Entre a História - Volume IV

Page 1


Nota da Autora O Instituto Durmstrang Confederação Internacional dos Bruxos A Babilônia A Magia Babilônica


1ª Edição 2002


Caro leitor,

A idealização deste livro partiu do princípio de que é tão necessário manter a compreensão do mundo mágico em relação ao não-mágico, num momento de tanta instabilidade. Devo dizer, com propriedade, que a chave para o medo é a ignorância, e a chave para a ignorância é a falta de estudo. Portanto, “Entre a História” é um livro com apresentação de textos documentativos, fotos, citações aprofundadas e curiosidades que muitos de vocês se recusam a lembrar ou levar em consideração, montando o mundo a seu ver e baseado em opiniões infundadas. A confecção deste livro demandou tempo, pesquisa, elaboração de conceitos e situações adequadas para manter a didática responsável pelo interesse. As perguntas que encontrarão no meio do livro, servem para norteá-los a elaborar respostas ou novos questionamentos. Peço que leiam com atenção e levantem questões relevantes sobre o assunto, podendo vir discutir comigo sempre que necessários, já que temos todas as ferramentas para tal. Não é um livro fechado, impossível de ser alterado; muito pelo contrário, a cada novo fato e crítica de demais doutores da História da Magia, professores, estudantes e leigos, a reformulação com certeza poderá ser feita. Desejo a vocês, leitores deste trabalho, um bom estudo, uma boa caminhada por entre as páginas deste livro e, acima de tudo, seja bem-vindo ao mundo da História. Cuide bem das palavras aqui escritas, elas são de todos nós.

Com as expectativas altas,

Nora Dahl Hansdottir


Doorm – strang

Durmstrang já teve a pior reputação de todas as onze escolas de magia, embora isso nunca tenha sido totalmente merecido. É verdade que Durmstrang, que formou bruxos e bruxas realmente excelentes, por duas vezes em sua história teve no comando bruxos de reputação duvidosa ou com más intenções, e que possuiu um ex-aluno infame. O primeiro desses homens infelizes, Harfang Munter, assumiu a escola logo após a misteriosa morte de sua fundadora, a grande bruxa búlgara Nerida Vulchanova. Munter estabeleceu a reputação de Durmstrang de duelos e de todas as formas de magia marcial, que ainda hoje compreendem uma parte impressionante de seu currículo. O segundo período sombrio na história de Durmstrang veio com a diretoria de Igor Karkaroff, um ex-comensal da morte que abandonou seu posto com o retorno de Lord Voldemort do exílio, temendo a vingança deste. Karkaroff foi um homem egoísta e sem princípios que encorajava uma cultura de medo e intimidação entre os alunos, e muitos pais tiraram seus filhos de Durmstrang enquanto ele estava no poder. Após o sumiço de Igor, um novo diretor assumiu o lugar; mas foi morto tão rapidamente que Nerida Vulchanova, a Fundadora não conseguiu ter sua memória descrita. Foi então que Ivan Komarov assumiu seu lugar, pertencendo a ele por anos a fio, até entrar em um duelo brutal que o afastou da escola, levando-o à prisão por ser compatível à Lorde Voldemort. Então, o Instituto teve outro poder no lugar da direção e, junto com o Ministério da Magia, modificou o formato de ensino, afastando a Magia Marcial e permitindo a matrícula de nascidos-trouxa, coisa que jamais tinha sido permitida antes, devido ao grande grupo de bruxos das Trevas que se alastravam por essa parte da Europa, sempre muito enraizados à “pureza do sangue”. O ex-aluno que mais danificou a reputação de Durmstrang é Gerardo Grindelwald, um dos bruxos mais perigosos do século vinte. No entanto, nos últimos anos Durmstrang tem passado por uma espécie de renascimento, tendo formado estrelas internacionais como o jogador de Quadribol Vítor Krum. Apesar de acreditarem que Durmstrang esteja


situada bem ao norte da Europa, Durmstrang é uma das escolas mais secretas em termos de localização, então ninguém pode ter certeza. Visitantes, que têm de passar por feitiços de memória para apagar seu conhecimento de como chegaram lá, falam de campos e jardins vastos com paisagens incríveis, sem contar o navio grande, escuro e espectral que está ancorado em um lago de montanha atrás da escola, aonde os alunos mergulham no verão. Pottermore.

A Confederação Internacional dos Bruxos, é uma organização governamental presente em todos os Ministérios, são selecionados pelo Ministro da Magia e avaliados pela Suprema Corte e comandados por um “Cacique Supremo”, que movimenta todos as decisões e trabalho da CIB. Existente há séculos, seu primeiro feito que realmente merece um destaque foi o Estatuto Internacional do Sigilo em Magia, escrito em 1689, mas estrando em vigor no ano de 1692 (em ocorrência dos julgamentos de Salem), em que começava a impedir que bruxos utilizassem magia aos olhos dos trouxas, sempre decidindo com deveriam se esconder e o que fazer para manter tudo ocultado. "Com a assinatura do Estatuto Internacional de Sigilo em Magia em 1689, os bruxos entraram para sempre na clandestinidade. Talvez fosse natural que formassem pequenas comunidades dentro de uma comunidade. Muitas aldeias e pequenos povoados atraíram várias famílias bruxas que se uniram para mútuo apoio e proteção." (BAGSHOT, Batida. Uma História da Magia) Em 1750, acrescentaram a cláusula 73, mencionando que "todo governo bruxo se responsabilizará pelo ocultamento, cuidado e controle de todos os animais, seres e espíritos mágicos que vivem dentro das fronteiras do seu território. Se tais criaturas causarem mal ou chamarem atenção da comunidade trouxa, o governo bruxo da nação afetada será disciplinado pela Confederação Internacional dos Bruxos". Como visto, eles têm uma representação muito autoritária dentre as questões que afetam todos os núcleos mágicos do mundo, como a questão dos jogos e esportes, as onze escolas de Magia, e, além de tudo, são responsáveis por promover a paz, segurança e cooperação de cada bruxo existente, tais quais as criaturas mágicas. Mesmo não tendo autoridade para minar a autoridade de nenhum país, todos os governos mágicos respondem a CIB, seja por não saberem lidar com situações que violam o Estatuto de Sigilo, como no caso dos Iétis no Tibete e do Monstro do lago Ness na


Escócia, ou no caso de se um governo ou pessoa receber o selo de censura da Confederação, é o suficiente para fazer com que um chefe de Estado, Ministro ou presidente renuncie. A CIB, além de tudo, tem o poder de vetar o funcionamento de uma escola de magia ou destituir um diretor se não estiver tendo um aproveitamento satisfatório, como foi o caso de Uagadou há cerca de 240 anos. É um sistema muito eficaz, que garante a cooperação internacional e o sigilo intacto.

Significando “a porta de Deus” ou “grande confusão”, a Babilônia foi uma cidade da Mesopotâmia, às margens do rio Eufrates. Como toda grande civilização antiga, a Magia foi incrivelmente utilizada em todas as suas formas, por ser uma das que mais tinham bruxos em sua sociedade. A verdade é que os magos e feiticeiras da época eram os mais temidos, por seu temperamento e uso irrefreável de Magia Negra contra aqueles que o desafiavam, gerando conflito com trouxas e outros bruxos. Numa informação paralela, havia a divisão entre homens e mulheres da seguinte forma: Magos - Magias Defensivas - Magias das Trevas

Sacerdotisas - Magias Curativas - Magias Divinatórias

Pode-se dizer, então, que suas funções eram designadas para que tudo naquela civilização funcionasse. As demais tarefas, não eram exclusivas e boa parte deles poderiam realiza-la, incluindo trouxas. Seu uso agressivo de Magia e demais situações, correspondem ao Código de Hamurabi. O Império Babilônico ficou conhecido, quando Nabucodonosor protegeu a cidade com grandes muralhas e incentivou o processo arquitetônico com luxuosos palácios, como a Torre de Babel, onde pode ser citada como uma lenda. Tal Torre foi criada por homens que se propunham a fazê-la tão alta, mas tão alta, que poderia ser capaz de alcançar o céu e os Deuses. A lenda conta que os Deuses levaram a construção como uma afronta e provocaram uma ventania tão forte que espalhou os homens por vários cantos da Terra, trocando seus idiomas para confundi-los. Outra obra incrível são os Jardins Suspensos, que contam com seis terraços construídos como se fossem andares, ou seja, eram grandes espaços abertos sustentados por colunas. Todas as superfícies possuíam incríveis jardins, esculturas e animais que poderiam usufruir de cada coisa que poderia oferecer. Sua localização (próximo ao


Eufrates), permitia manter um processo de irrigação no jardim para manter as Eles possuíam uma divisão para cada espaço, contados de debaixo para cima: 1º - Apenas plantas normais e de cultivo para consumo de pequena parcela da população. 2º - Composto exclusivamente por plantas e árvores ornamentais, deixando que criaturas inofensivas, como tronquilhos e agoureiros vivessem tranquilamente no lugar. 3º - Terraço disponível para as plantas mais venenosas que poderiam existir, muito utilizadas para maltratar, em grandes quantidades, prisioneiros e etc.. Os animais presentes tinham carcaça dura suficiente para sobreviver e também eram venenosos. 4º - Composto por plantas de fogo, que permitiam que apenas animais como cinzais, fênix ou caranguejos de fogo. 5 º - Com certeza o andar que mais dependia do rio que corria ao lado e das chuvas, visto que era extremamente necessário para as plantas e criaturas aquáticas que ali viviam. 6 º - O terraço mais perigoso dos Jardins, era também o mais bonito; contava com a presença de criaturas extremamente perigosas que não hesitariam matar qualquer um que subisse até lá.

Como era uma cidade majoritariamente bruxa, os babilônios assumiram seis formas de manter a magia ativa. 1ª – Crenças em Deuses e Astronomia Todos os Deuses, na época, eram comparados às estrelas e astros que poderiam ser apreciados nos céus; então, a crença era de que as estrelas poderiam ser uma ponte de conversa entre os mortais e aqueles que os ajudavam, dessa forma, levando a acreditar que se pedissem coisas às estrelas, estas seriam guiadas aos Deuses que os ajudariam na Terra. 2ª – A Herbologia Devido aos Jardins Suspensos e outras áreas para cultivo de alimento, os bruxos e trouxas tinham que se especializar no manuseio e usos de cada planta, para que assim conseguissem manter todos vivos e devidamente alimentados. 3ª – A Magia Negra Foi incrivelmente utilizada para ataque contra todos os que desafiavam o poder dos magos, quais eram diferentes dos bruxos por sua supremacia. Além das maldições, que eram muito conjuradas, os magos utilizavam-se de outra faceta: necromancia, vodu e,


dependendo a força usada, as vezes era necessário utilizar exorcismos para conter os espíritos chamados.

Feitiço de Magia Negra Descrição: Maldição que faz parecer que o bruxo amaldiçoado está sendo perseguido por alguém. Mentalização: Inexistente. Movimentação: Apontar a varinha e girar o pulso para a esquerda, devagar. Fórmula: Perseguis Maleditantus (deve ser falado em voz baixa)

Feitiço de Exorcismo Descrição: Contra-feitiço do Perseguis Maleditantus, faz o bruxo amaldiçoado se sentir livre novamente. Mentalização: Um sopro em cima da cabeça da pessoa. Movimentação: Um corta seco na vertical, de cima para baixo. Fórmula: Termitantus! (deve ser repetido pelo menos cinco vezes)

4ª – Rituais Muitos eram os rituais dos magos e sacerdotisas, podendo estar envolvidos com pedidos para os Deuses ou proteção para que não fossem incomodados por intrusos. Dentre eles, podemos destacar o seguinte ritual: - Nomeado de “Afasta agouros”, é um ritual que precisa de pelo menos três pessoas para realiza-lo. Envolve sacrifício de sangue e noite de Lua Cheia. - Todos os presentes devem estar usando roupas brancas. - O sangue deve ser de todos os presentes e queimado numa fogueira junto da Erva Lunar. - O seguinte canto (ou reza), deve ser dito durante o ritual: “Quita esa visarez, Quita sika loukez”

5ª – Magia Divinatória Toda sacerdotisa que se prezasse, deveria estar ciente do uso dos métodos divinatórios da época para evitar ataques e problemas, sendo sempre necessário estar atento a tragédias espreitando. Uma situação da Babilônia é que não usavam apenas para prever, mas sim utiliza-la a seu favor para que o futuro pudesse ser alterado e a ordem das coisas pudesse ser mantida; a instabilidade governamental perante a outros grupos que permaneciam na região era suficiente, e dessa forma, acreditavam que não precisavam de mais. Métodos comuns: Runas Antigas, Nefelomancia, Quiromancia, Teimancia....


6ª – Amuletos Cada amuleto é uma pedra, parte de animal ou madeira, que pode ser utilizado para diferentes fins. O uso deles é sem restrição, desde que saibam cada um de seus efeitos, por exemplo, a pedra Ametista que promove a purificação da alma, controle emocional, e manter o equilíbrio físico de cada um. Outras pedras têm efeitos distintos, assim como as partes de animal e madeira. No livro “Amuletos e suas versões”, há detalhado cada um deles. Muitos acreditam que estes mesmos amuletos têm relação com a energia astronômica, visto que algumas precisam ficar sobre banho lunar ou solar por dias e noites até que estejam purificadas ou “energizada”.

Use os feitiços deste livro com sabedoria.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.