Distribuição gratuita
A N O I I - N R . 7 - B I M E S T R A L - N O V E M B R O 02 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E S E S PAG.11
REPORTAGEM
O GIL DAS CRIANÇAS PÁG.7
ENTREVISTA COM
OS CAMINHOS DO GIL
MEGA FERREIRA
PARQUE: AS CÂMARAS PÁG. 3 C
CLUBE DO MAR PÁG. 21
Parque Expo SA
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2 | NP | EDITORIAL
A morte de uma gaivota noticiasparque@netcabo.pt 219456514
“A morte de uma gaivota” é mais do que uma frase. É uma lágrima, uma perda de luz e movimento. É um retrocesso, representa o fim de tudo o que é belo, livre e inocente. É a surdez de uma sinfonia, o fim de um ballet.
FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Chefe de Redacção: Sofia Cochat-Osório Redacção: Mariana Gasalho, Pedro Pereira, Raquel Guimarães, Tiago Reis Santos, (Colaborações) J. Wengorovius, Reinaldo Martins Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Luis Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Projecto Gráfico: Tiago Fiel Produção: Imaginarte Impressão: Imprejornal Tiragem: 5000 Exemplares Proprietário: Imaginarte; F. Esménio CO:202 206 700 Sede: Rua Júlio Dinis nº. 6 1º Dto. 2685-215 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919
Penso que terá sido cerca de dois meses antes do Verão. A praia vista do mar já começava a apresentar algumas cores das toalhas e as pessoas, embora ainda não conseguissem resistir à temperatura da água, já passeavam os pés pela baixa-mar. Não é propriamente a visão perfeita de uma praia vazia onde apenas os pescadores e os exploradores de metais se passeiam legitimamente por aquele cenário natural, mas não deixa de ser agradável. Enquanto regressava ao carro reparo numa gaivota na berma da estrada. Os carros cruzavam a marginal que servia de fronteira entre o mundo natural e aquilo a que denominamos de civilização. Não foi muito difícil perceber que a gaivota não estava a iniciar uma viagem pelo mundo urbano, nem procurava uma tarde diferente, numa fuga à rotineira vida natural. Pelo contrário ela apenas tentava voltar para aquilo que faz melhor: planar a 20 cm das ondas, pescar e esperar pela baixa-mar para se passear pelo espelhado que se vai desenhando pela costa. Só havia um problema... não conseguia voar. Peguei numa toalha e cuidadosamente embrulhei-a com a cabeça de fora. Confesso que tive um certo receio inicial, não sei se pelo sofrimento que tanto a afligia ou pelo sentimento de impotência que penso que sentiu pelo facto de eu lhe ter conseguido pegar. As gaivotas sempre representaram para mim um ícone de liberdade e pureza. Se por acaso caminharem em direcção a uma gaivota poderão reparar que ela mantém, sempre, uma postura calma e controlada, até ao momento em que a nossa proximidade a obriga a levantar voo. Até lá, apresenta sempre uma distinta calma, quase como uma superioridade distinta e altiva. Com a gaivota ao meu colo fiquei surpreendido. Nunca pensei que fosse tão pesada e corpulenta. Sem saber o que fazer, dirigi-me para a praia acreditando que a proximidade do mar iria resolver o problema. Pelo caminho um arrumador de carros tenta convencer-me a entregar a gaivota aos seus cuidados terapêuticos. Disse-me que conhecia o ritual certo para a curar. À medida que me ia descrevendo os passos do processo e os cânticos exigidos eu ia afastando-me da sua bizarra presença. Ao chegar à praia coloquei-a levemente sobre a areia e nada aconteceu. Tentei elevá-la para que ela reagisse e, mais uma vez, a gaivota continuou sem conseguir voar. Só após alguns ensaios é que ela começou a reagir. Já ao longe, ao olhar para a gaivota tentei perceber o que a tinha levado a fazer aquele desvio quase fatal. Se calhar perdeu todos os seus poderes ao aproximar-se da bruta civilização. Ou então foi expulsa do seu habitat por causa de um derramamento de petróleo que mais tarde a iria tingir e cobrir de crude, paralisar as suas asas até que, sem conseguir voar, morra de fome ou simplesmente de tristeza. Porque tudo o que ela quer é apenas voar. Eu não sei se alguma vez tiveram o privilégio de estarem sozinhos dentro de água num final de tarde em que mais de mil gaivotas cruzam o laranja do céu, alisando o mar com os seus voos rasteiros. O som é uma sinfonia. O movimento é uma das mais belas coreografias de ballet do mundo. E é apenas o que elas sabem fazer. Durante anos e anos o fizeram. Sem grandes ambições e pretensiosismo de evoluir. Ao entrar no carro e de volta à marginal comecei a pensar em que é que nós, afinal, evoluímos. Miguel F. Meneses
ACTUAL | NP | 3
Lisboa e Loures rumo ao Parque Lisboa e Loures preparam-se para assumir a gestão do espaço do Parque das Nações no início do próximo ano. O novo modelo de gestão, que veio pôr fim à criação da Sociedade de Gestão Urbana (SGU), vem assumir uma acção bipartida numa fase em que os moradores expressam a vontade de criação de uma única freguesia. Miguel Meneses
não constituição da SGU, por decisão da Câmara Municipal de Lisboa, veio pôr fim a uma gestão tripartida entre a Parque Expo, Lisboa e Loures. A Parque Expo, entidade responsável pela zona, até à data, é excluída do futuro de gestão do Parque das Nações e os dois municípios assumem as novas funções. Esta decisão veio provocar algumas alterações no que diz respeito ao futuro do Parque e algumas questões ainda não estão esclarecidas. Esta alteração estratégica veio obrigar a uma reformulação, tanto do plano operacional, como do plano financeiro. Falta pouco mais de um mês para se pôr em prática o novo modelo de gestão e as conversações entre as três entidades estão apenas no início.
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Como explica João Paulo Velez, Porta-Voz da Parque Expo, “as conversações já tiveram início, mas ainda falta fazer bastante.” Ao NP adiantou, ainda, que a posição do grupo se mantém a mesma: a regularização da situação financeira (correspondente aos investimentos efectuados pelo Grupo na zona) e o interesse em assegurar a continuidade de um modelo de gestão à qual toda a zona está habituada. De uma tripartida, para uma bipartida, a Associação de Moradores vai dando forma à sua vontade de criação da Freguesia do Oriente. Já foram recolhidas mais de mil e quinhentas assinaturas para a Petição Freguesia do Oriente e iniciados contactos com os dois municípios e alguns grupos parlamentares. Enquanto aguardam por mais esclarecimentos do novo modelo de gestão, vão continuar a defender o projecto de uma nova freguesia. A
AMCPN acredita ser a solução mais lógica para o desenvolvimento de uma zona, que, nas palavras do seu Presidente da Direcção, Rodrigues Moreno, “foi idealizada de uma maneira diferente, respeitando um padrão elevado de qualidade.”
Lisboa e Loures assumem fronteiras Tanto a Câmara Municipal de Lisboa como a Câmara Municipal de Loures assumem estar preparadas para a gestão desta zona, acreditando que as fronteiras não representarão uma dificuldade para um espaço que tem sido administrado como um todo. Noutra matéria, estão em desacordo no que diz respeito à integração territorial da eventual Freguesia do Oriente. Uma fonte oficial da Presidência da Câmara Municipal de Loures revela que este executivo não vê com bons olhos a criação de uma Freguesia do Oriente integrada
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no concelho de Lisboa, chegando mesmo a ter dúvidas se existirão condições para a sua criação. Adianta ainda, que “foi proposto um grupo de trabalho e que estão abertas as condições e intenções para reunir e dialogar”. No que diz respeito a uma efectiva criação da freguesia, questionam a possibilidade de se vir a integrar no Concelho de Loures. Esclarecem, ainda, que “aquela zona está organizada e bem
estruturada, situando-se numa das principais entradas do nosso concelho, onde encontramos padrões afectivos e culturais que gostaríamos de preservar”. A Câmara Municipal de Lisboa, na voz da Vereadora Adjunta do Presidente, Ana Sofia Bettencourt, diz que existe um gabinete ligado à zona do Parque das Nações. Assumindo a mesma disponibilidade para um grupo de trabalho com Loures, explica
que a gestão urbana deverá ser efectuada em função das fronteiras territoriais que existem. Em relação à criação de uma Freguesia do Oriente, revela que o Município atenderá, sempre, às vontades da população mas que só assumirão uma posição mais concreta no decorrer do processo. Por outro lado adianta que as fronteiras estão bem definidas e que “esta é uma deliberação da Assembleia da República.”
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Freguesia do Oriente Férias no Parque
em estado a decorrer a recolha de assinaturas numa petição dirigida à Assembleia da República, durante cerca de três semanas, para que seja criada uma freguesia que abarque todo o território do Parque das Nações, a integrar no concelho de Lisboa. As cautelas de Loures e Lisboa são muitas, pouco adiantam sobre o futuro do território (ver pág. 3), mas os Moradores não param. Recolhidas até 25 de Novembro mais de 1500 assinaturas, número significativo tendo em conta o número de residentes neste momento no Parque, a população continua em busca da união do território. Foi feito um pedido de audiência ao Senhor Presidente da Assembleia da República que se realiza Quarta-feira, 27 de Novembro pelas 11 horas. Esta audiência prevê a entrega da referida petição e visa sensibilizar a Assembleia da República para a situação do Oriente. Inserido neste espírito, vai ser realizado um debate sobre o tema «Parque das Nações - Gestão Urbana e Criação da Freguesia do Oriente». Este debate terá lugar no auditório da Escola Vasco da Gama, no próximo Sábado, dia 30 de Novembro pelas 14 horas. A sessão é aberta à população e foram endereçados convites às autarquias de Lisboa e Loures, Freguesias dos Olivais, Moscavide e Sacavém, Grupos Parlamentares, à Parque Expo e ao Ministério do Ordenamento e à Secretaria de Estado do Ambiente. Debater o Oriente é o objectivo da AMCPN – Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, entidade promotora do evento.
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s férias de Natal são no Parque das Nações. Dias 18,19 e 20; 23, 26 e 27; 30 de Dezembro de 2002 a 3 de Janeiro de 2003 pode ter umas férias diferentes... Desta forma pode encontrar actividades diversas como o «COLÉGIO DE NATAL» onde irão decorrer Ateliers do Pai Natal, BTT, Canoagem, Bowling, Dança e Teatro, Atelier dos Oceanos do Oceanário de Lisboa. Haverá também «DIAS DE FÉRIAS NO OCEANÁRIO E NO BOWLING». Incluindo manhãs no Atelier dos Oceanos e tardes na Escola do Bowling. Haverá ainda «COLÉGIOS DE FÉRIAS PARA 2003». Colégio de Primavera (Páscoa), Colégio de Verão e Dias de Férias no Oceanário e no Bowling (Carnaval, Páscoa e Verão) No dia 18 de Dezembro, a Parque Expo, no âmbito do Programa Educação e com a colaboração da Fundação do GIL, oferece às crianças do pré-escolar e 1º ciclo, de jardins de infância, escolas ou outras instituições educativas e autarquias de todo o país, uma festa de Natal intitulada “Natal Todos os Dias”. A ideia é transformar o Parque das Nações numa grande “Eco-Fábrica” do Pai Natal, onde as crianças possam fabricar os presentes para oferecerem à sua família e aos seus amigos e também que conheçam usos, costumes, tradições, música e doçaria, típicas desta quadra. Para obter mais informações sobre estas e outras actividades para crianças pode contactar Programa Educação - 21 8919179 e 21 891 9181 ou por e-mail: programeducacao@parquedasnacoes.pt Informe-se porque pode valer a pena.
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BREVES | NP | 5
Bombeiros tripartidos Parque Expo no Alqueva stando cada vez mais perto o fim da gestão Administrativa da Parque Expo SA na zona de Intervenção da Expo, esta empresa continua a procurar maximizar o seu know how noutras frentes. Neste sentido, a EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva adjudicou à Parque Expo a elaboração dos estudos para um Plano Estratégico de Qualificação Urbana e Ambiental das Aldeias Ribeirinhas das Albufeiras de Alqueva e Pedrógão, no âmbito do Programa Aqua. São 16 as aldeias na área de influência do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva (EFMA) e que ficarão situadas na vizinhança do plano de água quando do pleno enchimento da barragem. Os objectivos deste estudo são * Qualificar e valorizar os espaços urbanos como elementos dominantes da nova dinâmica económica e social, assente numa forte componente ambiental e de património histórico; * Diversificar os usos dos espaços naturais circundantes e de proximidade (das aldeias ribeirinhas) ao encontro das novas solicitações; * Promover a valorização ambiental e paisagística das áreas sensíveis no interface das albufeiras com os aglomerados; * Apostar na qualificação das utilizações do espelho de água através da criação e gestão de infraestruturas e equipamentos, nomeadamente de apoio às utilizações do plano de água, de valorização da qualidade da água e de recreio e lazer; * Promover a criação de um território turístico associado a uma “marca territorial” de qualidade, de notoriedade, integrado e de forte identidade cultural e ambiental; * Requalificar as acessibilidades das aldeias ribeirinhas-plano de água e implementar um sistema de sinalização e de informação como forma indutora e facilitadora do acesso aos locais.
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fim da SGU levanta mil e uma questões quanto à gestão do espaço do Parque das Nações, mas a segurança é um dos factores com que não se pode facilitar. O território do Parque está, como em tudo, tripartido relativamente ao auxílio dos bombeiros. Cada corpo de bombeiros está mandatado para actuar na sua área de influência. Temos assim os Bombeiros Voluntários de Sacavém, de Moscavide, e ainda uma corporação de Stª Maria dos Olivais. A questão não é única, outras freguesias recentes sofrem do mesmo problema, a Portela por exemplo está controlada pelos Bombeiros Voluntários de Moscavide e de Sacavém. Sabendo-se que em caso de emergência ambas acodem com a prontidão possível dos meios. No entanto uma de duas ideias parece ter de vir a tomar forma. A criação de um corpo de bombeiros voluntários no Parque das Nações ou, a definição de quem intervém à situação de urgência. É necessário definir quem manda no território para evitar danos maiores num futuro por indefinição. O território está a ser ainda reconhecido como nos foi confidenciado pelo Comandante de Moscavide, plantas de gás e esgotos, conduta de água, criação e manutenção de bocas de incêndio, e só uma articulação correcta poderá produzir um bom resultado.
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CEM Centro de Explicações de Moscavide Rua Benjamim Ferraz de Melo Lote 6 – r/c dto. Moscavide 219 442 590 Telem.964 702 834
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Encontros Na sequência do que já tem vindo a acontecer na Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, no Terreiro dos Corvos, os «Encontros» continuam. Visando o desenvolver dos laços entre a comunidade o tema que está subjacente aos próximos encontros é «a força da fragilidade». Assim iremos ter a força da fragilidade e A FÉ – 5 Dez às 21h e 15m P.e Reis + Irmãzinhas de Jesus A DOR – 16 de Janeiro às 21h e 15 m Bérnard da Costa + Emília Leitão
ESTAMOS EM ACTIVIDADE HÁ MAIS DE DEZ ANOS.
A POESIA – 6 de Fevereiro às 21 h e 15 m João Meneses (Moderador)
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A MISERICÓRDIA – 27 de Fevereiro às 21h e 15 m Lurdes Rosa S. PAULO – 21 de Março às 21h e 15 m Beatriz Chambel A PAZ – 4 de Abril às 21 h 15 m Isabel Paes (Moderadora)
CONSULTE-NOS. A COMUNIDADE – 15 de Março às 21h e 15 m Frei Bento Domingues + Pedro Strecht
CONNOSCO, APRENDER SEMPRE FOI MAIS FÁCIL!
O ECUMENISMO – 29 de Maio às 21h e 15 m Representantes de várias comunidades
6 | NP | AMCPN
A DIVISÃO TERRITORIAL VAI EXIGIR A MULTIPLICAÇÃO DE ESFORÇOS Quando se constitui e se integra uma Associação, qualquer que sejam os objectivos que ela persiga ou as finalidades que tenha de atingir, só esperam facilidades os que, como Associados ou meros espectadores, pensam que tudo terá a melhor solução - os dirigentes decerto pensarão em tudo e, assim, quando menos se esperar tudo estará resolvido... E se não estiver...talvez devessem ter traçado outras estratégias, procurado outros apoios, ir noutras direcções... É neste contexto e com este pano de fundo que, normalmente, tudo se vai passando e pouco de concreto vai acontecendo num país cujos tão decantados “brandos costumes” apenas servem tão só para nos arredar de inquietações mais próximas ou exorcizar o que poderá estar chegando ou, quem sabe, o que talvez nunca chegue a acontecer... Esta reflexão não traduz qualquer impulso recente dos elementos que constituem a Direcção da nossa Associação mas decorre tão só da reflexão serena e crítica de quem, assumindo uma eleição, tentando reflectir preocupações e procurando traduzir anseios, faz questão em desenvolver acções e iniciativas que respondam aos legítimos anseios e preocupações com a qualidade e com as condições do espaço que temos ajudado a criar e que queremos que se constitua como uma zona de referência a nível nacional e, porque não, internacional. Não podemos esquecer que a ParqueExpo tem tido convites internacionais para colaborar activamente na reabilita-
ção de zonas degradadas ou a carecerem de reformulações de fundo... Do que temos tratado aos mais diversos níveis é quase penoso referir aspectos tão variados quanto o deficiente serviço de transportes nas zonas residenciais, as enormes carências de equipamentos escolares, a inexistência de um Centro de Saúde, a anarquia e desregulamentação na circulação e a anarquia no estacionamento de viaturas, o desrespeito em crescente acentuação pelas regras do Regulamento Geral de Edificações Urbanas...e, como cereja em cima do bolo, os odores nauseabundos da ETAR de Beirolas... Tudo isto sem que no horizonte se vislumbre uma solução eficiente e eficaz para resolver os problemas que nos afligem e as soluções que, tantas delas por antecipação, deveriam estar implementadas numa “cidade imaginada” e num espaço com a qualidade que queremos seja exemplar na utilização pelos moradores, comerciantes e todos quantos (e muitos serão) vão exercer a sua actividade diária no Parque das Nações. De entre múltiplas entrevistas, audiências e outras iniciativas semelhantes que temos conseguido ao nível da comunicação social, administração autárquica e central, ressalta a recente audiência havida com a Secretaria de Estado da Administração Local, a quem procurámos sensibilizar para a nossa acção directa e empenhada na criação de uma freguesia que abranja toda a área do Parque das Nações e acabe de vez com o trauma de confrontar os moradores e comerciantes desta Zona com o facto de os seus problemas comuns serem (ou não) resolvidos por duas Câmaras Municipais e três Juntas de Freguesia. Há que nim, concluímos assumir que as nossas expectativas ficaram frustadas...Entre o zag e o zig, o são e nim , os cenários são os mesmos - as razões nem sempre têm razão, todos os problemas vão certamente ter solução e, mais tarde ou mais cedo, calma e serenamente, tudo se resolverá!... Não nos peçam calma, moderação, paciência e contenção! De forma determinada e convicta, com a razão que a evidência e a inteligência facilmente demonstram, com o apoio dos Associados, moradores e utilizadores do Parque das Nações, continuaremos o nosso esforço de demonstrar que as exigências de uma correcta planificação, de uma manutenção atenta, eficiente e eficaz, em suma, de uma GESTÃO URBANA DE QUALIDADE, são um ditame que a todos nós em geral e a esta Associação em particular nos preocupa como irrecusável dever de cidadania que, claramente, teremos e quereremos assumir com o apoio explicito e empenhado de TODOS.
Para futuras inscrições de sócios da AMCPN utilize o seguinte contacto: Rua Ilha dos Amores, LT. 4.39.01.C.4A Telef/Fax - 21 893 60 59
ENTREVISTA | NP | 7
OS LUGARES DA CRIANÇA NO MUNDO De mascote da última Exposição do século, deu o nome e o carisma a uma fundação de apoio às crianças de risco. A Fundação do Gil procura dar às crianças aquilo que outras instituições não podem dar. Mega Ferreira, rosto da Expo 98, assume a liderança de um projecto que tem um nome indissociável da exposição. Em entrevista ao NP, fala-nos das novas funções do Gil e da sua visão sobre as crianças portuguesas e do Mundo.
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Parque Expo SA
Uma criança de Barrancos deu nome à mascote que agora apoia as crianças de risco. Como e quando esta mudança de funções do Gil? Depois do encerramento da Expo, verificámos que tínhamos um activo intangível, de grande valor, que tinha provocado uma onda muito grande de afectividade, não só entre as crianças, como nas famílias e que tinha perdido a sua função em termos de exposição. Depois disso, foi pensar de que forma é que poderíamos rentabilizar este activo sem o deixar perder e, em primeiro lugar, pareceu-nos claro que qualquer reposicionamento da mascote teria que estar relacionado com as crianças. Em
segundo lugar, pereceu-nos adequado que a Parque Expo se envolvesse num projecto que tivesse a ver com um conceito de solidariedade social e a seguir foi tentar encontrar a forma de utilizarmos o Gil e identificarmos o objectivo. Depois do veículo de mensagens essencialmente ecológicas, ambientais, de alegria e de festa, como é que poderíamos virar esta mensagem para as crianças excluídas? A partir daí, afinámos o critério até chegarmos às crianças em situação de risco. Quem são as crianças de risco? São crianças com diversos problemas, sejam eles rela-
8 | NP | ENTREVISTA
Os pediatras defendem que é igualmente importante para o apoio das crianças existir um apoio à família. Sim, quando existe família. Antes da casa, desenvolvemos algumas operações no sentido de resolver situações deste tipo. Uma delas foi com um miúdo guineense que tinha sido operado e estava há mais de onze anos abandonado no Hospital D. Estefânia. Tivemos que regularizar a sua situação cá e, depois, encontrar um esquema de integração na vida social, encontrando uma instituição, que foi a Casa Pia, onde ele estuda, trabalha e tem amigos. O rapaz tem agora catorze anos e nós arrancámo-lo de um ambiente hospitalar onde ele vegetava há onze anos. Mas os pediatras têm razão nesse aspecto relacionado com o apoio às famílias. Uma das funções
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É essa a vossa missão? A exclusividade de acção que vos distingue nesta área? Que nós saibamos não existe nenhuma fundação que tenha o objectivo que nós traçámos. Por exemplo, uma criança que é internada para ser submetida a uma intervenção cirúrgica cardio toráxica está internada, em média, em Portugal, entre três a quatro semanas e isto não tem qualquer justificação. Nós pensamos que ao fim de cinco, seis dias, a criança já está em condições de sair do hospital para uma instituição de acolhimento temporário onde tem assistência médica e de enfermagem, podendo usufruir da assistência da própria família. Poderá ter um ambiente muito mais caseiro do que hospitalar e isso vai permitir uma reintegração mais suave, libertando, por outro lado, os hospitais.
Parque Expo SA
cionados com a saúde, internamento prolongado, meio familiar difícil, crianças que, no fundo, não têm possibilidades de uma reintegração em boas condições. E foi em torno desse conceito que a Fundação do Gil passou a ter como target essas crianças. Depois surgiu a ideia da Casa do Gil, uma residência de acolhimento temporário que permita fazer a passagem entre o tratamento hospitalar e a devolução à sociedade, família, instituições de solidariedade social. O Conceito da Casa do Gil é possibilitar a passagem de um meio hostil (um hospital nunca será um meio amigável) para a sociedade.
previstas no programa da Casa do Gil é criar condições para uma certa permanência da família permitindo que, no período em que a criança é acolhida, possa ser acompanhada. Mas noutros casos, é impossível ou porque são famílias ausentes ou porque simplesmente não se interessam. Quais são as aspirações e fronteiras da Fundação? Quando o objectivo, o ponto de partida é trabalhar com crianças e que na nossa óptica têm que ter tudo aquilo a que um ser humano tem direito, não basta encontrar-lhes uma casa. É preciso dar-lhes cultura, é preciso permitir-lhes acesso à cultura e a elementos que de outra forma não teriam e isso permitiu-nos lançar algumas iniciativas, uma das quais, com um enorme sucesso que é a Hora do Conto. Inicialmente tentámos criar uma rede onde
havia alguém que contava um conto para crianças, fisicamente num sítio, e existia um sistema de transmissão para outros sítios onde estavam mais crianças. Este mecanismo não funcionou particularmente bem do ponto de vista técnico, embora tivesse havido outros resultados muito estimulantes. Um dos exemplos é o facto de termos verificado que existia, por parte das crianças, uma enorme indiferença (indiferença positiva), não se sentiam inibidas em relação às doenças das outras crianças. Isto é interessante, criar uma comunidade na qual a tendência para marginalizar uma criança com alguns problemas desaparece completamente e isso pareceme muito positivo. Outro projecto que está adiado para 2004 é, em conjunto com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, organizar concertos comentados em que procuraremos juntar crianças sãs e doentes para ouvirem e apren-
derem sobre música. Temos outro projecto muito interessante, na mesma base, com a Cinemateca. É difícil estabelecer as barreiras, os limites para a nossa actividade. A construção da Casa do GIL é um projecto crucial, mas é evidente que pelo caminho iremos fazer outras coisas. Qual é a actividade de maior sucesso da Fundação? A campanha de recolha de brinquedos de Natal, que já vai para o quarto ano de existência é a que tem a maior visibilidade e o maior sucesso. A ideia é comprar um brinquedo novo para oferecer a uma criança. No segundo ano, conseguimos angariar vinte mil brinquedos e, este ano, pensamos ter chegado a quarenta mil crianças e quatrocentas instituições, números que se revelam como o maior sucesso de sempre. Este ano, com a participação da RTP, tivemos uma enorme visibilidade.
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REDUÇÃO DE PREÇOS 30 % A 50 % RESTOS DE COLECÇÕES . BÁBILA . BÁBILA KIDS . ARMANI JEANS . MOSCHINO . VALENTINO . ICEBERG . ROCCO BARROCO . ENRICO COVERI . LUI JO RUA BENTO DE JESUS CARAÇA N.º 65-B (na rua dos Correios) 1885-017 MOSCAVIDE TEL. 21 944 28 42/21 945 72 21 FAX. 21 944 28 58 E-mail: babila@mail.telepac.pt
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O Movimento Global, que tem o rosto de Nelson Mandela, acredita que o apoio das empresas e da comunicação social são fulcrais para este tipo de instituições. Como é que tem sido o apoio das empresas? Temos a impressão de que vai começar a correr melhor. Temos algumas empresas que colaboram com a fundação, mas não têm sido nada de muito relevante. O ano passado tivemos o Barclays e a Império, este ano temos a General Seguros, mas toda a nossa estratégia está orientada para a grande apresentação da Casa do Gil a um núcleo de cerca de sessenta empresas. Este vai ser o grande esforço que faremos em relação às empresas porque a edificação desta casa representa um investimento muito pesado, pelo que temos que estar preparados para recolher apoios.
Pensamos que essa fase começará a avançar quando estiver definida a questão do terreno que está, neste momento, em conversações com a Parque Expo e a Câmara Municipal de Loures. Do recente encontro internacional “Mais criança – as necessidades irredutíveis”, que decorreu no Coliseu de Lisboa, resultaram muitas máximas importantes. Uma delas é a necessidade de existirem mais políticas centradas na criança. Concorda? Admito que sim. O conhecimento da alma humana é algo em que nós ainda estamos na pré-história. O lugar relativo da criança no Mundo altera-se consoante as épocas, porque deriva de um conceito cultural e, portanto, há uma enorme mobilidade que leva a que, por exemplo, hoje, nós tenhamos uma visão claramente diferen-
te da que tínhamos quando éramos crianças. O que eu acho é que existe uma maneira humanista e uma maneira não humanista (o que não quer dizer que seja antihumanista) de se ver a criança. A não humanista é a de ver como um adulto de amanhã que tem que ser produtivo para a sociedade. A humanista é a de ver como um ente em si que, porque é uma criatura, um ser inteligente, tem que ser tratado como as outras pessoas, independentemente de sabermos se vai ser produtivo para a sociedade. Eu acho que a atitude humanista parte de alguns princípios. O princípio, por exemplo, de que o Homem se realiza, em sociedade, pelo trabalho, pela família, pela criação, pela imaginação e, sobretudo pela liberdade. É este tipo de trabalho que nós gostaríamos que a Fundação desenvolvesse com as crian-
ças, independentemente de ser sã ou não. Se não são sãs vamos ajudá-las a ser o mais possível e ajudá-las a viver a sua vida em sociedade, nesta perspectiva aberta, com uma consciência cívica, com uma educação para a Polis, para a comunidade. Qual dos direitos da criança é que pensa ser mais violado? Eu acho que não existem direitos da criança, penso que está tudo contemplado na Declaração Universal dos Direitos do Homem. Todos os homens, à nascença, têm direito à saúde; à educação; à liberdade de expressão, entre outros, e as crianças têm os mesmos direitos. Se lêssemos com atenção esta declaração, que deveria ser ensinada nas escolas primárias, em vez de cadeiras como a educação religiosa, que serão opções que as crianças poderão seguir mais
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10 | NP | ENTREVISTA tarde, veríamos que está lá, rigorosamente, tudo. Os problemas das crianças são mundiais e, em certas zonas, de enormes carências, o direito à alimentação (direito básico) não está sequer preenchido. Se olharmos para os países mais industrializados, os direitos mais violados dizem respeito à integridade física. A violência exercida sobre as crianças é um acto extremamente horroroso, porque não é apenas traumatizante para o futuro, como é uma indignidade do presente e este não é um direito mas uma obrigação das famílias. Outro é o direito à educação e o escândalo que é a existência do trabalho infantil. E outro é o direito à alegria e eu acho que a vida é uma educação com alegria. Não quer dizer que seja um vale de rosas, muitas vezes é um vale de lágrimas. Mas toda a orientação da vivência do Homem em sociedade, do meu ponto de vista, deve ser numa perspectiva de alegria. Estes são os valores que devem ser cultivados nas crianças, logo desde pequenas. Isto tudo tem muito a ver com a ideia de que nós temos de querer fazer música para as crianças, cinema para as crianças, proporcionar um acesso a coisas que de outra maneira não teriam, porque estão reservadas a outro segmento da sociedade. Por princípio não devem estar, devem estar dissipadas por toda a sociedade. As pessoas devem ter o direito a não gostar de ópera, mas devem ter o direito de vir a gostar. E não é a ouvir música pimba que lá se chega, ao contrário do que disse uma vez o senhor ministro da Cultura que nós temos... só na cabeça dele. Depois da Expo 98, como é que é estar de volta e à frente deste projecto? Eu não saí da fundação. Tem a ver com uma visão que eu tinha da Parque Expo, não interessa saber se a tenho hoje, mas tinha na altura. Eu sou Presidente da Fundação não pela Parque Expo, mas pelo Conselho Geral que me elegeu
e, para mim, isto é o complementar de tudo aquilo que fiz nos últimos anos. É uma área em relação à qual eu nunca tinha trabalhado, na qual eu sinto um enorme prazer e satisfação. E penso, também, que, quando a vida foi boa para nós, temos a obrigação de dar qualquer coisa à vida e isto é uma mensagem para as empresas que enriqueceram com a sociedade e que têm a obrigação de voltar a dar à sociedade uma parte daquilo que ganharam. No meu caso trata-se de dar, gratuitamente, uma parte do meu trabalho à fundação, porque, a vida foi boa para mim.
Como era o Mega em criança? Era muito alegre, estava sempre divertido, escrevia as minhas histórias, ia ao Estádio do Benfica, era uma criança portuguesa. Mas, apesar de tudo, era uma criança portuguesa no seu melhor, proveniente de uma família da classe média de Lisboa, que teve a oportunidade de ter condições para estudar o que, nessa época, marcava toda a diferença. A criança de hoje é totalmente diferente... A filha de um amigo meu que foi muito pequena para Nova Iorque, ao voltar a
Portugal, uns anos mais tarde, chegou a casa dizendo que tinha visto uma knorr, tinha visto, pela primeira vez, uma galinha. Que implicações é que isso terá na formação das crianças de hoje? No essencial, nós andamos há milhares de anos a ser rigorosamente iguais ao que éramos no início... mas de maneira diferente. Quando as representações mentais evoluem, o Mundo também evolui, portanto, a posição relativa da criança perante o Mundo não é tão diferente como isso. À medida que
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vamos crescendo, a nossa relação com o Mundo alterase bastante. Eu acho que há quatro coisas pelas quais nós nos movemos: o amor; o medo da morte; a amizade e a busca do prazer e essas estruturas não mudam. Por isso, temos que encontrar formas de linguagem contemporânea, porque, no fundo, os anseios das crianças são os anseios da espécie. Por alguma razão, a nossa civilização tem como matrizes dois poemas gregos, é a partir dos poemas Homéricos que tudo nasce. Ainda hoje passamos a vida a falar do Calcanhar de Aquiles, da Bela
Helena e dos Gregos e Troianos. Ou seja, há um corpus cultural e civilizacional a partir do qual tudo se desdobra e os temas fundamentais da vida estão na Ilíada e na Odisseia... estão lá, estão é de outra maneira. O Ulisses chega a casa e tem que descrever o leito à mulher, para ela ter a certeza que ele é o Ulisses, não é muito diferente daquilo que nós hoje temos que fazer para que as pessoas reconheçam em nós aquilo que somos. Temos que descrever às pessoas uma data de coisas... mas isso são outras conversas mais meta... meta... fundação.
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REPORTAGEM | NP |11
O GIL DAS CRIANÇAS A Fundação do Gil foi criada, no final de 1999, por iniciativa da Parque Expo e do Ministério do Trabalho e da Solidariedade, através do Instituto para o Desenvolvimento Social. Conta com o alto Patrocínio da Primeira Dama, Maria José Ritta, como Presidente do Conselho Geral e tem a adesão de um vasto número de figuras públicas portuguesas. Com o objectivo de contribuir para o bem-estar, valorização pessoal e a integração das crianças, têm sido desenvolvidas uma série de actividades que reflectem a tentativa de encontrar respostas para carências que não são combatidas. Consideram que são pequenos e que a mais valia é toda a cadeia e sintonia que foi crescendo em torno do projecto e da causa. O Notícias do Parque deixa alguns registos dos pilares que foram construídos antes da casa.
C
Patrício Miguel
12 | NP | REPORTAGEM
CAMPANHA DE RECOLHA DE BRINQUEDOS DE 16 A 24 DE NOVEMBRO DE 2002 EM PARCERIA COM A SONAE E A RTP, E O APOIO DA EURORSCG NA CRIAÇÃO DA IMAGEM E CAMPANHA DE PUBLICIDADE, DO CORPO NACIONAL DE ESCUTAS, DOS VOLUNTÁRIOS “MÃO NA MÃO” E DO EXÉRCITO PORTUGUÊS. COM A PRESENÇA DE MARIA JOSÉ RITTA; RAÚL SOLNADO; BÁRBARA GUIMARÃES; JOÃO DIDELET; CRISTINA MOLLER; NAYMA; SÉRGIO ROSADO; SARA NORTE; JÚLIO ISIDRO; MARGARIDA PINTO CORREIA; PEDRO MANTORRAS; ANA SOUSA DIAS. BENEFICIAR CRIANÇAS E JOVENS INSTITUCIONALIZADOS E DE BAIRROS DEGRADADOS. HISTÓRICO: TEVE O SEU PRIMEIRO LANÇAMENTO EM 1999. COMEÇOU COM UM NÚMERO DE 8 000 CRIANÇAS. ESTE ANO CHEGOU-SE A CERCA DE 40 000 CRIANÇAS, O MAIOR SUCESSO DE SEMPRE.
HORA DO CONTO “ERA UMA VEZ...” COM O APOIO DO INSTITUTO PORTUGUÊS DO LIVRO E DAS BIBLIOTECAS E PT COMUNICAÇÕES. OBJECTIVO: CONTAR UMA HISTÓRIA NA VOZ DE UMA FIGURA PÚBLICA. É UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO JUNTO DE CRIANÇAS E JOVENS QUE SE ENCONTRAM ,HÁ LONGO TEMPO, INTERNADOS EM UNIDADES HOSPITALARES, PRISIONAIS OU OUTRAS. PRIMEIRA FASE DO ANO DE 2002: INSTITUTO PORTUGUÊS DE ONCOLOGIA FRANCISCO GENTIL; HOSPITAL D. ESTEFÂNIA; HOSPITAL DE S. FRANCISCO XAVIER; ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE TIRES E CENTRO DE MEDICINA DE REABILITAÇÃO DE ALCOITÃO. HISTÓRICO: TEVE INÍCIO EM AGOSTO DE 2001 E CONTOU COM NARRADORES COMO: BÁRBARA GUIMARÃES; ANA SOUSA DIAS; ANA BRITO E CUNHA; BEATRIZ QUINTELLA; CAMACHO COSTA; JOANA SOLNADO E ÓSCAR ROMERO.
POSTAIS DE NATAL OBJECTIVO: PRODUZIR UMA COLECÇÃO, EXCLUSIVA PARA EMPRESAS, REALIZADA POR ARTISTAS PLÁSTICOS E PRODUZIR PARA AS GRANDES E MÉDIAS SUPERFÍCIES COMERCIAIS, UMA COLECÇÃO DE GRAVURAS CONHECIDAS, DE AUTORES DE BANDA DESENHADA E DE DESENHOS DE CRIANÇAS INSTITUCIONALIZADAS. HISTÓRICO: OS PRIMEIROS POSTAIS FORAM POSTOS À VENDA NO NATAL DE 2000. NESTE PRIMEIRO ANO, OS MOTIVOS ERAM DA AUTORIA DAS CRIANÇAS, NOS DOIS ANOS SEGUINTES, JUNTARAM-SE, TAMBÉM, ARTISTAS PLÁSTICOS E FIGURAS PÚBLICAS. APRENDE COM O GIL – ERA UMA VEZ O CINEMA COM O APOIO DA CINEMATECA PORTUGUESA OBJECTIVO: CONSTITUIR UMA PROGRAMAÇÃO REGULAR DE APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DA SÉTIMA ARTE PARA CRIANÇAS DOS SEIS AOS CATORZE.
REPORTAGEM | NP |19
APRENDE COM O GIL – ERA UMA VEZ... O TEATRO COM O APOIO DO BARCLAYS BANK E A CASA DO ARTISTA COM O TEMA MEIO TEATRO - MEIO AMBIENTE, ESTA PRIMEIRA EDIÇÃO ESTEVE PRESENTE NAS ESCOLAS DO CONCELHO DE ALMADA. OBJECTIVO: AUMENTAR A SENSIBILIDADE AMBIENTAL ESTIMULANDO A CRIATIVIDADE ATRAVÉS DA CRIAÇÃO DE TEXTOS, CENÁRIOS E ADEREÇOS PARA A PRODUÇÃO DE UMA PEQUENA PEÇA.
APRENDE COM O GIL – ERA UMA VEZ A MÚSICA COM O APOIO DA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA, ATRAVÉS DO MAESTRO MIGUEL GRAÇA MOURA. OBJECTIVO: DESENVOLVER UM PROGRAMA DE APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DA MÚSICA. APÓS UMA SÉRIE DE SESSÕES MENSAIS PARA SESSENTA CRIANÇAS SERÃO REALIZADOS DOIS CONCERTOS PROTAGONIZADOS PELA ORQUESTRA ACADÉMICA METROPOLITANA E PELA ORQUESTRA METROPOLITANA DE LISBOA.
O GIL NA TELEVISÃO UM ESTUDO EFECTUADO PELA ESCRITORA MARIA DO ROSÁRIO PEDREIRA IRÁ PREPARAR A ENTRADA DO GIL NA TELEVISÃO ATRAVÉS DE UMA PROPOSTA DO AVA – AUDIOVISUAIS QUE CONSISTE NA CRIAÇÃO DE UM CONTENTOR TELEVISIVO INFANTO-JUVENIL. OBJECTIVO: CHEGAR A UM NÚMERO MUITO MAIS ALARGADO DE CRIANÇAS UMA MENSAGEM DE PRINCÍPIOS, CONHECIMENTO E DE UMA CERTA FORMA DE ESTAR NA VIDA.
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O GIL JÁ É CRESCIDO – PRIMEIRO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL OBJECTIVO: INTEGRAR JOVENS NO MERCADO DE TRABALHO, EM EMPRESAS QUE IRÃO PERMITIR O ACESSO AO PRIMEIRO EMPREGO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL.
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14 | NP | CARTOON
CARTOON
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VOX POP | NP |15
|Vox Pop| Dê-nos três sugestões para melhorar o Parque das Nações... Nuno Coelho
Margarida Nascimento 33 Anos Juiz
Graça Cardoso
34 Anos Empregada de escritório
Sophie Mrejen
1 – Mais caixotes do lixo para melhorar o escoamento. 2 – Melhorar a rede de transportes, principalmente ao fim-de-semana. 3 – Melhorar a sinalização, estão constantemente a mudá-la.
1 – A instituição de uma única freguesia. 2 – Abrandar a construção possibilitando um maior espaço livre. 3 – Repensar o trânsito, melhorando os acessos.
1 – Limpeza dos dejectos caninos. 2 – Melhorar a rede de transportes. 3 – Um Centro de Saúde.
1 – Limpeza dos dejectos caninos. 2 – Melhorar a rede de transportes. 3 – Comércio mais diversificado.
29 Anos Comerciante
24 Anos Estudante
16 | NP | PASSEIO PELO PARQUE
Conversas Trocadas Miguel Meneses
ram 10 da manhã e já se sentiam os 28 graus quentes nas ruas. As formigas entupiam todos os acessos às praias. Depois, mais de uma hora numa estufa de quatro rodas chego à praia que supostamente irá ser a fuga ao stress urbano que atormenta a nossa rotineira semana de trabalho. Infelizmente, os postais serão sempre postais e a realidade é bastante mais cruel. Stress para chegar, para estacionar, para ir à esplanada, para estacionar a toalha na pouca areia que resta. 1 metro quadrado que nos é, gentilmente, legado pelos nossos concidadãos por se apresentar criativamente adereçada por vinte e uma beatas de SG Ventil, dois pacotes de leite de chocolate (provavelmente levando demasiado à letra aquilo a que a sociedade entende como artes plásticas) e, se tivermos sorte, um preservativo azul marinho da marca Playboy. Depois de umas horas naquele local, satiricamente paradisíaco, regressamos para trás, resmungando o estado da nação conscientes que no dia seguinte voltaremos lá para picar o mesmo ponto. Depois de ter perdido 10 minutos nesta insólita viagem resolvi arejar o meu livro e render-me a uma esplanada no parque. Instalado na cadeira mais próxima do rio e, como um verdadeiro lagarto, orienteime para o sol. Pedi uma limonada sem açúcar e assentei. Tinha levado o chamado livro de reserva, o número zero, aquele que compramos para ler nos intervalos dos livros de cabeceira. Uma brisa não muito quente, a maré a encher marcando o andamento junto ao paredão. Prenunciava-se perfeito, o momento. Depois de 20 páginas sou desviado para uma conversa que estava a ter lugar a não mais de dois
E
metros atrás da minha mesa. Apesar de estar virado para o rio e de costas para o meu novo foco de atenção consegui perceber que se tratava de uma mesa com 5 ou 6 raparigas. A conversa estava animada e interessante. Pormenorizá-la seria um exagero mas posso adiantar que se discutiam os mais altos parâmetros do significado da existência humana. - Bem isso faz-me lembrar aquele fim de semana em Ibiza... lembram-se? A última noite que acabámos na rotunda ao pé da praia a dançar. E lembram-se quando apareceram aqueles italianos a meterem-se connosco.
Bem lindíssimos... estavam nuns descapotáveis... - Pois era. Num descapotável preto e num verde! Bem... eram lindos. De repente... - Quem, os descapotáveis ou eles? (aparentemente uma alma viva pairava no meio) Adorei... - Bem que coisa. Também como é que tu poderias saber. Passaste o tempo todo a ler e a fotografar golfinhos. Deitavas-te cedo e trocavas o happy hour para poderes ir ver o pôr do sol. Para culminar boicotavas todas as conversas que tínhamos com os italianos. - Desculpem-me se boicotar
significa tentar manter uma conversa que seja construída por frases com mais do que duas palavras. Deliciei-me! À medida que a conversa ia evoluindo, o meu afecto pela rebelde do grupo ia crescendo. Tentei olhar para trás mas a inibição era mais forte. Passados uns minutos, duas das raparigas levantam-se e vão-se embora. Tentei perceber se era ela mas sem sucesso. Ficava com pena se a minha “amiga” se tivesse ido embora. E ainda por cima não dava para confirmar dado que as intervenções dela eram muito esporádicas. Continuei na minha leitura
que curiosamente retractava a história de um parisiense, Michelle Brand, que se tinha libertado de uma vida de luxúria na capital francesa para se refugiar numa tribo da América do Sul na esperança de encontrar a simplicidade e a coexistência com a natureza. Mais uma vez sou interrompido. -Bem... esta Maria mete-me confusão. Sempre a interferir nos nossos planos. -Acredita! Deve ter a mania que é moralista ou... -Pois é... e sabem o que é que eu penso? Isto é tudo por causa daquele livro que ela anda a ler. Qual?! Aquele do parisiense
que ficou maluco e resolveu trocar as frenéticas luzes de Paris pela simplicidade de um pôr do sol na América do Sul... Foi então que entrei em estado de choque. Ela não só tinha os mesmos interesses que eu, como estava a ler o mesmo livro. Eu tinha ficado fascinado só de a ouvir. Ficado apaixonado sem sequer a ver. E já a tinha perdido, sem saber se alguma vez nos voltaríamos a encontrar. E à medida que o sol se ia apagando no rio o grupo de amigas foi desaparecendo. Não tive sequer coragem de lhes pedir um contacto, uma pista. Prometi a mim mesmo que nunca mais iria deixar perder uma oportunidade. Iria começar a aproveitar todos os segundos que se seguissem. Cada minuto que se seguisse iria ser absorvido daqui para a frente. Levantei-me enquanto olhava para aquele prata que se fundia nos tons laranjas e fui pagar. Virei-me para a rapariga do bar... -Bonito este fim de tarde? -É. Às vezes penso que como a simplicidade das coisas está tão destacada e tão evidente aos nossos olhos que nós nem nos apercebemos, nem nos importamos... e no fundo é aquilo que mais interessa. Vá lá! Pensei eu. Ainda restam algumas pessoas com o mínimo de tacto neste mundo. Deixei uma gorjeta peguei no meu livro e quando estou para me ir embora... -Olhe lá onde é que vai com isso?! Perguntou a rapariga do bar, enquanto eu, desorientado, olho para a minha mesa onde o vento levantava algumas páginas do meu livro. Apercebi-me de que a rapariga do bar era a amiga que de vez em quando ia conversando com o grupo. Depois disso... bem, depois disso prometi que a primeira coisa que iria fazer na semana seguinte seria convidá-la para um cafézinho. Bem.. quem diz para a semana diz...
REFLEXOS | NP |17
Navegar é preciso / viver não Afinal, há qualquer coisa nas palavras, uma espécie de murmúrio que as percorre em segredo e se revela aos seus amantes.
J. Wengorovius
Foi uma dessas frases que acende um clarão e, como um aviso, ecoa ao longo de meses. Pertence a um autor clássico e foi evocada na apresentação de um livro pelo poeta Tolentino Mendonça. Ele disse: “Há três tipo de Homens: os vivos, os mortos e os que caminham”, e eu percebi como uma frase pode mudar uma vida. Afinal, há qualquer coisa nas palavras, uma espécie de murmúrio que as percorre em segredo e se revela aos seus amantes. Os “mortos” serão os que vivem ausentes. Os que hipotecaram a beleza da vida ao cansaço. Para estes, o mundo já não guarda surpresas e a vida assemelha-se mais a um naufrágio, a uma fatalidade composta por hábitos e medos, que a alguma coisa de fantástico. Os “vivos” serão todos os que vivem a cem à hora, atarefados e distraídos. Os que perseguem o sucesso e, por vezes em querer, se tornam prisioneiros da ambição e das coisas. Para estes, a vida deve ser sexy como um slogan e perfeita como um condomínio fechado. Como escreveu Oscar Wilde: “Um homem cujo destino é ser qualquer coisa diferente daquilo que
é, um membro do parlamento, um merceeiro próspero, um advogado proeminente, um juiz, um qualquer outra coisa igualmente fastidiosa, invariavelmente consegue ser aquilo que queria ser. Esse é o seu castigo. Todos os que querem uma máscara têm de usá-la”. Por fim os que caminham. É tão difícil e injusto forçar uma pátria, a geometria de um mapa, aos que são mais como um ritmo. Mas, para escrever alguma coisa, julgo que são os que nunca se conformam e que apenas por isso a sua vida será escrita em lâminas de oiro. Os que usam a vida como um rei usa a púrpura. Os que sabem que a dor e a alegria andam de mãos dadas. Os que abraçam as árvores para sentir a seiva correr no interior. Os que acreditam que um refrão pode salvar uma vida. Os que, pelo menos uma vez, já se apaixonaram pelos versos de Rimbaud: “Por delicadeza, / Deixei fugir a minha vida. / Ah!, venha esse tempo / Em que os corações se apaixonam”, e que tantas vezes, mas tantas vezes, recolhem esta nossa vida na piedade de um verso. Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é. Caetano Veloso
18 | NP | CULTURA
Notas sobre La Traviata
Pavilhão Atlântico e a Ritmos & Blues em co-produção com a Opera Hall apresentam dias 21 e 22 de Dezembro a ópera La Traviata de Verdi. Com o libreto baseado no romance “A Dama das Camélias” de Dumas Filho contará com uma versão diferente encenada pelo conhecido como “o feiticeiro”, Frank Van Laecke. Apesar das transformações do
O
cenário e dos efeitos de sonoplastia que envolverão o público no centro da acção, a mais recente super produção da Opera Hall cumprirá com o máximo respeito as partituras originais de Verdi. Aqui ficam algumas notas, deixadas pela produção, sobre esta estreia mundial com palco central no Parque das Nações.
ENCENAÇÃO – CONCEITO Traduzindo à letra “La Traviata” significa “a desvia-
da”, “a mulher à deriva”. E é este significado que está na base do conceito de encenação de Frank Van Laecke. A acção desta produção desenrola-se bem no centro da arena. A própria orquestra aparece integrada nos elementos cénicos. O público instala-se em redor do palco, que toma o aspecto de um armazém de móveis. Cada uma das peças de mobiliário teve um papel importante em determinado momento da vida da protagonista, Violetta, e funciona
como testemunha silenciosa. Mesas de jogo e bancos de pedra: tudo está coberto por um tecido creme, por vezes animado com um subtil brilho dourado. Com um pouco de imaginação, o cenário assemelha-se a um labirinto deserto, aos caminhos da vida. Uma mudança na iluminação e o espaço transforma-se numa paisagem repleta de neve em que Violetta canta o seu credo “Sempre Libre”, ou num lago imenso. Os móveis mudam cena após
cena. Apercebemo-nos de que a acção se passa numa das partes da casa ou num jardim. O espaço coberto é uma espécie de “terra de ninguém”, neutra, ou de ponto de passagem de uma parte da casa para outra. Tanto os elementos cénicos como o vestuário das personagens são de meados do século XIX – “A Dama das Camélias” foi escrita em 1852. A cena é de fausto e sumptuosidade, um luxo que contrasta violentamente com a pobreza da superfície gelada ou com a forma
como os contrastes da vida de Violetta se acentuam neste envolvente: barulho de festa e solidão, riqueza exterior e pobreza interior, um grito instintivo de sobrevivência contra a morte que se aproxima. Esta imagem é ainda mais clara no último acto, quando o cortejo carnavalesco se transforma em cortejo fúnebre. Os convidados vestem-se com fatos do Carnaval de Veneza, da mesma cor que o tecido que cobre os móveis e usam pálidas máscaras de morte, simboli-
CULTURA | NP |19
zando a morte que está por perto, pronta a acompanhar Violetta para o outro lado do Styx, um dos canais por onde os antigos acreditavam que seguiam as almas, na Barca de Caronte. Na abertura da ópera, vemos Alfredo, seguido pelo seu pai, pelo médico de Violetta e pela criada, e visitam juntos o armazém onde estão guardados os móveis de Violetta. À vista dos bens de Violetta, Alfredo é assaltado por recordações e a vida de Violetta é contada sob a forma de flashback. Vemos uma mulher errando pelos caminhos labirínticos da sua vida, hesitando entre a liberdade, o amor e o altruísmo, mergulhada no desespero e encaminhando-se a passos largos para uma morte precoce. A música singular, intrigante e magistral de Verdi é uma fonte de inspiração excepcional e inesgotável.
O ENREDO A acção desenvolve-se em três actos: PRIMEIRO ACTO Passa-se em Paris, à noite, numa das salas da casa da conhecida cortesã Violetta Valéry, onde decorre uma festa. Gastone chega com Alfredo e comenta com Violetta que este a admira. Num momento a sós com Violetta, Alfredo declara o seu amor. Embora não demonstre, parecendo não ter levado a sério o seu apaixonado, Violetta sente-se profundamente tocada com os seus sentimentos. No fim da soirée, após a saída de todos os convidados, Violetta descobre que também
ela se sente envolvida. Mas sentindo-se como se fosse impossível para uma mulher como ela conhecer o amor, muda subitamente de tom e de humor. Nesta cena, revelam-se discretamente os primeiros sinais da tuberculose de Violetta. SEGUNDO ACTO Desenrola-se numa sala da casa de campo, perto de Paris, onde vivem Violetta e Alfredo. Por ele, Violetta deixara a sedutora vida parisiense. Ao ficar a saber, pela criada Annina, que Violetta vendera as jóias para poder conservar aquela casa, Alfredo parte imediatamente para Paris para obter o dinheiro necessário. Violetta chega a casa. Tinha acabado de ser convidada por Flora para uma festa. A ideia de regressar, mesmo que apenas por uma noite, ao cenário da sua antiga vida parece-lhe absurda e fá-la sorrir. É anunciada a visita de Giorgio Germont, pai de Alfredo, que pede a Violetta que deixe o filho para não comprometer nem a carreira nem a reputação da irmã do jovem. Violetta começa por lhe pedir que a poupe a esse desgosto, mas acaba por aceitar. Já a sós, Violetta responde afirmativamente, por escrito, ao convite de Flora. Também escreve uma mensagem a Alfredo dizendo que está de regresso à vida antiga e que se irá encontrar com o Barão Douphol, mas, quando Alfredo entra em casa, apressa-se a esconder a carta. Alfredo diz a Violetta que espera a visita do pai que ten-
tará separá-los e Violetta, sob o pretexto de não querer assistir à conversa, sai. Mais tarde, envia, por um mensageiro, a carta a Alfredo. Sentindo-se traído pela mulher que ama, Alfredo é consolado pelo pai, que chega pelo jardim. Ao saber da festa em casa de Flora, decide comparecer, para vingar-se. No auge da festa, Gastone e os seus amigos entram disfarçados de matadores e toureiros. Entra Alfredo e, logo a seguir, Violetta e Douphol. Sentado a uma mesa de jogo, Alfredo ganha enquanto faz alusões desdenhosas acerca de Violetta e Douphol. Quando os convidados se dirigem para a sala de jantar, para a ceia, Violetta pede a Alfredo que se retire, receando que a cólera do barão o leve a desafiá-lo para um duelo. Alfredo ri-se das suas apreensões. Num momento de grande intensidade dramática, Alfredo abre as portas da sala de jantar e, perante todos os convivas, atira para cima de Violetta o dinheiro ganho no jogo para pagar as despesas da casa em que viveram juntos. Giorgio Germont é o único a compreender o verdadeiro sentido desta cena mas nada diz para que, assim, as suas intenções se cumpram. TERCEIRO ACTO Passa-se no quarto de Violetta. Ela tenta levantar-se mas cai de fraqueza. O médico conforta-a alegremente e falalhe do seu restabelecimento mas murmura à criada que apenas restam algumas horas a Violetta. Ela recebe uma carta em que Giorgio Germont
lhe diz ter contado o seu sacrifício a Alfredo e que ele a irá ver. Aninna acompanha Alfredo ao quarto de Violetta e, no instante seguinte, Alfredo e Violetta estão nos braços um do outro, esquecidos da morte que ameaça Violetta. Nada mais os poderá separar e querem partir de Paris para um lugar calmo. Mas a sombra da morte paira já na fronte da jovem. É tarde demais: La Traviata acaba de morrer.
FICHA TÉCNICA FRANK VAN LAECKE Director Artístico KOEN KESSELS Chefe de Orquestra OLGA MYKYTENKO soprano - Violetta KRISTEN STREJC soprano - Violetta GERARD POWERS tenor - Alfredo Germont PETER BORDING barítono - Giorgio Germont VALENTIN SOUHKODOLETS tenor - Gastone,Visconte di Letorières RENATE ARENDS soprano – Flora Bervoix
MARC CLAESEN barítono - Barone Douphol MIREILLE CAPELLE mezzo-soprano - Annina FABRICE PILLET barítono – Marchese d’Obigny PIET VANSICHEN baixo - Dottore Grenvil ÓPERA NACIONAL DE ROUSSE (Coro e Orquestra) MARNIK BAERT Guarda Roupa PAUL GALLIS Décor JAAK VAN DE VELDE Iluminação
GIUSEPPE VERDI Nascido a 10 de Outubro de 1813 em Itália (Busseto), Giuseppe Verdi provinha de uma família modesta. Para a sua formação musical receberá ajuda financeira do comerciante Barezzi. Aos 18 anos, candidata-se a uma bolsa no Conservatório de Milão mas não é admitido por que já teria ultrapassado a idade limite para frequentar as aulas de piano. O conservatório estava, além disso, sobrelotado, e Verdi, enquanto habitante do ducado de Parma, era considerado um estrangeiro na Lombardia. Com a ajuda de Barezzi, conseguiu, apesar disso, ter lições particulares durante três anos em casa de Vincenzo Lavigna e em Outubro de 1835,Verdi é nomeado ‘Maestro di Musica’ da comuna de Busseto, o que lhe assegura a subsistência. Em 1836, casa com Margaretha Barezzi, a filha do seu benfeitor. Grande parte das primeiras obras de Verdi caracterizam-se pelo patriotismo. I Lombardi alla Prima Crocciata (1843), Ernani (1844) e, naturalmente, o Nabucco valeram-lhe o epíteto de ‘compositor da revolução italiana’, na altura das insurreições contra a Áustria e da unificação e formação do Reino de Itália. Óperas posteriores, como Rigoletto (1851), Il Trovatore (1853) e La Traviata (1853) assinalam a entrada numa nova fase decisiva na criatividade de Verdi. Evoluem no sentido do drama musical e põem a música ao serviço de textos de excelente qualidade (autores como Shakespeare, Schiller, Byron, Victor
Hugo,Voltaire, e Dumas Filho), em obras que lhe valem ainda hoje reputação e reconhecimento internacional. Em 1859,Verdi casa em segundas núpcias com a soprano Giuseppina Strepponi (tinha perdido a sua primeira mulher e os dois filhos em 1840). É nessa época que escreve algumas das suas obras mais célebres, entre as quais Um Baile de Máscaras (1859) e algumas óperas compostas para teatros estrangeiros:A Força do Destino (1862), para São Petersburgo, e Don Carlos, para Paris. Em 1871, por encomenda do rei do Egipto, Verdi escreve a sua ópera mais bem remunerada: Aida. Realiza esta obra pelo real montante de 100.000 francos. Após a Aida, vem uma época de acalmia. Consegue compor o seu magnífico Requiem, mas todas as tentativas de pôr em música a King Lear, de Shakespeare, resultam infrutíferas. É necessário esperar uma dezena de anos para que uma nova ópera composta pela sua mão veja a luz do dia: Otello (1887). Inspirada pelas composições inovadoras de Wagner e Bizet, esta ópera, escrita sob a pressão de Arrigo Boito, que precisava de uma forma musical para o seu libretto, anuncia uma nova fase na obra de Verdi, a ópera lírico-cómica. Falstaff, igualmente baseada num texto de Shakespeare e um libreto de Boito, chega seis anos mais tarde. Estas duas óperas são actualmente consideradas as obras-primas de Verdi.
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20 | NP | NOVAS TECNOLOGIAS
UM SÍTIO PARA a Junta de Freguesia do Oriente lançamento do processo de recolha de assinaturas, recentemente iniciado pela Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, para apresentar à Assembleia da República uma petição para a criação de uma nova freguesia no Concelho de Lisboa, abrangendo toda a zona do Parque das Nações, leva-nos a reflectir novamente sobre o assunto.
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O desenvolvimento do e-gov, ao nível das Autarquias, tem como principal benefício a aproximação dos cidadãos aos centros de decisão, o acesso a informação relevante e também a capacidade de influenciar o processo de tomada de decisão. Por outro lado, não podemos esquecer o uso da tecnologia como suporte a novos métodos de gestão. A nova Junta de Freguesia do Oriente precisa de um sítio e dadas as exigências burocráticas para adquirir o domínio jf-oriente.pt, a nossa proposta aponta para o domínio jf-oriente.org que se encontra disponível. O novo sítio funcionará como o espaço privilegiado para os residentes do Parque das Nações discutirem o essencial, nesta fase, os passos e as acções necessárias para a constituição de uma Junta. Processo que certamente não será fácil, dados os valores monetários que estão em causa. Acredito, no entanto, em valores como o interesse dos cidadãos ou a gestão integrada de um espaço que é uniforme, terão de se sobrepôr.
parques infantis. Estará a degradação destes espaços mais próxima? E a limpeza urbana? Os dejectos dos cães vão proliferando em algumas praças. Mas muitos outros assuntos preocupam os moradores, tais como: os transportes, a acção social, as actividades culturais e recreativas, etc. Que garantias têm os moradores, que a partir de Janeiro de 2003, as Câmara Municipal de Lisboa e Câmara Municipal de Loures não deixem degradar o espaço do Parque das Nações? Qual a coordenação entre as Juntas de Freguesia de Sacavém, de Moscavide e dos Olivais? Mais, nos próximos tempos precisamos de estar muito atentos à acção ou à falta dela por parte das Câmaras e das Juntas referidas. É por tudo isto que precisamos de um sítio para a Junta. Site exemplo www.jf-portela.pt onde para além de poder conhecer melhor a história e as políticas é possível participar nos foruns de discussão, conhecer as últimas notícias e as cartas da Presidente da Junta. Mais tarde serão disponibilizados serviços on line.
Neste momento é importante saber o que pensam os responsáveis pela resolução deste problema: os Presidentes da Câmara de Lisboa e de Loures. É fundamental saber o que pensam estes responsáveis e quais os caminhos para resolver o problema. Mas se a opinião destes não for compatível com o interesse dos moradores? O que fazer? Qual o papel do Governo, mais especificamente do Ministro das Cidades? E os Presidentes das Juntas de Freguesia de Sacavém, de Moscavide e dos Olivais têm alguma ideia para este espaço? Quais as acções que eles têm previstas? Um sítio ajudará a manter informados todos os interessados. Um sítio ajudará os interessados a participar no debate.
Reinaldo Martins rmartins@netbase.pt Consultor em Negócio Eletrónico
Mas, também é necessário, porque é urgente começar a pensar estrategicamente o futuro do Parque das Nações, os problemas estão aí, soluções são necessárias. A Educação no Parque das Nações não nasceu para todos. Os nossos filhos não têm lugar na escola. Quantas escolas são necessárias para satisfazer as necessidades dos moradores do Parque? Quantas escolas estão previstas? A defesa dos espaços verdes é outro assunto de transcendente importância para os moradores do Parque. A conservação dos
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Clube do Mar em expansão O Clube do Mar tem vindo a conquistar, na Doca dos Olivais, um espaço de lazer e de aprendizagem destinado a alunos que sintam vontade de contactar com o mar. Da canoagem à vela, sempre com uma abordagem paralela com o ensino, chegou a altura de iniciar uma expansão a um outro público. Miguel Meneses
epois de concluídas as novas instalações, o Clube do Mar encontra-se cada vez mais preparado para alargar o seu contacto com todos aqueles que estiverem interessados em se envolverem em actividades relacionadas com o mar. Apesar do número crescente de aficionados, todo o seu alargamento foi ponderado pelas capacidades de resposta que poderiam proporcionar. Trabalhando neste momento com 12 escolas periféricas da zona, este clube acredita ter reunido as condições para iniciar um alargamento a outros segmentos. “Começamos a ter uma disponibilidade de abertura ao público, numa lógica de grupos”, revela o professor Manuel Cordeiro, responsá-
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vel por este projecto. A lógica de grupos resulta numa tentativa de chamar empresas locais, autarquias, ou simplesmente moradores que, com cerca de vinte elementos, procurem usufruir do espaço, iniciando-se na prática destes ou de outros, desportos náuticos. “Não temos fins lucrativos, os preços seriam apenas simbólicos, para assegurar a manutenção do clube e gerar uma dinâmica diferente”, adiantou Manuel Cordeiro. Numa vertente mais teórica, o Clube do Mar realiza, também, cursos para adultos com vista na aquisição da Carta de Marinheiro e para a Carta de Patrão Local. Apesar da construção das novas infra-estruturas ter permitido alargar a área de alcance deste projecto, a continuidade deste clube estará sempre dependente da dispo-
nibilidade e boa vontade das pessoas que abrem as portas, todos os dias, a novos marinheiros. Confrontado com o futuro do clube, Manuel Cordeiro diz que “o Clube do Mar não tem funcionários, são os professores que fazem tudo. Por enquanto dá para assegurar o projecto, mas nunca poderá dar prejuízo. “
Cursos para adultos: Carta de Marinheiro (M) e Patrão Local (PL) Realizam-se nas instalações do Clube do Mar na Doca dos Olivais Cursos de iniciação à Vela para jovens – 40 Horas - 8 de Março a 6 de Abril – Sábados e Domingos – 09H30 às 13H30 - 7 a 13 de Julho – Segunda a Sexta – 10H00 às 15H00; Sábado e Domingo – 10H00 às 18H00 - 14 a 20 de Julho – Segunda a Sexta – 10H00 às 15H00; Sábado e Domingo – 10H00 às 18H00 Cursos de iniciação à Vela para adultos – 40 Horas - 11 de Janeiro a 2 de Fevereiro – Sábados e Domingos - 10H00 às 15H30 - 10 de Maio a 1 de Junho – Sábados e Domingos - 10H00 às 15H30 Informações e inscrições através de: Tel: 218917002 ou 218917006/extensão 51006 Fax: 218955762
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Adega de Pegões tinto 1.95 [12 gfas. = 22.80 (1.90)] João Pires - 2.97 [12gfas. = 32.00 (2.67)] Adega de Pegões colheita seleccionada 2000 - 9.50 (12gfas =102.00 (8.50)
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O sonho da taça tão perto Excelente é o adjectivo para ilustrar a exibição frente à Académica. Apesar da derrota por três bolas a duas o Olivais e Moscavide provou que tem equipa e futebol para se bater ao mais alto nível Filipe Esménio
uinto no campeonato a três pontos do primeiro o Olivais e Moscavide ficou de fora da taça frente à Académica. A época tem sido muito positiva numa equipa ainda jovem mas que promete muitas alegrias aos seus sócios e adeptos.
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A Taça O Olivais e Moscavide merecia mais. Esta é a frase mais dita após o final do jogo. Foi no dia 24 de Novembro pelas 15 horas que se iniciou, perante uma espectacular moldura humana, a partida. Perdeu a hipótese de passar à 5ª eliminatória (16 avos de final) ao perder em casa, no Campo Alfredo Marques
Augusto, com a Académica, histórico do futebol português, a militar na superliga por 3 golos a 2. Deste jogo em que o Olivais e Moscavide mostrou a sua raça tudo poderia ter sido diferente se Ricardo Silva, um dos melhores em campo não tivesse falhado uma grande penalidade quando o Moscavide perdia por uma bola a zero. Acabou por marcar um belíssimo golo e criou as melhores oportunidades do CDOM. Um dia em cheio para o Olivais e Moscavide.
O campeonato O Olivais e Moscavide está consistente numa II Divisão B Zona Sul muito competitiva. Quinto classificado a 3 pontos do primeiro, o Amora e também só a 3 do 10º classificado, o Odivelas. O equilíbrio é
Classificação II B (zona sul)
a nota dominante de um campeonato que jornada após jornada vai alterando as posições na tabela classificativa. O Olivais e Moscavide conta com 17 pontos obtidos em dez jogos, cinco vitórias, dois empates e três derrotas. Na próxima jornada vai à Amoreira, campo do Estoril, actual 2º classificado, para um jogo sempre difícil. Registe-se ainda o Pontassolense-Louletano, jogo que irá opor os 3º e 4º classificados. Ainda faltam 28 Jornadas de um longo campeonato em que quase sempre tudo se decide no último terço de campeonato. O Moscavide parece estar preparado para se bater ao mais alto nível pelos primeiros lugares da tabela ficando no ar sempre o sonho da II Liga.
8.º a olhar para cima Após as múltiplas confusões de início de época no Andebol Nacional, a época lá começou, e o Moscavide vai bem. Oitavo com três pontos. Andebol português já nos habituou, mal. O princípio de época inicia-se com convulsões entre Liga e Federação que atrasam o início de época, desacreditam a modalidade, prejudicam a receita de clubes, desorganizam a preparação física dos atletas e cansam, cansam toda a gente. Mas a época começou e falemos dela. No início da época o Olivais e Moscavide deu logo sinais de poder lutar com os grandes esta época. Vitória na Taça da A.A. Lisboa batendo na final o Boa-Hora por 31-24. O Moscavide prometia. E não tem defraudado.
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O Campeonato Uma vitória, um empate, e uma derrota marcaram o início de época do Moscavide. Venceu o
Parque como nós Ninguém conhece o a Portela
Águas Santas (24-22) e empatou com o Belenenses (23-23), com ambos os jogos realizados em casa. Mas os resultados foram bem positivos e prometedores, no entanto, uma derrota com o primeiro classificado, FC Porto, por (2919) provam que o ano é para lutar por uma melhor classificação na época regular do que a do ano passado, um 7º lugar que garantiu o play off. Muito dificilmente pensar em ir mais além. Mas sonhar é permitido e a partir do momento que conquiste um lugar acima do 8º lugar os jogos serão a eliminar e tudo pode acontecer. O Moscavide está na alta roda do Andebol Nacional e bate-se entre os grandes como um deles.
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