Nota da Autora Estrutura Social Mágica Artefatos Mágicos Atlântida
1ª Edição 2002
Caro leitor,
A idealização deste livro partiu do princípio de que é tão necessário manter a compreensão do mundo mágico em relação ao não-mágico, num momento de tanta instabilidade. Devo dizer, com propriedade, que a chave para o medo é a ignorância, e a chave para a ignorância é a falta de estudo. Portanto, “Entre a História” é um livro com apresentação de textos documentativos, fotos, citações aprofundadas e curiosidades que muitos de vocês se recusam a lembrar ou levar em consideração, montando o mundo a seu ver e baseado em opiniões infundadas. A confecção deste livro demandou tempo, pesquisa, elaboração de conceitos e situações adequadas para manter a didática responsável pelo interesse. As perguntas que encontrarão no meio do livro, servem para norteá-los a elaborar respostas ou novos questionamentos. Peço que leiam com atenção e levantem questões relevantes sobre o assunto, podendo vir discutir comigo sempre que necessários, já que temos todas as ferramentas para tal. Não é um livro fechado, impossível de ser alterado; muito pelo contrário, a cada novo fato e crítica de demais doutores da História da Magia, professores, estudantes e leigos, a reformulação com certeza poderá ser feita. Desejo a vocês, leitores deste trabalho, um bom estudo, uma boa caminhada por entre as páginas deste livro e, acima de tudo, seja bem-vindo ao mundo da História. Cuide bem das palavras aqui escritas, elas são de todos nós.
Com as expectativas altas,
Nora Dahl Hansdottir
Para começar a falar sobre a estrutura social do mundo mágico, primeiro é preciso que todos entendam o que isso significa. Não é como se essa organização definisse a capacidade de um bruxo, mas sua posição na sociedade de acordo com a relação de obrigação, poder e status. Existem muitas explicações para os motivos pelos quais há essa estrutura, e diferente do que dizem, muitas delas foram deduzidas por conta de guerras e desavenças entre grupos diferentes: nascidos-trouxa, mestiços, sangue puro, bruxos infectados por licantropia e os que possuem capacidades genéticas de expressar sua magia habilidosamente. Dessa forma, os bruxos podem se dividir em duas pirâmides: Puro Sangue
Mestiços
Bruxos Habilidosos
Nascidos-Trouxa e Abortos Bruxos Comuns Licantropos e Meio-Vampír Figura 1 - Estrutura Social
Figura 2 - Estrutura Habilidosa
Na Figura 1, há a estrutura social dos que são mais bem vistos pela sociedade bruxa em relação aos que são menos bem vistos. Novamente, afirmo que não há nada a ver com a capacidade do executor em magia, mas sim, sua posição.
Ainda sobre a Figura 1, foi um estudo aplicado em 1987 com as famílias bruxas que moram entre trouxas e em vilas exclusivamente para a comunidade mágica, na região da Europa Ocidental. De acordo com 45 famílias, permanecer entre bruxos é seu maior desejo, enquanto 30 disseram que não veem problemas em se misturar com trouxas. (SEVENUS, Scar. 1987). A questão dos lobisomens e meio-vampír entram como a escória social, devido ao grande histórico de envolvimento com bruxos das Trevas e massacre de vilarejos trouxas e bruxos. Certamente não é uma situação que engloba todos os que foram infectados. A Figura 2, por outro lado, também é pela base de estudos do historiador Scar Sevenus, que passou boa parte da vida em busca de hipóteses e soluções para as situações. O que coloca os bruxos com habilidades genéticas, passadas de geração a geração, estão envolvidas com o quanto eles podem ser perigosos. Veja bem, as habilidades mencionadas por Sevenus, são um legado, como por exemplo: ofidioglossia, clarividência, metamorfomagos, maledictus, neredismo, meio-veela e mediunidade. As demais, que podem ser aprendidas, também se encaixam no esquema, como a animagia e legilimência. Um fato importante a ser dito para os que aqui estão lendo, é: “Por que levá-los em consideração e por que são perigosos? ” Preciso relembrá-los que uma grande maioria de bruxos foi caçado por suas habilidades com muito mais afinco. O perigo é descrito para esses bruxos com muito mais clareza, pois pense num bruxo que pode se tornar um animal e devorá-lo, ou encantá-lo com sua beleza ou ler em sua mente, antecipando todos seus movimentos. Dessa forma, a Pirâmide Habilidosa é muito mais do que apenas uma classificadora. Mas uma forma de medir e estar um passo à frente do perigo.
Os artefatos do mundo mágico, são aqueles que possuem diversas funções, mas que de alguma forma estão enfeitiçados e/ou encantados para que cumpram seus papéis. Eles podem servir para comunicação, transporte, auxiliares para jornalistas ou para que os bruxos pratiquem sua clarividência e “visão interior”. Nos casos de artefatos de comunicação, os mais comuns têm um advento muito interessante: a capacidade de guiar-se até o receptor com a magia. Portanto, é de conveniência destacar: a mensagem só será enviada corretamente se utilizada de forma mágica entre os bruxos. Os que se destacam nessa área, são: - Corujas – As corujas são a forma mais comum de comunicação entre bruxos, sendo usada para enviar bilhetes e cartas por longas e curtas distâncias. Desde o nascimento, são treinadas por magizoologistas e seus feitiços para que consigam percorrer todo o espaço e encontrem seus donos e remetentes, sempre que uma tarefa fosse encarregada.
Berrador – Espécie de carta enviada, geralmente, quando alguém quer gritar com outra pessoa. A mensagem é gravada com uma tinta especial no papel do berrador, e é necessário que o bruxo fale enquanto escreve. Assim que recebida, a carta abre e repete aos berros e gritos tudo que há escrito, se desfazendo logo depois. - Retratos – O jeito mais antigo de enviar recados, é utilizando os retratos e quadros. Para que funcione, precisa ter dois iguais nos dois locais diferentes. A distância não pode ser demasiada, funcionando em até 200 km. Atualmente, quase não há uso desse método, porém, é um dos mais seguros. - Memorandos – Os memorandos, por outro lado, são realmente encantados para que transportem mensagens a seus receptores a curtas distâncias, como por exemplo, mesmo ambiente ou localização. Podem ser como os Ministeriais ou da forma que o feitiço “Aquila Papirus” deixa no papel.
Os transportes bruxos que se encaixam em artefatos, podem ser medidos de acordo com a capacidade do usuário de mostrar onde quer ir e, ainda, escolher onde quer ir. Os que se destacam nessa área, são:
- Vassouras – Utilizadas como meio de deslocamento rápido, entre curtos e médios espaços. São leves e ágeis, proporcionando o voo e, infelizmente, bastante perigoso devido às quedas recorrentes. - Rede de Flu – Método utilizado para viagens longas, que consiste em usar pó de flu numa lareira apagada. São centenas de lareiras interligadas pelo continente. - Chave de Portal – Escolhidas como qualquer objeto trouxa que tenha sido descartado, estão presentes em locais específicos para viagens rápidas e necessárias. É um transporte que tem hora marcada para funcionar. - Aparatação – Sendo o método mais utilizado entre os bruxos maiores de idade, pois também é bastante perigoso, visto que qualquer problema, é possível que o praticante “estrunche”, ou seja, se machuque feio, podendo perder dedos, membros ou metade do corpo. Por isso, esse meio é apenas utilizado por bruxos com mais de dezessete anos, após curso fornecido pelo Ministério Mágico.
Os artefatos que auxiliam os jornalistas bruxos, estão sempre ligados a descobrir e contar a verdade para os leitores. Para todos que um dia darão entrevistas, cabe estarem cientes que nada escapa para a verdade. Os que se destacam nessa área, são: - Pena de repetição rápida – A pena é encantada para que escreva tudo o que dizem durante uma aula, conversação ou entrevistas. Começa com uma pena comum, mas o encantamento a ser realizado é mais simples do que parece; primeiro, mentalize a pena se movimentando e escrevendo, enquanto movimenta a varinha sobre toda a extensão dela. Diga “Repitalis Penumbra”. - Sensor de Segredos – É um objeto que pode ficar presente em salas, vibrando a cada vez que detectam mentiras e falsidades, seja em objetos ou situações. - Penseira - Artefato mágico capaz de guardar pensamentos de um bruxo, o que faz com que seja possível visitar e revisitá-los sempre que possível, sendo pelo próprio bruxo, dono da lembrança, ou não. Já os divinatórios, são um pouco diferentes e exigem a magia do bruxo, considerada como “a visão interior” e ter a clarividência para que os resultados sejam mais efetivos. É totalmente possível que bruxos que não tenham essas duas características acima consigam expressar sua magia através destes auxiliares, porém, nada que possa ser comparado ao clarividente. Os que se destacam nessa área, são:
- Pedras Rúnicas – São as pedras com o alfabeto rúnico, utilizado para o método divinatório em base de perguntas. Também é utilizado para cura e é composto por 24 letras. Pode ser feito em conchas, pedras ou madeira. Cada letra tem um significado diferente, gerando interpretações sempre muito interessantes. - Tarot – Cartas de baralho diferentes, são utilizadas de forma determinada a adivinhar o futuro de quem escolheu-as e formulou a pergunta para qual queria resposta. Existem vários diferentes, geralmente compostos de 78 cartas com significados específicos dependendo de qual está sendo utilizado. - Bola de Cristal – Um globo de cristal produzido em locais jamais divulgados. Utilizando-se de técnicas específicas, o bruxo pode visualizar imagens dentro que poderiam significar várias situações, sendo aí necessária a interpretação. O artefato mágico mais difícil de ser criado, com certeza, é a varinha mágica. Esta, que é nosso condutor de magia bruta com a maior quantidade de segredos e passos a serem entendidos, e, claro, apenas varinhologistas realmente conhecem o segredo principal; temos poucas informações sobre os tipos de madeira, núcleos e como eles se encaixam com a personalidade do bruxo. Um outro segredo, descoberto em 1956, é que os núcleos devem ser inseridos na madeira sempre durante um evento astronômico diferente, de acordo com cada tipologia. O restante? Não há sequer uma informação relevante.
Conhecida como “O Continente Perdido”, foi uma parte dos continentes que parece ter sido apagada dos mapas, gerando uma comoção trouxa que sempre procuraram por vestígios daquela parte que deveria estar entre Portugal e a costa brasileira, fazendo também, falta para a costa africana, porém, como nunca teve nada de relevante encontrado, os trouxas a nomearam como lenda. Como bruxos, sabemos que sua existência foi verdadeira, e sua capital chamava-se Atlantis. Era uma sociedade comum, em que a maioria deles eram bruxos e não viviam com condutores mágicos (varinhas), mas com cristais que provinham de minérios que apenas
eles possuíam. Esses cristais armazenavam uma parte mágica, conhecida como “Essência Suprema da Natureza”. Nenhuma magia atual é capaz de reproduzir os efeitos principais desse cristal canalizador e armazenador, porém, um historiador conseguiu desenvolver um feitiço que pode criar algo parecido com a magia deste cristal:
Feitiço para reprodução da “Essência Suprema da Natureza” Descrição: Este feitiço foi desenvolvido em 1872, com o intuito de buscar uma faísca do que seria a magia tão antiga de Atlântica. O mesmo dará a energia para o cristal (não pode ser qualquer cristal, sendo necessário ser o diamante em sua forma bruta), por um determinado período de tempo, em que logo o cristal voltará a ser o que era antes. Os efeitos podem ser variados, dependendo da mentalização. Duração: 4 semanas OFF Mentalização: Mentalizar a forma mais pura de magia, seja ela boa ou ruim. Movimentação: Tocar a ponta da varinha no cristal e contorna-lo com a mesma. Fórmula: Magi Naturis Magi (e repetir até conseguir o feitiço) Dificuldade fixa: 10 Ao reproduzir o feitiço, um print deve ser enviado à moderação para que o efeito seja explicitado e aprovado. Caso tenha moderadores online, pergunte imediatamente e envie o print mesmo assim.
Na época, os bruxos de Atlântica eram conhecidos pelo mundo todo por terem ficado com fome de poder, devido à grande magia que a cidade emanava. Dessa forma, muitos deles tentaram se especializar em Magia Negra, formando uma outra cidade dentro daquela que deveria ser pura, porém, em um lugar em que não tinha distinção de bom ou mau, não foi muito difícil de confundirem as coisas. Entre muitos historiadores há a concordância que o continente pode ter sumido por três motivos principais. Estes, que podem ser lidos abaixo: 1 – O primeiro motivo tem a ver com as placas tectônicas, que facilmente poderiam destruir o continente devido aos abalos sísmicos que eram mais comuns do que em qualquer outro lugar do mundo. 2 – O segundo motivo tem a ver com a grande quantidade de vulcões, que podem ter ficado ativos por tanto tempo que mataram toda a forma de vida ali presente e junto ao primeiro motivo, fizeram com que o continente fosse engolido pela natureza.
3 – O terceiro motivo tem a ver com uma fissura que tenha surgido num cristal, fazendo com que uma grande quantidade de energia fosse liberada, causando à ruína de Atlântida. Por fim, acredita-se que os bruxos que ali viviam, conseguiram fugir para outras civilizações que ganharam destaque, anos mais tarde. No mundo bruxo e trouxa, existe a chamada “Teoria da Conspiração”, em que dizem que a cidade conseguiu se salvar e apenas afundou no mar, estando embaixo da terra, protegidos por feitiços e barreiras naturais, como cavernas e longos quilômetros de água salgada.
Use os feitiços deste livro com sabedoria.