ACGE 2007

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Um Projecto Euronatura


ACGE

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E GESTÃO DE EMPRESAS

2

AUTORES: ENG. ANA ROVISCO E ENG. MARIA SOUSA


3


Conselho Consultivo

A necessidade de tomadas de decisão que fortalecessem o Índice

O Conselho Consultivo da edição deste ano é constituído

ACGE como um instrumento de análise em relação à posição das

pelos especialistas que se listam abaixo, e cuja

empresas face às alterações climáticas existiu desde a sua primeira

anuência ao convite em muito honrou a equipa:

edição. O Conselho Consultivo foi formado nessa perspectiva, de forma a garantir um controlo de qualidade ao longo de todo o processo, que garantisse robustez às decisões adoptadas.

Eng.ª Ana Rita Antunes (Quercus)

Apesar das opiniões do Conselho Consultivo não serem vinculativas, é feito um esforço para incluir todas as abordagens e orientações do mesmo. Logicamente, a Euronatura é a única responsável pelo projecto e pelos seus resultados.

Professor Francisco Ferreira (Quercus, FCT-UNL) Engº Francisco de la Fuente Sánchez (BCSD, Portugal) Dr. Franco Caruso (BRISA) Dr. Gonçalo Pernas (RSE Portugal) Dr. João José Fernandes (OIKOS) Dr. José Eduardo Barroso (E.Value) Eng.º Neves de Carvalho (EDP, Energias de Portugal)

4


índice

SUMÁRIO EXECUTIVO

6

RESPONSABILIDADE CLIMÁTICA EM PORTUGAL

10

1. Introdução ao Índice ACGE 2006

10

2. A Selecção dos Sectores, Empresas e Ministérios

13

2.1. Selecção dos Sectores de Actividade Económica

13

2.2. Empresas e Ministérios Seleccionados

14

3. Recolha de Informação - Metodologia

16

3.1. Metodologia de Avaliação dos Sectores dos Transportes, da Banca e dos Seguros

16

3.1.1. Secções do Pré-Relatório enviado às empresas

18

3.2. Metodologia Adoptada ao Sector Público

22

3.2.1. Secções do Questionário enviado aos Ministérios

23

3.3. Estatísticas de Adesão das Empresas e dos Ministérios

26

4. Índice ACGE Sectorial 2006 – Principais resultados

29

4.1. Análise Global

29

4.2. Análise Sectorial

32

4.2.1. Análise por Capítulos

38

4.3. Análise Ministerial

44

5. Boas Práticas

46

6. Conclusões

50

7. PRÓXIMOS PASSOS: ÍNDICE ACGE 2007 / Índice ACGE Sectorial 2008

54

ANEXO I - AS EMPRESAS

55

ANEXO II - LISTA FINAL DE ITENS DE AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS DO ACGE SECTORIAL 2006

67

ANEXO III - LISTA FINAL DE AVALIAÇÃO DOS MINISTÉRIOS DO ACGE SECTORIAL 2006

73

5


sumário executivo

Esta é a primeira edição do Índice ACGE Sectorial 2006 que difere

A apreciação das empresas baseou-se na definição de um conjunto

das edições anteriores (ACGE 2004 e ACGE 2005) pelo facto de

de indicadores demonstrativos dos seus empenhos em combater a

concentrar a sua amostra num número específico de sectores.

questão das alterações climáticas. Esta foi adoptada com base na

Assim, enquanto nas edições anteriores não era feita uma distinção

metodologia utilizada pelo Investor Responsibility Research Center

entre os sectores económicos a que pertenciam as empresas esta

(IRRC), na elaboração dos relatórios “Corporate Governance and

edição pretende avalia-las tendo em conta tanto o seu core-

Climate Change: Making the Connection”, edições de 2003 e 2006,

business como o seu desempenho no combate às alterações

para o Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES).

climáticas . Os sectores em análise nesta primeira edição do ACGE Sectorial foram então o Sector dos Transportes, o Sector da Banca,

A avaliação do Sector Público focou dois aspectos em particular: 1) a

o Sector dos Seguros e o Sector Público. Porém, neste último

análise das medidas implementadas pelos diferentes Ministérios para

sector foi objectivo último do Índice efectuar um levantamento de

combater as alterações climáticas e 2) as compras públicas ecológicas

práticas existentes e principais obstáculos no âmbito das Compras

nos Ministérios a avaliar. O primeiro aspecto tem como objectivo

Públicas Ecológicas ao invés da elaboração de um ranking de

conhecer as práticas de gestão dos Ministérios quanto às questões

desempenho para os Ministérios em estudo. A publicação agora

ambientais e terá em conta itens de avaliação de carácter geral

apresentada é resultado do trabalho efectuado ao longo de 2007.

utilizados para as empresas, como, por exemplo, se estes têm políticas de uso racional de energia. O segundo pretende avaliar o estado em que se encontram as compras públicas ecológicas, em Portugal, e terá em conta os critérios adoptados pelo Take-5 Consortium para a publicação do Relatório “Green Public Procurement in Europe” e as sugestões descritas no manual da Comissão Europeia “Comprar ecológico! – Manual de contratos públicos ecológicos”.

6


A Recolha de Informação

Quanto aos Ministérios em estudo, foram inicialmente propostos, pela Euronatura, três Ministérios a analisar utilizando como critério

O Índice ACGE Sectorial 2006 recorreu a duas

de selecção o número de empregos gerados em 2006. No entanto,

metodologias distintas na recolha de informação para

foi sugerida pelo Conselho Consultivo (CC) a análise de mais três

o Sector Público e para os restantes sectores.

Ministérios dado o seu interesse no âmbito das alterações climáticas.

Para os sectores dos transportes, banca e seguros a metodologia

Os Aspectos Avaliados

adoptada é idêntica à seguida pelo Índice ACGE 2005, por sua vez idêntica à seguida nos estudos do CERES. Isto é para as empresas

Para a avaliação das empresas a Euronatura teve por base 5 níveis de

pré-seleccionadas pela Euronatura foi efectuado um levantamento

avaliação propostos nos estudos do CERES e já utilizados nas edições

de toda a informação existente sobre as preocupações da empresa

anteriores com bastante sucesso. O primeiro nível avalia a “Estrutura

face às alterações climáticas que serviu de base à construção pela

Administrativa e Supervisão de Questões Ambientais” (Capítulo A)

Euronatura, de um Pré-Relatório a ser enviado a cada uma das

e pretende obter informações sobre a posição da Administração em

empresas. Após recepção do mesmo, a empresa tinha a possibilidade

relação às alterações climáticas. O segundo nível de avaliação sobre

de o comentar bem como de enviar material adicional para análise.

“Gestão das Empresas e Auditorias Ambientais” (Capítulo B) tem o intuito de compreender a parte operacional da gestão da empresa

No caso da participantes voluntárias e para o sector público

na sua resposta às indicações da administração neste campo. O

a foi enviado um questionário para preenchimento pela

terceiro nível dá-nos uma perspectiva sobre a “Divulgação das

empresa/ministério e posterior envio para a Euronatura.

Alterações Climáticas” (Capítulo C) onde a Euronatura se debruça nas formas de divulgação adoptadas pela empresa para comunicar

A SELECÇÃO DOS SECTORES, EMPRESAS E MINISTÉRIOS

a sua abordagem à temática das alterações climáticas. O capítulo relativo à elaboração de “Inventários de Gases com Efeito de Estufa” (Capítulo D) analisa se os mesmos são ou não elaborados pelas

A decisão de reduzir o número de sectores em análise permitiu o

empresas, quais as suas características e se existem objectivos de

aumento do número de empresas estudadas em cada uma das áreas

redução de gases com efeito de estufa. Finalmente, as “Questões

de actividade económica, permitindo uma análise mais aprofundada

específicas de cada sector” (Capítulo E) têm como objectivo conhecer

em cada sector. Estes foram seleccionados de acordo com a sua

medidas de actuação específicas para cada sector analisado.

relevância, quer directa quer indirecta, para as alterações climáticas. Na construção do esquema de avaliação qualitativa que pretendemos Este ano a Euronatura propôs-se a analisar 40 empresas pertencentes

utilizar no ACGE Sectorial 2006 para o Sector Público, optámos

aos sectores dos Transportes, da Banca e dos Seguros prevendo

por o avaliar quanto ao seu desempenho em compras públicas

a análise suplementar de mais 10 empresas por voluntariado.

ecológicas e quanto ao seu desempenho na adopção de medidas

Á semelhança dos anos anteriores as empresas a integrar o

e programas que visem fazer face às alterações climáticas. A

Ranking ACGE Sectorial 2006 foram escolhidas com base no seu

estrutura do Questionário dividiu-se em duas partes, uma referente

volume de negócios e o número de trabalhadores em Portugal.

aos “Ministérios: Práticas de gestão e questões ambientais” e outra referente às “Práticas de Compras Públicas Ecológicas”.

7


Os Resultados Relativamente ao “comportamento sectorial”, aquando da A escolha dos novos sectores e empresas foi de encontro ao

comparação dos 5 primeiros resultados de cada sector e sem

objectivo delineado aquando da apresentação do ACGE 2005,

contabilizar a participação voluntária, verifica-se que o Sector

de proceder a uma avaliação mais aprofundada a um conjunto

dos Transportes é o que apresenta o melhor desempenho no

de sectores de actividade económica em particular. Para o

combate às alterações climáticas, seguido do Sector da Banca

efeito, a avaliação sectorial cingiu-se a três sectores: o Sector

e por fim do Sector dos Seguros. Esta é uma conclusão caricata

dos Transportes, o Sector da Banca e o Sector dos Seguros.

já que o Sector dos Seguros é o que se espera vir a sofrer mais

Complementarmente, a Euronatura procedeu ainda à análise do

danos resultantes dos impactes das alterações climáticas nos

Sector Público sendo apenas possível analisar os Ministérios da

bens por si segurados. Não obstante os resultados obtidos pelo

Educação e da Saúde uma vez que estes foram os únicos Ministérios

Sector dos Transportes, se tivermos em conta a futura integração

a enviar os questionários preenchidos, não sendo possível

do sector da aviação no CELE (a partir de 2011) e de estarem

recolher informações para os restantes Ministérios em estudo.

a decorrer discussões semelhantes para o sector marítimo, é de lamentar que apenas uma empresa (a TAP) apresente uma

A melhor pontuação, no Ranking geral (sem contabilizar o último

estratégia de resposta a este novo enquadramento legal.

capítulo referente às questões específicas de cada sector), foi obtida pela Sonae Sierra, pela Carris, pelo BES e pela Galp Energia

No que diz respeito ao Sector dos Seguros existem duas hipóteses

revelando que do total da amostra estas são o exemplo a seguir

possíveis, ou estas empresas têm ainda muito a fazer para integrar

embora ainda tenham pontos passíveis de serem melhorados.

os efeitos das alterações climáticas na sua estratégia de negócios e/ou as suas práticas de divulgação carecem de uma acentuada

Quando as empresas são avaliadas sem contemplar o capítulo

melhoria. De qualquer das formas nenhuma das hipóteses é favorável

D (Inventários de Emissões de GEE), verifica-se que todas, sem

a este sector especialmente se se tiver em conta que este é um dos

excepção, vêm a sua pontuação subir embora não surja nenhuma

sectores que se prevê que venha a sofrer maiores danos resultantes

empresa “nova” no top-ten, ao contrário do que sucedia nas edições

dos efeitos das alterações climáticas dadas as suas repercussões em

anteriores. Esta constatação estará relacionada com o facto de

termos de danos materiais, interrupções das actividades comerciais

as empresas, embora pertencentes a três sectores diferentes, se

e incêndios florestais. É então importante para este sector encontrar

encontrarem em ponto de igualdade uma vez que nenhuma tem

formas inovadoras para responder eficazmente ao agravamento

um vínculo legal relacionado com as alterações climáticas.

destes riscos relacionados com as condições climáticas.

De uma forma geral pode dizer-se que a divulgação das medidas

No que diz respeito à análise do Sector Público, a Euronatura

e iniciativas levadas a cabo pelas empresas precisa de ser muito

lamenta o facto de não ter sido possível recolher mais informações

melhorada. A baixa taxa de participação aliada ao elevado número de

acerca do ponto de situação das compras públicas ecológicas em

empresas para as quais não foi possível recolher dados leva a crer que

Portugal. Dos dois questionários enviados pode apenas dizer-se

a maioria das empresas em estudo ainda não considera as questões

que já começam a ser dados os primeiros passos no caminho de

das alterações climáticas como uma área prioritária de acção. Sendo,

compras públicas ambientalmente sustentáveis mas que ainda

todavia de reconhecer as empresas que já começam a integrar as

muito há a fazer especialmente no que diz respeito ao desempenho

alterações climáticas na sua estratégia de crescimento e actuação.

dos próprios Ministérios no combate às alterações climáticas.

8


PRÓXIMOS PASSOS: ÍNDICE ACGE SECTORIAL 2007 Há cerca de um ano a Euronatura decidiu que o Índice ACGE deveria ser realizado de dois em dois por considerar que as práticas avaliadas são bastante complexas e como tal demorarem um período considerável de tempo para que sejam visíveis num plano estratégico empresarial. Como complemento, e nos anos intercalares, a Euronatura apresentaria o Índice ACGE Sectorial focando a sua atenção num determinado número de sectores em particular. Face a esta situação a próxima edição do ACGE será no mesmo

Todas as informações relacionadas com o Índice ACGE, e as

formato que as edições dos anos 2004 e 2005 esperando,

suas respectivas edições poderão ser consultadas em:

em virtude deste intervalo de tempo, obter resultados

www.responsabilidadeclimatica.org

mais concretos, em que as empresas seleccionadas têm também oportunidade de demonstrar melhorias a nível da

Qualquer questão poderá ser colocada no seguinte endereço:

sua metodologia de combate às alterações climáticas.

ana.rovisco@euronatura.pt

9


RESPONSABILIDADE CLIMÁTICA EM PORTUGAL

1. Introdução ao Índice ACGE 2006 As conclusões do Quarto Relatório de Avaliação do Painel

precipitações, inundações provocadas pela subida do nível do mar,

Intergovernamental para as Alterações Climáticas (4º Relatório

inundações repentinas, secas, incêndios florestais e desabamento de

do IPCC) sugerem, com 90% de certeza, que o incremento das

terras, serão cada vez mais frequentes e mais intensos, provocando

temperaturas médias globais, desde meados do século XX, se deve

danos em edifícios e em infra-estruturas com repercussões indirectas

ao aumento observado nas concentrações de gases com efeito

sobre os serviços financeiros e o sector de seguros. Mesmo os danos

de estufa (GEE) com origem antropogénica. No Primeiro Relatório

ocorridos fora da União Europeia terão graves consequências para

do IPCC as projecções sugeriam um aumento da temperatura

a economia europeia, por exemplo, as indústrias transformadoras

média global entre 0,15 e 0,3ºC por década entre 1990 e 2005. O

europeias terão problemas com o abastecimento de madeira.

aumento actualmente verificado corresponde a 0,2ºC por década, aumentando o grau de fiabilidade das previsões efectuadas.

Inicialmente o desafio das alterações climáticas foi colocado ao nível dos Estados, de onde resultaram várias iniciativas, como por

De acordo com o Livro Verde da Comissão Europeia “Adaptação

exemplo o Protocolo de Quioto, um tratado internacional que visa a

às alterações climáticas na Europa – possibilidades de acção da

redução dos GEE em 5,2% no período entre 2008 e 2012. Contudo,

União Europeia”, são muitos os sectores económicos dependentes

à medida que as medidas de combate às alterações climáticas vão

das condições meteorológicas que sofrerão directamente as

amadurecendo, o desafio torna-se, também, e cada vez mais, uma

consequências das alterações climáticas nas suas actividades

preocupação e uma exigência quer dos cidadãos quer das empresas.

1

e empresas . Fenómenos extremos, como temporais, fortes

1. A agricultura, a silvicultura, as pescas, o turismo (estâncias balneares e de esqui) e a saúde são alguns exemplos de sectores afectados pelas alterações climáticas.

10


O Índice ACGE consiste na construção de um ranking que permita

Contudo, a realidade nacional e o âmbito do projecto são bastante

avaliar o desempenho de um conjunto seleccionado de empresas

distintos do projecto implementado pelo CERES. Ao longo dos

portuguesas, quanto ao seu comportamento face às alterações

anos as várias edições do ACGE (ACGE 2004, ACGE 2005 e agora

climáticas. Constatou-se, nas edições de 2004, 2005 e 2006 deste

o presente ACGE Sectorial 2006), apresentaram várias diferenças

projecto, que existe, por parte de algumas empresas portuguesas,

em relação aos estudos apresentados pelo CERES em 2003 e

a percepção de que as alterações climáticas existem e que os

em 2006. Estas dizem respeito ao público-alvo, mais vasto no

seus efeitos devem ser integrados nos seus planos de negócio,

ACGE do que nos estudos do CERES , ao número de empresas

demonstrando um claro sinal de vanguardismo e empreendedorismo

analisadas e aos sectores em estudo, bem como à certificação

por parte dos seus gestores. A edição deste ano, Índice ACGE

de todo o processo de análise por uma entidade externa.

3

Sectorial 2006, fez ainda uma abordagem ao Sector Público tendo seleccionado alguns Ministérios com o intuito de conhecer as suas

As diferenças entre as edições do ACGE são também notórias.

práticas a este nível. Este foi um aspecto considerado fundamental

Enquanto as primeiras duas edições tiveram como objectivo principal

por parte da Euronatura, uma vez que são organismos de poder

estudar o comportamento das maiores empresas portuguesas (sendo

central e responsáveis pelas politicas públicas, podendo induzir

seleccionadas de acordo com o seu volume de negócios e número

mudanças para comportamentos ambientais mais eficientes e

de trabalhadores em Portugal) em relação às alterações climáticas,

servindo de exemplo de boas práticas a outros sectores da sociedade.

variando apenas na metodologia de recolha de informação e no

4

5

número de empresas e sectores em estudo , esta edição cingiu a 6

A Euronatura recorreu a duas metodologias na execução deste

sua análise a três sectores de actividade económica em particular.

projecto de forma a que se pudesse correctamente retratar o

Adicionalmente, esta terceira edição visa ainda analisar qual o estado

comportamento tanto das empresas como dos ministérios. Assim,

das compras públicas ecológicas em Portugal, numa fase em que este

a metodologia de base utilizada para a construção de um ranking

sistema ainda não entrou em vigor, visando efectuar um levantamento

empresarial foi a do Investor Responsibility Research Center (IRRC),

das práticas actuais bem como das principais dificuldades/obstáculos

na elaboração dos relatórios “Corporate Governance and Climate

existentes em 6 Ministérios em particular . Uma outra diferença

Change: Making the Connection”, edições de 2003 e 2006, para

desta edição para as anteriores, diz respeito à certificação de todo

o Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES).

o processo de avaliação aplicado pela Euronatura ao Índice ACGE

2

7

O último estudo desta associação, lançado em 2006 , relata o

Sectorial pela PricewaterhouseCoopers, facto que reconhecemos ser

desempenho de 100 empresas seleccionadas dos 10 sectores

de extrema importância na construção de um Índice de referência.

com maior intensidade carbónica nos Estados Unidos da América. Estas foram seleccionadas para cada sector tendo em conta as suas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) e o seu volume de acções transaccionadas nas principais bolsas de valores.

2. Este relatório estuda o modo como 100 das empresas maiores emissoras de GEE incluídas nos 10 sectores com maior intensidade carbónica nos Estados Unidos contabilizam as alterações climáticas nas suas estratégias de negócio e nas práticas de gestão. A checklist resultante da análise das práticas de gestão que levam em conta as alterações climáticas, providencia 14 itens de avaliação, que permitem atingir uma pontuação máxima de 100 pontos, com o estudo das acções das empresas nas áreas de responsabilização do Conselho de Administração, da contabilização da gestão a este nível, da compensação executiva e da edição de relatórios de emissões. O relatório também descreve como os investidores institucionais podem engrenar as alterações climáticas nas empresas como parte da agenda de gestão corporativa emergente. O relatório pode ser encontrado em http://www.ceres.org/reports/main.htm

3. Os estudos do ACGE são direccionados desde os investidores ao público em geral, passando pelos gestores de empresas, administração pública e organizações não-governamentais enquanto os estudos do CERES têm como principal público-alvo os financiadores. 4. A metodologia adoptada para a recolha de informação no ACGE 2004 consistia no envio de um questionário a ser preenchido pela Euronatura em conjunto com a entidade seleccionada. No ACGE 2005 esta metodologia foi alterada de forma a aproximar-se à adoptada pelo CERES sendo elaborado um Pré-Relatório por empresa, tendo por base documentos de acesso público (Relatórios & Contas 2005, Relatórios de Sustentabilidade / Ambiente 2005, sítios de internet das empresas, etc.) com o objectivo de ser lido e corrigido por intermédio do envio de Comentários ao mesmo por parte da empresa. 5. O ACGE 2004 avaliou os dados de 31 empresas pertencentes a 16 sectores enquanto que o número de empresas e sectores avaliados no ACGE 2005 foi de 59 e 26, respectivamente. 6. O ACGE Sectorial 2006 visa analisar o Sector dos Transportes, o Sector da Banca e o Sector dos Seguros. 7. Os Ministérios em estudo são o Ministério da Educação, o Ministério da Saúde, o Ministério da Administração Interna, o Ministério do Ambiente do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Rural, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e o Ministério da Defesa Nacional.

11


A metodologia utilizada para o Sector Público teve em conta dois aspectos em particular: a análise das medidas implementadas pelos diferentes Ministérios para combater as alterações climáticas e as compras públicas ecológicas nos Ministérios a avaliar. O primeiro aspecto tem como objectivo conhecer as práticas de gestão dos Ministérios quanto às questões ambientais e terá em conta itens de avaliação de carácter geral, como, por exemplo, se estes têm políticas de uso racional de energia. O segundo pretende avaliar o estado em 8

que se encontram as compras públicas ecológicas , em Portugal, 9

e terá em conta os critérios adoptados pelo Take-5 Consortium para a publicação do Relatório “Green Public Procurement in 10

Europe” e as sugestões descritas no manual da Comissão Europeia 11

“Comprar ecológico! – Manual de contratos públicos ecológicos” . É ainda relevante esclarecer um aspecto que a Euronatura considera de extrema importância na interpretação dos resultados obtidos pelo estudo. Não se pretende com esta avaliação comparar os impactes a nível de emissões de GEE de cada empresa, mas sim, quantificar o seu interesse na questão a priori. É assim um dos objectivos do Índice saber, por exemplo, se as empresas têm publicados objectivos da estratégia da empresa relacionados

Esta publicação concretiza todo o trabalho desenvolvido desde

com as alterações climáticas e se são de acesso público, ou se,

Dezembro de 2006 do Projecto “Responsabilidade Climática

por exemplo, têm medidas de eficiência energética instaladas

em Portugal: Índice ACGE Sectorial 2006”. O capítulo seguinte

nos seus escritórios, entre outros aspectos que não dependem do

descreve a escolha dos sectores e respectivas empresas

sector de actividade da empresa, mas sim da sua percepção de

bem como a escolha dos Ministérios constituintes do Índice.

responsabilidade climática. Consequentemente, os dados tornam-

Seguidamente, é definida a metodologia adoptada na elaboração

se comparáveis entre empresas, permitindo-nos assim construir

do ACGE Sectorial 2006 são depois apresentados os resultados

um ranking para as empresas dos diversos sectores em estudo.

seguidos das boas práticas e, por fim, as conclusões.

8. Por compras públicas ecológicas entende-se que a entidade contratante tem em conta critérios ambientais aquando da selecção de bem e/ ou serviços com o objectivo de reduzir os seus impactes no ambiente e na saúde (http://ec.europa.eu/environment/gpp/background_en.htm). 9. O Take-5 Consortium é constituído por 5 organizações Europeias: SYKE baseado na Finlândia, CES situado na Hungria, Macroscopio com sede em Itália, Global to Local em Inglaterra e a Virage, líder do Consórcio, localizada na Holanda. 10. Este relatório foi encomendado pelo Direcção Geral do Ambiente à União Europeia (UE) para aferir acerca do nível de Compras Públicas Ecológicas na UE ao mesmo tempo que deveria fornecer exemplos de critérios técnico-ambientais para uma série de serviços e produtos identificados como mais aptos de serem classificados como serviços ou produtos “verdes”. 11. Manual que tem por objectivo ajudar as autoridades públicas a lançar uma política de aquisições ecológicas bem sucedida.

12


2. A Selecção dos Sectores, Empresas e Ministérios

No que diz respeito à Banca, o seu papel é relevante se considerarmos o financiamento e investimento na gestão de créditos de risco e o desenvolvimento de novos produtos “amigos do clima” no contexto

2.1. Selecção dos Sectores de Actividade Económica

do Protocolo de Quioto e do CELE. Este enquadramento político de combate às alterações climáticas transfere novas responsabilidades para o mercado, para os bancos e para os seus accionistas,

A redução do número de sectores em avaliação permitiu o

influenciando qualitativamente o crédito concedido às empresas

aumento do número de empresas estudadas em cada uma das

e como tal o risco dos bancos, devido, entre outros factores, aos

áreas de actividade económica, permitindo assim uma análise

custos de conformidade e adaptação às novas exigências dos

mais aprofundada. Estes foram seleccionados de acordo com a

sectores e empresas com um consumo intensivo de carbono.

sua relevância, quer directa quer indirecta, para as alterações climáticas. Assim, o sector dos transportes foi seleccionado por 21%

Relativamente às Seguradoras verifica-se que as alterações

das emissões de GEE provenientes dos transportes na Europa dos

climáticas apresentam-se maioritariamente como um risco

15 (agora 27) serem compostas por CO2, tendo-se registado um

económico. Apesar de as perdas resultantes do aquecimento

aumento de 24% destas emissões no período entre 1990 e 2003.

global serem incalculáveis ao detalhe, a Comissão Europeia

Este aumento, aliado às previsões de um aumento adicional de 35%

estima um valor global de 74 triliões de euros no caso de não

em 2010 face a níveis de 1990 caso não se verificarem alterações

serem tomadas medidas . O risco de fenómenos climatéricos

às políticas actuais de combate às alterações climáticas tornam

extremos irá trazer novos desafios para as seguradoras a nível de

este sector num dos que mais contribui para o aumento de emissões

seguros sobre a propriedade, saúde e incêndios, entre outros.

13

de GEE. Adicionalmente, prevê-se que as emissões deste sector 12

sofram um aumento de 110%, face a 1990, só em Portugal . Como

A decisão de estudar o estado das compras públicas ecológicas no

já foi referido os efeitos das alterações climáticas serão sentidos de

Sector Público teve em linha de conta o facto de anualmente serem

diversas formas e no que diz respeito às principais infra-estruturas de

gastos cerca de 16% do Produto Nacional Bruto (PNB) Europeu

transporte como auto-estradas, redes ferroviárias, vias navegáveis,

(o equivalente a metade do PNB Alemão) em aquisições públicas.

aeroportos, portos e gares ferroviárias prevê-se, de um modo geral,

A gestão destas pode contribuir significativamente para atingir

o aumento dos riscos de danos e perturbações devido a temporais,

determinados objectivos ambientais. Isto é, as entidades públicas

inundações, vagas de calor, incêndios e desabamento de terras.

podem influenciar os fornecedores e estimular o mercado, ao induzir a produção de produtos e serviços sustentáveis (por exemplo: edifícios escolares, computadores e iluminação pública energeticamente eficientes). A Central de Compras do Estado representa, neste

12. Dado retirado do Plano Nacional para as Alterações Climáticas (PNAC 2006)- http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Governos/ Governos_Constitucionais/GC17/Ministerios/MAOTDR/Comunicacao/Programas_e_Dossiers/20060803_MAOTDR_Prog_PNAC.htm

contexto, o elo de ligação inter-Ministerial que deverá desempenhar um papel de sensibilização junto de cada Ministério e ter em consideração os custos associados às alterações climáticas ao longo do ciclo de vida dos produtos ou serviços a adquirir.

13. http://www.wwf.org.uk/filelibrary/pdf/allianz_rep_0605.pdf

13


2.2. Empresas e Ministérios Seleccionados Na edição do ACGE Sectorial 2006 pretende-se essencialmente cumprir três aspectos: conseguir que todas as empresas que fizeram parte da edição de 2005 participem activamente, desde que incluídas nos sectores em análise; permitir a análise

Ainda em relação às empresas avaliadas, a Euronatura gostaria

aprofundada dos três sectores em estudo e por fim conseguir maior

de salientar o caso da Galp Energia, uma vez que não se trata de

participação voluntária (esta foi conseguida por intermédio de

uma avaliação a uma empresa do Grupo mas sim ao Grupo Galp

uma parceria com o Business Council for Sustainable Development

Energia. Esta situação, deve-se ao facto de se tratar de uma

Portugal(BCSD Portugal), recorrendo ao envio de e-mails aos

participação voluntária cujo intuito máximo é o de divulgar boas

stakeholders das edições anteriores do ACGE e com a divulgação

práticas ambientais com especial enfoque nas alterações climáticas.

14

no sítio do projecto ). Esta última modalidade permitiu a

Assim, uma comparação directa com as restantes empresas

participação voluntária dos CTT, da Sonae Sierra, da Galp Energia.

não é correcta embora a sua análise individual seja possível.

Este ano a Euronatura propôs-se a analisar 40 empresas

De seguida, a listagem da totalidade das empresas

pertencentes aos sectores supra mencionados prevendo a análise

participantes de acordo com o seu tipo de

suplementar de mais 10 empresas por voluntariado, desde que

participação no Índice ACGE Sectorial 2006:

15

a sua frota automóvel fosse igual ou superior a 175 veículos , de forma a poderem ser comparadas com o sector dos transportes.

Quanto aos Ministérios em estudo foram inicialmente propostos,

Á semelhança dos anos anteriores as empresas a integrar o

pela Euronatura, três Ministérios utilizando como critério

Ranking ACGE Sectorial 2006 foram escolhidas com base no seu 16

volume de negócios e o número de trabalhadores em Portugal .

de selecção o número de empregos gerados em 2006. No entanto, foi sugerida pelo Conselho Consultivo(CC) a análise de mais três Ministérios dado o seu interesse no âmbito das

Inicialmente esta listagem incluía a Soflusa e a Transtejo do Grupo

alterações climáticas. Desta forma, os Ministérios apresentados

Transtejo. Contudo, e de forma a evitar uma dupla contagem, dado

de seguida reflectem o objectivo inicial da Euronatura:

que ambas as empresas têm o mesmo core-business, optou-se por analisar apenas a Transtejo uma vez que ambos os indicadores

. Ministério Educação

utilizados na selecção de empresas (volume de negócios e número de

. Ministério Saúde

trabalhadores em Portugal) têm mais expressão para esta empresa.

. Ministério Administração Interna . Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Rural

14. http://www.responsabilidadeclimatica.org 15. Este número corresponde à empresa participante no ranking ACGE Sectorial 2006 com o menor número de veículos. No estabelecimento deste critério não foram considerados os sub sectores Aviação Civil, Navegação Marítima e Transporte Ferroviário. 16. A selecção das empresas a incluir nos sectores em análise foram recolhidos na Revista “Exame Edição Especial – 500 Maiores&Melhores 2006”.

14

. Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações . Ministério da Defesa Nacional


Sector Empresa Aviação Civil TAP Sata Internacional Euro Atlantic Airways Transporte Rodoviário Patinter Transportes Luís Simões Navegação Marítima de Passageiros Transinsular Portline Sacor Marítima Transtejo Transporte Urbano STCP Carris TST Barraqueiro Transporte Transporte Ferroviário CP Fertagus Metropolitano de Lisboa Metro do Porto Transportes Rodoviários Interm. Passageiros Rede Nacional Expresso Eva Rent-a-car Avis Europcar

Sector Empresa Serviços Bancários Caixa Geral de Depósitos Millennium bcp Banco Espírito Santo Banco BPI Banco Santander Totta Caixa Económica Montepio Geral Banif Banco Popular Portugal Banco Bilbao Vizcaya Argentaria Banco Itau Europa Seguradoras Império Bonança AXA Seguros Companhia de Seguros Tranquilidade Companhia de Seguros Allianz Portugal Zurich Companhia de Seguros Açoreana Global Lusitânia Liberty Seguros Sector Participante Voluntário Actividades dos Correios CTT Imobiliária de Lazer Sonae Sierra (Vários) Galp Energia

Nota: Os sectores e empresas a verde nunca foram estudados em edições anteriores do ACGE.

Tabela 1 – Listagem das empresas constituintes do Ranking ACGE Sectorial 2006.

15


3. Recolha de Informação - Metodologia O Projecto “Responsabilidade Climática: Índice ACGE 2006 Sectorial” encontra-se dividido em duas secções distintas. Como já foi mencionado a primeira secção pretende avaliar três sectores de actividade económica relativamente ao seu desempenho face às alterações climáticas, enquanto a segunda tem como objectivo analisar qual o estado das compras públicas ecologias em Portugal, recorrendo ao levantamento de práticas actuais bem como das principais dificuldade/obstáculos existentes.

3.1. Metodologia de Avaliação dos Sectores dos Transportes, da Banca e dos Seguros A avaliação dos sectores já mencionados contempla dois tipos de participação distintos: a participação de empresas previamente seleccionadas pela Euronatura e a participação voluntária. A primeira fase foi finalizada a 12 de Março de 2007,

As empresas englobadas na primeira categoria foram seleccionadas

após a primeira reunião com o referido Conselho Consultivo.

pela Euronatura, conforme a sua representatividade no mercado do seu sector. Por outro lado, a metodologia de angariação de participantes voluntários envolveu, como já foi indicado, o envio de e-mails a todas as empresas participantes no ACGE 2005, a divulgação no sítio de Internet do projecto e o contacto ao BCSD, Portugal. Este contacto teve como objectivo a circulação de um pedido de participação voluntária no ACGE Sectorial 2006 com a condição de que este tipo de participação se encontrava restrita a um máximo de 10 empresas e cujas frotas de veículos tivessem um número igual ou superior a 175 veículos. Após a definição das empresas participantes a recolha da informação necessária à elaboração do Ranking ACGE 17

Sectorial 2006 seguiu a seguinte metodologia :

17. Nota: No caso da participação voluntária foi enviada uma listagem dos itens em avaliação para preenchimento e um pedido de envio de material que comprovasse as suas afirmações.

16


Figura 1 – Metodologia para a elaboração do Ranking ACGE Sectorial 2006.

Contacto telefónico

3º Análise do Material - Nesta fase procedeu-se à leitura e análise de todo o material enviado para a elaboração do Pré-Relatório. Adicionalmente, foi efectuada uma pesquisa na internet para a

Envio de e-mail a formalizar o

recolha de dados adicionais de acordo com os seguintes passos:

convite à participação

I.1. Pesquisa no site de cada empresa I.2. Análise dos primeiros 10 resultados relevantes, em 6 palavraschave, nos motores de busca mais conhecidos (Google e Yahoo):

Análise de Material:

. 1ª “nome da empresa + ambiente”

. Enviado por e-mail

. 2ª “nome da empresa + alterações climáticas”

. Pesquisado na Internet

. 3ª “nome da empresa + eficiência energética” . 4ª “nome da empresa + environment” . 5ª “nome da empresa + climate change”

Elaboração e Envio dos Pré-Relatórios

. 6ª “nome da empresa + energy efficiency” 4º Elaboração e Envio dos Pré-Relatórios - A recolha dos dados,

Recepção de Comentários

já descrita, serviu de base à construção de um Pré-Relatório para

aos Pré-Relatórios

cada empresa incluída no ranking. Nesta fase, foi disponibilizada, a todas as empresas, a possibilidade de marcação de reuniões com o intuito de esclarecer dúvidas e/ou a confirmação de existência de

Validação pela PricewaterhouseCoopers

material que ainda se encontrava em elaboração, como por exemplo o Relatório de Sustentabilidade 2006. O Banif foi a única empresa seleccionada pela Euronatura a por em prática esta possibilidade.

1º Contacto telefónico - Foi efectuado um primeiro contacto telefónico com o intuito de averiguar o responsável na empresa

5º Recepção de Comentários aos Pré-Relatórios - Após

pela colaboração com a Euronatura. Este deveria fornecer material

o envio de cada Pré-Relatório foram dadas três semanas

de consulta e tecer os comentários ao Pré-Relatório enviado.

a cada empresa para o envio de comentários ao mesmo. Porém, dado que o envio dos Pré-Relatórios foi feito

2º Envio de e-mail - Foi enviado um e-mail a formalizar o convite à

numa fase de Verão a Euronatura alargou os prazos.

participação, bem como a solicitar o envio da seguinte informação: . O Relatório & Contas de 2006;

6º Validação pela PricewaterhouseCoopers - Envio de toda a

. O Relatório de Sustentabilidade (ou qualquer

informação recolhida pela Euronatura e enviada pelas empresas

outro com referências ambientais) 2006;

em estudo para a PricewaterhouseCoopers de forma a proceder à

. Todas as publicações / edições / comunicados / outros que façam

validação e posterior certificação de todo o trabalho da Euronatura.

de algum modo referência às preocupações que a empresa terá com as alterações climáticas, ou com o clima na sua generalidade. 17


3.1.1. Secções do Pré-Relatório enviado às empresas A avaliação das empresas no Índice ACGE Sectorial 2006 foi feita de modo a permitir uma análise das empresas a 5 níveis: a “Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais” (Capítulo A), a “Gestão das Empresas e Auditorias Ambientais” (Capítulo B), a “Divulgação das Alterações Climáticas” (Capítulo C), os “Inventários de Gases com Efeitos de Estufa” (Capítulo D) e “Questões Específicas de cada Sector” (Capítulo E). Os quatro primeiros níveis de avaliação são comuns a todas as empresas permitindo a comparação destas independentemente do sector em que se inserem. O último nível,

Os impactes associados às alterações climáticas são variados, e para

correspondente ao Capítulo E, permite a distinção entre as empresas

diferentes actividades empresariais existem diferentes implicações.

pertencentes aos sectores em análise. Seguidamente é feita uma

É, portanto, da responsabilidade do CA encarar esta questão

descrição das características de cada capítulo de análise.

frontalmente, como uma oportunidade ou um risco, consoante o caso. Como tal, é necessário definir uma estratégia de abordagem

Capítulo A Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais

que vise lidar com os seus impactes de forma a representarem o

O Conselho de Administração (CA) deve ter como principal objectivo

Neste sentido, as perguntas elaboradas pretendem, inicialmente,

a perpetuidade da empresa. Tendo este objectivo em conta e

efectuar um enquadramento geral da organização interna

sendo o Conselho representante dos accionistas, este deve agir

da empresa, passando para a avaliação do seu modelo de

de forma a que a empresa aproveite todas as oportunidades que

governação face às questões ambientais e, por fim, conhecendo

surjam e cumprir com todas as suas obrigações junto dos seus

a abordagem das empresas face às alterações climáticas.

menor dano possível para a empresa, e se possível beneficiando de alguma maneira as actividades da empresa no longo prazo.

representantes, clientes, fornecedores e comunidades em que actua. Assim, para que o CA seja eficiente e eficaz não se deverá

No que diz respeito ao interesse directo deste capítulo na elaboração

limitar à legislação aplicável ou aos melhores códigos de boas

do Pré-Relatório é efectuado um levantamento acerca da existência

práticas de “corporate governance”, é também necessário que o seu

de um departamento na empresa que aborde a questão das alterações

desempenho seja inovador do ponto de vista da sustentabilidade.

climáticas, qual o distanciamento hierárquico do seu responsável ao CA, se existe algum membro do CA que participe activamente no debate público sobre as alterações climáticas e se as questões relacionadas com as alterações climáticas são discutidas em CA. A pontuação máxima a obter neste capítulo é de 4 pontos.

18


Capítulo C Divulgação das Alterações Climáticas A administração é sem dúvida o grande veículo de divulgação da posição da empresa, bem como dos seus compromissos, relativamente

Capítulo B Gestão das Empresas e Auditorias Ambientais.

às alterações climáticas, através de discursos públicos e relatórios

Até há relativamente pouco tempo a hierarquia tradicional de

Como as alterações físicas causadas pelo aquecimento global,

organização de uma entidade considerava que a protecção

as mudanças nas condições de mercado, as novas fontes

do ambiente apenas tinha a função de cumprir determinados

competitivas e os regulamentos governamentais que afectam

requisitos legais. Porém, as evidências de que os esforços de

o uso da energia e os modos de produção não dão uma base

controlo de poluição e a minimização de resíduos poderiam levar

suficientemente consistente para o fornecimento de estimativas

a uma maior eficiência, produtividade, e consequentemente,

acerca dos riscos materiais provocados pelas alterações

lucro, tem vindo a alterar esta forma de encarar o ambiente. O

climáticas, as soluções tomadas pelas empresas são divergentes.

aquecimento global torna a dimensão ambiental ainda maior,

Há empresas que levam a cabo inúmeras iniciativas de gestão e

à medida que o aumento da eficiência energética e a utilização

outras que não demonstram qualquer preocupação com o tema.

demonstrativos da abordagem dos gestores a este tema.

de recursos se tornam elementos chave para o crescimento numa economia com restrições às emissões de carbono.

Este capítulo tem como objectivo fazer um levantamento das formas de divulgação adoptadas pela empresa quanto ao fenómeno das

Este item tem como intuito compreender a parte operacional da

alterações climáticas. Numa primeira fase analisa-se qual a posição

gestão da empresa quanto ao fenómeno das alterações climáticas.

oficial da empresa quanto a esta temática. De seguida, é feita uma

Neste capítulo são analisados os investimentos da empresa em

investigação no sentido de apurar iniciativas voluntárias por parte

energias renováveis e em medidas de eficiência energética ao longo

da empresa que incluam a questão das alterações climáticas. É

do ano de 2006. Os objectivos relacionados com as alterações

ainda verificada a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade

climáticas e se estes são ou não quantitativos também são uma

/ Ambiente, bem como a sua metodologia de construção.

questão em avaliação. É ainda verificada a metodologia adoptada para alcançar os mesmos (compensação/incentivo aos colaboradores

A análise da “Divulgação das Alterações Climáticas” por parte

pelo seu desempenho ambiental; certificação e auditorias e/ou por

das empresas permite obter um máximo de 8 pontos.

outros métodos, tais como publicação de folhetos de sensibilização). Este capítulo totaliza 11 pontos.

19


Capítulo D Inventários de Gases com Efeitos de Estufa Para que as empresas possam adoptar uma gestão eficaz das suas emissões de GEE é primeiro necessário que procedam à sua contabilização. A contabilização interna que as empresas fazem das suas próprias emissões é assim um aspecto crucial quando analisamos a forma como lidam com as alterações climáticas. Só assim é possível traçar uma linha de acção que permita a sua redução no futuro. Dadas as características dos sectores analisado nesta edição as suas emissões de GEE estão

Quanto à verificação dos inventários, as empresas que efectuaram

indubitavelmente relacionadas ao consumo de energia pelo que

os critérios anteriores uma vez que a entidade certificadora verifica

a sua redução implica a redução dos seus gastos com energia.

as emissões do ponto de referência escolhido e constata as reduções atingidas ou não. Apesar de não existir nenhum protocolo oficial sobre

Este capítulo avalia a elaboração e publicação de inventários

comunicação de emissões, os auditores têm já bons conhecimentos

das emissões de GEE e não a posições estratégicas da empresa

que permitem uma análise credível e independente. As empresas têm

ao contrário dos capítulos anteriores. Ao estabelecer um

assim vantagens em confirmar que os seus processos de inventariação

programa de gestão de emissões de GEE, é importante definir

estão completos, correctos e credíveis, criando confiança não

uma data de referência. Sendo esta a forma de se conseguir

só na própria empresa e seus trabalhadores, como também nos

ter noção do desenvolvimento histórico das emissões, e

restantes stakeholders, incluindo accionistas, consumidores,

consequentemente das suas tendências futuras. É mais

agências governamentais e organizações não governamentais.

fácil reagir-se a futuras leis de controlo de emissões.

A pontuação total do capítulo D é de 6 pontos.

20


Capítulo E Questões Específicas de cada Sector A avaliação neste capítulo foi efectuada através de questões específicas de cada sector, pois não fazia sentido avaliar todas as empresas de uma forma linear uma vez que a intenção é saber o ponto de situação de cada sector no que diz respeito às políticas adoptadas em relação às alterações climáticas. Assim, no sector dos transportes procurou-se saber a constituição

Por fim, no sector dos seguros a avaliação concentrou-se mais

da frota das empresas, a idade média dos veículos e o combustível

no tipo de produtos que a empresa oferece aos seus clientes, e se

utilizado. Quanto às emissões de CO2, verificou-se a existência de

tem algum tipo de plano de incorporação do risco das alterações

objectivos de redução das emissões e se há objectivos relacionados

climáticas nos seus seguros. Ou seja, pretendeu-se saber se

com a idade média da frota. Finalmente, procurou-se saber se

a empresa tem em conta os riscos ambientais associados às

a empresa tem algum tipo de política de compras verdes. Para

alterações climáticas e fenómenos extremos, se tem produtos

os transportes rodoviários, questionou-se também se é dada

de seguros direccionados a projectos desenvolvidos no âmbito

aos condutores alguma formação de condução ecológica.

do Protocolo de Quioto, se tem produtos relacionados com a investigação e desenvolvimento de tecnologias “low-carbon” e se

Para o sector da banca, verificou-se se a empresa disponibiliza

recorre a serviços de consultoria na área do carbono para avaliação

aos seus clientes apoio de consultoria nesta nova “Economia do

de riscos e oferta de seguros relacionados com este tema.

Carbono”. Outra questão de relevância foi se a empresa recorre a critérios de classificação dos seus clientes e/ou dos sectores em que

A pontuação dada neste capítulo, por cada sector, é

actua de acordo com os riscos de exposição ao mercado do carbono

de 3 pontos, apesar de o número de itens avaliados

e se disponibiliza como produto financeiro um fundo de carbono.

com cotação diferir de sector para sector. O total de pontos resultante do somatório dos capítulos é de 32 pontos.

21


3.2. Metodologia Adoptada ao Sector Público Dadas as dificuldades em recolher informações acerca do estado actual das compras públicas ecológicas em Portugal não foi possível adoptar a metodologia acima descrita. Assim, optou-se por adequar à 18

realidade portuguesa os critérios adoptados pelo Take-5 Consortium

19

para a publicação do Relatório “Green Public Procurement in Europe” e as sugestões descritas no manual da Comissão Europeia “Comprar 20

ecológico! – Manual de contratos públicos ecológicos” . De seguida é feita uma breve descrição à metodologia de recolha de informação:

Contacto telefónico

1º Contacto telefónico - Foi efectuado um primeiro contacto telefónico com o intuito de averiguar o responsável no Ministério pela colaboração na Euronatura. Este deveria preencher o

Envio de e-mail a formalizar o convite à

questionário enviado ou encaminhá-lo à pessoa responsável.

participação e envio do questionário 2º Envio de e-mail - Foi enviado um e-mail a formalizar o convite à participação, bem como a solicitar o preenchimento do questionário.

Análise de Material: . Pesquisado na Internet

3º Análise do Material - Nesta fase procedeu-se à leitura e

. Presença em workshops

análise do(s) questionário(s) enviado(s) pelo(s) Ministério(s). Adicionalmente, foi efectuada uma pesquisa na internet para a

Figura 2 – Metodologia para a elaboração do Ranking ACGE Sectorial 2006.

recolha de dados adicionais de acordo com os seguintes passos: I.1. Pesquisa no site de cada Ministérios I.2. Análise dos primeiros 10 resultados relevantes, em 4 palavras-

18. O Take-5 Consortium é constituído por 5 organizações Europeias: SYKE baseado na Finlândia, CES situado na Hungria, Macroscopio com sede em Itália, Global to Local em Inglaterra e a Virage, líder do Consórcio, localizada na Holanda. 19. Este relatório foi encomendado pelo Direcção Geral do Ambiente à União Europeia (UE) para aferir acerca do nível de Compras Públicas Ecológicas na UE ao mesmo tempo que deveria fornecer exemplos de critérios técnico-ambientais para uma série de serviços e produtos identificados como mais aptos de serem classificados como serviços ou produtos “verdes”. 20. Manual que tem por objectivo ajudar as autoridades públicas a lançarem uma política de aquisições ecológicas bem sucedida.

chave, nos motores de busca mais conhecidos (Google e Yahoo): . 1ª “nome do Ministério + ambiente” . 2ª “nome do Ministério + alterações climáticas” . 3ª “nome do Ministério + eficiência energética” . 4ª “nome do Ministério + compras públicas” Dado que a Euronatura não pretende efectuar uma avaliação para a construção de um ranking dos Ministérios em estudo, mas sim estudar o seu ponto de situação, não será necessário submeter este processo a um processo de certificação externa.

22


3.2.1. Secções do Questionário enviado aos Ministérios Na construção do esquema de avaliação qualitativa que pretendemos utilizar no ACGE Sectorial 2006 para o Sector Público, optámos por o avaliar quanto ao seu desempenho em compras públicas ecológicas e quanto ao seu desempenho na adopção de medidas e programas que visem fazer face às alterações climáticas. A estrutura do Questionário dividiu-se em duas partes, uma referente aos “Ministérios: Práticas de gestão e questões ambientais” e outra referente às “Práticas de Compras Públicas Ecológicas”. A descrição de ambas as partes é feita de seguida.

Capítulo A Ministérios: Práticas de gestão e questões ambientais O sector público encontra-se numa posição-chave para liderar o

Este item pretende saber as actuais práticas de gestão ambiental

esforço nacional de redução de emissões de GEE ao dar um exemplo

relacionadas com as alterações climáticas e eficiência energética.

estratégico e comportamental ao sector privado. Ao estabelecer

Assim, esta área pretende efectuar um enquadramento geral da

elevados padrões de eficiência energética e ao reduzir emissões de

organização interna do Ministério, avaliação o seu modelo de

GEE, o sector público, ao mesmo tempo que reduz as suas próprias

governação face às questões ambientais e, por fim, conhecer a

emissões, influencia a cadeia de fornecimento de materiais de

abordagem dos Ministérios face às alterações climáticas. É ainda

construção para edifícios e equipamentos eléctricos, entre outras

questionada a existência de objectivos ambientais, as metodologias

áreas. Porém, tal como o sector privado, os organismos estatais

adoptadas para os atingir, implementação de programas de

deparam-se com barreiras na identificação e implementação de

redução do consumo energético/eficiência energética, entre outras

oportunidades de redução de GEE. A aposta em investimentos que

questões. Adicionalmente o capítulo inquire acerca da constituição

possam conduzir a reduções, em anos futuros, é um exemplo destas

da frota automóvel bem como acerca da contabilização interna das

dificuldades. Igualmente importante é a necessidade de envolver todos

emissões de GEE do estabelecimento ou não de metas de redução.

os funcionários (desde a chefia até ao comum dos trabalhadores) para a importância da questão do desperdício energético. Só ao ultrapassar estas barreiras é que o Governo poderá estabelecerse como um exemplo para a população e para o sector privado.

23


Capítulo B Compras Públicas Ecológicas O Sistema de Compras Públicas Ecológicas 2008-2010, apesar de já se encontrar previsto no PNAC 2004, foi apenas aprovado a 25 de Janeiro de 2007. Este sistema estabelece como objectivo global que, em 2010, 50% dos concursos públicos lançados para aquisição de produtos ou serviços serão abrangidos pelo novo sistema incluirão critérios ambientais. Segundo o Portal do Governo, o plano dá “particular prioridade ao combate às alterações climáticas e ao problema de emissão de gases com efeito de estufa. Por outro lado, os efeitos que podem advir da sua execução deverão resultar em relevantes reduções de impactes ambientais em vários domínios, nomeadamente pela promoção de «mercados verdes» e pelo seu potencial sensibilizador e disseminador em matéria de boas práticas ambientais”. Como tal, importa compreender qual o ponto de situação dos vários Ministérios quanto a esta temática. Os critérios sugeridos de seguida visam analisar o que tem sido feito até ao momento com o intuito de identificar as boas práticas já implementadas.

24


Ao longo do questionário são colocadas questões que pretendem

As questões que se seguem têm como objectivo aferir acerca

verificar a consideração de critérios ambientais na contratação de

do grau de desenvolvimento das compras públicas ecológicas

produtos e serviços. Pretende-se fazer um diagnóstico da actual

nos Ministérios em avaliação. Como tal, a um primeiro nível

situação, percebendo se há conhecimento do conjunto de critérios

questiona-se a existência de um suporte de informação que auxilie

ambientais que podem ser considerados aquando da selecção e

os funcionários no estabelecimento de critérios ambientais no

aquisição de um produto/serviço e se estes são ou não efectivamente

acto da compra e, num segundo nível, se a política de compras

considerados. Existem ainda itens que pretendem apurar quais os

do Ministério inclui estas questões ou se estas partem da

critérios ambientais utilizados na aquisição de determinados grupos

iniciativa do responsável pela escolha dos produtos/serviços.

de produtos como por exemplo o papel ou material de limpeza.

Por fim, são colocadas questões que têm como objectivo aferir acerca do grau de desenvolvimento das compras públicas ecológicas nos Ministérios em avaliação. Como tal, a um primeiro nível questiona-se a existência de um suporte de informação que auxilie os funcionários no estabelecimento de critérios ambientais no acto da compra e, num segundo nível, se a política de compras do Ministério inclui estas questões ou se estas partem da iniciativa do responsável pela escolha dos produtos/serviços.

25


3.3. Estatísticas de Adesão das Empresas e dos Ministérios A decisão de analisar um número limitado de sectores nesta edição do Índice ACGE implicou a pré - selecção de várias empresas que nunca antes tinham sido abordadas pela Euronatura com o intuito de divulgarem as suas práticas ambientais, facto que teve o seu efeito nas estatísticas de adesão. Contudo, é previsível que o efeito da participação de novas empresas no ACGE se atenue à medida que o Índice se torna mais conhecido do público em geral e dos investidores em particular. Esta foi uma condição verificada quando se comparou a estatística de adesão do ACGE 2004 e do ACGE 2005 tendo esta passado de 42% para 64%. Como já foi referido na metodologia todas as empresas em estudo

Relativamente a esta última opção é de referir que este ano

receberam um Pré-Relatório redigido pela Euronatura. Face a esta

apenas uma empresa indicou expressamente não querer

situação as empresas tiveram 3 comportamentos diferentes:

integrar o Índice. Este pedido foi respeitado pela Euronatura,

- Respondiam ao Pré-Relatório através do envio de Comentários;

à semelhança do ano passado. Ainda em relação às empresas

- Não Respondiam ao Pré-Relatório mas não recusavam participar;

que não recusaram participar mas que também não enviaram

- Recusavam participar.

comentários complementares verificaram-se dois casos distintos: - Foi possível recolher dados sobre a empresa em documentos de acesso público; - Não foi possível aceder a dados sobre a empresa. Qualquer uma destas situações encontrase identificada na tabela que se segue.

26


Empresa Resposta ao Pré-Relatório

Participante Voluntário

TAP ***** Sata Internacional S/D Euro Atlantic Airways S/D Patinter ***** Transportes Luís Simões ***** Transinsular S/D Portline N/C Sacor Marítima ***** Transtejo ***** STCP N/C Carris ***** TST ***** Barraqueiro Transporte N/C CP ***** Fertagus ***** Metropolitano de Lisboa N/C Metro do Porto ***** Rede Nacional Expresso S/D Eva S/D Avis ***** Europcar N/C Caixa Geral de Depósitos N/C Millennium bcp N/C Banco Espírito Santo ***** Banco BPI N/C Banco Santander Totta N/C Caixa Económica Montepio Geral N/C Banif ***** Banco Popular Portugal N/C Banco Bilbao Vizcaya Argentaria S/D Banco Itau Europa S/D Império Bonança S/D AXA Seguros S/D Companhia de Seguros Tranquilidade ***** Companhia de Seguros Allianz Portugal S/D Zurich S/D Companhia de Seguros Açoreana S/D Global S/D Lusitânia S/D Liberty Seguros RECUSA - não apresentam motivos

CTT Sonae Sierra Galp Energia

Ponto de Situação ***** ***** *****

Legenda: ***** - Respondeu ao Pré-Relatório através do envio de Comentários N/C – Não Comentou o Pré-Relatório S/D – Não Comentou e não foi possível recolher informações no âmbito do ACGE

Se compararmos as pontuações totais das empresas e as observarmos antes e depois do envio de Comentários ao Pré-Relatório com o respectivo envio de informação adicional verificamos que na maioria dos casos o seu aumento é significativo. A tabela 3 ilustra o aumento da pontuação das empresas após o envio de informação adicional à Euronatura reforçando a importância da participação activa ao mesmo tempo que revela que as informações divulgadas pelas empresas em locais de acesso público não são ainda, na maioria dos casos, suficientes para compreender as estratégias levadas a cabo pelas empresas no combate às alterações climáticas. Da

Empresa Aumento % após envio de Comentários Metro do Porto Banif Fertagus TST CP TAP Fertagus Carris Sacor Marítima Avis Transportes Luís Simões Tranquilidade BES Transtejo Portline

25,0% 21,9% 15,6% 12,5% 12,5% 12,5% 11,0% 9,4% 6,3% 5,5% 3,1% 2,7% 0,0% 0,0%

Tabela 2 – Respostas das empresas após recepção do Pré-Relatório. Tabela 3 – Aumento da pontuação total das empresas após recepção de Comentários

27


tabela há ainda que apontar que a Transtejo não sofreu um aumento de pontuação por ter enviado toda a documentação existente antes da elaboração do Pré-Relatório não havendo nada mais a acrescentar. Quanto à Portline, esta empresa enviou comentários ao seu Pré-Relatório mas não enviou o material que suportasse as suas afirmações não sendo, por isso possível atribuir a cotação. Nesta fase importa recordar que 20 das 40 empresas préseleccionadas pela Euronatura participam pela primeira vez no Ranking influenciando significativamente a adesão, uma vez que destas, apenas 4 enviaram comentários ao Pré-Relatório. Encontra-se assim explicada a reduzida percentagem de entrega de comentários ilustrada na tabela 4. Esta situação leva a Euronatura a crer com base

Número

%

no nível de participação que a maioria das empresas em estudo ainda não considera as questões das alterações climáticas como uma área prioritária de acção. Sendo, todavia de reconhecer as empresas que já começam a integrar as alterações climáticas na sua estratégia de crescimento e actuação. Ainda assim importa reconhecer o esforço e dedicação resultantes da participação activa por parte de todas

Empresas Participantes Comentários aos Pré-Relatórios (enviados) Recusas Comentários não recebidos (N/C) Empresas sem dados disponíveis ao público (S/D) Participantes Voluntários

43 14 1 10 15 3

100,0 32,6 2,3 23,2 3496 7

as empresas que investiram o seu tempo ao enviar comentários ao Pré-Relatório tornando assim a avaliação da empresa mais robusta.

Tabela 4 – Estatísticas de Adesão das Empresas por tipo de respostas.

É ainda de frisar a existência de 15 casos em que não foi possível

A participação activa por parte das empresas, sejam elas pré -

recolher qualquer tipo de informação relativamente à linha de acção

seleccionadas pela Euronatura ou participantes voluntárias, é

da empresa no que diz respeito ao ambiente em geral e às alterações

um ponto a favor uma vez que estas contribuíram activamente

climáticas em particular. Desta forma, existem duas conclusões

para que as suas medidas e iniciativas de combate às alterações

possíveis, ou estas empresas não têm qualquer tipo de estratégia

climáticas fossem avaliadas no ACGE. De congratular ainda

ambiental ou então esta existe e não é divulgada. É ainda de salientar

a participação nos casos em que as empresas estão a dar os

21

que para 5 destas empresas a situação tem-se vindo a repetir ao

primeiros passos e que conheciam à partida que a sua cotação

longo das várias edições do ACGE. Estes casos estão assinalados como

não seria a melhor e que prefeririam a transparência e a

“S/D” na tabela 2. Relativamente à participação voluntária este foi o

participação à recusa da divulgação das suas práticas por mais

ano em que se obteve o maior número de participantes voluntários.

que estas necessitassem de ser desenvolvidas no futuro.

21. As empresas nesta situação são a Transinsular, a Rede Nacional Expresso, a Eva Transportes, o Império Bonança e a AXA Seguros.

28


4. Índice ACGE Sectorial 2006 – Principais resultados 4.1. Análise Global

A Sonae Sierra foi a empresa que obteve a melhor pontuação global nestes moldes, i.e. sem contabilizarmos as questões específicas

Analisando os resultados do conjunto dos Pré-Relatórios e

de cada sector. O desempenho desta empresa distingue-se da

dos respectivos Comentários para a participação no Índice,

performance do BES e da Carris nas questões relacionadas com

obtivemos o top-ten ilustrado na tabela 5. Sendo este um

a elaboração de inventários de GEE (Capítulo D) uma vez que

Índice Sectorial importa colocar todas as empresas em pé de

esta é a única empresa em estudo que estabeleceu um objectivo

igualdade. Para tal o ranking abaixo não inclui as pontuações

quantificável de redução de GEE: redução de 10% dos GEE até

obtidas no Capítulo E (Questões específicas de cada Sector).

2020 face a 2005. A Sonae Sierra obteve a cotação total no Capítulo C (Divulgação das Alterações Climáticas) revelando ter em prática uma notável política de divulgação das suas acções. A Carris, primeira melhor classificada do ranking das empresas

Ranking por Percentagens

pré-selecionadas pela Euronatura, apesar de não submeter o seu 1 Carris 1 BES 3 TAP 3 BCP 5 Totta 6 Metro do Porto 7 Transportes Luís Simões 8 STCP 8 CP 10 TST 10 Banif

69,0 % 69,0 % 51,7% 51,7% 44,8 % 37,9 % 31,0 % 27,6 % 27,6 % 24,1 % 24,1%

Relatório de Sustentabilidade a uma verificação externa e de não contabilizar as fontes indirectas de emissão de GEE prima por ter tido uma pontuação superior aos primeiros dois classificados no Capítulo A (Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais) e B (Gestão das Empresas e Auditorias Ambientais) uma vez que, das três primeiras classificadas, é a única cujos membros da administração participam activamente no debate público sobre alterações climáticas. Relativamente ao Capítulo B o desempenho da Carris distingue-se em relação ao BES por ter um conjunto de objectivos ambientais quantificáveis e da Sonae Sierra pela sua prática de compras verdes, tendo lhe sido atribuído o Certificado de Boas Práticas em Compras

Participante Voluntário

22

Ambientalmente Orientadas . Esta empresa obteve a pontuação Sonae Sierra Galp Energia CTT

82,8 % 69,0 % 65,5 %

total no Capítulo A e no Capítulo E revelando que a sua estrutura administrativa contém as bases consideradas necessárias para uma gestão sustentável dos riscos e/ou oportunidades provenientes das alterações climáticas e que implementa várias medidas

Tabela 5 – Top-ten em percentagem (Sem Capítulo E)

específicas de combate às alterações climáticas como é o caso do estabelecimento do objectivo de redução de combustível utilizado.

22. Certificado obtido em resultado da sua participação no primeiro “Workshop Internacional Buying Green”, patrocinado pela Comissão Europeia (e organizado pelo ICLEI – “International Council for Local Environmental Initiatives”, em parceria com o CENDES – Centro para o Desenvolvimento Empresarial Sustentável), que decorreu em Lisboa, nas instalações do INETI”.

29


Já o BES, também primeiro classificado, distingue-se das restantes empresas por ter o seu Relatório de Sustentabilidade verificado por uma entidade externa e por contabilizar fontes indirectas de GEE como é o caso da electricidade e/ou gás adquirido a terceiros e as emissões resultantes do trajecto casa-trabalho-casa dos seus colaboradores. Esta empresa também teve a cotação total no Capítulo C. Relativamente à TAP, também ela tem membros da sua administração

O Grupo Galp Energia tem uma pontuação, capítulo a capítulo,

a participar no debate público sobre alterações climáticas sendo

idêntica à obtida pelos CTT diferenciando-se no Capítulo A

mais uma das apenas 6 empresas em 43 que apresenta esta

uma vez que obteve a pontuação máxima neste capítulo sendo

característica. A TAP apresenta as mesmas características da Carris

também ele um dos 6 em 43 participantes a consegui-lo.

em relação ao Capítulo B no que diz respeito tanto aos objectivos ambientais como às compras verdes diferindo da Carris quanto

Ranking por Percentagens

à metodologia adoptada para atingir os objectivos ambientais a que se propõe. Assim, enquanto a TAP recorre à compensação e incentivo dos seus colaboradores através do Programa Reconhecer, a Carris recorre à certificação ambiental como forma de atingir os seus objectivos. Esta empresa também obteve a pontuação total no Capítulo A. Porém estas duas empresas distinguem-se uma em dois aspectos distintos: 1) A Carris procede à contabilização de indicadores adicionais relacionados, por exemplo, com a Energia e 2) A TAP ainda não estabeleceu um objectivo, quantificável,

1 Carris 2 BES 3 TAP 3 BCP 5 Metro do Porto 6 Totta 7 Transportes Luís Simões 8 STCP 8 CP 10 TST

78,3% 73,9% 56,5% 56,5% 47,8% 43,5% 39,1% 34,8% 34,8% 30,4%

de redução de emissões de GEE ao contrário da Carris. Participante Voluntário Sonae Sierra Galp Energia CTT

Tabela 6 – Top-ten em percentagem sem o Capítulo D e E.

30

82,6 % 78,3 % 73,9 %


Não pretendendo, de forma alguma, desvalorizar as empresas que elaboram um inventário de gases com efeito de estufa voluntariamente importa efectuar uma análise global à avaliação

Ao contrário dos restantes casos o Santander Totta é o único em que a

das empresas sem o capítulo correspondente (Capítulo D –

sua pontuação global sofre uma redução quando não é contabilizado

Inventários de Gases com Efeito de Estufa) uma vez que nenhuma

o Capítulo D. Esta é uma empresa que procede à inventariação

das empresas participantes no ranking integra o Comércio Europeu

dos GEE tendo em conta fontes indirectas como a electricidade e/

23

de Licenças de Emissão (CELE) , com excepção de algumas

ou gás adquirido a terceiros e as emissões resultantes do trajecto

empresas do Grupo Galp Energia. Para efeitos de comparação

casa-trabalho-casa dos seus colaboradores. Tendo em conta que

o ranking constante da tabela 5 também não contempla os

este capítulo representa, para o Santander Totta, 21,0% do total da

resultados do Capítulo E (Questões específicas de cada sector)

sua pontuação era espectável que a sua pontuação se ressentisse

para que a comparação entre empresas seja directa.

se não se considerasse este capítulo para efeitos de cotação.

Uma vez que a cotação ao Capítulo D (6 pontos) representa cerca

Desta análise resulta ainda que a Sonae Sierra, a Galp

de 19% do peso total da avaliação e uma vez que as empresas em

Energia, o BES e a Carris surgem como primeiros classificados

estudo não são obrigadas a elaborar inventários de GEE é normal que

diferindo entre si pelos motivos já apresentados.

a sua pontuação aumente quando este capítulo não entra para a sua avaliação. Esta á uma situação verificada nos resultados da Tabela 6. Porém, o aumento verificado quando comparadas as tabelas 5 e tabela 6 não é superior a 10%demonstrando que as empresas aqui representadas têm medidas de combate às alterações climáticas que embora, em alguns casos, não passem pela elaboração de inventários de GEE, também contribuem para a sua redução.

23. Mecanismo de flexibilidade no âmbito do Protocolo de Quioto que estabelece um regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na Comunidade Europeia, cujos princípios e regras se encontram estabelecidos na Directiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e Conselho de 13 de Outubro de 2003, transposta para a ordem jurídica interna pelo Decreto-Lei n.º 233/2004, de 14 de Dezembro (http://www.iambiente.pt).

31


4.2. Análise Sectorial

Apesar de a TAP apresentar pontuações superiores nas questões relacionadas com a Estrutura Administrativa da Empresa e Supervisão

Este capítulo é dedicado à análise sectorial das empresas

das Questões Ambientais (Capítulo A) e com a Gestão das Empresas e

em estudo. Como já foi referido as participantes voluntárias

Preocupações Ambientais (Capítulo B) o mesmo não se verifica para

serão analisadas dentro do sector dos transportes uma

os restantes capítulos em análise. Isto significa que relativamente

vez que a sua frota é igual ou superior a 175 veículos.

à estrutura e definição de uma estratégia e objectivos de actuação para melhorar a sua performance em relação às alterações climáticas

Sector dos Transportes

a empresa está no caminho correcto mas que ainda tem algum trabalho pela frente no que diz respeito à divulgação das suas práticas

Por observação da tabela 7 verifica-se que a empresa com a

(Capítulo C), particularmente no que diz respeito às características

maior cotação global é a Sonae Sierra cujos resultados se devem

de elaboração do Relatório de Sustentabilidade, e à elaboração

maioritariamente às características dos seus inventários de GEE.

de inventários de GEE (Capítulo D). Na prática a TAP inventaria

Este resultado não é de estranhar visto que as áreas de negócio das

emissões de GEE mas não estabeleceu objectivos concretos de

empresas voluntárias são diferentes para as empresas do ranking

redução das mesmas. Adicionalmente, a TAP contabiliza as emissões

e para os participantes voluntários. Todavia, se esta afirmação é

indirectas de CO2 associadas ao consumo de electricidade facto

verdadeira para os primeiros dois resultados o mesmo não se aplica

que é de congratular. Ainda em relação a esta empresa e em relação

para as restantes empresas em estudo. Ou seja, a Sonae Sierra

ao Capítulo C verifica-se que a TAP está a preparar o seu primeiro

apresenta mais medidas específicas para o combate das alterações

Relatório de Sustentabilidade pelo que é normal que ainda não

climáticas do que as demais. Algumas destas medidas dizem respeito

obedeça a todos os critérios estabelecidos para efeitos de cotação.

às acções de formação de condução defensiva e ecológica bem como à definição de um objectivo para a idade média da frota. Esta situação

Ainda em relação a este sector apenas 7 das empresas, com

também é verificada para os restantes participantes voluntários na

excepção das voluntárias, representadas na tabela 7 apresentam

medida em que todos eles apresentam mais medidas específicas que

medidas de actuação específicas para o seu sector de actividade

as demais empresas em estudo, com excepção da Carris e da TAP.

económica. Se tivermos, ainda, em conta que apenas a Carris e a TAP têm objectivos de redução dos GEE directamente

Surge em segundo lugar a Carris dado o seu comportamento global

relacionadas com o seu core-business verificamos que ainda

em geral e particularmente devido ao seu desempenho no Capítulo

há muito a fazer neste aspecto. Apenas 6 empresas em 24

E. Neste aspecto é então de mencionar algumas das medidas que

(conjunto das empresas pré-seleccionadas e voluntárias) indica

passam pelo estabelecimento de objectivos de redução de emissões

ter objectivos para a idade média da frota estabelecidos.

de GEE e para a idade média da frota, para além da aposta de formação, aos seus funcionários, em condução ecológica. A Carris

Relativamente a medidas de actuação específicas no sector

foi a única empresa a obter a cotação máxima neste capítulo.

dos transportes rodoviários e quando o tema é a formação de condutores em condução ecológica os resultados aumentam

Como terceiro e quarto classificados surgem a Galp Energia e os

um pouco com cerca de 7 empresas em 13 a indicar administrá-

CTT, respectivamente. Estas empresas distinguem-se entre si por

la. Ainda em relação a este sub-sector é interessante observar

a primeira ter membros da administração a participar no debate

que destas 13 empresas 4 indicam recorrer a uma mistura

público sobre alterações climáticas ao contrário da segunda.

de biodiesel e 3 têm na sua frota veículos híbridos.

32


Tendo em conta os resultados da tabela 7 é ainda possível concluir que a maioria das empresas em estudo ainda não tem medidas Actualmente, existe a intenção de se integrar o sector da

de actuação específicas para a sua área de actividade económica

aviação no CELE a partir de 2011, ainda no primeiro período de

ao contrário das participantes voluntárias que apesar de não ser

cumprimento do Protocolo de Quioto (2008-2012), e no que

este o seu core-business apresentam uma melhor performance.

diz respeito ao sector marítimo espera-se que este venha a ser incluído num segundo período de cumprimento do Protocolo de

Não obstante os aspectos passíveis de melhoria a Euronatura

Quioto. Seria, portanto, de esperar que os resultados obtidos

não queria deixar de indicar que este também foi o sector

para, pelo menos, o sector da avaliação civil e do sector

com a maior taxa de participação. Sendo a taxa de envio

marítimo, já manifestassem algumas medidas de actuação

de comentários ao Pré-Relatório superior a 50% pode

neste campo. Porém, apenas a TAP demonstrou ter iniciativas

dizer-se que o grau de transparência das práticas levadas

que a preparem para uma futura inclusão neste mecanismo.

a cabo por estas empresas é bastante satisfatório.

Ranking Sectorial por Percentagens Posição

Empresa Total

Capítulo A

Capítulo B

Capítulo C

Capítulo D

Capítulo E

71,9 53,1 37,5 32,8 25,0 25,0 24,2 18,8 18,0 15,6

100,0 100,0 0,0 25,0 0,0 25,0 25,0 25,0 50,0 0,0

72,3 63,6 54,6 63,6 63,6 45,5 45,5 36,4 18,2 27,3

75,0 25,0 62,5 12,5 12,5 25,0 12,5 12,5 12,5 12,5

33,3 33,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

100,0 66,7 33,3 50,0 0,0 0,0 25,0 0,0 25,0 33,3

Posição

Empresa Total

Capítulo A

Capítulo B

Capítulo C

Capítulo D

Capítulo E

1 2 3

Sonae Sierra Galp Energia CTT

75,0 100,0 75,0

72,7 72,7 72,7

100,0 75,0 75,0

83,3 33,3 33,3

50,0 50,0 50,0

1 Carris 2 TAP 3 Metro do Porto 4 Transportes Luís Simões 5 STCP 5 CP 7 TST 8 Transtejo 8 Avis 10 Fertagus

Participantes Voluntários

79,7 67,2 64,1

Tabela 7 – Top-ten em percentagem

33


Ambientais) o Santander Totta difere dos dois primeiros classificados por, entre outros factores, não apresentar uma política de fornecedores com critérios ambientais e por não apresentar metodologias específicas para atingir objectivos ambientais (e.g. compensação dos seus trabalhadores, certificação, auditorias, entre outros). Relativamente às práticas de Divulgação das Preocupações da Empresa face às Alterações Climáticas (Capítulo C) verifica-se que o BES foi o único banco a obter a pontuação máxima. Já ao BCP e ao Totta faltou a publicação de materiais que abordassem a temática das alterações climáticas em particular (e.g. distribuição de uma newsletter com medidas de poupança energética) e a verificação do

Sector da Banca

seu Relatório de Sustentabilidade por uma entidade externa. A CGD e o Banif apresentaram pontuação neste capítulo por apresentarem

Das empresas avaliadas no Sector da Banca apenas duas enviaram

iniciativas voluntárias para combater as alterações climáticas.

comentários ao Pré-Relatório: o BES e o Banif. Recorde-se que esta é a primeira participação do Banif que nos seus comentários

O BES apresentou ainda a melhor pontuação relativamente

indicou estar a dar os primeiros passos no que diz respeito às

ao Capítulo E (Questões Específicas de Cada Sector) por ser

alterações climáticas. Da tabela 8 retira-se que apenas 3 bancos

o único banco a pontuar em todos os itens de avaliação com

(30%) obtiveram alguma pontuação no Capítulo D (Inventários de

excepção de dois: por não ter um serviço de consultoria na área

GEE). Destes nenhum demonstrou ter objectivos quantificáveis

da “Economia do Carbono” e por não oferecer financiamento

de redução de GEE e apenas o BES e o Santander Totta indicaram

específico ao desenvolvimento de projectos de Mecanismos de

contabilizar emissões provenientes tanto da electricidade e/

Desenvolvimento Limpo (MDL) e/ou de Implementação Conjunta

ou gás adquirido a terceiros como das emissões resultantes

(IC) . Contudo, é de mencionar que nenhuma das empresas

do trajecto casa-trabalho-casa dos seus colaboradores.

do sector em avaliação apresentou estas características.

24

No que diz respeito à Estrutura Administrativa da Empresa e Supervisão das Questões Ambientais (Capítulo A) também nenhuma empresa obteve a pontuação total ao contrário do sector dos transportes. Aos primeiros dois classificados faltou ter membros da administração a participar activamente no debate público sobre alterações climáticas (e.g. através de um comunicado, palestra, entrevista, etc.). Já ao Santander Totta e ao Banif faltou ainda ter um departamento específico para tratar das questões ambientais em geral e das relacionadas com as alterações climáticas em particular. Quanto ao Capítulo B (Gestão das Empresas e Preocupações 34

24. São ambos mecanismos de flexibilidade criados pelo Protocolo de Quioto que têm como objectivo incentivar a implementação de projectos que reduzam as emissões de GEE estufa sendo que o MDL tem como intuito a colaboração entre as Partes do Anexo I e as Não Anexo I e o IC prevê a colaboração entre Países do Anexo I.


Relativamente ao Totta e à CGD verificou-se que ambos disponibilizam aos seus clientes produtos financeiros como um fundo de carbono, verificou-se a existência da “FEI Caixagest Energias Renováveis”, um fundo que visa financiar energias renováveis e não poluentes e reduções de emissões de CO2, da CGD e o Luso Carbon Fund um fundo que privilegia o investimento em energias limpas e tecnologias de protecção ambiental nos países de expressão portuguesa em África e nos países da América Latina, do Santander Totta. Quanto ao Banif é o único da tabela 8 que não tem projectos

Contudo, é de salvaguardar que o BES e o Banif foram os únicos

relacionados com as alterações climáticas (e.g. energias

a enviar comentários aos seus Pré-Relatórios e que se as demais

renováveis) na área de Project finance. Tanto a CGD e o

empresas do seu sector tivessem tirado partido desta hipótese seria

Santander disponibilizam “fundos verdes” aos seus clientes ao

de esperar que os seus resultados globais sofressem um aumento

contrário do BCP, para o qual não foram encontrados dados

à semelhança do verificado para as empresas da tabela 3.

em relação ao ano em análise (2006). Contudo, da tabela 8 25

apenas o BES e o BCP aderiram aos Princípios do Equador .

25. Conjunto de procedimentos utilizados de forma voluntária por instituições financeiras na gestão de questões sócioambientais associadas a operações de project finance com valores superiores a 10 milhões de dólares.

Ranking Sectorial por Percentagens Posição

Empresa Total

1 BES 2 BCP 3 Santander Totta 4 Banif 5 CGD

69,2 48,2 44,6 23,2 19,6

Capítulo A

Capítulo B

Capítulo C

Capítulo D

Capítulo E

75,0 75,0 50,0 50,0 0,0

54,6 54,6 36,4 36,4 36,4

100,0 50,0 50,0 12,5 12,5

50,0 33,3 50,0 0,0 0,0

71,33 14,3 42,7 14,3 42,7

Tabela 8 – Top-five em percentagem

35


Sector dos Seguros Este é o sector que revelou a menor participação activa, sendo que apenas a Tranquilidade enviou Comentários ao Pré-Relatório, demonstrando assumir que ainda tem muito trabalho pela frente no que diz respeito ao tema em análise. Da observação dos dados obtidos tanto para a taxa de participação como para a pontuação global, verificou-se ainda que estas empresas não têm por hábito divulgar as suas práticas ambientais em geral e as suas práticas relacionadas com as alterações climáticas em particular. Dos dados recolhidos apenas se ficou a saber que a AXA tem em

Existem assim duas hipóteses possíveis, ou estas têm ainda muito

curso o programa “AXA Verde” uma iniciativa de protecção ambiental

a fazer para integrar os efeitos das alterações climáticas na sua

assumida há cerca de três anos. Porém, não foram encontradas

estratégia de negócios e/ou as suas práticas de divulgação carecem

informações acerca das actividades e objectivos do programa, pelo

de uma acentuada melhoria. De qualquer das formas nenhuma das

que a cotação não foi atribuída. Em relação à Tranquilidade verificou-

hipóteses é favorável a este sector especialmente se se tiver em

se que esta empresa tem em curso o “Sistema Integrado de Protecção

conta que este é um dos sectores que se prevê que venha a sofrer

contra as Aleatoriedades Climáticas (SIPAC)” constituído por três

maiores danos resultantes dos efeitos das alterações climáticas

componentes, sendo de destacar o “Seguro de colheitas” que visa

dado que estas têm repercussões em termos de danos materiais,

segurar a produção, garantindo ao agricultor uma indemnização em

interrupções das actividades comerciais e incêndios florestais. Foi,

caso de sinistro de origem meteorológica e o “Fundo de calamidades”

aliás, avançado pelo Grupo Allianz que cerca de 35 a 40% das perdas

que se destina-se a compensar os agricultores por danos nas colheitas

dos bens segurados se devem a catástrofes naturais perigando

provocados pela ocorrência de catástrofes de origem climatérica,

os lucros das seguradoras . É então importante para este sector

não passíveis de cobertura pelo seguro de colheitas, nos casos em

encontrar formas inovadoras para responder eficazmente ao

que seja oficialmente declarada situação de calamidade. Esta foi a

agravamento destes riscos relacionados com as condições climáticas.

26

única seguradora para a qual foi verificada a existência de qualquer tipo de medida/iniciativa na área das alterações climáticas.

26. http://www.wwf.org.uk/filelibrary/pdf/allianz_rep_0605.pdf

Ranking Sectorial por Percentagens Posição

Empresa Total

1 Tranquilidade 2 Axa Seguros Tabela 9 – Ranking do Sector dos Seguros em percentagem

36

5,8 3,9

Capítulo A

Capítulo B

Capítulo C

Capítulo D

Capítulo E

0,0 0,0

0,0 0,0

12,5 12,5

0,0 0,0

28,3 0,0


37


4.2.1. Análise por Capítulos

100,0%

75,0%

50,0%

Exp

S/D Eva

S/D de Re

re

ss

o

rt o

et

N ac io nal

do

Po

Lisb

ro

de o

Nota: “S/D” diz respeito aos casos em que não foi possível encontrar informações acerca da empresa para os itens em estudo.

M

tan li ro po et M

Figura 3 – Resultados por capítulo das empresas integrantes no Ranking ACGE Sectorial 2006.

38

oa

rt agus

CP

Fe

Tr ansp Ba

rr aqu ei

ro

or te

TS

T

rr is Ca

P STC

ans Tr

te

a

jo

S/D im rí t

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Ma

S/D Sa

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Po rt lin e

s

S/D s

Luís

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S/D te Pa tin

or te Tr ansp

At lan ro

Ai rways

ci onal

rna te In Eu

Sa ta

ti c

0,0% TA P

S/D

25,0%


Ban

A (Estrutura)

B (Gestão)

C (Divulgação)

D (Inventários)

E (Sectorial)

39

co

It au

ça

nan

Bo

co

BB va

er ty

Lib

nia

Lusi

obal

Gl

h

ana

Aç or e

ri c

Zu

Allianz

e

AX Tr A anquilidad

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Im

Banif

ral

Ge

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To

BP I

BEs

p

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Cgd

Po rt ugal

Ban

r

Po pula

o

pi

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on

M

Avis ro pc ar

Eu

RECUSA

S/D

S/D

S/D

S/D

S/D

S/D

S/D

S/D


Seguidamente, proceder-se-á à análise dos resultados das empresas capítulo a capítulo, com o objectivo de focar os pontos fortes implementados e os pontos que necessitam de uma maior dedicação por parte das empresas.

4.2.1.1. Pontuação Geral O conhecimento do peso dos capítulos que compõem o Índice é da

E (Sectorial)

A (Estrutura)

maior importância uma vez que permite compreender a pontuação

3,0

4,0

geral de cada empresa. A Figura 4 apresenta o peso de cada capítulo para o total da pontuação. De acordo com esta figura, verifica-se que o Capítulo E tem a menor pontuação (3 pontos), seguido do

D (Inventários)

capítulo A (4 pontos), D (6 pontos), C (8 pontos cada). O capítulo

6,0

B é o que apresenta a maior ponderação (11 pontos) uma vez que a gestão da empresa é um passo de extrema importância que permite operacionalizar os passos seguintes, pondo em prática

B (Gestão)

os objectivos delineados. Sob este ponto de vista, a valorização

11,0

deste capítulo em relação aos restantes adopta uma postura

C (Divulgação)

pedagógica e encorajadora para as empresas que apesar de ainda

8,0

não elaborarem inventários de GEE apresentam uma boa gestão. Figura 4 – Peso dos capítulos relativamente ao total da pontuação.

A Figura 5 apresenta os resultados das empresas por capítulo segundo 4 grupos de respostas: as empresas que tiveram ente 0% a 25% na pontuação de cada capítulo, as empresas que

2 7

tiveram entre 25% a 50%, as que tiveram entre 50% a 75%

É importante referir que para efeitos estatísticos esta amostra apenas contempla 42 das 43 empresas em avaliação não estando representada a empresa que recusou participar. No que diz respeito

4

Número de empresas

e as que obtiveram uma pontuação entre 75% e 100%.

10

6

6

1 2 5

3

1 6

8

8

(75 > 100) % 31 25

34

(50 > 75) % 27

24

(25 > 50) %

às empresas para as quais não foi possível recolher qualquer tipo

(0 > 25) %

de informação (14) e aquelas cuja informação é inferior a 20% (10), a Euronatura optou por incluí-las na sua análise por considerar que

A

B

C

D

E

acima de tudo reflectem a falta de divulgação das suas iniciativas. Figura 5 – Análise de pontuações capítulo a capítulo por classe de respostas.

40


4.2.1.2. Pontuação por Capítulos Resultados do Capítulo A (Estrutura Administrativa da Empresa e Supervisão das Questões Ambientais) Neste capítulo 3 empresas em 42 obtiveram 100% e outras 4 estiveram próximas de o conseguir. A Figura 6 representa o número De acordo com esta figura, o capítulo D é o que apresenta

de empresas de acordo com a pontuação obtida neste capítulo

um maior número de respostas negativas (34 empresas). É

e qual a sua representatividade no universo da amostra:

provável que este número se deva ao facto de nenhuma das empresas avaliadas pertencer ao CELE e como tal não serem obrigadas a inventariar gases com efeito de estufa.

100% 90% 80% 70%

O capítulo A apresenta um maior número de empresas com uma taxa positiva entre os 50% e os 100% (11 empresas) indicando que o ponto mais forte das empresas em estudo diz respeito à sua estrutura administrativa. De seguida temos o capítulo B com 10 empresas entre os 50% e os 100% revelando que cerca de 1/4 das empresas analisadas apresenta uma gestão eficaz no que diz respeito aos seus investimentos em energias renováveis e em

60% 50% 40% 30% 25 20% 10% 7 6 4 0%

0 PTS

1 PTS

2 PTS

> 3 PTS

medidas de eficiência energética, bem como uma boa definição de objectivos e métodos adoptados para os atingir. Logo de seguida

Figura 6 – Número de Empresas de acordo com a sua pontuação no capítulo A.

temos o capítulo C com 8 empresas entre os 50% e os 100% o

É de salientar que apenas 12 empresas têm um departamento

que revela que poucas são as empresas em análise que praticam

responsável para cuidar das questões relacionadas com as

uma divulgação eficaz das suas preocupações face às alterações

alterações climáticas. No que diz respeito à discussão das

climáticas, assumindo um compromisso que integra na sua política

alterações climáticas na empresa, 7 empresas indica fazê-lo

de actuação várias medidas de cariz voluntário para o combate

a nível do Conselho de Administração. Por fim, apenas 6 das

a este fenómeno. O capítulo E, com apenas 7 empresas com

empresas indicam ter um ou mais administradores a participar

cotação positiva é um indicador que a maioria das empresas ainda

activamente no debate público sobre alterações climáticas.

pode melhorar significativamente as iniciativas para combater

No que diz respeito ao papel dos accionistas nas questões

as alterações climáticas dentro da sua área de actividade.

relacionadas com as alterações climáticas os CTT e a Galp Energia indicam que estes têm por hábito solicitar o ponto de situação da empresa. Quanto ao papel dos colaboradores nesta questão a TAP, a Fertagus, os CTT e a Galp Energia indicam que estes manifestam interesse em obter informações sobre o tema. As empresas com uma pontuação máxima neste capítulo foram a TAP, a Carris e a Galp Energia. 41


Resultados do Capítulo B (Gestão das Empresas

Resultados do Capítulo C (Divulgação das Preocupações

e Preocupações Ambientais)

da Empresa face às Alterações Climáticas)

A “Gestão das Empresas e Preocupações Ambientais” não ‘permitiu’

Este capítulo permitiu a 2 das 42 empresas obter a pontuação

a nenhuma empresa atingir a pontuação máxima (11 pontos), o

máxima: 8 pontos. A Figura 8 demonstra a distribuição

que significa que ainda há espaço para melhorias a nível da gestão

das empresas de acordo com as pontuações possíveis e

das empresas no que diz respeito às alterações climáticas.

qual a sua representatividade no total da amostra.

Se cruzarmos o número de empresas que teve uma taxa superior

No que diz respeito a iniciativas de cariz voluntário, 23

a 50% no capítulo A (11 empresas) com as empresas com a mesma

empresas indicam adoptar estas medidas sem qualquer vínculo

taxa do capítulo B (10 empresas) podemos inferir que a organização

legal. Também da totalidade das empresas representadas

interna de uma empresa contribui em muito para uma gestão

estatisticamente, 22 indicam fazer parte de uma ou mais

eficiente por parte da mesma. A Figura 7 representa o número de

associações com preocupações ambientais, nomeadamente

empresas de acordo com a pontuação obtida neste capítulo.

no que diz respeito às questões das alterações climáticas.

É de realçar que são 15 as empresas que investem em medidas

Relativamente a publicações especificamente sobre

de eficiência energética. Das 14 empresas que divulgam os

alterações climáticas, ou documentos equivalentes,

seus objectivos ambientais relacionados com as alterações

apenas 9 empresas declaram fazê-lo.

climáticas, 7 apresentam objectivos quantificados. Os Relatórios de Sustentabilidade são elaborados por 9 empresas, 100% 90% 80% 70%

sendo que 8 utilizam indicadores adicionais do GRI como o EN17 no item “Energia” por exemplo. Adicionalmente, apenas duas empresas indicam submeter o seu relatório a verificação externa.

60% 50%

100%

40%

90%

30% 24

80%

20%

70%

10% 10 8

60%

0%

50%

40% 31 30%

0 > 2 PTS

3 > 5 PTS

6 > 8 PTS

9 > 11 PTS

20%

Figura 7 – Número de Empresas de acordo com a sua pontuação no capítulo B.

10% 5 3 3 0%

0 > 1 PTS

2 > 3 PTS

4 > 5 PTS

> 6 PTS

Figura 8 – Número de Empresas de acordo com a sua pontuação no capítulo C.

42


Resultados do Capítulo D (Inventários de Gases com Efeitos de Estufa) No Capítulo D nenhuma das empresas em estudo obteve a pontuação máxima, muito provavelmente devido ao facto de nenhuma ter uma obrigação legal e como tal não terem obrigações que conduzam a um planeamento a médio longo prazo das suas emissões de GEE. A Figura 9 apresenta o número de empresas de acordo com a pontuação obtida neste capítulo.

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 35 30% 20% 10% 7 0% 1

0 > 1 PTS

2 > 3 PTS

4 > 5 PTS

6 PTS

Figura 9 – Número de Empresas de acordo com a sua pontuação no capítulo D.

Com base na Figura 9, verifica-se que este é o capítulo com o maior Relativamente à posição das empresas face às alterações

número de empresas a pontuarem zero pontos (35 empresas).

climáticas, se estas eram encaradas como uma oportunidade de

Das 42 empresas em estudo, apenas 8 elaboram o inventário

negócio, um risco ou ambas não foi possível retirar conclusões

de emissões de GEE. Destas, apenas 3 contabilizam tanto as

uma vez que as respostas dadas foram em número insuficiente.

emissões provenientes de “Electricidade ou gás natural comprado a terceiros” como as emissões associadas aos transportes (como

No que diz respeito à inclusão do desempenho ambiental da

o transporte dos funcionários nos trajectos casa-empresa-casa,

empresa no seu Relatório&Contas apenas a STCP demonstrou

transporte de material para a empresa, etc.). Adicionalmente,

fazê-lo, talvez por não elaborar um Relatório de Sustentabilidade.

apenas a Sonae Sierra apresenta objectivos de redução de GEE.

O BES e a Sonae Sierra foram as empresas que atingiram os 8 pontos máximos atribuídos ao capítulo C.

43


Resultados do Capítulo E (Questões Específicas de Cada Sector)

4.3. Análise Ministerial

De acordo com a Figura 10 é possível verificar que apenas uma

Apesar de todos os esforços levados a cabo pela equipa do

empresa, a Carris, obteve a cotação máxima para este capítulo.

projecto, apenas o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde enviaram o seu questionário à Euronatura, dificultando a

100%

execução de um estudo comparado como era objectivo inicial.

90% 80% 70% 60% 50% 40% 31 30% 20% 10% 8

Da análise do questionário enviado pelo Ministério da Educação verifica-se que este se encontra a dar os primeiros passos na área das compras públicas ecológicas já manifestando algumas compras com os ditos “critérios verdes”. Assim, de acordo com o documento enviado verificou-se que o Ministérios utiliza os rótulos ecológicos e a utilização de materiais reciclados como critérios ambientais na

2 0% 1

selecção de um determinado produto/serviço. Ainda de acordo com o

documento enviado verifica-se que os produtos em que estes critérios

0 > 1 PTS

1 > 2 PTS

2 > 3 PTS

3 PTS

foram aplicados dizem respeito aos seguintes produtos ou serviços: Figura 10 – Número de Empresas de acordo com a sua pontuação no capítulo E.

> “Papel”, “Material impresso e artigos para impressão” Os itens avaliados neste capítulo são específicos para cada área de

e/ou “Serviços de impressão, publicação e afins”

actividade em estudo. Assim, o Sector dos Seguros foi o que mais

(Classificação CPV 2100, 2200, 7800);

contribuiu para o número de respostas negativas sendo que em 9 empresas avaliadas nenhuma obteve uma cotação superior a um

> “Serviços de limpeza” (Classificação CPV 7470).

ponto. Em contrapartida a única empresa a conseguir a cotação máxima para este capítulo pertence ao Sector dos Transportes. A

No que diz respeito à aquisição do primeiro produto/serviço

análise deste sector permite indicar que também foi este o que mais

descrito, o Ministério da Educação indica ter tido preocupações

se situa entre os 1 e 2 pontos muito em parte devido às respostas das

com a aquisição de papel reciclado. Relativamente ao

participantes voluntárias. Importa ainda dizer que a única empresa

segundo produto/serviço adquirido pelo Ministério foi tido

a situar-se entre os 2 e 3 pontos pertence ao Sector da Banca.

em conta a toxicidade dos produtos na fase de avaliação.

De uma forma geral verifica-se que no sector dos transportes

O Ministério indicou ainda que é usual consultar as

rodoviários apenas 7 empresas indicam dar formação de condução

directrizes dos rótulos ecológicos, a informação disponível

ecológica aos seus condutores. No que diz respeito ao Sector

na internet sobre compras públicas ecológicas e directrizes

da Banca 5 empresas indicam disponibilizar aos seus clientes

nacionais no estabelecimento de critérios ambientais.

“fundos verdes”. Relativamente ao Sector dos Seguros apenas uma empresa indica ter produtos de seguros específicos para as questões relacionadas com as alterações climáticas.

44


Relativamente à existência ou não de objectivos ambientais

cadernos de encargos a utilização em pavimentos de misturas

relacionados com as alterações climáticas o Ministério da

betuminosas que incorporem borracha proveniente da reciclagem

Educação indica ter em curso um procedimento de aquisição

de pneus em fim de vida” como forma de estimular a inovação e a

de electricidade em que é requerido aos concorrentes a

abrir caminho ao surgimento de uma nova geração de produtos

prestação de serviços no domínio da eficiência energética

e serviços ecológicos para uma construção sustentável.

como é o caso, por exemplo de auditorias energéticas. A reflexão sobre todo o material encontrado em termos de Quanto ao questionário enviado pelo Ministério da Saúde, verificou-

políticas ambientais direccionadas ao combate das alterações

se que, a nível de compras públicas ecológicas ainda não tomadas

climáticas por parte do Sector Público demonstram que na

iniciativas de implementação de politicas a este nível. Segundo

sua maioria estas passam pela definição de planos e quadros

o questionário, a pouca informação obtida deveu-se em parte

legais que impliquem a acção por parte de outras entidades. A

à reestruturação e mudança de instalações de vários órgãos do

definição de políticas internas a ser implementadas por parte de

Ministério, e por outro lado, deveu-se ao facto do Ministério ter

cada Ministério e o respectivo estabelecimento de objectivos de

inúmeros órgãos difundidos pelo País (nomeadamente Hospitais

aumento de eficiência energética e/ou de redução de emissões

e Centros de Saúde), tornando a recolha de informação difícil.

de GEE ainda se encontra numa fase muito embrionária.

Ainda assim já tem objectivos ambientais relacionados com as alterações climáticas, nomeadamente em projectos relacionados

Espera-se que esta situação evolua a partir do momento em que

com a saúde e o ambiente. Todos os objectivos têm por base

entre em vigor o Sistema de Compras Públicas Ecológicas, uma

projectos e estratégias estabelecidos pela Direcção Geral da Saúde.

vez que este estabelece dois objectivos concretos a atingir em

O Ministério tem ainda implementado um sistema de reciclagem de

2010: 1) 50% dos procedimentos pré-contratuais públicos para a

resíduos, que inclui o tratamento de resíduos sólidos hospitalares e

aquisição de bens ou serviços contemplados na Estratégia incluam

a reciclagem de papel, embalagens e consumíveis informáticos, bem

critérios ambientais; e 2) 50% do valor dos contratos públicos de

como procedimentos de reutilização de equipamentos de escritório.

aquisição de bens e serviços contemplados na Estratégia, cujos procedimentos pré-contratuais incluam critérios ambientais.

Pesquisas adicionais sobre o tema permitiram ainda

No âmbito da implementação deste sistema a Euronatura teve

verificar a existência das seguintes iniciativas:

conhecimento de que foi efectuado um levantamento de informação,

- O Ministério da Defesa Nacional apresenta algumas medidas

para cada Ministério, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA)

voluntárias de protecção ambiental como a atribuição anual do Prémio

muito semelhante ao questionário elaborado no âmbito deste

de Defesa Nacional e Ambiente que tem como objectivo incentivar

projecto. Numa fase inicial foram feitos esforços no sentido de

as boas práticas ambientais nas Forças Armadas Portuguesas.

analisar os resultados obtidos pela APA de forma a não duplicar

- O Ministério das Obras Públicas e Comunicações e o Ministério

trabalho. Porém, ao fim de vários contactos foi comunicado à equipa

do Ambiente assinaram um despacho conjunto, a 30 de Janeiro

do Projecto que o relatório só poderia ser analisado pela Euronatura

de 2007, em que os organismos públicos responsáveis pela

após o arranque definitivo do Sistema de Compras Públicas Ecológicas

contratação de empreitadas de construção, reabilitação ou

previsto para meados de Novembro. Dados os prazos de concretização

manutenção de infra-estruturas rodoviárias, “prevejam nos

do ACGE Sectorial 2006 a Euronatura não pôde, lamentavelmente, aguardar pelos resultados deste relatório e procedeu ao envio dos questionários por si elaborados aos Ministérios em estudo. 45


5. Boas Práticas

Acções de Responsabilidade Corporativa

Ao longo do ano a Euronatura deparou-se, por diversas vezes, com

> O Grupo Banco Popular implementou uma “Conduta de

várias práticas e iniciativas implementadas pelas empresas em estudo

Fornecedores” que se estende a todas as suas empresas e tem

que são merecedoras de uma secção exclusivamente dedicada

em conta critérios ambientais como é o caso, por exemplo,

à sua divulgação. Apesar de em muitos casos a categorização

da utilização de tecnologias respeitadoras do ambiente.

destas medidas apresentar dificuldades, estas encontram-se organizadas por acções de responsabilidade corporativa, acções

> A Tranquildade é a única seguradora que já incorpora, nos seus

promocionais e de sensibilização e acções de controlo de emissões.

produtos, os riscos inerentes às alterações climáticas como é o caso do “Sistema Integrado de Protecção contra as Aleatoriedades Climáticas (SIPAC)” constituída por três componentes, sendo de destacar o “Seguro de colheitas” que visa segurar a produção, garantindo ao agricultor uma indemnização em caso de sinistro de origem meteorológica e o “Fundo de calamidades” que se destina-se a compensar os agricultores por danos nas colheitas provocados pela ocorrência de catástrofes de origem climatérica, não passíveis de cobertura pelo seguro de colheitas, nos casos em que seja oficialmente declarada situação de calamidade. > O Credicaixa Ambiente providenciado pela Caixa Geral de Depósitos figura como um serviço “verde” ao financiar, com uma taxa de juro mais baixa a aquisição de equipamentos ecológicos ou amigos do ambiente, como por exemplo painéis solares ou automóveis movidos a electricidade ou gás. > O BES, nos anos de 2005 e 2006, delineou uma estratégia de combate às alterações climáticas composta por três elementos: 1) elaboração de um inventário de emissões de GEE; 2) estabelecimento de medidas de redução de emissões de GEE e 3) definição e implementação de um programa de Compensação - aplica o espírito do Protocolo de Quioto a iniciativas voluntárias de combate às alterações climáticas.

46


Acções Promocionais e de Sensibilização > A CP tem em curso, desde 2005, o Projecto “Cliente, Qualidade e Ambiente, que consiste na divulgação de newsletters > Em 2006, a Sonae Sierra lançou um programa de formação

quinzenais especiais para as matérias ambientais com o intuito

completo sobre Desenvolvimento Sustentável destinado a todos

de sensibilizar os seus clientes para as questões ambientais.

os colaboradores da empresa. Durante as acções de formação, foram salientados os riscos das alterações climáticas associados às

> A CARRIS participou num Projecto Europeu, integrado no Programa

emissões provenientes dos veículos na deslocação trabalho-casa

Comunitário THERMIE, para o desenvolvimento dum autocarro

e casa-trabalho, bem como o facto da deslocação de automóvel

standard de piso rebaixado, com propulsão a pilha de combustível

entre os diferentes centros comerciais ter impactes negativos sobre

e que será testado durante 2 meses na cidade de Lisboa.

o ambiente, que podem ser minimizados, em parte, através de “práticas ecológicas de condução”. A Sonae Sierra facilitou ainda a

> O Santander Totta contribuiu para a sensibilização ambiental

criação de uma paragem de autocarro junto ao LoureShopping, em

por intermédio da publicação do livro Incêndios Florestais em

Portugal, a fim de encorajar a utilização dos transportes públicos

Portugal: Caracterização, Impactes e Prevenção, lançado em

que, até então, não serviam aquela zona no período nocturno.

Lisboa. É um contributo de 39 cientistas e técnicos e tem como base a vaga de incêndios de 2003 resultante do protocolo

> A Galp Energia define, anualmente, para cada instalação

estabelecido com o Instituto Superior de Agronomia (ISA).

industrial planos de acção, tendo em vista uma melhoria contínua, quer ao nível processual e tecnológico, quer ao nível da gestão

> O Millennium bcp apresenta várias iniciativas voluntárias de

operacional. Estes planos reflectem a estratégia de curto e longo

combate às alterações climáticas como é o caso da minimização

prazo da empresa e, concretamente, em relação ao alinhamento

das emissões de GEE associadas ao projecto ‘Árvore de Natal

das instalações com as Melhores Técnicas Disponíveis.

Millennium bcp através do instrumento CarbonoZero e a continuação da distinção com o Prémio Aplauso que consiste na atribuição

> A Avis Europa, da qual a Avis Portugal faz parte,

de um diploma personalizado e no acesso a uma linha de crédito

associou-se à Future Forest, sendo que já contribuiu, em

em condições especiais, destinada a financiar projectos de

2 anos, para a plantação de mais de 1500 árvores;

investimento que privilegiem determinadas áreas, entre as quais a avaliação de impactes ambientais e as energias alternativas. > O Banco Banif associou-se ao Instituto Português da Juventude na promoção e na preservação dos recursos florestais e ecossistemas. Esta acção foi concretizada através de uma sensibilização geral das populações, com acções de prevenção contra os incêndios florestais, monitorização e reflorestação das áreas ardidas, tendo participado na iniciativa cerca de 10.000 jovens voluntários.

47


Acções de Controlo de Emissões > A assinatura de um Protocolo com a QUERCUS para a promoção da

> Os Transportes Luís Simões apresentam várias iniciativas de

gestão sustentável de resíduos, apoiando actividades de prevenção

aumento de eficiência energética (e.g. renovação da frota), sendo

e de reciclagem bem como a promoção das Campanhas ProNatura

de destacar o estabelecimento de medidas de controle dos km em

2006 e “Verde que te quero Verde” em que os colaboradores da

vazio, ligadas à avaliação do desempenho dos motoristas, tendo

CGD plantaram algumas das mais de 5000 árvores oferecidas pela

conseguido um decréscimo de quilómetros em vazio em 2%.

empresa, são algumas das iniciativas voluntárias desta empresa. > A Carris indica ter incorporado Biodiesel (entre 2 a 4 > A Europcar deu inicio ao aluguer de bicicletas

%) em todos os segmentos de frota de propulsão Diesel,

numa iniciativa de sensibilização para os módulos de

permitindo uma redução, no ano de 2006, de 1% nas emissões

transporte alternativos aos veículos automóveis.

de CO2, correspondente a cerca de 550 toneladas.

> A STCP aderiu ao Projecto CUTE tendo em circulação 3 autocarros

> Os Transportes Sul do Tejo, na construção da nova oficina da

movidos a hidrogénio na cidade do Porto, até Junho de 2006.

Moita, aproveitaram para instalar painéis fotovoltaicos, e um sistema de reaproveitamento de água das lavagens das viaturas.

> O Metro do Porto tem vindo a promover de boas práticas na utilização de papel com o intuíto de permitir à empresa

> Relativamente a medidas de eficiência energética o Santander

poupar 120 árvores, 594 mil litros de água e 15.000 KW/h

Totta procedeu à implementação de um sistema de gestão técnica em

de energia por ano ao recorrer à utilização da digitalização,

mais de 50 % dos seus balcões. Este sistema faz uma monitorização

o suporte informático e o uso de papel reciclado.

de todos os equipamentos, permitindo, por exemplo, detectar centralmente lâmpadas avariadas nos balcões, ou as razões de um menor volume do caudal do ar condicionado, desligar e ligar as luzes automaticamente em função da hora solar, desligar as luzes interiores e ar condicionado de noite se tiverem ficado ligados por esquecimento, além de, por exemplo, o sistema ter um algoritmo carregado com os feriados nacionais e locais de cada balcão. > O Millennium bcp tem um plano de gestão da energia que consiste num sistema de monitorização dos consumos de energia eléctrica, gás e água de todas as instalações do Banco e que inclui auditorias energéticas aos edifícios e instalações que apresentam os maiores consumos de energia eléctrica.

48


> Os CTT utilizam, a título de experimentação, dois veículos eléctricos ligeiros de mercadorias para o desempenho da sua actividade de transporte e distribuição postal. Contudo, ainda não foi avaliado o potencial redução de emissões associada ao investimento. Relativamente à restante frota verificou-se uma quebra nas emissões atmosféricas resultantes da frota CTT, > Perante a abordagem da empresa às energias renováveis a

resultantes de um decréscimo de 9% no consumo de combustíveis,

Euronatura destaca a associação da Transtejo a um conjunto

de 2005 para 2006. O aumento de eficiência na exploração da

de empresas e universidades na preparação de um projecto

frota CTT, e a consequente quebra das emissões atmosféricas

denominado “Whale – Water-Craft powered by hidrogen for

associadas, deveu-se essencialmente a uma renovação significativa

environmental low impact effect”, no âmbito do programa

da frota, à adopção de medidas de optimização de rotas e a

comunitário LIFE, tendo em vista o desenvolvimento de um

acções de formação sobre Condução Defensiva administradas a

protótipo de embarcação movida a pilha de hidrogénio”

colaboradores CTT com vista à melhoria no estilo de condução.

> A STCP procedeu à implementação de várias medidas que

> Os CTT implementaram várias medidas de racionalização da

visam a redução de emissão de GEE como é o caso da assinatura

energia consumida nos edifícios: regulação dos interruptores

de um contrato para aquisição de 80 novos autocarros a gás

horários de iluminação e de ar condicionado, utilização de detectores

natural e a utilização de biodiesel nos 333 autocarros a diesel.

crepusculares, utilização de lâmpadas economizadoras e utilização de gás natural como combustível das caldeiras para o sistema de ar

> A TAP tem em curso o Project Fuel Conservation que entre

condicionado. A implementação destas medidas levou a uma redução

Junho de 2005 e Julho de 2006 permitiu a emissão de menos

de 10% no consumos de energia nos edifícios centrais dos CTT.

26 000 toneladas de CO2. Ainda em relação a medidas de redução de emissões de GEE a TAP procedeu à aquisição de

> A Patinter recorre a várias práticas de redução de emissões

veículos híbridos para a operação nos terminais de bagagem.

de GEE como é o caso da formação de todos motoristas para uma condução defensiva e ecológica, a utilização de pneus

> A continuação da aquisição de carros híbridos em Portugal

ecológicos e o uso de deflectores de vento nos camiões.

por parte da Avis já permitiu, em 2 anos, poupar a emissão de 50 toneladas de dióxido de carbono (CO2). > A Sonae Sierra adoptou uma estratégia de redução de emissões para 2020 tendo como objectivo reduzir em 10% as suas emissões de GEE por m2 de área bruta locável, face a 2005.

49


6. Conclusões

A análise do Ranking geral permite concluir:

A escolha dos novos sectores e empresas foi de encontro ao

> A melhor pontuação foi obtida pela Sonae Sierra e pela Carris

objectivo delineado aquando da apresentação do ACGE 2005,

revelando que do total da amostra estas são o exemplo a seguir

de proceder a uma avaliação mais aprofundada a um conjunto

embora ainda tenham pontos passíveis de serem melhorados.

de sectores de actividade económica em particular. Para o efeito, a avaliação sectorial cingiu-se a três sectores: o Sector

> Quando as empresas são avaliadas sem contemplar o capítulo

dos Transportes, o Sector da Banca e o Sector dos Seguros.

D, verifica-se que todas, sem excepção, vêm a sua pontuação

Complementarmente, a Euronatura procedeu ainda à análise do

subir embora não surja nenhuma empresa “nova” no top-

Sector Público sendo apenas possível analisar os Ministérios da

ten, ao contrário do que sucedia nas edições anteriores. Esta

Educação e da Saúde uma vez que estes foram os únicos Ministérios

constatação estará relacionada com o facto de as empresas,

a enviar os questionários preenchidos, não sendo possível

embora pertencentes a três sectores diferentes, se encontrarem

recolher informações para os restantes Ministérios em estudo.

em ponto de igualdade uma vez que nenhuma tem um vínculo legal relacionado com as alterações climáticas.

A pontuação atribuída a cada capítulo sofreu algumas alterações de forma a que a Gestão praticada pelas empresas fosse o

Da análise Sectorial observa-se que:

ponto mais valorizado, uma vez que é a partir deste ponto que as restantes acções (por exemplo a inventariação de GEE e a

> No Sector dos Transportes o melhor resultado pertence

sua respectiva divulgação) se concretizam. Foi ainda adicionado

à Carris muito em parte por ser a única empresa em

o capítulo E (Questões específicas de cada Sector) de forma a

avaliação a apresentar a cotação total no Capítulo E.

melhor inferir acerca do ponto de situação de cada sector. > Em segundo lugar surge a Sonae Sierra. Contudo, a sua Quanto aos três objectivos a que a Euronatura se propôs: conseguir

pontuação não se deve às medidas implementadas na frota de

que todas as empresas que fizeram parte da edição de 2005

veículos e sim às características dos seus inventários de GEE.

participem activamente, desde que incluídas nos sectores em análise; permitir a análise aprofundada dos três sectores em estudo e por

> Apenas a TAP e a Carris indicam ter objectivos de

fim conseguir maior participação voluntária, verifica-se que todos

redução de emissões de GEE associados à sua frota.

excepto o primeiro foram atingidos na sua totalidade. Contudo, e como já foi referido, para a Transinsular, a Rede Nacional Expressos,

> Apenas metade das empresas avaliadas neste sector apresentam

a Eva Transportes, a Império Bonança e a AXA Seguros que

medidas de actuação específicas para o seu sector de actividade

participam pela segunda vez no Índice, continua a não ser possível

económica embora nem todas as empresas abaixo representadas o

recolher dados relevantes para a presente avaliação nem qualquer

apresentam. Se tivermos, ainda, em conta que são 21 as empresas

tipo de resposta ao Pré-Relatório enviado pela Euronatura.

analisadas neste sector verificamos que apenas 9 têm medidas de redução dos GEE directamente relacionadas com o seu corebusiness revelando que ainda existe lugar para melhorias.

50


Analisando os diferentes capítulos verifica-se que: > O Sector dos Transportes foi o que revelou a maior

> O capítulo D é o que apresenta um maior número de respostas

taxa de participação, superior a 50%, podendo dizer-

negativas (35 empresas). É provável que este número tão elevado

se que o grau de transparência das práticas levadas a

se deva ao facto de nenhuma participante pertencer ao CELE.

cabo por estas empresas é bastante satisfatório. > O capítulo A apresenta um maior número de empresas com > Das empresas avaliadas no Sector da Banca apenas duas

uma taxa positiva entre os 50% e os 100% (11 empresas)

enviaram comentários ao Pré-Relatório: o BES e o Banif.

indicando que o ponto mais forte das empresas em estudo

Recorde-se que esta é a primeira participação do Banif

diz respeito à sua estrutura administrativa. Esta afirmação é

que nos seus comentários indicou estar a dar os primeiros

ainda reforçada pelo facto de este capítulo ter sido o único

passos no que diz respeito às alterações climáticas.

a “permitir” a pontuação máxima a três empresas.

> Apenas 3 bancos (30%) obtiveram algum tipo de pontuação no

> O capítulo B apresenta 10 empresas entre os 50% e os 100%

Capítulo D (Inventários de GEE). Destes nenhum demonstrou ter

revelando que cerca de 1/4 das empresas analisadas apresenta uma

objectivos quantificáveis de redução de GEE e apenas o BES e o

gestão eficaz no que diz respeito aos seus investimentos em energias

Santander Totta indicaram contabilizar emissões provenientes tanto

renováveis e em medidas de eficiência energética, bem como uma

da electricidade e/ou gás adquirido a terceiros como das emissões

boa definição de objectivos e métodos adoptados para os atingir.

resultantes do trajecto casa-trabalho-casa dos seus colaboradores. > O capítulo C com 8 empresas entre os 50% e os 100%, revela que > Relativamente às práticas de Divulgação das Preocupações

poucas são as empresas em análise que praticam uma divulgação

da Empresa face às Alterações Climáticas (Capítulo C)

eficaz das suas preocupações face às alterações climáticas,

apenas um Banco obteve a classificação máxima.

assumindo um compromisso que integra na sua política de actuação várias medidas de cariz voluntário para o combate a este fenómeno.

> O BES apresentou a melhor pontuação relativamente ao Capítulo E (Questões Específicas de Cada Sector) por ser o único banco a

> O capítulo E, com 7 empresas com cotação positiva é um

corresponder a todos os itens de avaliação com excepção de dois.

indicador que a maioria das empresas ainda pode melhorar em muito as iniciativas para combater as alterações

> Nenhuma das empresas avaliadas tem um serviço de consultoria

climáticas aplicadas à sua área de actividade.

na área da “Economia do Carbono” e nenhuma oferece ainda financiamento específico ao desenvolvimento de projectos MDL/IC. > O Sector dos Seguros foi o que revelou a menor participação activa, sendo que apenas a Tranquilidade e a AXA Seguros enviaram Comentários ao Pré-Relatório tendo sido as únicas empresas a apresentar qualquer tipo de pontuação neste sector.

51


Dos vários capítulos é possível retirar as seguintes conclusões: > 12 empresas têm um departamento responsável para cuidar

> Os Relatórios de Sustentabilidade são elaborados por

das questões relacionadas com as alterações climáticas.

9 empresas, sendo que destas apenas 9 indicam utilizar indicadores adicionais do GRI como o EN17 no item

> No que diz respeito à discussão das alterações

“Energia” por exemplo. Adicionalmente, 2 empresas

climáticas na empresa, 13 empresas indica fazê-

indicam submeter o seu relatório a verificação externa.

lo a nível do Conselho de Administração. > O Capítulo “Divulgação das Preocupações da > Apenas 6 das empresas indicam ter um ou mais

Empresa face às Alterações Climáticas” permitiu

administradores a participar activamente no

a duas empresas obter a cotação máxima.

debate público sobre alterações climáticas. > Das 42 empresas em estudo, apenas 8 elaboram o inventário > Somente três empresas obtiveram a

de GEE. Destas, apenas 3 contabilizam tanto as emissões

pontuação máxima no Capítulo A.

provenientes de “Electricidade ou gás natural comprado a terceiros” como as emissões associadas aos transportes (como

> São 15 as empresas que investem em

o transporte dos funcionários nos trajectos casa-empresa,

medidas de eficiência energética.

transporte de material para a empresa, etc.). Adicionalmente, apenas a Sonae Sierra apresenta objectivos de redução de GEE.

> Relativamente à divulgação dos objectivos ambientais 14 empresas fazem-no sendo que apenas

> Relativamente à análise sectorial verificou-se nos

7 apresentam objectivos quantificados.

transportes rodoviários que apenas 7 empresas indicam dar formação de condução ecológica aos seus condutores.

> Nenhuma empresa avaliada obteve a cotação total associada ao

No que diz respeito ao Sector da Banca 5 empresas

Capítulo B “Gestão das Empresas e Preocupações Ambientais”.

indicam disponibilizar aos seus clientes “fundos verdes”. Relativamente ao Sector dos Seguros apenas uma empresa

> 23 empresas indicam adoptar estas medidas sem qualquer

indica ter acesso a dados sobre os futuros riscos das alterações

vínculo legal. Também da totalidade das empresas representadas

climáticos, sendo estes incorporados nos seus seguros.

estatisticamente, 22 indicam fazer parte de uma ou mais associações com preocupações ambientais, nomeadamente no

> Nenhuma das empresas em avaliação obteve a cotação

que diz respeito às questões das alterações climáticas, sendo

máxima no Capítulo D (Inventários de Gases com Efeito

o BCSD Portugal um exemplo deste tipo de organizações.

de Estufa) e apenas uma obteve a cotação máxima para o Capítulo E (Questões Específicas de cada Sector).

> Relativamente a publicações especificamente sobre alterações climáticas, ou documentos equivalentes, apenas 9 empresas declaram fazê-lo.

52


De uma forma geral pode dizer-se que a divulgação das medidas e iniciativas levadas a cabo pelas empresas precisa de ser muito melhorada. A baixa taxa de participação aliada ao elevado número de empresas para as quais não foi possível recolher dados, reforçado quando verificamos o aumento média da pontuação global das empresas (cerca de 11 pontos percentuais) leva a crer que a maioria das empresas em estudo ainda não considera as questões das alterações climáticas como uma área prioritária de acção. Sendo, todavia de reconhecer as empresas que já começam a integrar as alterações climáticas na sua estratégia de crescimento e actuação. Porém, a Euronatura gostaria de felicitar todas as empresas que apesar de ainda estarem a dar os primeiros passos neste tema participaram de forma activa no Índice como é o caso, por exemplo, do Banif, da Sacor Marítima e da Transtejo. Relativamente ao “comportamento sectorial”, aquando da

No que diz respeito ao Sector dos Seguros existem duas hipóteses

comparação dos 5 primeiros resultados de cada sector e sem

possíveis, ou estas empresas têm ainda muito a fazer para integrar

contabilizar a participação voluntária, verifica-se que o Sector

os efeitos das alterações climáticas na sua estratégia de negócios

dos Transportes é o que apresenta o melhor desempenho no

e/ou as suas práticas de divulgação carecem de uma acentuada

combate às alterações climáticas, seguido do Sector da Banca

melhoria. De qualquer das formas nenhuma das hipóteses é favorável

e por fim do Sector dos Seguros. Esta é uma conclusão caricata

a este sector especialmente se se tiver em conta que este é um dos

já que o Sector dos Seguros é o que se espera vir a sofrer mais

sectores que se prevê que venha a sofrer maiores danos resultantes

danos resultantes dos impactes das alterações climáticas nos

dos efeitos das alterações climáticas dadas as suas repercussões em

bens por si segurados. Não obstante os resultados obtidos pelo

termos de danos materiais, interrupções das actividades comerciais

Sector dos Transportes, se tivermos em conta a futura integração

e incêndios florestais. É então importante para este sector encontrar

do sector da aviação no CELE (a partir de 2011) e de estarem

formas inovadoras para responder eficazmente ao agravamento

a decorrer discussões semelhantes para o sector marítimo, é

destes riscos relacionados com as condições climáticas.

de lamentar que apenas uma empresa (a TAP) apresente uma estratégia de resposta a este novo enquadramento legal.

No que diz respeito à análise do Sector Público, a Euronatura lamenta o facto de não ter sido possível recolher mais informações acerca do ponto de situação das compras públicas ecológicas em Portugal. Dos dois questionários enviados pode apenas dizer-se que já começam a ser dados os primeiros passos no caminho de compras públicas ambientalmente sustentáveis mas que ainda muito há a fazer especialmente no que diz respeito ao desempenho dos próprios Ministérios no combate às alterações climáticas.

53


7. PRÓXIMOS PASSOS: ÍNDICE ACGE 2007 / Índice ACGE Sectorial 2008 Há cerca de um ano a Euronatura decidiu que o Índice ACGE deveria ser realizado de dois em dois por considerar que as práticas avaliadas são bastante complexas e como tal demorarem um período considerável de tempo para que sejam visíveis num plano estratégico empresarial. Como complemento, e nos anos intercalares, a Euronatura apresentaria o Índice ACGE Sectorial focando a sua atenção num determinado número de sectores em particular. Face a esta situação a próxima edição do ACGE será no mesmo

Assim, a Euronatura pretende iniciar os processo de

formato que as edições dos anos 2004 e 2005 esperando,

elaboração do ACGE 2007 em Dezembro deste ano,

em virtude deste intervalo de tempo, obter resultados

passando a executar o ACGE Sectorial em anos pares.

mais concretos, em que as empresas seleccionadas têm também oportunidade de demonstrar melhorias a nível da

Todas as informações relacionadas com o Índice ACGE, e as

sua metodologia de combate às alterações climáticas.

suas respectivas edições poderão ser consultadas em: www.responsabilidadeclimatica.org Qualquer questão poderá ser colocada no seguinte endereço: ana.rovisco@euronatura.pt

54


anexo I as empresas

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Seguidamente são apresentadas informações acerca de cada empresa avaliada como uma breve descrição da sua actividade, a cotação atribuída, dois aspectos passíveis de melhoria e dois aspectos positivos.

TAP Transporte Aéreo

EuroAtlantic Airways

in www.tap.pt

in www.euroatlantic.pt

A TAP pretende tornar-se, cada vez mais, numa companhia aérea de referência na cena internacional, aproveitando todas as oportunidades de negócio dos mercados em que compete e diferenciandose pela sua eficiência operacional e qualidade de serviços. Contactos Eng. Fernando de Carvalho Antunes Eng. Maria João Calha Classificação Geral (sem Capítulo E) 3º Lugar ( 51,72%) Classificação Sectorial 2º Lugar ( 53,1%) A/B/C/D/E 100% / 63,4% / 25% / 33,33% / 66,67% Aspectos passíveis de melhoria > Contabilização de fontes indirectas de emissão como o trajecto casa-trabalho-casa dos seus colaboradores; > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais. Aspectos positivos > As alterações climáticas são debatidas a nível do conselho de administração, cujos membros participam activamente em debates públicos sobre a temática; > Têm objectivos de redução de emissões de GEE para a frota.

SATA Internacional

Subsidiária da SATA Air Açores e licenciada para operar voos no exterior dos Açores, a SATA Internacional resultou da transformação da Oceanair – uma companhia aérea adquirida pela SATA Air Açores em 1994. in www.sata.pt

Contactos Dra. Rosa Correia Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

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A euroAtlantic airways é uma empresa de aviação comercial internacional não-regular, registada em Portugal e que opera nas mais diversas rotas no Atlântico Norte (EUA e Canadá), Caraíbas, Américas Central e do Sul, África, Médio Oriente, Pacífico, Austrália e Oceânia. Contactos Eng. José Marques Correia Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Patinter

A PATINTER foi fundada em 1967, em Mangualde, onde mantém a sua sede e a principal plataforma logística e operacional, com o objectivo de dar apoio à linha de montagem de automóveis aí instalada. O número de veículos que circulam hoje pela Europa, as instalações e a crescente expansão em vários países, bem como o número de colaboradores ao seu serviço, são o corolário do esforço desenvolvido ao longo destes anos. in www.patinter.com

Contactos Dr. Júlio Fernandes Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada


Transportes Luís Simões

A Transportes Luís Simões (TLS) é a base da construção de todo o Grupo Luís Simões, tendo verificado desde a sua fundação um crescimento permanente, sustentado por uma visão estratégica do negócio, clara e inovadora, que levou a empresa à posição de líder destacado no sector dos transportes rodoviários de mercadorias em Portugal e que permite fundar as bases do posicionamento do Grupo Luís Simões como o mais importante Operador Logístico e de Transportes em toda a Península Ibérica. in www.luis-simoes.com

Contactos Dra. Maria Antónia do Rosário Classificação Geral (sem Capítulo E) 7º Lugar ( 31,03%) Classificação Sectorial 4º Lugar ( 32,8%) A/B/C/D/E 25% / 63,64% / 12,5% / 0% / 50% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de uma política de fornecedores com critérios ambientais; > Elaboração de Inventário de emissões de GEE. Aspectos positivos > Tem objectivos ambientais quantificados directamente relacionados com alterações; > Os condutores têm formação em condução ecológica.

Transinsular

A TRANSINSULAR é uma empresa de estrutura flexível constituída em 18 de Outubro de 1984, tendo iniciado a sua actividade comercial em Marco de 1985, centrando a sua missão no transporte marítimo com as Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores. in www.ete.pt/grupo/Empresas/Transinsular_P.htm

Contactos Dr. Paulo Jorge Veloso Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Portline

Constituída em Outubro de 1984, a PORTLINE é uma sociedade anónima com a sua actividade centrada no transporte marítimo nacional e internacional, tendo privilegiado, através de um conceito de grupo, as seguintes áreas: Granéis Secos, Carga Geral (Contentorizada e Convencional), Agenciamento, Trânsitos, Logística, Gestão de Contentores, Gestão de Navios, Gestão de Tripulações, Corretagem de Navios, Fretamentos. Com o capital social detido pelo Estado Português na data da constituição, a PORTLINE foi privatizada em 1991. in www.portline.pt

Contactos Eng. Manuel Pinto Magalhães Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Sacor Marítima

A SACOR MARÍTIMA, empresa da Galp Energia, é um dos seis parceiros de quatro países da União Europeia que formam um consórcio que tem por objectivo a introdução e utilização das novas tecnologias na área da segurança da navegação. in www.galpenergia.com/Galp+Energia/Portugues/noticias/ historico/y2005/m09/Sacor+Mar%C3%ADtima.htm

Contactos Eng. Sofia Sequeira Classificação Geral (sem Capítulo E) 17º Lugar (10,34%) Classificação Sectorial 12º Lugar (9,4%) A/B/C/D/E 25% / 9,09% / 12,5% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Definição e quantificação de objectivos ambientais; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE. Aspectos positivos > Tem departamento que trata das questões sobre alterações climáticas; > Tem política de fornecedores dentro do Grupo.

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STCP

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA é uma empresa detida pelo Estado Português. Como uma das principais empresas de transporte público de passageiros do país, a STCP está empenhada em desenvolver a sua actividade de prestador de serviço público dentro da Área Metropolitana do Porto (AMP) de uma forma socialmente responsável, pretendendo colaborar activamente para o seu desenvolvimento sustentável. in Relatório & Contas 2006 - STCP

Contactos Dr. Joaquim Reinas Classificação Geral (sem Capítulo E) 8º Lugar ( 27,59%) Classificação Sectorial 5º Lugar ( 25%) A/B/C/D/E 0% / 63,64% / 12,5% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE. Aspectos positivos > Investimentos em medidas de Eficiência Energética; > Inclusão em Iniciativas/Programas voluntários sobre alterações climáticas.

Carris

A Carris tem procurado ao longo dos últimos anos ajustar o seu funcionamento às necessidades do mercado, aumentando a sua eficácia e promovendo a melhoria de qualidade da sua oferta com a aposta estratégica no controlo da qualidade ambiental. in www.carris.pt

Contactos Eng. António Parente Classificação Geral (sem Capítulo E) 1º Lugar ex aequo ( 68,97%) Classificação Sectorial 1º Lugar ( 71,9%) A/B/C/D/E 100% / 72,73% / 75% / 33,33% / 100% Aspectos passíveis de melhoria > Submissão do Relatório de Sustentabilidade a verificação externa; > Análise de fontes indirectas de emissões. Aspectos positivos > Elaboração de Inventário de emissões de GEE, para os autocarros; > Definição de objectivos de idade média da frota.

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TST

A Transportes Sul do Tejo é uma empresa que tem como missão a prestação de serviços de transporte rodoviário de passageiros na Península de Setúbal, assegurando o adequado nível de mobilidade aos agentes económicos da região, quer sejam empresas, instituições ou indivíduos, desenvolvendo acções para a melhoria da qualidade ambiental, racionalizando a utilização dos recursos energéticos, potenciando o desenvolvimento das actividades económicas, sociais e de lazer, contribuindo, assim, para melhorar o nível de vida da população que serve. in www.tsuldotejo.pt

Contactos Dr. António Corrêa de Sampaio Classificação Geral (sem Capítulo E) 10º Lugar (24,14%) Classificação Sectorial 7º Lugar (24,2%) A/B/C/D/E 25% / 45,45% / 12,5% / 0% / 25% Aspectos passíveis de melhoria > Quantificação dos objectivos ambientais; > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais. Aspectos positivos > Investimentos em medidas de Eficiência Energética; > Formação de condução ecológica aos condutores.

Barraqueiro Transportes

Do caldo de culturas das maiores e melhores empresas de transporte público em Portugal, nasceu a Empresa Barraqueiro Transportes, SA. Criada em 2001 é consequência da reorganização operada na região de Lisboa das empresas participadas pelo Grupo Barraqueiro in www.aeiou.pt/registos/b/Barraqueiro_Transportes.html

Contactos Dr. David Pedrosa Classificação Geral (sem Capítulo E) 17º Lugar ( 10,34%) Classificação Sectorial 11º Lugar ( 11,7%) A/B/C/D/E 0% / 27,27% / 0% / 0% / 25% Aspectos passíveis de melhoria > Investimentos em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética; > Definição e quantificação dos objectivos ambientais. Aspectos positivos > Acesso público aos objectivos ambientais; > Formação de condução ecológica aos condutores.


CP

A CP – Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. foi criada em 1975 como empresa pública responsável pela gestão do caminho de ferro em Portugal. Fruto do novo contexto económico e legal, a CP desenvolveu uma profunda transformação de adaptação ao mercado. Organizou-se em torno de Unidades de Negócio (UN’s), adequadas à satisfação das necessidades de diferentes segmentos de mercado. in www.cp.pt

Contactos Dra. Lígia Moreira Classificação Geral (sem Capítulo E) 8º Lugar ( 27,59%) Classificação Sectorial 5º Lugar ( 25%) A/B/C/D/E 25% / 45,45% / 25% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Debate no Conselho de Administração das questões sobre alterações climáticas; > Elaboração de Inventário de emissões de GEE. Aspectos positivos > Metodologia de alcance dos objectivos ambientais inclui formação ambiental; > Definição de política de compras verdes; > Veículos de informação da problemática das alterações climáticas na empresa – NewsletterEspecial Ambiente e Boletim CP divulgadas internamente, a todos os colaboradores.

Fertagus

A missão da Fertagus é proporcionar, no eixo Ferroviário Norte/ Sul, soluções completas e integradas de serviços de transporte suburbano de passageiros, que satisfaçam as necessidades e exigências dos seus clientes em particular e da sociedade em geral. in www.fertagus.pt

Contactos Dr. Nuno Soares Lopes Classificação Geral (sem Capítulo E) 15º Lugar ( 13,79%) Classificação Sectorial 10º Lugar ( 15,6%) A/B/C/D/E 0% / 27,27% / 12,5% / 0% / 33,33% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de objectivos quantificáveis relacionados com as alterações climáticas/eficiência energética; > Elaboração de Inventários de GEE. Aspectos positivos > Investimentos em medidas de Eficiência Energética; > Inclusão em Iniciativas/Programas voluntários sobre alterações climáticas.

Metropolitano de Lisboa

O Metropolitano de Lisboa tem a seu cargo a exploração de uma rede, predominantemente subterrânea, de transportes colectivos na cidade de Lisboa e zonas limítrofes, de natureza ferroviária em situ próprio, bem como todas as acções ligadas à sua modernização e expansão na lógica da vocação específica do seu meio de transporte, não só no contexto da cidade como sistema multimodal de transportes de que é componente. in www.metrolisboa.pt

Contactos Dra. Sara Plácido Classificação Geral (sem Capítulo E) 19º Lugar ( 6,90%) Classificação Sectorial 13º Lugar ( 6,3%) A/B/C/D/E 25% / 0% / 12,5% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Definição e quantificação dos objectivos ambientais de acesso público; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE. Aspectos positivos > Inclusão em Iniciativas/Programas voluntários sobre alterações climáticas; > Elaboração de Relatório de Sustentabilidade.

Metro do Porto

O Metro do Porto é um sistema de transportes públicos do Grande Porto, Portugal, que consiste numa rede ferroviária electrificada subterrânea no centro do Porto e à superfície na periferia. in http:”//pt.wikipedia.org

Contactos Eng. Ana Paula Gonçalves Classificação Geral (sem Capítulo E) 6º Lugar (37,93%) Classificação Sectorial 3º Lugar (37,5%) A/B/C/D/E 0% / 54,55% / 62,5% / 0% / 33,33% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de política de compras verdes; > Divulgação interna de informação acerca da problemática das alterações climáticas. Aspectos positivos > Investimento em medidas de Eficiência Energética; > Elaboração de Relatório de Sustentabilidade, com uso de indicadores adicionais do GRI.

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Rede Nacional Expresso

A Rede Nacional de Expressos surgiu em 1995, com a missão de assegurar o transporte público de passageiros e mercadorias entre as principais cidades e vilas de norte a Sul de Portugal. in www.rede-expressos.pt

Contactos Dr. Carlos Oliveira Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Eva Transportes

No final de 1997, a Eva já possuía uma frota de 258 autocarros e continuava a crescer. Pretendendo servir todos os seus passageiros de uma forma cada vez mais eficaz, múltiplos são os serviços que presta, sendo desde logo de destacar este onde se encontra: Serviço de Alta Qualidade, Eva / Mundial Turismo que liga diariamente o Algarve, Lisboa, Porto, e Évora. Para além deste, a EVA tema ainda os Serviços de Expressos. os Serviços das Viagens, e os Serviços de Turismo, que com uma gama. in www.eva-bus.net

Contactos Eng. Fragoso Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

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Avis Rent-a-car

A nível mundial, a Avis está presente em 163 países através das suas 4 800 agências de aluguer, realizando mais de 15 milhões de alugueres por ano. A razão deste sucesso deve-se à nossa visão particular de crescermos mais e melhor dentro do mercado de aluguer de automóveis através de contínuos investimentos na nossa rede de estações, tecnologia avançada e naquilo que consideramos mais importante - as pessoas. in www.avis.com.pt

Contactos Dra. Ana Cristina Teixeira Classificação Geral (sem Capítulo E) 13º Lugar ( 17,24%) Classificação Sectorial 8º Lugar ( 18%) A/B/C/D/E 50% / 18,18% / 12,5% / 0% / 25% Aspectos passíveis de melhoria > Elaboração de Relatório de Sustentabilidade; > Elaboração de Inventários de emissão de GEE. Aspectos positivos > Formação de condução ecológica aos condutores, através da distribuição de panfletos com conselhos; > Definição de objectivos de idade média da frota.

Europcar

Em Portugal desde 1975, a Europcar tem à disposição dos seus clientes 74 estações espalhadas por todo o território nacional e ilhas. Líder no mercado nacional, a Europcar Portugal, com sede no Prior Velho, emprega actualmente 340 funcionários e conta com uma frota de mais de 11.500 viaturas, composta por 60 modelos diferentes com uma idade média na ordem dos seis meses. in www.europcar.pt

Contactos Dra. Vera Rodrigues Classificação Geral (sem Capítulo E) 20º Lugar (3,45%) Classificação Sectorial 14º Lugar (3,1%) A/B/C/D/E 0% / 0% / 12,5% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Debate no Conselho de Administração das questões sobre alterações climáticas > Investimentos em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética. Aspectos positivos > Inclusão em Iniciativas/Programas voluntários sobre alterações climáticas.


Transtejo

A Transtejo e a Soflusa prestam um serviço público de transporte fluvial integrado no sistema global da Área Metropolitana de Lisboa, sendo elemento fundamental na travessia do Tejo, subordinado a padrões de elevada qualidade e segurança. Este conceito de transporte público pretende integrar um sector de serviços flexível, orientado para o cliente. in www.transtejo.pt

Contactos Comandante Pedro Rola Pata Classificação Geral (sem Capítulo E) 12º Lugar ( 20,69%) Classificação Sectorial 8º Lugar ( 18,8%) A/B/C/D/E 25% / 36,36% / 12,5% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais; > Elaboração de inventários de emissões de GEE. Aspectos positivos > Participação de membros da administração em debates públicos sobre alterações climáticas; > Investimentos em medidas de Eficiência Energética.

Caixa Geral de Depósitos

Em 1876 constituiu-se a Caixa Geral de Depósitos, e em 1988 o Grupo CGD. Este Grupo mantém uma posição de liderança do sistema bancário, expressa nas diversas quotas de mercado das principais componentes da actividade. As notações de rating da CGD são apoiadas no facto de o banco ser totalmente detido pelo Estado Português, o que o torna um poderoso interveniente na banca de retalho no mercado nacional. in www.cgd.pt

Contactos Dra. Margarida Ferraz Classificação Geral (sem Capítulo E) 13º Lugar ( 17,24%) Classificação Sectorial 5º Lugar ( 19,6%) A/B/C/D/E 0% / 36,36% / 12,5% / 0% / 42,67% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais; > Elaboração de Relatório de Sustentabilidade. Aspectos positivos > Investimentos em Energias Renováveis (Project Finance) e em medidas de Eficiência Energética > Disponibilização de fundos verdes aos clientes.

Millenium BCP

Com mais 3,5 milhões de clientes e uma quota de mercado de cerca de 25%, o Millennium bcp desde sempre se posicionou como um Grupo inovador na capacidade de satisfazer as necessidades dos seus clientes, marcando em diversos períodos o ritmo de desenvolvimento do sector bancário em Portugal. in www.millenniumbcp.pt

Contactos Eng. Rui Agapito Classificação Geral (sem Capítulo E) 3º Lugar ( 51,72%) Classificação Sectorial 2º Lugar ( 48,2%) A/B/C/D/E 75% / 54,55% / 50% / 33,33% / 14,33% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de política de compras verdes; > Submissão do Relatório de Sustentabilidade a verificação externa. Aspectos positivos > Elaboração de inventário de emissões de GEE; > Adesão aos Princípios do Equador.

BES

O Grupo Banco Espírito Santo tem por objectivo central da sua actividade a criação de valor para Clientes, Colaboradores e Accionistas. Entende como primeira e fundamental missão alinhar uma estratégia de reforço constante e sustentado da sua posição competitiva no mercado com um total respeito pelos interesses e bem-estar dos seus Clientes e Colaboradores. Entende que é seu dever permanente contribuir de forma cada vez mais aprofundada e proactiva para o desenvolvimento social, cultural e ambiental do País. in www.bes.pt

Contactos Dra. Cláudia Arenga de Sousa Classificação Geral (sem Capítulo E) 1º Lugar ex aequo ( 68,97%) Classificação Sectorial 1º Lugar ( 69,2%) A/B/C/D/E 75% / 54,55% / 100% / 50% / 71,33% Aspectos passíveis de melhoria > Quantificação dos objectivos ambientais; > Definição de objectivos de redução de emissões de GEE. Aspectos positivos > Análise de fontes indirectas de emissões como a electricidade e/ ou gás natural adquirido a terceiros e as emissões associadas ao transporte dos colaboradores no trajecto casa-trabalho-casa; > Disponibilização de fundos verdes aos clientes.

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Banco BPI

O Grupo BPI - liderado pelo Banco BPI - é um grupo financeiro, multiespecializado, centrado na actividade bancária, dotado de uma oferta completa de serviços e produtos financeiros para os Clientes empresariais, institucionais e particulares. in www.bancobpi.pt

Contactos Dra. Carla Sofia Carreiro Classificação Geral (sem Capítulo E) 15º Lugar (13,79%) Classificação Sectorial 6º Lugar (12,5%) A/B/C/D/E 50% / 0% / 25% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Elaboração de Relatório de Sustentabilidade; > Disponibilização de fundos verdes aos clientes. Aspectos positivos > Participação de membros da administração em debates públicos sobre alterações climáticas; > Inclusão em Iniciativas/Programas voluntários sobre alterações climáticas.

Banco Santader Totta

O Santander Totta foi criado em Dezembro de 2004 e resulta da reorganização societária de três Bancos Comerciais: o Banco Totta & Açores, o Crédito Predial Português e o Banco Santander Portugal. O Santander Totta com cerca de 1,8 milhões de clientes e 663 agências espalhados por todo o país, detém aproximadamente 11% de quota no sistema bancário português e é o terceiro banco privado em termos de activos e o segundo por resultados. in http//web.santandertotta.pt

Contactos Dr. José Figueiredo Classificação Geral (sem Capítulo E) 5º Lugar (44,83%) Classificação Sectorial 3º Lugar (44,6%) A/B/C/D/E 50% / 36,36% / 50% / 50% / 42,67% Aspectos passíveis de melhoria > Submissão de Relatório de Sustentabilidade a verificação externa; > Adesão aos Princípios do Equador. Aspectos positivos > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE, com base na metodologia do GHG Protocol; > Disponibilização de fundos verdes aos clientes.

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Caixa Económica Montepio Geral

Desde 1840 que o Montepio tem cumprido uma função económica e social fundamental para os seus Associados e Clientes. A prática do Mutualismo desde a fundação é a principal diferença face às restantes instituições presentes no mercado. Único no panorama bancário português e ligado à economia social, representa, na sua actividade, valores como o associativismo, a solidariedade e o humanismo. in www.montepio.pt

Contactos Dra. Isabel Maria Oliveira Classificação Geral (sem Capítulo E) 21º Lugar (0%) Classificação Sectorial 8º Lugar (1,3%) A/B/C/D/E 0% / 0% / 0% / 0% / 14,33% Aspectos passíveis de melhoria > Investimento em Energias Renováveis e em medidas de eficiência energética; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE; Aspectos positivos > Disponibilização de fundos verdes aos clientes.

Banif

O Banif - Grupo Financeiro, cuja origem se reporta ao ano de 1988, a partir da transformação da Caixa Económica do Funchal, é hoje um grupo financeiro de vocação universal, com uma rede de distribuição multi-canal e com uma operação Internacional em expansão, que pretende ser uma referência quanto à qualidade de serviço e excelência na gama de produtos e serviços disponibilizados. in www.grupobanif.pt

Contactos Dr. Paulo Messias Classificação Geral (sem Capítulo E) 10º Lugar (24,14%) Classificação Sectorial 4º Lugar (23,2%) A/B/C/D/E 50% / 36,36% / 12,5% / 0% / 14,33% Aspectos passíveis de melhoria > Definição e quantificação dos objectivos ambientais de acesso público; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE. Aspectos positivos > Investimentos em medidas de Eficiência Energética; > Disponibilização de fundos verdes aos clientes.


Banco Popular Portugal

O Banco Popular Portugal, SA é a matriz de um grupo financeiro que, no final de 2006, tinha 436 milhões de euros de capitais próprios, uma rede de 200 agências e um quadro de pessoal de 1.185 empregados. in Relatório & Contas 2006 – Banco Popular Portugal SA

Contactos Dr. Paulo Frutuoso Classificação Geral (sem Capítulo E) 20º Lugar (3,45%) Classificação Sectorial 7º Lugar (3,1%) A/B/C/D/E 0% / 9,09% / 0% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Definição e quantificação dos objectivos ambientais de acesso público; > Disponibilização de fundos verdes aos clientes. Aspectos positivos > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais;

Banco Bilbao Vizcaya Argentaria

O BBVA é um grupo global de serviços financeiros que oferece a mais completa gama de produtos e serviços aos seus Clientes – particulares e empresas -. Tem uma sólida posição de liderança no mercado espanhol e uma forte presença internacional em 32 países. in www.bbva.pt

Contactos Dra. Teresa Elias Garcia Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Banco Itau Europa

O Banco Itaú Europa é um banco de investimento, constituído em 1994, supervisionado pelo Banco de Portugal e integralmente detido pela Itaúsa Portugal SGPS, uma sociedade holding portuguesa constituída em 1988 para se tornar a plataforma europeia do Grupo Itaúsa, um dos maiores e mais rentáveis conglomerados financeiros do Brasil. in www.itaueuropa.pt

Contactos Dr. José Pias Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Império Bonança

Tendo em 2005 passado a integrar o Grupo Caixa Geral de Depósitos, a actividade da Império Bonança no decurso de 2006 pautou-se, essencialmente, pela consolidação do processo de reorganização interna. in Império Bonança - Relatório & Contas 2006

Contactos Eng. Paulo Amaral Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

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AXA Seguros

A AXA Portugal foi eleita pelo Great Place to Work uma das 25 Melhores Empresas para Trabalhar em Portugal, num universo de 178 candidatas. Esta nomeação foi baseada essencialmente na opinião dos colaboradores e foram destacados os benefícios sociais, a mobilidade interna e internacional, a Fundação AXA Corações em Acção, as bolsas de estudo, o reconhecimento, a Semana do Bem-Estar, entre outros. in Axa Seguros – Relatório & Contas 2006

Contactos Eng. Luís Vaz Classificação Geral (sem Capítulo E) 20º Lugar (3,45%) Classificação Sectorial 2º Lugar (3,1) A/B/C/D/E 0% / 0% / 12,5% / 0% / 0% Aspectos passíveis de melhoria > Investimento em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE; Aspectos positivos > Disponibilização de produtos de seguros relacionados com as alterações climáticas.

Companhia Seguros Tranquilidade

A Companhia de Seguros Tranquilidade, fundada em 1871, desde há muito que ocupa um lugar de relevo na economia portuguesa, com uma forte implantação no mercado e uma grande solidez financeira. in www.tranquilidade.pt

Contactos Dra. Assunção Carvalhosa Classificação Geral (sem Capítulo E) 20º Lugar (3,45%) Classificação Sectorial 1º Lugar ( 5,9%) A/B/C/D/E 0% / 0% / 0,0% / 0% / 28,33% Aspectos passíveis de melhoria > Investimento em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE; Aspectos positivos > Disponibilização de produtos de seguros relacionados com as alterações climáticas.

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Companhia de Seguros Allianz Portugal

A Allianz Portugal nasceu em 1999 da fusão da Portugal Previdente e da Sociedade Portuguesa de Seguros, no quadro de uma vasta reorganização do grupo Allianz em todo o Mundo, após a tomada de controle do grupo AGF. in http://institucional.allianz pt

Contactos Dra. Fernanda Palmeira Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Zurich

O Grupo Zurich aspira a tornar-se o líder nos mercados vida e não vida em que operamos, através da constante oferta de produtos e soluções de elevado valor aos nossos clientes. Fundado em 1872, o Grupo está presente em mais de 150 países e conta com cerca de 55.000 colaboradores. in www.zurich.com

Contactos Dra. Rita Almeida Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada


Companhia de Seguros Açoreana A Açoreana é uma empresa de seguros de vida e não-vida, não cotada na Bolsa de Valores de Lisboa, cujo resultado líquido foi de 24,7 milhares de euros4. A 31 de Dezembro de 2006 a empresa tinha cerca de 600 colaboradores. in Pré Relatório Açoreana

Contactos Dra. Paula Serra Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Global

A GLOBAL SEGUROS de que fazem parte a Global S.A. e a Global Vida S.A., foi impulsionada em 1988 por importantes Empresas Portuguesas, sendo na actualidade maioritariamente detida pela maior seguradora francesa de Seguros de Pessoas, a CNP ASSURANCES. in www.global-seguros.pt

Contactos Dr. Silvino Cordeiro Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Lusitânia

Seguradora portuguesa integrada no grupo Montepio com vista à prossecução dos seus fins, que visa alcançar níveis superiores de rentabilidade e solvabilidade, alicerçada em valores humanistas, parcerias sólidas e uma organização flexível, motivada, de elevada eficiência e qualidade. in Lusitânia Companhia de Seguros - Relatório & Contas 2006

Contactos Dr. Carlos Araújo Classificação Geral (sem Capítulo E) S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada Classificação Sectorial S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada A/B/C/D/E S/D – Não foi possível recolher informação através da metodologia enunciada

Liberty Seguros

O Liberty Mutual Group é um Grupo Segurador Multinacional com sede em Boston e fundado em 1912. O Grupo conta hoje com mais de 35 mil Colaboradores em mais de 800 escritórios espalhados por todo o mundo. Os seus activos consolidados cifram-se em cerca de $50 biliões de dólares e o seu resultado consolidado é superior a $13 biliões de doláres. in www.libertyseguros.pt

Contactos Dr. Nuno Rosa Nota: a Liberty Seguros recusou participar no Índice ACGE Sectorial 2006

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Galp Energia

A Galp Energia, SGPS, S.A. foi constituída em 22 de Abril de 1999, sob a denominação GALP – Petróleos e Gás de Portugal, SGPS, S.A., em resultado da reestruturação do sector energético em Portugal, para operar no sector petrolífero e do gás natural. in www.galpenergia.com

Contactos Eng. Sofia Sequeira Classificação Geral (sem Capítulo E) 68,97% Classificação Sectorial 67,2% A/B/C/D/E 100% / 72,73% / 75% / 33,33% / 50% Aspectos passíveis de melhoria > Submissão de Relatório de Sustentabilidade a verificação externa; > Análise de fontes indirectas de emissões. Aspectos positivos > Investimentos em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE.

CTT – Correios de Portugal

Os CTT Correios de Portugal constituem um grande Grupo empresarial português, que contribui decisivamente para o desenvolvimento e o progresso do País. Os seus mais de 15 mil colaboradores assumem com orgulho o título de Instituição de maior confiança junto dos portugueses, pela quarta vez consecutiva, na sequência de um inquérito enquadrado no estudo anual European Trusted Brands levado a cabo junto dos leitores da revista das Selecções do Reader’s Digest. Uma responsabilidade mobilizadora e que constitui um incentivo para desempenhar cada vez melhor as suas funções, num esforço permanente em prol da Qualidade ao serviço dos Clientes. in www.ctt.pt

Contactos Dr. Luís Filipe Paulo Classificação Geral (sem Capítulo E) 65,62% Classificação Sectorial 64,1% A/B/C/D/E 75% / 72,73% / 75% / 33,33% / 50% Aspectos passíveis de melhoria > Submissão de Relatório de Sustentabilidade a verificação externa; > Definição de objectivos quantificados de redução de emissões de GEE. Aspectos positivos > Investimentos em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética; > Elaboração de Inventário de Emissões de GEE. 66

Sonae Sierra

A Sonae Sierra é a especialista internacional em centros comerciais, apaixonada por introduzir inovação e emoção na indústria dos centros comerciais e de lazer. Fundada em Portugal em 1989, é detida pela SONAE, SGPS (Portugal) com 50%, e pela GROSVENOR (Reino Unido) com 50%. in www.sonaesierra.com

Contactos Dra. Catarina Furtado Classificação Geral (sem Capítulo E) 82,76% Classificação Sectorial 79,7% A/B/C/D/E 75% / 72,73% / 100% / 83,33% / 50% Aspectos passíveis de melhoria > Definição de política de fornecedores com critérios ambientais; > Definição de política de compras verdes. Aspectos positivos > Investimentos em Energias Renováveis e em medidas de Eficiência Energética; > Definição de objectivos de redução de emissões de GEE a atingir, 10% até 2020 face a 2005 (ano de referência), de acesso público.


anexo II LISTA FINAL DE ITENS DE AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS DO ACGE SECTORIAL 2006

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Apresenta-se de seguida os itens de avaliação utilizados n ACGE Sectorial 2006 bem como a respectiva cotação aprovada em reunião de Conselho Consultivo,

Itens de Avaliação

Fórmula de Pontuação Aprovada em C.C.

A. A Estrutura Administrativa da Empresa e Sua Supervisão das Questões Ambientais

Pontação máxima = 4

I. Caracterização da estrutura administrativa > Organograma da empresa.

INF

> Composição do CA. Número de administradores não-executivos.

INF

> Auditorias dos R&C e da sua periodicidade.

INF

> A composição accionista da empresa

INF

> Cotação na BVL

INF

II. Modelo de governação da empresa para as questões ambientais e concretamente para as questões relativas às alterações climáticas II.1. Qual o número de funcionários da empresa?

INF

II.2 Existe um departamento/comité específico para tratar das questões relacionadas com as alterações climáticas/eficiência energética? Se sim, qual o seu nome e data de criação?

Se Sim = 1; Se Não = 0

II.2.a. O departamento/comité anterior trata de outras questões? Se sim, quais?

INF

II.3. Verificar o distanciamento hierárquico do responsável pelo departamento/comité anterior ao CA.

INF

II.4. Verificar se a empresa recorre ao outsourcing nas seguintes áreas em particular: > Elaboração de Inventários de Emissões de GEE, > Estudos de medidas de implementação para o aumento de eficiência energética, > Definição de estratégias (investimento em Energias renováveis, redução de GEE e gestão de carbono).

INF

III. A abordagem da empresa ao desafio das alterações climáticas

68

III.1. Verificar se as alterações climáticas foram concretamente debatidas ao nível do Conselho de Administração, tendo daí resultado tomadas de posições oficiais, se se verificou a inclusão ou não da empresa em determinado grupo de trabalho voluntário, etc.

Se Sim = 2; Se Não = 0

III.2. Verificar se existem membros da administração a participar activamente no debate público sobre alterações climáticas, obtendo o nome do orador ou redactor (para o caso de publicações e artigos em jornais, revistas, etc.), data do acontecimento e objecto apresentado ou escrito.

Se Sim = 1; Se Não = 0

III.3.a. Qual tem sido o papel dos accionistas nesta questão? > Accionistas questionam o acompanhamento da questão pela empresa; > Accionistas solicitam definição de estratégias; > Accionistas solicitam pontos de situação; > Accionistas solicitam mais informação sobre o tema

INF

III.3.b. Qual tem sido o papel dos colaboradores nesta questão? > Colaboradores questionam o acompanhamento da questão pela empresa; > Colaboradores solicitam pontos de situação; > Colaboradores solicitam mais informação sobre o tema

INF


B. Gestão de Empresas e Preocupações Ambientais

Pontuação máxima de = 11

IV. Caracterizar as obrigações legais da empresa no que respeita às alterações climáticas IV.1. Analisar vínculos legais da empresa para tomar iniciativas face às alterações climáticas (nome e âmbito).

INF

V. A abordagem da empresa às Energias Renováveis e à Eficiência Energética V.1. Analisar os investimentos da empresa em Energias Renováveis. Verificar qual a metodologia adoptada para avaliar o potencial aumento ou redução de emissões associados a investimentos em energias renováveis: Greenhouse Gas Protocol for Project Accounting, Própria; Outras. Quais?”

INF

V.2. Analisar os investimentos da empresa em medidas de Eficiência Energética. Verificar qual a metodologia adoptada para avaliar o potencial aumento ou redução de emissões associados a estes: Greenhouse Gas Protocol for Project Accounting; Metodologia descrita na Proposta de Directiva 2003/0300 COD; Outras? Quais?

Se Sim = 2; Se Não = 0

VI. Caracterizar a estrutura de objectivos ambientais na empresa VI.1. Verificar a existência de objectivos ambientais quantificados e directamente relacionados com as alterações climáticas (emissões de GEE e eficiência energética).

Se Sim = 1; Se Não = 0

VI.2. Verificar se os objectivos ambientais da empresa são de acesso público (planos de negócios, Relatório&Contas, relatório de sustentabilidade, etc.).

Se Sim = 2; Se Não = 0

VI.3. Metodologia utilizada para alcançar os objectivos ambientais da empresa. > Por compensação e incentivo de colaboradores/administradores... Desempenho ambiental genérico (quais os parâmetros de avaliação).

Se Sim = 1; Se Não = 0

> Certificação e Auditorias Ambientais (nome, periodicidade, entidade, etc).

Se Sim = 1; Se Não = 0

> Outras. Quais?

Se Sim = 1; Se Não = 0

VI.4. Verificar se existe uma política de fornecedores com critérios ambientais

Se Sim = 1; Se Não = 0

VI.5. Verificar se a empresa recorre a uma política de compras" verdes"

Se Sim = 2; Se Não = 0

C. Divulgação da preocupação das empresas perante as Alterações Climáticas

Pontuação máxima = 8

VII. A posição da empresa face às evidências actuais sobre Alterações Climáticas VII.1.a. Verificar a existência de Iniciativas tomadas pela empresa que incluem a questão das Alterações Climáticas. Participação em Programas Voluntários, Outras. Quais?

Se Sim = 1; Se Não = 0

VI.1.b. A empresa é parceira/sócia de alguma organização ou associação com preocupações ambientais, nomeadamente no que diz respeito às questões das alterações climáticas, eficiência energética ou sustentabilidade (Ex.: BCSD, RSE, etc.)?

INF

VII.2. Qual das seguintes afirmações traduz a forma como a empresa encara as alterações climáticas (escolher uma opção)? > As alterações climáticas apresentam-se como um risco material para a actividade da empresa, uma vez que novas políticas estão continuamente a entrar em vigor, devendo por este motivo a empresa integrar os impactes resultantes deste fenómeno no seu plano de actuação. > As alterações climáticas apresentam-se como uma oportunidade para a empresa na medida em que esta pode actuar em novos mercados económicos, > As alterações climáticas apresentam-se como sendo um risco na medida em que a empresa tem cada vez mais necessidade de cumprir com novas obrigações que vão surgindo ao mesmo tempo que podem de alguma forma limitar ou inviabilizar o actual desempenho da empresa e apresentam-se como uma oportunidade uma vez que esta pode investir em novos mercados e novas tecnologias podendo ampliar o seu leque de produtos/serviços. > A empresa não tem uma opinião formada sobre o assunto.

INF

69


VIII. Relatórios da empresa sobre alterações climáticas VIII.1. Quais as formas de informação da problemática das alterações climáticas na empresa: Relatórios, Documentos, Comunicados (internos/de imprensa), Newsletters, Outros (analisando a sua periodicidade, os destinatários e a metodologia de divulgação)?

Se existirem um ou mais documentos de divulgação = 1; Se Não = 0

VIII.2. Verificar se a empresa inclui informação ambiental, relacionada com as AC, no seu Relatório e Contas.

INF

IX. Características dos relatórios de sustentabilidade IX.1. A empresa elabora/ publica Relatórios de Sustentabilidade (RS)?

Se elaborar RS = 1; Se Não = 0

IX.1.b. Utiliza os “indicadores adicionais” do GRI? Se sim, quais?

Se usar 1 EN = 1; Se usar 2 EN's = 2; Se usar 3 ou + EN's = 3

2002 Guidelines > Energia: EN17/EN 18/EN19, > Emissões Efluentes e Resíduos: EN30, > Transportes: EN34. G3 Guidelines > Energia: EN5/EN6/EN7, > Emissões Efluentes e Resíduos: EN18, > Transportes: EN29. IX.2. Verificar se o Relatório se Sustentabilidade é submetido a verificação externa.

Se Sim = 2; Se Não = 0

D. Inventários de Gases com Efeitos de Estufa

Pontuação máxima = 6

X. Elaboração de inventários de emissões de GEE X.1. Verificar se a empresa elabora um Inventário das Emissões de GEE. Analisar os níveis de divulgação dos resultados do inventário: > Relatório próprio de emissões de GEE. > Informação do inventário incluída no Relatório de Sustentabilidade. > Informação incluída noutros documentos.

Se elabora inventários de GEE =2

XI. Características da elaboração dos inventários XI.1. Verificar a metodologia utilizada: > Metodologia descrita na Portaria N.º 121/2005. > Greenhouse Gas Protocol; > Metodologia sectorial; > Metodologia própria.

INF

XII. Características técnicas dos inventários

70

XII.1. Quais são os gases inventariados pela empresa?

INF

XII.2. Analisar fontes indirectas de GEE consideradas, como: > Electricidade ou gás natural comprado a terceiros. > Emissões associadas aos transportes (como transporte dos funcionários nos trajectos casa-empresa, transporte de material para a empresa, etc.). > Outras.

Se contabilizar electricidade e/ ou gás natural mais emissões associadas aos transportes = 1.


XIII. Definição de um ano de referência sobre o qual contabilizar as emissões XIII.1. Qual a data que empresa considera para referenciar as suas emissões.

INF

XIV. Projecções de emissões de GEE XIV.1. Está definido um objectivo de emissões de GEE a atingir?

Se Sim=2; Se Não=0

XIV.1.a. Encontrar os objectivos percentuais de redução de emissões de cada empresa.

INF

XIV.1.b. Verificar a periodicidade que a empresa considera para os seus objectivos. Ver se tem objectivos para todos os anos até a que máximo (10 anos por exemplo).

INF

XIV.1.c. Verificar se a empresa já conseguiu alguma redução nas suas emissões, se tem atingido os objectivos propostos, e através de que principais medidas. Caso não o esteja a conseguir, analisar as razões.

Se Sim = 1; Se Não = 0

XIV.2. Existe acesso público às projecções de emissões de GEE? Em qualquer dos casos analisar os motivos.

INF

E. Questões específicas de cada sector

XVI. Sector dos Transportes Marítimos/Aéreos/Ferroviários

Pontuação máxima = 3

XVI.1. Qual a composição da frota (tipo, modelo e número)?

INF

XVI.2. Qual a idade média da frota?

INF

XVI.3. Qual a quantidade média de CO2 emitido por quilometro por cada tipo de modelo da frota (CO2 g/km)?

INF

XVI.4. Existem objectivos de redução de emissões de CO2 para a frota? Se sim, quais?

Se Sim = 2; Se Não = 0

XVI.5. Existem objectivos para a idade média da frota?

Se Sim = 1; Se Não = 0

XV. Sector dos Transportes Rodoviários

Pontuação máxima de = 3

XV.1. Os condutores têm formação em condução ecológica?

Se Sim = 0,75; Se Não = 0

XV.2. Qual a composição da frota de veículos (tipo, modelo e número)?

INF

XV.3. Qual a idade média da frota?

INF

XV.4. Qual o tipo de combustíveis utilizados (indicar o número de veículos para cada tipo de combustível): . Gasolina / Diesel / Gás natural / Biodiesel / Hidrogénio / Outros. Quais?

INF

XV.5. Qual a quantidade média de CO2 emitido por quilometro por cada tipo de veiculo da frota (CO2 g/km)?

INF

XV.6. Existem objectivos de redução de emissões de CO2 para a frota de veículos? Se sim, quais?

Se Sim=1,5; Se Não=0

XV.7. Existem objectivos para a idade média da frota de veículos?

Se Sim=0,75; Se Não=0

71


72

XVIII. Sector da Banca

Pontuação máxima = 3

XVIII.1 Na área do project finance, nomeadamente para a concessão de crédito, a instituição bancária incorpora nos seus modelos esta nova variável – o carbono?

Se Sim=0,85; Se Não=0

XVIII.2 A empresa disponibiliza aos seus clientes apoio de consultoria nesta nova “Economia do Carbono”?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVIII.3 A empresa tem critérios de classificação dos seus clientes e/ou dos sectores em que actua de acordo com os riscos de exposição ao mercado de carbono?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVIII.4 A empresa oferece financiamento específico ao desenvolvimento de projectos CDM/JI?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVIII.5 A empresa disponibiliza aos seus clientes fundos verdes?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVIII.6 A empresa aderiu aos Princípios do Equador?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVII. Sector dos Seguros

Pontuação máxima = 3

XVII.1 A empresa promove auditorias energéticas aos seus edifícios?

Se Sim = 0,43; Se Não = 0

XVII.2 A empresa tem acesso a dados sobre os futuros riscos das alterações climáticos, sendo estes incorporados nos seus seguros?

Se Sim=0,85; Se Não=0

XVII.3 A empresa considera possível cobrir o risco ambiental e em particular os riscos da nova economia de carbono através de um contrato de seguro?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVII.4 A empresa tem produtos de seguros específicos para a projectos desenvolvidos no âmbito do Protocolo de Quioto (CDM, JI)?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVII.5 A empresa tem produtos relacionados com a investigação e desenvolvimento de tecnologias “low-carbon”?

Se Sim=0,43; Se Não=0

XVII.6 A empresa já recorre a serviços de consultoria na área do carbono para avaliação de riscos e oferta de seguros relacionados com este tema?

Se Sim=0,43; Se Não=0


anexo III LISTA FINAL DE AVALIAÇÃO DOS MINISTÉRIOS DO ACGE SECTORIAL 2006

73


Abaixo encontram-se as questões enviadas aos 6 Ministérios estudados pelo ACGE Sectorial 2006.

A. Ministérios: Práticas de gestão e questões ambientais I. Informação Genérica I.1. Organograma do Ministério I.2. Verificar o número de funcionários do ministério I.3. Verificar a existência de alguém dentro do Ministério responsável por seguir as questões relacionadas com as alterações climáticas e eficiência energética no sentido de implementar práticas de gestão dentro da sua instituição.

II. Gestão do Ministério e as suas Preocupações Ambientais II.1. Verificar a existência de objectivos ambientais relacionados com as alterações climáticas / eficiência energética. II.1.a. Verificar a existência de metodologias adoptadas para atingir objectivos ambientais (como por exemplo formação ambiental dos funcionários, concursos de eficiência energética, etc.) II.2. Verificar se o Ministério recorre tem implementado um sistema de reciclagem de resíduos (papel / embalagens / tinteiros / outros). II.3. Verificar se o Ministério recorre a medidas de eficiência energética e/ou se tem políticas de uso racional de energia. II.4. Verificar se o Ministério recorre a investimentos em energias renováveis como fonte de energia / climatização de edifícios. II.5. Verificar qual o procedimento adoptado quando um dos trabalhadores deixa de utilizar uma peça de equipamento de escritório.

III. Caracterização da Frota Automóvel do Ministério III.1. Verificar a composição da frota de veículos (tipo, modelo e número). III.2. Averiguar a idade média da frota. III.3. Verificar qual o tipo de combustível utilizado (indicar o número de veículos para cada tipo de combustível). > Gasolina > Diesel > Gás natural > Biodiesel > Hidrogénio > Outros. Quais? III.4. Qual a quantidade média de CO2 emitido por quilometro por cada tipo de veiculo da frota (CO2 g/km)? III.5. Existem objectivos de redução de emissões de CO2 para a frota de veículos? Se sim, quais?

IV. Elaboração de Inventários de Emissões de GEE IV.1. Verificar se o Ministério elabora um Inventário das Emissões de GEE. Analisar os níveis de divulgação dos resultados do inventário. IV.2. Verificar a metodologia utilizada para a elaboração do Inventário de Emissões de GEE. IV.3. Apurar quais os GEE inventariados. IV.4. Analisar fontes directas e indirectas de GEE consideradas. IV.5. Qual a data que considerada para referenciar as emissões de GEE. IV.6. Averiguar se está definido um objectivo de redução de emissões de GEE.

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B. Práticas de Compras Públicas Ecológicas V. Critérios ambientais aquando da selecção do produto serviço V.1. Verificar a existência de critérios ambientais para a selecção de um determinado produto/serviço face a outros, utilizando como base os seguintes exemplos: > Rótulos ecológicos > Utilização de fontes renováveis > Modos de transporte amigos do ambiente > Utilização de materiais reciclados > Utilização de produtos energeticamente eficientes > Outros. Quais? V.2. Verificar a existência de especificações técnicas a nível ambiental quando o Ministério solicita um determinado produto/serviço. (Como por exemplo o estabelecimento de que o consumo de electricidade de um equipamento de limpeza não deve ultrapassar os 3kw/h)

VI. Critérios ambientais em determinados grupos de produtos VI.1. O Ministério adquiriu, em 2006, algum produto ou serviço de “Papel”, “Material impresso e artigos para impressão” e/ ou “Serviços de impressão, publicação e afins” (Classificação CPV 2100, 2200, 7800)? Se sim, qual a quantidade? VI.1a Que critérios foram utilizados na compra dos produtos referidos? > Preocupações com a aquisição de papel reciclado > Preocupações com a aquisição de papel não branqueado com cloro > Preocupações com a aquisição de papel certificado (ex.: FSC) > Outros. Quais? VI.2. O Ministério adquiriu, em 2006, algum produto ou serviço relacionado com “Veículo a motor”, “Equipamento de transporte” ou Serviços de transportes terrestres, por vias navegáveis e/ou aéreas (Classificação CPV 3400, 3500, 6000, 6100, 6200)? Se sim, qual a quantidade? VI.2.a. Que critérios foram utilizados na compra dos produtos supra mencionados? > Veículos movidos a biodiesel > Veículos movidos a gás natural > Veículos cujas emissões obedecem às normas Euro V > Outros. Quais? VI.3 O Ministério adquiriu, em 2006, algum produto ou serviço relacionado com Máquinas, equipamento e material de escritório e de informática (Classificação CPV 3000)? Se sim, qual a quantidade?

75


VI.3.a. Que critérios foram utilizados na compra dos produtos mencionados? > Requisitos que têm em conta a eficiência energética > Requisitos que têm em conta o tipo de embalagem para o transporte > Requisitos que têm em conta a deposição do material, reutilização e reciclagem > Outros. Quais? VI.4. O Ministério adquiriu, em 2006, algum produto ou serviço relacionado com “Máquinas, equipamento, instrumentos, aparelhos e produtos relacionados” e/ou “Máquinas, aparelhos, equipamento e produtos de consumo eléctricos” (Classificação CPV 2900, 3100)? Se sim, qual a quantidade? VI.4.a. Que critérios foram utilizados na compra dos produtos referidos? > Requisitos que têm em conta a eficiência energética > Requisitos que têm em conta o tipo de embalagem para o transporte > Requisitos que têm em conta a deposição do material, reutilização e reciclagem > Outros. Quais? VI.5. O Ministério adquiriu, em 2006, algum produto ou serviço relacionado com “Serviços de limpeza” (Classificação CPV 7470)? Se sim, qual a quantidade? VI.5.a. Que critérios foram utilizados na compra dos produtos supra mencionados? > Critérios que incluem o consumo energético dos aparelhos de limpeza > Critérios que têm em conta a toxicidade do material de limpeza utilizado > Outros. Quais?

VII. Questões relacionadas com a política ambiental e ferramentas de informação VII.1. Se os aspectos ambientais são tidos em conta aquando da aquisição dos produtos/serviços pretendidos onde consultam os responsáveis por esta tarefa a informação necessária ao estabelecimento dos critérios ambientais? > Directrizes dos rótulos ecológicos > Informação disponível na internet > Directrizes nacionais > Manual “Comprar ecológico! – Manual de contratos públicos ecológicos” > Directrizes próprias do Ministério > Produtores / Fornecedores > Empresas de Consultadoria > Cooperação com outras organizações > Workshops / Seminários relacionados com compras públicas ecológicas > Outros. Quais? VII.2. Existe, no Ministério, uma política de compras que considera aspectos ambientais no acto da aquisição? Se sim que aspectos se encontram incluídos? > Existe uma política de compras que inclui aspectos ambientais > Existem objectivos ambientais para as funções de compra (purchasing function) > Outros. Quais?

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Agradecimentos A realização do Projecto “Responsabilidade Climática em Portugal: Índice ACGE Sectorial 2006” só foi possível com a dedicação e esforço de todas as partes envolvidas. O nosso reconhecimento vai desde o Conselho Consultivo, pelo apoio prestado tanto a nível intelectual como a nível de disponibilidade e pela sua estimável ajuda na construção de mais uma edição do Índice, aos parceiros do projecto pelo seu contributo nas mais diversas áreas (desde a colaboração na divulgação do projecto à elaboração da sua

apoios PLatina

imagem). Ás empresas e aos Ministérios cabe-nos agradecer pela sua participação e contributo no fornecimento dos dados de análise essenciais para a construção do Ranking. Á equipa da PricewaterhouseCoopers cabe nos agradecer o seu empenho em garantir que os dados que compõem o Índice são válidos

parceiros

e que todo o processo sofreu um controlo adicional de qualidade. Por último as autoras do projecto gostariam de agradecer aos elementos da Euronatura que colaboraram para que este Índice em nada ficasse atrás das edições anteriores, mas que, antes pelo contrário, fosse um índice cada vez mais importante na sociedade Portuguesa. A equipa do projecto agradecevos a disponibilidade demonstrada bem como os comentários essenciais que nos dirigiram ao longo de todo o ano.

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EURONATURA

Centro para o Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentado. A EURONATURA – Centro para o Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentado é uma organização sem fins lucrativos equiparada a organização não-governamental de ambiente, especializada em investigação em ciência, política e direito de ambiente, particularmente no respeitante a matérias de cariz internacional. Fundada em 1997, a EURONATURA organiza o seu trabalho em 3 áreas programáticas fundamentais: Ciência e Política das Alterações Climáticas, Águas Internacionais e Economia e Ambiente. Uma das actividades mais importantes da Euronatura na área das Alterações Climáticas, foi a organização, em parceria com a Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, da Workshop “Economia de Carbono – Oportunidades e Constrangimentos para Portugal” que teve lugar em 2001 e que se pode considerar como tendo sido o primeiro grande evento público em Portugal sobre a matéria. A Euronatura lançou a sua primeira edição do índice Alterações Climáticas e Gestão de Empresas (ACGE) 2004, demonstrando o empenho que continua a ter na consciencialização dos grandes actores económicos, como sendo o público e as empresas em geral, posição esta reforçada no ACGE2005, que aqui divulgamos.

WWW.EURONATURA.PT

Av. Gomes Pereira Nº 98, 4º Andar - Benfica 1500 - 332 Lisboa - Portugal Tel.: 213 868 420 - Fax.: 213 868 419 E-mail: geral@euronatura.pt


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