Jornal Nota 10 - setembro - 2010

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Ano 09 | Setembro de 2010 | N°. 85 distribuição gratuita

Serviço que auxilia a escrever certo completa 25 anos Jornal Mensal de Educação

Professora é eleita uma das

10 melhores do Brasil

O serviço Telegramática, que auxilia os curitibanos na hora de escrever, completa 25 anos. Se você tem um dúvida ao escrever, ou mesmo qual a forma correta de pronunciar uma palavra, basta ligar para o telefone 3218-2425 e pronto. A dúvida está sanada. Beatriz de Castro Cruz, coordenadora do serviço, diz que a proposta inicial era socorrer os profissionais que trabalham com a escrita, mas a atividade cresceu, extrapolando as expectativas. Página 3.

A professora de matemática Rosilene Anevan Fagundes, do Colégio Estadual Deputado Arnaldo Faívro Busato, do município de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi a única professora do Paraná a ganhar o prêmio na categoria Professor Nota 10 da Fundação Victor Civita, que organizou o Prêmio Educador Nota 10. O prêmio recebeu 3.392 inscrições de todo o país. Segundo Angela Dannemann, diretora executiva da Fundação Victor Civita, o prêmio tem por objetivo disseminar as boas práticas que ocorrem em sala de aula e dar ao professor o reconhecimento e a projeção nacional que ele merece ter. Ao todo foram escolhidos 10 professores e um gestor. Rosilene, em anos anteriores, já havia se inscrito para concorrer ao prêmio, porém, seu projeto ficou apenas entre os 50 melhores, o que lhe rendeu um troféu. Este ano ela fez um recorte de 22 aulas sobre Função Afim na Resolução de Problemas, realizadas com 86 alunos de 8.ª séries. O projeto com essas aulas deixou Rosilene entre os dez melhores professores do Brasil. Páginas 8 e 9.

Ficou para setembro relatório sobre

desvios na Educação Os auditores designados para investigar a denúncia de irregularidades na utilização de diárias na Secretaria Estadual de Educação (Seed) e na Superintendência de Desenvolvimento de Educação (Sude) - a antiga Fundepar – pediram mais 30 dias para concluir o trabalho. O prazo termina no final deste mês de setembro. Página 7.

colunistas Deixar crescer

Quem é mesmo o seu concorrente?

Soluções para a falta de bons professores

Esther Cristina Pereira

Teo Pereira Neto

Jacir J. Venturi

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capa

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Serviço que orienta como escrever

completa 25 anos em Curitiba U

Respostas são dadas na hora São a eficiência e rapidez na resposta que fazem o Telegramática ser cada vez mais procurado por profissionais liberais, como a advogada Maristela Busetti, 45 anos e 10 de carreira. Ela busca o serviço não somente para sanar dúvidas na hora de redigir uma petição judicial, mas também para socorrê-los quanto à verbalização oral. Coordenadora jurídica do Detran-PR, a advogada sempre fica na dúvida, quando, numa audiência, tem que usar o verbo viger, por exemplo. Ela explica que para sair da armadilha da conjugação verbal, apela para outras formas de dizer a mesma coisa, sem tropeçar no verbo. “Então, ao invés de dizer que a lei passou a viger, eu digo que a lei passou a vigorar, passou a valer”, confessa. Maristela conta que certos advogados ainda optam pela linguagem empolada do juridiquês porque, dependendo do público com o qual ele irá falar, será mais interessante que nem todas as partes tenham boa compreensão da situação. “Claro que estou falando de exceções. O direito moderno exige clareza na fala e concisão no texto. Por isso vejo esse serviço como uma grande ferramenta, da qual muitas vezes nos valemos”. Além de eliminar dúvidas, o serviço oferece comodidade. Carolina Benini, publicitária, usa o serviço desde 2001, quando conseguiu seu primeiro emprego como redatora de agência. Para ela o Telegramática é perfeito e rápido. “Muito mais fácil que pegar um livro para tirar as dúvidas. Confio muito nas respostas. Uso sempre. Agora mais ainda por causa das novas regras da língua portuguesa. Tenho muitas dúvidas de concordância”, afirma. Valdecir Galor

m serviço útil. Assim é o Telegramática, que auxilia os curitibanos na hora de escrever. Basta ligar para o telefone 3218-2425 e pronto. A dúvida está sanada. Beatriz de Castro Cruz, coordenadora do serviço, diz que a proposta inicial era socorrer os profissionais que trabalham com a escrita, mas a atividade cresceu, extrapolando as expectativas. “A proposta no início era atender professores, advogados, jornalistas, escritores, secretárias, mas cresceu muito. Sempre funcionou como uma espécie de oficina para consertar possíveis defeitos no texto”, diz. Mas com o tempo, o serviço passou a atender pessoas interessadas em falar bem. O Telegramática atende o público com os tradicionais e atualizados dicionários da língua portuguesa e mais os dicionários jurídico, médico, de filosofia, psicologia, psiquiatria, administração, de finanças e de marketing, além de manuais de redação jornalística e comercial. “Temos até dicionário de sexo, pois o serviço atende a todos os públicos, sem distinção”, afirma Beatriz. Em relação à fala, as principais dúvidas dos que acessam o serviço estão ligadas à pronúncia correta das palavras, à colocação dos pronomes e aos tempos verbais. São dúvidas muito parecidas com as da escrita, só que os que usam o Telegramática querem saber como falar bem sem parecer artificial, empolado demais. A psicopedagoga Jacinta Caron, 54 anos, “freguesa” do Telegramática desde o início, considera o serviço “excelente”. Para ela é um verdadeiro quebra-galho. “O português é uma língua muito ambígua, então é importante que tenha alguém que

A coordenadora do Telegramática, Beatriz de Castro Cruz.

Não faltam histórias interessantes

esclareça”, diz ela. A coordenadora Beatriz Cruz lembra que a forma correta de se expressar é fundamental para o currículo profissional. “Se numa entrevista de emprego, o candidato, mesmo tendo um bom currículo no qual reúne grande experiência na área, não apresentar um bom desempenho verbal, possivelmente perderá a vaga para outro com mais desenvoltura oral e com menos experiência em termos técnico”. Sirlei Cavali, consultora do Telegramática, destaca que tanto a linguagem oral quanto a escrita tem regras próprias. “Quando a pessoa fala, ela se permite adaptar a linguagem ao público e ao ambiente no qual está se comunicando. Escrever bem é um dever, pois a comunicação escrita nos seus mais variados gêneros de textos - contratos, correspondência comercial, artigos de jornal, obras literárias - exige a forma culta”, diz.

Histórias interessantes não faltam. Beatriz afirma que o modo de falar poderá interferir profundamente no aspecto psicológico da pessoa. Ela conta que recebeu ligação de uma professora que precisou falar numa reunião administrativa e, lá no meio de sua explanação, ela disse “trata-se de uma perda muito grande (...)”. E uma colega a corrige dizendo “perca”. Ao final da reunião, ainda insatisfeita ela emendou: “como que uma professora pode falar errado desse jeito!”. Na dúvida, a professora recorreu ao Telegramática e descobriu que quem estava errada mesmo era sua interlocutora. “Mas ela, quando nos ligou, estava arrasada, com a autoestima lá no chão”, diz a coordenadora do serviço. Outro episódio demonstra o quão importante é a linguagem. Pode até incrementar ou destruir relacionamentos. Desta vez, um rapaz ligou bem chateado ao Telegramática, dizendo que havia escrito um bilhete para a namorada e ela ao terminar de ler singela declaração de amor, sem rodeios, o corrigiu quanto ao emprego de pronomes. “Então ele me perguntou o que deveria fazer”. Prontamente, na mesma medida de sua namorada, sugeri que terminasse o namoro”, conta Beatriz, demonstrando que na linguagem falada e até mesmo na poesia, “nos são permitidas certas licenças”.

“Não vá à igreja de biquíni e nem de vestido à praia” O professor Carlos Alberto Faraco, professor do Departamento de Linguística da UFPR, afirma que “quanto mais camaleões linguísticos nós formos, melhor possibilidade de comunicação (...)”. Para a consultora, as pessoas sempre devem se preocupar com o ambiente e com o público, e que o mais importante de tudo é ter clareza e se comunicar bem. “Sempre digo que para a linguagem falada vale aquela máxima: não vá à igreja de biquíni e nem de vestido à praia”. A redação sempre foi uma pedra no sapato do estudante que pretende ingressar na universidade. Todos os anos, a imprensa divulga as famosas pérolas dos vestibulandos, ressaltando o lado negativo das redações. Beatriz afirma, porém, que gradativamente percebe-se uma melhora, a cada ano, na construção do texto argumentativo. Segundo ela, os alunos estão usando mais elementos articuladores e baseando-se em argumentos mais convincentes. “No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer, pois a falta de leitura e de conhecimento de mundo ainda é muito grande, o que origina frases de senso comum, sem profundidade”, avalia.


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palavra do especialista educação infantil

Deixar crescer Possibilitar aos nossos filhos a condição de crescimento emocional é uma das tarefas mais complexas dentro das famílias. Já é do conhecimento de todos que dentro do ninho, mãe, pai, filhos, temos a razão e a emoção em conflito ininterrupto. Isso ocorre por causa de divisões primordiais, que devem ser trabalhadas para a ascensão dos nossos filhos como pessoas sendo preparadas para enfrentar a sociedade, a realidade, o mundo. Podemos exemplificar isso de várias maneiras: 1) quando o pai pega com firmeza nas atitudes erradas do filho e a mãe consola o filho dentro da normalidade da emoção de ser mãe. 2) Quando o pai exige que o filho arrume a mala para o dia posterior de aula e a mãe o ajuda no ímpeto de não ter erros no material. 3) Quando o pai quer levar uma adolescente de 13 anos para o trabalho e a mãe acha que ela ainda é uma bebê e assim por diante. São milhares de exemplos que pai e mãe não falam a mesma linguagem no dia a dia da criança. Em se tratando de um ser humano em formação, as leituras que o mesmo faz com estas atitudes diferentes, ímpetos diferentes, soluções diferentes aliás, contrárias, dão ao filho a condição de barganha e aprender que neste mundo tudo se dá um jeito. Nesta condição, podemos pensar que, nós brasi-

leiros, somos como somos, irresponsáveis muitas vezes, indisciplinados muitas vezes, mau pagadores muitas vezes, por que viemos de uma condição de educação que “não dá nada”. Vale repensar verdadeiramente como nos posicionamos perante as crianças de hoje, como conversamos com elas e como agimos perante elas, pois as leituras que estes seres humanos têm feito de nós adultos não é nada animadora, mas dramática. Quando o adulto burla uma regra de trânsito, parece ínfimo o erro, mas para a criança que está em formação, que está observando esse parâmetro de comparação, é algo que pode ser copiado. Ou quem sabe, quando um pai vai à escola e grita, batendo boca com a secretária por conta de algo que ele não gostou, e isso ocorre em frente à criança, o que ele demonstra, o que ele mostra com a atitude grosseira com uma mulher? Ou quem sabe ainda quando o pai é chamado para atender um machucado, um acidente e chega com uma filmadora, mandando o filho dizer quem foi que o agrediu dentro da escola, quem foi a pessoa que o machucou para que a criança se sinta atendida, respaldada, ao invés de abraçar e ver o machucado. São questões que persistem, que deixam nossos filhos e alunos do jeito que estão, assoberbados de direitos e sem nenhum dever. Pois, claro, os deveres são para o pai e a mãe que, pri-

meiro, não falam a mesma linguagem, e a linguagem falada é a de resolver, independentemente de como, o problema de sua família, mesmo por subterfúgios errados e inconvenientes que ficarão marcados na memória do filho eternamente, pois sabemos: o que fica na memória dos pequenos são os exemplos e não as falas, os discursos. Quando a escola se põe de maneira parceira, são estes problemas que enfrenta. De pais que acham que ao pagar a mensalidade pagam também uma alíquota de assédio moral e má educação para as pessoas que maravilhosamente cuidam de seus filhos, aliás, educam os filhos, pois hoje, literalmente é a escola quem educa, sem sombra de dúvidas. Vale resgatar a memória da educação dos anos 70, quando o adulto era primoroso, que o professor era valorizado pela pessoa que era, que a criança era colocada em seu devido lugar, o lugar de aprendiz, daquele ser que precisava constantemente de diálogo e bons exemplos, com poucos direitos, mas sim, deveres trabalhados para um futuro de direitos. Vale resgatar na memória o que vale a pena. Ou melhor, o que temos plantado? Pois certamente colheremos.

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diversidade

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Escolas devem adotar

nome social de gays nas chamadas gistro civil, o nome adotado pelas pessoas transexuais e travestis é que deverá constar nos documentos internos escolares. A orientação teve início no Ministério Público do Paraná, por meio do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Proteção à Educação. A decisão foi da promotora de justiça Hirmínia Dorigan de Matos Diniz. O parecer foi em resposta à consulta feita pelo Conselho Estadual de Educação (CEE-PR), que atendeu a uma reivin-

Luiz Costa

Uma prática que já ocorre no Paraná deve se espalhar por todo o Brasil: o fato de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais terem o chamado nome social nos livros de chamadas das escolas. Há alguns dias o MEC expediu ofício aos Conselhos Estaduais de Educação do país e associações ligadas à educação formal do país solicitando que essa prática fosse seguida. Com isso, em vez do nome de re-

MEC determina que escolas incluam nome social de gays nos livros de chamada.

dicação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). O parecer é do ano passado. De acordo com Hirmínia, a inclusão do nome social deve se dar apenas nos registros estritamente internos das escolas, como aqueles constantes nos livros de chamada dos professores. Ela ressalta, no entanto, haver a necessidade da existência de alguma forma de registro nas escolas, como uma ficha com tal opção, que relacione o nome civil com o nome social, para controle documental. No parecer, assinado pela socióloga Daiane de Oliveira Lopes Andrade, o MEC recomenda que todas as unidades da federação adotem medidas para a promoção do respeito à diversidade sexual e à identidade de gênero a fim de garantir um efetivo combate à homofobia e ao sexismo no ambiente escolar. Embora a medida já tenha sido adotada em alguns estados, como o Paraná e o Mato Grosso do Sul, bem como em algumas capitais, como Belo Horizonte, a prática até então não havia sido institucionalizada em grande parte do país.

Comentários de Leitores Esta matéria foi veiculada no Site Nota 10 (www.nota10.com.br). Veja alguns comentários de leitores: Se LGBTs estão conquistando seu espaço, depois de tanta discriminação, seja gênero( masculino ou feminino), a sua escolha sexual deve ser respeitada, assim como seu nome social. Por: Maria Hilda Lima - Terça-feira, 7 de Setembro de 2010. Mais uma incumbência para as escolas. Já não bastassem as inúmeras coisas que devemos fazer, agora mais uma; livro II de chamada. Enfim... Por: Célia Portella de Souza - Quinta-feira, 2 de Setembro de 2010. O Brasil vai bem, por falta de coisas para as autoridades se preocuparem. Eles conseguiram solucionar esse grande problema. Parabéns!!! Por: Ferrerira - Quinta-feira, 2 de Setembro de 2010. Que barbaridade, a pessoa quer mostrar o que não é? Afinal, se é um homossexual ou qualquer outra coisa, que importância isso faz ser chamado de João ou Maria , o importante é o que é realmente, os amigos e ou as pessoas mais próximas já sabem que o é realmente. Agora se a intenção é enganar os outros, aí sim deve realmente mudar o nome, não é melhor nos dirigirmos às pessoas sabendo o que realmente são ou, de repente, saber que aquele ou aquela é outro ou outra pessoa. Essa mudança não vem acrescentar nada.. Por: Sarah Quirilos Assis Bomfim - Quinta-feira, 2 de Setembro de 2010. Nota da Redação: Por questão de compreensão os comentários podem ser editados, sem perder a essência da opinião.


denúncia

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Divulgação

Relatório sobre desvios na Educação fica pronto no final de setembro

Secretário Antonio Comparsi de Mello: mais prazo para concluir a investigação.

Os auditores designados para investigar a denúncia de irregularidades na utilização de diárias na Secretaria Estadual de Educação (Seed) e na Superintendência de Desenvolvimento de Educação (Sude) - a antiga Fundepar – pediram mais 30 dias para concluir o trabalho. O anúncio foi feito pelo secretário especial de Corregedoria e Ouvidoria Geral, Antonio Comparsi de Mello. O prazo termina no final deste mês de setembro. A data de apresentação do relatório final seria no início de setembro, mas no decorrer das investigações, os técnicos constataram que precisariam de mais tempo para analisar os documentos e coletar novos depoimentos de pessoas envolvidas no caso. “Estas informações são cruciais

para garantir que o relatório final seja justo, preciso e rigoroso. Por isso, ampliamos o prazo de realização do trabalho”, disse Comparsi. O corregedor-geral do estado revelou que, mesmo com todo o empenho dos auditores, o trabalho não pode ser desenvolvido com mais agilidade devido ao grande volume de informações recebido pelos técnicos. “Os documentos estão sendo analisados de forma minuciosa, para evitar erros e injustiças. É um trabalho difícil, porque há muita informação. Além disso, o levantamento, a verificação e o cruzamento de dados são complicados, porque devem ser detalhados. Não se pode fazer um trabalho desta envergadura e com esta importância de forma apressada”.

IFPR instalará programa para devolver taxa de curso Instituto irá contratar 106 funcionários

Arquivo

O Instituto Federal do Paraná (IFPR) desenvolve um software (programa) que terá a finalidade de facilitar o processo de devolução da taxa paga pelos professores que fizeram a capacitação da Vizivali. A taxa foi paga para que os participantes pudessem integrar um processo de seleção que os capacitaria a fazer uma complementação de estudos. O processo de seleção chegou a ser feito, mas uma decisão recente do Conselho Nacional de Educação (CNE), braço do Ministério da Educação (MEC), determinou que a complementação será feita via Universidade Aberta do Brasil (UAB), por meio de seus polos no estado, e não pelo IFPR, que então estuda uma forma de devolver a taxa paga. Segundo o reitor Alípio Leal o programa está sendo desenvolvido pelo setor de TI do IFPR, em parceria com a Pró-Reitoria de Planejamento. “Ainda não há uma data prevista para essa devolução”, afirma.

Prédio do Instituto Federal do Paraná, no Centro de Curitiba.

A demora, segundo o reitor, se deve a um problema de tecnologia, pois se os professores que têm direito à devolução entrarem no site ao mesmo tempo ele ficará sobrecarregado e sairá do ar. “Queremos evitar isso”, disse.

Pelo programa que está em desenvolvimento, o professor com direito à devolução da taxa informará qual a conta para depósito e o pagamento será feito automaticamente. “Estamos apenas tendo cautela neste processo”, justificou.

O Conselho Superior do Instituto Federal do Paraná (IFPR) autorizou a contratação de 63 vagas de professores e 46 de técnicos-administrativos. Entre os técnicos serão 3 vagas de nível superior, 20 vagas de nível médio e 23 vagas de nível fundamental. Os novos servidores serão distribuídos em 13 câmpus, no setor de Educação a Distância e na Reitoria . De acordo com a pró-reitora de Gestão de Pessoas e Assuntos Estudantis do IFPR, Neide Alves, a partir de agora será avaliado se será utilizado o concurso já realizado ou se há necessidade de um novo concurso nos casos em que o cargo pretendido não tenha sido contemplado no último concurso. Para Curitiba serão contratados sete professores e um técnico-administrativo. A lista completa pode ser vista em www.ifpr.edu.br


ensino

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Professora do Paraná é eleita uma das

10 melhores do Brasil Ela foi a única professora do Paraná a ganhar o prêmio na categoria Professor Nota 10. No mês passado a Fundação Victor Civita selecionou os ganhadores da 13.ª edição do Prêmio Educador Nota 10. Foram escolhidos dez professores da categoria e um gestor.

Rosilene Anevan Fagundes, professora de matemática do Colégio Estadual Deputado Arnaldo Faívro Busato, do município de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, foi a única professora do Paraná a ganhar o prêmio na categoria Professor Nota 10. No mês passado a Fundação Victor Civita selecionou os ganhadores da 13.ª edição do Prêmio Educador Nota 10. Foram escolhidos dez professores da categoria e um gestor da categoria Gestor. O prêmio tem por objetivo disseminar as boas práticas que ocorrem em sala de aula e dar ao professor o reconhecimento e a projeção nacional que ele merece ter, segundo Angela Dannemann, diretora executiva da Fundação Victor Civita. Neste ano, 3.392 professores, coordenadores pedagógicos e gestores escolares de todos os estados brasileiros inscreveram seus projetos para concorrer ao prêmio de R$ 15 mil se professor e, ao gestor, os R$ 15 mil mais R$ 10 mil para a escola onde trabalha. Além disso, dentre os

11 premiados, um será escolhido para fazer um curso de pós-graduação em instituição de sua escolha. Rosilene, em anos anteriores, já havia se inscrito para concorrer ao prêmio, porém seu projeto ficou apenas entre os 50 melhores, o que lhe rendeu um troféu. Este ano ela fez um recorte de 22 aulas sobre Função Afim na Resolução de Problemas, realizadas com 86 alunos de 8.ª séries, e inscreveu na Fundação Victor Civita. O projeto com essas aulas deixou Rosilene entre os dez melhores professores do Brasil. Ela já ganhou outros prêmios além desses. Em 2001 ela participou de um projeto do Vale do Saber com outros professores. Dois anos depois, trabalhando no Centro Universitário Campos de Andrade, Rosilene ganhou destaque como professora do curso de Administração. Em 2008 recebeu um prêmio do MEC, em Brasília, pelo Projeto Professores do Brasil. “O reconhecimento que ganho com tudo isso é melhor do que qualquer prêmio”, conta.

Arquivo pessoal

Da Redação Colaboração Fabiane Melo

Professora Rosilene Anevan Fagundes: inovação levou ao prêmio.


ensino

09

As aulas e os alunos Rosilene é formada em Desenho Industrial e Matemática. Trabalhou 13 anos em sua primeira área de formação e decidiu ser professora porque teria mais estabilidade sendo concursada. Além disso, usando suas duas faculdades, desenvolve jogos pedagógicos para usar com os alunos. Dois desses jogos estão em fase de patente. Para preparar suas aulas ela faz uma avaliação prévia com os alunos e conversa com outros professores sobre as dificuldades que eles apresentam em sala. Então, analisa as falhas e dúvidas reais que precisam ser trabalhadas novamente e planeja aulas diferentes e práticas. “Eles já usaram concha de náutilus, girassol, banana, pepino, caqui, maçã e até flores nas aulas”.

Os alunos das 8.ª séries deste ano construíram conceitos matemáticos com geoplano, jogo de cartelas, ginástica mental e até com bicicleta. Também investigaram dados reais em atividades exercidas pelo homem ou pela máquina e aprenderem que a matemática está presente em diferentes contextos. Nesse último trabalho, eles fizeram um telejornal como forma de apresentação. E também, colocaram os dados da pesquisa no blog http:// construindomatematica.wordpress. com, criado para que os alunos da 8.ª A e B socializem conhecimento, interajam e, conheçam a história de certos conceitos da matemática. “De certa forma, meus alunos tornaramse jovens cientistas e escreveram em números um pouco do mundo do trabalho de Pinhais”, explica. Para tornar as aulas ainda mais interativas ela usa assuntos atuais em sala de aula. Na época da Copa do Mundo, por exemplo, os alunos tinham que pensá-la na forma de funções. “Eu gosto de aliar teoria com práticas atuais e lançar perguntas que os façam pensar”, conta.

Dificuldades são deixadas para trás A aluna Camilla Milla da Silva, de 13 anos, conta que tem dificuldades com a matéria e a professora a ajuda sempre. Samanta Dominique Franco da Silva, de 14 anos, explica que as aulas dela são diferentes e prendem mais a atenção. Ingrid Marine Menezes, de 14 anos, ressalta que Rosilene fala uma “língua” que todos os alunos entendem. O objetivo da professora é tornar a matemática acessível a um nível que todos acompanhem, incentivar outros profissionais com seu trabalho e patentear os jogos para que sejam usados de forma pedagógica. “Os professores, atualmente, tem que disputar a atenção dos alunos com um celular que é quase um computador. Se não inovarmos na aula, dificilmente

eles vão se interessar”, conta. Rosilene já foi aluna do Colégio em que leciona hoje e conta que é gratificante ser amiga e colega de trabalho de seus antigos professores. “Todos apoiam minha didática e me sinto muito bem aqui”. Com o incentivo de uma amiga, a professora começou a registrar as aulas e dinâmicas que faz. Algumas dessas aulas viraram projetos que sua amiga analisa para redigir uma tese de doutorado. Rosilene explica que não é melhor que nenhum outro professor. “Todos têm formação, o que diferencia é a dedicação de cada um com seus alunos”. O fato é que ela faz a diferença no Colégio onde trabalha e, com muito orgulho, diz: “Meu esforço vale a pena!”.


10

LEIgislativo notícias dos projetos que podem virar lei Indenização em caso de atraso Projeto de Lei 7354/10, do deputado Julio Delgado (PSB-MG), que obriga a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) a ressarcir os clientes nos casos de desvio ou atraso na entrega de objeto postal, está em tramitação na Câmara dos Deputados. Conforme a proposta, os Correios pagarão aos clientes de 20% a 80% da tarifa postal quando o valor do objeto não tiver sido declarado ou de 20% a 100% do valor do objeto quando este tiver sido declarado. O valor da indenização varia de acordo com o atraso ou o dano praticado. O projeto altera a Lei 6.538/78, que disciplina o recebimento, o tratamento e a expedição de objetos pela ECT. O parlamentar argumenta que a norma é omissa em relação à indenização de clientes prejudicados. Direito de arrependimento de compra Quem nunca comprou um produto por telefone, pela internet ou até mesmo em domicílio e, passados alguns dias de experimentação, se sentiu insatisfeito e gostaria de desistir da compra? O direito de arrependimento já consta do Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas projeto de lei da Câmara (PLC 182/08) quer ampliar o prazo para o cidadão exercê-lo. A proposta está pronta para ser votada pelo Plenário do Senado. Atualmente, o CDC dá ao consumidor prazo de sete dias para desistir da compra feita à distância, contado a partir do recebimento do produto ou serviço. O PLC 182/08 estende essa possibilidade para 15 dias. Também garante a devolução imediata, e

com correção monetária, dos valores já pagos. No caso desse prazo vencer em dia em que o fornecedor não esteja funcionado, seu término fica prorrogado para o primeiro dia útil seguinte. Computador apreendido às escolas públicas A Câmara analisa o Projeto de Lei 7666/10, do deputado Bruno Rodrigues (PSDB-PE), que obriga o governo federal a destinar todo o material de informática apreendido por contrabando para as escolas públicas. Segundo o deputado, dois motivos justificam sua proposta: garantir que os produtos não voltem ao circuito comercial, atrapalhando as vendas dos comerciantes do ramo; e atender as necessidades das escolas públicas que não dispõem de computadores suficientes para seus alunos, o que dificulta o aprendizado. “Trata-se de bens que devido ao seu expressivo valor e potencial de utilização como instrumento de ensino deveria merecer tratamento diferenciado. São inúmeras as escolas públicas que poderiam melhorar sua qualidade de ensino caso pudessem contar com mais computadores e impressoras”, disse Rodrigues. De acordo com a Agência Câmara, atualmente, já é possível que uma escola receba materiais de informática apreendidos, mas a legislação que trata do assunto - formada por decretos e portarias - não prevê destinação exclusiva. O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Defesa de interesse do consumidor A criação de um órgão específico para representar os consumidores de energia elétrica e defender seus interesses em diferentes fóruns é o objetivo de projeto (PLS 105/10) do senador Renato Casagrande (PSB-ES) em exame pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O órgão terá o nome de Conselho Nacional de Consumidores das Prestadoras de Serviços Públicos de Distribuição de Energia Elétrica (Conacon). O senador argumenta que enquanto, nos debates sobre questões referentes à indústria da energia elétrica, agentes como distribuidores, transmissores, geradores e mesmo grandes consumidores participam munidos de análises e informações que os amparam na defesa de seus interesses, “os consumidores cativos não se fazem representar coletivamente e não dispõem de instrumentos para analisar mais profundamente questões normalmente complexas”. Segundo a Agência Senado, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) é o relator da proposição na CAE. Após exame dessa comissão, o projeto seguirá para votação da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) e, em seguida, da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), recebendo decisão terminativa nesta última.

Andréa Marques Editora adjunta do Jornal Nota 10 Contato: andrea@nota10.com.br

literatura Direito Eleitoral – Teoria & Prática A cada eleição as regras eleitorais fixadas para candidatos e partidos políticos se tornam mais formais e minuciosas. Apesar das frequentes atualizações, a interpretação dessa legislação nem sempre é de fácil entendimento, seja pelo candidato, seja pelos profissionais que atuam nas campanhas eleitorais, entre os quais coordenadores de campanhas e assessores. O autor, advogado especializado em Direito Eleitoral, lançou a obra com o objetivo de auxiliar candidatos e equipes de campanha. Na obra, Pomini detalha toda a legislação eleitoral para as próximas eleições. Sem o “juridiquês”, que distancia a linguagem jurídica do cidadão comum, o autor explica o que pode e o que não pode se feito no processo eleitoral. Exterior Editora - Anderson Pomini

Linguagem corporal - Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais

Durante um diálogo, apenas 35% da comunicação ocorrem verbalmente. Os outros 65% se dão por meio de componentes não verbais, como postura, gestos e atitudes. Assim, conhecer e entender a linguagem corporal é a chave para aumentar a integração entre pessoas e grupos. Essa é a constatação do grafólogo Paulo Sergio de Camargo depois de vinte anos de estudos sobre o tema. Neste livro ele explica as principais características dos diversos tipos de linguagem corporal, incluindo dicas fundamentais para aprimorar a interpretação de sinais e gestos que facilitam a comunicação nos relacionamentos interpessoais. Summus Editorial - Paulo Sergio de Camargo

Bioética — Cuidar da vida e do meio ambiente Não é de hoje que a medicina e a religião travam um grande debate: a Igreja aponta que algumas pesquisas e tratamentos afrontam diretamente os valores éticos e a fé cristã. Já para a medicina, elas podem ser o caminho para a cura de várias doenças, como o câncer. São questões polêmicas que nos levam a refletir sobre o quanto a tecnologia é ou não benéfica. Estas e outras abordagens estão neste livro. A obra é resultado do Curso de Teologia para Leigos da Diocese de Caxias do Sul, que reúne as conferências e os debates da Décima Sexta Semana Teológica da cidade sobre Bioética, e apresenta o tema em duas partes: a primeira trata de algumas teses relacionadas à fé cristã, e a segunda fala a respeito da ética do cuidado e dos apelos da ecologia para salvar a Terra. Paulus Editoria - Leomar Antônio Brustolin (org.)


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educação especial

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Estudo diz que governo não atende bem estudantes especiais Para 75% dos 1.623 professores de escolas da rede estadual do Paraná que responderam a uma pesquisa do Tribunal de Contas (TCE) o governo do estado não atende de maneira efetiva os estudantes portadores de necessidades especiais que procuram a rede pública de ensino. A pesquisa foi feita entre os meses de abril e maio deste ano. A maior dificuldade para a inclusão dos alunos especiais na escola, segundo os professores que participaram da pesquisa, é a insuficiência de capacitação profissional. A ela seguiram-se a falta de material didático (63,6%) e a superlotação nas salas de aula (56,3%). A pesquisa feita pelo TCE usou questionários como instrumento de avaliação, que foram disponibilizados ao professorado na página do Tribunal na internet (www.tce.pr.gov.br) e no site da Secretaria de Estado da Educação (Seed).

Além da capacitação dos docentes, foram avaliados temas como expectativa quanto à qualidade do sistema, acessibilidade, condições de comunicação e mobiliário das escolas, bem como a oferta de materiais didáticos. O resultado da pesquisa foi empregado na elaboração do parecer prévio das contas do governo do estado de 2009, votadas e aprovadas – com ressalvas – pelo Plenário do TCE no último dia 3. A íntegra do documento, além dos vídeos com informações da execução orçamentária do Executivo apresentados na sessão, estão disponíveis no endereço do Tribunal na internet, no link “Contas do Governador”, no menu do lado direito da página. Na opinião de 57,4% dos professores, os alunos com necessidades educacionais especiais não estão sendo bem aceitos em sala de aula. Para 52,5% deles, as escolas não estão ap-

tas a receber estes alunos. A pesquisa identificou, ainda, que para 61% dos docentes, uma das maiores dificuldades encontradas pelos alunos está relacionada à acessibilidade. Além deste, outro obstáculo encontrado pelo aluno portador de necessidade especial, segundo os professores, é o preconceito (52,3%), seguido da dificuldade de socialização (50,3%). A falta de capacitação dos professores para lidar com os estudantes também foi detectada no levantamento. Entre os docentes que responderam os questionários, 33,9% se disseram insuficientemente preparados para intervir na formação dos alunos. E 36% alegarem nunca ter recebido qualquer tipo de capacitação. A meta, de acordo com a Seed, era capacitar 5.255 profissionais na área, ano passado. Contudo, a Secretaria alcançou 30% do previsto, treinando apenas 1.583 servidores.

No quesito “acessibilidade”, foi considerada modesta a presença de elementos essenciais. A carência de rampas de acesso foi apontada por 60,4% dos que responderam o questionário, de banheiros adaptados por 41,8% e de corrimão por 38,3%. Os professores mencionaram, ainda, a falta de portas alargadas (29,8%), cadeiras e carteiras adaptadas (24,6%), piso antiderrapante (23%), pistas sonoras e táteis (5%). De acordo com o parecer do TCE, “conclui-se, portanto, que as ações da Seed e do Departamento de Educação Especial e Inclusão Educacional (Deein) não estão sendo suficientes e não estão tendo o alcance necessário para propiciar condições adequadas de trabalho aos professores e atendimento de qualidade aos alunos com necessidades educacionais especiais”. Segundo o documento, há “a necessidade da ampliação das ações já implementadas”.

Os servidores das três escolas especiais municipais de Curitiba irão receber 50% de gratificação. O anúncio foi feito no final de agosto, durante a entrega das obras de reforma da escola de educação especial Ali Bark. O decreto beneficia auxiliares de serviços escolares e inspetores das escolas de educação especial Ali Bark, Helena Antipoff e Thomas Edison de Andrade Vieira. Apesar do anúncio, o Sindicato dos Serviços Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) se viu atropelado pela decisão. Segundo o diretor Juliano Rodrigo Marques Soares, a entidade foi pega de surpresa. “A prefeitura passou por cima do sindicato, pois esperávamos ser chama-

dos para discutir o decreto”, disse. “Não sabemos quantos, nem a partir de quando e nem em que condições os servidores serão beneficiados”, justificou. A gratificação é uma antiga reivindicação da entidade, já que os professores a recebe há vários anos. Segundo Regina Scheibe, da diretoria dos Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) a gratificação irá reconhecer o trabalho que é realizado pelos servidores. “Nada mais justo, pois assim como os professores os servidores desenvolvem um trabalho com muita dedicação”, disse. O decreto, se atingir todos os servidores das três escolas, deve beneficiar 45 pessoas.

Luiz Costa

Servidores de escolas especiais terão gratificação

Servidores de escolas especiais irão receber gratificação salarial de 50%.


palavra do especialista mundo corporativo

Quem é mesmo o seu concorrente? Atitudes de algumas empresas varejistas, serviços de telefonia, planos de saúde etc., são adotadas por várias escolas. Atenção, cortesia, bom atendimento, direitos [mas não os deveres], ficam para trás quando alguém se transforma em cliente/aluno. Há escolas que seguem à risca o lema “ao prospect tudo, a quem já é aluno nada”. O resultado desta miopia é a baixa retenção e o efeito perverso na atração de novos alunos. É hora de adotar o “ao prospect tudo, a quem já é aluno tudo e mais um pouco”. Com o prospect a escola namora, com o aluno casa. É possível casar e levar para dentro do casamento o encanto, a magia do namoro. Pais e alunos satisfeitos elogiam a escola, comentam com amigos, colegas e familiares. O boca-a-boca positivo é a grande estratégia para reter e atrair alunos. E o final do ano? É a época de colher o que se plantou, quem não semeou vai suar frio, vai estressar e se estressar. De olho no tempo perdido, o ambiente ficará pesado e haverá correria. Gente contratada às pressas, pessoas

temporárias, que não conhecem a escola. São elas que irão atender os pais dos futuros alunos? A escola tem uma chance no ano para definir a receita. Sem alunos o próximo ano estará comprometido. Alguma coisa terá que ser feita, alguém vai lembrar de fazer “marketing”. Para muitas escolas, marketing resume-se à propaganda. A escola fica “escondida” o ano todo, não cuida do básico e essencial. Não se comunica, esquece a marca, não faz ações institucionais, relaxa no projeto pedagógico e no material didático, não valoriza professores e funcionários, deixa de investir em infraestrutura. Aí na época de captação não economiza em propaganda, prometendo “mundos e fundos”. Quando não se trabalha duro o ano inteiro, gastar apenas em propaganda é jogar dinheiro fora. Mesmo trabalhando bem o ano todo, o período de captação merece atenção especial, pois da primeira impressão ninguém esquece. Prepare a escola como alguém que irá receber uma pessoa importante em casa: tudo limpo e organizado, corredores e banheiros em ordem, salas arrumadas,

recepção impecável, funcionários uniformizados, treinados e bem informados. Sala de matrículas para acomodar bem e orientar as famílias no primeiro contato com a escola. E uma pessoa preparada, orientada e informada, à disposição para acompanhar os pais na visita à escola. A primeira impressão é decisiva no processo de escolha de quem deseja compartilhar a educação dos filhos. Transforme a “primeira visita” num amor à “primeira vista”. Depois de listar o que a escola deve empreender, é hora de retomar a provocação inicial. Quem é mesmo o seu concorrente? As escolas concorrentes devem ser valorizadas, nem temidas ou subestimadas. Agora, o principal concorrente de uma escola é ela mesma. Se fizer bem a sua lição de casa, o caminho do sucesso estará construído.

Teo Pereira Neto

Diretor de Comunicação do Instituto Opet Educação e Cidadania. Contatos: teodoro@opet.com.br • (41) 3021-4848

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palavra do especialista ensino&educação

Soluções para a falta de bons professores No Brasil, de 2005 para cá, os formandos nos cursos de licenciatura apresentam uma queda anual média de 4,5%. Diagnóstico: pouca valorização social da carreira e um ambiente escolar de conflitos, desinteresse e indisciplina. No entanto, para muitos candidatos são atraentes algumas singularidades da profissão: o professor bom ou mediano não fica desempregado, tem aposentadoria especial, pelo menos 45 dias de férias, estabilidade no emprego (nas públicas) e a nobilíssima missão de ser um educador. Os cursos de licenciatura formaram 70.500 professores, portanto aquém dos 83.000 concluintes em Direito, uma área bastante saturada, uma vez que há no Brasil 636.630 advogados. Quanto dos 83.000 formados em Direito não estariam mais realizados se tivessem optado pelo magistério? No vestibular, renderam-se aos encantos das pouquíssimas vagas da magistratura? Por que não oferecer amplamente cursos de capacitação de disciplinas pedagógicas para que esses profissionais e de outras áreas venham a

dar aulas na educação básica? Candidatos existem aos milhares: engenheiros, advogados, odontólogos, jornalistas, publicitários, psicólogos, etc., que batem às portas das escolas com a volúpia de lecionar, compartilhando aulas com a sua profissão, mas estão impedidos por lei. Enlevariam o ambiente escolar, trazendo novas experiências. Todos nós conhecemos bons didatas e que passaram ao largo de uma licenciatura. Um desafio de proporções mundiais é atrair os bons talentos para lecionar. Cuba, apesar de sua economia obsoleta, possui um bom sistema de ensino. Os melhores universitários e formados nas diversas áreas recebem incentivos para lecionar e são oferecidas disciplinas de didática nos finais de semana. Os habitantes dessa ilha caribenha detêm uma boa escolaridade, pois aplicam uma receita básica: valorização do professor e alunos que se fazem presentes na escola das 8h às 16h30.

nal e é nesse espaço que devemos colocar os melhores talentos. Uma caça ao tesouro, com abrangência mundial, pois, antes de Cuba, outras nações estabeleceram programas de formação de celeiros de bons didatas, atraindo para a docência os excelentes estudantes do ensino médio ou capacitando professores e profissionais não licenciados. Neste mister, podemos contar com um grande número de pessoas que carregam dentro de si a chama esplendorosa do entusiasmo em promover o ser humano no espectro ético, social, cognitivo e espiritual. Educar tem etimologia latina belíssima: ducere, que significa conduzir, mostrar o caminho.

A sala de aula constitui os metros quadrados mais nobres de qualquer organização educacio-

Jacir J. Venturi Diretor de escola, foi professor da UFPR e da PUCPR e autor do livro Da Sabedoria Clássica à Popular. Contato: jacirventuri@hotmail.com

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coluna da apade

Associação Paranaense de Administradores Escolares - Apade Declarada de Utilidade Pública pela Lei nº. 7.527/81

R. Des. Ermelino de Leão, 15, Cjs, 81 e 82 - Fone: (41) 3323.6493 CEP: 80.410-230 - Curitiba / Paraná

APADE fecha parceria com a UNIMED Já está em vigor a parceria celebrada pela APADE com a UNIMED Curitiba. De forma sintética, arrolamos algumas vantagens dessa parceria. É um plano de saúde com co-participação de 25% nos exames de baixo e médio custo e consultas eletivas, em regime ambulatorial. Plano por Adesão, com tabela muito favorável aos associados, girando em torno de 50% dos valores pagos por pessoas físicas, por um plano individual. O percentual (25%) da co-participação incide sobre o preço praticado pela UNIMED. Ex.: Consulta R$ 42,00. Para o associado = R$ 10,50. Colesterol Total: R$ 3,70 ( 25%) = R$ 0,93. Mamografia: R$ 58,48; (25%) = R$ 14,62. Raio X – tórax: R$ 16,78 (25%) = R$ 4,19. Nenhuma co-participação pode ser superior a R$ 50,00. O associado não pagará nada ao médico ou hospital. Tudo vem na fatura do mês. Os valores expressos na tabela abaixo, já incluem os 5,5% de taxa de administração e os 4,5% de INSS. Quem pode aderir a este plano? O plano é exclusivo para os associados da APADE e seus familiares. Quem quiser participar deve filiar-se à APADE. A mensalidade, hoje, é de R$ 12,11. A Taxa de adesão ao Plano de Parceria é única e será paga no ato da adesão, sendo: a) 75% da mensalidade do Plano para os Servidores com idade inferior a 45 anos; b) 50% para os servidores de 45 ou mais anos de idade. Características deste plano: a) dá atendimento facilitado (através de Cartão Magnético); b) atendimento nacional, com 106.000 Médicos, em 3.220 Clínicas, Laboratórios e Hospitais Cooperados no Brasil; c) Unimed em Casa = Home Care (Estrutura UNIMED); d) cobertura de 5 anos gratuita em caso de falecimento do titular (para os dependentes do plano: cônjuge e filhos menores de 21 anos). O plano passará a vigorar em 15 de setembro para as adesões e em 01/11/2010 para o atendimento médico hospitalar. Quem aderir ao plano até 15/11/2010 terá isenção do período de carência e terá atendimento inclusive para doenças pré-existentes. A adesão poderá ser feita: a) na UNIMED - Fone: (41) 30286927; b) Na Sede da APADE – Fone: (41) 3323-6493; c) nas 3 Subsedes da APADE: Londrina - (43) 3324-3271; Maringá - (44) 3226-6920; Campo Mourão - (44) 3523-6304.

Professor Izaías Ogliari, presidente da APADE, assina parceria com a UNIMED.

01 - Tabela convênio UNIMED/APADE: PLANO

CÓD

FAIXAS ETÁRIAS 00-18

19-23

24-28

29-33

34-38

Ambulatorial

840

45,60

67,10

74,40

82,56

88,85

Ambul. Hosp. Enfermaria c/ Obstetrícia

841

105,80

134,03

148,04

163,57

180,37

Ambul. Hosp. Enfermaria

842

67,35

89,16

99,89

111,99

124,85

Ambul. Hosp Apto. Obstetrícia

843

133,10

178,27

190,37

203,32

217,17

Ambul. Hosp. Apartamento

844

86,20

126,27

136,91

148,48

161,06

PLANO

CÓD

FAIXAS ETÁRIAS 39-43

44-48

49-53

54-58

59<

Ambulatorial

840

95,66

102,05

174,99

199,68

227,93

Ambul. Hosp. Enfermaria c/ Obstetrícia

841

198,95

216,39

272,91

319,88

441,92

Ambul. Hosp. Enfermaria

842

139,28

160,74

211,27

260,55

382,94

Ambul. Hosp Apto. c/ Obstetrícia

843

262,99

283,90

391,07

463,30

604,51

Ambul. Hosp. Apartamento

844

201,38

207,20

309,81

360,50

497,56

OBSERVAÇÃO: A PERMANÊNCIA NO PLANO ESTÁ CONDICIONADA À FILIAÇÃO À APADE. Assim, quem se desfiliar, automaticamente, estará desligado do Plano APADE- UNIMED.

Expediente: Jornal Nota 10 – Um veículo da Nota 10 Publicações. Circulação: Distribuição gratuita em escolas públicas e particulares do Paraná, sempre a partir do dia 10 de cada mês. Redação: R. Duílio Calderari, 122, Hugo Lange - CEP 80.040-250. Telefone/Fax: (41)3233-7533. E-mail: nota10@nota10.com.br Editor e jornalista responsável: Helio Marques - MTb 2524. Revisão: Andréa Maria de Carvalho Marques. Colaboração: Fabiane Melo. Diagramação: Marcos Mariano.



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