artista convidada Françoise Schein
Arte / câmera YARA LIGIÉRO fotografia still YASMIN YRONDI VIOLETTE ASTIER
depoimento ASMAA SAMLALI
performance GIU MALLEN
câmera KK ARAÚJO MATHEUS HOFSTATTER
narração VIVIAN RODRIGUES
trilha sonora DJ MAKNA
produção executiva roteiro YAN WHATELY DENISE MONSON / BIA ZAMPIERI PATRICIA OLIVEIRA MARIA CLARA NEMER
DAMA DE FERRO criação em processo é um road-doc de Danddara na trilha humanista da
arte de Françoise Schein, conectando estações de metrô em São Paulo, Paris e Berlim... numa busca pelo olhar das mulheres refugiadas para questões de Feminismo e Direitos Humanos. Detalhe do retrato de Marielle Franco, de Françoise Schein, Estação da Luz, Metrô SP. Foto de Violette Astier
APONTAMENTOS PARA UMA CINEMATOGRAFIA DA LUZ
ACHADOS DA PESQUISA DE ARTES INTEGRADAS
CINEMATOGRAFIA DA LUZ foi uma ação multiartística concebida para viabilizar registros audiovisuais das instalações permanentes sobre Direitos Humanos, de FRANÇOISE SCHEIN, nas estações de Metrô da LUZ (SP), CONCORDE (Paris) e WESTHAFEN (Berlim) - no âmbito da produção cinematográfica DAMA DE FERRO criação em processo.
ESTETICAMENTE, a abordagem que sobressaiu na filmografia dos mosaicos de azulejo FRANÇOISE SCHEIN, durante teste na Estação da LUZ, foi visualmente dramatúrgica, compondo narrativas onde as obras se movem em cenas que se inspiram na animação stopmotion. Como se vê nas sequências em petro-e-branco com alto contraste, esta abordagem pressupõe uma leitura subjetiva, não-realista, onde a movimentação de câmera deriva de um olhar ficcional. Por outro lado, a perspectiva que preponderou nas visitas de pesquisa às estações de Concorde e Westhafen teve caráter mais catalográfico, baseado numa câmera constante, que buscava transcrever a narrativa inscrita no corpo da obra investigada – sem contudo configurar uma leitura essencialmente neutra. O rigor técnico/isométrico dessa catalografia é, antes, um mergulho audiovisual na duração da obra adentrada pela câmera, como propõe Hélio Oiticica na investigação dos Penetráveis arquitetônicos. Nosso filme combina essas duas abordagens para produzir dinâmicas em que obras, originalmente estáticas, desdobrem no tempo sua interferência espacial. Materializando (pelo menos no cinema) o ideal de Mondrian para uma pós-modernidade em que:
AÇÃO MULTIARTÍSTICA planejada para conciliar necessidades e modos de produção do cinema, com as características e limitações da locação no metrô, e imperativos de distanciamento estabelecidos pelo momento histórico de pandemia. PLANO DE PRODUÇÃO formatado para cumprir etapas no Brasil (SP / Campinas) e Europa (Paris / Berlim), equipe enxuta, equipamento mínimo, parcerias com Metrôs envolvidos no roteiro, e com a Escola de Belas Artes de Paris, para máximo aproveitamento de recursos. AS ETAPAS INTERNACIONAIS inseridas nesse plano de produção tinham o objetivo de evidenciar o equilíbrio CULTURAL entre SÃO PAULO, maior cidade do BRASIL, e as capitais europeias PARIS e BERLIM, através de uma composição cinematográfica construída com Instalações temáticas de FRANÇOISE SCHEIN selecionadas para o roteiro. O PLANO DE DIVULGAÇÃO propõe o engajamento de Canais de TV ONLINE e coletivos de MíDIA LIVRE, em live transmissions de sessões de registro audiovisual. O LANÇAMENTO simultâneo nas estações de metrô filmadas, despertou interesse de executivos do Metrô Paris. O PLANO FINANCEIRO inclui R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) do Prêmio PROAC 2019; investimento próprio de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) e captação de 997.659,00 (novecentos e noventa e sete mil reais) pela Lei Federal de Incentivo [nº PRONAC: 204480]
Pela unificação da arquitetura, escultura, e pintura – uma nova realidade será criada. A pintura e a escultura não se manifestarão como objetos separados, nem em forma de ‘arte muralista’ ou ‘arte aplicada’, mas, sendo puramente construtivas, ajudarão na criação de ambiente não meramente utilitário ou racional, mas também puro e completo em sua beleza. [OITICICA, 1986]. RAW CUT
https://youtu.be/C7oPB809Ots
MOOD BOARD
https://dmdfrr.tumblr.com/
Artistas e técnicas envolvidos no Projeto até o momento Danddara (direção / roteiro / produção) Françoise Schein (artista convidada) Yara Ligiéro (dir. arte / câmera / edição) Yan Whately (produção executiva) Giu Mallen (performer protagonista) Anne Addison (pesquisa) Asmaa Samlali (personagem real /refugiada) Denise Monson (produtora/co-roteirista) KK Araújo (câmera) Lanah Santos (arte em tecidos) Raquel Oliveira (assist. de câmera) Patience (assist. de câmera) Maria Clara Nemer (pesquisa / co-roteirista) Beatriz Zampieri (pesquisa / co-roteirista) Bárbara Grillo (atriz coadjuvante) DJ MAKNA (trilha sonora) Vivian Rodrigues (narração) VJ Júlio Steca (video mapping) Yasmin Yrondi (fotografia still) Violette Astier (fotografia still) Patrícia Oliveira (Prod Exec.)/fase 01) Pedro Moraes (assist de produção) Paulo da Silva (motorista) Zé Vasconcelos (escultura em metal) Marcel Vecchia (fotografia still) Matheus Hofstatter (câmera: Camila Cantuária (coord. de biossegurança) [acima: Yara, Danddara, Françoise, Yasmin abaixo: Violette, KK Araújo, Giu Mallen]
CRONOGRAMA
RELATÓRIO TÉCNICO Título do filme:
DAMA DE FERRO criação em processo IRON LADY creation in process DAMME DE FER création en processus
Produtora majoritária Ana Cristina Carvalho Rodrigues Coelho DANDDARA CPF 01385073764
ETAPA Desenvolvimento / Roteiro
São Paulo [Brasil] Paris [França] Berlim [Alemanha]
Produção / Performances Filmagens Fase 01
São Paulo [Brasil]
Interrupção / Pandemia Prêmio SONY “de volta aos sets”
Apoios Institucionais Brasil SEC/SP - Edital PROAC 28/2019, Ação Cultural do Metrô SP Lei Federal de Incentivo à Cultura/BRASIL
Produção / Narração Filmagens / Fase 02
Janelas para lançamento de impacto: Redes parceiras de de MÍDIA LIVRE Estações de metrô em SP, Paris, Berlim Janelas de exibição: Salas de exibição, Drive-In VOD Stream, TVs ONLINE
Campinas / [SP Brasil]
Pre-produção Pesquisas com camera Entrevistas 1 e 2
Cópias de exIibição: Documentário criativo, 72 min, janela 16:9, s om 5.1, colorido, 2k
Parcerias internacionais: Coletivos de mídia livre (SP , Paris, Berlim) RATP / Metrô de Paris BVG / Metrô de Berlim Beaux Arts, faculdade de belas artes (Paris)
LOCAÇÃO / CIDADE
Captação de Recursos PRONAC
Campinas [Brasil] e Paris [França] Campinas [Brasil] Brasil
Filmagens / Fase 02 Entrevistas 3 e 4
São Paulo [Brasil] Paris / Berlim
Pós-produção Cópias de Exibição
Rio de Janeiro
Lançamento International de Impacto
Estações de Metrô: SP / Paris / Berlin
PERÍODO Junho a Dez 2019 Jan / Fev / Maio 2020 Agosto a Nov 2020 Fevereiro 2020 Julho 2020 Agosto a Dez 2020 Jan. a Março 2021 Abril 2021 Maio a Dezembro 2021 Janeiro 2022 Fevereiro 2022 Março a Agosto 2022
Obs: O cronograma acima já reflete os ajustes no planejamento de produção, que foram implementados diante dos impactos causados pela pandemia.
ORÇAMENTO SINTÉTICO DESCRIÇÃO
PRODUTOS E ENTREGAS VALORES R$
ORÇAMENTO FASE 01 / 2020 Pré-produção - Campinas
30.000,00
Cenas de PERFORMANCE - Campinas
60.000,00
Pesquisa Estação de LUZ - SP
30.000,00
Pesquisa, entrevistas, pré-produção EUROPA
120.000,00
Direitos Autorais
20.000,00
TOTAL FASE 01
260.000,00
ORÇAMENTO FASE 02 / 2021 / Filmagens da narração
20.000,00
TOTAL FASE 02
20.000,00
ORÇAMENTO FASE 03 / 2022 Reorganização / Captação de recursos / Administração Filmagens SP Estação da LUZ, transmissão ao vivo, contrapartidas
197.659,95 300.000,00
Filmagens PARIS (Concorde) e BERLIM (Westhafen)
400.000,00
Direitos Autorais [artista convidada]
100.000,00
TOTAL FASE 02 / CINEMATOGRAFIA DA LUZ
997.659,95
CUSTO TOTAL DE PRODUÇÃO (Fase 01 + Fase 02 + Fase 03)
1.277.659,95
FINANCIAMENTO — FONTES FONTE Prêmio PROAC 2019 Secretaria de Cultura e Economia Criativa Governo do Estado de São Paulo
VALOR R$ 200,000,00
Investimento próprio da CINEASTA
60.000,00
Prêmio SONY “de volta aos sets” mitigação dos efeitos da pandemia
20.000,00
Lei Federal de Incentivo à Cultura - Governo do BRASIL
997.659,95
OBJETIVAMENTE, o objetivo da FASE 03 é complementar o longa doc DAMA DE FERRO criação em processo, agregando o corte de 40 min obtido na produção do Projeto CINEMATOGRAFIA DA LUZ, como aprovado no PRONAC, para somar os 72 min totais do longa. ESPECÍFICAMENTE os objetivos do Projeto aprovado no PRONAC incluem a execução dos seguintes PRODUTOS CULTURAIS: MEDIA METRAGEM, 40 min, doc colorido, formato 2k, som 5.1, investigando 3 instalações sobre Direitos Humanos, realizadas pela artista belga FRANÇOISE SCHEIN em estações de metrô. O filme, de âmbito internacional, prioriza a descrição cinematográfica da maior obra da artista, com 500 metros quadrados, situada em São Paulo, capital, na Estação de Metrô da LUZ. Outras obras retradas estão em CONCORDE (Paris) e WESTHAFEN(Berlim). Entrevistas com a artista, depoimentos de uma mulher refugiada e narrações dramatizadas completam a abordagem de engajamento feminista escolhida para tratar o tema. WEB-SÉRIE, 5 episódios de 10 min, formato YOUTUBER, desenvolvendo o tema e a abordagem do filme, com ênfase na contribuição da brasileira BERTHA LUTZ para a história mundial dos Direitos Humanos. FASCÍCULO formato tabloide, tiragem 500 cópias, sobre as 09 instalações que integram o circuito temático de FRANÇOISE em metrôs do Brasil e Europa. TODOS OS PRODUTOS gratuitos para o público. PRATICAMENTE, todos esses produtos só seriam possíveis com o patrocínio de 100% do orçamento aprovado. Assim sendo, com apenas 50%, faremos apenas o produto principal (filme).
o t c a p m i doc Interatividade, performances e ideias para um lançamento internacional de IMPACTO Lançar o documentário de graça em Metrôs foi uma ideia que esteve presente desde o começo do Projeto. Mas nossa urgência de comunicar esse conteúdo, só ficou clara quando surgiu essa metáfora visual, simples e engraçada, de um lanche de Direitos Humanos, oferecidos como banana madura. Nas vida das mulheres negras, e das mulheres lésbicas refugiadas que não enxergamos, a ânsia por Direitos se confunde com a fome. Isso está no filme e, a depender das condições sanitárias no local/época do lançamento, seria um meio concreto de provocar o diálogo com as plateias. COME TEUS DIREITOS! Sente os mais elevados valores Humanos fluírem por tuas veias, dentro da tua carne, sob a tua pele. Uma alegoria comestível, inspirada na fruta Underground de Warhol, e muito apropriada ao nosso espírito neotropicalista. Essa experiência artística multidisciplinar, que faz parte da linguagem fílmica do DOC criativo, remete a uma “performance de interatividade comestível” chamada Descascando abacaxis pela paz., que Danddara criou para o I Encontro de Performance e Política das Américas, sediado no Campus de Letras e Artes da UNI-Rio, em 2000; e reencenou em Monterrey (MX) em 2001, na segunda edição do evento. DAMA DE FERRO criação em processo bebe nessa fonte, incorporando uma visão genérica dos Direitos Humanos como nutrição da Alma, básica e fundamental como são para o corpo os alimentos. Os ritmos dos vagões, que engolem e cospem multidões, organizam e pontuam a narrativa, construída com registros de uma pesquisa artística sobre a complexidade do feminino. Já o elemento “ferro” (– tomado em seu caráter dinâmico, como agente e resultante de transformações, comum a ferrovias, trens, cozinhas e panelas –) aparece no filme através das texturas propostas para imagem e som. Nesse sentido, uma estrutura modular, encaixando imagens produzidas por diferentes artistas/fotógrafas em cada cidade, é uma meta organizacional que dialoga com a técnica de Françoise, de somar heterogeneidades para construir unidades harmoniosas.
Ana Cristina Carvalho Rodrigues (1968), nas artes DANDDARA, é uma cineasta e escritora afro-carioca nascida e criada no universo cultural do Samba. Frequentou o curso de História na UFRJ, e de Writing in English na New School em NY, mas sua formação se deu no livre aprendizado com mestres como: Maria Helena Bezzi (canto lírico), Galba (acrobacia), Ivan Cavalcanti Proença (oficina literária), Debbie Allen (sitcom), Pedro Paulo Lomba (culturas florestais), Glória Perez (teledramaturgia), e Luiz Carlos Saldanha, a.s.c (cinema digital). Estreou na carreira artística em 1985, como atriz de Bia Lessa. Fundou o Teatro Florestal do Rio de Janeiro em 1988. Em 1990 faz seu primeiro trabalho em Cinema, como prod. executiva do doc O Canto da terra, de Paulo Rufino Em 1993 mudou para Nova York onde se apresentou em concertos de Samba-Jazz. De volta ao Brasil em 1996 escreve os primeiros roteiros. Estreia na direção com o media metragem Gurufim na Mangueira (2000), obra que introduz a mulher negra como sujeito no Cinema brasileiro. Em 2003, sua parceria com Abdias Nascimento produz o curta-manifesto Cinema de preto (2004), e o longa inacabado Cinema experimental do negro. Em 2015 muda-se para Campinas (SP), onde realiza o curta Desaparecidos (2017), iniciando produção em artes visuais. Em 2019 ganha o Prêmio PROAC Expresso para começar sua segunda tentativa de realizar um primeiro longa metragem.
danddara.com
Danddara sob o retrato de Marielle Santos, Estação da LUZ obra: Françoise Schein / foto: Violette Astier / SP Fev 2020
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