ACGE 2008

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RESPONSABILIDADE CLIMÁTICA EM PORTUGAL

ÍNDICE ACGE

2007

Um Projecto Euronatura


ACGE

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E GESTÃO DE EMPRESAS AUTORES ENG.º HUGO COSTA

2


3


ACGE/07 CONSELHO CONSULTIVO O Conselho Consultivo da edição deste ano é constituído pelos especialistas que se listam abaixo, e cuja anuência ao convite em muito honrou a Euronatura:

DRA. ANABELA VAZ RIBEIRO ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ÉTICA EMPRESARIAL O Conselho Consultivo (CC) do Índice ACGE pretende reunir um conjunto de

ENG.ª ANA RITA ANTUNES

personalidades que, através da sua

QUERCUS

experiência e conhecimento, promovem a existência de critérios de avaliação

DR. GONÇALO CAVALHEIRO

coesos e que melhor reflectem a

ECOPROGRESSO

realidade que o Índice pretende retratar. A criação do CC surge da necessidade

DR. GONÇALO PERNAS

de, ao longo do desenvolvimento do

RSE PORTUGAL

projecto, tomar um conjunto de decisões que permitam a reformulação de

DR. JOÃO JOSÉ FERNANDES

critérios, realizando assim a preconizada

OIKOS

actualização e transposição para realidade empresarial portuguesa.

DR. JOÃO REIS

Durante o desenvolvimento do ACGE

GRACE

2007, as orientações e opiniões dos membros do CC, apesar de não serem

DR. JOSÉ EDUARDO BARROSO

vinculativas, acrescentaram valor ao

E.VALUE

projecto na sua definição final.

Neste contexto a Euronatura é a única responsável pelo projecto, pela sua formulação e pelos seus resultados.

ENG. LUÍS ROCHARTRE BCSD PORTUGAL

DRA. SOFIA SANTOS SUSTENTARE

4


ACGE/07 índice

CONSELHO CONSULTIVO

4

ÍNDICE

5

SUMÁRIO CONSULTIVO

6

PREFÁCIO

7

SELECÇÃO DOS SECTORES E EMPRESAS PARTICIPANTES

8

RECOLHA DE INFORMAÇÃO - METODOLOGIA

12

/ A Recolha de Informação

12

/ Tipos de Participação: Empresas Seleccionadas e Participação Voluntária

12

/ Capítulos de Avaliação e Secções do Pré-Relatório

16

CAPÍTULO A / Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais

16

CAPÍTULO B / Gestão das Empresas e Preocupações Ambientais

17

CAPÍTULO C / Divulgação das Alterações Climáticas

18

CAPÍTULO D / Inventários de Gases com Efeitos de Estufa

19

20

/ Participação e Contribuições das Empresas para o Estudo

ÍNDICE ACGE 2007 - PRINCIPAIS RESULTADOS

21

/ ÍNDICE ACGE 2007 - Análise Global

22

/ ÍNDICE ACGE 2007 - Empresas com Pontuação Superior a 50%

24

/ ÍNDICE ACGE 2007 - TOP 10

26

/ Análise Por Capítulo

30

CAPÍTULO A / Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais

31

CAPÍTULO B / Gestão das Empresas e Preocupações Ambientais

33

CAPÍTULO C / Divulgação das Alterações Climáticas

35

CAPÍTULO D / Inventários de Gases com Efeitos de Estufa

/ Análise Sectorial

36 40

EVOLUÇÃO ACGE 2004/2007

45

BOAS PRÁTICAS

48

PRINCIPAIS CONCLUSÕES

51

NOTAS FINAIS E AGRADECIMENTOS

55

PRÓXIMOS PASSOS: ÍNDICE ACGE SECTORIAL 2008 / ÍNDICE ACGE 2009

57

ANEXO I - AS EMPRESAS

59

ANEXO II - LISTA DE ITENS DE AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS DO ACGE 2007

76

5


O Índice ACGE 2007 tem como objectivo primordial a

ACGE/07 SUMÁRIO CONSULTIVO

avaliação do desempenho de um conjunto seleccionado de empresas a operar em Portugal, relativamente à sua resposta ao desafio das alterações climáticas e de uma economia restrita em carbono. A apreciação das empresas baseia-se na definição de um conjunto de indicadores demonstrativos dos seus empenhos em combater a questão das alterações climáticas. Estes indicadores avaliam as empresas em 4 níveis: “Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais” (CAPÍTULO A), a “Gestão das Empresas e Auditorias Ambientais” (CAPÍTULO B), a “Divulgação das Alterações Climáticas” (CAPÍTULO C) e a elaboração de “Inventários de Gases com Efeito de Estufa” (CAPÍTULO D). O levantamento de informação sobre as empresas serve de base à construção, pela Euronatura, de um Pré-Relatório, posteriormente comentado pelas empresas. A melhor pontuação, no Ranking geral, foi obtida pela Sonae Sierra, pela Chamartín Imobiliária e pelos CTT, estas ultimas empresas em igualdade pontual. Se considerarmos amostra de empresas presentes no Índice ACGE como representativa da economia portuguesa, podemos também considerar que pelo menos metade das empresas portuguesas ainda não encara as questões das alterações climáticas como uma área prioritária de acção. De uma forma geral e segundo os critérios de avaliação do ACGE, pode dizer-se que existe um número significativo de empresas para as quais não é ainda possível recolher dados sobre o desempenho climático. Agregando o comportamento das empresas ao longo das quatro edições do ACGE, é destacável o comportamento da Sonae Sierra, dos CTT, da EDP Produção, do BES e da Carris, pela regularidade na obtenção de resultados positivos. O Índice constitui uma ferramenta para os gestores de empresas, consumidores, investidores, fornecedores e público em geral, possibilitando comparações, tornando viável a tomada de decisões com pleno conhecimento.

6


Este é o 4º ano consecutivo que a Euronatura produz o ranking “Alterações Climáticas

ACGE/07 PREFÁCIO

e Gestão de Empresas” cujo objectivo consiste em retratar as empresas portuguesas face à problemática das alterações climáticas. Desde a adaptação inicial do estudo do CERES (Investors and Environmentalists for Sustainable Prosperity) à realidade Portuguesa que o ACGE tem progredido em muitos aspectos. São de destacar a realização de um ranking sectorial (ACGE2006) e a verificação externa de uma metodologia cada vez mais robusta e fiável, características que permitem resultados mais credíveis e uma melhor adequação aos planos de gestão das empresas avaliadas.

No contexto do trabalho da Euronatura, o “Ranking ACGE” toma desde o seu início um papel muito importante ao concretizar a primeira abordagem ao sector privado da vertente de trabalhos em “Economia e Clima”. Por um lado, permite contactar os interessados e ‘vanguardistas’ na área proporcionando-lhes destaque perante um público consumidor que toma cada vez mais opções realmente informadas e, por outro, funciona como documento do “estado da arte” em Portugal, permitindo benchmarkings às empresas dos sectores considerados. O ACGE garante assim a qualidade das preocupações ‘verde-clima’ das empresas, contribuindo de forma inegável para a criação de valor em Portugal.

Nesta “era da energia e do clima”, os resultados do ACGE2007 falam por si e transmitem uma imagem de grande esperança na crescente perspectiva de sustentabilidade, que é já parte integrante do pensamento dos negócios em todas as áreas: o número de empresas com estas preocupações aumentou, as formas de abordagem são cada vez mais originais e intrínsecas ao funcionamento das empresas, isto é, em termos globais, o nível de resposta às emissões directas e indirectas de CO2 é cada vez maior e melhor.

É com grande alegria que dou os parabéns à equipa da Euronatura responsável por este novo ranking ACGE2007, e principalmente ao Hugo Costa que com todo o brio tomou as rédeas da equipa e, se não bastasse, presidiu à organização, gerindo os projectos, os recursos (humanos e outros) e os novos ‘gabinetes’, da melhor forma sustentadamente possível… e portanto com o mínimo de emissões de gases com efeito de estufa associadas!

RITA SOUSA

7


ACGE/07 SELECÇÃO DOS SECTORES E EMPRESAS PARTICIPANTES

8


A 4ª edição do Índice ACGE aposta na avaliação do

de sectores cujo valor relativo de emissões de gases com

comportamento das empresas numa dimensão temporal.

efeito de estufa (GEE) fosse relevante, como são os sectores:

Considerando a informação gerada nas edições anteriores

energético, transportes, indústria e resíduos. Neste contexto

(com especial atenção para os Índices multissectoriais de

foi considerado o PORTUGUESE NATIONAL INVENTORY

2004 e 2005), é cada vez maior a possibilidade de analisar

REPORT ON GREENHOUSE GASES, 1990 – 2006. Neste

a existência de tendências e evoluções no comportamento

relatório fica patente a representatividade, no que respeita

das empresas ao longo dos últimos anos. Assim, aquando

a emissões GEE, dos sectores abrangidos pelo ACGE. O

da selecção das empresas, considerou-se relevante a

sector da Queima de Combustível é responsável por 71,6%

existência de informação oriunda de participações em

do total de emissões de GEE, e inclui um vasto número de

edições anteriores no Índice ACGE. A existência de informação

actividades tais como os transportes, alguns serviços, a

sobre a empresa foi, portanto, um factor determinante na

construção e a produção e transformação de energia. O

escolha das empresas participantes na edição ACGE2007.

sector dos Processos Industriais, que representa 9,6 % do

Por outro lado, foi também critério decisório a necessidade

total de emissões de GEE, abrange a Agro-Indústria, bem

de continuar a dotar o Índice de representatividade

como a Produção de Cimento. Já o sector dos Resíduos

económica e social. Neste contexto, considerou-se que

(incluindo incineração), e a Utilização de Solventes e Outros

as empresas seleccionadas deveriam representar, no

Produtos (com a Produção de Têxteis), são responsáveis por

seu conjunto e de forma tipificada, o tecido empresarial

8,2% e 0,4%, respectivamente, do total de emissões de GEE.

português. Neste encadeamento, na selecção das

Todos estes sectores estão representados no ACGE2007,

empresas, foi considerada a sua importância económica

ficando assim garantida a representatividade do Índice, no

para o país e a sua notoriedade, cobrindo um largo

que concerne às emissões globais de GEE para Portugal.

espectro da sociedade e economia portuguesa.

Foi ainda considerado como critério importante, a

Preconizou-se o envolvimento de um conjunto alargado

selecção de sectores usualmente contemplados na

9


formulação das políticas nacionais para as alterações

anual com cerca de 50 empresas portuguesas, e o

climáticas (o Programa Nacional para as Alterações

conhecimento que se adquire acerca destas é frequentemente

Climáticas e o Plano Nacional de Atribuição de Licenças

o resultado do que as próprias estão dispostas a dar em prol

de Emissão), como por exemplo o sector da oferta de

do projecto. Assim, mais uma vez, procurámos destacar as

energia ou sectores com instalações associadas ao

empresas cuja resposta ao desafio das alterações climáticas

Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE).

se revelou mais proactivo e cujo comportamento tenha

Podemos sintetizar dizendo que o conjunto de empresas

ultrapassado o mero cumprimento de obrigações legais. Com

e sectores abrangidos no Índice obedece, por um lado, a

base neste pressuposto, aquando da selecção das empresas,

uma lógica quantitativa, na sua dimensão económica, social

foi considerada a possibilidade de outras empresas, embora

e ambiental; e por outro, não negligencia a sua função

não sendo seleccionadas, puderem participar voluntariamente.

pedagógica e formativa, analisando também empresas

Aumentar os níveis de participação voluntária foi um dos

que não tendo obrigações legais, em matéria de emissões

objectivos atingidos nesta edição. Este intento foi conseguido

de GEE, poderão ser alvo de regulamentação específica.

por intermédio da parceria com o Business Council for

O ACGE, na sua versão multissectorial, tem assumido como

Sustainable Development Portugal (BCSD Portugal),

critério de selecção das empresas a necessidade de realizar o

através do envio de e-mails aos stakeholders das edições

estudo comparado de, no mínimo, duas empresas por sector,

anteriores do ACGE e da divulgação no sítio do projecto1.

para possibilitar a realização de uma análise sectorial. Neste contexto, e especificamente no que diz respeito

ao sector da Refinação de Petróleo, pelo facto de não

1

www.responsabilidadeclimatica.org

existirem em Portugal empresas concorrentes, não tem sido possível concretizar este objectivo. No ACGE2004 optou-

RANKING ACGE/2007

se por incluir a CEPSA, empresa que actua em Portugal e

EMPRESA PARTICIPANTE VOLUNTÁRIO

é responsável por grande parte da refinação em Espanha. No entanto, por dificuldades operacionais, a CEPSA acabou

BANIF - GRUPO FINANCEIRO

por não ter uma participação activa; pelo que no ACGE2005

BANCO SANTANDER TOTTA S.A.

optou-se por não realizar esta análise comparada.

METRO DO PORTO S.A.

Durante o ACGE2007 foi possível reunir as condições

ECO CHOISE S.A.

que possibilitaram a inclusão da CEPSA e assim cumprir o

DELTA CAFÉS SGPS

objectivo de estudar duas empresas para este sector. O Projecto ACGE e a Euronatura têm realizado um contacto

10

TABELA 2 / Listagem das empresas de participação voluntária.


De seguida, a listagem do conjunto de empresas participantes, de acordo com o seu tipo de participação no Índice ACGE 2007:

RANKING ACGE/2007

SECTOR

EMPRESA

AGRO-INDÚSTRIA

SECTOR EMPRESA AVIAÇÃO CIVIL

Lactogal

TAP

Nestlé - Portugal

Sata Internacional

TRANSPORTE URBANO

PRODUÇÃO DE ENERGIA

STCP - Soc. de Transportes Colectivos do Porto

EDP Produção

Companhia Carris de Ferro de Lisboa

Tejo Energia REFINAÇÃO DE PETRÓLEO

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE MERCADORIAS

Galp - Petrolífera

Transportes Luís Simões Patinter

CEPSA PASTA, PAPEL E IMPRESSÃO

TRANSPORTE FERROVIÁRIO

Portucel Soporcel CP Comboios de Portugal Fertagus, Travessia do Tejo

Celulose Beira Industrial - CELBI INDUSTRIA CERÂMICA

Metropolitano de Lisboa DISTRIBUIÇÃO

Revigrés Companhia Industrial de Cerâmica - CINCA

Modelo Continente

INDUSTRIA QUÍMICA

Pingo Doce - Feira Nova

Continental Mabor

IMOBILIÁRIA DE LAZER

Quimigal Sonae Sierra

PRODUÇÃO DE CIMENTO

Chamartín Imobiliária

CIMPOR

GESTÃO DE RESÍDUOS

SECIL Valor Sul LIPOR

FABRICO DE TINTAS, VERNIZES E PRODUTOS SIMILARES

SERVIÇOS BANCÁRIOS

Tintas CIN Caixa Geral Depósitos Millennium BCP Banco Espírito Santo

Tintas Dyrup CONSTRUÇÃO CIVIL E OBRAS PÚBLICAS Mota Engil - Engenharia e Construção

SEGURADORAS

Somague Engenharia Império Bonança AXA Seguros

ACTIVIDADE DE CORREIO

Teixeira Duarte INDUSTRIA TÊXTIL E FIBRAS Lameirinho

CTT

Físipe

DHL

TABELA 1 / Listagem das empresas constituintes do Ranking ACGE 2007.

11


ACGE/07 rECOLHA DE INFORMAÇÃO / METODOLOGIA

12


Tipos de Participação: Empresas Seleccionadas e Participação Voluntária

A Recolha de Informação Após a selecção das empresas participantes, a recolha da informação necessária à elaboração do Ranking ACGE 2007 seguiu a seguinte metodologia3:

1 2

O Projecto “Responsabilidade Climática: Índice ACGE 2007” contempla dois tipos de participação: a participação das empresas seleccionadas e a participação voluntária.

3

O primeiro tipo de participação depende da selecção realizada pela Euronatura, com a aprovação do Conselho Consultivo. Esta, foi finalizada a 2 de Abril de 2008, após a primeira reunião com o referido conselho. A participação voluntária permite a participação de qualquer

CONTACTO

(Telefónico, Correio Electrónico e Correio Postal)

ENVIO DE E-MAIL

a formalizar o convite à participação

ANÁLISE DE MATERIAL

Enviado pela empresa Pesquisado pela Empresa

4

ELABORAÇÃO E ENVIO DOS PRÉ-RELATÓRIOS

5

RECEPÇÃO DE COMENTÁRIOS AOS PRÉ-RELATORIOS

6

VALIDAÇÃO pela PricewaterhouseCoopers

entidade através do fornecimento de informação. Este módulo de participação foi divulgado através do envio de correio electrónico às empresas que participaram nas edições anteriores e através do Business Council for Sustainable Development, Portugal. Contudo, dado os constrangimentos na capacidade de avaliar um número demasiado elevado de empresas, este tipo de participação foi restringido a um máximo de 10 empresas. A estas empresas não é aplicada a metodologia de recolha de informação. Para as participações voluntárias a informação que serve de base à definição do

FIGURA 1 / Metodologia para a elaboração do Rankinh ACGE 2007.

Índice é oriunda, exclusivamente, da empresa em causa. Durante todo o período de análise foi disponibilizada informação no site do Projecto2 para qualquer empresa que

2

pretendesse participar voluntariamente.

3

www.responsabilidadeclimatica.org Nota: No caso da participação voluntária foi enviada uma listagem dos itens em avaliação

para preenchimento e um pedido de envio de material que comprovasse as suas afirmações.

13


1/ Contacto

palavras-chave, nos motores de busca mais conhecidos (Google e Yahoo): • 1ª “nome da empresa + ambiente”;

Foi efectuado um contacto telefónico com o intuito de

• 2ª “nome da empresa + alterações climáticas”;

averiguar o responsável na empresa pela colaboração com a

• 3ª “nome da empresa + eficiência energética”;

Euronatura. Este deveria fornecer material de consulta e tecer

• 4ª “nome da empresa + environment”;

os comentários ao Pré-Relatório enviado.

• 5ª “nome da empresa + climate change”; • 6ª “nome da empresa + energy efficiency”.

2/ Envio de e-mail Foi enviado um e-mail a formalizar o convite à participação, bem como a solicitar o envio da seguinte informação: • O Relatório & Contas de 2007; • O Relatório de Sustentabilidade 2007(ou outro relatório com

4/ Elaboração e Envio dos Pré-Relatórios

referências ambientais); • Todas as publicações / edições / comunicados / outros que

A recolha dos dados, já descrita, serviu de base à construção

façam de algum modo referência às preocupações que a

de um Pré-Relatório para cada empresa incluída no ranking.

empresa terá com as alterações climáticas, ou com o clima

Nesta fase, foi disponibilizada, a todas as empresas, a

na generalidade.

possibilidade de marcação de reuniões com o intuito de esclarecer dúvidas e/ou a confirmação de existência de

3/ Análise do Material Nesta fase procedeu-se à análise de todo o material recolhido e que serviu de base à elaboração do Pré-Relatório. Adicionalmente, foi efectuada a pesquisa de informação pública para a recolha de dados adicionais de acordo com os

material que ainda se encontrava em elaboração, como por exemplo o Relatório de Sustentabilidade 2007.

5/ Recepção de Comentários aos Pré-Relatórios

seguintes passos: I.1. Pesquisa no site de cada empresa;

Após o envio de cada Pré-Relatório foram dadas três semanas

I.2. Análise dos primeiros 10 resultados relevantes, em 6

a cada empresa para remeter comentários ao mesmo.

14


6/ VALIDAÇÃO PELA Pricewaterhouse Coopers Envio de toda a informação, recolhida pela Euronatura

informação de qualidade e de forma expedita.

e fornecida pelas empresas em estudo, para a

Contudo, a calendarização inicialmente projectada

PricewaterhouseCoopers de forma a proceder à validação e

para este feedback não foi cumprida, em alguns casos

posterior certificação da informação associada ao Índice.

porque a publicação dos Relatórios de Sustentabilidade/

O conjunto dos documentos recolhidos e enviados pela

Ambiente das empresas ocorreu durante todo o ano de

empresa, bem como a informação pesquisada serviu de base

2008. Neste contexto foram definidas algumas alterações

à construção de um Pré-relatório para cada empresa incluída

na calendarização inicialmente prevista, para que as

no ranking de participação não voluntária. O Pré-relatório foi

oportunidades de resposta e a recolha de informação fossem

posteriormente sujeito à análise por parte das empresas. No

garantidas para grande parte das empresas participantes.

caso da participação voluntária foi enviada uma listagem dos

A metodologia associada ao ACGE, que tem vindo a ser

itens em avaliação para preenchimento e um pedido de envio

melhorada ao longo dos anos, parece ter despertado o

de material que comprovasse as suas afirmações.

interesse das empresas e dos seus gestores. A análise do

Empresas com modelos de comunicação de sustentabilidade

comportamento das empresas, a componente informativa e

menos desenvolvidos, manifestaram dificuldades em facilitar/

formativa associada ao Índice ACGE, denunciam a existência

fornecer/providenciar informação que potencialmente poderia

de uma metodologia consolidada e que permite, em última

ser incluída no Índice, alegando que esta se encontrava

análise, uma correcta avaliação da realidade.

dispersa. Neste caso foi acordado o fornecimento, por parte da Euronatura, da lista de critérios associados ao ACGE 2007. A metodologia de recolha de informação aqui descrita, permitiu maximizar o acesso aos dados necessários ao preenchimento dos itens em avaliação, ao mesmo tempo que permitiu a compreensão dos mesmos por parte dos responsáveis nas empresas. Desta forma, não só o contacto se tornou mais personalizado, como foi possível, na maioria dos casos, nomear o responsável pela análise do Pré-Relatório. Assim, nos casos em que foi aplicada toda a metodologia, foi possível a troca de

15


Capítulos de Avaliação e Secções do Pré-relatório

que actua. Assim, para que o CA, ou outro órgão de gestão, seja eficiente e eficaz não se deverá limitar à legislação aplicável ou aos melhores códigos de boas práticas de “corporate governance”. É também necessário que o seu desempenho seja inovador. O papel da administração é relevante para as questões climáticas, pois é a este nível que são definidos os vectores estratégicos da unidade organizativa, empresa ou grupo de empresas, onde são avaliados e monitorizados os

A avaliação das empresas no Índice ACGE 2007 foi realizada

investimentos, as medidas e os riscos, numa lógica de

de modo a permitir uma análise das empresas a quatro níveis:

protecção dos interesses e do “valor” da empresa.

• “Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões

A administração define também a metodologia de abordagem

Ambientais” (CAPÍTULO A);

às alterações climáticas, no desenvolvimento da sua

• “Gestão das Empresas e Auditorias Ambientais”

actividade económica, na relação com os stakeholders e na

(CAPÍTULO B);

forma como se realiza a comunicação externa.

• “Divulgação das Alterações Climáticas” (CAPÍTULO C);

O sistema Europeu de partilha de responsabilidade (burden

• “Inventários de Gases com Efeitos de Estufa”

sharing), perante a Convenção Quadro para as Alterações

(CAPÍTULO D).

Climáticas (CQNUAC), concretiza-se na responsabilização das empresas, através dos Estados, e da sua participação no

Capítulo A. Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais.

esforço ao combate às alterações climáticas. Às empresas, através da administração, cabe a função de interpretar e fazer chegar à sua escala de trabalho os sinais vindos do poder político e da comunidade científica. A administração da empresa deverá promover a criação de dados relevantes, dentro dos limites de acção da empresa, podendo assim avaliar os riscos competitivos e financeiros, explorando novas oportunidades, enquanto minimiza os potenciais custos associados às alterações climáticas e também à sua actividade. Existe uma crescente tendência para que as alterações climáticas sejam entendidas como uma matéria de impacto material nas empresas, passando portanto a fazer parte

O Conselho de Administração (CA) está focado, em última

integrante dos seus processos de decisão e gestão. Desta

análise, em perpetuar a existência da empresa. Com base

forma, torna-se cada vez mais fácil antecipar alterações de

neste pressuposto, age para que a empresa aproveite todas as

política e tendências de consumidores e investidores.

oportunidades, cumprindo com os vínculos relacionados dos

Actualmente, as empresas deparam-se com o desafio de

seus representantes, clientes, fornecedores e comunidade em

internalizar as alterações climáticas na avaliação dos riscos

16


para o seu negócio. As tipologias de abordagens são diversas e denunciam uma capacidade crescente de fazer chegar o assunto, “alterações climáticas”, às diversas escalas de trabalho da empresa. Neste sentido, o conhecimento da estrutura de governance de uma empresa é fundamental para melhor compreender o seu posicionamento, em particular no que diz respeito ao desafio das alterações climáticas. Assim, considerando a metodologia do projecto, importa ter conhecimento de informações genéricas sobre a estrutura administrativa da empresa: o organograma e a descrição das funções, a composição do conselho de administração, a existência de auditorias e a cotação da empresa em bolsa. As perguntas elaboradas para este capítulo visam:

1/ EFECTUAR UM ENQUADRAMENTO GERAL DA ORGANIZAÇÃO INTERNA DA EMPRESA;

Capítulo B. Gestão das Empresas e Preocupações Ambientais.

2/ AVALIAR O MODELO DE GOVERNAÇÃO FACE ÀS QUESTÕES CLIMÁTICAS;

A hierarquia tradicional das organizações empresariais considera a protecção do ambiente segundo uma lógica que

3/ CARACTERIZAR A ABORDAGEM DAS EMPRESAS FACE

visa o cumprimento dos requisitos legais. Contudo hoje em

ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS.

dia, e cada vez mais, surgem preocupações que vão para além deste cumprimento. Sem que se desvaneça a lógica

Neste capítulo foi requerida informação relativa às questões

empresarial de maximização da produtividade e do lucro, as

relacionadas com a governação, na sua vertente climática e

empresas promovem a existência de boas práticas ambientais

ambiental: se existe departamento que tenha, formalmente,

e climáticas, controlando e monitorizando a poluição,

atribuições relacionadas com as questões das alterações

minimizando os desperdícios e os resíduos e aumentando

climáticas; verificar o distanciamento entre esta estrutura e a

eficiência do seu negócio.

administração da empresa; se existem questões relacionadas

O aquecimento global abre espaço a que a dimensão

com alterações climáticas, tratadas em regime de outsourcing;

ambiental das empresas se torne cada vez mais relevante, com

e por fim, se as alterações climáticas foram discutidas ao

implicações materiais e financeiras. Nenhuma empresa pode,

nível do Conselho de Administração. Também é considerada

no contexto actual, descurar a necessidade de aumentar a sua

relevante a existência de participações activas no debate

eficiência energética e o aprovisionamento de recursos dado

público sobre as alterações climáticas, e, no mesmo sentido,

que estes se tornaram elementos chave para o crescimento

qual tem sido o papel dos accionistas e dos colaboradores no

numa economia com restrições às emissões de carbono.

tema.

Nesta fase da avaliação é verificada a existência de

A pontuação máxima a obter neste capítulo é de 4 PONTOS.

obrigações legais relacionadas com as alterações climáticas e

17


estão associadas. Neste contexto, são analisados:

Capítulo C. Divulgação das Alterações Climáticas

1/ INVESTIMENTOS DA EMPRESA EM ENERGIAS

A atitude da empresa e a definição dos seus compromissos

RENOVÁVEIS E EM MEDIDAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

relativamente às alterações climáticas são apresentados

AO LONGO DO ANO DE 2007;

nas declarações realizadas pela administração, ou seus

o âmbito de aplicação na empresa. Seguidamente, é verificada a existência de objectivos ambientais, avaliando a sua relação com a emissão de GEE, com a eficiência energética ou com outras questões com implicações nas alterações climáticas. Neste capítulo pretende compreender-se a operacionalidade na gestão dos assuntos relacionados com o fenómeno das alterações climáticas e com todas as problemáticas que lhe

representantes, na forma de declarações públicas ou 2/ OBJECTIVOS RELACIONADOS COM AS ALTERAÇÕES

através de documentação de divulgação pública. Desta

CLIMÁTICAS E OS SEUS VÍNCULOS QUANTITATIVOS E

forma as empresas assumem pontos de vista, experiências

QUALITATIVOS;

e abordagens ao tema em análise. A Administração assume, portanto, o papel de veículo de divulgação da posição

3/ LEVANTAMENTO DAS METODOLOGIAS ADOPTADAS

da empresa, assumindo vínculos e compromissos pelos

PARA ALCANÇAR OS OBJECTIVOS PROPOSTOS

quais responde.

(compensação/incentivo aos colaboradores pelo seu

Neste capítulo é avaliado o comportamento das empresas

desempenho ambiental; certificação e auditorias e/ou

perante as alterações produzidas através do mecanismo

por outros métodos, tais como publicação de folhetos

de aquecimento global, considerando por um lado os riscos

de sensibilização).

materiais para o seu negócio e por outro, as questões operacionais associadas às conjunturas de mercado, as novas

Relativamente aos objectivos relacionados com alterações

referência competitivas e os regulamentos governamentais

climáticas, averigua-se se estes são considerados no plano de

que afectam a utilização da energia e as tipologias

negócios da empresa, se são um vínculo no qual a empresa se

de produção.

revê e se existem noções relativamente à forma com este vai

Pretende-se, em última análise, realizar o levantamento

ser cumprido.

exaustivo das formas de divulgação adoptadas pela empresa

A pontuação máxima que se pode obter neste capítulo

que abordem ou estejam associadas ao fenómeno das

está distribuída pelas perguntas directamente ligadas

alterações climáticas. Numa primeira fase analisa-se qual a

às alterações climáticas (objectivos ambientais, sua

posição oficial da empresa relativamente a esta temática.

consideração no plano de negócios e metodologias utilizadas

De seguida, é feita uma investigação no sentido de apurar

para os alcançar) tomando, as restantes, o pap el de

iniciativas voluntárias por parte da empresa que incluam

contextualização e interligação.

a questão das alterações climáticas. É ainda verificada a elaboração de Relatórios de Sustentabilidade / Ambiente, bem

Este capítulo totaliza 10 PONTOS.

18

como a sua metodologia de construção.


A definição de um standard para os Relatórios de Sustentabilidade foi assegurada, e é cada vez mais assumida pelas empresas que os produzem, através do desenvolvimento a Global Reporting Initiative: GRI - Sustainability Reporting Guidelines, reunindo três aspectos essenciais: a performance da empresa, ao nível de valorização das acções, ao nível social e ao nível ambiental.

A análise da “Divulgação das Alterações Climáticas” por parte das empresas permite obter um máximo de 10 PONTOS.

Capítulo D. Inventários de Gases com Efeitos de Estufa A contabilização das emissões é um aspecto crucial quando

e divulgação de informação das emissões de GEE.

avaliamos a forma como as empresas trabalham o tema

No capítulo D é analisada a elaboração e publicação de

das alterações climáticas. É com base na contabilização

inventários de emissões de GEE pela empresa, tratando-se

que se pode realizar o trabalho de criação de medidas e de

portanto de uma avaliação das características da elaboração

identificação de oportunidades que permitirão efectivar e

dos inventários.

fundamentar a política e a gestão. Só após a obtenção de informação, nas suas vertentes

Em síntese, são analisadas as seguintes questões:

quantitativa e qualitativa, se poderá dar início ao processo que culminará com a definição das tendências de emissões da

A/ Existência de inventário geral das emissões de GEE;

empresa e consequente definição de objectivos quantificados.

B/ Definição do ano de referência para a contabilização de GEE;

Torna-se, portanto, relevante avaliar a adesão de cada

C/ Definição de objectivos concretos de redução ou limitação;

empresa a esquemas voluntários, e não voluntários, de

D/ Realização de projecções para as suas emissões;

contabilização de emissões. O Greenhouse Gas Protocol,

E/ Submissão do inventário a verificação externa;

GHG Protocol, de 2001, cuja utilização é recomendada

F/ Grau de divulgação da informação;

nas Global Reporting Initiative Sustainability Reporting Guidelines, evidencia metodologias standard de inventariação

O total de pontos associado a este capítulo é de 6 PONTOS.

19


Participação e contribuições das empresas para o estudo

Ainda em relação às empresas que não recusaram participar

Na generalidade, a Euronatura considera que a adesão das

A maneira como as empresas abordaram o processo

empresas foi bastante positiva. Não obstante, houve empresas

metodológico associado a Índice ACGE2007 é quantificado

que indicaram expressamente não querer integrar o Índice,

através da FIGURA 2.

mas que também não enviaram comentários complementares verificaram-se dois casos distintos:

1/ Foi possível recolher dados sobre a empresa em documentos de acesso público;

2/ Não foi possível aceder a dados sobre a empresa.

pedido que foi respeitado pela Euronatura.

Durante a implementação da metodologia do ACGE algumas empresas acabaram por não enviar os Comentários aos Pré-Relatórios, não tendo contudo recusado a participação

6%

no ranking. Nestas situações, a recolha de informação ficou

8% 10%

limitada à informação pública disponível.

16%

Ocorreu também verificar-se que, as fontes de informação

60%

disponíveis ao público, não permitiam encontrar dados relevantes para o preenchimento dos critérios associados ao ACGE. Portanto, face ao Pré-Relatório as empresas tiveram três comportamentos:

1/ Responderam ao Pré-Relatório através do envio de Comentários;

2/ Não responderam ao Pré-Relatório mas não

VOLUNTÁRIOS

6%

RESPOSTAS AO PRÉ-RELATÓRIO

8%

recusaram participar;

3/ Recusaram participar.

SEM RESPOSTA AO PRÉ-RELATÓRIO

10%

RECUSAS

16%

SEM RESPOSTA / SEM INFORMAÇÃO

60%

FIGURA 2 / Resultados da participação das empresas no ACGE 2007.

20


ÍNDICE ACGE/07 PRINCIPAIS RESULTADOS

21


Os resultados, e a sua análise, foram organizados para que se possam identificar tendências e tipologias, enquadrando comportamento das empresas.

ÍNDICE ACGE/07 ANÁLISE GLOBAL

EMPRESA

%

1º SONAE SIERRA

86,70%

> = 80%

2º CHAMARTIN

83,30%

> = 80%

2º CTT

83,30%

> = 80%

4º EDP Produção

80,00%

> = 80%

5º CEPSA

78,60%

> 70%

6º BES

76,70%

> 70%

6º VODAFONE

76,70%

> 70%

8º CARRIS

73,30%

> 70%

9º CIMPOR

67,90%

> 60%

10º TAP

66,70%

> 60%

10º DELTA*

66,70%

> 60%

12º GALP - PETROGAL

64,30%

> 60%

13º TMN

63,30%

> 60%

14º PORTUCEL SOPORCEL

60,70%

> 60%

15º CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

60,00%

> 60%

15º MODELO CONTINENTE

60,00%

> 60%

17º AXA SEGUROS

53,30%

> = 50%

Realizando uma análise global dos resultados do Índice ACGE 2007 verificamos que, considerando as empresas com pontuações superiores a 20%, só existem diferenças de pontuação significativas (diferença superior a 5%) entre posições seguidas, entre a 8ª e a 9ª posição, entre a 15ª e a 17ª posição e entre a 22ª e a 23ª posições. O comportamento das diversas empresas em análise é, portanto, diversificado, dado que os resultados estão dispersos ao longo de todo o domínio de pontuações possíveis (0%-100%).

Para o grupo de 42 empresas para as quais foi possível obter informação, 21 obteve uma pontuação acima de 50% e o mesmo número obteve pontuação inferior a 50%. Deste grupo, quatro empresas obtiveram pontuações superiores a 80% e dez obtiveram pontuações inferiores a 20%.

Os resultados do conjunto dos Pré-relatórios e dos respectivos comentários para a participação no Índice, são apresentados na TABELA 3.

TABELA 3 / Resultados globais do Índice ACGE 2007.

22


EMPRESA

%

EMPRESA

%

17º MILLENNIUM BCP

53,30%

> = 50%

33º ECO CHOISE*

< 20,00%

< 20%

17º SOMAGUE ENGENHARIA

53,30%

> = 50%

33º LAMEIRINHO

< 20,00%

< 20%

20º BANIF - GRUPO FINANCEIRO*

50,00%

> = 50%

33º MOTA-ENGIL

< 20,00%

< 20%

20º SANTANDER TOTTA*

50,00%

> = 50%

33º QUIMIGAL

< 20,00%

< 20%

22º PINGO DOCE - FEIRA NOVA

46,70%

< 50%

33º REVIGRÉS

< 20,00%

< 20%

23º METROPOLITANO DE LISBOA

40,00%

< 50%

33º STCP

< 20,00%

< 20%

24º NESTLÉ - PORTUGAL

36,70%

< 40%

33º TEIXEIRA DUARTE

< 20,00%

< 20%

25º CELBI

35,70%

< 40%

33º TINTAS CIN

< 20,00%

< 20%

26º VALOR SUL

33,30%

< 40%

--- FISIPE

N/R

N/R

27º TEJO ENERGIA

32,10%

< 40%

--- CONTINENTAL MABOR

N/R

N/R

29º DHL PORTUGAL

30,00%

< 30%

--- TINTAS DYRUP

N/R

N/R

29º LIPOR

30,00%

< 30%

--- PATINTER

N/R

N/R

30º METRO DO PORTO*

26,70%

< 30%

--- IMPÉRIO BONANÇA

N/R

N/R

31º TRANSPORTES LUÍS SIMÕES

23,30%

< 30%

--- SECIL RECUSA

RECUSA

32º FERTAGUS

20,00%

< 30%

--- LACTOGAL RECUSA

RECUSA

33º CINCA

< 20,00%

< 20%

--- SATA RECUSA

RECUSA

33º CP COMBOIOS DE PORTUGAL

< 20,00%

< 20%

Nota: N/R = Sem respostas e não existe informação pública

23


ÍNDICE ACGE/07 EMPRESAS COM PONTUAÇÃO SUPERIOR A 50% Se focarmos a nossa análise nas empresas que conseguiram obter pontuações acima de 50%, metade das que foram analisadas, verificamos que 20 dessas empresas debateram as questões relacionadas com alterações climáticas ao nível dos seus Conselhos de Administração. Este facto torna válido o pressuposto de que o tema das alterações climáticas é, cada vez mais, visto como uma preocupação e uma oportunidade comercial, deixando, definitivamente, de se restringir à espera da política dos Estados e do direito ambiental. As alterações climáticas são, há já alguns anos, mas agora de forma transversal, debatidos nas administrações das empresas portuguesas.

Tomando ainda o grupo de empresas com pontuação superior

Durante a pesquisa que serviu de base à criação do Índice

a 50%, 19 destas desenvolveram estruturas organizativas que

ACGE foi possível verificar que apenas quatro empresas

desempenham formalmente funções relacionadas com as

disponibilizam mecanismos que permitem a participação

alterações climáticas e/ou com a eficiência energética.

dos seus colaboradores nas questões respeitantes a

Já no que diz respeito à participação activa das empresas

alterações climáticas. A Euronatura considera este critério

no debate público sobre alterações climáticas, os números

importante mas assume que se trata de um critério de

resultantes do Índice ACGE não são representativos de

preenchimento difícil que, no contexto actual, poderá ser

um efectivo vínculo das empresas ao tema das alterações

demasiado específico.

climáticas. Para o grupo de empresas que obtiveram resultados superiores a 50%, apenas para 8 ficou provada a participação activa em eventos públicos.

24


As empresas manifestaram também dificuldade em preencher

Apesar do comprovado interesse em fazer o reporting

o critério que pressupõe a existência de uma política de

de Sustentabilidade, apenas metade das empresas que

fornecedores e compras com base em critérios climáticos.

publicaram Relatório de Sustentabilidade de 2007 o submeteu

Relativamente a esta questão apenas uma empresa conseguiu

a verificação externa. A verificação externa é considerada

demonstrar formalmente a existência de critérios climáticos

relevante nas questões de normalização e obtenção de dados,

específicos na seriação dos seus fornecedores e nas suas

e também para que o processo de publicação seja o mais

compras. Esta é uma questão de grande relevância uma vez

transparente possível.

que permite que as boas praticas sejam disseminadas pela cadeia de valor onde está incluída a empresa em estudo.

O ACGE considera, apesar de não pontuar directamente esta

Para todas as empresas avaliadas no ACGE 2007, o reporting

questão, importante a existência de uma data de referência

de sustentabilidade é considerado uma ferramenta de grande

para proceder quer à análise temporal dos níveis de emissões

utilidade, tendo-se verificado a publicação de um Relatório

de GEE, quer ao estabelecimento de objectivos de redução ou

de Sustentabilidade relativo ao ano de 2007 por parte de 20

estabilização das suas emissões de carbono. Neste contexto

empresas. Estes resultados explicitam a importância deste

é curioso verificar que, apesar das empresas promoverem

instrumento de comunicação, promovendo a divulgação

medidas e objectivos específicos, apenas 10 das empresas

de informação aos diversos stakeholders. A definição de

identificam um ano de referência.

uma estratégia estruturada, alicerçada na concretização

Relativamente à definição quantificada dos objectivos

de objectivos quantificados e a publicação do Relatório de

directamente relacionados com as alterações climáticas,

Sustentabilidade, são condições necessárias para a existência

verifica-se que 13 das 21 empresas que obtiveram pontuações

de uma estratégia robusta e também para a obtenção de

superiores a 50%, definem objectivos com base nas emissões

resultados positivos no Índice ACGE.

de GEE, eficiência energética e consumo.

25


ÍNDICE ACGE/07 TOP 10 Da análise dos 10 primeiros classificados podemos inferir que

diferença entre o primeiro e o último desta lista.

estamos perante uma realidade bastante positiva, na medida

Existe uma diferença de 20 pontos percentuais entre

em que a maioria das empresas apresentam preocupações

o primeiro e o último desta lista. Esta diferença de

relativamente ao fenómeno das alterações climáticas, não se

comportamentos, transposta através da diferença pontual,

cingindo, apenas, às suas obrigações legais. Das 11 empresas

denuncia que, mesmo quando considerando as melhores

que conseguiram obter pontuação suficiente para figurar

empresas portuguesas nesta área, ainda existem aspectos

nos dez primeiros lugares, apenas 3 têm obrigações legais

passíveis de melhoria e desenvolvimento.

associadas ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão

Relativamente às áreas de negócio e aos sectores onde estas

(CELE) e às alterações climáticas. São elas: a EDP Produção,

empresas actuam, apenas é possível identificar que existe

a CEPSA e a CIMPOR. As restantes empresas não têm vínculos

uma tendência clara no sector Imobiliário para obter bons

legais relacionados com esta temática, pelo que a sua

resultados. Os demais sectores representados no top 10 são

abordagem está intrinsecamente relacionada com contendas

diversos, sendo que desta forma não fica expressa qualquer

associadas aos seus Valores, Missão, Visão, responsabilidade

outra tendência sectorial, para além da já mencionada. Neste

e ética empresarial, ou à verificação de ganhos e à sua

contexto, é importante referir que existem duas empresas

percepção sobre aquilo que é a Responsabilidade Climática.

ligadas ao sector energético, a EDP e CEPSA, classificadas no 4º e 5º lugar, respectivamente, duas empresas do

Observando os resultados obtidos verificamos que,

sector dos transportes, a Carris e a TAP, classificadas em

relativamente às 11 empresas do Top 10, as pontuações são

8ª e 10ª posição. É ainda assinalável o comportamento do

diversas, estando distribuídas por oito patamares (86,7%;

representante do sector dos correios, os CTT, que alcança

83,3%; 80,0%; 78,6%; 73,3%; 67,9%; 66,7%). As empresas estão

a 2ª posição em igualdade pontual com uma das empresas

separadas entre si por diferenças que não excedem os 3,5

representantes do sector que é, segundo o ACGE 2007, o

pontos percentuais, excepto quando nos referimos à diferença

mais desenvolvido em matéria de alterações climáticas. Existe

entre o 8º e o 9º classificado, que é de 5,4 pontos percentuais.

ainda um representante do sector da banca, o BES, e das

Existe portanto uma diferença pontual significativa entre

telecomunicações, a Vodafone, ambos na 6ª posição e em

a oitava e a nona posição, representando mais de 1/4 da

lugar de destaque.

26


à compensação e incentivo associados aos seus colaboradores. EMPRESA

%

Na segunda posição, ex-aequo com os CTT, surge a outra empresa do sector Imobiliário em análise no ACGE 2007,

1º SONAE SIERRA

86,70%

a Chamartin Imobiliária, que acompanha de próximo o

2º CHAMARTIN IMOBILIÁRIA

83,30%

2º CTT

83,30%

comportamento da sua congénere.

4º EDP Produção

80,00%

5º CEPSA

78,60%

6º BES

76,70%

6º VODAFONE

76,70%

Portanto, considerando o comportamento da Sonae Sierra e da Chamartin Imobiliária, podemos considerar que o sector

8º CARRIS

73,30%

Imobiliário se encontra significativamente mais desenvolvido

9º CIMPOR

67,90%

que os restantes sectores analisados, no que diz respeitos às

10º TAP - TRANSPORTE AÉREO

66,70%

questões relacionadas com alterações climáticas. O elevado grau de desenvolvimento deste sector, sem que este seja

TABELA 4 / Top-ten em percentagem.

alvo de regulamentação específica, denuncia uma atitude proactiva para as questões climáticas, nas várias vertentes analisadas. Ao contrário da sua congénere, a Chamartin Imobiliária

Das onze empresas que fazem parte da lista Top 10, é

conseguiu demonstrar a existência de uma política de

importante referir que quatro são empresas de capitais

fornecedores e compras com base em critérios climáticos, real

públicos. Os CTT, a EDP Produção (actualmente participação

e contemplada nos cadernos de encargos. Esta empresa foi a

minoritária através do Grupo EDP), a Carris e a TAP são

única, que conseguiu preencher este critério.

empresas em que o Estado mantém, no mínimo, um papel

Por outro lado, considerando as três empresas melhor

importante na administração e na definição de políticas.

classificadas, só a Sonae Sierra e os CTT realizam a

As pontuações dos 10 primeiros classificados são

quantificação dos objectivos ambientais e climáticos, critério

apresentadas na TABELA 4.

que não é preenchido pela Chamartin Imobiliária.

Será ainda importante mencionar que no grupo dos dez primeiros

Relativamente aos CTT foi possível verificar a inexistência

classificados apenas existe uma empresa financeira, o BES.

de participações activas da administração, durante o ano de 2007, no debate público sobre alterações climáticas - o

A Sonae Sierra obteve a melhor pontuação global,

não cumprimento deste critério é invulgar em empresas bem

apresentando uma política estruturada de combate às

classificadas, sendo que no top 10 apenas os CTT, a Vodafone e

alterações climáticas, com base numa monitorização profunda

a Cimpor não o conseguiram cumprir.

e na definição e cumprimento de objectivos concretos. Esta empresa tem um comportamento que a torna a referência

Dos três primeiros classificados apenas os CTT conseguiram

nas questões associada a alterações climáticas, no entanto

validar o critério que pressuponha a existência de

pode ainda desenvolver o seu perfil inovador nas questões

compensação e incentivo de colaboradores/administradores

relacionadas com as metodologias utilizadas para alcançar os

pelo seu desempenho ambiental, de eficiência energética ou

seus objectivos ambientais, nomeadamente no que diz respeito

considerando as suas emissões de GEE.

27


Ao contrário da Sonae Sierra e da Chamartim Imobiliária, os

empresas que são reguladas pelo CELE.

CTT não publicaram durante o ano de 2007, um documento

Relativamente ao sector da banca, o BES destaca-se através

de abordagem profunda sobre alterações climáticas e cuja

de uma política de comunicação de sustentabilidade bastante

qualidade de comunicação justifique a sua diferenciação das

assertiva nas questões climáticas. Neste sentido sugere-se

restantes, no âmbito das alterações climáticas.

que os pressupostos definidos da sua politica se reflictam numa definição concreta de objectivos.

As metodologias utilizadas pela EDP Produção para

Considerando o efeito de multiplicação pela cadeia de valor

alcançar os objectivos ambientais estão relacionadas com

das políticas implementadas, o BES, e a grande maioria das

certificação e com auditorias ambientais, facto que limita

empresas classificadas no Top 10, devem promover políticas

uma acção efectiva na gestão de recursos das estruturas

concretas de compras e fornecedores, com base em critérios

que estão sobre a sua alçada. Em contrapartida, a empresa

e climáticos.

apresenta um elevado grau de desenvolvimento no que se refere às políticas e gestão de topo. Neste contexto, ficam

Como foi já referido, para a Vodafone, não foi possível

apenas por desenvolver algumas questões relacionadas

identificar a existência de membros da administração a

com a necessidade alcançar reduções significativas nas suas

participar activamente no debate público sobre alterações

emissões, com base em objectivos propostos, através de

climáticas. Esta empresa, a melhor no seu sector, também

medidas concretas e considerando apenas factores internos

ainda não desenvolveu uma efectiva política de fornecedores

à empresa. Assim, e cumprindo este pressuposto, poderão ser

e compras com base em critérios climáticos, o mesmo

definidos objectivos dimensionados e concretos, diminuindo as

acontecendo com alguns indicadores adicionais GRI,

variações associadas ao factores externos.

importantes na definição do comportamento climático.

A CEPSA não incentiva os seus colaboradores a terem

A Carris está significativamente desenvolvida no que

comportamentos mais eficientes, que, genericamente,

diz respeito às metodologias utilizadas para alcançar os

impliquem a diminuição das emissões de gases com efeito

objectivos ambientais e climáticos. No entanto parecem

estufa. Apesar de se constatar a existência de efectivas

existir obstáculos na definição de critérios climáticos no

medidas e preocupações com as alterações climáticas, esta

fornecimento e nas compras. Apesar de apresentar um nível de

empresa não apresenta evidências da existência de uma

comunicação de sustentabilidade comparável com as restantes

efectiva política de fornecedores e compras com base em

empresas classificadas no top 10, a Carris não submete o seu

critérios climáticos.

Relatório de sustentabilidade a verificação externa.

Relativamente ao reporting de sustentabilidade, a CEPSA,

A CIMPOR apresenta uma estrutura administrativa que

não submete os seus documentos a verificação externa,

evidencia preocupações com os temas climáticos na sua

realizando apenas o inventário de emissões de GEE para as

generalidade, comportamento que se tem vindo a desenvolver

suas instalações incluídas no Comércio Europeu de Licenças

ao longo dos últimos anos. No entanto, a participação no

de Emissão, tal como acontece com a grande maioria das

debate público, bem como a comunicação pública específica sobre alterações climáticas, tem sido quase inexistente.

28


À semelhança da CEPSA, também a CIMPOR apenas realiza o

aumento ou redução de emissões associados à sua actividade.

inventário de emissões de GEE para as instalações incluídas no

Relativamente às empresas de transporte aéreo, a TAP,

CELE. Foi ainda possível verificar que não são prioridades da

a única empresa que foi possível analisar, é assinalável

empresa a definição de critérios climáticos no fornecimento e

o seu contributo para o debate público sobre alterações

nas compras e o aumento das fronteiras de contabilização das

climáticas, nomeadamente em questões que envolvem o seu

suas emissões de GEE.

negócio. Esta empresa desenvolve de maneira assinalável a comunicação pública e institucional, no que diz respeito

A Delta é uma empresa que não tem qualquer vínculo legal

ao tema das alterações climáticas. Porém, existem alguns

que represente obrigatoriedade associada às alterações

indicadores relacionados com alterações climáticas que não

climáticas. Contudo, apresenta preocupações relativamente

são ainda contemplados no Relatório de Sustentabilidade.

a este tema, principalmente nas questões de reporting e comunicação. Esta empresa não define os seus objectivos climáticos, ficando por referenciar as medidas e potenciais de

29


ÍNDICE ACGE/07 ANÁLISE POR CAPÍTULO O conhecimento do peso de cada capítulo do Índice ACGE é importante para compreender a pontuação geral de cada

EMPRESAS no CELE

14%

CAPÍTULO A ESTRUTURA

14%

36%

CAPÍTULO B GESTÃO CAPÍTULO C DIVULGAÇÃO

36%

CAPÍTULO D INVENTÁRIOS EMPRESAS fora do CELE

20%

empresa. A FIGURA 3 apresenta o peso de cada capítulo para o

14%

total da pontuação. Os capítulos B e C são os que apresentam a maior peso relativo, uma vez que as questões relacionadas

33%

com a gestão da empresa e a divulgação das alterações

33%

climáticas são consideradas de extrema importância para uma correcta avaliação das empresas.

Por outro lado, o Índice valoriza as empresas que realizam

FIGURA 3 / Resultados da participação das empresas no ACGE 2007.

inventários de GEE de forma voluntária, eliminando o item relativo à inventariação para as empresas que estão

Nº DE EMPRESAS

abrangidas pelo CELE, caso o âmbito do inventário seja apenas

2

o cumprimento dos requisitos associados ao CELE. Assim, para

8

8

PONTUAÇÃO ALTA

11

10

PONTUAÇÃO MÉDIA/ALTA

as empresas fora do CELE, a inventariação de GEE tem um peso relativo maior considerando a totalidade dos itens pontuáveis.

26

18

50%>75%

A FIGURA 4 apresenta os resultados das empresas por capítulo segundo quatro intervalos de pontuação: as empresas que

10

tiveram pontuação entre 0% a 25%, as empresas que tiveram entre 25% a 50%, as que tiveram entre 50% a 75% e as que

É importante referir que para efeitos estatísticos esta amostra apenas contempla 42 das 50 empresas seleccionadas, não estando representadas as empresas que recusaram participar ou para as quais não foi possível obter qualquer informação. No que diz respeito às empresas cuja informação é inferior

30

9

9

9

12

A

B

PONTUAÇÃO MÉDIA/ALTA

25%>50%

7

obtiveram uma pontuação entre 75% e 100%, respectivamente, pontuação baixa, média baixa, média alta e alta.

75%-100%

14

15

C

D

PONTUAÇÃO BAIXA

0%-25%

FIGURA 4 / Pontuações por capítulo e por classe de resposta.


Capítulo A. Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais a 20%, a Euronatura optou por incluí-las na sua análise por

Este capítulo foca-se no Conselho de Administração da

considerar que poderemos estar perante deficiências na

empresa, na sua estrutura organizativa e na forma como

divulgação das suas iniciativas.

os órgãos de gestão e os diversos departamentos reagem

De acordo com esta figura, o capítulo D é o que apresenta

e actuam perante as questões climáticas. Aqui são também

maior número de empresas com resultados inferiores a 50%

relevantes as participações e intervenções públicas que

(24 empresas). É provável que este resultado se deva ao facto

estejam associadas às alterações climáticas, na generalidade,

de algumas das empresas avaliadas não pertencerem ao CELE

bem como a relação com os colaboradores e accionistas.

e como tal não serem obrigadas a inventariar GEE.

A análise dos resultados denuncia que de forma transversal,

O capítulo A apresenta o maior número de empresas com

as empresas, a sua administração e os seus colaboradores

resultados superiores a 50% (26 empresas), indicando que o

consideram as questões associadas às alterações climáticas

ponto mais forte das empresas em estudo diz respeito à sua

na definição dos vectores estratégicos da estrutura

estrutura administrativa.

organizativa vigente. As razões e a lógica subjacente a este

De seguida surge o capítulo B com 20 empresas entre os 50%

comportamento não são valorizadas no Índice, mas devem

e os 100%, revelando que cerca de metade das empresas

estar associadas à protecção dos interesses e do “valor”

analisadas apresenta uma gestão eficaz no que diz respeito

da empresa, a preocupações de marketing e imagem, à

aos seus investimentos em energias renováveis e em medidas

assunção dos valores associados à sustentabilidade e ao

de eficiência energética, bem como uma razoável definição de

desenvolvimento das relações com os stakeholders.

objectivos e métodos adoptados para os atingir.

Assim, considerando todas as empresa s em avaliação,

Logo de seguida temos o capítulo C com 19 empresas entre

verifica-se que 14 empresas conseguem preencher a

os 50% e os 100%, o que revela que existe um número

totalidade dos critérios do capítulo A, obtendo 100 pontos

crescente de empresas que investe na divulgação das suas

percentuais (ver TABELA 5).

preocupações face às alterações climáticas, assumindo um compromisso que integra na sua política de actuação várias medidas de cariz voluntário para o combate a este fenómeno.

31


EMPRESA

%

BES

100,0%

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

100,0%

CARRIS

100,0%

CEPSA

100,0%

CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA

100,0%

DELTA

100,0%

DHL EXPRESS PORTUGAL

100,0%

EDP PRODUÇÃO

100,0%

acordo com a pontuação obtida neste capítulo e a sua

GALP - PETROGAL

100,0%

representatividade no universo da amostra.

MODELO CONTINENTE

100,0%

PORTUCEL SOPORCEL

100,0%

SONAE SIERRA

100,0%

Grande parte das empresas (61,9%) conseguiu obter resultados

TAP

100,0%

positivos no capítulo A, o preenchimentos dos critérios do Índice

VALOR SUL

100,0%

TABELA 5 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o CAPÍTULO A.

A FIGURA 5 representa a percentagem de empresas de

ACGE foi, para 26 empresas, quase total (>75%).

No CAPITULO A verificou-se que a esmagadora maioria das empresas obtém pontuações nos extremos (<25% ou >75%).

CAPÍTULO A EMPRESAS TIPOLOGIA DE PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO BAIXA

21,4% 61,9% PONTUAÇÃO ALTA

0,0%

16,7%

PONTUAÇÃO MÉDIA/BAIXA

PONTUAÇÃO ALTA: 75%; 100%

PONTUAÇÃO MÉDIA/ALTA

PONTUAÇÃO MÉDIA ALTA: 50%; 75% PONTUAÇÃO MÉDIA BAIXA: 25%; 50% PONTUAÇÃO BAIXA: 0%; 25%

FIGURA 5 / Percentagem de empresas por classe de resposta no CAPÍTULO A.

32


Capítulo B. Gestão das Empresas e Preocupações Ambientais. No capítulo B nenhuma empresa conseguiu atingir a pontuação máxima, o que significa que ainda há espaço para melhoria ao nível da gestão das empresas no que respeita às

EMPRESA

%

1º CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA

80,0%

alterações climáticas.

1º VODAFONE

80,0%

Os resultados, para além de demonstrarem a heterogeneidade

3º CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

70,0%

3º CARRIS

70,0%

3º CEPSA

70,0%

relacionadas com as alterações climáticas, evidenciam

3º CTT

70,0%

também a existência de múltiplos estados de desenvolvimento.

3º NESTLÉ - PORTUGAL

70,0%

3º TAP - TRANSPORTE AÉREO

70,0%

das abordagens das diversas empresas às questões

Ou seja, se é verdade que muitas empresas promovem já a existência de boas práticas ambientais e climáticas no seu negócio, há outras que vão mais além, controlando e monitorizando a poluição, minimizando os desperdícios e os

TABELA 6 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o CAPÍTULO B.

resíduos e aumentando a eficiência do seu negócio. Neste contexto existem já empresas, uma pequena minoria, que prevê que o aquecimento global possa ter implicações materiais e financeiras para o seu negócio. Estas, verificam as suas obrigações legais e o âmbito da sua aplicação, promovendo a obtenção de resultados para além das suas obrigações, inovando e tornando-se a referência para as demais empresas.

As melhores pontuações do capítulo B ficaram estratificadas em dois grupos: as empresas que obtiverem pontuação de 80% e as que alcançaram a pontuação de 70%. Deste grupo de empresas, as que mais se destacaram foram a Chamartín e a Vodafone. Com pontuações 10 pontos percentuais abaixo

33


e também dignas de relevo, aparecem a Caixa Geral de

a poluição, minimizando os desperdícios e os resíduos,

Depósitos, a Carris, a CEPSA, os CTT, a Nestlé e a TAP.

aumentando eficiência do seu negócio) e, por outro, indiciador

Os resultados, na generalidade dos casos, demonstram que as

de que ainda é possível obter melhores resultados.

empresas têm dificuldade em preencher alguns dos critérios

Para este capítulo existe ainda uma grande margem de

associados a este capítulo. De facto apenas duas empresas

progressão, principalmente para as empresas que já estão

conseguem exceder os 75 pontos percentuais, no entanto,

significativamente desenvolvidas na área de sustentabilidade

42,9% das empresas alcança pontuações entre 75% e 50%.

e que descuram alguns aspectos que têm reflexos directos nos

É neste último intervalo de pontuações que se concentra o

resultados deste capítulo. Para este facto muito contribuiu,

maior número de empresas. Sendo este facto, por um lado,

para algumas empresas, a não definição de objectivos

demonstrativo da existência de um número significativo

relacionados com alterações climáticas, bem como a

de empresas que promovem a existência de boas práticas

inexistência de vínculos associados a esses objectivos.

ambientais e climáticas (controlando e monitorizando

CAPÍTULO B EMPRESAS TIPOLOGIA DE PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO BAIXA

28,6%

PONTUAÇÃO ALTA

4,8%

23,8%

42,9% PONTUAÇÃO MÉDIA/ALTA

PONTUAÇÃO MÉDIA/BAIXA

PONTUAÇÃO ALTA: 75%; 100% PONTUAÇÃO MÉDIA ALTA: 50%; 75% PONTUAÇÃO MÉDIA BAIXA: 25%; 50% PONTUAÇÃO BAIXA: 0%; 25%

FIGURA 6 / Percentagem de empresas por classe de resposta no CAPÍTULO B.

34


Capítulo C. Divulgação das Alterações Climáticas

EMPRESA

%

1º BES

100,0%

1º CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA

100,0%

1º EDP

100,0%

1º SONAE SIERRA

100,0%

A avaliação das empresas parte do pressuposto de que a

4º CTT

90,0%

informação que pode servir para o preenchimento dos critérios

5º CEPSA

80,0%

5º DELTA*

80,0%

5º GALP - PETROGAL

80,0%

9º AXA SEGUROS

70,0%

9º CIMPOR

70,0%

9º METROPOLITANO DE LISBOA

70,0%

9º TMN

70,0%

associados a este capítulo é disponibilizada publicamente. Portanto os resultados deste capítulo estão relacionados com a forma como as empresas promovem e divulgam as suas políticas e todas as suas iniciativas. Para que não seja sobrevalorizada a forma como as empresas divulgam as suas políticas e iniciativas, a Euronatura procura que a pesquisa de

TABELA 7 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o CAPÍTULO C.

informação seja a mais exaustiva possível, utilizando múltiplos

CAPÍTULO C EMPRESAS TIPOLOGIA DE PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO BAIXA

33,3%

PONTUAÇÃO ALTA

19,0%

21,4%

PONTUAÇÃO MÉDIA/BAIXA

26,2% PONTUAÇÃO ALTA: 75%; 100%

PONTUAÇÃO MÉDIA/ALTA

PONTUAÇÃO MÉDIA ALTA: 50%; 75% PONTUAÇÃO MÉDIA BAIXA: 25%; 50% PONTUAÇÃO BAIXA: 0%; 25%

FIGURA 7 / Percentagem de empresas por classe de resposta no CAPÍTULO C.

35


canais e tendo como base critérios específicos que evitem que se beneficie empresas que, pela sua tipologia de negócio, têm maior capacidade de divulgação. As melhores pontuações do capítulo C ficaram estratificadas em quatro grupos: as empresas que conseguiram obter a totalidade da pontuação, as empresas com 90 pontos percentuais, as empresas cuja pontuação obtida foi 80% e, por último, as que alcançaram a pontuação de 70%.

Neste capítulo, onde é avaliada a capacidade de divulgação das empresas no âmbito das alterações climáticas, apenas quatro empresas conseguiram obter a pontuação máxima: o BES, a Chamartín, a EDP e a Sonae Sierra. Portanto são estas

Capítulo D. Inventários de Gases com Efeitos de Estufa

as empresas que, segundo o ACGE 2007, melhor desempenho têm ao nível da comunicação relacionada com o tema das

Algumas empresas analisadas no Índice ACGE 2007, têm

alterações climáticas.

em desenvolvimento projectos que permitem a obtenção de informação, nas suas vertentes quantitativa e qualitativa,

A importância que as empresas dão às alterações climáticas

relativa às suas emissões de GEE. No entanto, a adesão das

é, em última análise, o reflexo das suas iniciativas voluntárias

empresas a esquemas voluntários, e não voluntários, de

- neste contexto 32 empresas promoveram iniciativas que não

contabilização de emissões, está ainda, em alguns casos, a

estão associadas a vínculos legais.

ser iniciado e carece ainda de um histórico que permita dotar

Relativamente a publicações específicas sobre alterações

estes dados de robustez.

climáticas, ou documentos equivalentes, muitas fazem-no

As melhores pontuações do capítulo D ficaram estratificadas

com uma regularidade considerável, através de newsletters

em quatro grupos: as empresas que conseguiram obter a

e revistas. Em contrapartida, foi bastante mais difícil verificar

totalidade da pontuação, as que alcançaram 83,3 pontos

a existência de publicações em que a abordagem do tema

percentuais, as empresa cuja pontuação foi igual a 75% e, por

das alterações climáticas fosse profunda e cuja qualidade de

último, as que obtiveram 66,7 pontos percentuais.

comunicação justifique a sua diferenciação das restantes. Os resultados deste capítulo são positivos, dado que: (1) a O Relatório de Sustentabilidade é o meio de divulgação mais

maior parte das empresas não tem nenhum tipo de obrigação

utilizado na comunicação externa das preocupações ambientais

legal no que concerne à inventariação de GEE; e (2) existe um

e sociais das empresas: das 12 que obtiveram melhores

número significativo de empresas que consegue preencher os

resultados neste capítulo (ver TABELA 7), todas publicam este

critérios na totalidade e quase na totalidade. No entanto, é

relatório, todas indicam seguir a metodologia do Global

neste capítulo que existe a maior percentagem de empresas

Reporting Initiative (GRI), e 11 indicam utilizar indicadores

com pontuações incluídas no intervalo de análise de

adicionais do GRI relacionados com alterações climáticas.

pontuação baixa (0% a 25%).

36


EMPRESA

%

1º CTT

100,0%

1º SONAE SIERRA

100,0%

1º VODAFONE

100,0%

Os CTT, a Sonae Sierra e a Vodafone foram as empresas que

4º AXA SEGUROS

83,3%

4º CARRIS

83,3%

atingiram a pontuação máxima no capítulo D. Com pontuações

4º TAP - TRANSPORTE AÉREO

83,3%

7º CEPSA

75,0%

superiores a 75%, aparecem a AXA Seguros, a Carris e a TAP,

7º CIMPOR

75,0%

com 83,3 pontos percentuais e muito próximas de completar o

9º CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

66,7%

preenchimento total dos critérios do capítulo.

9º DELTA

66,7%

9º EDP

66,7%

As empresas que se conseguem destacar neste capítulo indicam e comprovam que consideram as fontes indirectas de GEE na elaboração de inventários de GEE, estabelecem objectivos de

TABELA 8 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o CAPÍTULO D.

emissão e revêem os seus objectivos regularmente.

CAPÍTULO D EMPRESAS TIPOLOGIA DE PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO BAIXA

35,7%

PONTUAÇÃO ALTA

19,0%

21,4%

PONTUAÇÃO MÉDIA/BAIXA

23,2% PONTUAÇÃO ALTA: 75%; 100%

PONTUAÇÃO MÉDIA/ALTA

PONTUAÇÃO MÉDIA ALTA: 50%; 75% PONTUAÇÃO MÉDIA BAIXA: 25%; 50% PONTUAÇÃO BAIXA: 0%; 25%

FIGURA 8 / Percentagem de empresas por classe de resposta no CAPÍTULO D.

37


A FIGURA 9 apresenta os resultados, em percentagem, de todos os capítulos e de todas as empresas que integram o ACGE2007.

0,0%

25,0%

50,0%

EDP TEJO ENERGIA GALP CEPSA PORTUCELSOPORCEL CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL (CELBI) REVIGRÉS CINCA – COMPANHIA INDUSTRIAL DE CERÂMICA CONTINENTAL MABOR

S/N

QUIMIGAL CIMPOR SECIL TINTAS DYRUP

RECUSA

S/N

TINTAS CIN MOTA-ENGIL SOMAGUE ENGENHARIA TEIXEIRA DUARTE FÍSIPE

S/N

LAMEIRINHO NESTLÉ - PORTUGAL LACTOGAL

RECUSA

TAP TRANSPORTE AÉREO SATA

RECUSA

STCP CARRIS

FIGURA 9 / Resultados de todas as empresas que integram o ACGE 2007. Nota: “S/N” diz respeito aos casos em que não foi possível encontrar informações acerca da empresa para os itens em estudo.

38

75,0%

100,0%


0,0%

25,0%

50,0%

75,0%

100,0%

CP COMBOIOS DE PORTUGAL FERTAGUS, TRAVESSIA DO TEJO METROPOLITANO DE LISBOA PATINTER

S/N

TRANSPORTES LUÍS SIMÕES MODELO CONTINENTE PINGO DOCE - FEIRA NOVA CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS MILLENNIUM BCP BES IMPÉRIO BONANÇA

S/N

AXA SEGUROS TMN VODAFONE SONAE SIERRA CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA VALOR SUL LIPOR CTT DHL PORTUGAL BANIF - GRUPO FINANCEIRO SANTANDER TOTTA METRO DO PORTO ECO CHOISE

S/N

DELTA

CAPÍTULO A ESTRUTURA

CAPÍTULO B GESTÃO

CAPÍTULO C DIVULGAÇÃO

CAPÍTULO D INVENTÁRIOS

39


ÍNDICE ACGE/07 ANÁLISE SECTORIAL O Índice ACGE foi dimensionado e orientado de maneira a que

e Preocupações Ambientais, na sua vertente de definição e

fosse possível realizar comparações para todos os sectores

qualificação de objectivos ambientais, e aos inventários de

que foram, inicialmente considerados relevantes para esta

Gases com Efeitos de Estufa.

edição. O objectivo que visava a comparação sectorial das empresas foi parcialmente cumprido, dado que no processo

A Portucel Soporcel evidencia-se dentro da sua área de

de recolha de informação algumas empresas não colaboraram

negócio, tanto do ponto de vista de avaliação global como

e outras acabaram mesmo por recusar participar no estudo.

capítulo a capítulo, com excepção para o capítulo D. Verifica-

Neste contexto não foi possível realizar uma análise sectorial

se que no capítulo C as diferenças não são muito acentuadas,

para os seguintes sectores: Industria Química, Aviação Civil,

o mesmo não acontece para os capítulos A e C, onde as

Produção de Cimento, Agro-indústria, Industria Têxtil e Fibras,

diferenças podem ser consideradas muito significativas.

Fabrico de Tintas, Vernizes e Produtos Similares, Transporte

As diferenças entre estas empresas da indústria papeleira

Rodoviário de Mercadorias e Seguros.

estão, no que diz respeito ao capítulo A, associadas ao facto de durante o ano de 2007 a CELBI não ter participado

A EDP Produção evidencia-se como a melhor empresa

activamente no debate público sobre alterações climáticas.

dentro da sua área de negócio, tanto do ponto de vista de

Se considerarmos o capítulo C, verificamos que muitos

avaliação global, como capítulo a capítulo. Esta empresa está

dos critérios que não foram preenchidos pela CELBI, e

consideravelmente mais desenvolvida nas áreas de avaliação

que a Portucel Soporcel consegui preencher, podem estar

do ACGE, tanto mais que é a única empresa do sector que

indirectamente associados ao facto de termos assistido a

elabora Relatório de Sustentabilidade. Verifica-se que nos

níveis de comunicação diferentes durante o ano de 2007.

capítulos A e B as diferenças não são muito acentuadas, o mesmo não acontece para os capítulos C e D, onde as

A Somague Engenharia surge como a melhor empresa dentro

diferenças podem ser consideradas muito significativas.

desta área de actividade uma vez que, entre outras iniciativas, tem colaboradores a participar activamente no debate

A CEPSA evidencia-se na sua área de negócio, nos capítulos B

público sobre as alterações climáticas e elabora Relatórios

e D. Estes capítulos influenciam significativamente a diferença

de Sustentabilidade.

no resultado final, dado que nos capítulos A e C as empresas têm pontuações iguais. As diferenças entre estas duas empresas estão portanto associadas à Gestão das Empresas

40


A Carris evidencia-se no sector do Transporte Rodoviário de

PRODUÇÃO DE ENERGIA

Passageiros, do ponto de vista global e também quando se

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

EDP

100,0%

60,0%

100,0%

66,7%

80,0%

realiza uma análise capítulo a capítulo. Esta empresa destaca-

TEJO ENERGIA

75,0%

40,0%

20,0%

< 20,0%

32,1%

se no capítulo A, através de participação activa no debate

TABELA 9 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector Produção de Energia.

público sobre alterações climáticas e no capítulo B, pelo desenvolvimento de metodologias e definição de objectivos

REFINAÇÃO

quantificados. No que diz respeito ao capítulo C, as diferenças

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

CEPSA

100,0%

70,0%

80,0%

75,0%

78,6%

GALP

100,0%

50,0%

80,0%

25,0%

64,3%

TABELA 10 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector da Refinação.

estão associadas, essencialmente, à implementação de iniciativas relacionadas com alterações climáticas e à produção de documentação específica. Relativamente ao capítulo D, as empresas estão tecnicamente ao mesmo nível, estando a maisvalia da Carris associada à sua experiência em inventariação de

PASTA DE PAPEL EMPRESA

GEE, facto que permite a definição de objectivos, alicerçados em A

B

C

D TOTAL

PORTUCEL SOPORCEL 100,0%

60,0%

60,0%

25,0%

60,7%

CELBI

50,0%

30,0%

25,0%

35,7%

25,0%

medidas, cujos resultados podem actualmente ser verificados.

O Metropolitano de Lisboa surge em primeiro lugar nesta

TABELA 11 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector da Refinação.

área de actividade económica. Os aspectos positivos desta empresa, relativamente às suas congéneres fazem-se

CONSTRUÇÃO

sentir, essencialmente, nos capítulos C e D. Neste capítulos,

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

SOMAGUE ENG.

75,0%

60,0%

50,0%

33,3%

53,3%

MOTA-ENGIL

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

da publicação do Relatório de Sustentabilidade e da

TEIXEIRA DUARTE

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

inventariação de GEE. Nos restantes capítulos, A e B, as

TABELA 12 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector da Contrução.

a empresa Metropolitano de Lisboa, destaca-se através

diferenças não são evidentes, sendo possível referir que as empresas deste sector intervêm pouco no debate público sobre

TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS

alterações climáticas e apenas a espaços são verificáveis

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

CARRIS

100,0%

70,0%

60,0%

83,3%

73,3%

STCP

25,0%

< 20,0%

< 20,0%

33,3%

< 20,0%

TABELA 13 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector do Transporte Rodoviário de Passageiros.

preocupações relacionados com as alterações climáticas. Pode ainda ser incluída neste sector a empresa Metro do Porto, que participou voluntariamente no índice ACGE 2007. Esta empresa apresenta alguns aspectos positivos, quando comparada com a CP e a Fertagus, dos quais se destaca a publicação de Relatórios de Sustentabilidade,

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

METROP. LISBOA

< 20,0%

20,0%

70,0%

50,0%

40,0%

FERTAGUS

< 20,0%

30,0%

30,0%

< 20,0%

20,0%

CP

25,0%

20,0%

< 20,0%

< 20,0%

< 20,0%

TABELA 14 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector da Transporte Ferrodoviário de Passageiros.

a implementação de medida de eficiência energética e a inventariação de GEE.

A Modelo Continente apresenta uma estrutura administrativa que lhe permite preencher na totalidade os critérios associados ao capítulo A. Este comportamento é

41


acompanhado pelo Pingo Doce – Feira Nova, com excepção para o preenchimento do critério relativo à participação activa no debate público sobre alterações climáticas. A Modelo Continente consegue atingir melhores resultados que a sua

TRANSPORTE FERROVIÁRIO DE PASSAGEIROS EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

METRO DO PORTO

< 20,0%

20,0%

40,0%

33,3%

26,67%

congénere em todos os capítulos, com excepção do capítulo D.

TABELA 15 / Resultados da participação voluntária no Índice ACGE 2007 e enquadrável no sector do Transporte Ferroviário de Passageiros.

Ao contrário do que sucede com a Modelo Continente, a

DISTRIBUIÇÃO

Pingo Doce – Feira Nova não conseguiu preencher o critério

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

que pressuponha a definição quantificada de objectivos

MODELO CONTINENTE

100,0%

60,0%

60,0%

33,3%

60,0%

ambientais relacionada com alterações climáticas, este facto

PINGO DOCE/FEIRA NOVA 75,0%

50,0%

40,0%

33,3%

46,7%

justifica a diferença pontual no capítulo B.

TABELA 16 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector da Distribuição.

Quando nos reportamos ao capítulo onde é avaliada a

SERVIÇOS BANCÁRIOS

divulgação das alterações climáticas, o capítulo C, as diferenças

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

ganham maior representatividade, estando este facto

BES

100,0%

60,0%

100,0%

50,0%

76,7%

CAIXA GERAL DEP.

100,0%

70,0%

30,0%

66,7%

60,0%

MILLENNIUM BCP

75,0%

40,0%

60,0%

50,0%

53,3%

directamente relacionado com a não utilização dos indicadores adicionais do GRI relacionados com alterações climáticas.

TABELA 17 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector dos Servilos Bancários.

Na generalidade, este sector apresenta bons resultados nas questões de administração e dificuldades na obtenção de bons resultados no capítulo D, capítulo relativos à inventariação de GEE.

O BES surge a liderar o sector da banca com base numa estrutura administrativa com valências direccionadas para

BANCA EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

BANIF - GRUPO FIN.*

75,0%

40,0%

50,0%

50,0%

50,0%

SANTANDER TOTTA*

75,0%

50,0%

40,0%

50,0%

50,0%

TABELA 18 / Resultados da participação voluntária no Índice ACGE 2007 e enquadrável no sector da Banca.

a promoção da sustentabilidade, divulgando de forma transversal as suas preocupações ambientais e climáticas.

COMUNICAÇÕES

Neste contexto, o BES acaba por obter uma pontuação no

EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

VODAFONE

75,0%

80,0%

60,0%

100,0%

76,7%

TMN

75,0%

60,0%

70,0%

50,0%

63,3%

capítulo C que o distingue dos restantes bancos e que tem implicações no resultado final. A Caixa Geral de Depósitos é penalizada neste capítulo por não publicar Relatórios de Sustentabilidade.

Se analisarmos apenas os resultados capítulo A, verificamos que apenas o Millennium BCP não consegue preencher a totalidade dos critérios, dado não ter participado no debate público sobre alterações climáticas.

42

TABELA 19 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector daa telecomunicações.

IMOBILIÁRIO EMPRESA

B

C

D TOTAL

SONAE SIERRA

100,0%

A

60,0%

100,0%

100,0%

86,7%

CHAMARTÍN IMOB.

100,0%

80,0%

100,0%

50,0%

83,3%

TABELA 20 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector Imobiliário.


No capítulo B, a Caixa Geral de Depósitos destaca-se

Na globalidade, a Vodafone alcança uma pontuação superior

ligeiramente através da definição quantificada dos seus

à TMN, apesar de no capítulo C, esta última empresa, se

objectivos ambientais. Este facto tem também implicações

destacar por utilizar no Relatório de Sustentabilidade os

idênticas no capítulo D. Considerando ainda o capítulo B,

indicadores adicionais GRI associados a alterações climáticas.

assistimos a uma penalização pontual do Millennium BCP associada à inexistência de referências metodológicas ligadas

A Sonae Sierra apresenta uma pontuação que traduz um

a objectivos ambientais.

comportamento exemplar nos capítulos A, C e D. Para esta

O Millennium BCP, apesar de estar bem classificado e de ter

empresa ficaram apenas por preencher alguns critérios

uma pontuação superior a 50%, não obteve uma pontuação

associados à gestão da empresa e suas preocupações

superior aos seus congéneres BES e Caixa Geral de Depósitos.

ambientais, relativos ao capítulo B. Neste capítulo a sua

No entanto pela regularidade demonstrada consegue uma

congénere, a Chamartín Imobiliária, acaba mesmo por obter

pontuação ligeiramente superior aos participantes voluntários

uma pontuação superior, preponderância que se deve ao

Banif e Santander Totta.

preenchimento dos critérios que pressupõem a existência de uma política de fornecedores e compras com base em critérios

Estes dois bancos apresentam inúmeros aspectos

climáticos e à promoção de metodologias associadas aos

considerados positivos, dos quais se destacam a publicação de

objectivos ambientais.

Relatório de Sustentabilidade, a implementação de medidas

Se compararmos os resultados do capítulo que avalia

de eficiência energética e a inventariação de GEE.

as questões relacionadas com a inventariação dos GEE, capitulo D, verificamos que é nesse capítulo que residem

Apesar de se tratar de um sector cujo contributo para as

as diferenças mais significativas entre as empresas. Estas

alterações climáticas pode ser considerado reduzido, a

diferenças estão associadas à contabilização das emissões

análise dos resultados revela a existência de preocupações

do transporte (transporte de funcionários nos trajectos

com esta problemática. Trata-se portanto de um sector que

casa-trabalho, transporte de material para a empresa e o

obtém resultados positivos mas onde a Vodafone acaba por se

transporte associado às visitas) e à definição de objectivos de

destacar através de um comportamento exemplar no capítulo

emissões de GEE.

relativo à inventariação dos GEE, capítulo D, e através da promoção de metodologias para o cumprimento de objectivos ambientais, avaliadas no capítulo B.

43


A Euronatura teve oportunidade de verificar que este sector se encontra a dar os primeiros passos em matéria de alterações climáticas, as preocupações sobre o tema existem, não estando ainda completamente documentadas, organizadas e orientadas, facto que se revelou decisivo no preenchimento dos critérios associados ao Índice ACGE 2007. Apesar de se verificar uma diferença pontual total reduzida, a Valorsul surge melhor cotada na amostra de empresas do sector da gestão de resíduos. Esta empresa apresenta

Os CTT evidenciam-se como a melhor empresa dentro da

melhores resultados nos capítulos A e D, relativos à estrutura

sua área de negócio, tanto de um ponto de vista de avaliação

administrativa e supervisão das questões ambientais e aos

global como capítulo a capítulo, com excepção para o capítulo

inventários de GEE, respectivamente.

A. Esta empresa está significativamente mais desenvolvida,

A sua congénere, a LIPOR, tem vantagem no capítulo C,

nas áreas de avaliação de ACGE, que a DHL.

que avalia divulgação das alterações climáticas, dado que

A DHL apenas consegue obter uma pontuação elevada no

produziu documentação sobre o tema durante o ano de 2007.

capítulo associado à estrutura administrativa e supervisão

Ambas as empresas acabaram por obter pontuações reduzidas

das questões ambientais, alcançando nos demais capítulos

no capítulo C pelo facto de não terem preenchido os critérios

pontuações muito distantes da sua congénere, com especial

associados à produção do Relatório de Sustentabilidade.

significância para o capítulo relativo aos inventários de GEE.

GESTÃO DE RESÍDUOS EMPRESA VALOR SUL LIPOR

B

C

D TOTAL

100,0%

A

30,0%

< 20,0%

33,3%

33,3%

75,0%

30,0%

30,0%

< 20,0%

30,0%

TABELA 21 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector dos Resíduos.

CORREIOS EMPRESA

A

B

C

D TOTAL

CTT

75,0%

70,0%

90,0%

100,0%

83,3%

100,0%

30,0%

20,0%

< 20,0%

30,0%

DLH PORTUGAL

TABELA 22 / Resultados do Índice ACGE 2007 para o sector dos Correios.

44


ACGE/07 EVOLUÇÃO ACGE 2004-2007

45


Decorridas quatro edições do projecto ACGE aumenta, cada vez mais, a representatividade dos dados, possibilitando assim a realização de uma análise temporal. Neste contexto

EMPRESA

ACGE/07

ACGE/04

ACGE/05

ACGE/06

77,9%

94,4%

82,8%

86,7%

_

62,5%

62,5%

83,3%

organizámos as empresas, com registos no ACGE, em dois

SONAE SIERRA

grupos: (1) empresas com três ou quatro participações; (2)

CTT

empresas com uma ou duas participações. Foi considerada

BES

55,8%

91,7%

EDP

_

75,0%

69,0%

CARRIS

14,0%

58,3%

69,0%

empresas inicialmente seleccionadas, ou seja, foram também

CIMPOR

71,4%

95,8%

_

incluídas para esta análise as empresas para as quais não tem

TAP

26,7%

69,4%

51,7%

PETROGAL - GALP ENERGIA

52,3%

86,1%

69,0%

PORTUCELSOPORCEL

28,4%

88,9%

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS

7,0%

36,1%

17,2%

60,0%

MODELO CONTINENTE

19,8%

88,9%

_

60,0%

BCP

14,0%

72,2%

51,7%

53,3%

_

11,1%

3,4%

53,3%

“participação”, quando a empresa foi incluída no grupo de

sido possível obter informação ou que recusam participar.

Se analisarmos os resultados globalmente, desde a primeira edição até à actual, verificamos que a transição do ACGE 2004 para o ACGE 2005 é aquela que apresenta maior número de

AXA SEGUROS

_

_

80,0% 76,7% 73,3% 67,9% 66,7% 64,3% 60,7%

SOMAGUE

31,2%

63,9%

_

53,3%

subidas de pontuação. Este facto está intrinsecamente ligado

PINGO DOCE -FEIRA NOVA

27,9%

69,4%

_

46,7%

às alterações metodológicas implementadas, e que estão

METRO DE LISBOA

_

51,4%

6,9%

40,0%

CELBI

59,3%

84,7%

_

35,7%

VALOR SUL

11,6%

73,6%

_

33,3%

Euronatura e as empresas.

TEJO ENERGIA

20,9%

52,8%

_

32,1%

Tomando a passagem evolutiva do ACGE 2005 para o

LIPOR

27,9%

48,6%

_

30,0%

_

26,4%

37,9%

26,7%

LUÍS SIMÕES

14,0%

48,6%

31,0%

23,3%

FERTAGUS

4,7%

8,3%

13,8%

20,0%

empresas que participou nestas edições apenas a Carris, o

CP

11,6%

41,7%

27,6%

<20,0%

Metro do Porto e a Fertagus conseguem realizar pontuações

STCP

15,1%

26,4%

27,6%

CINCA

43,0%

34,7%

_

<20,0%

associadas ao aumento da qualidade de comunicação entre a

ACGE Sectorial 2006, observamos que muitas empresas têm descidas significativas na sua pontuação. Do grupo de

significativamente superiores, em 2006, face a 2005.

METRO DO PORTO*

<20,0%

MOTA-ENGIL

4,7%

RECUSA

_

<20,0%

Se considerarmos agora a transição temporal que decorre do

REVIGRÉS

15,1%

47,2%

_

<20,0%

ACGE 2005 ou do ACGE Sectorial 2006 para a actual edição, o

SECIL

67,9%

RECUSA

PATINTER

9,3%

31,9%

S/D

S/D

_

6,9%

S/D

S/D

ACGE 2007, verificamos que 10 empresas conseguem aumentar

IMPÉRIO BONANÇA

_ RECUSA

a sua pontuação. Este grupo é constituído pelas seguintes empresas: Sonae Sierra, CTT, BES, Carris, TAP, Caixa Geral de

SUBIDA

Depósitos, Axa Seguros, Metropolitano de Lisboa e Fertagus.

CONSTÂNCIA DESCIDA SEM EXPRESSÃO

TABELA 23 / Empresas estudadas no ACGE 2004, ACGE 2005, ACGE sectorial 2006 e ACGE 2007.

46


Agregando o comportamento das empresas ao longo das quatro edições do ACGE, é destacável o comportamento de algumas empresas: EMPRESA

ACGE/05

ACGE/06

ACGE/07

CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA

_

_

83,3%

• Sonae Sierra, CTT, EDP Produção, BES e Carris, pela regularidade na

CEPSA

_

_

78,6%

obtenção de resultados positivos;

_

76,7%

VODAFONE DELTA*

97,2% _

_

66,7%

83,3%

_

63,3%

• A Caixa Geral de Depósitos e a Axa Seguros, pela subida na edição do

BANIF

_

24,1%

50,0%

ACGE Sectorial 2006;

SANTANDER TOTTA*

_

44,6%

50,0%

NESTLÉ-PORTUGAL

77,8%

_

36,7%

_

_

30,0%

LAMEIRINHO

51,4%

_

<20,0%

realizada para as empresas que apenas tiveram oportunidade de participar

QUIMIGAL

52,8%

_

<20,0%

uma ou duas vezes no ACGE pois os dados não conferem robustez à análise.

TEIXEIRA DUARTE

44,4%

_

<20,0%

TINTAS CIN RECUSA

_

<20,0%

ECO CHOISE*

_

<20,0%

TMN

DHL PORTUGAL

_

Por falta de representatividade estatística, a análise temporal não foi

Para estas são apenas apresentados os resultados na TABELA 24.

CONTINENTAL MABOR RECUSA

_

N/R

É importante referir que as diferenças de pontuação verificadas ao

FISIPE RECUSA

_

N/R

TINTAS DYRUP RECUSA

_

N/R

longo do tempo não podem ser apenas explicadas através de alterações

LACTOGAL SATA

11,1% _

_ RECUSA S/D RECUSA

no comportamento das empresas. Isto porque, os critérios associados ao ACGE têm sido alterados ao longo das várias edições de forma a melhor reflectir a realidade Portuguesa. Esta evolução do Índice é uma

SUBIDA CONSTÂNCIA

inevitabilidade e faz parte do processo de melhoria e aprendizagem

DESCIDA

contínua que a Euronatura preconiza para o ACGE. As alterações dos

SEM EXPRESSÃO

critérios associadas ao Índice, são, no entanto, consideradas pequenas melhorias, que representam, por exemplo do ACGE sectorial 2006 para o ACGE 2007, diferenças de 2 pontos em 30 possíveis. Assim, e considerando apenas a representatividade estatística das alterações

TABELA 24 / Empresas estudadas no ACGE 2004, ACGE 2005, ACGE sectorial

implementadas, podemos concluir que apesar de existirem alterações,

2006 e ACGE 2007.

estas não constituem perversidades quando se realiza a análise dos resultados ao longo do tempo.

47


ACGE/07 BOAS PRÁTICAS

48


Durante o processo de recolha de informação a Euronatura tomou conhecimento de várias práticas e iniciativas implementadas pelas empresas em estudo que são merecedoras de divulgação. Esta necessidade ganha ainda mais força quando verificamos que estas iniciativas são de difícil categorização, ou seja a inclusão em determinado item é dúbia ou não enquadrável.

• A EDP Produção promoveu o Espaço da Sustentabilidade. A

• A Portucel Soporcel refere que sempre que não é possível

EDP pretendeu disponibilizar um local para privilegiar o diálogo

suprir as necessidades energéticas das instalações recorrendo

com as partes interessadas, nomeadamente os colaboradores.

a energias renováveis, utiliza gás natural em detrimento de

Desenvolveu um projecto interno de envolvimento dos

outros combustíveis com maiores emissões de GEE.

colaboradores “embaixador de sustentabilidade” - em que um dos aspectos que se encontra em operacionalização

• A Quimigal utiliza as mais recentes tecnologias de

respeita à partilha de viaturas em viagem de trabalho,

abatimento de N2O na nova instalação de Ácido Nítrico.

ou para o local de trabalho. Lançou o "Concurso Ideias Luminosas - Eficiência Energética".

• A CIMPOR tem vindo a estudar a viabilidade de implementação de projectos de Mecanismo de

• A Petrogal - Galp Energia define, anualmente, para cada

Desenvolvimento Limpo (MDL), com vista à possível obtenção

instalação industrial planos de acção, tendo em vista uma

de créditos de carbono, para utilização no âmbito do Comércio

melhoria contínua, quer ao nível processual e tecnológico,

Europeu de Licenças de Emissão (CELE).

quer ao nível da gestão operacional. Estes planos reflectem a estratégia de curto e longo prazo da própria empresa e, mais

• A Nestlé desenvolve o NEMT (Nestlé Energy Management Tool).

concretamente, em relação ao alinhamento das instalações com as Melhores Técnicas Disponíveis. Irá futuramente

• A CP tem em curso a iniciativa Ecoviagem CP, um simulador

substituir as actuais centrais térmicas existentes em Sines e no

ambiental, promovendo assim eficiência energética e

Porto por centrais de cogeração, com turbinas a gás natural,

induzindo comportamentos ecologicamente mais responsáveis

permitindo a produção combinada de electricidade e vapor.

nos seus clientes.

• A CEPSA, desenvolveu o projecto "Save more than fuel",

• A TAP preconiza a melhoria da eficiência energética através

difundido em Portugal e Espanha durante o ano de 2008.

o Projecto “Fuel Conservation and Emissions Savings”.

Adquiriu equipamento para realização de video-conferências

Constituiu em Agosto de 2008 um grupo de trabalho para

entre Matosinhos, Lisboa e Madrid, reduzindo as viagens dos

estudar a viabilidade de implementação de um projecto novo

colaboradores e consequentemente as suas emissões de GEE.

na Empresa - o Projecto de Carbon Offset .

49


• A Carris criou, em 2007, um Prémio denominado

• A Vodafone Portugal promoveu a utilização de sistemas

“Desempenho +”, com o objectivo de promover, distinguir

de videoconferências, implementou uma campanha para

e reconhecer, quadrimestralmente, o desempenho dos

sensibilizar os seus colaboradores a desligar os computadores

Tripulantes no exercício da função.

e evitar impressões desnecessárias. Desenvolveu, também, uma campanha de sensibilização para promover as melhores

• A Fertagus criou um horário para hora da ponta da manhã,

práticas ao nível da redução dos consumos de energia.

onde é divulgada informação sobre a ocupação dos comboios e dos horários de comboios duplos, com o intuito de diminuir

• A Sonae Sierra desenvolveu a campanha

a percepção de excesso de passageiros, dos clientes, às horas

“NORTESULESTEOESTE - Uma visão a 360º das Alterações

de ponta e de promover uma melhor distribuição destes pelos

Climáticas”, cujo objectivo é promover a reflexão sobre as

comboios disponíveis.

alterações climáticas. Desenvolveu um projecto do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD),

• A Transportes Luís Simões manteve iniciativas como a

Eficiência Energética nos Edifícios, visando a redução das

montagem de spoilers na traseira dos semi-reboques, para

emissões de carbono e o aumento da eficiência energética.

diminuição do consumo de combustível.

Nesse contexto, foi lançado o Pan European BREEAM que é um sistema de certificação ambiental de novos centros

• A Caixa Geral de Depósitos definiu planos internos de

comerciais.

mobilidade e de medidas comportamentais de redução de emissões. Definiu também normas de aquisição de viaturas

• A Chamartín Imobiliária integrou os requisitos BREEAM

com base em critérios ambientais.

nos seus activos (para os indicadores energia, água, biodiversidade, materiais, qualidade do ar interior e exterior,

• O Banco Espírito Santo (BES) desenvolveu diferentes canais

resíduos, crescimento económico, bem-estar social e

de comunicação com os Stakeholders. Numa base anual, o

envolvimento das partes interessadas).

BES realiza um questionário que tem como subjacente o tema sustentabilidade.

• Os CTT aderiram à utilização de ADBLUE para as viaturas pesadas, um aditivo que permite a redução de consumo e da emissão de gases poluentes em cerca de 5%. Realizou formação em condução defensiva e ecológica (motociclos, ligeiros e pesados), com uma média de 220 participantes, em 2006 e 2007.

• A Delta calculou a Pegada Carbónica do ciclo de vida do café Delta.

50


ACGE/07 PRINCIPAIS CONCLUSÕES

51


Os critérios estabelecidos para a escolha das empresas permitiriam estudar pelo menos duas em cada sector identificado, realizando uma análise sectorial que é justa, num contexto de mercado e de concorrência, e também partindo do pressuposto que a empresas com o mesmo tipo de actividade têm, em potencial, as mesmas oportunidades. Este é, no entanto, o ponto a melhorar, dado que não foi possível realizar uma análise comparada para todos os sectores incluídos no Índice ACGE2007.

No que diz respeito à metodologia de recolha de informação, esta permitiu alcançar resultados muito positivos quando existem preocupações reais dentro da empresas e quando a empresa publica informação pública de qualidade.

Trata-se de uma metodologia que implica um moroso processo de diálogo com as empresas, no sentido em que se procede a uma recolha e análise de informação caso a caso, permitindo às empresas ter uma maior percepção do que se pretende avaliar, quando é enviado o Pré-Relatório. A possibilidade que é dada às empresas de poderem comentar os Pré-Relatórios foi, mais uma vez, considerada uma mais-

capítulo que poderia apresentar constrangimentos seria o D

valia, principalmente porque permite às mesmas acrescentar

(Inventário de emissão de GEE). Contudo, a pontuação nesse

informações que consideram relevantes. A taxa de resposta ao

capítulo foi definida para que tanto as empresas que elaboram

Pré-relatório foi de 60%, não considerando as participações

inventários voluntariamente, como as que são obrigadas a tal,

activas dos numerosos participantes voluntários. Assim, esta

pudessem atingir a mesma pontuação. A distinção foi feita

será a metodologia aplicada nas futuras edições, considerando

com base na obrigatoriedade legal, avaliando o voluntarismo

apenas algumas actualizações necessárias.

na realização dos inventários.

Relativamente às questões em avaliação e a sua respectiva

A pontuação atribuída e os critérios associados ao Índice

cotação, verifica-se que todos os capítulos permitem às

sofreram apenas pequenas alterações, tendo sido mantida a

empresas pontuarem independentemente da sua área de

estrutura do Índice, o que permite realizar comparações com

actividade económica quer estejam, ou não, abrangidas pelo

as edições anteriores.

Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE). O único

52


Analisando os resultados no geral,verifica-se que:

• Existem empresas em todo o espectro de pontuações (0% a 100%), o que revela alguma heterogeneidade do tecido empresarial português no que diz respeito às preocupações climáticas.

• Um número considerável de empresas parece ainda não ter • A melhor pontuação foi obtida pela Sonae Sierra, pela

despertado para a questão climática: Dez empresas obtêm

Chamartín e pelos CTT, revelando que do total da amostra

pontuação inferior a 20%; três empresas recusam participar;

estas são o exemplo a seguir, embora ainda tenham pontos

para cinco das empresas identificadas não foi possível obter

passíveis de melhoria.

informação de qualidade.

• Grande parte das empresas desenvolveu estruturas

• Verificou-se um aumento significativo no número de

organizativas que desempenham formalmente funções

empresas que define objectivos climáticos quantificados. No

relacionadas com as alterações climáticas e/ou com

entanto são ainda numerosas as empresas que tendo uma

eficiência energética.

estratégia de gestão de emissões de GEE, não associam as suas medidas a objectivos quantificados.

• Algumas empresas, mesmo obtendo boas pontuações, têm dificuldade em intervir no debate público sobre alterações

alterações climáticas.

Analisando os diferentes capítulos verifica-se que:

• Se considerarmos apenas as empresas que obtêm boas

• O capítulo D é o que apresenta um maior número de

pontuações, existem diversos aspectos passíveis de melhoria,

respostas negativas.

climáticas. Assim, fica inviabilizada a possibilidade da partilha pública de opinião das empresas, que tem por base a sua experiência de negócio, possa ser considerada num contexto de implementação de dispositivos legais relacionados com

com especial atenção para o desenvolvimento de objectivos ambientais e para a promoção de políticas de compras e

• O capítulo A apresenta um maior número de empresas com

fornecedores, com base em critérios climáticos.

uma taxa positiva entre os 50% e os 100%, indicando que o ponto mais forte das empresas em estudo diz respeito à sua

• As empresas ainda não disponibilizam mecanismos

estrutura administrativa.

específicos que permitam a participação dos seus colaboradores nas questões relativas às alterações climáticas.

• No Capítulo B (Gestão), mesmo as empresas bem classificadas têm dificuldade em alcançar boas pontuações,

• As empresas não promovem a existência de uma

apenas duas empresas conseguem exceder os 75%.

efectiva política de fornecedores e compras com base em critérios climáticos.

53


• No que se refere à divulgação, Capítulo C, podemos concluir que a concretização das intenções carece de melhoria para um grande número de empresas. Ainda assim, muitas

Da análise temporal observa-se que:

empresas apresentam uma gestão eficaz no que diz respeito aos seus investimentos em energias renováveis e em medidas

• A Sonae Sierra, CTT, EDP produção, BES e Carris, têm obtido

de eficiência energética, bem como uma boa definição de

resultados positivos nas últimas edições ACGE;

objectivos e metodologia adoptada para os atingir.

• A Caixa Geral de Depósitos e a Axa Seguros têm as maiores subidas registadas;

• Apenas no capítulo A, não existe dispersão de pontuações por todo o espectro, 0% a 100%. Este facto revela que as empresas portuguesas dedicam especial atenção à Estrutura Administrativa e Supervisão das Questões Ambientais ou,

De uma forma geral pode dizer-se que a divulgação das

simplesmente, não o consideram.

medidas e iniciativas levadas a cabo pelas empresas carece ainda de melhorias, por duas razões essenciais: (1) metade

• No Top 10 aparecem: duas empresas ligadas à energia, a EDP

das empresas analisadas obtém pontuações inferiores ao

Produção e CEPSA; duas empresas ligada ao sector imobiliário,

preenchimento de 50% dos critérios pontuáveis; (2) existe um

a Sonae Sierra e a Chamartín; duas empresas ligadas ao sector

número significativo de empresas para as quais não é ainda

dos transportes, a Carris e a TAP; uma empresa associada aos

possível recolher dados sobre o seu desempenho climático.

correios, os CTT; uma empresa ligada às telecomunicações, a

A partir destes dados e se tomarmos a amostra de empresas

Vodafone; uma empresa da indústria cimenteira, a CIMPOR; e

presentes no Índice ACGE como representativa da economia

uma da industria de processamento de café, a Delta.

portuguesa, um dos objectivos do projecto na definição das empresas a avaliar, podemos considerar que pelo menos

Da análise Sectorial observa-se que:

metade das empresas portuguesas ainda não considera as questões das alterações climáticas como uma área prioritária de acção. Todavia, a Euronatura reconhece que existem empresas que integram as alterações climáticas na sua estratégia de

• A EDP Produção, a CEPSA, a Portucel Soporcel, a Somague

crescimento e actuação, mas, dado o estado embrionário

Engenharia, a Carris, o Modelo Continente, o BES, a Vodafone,

deste comportamento, estas ainda não têm total reflexo no

a Sonae Sierra e os CTT, evidenciam-se na sua área de negócio

Índice e nos resultados obtidos.

e obtêm pontuação superior a 50%.

A publicação de Relatórios de Sustentabilidade apresenta, segundo o Índice ACGE, benefícios ao nível da qualidade

• O sector imobiliário esta significativamente mais

da divulgação da informação ambiental, e na promoção e

desenvolvido que os restantes sectores analisados.

operacionalização de questões relativas à gestão da empresa.

54


ACGE/07 NOTAS FINAIS

55


A Euronatura, como ONG, assume o seu papel de

O comportamento das empresas que o ACGE pretende retratar,

representante da sociedade civil. Neste contexto, assume

não pode ser afastado do contexto do país e da comunidade

também objectivos ambiciosos para si e para as empresas

onde estas estão inseridas. Os limites de acção, geográficos e

com quem tem vindo a trabalhar. O índice ACGE existe para

legislativos das empresas não são de definição fácil. O ACGE,

as empresas e para quem as observa. A criação de um

tal como as empresas, não valoriza em demasia a necessidade

índice é realizada com base em pressupostos claros, que

de definição deste tipo de limites. No entanto, existe a

são reflexo do trabalho da Euronatura e das contribuições

necessidade de que o objecto de estudo seja referenciado

constantes das empresas.

e justificado numa lógica associada à escala de trabalho. Segundo a Euronatura, as empresas que desejam intervir assertivamente nas questões relacionadas com alterações climáticas, deverão fazê-lo localmente. O ACGE detectou, por vezes, que as grandes organizações e os grupos empresariais têm tendência para se afastar da escala de trabalho ideal, facto que poderá gerar deseducação de políticas, factores que são detectados pelo índice ACGE

As organizações avaliadas no ACGE têm diferentes níveis de maturidade relativamente ao assunto “alterações climáticas”. A Euronatura considera, como não poderia deixar de ser, crucial o envolvimento de todas as empresas nas questões relacionadas com alterações climáticas. Neste contexto, a Euronatura jamais deixará de avaliar empresas que relevam ou adiam a internalização do tema.

56


ACGE/07 PRÓXIMOS PASSOS

57


Próximos Passos: Índice ACGE Sectorial 2008 / Índice ACGE 2009 A Euronatura continua convicta de que o ACGE deve ser realizado de dois em dois anos por considerar que as práticas avaliadas são complexas e como tal requerem um período considerável de tempo para que sejam visíveis num plano estratégico empresarial. Como complemento, e nos anos intercalares, a Euronatura apresenta o Índice ACGE Sectorial, focando a sua atenção num determinado número de sectores

Face a esta situação a próxima edição do ACGE será uma edição sectorial, podendo assim ser analisada um número maior de empresas de sectores estratégicos para a economia, em geral, e para as questões climáticas, em particular.

Assim, a Euronatura está já a elaborar o ACGE Sectorial 2008, que será apresentado em Novembro deste ano.

em particular.

Todas as informações relacionadas com o Índice ACGE, e as suas respectivas edições poderão ser consultadas em: WWW.RESPONSABILIDADECLIMATICA.ORG

Qualquer questão poderá ser colocada no seguinte endereço: HUGO.COSTA@EURONATURA.PT

58


ANEXO I AS EMPRESAS

Seguidamente são apresentadas informações acerca de cada empresa avaliada como uma breve descrição da sua actividade, a cotação atribuída, dois aspectos passíveis de melhoria e dois aspectos positivos.

59


EDP PRODUÇÃO

TEJO ENERGIA

EMPRESA

EMPRESA

A EDP é o maior produtor, distribuidor e comercializador de electricidade em Portugal. Tem também negócios significativos em Espanha (produção e distribuição de electricidade), no Brasil (produção, distribuição e comercialização de electricidade) e nos EUA (produção de electricidade) e desenvolve negócios na actividade de distribuição e comercialização de gás na Península Ibérica. A EDP Produção é uma das empresas do Grupo EDP que detém activos de produção de electricidade em Portugal, com excepção dos activos eólicos que pertencem à EDP Renováveis. O volume de negócios da EDP em 2007 totalizou 11 010,7 milhões de euros, dos quais 18,7% são relativos à EDP Produção. Em 2007 a produção de electricidade da EDP foi de 47,4 TWh, dos quais cerca 54% são relativos à EDP Produção. In Comentários ao relatório Prévio de Avaliação DT 03/08

CONTACTOS ENG.º NEVES DE CARVALHO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 4º Lugar ( 80,0%)

CLASSIFICAÇÃO SECTORIAL

A Tejo Energia S.A. existe desde 1993 e tem por objectivos deter, explorar e manter a Central Termoeléctrica do Pego. Para além disso, a Tejo Energia é uma das maiores companhias privadas em Portugal em termos de Activos. in www.tejoenergia.com

“O Pego continua a ser fundamental para o abastecimento de energia em Portugal e no contexto do novo Mercado Ibérico de Electricidade. Apesar das longas paragens das Unidades de produção, referidas anteriormente, estivemos em serviço durante mais de 97% do tempo restante a que corresponde uma produção de electricidade 3.615 GWh e uma quota de mercado de 7.2%.” Paulo Almirante in Relatório e Contas 2007

CONTACTOS DR.º ANTÓNIO LOPES DA SILVA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 27º Lugar ( 32,1%)

A/B/C/D

75% / 40% / 20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA

PETROGAL GALP ENERGIA EMPRESA

Nascida em 2000, a Galp Energia é o grupo responsável pela remodelação do sector energético português, relativamente ao petróleo e ao gás natural. A Galp Energia detém a totalidade da Petrogal (produção e exploração de petróleo, e refinaria e marketing de produtos petrolíferos), empresa escolhida para avaliação neste projecto, já que a Refinação compõe o core business do Grupo. É constituída pelas refinarias de Sines e do Porto. in www.galpenergia.com O Grupo Galp é constituído pela Galp e subsidiárias, na qual se inclui a Petróleos de Portugal – Petrogal, S.A. (“Petrogal”) e respectivas subsidiárias que desenvolvem as suas actividades de upstream e downstream na área do petróleo bruto e seus derivados. A Petrogal é a única empresa a operar no sector da refinação de petróleos em Portugal e controla maioritariamente a distribuição de produtos refinados de petróleo através da marca GALP, da qual é proprietária. in Relatório e Contas 2007

/ Definição de objectivos ambientais e

CONTACTOS

100% / 60% / 100% / 66,67%

fixação de metas de redução de GEE; / Elaboração do relatório de sustentabilidade.

CLASSIFICAÇÃO GERAL

Aspectos passíveis de melhoriA

Aspectos positivos

emissões de GEE como o trajecto casatrabalho-casa dos seus colaboradores; / Definição de uma política de fornecedores com critérios ambientais.

de certificação ambiental; / Divulgação interna sobre o tema das alterações climáticas.

2º Lugar ( 53,1%)

A/B/C/D

/ Contabilização de fontes indirectas de

Aspectos positivos

/ Realização de auditorias e processos

DR.ª SOFIA SEQUEIRA 12º Lugar ( 64,3%)

A/B/C/D

100% / 50% / 80% / 25%

Aspectos passíveis de melhoriA / Definição de objectivos ambientais

quantificados e directamente relacionados com alterações climáticas; / Elaboração de inventários de GEE para além das obrigações legais.

/ As alterações climáticas são debatidas a nível de conselho de administração / Realização de inventários de emissões de GEE e sua divulgação.

60

Aspectos positivos

/ As alterações climáticas são debatidas a nível de conselho de administração; / Verificação externa do Relatório se Sustentabilidade


CEPSA - REFINAÇÃO

PORTUCEL

EMPRESA

SOPORCEL

A Compañía Española de Petróleos, S.A. (CEPSA) é líder no desenvolvimento de actividades integradas e relacionadas com o petróleo e com a petroquímica, como a exploração e produção de crude, refinação, transporte, comercialização de derivados petrolíferos e elaboração de produtos petroquímicos de valor acrescentado, como plásticos, fibras sintéticas e detergentes. A CEPSA possui três refinarias em Espanha (Gibraltar-San Roque, La Rábida e Tenerife), com uma capacidade total de destilação de 21 milhões de toneladas de crude por ano, mais de um terço do total nacional. Além destas três refinarias, a CEPSA tem uma participação de 50% na refinaria de asfaltos ASESA, situada em Tarragona, com uma capacidade anual de um milhão de toneladas.

EMPRESA

O Grupo PortucelSoporcel resulta da junção da Portucel e da Soporcel, posicionando-se entre os cinco maiores produtores europeus de papéis finos não revestidos, e líder do sector na Península Ibérica, possui uma posição de destaque no mercado europeu de pasta e papel A estrutura produtiva do Grupo assenta em três Fábricas, localizadas em Setúbal, Figueira da Foz e Cacia. in www.portucelsoporcel.com/pt

A estrutura produtiva industrial do Grupo corresponde a três complexos industriais, localizados em Setúbal, Figueira da Foz e Cacia.

in www.cepsa.com

in www.portucelsoporcel.com/pt

CONTACTOS

CONTACTOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL

CLASSIFICAÇÃO GERAL

A/B/C/D

A/B/C/D

DR.ª MARISA SILVA 5º Lugar (78,6%)

DR.ª ANA NERY 14º Lugar ( 60,7%)

100% / 70% / 80% / 75%

100% / 60% / 60% / 25

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Definição de um objectivo de

/ Elaboração de inventários de GEE para além das obrigações legais. / Verificação externa do Relatório de Sustentabilidade.

Aspectos positivos

/ Definição e divulgação de objectivos ambientais quantificados; / Consideração das alterações climáticas a nível de conselho de administração.

Aspectos passíveis de melhoriA

CELULOSE BEIRA INDUSTRIAL (CELBI), S.A. EMPRESA

A Celulose da Beira Industrial, SA produz uma pasta de fibra curta branqueada e leva a cabo a plantação, conservação e exploração florestal. Durante o exercício de 2007 obteve resultados líquidos de 41 milhões de euros. Pertence ao Grupo Altri, que a integrar os activos industriais, compreendendo, na altura a Caima (produção de pasta de papel, produção e exploração florestal e produção de energia a partir de recursos renováveis) e a F. Ramada (aços especiais e sistemas de armazenagem). in www.celbi.pt

CONTACTOS

DR.ª SOFIA REIS JORGE

CLASSIFICAÇÃO GERAL 25º Lugar ( 35,7%)

A/B/C/D

25% / 50% / 30% / 25%

Aspectos passíveis de melhoriA

redução de emissões de GEE; / Desenvolver política de fornecedores com base em critérios climáticos.

/ Elaboração de relatório de sustentabilidade; / Definição de um objectivo de

Aspectos positivos

Aspectos positivos

/ Participação de membros da administração no debate público sobre alterações climáticas; / Investimentos em energias renováveis.

redução de emissões de GEE.

/ Existência de departamento específico para tratar de questões sobre alterações climáticas; / Introdução de medidas de eficiência energética e investimentos em energias renováveis.

61


REVIGRÉS, S.A. EMPRESA

Fundada em 1977 a Revigrés produz pavimentos e revestimentos vidrados por monocozedura e grés porcelânico, ocupando uma posição de liderança no mercado cerâmico nacional. * A empresa assume hoje uma posição de liderança no mercado cerâmico nacional, com a produção de revestimentos cerâmicos vidrados e revestimentos / pavimentos em grés porcelânico, exportando cerca de 40 por cento. in www.revigres.pt

CONTACTOS

DR.ª MARIA HELENA OLIVEIRA ROCHA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

25% / <20% / <20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA / Realização de relatório de sustentabilidade; / Definição de objectivos ambientais e de redução de emissões de GEE.

CINCA - COMPANHIA INDUSTRIAL DA CERÂMICA, S.A. EMPRESA

A CINCA - Companhia Industrial de Cerâmica, S.A., fundada em 1964, produz Revestimentos & Pavimentos Cerâmicos, Interiores e Exteriores. Reconhecida como líder do mercado português, com 6 unidades de produção, e representando cerca de 17% da produção nacional do sector, desde 1998 a CINCA está integrada no grupo italiano Ceramiche Ricchetti. in www.cinca.pt

NOTA: Empresa não colaborou & existe informação.

CONTACTOS

DR.ª MARGARIDA SOARES / ENG. LUÍS MOTA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

25% / <20% / <20% / <20%

Aspectos positivos

Aspectos passíveis de melhoriA

o tema das alterações climáticas; / Desenvolvimento de iniciativas que focam as alterações climáticas.

eficiência energética; / Inclusão de informação ambiental no relatório e contas.

/ Existência de departamento para debater

/ Implementação de medidas de

Aspectos positivos

/ Desenvolvimento de Sistema de Gestão da Qualidade que abrange a gestão ambiental.

62

CONTINENTAL MABOR EMPRESA

A Continental estabeleceu-se em 1990 no Norte de Portugal, adquirindo uma firma local. A Continental Mabor obteve já 12 prémios e certificações de qualidade, ambientais e de saúde e segurança no trabalho. in European Investment Bank (2000)

NOTA: Empresa não colaborou & não existe informação.

CONTACTOS

ENG.º DOMINGOS MACHADO


QUIMIGAL (CUF-QI) EMPRESA

A Quimigal (CUF-Químicos Industriais) é uma empresa industrial química que lidera a Área dos Químicos Industriais do Grupo CUF, a holding química do Grupo José de Mello, A Área dos Químicos Industriais é constituída por um grupo de empresas que actuam na área dos produtos intermédios da Química Inorgânica e Orgânica pesada, Distribuição de Produtos Químicos e no Ambiente. in www.quimigal.pt

CONTACTOS

DR.ª MARÍLIA RAMOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

25% / <20% / <20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Departamento responsável pelo tratamento de questões relacionadas com alterações climáticas; / Realização de relatório de sustentabilidade;

Aspectos positivos

/ Desenvolvimento de iniciativas pela empresa em que se inclui a questão das alterações climáticas; / Certificação ambiental;

CIMPOR - INDÚSTRIA DE CIMENTOS, S.A. (GRUPO CIMPOR) EMPRESA

A Cimpor - Cimentos de Portugal, E.P. constituiuse em 1976. É o maior Grupo cimenteiro português, detém o 10º lugar no ranking mundial, e é líder nacional nos mercados de Portugal e Moçambique nas áreas de produção e comercialização do cimento, cal hidráulica, betão e agregados, prefabricação de betão e argamassas secas. Tem uma capacidade instalada de 24 Milhões toneladas de cimento /ano. O Cimento constitui o core business do Grupo. A CIMPOR é um Grupo cimenteiro internacional – um dos dez maiores a nível mundial – com sede e centro de decisão em Portugal, cuja actividade, no final de 2007, se estendia a doze países de quatro continentes, com uma capacidade instalada de produção de cimento (com clínquer próprio) de 28,4 milhões de toneladas/ano.

SECIL - COMPANHIA GERAL DE CAL E CIMENTO, S.A. (GRUPO SECIL) EMPRESA

A Secil é uma das principais empresas produtoras de cimento em Portugal, fundada em 1930. Com uma produção anual na ordem de 4 milhões de toneladas de cimento, assegura mais de 35% das necessidades de cimento em Portugal, através das suas fábricas Secil-Outão, Maceira-Liz e CibraPataias. As duas últimas integram a CMP, empresa detida a 100% pela Secil. in www.secil.pt

CONTACTOS

ENG.º BRAVO FERREIRA NOTA: Empresa recusou participar..

in www.cimpor.pt

NOTA: Empresa não colaborou & existe informação.

CONTACTOS

DR.º RAUL CALDEIRA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 9º Lugar (67,9%)

A/B/C/D

75% / 60% / 70% / 75%

Aspectos passíveis de melhoriA / Criação de incentivos internos para permitir

concretizar objectivos ambientais estabelecidos; / Desenvolvimento de política de fornecedores considerando critérios ambientais.

Aspectos positivos

/ Elaboração de relatório de sustentabilidade com uso de indicadores adicionais do GRI. / Redução verificada de redução de emissões de GEE.

63


TINTAS CIN EMPRESA

As Tintas CIN nasceram em 1926 e desde logo concentraram a sua actividade na indústria de tintas e vernizes, servindo um mercado na altura ainda não segmentado. A CIN Integra o maior grupo ibérico no mercado de tintas e vernizes o Grupo CIN cuja actividade está orientada por uma postura de liderança de performance nos mercados em que intervém e pela optimização da sua carteira de negócios. O Grupo CIN é um dos principais intervenientes no mercado das tintas e vernizes, liderando o mercado nacional desde 1992 e o mercado ibérico desde 1995. in www.cin.pT

CONTACTOS

ENG.º JOSÉ CALVÃO / MARINA ALVES

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

25% / <20% / <20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA / Elaboração de relatório de

sustentabilidade;objectivos ambientais estabelecidos; / Definição de objectivos ambientais. considerando critérios ambientais.

Aspectos positivos

/ Participação de membros da administração no debate público sobre alterações climáticas; / Medidas de certificação.

TINTAS DYRUP EMPRESA

A Dyrup é uma empresa multinacional de origem Dinamarquesa, não cotada na Bolsa de Valores de Lisboa, que tem como principais actividades o desenvolvimento, produção e venda de tintas para a construção civil e produtos para o tratamento de madeira. in www.dyrup.pt

NOTA: Empresa não colaborou & existe informação.

CONTACTOS

ENG.ª PAULA LOURENÇO / ENG.ª HELENA BENTES

MOTA-ENGIL, ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A. (GRUPO MOTA-ENGIL) EMPRESA

No ano de 2003 concluiu-se o processo de reorganização do Grupo Mota-Engil. A Mota-Engil Engenharia e Construção SA, principal empresa operacional do grupo. Desenvolve actividade principal na área da construção (empreitadas de obras públicas e privadas e actividades com elas conexas). Têm uma larga presença em mercados internacionais, e são também o grupo de construção português com maior presença externa na Europa alargada. in www.mota-engil.pt

CONTACTOS

DR.º RUI PEDROTO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

25% / <20% / <20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA / Desenvolver política de fornecedores

incluindo critérios ambientais; / Realização de inventário de emissões de GEE.

Aspectos positivos

/ Certificação e auditoria em obra; / Existência de departamento específico para tratar o tema das alterações climáticas.

64


SOMAGUE ENGENHARIA, S.A. EMPRESA

A SOMAGUE foi constituída em 1952, tendo em 1993 adoptado a actual denominação, actuando na área da construção, ambiente e energia, transportes, e imobiliário. Em 2004 dá-se a integração da SOMAGUE no Grupo espanhol SyV - Sacyr Vallehermoso. A Somague Engenharia é a subsidiária responsável pelo core business do ex-grupo Somague. in www.somague.pt

CONTACTOS

ENG.º MIGUEL GALVÃO TOMÉ

TEIXEIRA DUARTE ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES, S.A. EMPRESA

Representando um dos mais importantes Grupos Económicos Portugueses, a “TEIXEIRA DUARTE– Engenharia e Construções, S.A.” (TEIXEIRA DUARTE) é actualmente controlada pela sociedade de raiz estritamente familiar “TEIXEIRA DUARTE – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.”, a quem são imputáveis mais de 52% do capital social. in www.tduarte.pt

CONTACTOS

A/B/C/D

CLASSIFICAÇÃO GERAL

75% / 60% / 50% / 33,33%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Análise das fontes indirectas de emissões de GEE; / Definição de objectivo de redução de emissões de GEE a atingir.

Aspectos positivos

EMPRESA

A FISIPE é um produtor europeu de fibras acrílicas com fábrica no Lavradio, Portugal, desde 1976. A empresa foi constituída em 1973, fruto de um joint-venture entre a CUF e o grupo japonês Mitsubishi e está cotada na Bolsa de Valores de Lisboa desde 1986. A FISIPE, de empresa fundamentalmente produtora de fibras têxteis standard, tem-se vindo a tornar, gradualmente, numa empresa produtora de fibras acrílicas especiais, nomeadamente fibras pré-tintas, funcionais e para aplicações técnicas. A FISIPE é uma empresa essencialmente exportadora, exportando 95% da sua produção e actuando nos mercados a nível mundial. in www.fisipe.pt

CLASSIFICAÇÃO GERAL 17º Lugar (53,3%)

FISIPE

ENG.º JOSÉ PEDRO COBRA FERREIRA 33º Lugar ( <20%)

A/B/C/D

<20% / <20% / <20% / <20%

NOTA: Empresa não colaborou & nao existe informação.

CONTACTOS ENG.º JORGE REGINO

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Desenvolvimento de departamento específico para tratar do tema das alterações climáticas, ou inclusão em departamento já existente; / Definição de objectivos ambientais.

/ Elaboração de relatório de sustentabilidade com uso de indicadores adicionais do GRI. / Debate das alterações climáticas a nível de conselho de administração.

Aspectos positivos

/ Desenvolvimento de programas de gestão que incluem a componente ambiental.

65


LAMEIRINHO EMPRESA

A Lameirinho foi fundada em 1948, por Joaquim Martins Coelho Lima, pai da actual presidente da empresa. A forte tradição familiar aliada a uma constante modernização das estruturas das estruturas e equipamentos levou a Lameirinho a um patamar de destaque no panorama nacional e internacional. in www.lameirinho.pt

CONTACTOS

DR.º FERNANDO COSTA / DR. OCTÁVIO PEREIRA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar ( < 20%)

A/B/C/D

25% / < 20% / < 20% / < 20%

Aspectos passíveis de melhoriA / Definição de objectivos ambientais. / Desenvolvimento de acções que foquem o tema das alterações climáticas.

Aspectos positivos

/ Existência de departamento para tratar do tema das alterações climáticas; / Implementação de modelo de certificação.

LACTOGAL, PRODUTOS ALIMENTARES, S.A. EMPRESA

A LACTOGAL, Produtos Alimentares S.A., é uma empresa agro-alimentar portuguesa especializada em lacticínios e seus derivados. Fundada pela AGROS - União das Cooperativas de Produtores de Leite Entre Douro e o Minho e Trás-os-Montes, UCRL, a LACTICOOP - União das Cooperativas de Produtores de Leite entre Douro e Mondego, UCRL, e a PROLEITE/MIMOSA S.A. e cujo propósito é produzir e comercializar, nos mercados nacional e internacional, lacticínios e outros bens alimentares através das suas marcas.

NESTLÉ PORTUGAL, S.A. EMPRESA

A Nestlé Portugal, S.A. é uma sociedade de direito português detida a 100% pela Nestlé España, S.A.. Ambas as sociedades integram o Grupo Nestlé, cuja empresa-mãe é a sociedade Nestlé, S.A., com sede em Vevey, na Suíça. O Grupo Nestlé é o maior produtor mundial de alimentos e água engarrafada, estando presente de forma directa na maioria das empresas do mundo, empregando cerca de 253 000 pessoas e tendo fábricas estabelecidas em 85 países. in Comentários ao Pré-Relatório

CONTACTOS

in www.lactogal.pt

ENG.ª SANDRA SARAIVA

CONTACTOS

24º Lugar ( 36,7%)

DR.º JOÃO PEDRO SILVA

NOTA: Empresa recusou participar.

CLASSIFICAÇÃO GERAL A/B/C/D

<20% / 70% / 30% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA / Participação de membros da administração no debate público sobre o tema; / Definição de política de fornecedores e compras com base em critérios climáticos.

Aspectos positivos

/ Desenvolvimento de iniciativas que focam a problemática das alterações climáticas; / Definição e comunicação de objectivos ambientais directamente ligados com a redução de emissões de GEE.

66


TAP - TRANSPORTE AÉREO, S.A.

SATA INTERNACIONAL

EMPRESA

EMPRESA

A TAP iniciou a sua actividade em Março de 1945. Em Junho de 2003 a holding TAP – Transportes Aéreos Portugueses foi constituída. Neste grupo empresarial inserem-se os negócios estratégicos de transporte aéreo de passageiros e carga, manutenção e engenharia de aeronaves, serviço de assistência em terra e outros negócios acessórios. in www.tap.pt

CONTACTOS

ENG.ª MARIA JOÃO CALHA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 10º Lugar ( 66,7%)

A/B/C/D

100% / 70% / 40% / 83,33%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Inclusão de emissões indirectas no inventário; / Desenvolvimento de iniciativas pela empresa que focam o tema da alterações climáticas.

Aspectos positivos

/ Concretização de objectivos de redução de GEE; / Participação activa no debate publico

Subsidiária da SATA Air Açores e licenciada para operar voos no exterior dos Açores, a SATA Internacional resultou da transformação da Oceanair – uma companhia aérea adquirida pela SATA Air Açores em 1994. in www.sata.pt

CONTACTOS

ENG.º NUNO RODRIGUES NOTA: Empresa recusou participar.

PATINTER PORTUGUESA DE AUTOMÓVEIS TRANSPORTADORES, S.A. EMPRESA

PATINTER, S.A., empresa fundada em 1967, com a finalidade de dar apoio à linha de montagem de automóveis localizada em Mangualde, possui instalações físicas em Portugal, Espanha e França, e realiza transportes rodoviários nacionais e internacionais. in www.patinter.net

A Patinter é uma empresa que tem como finalidade dar apoio à linha de montagem de automóveis localizada em Mangualde ao mesmo tempo que realiza transportes rodoviários nacionais e internacionais

CONTACTOS

DR.º JÚLIO FERNANDES NOTA: Empresa não colaborou & não existe informação.

sobre alterações climáticas.

67


TRANSPORTES LUÍS SIMÕES, S.A. (GRUPO LUÍS SIMÕES) EMPRESA

A Transportes Luís Simões (TLS) é a base da construção de todo o Grupo Luís Simões, tendo verificado desde a sua fundação um crescimento permanente, sustentado por uma visão estratégica do negócio, clara e inovadora, que levou a empresa à posição de líder destacado no sector dos transportes rodoviários de mercadorias em Portugal e que permite fundar as bases do posicionamento do Grupo Luís Simões como o mais importante Operador Logístico e de Transportes em toda a Península Ibérica. Os TLS exercem a actividade do transporte rodoviário de mercadorias a partir de Portugal, liderando o mercado do transporte nacional e, em conjunto com a Luis Simões Logística Integrada, lidera o mercado dos fluxos rodoviários entre os dois países ibéricos. Desenvolve ainda serviços de transporte internacional com toda a Europa, principalmente com França, Itália, Alemanha e Benelux. in www.luis-simoes.pt

CONTACTOS

DR.ª MARIA ANTÓNIA DO ROSÁRIO

CLASSIFICAÇÃO GERAL

STCP - SOCIEDADE DE TRANSPORTES COLECTIVOS DO PORTO, S.A. EMPRESA

A Sociedade de Transportes Colectivos do Porto, SA é uma empresa detida pelo Estado Português. Como uma das principais empresas de transporte público de passageiros do país, a STCP está empenhada em desenvolver a sua actividade de prestador de serviço público dentro da Área Metropolitana do Porto (AMP) de uma forma socialmente responsável, pretendendo colaborar activamente para o seu desenvolvimento sustentável.

CLASSIFICAÇÃO GERAL

CLASSIFICAÇÃO GERAL

A/B/C/D

DR.º JOAQUIM REINAS 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

68

100% / 70% / 60% / 83,33%

Aspectos passíveis de melhoriA

inventário de emissões de GEE; / Disponibilização de todos os critérios adicionais do GRI.

/ Inclusão no inventário de emissões

de indicadores adicionais do GRI.

eficiência energética.

8º Lugar (73,3%)

Aspectos passíveis de melhoriA

de emissões de GEE. Aspectos positivos

/ Divulgação pública de objectivos ambientais; / Implementação de medidas de

ENG.º ANTÓNIO PARENTE

25% / <20% / 20% / 33,3%

Aspectos positivos

Aspectos positivos

in www.carris.pt

CONTACTOS

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Elaboração de relatório de sustentabilidade; / Desenvolvimento de inventário

Empresa de transporte público de passageiros centenária - fundada em 1872. Engloba eléctricos, autocarros, ascensores e elevador de Lisboa, assim como outros serviços. A Carris tem procurado ao longo dos últimos anos ajustar o seu funcionamento às necessidades do mercado, aumentando a sua eficácia e promovendo a melhoria de qualidade da sua oferta com a aposta estratégica no controlo da qualidade ambiental.

CONTACTOS

as fontes indirectas; / Submissão de relatório de sustentabilidade a verificação externa.

75% / 40% / <20% / <20%

EMPRESA

in Relatório & Contas - STCP

A/B/C/D

31º Lugar ( 23,3%)

COMPANHIA CARRIS DE FERRO DE LISBOA, S.A.

/ Elaboração de inventário de emissão de GEE; / Utilização, no relatório de sustentabilidade,

/ Inclusão de emissões indirectas no

Aspectos positivos

/ Concretização de objectivos de redução; / Elaboração de inventário de emissões de GEE.


CP - COMBOIOS DE PORTUGAL, S.A. EMPRESA

A CP – Caminhos de Ferro Portugueses, E.P. foi criada em 1975 como empresa pública responsável pela gestão do caminho de ferro em Portugal. Opera-se em 1997 a separação entre a exploração de serviços de transporte, que se mantém concessionada à CP, agora Comboios de Portugal. Os comboios urbanos representam cerca de 87% do total de passageiros transportados in www.cp.pt

CONTACTOS

DR.ª LÍGIA MOREIRA / ENG. FILIPE FERREIRA

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

25% / 20% / <20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA

FERTAGUS, TRAVESSIA DO TEJO, S.A. EMPRESA

A FERTAGUS, empresa do Grupo Barraqueiro obteve a concessão para o transporte suburbano de passageiros do Eixo Ferroviário Norte/ Sul. Ao todo, servem actualmente 14 estações numa extensão de linha com cerca de 54 km.A FERTAGUS é o primeiro operador privado a assegurar a gestão e exploração comercial de uma linha ferroviária em Portugal. in www.fertagus.pt

METROPOLITANO DE LISBOA EMPRESA

O Metropolitano de Lisboa tem a seu cargo a exploração de uma rede, predominantemente subterrânea, de transportes colectivos na cidade de Lisboa e zonas limítrofes, de natureza ferroviária em situ próprio, bem como todas as acções ligadas à sua modernização e expansão na lógica da vocação específica do seu meio de transporte, não só no contexto da cidade como no sistema multimodal de transportes de que é componente. in www.metrolisboa.pt

CONTACTOS

CONTACTOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL

CLASSIFICAÇÃO GERAL

A/B/C/D

A/B/C/D

DR.º NUNO SOARES LOPES 32º Lugar (20%)

<20% / 30% / 30% / <20%

/ Participação de membros da administração

no debate público sobre alterações climáticas; / Elaboração de relatório de sustentabilidade.

Aspectos passíveis de melhoriA

Aspectos positivos

Aspectos positivos

da temática das alterações climáticas; / Implementação de um sistema de gestão ambiental.

Aspectos positivos

/ Definição de objectivos ambientais; / Realização de relatório de sustentabilidade.

/ Desenvolvimento de iniciativas no âmbito / Desenvolvimento de material informativo sobre o tema das alterações climáticas, como o manual de boas práticas; / Desenvolvimento de medidas de eficiência energética.

DR.ª SARA PLÁCIDO 23º Lugar (40%)

<20% / 20% / 70% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Definição de objectivo de redução

de emissão de GEE a atingir; / Definição de departamento responsável pela questão das alterações climáticas.

Aspectos positivos / Submissão do relatório de

sustentabilidade a verificação externa; / Elaboração de inventário de emissões de GEE, incluindo emissões indirectas.

69


MODELO CONTINENTE, S.A. (GRUPO SONAE)

PINGO DOCE, S.A. (GRUPO JERÓNIMO MARTINS)

EMPRESA

EMPRESA

A Modelo Continente é a sub-holding do grupo Sonae para a área do retalho. A empresa opera um vasto conjunto de cadeias de base alimentar e não alimentar como os hipermercados Continente, mini-hipermercados Modelo e supermercados Modelo Bonjour. Tem um volume de vendas brutas consolidadas de cerca de 4,0 mil milhões de Euros em 2003.

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS EMPRESA

Em 1876 constituiu-se a Caixa Geral de Depósitos, e em 1988 o Grupo CGD. Este Grupo mantém uma posição de liderança do sistema bancário, expressa nas diversas quotas de mercado das principais componentes da actividade. As notações de rating da CGD são apoiadas no facto de o banco ser totalmente detido pelo Estado Português, o que o torna um poderoso interveniente na banca de retalho no mercado nacional.

Aspectos passíveis de melhoriA

Em 1980 dá-se a constituição dos Supermercados Pingo Doce, Distribuição Alimentar, Lda., e definição de uma estratégia clara de exploração do segmento de supermercados, por parte do Grupo Jerónimo Martins. Desde então o crescimento no mercado português tem sido nítido. O Feira Nova é a insígnia de hipermercados do Grupo Jerónimo Martins em Portugal. A marca nasceu em 1989 e passou a integrar o Grupo em 1993, com a compra das 3 lojas (Braga, Aveiro e Barreiro) ao Grupo Inovação. Actualmente possui um parque de lojas de média e grande dimensão. O Feira Nova ouve e concretiza os desejos dos seus Clientes, de modo a oferecer-lhes os produtos mais frescos, as melhores oportunidades, toda a variedade para as grandes e pequenas compras. Tudo sempre a preços baixos. in www.pingodoce.pt e www.jeronimomartins.com/pt

Aspectos passíveis de melhoriA

e compras com critérios climáticos.

CONTACTOS

objectivos ambientais da empresa; / Elaboração de relatório de sustentabilidade.

CLASSIFICAÇÃO GERAL

Aspectos positivos

in www.modelocontinente.pt

CONTACTOS

ENG.ª VITOR MARTINS

CLASSIFICAÇÃO GERAL 15º Lugar (60%)

A/B/C/D

100% / 60% / 60% / 33,33%

/ Contabilização de emissões indirectas de GEE; / Elaboração de política de fornecedores

Aspectos positivos

/ Definição de objectivos de redução de GEE; / Discussão sobre alterações climáticas a nível de conselho de administração.

ENG.ª FERNANDO VENTURA / DRA. MARIANA FEIJÓ 22º Lugar (46,7%)

A/B/C/D

75% / 50% / 40% / 33,33%

Aspectos passíveis de melhoriA / Inclusão dos critérios adicionais do GRI,

no relatório de sustentabilidade; / Participação de membros da administração no debate público sobre alterações climáticas.

Aspectos positivos

/ Elaboração de relatório de sustentabilidade; / Iniciativas desenvolvidas pela empresa que focam as alterações climáticas, como as acções de formação aos gerentes de loja.

70

in www.cgd.pt

CONTACTOS

DR.ª ISABEL BARBOSA / DRA. ISABEL GOMES

CLASSIFICAÇÃO GERAL 15º Lugar (60%)

A/B/C/D

100% / 70% / 30% / 66,67%

/ Definir metodologia para alcançar

/ Discussão das alterações climáticas a nível

de conselho de administração e participação activa de membros da administração no debate público sobre o tema; / Investimento em energias renováveis e na eficiência energética.


MILLENNIUM BCP EMPRESA

O Millennium BCP é o maior grupo financeiro privado português, com representação nos continentes europeu, americano, asiático e africano.Com mais 3,5 milhões de clientes e uma quota de mercado de cerca de 25%, o Millennium BCP tem cerca de 1020 sucursais espalhadas pelo país, a maior Rede Bancária em Portugal. O parque de máquinas do Banco representa 25% do mercado nacional. in www.millenniumbcp.pt

NOTA: Empresa não colaborou & existe informação.

CONTACTOS

ENG.º RUI AGAPITO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 17º Lugar (53,3%)

A/B/C/D

75% / 40% / 60% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Definição de objectivos ambientais directamente relacionados com as alterações climáticas; / Criação de política de fornecedores e compras com critérios climáticos.

Aspectos positivos / Submissão do relatório de

sustentabilidade a verificação externa; / Realização de inventário de emissões de GEE, incluindo emissões indirectas.

BANCO ESPÍRITO SANTO EMPRESA

O Banco Espírito Santo ocupa uma posição de liderança em Portugal (Top 3), sustentada na rendibilidade e eficiência, com o objectivo de criação de valor e está presente em mais de 17 países de todos os continentes. Os seus objectivos estratégicos assentes numa estratégia de crescimento orgânico são: manter uma rendibilidade acima da média europeia, manter a Liderança (Top 3) em eficiência na na Península Ibérica e alcançar uma quota de mercado média de 20%. in www.bes.pt

AXA SEGUROS EMPRESA

Do Grupo AXA em Portugal fazem parte a AXA Portugal, Companhia de Seguros, S.A., a AXA Portugal, Companhia de Seguros de Vida, S.A., sociedades anónimas privadas do ramo segurador, a AXA Centro de Serviços a Clientes, ACE , um agrupamento complementar de empresas que presta serviços às duas sociedades anteriores, e a Fundação AXA Corações em Acção. O negócio da AXA, a Protecção Financeira, consiste em acompanhar os Clientes – particulares e pequenas, médias ou grandes empresas – em matéria de seguros, previdência, poupança e transmissão de património, durante as diferentes etapas das suas vidas. In Relatório de Sustentabilidade 2007

CONTACTOS

CONTACTOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL

CLASSIFICAÇÃO GERAL

DR.ª CLÁUDIA DE SOUSA 6º Lugar (76,7%)

A/B/C/D

100% / 60% / 100% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA / Inexistência de metodologias de auditoria ou sistemas de gestão ambiental; / Definição de objectivo de redução de emissões de GEE.

ENG.º LUÍS VAZ / DRA. LUCIANA SILVA / DR. PEDRO CARVALHO OLIVEIRA 17º Lugar (53,3%)

A/B/C/D

<20% / 40% / 70% / 83,33%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Criação de política de fornecedores e

compras com critérios climáticos; / Inexistência de um departamento responsável por questões relacionadas com alterações climáticas.

Aspectos positivos

/ Investimento em energia renováveis; / Criação de incentivos à redução do consumo, de certos produtos, pelos colaboradores e respectivos departamentos.

Aspectos positivos

/ Realização de inventário de emissões de GEE, com utilização de indicadores adicionais do GRI. / Concretização de objectivo de redução de emissão de GEE.

71


IMPÉRIO BONANÇA EMPRESA

Em 2000 é constituída a Império Bonança, Companhia de Seguros S.A., dando-se início a um processo de convergência: Uma Seguradora, Duas Marcas, Duas Redes, Uma Oferta parcialmente alinhada para Uma Marca, Uma Rede, Uma Oferta. O dia 29 de Abril de 2002, marca a unificação da rede de balcões da Império Bonança e o lançamento da sua nova imagem. A Império Bonança integrou assim as suas estruturas, nomeadamente nas áreas de consolidação dos sistemas operativos, no alinhamento completo dos seus produtos e serviços, na reestruturação das suas redes comerciais e na consequente unificação da marca Império Bonança. A nova marca incorpora a cultura e implantação de ambas as marcas e projecta uma imagem de solidez e dinamismo que traduz o forte empenho em posicionar a Império Bonança como uma companhia de seguros moderna e capaz de servir ainda melhor os seus mais de 1,5 milhões de clientes. A 19 de Julho de 2004, o Banco Comercial Português S.A. chega a acordo com o Grupo Caixa Geral de Depósitos relativamente à alienação de 100% do capital social da Império Bonança - Companhia de Seguros, S.A., tendo as formalidades relativas à alienação sido concluídas no dia 28 de Janeiro de 2005.

TELECOMUNICAÇÕES MÓVEIS NACIONAIS EMPRESA

A Telecomunicações Móveis Nacionais (TMN) é o operador de comunicações móveis do Grupo Portugal Telecom e líder de mercado desde 1997. A TMN é uma empresa pioneira no mercado português, primeiro com uma rede analógica e mais tarde com uma rede digital GSM, lançou em 21 de Abril de 2004 a terceira geração de telemóveis de tecnologia UMTS. in www.tmn.pt

CONTACTOS

ENG.º PAULO AMARAL

72

EMPRESA

A Vodafone é o segundo maior operador de Telecomunicações em Portugal e a sua actividade foca-se na prestação de serviços móveis de voz e dados, de serviços fixos e Internet. A Vodafone opera uma rede móvel GSM/GPRS de âmbito nacional, e foi pioneira no lançamento comercial de serviços 3G/UMTS em Portugal e o primeiro operador português a disponibilizar serviços de 3G Banda Larga. in www.vodafone.pt

CONTACTOS

CONTACTOS

ENG.ª ANA MESQUITA

CLASSIFICAÇÃO GERAL

6º Lugar (76,7%)

A/B/C/D

75% / 80% / 60% / 100%

DR.ª FAUSTA FERREIRA 13º Lugar (63,3%)

CLASSIFICAÇÃO GERAL A/B/C/D

75% / 60% / 70% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA

Aspectos passíveis de melhoriA

no relatório de sustentabilidade; / Participação de membros da administração no debate público sobre o tema das alterações climáticas.

/ IParticipação de membros da

administração no debate público sobre o tema das alterações climáticas; / Definição de objectivo de redução de emissões de GEE.

in www.imperiobonanca.pt

NOTA: Empresa não colaborou & não existe informação.

VODAFONE

/ Inclusão de critérios adicionais do GRI,

Aspectos positivos

/ Definição de objectivo de redução

Aspectos positivos

/ Contabilização de emissões indirectas de GEE resultantes do consumo de energia e da sua frota automóvel; / Verificação externa do relatório de sustentabilidade.

de emissões de GEE; / Realização de inventário de emissões de GEE, utilizando a metodologia definida pelo Instituto do Ambiente no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissões.


SONAE SIERRA EMPRESA

A Sonae Sierra é a especialista internacional em centros comerciais. Fundada em Portugal no ano de 1989, é actualmente detida pela SONAE, SGPS (Portugal), com 67.04%, e pela GROSVENOR (Reino Unido) com 32.96%. O modelo de negócio assenta numa estrutura integrada que reflecte as actividades de investimento, promoção e gestão de centros comerciais e de lazer in www.sonaesierra.pt

CONTACTOS

DR.ª ELSA MONTEIRO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 1º Lugar (86,7%)

A/B/C/D

100% / 60% / 100% / 100%

Aspectos passíveis de melhoriA / Inclusão na política de fornecedores e compras critérios climático; / Existência de metodologia para alcançar objectivos ambientais.

Aspectos positivos

/ Consideração das alterações climáticas a nível de conselho de administração; / Concretização de objectivos de redução de emissões de GEE.

CHAMARTÍN IMOBILIÁRIA, S.A. EMPRESA

Chamartín Inmobiliaria, que em Portugal se designa Chamartín Imobiliária, é uma Companhia imobiliária de um grupo inicialmente familiar, de média dimensão, com mais de 60 anos de experiência no sector. A partir da década de setenta a empresa concentrou-se progressivamente no sector imobiliário. Hoje, a sua actividade, centra-se fundamentalmente na promoção e exploração de activos em três áreas de negócio: Residencial, Escritórios e Centros Comerciais. Nos últimos anos a expansão internacional converteu-se no seu objectivo estratégico da Companhia. Em 2006 a Chamartín deu um passo importante no seu processo de internacionalização com a aquisição de 50% da Meermann Gruppe, na Alemanha e de 100% da Amorim Imobiliária. No seu capital participam, para além da família fundadora, como sócios financeiros, o fundo de investimento Morgan Stanley Real State e a Caja Castilla - La Mancha, entre outros. A sede social localiza-se em Madrid e a empresa conta com quase 500 colaboradores em Espanha, Portugal e Alemanha. in www.chamartinimobiliaria.com

CONTACTOS

DR.º ANTÓNIO CARLOS ALMEIDA/ DRA. LUCIANA JESUS

CLASSIFICAÇÃO GERAL 2º Lugar (83,3%)

A/B/C/D

VALORSUL, S.A. EMPRESA

A Valorsul, S.A. é a empresa responsável pelo tratamento e valorização das cerca de 750 mil toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos produzidas, por ano, nos municípios de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira. A sua área de intervenção corresponde a menos de 1% da área total do país, mas valoriza quase um sexto de todo o lixo doméstico produzido em Portugal. Esta imensa quantidade de resíduos é tratada e valorizada pela Valorsul através de um moderno Sistema de Gestão Integrada de RSU adequado ao crescimento e à composição do nosso lixo urbano. in www.valorsul.pt

CONTACTOS

DR.ª JOANA XAVIER

CLASSIFICAÇÃO GERAL 26º Lugar (33,3%)

A/B/C/D

100% / 30% / <20% / 33,33%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Desenvolvimento de relatório

de sustentabilidade. / Definição de objectivos redução de emissão de GEE.

Aspectos positivos

/ Desenvolvimento de inventário de emissões de GEE; / Realização de auditorias de Ambiente segundo a norma NP EN ISO 14001.

100% / 80% / 100% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA / Definição de objectivo de redução

de emissões de GEE; / Análise de fontes indirectas de emissão de GEE.

Aspectos positivos

/ Desenvolvimento de iniciativas relacionadas com alterações climáticas; / Política de fornecedores e compras com critérios climáticos.

73


LIPOR - SERVIÇO INTERMUNICIPALIZAD0 DE TRATAMENTO DE LIXO DA REGIÃO DO PORTO EMPRESA

A LIPOR existe desde 1982, e tem por objecto a reciclagem, valorização, tratamento e aproveitamento final dos resíduos sólidos entregues pelos Municípios do Grande Porto associados, e por outras entidades que a Associação de Municípios venha a admitir, bem como a gestão, manutenção e desenvolvimento das infra-estruturas necessárias para o efeito. in www.lipor.pt

CTT

DHL

EMPRESA

EMPRESA

Os CTT - Correios de Portugal são uma poderosa plataforma multiserviços, visando a satisfação das necessidades dos cidadãos e dos agentes económicos, através de uma rede comercial e logística de elevada qualidade, eficiência e proximidade do Cliente. São um elemento essencial do desenvolvimento social e económico do país, contribuindo para a melhoria dos padrões de qualidade de vida dos clientes e dos trabalhadores, mercê de uma dinâmica, de uma cultura de serviços e de um sentido de responsabilidade social irrepreensíveis. in www.ctt.pt

CONTACTOS

DR.º LUÍS FILIPE PAULO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 2º Lugar (83,3%)

A/B/C/D

CONTACTOS

75% / 70% / 90% / 100%

CLASSIFICAÇÃO GERAL

Aspectos passíveis de melhoriA

A/B/C/D

administração no debate público sobre o tema das alterações climáticas; / Definição de política de fornecedores e compras com critérios climáticos.

DR.ª RITA REBELO 29º Lugar (30%)

75% / 30% / 30% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Definição de objectivos ambientais directamente relacionados com as alterações climática; / Desenvolvimento de inventário de emissões de GEE. Aspectos positivos

Aspectos positivos

/ Existência de departamento específico que trata de questões relacionadas com as alterações climáticas; / Desenvolvimento de iniciativas sobre o tema das alterações climáticas.

74

/ Participação de membros da

Aspectos positivos

/ Definição de objectivos de redução de GEE; / Verificação externa do relatório de sustentabilidade.

A Deutsche Post World Net (DPWN) detém a totalidade do volume de acções da DHL Worldwide Express , através do programa STAR. Este programa também se aplicou em Portugal e portanto à DHL Portugal. Este grupo realizou lucros superiores a 63 mil milhões de euros em 2007 NOTA: Empresa não colaborou & existe informação.

CONTACTOS

DR.ª CRISTINA MARTINEZ /ENG. TERESA MANSO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 29º Lugar (30%)

A/B/C/D

100% / 30% / 20% / <20%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Elaboração de relatório de sustentabilidade. / Definição de objectivos ambientais quantificáveis relacionados com alterações climáticas.

Aspectos positivos

/ Existência de departamento específico

para tratar de temas relacionados com alterações climáticas; / Implementação de Sistema de Gestão Ambiental, segundo a Norma Ambiental ISO 14001:2004


PARTICIPAÇÕES VOLUNTÁRIAS

METRO DO PORTO

DELTA

EMPRESA

EMPRESA

O Metro do Porto é uma empresa, fundada em 1994, a quem o Estado Português concessionou a concepção, a construção e a exploração do Sistema de Metropolitano Ligeiro da Área Metropolitana do Porto. in www.metrodoporto.pt

CONTACTOS

DR.ª CRISTIANE REIS

CLASSIFICAÇÃO GERAL 30º Lugar (26,7%)

A/B/C/D

<20% / 20% / 40% / 33,33%

Aspectos passíveis de melhoriA / Definição de política de fornecedores e

compras com base em critérios climáticos. / Determinação de objectivos de redução de emissões de GEE.

Desde a sua fundação, a Delta assentou em valores sólidos e princípios humanos que se reflectiram na criação de uma marca de Rosto Humano, assente na autenticidade das nossas relações com todas as partes interessadas. Com esta base, desenvolvemos os nossos princípios agora descritos e que constituem uma ferramenta de gestão para nos orientar na acção e nas relações com as partes interessadas. O respeito dos Nossos Princípios Empresariais é requisito fundamental para o desenvolvimento de uma relação sólida e duradoira com as partes interessadas. in Manual de Cultura Delta

/ Elaboração de inventário de emissão de GEE; / Desenvolvimento de relatório de sustentabilidade.

EMPRESA

O Banif - Grupo Financeiro, cuja origem se reporta ao ano de 1988, a partir da transformação da Caixa Económica do Funchal, é hoje um grupo financeiro de vocação universal, com uma rede de distribuição multi-canal e com uma operação Internacional em expansão, que pretende ser uma referência quanto à qualidade de serviço e excelência na gama de produtos e serviços disponibilizados. in www.grupobanif.pt

CONTACTOS

ENG.º LUCIANA MACEDO

CLASSIFICAÇÃO GERAL 20º Lugar (50%)

A/B/C/D

75% / 40% / 50% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA / Submissão de relatório de

sustentabilidade a verificação externa; / Definição de política de fornecedores e compras com critérios ambientais.

Aspectos positivos

/ Identificação de fontes indirectas de emissão de GEE; / Discussão das alterações climáticas a nível de conselho de administração.

O Santander Totta foi criado em Dezembro de 2004 e resulta da reorganização societária de três Bancos Comerciais: o Banco Totta & Açores, o Crédito Predial Português e o Banco Santander Portugal. O Santander Totta com cerca de 1,8 milhões de clientes e 663 agências espalhados por todo o país, detém aproximadamente 11% de quota no sistema bancário português e é o terceiro banco privado em termos de activos e o segundo por resultados. in web.santandertotta.pt

CONTACTOS

CLASSIFICAÇÃO GERAL

CLASSIFICAÇÃO GERAL

A/B/C/D

A/B/C/D

DR.ª CLÁUDIA PORTELA 10º Lugar (66,7%)

Aspectos passíveis de melhoriA / Definição de política de fornecedores e compras com critérios climáticos; / Desenvolvimento de política de eficiência energética.

Aspectos positivos

BANIF

EMPRESA

CONTACTOS

100% / 40% / 80% / 66,7%

Aspectos positivos

BANCO SANTANDER TOTTA

/ Existência de objectivos de redução de emissões de GEE; / Elaboração de Inventário de Emissões de GEE, com base na metodologia do GHG Protocol.

DR.º RUI MIGUEL SANTOS 20º Lugar (50%)

75% / 50% / 40% / 50%

Aspectos passíveis de melhoriA

/ Submissão de Relatório de

Sustentabilidade a verificação externa; / Definição de objectivo de redução de emissão de GEE.

Aspectos positivos

/ Elaboração de inventário de emissões de GEE, incluindo fontes indirectas de emissões.

/ Discussão a nível de conselho de

administração de questões relacionadas com alterações climáticas.

ECOCHOICE EMPRESA

A ECOCHOICE é uma empresa do Grupo Lena, e nasceu de uma ideia de negócio candidata ao concurso Lena Business 2006. Este tem como objectivo fomentar a cooperação entre as empresas e o ensino, premiando a melhor ideia de negócio tornando-a numa nova empresa com o Grupo Lena como accionista. Somos uma equipa tecnicamente sólida, representando várias áreas desde a Engenharia à Arquitectura in www.ecochoice.pt

CONTACTOS

DR.ª LILIANA SOARES

CLASSIFICAÇÃO GERAL 33º Lugar (<20%)

A/B/C/D

<20% / <20% / <20% / <20%

75


ANEXO II LISTA DE ITENS DE AVALIAÇÃO DAS EMPRESAS DO ACGE/07

76


ITENS DE AVALIAÇÃO

FÓRMULA DE PONTUAÇÃO

APROVADA EM C.C.

A. A Estrutura administrativa da empresa e sua supervisão das questões ambientais

PONTUAÇÃO

I.

PONTUAÇÃO MÁXIMA CAPÍTULO = 4

CARACTERIZAÇÃO DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

• Organograma da empresa.

INF

• Composição do CA. Número de administradores não-executivos.

INF

• Auditorias dos R&C e da sua periodicidade.

INF

• A composição accionista da empresa.

INF

• Cotação na Euronext Lisboa.

INF

II.

Modelo de governação da empresa para as questões ambientais e concretamente para as questões

II.1

Qual o número de funcionários da empresa?

relativas às alterações climáticas INF

II.2 Existe um departamento/comité específico para tratar das questões relacionadas com as alterações climáticas/eficiência energética? Se sim, qual o seu nome e data de criação? Qual é o grau de formalização

1

Sim=1 / Não=0

deste departamento? II.2a O departamento/comité anterior trata de outras questões? Se sim, quais?

INF

II.3

Verificar o distanciamento hierárquico do responsável pelo departamento/comité anterior ao CA.

INF

II.4

Verificar se a empresa recorre ao outsourcing nas seguintes áreas em particular:

• Elaboração de Inventários de Emissões de GEE.

INF

• Estudos de medidas de implementação para o aumento de eficiência energética.

INF

• Definição de estratégias (investimento em Energias renováveis, redução de GEE e gestão de carbono).

INF

III.

A ABORDAGEM DA EMPRESA AO DESAFIO DAS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

III.1 Verificar se as alterações climáticas foram concretamente debatidas ao nível do Conselho de Administração, tendo resultado em tomadas de posições oficiais, se se verificou a inclusão ou não da empresa em determinado

2

Sim=2 / Não=0

1

Sim=1 / Não=0

grupo de trabalho voluntário, etc. III.2 Verificar se existem membros da administração a participar activamente no debate público sobre alterações climáticas na qualidade de representante mesma empresa, obtendo o nome do orador ou redactor (para o caso de publicações e artigos em jornais, revistas, etc.), data do acontecimento e objecto apresentado ou escrito. III.3 Qual tem sido o papel dos accionistas nesta questão? • Accionistas questionam o acompanhamento da questão pela empresa.

INF

• Accionistas solicitam definição de estratégias.

INF

• Accionistas solicitam pontos de situação.

INF

• Accionistas solicitam mais informação sobre o tema.

INF

III.4 A empresa disponibiliza mecanismos que permitem a participação dos seus colaboradores nas questões relativas a

INF

alterações climáticas? Se sim, em que moldes é realizada esta participação? Quais são os resultados desta participação?

TABELA 25 / Lista de Itens de Avaliação das Empresas do ACGE 2007

77


ITENS DE AVALIAÇÃO

FÓRMULA DE PONTUAÇÃO

B.

APROVADA EM C.C. GESTÃO DE EMPRESAS E PREOCUPAÇÕES AMBIENTAIS

PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO MÁXIMA CAPÍTULO = 10

IV. CARACTERIZAR AS OBRIGAÇÕES LEGAIS DA EMPRESA NO QUE RESPEITA ÀS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS IV.1 Analisar vínculos legais da empresa para tomar iniciativas face às alterações climáticas (nome e âmbito). V.

INF

A ABORDAGEM DA EMPRESA ÀS ENERGIAS RENOVÁVEIS E À EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

V.1 Analisar os investimentos da empresa em Energias Renováveis. Qual a metodologia adoptada para avaliar o potencial aumento ou redução de emissões associados a investimentos em energias renováveis: Greenhouse Gas Protocol for Project Accounting, Própria; Outras. Quais?

Nota: esta questão é avaliada em

INF

conjunto com V.2

V.2 Analisar os investimentos da empresa em medidas de Eficiência Energética. Qual a metodologia adoptada para avaliar o potencial aumento ou redução de emissões associados a estes: Greenhouse Gas Protocol for Project

2

Sim=2 / Não=0

1

Sim=1 / Não=0

2

Sim=2 / Não=0

Accounting; Metodologia descrita na Proposta de Directiva 2003/0300 COD; Outras? Quais? VI. CARACTERIZAR A ESTRUTURA DE OBJECTIVOS AMBIENTAIS NA EMPRESA VI.1 Verificar a existência de objectivos ambientais quantificados e directamente relacionados com as alterações climáticas (emissões de GEE e eficiência energética). VI.2 Verificar se os objectivos ambientais da empresa são de acesso público (planos de negócios, Relatório&Contas, relatório de sustentabilidade, etc.). VI.3 Metodologia utilizada para alcançar os objectivos ambientais da empresa.

1

Sim=1 / Não=0

• Por compensação e incentivo de colaboradores/administradores.

1

Sim=1 / Não=0

• Desempenho ambiental genérico (quais os parâmetros de avaliação).

1

Sim=1 / Não=0

• Desempenho em eficiência energética.

1

Sim=1 / Não=0

• Certificação e Auditorias Ambientais (nome, periodicidade, entidade, etc).

1

Sim=1 / Não=0

• Outras. Quais?

1

Sim=1 / Não=0

VI.4 Verificar se existe uma política de fornecedores e compras com base em critérios climáticos.

2

Sim=2 / Não=0

• Desempenho em emissões de GEE. 1Sim=1 / Não=0

Que critérios são esses?

TABELA 25 / Lista de Itens de Avaliação das Empresas do ACGE 2007

78


ITENS DE AVALIAÇÃO

FÓRMULA DE PONTUAÇÃO

C.

APROVADA EM C.C. DIVULGAÇÃO DA PREOCUPAÇÃO DAS EMPRESAS PERANTE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

PONTUAÇÃO

VII.

PONTUAÇÃO MÁXIMA CAPÍTULO = 10

A POSIÇÃO DA EMPRESA FACE ÀS EVIDÊNCIAS ACTUAIS SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

VI.1a Analisar vínculos legais da empresa para tomar iniciativas face às alterações climáticas (nome e âmbito).

1

Sim=1 / Não=0

VI.1b A empresa é parceira/sócia de alguma organização ou associação com preocupações ambientais, nomeadamente no que diz respeito às questões das alterações climáticas, eficiência energética ou sustentabilidade

INF

(Ex.: BCSD, RSE, etc.)? VI.2 Qual é a posição da empresa relativamente às alterações climáticas?

INF

VIII. RELATÓRIOS DA EMPRESA SOBRE ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS VIII.1 Quais as formas de informação da problemática das alterações climáticas na empresa: Relatórios, Documentos, Comunicados (internos/de imprensa), Newsletters, Outros (analisando a sua periodicidade, os destinatários e a

2

Sim=2 / Não=0

metodologia de divulgação)? VIII.2 Verificar se a empresa inclui informação ambiental, relacionada com as AC, no seu Relatório e Contas. IX.

CARACTERÍSTICAS DOS RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE

IX.1

A empresa elabora/ publica Relatórios de Sustentabilidade (RS)?

IX.1a Utiliza os “indicadores adicionais” do GRI? Se sim, quais? 2002 Guidelines • Energia: EN17/EN 18/EN19. • Emissões Efluentes e Resíduos: EN30. • Transportes: EN34. G3 Guidelines • Energia: EN5/EN6/EN7. • Emissões Efluentes e Resíduos: EN18. • Transportes: EN29. IX.1b Verificar se o Relatório se Sustentabilidade é submetido a verificação externa.

TABELA 25 / Lista de Itens de Avaliação das Empresas do ACGE 2007

79


ITENS DE AVALIAÇÃO

FÓRMULA DE PONTUAÇÃO

D.

APROVADA EM C.C. INVENTÁRIOS DE GASES COM EFEITOS DE ESTUFA

PONTUAÇÃO

PONTUAÇÃO MÁXIMA CAPÍTULO = 6

X.

ELABORAÇÃO DE INVENTÁRIOS DE EMISSÕES DE GEE

X.1

Verificar se a empresa elabora um Inventário das Emissões de GEE. Analisar os níveis de divulgação dos

2

Se elabora inventários de GEE = 2

• Relatório próprio de emissões de GEE.

2

Se elabora inventários de GEE = 2

• Informação do inventário incluída no Relatório de Sustentabilidade.

2

Se elabora inventários de GEE = 2

• Informação incluída noutros documentos.

2

Se elabora inventários de GEE = 2

resultados do inventário:

XI.

CARACTERÍSTICAS DA ELABORAÇÃO DOS INVENTÁRIOS

XI.1

Verificar a metodologia utilizada:

INF

• Metodologia descrita na Portaria N.º 121/2005.

INF

• Greenhouse Gas Protocol.

INF

• Metodologia sectorial.

INF

• Metodologia própria.

INF

XII.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS DOS INVENTÁRIOS

XII.1

Quais são os gases inventariados pela empresa?

XII.2

Analisar fontes indirectas de GEE consideradas, como:

INF 1

Se contabilizar

• Electricidade ou gás natural comprado a terceiros.

1

electricidade

• Emissões associadas aos transportes (como transporte dos funcionários nos trajectos casa-empresa, transporte de

1

ou gás natural

material para a empresa, etc.). • Outras. XIII.

e emissões dos

1

XIII.1 Qual a data que empresa considera para referenciar as suas emissões. XIV.

transportes = 1

DEFINIÇÃO DE UM ANO DE REFERÊNCIA SOBRE O QUAL CONTABILIZAR AS EMISSÕES1 INF

PROJECÇÕES DE EMISSÕES DE GEE

XIV.1 Está definido um objectivo de emissões de GEE a atingir?

2

Sim = 1 / Não =0

XIV.1a Encontrar os objectivos percentuais de redução de emissões de cada empresa.

INF

XIV.1b Verificar a periodicidade que a empresa considera para os seus objectivos. Ver se tem objectivos para todos os

INF

anos até a que máximo (10 anos por exemplo). XIV.1c Verificar se a empresa já conseguiu alguma redução nas suas emissões, se tem atingido os objectivos propostos,

1

Sim = 1 / Não =0

e através de que principais medidas. Caso não o esteja a conseguir, analisar as razões. XIV.2 Existe acesso público às projecções de emissões de GEE? Em qualquer dos casos analisar os motivos.

TABELA 25 / Lista de Itens de Avaliação das Empresas do ACGE 2007

80

INF


81


OBServações

82


83


84


Agradecimentos A realização do Projecto “Responsabilidade Climática em Portugal: Índice ACGE2007” só foi possível com a dedicação e esforço de todas as partes envolvidas. O nosso reconhecimento vai desde o Conselho Consultivo, em especial ao Engº Luís Rochartre e a Dra. Anabela Vaz Ribeiro, pelo apoio prestado tanto a nível intelectual como a nível de disponibilidade e pela sua estimável ajuda na construção de mais uma edição do Índice, aos parceiros do projecto pelo seu contributo nas mais diversas áreas.

PATROCÍNIOS

Às empresas cabe-nos agradecer a sua participação e contributo no fornecimento dos dados de análise essenciais para a construção do Ranking.

Á equipa da PricewaterhouseCoopers, em especial à Eng.ª Cláudia Coelho, cabe nos agradecer o seu empenho em garantir que os dados que compõem o Índice são válidos e que todo o processo sofreu um controlo adicional de qualidade.

parceiros

Por último o autor do projecto gostaria de agradecer à Ana Gomes, à Sara Dourado, a todos elementos da Euronatura e também à Catarina Golias, todos amigos que colaboraram para que o Índice ACGE se tornasse uma realidade.

85


EURONATURA CENTRO PARA O DIREITO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO

Normadesign.com

www.euronatura.pt Av. Gomes Pereira Nº 98, 4º Andar, Benfica 1500 - 332 Lisboa / Portugal Tel.: 213 868 420 / Fax.: 213 868 419 geral@euronatura.pt

A EURONATURA – Centro para o Direito Ambiental e

a matéria. É ainda de realçar a participação membros da

Desenvolvimento Sustentado é uma organização sem fins

Euronatura na Delegação Portuguesa de Clima da Convenção

lucrativos equiparada a organização não-governamental de

Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas

ambiente, especializada em investigação em ciência, política

(UNFCCC), durante a Presidência Portuguesa ao Conselho da

e direito de ambiente, particularmente no respeitante a

EU, em 2007.

matérias de cariz internacional. Durante a última década a Euronatura dedica-se à executar Fundada em 1997, a EURONATURA organiza o seu trabalho

de projectos na área das alterações climáticas, como é índice

em três áreas programáticas fundamentais: Ciência e Política

Alterações Climáticas e Gestão de Empresas (ACGE), que

das Alterações Climáticas, Águas Internacionais e Economia

aqui divulgamos. O ACGE tem uma história feita de quatro

e Ambiente.

anos de experiencia, e continua a desempenhar a sua função na consciencialização de todos actores económicos com

A Euronatura organizou, na área das Alterações Climáticas,

oempenho de sempre. Continua a acreditar que o desafio das

e em parceria com a Faculdade de Ciência e Tecnologia da

alterações climáticas deve ser concretizados por todos os

Universidade Nova de Lisboa, o Workshop “Economia de

actores. Neste contexto assume as funções de representação

Carbono – Oportunidades e Constrangimentos para Portugal”,

social, que lhe foram conferidas na sua génese, partilhando

que teve lugar em 2001 e que se pode considerar como tendo

com as empresas e os seus parceiros o esforço de combate ás

sido o primeiro grande evento público em Portugal sobre

alterações climáticas.


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