda a logística de um evento com mais de 100 mil pessoas, em plena Baixa da cidade.

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Foi no Edifício dos Paços do Concelho que ficou instalada a sacristia, quer do Papa, quer do séquito papal. Foi alocado ainda um espaço para os altos dignitários da Igreja. Todos os outros padres que participavam na celebração paramentaram-se na Igreja da Trindade. À chegada, o Papa foi recebido pelo Presidente da Câmara, Rui Rio, que entregou os presentes oficiais, as chaves da Cidade, uma taça da Vista Alegre com manufactura em prata com as armas da Câmara Municipal do Porto e também uma edição especial da antologia de Eugénio de Andrade,“Daqui Houve Nome Portugal”. “Nessa altura só estavam presentes, e foram apresentados ao Papa, o Presidente da Assembleia Municipal e o vice-presidente da Câmara”, conta Manuel de Novaes Cabral, “depois disso o Presidente foi para o Altar receber o Presidente da República e as altas individualidades que estavam colocadas na tribuna de acordo com a distribuição que entretanto tinha sido preparada”. A coordenação esteve a cargo do protocolo da Câmara, em articulação com a diocese, o protocolo de Estado e a Presidência da República. No final da celebração o Papa e as principais individualidades deslocaram-se à Sala Dona Maria. Decorre depois o segundo momento alto da visita, e decidido somente durante essa semana, o Papa desloca-se à varanda onde faz uma alocução dirigida aos jovens e uma espécie de despedida da cidade. A cadeira pontifícia, a cadeira de descanso e um biombo seguiram para o Vaticano a pedido. “Alguém perguntou depois se era costume serem pedidas as cadeiras onde são celebradas as missas e foi explicado que normalmente as cadeiras vêm de museus, igrejas, já existem, e estas foram feitas de propósito, personalizadas”, conta-nos o responsável de protocolo da Câmara do Porto.


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ARTICULAÇÃO CORREU BEM A exigência de um evento como estes é enorme, “numa visita como esta há uma espécie de caderno de encargos, uma check list que é enviada, com uma série de requisitos que é necessário cumprir”, refere Manuel de Novaes Cabral. A articulação entre todos os envolvidos “correu da melhor forma”, avalia o responsável. Foram seis as pessoas responsáveis pelo protocolo deste evento, “e tinhamos sempre o Padre Américo Aguiar, Vigário Geral da Diocese, e pivot desta organização, disponível para o esclarecimento de qualquer dúvida que surgisse”, explica Manuel de Novaes Cabral. “A Câmara tinha os instrumentos e a

capacidade para dar resposta às necessidades desta organização em termos de protocolo”, refere. É na dimensão que reside a principal diferença entre receber um Chefe de Estado e um Papa, “há uma quantidade de necessidades, exigências, cuidados, que temos que ter. Detalhes como os cumprimentos, as flores, especificidades que haja em termos de alimentação, a segurança, os presentes, tudo isso escrutinado ao detalhe por toda a gente”, evidencia Novaes Cabral. No protocolo a diferença faz-se nos detalhes, acredita o responsável, “um passo mal dado, um cumprimento mal feito, um presente que possa ser

ofensivo, um cruzar de pernas, passa a ser a notícia.” A maior dificuldade em termos de protocolo, foi no entender do director Municipal o facto de não serem cumpridos prazos nas respostas. “Com o aproximar da iniciativa a pressão é muito grande e, quando estamos a falar das mais altas figuras do Estado, qualquer mudança de última hora pode obrigar a alterar 100 lugares, por exemplo”. As respostas devem ser firmes e atempadas aconselha o especialista já que, e apesar do protocolo estar sempre preparado, “é uma das coisas mais perturbadoras de uma organização”, conclui.

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REPORTAGEM . O Papa em Portugal

A CADEIRA QUE BENTO XVI QUIS LEVAR CONSIGO E levou! Trata-se da cátedra em que o Papa pôde descansar, longe das câmaras, durante a passagem pelo Porto, uma peça produzida pela Antarte, empresa de mobiliário de Paços de Ferreira. Para a construir foram necessários três protótipos e setenta e seis horas de trabalho de dez pessoas, entre equipa de produção, estofadores e costureiros. Foi usada madeira de castanheiro (árvore característica de Rebordosa / Paredes), pele natural (onde se gravou o símbolo

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de Bento XVI) e, para as almofadas, ergolex (material que garante uma perfeita adaptação ao corpo e um maior conforto). O trabalho foi todo ele supervisionado pessoalmente por Mário Rocha, administrador da Antarte. Afinal, não é todos os dias que se faz uma cadeira assim. E a avaliar pelo pedido de Bento XVI, esta era mesmo, mesmo confortável. Tanto assim que já mora no Palácio Apostólico, residência oficial do Papa no Vaticano.

A MAIOR OPERAÇÃO DE SEGURANÇA DE SEMPRE A visita do Papa Bento XVI foi a maior operação de segurança de sempre em Portugal, em termos de meios envolvidos e obrigou a medidas idênticas às dos jogos no Euro 2004. Segundo o secretário-geral de segurança interna, a grande operação montada não se deve a um elevado grau de ameaça à figura do Papa, mas sobretudo por ser uma visita de alguém que traz atrás de si multidões, o que obriga a um enorme esforço das autoridades. A Protecção Civil lançou por isso um alerta amarelo durante todo o tempo da visita papal e accionou um dispositivo que coordenava as diversas entidades: Forças de Segurança, os Corpos de Bombeiros, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Autoridade Marítima, os Serviços Municipais de Protecção Civil e as Forças Armadas. O objectivo era sobretudo “minimizar o impacto do grande afluxo de cidadãos aos locais de celebração” e assegurar a mobilização dos recursos humanos e equipamentos terrestres e aéreos. Situações de compressão, pequenos acidentes, desmaios, peregrinos perdidos ou fisicamente debilitados eram as ocorrências mais previstas. As forças de segurança temiam ainda que a concentração de pessoas facilitasse a acção dos carteiristas e, claro, o temível cenário de um eventual ataque terrorista também não foi descurado, por isso o plano de operações previa ainda activação de grupos com equipamento para intervenção química e biológica.


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SEGURANÇA NA TERRA, NO AR E NA ÁGUA Além da segurança pessoal de Bento XVI, em Lisboa e no Porto, a protecção em terra ficou a cargo da PSP que mobilizou milhares de agentes apoiados por todas as valências da Unidade Especial de Polícia (UEP), incluindo o Corpo de Intervenção, Grupo de Operações Especiais, Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos, Grupo Cinotécnico e Corpo de Segurança Pessoal. Na água, ou seja, nos rios Tejo e Douro, estiveram a Marinha, os Fuzileiros e brigadas especiais da Polícia Marítima. No ar estiveram caças e helicópteros da Força Área e foram decretadas zonas de exclusão aérea sobre Lisboa, Porto e Fátima, nas quais só poderiam voar aeronaves identificadas. “Não houve pontos de conflito na cidade. Houve acompanhamento das notícias sobre as possíveis manifestações e a polícia foi permanentemente informada sobre isso”, explicou à Festas&Eventos Bernardo Capucho, da

organização da visita do Papa a Lisboa. “Havia muita polícia à paisana. Aliás a presença da polícia não foi ostensiva, era actuante, percebia-se o dispositivo”, adiantou. Em Fátima foi a GNR que acautelou a segurança, os cerca de 800 militares presentes tiveram o auxílio da video‑vigilância. O sistema de câmaras foi mesmo reforçado para a ocasião. Foram necessários vários quilómetros de divisórias, o que obrigou as autarquias a pedirem grades emprestadas a municípios vizinhos. E em alguns dos locais das celebrações houve mesmo, à semelhança do que acontece em estádios de futebol, detectores de metais e de fluídos para evitar a entrada de todos os objectos contundentes, volumosos ou susceptíveis de perturbar a normalidade dos encontros. Para garantir a solenidade das celebrações, e também por motivos de segurança, não foi permitida a entrada de faixas, bandeiras e cartazes.

Segundo a organização, no total, entre autoridades, serviços oficiais, voluntários e colaboradores, a visita mobilizou cerca de dez mil pessoas e obrigou a meses de trabalho. Além das centenas de milhares de fiéis que quiseram assistir às celebrações, estiveram ainda presentes milhares de convidados e mais de2000 jornalistas de 25 países. Bento XVI recorreu a helicópteros, ao papamóvel e a viaturas blindadas fechadas para os trajectos em Lisboa, Fátima e Porto. E, apesar de não ter ocorrido nenhum problema de segurança, o Papa conseguiu assustar as autoridades quando resolveu abandonar a viatura blindada para ir cumprimentar algumas crianças à saída do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Cláudia Coutinho de Sousa Rui Luís Romão Sara Marques

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REPORTAGEM

TURISMO DA MADEIRA VÍTIMA DO TEMPORAL DE FEVEREIRO Que impacto teve o temporal no turismo da Madeira? Com as imagens da tragédia divulgadas pelos media de todo o mundo, esta foi uma das primeiras preocupações das autoridades madeirenses, e enquanto ainda se limpavam as ruas, já se tentava também limpar a imagem do destino turístico. OCUPAÇÃO

IMPACTO NA

INFERIOR A 50%

MEETING INDUSTRY

NO PRIMEIRO TRIMESTRE

© Direcção Regional de Turismo da Madeira

De imediato o Governo Regional da Madeira emitiu comunicados a explicar que “a hotelaria da Madeira não foi afectada pelo temporal e manteve sempre todas as condições de funcionamento com segurança”, garantindo ainda que o calendário de eventos manter-se-ia inalterado. E como uma imagem vale mais do que mil palavras, foram colocadas nas redes sociais fotos e vídeos do Funchal para mostrar aos turistas como grande parte da cidade não tinha sido afectada e o restante estava a ser recuperado. www.festaseeventos.net

Mas já em Junho a secretária do Turismo da Madeira, Conceição Estudante, revelou que no primeiro semestre a taxa de ocupação hoteleira na Madeira foi inferior a 50%, situação que atribui à crise internacional, mas também ao temporal de 20 de Fevereiro e ao encerramento, por duas vezes, do aeroporto por causa da nuvem de cinzas do vulcão islandês. As estatísticas do INE (Instituto Nacional de Estatística) agora divulgadas mostram que, entre Janeiro e Abril de 2010, a região recebeu menos 13% de turistas e registou menos 15% de dormidas do que no mesmo período do ano passado, o que resultou numa queda de 16% nas receitas dos hotéis. Também a TAP registou uma quebra no tráfego de passageiros para o Funchal. “Em virtude do temporal, os fluxos de turismo para a Madeira foram afectados e sentiu-se alguma quebra na procura, sobretudo no período imediatamente a seguir, designadamente em alguns mercados emissores externos”, referiu fonte da companhia à agência Lusa.

A Festas&Eventos tentou saber os números relativos à meeting industry (MI), mas não foi possível obtê-los até ao fecho da edição. No entanto, Carlos Jardim, da Panorama, agência DMC da Madeira, explicou à Festas&Eventos que o impacto na MI não foi tão grande como no turismo de lazer. “No turismo de lazer perdeu-se muito. Na meeting industry não se notou tanto porque não estava previsto grande movimento. Não havia grande coisa que pudesse ser anulada. Mas os clientes perguntam sempre como é que está a situação na ilha”, adiantou. O responsável realçou que os hotéis não foram afectados pelo mau tempo e elogiou a “rapidez” com que as autoridades madeirenses puseram a circular, nacional e internacionalmente, imagens que mostravam a recuperação da ilha. Entretanto, como forma de solidariedade para com a região, a Associação Portuguesa das Agências de Turismo já anunciou que a Madeira será palco da 36ª edição do Congresso da APAVT, a decorrer entre 27 de Novembro e 2 de Dezembro.

Sara Marques


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REPORTAGEM

SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA MÉDICA EM EVENTOS As necessidades de segurança surgem logo a seguir às fisiológicas na pirâmide das necessidades de Maslow. Por isso a segurança é uma necessidade básica para todos nós. Quando não nos sentimos inseguros, nem pensamos em segurança. E quando vamos para um evento também não. Esperamos, à partida, que seja seguro.

A segurança deve ser tão importante para o organizador de eventos como a questão dos audiovisuais, catering, decoração, logística, animação, etc., porque a mínima questão de (falta de) segurança pode arruinar um evento. O mesmo serve para a assistência médica. Quantas vezes esta se resume a uma ambulância dos bombeiros colocada estrategicamente à porta? Será suficiente? Porque estas são questões importantes e merecedoras de reflexão, a MedFirst – Assistência Médica em Eventos, organizou um workshop de dois dias, subordinado a estes temas da segurança e assistência médica em eventos, conduzido pelo Coronel Pimentel Furtado, especialista em segurança, e Nelson Olim, médico com experiência em catástrofes e assistência a eventos.

MUDANÇA DE

SEGURANÇA EM

PARADIGMA

EVENTOS

O paradigma mudou. Os riscos geológicos, biológicos, tecnológicos, ambientais ou sócio-políticos aumentaram exponencialmente. Contribuíram para isso, entre outros, factos como o atentado de 11 de Setembro, o tsunami no sudoeste asiático, o furacão Katrina, a actual crise financeira. Os grandes eventos são um alvo potencial de atentados terroristas, uma vez que reúnem, normalmente, uma grande concentração de pessoas, por vezes altos dignitários, meios de comunicação social, VIP, etc. Este novo paradigma obriga, em termos da segurança dos eventos, ao surgimento de cada vez mais legislação e novas normas, exigências de credenciação, passando o conceito de segurança a ser encarado de uma forma global, integrando condições de higiene e segurança no trabalho, preservação do ambiente e condições de segurança dos trabalhadores, do público e do próprio evento. Estar informado sobre estes novos procedimentos é vital.

É obrigação do gestor de eventos zelar pela segurança de um evento. E são vários os factores de risco, e a diversos níveis: planeamento, finanças, tipo e objectivo, recursos humanos, infraestruturas, operações, organização, local, fornecedores, clima, etc. A avaliação dos riscos deve começar a ser feita na fase de concepção do evento e só termina com o fecho. Refira-se que a maior parte dos acidentes, em termos de segurança e higiene no trabalho, acontecem na fase de desmontagem, o que manifestamente dá que pensar. A gestão do risco é muito importante: melhora o nível de informação para tomada de decisões, reduz as surpresas, reduz os acidentes e incidentes, melhora o planeamento e a performance, evita e reduz prejuízos, melhora a reputação, protege a organização, melhora os níveis de gestão e de responsabilidade, protege a direcção da organização. A gestão do risco engloba cinco fases: identificação e avaliação dos riscos, das contramedidas, decisão, implementação de contramedidas, avaliação/validação.


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UMA QUESTÃO DE BOAS PRÁTICAS Reduzir os riscos implica detectar todas e quaisquer ameaças, reduzir ou eliminar as vulnerabilidades do evento. Na fase de avaliação de contramedidas (que deve ter o contributo de especialistas) deve ser elaborado um plano com três opções: a mais eficaz, a mais barata, a com melhor relação custo-eficácia. Quando chega a altura de decidir, há cinco possíveis decisões: aceitar os riscos, transferi-los riscos, reduzi-los, acabar com eles (cancelar o evento) ou decidir não decidir. Mas os incidentes acontecem e é preciso saber lidar com eles. Uma situação de crise é caracterizada por: risco grave para as pessoas ou organizações, perda de controlo, escassez de tempo, de meios, de informação (e incapacidade de a interpretar), ineficácia dos procedimentos normais. A gestão da crise passa pela salvaguarda de bens e pessoas e pelo restabelecimento da normalidade. O processo de lidar com os acontecimentos é contínuo, pode ser preparado a anteriori, e uma vez ocorrido o incidente deve-se responder, recuperar a situação, e repôr a normalidade.

Ponto prévio: não existe enquadramento legal para a assistência médica em eventos. Dado o vazio legal, a questão centra-se na implementação de boas práticas. Um sistema de emergência médica pré-hospitalar eficaz não consegue colocar no local do evento socorro médico diferenciado no tempo máximo de 3-4 minutos após um incidente, e por exemplo em situações de paragem cardíaca as possibilidades de sobrevivência diminuem 10% por minuto. Por isso, é preciso salvar vidas no local. Planear a assistência médica (e respectivas necessidades) para um evento necessita de dados como: número de espectadores, clima (por cada 10 graus de

temperatura, esperam-se mais três doentes por hora), duração do evento, localização (factor crítico, por exemplo se for ao ar livre traz mais complicações do ponto de vista médico), lugares, tipo de evento, animação (no sentido de disposição), álcool e drogas, faixa etária. Colocando todos estes dados numa tabela de previsão de utilização de recursos é possível identificar, adaptar, calcular a necessidade de suporte avançado de vida, número de médicos e enfermeiros, entre outros. Na verdade, por mais voltas que possamos dar, todos os aspectos referidos neste texto cumprem apenas o objectivo de preservar o bem mais precioso que podemos identificar num evento: as pessoas. Cláudia Coutinho de Sousa

INFORMAÇÕES ÚTEIS O promotor do evento é sempre o responsável pelo evento e não o organizador contratado. Por isso ao contratar um empresa de eventos deve perguntar se esta tem plano de segurança e higiene no trabalho e se todos os trabalhadores estão legalizados. Quem paga a coima, em caso de alguma falta, é o promotor do evento. Indicamos, de seguida, alguma legislação que importa conhecer e coligir. . Código do Trabalho: lei nº7/2009 . Regime jurídico da promoção de segurança e saúde no trabalho: lei nº102/2009 . Segurança contra incêndio em edifícios: decreto-lei nº220/2008; portaria nº1532/2008 . Condições técnicas e de segurança dos recintos de espectáculos e divertimentos públicos: decreto-regulamentar nº34/1995 . Instalação e funcionamento dos recintos de espectáculos: decreto-lei nº309/2002 e decreto-lei nº268/2009 . Licenciamento de espectáculos: decreto-lei nº310/2002 . Regime dos contratos de trabalho dos profissionais de espectáculos: lei nº4/2008

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OPINIテグ

Maria do Cテゥu Almeida

Docente de Gestテ」o do Risco na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril

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GERIR O RISCO NA ANIMAÇÃO TURÍSTICA A animação turística (AT) é um sector emergente, caracterizado pela diversidade de actividades, dispersão geográfica e predominância de micro-empresas. Algumas das suas actividades, como a escalada, o BTT, o rafting, o rapel e o canyoning, são consideradas de risco acrescido, por existirem vários perigos que, pela sua conjugação ou magnitude, implicam a necessidade de adoptar boas práticas e medidas de segurança para se terem níveis de risco residual reduzidos. Os perigos derivam tanto das características das actividades como do meio onde são praticadas. O bem-estar e segurança dos clientes e dos técnicos são objectivos basilares na AT, tanto para empresários como para clientes e entidades públicas, pelo que a prática deve ser enquadrada de forma responsável, tanto em termos de segurança como ambientais. O estabelecimento e divulgação de abordagens de gestão do risco, para fomentar a actuação proactiva dos intervenientes na identificação dos riscos e aplicação de medidas de minimização adequadas

a cada actividade, pode ser de grande eficácia, como se tem vindo a verificar em países como o Reino Unido ou a Nova Zelândia. Assim, a adopção de metodologias de gestão do risco permite uma abordagem preventiva, sistemática e estruturada, que facilita a aplicação atempada de medidas adequadas para garantir a segurança dos praticantes e técnicos e o acompanhamento da evolução dos níveis de risco real,

minimizando a ocorrência de acidentes e optimizando a resposta a acidentes. Esta abordagem, objecto da norma ISO 31 000:2009, tem por objectivo identificar as principais vulnerabilidades e lacunas das actividades e organizações, estimar os níveis de risco associados e definir as oportunidades de actuação prioritárias. A sua aplicação à AT pode contribuir para reduzir o risco real e, portanto, aumentar a segurança. A actuação deve ser equilibrada de modo

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OPINIÃO . Gerir o risco na animação turística, por Maria do Céu Teixeira de Almeida

a manter os níveis de desafio e de risco percebido adequados ao público-‑alvo, proporcionando experiências enriquecedoras. Embora a legislação da AT tenha sido, recentemente, objecto de revisão (DL 108/2009, de 15 de Maio) e incorpore algumas exigências na área da segurança, estas continuam a ser insuficientes. A conjuntura actual proporciona a co-existência de empresas que oferecem os mesmos serviços com níveis de qualidade e segurança distintos, sem que esta seja reflectida nos preços praticados ou evidente a priori para o potencial cliente. A aposta na qualidade e segurança, geralmente associada a um aumento de custos, pode assim paradoxalmente resultar penalizadora para as empresas, num sector que se vem tornando cada vez mais competitivo. O controlo do risco em AT passa por acções a diferentes níveis: institucional, empresarial e individual (técnicos e clientes). Em termos gerais, a nível institucional, importa actuar na melhoria do enquadramento regulamentar das actividades. Assim, perante a situação actual, impõe-se criar padrões de prática mínimos, incluindo regulamentação mais direccionada e reconhecimento das boas práticas, embora a grande diversidade de actividades possa dificultar a sua aplicação. Adicionalmente, é necessário melhorar os mecanismos de compilação e divulgação de informação, permitindo uma melhor monitorização e acompanhamento da evolução do sector, uma melhor fiscalização por parte das entidades públicas e a identificação de áreas de actuação prioritária. A existência de sistemas de informação adequados é essencial para a tomada de decisão.

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Os seguros são já considerados na legislação mas constituem apenas uma das alternativas para controlo do risco, especificamente de compensação financeira para despesas de tratamento e indemnização por morte ou invalidez, com limites de montantes e coberturas específicas por actividade. Assim, a nível empresarial interessa considerar outras acções que levem à redução da probabilidade de ocorrência de acidentes, à minimização das consequências (onde se destaca a preparação da resposta em caso de acidente) e mesmo a supressão do risco (ex. protocolos para cancelamento total ou parcial das actividades perante níveis de risco inaceitáveis).

O estabelecimento de requisitos mínimos de formação e experiência dos profissionais é indispensável para reduzir o risco no sector. Neste sentido, a ESHTE tem tido uma abordagem inovadora, já que a licenciatura em Gestão do Lazer e Animação Turística e o Mestrado em Turismo incorporam uma disciplina específica de gestão do risco. Em Portugal têm-se verificado avanços importantes neste sector, mas continua a existir um deficit de estruturação que importa colmatar em tempo útil.

A colaboração de

Assim, urge apostar

diferentes entidades,

na aplicação de

não só empresas, mas

abordagens que

também universidades

reduzam o risco no

e organizações

sector, uma vez que se

desportivas, é essencial têm vindo a registar para melhorar a

ocorrências com

qualidade e segurança

consequências sérias.

nos serviços prestados.


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EVENTOS

EXPOEVENTOS DESCENTRALIZA-SE © Fabrice Ziegler

© Fabrice Ziegler

Assumindo um formato de road-show, a ExpoEventos, a feira dos eventos em Portugal, realizou-se este ano no Algarve (Abril) e no Porto (Maio). Uma opção suportada, segundo António Silva e Sousa, director-geral da ExpoEventos, por vários indicadores que mostravam que este era o formato ideal face à conjuntura económica. “O sector é constituído principalmente por pequenas empresas que foram muito penalizadas no ano passado e neste princípio de ano, aproveitamos por isso a ocasião para fazer algo de diferente”, explica. Em ambas as etapas, a ExpoEventos contou com um espaço expositivo, com 30 empresas, e o Gest – Seminário de Gestão de

© Telmo Ferreira

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Eventos e Turismo de Negócios. No Porto decorreu ainda a 3ª edição da Gala dos Eventos. O balanço é positivo, adianta António Silva e Sousa, “no Algarve nunca se tinha feito nada de semelhante, pôr em contacto o sector com acções formativas e debate”, no entanto o responsável não ficou tão satisfeito com o número de visitantes a Sul. No Porto os objectivos foram todos alcançados. No próximo ano, a intenção é que haja uma edição em Lisboa, “estamos no entanto a estudar os convites que já nos foram dirigidos por parte de algumas cidades”, informa o responsável. A ExpoEventos é uma iniciativa da Publihappening.


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PENSAR OS EVENTOS O tema “Portugal, 2020, o que vai determinar eventos, congressos, seminários bem sucedidos, daqui a dez anos” era um convite a reflectir sobre o futuro dos eventos e do turismo de negócios. E foi justamente o que aconteceu nos dois momentos em que decorreu o Gest – Seminário de Gestão de Eventos e Turismo de Negócios, inserido na programação da ExpoEventos. No Algarve, a iniciativa contou com mais de 70 pessoas, enquanto que no Porto foram quase 90. O ALGARVE E OS EVENTOS

© Fabrice Ziegler

Alguns dias antes do evento a Sul, a organização temia não poder contar com a presença de três dos convidados que viajavam do estrangeiro, culpa de um vulcão islandês que pôs em rebuliço o mundo da aviação, turismo e eventos. Aliás as conversas em torno do impronunciável vulcão eram recorrentes entre os participantes. Só um convidado acabou por não conseguir viajar. Perdeu-se, no entanto, a oportunidade de assistir ao vivo à intervenção de um

dos nomes mais sonantes do sector da meeting industry: Padraic Gilligan, vice-presidente do Ovation Global MC e antigo presidente do SITE. O orador esteve assim presente, via vídeoconferência, a solução possível para não defraudar as expectativas dos participantes. Lembre-se que as duas etapas do Gest integraram a programação da ExpoEventos, este ano em formato road-show.

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EVENTOS . Pensar os eventos

OPORTUNIDADES

© Fabrice Ziegler

QUE EMERGEM DA

CASOS DE ESTUDO:

CRISE

ÓBIDOS E LOULÉ

“As crises… são exactamente o que precisamos para abandonar a nossa complacência”, foi assim que começou a intervenção de Padraic Gilligan, director-geral do MCI Irlanda e vicepresidente da Ovation Global DMC. Crise é igual a perigo mais oportunidade (crise=perigo+oportunidade), não a oportunidade oportunista, mas sim a oportunidade positiva, perceber o que é que aprendemos e como poderemos melhorar. A crise da economia mundial afectou a meeting industry, uma crise que começou no sector dos incentivos, mas que rapidamente se alastrou. As reuniões, os incentivos, as conferências e os eventos começaram a ser vistos como ganância corporativa. Gastar milhares de euros numa viagem de incentivo ou num evento tornou-‑se difícil de justificar neste ambiente de crise, e isso teve impactos muito negativos em vários sectores. E o que aprendemos com esta crise?, pergunta o responsável da Ovation Global DMC. O caminho, segundo o especialista, passa por definir o valor real da meeting industry e demonstrar a correlação entre a experiência de reunir e os resultados em termos de negócios.

Os dois concelhos apostam estrategicamente nos eventos como alavanca em termos turísticos, económicos e de projecção de imagem. Quem nunca ouviu falar do Mercado Medieval, da Vila Natal, do Festival Med ou da Noite Branca? José Parreira, da Obidos Patrimonium apresentou as linhas que marcam a política de eventos, assentes na criatividade e na captação do turismo cultural, enquanto que Joaquim Guerreiro, Vereador da Câmara Municipal de Loulé, destacou o facto de o concelho procurar eventos diferenciadores e exclusivos. Lembre-se que Loulé recebeu no ano passado o Prémio Revelação da Gala dos Eventos. © Fabrice Ziegler

José Parreira

Joaquim Guerreiro

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A IMAGEM DOS DESTINOS E O PAPEL DOS EVENTOS É preciso perceber os elementos diferenciadores de um destino e através da estratégia de promoção da marca sublinhá-los, foi uma das mensagens deixadas por Maria João Custódio, investigadora da Universidade do Algarve. Para demonstrar isto mesmo a especialista mostrou quatro fotografias de destinos de praia e perguntou à audiência que foto pertencia ao Algarve. As respostas foram muito diferentes. Os eventos podem ajudar a essa clarificação e ser o tal elemento diferenciador que contribui para projectar a imagem dos destinos. É necessário analisar os destinos concorrentes e procurar esses aspectos que podem fazer a diferença. João Martins Vieira, professor da Universidade Lusófona e autor dos livros “Economia do Turismo em Portugal” e “Planeamento e

Ordenamento Territorial do Turismo”, acredita que os eventos são fundamentais para o desenvolvimento de um turismo de qualidade. “Os eventos têm um efeito multiplicador fantástico em termos de impactos noutras actividades, na hotelaria, nos transportes, no emprego”, considera João Martins Vieira. Por outro lado não estão sujeitos à sazonalidade e é sabido que os participantes deixam mais dinheiro no destino. Há muito trabalho a fazer no Algarve, acredita o especialista, por exemplo: adoptar um turismo sustentável, consolidar os pólos em cada zona, construir clusters, regeneração urbana com qualidade, limpar a faixa litoral da construção ilegal, garantir a mobilidade no território, entre outros. Em relação aos eventos devem ser apoiados os eventos de qualidade que induzam

mudança, um retorno de investimento elevado e geradores de repeat visitors. Ainda em relação à imagem do Algarve, ficou assente que ainda há muito a fazer para o destino ser mais forte em termos da meeting industry. E um dos elementos mais responsáveis por travar o crescimento nesse segmento é a aviação. Gavin Eccles, consultor nesta área, procurou demonstrar que o Algarve já está servido em termos de rotas para o produto sol e mar, mas que para a meeting industry ainda não. A recente abertura da base da Ryanair em Faro é inútil uma vez que as low-cost não têm expressão no sector MI. O especialista acredita que o Algarve tem agora que pensar em voos de Munique e Paris com companhias tradicionais, as que verdadeiramente têm peso no segmento.

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EVENTOS . Pensar os eventos © Telmo Ferreira

O ALGARVE NO CONTEXTO MUNDIAL DOS EVENTOS EVENTOS: MÚLTIPLOS NÍVEIS DE ACÇÃO Organizar eventos implica dominar uma série de conhecimentos em várias áreas. O Gest Algarve procurou debater algumas delas: protocolo, relação com a imprensa, a web 2.0 e as diferenças culturais. Isabel Amaral, presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo procurou demonstrar a importância de gestores de eventos e técnicos de protocolo trabalharem em conjunto para o sucesso de um evento. “O protocolo não é uma maçada, é um instrumento de comunicação verbal e não-verbal, que ajuda a fazer passar a mensagem que se pretende”, referiu a especialista, que trouxe ao Gest uma série de exemplos de eventos de sucesso, como a assinatura do Tratado de Lisboa, e outros... menos bons que fizeram sorrir a audiência. Um outro tema em debate foram as diferenças culturais, o que de alguma forma está relacionado com o protocolo. É vital para um organizador de eventos conhecer as características das diferentes culturas presentes num evento. Foi isso mesmo que demonstrou Miguel Neves, da Synaxis Meetings & Events, e prémio IMEX-MPI Foundation Student Scholarship, um português que organiza conferências sobretudo nos Estados Unidos e em

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Isabel Amaral

Londres. O mote para esta comunicação foi a cerveja e a forma tão diferente como este produto é visto pelos diferentes povos. Uriel Oliveira, vice-presidente de Business & Operations da Cision apresentou uma metodologia que pode permitir ao organizadores de eventos serem mais eficazes no contacto com os media. Há cinco passos fundamentais: definir objectivos, fazer um planeamento (saber com quem falar, quem vai acolher melhor a nossa mensagem), estabelecer o contacto com o objectivo de criar uma relação, monitorizar, e avaliar os resultados. Neste contexto da comunicação é incontornável o tema da web 2.0. e em particular das redes sociais. Armando Alves, web strategist da Fullsix Portugal, procurou sistematizar alguns conceitos importantes sobre estas matérias: valor colectivo, efeitos de rede e sindicação de conteúdos. Estes três conceitos podem ser reconvertidos e aplicados à área dos eventos Há já alguns exemplos de eventos que se promovem muito bem nestas plataformas, sobretudo os eventos na área da tecnologia e comunicação, mas que a pouco e pouco alastram a outras áreas.

Filip Muyllaert, director da ThePlanner.be, um orador notável, partilhou com a audiência os critérios que tornam os destinos atractivos para os eventos das associações internacionais. É uma questão de preço, em primeiro lugar, de tempo (quanto tempo demora a voar até ao destino), de hardware (se um destino não tem um bom centro de congressos, é impossível ser escolhido), de software (qual é a experiência do destino, o que é que o distingue dos demais) e, finalmente, é uma questão de qualidade do serviço. Gonçalo Garcia, do ILM Group, apresentou o estudo que a empresa levou a cabo sobre a meeting industry no Algarve. De salientar que o segmento MI começa a ter expressão na região, mas não é de um momento para o outro que um destino, com grande percepção sol e mar, começa a competir ao mais alto nível neste segmento. É um trabalho contínuo e demorado. Existem iniciativas que têm vindo a ser desenvolvidas e ajudarão o Algarve a afirmar-se neste contexto. O Gest Algarve encerrou com o presidente da APECATE (Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos), João Sacchetti, que centrou a sua intervenção nos desafios do sector nomeadamente em termos das novas exigências da comunicação e na necessidade de diferenciação.


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© Fabrice Ziegler

GEST PORTO DAQUI A 10 ANOS SERÁ TUDO DIFERENTE

Filip Muyllaert

E temos que perceber isso agora. Foi a nota deixada por Rohit Talwar, director da Fast Future, empresa que está a levar a cabo um estudo internacional sobre os eventos em 2020. As conclusões do estudo só vão ser apresentadas em Outubro, mas o responsável esteve no Porto a apresentar algumas das tendências já perfeitamente registadas. “Estamos a assistir a uma mudança acelerada no sector e é necessário pensar naquilo que vai marcar o futuro, tornarmo-nos mais estratégicos como indústria, e provar aos clientes que é preferível apostar num evento em vez de uma campanha de marketing, por exemplo”, refere Talwar. Por outro lado, é necessário que o sector se concentre mais nos contéudos e na experiência do evento, e menos na logística. Também de tendências falou Eric Mottard, director da revista espanhola EventoPlus. O responsável abordou os resultados de um estudo realizado por aquela publicação junto do mercado e que apontam para três grandes tendências de futuro: a aposta nos conteúdos, o networking e as redes sociais. “O evento de amanhã vai ser diferente e os profissionais têm que se adaptar”, deixou bem claro o especialista. Um aspecto importante e que deve ser alterado é, para Pedro Figueiredo, professor da Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos, a forma como é encarado o design nos eventos. Esta disciplina deve ser estratégica e estar presente em todas as fases do processo. Não pode ser simplesmente vista como a cereja no topo do bolo, argumenta Pedro Figueiredo, ou ser chamado quando é preciso embelezar alguma situação. PUB

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EVENTOS . Pensar os eventos © Telmo Ferreira

Jorge Trindade e Paula Delgado

OS DESAFIOS DAS MARCAS Paula Delgado e Jorge Trindade, da Action 4 ativism, trouxeram ao Gest o tema do brand entertainment e de que forma as marcas podem chegar a um consumidor mais sofisticado, atento e informado. O grande desafio passa por estar no sítio certo, à hora certa e da forma mais cativante. As marcas têm que ser verdadeiras estrelas de rock, têm que se reinventar a todo o instante. Os especialistas consideram que já há marcas que percebem como ter um impacto mais efectivo junto do consumidor, daí que apostem em eventos com uma dimensão integrada, que não começam e acabam num dia, mas são planeados para ter um impacto específico, e implicam um trabalho de pós-evento que muitas vezes passa pelas redes sociais. As redes sociais foram o tema abordado por Rodrigo Moita de Deus, da Nextpower, no Gest . O conhecido blogger começou por dizer que “não há eventos, há happenings multimédia”. Na prática, refere Moita de Deus, estamos a produzir conteúdos que podem chegar, actualmente, a muito mais gente. Basta pensar que a audiência do Sapo é superior à do Jornal Nacional.

SUSTENTABILIDADE NOS EVENTOS O painel contou com a presença de duas especialistas em termos ambientais, Norma Franco, da E-Value, e Rita Sousa, da SmartWatt e ainda de um organizador de eventos sustentáveis, Jaime Manso. O Rock in Rio foi um dos casos de estudo trazido por Norma Franco. A E-Value é a parceira ambiental do evento e a responsável deu vários exemplos do que pode ser feito para melhorar o impacto. Mais do que quantificar e compensar as emissões, tem que haver um momento de reflexão

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para reduzir emissões, e no final compensar as inevitáveis. Isso passa por alterar comportamentos, refere Norma Franco. Rita Sousa realçou a importância de “agir localmente” e de se estabelecerem parcerias de modo a minorar os efeitos que produzimos no meio-ambiente. Já Jaime Manso, responsável por vários festivais, nomeadamente o Festival da Juventude de Braga, deu alguns exemplos concretos do que pode ser implementado nos eventos, nomeadamente em termos de transportes, lonas, publicidade, resíduos, entre outros. O Gest contou este ano com a coordenação científica da revista Festas&Eventos e foi uma das actividades paralelas da ExpoEventos, uma organização da Publihappening.

Cláudia Coutinho de Sousa


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EVENTOS

© Telmo Ferreira

GALA DOS EVENTOS A terceira edição da Gala dos Eventos coroou mais uma vez a Desafio Global ativism como melhor empresa organizadora de eventos, numa noite marcada também pela eleição do Optimus Alive como melhor evento e pelo Prémio Mérito Carreira atribuído a Beatriz Pacheco Pereira, directora do Fantasporto. www.festaseeventos.net


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A Gala dos Eventos rumou a Norte pela primeira vez, à cidade do Porto, contando com a presença de mais de 150 profissionais do sector. Ao todo foram atribuídas 21 “estrelas dos eventos” e duas menções honrosas. Foram recebidas 60 candidaturas, avaliadas por um júri de 14 elementos, constituído por especialistas do sector. A grande galardoada da noite foi a Desafio Global ativism que arrecadou o prémio de Melhor Empresa Organizadora de Eventos e mais cinco prémios em diferentes categorias. A saber: Comunicação e Design (EDP Live Encontro Distriguição), Sustentabilidade (EDP Barragem do Lindoso), Feira de Negócios (Cisco Expo 2009), Evento de Marca (Time to Imagine), e Evento Empresarial (Gala 50 anos Sonae). Pedro Rodrigues, director da Desafio Global, referiu no final que apesar de ser o terceiro ano em que triunfam na Gala dos Eventos, é sempre uma surpresa, “no fundo os prémios não reflectem muitas vezes a complexidade e os riscos que corremos para fazer eventos tão fantásticos, portanto é sempre bom ver o reconhecimento de todo o esforço”. A Macedo’s Pirotecnia recebeu dois prémios relativos à Passagem de Ano 2009/2010 na Madeira, o de melhor Produção Visual e Estruturas e Logística. O prémio de melhor Performance Artística foi para a PMP pelo lançamento do Fiat 500. Em termos de espaços, o Pavilhão Atlântico foi considerado o Melhor Multiusos, enquanto que o Centro de Congressos do Estoril venceu na categoria de Melhor Centro de Congressos. Em termos de Centro de Eventos o prémio foi atribuído ao Vale D’Algares. O Melhor Hotel é o Corinthia Lisbon. A Câmara de Loulé, que tinha recebido o prémio Revelação no ano passado, conquistou nesta edição o troféu na categoria de melhor Evento Público, com o evento Noite Branca. O vereador da Câmara Municipal de Loulé aproveitou o púlpito para

deixar o convite para que a próxima edição da Gala dos Eventos se realize em Vilamoura. A Viagem Medieval a Terras de Santa Maria foi considerado o Melhor Evento Cultural, enquanto que a Race of Champions, produzida pela GNI Events, triunfou na categoria de Evento Desportivo. O Melhor Evento de Motivação e Incentivo foi o XI Challenge Grupo Lena, organizado pela Big Time e o prémio de Melhor Congresso foi arrecadado pela Bloom Up, referente ao 11º Congresso Nacional de Oncologia e 7º Congresso Nacional de Enfermagem Oncológica. O júri considerou ainda atribuir duas menções honrosas, uma à Euro RSCG, pelo evento “Acto Inaugural da XIX Cimeira Ibero-Americana” e outra ao Estádio do Dragão, na categoria Espaços Multiusos.

GRANDE PRÉMIO DISTINGUE OPTIMUS ALIVE O Grande Prémio da Gala dos Eventos, atribuído pela ExpoEventos, foi para o festival Optimus Alive. Na base desta escolha, explicou António Silva e Sousa, director da ExpoEventos, o facto de ser “um festival português, com logística complexa, com preocupações culturais, um excelente cartaz, reconhecido internacionalmente como um dos melhores festivais do género, suportado por uma marca portuguesa”. Álvaro Covões, director da Everything is New, produtora do evento, em conversa com a Festas&Eventos, realçou a importância deste reconhecimento, “Toda a gente frequenta os festivais, os espectáculos, mas às vezes dá-se pouco valor a tudo o que está por trás. Ver um projecto como este, este ano na 4ª edição, com uma notoriedade fora do comum por parte do público e da imprensa, reconhecido com este prémio é para nós uma grande honra, e acho que vai ser muito importante para o mundo da

música e do entretenimento”. Para Prémio Entidade Revelação do Ano, por indicação da APECATE – a Associação das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos – , foi este ano escolhida a Câmara Municipal de Montalegre. Segundo Maria José Teixeira, vice‑presidente da Associação que entregou o troféu ao Presidente do Eco-Museu do Barroso, David José Teixeira , “o mesmo justifica-se pela qualidade da candidatura apresentada – ‘Sexta-feira 13, a Noite das Bruxas’, pelo carácter de promoção da identidade cultural de toda uma região, pelo recurso aos agentes locais e pelo ineditismo da mesma”. O responsável do Eco-Museu disse em entrevista que este é o “reconhecimento de um projecto que há vários anos temos vindo a tentar afirmar a nível nacional. É a certeza de que estamos a trabalhar bem”. O Prémio Mérito Carreira, por indicação da Revista Festas&Eventos, foi para uma personalidade da cidade do Porto, Beatriz Pacheco Pereira, e pelo seu percurso como promotora na área da cultura, nomeadamente pela ligação ao Fantasporto - um festival que em 2010 fez 30 anos, reconhecido pela Variety como um dos 25 mais importantes do Mundo. A directora do Fantasporto, visivelmente surpresa com a homenagem, deu conta à Festas&Eventos da importância do prémio. “Qualquer evento cultural é sempre sui generis em Portugal, é mal‑amado, mal visto, é preciso primeiro ir para o estrangeiro para obter reconhecimento, portanto ser reconhecido cá e especialmente no Porto, para nós é muito importante.” A condução do espectáculo esteve a cargo de Fernando Alvim. A Gala dos Eventos é uma iniciativa conjunta da ExpoEventos, APECATE e Festas&Eventos. A cerimónia decorreu no Hotel Sheraton Porto, no passado dia 1 de Junho.

Cláudia Coutinho de Sousa

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EVENTOS . Gala dos Eventos

JÚRI MULTIFACETADO O júri da Gala dos Eventos foi constituído por 14 elementos, todos relacionados com o sector dos eventos e da comunicação e dirigido por João Sacchetti, presidente da direcção da APECATE. Faziam ainda parte Álvaro Covões, director-geral da Everything is New, Ana Barbosa, presidente da Secção da Animação Turística da APECATE, António Silva e Sousa, director-geral da Publihappening e da ExpoEventos, Cristina Amaro, coordenadora e apresentadora do programa da SIC Notícias “Imagens de Marca”, Isabel Amaral, presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, Jorge Beldade, directorgeral do Tivoli Marina Vilamoura, Luís Rasquilha, vice-presidente da AYR Consulting, Luísa Ahrens Teixeira, directora-geral da Mundiconvenius, Manuela Botelho, Secretária Geral da Associação Portuguesa de Anunciantes, Pedro Cardoso, administrador da The House of Events, Rita Nabeiro, responsável da Adega Mayor, do Grupo Delta, Rui Ochôa, director da revista Festas&Eventos, e Sofia Barros, Secretária Geral da Associação Portuguesa das Agências de Publicidade. O júri reuniu-se em Lisboa, a 17 de Maio, e no final declarou-se muito satisfeito com a qualidade geral das candidaturas.

“Um país em que a indústria principal vai ser o turismo, os eventos vão cada vez mais estar na ordem do dia, a Gala que premeia os eventos que se realizam em Portugal vai assumir cada vez mais importância.”

“Em Portugal já existem eventos de grande dimensão, e empresas de grande qualidade, que conseguem organizações com tecnologia avançada e imensa criatividade. É importante premiar a criatividade e a inovação.”

Álvaro Covões

Jorge Beldade

“Foi uma experiência interessante e gratificante num país onde não se premeia por princípio o mérito, mas outros valores. O aumento das candidaturas talvez seja um incentivo para que, em próximos anos, muitas outras empresas de eventos possam estar aqui.”

“Foi uma fantástica experiência de aprendizagem. Os parabéns a todas as empresas e entidades que se candidataram.”

Ana Barbosa

“Houve um aumento do número de inscrições e, em minha opinião, de qualidade e de diversidade dos trabalhos a concurso.”

“Fiquei com um conhecimento mais alargado do que se passa no país. Fui confrontada com candidaturas extremamente interessantes.” Luísa Ahrens Teixeira

“Descobri um conjunto de empresas que desconhecia e que estão a fazer um excelente trabalho.”

“Estiveram em concurso algumas das melhores empresas e a melhor massa cinzenta que temos no país. É uma área particularmente importante e é verdadeiramente gratificante ver como temos evoluído.”

Manuela Botelho

Pedro Cardoso

“Há outros critérios que podem ser tidos em conta para determinadas categorias, espero que isso venha a acontecer, mas foi uma participação muitíssimo enriquecedora para mim.”

“Há um leque muito variado de trabalhos e de propostas e foi interessante avaliar a qualidade dos projectos. Há empresas com muito arrojo e com uma qualidade muito elevada.”

Cristina Amaro

Rita Nabeiro

“As candidaturas eram muitas e de grande qualidade. Confesso que foi muito difícil escolher. Fiquei muito contente por ver que a indústria dos eventos em Portugal revela tão grande vitalidade.”

“À medida que vamos passando da mera exposição para a relação com o consumidor, os eventos começam a fazer parte de qualquer estratégia de comunicação. Foi com muito gosto que aceitei este convite para ser júri.”

Isabel Amaral

Sofia Barros

António Silva e Sousa

“Trata-se antes de mais nada de um estímulo a todo o mercado no sentido da qualidade, no cuidado a ter na preparação dos eventos. Gostaria de recomendar também um cuidado especial na preparação das candidaturas.” João Sacchetti www.festaseeventos.net

Luís Rasquilha


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OS VENCEDORES GRANDE PRÉMIO GALA DOS EVENTOS Evento: Optimus Alive!09 Organização: Everything Is New Data: 9,10 e 11 de Julho de 2009 Local: Passeio Marítimo de Algés Número de participantes: 110 000 pessoas O Optimus Alive! é o único evento que reúne música, arte e ciência a ser realizado anualmente na Área Metropolitana de Lisboa. É destacado no panorama nacional e à escala europeia, sendo referido e elogiado na imprensa nacional e estrangeira. O guia New Musical Express considerou o Optimus Alive!09 um dos 12 melhores festivais da Europa realizados fora do Reino Unido. O evento ofereceu em três dias 58 espectáculos de música divididos por três palcos com bandas e artistas de renome internacional. Agregou arte e ciência, através de exposições de fotografia. Financia, anualmente, duas bolsas de investigação no valor total de 26 000 euros.

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EVENTOS . Gala dos Eventos PRÉMIO REVELAÇÃO Evento: Sexta-feira 13 - Noite das Bruxas Organização: Município de Montalegre Data: 13 de Março de 2009 Local: Montalegre Número de participantes: 30 000 pessoas Este evento envolve os restaurantes, a população local e os visitantes que se adereçam a rigor para uma representação teatral, na qual se diz um esconjuro, enquanto se confecciona uma queimada que é bebida no final pelos visitantes para que fiquem purificados de todos os males sobrenaturais. Esta poção mágica é elaborada pelo Bruxo-Mor, representado pelo Padre Fontes, uma figura emblemática da região. “Sextafeira13 – Noite das Bruxas” é a celebração do dia das bruxas e realiza-se na vila de Montalegre sempre que o dia 13 de cada mês seja numa sexta-feira.

MELHOR EVENTO EMPRESARIAL Evento: Gala 50 Anos Sonae Organização: Desafio Global ativism Data: 18 de Setembro de 2009 Local: Fundação de Serralves, Porto Número de participantes: 300 pessoas Celebrating the Future foi o nome dado ao evento de celebração do 50º aniversário da Sonae, realizado nos jardins da Fundação de Serralves. A complexidade do espaço exigiu a construção de uma tenda elevada a cerca de 60 cm sobre o parterre lateral da Casa de Serralves. O objectivo do evento passou por presentear os convidados com um momento memorável fazendo uma retrospectiva dos últimos 50 anos na vida da Sonae. O evento contou com a presença de diversas autoridades do Estado, incluindo o Primeiro-Ministro. Para garantir um meticuloso rigor no acompanhamento das personalidades presentes, a organização recorreu aos serviços de consultadoria de Protocolo. Foi criado um espectáculo exclusivo para este evento, representativo das cinco décadas de história da Sonae e do seu futuro, com a participação da Orquestra Nacional do Porto e mais de cinquenta bailarinos e acrobatas.

MELHOR CONGRESSO Evento: 11º Congresso Nacional Oncologia e 7º Congresso Nacional Enfermagem Oncológica Organização: Bloom Up Data: 15 a 18 de Novembro de 2008 Local: Funchal – Madeira Tecnopolo Número de participantes: 800 pessoas O evento assumiu como principal objectivo, em termos organizativos, a reunião do maior número possível de médicos das especialidades envolvidas, assim como o elevado envolvimento ao nível de patrocínios e apoios institucionais. O número de congressistas excedeu largamente as expectativas, cerca de 800 pessoas estiveram presentes. Registou-se também uma forte participação ao nível de patrocínios e apoios, tendo contado inclusive com o apoio do Governo Regional da Madeira, que ofereceu na residência oficial do governador um cocktail de boas-vindas.

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EVENTOS . Gala dos Eventos MELHOR FEIRA DE NEGÓCIOS Evento: Cisco Expo 2009 Organização: Desafio Global ativism Data: 19 e 20 de Maio de 2009 Local: Centro de Congressos do Estoril Número de participantes: 1000 pessoas /dia Cisco Expo 2009 foi uma “Exposição na Área das Novas Tecnologias” levada a cabo pela Cisco Portugal em conjunto com 37 dos seus parceiros. Durante dois dias, para além de uma vasta área de exposição, foram efectuadas diversas intervenções de oradores nacionais e estrangeiros, incluindo a do ex-Presidente da República, Jorge Sampaio. Para além de uma área dedicada a networking, com os diversos stands dos participantes foi criada uma área de sensibilização para as questões ambientais e de sustentabilidade. Nesta edição de 2009, a Cisco Expo apostou também na “Experiência”, criando uma zona de demonstrações única, e realizaram-se igualmente apresentações das mais recentes inovações tecnológicas.

MELHOR EVENTO DE MOTIVAÇÃO Evento: XI Challenge Grupo Lena Organização: Eventura, SA – Big Time Data: 4, 5 e 6 de Setembro de 2009 Local: Aljustrel Número de participantes: 206 participantes / 80 convidados / 110 membros staff Pelo 11º ano consecutivo o Grupo Lena mobilizou centenas de pessoas num evento outdoor. Provas diurnas e nocturnas, in e outdoor, individuais e de grupo testaram as capacidades dos participantes que aprenderam as mais-valias de competir em equipa e com fair-play. Ao longo de três dias, 206 challengers divididos em 34 equipas de 29 empresas e 80 convidados trabalharam competências de negociação, compromisso e trabalho de equipa, liderança, motivação, comunicação, flexibilidade, planeamento, organização e superação. E foi um meio de comunicação ímpar com parceiros (internos e externos), órgãos de comunicação social e comunidade.

MELHOR EVENTO DE MARCA Evento: Time to Imagine Organização: Desafio Global ativism Data: 9 de Outubro de 2009 Local: Cordoaria Nacional Número de participantes: 150 pessoas Para o lançamento da nova linha de electrodomésticos da marca Samsung, foi criado um evento com o objectivo de apelar à imaginação e aos sentidos dos convidados passando ao mesmo tempo os conceitos de ecologia, design, tecnologia e performance. Foram criadas duas áreas, uma zona lounge de exposição dos produtos e uma outra destinada ao jantar. Esta última foi a estrela da noite, com um conceito desenvolvido de raiz: uma “Dream Table”, uma mesa palco, com 50 metros de comprimento e 2,50 metros de largura, que ficou totalmente coberta por uma projecção. Na mesa estiveram também bailarinos que faziam piruetas, andavam de patins em linha, e ainda uma cantora que interpretou vários medleys.

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MELHOR EVENTO DESPORTIVO Evento: Race of Champions – Southern Europe Final Organização: GNI Events Data: 6 e 7 de Junho de 2009 Local: Estádio do Dragão - Porto Número de participantes: 48 600 pessoas A Race of Champions é um evento desportivo que junta alguns dos melhores pilotos do mundo em estádios emblemáticos, neste caso no Estádio do Dragão, com o intuito de determinar quem é o melhor piloto de entre diversas categorias. O evento recebeu em Portugal mais de 45 000 pessoas, tendo sido transmitido para mais de 200 países e visionado por mais de 180 milhões de telespectadores. A Race of Champions foi o evento desportivo automóvel com maior retorno mediático em Portugal em 2009. Foi composto por várias componentes de animação pré, durante e pós-evento. A destacar as sessões de acrobacias em carros e motos e a co-driver experience, onde pessoas do público e sponsors viajavam no lugar do co-piloto em plena competição.

MELHOR EVENTO CULTURAL Evento: Viagem Medieval em Terra de Santa Maria Organização: Feira Viva, Cultura e Desporto, EEM Data: 30 de Julho a 9 de Agosto de 2009 Local: Santa Maria da Feira Número de participantes: 500 000 pessoas A Viagem Medieval em Terra de Santa Maria é um evento de recriação histórica que resulta da iniciativa conjunta da empresa municipal Feira Viva, da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da Federação das Colectividades de Cultura e Recreio do Concelho. A 13ª edição da Viagem Medieval contou com 23 áreas temáticas, onde o público pôde assistir a recriações, vivências e costumes da época retratada nas ruas, praças e monumentos do centro histórico da cidade da Feira. Assumindo um crescendo do número de visitantes da cidade durante o evento – que ultrapassa os 500 mil – o evento envolve a população de um modo geral e os espaços comerciais.

MELHOR EVENTO PÚBLICO Evento: Noite Branca Algarve 2009 Organização: Câmara Municipal de Loulé Data: 29 de Agosto de 2009 Local: Centro da cidade de Loulé Número de participantes: 25 000 pessoas A Noite Branca Algarve 2009 foi a terceira edição do maior evento de chill out do país, com a cidade a vestir-se de branco para a despedida do Verão algarvio. Numa noite, a cidade é transformada num palco gigante de animação, descontracção e cultura, onde os visitantes são os protagonistas. Mais de 150 artistas deram vida às ruas e ruelas de Loulé, com o branco como mote permanente e transversal às várias manifestações, que vão da música à animação de rua, da moda à pintura, do novo circo às artes plásticas. O objectivo era contribuir para a dinamização do comércio local da cidade e atrair pessoas ao centro, demonstrando que há mais para oferecer no Algarve, para além de sol e praia.

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EVENTOS . Gala dos Eventos MENÇÃO HONROSA EVENTO PÚBLICO Evento: Acto Inaugural da XIX Cimeira Ibero-Americana Organização: EuroRSCG Design & Arquitectura Data: 29 de Novembro de 2009 Local: Jardins de Belém Número de participantes: 600 pessoas O evento foi realizado nos Jardins de Belém, em frente à Torre de Belém, que representa o ponto de partida de Portugal para o mundo. Com uma previsão de cerca de 600 participantes, dos 22 países da Comunidade Ibero-Americana, incluindo chefes de Estado, foi necessário coordenar tudo com o Protocolo de Estado e os Serviços de Segurança. A artista portuguesa convidada foi a fadista Mariza e a cerimónia encerrou com fogo-de-artificio lançado a partir do Tejo. Foi seguida de jantar para convidados numa segunda tenda, e de jantar para chefes de Estado e convidados especiais nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos.

MELHOR PRODUÇÃO | PERFORMANCE ARTÍSTICA Evento: O Quinto Elemento - Lançamento Fiat 500 C Performance artística: PMP Data: 20 de Junho de 2009 Local: Campo Pequeno - Lisboa Número de participantes: 3500 pessoas As performances para o lançamento do novo Fiat 500 foram baseadas nos quatro elementos (ar, terra, fogo e água) com a incorporação de elementos aéreos, fogo, neve, água e pirotecnia. O conceito passou pela inserção e fusão de vários elementos, entre eles um cubo gigante como base de projecções, dentro deste um adereço gigante simbolizando um cubo de gelo e lá dentro o FIAT 500 suspenso. A dada altura o cubo de gelo desce de dentro do cubo de projecção e, de lá, sai o carro que pousa num palco giratório de 6 m. Uma explosão de luz e som dá início a uma performance representativa dos quatro elementos. Toda a performance foi conduzida por um mestre de cerimónias, que fez a ligação entre todos os elementos, revelando no final o Quinto elemento – FIAT 500

MELHOR PRODUÇÃO | COMUNICAÇÃO E DESIGN Evento: EDP Live Encontro Distribuição Organização: Desafio Global ativism / Mola ativism Data: 4 de Dezembro de 2009 Local: Pavilhão do Rio – Centro de Congressos de Lisboa Número de participantes: 750 pessoas Este evento foi um encontro de quadros com o objectivo de apresentar as conclusões do ano anterior e apresentar os objectivos para o ano seguinte. Foi a concretização física do conceito marca EDP LIVE criada pela Mola ativism, que exprime o seu novo posicionamento: “Viva a nossa energia”. Em termos de cenografia este conceito é espelhado na cenografia da mesma, em que o palco em 360º permite uma proximidade maior entre o orador e o participante.

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MELHOR PRODUÇÃO | AUDIOVISUAL E MULTIMÉDIA Evento: Passagem de Ano 2009/2010 Organização: Macedo’S Pirotecnia Data: 31 de Dezembro de 2009 Local: Funchal - Madeira Sendo um dos destinos turísticos mais procurados do mundo, a Passagem de Ano na Madeira oferece o maior espectáculo pirotécnico do mundo (reconhecido pelo Guinness World Records). Este é o maior cartaz turístico da região, que leva ao Funchal na passagem de ano milhares de turistas portugueses e estrangeiros. Foram efectuados 99 mil disparos de fogo-de-artifício, a partir de 38 postos de fogo, a uma cadência de mais de 12 350 disparos por minuto.

MELHOR PRODUÇÃO | ESTRUTURAS E LOGÍSTICA Evento: Passagem de Ano 2009/2010 Organização: Macedo’S Pirotecnia Data: 31 de Dezembro de 2009 Local: Funchal – Madeira Dada a dimensão do evento, foram necessárias 383 pessoas para a organização, sendo a maioria (187) na área da segurança e vigilância, departamento de produção (95) e distribuição (51). Foram necessárias ainda cinco viaturas de nove lugares, 12 viaturas ligeiras, seis motos, 12 tractores, dois camiões-grua, 14 gruas de grande porte, 20 carrinhas de carga, um retro–escavador, uma lancha de apoio às plataformas de mar , seis barcos, 23 contentores, 12 galeras (atrelados) de camião, seis barcos areeiros e plataformas marítimas e uma grua para carga e descarga dos areeiros, bem como dois contentores para destruição de resíduos e 20 contentores de lixo.

SUSTENTABILIDADE Evento: EDP Barragem do Lindoso Organização: Desafio Global ativism Data: 24 de Abril de 2009 Local: Lindoso Número de participantes: 700 pessoas O objectivo do evento era dar a conhecer a nova campanha da EDP, apoiada em valores de sustentabilidade e com preocupações ambientais em relação ao meio ambiente em que se insere. E por isso todo o CO2 emitido no âmbito do evento foi compensado através do sistema carbon neutral. O espectáculo teve a participação de Paulo Gonzo, responsável pela banda sonora da nova campanha, e decorreu na casa das máquinas da barragem, situada a 340 metros de profundidade. O local do evento implicou uma preparação rigorosa, bem como uma equipa de montagem e realização em que estiveram oito gestores de eventos e mais de 200 pessoas em toda a produção. A preparação do projecto teve início dois meses antes e implicou o planeamento de cuidadosos planos de segurança em conjunto com as equipas de paramédicos, bombeiros e forças policiais locais, assim como com a equipa especializada da Barragem do Lindoso, todas elas presentes no dia do evento.

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EVENTOS . Gala dos Eventos MELHOR CENTRO DE CONGRESSOS Centro de Congressos do Estoril Localização: Estoril Ano de inauguração: 2001 Capacidade: 2000 pessoas O Centro de Congressos do Estoril tem como target principal três sectores distintos: associativo, no qual trabalha na pesquisa e na preparação de candidaturas, corporativo, e o sector institucional público, na realização de todo tipo de iniciativas, nacionais e internacionais. Desenvolveu uma metodologia própria de organização de eventos sustentáveis e foi o primeiro Centro Europeu a ser certificado como Green Venue pela Green Globe International. Em 2009 ganhou o prémio Green Exhibitor Award na participação na maior e mais prestigiada Feira Internacional de Turismo de Negócios em Frankfurt, a IMEX. E no mesmo ano venceu uma menção honrosa na Gala Anual de Prémios do Turismo de Portugal.

MELHOR ESPAÇO PARA EVENTOS Vale D’Algares – Quinta Localização: Vila Chã de Ourique - Cartaxo Ano de inauguração: 2008 Capacidade: 3000 pessoas A Herdade Vale D’Algares integra várias vertentes complementares: produção própria de vinhos, realização de eventos outdoor, turismo natureza, turismo equestre, turismo rural e enoturismo. A Quinta, uma propriedade de 100 hectares com cascatas, lagos e aves selvagens, possui um Centro Equestre que organiza várias competições equestres, com campo de relvado ao ar livre, bar, pista de cross‑country, picadeiros com piso de sílica all weather, área para boxes amovíveis de apoio aos concursos hípicos e coudelaria. Este espaço tem vindo a acolher grandes eventos outdoor de entre as mais distintas marcas nacionais e internacionais, bem como leilões de cavalos, acções corporate e actividades de team building, eventos desportivos, entre outros.

MELHOR ESPAÇO MULTIUSOS Pavilhão Atlântico Localização: Parque das Nações-Lisboa Ano de inauguração: 1998 Capacidade: 20 000 pessoas O Pavilhão Atlântico acolhe anualmente uma média de 80 eventos, com tipologias muito diversas, e cerca de 400 mil pessoas. Até aos dias de hoje já registou a participação de cerca de 4,5 milhões de visitantes nos cerca de 940 eventos que recebeu. Para além da sua maior sala, a Atlântico, com 5 200 m2 e capacidade até 12 500 pessoas, dispõe de outros três espaços que permitem, de forma autónoma ou integrada, acolher eventos. A Sala Tejo, um espaço de 2 200 m2 e capacidade para acolher até 3 000 pessoas, o Centro de Negócios, com capacidade para 500 pessoas, constituído de um espaço amplo, que pode ser transformado em 11 salas autónomas, e a Sala do Tratado de Lisboa, com uma área de 260m2.

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MENÇÃO HONROSA ESPAÇO MULTIUSOS Estádio do Dragão Localização: Porto Ano de inauguração: 2003 Capacidade: 52 000 pessoas O Estádio do Dragão dispõe de vários espaços distintos: camarotes, salas, auditórios, foyers e o próprio relvado oferecem uma vasta gama de soluções para a materialização de uma mega produção ou para a realização de reuniões empresariais de pequena, média e grande dimensão. Dispõe de três auditórios, de 482 m2, 210 m2 e 155 m2. Desde que foi inaugurado já foi palco de 373 eventos, para 186 000 pessoas, sem contar com os jogos de futebol. Foi o primeiro estádio no Mundo com certificado de qualidade ISO 9001 e 12001, e o primeiro na Europa a receber o titulo de Greenlight, estatuto que premeia a utilização racional de energia e qualidade de iluminação com preocupações ecológicas e ambientais.

MELHOR HOTEL Corinthia Hotel Lisbon Localização: Lisboa Ano de inauguração: 2004 Capacidade: 518 Quartos – Área de Congressos até 1400 pessoas O centro de conferências é o maior num hotel de 5 estrelas e integra uma área multifuncional com 15 salas de reunião, num piso único com uma área de 3 000 m2, e uma capacidade total até 1400 delegados. O foyer do Centro de Conferências, com 800 m2, transforma-se de acordo com as necessidades do cliente e está ainda equipado com um Business Centre. O jardim do hotel, com 1 200m2 de pavimento e área total ajardinada de 1 250 m2 pode ser utilizado para eventos exteriores. O hotel dispõe ainda do Executive Club Sky Lounge, localizado no 24º piso, frequentemente utilizado para reuniões de direcção, lançamentos de produtos de luxo, cocktails de Embaixadas, exposições de artistas de renome e outros.

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OPINIテグ

Diogo Assis Director da TLC

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COMO MOTIVAR QUANDO OS VULCÕES ESPIRRAM E AS COMPANHIAS AÉREAS ESTÃO EM GREVE? Tradicionalmente os incentivos contêm elementos de surpresa e únicos, os ditos WOW factor, mas hoje o WOW é criado por espirros de vulcões que fecham o espaço aéreo ou greves que deixam os aviões no chão. Seria irresponsável um qualquer organizador de eventos profissional adoptar o método da avestruz para o planeamento de eventos, já que o que pensaríamos não poder acontecer acontece com alguma regularidade. Temos, por isso, que encontrar soluções que sejam logisticamente fortes, construidas com planos de contingência, ao mesmo tempo que precisamos de ser criativos na comunicação com os participantes e tornar situações imprevistas e incontroláveis em experiências positivas. É interessante ver que agências na Islândia estão agora a oferecer programas para visitar os vulções - que até há data eram um pico de gelo -, tanto do ar como de terra. Isto trás com certeza de uma abordagem eco-friendly para barbecues.

O facto do periodo de confirmação dos eventos ter reduzido drasticamente ajuda em alguns aspectos, como a escolha do destino. Esta escolha hoje baseia-se não só no bom tempo, nos bons hotéis, boa gastronomia, actividades criativas, etc. como também num risco mínimo de perturbações ou agitação geológica, conflitos sociais ou dificuldades económicas. Com os departamentos de compras das empresas cada vez mais envolvidos e reguladores, a escolha de fornecedores tem por base também

as políticas de gestão de risco, gestão de crise, solidez financeira e planos de contingência mantendo o factor WOW nos seus programas. Tantas vezes consideramos só o cliente que contrata os serviços quando se trata de apresentar ideias e soluções para o evento, mas talvez seja hora de começar a pensar um pouco mais nos participantes. Eles, em última instância, são os que decidem, já que nenhuma empresa ignora o feedback do seu público interno. Isso seria claramente uma inversão das suas politicas de responsabilidade social.

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OPINIÃO . Como motivar quando os vulcões espirram e as companhias aéreas estão em greve?, por Diogo Assis Na concepção de soluções para o mercado actual, temos agora que considerar :

. Planos de contingência pensados desde o início, a fim de gerir expectativas. . Elementos no programa, que motivem, com menos possibilidade de serem afectados pelos números de participantes que alteram em cima do evento. . Actividades que envolvam os participantes com a comunidade local, que deixem um legado na comunidade, melhorem a vida dos mais desfavorecidos, ao mesmo tempo que,pelos resultados espectaculares, deixam memórias fortes nos que participaram. . Elementos que activem todos os sentidos e gravem na memória de cada participante o evento. . Peças de comunicação (teasers) que vão construindo interesse e motivação para o evento, mas são ao mesmo tempo informativas. É preciso passar mensagens de confiança de que o planeamento do evento foi preparado para a maioria das eventualidades.

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Portugal realmente tem muitas vantagens e neste mundo a perda de um é o ganho do outro.Temos que promover Portugal de forma responsável. Temos muitos factores WOW para incluir em eventos de motivação e criar uma impressão positiva nos participantes ao mesmo tempo que somos um destino seguro, value for money e com uma qualidade do serviço acima da dos nossos concorrentes. Os meios de comunicação também estão a mudar muito os programas tradicionais de incentivo. Há que aproveitar as novas ferramentas para potenciar o investimento do cliente, as redes sociais permitem comunicar e envolver os participantes antes do evento e prolongar as memórias pós‑evento com a publicação de fotografias, videos, comentários, etc. O Youtube é usado cada vez mais como ferramenta de marketing e para passar mensagens de motivação personalizadas. As redes sociais são fundamentais para comunicar com a geração X e Y, que é agora o mercado-chave a motivar.


EVENTOS

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MERCADO DA CULTURA INTERNACIONALIZA-SE O primeiro passo da internacionalização da Mercado da Cultura está a ser dado com a exposição Tutankhamon – túmulo e tesouro, que decorre até Outubro em Madrid. Este evento é fruto de uma parceria entre a alemã Semmel Premium Exhibitions e a empresa portuguesa, que avança para este projecto com a marca ArtStation. A exposição apresenta, pela primeira vez, em 3 000 m2, o tesouro funerário do lendário faraó Tutankhamon, tal como foi encontrado pelo seu descobridor, Howard Carter, em Novembro de 1922. A primeira exibição do evento decorreu em 2008, em Zurich. Desde então, esteve aberta ao público em Brno, Munich, Hamburg, Barcelona e Budapest, tendo já sido vista por quase um milhão e meio de pessoas. A produção da exposição custou 5 milhões de euros. Segundo João

Parreira, director geral da ArtStation/ Mercado da Cultura, a participação como co-organizador da exposição concebida pela Semmel, sobre Tutankhamon o seu túmulo e tesouros, é um grande esforço da empresa portuguesa para a internacionalização, ao mais alto nível, e pela intervenção em novos mercados.

ALGUNS NÚMEROS . A exposição foi transportada por 17 mega camiões, de Budapeste para Madrid; . 50 técnicos estão envolvidos na exposição; . A exposição já foi visitada, aproximadamente por 1,5 milhões de pessoas; . A data prevista de encerramento é 17 de Outubro; . Todas as réplicas foram feitas no Egipto por artesãos egípcios; . A exposição contém aproximadamente 1000 réplicas; . Custos de produção: cinco milhões de euros; . Custos de produção local: 2,2 milhões de euros, sendo 2 milhões directamente investidos em Madrid.

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EVENTOS

PRESENÇA MAIS SUSTENTÁVEL NA IMEX O Turismo de Portugal apresentou-se na IMEX com o novo stand, criado pela Multilem, e localizado bem à entrada do pavilhão 8 da Feira de Frankfurt. Um stand de 504 m2, com uma estrutura mais aberta, propícia à interactividade entre visitantes e expositores, onde estavam presentes 43 empresas do sector e seis convention bureau, Porto e Norte, Lisboa, Estoril & Sintra, Algarve, Madeira e Açores. O espaço era composto por um auditório e uma área de recepção, onde todos os dias decorriam apresentações, happyhours e animação. Este ano a presença nacional foi mais sustentável, uma vez que o Turismo de Portugal foi parceiro da iniciativa Green Team que pretendeu sensibilizar www.festaseeventos.net

os expositores para reduzirem a produção de resíduos nos seus stands e promover a utilização de fontes de energia renovável durante a IMEX. Portugal usou assim apenas energia eléctrica proveniente de produção hídrica. Além disso todos os materiais promocionais foram recolhidos no final e reciclados. Refira-se ainda que os materiais utilizados na construção do novo stand são na maioria estruturas recicláveis e 90% da iluminação é de baixo consumo, recorrendo a lâmpadas de LED. Pedro Castro, administrador da Multilem, explica que ganharam o concurso para o novo stand de Portugal numa consulta a onze empresas, algumas delas internacionais. A ideia

vencedora contempla uma estrutura flexível, capaz de se adaptar a diferentes espaços, e em que o branco impera. “O importante é mostrar imagens, pelo que é preferível dispor de um ambiente neutro. E graças ao uso de Panaflex [um material durável, flexível, translúcido, constituído de uma camada de poliéster entre duas camadas de vinil], conseguimos mostrar imagens sem juntas, sem emendas”. Para além dos módulos de negócio, onde está cada entidade ou empresa representada, é possível ter no novo stand jogos, animações interactivas ou ainda um plasma wall com filmes sobre o país.


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NOVO MODELO DE CATERING As Escolas de Hotelaria e Turismo de Lisboa e do Estoril envolveram‑se este ano na IMEX de uma forma muito particular, foram responsáveis pelo catering no stand de Portugal. Dois formadores e seis alunos foram incluídos no projecto cujo objectivo foi integrar a formação no plano global da projecção da imagem do país. Os elementos das escolas tinham a cargo tudo o que dissesse respeito à alimentação, quer nas happy-hours, quer no serviço aos expositores. O cuidado com a imagem e a divulgação dos produtos nacionais foram duas intenções muito claras, conta Paulo Baptista , professor de Restauração e Bebidas da Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Para os alunos foi uma experiência única, “tomaram consciência de uma realidade a que não estão habituados”, explica. Os alunos foram seleccionados pela capacidade técnica e “pela capacidade de sorrirem e estarem bem-dispostos”. O feedback dos expositores foi positivo.

ESTORIL GREEN FUND Nas últimas feiras internacionais do sector, o Centro de Congressos do Estoril (CCE) tem surpreendido pela forma como se apresenta, “temos procurado ser sempre criativos, dinâmicos e inovadores, e interagir com o público visitante”, explicou Pedro Rocha dos Santos, director do CCE. Nesta edição da IMEX, e depois de no ano passado terem vencido o Prémio de Green Exhibitor, o CCE foi convidado a integrar um projecto da feira, um stand de Responsabilidade Social. “A IMEX permitiu-nos desenvolver algumas das ideias que tivemos o ano passado, nomeadamente de colocarmos mobiliário sustentável, solução que tem sido elogiada por toda a gente”, refere o responsável. Além disso, o CCE foi

patrocinador de todos os centros de reciclagem e recolha de lixo da feira, aproveitando essa exposição para lançar um novo produto, o Estoril Green Fund, um programa de incentivo à organização e à utilização das ferramentas verdes disponibilizadas pelo Centro de Congressos. “Temo-nos deparado com alguma resistência, porque há a noção de que é preciso investir mais para tornar os eventos mais responsáveis. O que fazemos é demonstrar o contrário, e para que não haja ‘desculpas’ decidimos este ano, inclusivamente, financiar essa atitude”, conta Pedro Rocha dos Santos. Este fundo funciona da seguinte maneira: ao ser reservado o espaço, é gerado um crédito que pode depois ser utilizado pela empresa na compra de serviços. Esse crédito não tem que ser usado necessariamente no evento para o qual está a ser contratado o espaço, pode ser acumulado e usado em qualquer altura.

ISLÂNDIA APONTA AO TURISMO DE EVENTOS De modo a incitar o turismo de lazer e de negócios no país, a Islândia lançou na IMEX a campanha “Inspired by Iceland” (www.inspiredbyiceland.com). Os voos para a Islândia estão operacionais, bem como todas as infra-estruturas turísticas. No stand do país, um vulcanologista, Ari Trausti Guðmundsson explicava à imprensa o ponto de situação do Eyjafjallajokul. O responsável mostrou que só 25% do país é activo do ponto de vista vulcânico, e que as principais cidades do país não fazem parte desta percentagem. “É preciso aprender a viver com as erupções vulcânicas”, diz o especialista, “já vivi cerca de 20 erupções vulcânicas e nenhuma delas afectou o resto do mundo”. O que aconteceu com o Eyjafjallajokul trouxe uma situação nova para a indústria da aviação, que decidiu tomar o máximo das precauções - o que talvez tenha

sido exagerado -, refere o vulcanologista que, no entanto, acha a posição da indústria totalmente compreensível, uma vez que não é possível medir a densidade das cinzas a 10 quilómetros de altitude. Durante décadas não aconteceu nada, mas por enquanto não há certezas de que o vulcão Eyjafjallajokul não volte a entrar em actividade, “temos 60 estações de monitorização na área, que nos vão permitir avisar quando alguma coisa acontecer”. Mas ninguém pode dizer hoje se isso vai acontecer daqui a um ano ou na próxima década. É algo com que temos que viver, explica Ari Trausti Guðmundsson. O especialista deu ainda conta de como a paisagem daquela zona da Islândia se modificou com a recente erupção, o que por si só é um motivo para viajar até ao país.

A IMEX é uma das mais importantes feiras do sector da meeting industry, recebendo 3 800 compradores de todo o mundo, e 3 500 expositores de 150 países. Além do espaço expositivo, há um programa intensivo de seminários. Realizou‑se no final de Maio, em Frankfurt. Cláudia Coutinho de Sousa

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OPINIテグ

Miguel Neves

Director de Operaテァテオes para a Europa da Synaxis - Meetings & Events

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O FUTURO DAS FEIRAS PROFISSIONAIS O modelo corrente de feira profissional serve na sua essência para juntar num local o maior número de pessoas para falar de negócios. Há quem chame às feiras profissionais as redes sociais originais. Embora este formato no passado tenha provado a sua eficácia, na realidade o conceito de estar fechado durante longos dias em grandes pavilhões industriais, frequentemente sem alimentação adequada, é pouco natural, cansativo e desmotivante. Nestes enormes espaços barulhentos, milhares de pessoas trocam olhares e palavras agitadamente mas, mais cedo ou mais tarde estes olhares deixam de se cruzar e os participantes viram zombies, com tendência para se ignorarem uns aos outros. Este formato, que foi no passado o método principal dos fornecedores comunicarem com potenciais clientes, neste momento já não se justifica. Os fornecedores têm agora muitas outras formas de chegar aos clientes. Várias empresas já tomaram a decisão de não participar em feiras que outrora foram

cruciais para a sua estratégia de comunicação. Recentemente a Apple decidiu não marcar presença na MacWorld, uma feira profissional dedicada somente a produtos relacionados com os computadores da mesma marca. Em termos de sustentabilidade as feiras profissionais parecem

verdadeiros dinossauros, especialmente em termos ambientais. A maioria das feiras profissionais utiliza milhares de metros quadrados de alcatifas raramente recicladas, stands construídos de raiz todos os anos e milhares de panfletos, brochuras e brindes que frequentemente acabam

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OPINIÃO . O futuro das feiras profissionais, por Miguel Neves no lixo dos quartos de hotel. O conceito de ter milhares de viajantes de todo o mundo congregados num local causa também grandes distúrbios ambientais. Na vertente social também é difícil ver grandes benefícios, já que os clientes e os fornecedores muitas vezes têm um impacto mínimo na comunidade local. Talvez as acções de formação que se realizam em torno das feiras sejam um dos poucos benefícios sociais. Os benefícios económicos estão na base da realização das feiras, mas mesmo nesta vertente por vezes é difícil provar a sua eficácia.

sempre ter de unir

termos de conceitos. Por exemplo, para estabelecer metas de participação, tem cada vez menos importância o número bruto de visitantes a uma página de uma rede social, a verdadeira métrica do sucesso é a interacção dos visitantes. No caso das feiras a métrica do sucesso comercial também deve evoluir e deixar de ser baseada no numero de cartões de visita coleccionados, ou no tráfego medido à entrada da feira, para ser baseado na qualidade das conversas e futuras relações comerciais. A recentemente formada Meetings Mindset procura oferecer a participantes em feiras um conjunto de ferramentas para poderem maximizar as suas participações, tornando os participantes em “superparticipantes”.

clientes e fornecedores,

Vários fornecedores

afinal esta interacção

já se aperceberam da

é o “segredo do

importância de evoluir

negócio”, e para isso,

a sua participação e

na minha opinião,

consequentemente a

o contacto pessoal é

natureza das feiras.

indispensável.

Estes fornecedores são

É certo que iremos

No seu formato corrente as feiras profissionais têm algum valor ao focar a atenção dos participantes durante um curto espaço de tempo, em vez das interrupções do dia-a-dia. Embora esteja certo que as feiras vão gradualmente perder o seu fulgor, não penso que as mesmas serão substituídas por equivalentes virtuais. Penso sim que tecnologias sociais como o Spotme, Badge2match ou o Poken trarão alguma nova vida às feiras profissionais, já que estes produtos ajudam a estabelecer novos contactos e informar os participantes de uma forma divertida. As redes sociais também podem ajudar, não só ao criar novos meios de comunicação, mas também em

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os que conseguem no seu pequeno espaço criar uma experiência, e não só uma conversa, que diferenciam o seu produto e que criam relações comerciais duradouras.

Esta experiência pode vir de um bom café ou uma cadeira confortável ou ir tão longe como uma massagem relaxante, ou uma experiência 3D em que o cliente se sente por momentos longe da azáfama da feira. Para os organizadores das feiras profissionais a evolução deste formato pode ser visto como um ataque ao seu negócio, mas espero que num futuro próximo os organizadores encarem esta evolução de forma positiva e cheia de novas oportunidades As feiras profissionais dedicadas ao sector de conferências e eventos, tais como a IMEX e a EIBTM, devem ser pioneiras nesta evolução. Neste momento são as feiras profissionais do sector das novas tecnologias que lideram a evolução, talvez porque o conceito base ainda não foi desafiado, somente retocado com evoluções tecnológicas. Como será então a feira profissional do futuro? Neste momento não tenho uma visão clara, mas tenho a certeza de que qualquer que seja o formato a participação será mais divertida, menos cansativa e proporcionará a cada cliente uma experiência única e memorável, em vez do produto pouco diferenciado que existe hoje.


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SUSTENTABILIDADE

ATITUDE ROCK IN RIO CARBONOZERO Na CarbonoZero, todos os clientes, parceiros e fornecedores contam uma história. O Rock in Rio é uma das histórias que gostamos de partilhar. O primeiro capítulo da mesma remonta a 2006 - o primeiro ano em que a organização do festival, a Better World (BW), assumiu o compromisso pela quantificação e compensação das emissões de carbono associadas ao evento. O Rock in Rio Lisboa 2006 foi, assim, o primeiro evento de música com o selo CarbonoZero. Atribuir este estatuto significou quantificar todas as emissões geradas durante as diferentes fases do festival, da montagem à desmontagem da Cidade do Rock, no Parque da Bela Vista, durante o período de concertos e nos seus intervalos; recolher informação junto de quase 100 entidades diferentes; entrevistar mais de 3 000 espectadores… As emissões contabilizadas, cerca de 3 900 tCO2e, foram compensadas através do co-financiamento de um projecto florestal na Tapada Militar de Mafra. Esta área foi seleccionada de entre um conjunto de áreas florestais candidatas, no âmbito de um concurso que se promoveu especificamente para o efeito, e configura, hoje, a primeira floresta Rock in Rio CarbonoZero. Depois de conhecer a pegada carbónica do festival, a BW decidiu envidar todos os esforços para a sua minimização, sensibilizando e informando, não só a sua equipa, mas todos os seus stakeholders: parceiros, patrocinadores, media partners, fornecedores e público. Um ano antes da realização do Rock in Rio Lisboa 2008, a equipa CarbonoZero começou a trabalhar com a BW no desenvolvimento de um plano integrado de redução de emissões; o

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mesmo alicerçou a produção de um Manual de Boas-Práticas, vocacionado para os vários stakeholders que fazem parte da logística que está por detrás do festival, e onde foi dada primazia às áreas de intervenção que potenciariam os ganhos de eficiência energética e carbónica. A partir do inventário de emissões de 2006, foram desenvolvidas dezoito medidas para as (três) áreas‑chave: Energia, Mobilidade e Resíduos. Paralelamente, e sob um objectivo maior, a BW estrutura o seu Projecto Social 2008 em torno do tema “Por um Clima Melhor”, apostando na “consciencialização, sensibilização e acção de toda a população no que respeita às Alterações Climáticas”. No âmbito deste projecto lançou o Concurso Rock in Rio Escola Solar, que foi galardoado com o prémio internacional “Energy Globe Award”. O Rock in Rio Lisboa 2008 foi também o primeiro evento 100R® - Reciclagem 100% Garantida, pela Sociedade Ponto Verde. O resultado do Plano de Redução foi evidente no quantitativo de carbono do Rock in Rio em 2008, tendo-se registado uma redução de 5% das emissões por espectador, apesar de o evento de 2008 ter tido uma dimensão superior ao de 2006. O carbono gerado em 2008 foi anulado através da compra de créditos de carbono provenientes do projecto tecnológico da Nobrecel, no Brasil. Em 2010, a BW (re)afirma a Atitude Rock in Rio CarbonoZero. Tendo como tema do seu Projecto Social o “Desenvolvimento Sustentável”, a BW, para além de continuar a introduzir e promover a adopção de medidas de redução de emissões de carbono, e dar continuidade ao Concurso Escola Solar, promove também um conjunto

de novas acções direccionadas a novos targets, como o Prémio Rock in Rio Atitude Sustentável. Em conjunto com a CarbonoZero, desenvolve uma acção de sensibilização/informação dirigida ao público das redes sociais, com o objectivo de descodificar e disseminar a “Atitude Rock in Rio CarbonoZero”: podemos alterar pequenos comportamentos transformando-os em boas práticas no dia-a-dia, que terão impacto num futuro próximo; agir está ao alcance e é responsabilidade de todos. “Atitude Rock in Rio CarbonoZero” não é o culminar de um projecto CarbonoZero, é apenas a sua (re)afirmação!

E-Value / CarbonoZero


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LEITOR

CONSULTÓRIO DE PROTOCOLO Este é um espaço para onde os leitores da Festas&Eventos enviam as suas dúvidas e curiosidades sobre protocolo e imagem. As respostas são dadas por Susana de Salazar Casanova e Cristina Fernandes, autoras do blog http://protocolopt.blogspot.com. Num jantar oficial as senhoras (convidadas excepcionalmente na qualidade de mulheres de...) passam à frente das outras pessoas que protocolarmente estão colocadas acima delas? OG - Lisboa A resposta à pergunta é não. A diferença entre protocolo e etiqueta reside precisamente aqui: em situações regulamentadas pelas normas protocolares, como é o caso de um jantar oficial, as precedências são estabelecidas por estatuto/hierarquia/cargo (o critério do protocolo) e não por sexo (o critério da etiqueta), pelo que o facto de ser mulher não determina passar à frente de quem quer que seja, a não ser que a sua posição assim o determine. Contudo, a este propósito, refira-se que este tema, tão pertinente, que refere é considerado na legislação portuguesa que se encontra em vigor. Referimo-nos à Lei n. 40/2006 de 25 de Agosto, mais concretamente ao artigo n.º 8 que dispõe sobre as equiparações: é atribuído aos cônjuges das Altas Entidades Públicas – incluindo quem viva em união de facto –, um lugar equiparado ao da Alta Entidade que acompanham.

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Num evento com a presença do Presidente da República e Mulher, como é que devemos sentá-los no carro, para os transportar? AC – Porto Num evento em que compareça o Presidente da República e a Sua Mulher, o primeiro lugar na viatura, ou seja o lugar de trás, à direita, destina‑se ao Chefe de Estado. A Dra. Maria Cavaco Silva ocupa o lugar imediatamente a seguir e que é o lugar ao lado, à esquerda do Presidente. Há ainda outros aspectos relevantes a considerar (o da segurança é um dos mais importantes) que é o sentido da marcha e o local onde a viatura pára, para que a Alta Entidade possa sair. Para finalizar, acresce informar a ordem pela qual se deve entrar e sair da viatura. Quando o Presidente da República ocupa o seu lugar, já nele devem estar o condutor e o acompanhante. O segurança senta-se no banco ao lado direito do condutor. À saída da viatura, a ordem é: segurança, acompanhante e Alta Entidade em último lugar.


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Gostaria de saber a vossa opinião sobre o uso de flores/plantas nos eventos. Quais as vantagens/desvantagens? Devem ser naturais ou artificiais? Quais são as maiores tendências em relação a este item? SC, Setúbal A tendência dos cenários em eventos vem caminhando, desde há muito, no sentido do minimalismo e dos ambientes fortemente marcados pela tecnologia, pelo que o uso de flores e/ ou plantas tem diminuído consideravelmente face a cenários mais tradicionais. Isto não significa, porém, que este elemento decorativo deva, pura e simplesmente, ser eliminado. Em nosso entender, a decisão deverá ser tomada tendo em conta os seguintes aspectos:

. Adequar a forma e o tipo de flores e/ ou plantas ao cenário escolhido para o evento e, sobretudo, ao enquadramento geral do evento, nomeadamente ao tema. . Não cair no erro de escolher flores das cores do logótipo da marca: o efeito pode ser muito artificial. . Em mesas de presidência, e no caso de optar pelo tradicional arranjo, ter em conta o espaço ocupado pelas flores, a localização do arranjo e a altura do mesmo. Igualmente escolher flores sem cheiro para evitar processos alérgicos.

. Informe-se sobre a simbologia das flores e respectivo enquadramento multicultural. As flores e/ou plantas são um elemento decorativo que, como todos os demais, comunica. Reflicta sobre a mensagem que a presença de flores e /ou plantas vai transmitir e, dessa forma, facilmente concluirá se as deverá utilizar ou não. Em caso de tomar uma decisão positiva, utilize-as com moderação e bom gosto e, evidentemente, em perfeito estado de conservação e frescura (se naturais) ou de irrepreensível qualidade e bom aspecto (se artificiais).

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OPINIテグ

Pedro Cardoso

Director executivo da The House of Events

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A EXCELÊNCIA E A FELICIDADE SERÃO COMPATÍVEIS? No último artigo de opinião tinha prometido iniciar um novo ciclo de intervenção e partilha de inquietudes, numa “guerrilha intelectual” contra o status quo. Aqui estou a cumprir a promessa.

No meu dia-a-dia, vivo num dilema que quase todos os gestores de eventos partilham. Se por um lado sentimos a necessidade de dar substância a cada projecto, numa procura constante de inovação e soluções de excelência, por outro, tal só parece ser possível abdicando de algumas convicções, o que não faz qualquer sentido. Daí a pertinência da questão, porquanto a nossa “obsessão” pela perfeição, de fazer mais e melhor, tornou-se “o” paradigma, deixando esquecida a mais nobre missão, procurar a Felicidade. Acredito que, embora quase utópica, a visão de reunir o melhor de dois mundos é a única pela qual vale a pena lutar. As empresas de organização de eventos podem em muitos casos ser consideradas modelos de gestão exemplar, pelo patamar de exigência que se estabelece na relação com o cliente. Desde a concepção, planeamento e definição de conteúdos à gestão operacional, espera-se que sejam simultaneamente criativas, inovadoras, flexíveis e competentes em todas as áreas. Dos gestores de eventos (deveria dizer arquitectos de eventos), espera-se que, para além de exímios coordenadores e perfeccionistas, não permitam derrapagens orçamentais, nem tão pouco

atrasos na conclusão do projecto. No final há lugar a uma avaliação objectiva do desempenho e do retorno de investimento, condição sine qua non para poder anunciar o sucesso.

Na actual conjuntura, somos frequentemente confrontados com orçamentos desajustados, sujeitos a pedidos de “desconto” ou mesmo

De volta à questão: vale a pena a dedicação para cumprir a nossa responsabilidade social e contribuir para o equilíbrio e Felicidade individuais? Seguramente que sim, recusando abdicar de princípios e valores, combatendo activamente a mediocridade, o conformismo, a incompetência, a injustiça, a falta de ética e todos os obstáculos ao crescimento e à fidelização dos mercados, factores críticos para assegurar a sustentabilidade deste negócio.

indemnização, sempre que algum pormenor escapa ao controlo ou a operação não decorre segundo o plano.

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EVENTOS

ROCK IN RIO 2.0 Se lhe perguntarem onde se realiza o Rock in Rio Lisboa, talvez responda de imediato Parque da Bela Vista. A resposta não está errada, mas também não está completamente correcta. Antes, durante e depois do evento há localizações alternativas onde o público (e as marcas) podem viver o festival. Na internet e nas redes sociais, o Rock in Rio começa mais cedo e continua, mesmo quando a cidade do rock já voltou a ser o Parque da Bela Vista. Milhares de fãs tentaram no Facebook ganhar um dos bilhetes VIP atribuídos pelas várias marcas, um dos três quartos no hotel do Rock in Rio e, numa iniciativa da organização,

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puderam até escolher algumas das músicas que os Muse vieram a cantar durante o concerto. Partilharam fotos, vídeos, ganharam prémios e, sobretudo, sentiram-se mais próximos do

evento e das marcas que lhes proporcionaram as experiências que de outra forma não conseguiriam.


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UM HOTEL NO ROCK IN RIO Uma das marcas que tem estado associada às várias edições do festival é a Vodafone, que procura sempre proporcionar experiências únicas e diferenciadoras. Este ano, entre as várias acções que desenvolveu no âmbito do Rock in Rio, a marca trouxe uma novidade: o Vodafone 5 ***** um hotel no recinto do evento que permitiu a (alguns) clientes passar uma noite no Rock in Rio. A activação da acção na Internet começou no início de Abril, tendo a Vodafone lançado um passatempo onde os clientes eram desafiados a encontrar em Lisboa, Setúbal, Porto, Braga e Faro um quarto recriado no interior de uma carrinha e que lhes dava acesso a passar uma noite na Cidade do Rock. Neste quarto existia um personagem que lançava ao longo do dia pistas sobre a sua localização. O personagem interagiu com os participantes do passatempo através de uma webcam e de live chat (som, texto e imagens) feito através do site dedicado ao evento. Do outro lado os participantes podiam interagir com o anfitrião escrevendo no live chat. O primeiro a encontrar o quarto ganhou uma noite no Vodafone Hotel para o dia específico atribuído ao passatempo daquele dia. A marca apostou na internet para esta acção por considerar que é “o meio ideal para cumprir o propósito de fazer uma dinamização a nível nacional, com custos não muito elevados e totalmente original e interactiva”. Um terceiro quarto foi atribuído a duas pessoas em cada um dos dias no recinto do festival através de um passatempo.

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EVENTOS

CRIAR ESTRELAS DE ROCK

NO SITE, NAS REDES SOCIAIS E ATÉ NO IPHONE No site e no canal Rock in Rio do portal Vodafone live! foram disponibilizadas informações sobre o evento e conteúdos dos artistas que actuaram no festival, sendo igualmente divulgadas as iniciativas Vodafone ligadas ao Rock in Rio-Lisboa. No microsite foram disponibilizadas também fotos, informação e vídeos das diversas iniciativas levadas a cabo pela marca. Na página oficial Vodafone Música no Facebook foram também lançados desafios diários que permitiam ganhar bilhetes para o festival.

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A Vodafone, numa parceria com o Rock in Rio e a Wide Scope, desenvolveu ainda uma App (pequena aplicação) para o iPhone e o iPad, com um conjunto de informação relevante sobre o festival. Entre outras funcionalidades, esta aplicação disponibilizou as notícias mais recentes sobre o evento e permitiu obter informação sobre cada um dos diferentes espaços do recinto com base na localização com realidade aumentada para o telemóvel, através da integração da câmara fotográfica, da bússola e do GPS.

Também a Pepsi apostou na internet e nas redes sociais antes, durante e depois do Rock in Rio. Na página da Pepsi no Facebook foram realizados vários passatempos durante o evento e os participantes foram incentivados a partilhar as fotos e vídeos da sua passagem pela cidade do rock e pelos espaços da marca no festival. E para alguns dos clientes, foi mesmo a marca que lhes porporcionou a entrada no festival. A Pepsi criou uma competição de air bands (bandas que fingiam tocar e cantar) e os melhores ganharam bilhetes para o festival. Para concorrer era preciso submeter um vídeo no site da Pepsi. Os videos das actuações das bandas foram depois publicados no site e submetidos a votação online. Os participantes das três air bands mais votadas ganharam, cada um, um bilhete VIP para o Rock in Rio Lisboa 2010, além de outros prémios. Transformar o público em estrelas de Rock foi o que fez também a Toyota. Num dos espaços da marca no festival foram recriadas as poses emblemáticas de alguns dos artistas mais famosos de sempre em figuras de cartão. Bastava colocar a cabeça no espaço correspondente e, claro, tirar a foto que ia directa para o Facebook. Sempre quis fazer crowdsurfing (mergulhar para a multidão de fãs)? Quem passasse pelo espaço da Toyota também o poderia fazer. Além de ocupar o trono destinado ao rei do Rock. As marcas apostam cada vez mais em fazer os clientes sentirem-se especiais e eles retribuem ao partilhar na internet estas recordações do evento, mesmo quando ele já terminou. Sara Marques


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ESTORIL OPEN: MUITO MAIS DO QUE TÉNIS Há quem vá ao Estoril Open e não assista a um único jogo de ténis. O evento tornou-se ao longo dos anos mais do que uma competição desportiva, sendo uma importante montra de pessoas e grandes marcas. E este ano ainda mais, porque esteve presente um tal de Roger Federer. www.festaseeventos.net


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EVENTOS

A Copigés, empresa especializada em credenciação, e que colabora com o evento há vários anos, acreditou nesta edição 3500 pessoas, entre organização, convidados especiais, staff, imprensa, jogadores e treinadores. Para além destas, milhares de pessoas participaram neste evento que Brad Gilbert disse, no seu Twitter, tratar‑se de um “boutique tourney”, em português qualquer coisa como torneio charmoso e sofisticado. E, de facto, este é um espaço social por excelência, onde as pessoas se encontram, fazem negócios e onde as marcas se mostram e comunicam com um público-alvo muito apetecível e com poder de compra. Por isso, além dos amantes do ténis, que têm neste torneio uma oportunidade única de ver alguns dos melhores jogadores do mundos, o mais normal é ver executivos engravatados ou figuras públicas dos mais diversos quadrantes.

SILVESTRE FESTAS

CUF TRATA DA

CRIA O STADIUM

SAÚDE

Este ano o Court Central e a Sponsors Village (zona VIP) viram aumentado o seu espaço. O court apresentou pela primeira vez uma lotação acima dos 7 000 espectadores, enquanto que a Village foi transferida para o pavilhão de courts cobertos do Centro de Alto Rendimento do Jamor. Outra das novidades foi o Stadium, uma tenda que albergava o restaurante VIP do Estoril Open. Ao todo eram 3 000 m2 de restauração, com o catering a pertencer à Casa do Marquês. Esta estrutura esteve a cargo da empresa Silvestre Festas que trabalha já há oito anos no Estoril Open e há mais de 30 no mercado dos eventos. “Todos os anos procuramos apresentar algo de diferente no Estoril Open”, conta Didio Silvestre, que além desta estrutura própria e patenteada, criada pela empresa, montou todas as outras tendas presentes no Jamor, num trabalho que demorou um mês e meio e contou com cerca de 50 trabalhadores. Ao todo foram 11 mil metros quadrados de estruturas.

A Saúde CUF foi a empresa responsável pela assistência médica ao Estoril Open. A equipa era composta por 20 profissionais, desde médicos e enfermeiros a fisioterapeutas, que tinham a cargo os atletas, mas também o público em geral. Para isso foram criados dois espaços médicos. Mariana Montepegado, responsável comercial da Saúde CUF, explicou à Festas&Eventos que num evento com muita gente, num recinto grande, com pessoas de várias idades, os riscos são vários. A responsável disse ainda que como estratégia da marca foi criado um espaço na Village onde os visitantes podiam calcular o índice de massa corporal, o nível de glicemia e medir a tensão arterial. “Conseguimos atender 40 pessoas por dia, o que foi muito bom”, referiu. A empresa é parceira do Estoril Open há cinco anos, mas a parceria com a Lagos Sports já se estendeu a outros eventos como o Lisboa Dakar ou o Audi Med Cup Troféu de Portugal. Cláudia Coutinho de Sousa

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“ Transformamos sentimentos em imagens...â€? Reportagens de eventos sociais, festas empresariais, congressos, moda, books, foto de produto, trabalhos de estĂşdio, casamentos, baptizados.

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CATERING

À MESA COM...

Convidado: Marco Gomes*

MARCO GOMES

Sinopse: O Chef Marco Gomes convida uma senhora de Alfândega da Fé, habituada a usar o forno a lenha, para que cozinhe a seu lado. Os participantes vão aprender a acender o forno, a utilizar os produtos e as técnicas locais de confecção dos alimentos. Ao longo do almoço vão poder degustar os pratos da cozinha tradicional elaborados pela convidada e os pratos de cozinha de autor elaborados pelo Chef Marco Gomes.

Quantos de nós são sensíveis a essa extraordinária motivação que é a boa comida? O desafiado, desta vez, para o nosso exercício sem cliente, foi o transmontano Marco Gomes, há alguns anos radicado no Porto, onde dirige

Tema: Cozinha ao natural

Local: Ponte do Arquinho em Alfândega da Fé

com mão sábia uma das casas mais bem

Acontecimento: Almoço para um grupo restrito de 20 convidados estrangeiros (neste caso, ingleses)

frequentadas pela excelente gastronomia.

Data: Primavera

Falamos do restaurante Foz Velha, bem

Música: Folclore

entendido. Como ele próprio diz, “conhecer a

Ementa

base da cozinha tradicional é extremamente importante para que os profissionais de hoje, através da cozinha de autor contemporânea, nos tragam à mesa lembranças da infância”.

Entradas Cozinha tradicional: Enchidos tradicionais grelhados na brasa (chouriço, salpicão e alheira) Cozinha de autor: Crocante de alheira de Trás-os-Montes com maçã e molho de cogumelos Pratos Cozinha tradicional: Leitão assado à Transmontana Cozinha de autor: Estaladiço de leitão com coulis de laranja e batatas crocantes Sobremesas Cozinha tradicional Pudim tradicional de castanhas Cozinha de autor Pudim de castanhas com gelado de cereja de Alfândega da Fé

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* Quando hoje regressa à terra de onde é natural, Alfândega da Fé, Marco Gomes relembra o seu trajecto na gastronomia, que começara mesmo ali, em casa de seus pais. Ainda muito novo ingressou na Escola de Hotelaria. Com passagem pelo Hotel Forte de S. Francisco, em Chaves, teve uma breve incursão pelo Algarve e por Viseu, onde trabalhou no Hotel Montebelo. Um novo regresso às origens, em terras transmontanas, com uma presença na Estalagem de Nossa Senhora das Neves e depois na Casa da Calçada, em Amarante. Finalmente o Porto e o Foz Velha, na velha Foz da cidade Invicta, onde continua ainda hoje. Mas mesmo aqui mantém a chama dos paladares da terra, os aromas e os sabores da infância. E assim vai continuar, numa conjunção de tradição e modernidade, com a sua equipa, na carta e no diaa-dia, ao serviço da causa da culinária portuguesa, criando novas sugestões, onde a qualidade dos produtos é sempre o mais valorizado. Crocante de alheira de Trás‑os‑Montes com maçã e molho de cogumelos Para 4 pessoas

Para a alheira:

Para o molho de cogumelos:

2 und. de alheira 150g de cebola 10g de alho 20g de salsa 1 folha de louro 200ml de caldo de galinha 100ml de azeite 2 folhas de massa Filo 1 und. de maçã 25g de manteiga 50g de açúcar 100g de cogumelos 10g de sementes de sésamo brancas e pretas 100g de alface mista Sal q.b. Vinagreta q.b. Piripiri q.b.

Colocar um tacho ao lume com o azeite, 100g de cebola picada, alho, louro e deixar refogar. Adicionar a alheira sem pele, juntar o caldo de galinha e mexer bem até ficar uma pasta. Temperar com sal, piripiri e adicionar a salsa picada. Numa folha de massa Filo colocar o preparado, enrolar de forma a fazer um tubo e levar ao forno, polvilhado com sementes de sésamo durante 6 minutos a 180º C.

Numa panela colocar um fio de azeite e 50g de cebola picada, deixar refogar, adicionar os cogumelos lavados e cortados em pedaços, mexer, temperar com sal e acrescentar 150ml água, deixar cozinhar. Triturar com a varinha mágica.

Para a maçã confitada:

Empratamento: No canto do prato colocar a alface e temperar. Cortar o tubo da alheira e colocar ao lado da alface. Colocar o gomo da maçã e decorar com o molho de cogumelos.

Descascar e descaroçar a maçã, cortar em oito pedaços. Num tacho colocar a manteiga e o açúcar e mexer sempre até ficar com cor de caramelo. Adicionar a maçã e deixar cozinhar durante 2 minutos.

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FORMAÇÃO

Isabel Martin

Nuno Gustavo

Fernando Completo

FORMAÇÃO E REPRESENTAÇÃO PROFISSIONAL EM GESTÃO DE EVENTOS Ao longo dos últimos anos as ofertas de formação no domínio da gestão de eventos têm-se multiplicado, aumentado de forma significativa o portfolio de opções formativas, em sintonia com o crescimento e a atractividade crescente do mercado dos eventos. Apesar de ser uma realidade recente em Portugal, este facto não impede a existência de universo formativo diverso, contemplando diferentes ofertas em diferentes níveis de ensino, desde cursos de natureza técnico‑profissional a cursos de âmbito superior (nomeadamente ao nível da licenciatura e mestrado). Tal como no mercado das empresas prestadoras de serviços de eventos, também no plano da formação urge uma reflexão no sentido de devolver e garantir a necessária coerência, adequação, qualidade e certificação da oferta formativa. Num mercado onde a dimensão humana é um factor

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determinante e garante da vantagem competitiva das empresas, esta parece ser claramente uma variável central, a qual não pode ser menosprezada em nome da sustentabilidade e competitividade desta actividade. Em termos formativos, e tendo por referência o cenário actual e futuro

do mercado dos eventos, o ponto de partida para uma reflexão neste domínio deverá centrar-se no âmbito das competências. Este é desde logo um desafio complexo. O facto de este ser um negócio cada vez mais global, mais complexo, em rede, de inspiração high-tech e onde proliferam


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as diferenças culturais, consagra um crescente leque de competências cada vez mais díspares e heterogéneas. A identificação dos diferentes perfis de activos e respectivas competências, avizinham‑se nesta perspectiva como uma reflexão de âmbito estratégico para a evolução e competitividade do negócio dos eventos. Considerando a natureza dos eventos e contexto sociocultural, económico e ambiental das sociedades desenvolvidas, os modelos de ensino a adoptar são uma segunda questão essencial deste processo.

generalista e, numa segunda fase, integrar conteúdos dirigidos a mercados e a produtos de eventos claramente direccionados e específicos de modo a qualificar a actuação profissional.

Nesta lógica, os

Os modelos de formação, quer numa dimensão

modelos de ensino,

presencial, quer através da aplicação de modelos

também eles, não se

de ensino à distância, devem contemplar um

esgotam actualmente

campo de conhecimento de carácter transversal,

num mero paradigma

assente nos tradicionais contextos da gestão,

teoria/prática, mas

planeamento, economia, marketing e protocolo,

também e cada vez

com a dimensão mais específica, localizada e

mais num paradigma

dirigida, para o enfoque da temática em que se

presencial/online.

pretende trabalhar.

O debate sobre as mais-valias do online na formação já não é de actualidade. Pensar hoje a formação sem referir soluções online importa um desconhecimento das modalidades ao dispor no mercado. A formação em eventos é uma área onde deve, desde logo, sobressair o recurso a estas modalidades, dada a crescente integração desta dimensão na própria oferta do mercado. A diversificação dos conteúdos formativos e a especificidade das competências profissionais deverão ser também um foco de reflexão importante na promoção de novos modelos de formação em organização de eventos. Importa pois, numa primeira fase, desenvolver a matriz de formação, integrando-a numa dinâmica de foco

Existem competências diferenciadas e muito específicas no quadro das necessidades de desempenho, dependendo das tipologias e dinâmicas dos projectos que pretendemos desenvolver. As exigências profissionais para o planeamento e acção de projectos de organização de eventos desportivos exige conhecimentos e dinâmicas operacionais em tudo diferentes do que se estivermos a desenvolver eventos culturais, diplomáticos ou sociais. A organização de um festival de música barroca obriga a uma dinâmica de gestão de evento diferente da que se estivermos a desenvolver um projecto de um festival outdoor de música rock. Temos então que desenhar projectos de formação para planeamento e gestão

de eventos, adaptando-nos à realidade das necessidades e integrando novos conteúdos, novas tecnologias e novos canais de comunicação. A certificação dos diferentes conteúdos, quadros formativos e respectivas entidades formadoras são o terceiro passo. Esta dimensão é efectivamente muito importante, não só pelo reconhecimento da prática formativa, mas sobretudo porque permite criar valores de responsabilidade social e de qualidade na intervenção profissional. A certificação dos componentes programáticos, das instituições formativas, dos manuais e outros materiais de apoio, serão necessariamente mecanismos prossecutores para qualificar quem entra no mercado e funciona

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FORMAÇÃO

O modelo institucional a emergir, no quadro de uma dimensão ontológica e ética da

os processos de

Deverá também, no quadro institucional, emergir uma forma regulamentada de actuação técnico-deontológica, perfilando-se a pertinência do surgimento de um código de conduta profissional. Tal pressuposto tenderá declaradamente a regular o aparelho profissional, excluindo ou inibindo quem não reúna habilitações suficientes para o exercício profissional.

formação e a sua

Todos estes elementos,

eficiência em termos

quer ao nível da

de empregabilidade,

qualificação formativa,

dinamizar a

quer ao nível da

participação activa

regulação da acção

e contínua dos

profissional, são

players no sentido de

pois fundamentais

garantir, no tempo, a

para o processo de

desejada actualização,

promoção, divulgação e

eficiência e coerência

representação positiva

dos modelos

da actividade de

formativos em eventos.

organização de eventos.

identidade profissional do organizador de também como elemento rarefacto, para quem entrando nele não possui uma rede de conhecimentos e competências devidamente habilitadoras para a intervenção profissional. Dentro deste contexto, a própria integração dos activos no mercado deve promover iniciativas de desenvolvimento de modelos de monitorização e avaliação. Esta última fase de um processo que exige uma participação, para além das entidades formativas, dos diferentes players do sector dos eventos, nomeadamente das empresas de eventos, dos organismos institucionais, das associações do sector, bem como de outras entidades activas, como os media. A natureza do processo carece assim do estabelecimento de uma entidade (associação/ordem profissional) externa de supervisão, quer do processo de formação, quer do processo de acção profissional.

eventos, deverá, para além de monitorizar

Isabel Martins . Nuno Gustavo . Fernando Completo

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CONCURSO DE TRABALHOS ESHTE Pensar os eventos pode e deve começar nas escolas, nas universidades. Tendo esta ideia como mote foi proposto à Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril um concurso de trabalhos no âmbito do Mestrado em Turismo – Ramo Gestão Estratégica de Eventos. Os alunos elaboraram, assim, para as cadeiras de Marketing de Eventos e Programação e Gestão de Eventos, um trabalho com um aliciante especial: o de poder ser publicado aqui na Festas&Eventos. Os melhores trabalhos foram escolhidos pelos professores Luís Rasquilha e Nuno Gustavo e submetidos à redacção da revista que escolheu “Caso Facebook – Trunfo estratégico das empresas de eventos”, da autoria de Carolina Ceia, como o mais bem conseguido. Publica-se a seguir uma versão reduzida do texto original.

FACEBOOK: TRIUNFO ESTRATÉGICO DAS EMPRESAS DE EVENTOS Nos últimos anos evoluímos para uma sociedade em rede. O e-marketing assume assim uma importância primordial para as empresas, nomeadamente as de eventos. Estas, têm que se ajustar às novas formas de realizar negócios e de administrar relacionamentos, numa lógica de marketing relacional. As redes sociais tornaram-se ferramentas de marketing com vista a melhorar a relação com o actual e potencial público, fazendo com que este se sinta parte integrante da empresa, para além de consumidor.

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FORMAÇÃO . Concurso de trabalhos ESHTE

A estratégia de marketing na Internet deve estar em consonância com a estratégia de marketing definida na empresa, isto é, com o seu posicionamento, segmentos-alvo e acções de comunicação e promoção. Sites como o Facebook oferecem às empresas de eventos a oportunidade de fornecer, universalmente acessível, clara e dinâmica, a informação sobre as iniciativas, actualizações e portfolio da organização – visível através de fotografias, vídeos, discussões ou calendarização de eventos.

O E-MARKETING O desenvolvimento empresarial tem mudado velozmente, o que leva a uma adaptação das empresas a um modelo relacional nas suas estratégias de marketing. A chegada da web 2.0, a segunda geração da Internet, e das redes sociais, veio alterar a relação dos consumidores com as marcas e vice‑versa, colocando a comunicação como a chave dos relacionamentos. O desenvolvimento das novas tecnologias, em particular da Internet, provocou uma evolução radical do marketing, voltando a conferir-lhe as virtudes da personalização, interactividade e da relação, e abrindo-lhe novas perspectivas, nomeadamente pela globalização. A Internet revolucionou o marketing, e continua a

fazê-lo presentemente. De acordo com Hortinha (2001), “o e-marketing não é mais do que uma aplicação do marketing aos negócios digitais e a utilização de novos suportes disponibilizados pelas novas tecnologias.” A Internet e, mais recentemente, a web 2.0, pode ser utilizada pelas empresas de eventos num conjunto de funções organizacionais e promocionais que permitam o contacto e interacção com o público-alvo. “O marketing de eventos insere‑se numa perspectiva de marketing promocional (ou mesmo relacional)”, como referem Madeira et al. (2007). O desenvolvimento da tecnologia na Internet permitiu que o utilizador fosse a peça central; desta forma podem ser produzidos conteúdos e estabelecidas comunicações em tempo real. Para que as empresas utilizem este meio, é fundamental perceberem as suas necessidades, dado que estes instrumentos são mais adequados a B2C (Business to Costumer) do que a B2B (Business to Business), sendo que cada caso é um caso. No fundo, a web 2.0 é mais uma forma de comunicação, só que desta vez podemos ouvir a voz do cliente, ou potencial cliente, numa perspectiva de interactividade. Segundo Cooke e Buckley (2007), a referida interacção permite criar sociedades online onde se partilham conhecimentos, experiências e existe um sentimento de pertença. Chama-se

a atenção para eventos, criam-se negócios e procede-se a trocas de informação entre o público-alvo e a empresa. É com a web 2.0 que surgem redes sociais virtuais, de que são exemplo o Facebook, o Twitter, o Hi5, o MySpace, entre outras.

O EXEMPLO DO FACEBOOK As redes sociais virtuais são definidas como grupos na Web que permitem partilhar dados e informações, sendo estas de carácter geral ou específico, das mais diversas formas (textos, arquivos, imagens, fotografias, vídeos, entre outros.), não esquecendo de salientar os espaços destinados a debates, discussões, promoção de eventos, como é o caso do Facebook. Segundo Valente (2009), “a informalidade é o ponto forte das redes sociais, por isso o plano é não ter plano e ir adaptando a estratégia quase ao momento”. É preciso que a comunicação seja transparente e autêntica e sobretudo que a empresa saiba ouvir, porque por vezes podem surgir críticas e comentários negativos e as empresas têm de estar preparadas para responder e manter a interacção viva. Neste tipo de comunicação o feedback dos consumidores é mais genuíno, havendo uma bidireccionalidade na comunicação.

BIBLIOGRAFIA Barros, Mariana C. (2009); “Empresas descobrem o mundo virtual”, Diário de Notícias – Bolsa, 1 de Maio, Portugal; Castells, Manuel (2007); A Sociedade em Rede - Volume I; A Era da Informação: Economia, Sociedade e Cultura, 2ª Edição, Gulbenkian, Lisboa; Cooke, Mike e Buckley, Nick (2008); Web 2.0: Social networks and the future of market research – The Market Research Society, vol. 50, pp. 266-290; Getz, Donald (2007); Event Studies: Theory, research and policy for planned events - Events Management Series, BH, Oxford – UK; Giácomo, Cristina (2007); Tudo acaba em festa: Evento, líder de opinião, motivação e público, Summus Editorial, São Paulo; Hortinha, Joaquim (2001); E-marketing: Um guia para a nova economia, 1ª Edição, Edições Sílabo Lda., Lisboa; Jesus, Patrícia (2009); “As redes que nos unem”, Diário de Notícias Online, 14 de Fevereiro, Portugal; Lehman, Donald R.; Winer, Russell S. (2005); Product Management, 4th Edition, McGraw-Hill International Edition, New York, NY; Levy, Justin R. (2008); Facebook Marketing: Design Your Next Marketing Campaing, Advances In Intelligent And Soft Computing Collection, 2nd Edition, QUE, US; Lindon, D.; Lendrevie, J.; Levy, J.; Dionísio, P.; Rodrigues, J. V.; (2004); Mercator XXI: Teoria e prática do Marketing, Colecção «Gestão e Inovação: Ciências da Gestão», 10ª edição, Dom Quixote, Lisboa; Madeira, B.; Caetano, J.; Rasquilha, L.; Santos, R.; (2007); Gestão de Marketing de Eventos Desportivos, 1ª Edição, Plátano Editora SA, Corroios; Pedro, F.; Caetano, J.; Christiani, K.; Rasquilha, L.; (2009); Gestão de Eventos, Colecção «Gestão», 3ª Edição, Quimera Editores Lda., Portugal; Rasquilha, Luís (2009); Publicidade: Fundamentos, estratégias, processos criativos, planeamento de meios e outras técnicas de comunicação, 1ª Edição, Gestãoplus Edições, Lisboa; Valente, Fátima (2009); “Redes sociais abrem novas janelas de negócio”, Publituris, 27 de Maio, Portugal;

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Sendo actualmente a rede social da Internet mais procurada, que se destaca pelos óptimos recursos para organização e, posteriormente, promoção de eventos, o Facebook é uma ferramenta importante no e-marketing das empresas de eventos para um público que pode visualizar os seus serviços e actividade (passada e/ou actual) a um click de distância. Para Jesus (2009), “a sociedade 2.0 não é sobre o que se consegue obter, é sobre o que se consegue partilhar”. O que é que isto significa na prática? Que neste tipo de redes sociais, geralmente, quanto maior o investimento maior o retorno, e que se a presença da empresa na rede for activa maior visibilidade terá. Porém, as redes sociais podem igualmente proporcionar eventuais riscos relativos à imagem da empresa, resultantes da expansão de movimentos de crítica de consumidores na Internet que, como é sabido, têm uma difusão viral. Sendo ou não intencional, é certo que desta forma é atingida uma grande repercussão através destes movimentos dos utilizadores, o que põe a empresa em jogo podendo prejudicá-la a nível de renome ou negócio. (Lindon, D. et al., 2004).

CASE STUDY I MÚSICA NO CORAÇÃO A Música no Coração é uma empresa que actua na produção de espectáculos,como concertos e festivais. Os seus eventos mais conhecidos do público são o Sumol Summer Fest, Super Bock Super Rock, Delta Tejo, Sudoeste TMN, Super Bock Surf Fest e Super Bock em Stock. A empresa tem uma página oficial no Facebook, uma página de fãs onde promove os eventos e interage directamente com os seus seguidores. Aproveitando as ferramentas de que o

Facebook dispõe, a página da Música no Coração, com quase 10 000 fãs, apresenta eventos, galerias, contactos e referências a passatempos que decorrem no site oficial da empresa. No Facebook, a empresa avança com notícias em primeira mão, por exemplo as bandas que vão actuar nos próximos festivais ou os concertos que acabam de ser agendados. No mural verifica‑se uma interacção constante entre a marca e os fãs, principalmente quando esta anuncia o lançamento de novos álbuns das bandas que actuam em Portugal ou divulga onde irão sair os cartazes dos próximos eventos.

CASE STUDY II ROCK IN RIO O Rock in Rio completa este ano 30 anos de existência, tendo sido iniciado em 1980 com um concerto de Frank Sinatra, no Rio de Janeiro. Desde 2004 que o Rock in Rio se realiza em Lisboa, no parque da Bela Vista, de dois em dois anos. A organização do Rock in Rio tem no Facebook a sua página oficial, chamada Rock in Rio Lisboa, com um link da página web oficial. Essa página é gerida pela organização e conta actualmente com mais de 72 000 fãs. Aqui a organização anunciou em primeira mão todas as novas entradas de bandas em cartaz, promoveu o projecto social, alguns passatempos e parte das suas acções sociais e acontecimentos paralelos para promoção do evento. Cada vez que a organização faz alguma actualização existe uma enorme adesão por parte dos fãs/seguidores da página online/Facebook, chegando mesmo a ter centenas de comentários. Quando a organização posta alguma informação na página principal sob a forma de comentário, seja ele de que natureza for, o público tende a interagir em

massa com a entidade e entre si, visto que a divulgação da empresa gera curiosidade. Isto demonstra o impacto que o Rock in Rio tem nos seus potenciais seguidores. Na página encontra-se ainda um álbum de fotografias, que capta os momentos de trabalho da organização. Dado que uma das desvantagens do Facebook é a falta de contacto físico com a empresa, este álbum torna-se importante para que os indivíduos entendam com quem lidam e quem está por trás de uma simples página web.

CONCLUSÕES De acordo com Valente (2009), o plano de marketing da empresa é mesmo não ter plano: interagir de forma espontânea com os seguidores da página web, respondendo a eventuais críticas/ comentários, elogios e reclamações ou mesmo recomendações. No entanto, apesar destes dois bons exemplos, e pese embora o facto de as mentalidades estarem a mudar, ainda se nota insegurança por parte de algumas empresas na utilização das redes sociais, na forma como estas poderão ser úteis e sobretudo como deverá ser iniciado um trabalho nesta área. A regra da web não é simplesmente estar online, mas estar presente com qualidade. É importante enfatizar que mesmo que a empresa não esteja oficialmente na Internet, ela será comentada, elogiada ou criticada por centenas, milhares, milhões de cibernautas ou seguidores. O mundo virtual poderá proporcionar uma nova mudança no comportamento do consumidor actual. A adopção de novas tecnologias por uma empresa ou organização de eventos é um processo estratégico crítico que pode definir, em última análise, a sua sobrevivência.

Carolina Ceia

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DESTINO NACIONAL

ALENTEJO

TRANQUILIDADE E EFICIÊNCIA

Se há região portuguesa que é vasta em património natural e cultural é o Alentejo. Praias, planícies e serras ilustram esta região, que é farta também em tradições. É uma região tão eficiente como todas as outras em termos de acolhimento e condições para a realização de eventos, com a vantagem de oferecer a tranquilidade tão necessária em tempos de stress… www.festaseeventos.net


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DAS SALAS ÀS SERRAS...

Castelos e centros medievais, Évora Património da Humanidade, o Alqueva, as touradas de morte em Barrancos, a Reserva Natural do Estuário do Sado, a Festa das Flores de Campo Maior, a gastronomia rica em pão, azeite e ervas aromáticas ou o cantar alentejano são apenas algumas das coisas que o Alentejo tem para oferecer aos seus visitantes. O património natural e cultural é extremamente vasto, não fosse esta região composta por quatro distritos: Beja (14 municípios), Évora (14 municípios), Portalegre (15 municípios) e Setúbal (13 municípios). Passeando pela costa, é fácil fixar as pequenas vilas, com praias que

portugueses e estrangeiros espreitam sempre que podem. Porto Côvo, Vila Nova de Milfontes ou Zambujeira do Mar (que acolhe anualmente o famoso festival Sudoeste TMN) são exemplos de locais ao longo da Costa Vicentina que são referência para quem procura o paraíso. Mas há muito mais para conhecer, como as aldeias que ainda preservam os fornos comunitários, onde se cozinha o tradicional pão alentejano, as diferentes paisagens rurais e urbanas, de casas caiadas, ou os verdes percursos que podem ser feitos a pé, de bicicleta ou a cavalo. Além disso, ainda há os vinhos e toda uma gastronomia rica em paladares.

Como se não bastassem todas estas mais-valias, a região tem outras vantagens: as boas acessibilidades, a boa oferta em termos hoteleiros e a tranquilidade. “O Alentejo tem hoje um conjunto de unidades hoteleiras recentes com capacidade para receber eventos. Temos ainda a possibilidade de estar relativamente perto de grandes centros urbanos de Portugal e Espanha, temos boas acessibilidades, e ao mesmo tempo temos zonas tranquilas, de contacto com a Natureza e um património cultural fantástico”, referiu à Festas&Eventos, o presidente do Turismo do Alentejo – Entidade Regional de Turismo. Ceia da Silva sublinha ainda que se, do ponto de vista da eficiência e da qualidade, é indiferente a realização de reuniões e congressos nos grandes centros, “é uma mais-valia realizá-los em zonas mais tranquilas”. “Mantendo a eficiência da reunião, aliamos a tranquilidade, o contacto com a natureza e a possibilidade de se realizarem actividades outdoor”, frisa o responsável, para quem a região está cada vez “mais competitiva neste segmento de mercado”. São cada vez mais as empresas e os empreendimentos que contribuem para o crescimento desta região do país. Caso da TurAventur – Aventura e Turismo, uma empresa de animação turística, que dirige o seu trabalho para empresas (actividades de teambuilding, lançamento de produtos e actividades de lazer), individuais (actividades de aventura e natureza) e cicloturistas (rotas de descoberta do Alentejo). Teresa Vilas Boas, da TurAventur, destaca acima de tudo como mais-valia do Alentejo “a grande riqueza patrimonial e natural da região e o facto de termos uma oferta hoteleira variada e de grande qualidade (alguns hotéis com reconhecimento internacional)”. As boas acessibilidades também são ponto de referência:

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DESTINO NACIONAL . Alentejo “Estamos muito perto de Lisboa, o que é uma mais-valia enorme, pois em hora e meia um grupo pode deslocar-se da capital até vários sítios do Alentejo”. Segundo a responsável, na região é possível realizar-se “todo o tipo de incentivos, desde a mera reunião com actividades no hotel a actividades de descoberta das vilas e cidades alentejanas, repletas de história e cultura, bem como actividades de descoberta da paisagem, gastronomia e cultura alentejanas (passeios de jipe, em canoa, a pé ou de bicicleta, provas mistas). Ao realizar “um trabalho de qualidade”, a TurAventur garante o “sucesso” dos eventos. “O facto de sermos um fornecedor de confiança faz com que muitos dos nossos parceiros e empresas de eventos tenham vontade e à-vontade para sugerir o Alentejo aos seus clientes finais”, refere Teresa Vilas Boas. Ainda relativamente aos serviços da empresa, a responsável aponta como outra vantagem a boa relação qualidade-preço. Francisco de Mello Breyner, administrador e fundador do empreendimento Zmar Eco Camping Resort & Spa, – galardoado em Março com o prémio Inovação no primeiro Congresso do Turismo do Alentejo –, destaca o Zmar, a paisagem e as praias envolventes como os grandes pontos fortes da região. “O Zmar é empreendimento turístico hoteleiro com o maior número de camas no Alentejo, com o maior número de serviços acoplados, com a maior área (81 hectares) e com a maior sala para eventos”, refere Francisco de Mello Breyner, para quem a relação qualidade-preço do empreendimento, situado em Odemira, é “imbatível”. Todas estas características podem assim ser consideradas um atractivo e contribuir para o desenvolvimento do turismo de negócios na região. A localização relativamente próxima de Lisboa é também apontada como uma mais-valia da região por Pedro Alte da Veiga, da Herdade da Cortesia, um empreendimento localizado em Avis que recebeu uma Menção Honrosa

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nos Prémios Turismo de Portugal 2009 na categoria “Novo Projecto Privado”. Essa proximidade com os grandes centros urbanos leva a que “os eventos aqui realizados tenham uma maior eficácia junto dos participantes uma vez que estes estão exclusivamente empenhados e concentrados no evento”. A diferença entre os “espaços habituais de cidade”, a “qualidade dos espaços e dos serviços” e a hipótese de realizar “eventos/reuniões mais exclusivas” são outras características apontadas pelo responsável. A Herdade da Cortesia tem “capacidade e experiência” na realização de eventos para empresas e particulares e, “por não existirem grandes infra-estruturas na região, especialmente mais próximas de Avis”, pode criar o interesse de diversas entidades.

APRESENTAR UM “BOM EMBRULHO” A oferta é de qualidade, estão todos os entrevistados de acordo, mas falta uma melhor organização dessa oferta, segundo Ceia da Silva, presidente do Turismo do Alentejo. “É uma das fraquezas salientes. A ‘venda’ da região não é feita de forma organizada”. Mas o futuro poderá trazer novidades nesse sentido, já que a Entidade Regional de Turismo do Alentejo pretende apresentar-se já este ano com um novo formato: DMO – Destination Marketing Organization (DMO), uma estrutura que vai gerir o destino em todas as suas formas. “Nós temos oferta de qualidade, precisamos é de vendê-la de forma mais agressiva, apresentando


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um bom embrulho”, refere Ceia da Silva, que defende a cooperação com todos os operadores. “Essa articulação existe. É importante que todos funcionem em rede”, de forma a “compilar toda a oferta”, acrescenta. Por seu lado, Pedro Alte da Veiga, da Herdade da Cortesia, realça ser ainda necessário à região “mais infraestruturas hoteleiras e humanas”. E quanto à articulação entre os “players” da região, o responsável adianta que existe. Já Teresa Vilas Boas, da TurAventur, refere faltarem “restaurantes com capacidade para grupos grandes, mas que não tenham perfil de ‘restaurante de casamento’, e hotéis com capacidade para grupos grandes, fora das capitais de distrito”. Ainda assim, mesmo com a oferta existente, a responsável garante existir “uma excelente relação com os hotéis da região”. “As Câmaras Municipais são sempre acessíveis quando é preciso ajuda para a realização de alguma actividade”, afirma. Contudo, “infelizmente muitas apoiam constantemente actividades organizadas por clubes e associações de forma ilegal, o que favorece a concorrência desleal e não contribui para o fortalecimento do tecido empresarial da região”, reconhece a responsável. Numa visão previsivelmente mais ecológica, Francisco de Mello Breyner, do Zmar, para quem a relação entre os operadores é “muito boa”, aponta como pontos a melhorar: que “o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina mantenha o território que administra limpo de todo o lixo”.

CONGRESSO PARA UM FUTURO MELHOR Nos dias 26 e 27 de Março deste ano, realizou-se o primeiro Congresso do Turismo do Alentejo, em Beja. Em cima da mesa, diversos temas debatidos por agentes institucionais, empresariais e locais. “Foi extremamente positivo, com enorme participação. Foi um grande congresso realizado em Portugal, onde foram debatidos vários temas, entre os quais a constituição em DMO das Entidades Regionais de Turismo e a competitividade dos mercados”, explica Ceia da Silva à Festas&Eventos. O Alentejo apresenta-se como um destino emergente no panorama do turismo em Portugal e por isso este sector deve desempenhar um papel relevante na promoção da identidade da região. Entre as conclusões do congresso estão várias linhas de actuação, como o aumento das competências de gestão do Destino (no qual se inclui a criação do Observatório de Turismo do Alentejo) e a criação de uma Organização de Gestão do Destino (DMO), de forma a agilizar a gestão da oferta desde a criação até à venda. No Congresso do Turismo do Alentejo foram ainda entregues alguns prémios, entre os quais o de Qualificação da Oferta (Quinta do Barrieiro), o de Inovação (Zmar e Casas Barco da Amieira Marina), o de Boas Práticas Ambientais (Hotel Vila Park) e o de Comunicação (Vinhos do Alentejo).

FESTIVAL À BEIRA-MAR Chega o Verão e os festivais de música multiplicam-se um pouco por todo o país. Um dos mais conhecidos eventos decorre na Zambujeira do Mar, no Alentejo. Este ano o Festival Sudoeste TMN tem lugar de 4 a 8 de Agosto e apresenta em cartaz alguns nomes que prometem arrasar em palco. São eles Jamiroquai, Colbie Caillat, Mika, David Guetta e Massive Attack.

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DESTINO NACIONAL . Alentejo

MOSTRAR COMPETITIVIDADE Mas certo é que, apesar destes pontos menos positivos, o Alentejo apresenta um leque de oferta, conjugada com os seus recursos naturais, que leva a que cada vez mais empresas procurem a região para realizarem as suas iniciativas. Mas terá a região capacidade para acolher grandes eventos? Ceia da Silva considera que sim. “Temos muitos e excelentes espaços, equipamentos públicos e excelentes acessibilidades”, referiu o presidente do Turismo do Alentejo à Festas&Eventos. Com a melhoria das acessibilidades – o TGV está definido e o aeroporto de Beja está quase concluído – “estamos cada vez mais próximos dos grandes centros urbanos”. Uma oportunidade para a região reforçar a sua capacidade: “Queremos mostrar que somos competitivos”, diz Ceia da Silva. Para tal, acrescenta Pedro Alte da Veiga, da Herdade da Cortesia, falta “uma boa sala multiusos”. Já Francisco de Mello Breyner, do Zmar, diz que após a inauguração do empreendimento já não falta “nada” ao Alentejo. Em termos de capacidade hoteleira, “a região começa a estar bem servida”, garante o Turismo do Alentejo. “O número de camas tem subido. As inaugurações recentes e as que estão previstas para o futuro reforçam a oferta hoteleira da região. A oferta é aumentada e melhorada todos os dias, com condições que há uns anos a região não tinha”, lembra Ceia da Silva. Já para Pedro Alte da Veiga, essa oferta “está a melhorar mas ainda está bem longe de ter uma capacidade que satisfaça todas as necessidades”. Francisco de Mello Breyner refere que com a criação do Zmar, “agora sim”, a região está bem servida. Maria João Leite

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COMPORTA NA LUTA PELA RYDER CUP O Alentejo pode andar nas “bocas do mundo” se a candidatura portuguesa para a organização da Ryder Cup 2018 – um dos mais importantes acontecimentos desportivos do mundo – se sagrar vencedora. O campo de golfe da Herdade da Comporta foi o escolhido para liderar a candidatura nacional, o que levou até à indignação do presidente do Turismo do Algarve, Nuno Aires, por entender que a Herdade da Comporta “não existe enquanto destino turístico de golfe”. Contudo, esta escolha deixou satisfeito Ceia da Silva. O presidente do Turismo do Alentejo sublinha que, o facto de um grupo empresarial investir de raiz num evento deste nível, “mostra a capacidade da região para receber novos eventos no futuro”. “A Ryder Cup caracteriza-se pela excelência e estou satisfeito por termos um candidato com um projecto de excelente qualificação. Todo o país vai ganhar se a Comporta for a escolhida para a realização do evento. Será uma boa promoção para o país, elevando os patamares de qualidade que o sector do turismo deve ter”, frisou Ceia da Silva, apelando à união em torno da candidatura portuguesa.


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DESTINO INTERNACIONAL

© Tim Parkinson

MAURÍCIAS

Um pedaço de paraíso

As Maurícias foram durante muito tempo ilhas desabitadas. Este pequeno pedaço de paraíso, situado a leste de Madagáscar, sofreu diversas vagas de colonização e por isso, hoje em dia, as Ilhas Maurícias são um destino multicultural efervescente e com uma dimensão fortemente exótica. www.festaseeventos.net


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ESTILO COLONIAL Por toda a ilha, é possível notar de que forma os colonizadores, holandeses, franceses e britânicos – por esta ordem –, deixaram a sua impressão digital nas ruas e nas paisagens. Assim, uma dúzia de propriedades coloniais conservam o testemunho do luxo em que viviam os donos de plantações. A Eurêka é uma dessas propriedades crioulas e data de 1830. Por trás de cada uma das 109 portas, descobrem-se os móveis, os utensílios e outros acessórios da época. É possível tomar uma refeição numa das varandas ou no extenso jardim. Na vila portuária de Mahebourg, numa fábrica secular de biscoitos, não pode perder nada do processo de confecção dos biscoitos de mandioca que são preparados hoje segundo uma receita de tempos ancestrais. A principal praça da capital Port Louis está pejada de crioulos, de descendentes de colonos, de imigrantes indianos e de chineses. Pode deixar-se seduzir pelo perfume dos frutos tropicais, das especiarias e de todas as delícias que possa imaginar. Na marginal encontra os artesãos que trabalham com uma paciência de santo peças que representam os antigos navios e as casas coloniais. Esta zona é também ideal para descobrir a cozinha crioula, que reúne influências de três continentes.

REGRESSO AO PASSADO Em Domaine les Pailles, a apenas 15 minutos da capital, aquela que foi uma vila colonial francesa está fielmente reconstituída. Um cavalo, uma caleche, ou um comboio a vapor pode conduzi‑lo a um moinho de açúcar accionado por dois bois ou ainda a uma destilaria de rum. Depois de provar um copo de rum, um Land Rover transporta-o de novo à sua época por estradas montanhosas, em direcção a uma festa no casino ou a um jantar num dos restaurantes da cidade.

DO AÇÚCAR AO CHÁ Seja amante do açúcar ou não, a “Aventura do Açúcar” é uma lição de história colonial que não deve ser recusada. Nesta fábrica de açúcar, transformada em museu, são apresentados de forma interactiva os quatro séculos desta indústria da cana do açúcar. Aqui pode descobrir de que forma os holandeses cultivaram as primeiras plantações com a ajuda de escravos, e as máquinas que utilizavam para produzir o açúcar a partir da cana. Pode até comprar 12 tipos diferentes de açúcar. Como os colonos britânicos não passavam sem o seu chá, as Ilhas Maurícias possuem o seu próprio roteiro de chá... também a não perder.

AVENTURA NATURAL As Maurícias conjugam muito bem a salvaguarda da sua riqueza natural e o turismo, mostrando que as duas coisa podem andar a par. Se quiser, pode transformar-se num verdadeiro eco-turista e descer os cursos de água, caminhar nas crateras vulcânicas, andar de kayak em lagos cristalinos. Mesmo os 4x4 não faltam na maioria dos programas dos DMC locais. A Île aux Aigrettes dá-nos uma ideia da aparência da ilha antes da chegada do Homem. Encontra aqui algumas espécies animais ameaçadas. No Vanilla Reserve des Mascareignes há crocodilos e tartarugas gigantes. Nos jardins botânicos de Pamplemousses encontra 80 espécies diferentes de palmeiras. Com um pouco de sorte, é possível vislumbrar uma palmeira Talipot em florescimento. Isso só acontece uma vez em toda a sua existência, e depois disso a palmeira morre.

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DESTINO INTERNACIONAL . Maurícias

© Timo

DANÇAR NUM VULCÃO Os maurícios hindus proclamaram local de peregrinação um dos lagos formados na cratera de um vulcão. Em Fevereiro pode vir até aqui e render a sua homenagem a Shiva, junto de 400 000 fiéis, sob o olhar aprovador de uma estátua de muitos metros de altura com a efígie da divindade. O vulcão Trou des Cerfs também lhe propõe um panorama divino. Localizado a 650 metros do nível do mar, se ousar subir ao topo a recompensa é enorme: uma vista deslumbrante sobre as montanhas sinuosas das redondezas.

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© Michael Landin Hostbaek


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MELHORAR O SWING Os jogadores de golfe podem melhorar o seu swing num dos dois campos profissionais que existem.Também os amantes dos desportos náuticos encontram nas Ilhas um sem número de actividades disponíveis. Se prefere ficar a seco, pode sempre optar por dar uma volta de barco em pleno Oceano Índico.

PIRATAS NA COSTA

© Rhea Villarosa

Desde as falésias colossais de Gris-Gris, em Souillac pode desfrutar de uma empolgante vista sobre o oceano Índico. O lugar deve o nome ao constante gotejar da água que nasce a cada onda que morre contra as rochas. Não pode perder a God’s Bridge, uma ponte natural esculpida na rocha pelas vagas de ondas. Nas águas do mar há uma série de belezas exóticas a descobrir. Toda a ilha está rodeada de corais multicolores e de peixes do mais variado que possa imaginar. O espectáculo é magnífico, e nem é necessário mergulhar para admirar Nemo e os seus camaradas no ambiente natural. No Parque Marinho Blue Bay é possível embarcar a bordo do Nessee, um semi-submarino com um fundo de vidro. Ao estilo de Júlio Verne, é transportado a 30 metros de profundidade, e pode admirar com os seus próprios olhos, e durante uma hora, a fauna submarina.

UM CENTRO DE CONGRESSOS COM UMA MISSÃO O Centro de Congressos Swami Vivekananda deve o nome a um líder espiritual indiano que introduziu no final do século XIX a filosofia Vedanta no Ocidente. Este Centro de Congressos, ultra-moderno, foi inaugurado em 2005 para acolher uma conferência no âmbito das Nações Unidas. Com uma superfície total de 17 000 m2, repartida por dois andares, oferece espaço e infra-estruturas para receber congressos, feiras, jantares, reuniões, etc. As possibilidades são quase ilimitadas. A sala principal pode receber 7000 pessoas num concerto de música, por exemplo, mas para eventos mais pequenos há uma série de salas à disposição. Como curiosidade, de referir que o Swami Vivekananda já recebeu a cerimónia dos óscares de Bollywood. The Planner

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EMPRESAS

Pedro Rocha dos Santos, director do CCE

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL SUSTENTABILIDADE 3 O novo programa de incentivos para práticas mais responsáveis na organização de eventos do Centro de Congressos do Estoril ( CCE ) tem três novidades , o Green Fund Program, e os programas SleepIN+ e Sustain+, que foram recentemente apresentados em conferência de imprensa durante a IMEX 2010. O objectivo é o de reforçar a oferta de serviços Green e consolidar o compromisso há muito assumido de desenvolvimento de uma estratégia que assenta na

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maior responsabilidade e sustentabilidade dos eventos organizados no CCE. Graças ao Green Fund Program os clientes do CCE passam a dispor de um fundo, criado de forma automática, que poderá ser utilizado na contratação de serviços Green do CCE. Estes serviços contemplam neste momento programas de bem estar, upgrades de segurança e saúde, programas de solidariedade social, organização de Green Events através de um Check List baseado em standards internacionais e medição e compensação de emissões de CO2. Brevemente novos serviços irão integrar a oferta Green do CCE nomeadamente no catering, com introdução de novos menus Green, na credenciação, com a introdução de práticas menos impactantes e materiais

recicláveis, e também na tipologia de stands e iluminação a utilizar. Os clientes do CCE poderão optar por utilizar o Green Fund directamente no evento que o gera ou simplesmente acumular para ser utilizado num determinado evento futuro. O Green Fund é gerado com base numa percentagem sobre o valor do espaço contratado. O Programa Sleep IN+ oferece contrapartidas sobre o valor do espaço, em função do número de dormidas que um determinado evento gera nos hotéis da região, realidade que será comprovada através do preenchimento de um formulário próprio que deverá ser autenticado pelo hotel confirmando os detalhes da reserva. O Programa Sustain+ foi desenvolvido especificamente para o Mercado Associativo e visa conseguir deixar não só um legado de maior responsabilidade na organização dos Congressos Associativos mas também procurar formatos de partilha de risco e de ROI mais efectivos. Este programa é suportado por três pilares fundamentais: Sustain People, Sustain Profit e Sustain Planet.


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TRÊS ANOS DE CONSTANTE SUSTAIN PROFIT

EVOLUÇÃO

Num período económico conturbado como o actual, o Centro de Congressos do Estoril considera que as sinergias são fundamentais. Por isso está disposto a partilhar um determinado nivel de risco com as associações considerando factores de imprevisibilidade. O número de participantes num evento deste género poderá ser alterado até um período limite sem penalizações, justamente porque a confirmação dos delegados pode vir a ser tardia. E o mesmo se passa em relação à flexibilidade de datas. Aposta-se num ROI (Return On Investment) seguro e garantido para as várias partes envolvidas nos eventos. E as associações beneficiam igualmente do acesso ao Green Fund.

Neste curto espaço de tempo, o Centro de Congressos do Estoril conseguiu reduzir o consumo de energia em 30%, o de água em 20%, obteve a classificação 100R da Sociedade Ponto Verde, que atesta o tratamento diferenciado de 100% dos resíduos produzidos durante os eventos, para além de ter adoptado toda uma metodologia e serviços com o único objectivo de acolher eventos verdes. Esta estratégia do CCE tem-lhe valido o reconhecimento nacional e internacional, graças também a uma forte aposta na comunicação. Como retorno, em 2007/08 verificou-se um aumento de 58% no aluguer de salas. Em 2008/09 o negócio internacional cresceu 24%. Esta realidade tem contribuído para um aumento da importância do sector do turismo de negócios no Estoril, sector que representa actualmente 45% do turnover em turismo na região. Para 2010 as previsões e agenda de eventos já confirmados apontam para um crescimento de cerca de 25%. Descubra mais sobre o CCE em: www.estorilcc.com.

SUSTAIN PEOPLE

SUSTAIN PLANET

Os participantes são os grandes protagonistas nos eventos. No Estoril encontram-se vários motivos de interesse at walking distance, tirando partido das temperaturas amenas, do glamour, da história e da gastronomia. No âmbito da Responsabilidade Social das Empresa (RSE), estão abrangidas actividades como o voluntariado social e ambiental e os workshops educativos. Estas iniciativas podem ser inseridas no programa do evento, ou personalizadas. Criaram-se soluções de gestão do bem-estar, durante o período das conferências, incluindo sessões de yoga, postura, relaxamento e chi-ball. Durante os eventos associativos existe também uma equipa de paramédicos qualificados que asseguram qualquer intervenção necessária.

A sustentabilidade do planeta é uma das grandes preocupações expressas pelo CCE. Certificado internacionalmente como Green Venue pela Green Globe International, o CCE oferece a possibilidade de organizar um evento verde sem encargos adicionais e através de uma metodologia reconhecida internacionalmente. Devido às suas infra-estruturas, à equipa especialmente treinada para acolher eventos que queiram assumir um compromisso de maior responsabilidade, a pegada ecológica é substancialmente reduzida. Cada evento que incorpora estes princípios receberá no final um certificado que atesta a performance alcançada.

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EMPRESAS

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA Um espaço onde se cruzam tradição e modernidade Imagine uma conferência no Salão Nobre D. Maria II, sala imponente, decorada com os quadros de antigos reis e presidentes, e o almoço ou jantar servido depois no andar de baixo, sempre em salas com luz natural. Ou a apresentação de um produto, complementada por um cocktail no átrio, decorado com mármores e alto-relevos, seguido de um jantar no tal Salão Nobre. E imagine que tudo isto acontece no centro de Lisboa, bem no meio da zona histórica da capital, ali mesmo nas Portas de Santo Antão. Não precisa de imaginar mais. Basta conhecer a sede da Associação Comercial de Lisboa – Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (ACL - CCIP), fundada em 1834. É justamente esta simbiose entre

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tradição, história, funcionalidade e modernidade que aqui se oferece. Diferentes salas e tipologias que mantêm a traça original, mas que foram adaptadas às mais actuais condições técnicas, nomeadamente no que diz respeito ao uso de audiovisuais e meios de comunicação. Condições para efectuar almoços e jantares para até 200 pessoas, dispondo o Palácio de uma cozinha de trabalho, de apoio ao catering, com todo o equipamento indispensável, tanto para frio como para quentes. Para os visitantes os acessos não são um problema, dado que existem nas imediações diversos parques de estacionamento. Pede-se no entanto alguma atenção aos organizadores para o facto de haver restrições de horários nos acessos para cargas e descargas, só permitidos, por exemplo no período da manhã, até às onze horas. Questão muito importante, na sede da ACL-CCIP não existe uma política de exclusividade em relação aos fornecedores. “O nosso objectivo foi o de criar

condições para que todos consigam vir à Associação e encontrem condições para fazer o seu trabalho com sucesso”, destaca Bruno Mourão Martins, director responsável pela área de eventos. “Em termos de audiovisuais possuímos uma infra-estrutura própria, mas que pode ser complementada com componentes adicionais. O mesmo se passa com a decoração. Temos, no entanto, alguns acordos definidos com fornecedores específicos, desde o catering até ao material de decoração, audiovisuais, etc. que visam apenas poder oferecer um pacote completo ao cliente final que nos procura”, conclui Bruno Mourão Martins. A política de preços da ACL-CCIP reflecte inevitavelmente o facto de se tratar de uma associação. Assim, todos os associados beneficiam de condições mais favoráveis. Seja como for, mesmo para empresas não-associadas os preços anunciam-se “bastante competitivos”. “De resto, não temos dificuldade em gerir as várias iniciativas. Os processos estão bem implementados dentro do departamento que gere as salas e existe uma comunicação muito forte com os outros departamentos internos da ACL-CCIP, nomeadamente o de eventos. Conseguimos perceber as melhores alturas para o tipo de eventos que temos e a melhor forma de servir os nossos associados sem interferir com a cedência de salas a terceiros”, garante Bruno Mourão Martins. Mais informações em www.acl.org.pt


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REBRANDING DA PÊBÊ MARCA 20 ANOS Três áreas de negócio claramente definidas, stands, gifting e design, e uma nova imagem, são os ingredientes da renovada estratégia de comunicação da Pêbê, na altura em que celebra 20 anos de existência. “Queremos ser vistos como parceiros pelos nossos clientes. O mercado está cada vez mais acelerado, exigente. O que há vinte anos demorava uma semana a decidir agora tem que ser feito em poucas horas. Por outro lado, o facto de sermos uma PME torna-nos mais flexíveis, o que nos confere uma vantagem competitiva face a empresas de maior dimensão”, garante o director-geral Paulo Duarte de Almeida. Para comunicar melhor com os vários públicos, a Pêbê lançou já o primeiro número de uma newsletter, onde os leitores podem encontrar propostas, sugestões, organizadas em distintos blocos de informação, para ser mais fácil encontrar aquilo que pretende. Mas o que é que a empresa tem para oferecer de novo ao mercado, aos seus parceiros? Desde logo o site www.ptsky.info, mostrando todo o

portfólio da Skyline, líder mundial em estruturas modulares, representada em exclusivo no nosso país pela Pêbê. Aqui pode aceder-se a espaços pré-concebidos para aluguer, mas também tomar conhecimento com as diversas soluções para o sector expositivo, desde a concepção à produção e montagem. “Temos uma oferta de soluções praticamente ímpar em estruturas modulares de qualidade, tanto em criatividade como no conceito de poupança e nature friendly”, garante Paulo Duarte de Almeida. O gifting, evolução natural do mercado dos brindes, assume-se como mais uma poderosa ferramenta de comunicação. Não substitui outras, mas pode ser extremamente eficaz quando inserido numa campanha integrada. “Posso afirmar sem receios”, assegura Paulo Duarte de Almeida, “que reunimos os melhores players do mercado, capazes de responder a qualquer desafio. Criámos assim um departamento exclusivo de procurement que está em contacto com grandes fabricantes mundiais e agências de design, lançando ideias que se adequam ao nosso mercado. O objectivo número

um da empresa é ser proactiva”. No gifting é importante escolher objectos, de preferência úteis, aos quais se possa acrescentar um valor emotivo. Se esse objecto ficar associado a uma circunstância envolvente, afectiva, quem o receber nunca mais vai esquecê-lo. E sempre que voltar ao contacto com a peça vai lembrar-se da pessoa, marca ou empresa que lho ofereceu. A última das áreas de negócio aqui referidas é a de design, mas afinal é ela que permite alimentar toda a estrutura da Pêbê, desenhando stands, transformando objectos, materializando ideias. Paulo Duarte de Almeida refere que “em publicidade temos desenvolvido peças que demonstram maturidade e actualidade, em linha com as grandes correntes que dominam o mercado. Na realidade temos uma equipa muito madura e de grande qualidade que trabalha várias disciplinas”. A Pêbê foi criada em 1990, tem dois sócios, António Duarte de Almeida e Paulo Duarte de Almeida, quinze funcionários, sede em Sintra e armazém na Terrugem e ocupa uma área de 850 m2. Mais informações em www.pebe.pt

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LIVROS GESTÃO EMOCIONAL DE EQUIPAS Autores: António Miguel, Ana Rocha, Oliver Röhrich Editora:FCA Número de páginas:296 Actualmente, a eficácia da gestão de equipas não depende exclusivamente das características inatas do gestor, nem da boa utilização de técnicas quantitativas. O que distingue um bom gestor de equipas são factores de ordem emocional e comportamental. Os domínios da comunicação, gestão do tempo, gestão de conflitos, motivação, gestão do stress, coaching e team building são pontos fulcrais para gerir uma equipa para o alcance de objectivos. Contudo, todos estes domínios podem ser falíveis, caso não exista ou escasseie a dimensão da Inteligência Emocional ao gestor de equipas. A Inteligência Emocional revela-se de uma importância crescente. Este livro analisa a gestão das emoções no ambiente de trabalho, em geral, e no ambiente das equipas de projecto, em particular. Contém muitos exemplos e casos reais ilustrativos, bem como questionários de auto-avaliação destinados a ajudar quem lidera equipas a consciencializar-se e a melhorar o seu desempenho.

MANUAL DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E GESTÃO Autores: Miguel Pina e Cunha, Arménio Rego, Rita Campos e Cunha, Carlos Cabral Cardoso Editora: RH Número de páginas:1038 A concepção englobante aqui adoptada confronta o leitor com a diversidade de abordagens e pontos de vista, não apenas entre as áreas disciplinares tradicionais, como dentro da mesma área. São diversas, por exemplo, as posições científicas de um psicólogo interessado na análise das diferenças individuais para efeitos de um processo de selecção, e as de um sociólogo interessado na análise das taxas de mortalidade organizacional num determinado sector de actividade e período temporal. São, no entanto, igualmente distantes as posições científicas de um psicólogo cognitivista ou as de um comportamentalista. Este livro procura conjugar esta diversidade teórica com as suas implicações práticas. A par do texto, são incluídas abundantes ilustrações e exemplos relativos a cada um dos temas.

MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO Autor: Johnmarshall Reeve Editora: Wiley Número de páginas: 600 Motivação e Emoção introduz os leitores nos princípios da motivação e emoção através da abordagem humanista das teorias do comportamento, cognitivas e psicológicas. A escrita apaixonante de Johnmarshall Reeve transmite-nos os últimos avanços neste campo e demonstra através de exemplos eficazes a forma como as recentes descobertas podem ser aplicadas ao quotidiano dos leitores. Através da combinação entre as teorias fundadoras e as investigações actuais, Johnmarshall Reeve fornece ao leitor uma ferramenta importante para compreender por que é que as pessoas tomam determinadas atitudes.

MOURINHO: A DESCOBERTA GUIADA Autor: Luís Lourenço Editora: Prime Books Número de páginas: 178 Este livro, que contou, para além do próprio José Mourinho, com a participação especial de alguns dos mais carismáticos jogadores por si liderados – Vítor Baía, Jorge Costa, Didier Drogba e Deco –, explica-nos, de uma forma simples e prática, todos os principais factores que fazem do treinador português um líder mundialmente reconhecido pela sua capacidade de criar e gerir equipas de sucesso. Ajuda-nos ainda a compreender a forma como esses mesmos factores podem ser transpostos e aplicados ao universo das empresas e das organizações em geral. Como refere Mourinho a propósito da edição deste livro, “o Luís foi a pessoa que mais e melhor estudou o meu trabalho enquanto líder. Este livro analisa, como nenhum outro até hoje, a perspectiva de como desenvolvo os meus grupos e os conduzo rumo aos objectivos”.

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DIRECTÓRIO ANIMAÇÃO Distrito de Braga ASES NA MANGA Braga Tel.: 253 283 483 ases@asesnamanga.com Distrito de Lisboa FADUS – ANIMAÇÃO E ESPECTÁCULOS Estoril Tel: 214 662 550 geral@fadus.pt PMP – PAULO MAGALHÃES PRODUÇÕES Lisboa Tel: 218 619 375 pmp@portugalmail.com RITMOS URBANOS Ramada Tel: 934 802 183 mircosatar@ritmosurbanos.com Distrito do Porto ADEREÇO PRODUÇÕES Porto Tel: 225 322 720 geral@adereco.com Distrito de Setúbal ANIMAGEST Almada Tel: 212 549 880 animagest@animagest.com.pt TOCÁ RUFAR Aldeia de Paio Pires Tel: 212 269 090 tocarufar@tocarufar.com ARTISTAS E ESPECTÁCULOS Distrito de Lisboa MÚSICA NO CORAÇÃO Lisboa Tel: 210 105 700 musicanocoracao@musicanocoracao.pt EVERYTHING IS NEW Lisboa Tel: 213 933 770 geral@everythingisnew.pt RITMOS & BLUES Paço d’Arcos Tel: 214 694 050 info@ritmoseblues.pt CATERING Distrito de Braga MEMORIAL CATERING V. N. Famalicão Tel: 252 313 022 geral@memorialcatering.pt Distrito de Coimbra CARLOS FILENO Cernache Tel: 239 949 290 filenos@mail.telepac.pt Distrito de Lisboa

COMPANHIA DOS PALADARES Sintra Tel: 219 677 510 geral@cpaladares.com

Distrito de Faro

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA Rua Nova da Alfândega Edificío da Alfândega 4050-430 Porto Tel: 223 403 000 Fax: 223 403 099 cce@amtc.pt www.amtc.pt Ver página: 11

SILVA CARVALHO CATERING Sintra Tel: 219 255 510 comercial@sccatering.pt

FÁBRICA DO INGLÊS Silves Tel: 282 440 480 fabrica@mail.telepac.pt

COLISEU DO PORTO Porto Tel: 223 394 940 coliseu@coliseudoporto.pt

MOJITO BAR CATERING Paço d’Arcos Tel: 210 992 980 info@mojitobarcatering.com

PORTIMÃO ARENA Portimão Tel: 282 410 440 geral@portimaoturis.pt

Distrito do Porto

Distrito de Leiria

CRISTINA HENRIQUES - BANQUETES Porto Tel: 965 069 619 geral@agestial.pt

CENTRO CULTURAL E CONGRESSOS DAS CALDAS DA RAINHA Caldas da Rainha Tel: 262 889 650 ccc.secretariado@cm-caldas-rainha.pt

ESTÁDIO DO DRAGÃO Via Futebol Clube do Porto, Estádio do Dragão, 3º Nasc. 4350-415 Porto Tel: 225 083 000 Fax: 225 083 399 portoestadio@fcporto.pt www.fcporto.pt Ver página 75

EVOEVENTS Lisboa Tel: 218 929 043 evo@evolucaogastronomica.com

NUMIAL CATERING Vermoim Tel: 229 407 411 info@numial-catering.com SOLINCA EVENTOS E CATERING Porto Tel: 226 086 636 solinca.eventos.catering@sonae.pt TRÊS SÉCULOS V. N. de Gaia Tel: 223 742 800 general.office@tresseculos.pt Distrito de Santarém CONDESTÁVEL DE LUÍS SUSPIRO Cartaxo Tel: 243 719 786 geral@condestaveldeluissuspiro.net Distrito de Viseu ENCONTRUS Carregal do Sal Tel: 232 960 202 mail@encontrus.com

Distrito de Coimbra CENTRO DE ARTES E ESPECTÁCULOS DA FIGUEIRA DA FOZ Figueira da Foz Tel: 233 407 200 geral@figueiraturismo.com

Distrito de Lisboa ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE LISBOA Rua Portas de Santo Antão, 89 1169-022 Lisboa Tel: 213 224 050 Fax: 213 224 051 sm@acl.org.pt www.acl.org.pt Ver páginas: 95 e 124 CAMPO PEQUENO Lisboa Tel: 217 998 450 secretariado@campopequeno.com CASTELO DE S. JORGE Lisboa Tel: 218 800 620 castelodesaojorge@egeac.pt CENTRO CULTURAL DE BELÉM Lisboa Tel: 213 612 697 dac@ccb.pt

Açores

COLISEU DE LISBOA Lisboa Tel: 213 240 580 marketing@coliseulisboa.com

PRIMAZ S. Mateus da Calheta Tel: 295 206 410 primaz@primaz.com

CONVENTO DO BEATO Lisboa Tel: 210 103 100 conventodobeato@cerealis.pt

Madeira

ESTÁDIO ALVALADE XXI Lisboa Tel: 217 516 522 Fax: 217 516 585 eventos.corporate@scp.pt www.scp.pt Ver páginas: 38 e 39

TROPICAL CATERING Funchal Tel: 291 700 840 restaurante.tropical@clix.pt ESPAÇOS MULTIUSOS Distrito de Aveiro EUROPARQUE Sta. Maria da Feira Tel: 256 370 200 info@europarque.pt Distrito de Braga

CASA DO MARQUÊS Algés Tel: 214 118 152 casadomarques@casadomarques.pt

AVEPARK – PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Caldas das Taipas Tel: 253 470 600 avepark@avepark.pt

CATERI Alcabideche Tel: 214 608 830 catering@cateri.pt

MULTIUSOS DE GUIMARÃES Guimarães Tel: 253 520 300 geral@tempolivre.pt

FUNDAÇÃO DE SERRALVES CONGRESS CENTRE Porto Tel: 226 156 500 serralves@serralves.pt MOSTEIRO DE SÃO BENTO DA VITÓRIA Porto Tel: 223 401 900 larcher@tnsj.pt Distrito de Setúbal CONVENTO DA ARRÁBIDA Azeitão Tel: 212 180 520 arrabida@foriente.pt Distrito de Viseu EXPOVIS Viseu Tel: 232 422 018 geral@expovis.pt Açores AÇOR ARENA - PAVILHÃO MULTIUSOS Vila Franca do Campo Tel: 296 539 390 acorarena@acorarena.pt CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO Angra do Heroísmo Tel: 295 206 120 cccah@mail.telepac.pt PORTAS DO MAR Ponta Delgada Telefone: 296 281 500 associacaoportasdomar@gmail.com Madeira

MUSEU DA CARRIS Lisboa Tel: 213 613 087 museu@carris.pt

CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DO PORTO SANTO Porto Santo Tel: 291 980 600 sdps@netmadeira.com

PAVILHÃO ATLÂNTICO Lisboa Tel: 218 918 409 info@pavilhaoatlantico.pt

MADEIRA TECNOPOLO Funchal Tel: 291 720 000 admin@madeiratecnopolo.pt

Distrito do Porto

ESTRUTURAS & ALUGUER DE MATERIAL

CAVES CÁLEM – SOGEVINUS FINE WINES Vila Nova de Gaia Tel: 223 746 660 turismo@sogevinus.com

AMG SERVICIOS Sevilha Tel: +34 902 104 413 amg@amgservicios.com (Mobiliário, Design, Climatização, Iluminação)

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DIRECTÓRIO Distrito de Braga MODELSTAND Padim da Graça Tel: 253 300 320 geral@modelstand.pt (Stands) SPORMEX Braga Tel: 253 673 689 geral@spormex.pt (Stands) Distrito de Faro ALGARPALCOS Loulé Tel: 289 401 370 algarpalcos@algarpalcos.com (Palcos) EUROLOGISTIX Almancil Tel: 289 419 199 info@eurologistix.pt (Aluguer de material) Distrito de Lisboa ALUG’AQUI Chão de Meninos - Sintra Tel: 219 108 003 info@aaqui.com (Aluguer de material) DOME WORLD Alcabideche Tel: 936 104 040 paulo.barros@domeworld.pt (Domes) EUROPALCO Mem Martins Tel: 219 605 520 comercial@europalco.com (Palcos e tendas) EVIDÊNCIA DISPLAY Lisboa Tel: 214 603 620 geral@evidenciadisplay.com (Stands) MULTIARCO Rua Reinaldo Ferreira, nº38 - A/B 1700-324 Lisboa Tel: 218 483 740 / 218 477 075 info@multiarco.pt www.multiarco.pt (ar condicionado) Ver página: 61 PÊBÊ DESIGN Sintra Tel: 219 188 720 Fax: 219 131 053 geral@pebe.pt www.pebe.pt www.ptsky.info (Stands e Design) Ver páginas 43 e 125 POP COMMUNICATION GROUP Lisboa Tel: 218 650 400 popgroup@popgroup.pt (Stands e Design) SERIES Lisboa Tel: 213 583 470 series@series.com.pt (Design e Comunicação) Distrito do Porto AUDINOVA Leça da Palmeira Tel: 229 961 930 geral@audinova.pt (Aluguer de material) SEABRAS EVENTOS Porto Tel: 225 505 579 info@seabras-eventos.com (Aluguer de Material)

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SERVICE PACK Rua de Santana, 276 4450 - 781 Leça da Palmeira Tel: 229 942 944 geral@servicepack.pt www.servicepack.pt (Aluguer de material) Ver página: 27 Distrito de Setúbal ALUGOCLIMA Rua dos Laminadores, 15 Foros da Catrapona, PIS II 2840-586 Aldeia de Paio Pires Tel: 212 549 550 Fax: 212 549 558 info@alugoclima.com www.alugoclima.com (Aluguer de material) Ver página: 23 Madeira SIRAM Funchal Tel: 291 230 350 siram@siram.pt (Stands) FEIRAS, CONGRESSOS & INCENTIVOS DISTRITO DE AVEIRO Europarque Sta. Maria da Feira Tel: 256 370 200 info@europarque.pt Distrito de Beja EXPO BEJA Av. Salgueiro Maia 7800 Beja Telefone: 284 315 602 Fax: 284 315 678 expobeja@mail.telepac.pt www.expobeja.pt Ver página: 31

Distrito de Lisboa ABREU Linda-a-Velha Tel: 214 156 100 dmcportugal.lisbon@abreu.pt AIMS PORTUGAL Lisboa Tel: 213 245 040 lisbon@aims-international.com AUDITÓRIO PROF. DR. ARMANDO SIMÕES SANTOS Lisboa Tel: 217 922 625 auditorio@fmd.ul.pt B+ Estoril Tel: 214 689 668 geral@bpositivo.com

CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL Av. Amaral 2765-192 Estoril Tel: 214 647 575 Fax: 214 647 576 info@estorilcc.com www. estorilcc.com Ver páginas 122 e 123

HOSPEDEIRAS DE PORTUGAL Porto Tel: 225 320 280 porto@hospedeiras-portugal.pt

CITEVE - CENTRO TECNOLÓGICO DA INDÚSTRIA TÊXTIL V. N. de Famalicão Tel: 252 300 300 citeve@citeve.pt

CWT EVENTS Lisboa Tel: 213 224 370 cwtevents@carlsonwagonlit.com.pt

CLASS TRAVEL Portimão Tel: 282 414 522 / 282 415 414 classtravel@mail.telepac.pt EXPOSÉ VIAGENS Albufeira Tel: 289 501 835 geral@exposeviagens.com.pt Distrito de Leiria BIG TIME Fátima Tel: 249 533 770 julio.santos@bigtime.pt EXPOSALÃO BATALHA Batalha Tel: 244 769 480 info@exposalao.pt

ACRÓPOLE Porto Tel: 226 199 680 geral@acropole-servicos.pt

EXPONOR Leça da Palmeira Tel: 229 981 400 info@exponor.pt

CITUR TRAVEL DMC Linda-a-Velha Tel: 217 712 610 lisbon@citur.pt

CENTRO DE CONGRESSOS DO ARADE Lagoa Tel: 282 498 577 clientes@algarvecc.com

ABREU Porto Tel: 222 043 570 dmcportugal.porto@abreu.pt

CENTRO DE CONGRESSOS DE LISBOA Lisboa Tel: 213 652 000 lisboacc@aip.pt

BESTEVENTS Braga Tel: 253 204 053 info@bestevents.pt

ALGARVE TOURS Faro Tel: 189 890 200 comercial@algarve-tours.pt

Distrito do Porto

CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES DA ALFÂNDEGA Rua Nova da Alfândega, Ed. da Alfândega 4050-430 Porto Tel: 223 403 000 Fax: 223 403 099 cce@amtc.pt www.amtc.pt Ver página: 11

Distrito de Braga

Distrito de Faro

TLC Lisboa Tel: 213 213 060 lisbon@tlc-pt.com

BLOOM UP Ed. Berna, Rua Tenente Espanca,3,5ºA 1050-220 Lisboa Tel: 214 689 668 Fax: 217 611 019 bloom@bloom.pt www.bloom.pt Ver página 69

C. I. CONGRESSOS E INCENTIVOS Lisboa Tel: 219 246 342 cicongressos@mail.telepac.pt

PARQUE DE EXPOSIÇÕES DE BRAGA Braga Tel: 253 208 230 peb@peb.pt

TEAM QUATRO Algés Tel: 214 111 300 info@teamquatro.com

FIL - FEIRA INTERNACIONAL DE LISBOA Lisboa Tel: 218 921 500 fil@aip.pt GEOTUR Lisboa Tel: 218 422 700 incoming@geotur.com ID - INTÉRPRETES DIRECTOS Lisboa Tel: 961 372 269 id@interpretesdirectos.com LEADING - CONGRESS & ASSOCIATION MANAGEMENT Linda-a-Velha Tel: 217 712 634 leading@leading.pt MESSE FRANKFURT - PORTUGAL Lisboa Tel: 217 939 140 info@portugal.messefrankfurt.com MUNDI CONVENIUS Lisboa Tel: 213 155 135 info@mundiconvenius.pt SALA OCEÂNICA Oeiras Tel: 214 462 550 geral@oeirasviva.pt SFORI Lisboa Tel: 217 604 839 geral@sfori.com

SKYROS CONGRESSOS Porto Tel: 226 165 450 skyros@skyros-congressos.com THE HOUSE OF EVENTS Porto Tel: 228 348 940 info@the.pt Distrito de Santarém CNEMA - CENTRO NACIONAL DE EXPOSIÇÕES E MERCADO AGRÍCOLAS Santarém Tel: 243 300 300 centrodecongressos@cnema.pt Distrito de Setúbal GRUPO ECOREX Corroios Tel: 212 548 200 info@ecorex.pt Distrito de Viseu EXPOVIS Viseu Tel: 232 422 018 geral@expovis.pt Açores CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DE ANGRA DO HEROÍSMO Angra do Heroísmo Tel: 295 206 120 cccah@mail.telepac.pt TURANGRA Angra do Heroismo Tel: 295 204 040 congressoa@turangra.com Madeira CENTRO CULTURAL E DE CONGRESSOS DO PORTO SANTO Porto Sto. Tel: 291 980 600 sdps@netmadeira.com MADEIRA TECNOPOLO Funchal Tel: 291 720 000 admin@madeiratecnopolo.pt


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FOTOGRAFIA E VÍDEO

Distrito de Faro

Distrito de Viana do Castelo

Distrito de Lisboa

HOTEL FARO Faro Tel: 289 830 830 comercial@hotelfaro.pt

AXIS GOLF PONTE DE LIMA Ponte de Lima Tel: 258 900 250 reservas@axispontedelima.com

LE MERIDIEN PENINA GOLF E RESORT Portimão Tel: 282 420 200 sales.lemeridien@starwoodhotels.com

FLÔR DE SAL Viana do Castelo Tel: 258 800 100 reservas@hotelflordesal.com

SHERATON ALGARVE HOTEL & RESORT Albufeira Tel: 289 500 100 pinecliffs.reservations@luxurycollection.com

Distrito de Vila Real

FABRICE ZIEGLER Lisboa Tel: 218 877 719 fabriceziegler@netcabo.pt MINIFOTO ESTÚDIO Rua Alexandre Ferreira, 49 A - Lumiar 1750-010 Lisboa Tel: 217 567 330 Fax: 217 567 339 minifoto@netcabo.pt www.minifoto-estudio.com Ver página: 103 Distrito do Porto CITYLAB Marco de Canaveses Tel: 255 539 230 citylab@citylab.pt

TIVOLI MARINA VILAMOURA Vilamoura Tel: 289 303 330 paula.santos@tivolihotels.com Distrito de Leiria

FORTE DE S. FRANCISCO HOTEL Chaves Tel: 276 333 700 webmaster@forte-s-francisco-hoteis.pt VIDAGO PALACE HOTEL Vidago Tel: 276 990 900 vidagopalace@unicer.pt

Distrito do Porto AUDIOLUZ Serzedo Tel: 227 625 805 geral@audioluz.net DIGITAL FRAME Vila Nova de Gaia Tel: 227 870 175 info@digitalframe.pt MACEDO’S PIROTECNIA Rua Padre José Pereira dos Santos, 182 4615-454 Lixa Tel: 255 483 999 Fax: 255494673 pirotecnia@macedos.com.pt www.macedos.com.pt Ver página 73

NVSTUDIO Porto Tel: 226 180 741 nvstudio@nvstudio.co.pt

MARRIOTT PRAIA D’EL REY & BEACH RESORT Amoreira Tel: 262 905 100 info.pdr@marriott-pdr.com.pt

HOTÉIS E POUSADAS

Distrito de Lisboa

AQUAPURA DOURO VALLEY Lamego Tel: 254 660 600 aquapuradouro@aquapuradouro.com

Distrito de Aveiro

CORINTHIA LISBOA HOTEL Lisboa Tel: 217 236 363 lisboa@corinthia.pt

HOTEL MONTEBELO Viseu Tel: 232 420 000 hotelmontebelo@visabeiraturismo.pt

BACK LIGHT Alcochete Tel: 212 349 740 backlight@verylight.pt

HOTEL DOM PEDRO LISBOA Lisboa Tel: 213 896 600 lisboa.reservations@dompedro.com

MELIA CONFORT GRÃO VASCO Viseu Tel: 232 423 511 geral@hotelgraovasco.pt

ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS DESPORTIVOS

HOTEL REAL VILLA ITÁLIA Cascais Tel: 291 724 257 swreservations@granderealvillaitaliahotel.com

Açores

GRANDE HOTEL DA CURIA Anadia Tel: 231 515 720 geral@grandehoteldacuria.com PALACE HOTEL BUSSACO Luso Tel: 231 937 970 bussaco@almeidahotels.com Distrito de Beja CLUBE DE CAMPO VILA GALÉ Beja Tel: 284 970 100 clubedecampo@vilagale.pt Distrito de Braga AQUAFALLS SPA HOTEL Vieira do Minho Tel: 253 649 000 info@aquafalls.pt AXIS OFIR - BEACH RESORT HOTEL Ofir - Esposende Tel: 253 989 800 reservas@axisofir.com POUSADA DE GUIMARÃES - SANTA MARINHA Guimarães Tel: 253 511 249 recepcao.stamarinha@pousadas.pt Distrito de Castelo Branco MELIÁ CONFORT D. MARIA Covilhã Tel: 275 310 000 tryp.dona.maria@solmelia.com

HOTEL VILLA RICA Lisboa Tel: 210 043 000 villarica@villarica.pt LISBON MARRIOTT HOTEL Lisboa Tel: 217 235 551 claudia.ventura@marriotthotels.com PALÁCIO ESTORIL Estoril Tel: 214 648 000 front-desk@palacioestorilhotel.com RITZ FOUR SEASONS HOTEL LISBOA Lisboa Tel: 213 811 400 fsh.lisbon@fourseasons.com SHERATON LISBOA HOTEL E TOWERS Lisboa Tel: 213 120 000 sheraton.lisboa@sheraton.com

Distrito de Viseu

RXF - AUDIOVISUAIS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO Rua Cipriano dos Santos, 3 2710 - 735 Sintra Tel: 210 189 366 Fax: 219 146 125 geral@rxf.pt www.rxf.pt Ver página: 55

HOTEL AÇORES ATLÂNTICO Ponta Delgada Tel: 296302200 reservas@bensaude.pt HOTEL DO CARACOL Angra do Heroísmo Tel: 295402600 dep.reservas@hoteldocaracol.com Madeira CROWNE PLAZA RESORT MADEIRA Funchal Tel: 291 717 600 crowne.plaza.md@mail.telepac.pt HOTEL SAVOY Funchal Tel: 291213000 reservations@savoyresort.com THE VINE HOTEL Funchal Tel: 291 009 000 info@hotelthevine.com

TRYP COLINA DO CASTELO Castelo Branco Tel: 272 349 280 tryp.colina.castelo@solmeliaportugal.com Distrito de Coimbra

Distrito do Porto

Distrito de Coimbra

HOTEL QUINTA DAS LÁGRIMAS Coimbra Tel: 239 802 380 comercial@quintadaslagrimas.pt

PORTO PALÁCIO CONGRESS HOTEL Porto Tel: 226 086 600 portopalaciohotel@sonae.pt

SLC - SOUND LIGHT AND CREW Coimbra Tel: 239 722 255 info@slcrew.com

Distrito de Évora

SHERATON PORTO HOTEL & SPA Porto Tel: 220 404 000 sheraton.porto@sheraton.com

Distrito de Lisboa

recepcao.conventodoespinheiro@conventodoespinheiro.com

HOTEL DA CARTUXA Évora Tel: 266 739 300 comercial@hoteldacartuxa.com

Distrito de Aveiro DESAFIOS Sever do Vouga Tel: 234 556 619 informacoes@desafios-lda.pt MARGENS Águeda Tel: 234 648 571 margens@margens.pt Distrito de Braga DIVERLANHOSO Póvoa de Lanhoso Tel: 253 635 763 info@diverlanhoso.com.pt Distrito de Castelo Branco GRAU 5 Barroca Tel: 275 751 042 contacto@grau5.pt Distrito de Coimbra CAPITÃO DUREZA - DESPORTOS DE AVENTURA Figueira da Foz Tel: 239 918 148 info@capitaodureza.com

AUDIOVISUAIS E PIROTECNIA VIP EXECUTIVE ART’S Av. D. João II, Lt. 1.1801C 1998-028 Lisboa Tel: 210 020 400 Fax: 210 020 401 hotelarts@viphotels.com www.viphotels.com Ver página: 117

CONVENTO DO ESPINHEIRO HERITAGE HOTEL E SPA Évora Tel: 266 788 200

Distrito de Setúbal

TIARA PARK ATLANTIC PORTO Porto Tel: 226 072 500 reservas.porto@tiara-hotels.com

Distrito de Braga AUDIOVELOSO Guimarães Tel: 253 418 428 geral@audioveloso.pt

ALFASOM Amadora Tel: 214 967 000 info@alfasom.com

Distrito de Santarém

AUDIOMEIOS Venda do Pinheiro Tel: 219 663 843 geral@audiomeios.pt

DOM GONÇALO HOTEL & SPA Fátima Tel: 249 539 330 mail@hoteldg.com

ELECTROAUDIO S. Domingos de Rana Tel: 214 531 223 info@electroaudio.net

CAMINHOS D’ÁGUA - LAZER ACTIVO Coimbra Tel: 969 049 470 info@caminhosdagua.com Distrito de Évora TURAVENTUR Évora Tel: 266 743 134 turaventur@turaventur.com RUSTITUR Évora Tel: 266 978 043 info@rustitur.com Distrito de Faro ZOOMARINE Albufeira Tel: 289 560 300 algarve@zoomarine.pt Distrito de Lisboa EQUINÓCIO Lisboa Tel: 210 155 139 info@equinocio.com

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DIRECTÓRIO TALENTO Algés Tel: 214 135 380 talento@talento.pt

ESTRATEGO EVENTOS Lisboa Tel: 213 830 111 info@estratego.pt

Distrito do Porto

GENIUS Y MEIOS Lisboa Tel: 213 239 202 mail@geniusymeios.pt

ELEMENTO TERRA Porto Tel: 938 303 674 hugooliveira@elementoterra.com Distrito de Santarém AVENTUR Torres Novas Tel: 962 748 550 geral@aventuralazer.com Distrito de Setúbal ARRÁBIDA AVENTURAS Palmela Tel: 212 352 406 arrabidaventura@mail.telepac.pt Distrito de Viseu DESAFIOS CARAMULO Caramulo Tel: 232 868 017 geral@desafios-caramulo.pt Açores FUTURISMO Ponta Delgada Tel: 296 628 522 futurismo@mail.telepac.pt Madeira BALLOONVISION Funchal Tel: 291 282 700 balloonvision@netcabo.pt TERRAS DE AVENTURA Funchal Tel: 291 708 990 terrasdeaventura@mail.telepac.pt ORGANIZAÇÃO DE EVENTOS Distrito de Aveiro TEMPOS E VENTOS Rua Almirante Cândido dos Reis, 90 Apartado 1532 3801-902 Aveiro Tel: 234 385 624 Fax: 234 385 624 cperestrelo@temposeventos.com www.temposeventos.com Ver página: 109 Distrito de Faro JUST PERFECT Loulé Tel: 289 401 374 eventos@justperfectevents.com ZEBRA SAFARI Albufeira Tel: 289 583 300 joao.zebrasafari@armail.pt Distrito de Leiria TRIVENTOS Leiria Tel: 244 811 000 geral@triventos.com Distrito de Lisboa ACTING OUT Paço de Arcos Tel: 214 544 355 actingout@actingout.pt BEONE Lisboa Tel: 213 406 200 geral@beone.pt

GRUPO EVIDÊNCIA Lisboa Tel: 214 603 620 eventos@evidenciagrupo.com KRIAEVENTOS Lisboa Tel: 217 955 424 ke@kriaeventos.pt MERCADO DA CULTURA Oeiras Tel: 214 410 448 geral@mercadodacultura.pt PEDRO SALGADO Oeiras Tel: 214 461 020 geral@pedrosalgado.pt PUBLIHAPPENING Ed. Foz do Rio, Rua Domingos José de Morais, 53-2D/55-2E 2685-046 Sacavém Tel: 219 422 334 Fax: 219 425 153 info@publihappening.com www.publihappening.pt Ver página 93 TOX’INN – PROMOÇÃO E EVENTOS Lisboa Tel: 217 923 735 toxinn.lisboa@toxinn.com WECANSELL Lisboa Tel: 213 523 161 info@wecansell.pt Distrito do Porto ADEREÇO PRODUÇÕES Porto Tel: 225 322 720 geral@adereco.com PORTUGAL DELUXE Porto Tel: 220 107 558 info@portugaldeluxe.com REALIZAR Porto Tel: 225 074 530 mail@realizar.com SUCESSOS Q.B Rua Godinho Faria, 512 4465-155 S. Mamede de Infesa Tel: 913 830 227 producoes@sucessosqb.com www.sucessosqb.com Ver página 65 Distrito de Setúbal YOU ARE ONE Aldeia de Paio Pires Tel: 917 386 060 geral@youareone.com Açores PRIMAZ S. Mateus da Calheta Tel: 295 206 410 primaz@primaz.com Madeira SIRAM Funchal Tel: 291 230 350 siram@siram.pt

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CONVENTO DE SANDELGAS Coimbra Tel: 239 951 000 clara.moura@conventodesandelgas.com Distrito de Évora HERDADE DO ESPORÃO Reguengos de Monsaraz Tel: 266509270 herdade@esporao.com

DOURO AZUL Porto Tel: 223 402 500 reservas@douroazul.com Distrito de Setúbal BARCO ÉVORA Setúbal Tel: 912 154 449 geral@barcoevora.com OUTROS SERVIÇOS

Distrito de Lisboa

Distrito de Braga

QUINTA DA REGALEIRA Sintra Tel: 219 106 650 regaleira@mail.telepac.pt

EDIGMA Braga Tel: 707 309 131 edigma@edigma.com

QUINTA DO ROSEIRAL Ericeira Tel: 261 860 570 geral@quintadoroseiral.com

Distrito de Lisboa

PLAZA RIBEIRO TELLES - CENTRO DE EVENTOS Vila Franca de Xira Tel: 263 288 559 mrtelles@plazaribeirotelles.com Distrito do Porto CASA DOS LEMOS Porto Tel: 226 104 796 casadoslemos@iol.pt Distrito de Santarém VALE D’ALGARES Vila Chã de Ourique Tel: 243 709 321 sandro.castelhano@quatroancoras.com Distrito de Setúbal QUINTA DA REGATEIRA Charneca da Caparica Tel: 212962365 info@imppacto.com SEGURANÇA Distrito de Lisboa 2045 - EMPRESA DE SEGURANÇA Malveira Tel.: 219663070 geral@2045sa.pt Distrito do Porto GRUPO 8 Porto Tel: 226 198 160 grupo8@grupo8.pt TRANSPORTES Distrito de Braga AERONORTE Braga Tel: 253 626 967 geral@aeronorte.pt Distrito de Faro TRANSOL - TRANSPORTES E TURISMO Portimão Tel: 282 450 460 rui.barata@transol.pt Distrito de Lisboa FROTA AZUL - TRANSPORTES E TURISMO Odivelas Tel: 219380400 frota.azul@rodest.pt Distrito do Porto

Distrito de Braga

AIREVENTS - PRIVATE FLIGHTS Moreira da Maia Tel: 229 432 513 airevents@airevents.com.pt

PARQUE DA PENHA Guimarães Tel: 967 877 841 geral@parquedapenha.com.pt

ANE TOURS Perafita Tel: 229 942 667 info@anetours.pt

QUINTAS DESAFIO GLOBAL ATIVISM Rua Diogo de Couto, 1 B 2799-537 Linda-a-Velha Tel: 214 149 550 Fax: 214 149 560 geral@desafio-global.pt www.desafio-global.pt Ver páginas: 2 e 3

Distrito de Coimbra

JOSÉ PIMENTEL FURTADO - CONSULTOR DE SEGURANÇA Lisboa Tel: 917 726 269 josepfurtado@sapo.pt E.VALUE Rua do Salitre, 136, 2º 1250-204 Lisboa Tel: 213 845 260 Fax:213 845 269 evalue@evalue.pt www.evalue.pt (Ambiente) Ver página 67 MEDFIRST – SOLUÇÕES GLOBAIS NA EMERGÊNCIA Paço de Arcos Tel: 216 002 732 eventos@medfirst.pt (Emergência Médica) TZIRANDA Lisboa Tel: 213 140 983 rgf@tziranda.com (Software) Distrito do Porto +METRO Serzedo VNG Tel: 227 535 835 geral@maismetro.pt (Impressão Digital) ESTAÇÃO LIVRE – COMUNICAÇÃO Porto Tel: 226 053 936 info@elc.pt www.elc.pt (Comunicação e edições) Ver página: 91 EVENT SERVICES V.N.Gaia Tel: 220 932 947 info@eventservices.pt (Software para eventos) NORMA DESIGN Porto Tel: 919 611 350 info@normadesign.com (Design de comunicação) Ver página: contracapa I HAVE THE POWER Tv. Nova de Salgueiros, 2 - Canidelo 4400-575 V. N. Gaia Tel: 227 819 001 Fax: 227 819 003 ihavethepower@solfut.com www.ihavethepower.net Ver página 19 SMARTWATT Porto Tel: 222 094 066 info@smartwatt.pt (Ambiente) Distrito de Setúbal HELPED-PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE Corroios Tel: 707 452 452 geral@helped.pt


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