Edição 03

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Distribuição gratuita

ANO 1 - NR.3 - BIMESTRAL - MARÇO02 - DIRECTOR: MIGUEL FERRO MENESES

SOCIEDADE DE GESTÃO URBANA

(SGU),

PARQUE DAS NAÇÕES HOJE PAG.10

ENTREVISTA COM

PAG.4

JOÃO SOARES LOURO

o passo que se segue no futuro do Parque das Nações

OCEANÁRIO EM REPORTAGEM PAG.11

PORTELA 219430849

MOSCAVIDE 219440680

SACAVEM 219410013/9575


2 | NP | EDITORIAL

noticiasparque@netcabo.pt 219456514

Os Descobrimentos do novo século

FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Chefe de Redacção: Sofia Cochat-Osório Redacção: Alexandra Ferreira, Mariana Gasalho, Raquel Guimarães, Tiago Reis Santos, (Colaborações) Luís Cardoso, J. Wengorovius Fotografia: Miguel Ferro Meneses, Parque Expo SA Direcção Comercial: Luis Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Projecto Gráfico: Tiago Fiel Produção: Imaginarte Impressão: Imprejornal Tiragem: 5 000 Exemplares Proprietário: Imaginarte, Filipe Esménio CO:202 206 700 Sede: Rua Júlio Dinis nº. 6 1º Dto. 2685-215 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS 123 919

“Vista do mar, vindo dos oceanos, a Expo surge como uma das extremidades do fio condutor que une o Portugal iniciado em Belém ao que se lança pelos caminhos rasgados pelo novo Vasco da Gama, o da ponte. E quando se desembarca, o encontro das formas edificadas pelos gentios tem o mesmo sabor antigo das descobertas, o de um mundo novo.” in Esta Cidade utópica. Expresso, 16.15.98. E enquanto pisava pela primeira vez aquela calçada branca, sentia um cheiro diferente, um aroma das pessoas que se passeavam num espaço virgem, num território que se desenhava neutro. Era como se, naquela margem do rio, milhares de pessoas tivessem desembarcado numa terra que prometia um novo rosto, que germinava novas vontades, um princípio imaculado, sempre, com o chef-d´oeuvre que é começar de novo. E foi então que a exposição acabou e eu despertei. Lembro-me do primeiro artigo que redigi sobre os meus primeiros passos pela Expo 98. Nunca esquecerei o sentimento de proximidade que senti com o conceito de civilização, de cidadania. Era, sem dúvida, um mundo novo. Mas a Exposição terminou e a intenção de continuidade tem que ser defendida a par com a edificação deste novo espaço. São inumeráveis as novas conquistas que Portugal provou ter com este projecto. É indiscutível o valor dos muitos novos passos que foram dados. É notável toda a conversão que transformou uma lixeira num jardim à beira rio. Mas, como sempre, o primeiro papel é deitado ao chão e, se tivermos em conta o tradicional instinto de ovelha inerente à pessoa humana, outros se seguirão. É preciso defender este mundo novo. Ainda não passaram quatro anos e este novo espaço assume, já, os contornos de uma sociedade nova. No entanto, o desafio é estabelecer uma nova sociedade. Poderá parecer de resolução mais fácil pelo facto de ser de raiz. Mas o certo é que esta vantagem vem aliada à existência de uma indefinição social (possível desvantagem). É uma grande tela em branco, apenas com um bonito rio desenhado. E, numa altura em que está estabelecida uma crise de identidade na cultura social portuguesa, poderá tornar-se difícil a produção de uma obra de arte.Tudo dependerá da vontade das pessoas. A diferença estará nesta (simples ?) inversão de palavras: sociedade nova ou nova sociedade. Aqui o papel da cidadania decidirá o motivo deste novo espaço. E talvez o rio seja o mote indicado para um reencontro com uma essência um pouco esquecida. Por mais poético e nostálgico que possa parecer, o mar representa uma das maiores forças existentes e os portugueses marcaram uma cultura que ainda hoje é considerada sem dimensão, sem limites. É tempo de criar, de novo, uma vontade. É altura de voltarmos, desta vez, aos descobrimentos dos mares que navegamos, das ruas em que circulamos, das esquinas em que nos encontramos.Vamos esquecer um pouco a cultura do fácil. Do queixume oco e do choro compulsivo. Do querermos aparecer no vazio da televisão, do encolher de ombros ao metabolismo social e cultural. Do esquecer o mais importante: a nossa essência, o nosso passado, aquilo de que somos feitos. Só então é que serão possíveis os primeiros traços para que este novo espaço possa marcar a diferença. Para aqueles que ainda não se aperceberam, o Parque das Nações será uma das mais recentes imagens da nova sociedade portuguesa. Miguel Meneses


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Saída de Mega e eleições criam expectativa até Maio Os dois actos eleitorais recentes e a saída de Mega Ferreira da Presidência do Conselho de Administração da Parque Expo98 SA criam expectativa quanto ao futuro. Só em Maio surgirão os novos nomes. Filipe Esménio

Dr. Mega Ferreira renunciou, em final de mandato, ao cargo de Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo98 SA. O Dr. Jorge Dias assume, interinamente, as funções, pelo menos até ao dia 23 de Maio. Nesta data, realizar-se-á uma Assembleia Geral da Parque Expo para, entre outros pontos, determinar a composição dos órgãos da empresa, até 2004. A designação do novo Presidente foi feita no passado dia 8 de Março, tendo merecido o acordo dos dois accionistas da empresa - o Estado (detentor de 99,1% do capital) e a Câmara Municipal de Lisboa (com 0,9%). Esta deliberação tem efeitos até à eleição dos corpos sociais para o triénio. Esta eleição foi retardada, pois aguardava-se o resultado eleitoral do passado dia 17 de Março, para que o novo Governo se pudesse pronunciar sobre a futura equipa de gestão da Parque Expo.

O

O Futuro da Parque Expo Esta empresa é constituída por dez administradores, seis executivos e quatro não executivos. Nestes dois últimos exercícios, 2000 e 2001, a Parque Expo apresenta resultados líquidos positivos que permitem encarar com algum optimismo o futuro a curto prazo. A Parque Expo tem um contrato programa, assinado com o Governo, que prevê uma redução de gastos. Este programa permitiu a injecção de capital necessária para a viabilização economicofinanceira da empresa. A Requalificação Ambiental e a Multimédia são algumas das apostas que estão a aguardar decisões dos senhores que se seguem. Navega-se com cautela, havendo, no entanto, instruções do Governo no sentido de manter o rumo. Colocam-se, a curto prazo, três questões: “Qual será a nova equipa da Parque Expo?”, “Será que a linha condutora de acção vai ser muito alterada?” e “Que destino terá a já muito atrasada Sociedade de Gestão Urbana

(Tripartida)?”, agora com o novo Governo e novos elencos nas autarquias de Loures e Lisboa. A nova Administração será eleita com mandato até 2004 e terá como grande objectivo, a par da gestão do existente, criar condições para a viabilização financeira da empresa no pós plano urbanístico, que se prevê finalizado, em 2005. Surge assim a grande questão de médio e longo prazo: “Garantir a continuidade da empresa ou criar condições para a sua extinção nos próximos anos”. O processo urbanístico termina, a venda de terrenos e a receita inerente acaba. Terá a Parque Expo a capacidade de, através da área cultural e recreativa, gestão dos equipamentos existentes (Oceanário, Pavilhão Multiusos, Praça Sony etc.), garantir a sua continuidade? Existem ainda outros projectos, na área multimédia, Net Parque, E-Bairro, ou a criação de outros serviços, como o desenvolvimento do gabinete de urbanismo para a recuperação de zonas degradas ou de apoio aos projectos Polis, entre muitas outras áreas já exploradas ou por explorar, para onde se poderá virar a Parque Expo? Uma coisa é certa, a marca Parque das Nações é conhecida e está prestigiada.

A Sociedade de Gestão Urbana (Tripartida) A situação actual não agrada nem a gregos nem a troianos, pelos vistos. A Associação de Moradores e Comerciantes da Zona de Intervenção da Expo reclama

por melhorias. A Parque Expo afirma não ter capacidade jurídica para as implementar. A isso acrescem os custos que lhe são imputados pela gestão corrente do espaço, que pertence às autarquias. As autarquias reconhecem a necessidade de assumir a responsabilidade pela gestão do espaço. No entanto, parece que nunca mais se criam condições para o que, aparentemente, todos desejam que aconteça, e já vai com cerca de dois anos de atraso em relação ao previsto. Segundo o que conseguimos apurar, após este processo de eleições autárquicas e legislativas, será, agora, para meados do ano de 2002, que o processo vai mesmo arrancar. A entrada de Santana Lopes para Administrador não executivo da Parque Expo, em Março deste ano preconiza uma vontade de levar o barco a bom porto.

O novo Presidente da Parque Expo, Dr. Jorge Manuel Dias, desempenhava, desde Março de 1999, funções de administrador executivo da empresa. Com 55 anos de idade e licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia trabalhou, desde 1965, no sector bancário e foi director central do Barclays Bank Portugal, entre 1990 e 1995, antes de assumir as funções de Chefe de Gabinete do Ministro da Presidência, Dr. António Vitorino, entre 1995 e 1997. Coordenador da Comissão de Acompanhamento Permanente da Expo’98, desde Dezembro de 1997, o Dr. Jorge Dias assumiu funções de administrador da Parque Expo Serviços, em Outubro de 1998, sendo, desde Março de 1999, administrador executivo da empresa à qual passou agora a presidir.

As autarquias aguardam a decisão do Tribunal de Contas e a Parque Expo aguarda que esta situação se resolva, para obter o encaixe financeiro correspondente e deixar de onerar o seu orçamento com algumas das despesas da responsabilidade

autárquica. O que parece agradar, para já, a todos. Vamos ver se, apesar do atraso, o arranque da empresa se processa com a rapidez e a eficácia necessárias para se começar a dar vazão aos múltiplos problemas dos moradores.

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4 | NP | ENTREVISTA

”Uma parte grande da cidade num curto espaço de Tempo” Direitos Reservados Parque Expo 98 SA

A tão falada SGU (Sociedade de Gestão Urbana) está na iminência de arrancar. João Soares Louro, Director-Geral de Operações durante a Expo´98 e actual responsável da Unidade de Negócios de Gestão Urbana da Parque Expo, fala-nos do Parque, de hoje, e do futuro da tripartida. Miguel Meneses

Esta mudança de instalações simboliza de alguma forma o futuro da SGU? Não, é por uma questão de logística. A SGU deverá funcionar numa boa relação com a Parque Expo, até porque esta a integra, mas de uma forma autónoma, independente. Por vezes, a geografia ajuda a marcar essas características. Para quando está previsto o arranque da SGU? As alterações que se verificaram nos executivos camarários (Lisboa e Loures) foram recentes e o processo sofreu uma pequena travagem. Suponho que, agora, levará uma aceleração. A SGU é uma boa solução, porque preserva a gestão do território como um todo não o cortando ao meio. Ocupamos terrenos que são a maior parte da área de Lisboa e, também, de Loures. O critério desta sociedade é colocar as três partes nesta gestão, sendo que a Parque Expo sairá (pensa-se que daqui a dez anos), ficando os dois municípios em manutenção. Loures já nomeou os seus administradores e Lisboa está, neste momento, à espera do visto do Tribunal de Contas para a execução deste processo que, em princípio, já passou pelo executivo, não sei se voltará a passar. O Dr. Santana Lopes parece

ver com bons olhos esta sociedade. O Dr. Santana Lopes, que é Administrador não-executivo da parque Expo, em diálogos directos connosco, tem manifestado o seu apoio à SGU. Ao contrário de alguns autarcas sociais democráticos anteriores e de deputados que se diz estarem em desacordo com este projecto, pelo facto de se afastar do processo autárquico tradicional. Mas a vantagem é mesmo essa. Nós temos um modelo autárquico de gestão integrada diferente do modelo tradicional de gestão camarária. É mais eficaz (passo a presunção) e o que nos diferencia é que somos uma equipa pequena, com uma capacidade de deliberação que abarca várias áreas da gestão municipal. Eu, por um simples despacho, como Administrador da Parque Expo, posso dar a execução a uma obra que envolva as chamadas zonas verdes ou infra-estruturas que envolvam a água, electricidade e recolha de resíduos sólidos urbanos, entre outras. Nos municípios, cada uma destas vertentes, é assumida por um director diferente, que faz um ofício para um colega a explicar que precisa de abrir uma vala ou requalificar um espaço verde e o outro vai estudar e escreve a 4 ou 5 intervenientes. Nós arranjamos uma solução com menos decisores e isso traz, sobretudo, uma


ENTREVISTA | NP | 5 vantagem que é a celeridade na solução de problemas, com menos burocracia, praticamente tomamos decisões por correio electrónico. A nossa intervenção é muito mais sólida e abrangente.

ção. Todos os anos, o número de visitantes é o dobro da população portuguesa. Quais é que pensa serem os maiores receios daqueles que vivem, visitam e trabalham no Parque? O que é que a Associação de Moradores lhe transmite? A Associação de Moradores foi criada há cerca de 3, 4 anos e existe uma instituição que é a Provedoria da Qualidade, da qual eu sou o Provedor, mantendo alguma cumplicidade com a Associação. Eu penso que eles querem sempre mais e mais. É o papel deles e eu compreendo-os perfeitamente. Louvo a sua persistência e insistência. Em Portugal, reclama-se pouco e eu estimulo a Associação a reclamar e a protestar porque estou aqui transitoriamente e este espaço vai ficar para eles e é importante que intervenham nesta gestão.

As pessoas não vão para os parques de estacionamento que, se dermos uma volta pelo Parque, estão com grande disponibilidade. Não têm método de estacionamento nenhum e estacionam anarquicamente. Este é um problema que, com a criação da SGU, será imediatamente resolvido. A SGU ficará dotada de uma autoridade administrativa e permitirá que a intervenção policial e outras medidas sejam aplicadas, tal como, no resto da cidade. Por outro lado, esta zona serve, também, de passagem de acesso a Lisboa o que cria alguns problemas que, no entanto, se resolverão com algumas obras necessárias.

Enquanto Director-Geral de operações da Expo, referiu que os portugueses têm um defeito que é “serem pouco cuidadosos nos acabamentos” e, apesar de um certo receio, a exposição foi considerada um sucesso. De que forma é que o fantasma da construção poderá ter comprometido o depois? Nós tínhamos grandes promotores, grandes empresas da construção civil, não lhe vou omitir que existem resultados muito bons e resultados Transportes... menos bons, mas, indiscutiEstamos a negociar com a velmente, temos uma qualiCARRIS a instalação de dade que ultrapassa a qualimais uma carreira vocaciodade média alta do país. nada para a circulação perEstamos, no entanto, numa manente das pessoas. fase crítica de estaleiros e Estamos, também, na obras. Nós prevíamos que, em Em relação às principais expectativa de que o servi2006/2007, estivesse tudo ço metropolitano seja alarpreocupações... vendido. Estamos avançados gado. O Eng. Isaltino Em relação aos equipamentos 3 a 4 anos e esse avanço Morais falou num comboio inclui um sobre-esforço para escolares, temos uma escola que demasiadas coisas ocor- modelo e mais duas previstas. rápido, no qual nós estaA escola está saturada e com mos interessados, que ligaram num espaço de tempo mais curto. Isso traz vanta- os contactos com a DREL ria Algés a Moscavide. Em relação a outros equigens e desvantagens, porque conseguimos que uma delas constitui um incómodo para avance agora. O problema pamentos, a creche está que se coloca é que só pode- numa fase de arranque, é os residentes e visitantes. No de iniciativa privada, mas rá estar em funcionamento caso do estacionamento, o nós ofenúmero previsto recereé muito superior ... não lhe vou omitir que existem resultados mos as ao determinado muito bons e resultados menos bons, mas, facilidalegalmente para indiscutivelmente, temos uma qualidade que des prequalquer urbaniultrapassa a qualidade média alta do país. cisas. Os zação e vai cherecintos gar para todas as desportivos são mais dirigino ano lectivo de 2003/2004. pessoas. Estamos a construídos para a área de Loures, O protocolo já está concluído los e vamos construir ainda e, se não houver contrarieda- os campos de ténis estarão mais. Agora, o que nós temos des, será, brevemente, lança- a funcionar a partir de é esta realidade: se devemos Maio/Abril e, junto a eles, manter esta zona num esta- do o concurso público. será feito um campo de leiro mais dez anos ou se O Centro de Saúde está pre- futebol. Vamos ter uma podemos concluir as obras pista de atletismo e estavisto no PP 4... em 2004/2005. Esse é o nosso Parece-me uma situação mos a considerar a hipótese objectivo neste momento, de termos piscinas. Enfim, para que as pessoas encon- menos crítica. Os centros de trem, aqui, o sossego, a tran- saúde de Moscavide e dos Roma e Pavia não se consquilidade, menos pó, menos Olivais estão saturados. truíram num dia. Não passaram 10 anos e está de pé, Falámos com o Ministro da ruído. É um desafio para o o que eu considero, uma qual nós pedimos o entendi- Saúde e com o Hospital das mento e a cumplicidade Descobertas no sentido de pequena cidade dentro de daqueles que cá vivem, criar um acordo com a uma grande cidade. Direcção Geral de Saúde de daqueles que cá trabalham. Se existirem cortes finanTal como vencemos o desafio Lisboa, para possibilitar o da construção e funciona- serviço a residentes e traba- ceiros o motor que eleva a lhadores desta terra. Isto, distinção do Parque estará mento da Expo, este é outro desafio que se coloca agora: enquanto a situação do em risco? Não, porque a maior parte uma parte grande da cidade, Centro de Saúde não se resolver. Por isso, não me parece das receitas autárquicas num curto espaço de tempo. Não há um exemplo no crítico, se este acordo que virão para a SGU. Segundo um estudo pedido a uma está a ser negociado, se possa mundo de uma exposição que concluir num espaço de entidade privada, a previencerra e, passados 15 dias, são aponta para um resulabre ao público, já sobre tempo confortável. tado operacional positivo. Em relação à mobilidade... outro aspecto, outra orienta-


6 | NP | AMCE

VALE MAIS TARDE QUE NUNCA! TEMEMOS, TODAVIA, QUE, PARA ALGUMAS QUESTÕES, POSSA SER TARDE DE MAIS! Vem isto a propósito da disponibilidade e abertura manifestadas pela Administração da Parque Expo’98, SA, encabeçada pelo Dr. Jorge Dias, após a saída do Dr. António Mega Ferreira. Queremos, no entanto, deixar publicamente lavrado o nosso agrado pelo empenho e disponibilidade manifestadas pelo Dr. Jorge Dias, actual Presidente Interino do Conselho de Administração da referida empresa, nas duas reuniões que com ele tivemos, o que, desde logo, contrasta com o posicionamento do Dr. Mega Ferreira, que sempre manteve grande distanciamento em relação aos problemas que preocupam os moradores e comerciantes do Parque das Nações, evidenciado, nomeadamente, no facto de nunca ter recebido esta Associação. Com efeito, em reuniões efectuadas com o referido Administrador Jorge Dias, foram debatidos os temas que mais nos preocupam, tendo, em relação a alguns deles havido muita compreensão, a qual permitiu gerar certos consensos, nomeadamente no que diz respeito a carências de transportes, equipamentos escolares, de saúde, religioso e TRIU. Houve, nomeadamente, consenso quanto à necessidade absoluta de, após a tomada de posse do novo Governo, serem desencadeadas acções conjuntas ou conjugadas, junto dos

Ministérios e Secretarias de Estado competentes para a resolução destas questões. Espera-se, também, que a Sociedade de Gestão Urbana, SA (SGU), finalmente, possa iniciar nos próximos meses a sua actividade, o que potenciará a resolução de algumas questões que são da sua esfera de decisão, nomeadamente as que dizem respeito a circulação e estacionamento. Apesar do que vem dito, temos em curso acções junto da Câmara Municipal de Lisboa, estando agendada uma reunião com a Vereadora do urbanismo para o próximo dia 8 de Abril, às 12:00 horas, para debater alguns dos assuntos referidos e, sobretudo, os Planos de Urbanização de Pormenor, matéria sobre a qual não foi possível gerar consensos com a Parque Expo. Respigamos, seguidamente, algumas questões que, nos últimos três meses, sofreram evolução mais visível ou encorajadora.

MARCOS DE CORREIO Após muita pressão junto dos CTT, por parte da Associação e da Parque Expo, foi, finalmente, colocado o prometido marco de

correio na Rua da Ilha dos Amores, junto à Escola Vasco da Gama. Estamos, agora, a desenvolver esforços para que seja colocado um outro na Av. do Mediterrâneo, na proximidade da Sony, por forma a servir a grande concentração de edifícios que aí se encontra.

TRIU Foram-nos dadas informações pelo Dr. Jorge Dias muito encorajadoras quanto à resolução, a muito curto prazo, desta questão, que passa por negociações em curso entre a Parque Expo e Câmara Municipal de Lisboa.

EQUIPAMENTO RELIGIOSO Tudo indica que, muito em breve, serão fechadas as negociações em curso entre a Comissão Executiva da Igreja e a Parque Expo, para aquisição do terreno destinado à construção da Igreja e Centro Social e Paroquial.

CAMPOS DE TÉNIS Após muitos esforços desenvolvidos nesse sentido, congratulamo-nos por informar que irão, finalmente, começar a funcionar, a muito curto prazo, os campos de ténis inseridos no Parque do Tejo, tendo à sua frente uma pessoa muito credenciada nesta área e residente no Parque das Nações

NOVOS CARTÕES DE ASSOCIADOS Dada a alteração do logotipo da Associação, vamos proceder, nas próximas semanas, à substituição dos actuais cartões de Associados por outros com características diferentes.

SITE DA AMCPN A partir do próximo dia 1 de Abril estará disponível o nosso Site, no endereço www.amcpn.com, onde todos poderão aceder a diversa informação de interesse sobre a vida do Parque das Nações. Embora acessível ao público, haverá matérias de consulta reservada aos Associados, aos quais forneceremos, oportunamente, a respectiva password.

Para futuras inscrições de sócios da AMCE utilize o seguinte contacto: Rua Ilha dos Amores, LT. 4.39.01.C.4A Telef/Fax - 21 893 60 59


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Terrenos do PP5 vendidos em menos de um mês Valor global de quase 39 milhões de euros enos de um mês depois de terem sido colocados no mercado, os terrenos do Plano de Pormenor 5 - situados entre o Parque do Tejo e Sacavém, a Ponte Vasco da Gama e o rio Trancão foram já vendidos. O valor da transacção foi de 38,8 milhões de euros (cerca de 7,8 milhões de contos), tendo o respectivo contrato sido formalizado na corrente semana. Coincidindo com a realização do IV Salão Imobiliário que decorreu na FIL em meados de Novembro último, a Parque Expo 98 SA dirigiu uma carta a mediadores e promotores imobiliários convidando-os a apresentar propostas para a aquisição daquela área, compreendendo espaços para habitação,

M

investidores um produto global que afastava o risco de uma menor qualidade de toda a zona. A resposta foi pronta: a Parque Expo recebeu cinco manifestações de interesse, vindo a aprovar a venda das referidas parcelas à sociedade Portas de Lisboa SA pelo montante global de 38,8 milhões de euros, o que corresponde a um valor de 125 contos/metro quadrado. Com a comercialização da área do PP5 - uma das maiores transacções imobiliárias da Parque Expo 98 SA - começa a completar-se a parte norte do projecto urbano do Parque das Nações que terá igualmente como âncora o chamado Parque de Lazer na margem e foz do Rio Trancão.

serviços e comércio/restauração, num total de 62 mil metros quadrados. A colocação em venda foi feita já com estudo prévio realizado. Assim, na sequência da elaboração do próprio Plano de Pormenor pelos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Pedro Viana Botelho, foi a área dividida em parcelas cujos estudos prévios vieram a ser desenvolvidos por três ateliers: Chemetov e Huidobro (França), António Cruz e António Ortiz (Espanha) e pelos já referidos Nuno Teotónio Pereira e Pedro Botelho. Ao mesmo tempo em que, através da coordenação de Nuno Teotónio Pereira, se assegurava a harmonização das várias soluções para cada parcela, garantia-se aos potenciais

Tribunais de Trabalho e de Família e Menores no Parque das Nações oi assinado um Contrato Promessa com a presença do antigo Ministro da Justiça, Dr. António Costa, que visa a criação do novo Tribunal de Trabalho, e de Família e Menores no Parque das Nações, no passado dia 20 de Março. Cerimónia de assinatura do contrato promessa de arrendamento entre a Expocomitur (empresa detida a 50% pela Parque Expo98, SA) e o Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça destinado à instalação do novo Tribunal. Após a cerimónia de assinatura, presidida pelo Ministro da Justiça, Dr. António Costa, procedeu-se à cerimónia de lançamento da 1ª pedra.

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Cinco fotografias, cinco comentários.

Eleito, em Janeiro, presidente da Associação de Moradores e Comerciantes da Zona de Intervenção da Expo, José Moreno foi fotografar cinco imagens no Parque. Depois das fotografias vieram os comentários.


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Igreja Na sequência da reunião com a Parque Expo, no passado dia 28, foi-nos comunicado que, finalmente, foram criadas condições para desbloquear o impasse relativo à questão do terreno da Igreja. Neste momento, estão a ser acertados alguns detalhes e esperamos que, nos próximos dias, fiquem definitivamente definidos os termos para se efectuar a aquisição do terreno e pode avançar-se com o projecto. Actualmente, temos mais de metade das pessoas a assistir às missas fora das instalações da igreja e cerca de 70 crianças na catequese, o que vem confirmar a limitação deste espaço. Na reunião, atendendo às funções sociais que a igreja desempenha, manifestámos a nossa opinião de que a Parque Expo deveria ceder o terreno como acontece em todas as outras freguesias.

Saúde O espaço para a construção do Centro de Saúde está previsto desde o PP 4. Efectuámos alguma pressão junto da Direcção Geral de Saúde de Lisboa e do Ministério da Saúde que, se mostraram sensíveis a esta nossa preocupação. O Centro de Saúde vai servir

não só a zona do Parque, como, também, Moscavide, Prior Velho, Sacavém e toda a zona circundante. Apesar desta grande necessidade, ainda não se verificaram avanços, tanto mais que existe a disponibilidade por parte da Administração do Hospital da Descobertas em construir este Centro.

Equipamento escolar A Escola Vasco da Gama está com 50% de alunos acima da sua capacidade e mais de metade dos alunos residentes do Parque, inscritos, ficaram de fora. Quando abrirem as inscrições para o próximo ano lectivo, esta situação vai revelar-se muito pior. Por outro lado, daqui a 2/3 anos, teremos cerca de 25 mil residentes e, se tivermos em consideração que se trata de casais jovens, com filhos em idade escolar, temos noção da gravidade da situação. A Parque Expo tem, só agora, noção de que esta situação terá que ser resolvida, rapidamente, colocando a hipótese do recurso a equipamento pré-fabricado, dado que, numa perspectiva optimista, só em 2004/2005 é que este projecto arrancaria.

Transportes Temos a carreira 114 a circular, entre a zona norte e a rotunda sul, depois de algumas pressões efectuadas pela associação. Movemos esforços junto da Direcção-Geral dos Transportes Terrestres e do Sec. de Estado dos Transportes que nos rejeitaram um pedido de licenciamento de uma alteração de percurso da carreira 25. Esta alteração, proposta pela Carris, visava a circulação da carreira 25 do Prior Velho até à Gare do oriente, ficando a passar pela Portela, Moscavide e Parque. Os alunos que frequentam a Escola Vasco da Gama são, maiorita-

riamente, provenientes destas zonas, fazendo sentido que essa carreira ou outra os pudesse servir, pondo fim ao facto de os encarregados de educação terem que utilizar a alternativa dos transportes privados.

Planos de Pormenor Nos contactos que temos tido com a Parque Expo, temos vindo a receber a mesma argumentação em relação a esta matéria, alegando que está tudo dentro da legalidade. Não discutimos isso, vemos a questão na perspectiva de que as alterações feitas aos PP, em 31 de Dezembro de 1999, deveriam

ter sido objecto de discussão pública. Na altura, já tínhamos efectuado algumas reuniões com a Parque Expo e nunca nos foram dadas a conhecer as alterações que estavam em curso. Quando tivemos conhecimento, através do Diário da República, dissemos, logo, perto das juntas de freguesia, da Assembleia da República e do Ministro do Ordenamento do Território que discordávamos com algumas das alterações e com o facto de haver falta de alguns equipamentos sociais. Quanto à volumetria prevista, adiantámos que discordávamos com a previsão de construção de edifícios com

cerca de 18, 19 e 20 andares, como acontece com a parcela 3.01, onde estão em fase de comercialização as duas torres com 20 andares cada uma. Nesse espaço, estava prevista a construção de uma escola que acabou por ser transferida para uma zona que não oferece segurança (encostada a um viaduto com grande circulação rodoviária). Não somos contra a construção daquelas torres pela sua construção em si, mas pela volumetria de construção, no local que é, tornado-se num emparedamento do rio e indo contra ao sistema de vistas da Av. Marechal Gomes da Costa.


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Parque das Nações hoje Filipe Esménio

Parque é um ponto de atracção de Lisboa, diria mesmo que é o principal. Um projecto urbanístico cuja conclusão se previa para 2010, mas que avança de forma galopante e que, até 2005/6, estará concluído. Como qualquer novo bairro, no nosso país, muitos questionam a densidade de construção, a ausência de alguns espaços verdes e de lazer, a manifesta falta de lugares para estacionar, mas a verdade é que as pessoas continuam a querer vir para cá morar, estabelecer a sua empresa, quer de serviços quer no comércio. Será só a localização? Será mesmo a qualidade? Será que apesar das críticas ainda é o melhor que se faz em Portugal? Não podemos responder por si, mas apresentamos, aqui, uma análise dos números do Parque, aqueles que não deixam dúvidas.

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Os números Dos mais de 25 mil habitantes esperados para o Parque das Nações, só cá residem cerca de 5 mil e 400. As razões são que dos 8 263 fogos previstos só 2 325 se encontravam concluídos, no final de 2001. Sabendo-se, ainda, que muitos destes não estão habitados, a perspecti-

va de negócio continua presente nesta área. Dos terrenos pouco há para vender, apenas 18% do total, sendo que em habitação, apenas 5% dos lotes de terreno se encontram disponíveis para aquisição, e são, logicamente, nas zonas menos favoráveis. É na área de serviços que a escolha é mais fácil, uma vez que ainda está disponível cerca de 40% da área prevista. Já laboram na zona da Expo, 7 mil trabalhadores, a zona

tem sido muito atractiva para as empresas que continuam a procurar a “beira rio” e estima-se que, no final da obra, trabalhem no Parque cerca de 22 500 pessoas. O Parque não é uma cidade fantasma, mas ainda não está a 30% da sua taxa de ocupação. Investimento imobiliário, incremento de infraestruturas e crescimento de edifícios continuarão nos próximos anos, pelo menos até 2005/20006, segundo a Parque Expo.

Os números da Expo Número de residentes actual: 5.400 Capacidade alojamento potencial total: 25.600 Número de fogos construídos até final de 2001: 2.326 Número de fogos em construção presentemente: 2.133 Total de fogos previsto: 8.263 Trabalhadores nas empresas instaladas: 7.000 Número final de trabalhadores das empresas da zona: 22.500 Terrenos disponíveis 18% do total Terrenos para habitação disponíveis (5%) Terrenos para serviços disponíveis (40%) Terrenos para comércio/restauração disponíveis (19%)

Principais empresas e instituições já instaladas ou em vias de instalação: Centro Vasco da Gama, Feira Internacional de Lisboa/FIL, Portugal Telecom (Marconi); Sony, Mitsubishi, Vodafone, Altitude Software, Baviera BMW, Ford, Hotel Tivoli Tejo, Hotel Meliá Confort Oriente, Escola Superior de Tecnologias de Saúde, Escola de Enfermagem Artur Ravara, Hospital CUF Descobertas, Escola 1,2,3 Vasco da Gama, Centro de Ciência Viva/Pavilhão do Conhecimento, Teatro Camões, etc..


REPORTAGEM | NP | 11

Os Oceanos e o Homem Ao longo do evento da Expo 98, o Oceanário de Lisboa ou outrora designado Pavilhão dos Oceanos, foi uma das componentes fulcrais da Exposição Mundial. Três anos após a sua abertura, O Oceanário continua a encantar os amantes da Natureza. Uma viagem mágica, ao fundo dos oceanos que atrai mais de um milhão de visitantes, por ano. Mariana Gasalho

ais de 16 000 animais, provenientes dos quatro cantos do mundo e plantas de cerca de 450 espécies habitam o maior aquário da Europa, constituído por 30 tanques que contêm, aproximadamente, 7 milhões de litros de água salgada. Neste espaço, explora-se todo um conceito de unidade dos mares e oceanos, difundindo a importância do pensamento global, relativamente ao oceano e ao próprio planeta. O visitante é convidado a percorrer os níveis terrestre e subaquáticos dos Oceanos Atlântico, Antárctico, Pacífico e Índico, a majestosa floresta de Kelp onde habitam as graciosas lontras marinhas, a observar os impetuosos mergulhos dos pinguins - de - Magalhães, e ainda a conhecer os animais de grande porte, através do gigantesco aquário central. Uma experiência inigualável, já que cada habitat reproduz, com a maior fidelidade, as suas características biológicas (fauna e flora), climáticas e geológicas, sempre com o cuidado de recriar espaços adequados à saúde e bem estar dos animais. Formações rochosas artificiais e formações coralinas, vegetação natural e artificial constituí-

M

da por algas, musgos, raízes, variadas plantas e arbustos fazem parte deste cenário. Para contribuir para o realismo do habitat, o visitante é acompanhado por uma mistura de som natural produzido pelos próprios animais em exposição e uma banda sonora criada especialmente para o Oceanário. Sem dúvida, uma experiência incomparável, no domínio da aquariologia, da ecologia e da educação ambiental.

Equipa técnica Esta viagem ao fundo dos mares só é possível graças à dedicação de uma equipa composta por biólogos, engenheiros, técnicos e aquaristas, responsáveis pela manutenção dos animais e reprodução do ecossistema representado no Oceanário. Diariamente, efectuam-se mais de 100 mil análises que averiguam a qualidade da água, sendo esta tratada através de um sofisticado sistema de filtração e de desinfecção que garante a remoção dos detritos orgânicos e a eliminação de organismos patogénicos. Este sistema inclui filtros mecânicos, químicos e biológicos mantidos por uma equipa de biólogos que monitorizam os aparelhos e instrumentos que suportam a vida do Oceanário. Um facto curioso, que por

vezes passa despercebido, é saber que a água dos tanques do Oceanário não passa de água doce da companhia, embora seja tratada através da adição de sal e outros ingredientes que a tornam semelhante ao habitat natural dos animais em exposição. A equipa do Oceanário de Lisboa preocupa-se em reciclar a água evitando um impacto ecológico. Deste modo, a água retirada dos tanques dos animais mais sensíveis é tratada para ser reutilizada nos tanques dos animais menos sensíveis, como é o caso das lontrasmarinhas. Assim, é feita uma cadeia de reutilização das águas que passam pelo Aquário. A preparação de alimentos é outro aspecto importantíssimo no dia-a-dia do Oceanário. Para se manterem saudáveis, os animais marinhos necessitam de uma dieta equilibrada. E, porque existem várias espécies, diariamente, são preparadas diferentes dietas à base de peixe, moluscos, legumes, crustáceos e plâncton, às quais se adicionam os suplementos vitamínicos apropriados. Os alimentos são cuidadosamente armazenados em câmaras frigoríficas e são periodicamente inspeccionados assegurando a sua qualidade.

Os Oceanos e o Homem O Oceanário de Lisboa dedica-se inteiramente aos oceanos e sua conservação, visa sensibilizar os cidadãos de todo o mundo para o respeito pela vida e conservação do meio ambiente numa altura em que a grandiosidade do meio oceânico e seus recursos se revelam cada vez menores e finitos. A grande aposta do Oceanário é promover e consolidar a relação emocional dos visitantes com o admirável mundo marinho. Esta relação inicia-se na tradicional visita ao aquário e, para os mais curiosos, ela não termina aqui. Existe um Programa Educacional do Oceanário que pressupõe um conhecimento mais aprofundado de todos os elementos que envolvem o aquário. O Atelier dos Oceanos (um dos mais procurados) possibilita aos visitantes uma abordagem específica a determinados temas sobre o mundo marinho, através de actividades lúdico - pedagógicas orientadas por um biólogo. O Atelier inclui uma visita guiada aos habitats do Oceanário permitindo, assim, desvendar algumas curiosidades sobre os bastidores deste gigantesco aquário. Os animais e plan-

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tas em exposição tornam-se numa excelente ferramenta pedagógica ao longo desta divertida viagem educativa ao fundo dos oceanos. O Clube do Oceanário é, também, uma boa alternativa para os visitantes mais assíduos. Os sócios deste clube desfrutam de preços mais apelativos, descontos em vários serviços do Parque das Nações e, ainda, da possibilidade de visitar os bastidores do aquário, em horários especiais, ou seja, antes da abertura ou fecho das portas ao público. Esta visita revela segredos a que o público em geral não tem acesso. Os sócios podem observar os cuidados essenciais que fazem parte do dia-a-dia da equipa do Oceanário, tais como partilhar o momento em que os animais são alimentados ou os tanques são limpos, descobrindo pormenores surpreendentes. Em Janeiro de 2001, o Oceanário de Lisboa asso-

ciou-se ao Programa de Actividades da Comissão para o Ano Internacional dos Voluntários, iniciando, recentemente, um Programa de Voluntariado. Este Programa visa proporcionar um encontro de inter - ajuda entre os cidadãos de todo o mundo e os oceanos, destinando-se a jovens dinâmicos que tenham gosto pelo trabalho em equipa e uma consciência pelo meio ambiente. Os voluntários acompanham e apoiam os grupos, durante a visita ao Oceanário, e têm a missão de os sensibilizar para a importância da conservação dos oceanos e suas espécies. A funcionar desde Novembro de 2001, o programa conta, actualmente, com 30 voluntários que desempenham um papel fundamental para um melhor funcionamento do Oceanário de Lisboa. Para mais informações: www.oceanario.pt

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12 | NP | REPORTAGEM

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14 | NP | VOXPOP

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Diga-nos três prioridades para o Parque das Nações...

Joana Pastor 17 anos Estudante

1 - Biblioteca para consultas. 2 - Prolongamento da linha do Metropolitano. 3 - Outra estação dos Correios porque a existente é insuficiente.

Luís Reis

Pedro Simões

17 Anos Estudante

28 Anos Funcionário Público

1 - Transportes. 2 - Mais estacionamento, principalmente na zona dos bares. 3 - Mais lojas, por exemplo, papelarias.

1 - Biblioteca. 2 - Centro de Saúde. 3 - Uma Junta de Freguesia própria.

Estudante 1 - Transportes. 2 - Cuidar dos espaços verdes já existentes. 3 - As próximas infra-estruturas serem escolas públicas e um Centro de Saúde.


NOTÍCIAS DO PARQUE | NP |115

aa informar informar


16 | NP | PASSEIO PELO PARQUE

MARPRATEADO Miguel Meneses

sta é a história do João. O João era fotógrafo e como a grande maioria dos seus antecessoresquando digo antecessores refiro-me aos pioneiros, aos primeiros amantes da arte de registar- João encontrava nas suas fotografias um palco do seu orgulhoso Mundo, que tanto admirava. Sentia-se bem, cada clique tornava efémero tudo o que ele respeitava, tudo o que ele mais admirava... Mas isto passou-se em 1997, o ano em que o João deixou de encontrar motivos bonitos para fotografar. Os dias estavam sempre cinzentos, a violência, a corrupção , a infidelidade, a pobreza, a mentira, pareciam ser as cores predominantes. Triste e gasto... por tudo, fugiu. Fugiu para sul, onde encontrou uma simples vila de pescadores, refúgio puro e certo para recomeçar uma nova vida. Tornou-se pescador e, no dia em que se iniciou no alto mar, no preciso momento em que apenas o azul existia, libertou-se da sua atormentada máquina. Nos dois anos seguintes, mar e pesca ditaram uma simples e esperada resposta a uma paz ansiada.

E

Em 1999 o João era uma nova essência, ele próprio tinha-se reinventado! E foi nesse mesmo ano que eu o conheci. Recordo-me como se fosse hoje. Era noite de 31 de Dezembro e eu e mais uns amigos entramos num bar, ao ritmo dos ponteiros do relógio que, em festa, aceleravam a passagem de ano. Estabelecido um novo romance com a arte de fotografar, tinha a minha máquina ao pescoço e sedento de novas imagens contemplei-me com um plano perfeito. Uma mesa ao canto, do lado esquerdo, um pescador muito moreno com uma espessa barba que contrastava com o fumo branco de uma cigarrilha que adensava o ar que o cercava. Era perfeito o contraste ...clique. Ele apercebeu-se e chamou-me. Lembro-me que estivemos horas à conversa. Lembro-me ainda melhor da história que ele me contou. Que tinha sido fotógrafo e que, do nada, de um dia para outro, começou a fotografar imagens, pessoas, situações e que, no preciso momento do clique, o que ele via não correspondia com o lado de lá. Exemplo: foi fotografar uma gaivota branca que planava esplendorosamente sobre o azul do mar, e no momento do clique surgia-lhe

a imagem dela morta numa praia cheia de petróleo. Tudo bem, achei-o uma pessoa extremamente interessante, apesar daquela bizarra história, mas a noite já ia longa e os copos celebravam mais alto que a lua. Ficámos amigos! No dia seguinte, fui pescar no barco dele. Que verdadeiro espectáculo! Gaivotas, falésias, peixe, mar, barcos, elenco para infinitos rolos fotográficos. A minha máquina parecia incomodá-lo... bastante. Intrigado, convidei-o a fotografar. Eu sabia que a vontade era mais forte que o medo, que a angústia, e ele não hesitou e começou a fotografar... clique...clique...clique... não existiam limites, não existia saciedade. Foi como se estivesse a fotografar pela primeira vez, olhou para mim e sorriu. Parámos o barco e deixámonos ir à deriva de uma longa e reveladora conversa. Finalmente percebi a sua história. O João estava desiludido com o Mundo que ele tanto vangloriava e que, simultaneamente, o atraiçoara. Ele sentira como ninguém essa metamorfose. Ele fotografava um político e num imediato flash a imagem era outra, o político não passava de um corrupto avarento. Ele fotografava um grupo de

O mar estava prateado. As gaivotas voavam como se tivessem ganho asas naquele mesmo instante. Donas do mar... Donas do Mundo... Livres!

estudantes a jogarem à bola numa escola e... flash, eles molestavam uma colega. Compreendi o fardo que ele carregava e ...pedi-lhe para tentar de novo uma das fotos que mais o impressionara... a gaivota. Sem grande mistério, o que se passou foi... exactamente o mesmo flash... a gaivota a planar à frente dele... a gaivota morta. A máquina abandonou-o, caindo na madeira velha do barco, mas a gaivota continuou a voar, e ele viu-a a voar. Foi nesse

Dinarte Estética- Cabeleireiro Temos uma área de 150 m

2

preciso momento que se apercebeu que a gaivota continuava mais livre que nunca, e o que interessava era a imagem espelhada da sua vontade, através dos seus olhos. Aquilo em que ele sempre acreditou, aquilo por que ele sempre soube que valia a pena lutar. E, só aí é que os dois poderiam encontrar o expoente máximo da verdadeira essência que é viver. O João, que sempre criticou as pessoas, o mundo por não passarem de meras ovelhas, simples

seguidores do fácil e do adquirido, reencontrou-se; o João era o João, único e exclusivo, sempre. Depois... depois, tive o privilégio de poder assistir ao final de tarde mais genuíno que alguma vez poderei presenciar...tenho pena de não poder ter uma fotografia para vos mostrar, mas, felizmente, existem imagens que nem uma máquina consegue captar. Mas posso dizer-vos que o mar estava prateado e as gaivotas voavam..

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REFLEXOS | NP |117

O sorriso numa estátua de Giacometti oquei, pela primeira vez há uns dias, numa estátua de Giacometti. Era uma mulher de bronze, de pé, em silêncio. Tinha um metro de altura e parecia o tronco ainda frágil da árvore que encontra o primeiroinverno. Um tronco exangue, que resiste - talvez estoico, talvez em queda iminente. Há nestas estátuas de Giacometti um equilíbrio surpreendente: parecem feitas de cinza, mas não nos caiem nos braços; estão no extremo do recolhimento e do pudor, onde não encontra sequer o gesto, e acolhem-nos desabrigadamente; parecem distantes, e depois olha-se o rosto e descobre-se o amor que por elas passa. Afinal estabelecem connosco uma relação justa. Uma relação tão cheia de graça que abre uma porta. Na presença daquela “Mulher de Veneza” percebi tão claramente como a alma não é uma ânfora a encher de coisas, mas uma chama a alimentar. Talvez a Quaresma seja esse tempo que nos é dado, um tempo para esculpir, para corrermos o grande risco de uma estátua de Giacometti.

T

J.Wengorovius

Creio que foi o sorriso, o sorriso foi quem abriu a porta. Era um sorriso com muita luz lá dentro, apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso. Correr, navegar, morrer naquelesorriso. Eugénio de Andrade


18 | NP | CULTURA

ABRIL / MAIO DE 2002: PAVILHÃOATLÂNTICO RECEBE “TODOS” OS CONCERTOS THECRANBERRIES

Pedro Gonçalves

O Pavilhão Atlântico é a sala que, nos meses de Abril e Maio de 2002, abre as portas para nove noites musicais de grande dimensão. A série de concertos que ocupam o maior recinto coberto de espectáculos lisboeta tem início a 11 de Abril com os irlandeses Cranberries e termina a 31 de Maio com o tenor espanhol José Carreras. Pelo meio, nomes como Roger Waters e Jamiroquai.

A banda irlandesa, liderada pela vocalista Dolores O’Riordan, sobe ao palco do Pavilhão Atlântico às 21h30 do dia 11 de Abril para o espectáculo de regresso ao contacto com o público português.

ções que compõem o álbum “Slow Motion”, editado já neste ano de 2002. Naturalmente, os Supertramp não deixarão de aproveitar os espectáculos em Lisboa para passar em revista velhos êxitos do seu longo percurso, de álbuns dos anos setenta como “Crime of the Century” e “Breakfast in America”.

O Pavilhão Atlântico, cuja lotação disponível se situará em cerca de oito mil lugares, recebe assim, essencialmente, as canções que os Cranberries editaram no ano passado, 2001, de título “Wake Up and Smell the Coffee”.

O primeiro dos espectáculos dos Supertramp, que em Portugal se apresentaram pela última vez em 1997, em Cascais, em Lisboa tem já os ingressos esgotados, pelo que apenas é possível adquirir bilhetes para dia 21 de Abril.

O espectáculo dos Cranberries no Pavilhão Atlântico, que integra uma digressão que em Março teve início em França, tem os bilhetes à venda a preços que se situam entre os 22,00 e os 25,00.

SUPERTRAMP(com Carl Werkeyen) Para celebrar a categoria dos veteranos do rock, o Pavilhão Atlântico acolhe, nos dias 20 e 21 de Abril, dois espectáculos dos Supertramp, que contam com os préstimos de Carl Werkeyen na primeira parte do serão. O grupo liderado por Rick Davies desloca-se mais uma vez a Portugal para, em ambas as ocasiões, mostrar ao público português as nove can-

ENRIQUE IGLESIAS O cantor espanhol imigrado nos Estados Unidos Enrique Iglesias, filho do conhecido veterano cantor de charme Julio Iglesias, é o senhor que se segue no calendário do Pavilhão Atlântico para os meses de Abril e Maio de 2002. Enrique Iglesias apresenta-se naquele espaço no dia 27 de Abril. A actuação de Enrique Iglesias no Pavilhão Atlântico, que promete arrastar público jovem e em boa parte feminino à zona ribeirinha da capital, tem como pretexto primeiro o álbum “Escape”, que o cantor publicou no decurso do ano passado. “Escape”, o último álbum de Enrique Iglesias, tem sido presença persistente na tabela portuguesa de álbuns mais vendidos, onde se encontra representado há cerca de cinco meses. O concerto de Enrique Iglesias, cujo início está marcado para as 21h00, deverá ter uma primeira parte preenchida por um artista ou grupo português. Os bilhetes para o espectáculo custam entre 18,00 e 32,00.

A Karne já tem nova companhia

ROGER WATERS Karne&companhia

Marisco fresco todos os dias

E s p l a n a d a d a P o r t e l a - Te l : 2 1 9 4 3 0 5 4 4 / H o r á r i o : 1 0 H à s 2 4 H

Roger Waters, músico que fez parte da formação dos Pink Floyd até 1984, apresenta-se ao vivo no Pavilhão Atlântico nos dias 04 e 05 de Maio, abrindo o quinto mês do ano com duas noites que se adivinham completamente esgotadas. Os dois concertos de Roger Waters em Lisboa fazem parte da digressão “In The Flesh”, a primeira de dimensões internacionais realizadas pelo músico em nome individual. O Pavilhão Atlântico é a primeira sala europeia a receber o périplo de Roger Waters, que passa posteriormente por países como Espanha, Holanda, Suécia, Rússia, República Checa, França e Inglaterra.


CULTURA | NP |119 Nos espectáculos já efectuados no continente americano, Roger Waters levou ao palco canções de discos dos Pink Floyd, casos de “Another Brick In The Wall”, “Mother”, “Shine On You Crazy Diamond”, “Wish You Were Here”, “Time”, “Money” e “Comfortably Numb”. O músico tem aproveitado ainda para mostrar uma canção nova, “Flickering Fame”. Roger Waters não edita qualquer álbum de originais desde 1992, ano em que publicou “Amused to Death”, o sucessor de “The Pros and Cons of Hitch Hiking”, “Radio Kaos” e “The Wall: Live In Berlin”.

mostrar, em primeiro lugar, a matéria de que é feito o seu álbum mais recente, “A Funk Odissey”, de 2001. Os bilhetes para o concerto dos Jamiroquai, que antes de “A Funk Odissey” publicaram os álbuns “Emergency on Planet Earth”, “The Return of the Space Cowboy”, “Travelling Without Moving” e “Synkronized”, custam entre 20,00 e 27,50.

Kicking” as suas composições mais populares, custam entre 20,00 e 25,00.

JOSÉ CARRERAS

SIMPLE MINDS

A digressão recebe o nome “In The Flesh” graças à colectânea de canções gravadas ao vivo publicada no decurso de 2000. Com lotação estendida ao máximo do recinto, 16 mil lugares, o primeiro dos dois concertos de Roger Waters encontra-se já esgotado. O tenor espanhol José Carreras canta no Pavilhão Atlântico, no dia 31 de Maio. Conhecido como um dos elementos do colectivo Os Três Tenores, de que fazem também parte Luciano Pavarotti e Plácido Domingo, José Carreras é um dos mais conhecidos e populares cantores líricos das últimas décadas.

JAMIROQUAI Aguardado há alguns anos pelos adeptos da música pop de colorido funk, soul e disco, o primeiro concerto do colectivo britânico Jamiroquai, liderado pelo excêntrico vocalista e compositor Jay Kay, acontece no Pavilhão Atlântico a 24 de Maio. Coleccionador de automóveis potentes, particularmente Lamborghinis, e chapéus de todos os tipos, Jay Kay vem a Portugal com os Jamiroquai

O colectivo escocês Simple Minds, liderado desde a sua génese pelo vocalista Jim Kerr, sobe ao palco do Pavilhão Atlântico no dia 27 de Maio. Este é também um regresso de um grupo internacional a Portugal. Com uma longa e nem sempre muito popular carreira, os Simple Minds editaram, recentemente, o álbum “Neon Lights”, que certamente estará na base do espectáculo em Lisboa. “Neon Lights” é um disco composto por versões de temas de artistas como David Bowie, Patti Smith, The Doors, Neil Young e Joy Division. Os bilhetes para o concerto dos Simple Minds, que têm em temas como “Don’t You Forget About Me” e “Alive and

Natural de Barcelona, José Carreras tem feito um percurso repleto de óperas e recitais. No Pavilhão Atlântico pensa-se, no entanto, que a sua apresentação assumirá tons mais “pop”, dando-se como possível a realização de duetos com artistas portugueses, casos de Dulce Pontes, António Chainho e Rão Kyao. Em 21 de Maio de 1998, José Carreras juntou a sua voz à de Teresa Salgueiro, dos Madredeus, e ambos deram início à Expo ´98. Na ocasião, interpretaram em dueto o tema “Haja o Que Houver”, dos Madredeus, perante importantes figuras públicas no dia que antecedeu a abertura ao público da exposição mundial de Lisboa.


20 | NP | AGENDA

PROGRAMAÇÃOABRIL/MAIO DE 2002 Programa sujeito a alterações

ABRIL

MAIO

Exposição "Pinturas Recentes", de Miguel Branco Óleo sobre madeira, de pequeno formato onde a figura humana é elemento de destaque. 3ª a domingo, das 10 às 18h. Entrada Gratuita até 5 Maio - Edifício Lisboa / Sala Jorge Vieira

7ª Edição da Corrida Terry Fox: promovida pela Embaixada do Canadá, esta prova organiza-se pela quarta vez no Parque das Nações e tem como principal objectivo colaborar com a Liga Portuguesa Contra o Cancro. 4 - 11h00 - Alameda dos Oceanos

Exposição "Moedas de Ouro e Notas de Portugal" - A História de Portugal descrita reinado a reinado em mais de 1000 moedas de ouro. Exposição inédita, interactiva e didática que conta a história do escudo desde a Antiguidade até ao Euro. 3ª a 6ª, das 10 às 18h; fins-de-semana e feriados, das 10 às 19h. Bilhetes:2,50 - adulto (só exposição) 10,50 - adulto (exposição + Oceanário) 1,25 - criança e sénior (só exposição) 5,25 - criança e sénior (exposição + Oceanário) 5 a 2 Junho - Oceanário / Sala Prof. Luíz Saldanha

Roger Waters Bilhetes: entre 25,00 e 33,00 / Promotor: Brand New Day (tel: 21 453 97 67) 4 e 5 - 21h30 - Pav. Atlântico

Bienal de Antiguidades - Antiquários, Livreiros e Alfarrabistas. 7 a 14 - Fil Exposição "Mulheres Fotógrafas" - composta por 46 fotografias de fotógrafas internacionais, da National Geographic. Com tema variado, são mulheres que testemunham através das lentes de uma máquina fotográfica, a beleza de uma paisagem, o horror de uma guerra ou o exotismo de culturas distantes. 10 a 30 - Centro Vasco da Gama / Piso 1

6º Forum Ciência Viva - organizado anualmente pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, reúne os intervenientes nos projectos, num ambiente de troca de experiências, participação em debates e reflexão em torno das acções em curso. Entrada Livre 10 e 11 - Pav. Atlântico (entre as 9h00 e as 18h30) Tektónica - SIMAC (Salão Internacional de Materiais, Máquinas e Equipamentos para a Construção), SIROR (Salão Internacional das Pedras Naturais), SK (Salão Internacional de Pavimentos e Revestimentos Cerde Banho Cerâmicos. Espaço Cozinha e Banho). 15 a 19 - Fil Taça de Portugal em Basquetebol Bilhetes: entre 5,00 e 25,00 16 a 19 - Pav. Atlântico

Cranberries Bilhetes: entre 22,00 e 25,00 / Promotor: Ritmos & Blues (tel: 21 392 88 66) 11 - 21h00 - Pav. Atlântico

Jamiroquai Bilhetes: entre 20,00 e 27,50 / Promotor: Música no Coração (tel: 21 315 65 54) 24 - 21h00 - Pav. Atlântico

Expofranchise 12 a 14 - Fil

Simple Minds Bilhetes: entre 20,00 e 24,00 / Promotor:Tournée (tel: 21 458 33 33) 27 - 21h30 - Pav. Atlântico

Supertramp Bilhetes: entre 22,50 e 30,00 / Promotor:Tournée (tel: 21 458 33 33) 20 e 21 - 21h30 - Pav. Atlântico Horexpo - Salão Internacional de Hotelaria, Restauração e Vending; Salão dos Vinhos; Expoclima 21 a 24 - Fil Dia da Terra - a Oficina do Ambiente e a Liga para a Protecção da Natureza, promovem actividades no Parque das Nações, no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Terra (www.earthday.net). Assim, entre as 9h00 e as 12h30 e depois entre as 14h00 e as 17h30, cerca de 300 alunos e 30 professores participam num peddypapper entre o Parque do Tejo e o Cabeço das Rolas. No final, organizamse ateliers no Jardim do Cabeço das Rolas. 22 - Oficina do Ambiente Enrique Iglesias Bilhetes: entre 18,00 e 37,50 / Promotor: Música no Coração (tel: 21 315 65 54) 27 - 21h00 - Pav. Atlântico

Salão Automóvel 30 a 9 Junho - Fil Comemorações do Dia Nacional do Associativismo e Finais dos Torneios de Jogos Tradicionais: jogos tradicionais acompanhados por actuações de ranchos folclóricos e bandas filarmónicas. Organização da Federação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio. 31 a 2 Junho - Rossio dos Olivais e Pala do Pav. Portugal


NOVAS TECNOLOGIAS | NP | 21

LISBOA NO MUNDO O carisma dos Alfacinhas Luís Cardoso

s acontecimentos de 11 de Setembro ou o recente estado de guerra no Médio Oriente são, de forma trágica e irónica, catalisadores económicos noutra, qualquer, parte do globo. Se num país reina a insegurança existirá, sempre, outro oposto seguro e acolhedor. São estes alguns dos (tristes) factores que o mercado do turismo tem de saber lidar e, preferencialmente, gerir em benefício próprio. Tratando-se de estratégias globais cabe, neste caso, ao ICEP promover o nosso país como uma séria alternativa turística, quer seja de lazer ou profissional. Alternativa para muitos que, diga-se de passagem, devem estar, neste momento, a pensar seriamente onde passar férias com segurança e qualidade. Apesar de em poucos países se fazer de forma realmente integrada e organizada, assiste-se, a um nível inferior, a uma crescente competitividade entre Cidades para a disputa do maior número de turistas. Em Portugal, tem-se vivido uma grande dinâmica no associativismo regional, sendo um exemplo as Rotas dos Vinhos, assim como, a criação de organismos independentes para a promoção

O

Tenho o privilégio de estar actualmente a trabalhar em conjunto com o Turismo de Lisboa na elaboração de uma nova brochura promocional da nossa cidade junto dos principais mercados europeus. Sendo este um projecto que toca todos os alfacinhas, tomo a liberdade de partilhar com os leitores algumas experiências que julgo interessantes. de inúmeros serviços turísticos. É o caso do Turismo de Lisboa, que tem promovido regularmente a nossa cidade junto do mercado externo, tendo dado, na sua curta história, um importante contributo para a forma como o turista europeu, na sua maioria, apreende a nossa cultura e a nossa forma de viver. Sabia, por exemplo, que o tempo médio de estadia de

um turista em Lisboa é de 2,5 dias? E que a cidade de Lisboa capta apenas cerca de 1% do turismo europeu, sendo que as motivações da visita de mais de 75% dos visitantes são: passar férias na cidade e o lazer, enquanto

que 20% vêem só para tratar de negócios? O posicionamento de Lisboa no mercado da oferta do turismo internacional está a orientar-se principalmente para um tipo de turista “shortbreak”, ou seja, de curta estadia. Este procura essencialmente um destino relativamente perto de casa (até 3h de vôo) e com uma vida histórica e cultural atractiva e diversificada. Se, para além, disto adicionarmos o nosso clima, a nossa gastronomia e um aeroporto no centro da cidade, então Lisboa tem uma oferta única. E já agora, feche os olhos e diga rápido qual o ícone que resumiria Lisboa? Sim, porque se Paris tem a Torre Eiffel e Londres o Big Ben, porque não terá Lisboa, ela também, um ícone? Apesar da Torre de Belém ser uma séria candidata, a verdade é que, o que nos caracteriza, é mesmo a diversidade e a ausência, o tudo e o nada desta cidade. Mas quem melhor que os turistas para nos caracterizar? Quando se questiona um turista que passou uns dias na cidade acerca do que mais gostou em Lisboa, é aqui que as respostas nos surpreendem. Na sua maioria, os aspectos que

mais gostam são a proximidade do mar e a luminosidade. Nem Amoreiras, nem Colombos! A tal luminosidade de Lisboa, pela qual o famoso realizador alemão Wim Wenders se apaixonou e que, tão facilmente, nos invade quando nos aproxi-

mamos da capital, vindos pela Ponte 25 Abril, ao fim de uma tarde de sol. E as pessoas...? Perguntam. Com um certo orgulho, resumo aquilo que já muitos ouviram: que somos um povo simpático, afável, interessado, conversador, etc. Mas surpreendeme considerarem-nos uma população com um lifestyle próprio. É que um conceito desses só tinha ouvido falar em relação a Barcelona! Há uma grande semelhança entre as duas cidades, é verdade, mas numa análise mais séria, eles preferem a siesta a um bom almoço de cozido ou um passeio nas Ramblas a um cafezinho nas Docas. A vida nocturna bate-nos aos

pontos, mas, lá está, nós preferimos a pequenez do Bairro Alto. A promoção turística de Cidades tem esta característica especial, que a torna num desafio único. Quem “vende” a cidade são as pessoas, a sua alma. E Lisboa pode ser o Porto ou Barcelona pode ser Madrid, não importa. Dando o nosso exemplo mais próximo, o Parque da Nações foi uma nova cidade que cresceu dentro da cidade, mas com uma particularidade: já nasceu com alma de modernidade. E é esse espírito que temos de saber conservar e dinamizar, pois a sua imagem reflecte-se na percepção global da nossa Lisboa.

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22 | NP | AMBIENTE

A monitorização ambiental do Parque Alexandra Ferreira

elativamente à qualidade das águas superficiais, o Centro tem espalhadas pelo Parque das Nações algumas sondas que permitem o registo de informações várias. De 15 em 15 minutos é enviada, para as unidades informáticas do Centro, informação respectiva ao Ph, salinidade, oxigénio, temperatura, pressão, etc., que é posteriormente analisada. O método utilizado para as águas subterrâneas é diferente. São realizadas campanhas periódicas de recolha das águas subterrâneas, através dos vários furos espalhados pelo Parque das Nações. Esse material é levado para laboratório onde é devidamente analisado. O método para a monitorização da qualidade do ar é feito de forma semelhante, com campanhas regulares periódicas que passam pela contratação de alguém especializado para fazer as leituras. O ruído é estudado mais de perto, com períodos de análise mais frequentes. O Centro de Monitorização dispõe do equipamento adequado, os chamados sonómetros, e vai para o terreno fazer algumas

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Para quem se lembra, a zona que hoje conhecemos por Parque das Nações, era o último sítio onde imaginaríamos levar a família para uma tarde de Domingo bem passada. Para que hoje seja o espaço aprazível que todos conhecemos, foi preciso todo um trabalho de requalificação e reconversão ambiental. É justamente esse o trabalho desenvolvido pelo Centro de Monitorização Ambiental do Parque das Nações. As suas actividades passam por vários domínios de estudo: as águas superficiais e subterrâneas, solos e geotecnia, qualidade do ar, ruído, meteorologia, comunidades biológicas e aspectos socio-económicos. leituras. Escolhem os sítios com maior ruído, por exemplo, o Centro Comercial Vasco da Gama, e aí se fixam por períodos, por exemplo, de três dias. Na área dos solos e geotecnia, a actividade de Centro localiza-se exclusivamente na zona do já selado aterro sanitário de Beirolas. Todos os meses analisam a qualidade da consolidação da zona e garantem que não haja movimentações das terras ou deslizamentos. O Centro de Monitorização dispõe de uma torre meteorológica, instalada no edifício, que permite analisar vários aspectos. A torre está apetrechada com uma série de mecanismos - um catavento, um termómetro, um sensor de monóxido de carbono e um anemómetro - capazes de registar todos os parâmetros meteorológicos como a temperatura, a humidade relativa,

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a direcção e intensidade do vento e a concentração de monóxido de carbono. A análise das comunidades biológicas tem a ver com a qualificação e quantificação de algumas espécies de fauna e flora que existem no ecossistema do Parque das Nações. Este trabalho é feito em parceria com a Faculdade de Ciências de Lisboa, que se desloca ao local e faz aquilo que se chama um arrasto do leito. Esses sedimentos são analisados em laboratório e permitem determinar a qualidade do ambiente, com base na qualidade e quantidade de espécies de fauna e flora encontradas. Mas o trabalho do Centro e da Faculdade não fica por aqui. Fazem também o acompanhamento da pequena mancha de Sapal que existe no Parque das Nações, perto do Mar da Palha. O sapal é uma zona húmida característica dos estuários, localizada no interface água/margem. Aí se desenvolvem algumas espécies de plantas capazes de filtrar poluentes. Este atributo do sapal é de tal forma importante, que existe até uma directiva comunitária que obriga à conservação destas áreas. Ainda em fase de projecto, todo o Parque teve que ser imaginado e construído sem interferir com esta raridade da Natureza. Porque o Centro é mais do

que uma série de computadores, tem rostos por detrás das máquinas e é feito para as pessoas, existem alguns projectos como a Oficina do Ambiente e o Dia da Terra (ver caixa) que insistem na divulgação e sensibilização das populações. Até agora têm sido as crianças - com as escolas - quem têm usufruído mais deste espaço e de tudo o que o Centro tem para ensinar. Mas uma lição há a tirar de todo o trabalho do Centro de Monitorização do Parque: as coisas não aparecem feitas. E os nossos agradáveis passeios de Domingo ficam a dever-se muito ao trabalho sobre o Ambiente. Do nosso lado, o mínimo que podemos fazer é cuidar deste espaço com o que temos à mão... a consciência!

No dia 22 de Abril comemora-se, por todo o mundo, o dia da Terra. Este ano, a organização do evento no Parque das Nações é da responsabilidade do projecto de divulgação e sensibilização ambiental, Oficina do Ambiente (a cargo do Centro de Monitorização Ambiental) e da Liga para a Protecção da Natureza (LPN). Unidos por um sentimento comum da criação de um meio ambiente sustentável, os eventos e acções comemorativas envolvem todos os sectores sociais em compromissos públicos. Este ano, a Oficina de Ambiente, enquanto projecto de divulgação, sensibilização e educação ambiental do Parque das Nações, une-se também a este projecto eco-pedagógico internacional com uma série de iniciativas: - Realização de Peddypaper no Parque das Nações com início na Casa do Parque do Tejo e que termina com a montagem de um puzzle gigante no Jardim Cabeço das Rolas - Ateliers a decorrer no Jardim do Cabeço das Rolas, após o peddypaper: - Herbários/colagens (dirigidos aos alunos do 1º e 2º ciclos) - Construção de marionetas (LPN - 2º e 3º ciclos) Lago da Vela, com a participação da Escola de Vela Atlântica (dirigido aos alunos do 3º ciclo e secundário


DESPORTO | NP | 23

A um passo de fazer história Filipe Esménio

Olivais e Moscavide pode fazer história. A quatro jornadas do fim o oitavo lugar ocupado actualmente pode levar este clube, que pela primeira vez se encontra na primeira divisão do Andebol nacional, à fase final entre os melhores. Uma vitória frente ao Gaia deixa o Moscavide praticamente fora de uma possível despromoção e coloca-o no

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O oitavo lugar dá acesso à fase final do Campeonato Nacional e uma vitória na próxima jornada em Gaia pode colocar o Desportivo na pool final, entre os oito melhores de Portugal. oitavo lugar para disputar a pool final para o apuramento do campeão. A decisão será em dois jogos nos quartos de final da I Divisão de elite contra o primeiro classificado da fase regular. Catapultado pelas duas vitórias recentes, por margens

tangenciais, 25-24 frente ao Boavista e 25-23 frente ao Ginásio do Sul, o jogo da decisão é o que se segue. Ocupa actualmente o oitavo lugar com 41 pontos, mais três do que o Gaia, nono e a cinco pontos do sétimo classificado.

No entanto, qualquer que seja o resultado, o CDOM manterá a posição, uma vez que no Andebol se obtêm três pontos na vitória, dois no empate, e um na derrota. O nono lugar obriga a uma fase final na série B para disputar entre seis equipas, das

Na luta pela manutenção Pontos precisam-se na luta pela manutenção. O Desportivo está abaixo da linha de água. A nove jornadas do fim, o percurso não parece fácil mas a manutenção não é uma miragem. Desportivo, recém chegado à II Divisão B zona Sul tem pautado os seus resultados por uma manifesta irregularidade. Com seis pontos à 11ª jornada a época parecia estar muito longe dos lugares que permitiam realizar um campeonato tranquilo. Com a saída de Pedro Xavier, que tinha feito a equipa subir da III para a II Divisão B, e a entrada de Carmo Pais no comando técnico da equipa, os resultados pareciam começar a aparecer e a tranquilidade chegou a estar no horizonte dos adeptos. No entanto, nos últimos seis jogos apenas se obtiveram dois pontos, lançando outra vez o CDOM nos quatro lugares que dão lugar à descida. Num campeonato com 20 equipas, as últimas quatro descem automaticamente à

O

III Divisão, enquanto que o 16º classificado irá disputar uma pool com mais uma equipa de cada uma das outras zonas, Norte e Centro, para encontrar a outra equipa a descer para que possa subir o primeiro classificado da III Divisão do Arquipélago dos Açores. O Desportivo ocupa a 17ª posição, com 31 pontos, tantos quanto o 16º Machico e menos dois que o Câmara de Lobos no 15º lugar, o primeiro da tranquilidade. O empate fora na última jornada frente ao Amora pode ser considerado um bom resultado e esperamos que possa ser um bom presságio para um novo ciclo de bons resultados que tão necessários são para garantir a manutenção num campeonato muito competitivo mas em que o Desportivo parece ter lugar.

quais quatro descem à segunda Divisão, embora os resultados da fase regular contem. Faltam apenas quatro jornadas para o fim da I fase e para além do Gaia falta jogar contra Alto dos Moinhos, ABC e Porto, actual primeiro classificado. O Desportivo tem pautado a época por regularidade com as equipas do “seu campeonato”, e uma ou outra surpresa contra os grandes. Desta época e independentemente dos resultados que se sigam, fica um cheirinho a

surpresa de um CDOM/Parque das Nações que chega em dois anos da terceira à primeira divisão, e que luta por mérito próprio por um lugar entre os oito primeiros. O Andebol é assim uma aposta ganha num clube que se tornou conhecido essencialmente pelo Futebol, quem sabe, nas novas instalações do clube no Parque das Nações, possam surgir outras modalidades com tanto brilhantismo como o Andebol.


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