Livro mitologia 1° ao 3° ano

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Sumรกrio PRIMEIRO ANO ........................................................................................................................ 3 SEGUNDO ANO ........................................................................................................................ 8

TERCEIRO ANO ...................................................................................................................... 11


Ragnar Schindler

MITOLOGIA 1° AO 3° PRIMEIRO ANO

A mitologia africana é muito diversificada tendo em vista a extensão do território que é dividido em regiões, países, estados, cidades, tribos, culturas, grupos linguísticos e grupos étnicos. I. MITOLOGIA BANTU:

As referências dos Jinkisi/Akixi e algumas referências aos Orixás yorubá mais conhecidos, entendamos estas semelhanças como caminhos, e não como individualidades. No Brasil os cultos que prevalecem nos candomblés Angola, Congo (com algumas variações de casa para casa ou de família para família de culto). Pambu Njila - Nkosi - Katendê - Mutalambô - Nsumbu - Kindembu Nzazi - Hongolo - Matamba - Ndanda Lunda - Mikaia - Nzumbá Nkasuté Lembá – Lembarenganga. Os mais velhos trouxeram cantigas, rezas, tudo em Quimbundo e Quicongo (algumas também em Umbundo e outros dialetos). Muita coisa se perdeu até mesmo por haver a associação com as tradições Jeje nagô, que foi em ultima instância prejudicial para as tradições bantu. Não que estas sejam mais certas ou mais erradas, mas que cada tradição deve ser mantida e respeitada, pois faz parte da história da própria humanidade, de como nos organizamos, como desenvolvemos outros falares, de como nos organizamos como sociedade, etc. e ao que parece, tínhamos um culto primitivo comum que com as distâncias das eras e também geográficas foi se modificando e incorporando novos elementos. Acima de tudo está Nzambi Mpungu (um dos seus títulos) Deus criador de todas as coisas. Alguns povos bantu chamam Deus de Sukula outros de Kalunga e outros nomes ainda associam-se a estes. O Culto a Nzambi não tem forma nem altar próprio. Só em situações extremas eles rezam e invocam Nzambi, geralmente fora das aldeias, em beira de rios, embaixo de árvores, ao redor de fogueiras. Não tem representação física, pois os Bantu o concebe como o incriado, o que representa-lo seria um sacrilégio, uma vez que Ele não tem forma. No final de todo ritual Nzambi é louvado, pois Nzambi é o princípio e o fim de tudo.

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MITOLOGIA 1° AO 3° II. MITOLOGIA IORUBÁ:

A mitologia dos iorubás engloba toda a visão de mundo e as religiões dos iorubás, tanto na África (principalmente na Nigéria e na República do Benin) quanto no Novo Mundo, onde influenciou ou deu nascimento várias religiões, tais como a Santería em Cuba e o Candomblé no Brasil em acréscimo ao transplante das religiões trazidas da terra natal. A mitologia Iorubá é definida por Itans de Ifá. Mito da criação Na mitologia iorubá o deus supremo é Olorun, chamado também de Olodumare. Não aceita oferendas, pois tudo o que existe e pode ser ofertado já lhe pertence, na qualidade de criador de tudo o que existe, em todos os nove espaços do Orun. Olorum criou o mundo, todas as águas e terras e todos os filhos das águas e do seio das terras. Criou plantas e animais de todas as cores e tamanhos. Até que ordenou que Oxalá criasse o homem. Oxalá criou o homem a partir do ferro e depois da madeira, mas ambos eram rígidos demais. Criou o homem de pedra - era muito frio. Tentou a água, mas o ser não tomava forma definida. Tentou o fogo, mas a criatura se consumiu no próprio fogo. Fez um ser de ar que depois de pronto retornou ao que era, apenas ar. Tentou, ainda, o azeite e o vinho sem êxito. Triste pelas suas tentativas infecundas, Oxalá sentou-se à beira do rio, de onde Nanã emergiu indagando-o sobre a sua preocupação. Oxalá fala sobre o seu insucesso. Nanã mergulha e retorna da profundeza do rio e lhe entrega lama. Mergulha novamente e lhe traz mais lama. Oxalá, então, cria o homem e percebe que ele é flexível, capaz de mover os olhos, os braços, as pernas e, então, sopra-lhe a vida. Principais orixás Na mitologia iorubá, Olodumare também chamado de Olorun é o Deus supremo do povo Yoruba, que criou as divindades, chamadas de orixás no Brasil e irunmole na Nigéria, para representar todos os seus domínios aqui na terra, mas não são considerados deuses, são considerados ancestrais divinizados após à morte. Orixás Exu, orixá guardião dos templos, casas, cidades e das pessoas, mensageiro divino dos oráculos.

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MITOLOGIA 1° AO 3°

Ogum, orixá do ferro, guerra, e tecnologia. Oxóssi, orixá da caça e da fartura. Logunedé, orixá jovem da caça e da pesca Xangô, orixá do fogo e trovão, protetor da justiça. Ayrà, usa cores brancas, tem profundas ligações com Oxalá. Xapanã (Obaluaiyê/Omolu), Orixá das doenças epidérmicas e pragas. Oxumarê, orixá da chuva e do arco-íris. Ossaim, orixá das ervas medicinais e seus segredos curativos. Oyá ou Iansã, orixá feminino dos ventos, relâmpagos, tempestade, e do Rio Niger Oxum, orixá feminino dos rios, do ouro e amor. Iemanjá ou Yemanjá, orixá feminino dos lagos, mares e fertilidade, mãe de todos os Orixás de origem yorubana. Nanã, orixá feminino das águas das chuvas, dos pântanos e da morte, mãe de Obaluaiyê, Iroko, Oxumarê e Ewá, orixás de origem daomeana. Yewá, orixá feminino do rio Yewa, senhora da vidência, a virgem caçadora. Obá, orixá feminino do rio Oba, uma das esposas de Xangô juntamente com Oxum e Iansã. Axabó, orixá feminino da família de Xangô Ibeji, orixás gêmeos Iroko, orixá da árvore sagrada (conhecida como gameleira branca no Brasil). Egungun, ancestral cultuado após a morte em Casas separadas dos Orixás. Iyami-Ajé, é a sacralização da figura materna. Onilé, orixá relacionado ao culto da terra. OrixaNlá (Oxalá) ou Obatalá, o mais respeitado Orixá, Pai de todos os Orixás e dos seres humanos. Ifá ou Orunmila-Ifa, orixá da Adivinhação e do destino. Odudua, orixá também tido como criador do mundo, pai de Oranian e dos yoruba. Oranian, orixá filho mais novo de Odudua. Baiani, orixá também chamado Dadá Ajaká. Olokun, orixá divindade do mar. Olossá, orixá dos lagos e lagoas Oxalufon, orixá velho e sábio.

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Oxaguian, orixá jovem e guerreiro. Orixá Oko, orixá da agricultura.

Babilônia Quando Babilônia prevaleceu sobre as outras cidades, seu deus Marduk tornou-se o grande deus. No tempo de Hamurabi, ele absorve os outros deuses, considerados como seus diferentes aspectos – enquanto ilumina as trevas ele é Sim, como deus da dominação é Enlil, enquanto deus da justiça é Shamash, e assim por diante. É ainda o deus supremo no Século VI antes da era cristã. Nabucodonosor (605-562) considera Marduk, senão na prática pelo menos em teoria, seu deus único e pessoal. Nenhum monarca da Mesopotâmia fez uma concepção da divindade tão semelhante ao monoteísmo. A religião do Estado era e continuou politeísta. Foi Shamash, isto é, Marduk considerado sob o aspecto da Justiça que, no começo do ano 2000 antes de cristo, teria ditado ao grande soberano Hamurabi um código de 282 artigos, dos quais alguns processos de sindicância são sumários e algumas penalidades exageradamente severas, mas que, no entanto contém muitas normas razoáveis. A religião só intervém na introdução e na conclusão do código, o que permitiu dizer que os babilônicos já haviam separado, em parte, a religião do direito.

Lendas Babilônicas Ao lado do Marduk, a divindade mais popular é Ishtar, deusa da estrela da manhã e da estrela da noite (atribuída ao planeta Vênus), do amor, da maternidade e da fecundidade. Prostitutas sagradas (sacerdotisas) são empregadas em seus templos, onde possivelmente realizavam-se os cultos tântricos, ou se usava a sexualidade como meio de atingir a transformação, por isso eram consideradas prostitutas sagradas. Ishtar é a mãe, esposa e amante de Tamuz, também chamado o filho, o pastor, o senhor. Ele morre segundo certas lendas, por um javali, em outras pela própria Ishtar que desce aos infernos em busca de seu amante. Ao descer aos infernos, em cada uma das sete portas ele deve deixar uma peça de suas vestes, chega nua a frente da Rainha dos Infernos que a conserva prisioneira. Durante o tempo de cativeiro, a terra seca, torna-se estéril, o desejo acaba, homens e animais vão desaparecer. Os deuses receando ficar

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sem sacrifícios, intervêm junto às divindades infernais. Ishtar é libertada, volta à terra acompanhada por Tamuz ressuscitado. Segundo alguns textos posteriores o jovem deus pertencerá, numa metade do ano à deusa do amor, em outra à deusa dos infernos. Explica-se assim, a morte da natureza no inverno, seu renascimento e justificam-se os ritos destinados a assegurar o retorno da vegetação. As mulheres lamentam o desaparecimento de Tamuz e os dramas sagrados comemoram a paixão e a ressurreição do deus.

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MITOLOGIA 1° AO 3° SEGUNDO ANO

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho. Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram: - Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos: Herácles ou Hércules e Aquiles.

- Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade. - Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.

- Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo. - Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe, que atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.

- Nereidas: mulheres jovens e belas (espécie de ninfas), que habitavam as profundezas do Mar Egeu.

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- Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa. - Quimera: mistura de leão e cabra que soltava fogo pelas ventas.

Medusa: mulher com serpentes na cabeça O Minotauro É um dos mitos mais conhecidos e já foi tema de filmes, desenhos animados, peças de teatro, jogos etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete moças gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o minotauro, porém acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelo monstro. Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido. Deuses gregos De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis. Conheça os principais deuses gregos: Zeus - deus de todos os deuses, senhor do Céu. Afrodite - deusa do amor, sexo e beleza. Poseidon - deus dos mares.

Hades - deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.

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Hera - deusa dos casamentos e da maternidade. Apolo - deus da luz e das obras de artes.

Ártemis - deusa da caça e da vida selvagem. Ares - divindade da guerra.

Atena - deusa da sabedoria e da serenidade. Protetora da cidade de Atenas. Cronos - deus da agricultura que também simbolizava o tempo.

Hermes - mensageiro dos deuses, representava o comércio e as comunicações. Hefesto - divindade do fogo e do trabalho. Romanos

Para os Romanos, homens e deuses teriam que viver em harmonia, tendo confiança mútua, sendo que os rituais e cultos aos deuses tinham como objetivo agradá-los, pois dos deuses dependiam a saúde, a proteção do Estado e o sucesso na guerra, as colheitas fartas, enfim, a prosperidade dos homens. Ao contrário dos gregos, os romanos não especulavam sobre a origem dos deuses. Eles apenas cumpriam os rituais com exatidão, para garantir a harmonia para com os deuses. Muitos deuses foram incorporados a Mitologia Romana por pertencerem a regiões conquistadas pelos romanos.

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MITOLOGIA 1° AO 3° TERCEIRO ANO

A mitologia egípcia corresponde a união de diversos mitos, lendas e estórias que fizeram parte do imaginário religioso no Egito Antigo até a chegada do Cristianismo. Lembre-se que na Antiguidade a religião egípcia era baseada no politeísmo, ou seja, o culto a vários deuses que ocorriam geralmente nos templos dedicados a eles. As lendas disseminadas tinham como temas, a origem do mundo, da natureza, dos homens e dos deuses. Elas explicavam fenômenos ainda desconhecidos pela ciência, sendo, portanto, de grande importância para a construção do imaginário dos egípcios. Deuses Egípcios Ilustração dos Principais Deuses Egípcios Os deuses egípcios possuíam características humanas, sendo que muitos deles possuíam poderes de transformação. Assim, o zoomorfismo (formas de animais) ou antropomorfismo (formas de animais e homens) são dois conceitos que caracterizavam os deuses egípcios. Os deuses ou os princípios cósmicos eram chamados de Neteru os quais foram divididos em: Neterus Primordiais: São os deuses mais importantes os quais estão associados com o mito de criação (origem do universo): Nun (Nu ou Ny): simbolizava a água ou o líquido cósmico que deu origem ao Universo.

Atum (Atum-Rá, Tem, Temu, Tum e Atem): representa a transformação de Nun, sendo considerado aquele que deu origem a explosão do Universo (semelhante ao Bing Bang) e que gerou os diversos corpos celestes, separando assim, o céu e a Terra.

Amon (ou Amun): esposa de Mut, ele é considerado o rei dos deuses.

Aton (Aton ou Aten): relacionado ao sol, ele foi o deus do atomismo, que estava relacionado com o disco solar. Rá (ou Ré): deus da criação, sendo um dos principais deuses do Egito. Ka: força mística que representava a alma dos deuses e dos homens.

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Ptah: marido de Sekhmet e de Bastet, representava o deus criador e protetor da cidade de Mênfis. Além disso, era considerado deus dos artesãos e arquitetos. Hu: representava a palavra de criação do Universo. Neterus Geradores:

Shu: filho de Atum e deus do ar.

Tefnut: filho de Atum e deusa da umidade.

Geb: filho dos irmãos Shu e Tefnut, Geb é do deus da terra.

Nut: filha dos irmãos Shu e Tefnut, Nut é a deusa dos céus. Neterus da Primeira Geração:

Osíris: filho mais velho do casal Geb e Nut, Osíris foi o primeiro faraó do Egito assassinado por seu irmão Set passando a ser juiz dos mortos no mundo subterrâneo.

Ísis: Esposa-irmã de Osíris e filha de Geb e Nur, é deusa do amor, da maternidade, da fertilidade e da magia. É protetora da natureza e considerada modelo de mãe e esposa. Seth (ou Set): deus da tempestade, do caos e violência. Foi ele quem matou seu irmão Osíris. Néftis (ou Nephthys): irmã-esposa de Seth e de Osíris e muito parecida com sua irmã Ísis, sendo considerada outra deusa mãe na mitologia egípcia. Neterus da Segunda Geração:

Hórus: filho de Osíris e Ísis, Hórus é o deus do céu quem matou seu tio Seth por vingança.

Hator: esposa de Hórus, deusa das festas, do vinho e da alegria. É considerada guardiã das mulheres e protetora dos amantes. Tot (ou Thoth): deus da sabedoria.

Maat: mulher de Toth, deusa da justiça, da verdade e da ordem.

Anúbis: filho de Osíris e Néftis, Anúbis é o deus dos mortos e do submundo, era ele que guiava os mortos após sua morte. Anuket (ou Anukis): deusa da fertilidade a qual estava relacionada com a água.

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Bastet: filha de Maat, é a deusa da fertilidade e do parto, protetora das mulheres. Sokar (Seker ou Sokaris): relacionado com a morte, era um deus funerário. Sekhmet: filha de Rá e por isso, reflete o aspecto destrutivo do sol. QUARTO ANO

Ranginui (Rangi): O “pai céu”, Deus do céu a pai de todos os Deuses da mitologia Polinésia. Rangi foi casado com Papa, deusa da terra, mantendo-a junto a si com um abraço, quem mantinham céus e terra juntos. Ele a fecundou, e quando os outros Deuses, como Tangaroa e Tane nasceram separaram céus e terra. Rangi chorou pelo afastamento, e suas lágrimas caem em forma de chuva. Papatuanuku (Papa): A “mãe terra”, esposa de Rangi, Papa era também mãe dos deuses primitivos, como Tangaroa e Tane. Foi abraçado por Rangi no principio da criação, porém ambos se afastaram quando os outros deuses nasceram. Papa ficou vermelho sangue quando isso ocorreu.

Tangaroa: Primogênito de Rangi e de Papa, Tangaroa era a deiade do mar e dos peixes, exercendo também influência sobre os répteis. Sua personalidade era agressiva, e suas ondas gigantes engoliam grande porções de terra, enquanto suas tempestades matavam pessoas aos montes. Sua esposa segundo alguns era Hina, mas ela acabou por abandoná-lo. Tane: Deus das florestas, irmão de Tangaroa. Foi ele o responsável pela separação de Papa e de Rangi, fazendo crescer um tronco gigantesco, por ordem de Tangaroa, a quem respeitava. Ele era menos perigoso e agressivo que seu irmão, porém em certa época acasalou com árvores, produzindo muitos e perigosos monstros, como os dragões e as cobras. Mais tarde, ouvindo as súplicas dos humanos, criou para si uma esposa de areia.

Hine-Nui-Te-Po: Deusa polinésia da morte, era gigante com a fisionomia da Hina, esposa de Maui. Certa vez, Maui embateu-se com ela, terminando por morrer, e estendendo esse destino a seus descendentes. Era terrível, ceifando a vida das pessoas sem se importar com os que chorariam ou sofreriam.

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Hine-Tei-Wauin: A grande Deusa Hina, em seu aspecto de Deusa do parto e da maternidade era chamada de Hine-Tei-Wauin. Como o parto era difícil, ela criou um conjuro poderosos, para evitar as dores do parto. Esse conjuro é comum de ser usado até hoje pelas parturientes.

Pele: A bela e sensual Deusa do fogo, Pele veio a terra e casou-se com um chefe mortal de nome Lohiau. Era a portadora dos raios e das erupções vulcânicas, vagando tanto pelo céu quanto pelo submundo, de onde desencadeava as erupções. Passional, matou Lohiau e uma de suas irmãs quando o viu admirado-as as suas formas sensuais. Lono: Deus do céu havaiano, Lono era uma divindade pacifica, relacionado á agricultura. Sua vinda aterra era no inverno, quando fertilizava a terra e eram dirigidas a ele orações pela fertilidade dos campos. O resto do ano, permitia a Ku que reinasse em seu lugar.

Ku: O Deus Ku (no resto da Polinésia, Tu) era divindade responsável pela guerra. Reinava durante oito meses sobre a terra, quando Lono se ausentava do mundo. Era instigador da inveja e da cobiça entre os humanos. Em certas versos, junto com Lono e Tane povoou o mundo. Maui: Herói trapaceiro da mitologia Polinésia. Maui era nativo das ilhas do Havaí. A mãe, que fazia tecido com a fibra das palmeiras achava-o tão fraco que preferiu afogá-lo. Maui, porém, sobreviveu às ondas, e tornou-se um homem extremamente forte, sem medo em seu coração. Em uma de suas aventuras, ergueu muitas ilha da Polinésia para acabar com as guerras por terras. Em outra é responsável por roubar o fogo da galinha guardiã, no submundo. Sua aventura mais famosa é aquela em que laça o Deus sol pelo pescoço, até que ele ande mais devagar em seu curso, e para que os dias sejam maiores.

Sua mais bela aventura é aquela em que, imbuído de sua coragem, decide enfrentar a morte em busca da imortalidade. Acaba sendo morto por ela, mas crendo olhar para o rosto de sua amada esposa Hina. Seu sangue tingiu os camarões de vermelho.

Hina: Grande Deusa da mitologia polinésia assume muitas e variadas formas, como a devi indiana. Era personificação da fertilidade, e era a elas que os polinésios rezavam por saúde e boas colheitas. Nas famosas lendas de Maui dos mil truques é esposa dele, e sacerdotisa da tribo. Em outras é esposa de Tane, ou de Tangaroa, a quem abandonou para viver com a lua.

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Tabu: Um aspecto da cultura da região era o respeito por certos locais. tidos como sagrados, onde não se devia sequer pisar. Geralmente eram pedras, colinas ou tendas onde grandes acontecimentos – como o local da morte de Lohiau, a casa de Maui e Hina – aconteceram. Espíritos: Era uma crença dos povos do pacifico –e de certos povos da Austrália – que haviam espíritos em todas as coisas, da mais insignificante erva a mais brilhante estrela. Esses espíritos era homenageados, assim como o eram os ancestrais, que se tornavam espíritos depois da morte. Eles costumavam dançar ao luar, muitas vezes atraindo os mortais para sua dança irresistível.

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