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Ano 08 | Fevereiro de 2010 | N° 78 distribuição gratuita

Jornal Mensal de Educação

Colunistas Esther Cristina Pereira

Uma metáfora: O caderno e o processo da vida Pág. 09 Teo Pereira Neto

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? A dúvida na escolha

Ao terminar a faculdade, recém-formados têm mais escolhas a fazer. Trabalhar na área ou emendar uma pós-graduação? Especialistas opinam a respeito e dizem que a decisão depende de cada pessoa. Profissionais contam o que fizeram após se formar e sobre o caminho que seguiram no mercado de trabalho.

páginas 3 a 8

Inveja: Caim e Abel precedem o mundo corporativo Pág. 13

Jacir J. Venturi

Enem 2010: Resgate da credibilidade

Pág. 14


10 A Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE quer mostrar a você e aos seus alunos que a escola pode se tornar uma experiência de vida ainda mais interessante, produtiva e com incentivo maior a práticas de formação cidadã através da Campanha Uma Ação para Crianças.

É muito simples participar: 1) Encontre uma instituição que dê apoio direto ou indireto a crianças e adolescentes. 2) Depois, organize uma atividade em que sua turma possa mobilizar recursos, de preferência envolvendo, além dos estudantes, educadores e outros funcionários; 3) Os recursos arrecadados pela mobilização de sua escola serão duplicados pela CESE. Por exemplo, se for realizado uma gincana, shows ou um grande bazar pela escola e render R$ 2 mil, a instituição beneficiária daquela ação receberá R$ 4 mil (a CESE doa os outros R$ 2 mil).

Para saber mais detalhes da campanha visite www.cese.org.br Para entrar em contato: acaoparacriancas@cese.org.br ou (71) 21045457

Há 36 anos garantindo direitos no Brasil


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Jornal Nota 10 | Fevereiro de 2010

Uma edição inteira dedicada à

Pós-Graduação Para este mês de fevereiro a equipe do Jornal Nota 10 preparou uma edição inteira voltada ao tema pós-graduação. São diversas matérias sobre o assunto, com enfoques variados, que darão ao leitor, seja ele profissional da educação ou estudante, uma visão ampla do assunto, de grande importância na cadeia do ensino e aprendizagem.

Outro ponto muito importante desta edição são nossos anunciantes, que apoiaram este número por meio de anúncios publicitários, e ofertam uma série de oportunidade de cursos, para públicos variados. Olhe cada anúncio com atenção e faça sua escolha.

O enfoque que demos foi sobre como tomar a decisão certa sobre o momento exato para ingressar em um curso de pós. Se isso deve ocorrer logo que se sai da graduação ou devese esperar um pouco, para trabalhar na área, adquirir alguma experiência e só daí optar por uma. O Nota 10 ouviu diversos especialistas e traz também opiniões de estudantes, que já tomaram suas decisões.

Como vê, há muita informação sobre pós nesta edição. Uma ótima leitura.

Helio Marques Editor

helio@nota10.com.br

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Pós-graduação: existe ou não um momento certo para se fazer? Especialistas e profissionais discutem a questão e opinam a respeito

Passados os anos de uma graduação, a pergunta que ronda a cabeça dos universitários, agora recém-formados, é a seguinte: “trabalhar um tempo na área ou emendar uma pós-graduação em seguida?”. Não existe, segundo especialistas ouvidos pelo Nota 10, o certo ou errado nesses casos, nem aquela fórmula mágica que mostra qual o caminho a seguir. A decisão depende apenas de cada pessoa. A coordenadora de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da PróReitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Graziela Muniz, comenta que alguns alunos, durante a graduação, começam a se preparar mais para o mercado. “Com os programas de iniciação científica e pesquisas, os alunos se preparam para um

mestrado na área em que pesquisavam na graduação, até mesmo porque a pesquisa não pode levar muito tempo a ser concluída e aprimorada”, ressalta. O mestrado e o doutorado, nessas circunstâncias, são os mais indicados, porque são praticamente voltados à pesquisa e ao aprimoramento dela. “Para quem pretende seguir carreira acadêmica, é o mais indicado”, afirma. Assim como toda escolha tem um lado positivo e negativo, com as pósgraduações ocorrem o mesmo. O diretor de Educação Continuada da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Humberto Madeira, destaca que a especialização não obriga, necessariamente, que o profissional a faça na mesma área de sua graduação. “A especialização é vantajosa para quem quer se aprimorar em

uma área que não seja em que atua”, salienta. De acordo com ele, o mestrado e o doutorado, ou seja, a carreira científica é muito competitiva devido aos resultados que se esperam das linhas de pesquisa desenvolvidas por essas duas áreas. “Aí sim é recomendável que se emende em seguida da graduação”, diz. Existem, hoje, as chamadas pósgraduação lato sensu, que são as especializações; as stricto sensu, voltadas à pesquisa (mestrado e doutorado); e os Master in Business Administration, ou MBA’s, pós voltada à gestão empresarial. Especialistas concordam quando dizem que depende da área em que a pessoa atue ou quando o mercado de trabalho exige, é recomendada alguma das modalidades, mas não é regra.

Saber em qual área gostaria de atuar no mercado de trabalho, ou simplesmente ter afinidade com alguma disciplina durante a graduação, já são fatores que motivariam uma pessoa a procurar uma pós logo após se formar. Rodrigo Fiad Pasini é um deles. O advogado graduado na PUCPR, em 2007, quando faltava um ano para se formar, devido à afinidade com a disciplina de Direito do Trabalho, ingressou em uma pós lato sensu na mesma área. “Por eu gostar da disciplina e também por realização profissional, resolvi ingressar na especialização logo que saí da faculdade”, comenta. Ele recomenda que as pessoas façam a pós só depois de terem certeza no que querem trabalhar. “Ter certeza é fundamental, porque vai contar para a própria carreira da pessoa”, ressalta.


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Jornal Nota 10 | Fevereiro de 2010

Leila Cristina Precibicien, graduada em Administração com ênfase em Recursos Humanos pela Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná (Faesp), trabalha como atendente do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) às pessoas jurídicas na Uniodonto Curitiba. Formou-se no fim de 2009 e diz que tem pretensão de fazer uma pós, mas que é plano para o ano que vem apenas. “A pós-graduação é importante para a carreira de uma pessoa, porque foca na área de atuação e agrega conhecimento, além de contribuir para o crescimento profissional’, declara. Já Bruno Bahr Renaldin, graduado em Letras-Inglês pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), dá aulas do idioma na escola CNA de Campo Largo e no Colégio Acesso, em Curitiba. Optou por não ingressar em uma pós logo que se formou. “Queria me dedicar mais à carreira mesmo e achei que a especialização não me traria um retorno imediato nesse sentido”, salienta. “No momento não tenho planos de fazer pós, mas penso sim em fazer um mestrado, seria bom para a minha carreira”, complementa. Tanto Graziela Muniz quanto Humberto Madeira concordam que, para quem quer ampliar a carreira no mercado de trabalho ou se focar em alguma área específica, as especializações (lato sensu), são recomendáveis.

Ainda existem os MBA’s, para quem deseja se aprimorar na área empresarial. Desde a metade dos anos 90, o MBA ganhou espaço e tornouse um quesito indispensável para quem quisesse ascender na carreira, ocupar cargos de gerência e, consequentemente, melhorar o salário. De acordo com a coordenadora de MBA do Centro Universitário FAE, Karen Sell Schneider, essa modalidade é recomendada para quem já tem uma bagagem profissional. “Não é recomendado a um recém-formado porque ele não tem experiência profissional para trocar com outras pessoas. O MBA é voltado para quem já está formado há 7 ou 8 anos, cuja bagagem profissional possui mais conteúdo”, afirma. Em relação à especialização, ela ainda comenta que, caso a pessoa deseje consolidar o enfoque profissional, em até dois anos depois de formado é interessante ingressar em uma. “Hoje em dia é fundamental fazer uma especialização, porque ela garante o enfoque de mercado. Garante para a pessoa uma formação profissional e faz com que não reste apenas a formação acadêmica”, destaca.

Pós-Graduação (lato e stricto sensu e MBA) Pós-Graduação Lato Sensu ou Especialização As pós-graduações lato sensu compreendem programas de especialização e incluem os cursos designados como MBA - Master Business Administration. Possuem a duração mínima de 360 horas. Ao final do curso, o aluno obterá certificado, e não diploma. Independem de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento.

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Nessa modalidade, a capacidade de aplicar métodos de pesquisa rigorosos para solucionar ou estudar problemas inéditos, aumenta com a experimentação ativa e a convivência dos alunos com a comunidade acadêmica. Nos cursos stricto sensu, o processo de capacitação dos alunos é mais demorado. São mais procurados, principalmente, por pessoas que desejam seguir carreira acadêmica ou de pesquisa.

MBA (Master Business Administration) Os cursos designados como MBA - Master Business Administration ou equivalentes nada mais são do que cursos de especialização em nível de pós-graduação na área empresarial. É generalista e visa à formação de executivos e gerentes. Aborda as mais diversas áreas da administração, como marketing, finanças, RH, contabilidade, logística, dentre outras. É mais procurado por profissionais que, independente da área, desejam Rodrigo recomenda a pós para quem já tem certeza em qual área deseja trabalhar.

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Pessoas que atuam em diversas áreas optam por um curso lato sensu, porque além da facilidade em cursá-lo e continuarem com sua atividade profissional, esses cursos tendem por forçar mais a aplicação prática dos conceitos estudados, o que enriquece a atuação do profissional. São abertas a diplomados em cursos superiores.

Pós-Graduação Stricto Sensu Refere-se ao nível de pós-graduação que titula o estudante como mestre e doutor em determinado campo do conhecimento. As pósgraduações stricto sensu compreendem programas de mestrado e doutorado abertos a candidatos diplomados em cursos superiores de graduação. Ao final do curso o aluno obterá diploma. São sujeitos às exigências de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento, previstas na legislação.

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aprender como administrar uma empresa, seja multinacional ou própria. Alguns pré-requisitos são exigidos como experiência profissional de pelo menos três anos e fluência em inglês, principalmente se for querer cursar um MBA fora do Brasil. Apesar de possuir grau de “mestrado” em diversos países, no Brasil é classificado como “Especialização”.


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Aqueles que não se decidiram quanto à carreira profissional, se ingressam em alguma pósgraduação (lato ou stricto sensu) ou continuam apenas em suas rotinas de trabalho, podem seguir algumas dicas para planejarem uma carreira de sucesso: - Fazer uma autoavaliação; - Recorrer ao feedback de gestores e colegas de trabalho; - Traçar metas e objetivos de curto, médio e longo prazos; - Conhecer as tendências e exigências do mercado de trabalho; - Desenvolver suas carências;

- Potencializar suas virtudes; - Aprimorar seus conhecimentos técnicos; - Investir no desenvolvimento de suas habilidades pessoais; - Manter ações sempre focadas em seus objetivos; - Calcular os riscos de todas as suas decisões e avaliar todas as alternativas possíveis. Para Bruno, a pós não traria o retorno imediato após a graduação.

Alguns cursos inovadores de Pós-Graduação

Hoje existem várias áreas nas quais um profissional pode fazer uma pós-graduação. As temáticas dos cursos têm se ampliado e gerados novos cursos inovadores, que mesmo não muito conhecidos, chamam a atenção de algumas pessoas. Conheça alguns.

Construções Sustentáveis

Bem-Estar Animal

O curso ofertado pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) surgiu da necessidade que os professores da instituição sentiram em atentar aos vários aspectos de uma construção, em toda sua concepção. Desde a utilização de materiais sustentáveis (oriundos de demolição), até a própria utilização de recursos naturais, por exemplo, o aproveitamento da água da chuva. Tem como objetivo capacitar profissionais para o desenvolvimento e conhecimento das novas tecnologias da construção civil, com enfoque nas construções sustentáveis, incentivando a produção de projetos ecológicos. O curso é voltado a graduados nas áreas de Engenharia Civil, Engenharia de Produção Civil, Arquitetura, Tecnologias ligadas à área da Construção Civil e, de acordo com a coordenadora do curso, Celimar Azambuja Teixeira, a qualquer outro profissional que trabalhe com recursos naturais.

Ofertado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o curso surgiu da preocupação com a qualidade de vida de animais de criação, tanto em cativeiro quanto em zoológicos. Tem como objetivo capacitar profissionais que trabalhem diretamente com animais de entretenimento, companhia, silvestre; no desenvolvimento tecnológico e ensino, para realizarem diagnóstico das condições de bem-estar por meio de indicativos comportamentais e habilitá-los para realizar ações de melhoria das condições de manutenção e manipulação desses animais. Segundo a coordenadora do curso. Marta Luciane Fischer, é o primeiro curso no Brasil voltado a essa área. “Os recém-formados precisam se atentar ao bem-estar animal e o curso vem suprir essa carência.Por meio do comportamento do animal, sabemos como ele está”, afirma. É destinado a biólogos, veterinários, zootecnistas, agrônomos, administradores e demais profissionais que trabalhem com animais.

Lighting Design Com foco na sustentabilidade, tema em alta no mercado de trabalho, o curso ofertado pela Universidade Positivo trabalhará diretamente com a iluminação artificial (lâmpadas, refletores, etc.) e natural (luz do sol, etc) em espaços arquitetônicos internos e externos. “O curso vem suprir a necessidade de minimizar gastos com iluminação, e aproveitar as aberturas nesses espaços (janelas, etc.), para que haja um aproveitamento da luz natural nesses ambientes”, comenta a coordenadora do curso, Giselle Dziura. Tem como objetivo aprimorar competências para criação e desenvolvimento de projetos de iluminação natural e artificial aplicados à arquitetura e urbanismo e design, considerando os aspectos técnicos, estéticos, funcionais, emocionais e sustentáveis. É voltado a arquitetos, urbanistas, designers, engenheiros e profissionais com experiência nas áreas de projetos luminotécnicos, cenografia, vitrine, eventos, moda ou afins.

Aconselhamento Familiar Oferecido pelas Faculdades Spei, o curso tem como foco a família. A coordenadora do curso, Meibel Mello Guedes, diz que a instituição familiar precisa ser resgatada, e por meio dessa pósgraduação, conselheiros familiares serão formados para atuar em diversas instituições (igrejas, hospitais, escolas, asilos etc). Tem como objetivo oferecer aos pastores, profissionais da área de assistência e outros que atuem junto às famílias, um curso de formação específico na área de aconselhamento familiar, que permitirá um melhor desempenho profissional dentro de um mercado cada vez mais qualificado.



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Pós-graduação: troca de experiências e influência na carreira profissional A experiência é um fator que é levado em conta quando se ingressa numa pós-graduação. O coordenador de MBA da Esic Business & Marketing School, Alexandre Weiler, diz que o mercado tem feito cada vez mais essa exigência. “O mercado tem exercido uma pressão para que profissionais e recém-formados tenham formação mais abrangente e em menos tempo”, ressalta. A troca de experiências é vital em uma pós, seja qual área for, mas isso não impede que pessoas ingressem em alguma por não possuírem contato maior com o mercado de trabalho. “No Brasil, as pessoas trabalham desde muito

cedo”, destaca Alexandre. Ele ainda diz que para um MBA é recomendado que o profissional tenha de 3 a 4 anos de experiência no mercado. “As experiências de mercado dos profissionais contam bastante e a troca entre elas é essencial para o aprimoramento”, salienta. O diretor de relações acadêmicas da Associação Brasileira de Recursos Humanos do Paraná (ABRH-PR) e coordenador do curso de Pós-Graduação em Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho da Unicuritiba, Giles Balbinotti, diz que os cursos de pósgraduação são caminhos importantes para a obtenção do nível de autorrealização profissional. “O mercado vive constantemente em movimento e os

profissionais de hoje e do futuro devem estar preparados para acompanhar essa evolução tecnológica, pois a cada momento surgem novos conceitos e novas tecnologias e novos desafios”, destaca. Para ele, esse é um motivo pelo qual é difícil conquistar um espaço no mercado de trabalho desempenhando sempre a mesma função, da mesma forma de atuar e com as mesmas competências. “O mercado está exigindo profissionais que possuam a capacidade de tomar decisões frente às adversidades complexas e diárias”, comenta. Giles diz que não existe momento certo para fazer uma pós. De acordo com ele, o momento adequado depende das metas e objetivos que cada pessoa tem. “A pós-graduação é uma catapulta para estágios mais elevados da carreira profissional,

pois ela subsidia as pessoas com novos olhares, novas formas de trabalhar os novos temas do mundo profissional, além de novas ferramentas de análise entre outros”, salienta. Ainda dá algumas dicas em relação à escolha das instituições e dos cursos e destaca alguns critérios importantes nessa seleção, como a história da instituição, experiência profissional e titulação (mestrado, doutorado) do corpo docente, recomendação de pessoas que lá estudaram, o projeto do curso etc. “O curso escolhido vai contribuir na elevação das suas competências pessoais e profissionais e a instituição deve fornecer o suporte necessário para a realização desta formação e, assim, reduzirá a distância para seus sonhos”, ressalta.


palavra do especialista

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educação

infantil

Esther Cristina Pereira Psicopedagoga Diretora da Escola Atuação Contatos: cris@escolaatuacao.com.br (41] 3274.6262

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Uma metáfora: O caderno e o processo da vida Todo início de ano ocorre uma maratona de organização. Na escola todo o projeto anual, como arrumação do prédio, ensalamentos, semana pedagógica etc. Nas famílias, ansiedade por um novo ano a começar, cada qual com seus anseios, preocupações, revelações e descobertas. E junto a isso, a organização do material escolar, no qual está contido, sempre, o caderno, com toda a sua majestosa condição de avaliar o educando/filho em suas possibilidades e responsabilidades, na sua disciplina, organização, capricho e, principalmente, na capacidade de mostrar que aprendeu um novo conteúdo e o assimilou com qualidade.

Mas, é neste caderno, e na condição que ele nos dá, e nós damos a ele, que devemos observar o dia-a-dia da escola e da vida desta criança. Questionar por que existem dias de capricho e esmero, letra maravilhosa e por que existem dias de verdadeiros garranchos e extremo relaxo? Avaliar, tendo consciência que este aluno, criança e filho são seres inacabados e sempre o serão, auxilia-nos a conseguir verificar qual o caminho e processo a percorrer. Esse discernimento é muito valioso, tanto para o professor quanto para a família. Basta um olhar inteligente para perceber que a cada página virada é um novo dia, um novo recomeço, com erros e acer-

Esse discernimento é muito valioso, tanto para o professor quanto para a família. Basta um olhar inteligente para perceber que a cada página virada é um novo dia, um novo recomeço.

tos, todos em prol de uma vida mais feliz e certamente de melhor resultado, pois ninguém erra porque quer errar, ninguém deixa de aprender porque não quer aprender. Cada um é um, cada caderno é um caderno, e cada página virada é um novo recomeço. Vale a dica do caderno. Ele existe na escola e existe na vida de todos nós...


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LEIgislativo notícias dos projetos que podem virar lei Com hora marcada

Quem já teve que passar o dia inteiro à espera da entrega de um produto ou aguardando um prestador de serviço e nada acontece sabe o transtorno que é. Para ajudar o consumidor, está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6523/09, do deputado João Dado (PDTSP), que obriga fornecedores a fixar data, turno e horário para entrega de mercadorias ou prestação de serviços.

Andréa Marques

Uso de bicicletas

Editora adjunta do Jornal Nota 10

Outra proposta do deputado Jaime Martins (PR-MG) cria o Programa Bicicleta Brasil (PBB) nos municípios com mais de 20 mil habitantes. O projeto destina 15% do valor arrecadado com multas de trânsito para financiar o programa. Além disso, o programa das bicicletas vai deixar muita gente em forma.

Contato: andrea@nota10.com.br

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Empregados domésticos A Comissão de Assuntos Sociais do Senado se prepara para votar projeto de lei (PLS 293/06), de autoria da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, que regulamenta a profissão de empregado doméstico. A proposta estende à categoria todos os direitos garantidos aos demais trabalhadores.

Combate à Pedofilia

Os vereadores de Curitiba, Cantora Mara Lima e Emerson Prado, do PSDB, elaboram estudos para apresentação de projeto de lei que cria o Conselho Municipal de Combate à Pedofilia. O objetivo da proposta é evidenciar à população os fatos que envolvem crimes de pedofilia na cidade, para conscientizar e orientar.

Violência contra a mulher

A autoridade policial que não adotar medidas legais cabíveis no caso de prática de violência doméstica e familiar contra a mulher pode ser detida de seis meses a dois anos. A medida é prevista em projeto de lei (PLS 14/10) de autoria da senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

Carteira de vacinação

Os pais ou responsáveis terão que apresentar a caderneta de saúde da criança, quando da matrícula nas escolas de educação infantil da rede pública ou privada do estado do Paraná. A obrigatoriedade da apresentação do documento, que atesta a vacinação dos menores, foi aprovada pelos deputados no dia 10 de fevereiro em primeira e segunda discussão.

literatura As sete competências básicas para educar em valores

Teatro em sala de aula - guia prático do professor

Xus Martín García e Josep Maria Puig Summus Editorial

Betina Rugna Editora Alaúde

Partindo do princípio de que a educação em valores é uma ocupação essencial dos educadores, os autores revelam aquelas que definem como as sete competências pessoais e profissionais para que o professor cumpra essa tarefa: ser ele mesmo, reconhecer o outro, facilitar o diálogo, regular a participação, trabalhar em equipe, fazer escola e trabalhar em rede.

O livro tem a proposta de capacitar educadores a inserir a linguagem teatral no processo educacional, ampliando a transversalidade e a interdisciplinaridade, além de enriquecer as aulas, complementando o ensino de forma lúdica, divertida, participativa e educativa. As técnicas descritas são aplicáveis a crianças e jovens de idades variadas do ensino fundamental e médio, pois é possível adequar exercícios e atividades para cada faixa etária, segundo sua complexidade.

Histórias que se escondem na floresta Fernanda Zulzke Galli Paulus Editora Quantos mistérios as árvores, as plantas e os animais guardam para si? O mundo verde das matas encanta por sua beleza, tranquilidade e harmonia, mas toda essa magia vive ameaças há séculos e precisa ser preservada. Em Histórias que se escondem na floresta, foi essa a lição que Cauã aprendeu durante suas férias na fazenda, já que o garoto imaginava que só a cidade era um lugar divertido para as crianças.



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Vitrine

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palavra do especialista

Inveja: Caim e Abel precedem o mundo corporativo

mundo

corporativo

“Há coisas que o sujeito não conta ao padre, ao psicanalista, e nem ao médium, Nelson Rodrigues, escritor depois de morto. Uma delas, certamente, é a Inveja.” O ambiente de trabalho e o mundo dos negócios são povoados pela mesma linhagem que habita a comunidade e o meio familiar: nós mesmos. Será o paraíso ou o inferno, dependendo da forma como decidirmos administrar nossa vida pessoal e profissional. Se os personagens se repetem, é natural que as picuinhas e idiossincrasias que permeiam o comportamento humano migrem do ambiente familiar para a sociedade e o mundo corporativo. Esta propensão de achar, por exemplo, que é no ambiente de trabalho onde mais encontramos invejosos, está assentada em conclusão apressada.

A inveja está alastrada por todos os cantos, potencializada por um estilo de vida que tende a cultuar cargos, poder e posses materiais. E antes do mundo corporativo, já habitava o mundo de Caim e Abel. Falando em inveja, vale recordar o jornalista Zuenir Ventura em seu Livro Inveja Mal Secreto. CIÚME é querer manter o que se tem. COBIÇA é querer o que não se tem. INVEJA é não querer que o outro tenha. A Inveja é um dos sete pecados capitais, certamente o mais praticado e o menos admitido. Em pesquisa da Toledo & Associados, os entrevistados admitiram os pecados que mais cometem: Ira, Preguiça e Gula.

E 79% afirmaram nunca cometer a Inveja. Paradoxalmente, pesquisa do IBOPE revelou que o pecado mais lembrado é a... Inveja, uma pandemia que se caracteriza pela ausência de sintomas aparentes. A Preguiça se esparrama, o Ódio baba, a Gula exagera, a Avareza amontoa, a Luxúria se esbalda e a Vaidade ostenta. Só a Inveja se esconde. As pessoas (as outras!) sentem inveja pelos seguintes motivos: 34% (sucesso profissional e pessoal; 25% (bens materiais); 24% (valores morais); 22% (atributos físicos); 19% (status socioeconômico); 14% (fama); 13% (poder). A Inveja manifesta-se de forma indireta e independe de classe social e sexo. O maior desejo do invejoso é que o invejado fracasse.

Mas ninguém inveja os fracassados, as pessoas até gostam mais da gente quando estamos tristes ou em desgraça. Lembra como as pessoas se irritam conosco quando estamos alegres ou comemorando alguma coisa? A frase mais anti-inveja é de São Paulo: “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.” E amigo mesmo não é o que é solidário na desgraça, mas o que suporta o sucesso do outro. Inveja, um jogo em que o importante não é o que se ganha, mas o que o outro per-de. Se puder, evite participar deste jogo e ajude a melhorar o seu ambiente corporativo.

Teo Pereira Neto Diretor de Comunicação do Instituto Opet Educação e Cidadania Contatos: teodoro@opet.com.br (41) 3021.4848

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palavra do especialista

Enem 2010: Resgate da Credibilidade

Apesar das muitas falhas administrativas, ainda viceja ─ como um lírio em meio ao pântano ─ uma boa idéia: um exame com programa único e com abrangência nacional. Recomeçar e executar quase tudo de modo diferente, pois aprendeu-se como não se deve fazer é a grande lição que fica. Ou seja, usando a metáfora da fênix ─ ave majestosa que, segundo a tradição egípcia, quando queimada renascia das próprias cinzas ─ vamos aproveitar as pedras soltas e construir uma nova edificação. Recordemos que são muitos os países que adotam provas e currículos unificados para o ingresso em suas universidades. Não foi a falta de recursos financeiros o principal motivador de tantas trapalhadas. O MEC disponibilizou R$ 130 milhões, sem levar em conta os R$ 35 milhões que haviam sido pagos ao

consórcio responsável pelo vazamento da primeira prova. Prevaleceu a incúria da gestão administrativa do Inep que tem um novo presidente e cujos ombros não podem ser fracos, pois o fardo é pesado. Além de organizar a logística e a segurança das aplicações dos exames, além de corrigir a prática tão recorrente, ora do açodamento, ora das indefinições, ora do retardo das informações, há pontualmente outros desafios: 1. Urgentemente definir datas das provas do Enem, pois as escolas têm que organizar o calendário dessa preparação. Além dos vestibulares de verão, há os de inverno, e para esses, os exames provavelmente serão aplicados em março ou abril. 2. Quais das línguas estrangeiras modernas farão parte do Enem 2010 e seus respectivos programas, uma vez que ficaram ausentes no ano passado. 3. O conteúdo programático do Enem 2009 é excessivo e merece

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ser mais bem descrito e enxuto. Ficou genérico demais. A grade curricular deve ser reduzida em 20% a 30%. 4. Nos simulados e provas, produzidos pelo Inep, houve ─ muito além do aceitável ─, a divulgação de gabaritos errados, questões mal formuladas e enunciados longuíssimos. 5. As provas de Matemática se distanciaram dos bons vestibulares do país e ficaram comprometidas pelo excesso de contextualização e aritmética. Prescindiu-se de conteúdos mais profundos e maior nível de exigência. 6. Temos excelentes modelos de vestibulares, como, por exemplo, da UFPR, USP, UFRJ, Unicamp, UnB, UFSC etc., quer pela lisura e eficiência administrativa,

quer pelo nível das provas (sem macetes, decorebas, pegadinhas), premiando o aluno leitor e com raciocínio lógico. Portanto, o Inep pode dispor dos bons cérebros de nossas universidades, caldeados na frágua da experiência viva e não de um grupo hermético. 7. O Inep tem o nobre dever de demonstrar eficiência em suas ações e resgatar a credibilidade junto aos meios acadêmicos e principalmente junto aos 4,1 milhões de inscritos e que acarretou um absenteísmo de 40% nas provas. A sociedade brasileira ─ especialmente os jovens com pouca voz e pouca vez ─ não merecem essa quebra de expectativa, o que leva à frustração, descrença e desesperança.

educação

ensino

Jacir J. Venturi

Vice-Presidente do Sinepe/PR Diretor de escola Contato: jacirventuri@geometria analitica.com.br

&


rápidas

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Estudantes universitários poderão pagar curso com trabalho no setor público

Atraso escolar entre os jovens é mostrado

Acadêmicos de Medicina e de cursos de formação de professores - Pedagogia e licenciaturas - de instituições particulares, poderão pagar a faculdade trabalhando no serviço público depois de formados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no dia 15 de janeiro uma lei que prevê que universitários possam abater 1% da dívida com o programa de financiamento estudantil (Fies) a cada mês trabalhado.Em oito anos e quatro meses, os alunos quitariam a dívida. O benefício é válido também para os que já se formaram nesses cursos e ainda pagam o débito.

Instituições perdem verba federal para 2010 Pouco mais de 27 mil escolas em todo o Brasil iniciaram 2010 sem as verbas que serviriam para melhorar sua qualidade de ensino. Muitas instituições com problemas de desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), demoraram em entregar os documentos exigidos para liberação da verba, ou simplesmente não entregaram. Com o intuito de elevar a qualidade nessas instituições, o Ministério da Educação (MEC) criou, em 2009, o Plano de Desenvolvimento da Escola (PDEEscola). Seriam aplicados nas instituições R$ 517,7 milhões, no entanto só foram repassados R$ 180 milhões.

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Menos da metade dos jovens brasileiros de 15 a 17 anos cursa etapa de ensino adequada para essa faixa etária, de acordo com o estudo Juventude e Políticas Sociais no Brasil, lançado no dia 19 de janeiro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A pesquisa também mostrou que na população de 18 a 24 anos, apenas 30% têm o ensino médio completo, 65% estão fora da escola e 13% estão no ensino superior. Dos 25 aos 29 anos, apenas 9,4% têm o superior completo, abaixo da meta de 30% estipulada para 2011 no Plano Nacional de Edu­cação (PNE).

Escolas utilizam cinemas como forma alternativa de aprendizagem

A rede UCI de cinemas oferece um serviço exclusivo voltado à educação: o Projeto Escola. Nele, os professores escolhem o filme ou animação que tenha afinidade no tema em discussão nas aulas e reservam uma sessão para a turma, em horários alternativos, das 10 às 14 horas, em salas que comportam de 120 a 320 pessoas. A instituição precisa inscrever no mínimo 30 alunos. Com 100 inscritos, a sessão é exclusiva para a turma. Os alunos poderão assistir qualquer um dos filmes em cartaz, respeitando a faixa etária, por um preço promocional.

Associação Paranaense de Administradores Escolares - Apade Declarada de Utilidade Pública pela Lei nº. 7.527/81

informe publicitário

R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493 CEP: 80.410-230 - Curitiba / Paraná

A APADE deseja a todos os Professores e Funcionários das Escolas do Paraná um bom início de ano letivo. Superar as dificuldades iniciais, que soem acontecer todos os anos, parece que já faz parte de cada reinício das aulas. Com certeza, os imprevistos que surgiram, os senhores já equacionaram em prol da comunidade escolar. Permitam-me, agora, falar um pouco sobre a nossa gestão na APADE e abordar rapidamente algumas propostas. Assumimos a Instituição em janeiro/09. Férias, recesso, gripe suína, situação da entidade, várias reuniões com os eleitos para conhecimento das normas da Associação. Planejamos metas. Iniciamos a divulgação, contatos, viagens, reuniões, ações judiciais elevação de nível e de adicionais, encontros nas três Subsedes.

Palavra do Presidente

Organizamos eventos alusivos aos 30 anos da APADE: Jantar por adesão e notas na imprensa. Homenagens ao Dia do Professor e da Criança e ao Dia do Diretor. Distribuímos farto material: Cartilha aos sócios e aos 2.103 Diretores de Escolas da SEED, Apostila e Tira-Dúvidas para uso em eventos. Objetivo central e final: divulgar e debater a proposta aprovada pelas instâncias da APADE, a nova tabela salarial. Base de cálculo: partindo do valor do N-III (teto), como é no legislativo e judiciário. Com esse mesmo dinamismo, as instâncias da APADE estarão envolvendo mais pessoas para fortalecer a proposta; para ser apresentada às autoridades e aos candidatos ao Governo do Paraná.

Deixamos aqui o convite para que nos visitem e tragam sugestões, além de se inteirarem sobre as demais propostas e atividades que a APADE vem desenvolvendo.

Mestre, não se omita, não espere acontecer! Venha! Participe! Associe-se. Sem você, a luta enfraquece.

Consulte o site da APADE: www.apade.com.br

Expediente: Jornal Nota 10 – Um veículo da Nota 10 Publicações. Circulação: Distribuição gratuita em escolas públicas e particulares do Paraná, sempre a partir do dia 10 de cada mês. Redação: R. Duílio Calderari, 122, Hugo Lange - CEP 80.040-250. Telefone/Fax: (41)3233-7533. E-mail: nota10@nota10.com.br Editor e jornalista responsável: Helio Marques - MTb 2524. Revisão: Andréa Maria de Carvalho Marques. Colaboração: Bruna Carneiro e Douglas Luz. Diagramação: Alan Amorim.



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