Edição 02

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Distribuição gratuita

ANO 1 - NR.2 - BIMESTRAL - DEZEMBRO01 - DIRECTOR: MIGUEL FERRO MENESES

eBairro: PARQUE VIRTUAL PAG.4

PP5 PP6 A ÚLTIMA FRONTEIRA PAG.7

ESTACIONAMENTO PRECISA-SE PAG.10

PORTELA 219430849

MOSCAVIDE 219440680

SACAVEM 219410013/9575


2 | NP | EDITORIAL

As galinhas de hoje Porque é que a galinha atravessa a ponte? Para chegar ao outro lado

noticiasparque@netcabo.pt 219456514

da margem. Certamente que este enigma, na sua primária forma, não desvenda grandes novidades... à partida. Há uns tempos atrás um rapaz teve um convite para ir tomar um café ao sítio X. Em direcção ao carro, o primo dele (autor do convite) sugeriu-lhe que o trajecto fosse percorrido a pé, em substituição

das

Surpreendido,

quatro

rodas.

perguntou-lhe

quanto tempo é que perderiam na ida e na volta, porque de carro seria certamente muito mais rápido. E tinha sido, de facto, mas ele acabou por ceder aquela hora respondendo à vontade do primo. A hora, que à partida se presumia perdida, acabou por oferecer uma nova perspectiva, um novo ângulo de visão para os futuros percursos

FichaTécnica

a percorrer. O mais curioso é que

Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Chefe de Redacção: Sofia Cochat-Osório Redacção: Alexandra Ferreira, Pedro Pereira, Raquel Guimarães, Tiago Reis Santos, (Colaborações) Luís Cardoso, J. Wengorovius Fotografia: Miguel Ferro Meneses, Parque Expo SA Direcção Comercial: Luis Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Projecto Gráfico: Tiago Fiel Produção: Imaginarte Impressão: Imprejornal Tiragem: 6 000 Exemplares Proprietário: Imaginarte, Filipe Esménio CO:202 206 700 Sede: Rua Júlio Dinis nº. 6 1º Dto. 2685-215 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS 123 919

factor psicológico de chegar... lá, o

ele nem sequer tinha pressa, mas o

mais depressa possível, simbolizava um chamamento mais forte. E o resultado seria que tudo ficaria para trás. Tão importante é o chegar ao lado de lá da margem como o próprio atravessar da ponte. E hoje, o importante é chegar ao lugar X. Muitos de nós encontramo-nos viciados na velocidade e no movimento que, mais tarde ou mais cedo, irá deixar no esquecimento os pormenores que, no fundo, são responsáveis pela cor, forma e densidade dos percursos. Mas não é apenas importante pelo significado exterior representado pelo olhar das nossa margens, mas é também pela pausa, ou se quiserem, abrandamento íntimo que conseguiremos alcançar. É certo que vivemos a lutar contra o relógio mas, mais certo ainda, é que estamos auto programados para esse efeito. Pelas ruas vemos carros que não param nas passadeiras para dar prioridade aos peões, pessoas que não seguram a porta para dar passagem, constantes atropelos à dignidade e essência humana/social, pequenos ou grandes reflexos que desvirtuam e nos afastam daquilo em que eu ainda acredito que foi e é a sociedade. Acredito no binómio velocidade/agressividade que, na sua dialéctica, resulta num aumento directamente proporcional entre ambos os elementos. Quanto maior a velocidade, maior é a agressividade. E, então, entramos num ciclo vicioso de combate constante aos ponteiros, numa corrida sem meta, sem vencedores. É possível interromper esse ciclo. Basta parar um pouco e sair, deixar que a rotina siga, eufórica, em frente. Aí, vamo-nos deparar com outro mundo, outra dimensão que nos fará pensar, recordando e reanimando valores já esquecidos. Experimente passear por lá de vez em quando, prometo que as galinhas não mordem.

Miguel Meneses


ACTUAL| NP | 3

Resultados tripartidos Autárquicas em todas as frentes. Lisboa, com Stª Mª. Dos Olivais, Loures, com Moscavide e Sacavém, são o espelho de um bairro tripartido que aguarda o arranque da Sociedade de Gestão para o início de 2002. Filipe Esménio

As autárquicas estiveram ao rubro, a sucessão de surpresas e a inversão das cores do mapa nacional prenderam a atenção de milhões de portugueses que acompanharam o mais renhido e surpreendente acto eleitoral dos últimos anos. Foi emocionante. O Parque está dividido em dois concelhos e três freguesias. Lisboa, na freguesia de Stª. Mª. dos Olivais, e o concelho de Loures nas freguesias de Moscavide e Sacavém. Duas curiosidades nos resultados a realçar; a alteração das Presidências de Câmara. Em Lisboa a coligação Amar Lisboa perde para a coligação PSD/PPM e em Loures da CDU para o PS. Outra das curiosidades é que as três freguesias do Parque são de maioria Socialista.

Lisboa: Santana surpreende Soares O resultado é surpreendente. Após as primeiras sondagens que chegaram a dar vantagem a Pedro Santana Lopes, a coligação Amar Lisboa, liderada por João Soares, parecia ter arrancado definitivamente para uma vitória que (nas sondagens e na opinião pública) era certa, não por muita margem mas aparentemente segura. Os resultados provisórios apresentados pelo Secretariado Técnico dos Assuntos para o Processo Eleitoral relativamente à autarquia de Lisboa indicam uma percentagem de 41,98% para Santana Lopes contra 41,70% para João Soares. São 856 votos que separam as duas coligações. Assim, para a Câmara Municipal a coligação Uma Lisboa Feliz elege 8 man-

datos, tantos como a coligação de esquerda, e Paulo Portas, é eleito ficando desta forma como mandato “charneira”, ou se preferirem, com um voto que pode ser decisivo. A abstenção rondou os 45%, num universo de 567 867 eleitores, nesta autarquia integrante da Tripartida, Sociedade Gestora do Parque das Nações.

A nova configuração da autarquia confere 5 mandatos ao PS, 4 à CDU e 2 ao PSD. O PSD poderá ser o partido “charneira” neste concelho. PP, BE, PCTP/MRPP e MPT embora com candidatura à Presidência de Câmara ficam fora dos eleitos para a Câmara de Loures. A abstenção foi de cerca de 45,5% num universo de 161 538 eleitores.

STª. Mª. dos Olivais: Maioria Absoluta dos socialistas

Moscavide: Novo rosto com continuidade socialista

Nos Olivais, com 45 740 eleitores, a vitória na Junta de Freguesia foi alcançada pela coligação PS/PCP/PEV atingiu a maioria absoluta dos votos (50,23%) e também dos mandatos, com 12 contra os 7 do PSD-PPM. O CDS/PP, PCTP/MRPP e o BE elegeram um mandato cada para Assembleia de Freguesia. O PSD-PPM atingiu 31,2 % dois votos, o PP 6,19%, o PCTP/MRPP obteve nos Olivais mais votos que o BE com 1 143 contra os 1 116 do BE. A abstenção foi de cerca de 42,8%.

Moscavide tem um novo Presidente de Junta, Daniel Lima, em substituição de Borges Neves que será vicepresidente do novo executivo da Câmara Municipal de Loures, ambos do PS. O PS vence e com maioria absoluta em Moscavide. Elege 7 mandatos na Assembleia de Freguesia contra os 3 da CDU e do PSD. PP, BE e o MRPP obtiveram resultados entre os 3,13 e os 2,16% dos votos. A abstenção em Moscavide foi cerca de 48% dos 12 147 eleitores.

Loures: PS põe fim a ciclo da CDU Carlos Teixeira, candidato do PS venceu a autarquia de Loures. O resultados é muito bom para o PS, para mais se considerarmos que Odivelas deixou de pertencer a Loures (concelho agora socialista), os maus resultados do PS a nível nacional e as sucessivas vitórias da CDU neste concelho. Loures volta a ser socialista após cerca de vinte anos de gestão comunista consecutiva.

Sacavém: Mais uma vez PS A cidade de Sacavém, com aspirações a sede concelhia, deu a vitória ao PS, com 42,8% dos votos e seis mandatos. Os Socialistas continuam à frende da Freguesia de Sacavém. A CDU e o PSD são os par tidos que se seguem com 32% dos votos e 5 mandatos na Assembleia de Freguesia e 15% dos votos e 2 mandatos na Assembleia de Freguesia, respectivamente. Dos 13 364 eleitores, cerca de 41% não exerceram o seu direito de voto.


4 | NP | ENTREVISTA

Parque eBairro “Dá jeito. Dá-lhe tempo” é a cara do projecto virtual piloto da Parque Expo em parceria com a Oni. Carlos Guerreiro, Administrador da Parque Expo e responsável pelo pioneiro eBairro, em entrevista ao NP, fala-nos deste novo projecto que aposta no virtual sem esquecer o tradicional.

Miguel Meneses

Qual é a diferença entre o eBairro e os outros projectos similares ? No eBairro existe a Internet e o espaço físico, a Portaria. A Portaria é uma casa aberta onde as pessoas, depois de encomendarem um serviço pela Internet, se podem dirigir. Ao construir um site ou um portal coloca-se principalmente o problema da actualização. Temos que ser úteis no dia a dia das pessoas. As cidades digitais desvalorizam essa vertente. O eBairro não é global como cidade digital, identifica-se mais com o “precisar que me venham buscar a roupa para lavar, ou os sapatos para arranjar, ou um bilhete para um espectáculo”. Como é que surge a ideia de eBairro? É uma consequência da actividade da Parque Expo que, embora não se dedique a esta actividade, achou que faria sentido a ideia. E tudo começa por uma ideia... O Parque é um uma zona diferente do que era o “bairro antigo de Lisboa”, onde as pessoas se conheciam todas. É um bairro urbano e estes espaços tornam-se difíceis para as pessoas conseguirem cumprir algumas actividades do dia-a-dia. É evidente que já existem serviços na

Internet, mas seria interessante criar algo mais centralizado, numa área com um grau de “internetização” grande. Como funciona a Portaria ? O cliente opta pela distribuição domiciliária, nós vamos ao fornecedor e voltamos a casa do cliente. Outra modalidade é o cliente escolher, passar pela portaria, por exemplo, para levar a roupa a ser engomada e mais tarde passar por lá para a recolher. Outro exemplo é o do serviço de conserto de bicicletas ou do correio que é volumoso demais e obriga as pessoas a estarem presentes em casa para o receber. Podendo utilizar a morada do eBairro, no final do dia passam por lá para o recolher ou, se quiserem, podem optar que nós o entreguemos em casa. Hoje em dia há menos tempo, temos que pesquisar, pedir orçamentos... se utilizar o eBairro nós tratamos de o conseguir. Qual foi a receptividade do eBairro até ao momento? Passaram apenas três semanas após a primeira divulgação. É difícil fazermos já um balanço, mas temos indicadores bastante positivos. Tivemos bastantes telefonemas, respostas ao mailing efectuado e estamos a marcar um conjunto de

entrevistas para potenciais aderentes. E a adesão dos comerciantes? A apresentação do projecto aos fornecedores foi muito positiva e interessante, em especial ao pequeno comércio. Por exemplo, o sapateiro ou o serviço de conserto de bicicletas, serviços aos quais pessoas não têm tempo para recorrer, resultaram numa adesão muito significativa. Mas o interessante é que todos os comerciantes da zona podem ser nossos fornecedores, fornecedores dos nossos clientes, e esse é o nosso grande objectivo. De que forma pensam assegurar a qualidade do projecto? Vamos crescendo com os clientes. Temos um sistema que nos permite calcular, por exemplo, com um restaurante, uma média das entregas que poderemos efectuar. Essa informação vai ser automatizada. Se um cliente pede uma refeição a determinada hora, depois de entrarmos no nosso sistema informático verificaremos se existe ou não possibilidade de a efectuar. Acreditamos que é melhor dizermos que estamos bloqueados do que nos comprometermos e depois falhar. Se no dia seguinte passarmos a ter mais pedidos

estamos preparados para aumentar, de forma escalonada, a estrutura do eBairro. Vamo-nos adaptando à procura existente. Como se vão articular com os fornecedores para manter essa qualidade? A relação com os comerciantes é flexível, nós

aprendemos com os comerciantes e eles connosco. Queremos colocar os nossos serviços com preços acessíveis. Mas não somos um supermercado. Apostamos na qualidade para que os fornecedores não falhem e, se algum falhar, somos nós que acabamos, também, por falhar. As expectativas são

o melhor que pode a acontecer mas, também, podem ser o pior. Temos que adaptar as expectativas do cliente àquilo que conseguimos fazer. Qual é o serviço que tem revelado maior adesão? A engomadoria. Tem tido imenso sucesso até à data,


ENTREVISTA | NP | 5

uma grande aceitação junto dos residentes. O marketing até á data tem sido arrojado, concorda? Concordo, mas o principal marketing é quando uma das carrinhas de distribuição do eBairro chegar a casa de um cliente, e o vizinho assistir ao serviço. Vai ficar curioso... Quais são as fronteiras para clientes e fornecedores? Quando executámos este projecto, críamos fronteiras. Não poderíamos ir para a Portela ou Moscavide, pois teríamos um problema. Necessitaríamos de investimentos muito maiores, uma logística complexa. Não quer dizer que o eBairro seja fechado ao Parque da Nações mas é, primordialmente, deste espaço. As fronteiras existem por uma razão, queremos dar qualidade ao serviço e estar numa hora em casa do cliente. Temos que começar pequenos para depois alargar. É também muito importante criar condições para que a Portaria seja direccionada, onde o cliente possa sentir o lado físico do projecto. E um eBairro só de Lisboa? O nosso projecto não é Lisboa, o nosso projecto é dirigido a áreas específicas

de Lisboa. Termos cinco, dez, doze eBairros, sim. E aí teríamos o eBairro de Lisboa, mas sempre com esta filosofia demarcada, não ao contrário, ou seja, um eBairro de Lisboa que não funcione. Quais são os custos de adesão ao eBairro? Nós temos duas modalidades de pagamento. Achámos que era importante que o pagamento fosse facilitado, as pessoas podem fazê-lo através de um cartão de crédito. Em relação a custos temos dois modelos diferentes. Um básico, com uma mensalidade de 1800 escudos por mês, e o pacote de luxo, de 5 000 escudos. Outro dos grandes pilares do comércio electrónico é a segurança. Qual é que é a posição do eBairro nesta vertente? Vamos ser os primeiros a ter o serviço de POS portátil para as pessoas poderem passar o cartão e, no final do mês, é apresentado o débito no extracto da conta. A Parque Expo não é uma empresa tecnológica. A sociedade com a ONI pareceu-nos um casamento muito feliz. Eles oferecem a indiscutível capacidade de comunicação e a nível de segurança oferecem garantias, além do acompanha-

mento tecnológico que vai minimizar todos os inevitáveis riscos deste forma de comunicação. Quantas pessoas trabalham neste projecto? Neste momento, estamos com 25 elementos, entre distribuição, atendimento, call center. Quais é que são os custos para os fornecedores?

Com os pequenos fornecedores metemos uma margem baixa, mas as percentagens são sempre ajustadas. Isto é um bairro e pretendemos que assim seja, queremos que o pequeno comércio se sinta confortável com o projecto. O que nós queríamos era que o cliente requisitasse determinado serviço e, automaticamente, isso aparecesse no computador do fornecedor, mas não é funcional.

Por outro lado, temos uma relação directa com o fornecedor e acompanhamos o pedido do cliente até ao fim. Utilizamos procedimentos em que, a partir de determinada hora, contactamos o fornecedor para sondar se está tudo a correr como previsto. Fazemos um acompanhamento sério. Esta é a função do gestor de encomenda que garantirá a pontualidade do serviço.


6 | NP | AMCE

CONSOLIDAR UMA COMUNIDADE EXIGENTE Após o período de férias e a 15 dias do final ano, importa fazer pelo menos um sucinto ponto situação relativamente às questões que mais preocupam todos os que vivem, trabalham ou, nos seus tempos de lazer, fruem este nosso espaço: o Parque das Nações. Compreendemos que seria desejável apresentar-vos um balanço mais aprofundado do trabalho desenvolvido pela AMCE durante o ano que agora termina, tanto mais que no dia 24 de Janeiro de 2002 serão os Associados chamados a eleger os novos Corpos Sociais para o biénio de 2002/2003. Todavia, alguma falta de tempo e, sobretudo, de espaço, impõe-nos que fiquemos, para já, pela referida breve síntese das questões que deram origem à elaboração de diversos abaixo-assinados, distribuídos a todos os residentes no princípio do semestre, ou seja, um pouco antes de se entrar no período de férias. Fica, no entanto, a garantia de que as demais questões, nomeadamente as que se prendem com os Planos de Urbanização e Pormenor, a definição territorial, a uniformização das taxas e a TRIU, cobrada pela Câmara Municipal de Lisboa, não estão esquecidas e serão tratadas nas próximas edições e objecto de informação personalizada a remeter aos Associados. Daremos, ainda, uma breve nota de outras questões que perderiam actualidade ou interesse se delas não falássemos agora.

REGULAÇÃO DE ESTACIONAMENTO E TRÂNSITO

SGU - Sociedade de Gestão Urbana, vulgarmente denominada de Empresa Tripartida) a ser assegurada pela Parque Expo, SA haviam encaminhado os abaixo-assinados para esta empresa. Atentas estas respostas, temos estado, uma vez mais, a pressionar a Administração da Parque Expo, SA para que, de uma vez por todas, faça alguma coisa para pôr termo ao caos que já se verifica e agravará, continuamente, se as entidades responsáveis nada fizerem para lhe pôr termo. Só não vê o que se passa quem, deliberadamente, não quiser ver! De resto, a Câmara Municipal de Loures fez deslocar aqui um dos seus técnicos da área de trânsito, que constatou esta realidade inadmissível e indismentível.

EQUIPAMENTOS ESCOLARES Recebeu-se uma resposta da Câmara Municipal de Lisboa e tivemos uma reunião com o Sr. Vereador António Abreu, que, embora dizendo-nos que a construção destes equipamentos não é da responsabilidade da Câmara estava em contacto com as entidades competentes, nomeadamente a DREL, para as sensibilizar para a necessidade de estabelecerem uma maior prioridade para estes equipamentos. Continuamos a exercer pressão e na expectativa de notícias acerca desta matéria.

OUTRAS QUESTÕES ETAR DE BEIROLAS A Câmara Municipal de Loures informou-nos de que encaminhou o assunto para a Câmara Municipal de Lisboa e para a ADP - Águas de Portugal, “no sentido de serem encontradas as soluções adequadas aos problemas referidos”. Que a resolução deste assunto não era da competência da Câmara Municipal de Loures já nós sabíamos. Todavia, situando-se tal infra-estrutura no Concelho de Loures e sendo os reflexos negativos da ETAR - os maus cheiros - projectados, essencialmente, na área deste concelho, pretendia-se e esperava-se um interesse maior (se é que houve algum) na resolução deste problema, pressionando-se aquelas entidades, bem como o Ministério do Ambiente, nesse sentido. Consequentemente, entendemos tal posição como de mera demissão e alheamento por um problema relevante para alguns milhares de residentes do Parque das Nações. Continuaremos a desenvolver esforços no sentido da resolução urgente deste problema, dos quais daremos notícia.

Quanto às outras questões suscitadas nos abaixo-assinados, nomeadamente a Segurança e Regulamento do Parque do Tejo e Trancão, foram as mesmas encaminhadas pelas autarquias, nomeadamente Câmaras Municipais de Lisboa e Loures, para a Parque Expo, SA, que está a tentar implementar, pelo menos, algumas delas.

ESPECTÁCULOS NO PAVILHÃO ATLÂNTICO Relembramos que os nossos Associados dispõem de um desconto de 10% nos bilhetes para os espectáculos organizados pelo Pavilhão Atlântico, nomeadamente os que estão agendados para esta quadra festiva, de que se destacam: 22 de Dezembro - GOSPEL; 25 a 29 de Dezembro - Circo de Moscovo Sobre o Gelo; 5 de Janeiro - Concerto de Ano Novo. Para adquirir os bilhetes (até 4 por Associado), basta apresentar o respectivo cartão nas Bilheteiras do Pavilhão.

Sobre esta matéria, as Câmaras Municipais informaram-nos de que, em virtude de, actualmente, a gestão do domínio público no Parque das Nações estar, ainda (até à entrada em actividade da

CENTRO DE SAÚDE

BP Porta Norte

PSP

Torre Vasco da Gama

Em resposta a carta que lhe foi dirigida sobre o assunto, o Sr. Ministro da Saúde informou-nos de que tinha encaminhado a mesma para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, para estudo e elaboração de proposta no sentido por nós sugerido, ou seja, que o Hospital das Descobertas supra a inexistência deste equipamento.

Ebairro Estamos a acordar com o eBairro condições especiais para os nossos Associados, das quais daremos notícia específica no princípio de Janeiro de 2002.

ELEIÇÕES PARA OS CO RPOS SO CIAIS Finalmente, apelamos à participação de todos os Associados no Acto Eleitoral para os Corpos Sociais, que se vai realizar no próximo dia 24 de Janeiro de 2002. A votação decorrerá na Farmácia Elma, Jardim dos Jacarandás, entre as 9:00 e as 21:00 horas.

DIAS DE SERVIÇO DE REFORÇO (9-13H e 15-22H)

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LOCAL | NP |77

A última fronteira Sofia Cochat- Osório

A “última fronteira” do Parque das Nações faz-se a Norte, no estender das construções até ao rio Trancão. Além da zona residencial, também vai ser criado um centro de lazer que terá, entre outras coisas, um campo de golf. Uma zona que promete conciliar “ambiente, desportos e entretenimento”. É assim que são assim apresentados ao público os planos de pormenor (PP) 5 e 6 do projecto urbano do Parque das Nações, os últimos da muito prometida “cidade imaginada”. A mostra ao público teve lugar no Salão Imobiliário 2001, na FIL, a 22 de Novembro. O NP foi dar uma espreitadela... O PP5 diz respeito a uma zona com 10 ha que será predominantemente residencial, como já foi referido, na zona norte, junto ao Parque Tejo, onde terá também alguns escritórios e comércio. O plano de pormenor é da autoria do arquitecto Nuno Teotónio Pereira, e os estudos prévios foram realizados por três duplas de arquitectos: Nuno Teotónio Pereira e Pedro Botelho, Chemetov e Huidobro, António Cruz e António Ortiz. O PP6 é uma área de lazer, com 14 ha, desenvolvida no espaço junto à zona residencial do PP5 que se estende até ao Trancão, e que terá vários equipamentos, como centro desportivo, centro de bowling, cinemas, hotel, restaurantes, comércio e ainda um “golf driving range”, com uma área ainda extensa, como é visível na maquete. O desenvolvimento deste planos

esteve a cargo do Arquitecto Carlos Perloiro.

Parcela a parcela... O PP5 tem os seus estudos prévios efectuados de acordo com parcelas. O projecto da responsabilidade de Nuno Teotónio Pereira e Pedro Viana Botelho (parcelas 5.01A e 5.04) corresponde a uma área total de construção de 23 173 m2, dos quais 13 769 m2 são para habitação. As zonas de ser viços e comércio representam, respectivamente, 9 105 m2 e 300 m2. Estes dois arquitectos trabalham juntos desde 1984, em vários projectos como no Elevador de Santa Justa (também com Irene Buarque) que mereceu o 1º

prémio do concurso, e nos projectos para o Complexo Tivoli e para as estações do Metropolitano e da Transtejo, no Cais do Sodré. Teotónio Pereira já viu o seu trabalho galardoado três vezes com o prémio Valmor (em 1968, 1971 e 1975), entre muitos outros prémios, além de participação e liderança de vários movimentos culturais e artísticos. Os arquitectos Chemetov e Huidobro definiram a configuração das parcelas 5.03 e 5.01B, num total de 28 302 m2 de construção. A habitação vai ocupar uma área de 23 577 m2, os serviços 2 940 m2, o comércio e restauração 1785 m2. António Cruz e António

Or tiz, naturais de Sevilha, efectuaram o estudo prévio para a parcela 5.02. A parceria vem de diversos projectos na cidade natal, bem como da recuperação do Palácio de las Cadenas, em Cadiz, adaptando-o a arquivo nacional, ou a transformação da Candelaria em museu marítimo. A área total de construção da parcela é de 23 344 m2, sendo que 29 104m2 se destinam a habitação, 2 940 m2 para serviços e 300 m2 para comércio e restauração. Assim, são 74 819 m2 de área total de construção, neste PP5.


8 | NP | LOCAL

Associação de Moradores com eleições para Janeiro Miguel Meneses

Ainda a Expo 98 não arrefecia e já se verificavam movimentos de olhares mais atentos à nova zona de intervenção que se instalava. Depois de várias reuniões, em Agosto de 99 é constituída a Associação de Moradores e Comerciantes da Zona de Intervenção da Expo (ACME). Com o grande objectivo da criação de uma autarquia única, as eleições de Janeiro renovam a vontade de continuar.

As lutas Já lá vão mais de dois anos após a constituição e a Associação de Moradores tem continuado a exercer funções na luta daquilo que acreditam ser o melhor para o desenvolvimento do Parque.

Sem qualquer fim político, procuram resolver os problemas de gestão urbana que consideram em parte resultantes da coordenação das entidades responsáveis por esta área. Apesar do marco principal a atingir ser a integração da totalidade do Parque da Nações

num único concelho não deixam de se confrontar com outras matérias cuja imperatividade consideram urgente. Transportes; ETAR; estacionamento; equipamentos sociais; espaços verdes; planos de pormenor; comércio; segurança, entre outros, são preocupa-

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ções diárias que, para Rodrigues Moreno, um dos fundadores da Associação, não poderão encontrar uma solução enquanto não existir uma definição territorial.

As críticas Criticam a Parque Expo por não ter conseguido dar continuidade à prestação de serviços utilizada durante o período da exposição. Por outro lado, como explica Rodrigues Moreno, o facto é que, até à data, a entidade responsável por este espaço é uma empresa que não possui legitimidade autárquica para dar vazão aos impasses que vão surgindo. Reflectindo que o Governo deveria ter criado, logo, uma autarquia preparada para o pós-Expo, não deixa de referir que acredita que a Parque Expo está a dar o seu melhor pelo projecto. Acrescenta que, por outro lado, as autarquias tem revelado um desinteresse total pelas incoerências do bairro. Completando, refere o facto paradoxal das autarquias

só estarem presentes na recolha das taxas, virando as costas quando o auxílio é iminente. Face a estas dificuldades de acção, a ACME exerce pressão utilizando todas as alternativas que dispõe. Abaixo assinados, comunicação social, reuniões com a Parque Expo e outras entidades que façam parte do objectivo a tocar. Por vezes com sucesso outras vezes sem, não duvidam que, se existisse uma definição autárquica, seria possível projectar uma ideia e obter receptividade com maior eficácia.

Eleições em Janeiro Apesar de não perseguirem qualquer fim político, consideram-se como uma autarquia, no sentido de apresentarem uma única voz e uma estrutura organizada para lutar pelos interesses do Parque. A Associação apresenta uma direcção, um conselho fiscal e uma assembleia geral, com um

número de cerca de 20 elementos. Os associados são cerca de 400 e, dado que a última campanha de angariação decorreu há cerca de 10 meses e apesar de ainda hoje se registarem novas inscrições, este organismo acredita que a adesão no princípio do próximo ano, após a próxima campanha, será positiva. As quotas têm um valor mensal de 250 escudos, considerados simbólico para uma estrutura já com uma dimensão e encargos significativos. As eleições que terão lugar no dia 24 de Janeiro de 2002, até à data, apresentam uma lista única representada pela maioria dos actuais corpos sociais da Associação de Moradores, sendo que Rodrigues Moreno não prevê o aparecimento de outra lista. Projectando o próximo ano não deixa de lembrar o longo trajecto que está para trás, reconhecendo que será necessário a criação de uma estrutura mais disponível e mais forte para continuar o trabalho até agora efectuado.


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10 | NP | LOCAL

Estacionamento e trânsito O Parque das Nações começa a ficar saturado de trânsito e com graves problemas de estacionamento. A situação não é alarmante, e as soluções ainda existem, num bairro que se constrói de raiz. Mas todo o cuidado é pouco para não aderir ao caos. Filipe Esménio

O Parque das Nações é o paraíso comparado com muitos dos pontos críticos da capital. No entanto, e se considerarmos que é um bairro construído de raiz, muito há por fazer e os indicadores não são os melhores. Se, por um lado, a imensa construção que vai sendo realizada um pouco por todo o Parque não prejudica quase nada o normal fluir do trânsito ou mesmo o estacionamento, a verdade é que há outros problemas que começam a ser graves.

Problemas no estacionamento Para estacionar, quase todos os locais são complexos. Nas imediações do centro comercial Vasco da Gama, Gare do Oriente, e Edifício Administrativo da Parque Expo é quase impossível estacionar à superfície em local legal. Muitos são os que visitam o centro, outros deixam os seus carros na zona para apanharem o metro de manhã, fora os que trabalham nesta zona ou simplesmente vêm de visita. O NP conseguiu apurar, que os sinais de trânsito colocados no Parque das Nações não estão devidamente homologados pelas autarquias gestoras do território. Desta forma, não têm validade legal, o que

prejudica, e de que maneira, a actuação das forças policiais no local. Na zona Sul, nas áreas residenciais, o problema já é bem visível, com carros em segunda fila ou fora de lugares onde é permitido estacionar. Naturalmente, ao fim do dia, o problema agudiza-se pelo regresso de moradores e a chegada de mais visitantes. Na zona Norte, a guerra do estacionamento é menos visível embora o crescimento possa levar também a problemas. Os prédios têm um racio de lugares de garagem por tipologia da casa muito razoável, acima da média de todo o país. No entanto, talvez pela especificidade dos moradores do Parque, e claro pelo incontável número de visitantes, o sucesso do projecto obriga ainda à criação de mais lugares. Os existentes são claramente insuficientes. Os problemas agravam-se na zona dos bares, onde é muitas vezes difícil estacionar para mais se considerarmos os dias em que há FIL.

Circulação e trânsito Seria injusto afirmar que o trânsito é caótico, não é. Mas vamos apontar alguns dos focos de maior confusão. A Avenida D. João II, a que passa em frente à porta principal do Vasco da Gama, é um

dos focos de problema. A falta de civismo e a procura de um lugar à superfície, gratuito, provoca alguns embaraços nesta zona. Também ao final de tarde, a movimentação junto à Gare do Oriente provoca trânsito anormal contribuindo para tempos de espera já significativos nesta zona. Sair da Infante D. Henrique até ao Vasco da Gama demora alguns minutos. Muitos já usam as Avenidas do Parque como desvio de quem teria de passar na Infante D. Henrique, é mais rápido apesar dos semáforos. A Av. D. João II fica assim um pouco sobrecarregada.. Junto ao viaduto da INDEP (zona Norte) existe uma espécie de rotunda de mau funcionamento, acesso a Moscavide em que qualquer toque ou avaria bloqueia totalmente o trânsito. As entradas e circulação nesta espécie de rotunda são feitas com alguma dose de perigo e onde os pequenos toques são frequentes. A semaforização também é insuficiente para estes lados do Parque. Na zona Sul no cruzamento parece que algo falta, ou mais semáforos, ou melhor sinalização.

Que Soluções Para o estacionamento só uma. Mais e mais parques de estacionamento. Não deixem o Parque ficar como o resto de Lisboa, ainda vamos a tempo.

Parques subterrâneos com tarifas razoáveis ficarão cheios de dia e de noite. Esquemas para residentes serão bem vindos, pois apesar dos lugares que lhes são destinados na garagem, muitos têm mais veículos que acabam por deixar na rua. Talvez a FIL possa disponibilizar o seu parque para os utilizadores dos espaços nocturnos... Para o trânsito pequenas

onde for necessário e placas que terão de estar homologadas ou por Lisboa, ou por Loures ou pela nova Sociedade Tripartida. São apenas algumas sugestões. Não esperem que as pessoas venham, que os problemas surjam, para depois pensarem soluções. O Parque cresce todos os dias, e as soluções de trânsito e estacionamento já deviam estar feitas.

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sugestões, que serão de aproveitar, apenas as boas, claro. - O em tempos pensado desnivelamento da Infante D. Henrique junto à antiga Rotunda de Cabo Ruivo, outro desnivelamento junto à tal espécie de rotunda na zona Norte que dá ligação a Moscavide. - Urge aprovar a sinalização. A PSP não pode multar. - Mais sinalética. Semáforos

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LOCAL | NP |111

Nós e as Igrejas O concurso de ideias para a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes vai estar aberto a todos, mas é precedido por um conjun to de encontros que visa debater o papel da igreja de hoje e sua relação com os homens. Sofia Cochat-Osório

Os encontros “Nós e as Igrejas”, organizados pela Igreja Nossa Senhora dos Navegantes têm decorrido como espaço de discussão e reflexão sobre o papel da igreja de hoje, a sua relação com os homens e como o espaço desse templo pode ou deve ser erguido. Um pouco como as adivinhas das crianças, a Igreja da Nossa Senhora dos Navegantes representa o que antes de ser já o era, ou seja, mesmo sem um espaço físico definitivo (a loja que agora ocupa é provisória), organiza-se na sua génese, as pessoas. Uma porta para o concurso de ideias, aberto a todos, que se vai seguir. O 4º e último encontro está marcado para 21 de Dezembro, pelas 21h30, subordinado ao tema “O lugar e as igrejas (o caso de Marco de Canaveses)” e vai contar com a presença de Frei Bento Domingues e do Padre Nuno Higino, responsável pela Igreja de Marco de Canaveses, um projecto concebido pelo arquitecto Siza Vieira, cuja presença nesta reunião ainda não está confirmada. Este “caso” é uma obra marcante na arquitectura sacra contemporânea, por conciliar de forma única modernidade com espaço sagrado, ligando o simbolismo e iconografia dos templos às linhas austeras e despojadas de Siza Vieira, é a materialidade essencial da forma e a luz

que evocam o divino. A Igreja de Marco de Canaveses levou um outro arquitecto, Rafael Moneo, espanhol responsável pelo projecto da catedral de Los Angeles, a definir esta obra como a prova de que Siza “é capaz de fazer com que a sua arquitectura seja um exercício poético”.

”Nós e as igrejas” Mas o que é, de facto, uma igreja, que questões deve colocar, como se pode erguer e sob que formas? Qual a relação entre os homens e Deus e qual a sua manifestação plástica? Mais do que respostas conclusivas, estes encontros visam o encontro e debate de pontos de vista, um caminho a percorrer por todos para “não inventarmos uma comunidade apressada”, disse João Meneses, cordenador do projecto, no texto introdutório do 1º Encontro, realizado a 20 de Novembro, que contou com a presença do Bispo Auxiliar de Lisboa, D. Manuel Clemente, e do pároco Padre Reis. Este percurso é “o caminho de tomarmos conhecimento da relação plástica e simbólica que Deus tem estabelecido com o homem e um diálogo frontal com o nosso templo”, acrescentava ainda a introdução. A instrução passa por um conhecimento histórico, artístico e cultural para que seja possível sedimentar uma identidade

actual “sem concepções teológicas anacrónicas ou concepções estéticas medíocres”. D. Manuel Clemente falou da igreja como “realidade vivida e partilhada pelos crentes, só depois com dimensão plástica”. No entanto, a procura de uma “morada” de encontro com Deus, com os outros e consigo próprio, é recorrente na tradição cristã, de que fez uma breve retrospectiva. A igreja (edifício) surge como plasticidade da associação litúrgica, pela reunião plural, e será tanto mais autêntica, disse, quanto a “evidência do que se cultiva”. Por exemplo, “uma igreja em que a centralidade do altar não seja óbvia, não é tão autêntica”, considerou o Bispo Auxiliar de Lisboa. Afirmou ainda que “deve transmitir a tensão entre o já e o ainda não”, ou seja, não precisa de ser explicada : “entre nós e o mundo a que procuramos ascender ficam os símbolos”. Mas “a vivência cristã encontra uma arte autêntica”, disse.

”O futuro das igrejas Os encontros seguintes voltaram-se mais para o espaço concreto da Igreja, na sua evolução histórica, sob os temas “A arquitectura e as igrejas” e “O futuro das igrejas”. O 2º decorreu no dia 29 de Novembro e contou com dois arquitectos, Gonçalo Byrne e Diogo Pimentel, que falaram sobre os novos modelos plásticos da arte e arquitectura moderna e da sua conjugação com as fontes de tradição. O que se procura, explicou João Meneses, na apresentação do encontro, “é falar de casas como quem

fala da sua alma”. A 13 de Dezembro, o debate aqueceu na Nossa Senhora dos Navegantes, juntando uma vez mais um arquitecto, Manuel Vicente, e alunos dos cursos de teologia e de arquitectura. Olhar para o futuro

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implica um lugar no presente e depende sempre do espaço em que nos inserimos. O que é ou pode ser um templo? Certezas há poucas, mas uma igreja deve conciliar o espaço de introspecção individual do crente, com a necessidade de

ligação com a comunidade e o mundo. O simultaneamente aberto e fechado que resulta de encontros participados e animados como estes. Certas ficam apenas as muitas ideias que vão erguer a Nossa Senhora dos Navegantes.

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14 | NP | NOVAS TECNOLOGIAS

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Pensada não só ao nível da concepção de espaços e equilíbrios entre o urbano e o meioambiente, mas também como um importante núcleo empresarial e comercial, com todas as infraestruturas de telecomunicações e transportes a que as actividades económicas obrigam. Foram estes aspectos, aliás, que tornaram realmente efectivos e dinâmicos os conceitos de inovação e de promessa de venda propostos aos actuais moradores, e que, até ao momento, se têm vindo lentamente a desenvolver. Digo lentamente, porque apesar de ser notória a qualidade de vida nesta zona da cidade, só agora é que a vertente comercial está a tomar fôlego e a vertente empresarial se vai tornando uma realidade. E é exactamente sobre esta realidade que gostaria de me focar. O que faz uma empresa deslocar-se para o Parque das Nações? Que vantagens tem e qual a mais valia para os seus trabalhadores, clientes e fornecedores? Quais os principais critérios de decisão, tendo em conta que o preço imobiliário não é, de forma alguma, o mais competitivo no contexto urbano da nossa cidade? Nos últimos anos empresas como Portugal Telecom, Sony, Telecel, Schindler ou agências de publicidade como a BBDO e EuroRSCG transferiram para esta zona as suas sedes de negócios, obrigando-as quer a adaptar espaços existentes à sua filosofia e identidade, quer construindo de raiz e imbuindo aos projectos a inovação e arrojo arquitectónicos a que esta zona “obriga”. Será nossa intenção debruçarnos sobre alguma destas empresas com mais preceito, analisando os verdadeiros por-

quês da escolha, compreendendo receios e incertezas e confirmando os benefícios da escolha. Curioso será também estudar as várias acções levadas a cabo pelas empresas junto dos seus colaboradores para minorar o sempre instável processo de mudança, que muitas vezes obriga ao repensar e adaptar de procedimentos diários instituídos, nem que seja o habitual modo e tempo de deslocação casa-trabalho. Só para dar um breve exemplo, e porque foi exactamente no contexto do Natal, pouco tempo depois da mudança para o Parque das Nações, que a agência de publicidade BBDO colocou à disposição dos seus colaboradores algumas dezenas de bicicletas por forma a facilitar a sua deslocação até à zona de restaurantes e cafés durante os períodos de pausa no trabalho. Uma iniciativa que colheu o maior ânimo por parte de todos os que aí trabalham, e que reflecte de forma exemplar o espírito de uma empresa que se adapta ao local onde está inserida e que concretiza, em termos visíveis, o respeito pelo meio-ambiente e pela qualidade de vida, motes amplamente apregoados pela entidade gestora deste nosso espaço público. Também interessante de analisar será, e aqui já me centro mais na minha área de especialidade, na importância da criação e desenvolvimento de uma comunidade local fortemente apoiada pelas novas tecnologias. Sites de Internet do Parque das Nações, Atlânticomultiusos, Oceanário, o portal Netparque e, mais recentemente, o inovador projecto eBairro (também aqui referido nesta edição), entre outros, traduz a forte aposta na comunicação com o público residente e não-residente do Parque das

Nações. Existem alguns exemplos, já implementados e com uma experiência concretizada de vários anos, de projectos semelhantes de Comunidades Virtuais, leia-se bairros, quase todos localizados nos países escandinavos. Desde o acesso a toda a informação urbanística do local em que vivem e respectivo acompanhamento processual de projectos realizados e em curso até à encomenda das compras no mercado mais próximo, estas iniciativas têmse provado de inegável utilidade para aproximar o público residente ao seu poder local, estimulando desta forma a sua participação activa nas iniciativas locais. Outro aspecto de grande utilidade neste tipo de iniciativas tem a ver com uma componente mais interactiva, que é o de levar a cabo, de forma sistemática e regular, de sondagens à população, permitindo assim registar, quantificar e comparar no tempo quer a aceitação por parte dos moradores, empresas e comercian-

tes de medidas em estudo ou em vias de concretização, quer a percepção de aspectos tão importantes como a segurança, os transportes ou a educação. Não se entenda aqui o subestimar do papel activo e extremamente importante da Associação de Moradores, que tem sido incansável nas suas iniciativas e vinco de convicções, mas antes uma ferramenta complementar para a sua actividade. O projecto eBairro é um primeiro passo para esta (r)evolução, se bem que ainda muito centrado nas componentes de informação geral e de comércio electrónico. Deve ser bem difundido e estimulado junto do público-alvo a que se destina. Devem ser criadas infraestruturas para a sua maior difusão possível. Deve ser criteriosamente explicado aos comerciantes e devem ser realçadas as suas vantagens e custos, procurando angariar nesta fase de arranque o maior número possível de participantes. Uma vez

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vencido este desafio, é minha convicção que devemos pensar no passo seguinte - o da interactividade. Estou certo que os resultados desta aproximação a moradores e empresas seriam certamente muito benéficos para um desenvolvimento local mais participativo e consensual. Caso contrário, pergunto-me eu, será que os meus filhos vão ver os poucos flamingos ainda deambulantes na zona do Trancão?

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Gil dá brinquedos a 33 mil crianças A mascote da Expo 98, o Gil, empresta agora a sua imagem para diversas acções de beneficência para crianças. Conheça um pouco do trabalho da Fundação Gil. Sofia Cochat-Osório

A Fundação Gil promoveu pelo terceiro ano consecutivo a acção “Este ano dê um brinquedo novo a quem não tem”, uma campanha de recolha de brinquedos em hipermercados de todo o país. As prendas destinam-se a crianças em situações de risco, pertencentes a 377 instituições como lares, centros de acolhimento temporário ou emergência social, entre outras. Nos dias 17, 18, 24 e 25 foi feita a recolha que permitiu

reunir mais de 33 mil brinquedos, um acréscimo significativo em relação ao ano passado, em que se chegou a cerca de 20 mil crianças, e a 1999 que só se conseguiu metade do feito. A campanha contou com várias caras conhecidas que “ajudaram” as pessoas a participar. Nomes como Maria José Ritta, António Mega Ferreira, Catarina Furtado ou Diogo Infante estiveram presentes para dar brinquedos a crianças carenciadas. Outra das acções desenvolvidas pela Fundação Gil é a

construção da Casa do Gil, para acolhimento temporário de crianças e jovens que se encontrem internados em hospitais, por períodos prolongados, por razões sociais, apesar de já terem alta clínica. Para ajudar a execução deste projecto, a Fundação tem, desde 3 de Dezembro e até 28 de Fevereiro de 2002, uma campanha de recolha de escudos sob o lema “Troque os seus escudos por solidariedade. As notas e moedas que vão deixar de estar em circulação podem ser doadas para esta obra nas caixas de recolha nos balcões do Barclays Bank, no Oceanário de Lisboa, Olivais Shopping, Amoreiras Shopping, Gaia Shopping e Oeiras Parque. Mantém-se a “Hora do Conto”, desenvolvida desde Agosto último, e destinada a

crianças em situação de internamento prolongado. Este programa foi desenvolvido de acordo com protocolos efectuados com o Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e com a PT Comunicações, a que aderiram diversos hospitais e centros médicos infantis. Esta fundação data de finais de 1999 e foi criada por iniciativa da Parque Expo98 e do Ministério do Trabalho e Solidariedade. Os seus objectivos são, de acordo com informação da empresa, “contribuir para o bem estar, valorização pessoal e plena integração social das crianças e dos jovens, mediante a realização, promoção ou patrocínio de acções de carácter cultural, educativo, artístico, científico, social e de assistência”.

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Cesário Verde: 40 anos a educar O Externato Cesário Verde há 40 anos que procura aplicar um projecto educativo adequado à realidade portuguesa. A reconhecida qualidade pedagógica coloca o nosso Externato nas melhores Escolas de ensino público e privado de Portugal. O Cesário Verde existe como Escola do Ensino Regular há cerca de 40 anos. A sua actividade contempla o Berçário, PréEscola, Ensino Básico ( 1º, 2º e 3º Ciclos) e Ensino Secundário. Para a consecução de todas as actividades, o Cesário Verde é uma das maiores “empresas” empregadoras de Moscavide, dando trabalho a cerca de 80 pessoas (docentes, funcionários administrativos, auxiliares de acção educativa, motoristas, empregadas de limpeza, etc.). Orgulhamo-nos do desempenho pedagógico e do acompanhamento individualizado que realizamos com cada um dos nossos alunos, uma componente global: ensinamento, propriamente dito e valores educacionais que pretendem contribuir para a formação da pessoa humana. Assim, os resultados obtidos em avaliações de

carácter nacional colocam-nos entre as melhores Escolas do país. Além do mais, são os próprios alunos e Encarregados de Educação que melhor julgam o nosso desempenho, preferindonos ainda que estejamos conscientes de que não possuímos as melhores condições físicas. É, aliás, este ponto aquele que mais nos angustia e continuamos a fazer esforços no sentido de o melhorar. Actualmente, obtivemos a creditação pelo INOFOR para a Área de Formação. Assim, a partir de meados de Outubro iremos encetar 4 cursos, financiados pelo Fundo Social Europeu;

Técnicos Animadores de Acção Cultural e Recreativa. Auxiliares de Acção Educativa. Estes cursos, em horário laboral, recebem uma Bolsa de Formação e destinam-se a pessoas desempregadas. Também há outros dois cursos. Para pessoas que, no activo, desejem adquirir ou ampliar conhecimentos na área da Informática.

Introdução à Informática Internet e Correio Electrónico.

Actividades Não Curriculares Apoios aos Alunos Gabinete de Orientação Escolar Ensino Especial Terapia da Fala Aulas de Apoio Pedagógico

Complemento Curricular Inglês Natação Ballet Informática Judo Piano Viola Dança-Jazz Coro Clube da Música

Outras Actividades Formação Visitas de Estudo Teatro Dinamização / Biblioteca Intercâmbio / Escolas Correspondência Inter-Escolas Sessões de Leitura Formação Humana Audiovisuais Palestras Formação Contínua de Professores Animação Fantoches / Dramatização

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16 | NP | UM PASSEIO PELO PARQUE

Folhas sem rosto Miguel Meneses

Caminhava há mais de duas horas e acabou por se perder num espaço vazio. Sem ideias e sem memórias foi obrigado a parar pelo cansaço que o atormentava. Escondido do mundo que temia ficou-se pelo facilitismo de uma rendição já anunciada no passado. Vagabundo de imagens, vagabundo de si deitou-se num mar de folhas que, até à hora, tinham sido esmagadas pela indiferença do som. O trilho que se perdia para trás formava uma enorme esteira de folhas desprezadas pelas suas passadas. Deitado, em certo momento, a curiosidade de uma, das mais de mil folhas estendidas, despertou-lhe os sentidos.

A surpresa do doce reencontrar de um breve capítulo do passado foi sentida pelo toque na velha textura da folha. Cada ramificação conduzia ao passado e lentamente emergiam imagens, palavras cheiros que, bons ou maus, foram, lentamente, preenchendo o vazio há muito instalado. As folhas que até agora tinham sido esmagadas pelas indiferentes passadas representavam, agora, a sua única companhia. E, assim, folha atrás folha, foram revividos momentos: os almoços de família, o primeiro poema lido de pé e em voz alta para a turma da 3ª classe, as últimas mensagens da bisavó, sonhos altos, marés baixas, enfim, memórias há muito esquecidas ou refugiadas.

Deitado naquela cama de folhas o inevitável visitou-o. As folhas deixaram de cair e a árvore adormeceu despida. Os olhos do homem treparam até ao cume da árvore numa cumplicidade total. Do homem só restou o vagabundo e das folhas... a secura.

Foi então que descobriu que o homem que fora não era preciso para o vagabundo que era. A folha branca representava um novo livro, o verde ditava uma nova criação que iria erguer novas árvores, novas páginas. O que estava para trás tinha crescido, ganho forma e secado... mas ficado. Pela frente seguiase a surpresa e a vontade. E foi assim que me levantei, limpei o casaco que me cobria e retomei a caminhada... como um vagabundo, sem história, mas com a minha terra. Erguendo-se, os olhos encheram-se e as mãos cerraram-se num gesto de fúria perdida. Parou por uns breves instantes e acabou por ceder, caindo de joelhos sobre as folhas. Já deitado a olhar para o vazio do céu o inesperado aconteceu. Uma folha começou a planar caindo em direcção ao seu rosto. Um resto de energia projectou o braço para a recolher. Uma última esperança libertou um olhar atento... mas a folha estava branca. Era simplesmente uma folha sem rosto... nada mais. Revoltado esmagou a folha branca e dissolveu-a com as restantes, agitando-as furiosamente, quando descobriu por baixo de todas aquelas páginas mortas um manto de erva húmida.

A surpresa foi crescendo com toda aquela familiaridade imaginada. As folhas iam caindo à medida que o dia ia passando. O vagabundo ia crescendo e reaparecendo como pessoa que foi. O castanho áspero das folhas ia reanimando e espelhando uma entidade, um corpo novo. E assim foi... até à última folha. Estranhamente, uma energia brotou daquele processo e deu-se o renascer de uma vontade de respirar, ver, criar, escrever.

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CULTURA| NP | 17

Eu era um homem Eu era um homem e tinha na boca o ofício de sorrir o fluxo encantado das imagens. E tinha as palavras que um homem tem para acender, como fogueiras, nas margens cantantes e frias das águas do mundo. Herberto Hélder

Às vezes penso que as palavras são tão pobres, mais pobres que a brisa do rio. Outras vezes que fomos nós que as fizemos reféns da álgebra, do lugar, do hábito. Não sei se alguma vez seremos capazes de falar de nós próprios ou sequer de um amigo e, afinal, talvez isso dependa apenas de não esquecermos o verso de Novalis quanto mais poético mais verdadeiro. Às vezes penso que as palavras são tão frágeis. Que as violentamos, que passamos por elas sem as ver, sem lhes perceber a beleza. Será de haver nelas uma facilidade aparente? Uma funcionalidade aparente? Se todos as partilhamos, se todos as sabemos de cor, porque não se acendem as palavras mais vezes? Talvez o segredo esteja no que as antecede, no olhar. Nessa estrada que se percorre e que vê passar um santo ou a primeira palavra de uma criança. Essa palavra, essa primeira palavra, é um lugar de milagre, um ícone tão belo como O Cristo de Andrei Rublëv. Deslumbra-nos porque concentra tanto olhar, tanto silêncio, tanto fascínio. Às vezes penso que se salvam os que percorrem essa estrada, mesmo que em silêncio, mesmo que com esforço. Os que descobrem o ouro de uma palavra e isso lhes basta. Se calhar o mundo inteiro depende desses olhos - dos teus olhos. J. Wengorovius


18 | NP | CULTURA

As cores nas festas do Parque das Nações O Parque das Nações recebe, na época festiva de Natal e passagem de ano, além de espectáculos e actividades diversas, mais luz e novas cores nos pontos fulcrais do espaço. E decoração é também uma das preocupações da Parque Expo98, SA. Pedro Gonçalves

Espere, nos próximos tempos, encontrar árvores iluminadas, candeeiros enfeitados e projecções de luzes multicolores nos edifícios mais emblemáticos do Parque das Nações, do Pavilhão Atlântico ao de Portugal. E a árvore, de 14 metros de altura, fica em frente ao Pavilhão de Portugal. No entanto, a forma traz o conteúdo e, além de passear, o Parque das Nações dá motivos culturais e festivos para que o cidadão participe activamente, assistindo a espectáculos para todos os gostos. Assim, o dia 22 de Dezembro leva ao Pavilhão Atlântico o espectáculo “Gospel Para 100 Vozes”, exactamente um ano depois de uma grande produção do género se ter estreado em Portugal, no mesmo recinto. Dedicado ao gospel, aos cantos religiosos negros, “Gospel Para 100 Vozes” reúne cantores não apenas das ilhas do Pacífico mas, curiosamente de países europeus. São esses, por exemplo, os casos dos Gospel Voices, Kingdom Singers, Caribean Gospel e Palata

Singers. Também no Pavilhão Atlântico, mas entre os dias 25 (às 17h00) e o dia 29 de Dezembro (de 26 a 29, sempre às 21h30), espalha fantasia na sala o espectáculo Shangri-Lá,

apresentado pelo Circo de Moscovo Sobre o Gelo. Em duas horas de espectáculo, a companhia dirigida por Sergey Rishkoff apresenta 22 momentos em que o circo tradicional ganha novas formas

devido ao acréscimo da patinagem artística sobre o gelo. Para isto, o Circo de Moscovo Sobre o Gelo leva à pista 55 artistas. O director artístico Arnold G. Arnold assina a coreografia do espectáculo.

A Moviclasse esteve presente na INTERCASA ,Salão de Exposição do Móvel, que decorreu na FIL - Parque das Nações e apresentou as suas novidades em mobiliário.

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Já no ano de 2001, às 21h00 do dia 5 de Janeiro, o Pavilhão Atlântico acolhe, desta vez, o concerto de Ano Novo, a Gala Verdiana. A Gala Verdiana, como se perceberá pelo nome, tem como objectivo homenagear e comemorar a música de Giuseppe Verdi. Do programa do espectáculo fazem parte as interpretações de árias e coros de óperas escritas pelo compositor. A Gala Verdiana é uma produção conjunta entre o Pavilhão Atlântico e o Teatro Nacional de São Carlos. Além da apresentação ao vivo da Orquestra Sinfónica Portuguesa, do Teatro Nacional de São Carlos, o espectáculo leva ainda ao palco a soprano Angela Gheorghiu, o coro do São Carlos, com o maestro João Paulo Santos.

meia-noite há fogo de artifício junto à Torre Vasco da Gama, às 00H15 sobe ao palco a banda Sabor Cubano e, à 01h30, os DJs Alexandre Barbosa e Miguel Mateus dão continuidade ao serão nos gira-discos. A entrada para a Praça Sony é livre.

A Praça Sony é o local onde se prevê que os foliões se concentrem na noite de Passagem de Ano, respondendo ao apelo daquilo que a organização entendeu chamar de Noite Latina. Nesta noite de festa, actuam às 22h30 os Cuba Libre, à

Na altura destas festas, outro espectáculo que nunca falta é o circo. No Parque das Nações, ele é representado pelo Circo Vítor Hugo Cardinalli que se faz acompanhar pelo Circo Nacional de Cuba. Os grupos actuam até 6 de Janeiro de 2002.

Noutras áreas, que não apenas a música, o Parque das Nações acolhe demonstrações diversas, da fotografia ao circo. Continua, até 3 de Fevereiro, patente ao público na Sala Jorge Vieira, no Edifício Lisboa, Nova Fotografia e Vídeo dos Bolseiros do Ar.Co.- Parte 1. Na exposição, a fotografia e o vídeo são os meios utilizados por 10 alunos do Ar.Co (escola de artes em Lisboa). Da exposição constam ainda uma instalação e projecção de diapositivos. A entrada também é livre.


CULTURA | NP | 19

SORTIDOFINO com vaga inspiração natalícia (Já que o espírito natalício implica mais um motivo para compras, que se considerem então duas escolhas)

LIVROS A primeira relaciona-se com o Natal de forma subtil, é “Conversas Com o Anjo”, compilação de contos reunidos por Nick Hornby (o mesmo de “Alta Fidelidade”) e que, em Portugal, vêem os seus direitos de autor distribuídos pela Treehouse Trust for Autistic Children e pela Associação Portuguesa para Protecção aos Deficientes Autistas. Nick Hornby tem um filho autista e é a ele, Danny, que dedica o livro. O reputado autor escocês Irvine Welsh é um dos que contribui para a compilação de doze contos de outros tantos autores. Na era em que a Internet está instalada em quase todo o mundo e em que há já quem pense em novas formas de comunicação, também vêm à superfície os malefícios da rede, nomeadamente a sua dificuldade em funcionar como suporte de comércio. “Amazon.com”, de Robert Spector, é a história não autorizada da ascensão, estabilização e início de queda daquela que é ainda tida como a maior empresa de comércio electrónico do mundo, a Amazon. Robert Spector, que é analista de economia e se aproximou de pessoas ligadas ou outrora ligadas à Amazon, conta histórias como a do facto de o seu fundador, Jeffrey Besos, ter escolhido o nome da loja como forma de aparecer no topo das listas de motores de busca que apresentam os links alfabeticamente. O livro resulta interessante para utilizadores de e-commerce e muito mais interessante para utilizadores da Amazon.

CD Apesar de, em matéria de vendas, os discos inspirados e resultantes das memórias do dia 11 de Setembro, nos Estados Unidos, não terem sido o sucesso que se esperava, não deixa de ser enriquecedora a experiência de ouvir David Bowie interpretar “America”, Mick Jagger e Keith Richards, dos Rolling Stones, abordar “Miss You”, ou Paul McCartney, organizador do espectáculo que deu origem ao disco, apresentar com quase todos os intervenientes a canção escrita no dia seguinte aos acontecimentos terroristas, “Freedom”. Numa galáxia muito diferente, o final de 2001 trouxe ao melómano mais atento novo álbum da portuguesa Né Ladeiras, intitulado “Da Minha Voz”. Com uma carreira irregular mas ponderada, Né Ladeiras contou, desta vez, com os préstimos do brasileiro Chico César como compositor e de Tiago Torres da Silva. De natureza heterogénea e devedora de culturas muito distintas,“Da Minha Voz” percorre, com elegância, espaços como o fado e a morna cabo-verdiana, passando pela música tradicional, portuguesa e brasileira, e por subtis arremedos de material de origem electrónica.

DVD Apesar de ser da sabedoria popular a teoria de que não há amor como o primeiro, não há como deixar em claro a edição, em caixa vistosa, da trilogia de “O Padrinho”, uma das grandes de Francis Ford Copolla. Não obstante o primeiro dos três filmes ser o mais bem conseguido dos três, a colecção é peça essencial na colecção de apreciadores da sequela da família Corleone. As películas debruçam-se sobre uma família siciliana que sobe e se desmorona numa caixa de seis discos. O sétimo disco, dedicado aos extras, é um especial intitulado “The Godfather Family - A Look Inside”, que inclui cenas de bastidores e entrevistas aos protagonistas. Vale o esforço dos quase 20.000$00 / 99,76. Num plano bastante distinto mas a valer o investimento está uma edição que já não é exactamente nova.Apesar de tudo “O Tigre e o Dragão”, de Ang Lee, continua a merecer uma atenção especial, sobretudo em formato DVD.Vencedor de quatro óscares, “O Tigre e o Dragão” é, para o realizador, um filme de artes marciais. Para a maioria dos que o viram, trata-se apenas do melhor filme do género acrescentado, o que não é comum, por histórias dignas de seguir.Ang Lee leva à tela dois romances muito distintos na China imperial, numa altura em que desaparece a espada “Destino Verde”. À primeira vista, ou leitura, parecerá pouco.Visto atentamente, “O Tigre e o Dragão” é dos filmes que fica na história.

A Karne já tem nova companhia Karne&companhia

Marisco fresco todos os dias

E s p l a n a d a d a P o r t e l a - Te l : 2 1 9 4 3 0 5 4 4 / H o r á r i o : 1 0 H à s 2 4 H


20 | NP | VOX POP

Vox Pop Que prendas de Natal daria ao Parque das Nações?

Beatriz Pinheiro de Azevedo

Duarte

Nuno Dias 24 anos Empresário

32 anos Engenheiro Informático

1 - Mais eventos culturais na zona residencial do Parque 2 - Maior segurança no Skate Park 3 -Caixotes do lixo para reciclar na rua, com recolha diária.

1 - Melhorar os acessos às residências por causa das obras 2 - Enriquecer e diversificar o comércio local 3 - Melhorar o serviços de transportes.

1 - Transportes 2 -Mais ATM (Caixas Multibanco) 3 - Ordenação do trânsito

1 - Desportos náuticos sem motor no Rio Tejo 2 - Mais parques de estacionamento, prevenindo o crescimento do Parque

18 anos estudante

19 anos Estudante

José Morais


AMBIENTE | NP | 21

Os 4 cantos do Ambiente O Centro de Monitorização do Parque das Nações desenvolve todos os anos vários projectos de consonância ambiental. A Oficina do Ambiente nasce, neste âmbito, recebendo alunos e professores de dezenas de escolas, num trabalho de divulgação, sensibilização e educação ambiental dirigido às escolas. Miguel Meneses

As componentes de vigilância e estudos não cumprem, em exclusividade, os objectivos do Centro de Monitorização Ambiental do Parque. A educação ambiental, desde 1999, ocupa um lugar de destaque no dia a dia deste centro, onde a criação da Oficina do Ambiente veio permitir um olhar mais atento a esta grande zona de requalificação e reconversão ambiental. Aberto com vários programas às escolas, ao grande público e à comunidade científica, a Oficina acabou por ocupar grande parte da acção deste centro do Parque das Nações.

A Oficina e as escolas A divulgação teve lugar durante o mês de Setembro e as escolas que acolhem este projecto são contactadas pelo Centro para uma reunião de apresentação das linhas que integram esta acção. Os conteúdos são metodicamente organizados e apresentados, em função das idades do público alvo que varia entre o

1º e 2º Ciclos , o 3º Ciclo e o Secundário. Desta adaptação resultam 3 projectos diferentes: Da Cidade ao Tejo; O Círculo Mágico no Parque das Nações (10-12 anos) e o Desenvolvimento Sustentável da Cidade. Os objectivos são os mesmos para os diferentes perfis. Ambiente local, desenvolvimento urbano sustentável, responsabilidade individual, são objectos de reflexão, pesquisa e debate. Não esquecendo o objectivo da interdisciplinariedade nas escolas, pois a oficina do ambiente fomenta a relação escola/ambiente com uma série de actividades intercalares, produzindo no final, a Semana do Ambiente.

O que eles vêem Uma das mais valias desta Oficina é a sua posição geográfica e todo o passado que ainda se sente fora dos quatro cantos da sala, que é como quem diz, janelas do Centro de Monitorização Ambiental. Os alunos não só são confrontados com um vídeo histórico da realidade ambiental existente no pré-Expo 98, como poderão ver

algumas fotografias da operação de reconversão ambiental. Os quatro cantos, situados no topo do Jardim do Cabeço das Rolas, permitem-lhes um olhar rotativo de Oeste a Oeste oferecendo um ilimitado alcance sobre a realidade visual que os envolve. Com essa possibilidade tão física torna-se mais fácil para os alunos uma interiorizarão, percepção e aprendizagem sobre ambiente, urbanismo e outras matérias igualmente relevantes, oferecendo um conhecimento que vai muito mais além do que os livros podem dar. A informação que é canalizada pela vertente lúdica (através da organização de jogos), os passeios pela zona de SAPAL, todo o contacto com as aves, invertebrados ou peixes revelam uma proximidade, no mínimo, inédita com uma realidade ambiental até então desconhecida. Apesar de não se verificar, de ano para ano, uma adesão mais forte por parte das escolas, este projecto tem apresentado resultados positivos, como comprova uma avaliação efectuada por duas alunas de psicologia que estagiaram neste programa.


22 | NP | DESPORTO

Clube do Mar em expansão O Clube do Mar continua a reanimar o velho espírito dos grandes navegadores Portugueses Apesar do projecto inicial ser vocacionado para estudantes mais jovens, este clube em expansão, procura agora a abertura das portas ao público. Raquel Guimarães

Com um crescente número de escolas envolvidas, este projecto tem dado provas de poder crescer em espaço e em adeptos que procuram um contacto mais sério com as actividades náuticas. “Não temos qualquer problema em abrir ao público”, afirma o coordenador do clube, Manuel Cordeiro. O objectivo do Clube do Mar também passa por dar

uma oportunidade aos citadinos. A falta de infra-estruturas tem sido a principal causa do atraso na abertura ao público. Presentemente, é com orgulho que o professor Cordeiro fala das novas instalações, que comportam balneários (feminino, masculino e para deficientes), sala de trabalho, ateliers e arrecadação, admitindo agora a admissão de outro tipo de membros.

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A filosofia deste clube não é o lucro, mas sim o tentar proporcionar o bem estar dos que ali acorrem, explicando que “um adulto que seja incentivado a vir aqui, aberto a este tipo de actividades, é sinal que em relação aos seus filhos e netos, vai ter outro tipo de comportamento, formar novos temas de conversa, ser um pouco mais criança”.

Futuros marinheiros O Clube do Mar está a proporcionar, juntamente com o Centro de Formação Loures Oriental, sediado na Escola Secundária de Sacavém, cursos de aprendizagem e iniciação náutica aos professores de Educação Física, para a obtenção da Carta de Marinheiro e de Patrão de Costa. Mais tarde, estes cursos vão-se estender a todos os professores. “É uma forma de estarmos a semear”, explica Manuel Cordeiro, “professores de Educação Física que normalmente não têm conhecimentos concretos da prática, neste caso, da vela e da canoagem, adquirem-nos, para depois incentivarem as pessoas a virem cá e também para

apoiarem a prática aqui, na Doca dos Olivais”.

Arte, cultura e desporto O Clube do Mar, para além do desporto, continua a explorar as vertentes artística e científica. A vertente artística envolve várias actividades como trabalhos manuais, reportagens fotográficas, dança, cursos de

fotografia, ciclos temáticos de cinema/ teatro e debates. Por seu lado, a vertente científica organiza aulas temáticas no Oceanário, experiências ao nível da Biologia, Física e Geografia, observação da fauna e flora e concursos literários. O Clube do Mar contribui assim, não só para o bem estar físico e psicológico dos jovens, como também promove a sua formação, bem como o seu crescimento.

Calendário de actividades pontuais 26 e 27 de Janeiro- Triatlo das Nações- Organização do Peter Café- Sport Março- V Torneio de Raquero 25 de Maio- Barragem do Rio da Mula- Vela e Canoagem Maio/ Junho- Constância/ Castelo de Bode- Vela e Canoagem 1 de Junho- Vela e Canoagem na Doca dos Olivais Junho- Travessia do Rio Tejo em Canoa Junho- Exposição Final sobre as vertentes artística, científica e desportiva


DESPORTO | NP | 23

Sonho tornado realidade Sonho transformado em realidade, o Olivais e Moscavide vai para o Parque das Nações, em 2004. Cerca de 4,5 milhões de contos é o valor do novo complexo desportivo.

Filipe Esménio

Já está! O sonho tornou-se realidade. O Olivais e Moscavide, a Parque Expo e a Câmara Municipal de Lisboa assinaram o protocolo. Serão 4,5 milhões de contos para a construção do novo complexo desportivo do Olivais e Moscavide no Parque das Nações, em 2004. Estádio, pavilhão e piscinas são apenas algumas das vertentes que integram este complexo. O protocolo foi assinado na Câmara Municipal de Lisboa, contando com a presença dos três signatários, João Soares, ainda presidente da autarquia alfacinha, Mega Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Parque Expo e José Caldeira, presidente do Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide. Para Mega Ferreira, em declarações ao jornal “A Bola”, “não representa uma adopcção do CDOM pelo Parque das Nações, mas sim a promessa de um casamento duradouro.” João Soares, em declarações ao mesmo jornal, vê este protocolo como “um motor de

desenvolvimento da zona Oriental de Lisboa” José Caldeira explica “é um projecto essencialmente desportivo, mas não só. Prevê estádio para 4 mil e 800 lugares, pavilhão para 1500 lugares sentados, e piscina de 25 m para 500 lugares sentados. É circundado por serviços e comércio, essencialmente serviços. O complexo terá 19 mil m2, dos quais cerca de 4 500 serão a zona de serviços e comércio. O comércio vai ser muito virado para a área de desporto.” A Parque Expo cede o terreno em direito de superfície, a Câmara Municipal de Lisboa permite a urbanização do actual complexo do Olivais e Moscavide, gerando a capacidade financeira para o clube investir o dinheiro necessário. José Caldeira afirma ainda, na mesma entrevista, “garantimos que todas as verbas geradas serão investidas no novo projecto, e ainda aplicamos uma verba na ordem dos 400 mil contos para a reabilitação e arranjo urbanístico da Quinta dos Machados. Colocaremos

obras de arte e ajardinaremos toda a zona. Esta é a contrapartida a dar à cidade”.

Novo Olivais e Moscavide O Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide vai deixar de estar à beira da estrada tal como o conhecemos. O projecto do novo Olivais e Moscavide nasce de uma ideia conjunta que resulta num projecto de sonho, estádio, pavilhão e piscina, naquelas que serão as melhores instalações desportivas da zona oriental de Lisboa e umas das melhores do país.

O projecto traz, em duas frentes fundamentais, vantagens enormes para este clube e para esta Vila. Por um lado, o clube terá indiscutivelmente melhores condições de trabalho ao nível das infraestruturas e alicerçado numa boa gestão poderá obter rendimentos fixos avultados para a criação de uma estrutura sólida e competitiva desportivamente. Por outro lado, toda a zona do

polidesportivo será requalificada, permitindo o aparecer de uma zona verde de igual tamanho à do campo de futebol, e de todo um conjunto de arranjos exteriores associados à construção de novos prédios podendo dignificar e melhorar toda a zona contígua à Quinta dos Machados. Aparentemente todos ficam a ganhar. O clube fica com melhores condições e mais com-

petitivo para as duas grandes apostas de alta competição, o Futebol e o Andebol. O custo a pagar é apenas arrumar as malas e mudar de instalações. O Parque das Nações ganha, “apenas” com uma cedência de terreno um clube desportivo já prontinho a dar resultados desportivos e a procurar agarrar toda uma nova geração de miúdos que terão como clube de referência local o

CDOM. A Câmara de Lisboa ganha uma zona Oriental mais bonita com um novo projecto urbanístico que se pretende de qualidade contra tudo o que de mau ali se tem feito. A Câmara de Loures, a reboque, ainda fica com a possibilidade recuperar o espaço onde actualmente se encontra o Atlético de Moscavide que poderá associar o seu basquete a este novo projecto no

Parque das Nações, libertando assim as suas instalações actuais. Todos ganham: Moscavide, Lisboa, Loures, os clubes, o Parque das Nações. Tudo parece bem quando começa bem. Esperemos que acabe bem, e que o CDOM possa vir a ser um caso sério no plano desportivo nacional, no Futebol, Andebol e, quem sabe até, no Basquetebol.


24 | NP | PUBLICIDADE


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