A arte da adivinhação - Volume 3

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AULA 1 ASTROLOGIA E SUA RELAÇÃO COM AS ASTRONOMIA

“Astronomia”

e

“Astrologia”

são

dois

termos

bem

próximos

etimologicamente falando, sendo que o primeiro significa “Lei dos astros”, enquanto o segundo significa “Estudo dos astros”. Ambas as palavras são interpretadas diretamente do sentido grego de sua origem, entretanto, existem importantes diferenças entre elas. A DEFINIÇÃO DE ASTRONOMIA Denomina-se Astronomia a ciência responsável pelo estudo dos planetas, estrelas, satélites, cometas, sistemas solares, constelações e nebulosas. Tratase dos conhecimentos científicos referentes à parte física dos astros, como a sua posição, tamanho, localização etc., além de se dedicar ao descobrimento de novos astros celestes e de nomeá-los.

Esta ciência exata e natural se preocupa com a origem, evolução, composição, classificação e dinâmica de todos os corpos celestes.


O trabalho de um astrônomo profissional envolve a sua formação superior, com o domínio de áreas do conhecimento como a Física e Matemática, aliado a uma boa habilidade observacional e aguçado senso crítico. É uma das mais antigas ciências, datando de épocas da antiguidade, tendo origem em práticas religiosas pré-históricas. A DEFINIÇÃO DE ASTROLOGIA Para os trouxas a Astrologia é considerada uma pseudociência ou crença pseudocientífica, uma vez que segue um sistema de crenças não provadas. Estuda a influência do movimento dos corpos celestes nos comportamentos e interações dos seres humanos.

O trabalho dos astrólogos, como a construção de horóscopos e mapas astrais, está relacionado com o aspecto místico que o Universo desperta no ser humano. A Astrologia é ainda definida por alguns astrólogos como arte, vidência ou linguagem humana. AS DIFERENÇAS ENTRE ASTRONOMIA E ASTROLOGIA A distinção entre Astronomia e Astrologia é clara, no entanto, nem sempre foi assim. Por muito tempo, a Astrologia foi entrelaçada com a Astronomia. A


ciência moderna, fruto da teoria e observação, surgiu em meados do século XVI e início do século XVII, com os estudos do alemão Johannes Kepler. Astronomia e Astrologia possuem uma origem em comum, porém os seus profissionais têm formações e objetivos muito diferentes e não devem ser confundidas. Confira a seguir um resumo das diferenças entre os termos: 

Astronomia é uma ciência, obedece a metodologia científica; enquanto a Astrologia é considerada uma pseudociência ou crença pseudocientífica;

A metodologia de estudo da Astronomia baseia-se na lógica e dedução; enquanto a Astrologia engloba a intuição e a comparação entre os astros e os seres humanos;

A Astronomia estuda a relação física entre os corpos celestes e os fenômenos que os envolvem; já a Astrologia busca conhecer o movimento dos astros e o seu efeito sobre os humanos.

AULA 2 ADIVINHAÇÃO CENTÁURICA Os centauros foram desvendando os mistérios dos movimentos celestes durante séculos. Eles se gabam de conhecer o futuro através do céu. As descobertas que eles fazem ensinam aos bruxos que o futuro pode ser sim, previsto apenas com a observação dos astros. A Adivinhação Centáurica faz com que adeptos desta prática contemplem o céu à procura das grande ameaças e ondas de maldades ou alguma mudança drástica na vida de toda criatura que vive no planeta Terra. Como trata-se de algo difuso e precário, pode levar mais de dez anos para os praticantes terem certeza do que estão comtemplando. Muitos que praticam este sistema premonitório afirma que as estrelas têm indicado que a sociedade bruxa está vivendo um breve tempo de paz entre as duas guerras. Ao que tudo indica, logo estourará uma terceira guerra desastrosa. Marte, o anunciador de conflitos está brilhando fortemente sobre todos, sugerindo que a luta não tardará a recomeçar. Quando ocorrera, os centauros


podem tentar adivinhar por meio da queima de certas ervas e folhas, pela observação da fumaça e chamas. Os adeptos a este sistema, geralmente, queimam Artemísia e Malva no chão, na tentativa de encontrar formas e símbolos na fumaça acre liberada. Muitos centauros dizem que os humanos, em geral, não são muito bons com este método de adivinhação e que apenas seu povo, que demoraram anos para atingir um grau superior de conhecimento, poderiam ver, mesmo que isso lhes custa-se interpretações errôneas.

AULA 3 AS MANCIAS – NEFELOMANCIA A arte divinatória da Nefelomancia tem como primordial e única base o estudo das nuvens, de seus movimentos e de seus tão variados formatos. Ao passo que a história e os costumes, tanto bruxos quanto trouxas, evoluíram, a Nefelomancia fez questão de acompanha-los à risca, moldando-se em uma das artes mais suntuosas de todo esse mistério que é a Adivinhação. A partir daí, desde os primórdios, sabe-se que diversos acontecimentos foram preditos através deste teor. A Gravidade dessas ocasiões veleja do pior, como quando, em 1723, a erupção de um vulcão foi prevista, possibilitando a evacuação do recinto, ao melhor, como à uma farta colheita, presenciada em 1856, que enriqueceu o povo daquele local. As pressuposições sobre o verdadeiro e convicto surgimento da Nefelomancia estão, em grande fragmento, completamente erradas. A real irrupção dessa vertente divinatória pretexta-se no final do século XV, aproximadamente no ano de 1487. Na tripulação das caravelas portuguesas, rumo ao território brasileiro, encontrava-se somente um único adivinho, que praticava as artes desse teor secretamente. Nas ocasiões em que os navios se perdiam de seus reais rumos, alguns indivíduos, discernidos como espécies de conselheiros, eram convocados para que, então, se redirecionasse as embarcações, mas seus métodos não foram sempre exatos; prova disso são os


erros cometidos que fizeram com que somente em 1500 o Brasil fosse descoberto. Nas entrelinhas desses mesmos erros, o comandante da embarcação optou por dar um basta: os métodos que estavam sendo utilizados eram incapazes de predizer o futuro com total convicção, o que fez aquele indivíduo clarividente manifestar-se e requisitar por uma chance. Com isso, direcionando sua total atenção para os céus e vislumbrando as nuvens que preenchiam, esse sujeito foi capaz de direcionar corretamente as caravelas portuguesas para a diretriz brasileira; esse é o verdadeiro surgimento da Nefelomancia, resultado da soma entre nefelo (elemento de formação de palavras que exprime a ideia nuvem) e mancia (ferramenta usada para se dirigir aos assuntos da Adivinhação). Com o saber acarretado pelos antepassados, sabe-se que a Nefelomancia é um dos métodos mais populares de Adivinhação, não só por conta do fácil êxito obtido, mas também pelas minuciosas formas existentes; as nuvens são mutáveis e mudam. Além de ser capaz de prever o futuro, como todas as demais mancias, a Nefelomancia é tão hábil e célebre que pode proporcionar ocasiões de paz para um ou mais indivíduos, isto é, um relaxamento e uma introspecção, ou algo do gênero. Dessa forma, a Nefelomancia não é somente um método divinitório, mas, concomitantemente um psico-pedagógico, uma vez que a observação das nuvens e a dedução de respectivos formatos pode auxiliar na recuperação de determinados indivíduos.

AULA 4 PRÁTICA: OBSERVAÇÃO DO CÉU - ASTROLOGIA OS SIGNOS E AS CONTELAÇÕES Chamamos de signo as contelações zodiacais por onde o Sol transitava em 134 a.C., quando o grande astônomo grego Hiparco, inspirado em um


sistema de origem babilônica, dividiu essa região do céu em 12 partes iguais, de 30 graus cada. Chamamos de constelação as constelações zodiacais por onde o Sol transita atualmente, de acordo com a União Astronômica Internacional. O signo e a constelação de mesmo nome diferem, principalmente, devido à precessão dos equinócios que faz com que o eixo de rotação terrestre gire em um período de cerca de 26.000 anos.

PEIXES Signo: 20 de fevereiro à 20 de março. Constelação: 12 de março à 17 de abril.

O ponto vernal ou ponto gama é uma das interseções, no céu, do plano do Equador Celeste com o plano da orbita aparente do Sol em torno da Terra (plano da eclíptica). No dia em que o Sol se encontra nesse ponto, perto de 21 de março, vindo do Hemisfério Sul para o Hemisfério Norte, inicia a primavera no Hemisfério Norte e o outono no Hemisfério Sul. Desde 64 a.C., o ponto vernal se encontra na constelação de peixes. Os babilônios, os assírios e os persas representavam por dois peixes as estrelas dessa região do céu. Para os egípcios, a constelação registrava a aproximação da primavera e da estação da pesca.


ÁRIES Signo: 21 de março à 20 de abril. Constelação: 18 de abril à 12 de maio.

Foram os babilônios que adotaram o signo de Áries para marcar o início do ano, pois de 1823 a.C . à 54 a.C., o Sol se encontrava nessa constelação, no equinócio da primavera. Por esse motivo, os signos astrológicos têm a sua origem em Áries. A constelação representa apenas a cabeça e os chifres do carneiro, visto de frente.

TOURO Signo: 21 de abril à 20 de maio. Constelação: 13 de maio à 20 de junho.


É a mais antiga de todas as constelações e talvez a primeira a ser delimitada pelos babilônios, que a utilizavam para marcar o início do ano, pois o equinócio da primavera, de 4455 a.C à 1823 a.C., localizava-se nela. A constelação representa somente as partes dianteiras do corpo de um touro. Os belos aglomerados estelares das Plêiades e das Híades fazem parte dessa constelação. O ano começava com o nascer helíaco das Plêiades na primavera. O nascer helíaco da Híades, era associado à estação da chuva – dando a origem do seu nome, que significa “chover”. As estrelas das Híades, distribuídas em forma da letra V, representam o nariz do touro. GÊMEOS Signo: 21 de maio à 20 de junho. Constelação: 21 de junho à 19 de julho.


Atualmente, o Sol se encontra em Gêmeos no início do verão no Hemisfério Norte e início do inverno no Hemisfério Sul. A constelação representa dois irmãos gêmeos. A Origem desta constelação prende-se à coincidência de estar o Sol nesta região do céu no período posterior às inundações do Rio Nilo, precedendo à época da germinação e anunciando a fecundidade. Antes era representada por dois brotos de plantas.

CÂNCER Signo: 21 de junho à 21 de julho. Constelação: 20 de julho à 09 de agosto.

Para os habitantes do Hemisfério Norte, quando o Sol se encontrava em Áries no equinócio da primavera, ele se encontrava em Câncer no solstício de verão. Daí a denominação dada pelos geógrafos de Trópico de Câncer à linha que passa a 23,5º ao norte do Equador. Alguns autores associam essa constelação com o movimento do Sol no solstício de verão, isto é, com o modo de andar do caranguejo (ida e volta).

LEÃO


Signo: 22 de julho à 22 de agosto. Constelação: 10 de agosto à 15 de setembro.

Uma das primeiras constelações conhecidas dos babilônios que associavam o Leão ao Sol que se encontrava neste signo no solstício do verão na época em que ela foi instituída.

VIRGEM Signo: 23 de agosto à 22 de setembro. Constelação: 16 de setembro à 30 de outubro.

O ponto balança ou ponto ômega é uma das interseções, no céu, do plano do Equador Celeste com o plano da órbita aparente do Sol em torno da Terra (plano da eclíptica). No dia em que o Sol se encontra nesse ponto, perto de 23


de setembro, vindo do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul, inicia o outono no Hemisfério Norte e a primavera no Hemisfério Sul. Atualmente, ele se encontra na constelação de Virgem, perto de seu ombro esquerdo. No vale de Eufrates, a constelação de Virgem simbolizava a deusa Istar, filha do céu e rainha das estrelas. Representada com uma espiga na mão, constituía o símbolo da fertilidade.

LIBRA Signo: 23 de setembro à 22 de outubro. Constelação: 31 de outubro à 22 de novembro.

Para os habitantes do Hemisfério Norte, quando o Sol se encontrava em Áries no equinócio da primavera, ele se encontrava em Libra no equinócio do outono, chamado ponto balança ou ômega. Tendo em vista que nos equinócios os dias e as noites são de igual duração, talvez, tenha sido essa a origem do nome desta constelação que é a única zodiacal que não representa um ser vivo.


ESCORPIÃO Signo: 23 de outubro à 21 de novembro. Constelação: 23 de novembro à 28 de novembro.

Segundo alguns autores, a origem da constelação de Escorpião deve associar-se às secas e às pragas que assolavam o Egito quando o Sol se encontrava naquela região do céu. Desde a mais remota antiguidade, esta região do céu foi representada pelos gregos, latinos, árabes e persas pela figura de um escorpião. O equinócio do outono, em 3000 a.C., localizava-se nessa constelação, quando este asterismo foi constituído.

OFÍUCO Signo: não existe. Constelação: 29 de novembro à 16 de dezembro.


A décima terceira constelação zodiacal representa o médico portador de serpente, identificado como Serpentário, Asclépio ou Esculápio.

SAGITÁRIO Signo: 22 de novembro à 21 de dezembro. Constelação: 17 de dezembro à 18 de janeiro.

Atualmente, o Sol se encontra nessa constelação quando começa o inverno no Hemisfério Norte e o verão no Hemisfério Sul.


No Egito, essa constelação era representada como um Centauro Alado, galopando para o ocidente e trazendo um longo chapéu, com um arco esticado a fim de arremessar uma flecha no corpo de Escorpião.

CAPRICÓRNIO Signo: 22 de dezembro à 20 de janeiro. Constelação: 19 de janeiro à 15 de fevereiro.

Para os habitantes do Hemisfério Norte, quando o Sol se encontrava em Áries no equinócio da primavera, ele se encontrava em Capricórnio no solstício de inverno. Daí a denominação dada pelos geógrafos de Tópico de Capricórnio à linha que passa à 23,5º ao Sul do Equador. O nome dessa constelação foi dado pelos caldeus e babilônios devido à associação com as cabras que desciam das montanhas com a chegada do inverno.

AQUÁRIO Signo: 21 de janeiro à 19 de fevereiro. Constelação: 16 de fevereiro à 11 de março.


Desde as mais remotas eras essa constelação foi associada à água, pois o Sol passava nessa região do céu durante as estações da chuva nos meses de fevereiro. Na Babilônia ela representava a figura de um homem, o aguadeiro, a derramar água de um vaso sobre um pequeno peixe. O Peixe Austral. Representa um aguadeiro de costas.


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