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PASSAGEM
A N O I I I - N R . 1 3 - B I M E S T R A L - S E T E M B R O 03 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E S E S
ENTRE ESTAÇÕES
PARQUEMPRESAS OS TELEMÓVEIS PÁG. 16
ENTREVISTA COM
PÁG.4
DIOGO VASCONCELOS
REPORTAGEM UM DIA COM AS LONPTÁGR. A S 11
2 | NP | EDITORIAL
NOTAEEDITORIAL
8 | NP | E NTREVIST A
Na passada edição do Notícias do Parque, foi realizada um entrevista ao Arquitecto Luís Viana Baptista, cujo tema focava As pessoas são o algumas questões sobre o Planeamento Urbanístico desta Zona. Na apresentação feita ao nosso entrevistado lia-se “Luís mais admiro neste proqujee eu cto Viana Baptista é o arquitecto responsável pelo Planeamento Urbanístico deste Projecto”, sendo que deveria ler-se que é, actualmente, o director de Planeamento Urbanístico da Parque Expo. O planeamento urbanístico deste projecto teve a direcção e a responsabilidade, na sua primeira fase, do Arquitecto Vassalo Rosa, contando com a participação de outros colaboradores como o Professor Arquitecto Nuno Portas (até Dezembro de 1993), Arquitecto Miguel Aragão (até 1996), Arquitecta Maria Manuel Teixeira da Cruz e o Arquitecto Trindade, a que se juntaram, posteriormente, os arquitectos Carlos Barbosa, António Quaresma, Joana Carvalho, Ricardo Parrinha e outros técnicos. Por motivos que se remetem ao limitado espaço de que dispomos para esta rubrica, alguns destes dados tiveram que ser omitidos sem que os consideremos de menor importância e relevância. Apresentamos, assim, esta nota explicativa, assegurando as nossas melhores intenções e consideração pelo Arquitecto Luís Viana Baptista e por todos os responsáveis pelo Planeamento Urbanístico deste projecto. “
Miguel
”
F. Meneses
Iniciado no século passado e com conclusão marcad a para 2007, o Parque das Nações é, já, conside rado como grandes obras uma das do século. Luís Viana Baptista é o arquitecto responsável Planeamento pelo Urbanístico deste project fala-nos um oe pouco sobre a cidade que ergueu entre se dois séculos .
noticiasparque@netcabo.pt 219456514
planos, os Quais foram mais marcantes, do Marquês o da Gama cipiais que as marcas prine o terminal Carlos Mardel, de Pombal de estiveram tes no primeiro fluvial, preseno do Luciano no fundo, o Garcia, eixo central é, metropolitano. desenho projecto? sentido deste Liberdade, com a Av. O Parque no seria não da outro nascente poente. o mesmo Nenhum a Av. Fontes se não houvesse relação aos residentes, Por lado, diria projecto de Melo, Pereira que temos ponte, linha do a Av. da meiro desenho, se faz no prifalamos norte, se República, duas zonas norte. numa coisa também temos depois houvesse não entre muitos desenhosmas ao fim de linha do que está planos posterio- Torre e a Ponte Uma entre a vamente a zona sul metro. res da limitadas. Vasco da e este, com e a zona dimensão e também Vivemos numa época gama norte a Pacheco época do Duarte e outra até ao que ao centro que é preciso em rio Trancão. De qualquer forma (em condições fim de muito tem, fez-se ao Temos uma central. 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FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, Mariana Gasalho, Pedro Pereira,Tiago Reis Santos, (Colaborações) J. Wengorovius, Pedro Jordão, Reinaldo Martins Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Luis Bendada Ilustrações: Bruno Bengala Projecto Gráfico: Tiago Fiel Produção: Imaginarte Impressão: Imprejornal Rua Ribeiro Sanches 65-1200-787 Lisboa Tiragem: 5000 Exemplares Proprietário: Imaginarte Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis nº. 6 1º Dto. 2685-215 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03
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Os PEQUENOS e o GIGANTE Quando é que nos apercebemos que não passamos de meros hóspedes deste antigo planeta.... Estou há cerca de 3 horas num comboio a caminho do Algarve. Muito provavelmente quando lerem este texto todo o sentido já não estará tão quente como o deste dia de princípio de Agosto. Na minha janela, do lado esquerdo do comboio, têm vindo a ser projectadas imagens, em sessão contínua, planícies, vales, matas, planos verdes que são cortados pela linha que me conduz à costa sul. Depois de ter saído de Lisboa, foram raras as vezes que fomos atravessados por sinais de elementos urbanos ou humanos. Verde e castanho têm sido uma constante que me fazem sentir pequeno, que me fazem sentir que o ser humano afinal não é mais do que um mero hóspede, num planeta habitado pelo verde e cercado por mar. No entanto (já perdi a conta), milhares de hectares estão a ser destruídos por uma das grandes descobertas do homem... o fogo. Foi descoberto pelo homem e utilizado por ele para o bem e para o mal. Não queria cair no facilitismo de tornar esta questão política, até porque é uma matéria vital para a condição do Planeta e superior a um grupo de homens que discutem o futuro da existência e condição humana. Mas já que toquei no assunto, não vou deixar de investir umas palavras. Turismo... sempre que vou lá fora não me canso de dizer que Portugal é um pedaço de terra com uma diversidade e riqueza natural impressionantes. Temos o verde do norte, a urbe antiga, as planícies do Alentejo e um litoral com duas costas. Somos pequenos, mas perfeitos como qualquer miniatura que é criada com o máximo de pormenor, alma e requinte. É claro que é capaz de ser interessante para um turista ter uma visita guiada... “do nosso lado esquerdo temos Guimarães, estado-maior de Afonso Henriques, filho de D. Teresa e fundador de Portugal, que em 1128 derrota as tropas de sua mãe...” Ao mesmo tempo não acredito na ideia: “do nosso lado direito temos a serra de Monchique que ardeu em 1987, que ardeu em 1999, que ardeu em 2003... depois de João, um incendiário, filho de Fernando ter resolvido arranjar um emprego de Verão para poder comprar o brinquedo dos seus sonhos... um carro GT com dois tubos de escape e vidros fumados”. Por outro lado, (sim, senhores políticos, nós sabemos que em Espanha e em França, a vaga de calor também provocou fogos terríveis) não quero saber. Eu quero saber dos prejuízos que o meu país está a sofrer, naturais, ambientais, físicos, psicológicos, financeiros... Eu quero saber porque é que se constroem estádios, enquanto que o antigo coração urbano português está a cair de podre. Portugal deve ser visitado por causa de um campeonato de futebol ou por causa da sua riqueza histórica, urbana e natural. Será que devemos investir todas as nossas fichas num fogo de artifício que, no fundo, é mais do que supérfluo e banal (aparentemente chegou-se à conclusão que o futebol não é mais do que um flop no PIB português, não gera receitas, emprego... o nosso vinho consegue ser mais conhecido lá fora...). Não deixa história, nem nada para ninguém a não ser alguns estádios vazios (e não os vamos comparar com as ruínas históricas do grande coliseu romano). Uma rapariga do País de Gales questionava-me sobre a degradação de alguns dos nossos monumentos históricos e relatava-me o vasto número de palavrões que viu em graffitis decalcados em monumentos e estátuas nossas. Certamente que ficou a ganhar duplamente... conheceu um pouco da nossa história e ao mesmo tempo teve contacto com o calão português. Penso que sim… construam-se estádios, ganhem-se campeonatos... é mesmo disso que o país mais precisa. Enquanto isso... o comboio chegou ao meu destino final...golo! 05 de Agosto de (um Verão bem quente de) 2003... infelizmente acabou por não estar assim tão desactualizado... Miguel F. Meneses
LOCAL | NP | 3
A redenominação de MarinaExpo em Marina do Parque das Nações vem simbolizar mais do que um novo nome, vem elevar o interesse em que o projecto nascido na, então Expo´98, assuma o seu lugar no Parque das Nações de hoje.
Marina do PARQUE DAS NAÇÕES desbloqueada Miguel F. Meneses
o passado dia 28 de Julho, foi aprovada uma proposta, no Tribunal de Comércio de Lisboa, que vai possibilitar a recuperação da empresa MarinaExpo, resultando no reiniciar de uma das obras mais importantes do Parque das Nações. Este acordo concretizou-se com o contributo de todos os principais intervenientes com a excepção da empresa espanhola OSHSA que foi o único credor a votar contra esta proposta de recuperação. A Parque Expo aceitou, ainda, efectuar um esforço financeiro adicional, canalizado para o rearranque das obras e o BCP e o BBVA assegurarão as condições necessárias ao financiamento da empresa. A vontade destes três principais accionistas é unânime, no que diz respeito ao retomar da obra, sendo assumido que, após dragagem e instalação dos fingers e passadiços, a nova marina possa receber as suas embarcações, já no próximo Verão.
N
A reacção da Associação Náutica da Marina do Parque das Nações, ANMPN, face ao desbloquear da situação é de satisfação. No entanto, Manuel Ventura, presidente desta associação, acrescenta que “a nossa posição na sua fase histórica é lamentar que se tenha perdido tanto tempo resultando numa degradação deste local”. Quanto ao futuro revela que “saímos da reunião de Julho conscientes da vontade de todos os credores para uma rápida recuperação da Marina. Só que hoje ainda não tivemos qualquer feedback nem do BCP nem da Parque Expo.” Para o presidente desta associação náutica “toda a recuperação técnica terá que avançar já para se conseguir que a obra esteja concluída em Junho do próximo ano. O ano de 2004 vai abrir grandes janelas de oportunidade através de grandes eventos, como o Euro, potenciais geradores de receitas para os investidores que estiverem ligados à Marina do Parque das Nações”. PUB
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4 | NP | ENTREVISTA
Parque: Cidade
BANDA LARGA Já ouviu certamente a expressão «the future is now». Se calhar nunca pensou foi que, além de já, fosse também aqui, no Parque da Nações. O projecto «cidade banda larga» vai ser acolhido pelo Parque das Nações, mostrando mais uma vez o «espírito moderno e cosmopolita» da intervenção urbana mais bem sucedida de que há memória. Internet e conectividade ao virar de cada esquina é o que promete Diogo Vasconcelos, líder da UMIC (Unidade de Missão e Inovação e Conhecimento) . Sob a Coordenação do Ministro Adjunto do Primeiro Ministro, José Luis Arnaut, a UMIC existe para ajudar a construir a Sociedade da Informação em Portugal. Por isso, associa-se à Parque Expo nesta demonstração visionária da qualidade de vida do futuro. E no Parque, o futuro é já.
Alexandra Ferreira
O que é uma «cidade banda larga»? No fundo, o objectivo deste projecto com a Parque Expo é fazermos um caso de estudo mundial de uma cidade banda larga, utilizando uma tecnologia wi-fi. O objectivo é, numa área relativamente vasta como é a área do Parque das Nações, dotarmos de conectividade banda larga o conjunto das pessoas que tem acesso ao Parque da Nações. Faz parte da estratégia do governo para a sociedade de informação, a massificação da Internet, sobretudo a Internet com banda larga. O governo aprovou, no dia 26 de Junho, o Plano de Acção para a Sociedade de
Informação, o qual integra a Iniciativa Nacional para a Banda Larga. E um dos objectivos, de facto, para a Iniciativa para a Banda Larga é chegarmos ao final de 2005 com mais de metade da população tendo acesso à Internet com banda larga. Banda larga é um facilitador do acesso ao conhecimento, conteúdos atractivos, ensino à distância, teletrabalho, comércio electrónico e é, também, um grande impulsionador da competitividade das empresas. De maneira que, Portugal, através deste plano de acção, consagrou como um dos objectivos estratégicos, a criação de condições para a massificação da banda larga. Este projecto surge neste contexto, foi um desafio colocado à Parque Expo e é um trabalho que temos vindo a desenvolver em conjunto com o objectivo de, naquela que é a zona mais moderna de Lisboa, ser também a zona onde mais rapidamente os cidadãos têm acesso ao mundo. E porque é que a escolha da cidade banda larga recaiu sobre o Parque das Nações? O Parque das Nações tem em si mesmo um significado simbólico porque é um território de modernidade. É uma espécie de Nova Lisboa, criada num contexto urbanístico, pensado e desenhado para uma qualidade de vida elevada, para uma grande capacidade das pessoas estarem em contacto com a Natureza, em ambientes que permitam facilitar a criação de um espírito, por um lado, de bairro, e, por outro lado, um espírito cosmopolita, com acesso facilitado à cultura, ao entretenimento, ao lazer.
E entendemos que, de facto, era um sítio que, pela sua vocação, pela sua projecção, pelo prestígio que tem, a nível nacional e internacional, seria, de facto, um sítio excelente para lançarmos esta iniciativa. Por outro lado, a empresa, como empresa, é extremamente dinâmica,com grande capacidade de resposta a novos desafios e que agarrou com grande entusiasmo este projecto, a fim de torná-lo realidade. Foram estas razões que nos levaram a avançar para a criação de uma iniciativa que vai tornar a zona de intervenção da Parque Expo, a primeira cidade banda larga do país. Que infra-estruturas vão ser necessárias? As infra-estruturas que estão, neste momento, a ser instaladas, são infra-estruturas que vão permitir a conectividade sem fios, usando a tecnologia wi-fi naquela área e pessupõe um determinado número, bastante elevado, de pontos de acesso, que vão cobrir razoavelmente a área do Parque da Nações. Estamos a falar de quantos pontos? São cerca de cinquenta pontos de acesso. Pontos de acesso significa equipamentos com antenas que permitem «iluminar» uma zona. O «sight survey» apontava para um número de equipamentos nessa ordem. Não estamos a falar de um conjunto de computadores espalhados pelo Parque... As pessoas levam o seu prório equipamento (computador, PDA,...) Desde que haja nesse equipamento uma placa de rede wireless ou então, se o equipamento já tiver embebido
ENTREVISTA | NP | 5
Quem está por trás deste projecto? Este é um projecto conjunto entre o Parque das Nações e a UMIC.
Este projecto apresenta alguma semelhança com o que foi feito no Campus Universitário de Aveiro? Tem, com uma diferença substancial. O projecto de Aveiro já existe em mais oito universidades e, até ao final do ano, estará em todo o ensino superior. Portanto, aí estamos a falar não de uma rede, mas de cerca de duzentos hot spots – os chamados hot spots, nome utilizado -. As redes universitárias são redes destinadas à utilização por professores e alunos, na universidade. Ao passo que, aqui, estamos a falar de uma rede pública, no sentido em que têm acesso as pessoas que, através dos ISP - Internet Service Providers - que vão aderir, transitam no Parque das Nações. Esta é uma diferença importante. A tecnologia é a mesma, tecnologia wi-fi.
Qual a receptividade que se espera, por parte da população? Foram feitos cálculos e estudos para uma utilização relativamente intensiva da infra-estrutura que vai ser montada.
O que é que se pode antecipar a nível de custos para os utilizadores? Estamos a articular com os operadores de comunicações que vão estar ligados a este projecto. Serão sempre condições especiais.
das com a Parque Expo. Isso vai criar uma forma diferente de ter acesso a redes sem fios porque, ao contrário do que normalmente existe, que são redes às quais só pode ter acesso o cliente de quem as construiu, aqui estamos a falar de uma rede wi-fi aberta. Também por isso é um caso de estudo mundial.
essa funcionalidade (tecnologia wi-fi) – a maior parte dos computadores novos, de agora já têm essa funcionalidade incluída – e esses computadores ficam automaticamente habilitados. E aquilo que nós fizemos foi convidar os operadores de comunicações a estarem envolvidos neste projecto para que possam dar conectividade e
acesso à rede por parte dos seus clientes. É uma rede com características interessantes e únicas porque é uma rede aberta. Ou seja, é uma rede que vai estar aberta a qualquer operador que se queira ligar, no sentido de facultar o acesso aos seus clientes, em condições especiais que estão, neste momento, a serem negocia-
Já existe alguma receptividade ao projecto por parte das empresas fixadas no Parque das Nações? Este projecto ainda está na fase de implementação, ainda não foi comunicado às empresas da zona de intervenção da Parque Expo.
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6 | NP | AMCPN
EQUIPAMENTOS ESCOLARES - Que resposta dar ao silêncio dos responsáveis ? pesar dos apelos e da pressão exercida sobre as entidades com responsabilidade nesta área, para que promovam a construção urgente dos equipamentos escolares previstos e de que carecemos, o silêncio das mesmas mantém-se.
A
Com efeito, iniciou-se no passado dia 15 de Setembro o ano lectivo de 2003/2004, sendo suposto que já estivesse em funcionamento mais um equipamento escolar no Parque das Nações. Tal abertura corresponderia à concretização de uma promessa que nos tinha sido feita pelas entidades responsáveis, nomeadamente a DREL, há cerca de três anos atrás. Com efeito, há cerca de três anos, a DREL informou-nos de que seria aberto concurso para apresentação do projecto de arquitectura da nova EBI, até ao final de 2000, no sentido de que essa escola pudesse funcionar no início do ano lectivo de 2003. Contudo, constata-se, lamentavelmente, que tal não sucedeu nem em 2003 nem em 2004. E mais grave do que o facto desta promessa não ter sido cumprida é não se perfilar, sequer, no horizonte uma data para a sua satisfação. Perante estas omissões do Ministério da Educação, da DREL e das Autarquias, somos induzidos a interrogar-mo-nos se nós, pais com filhos em idade de frequentar estes estabelecimentos de ensino, não teremos, igualmente, alguma responsabilidade, decorrente do crédito excessivo que temos dado a tais promessas. É que num país onde os recursos são escassos e as carên-
cias muitas, ao nível dos equipamentos escolares, todos nós deveríamos já ter assimilado que os responsáveis pela gestão de tais recursos e satisfação das ditas necessidades acabam por ser permeáveis aos protestos ruidosamente feitos na comunicação social, nomeadamente a paralisação de escolas, fechadas a cadeado por pais e alunos.Várias situações destas se verificaram no passado dia 15. Enquanto isso, nós continuamos a manifestar o nosso desagrado de uma forma mais tímida e discreta, através de pedidos de reuniões, sobretudo à DREL, ou abaixo-assinados cujo resultado todos conhecemos, ou seja, o agravamento da situação, de ano para ano, sem que se perfil no horizonte uma solução para a mesma. Tal situação irá, pois, agravar-se atendendo à inexistência de estabelecimentos de ensino privado no Parque das Nações, à total ausência de perspectivas de edificação dos restantes estabelecimentos escolares públicos que se encontram previstos e ao prosseguimento do actual ritmo de construção, que conduzirá a que, em breve (dentro de dois anos), a população atinja cerca de 25 mil habitantes e igual número de trabalhadores. Na verdade, uma vez que a totalidade das edificações previstas já está em construção avançada ou a iniciar-se, dentro desta prazo, tudo estará concluído. De resto, a própria Parque Expo’98, SA o corrobora nas suas declarações públicas. É, igualmente, claro que esta situação só é possível dado o alheamento das autarquias, sobretudo das Câmaras Municipais de Lisboa e de Loures, em que o Parque das
Nações se integra. Mas também das próprias Juntas de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, Moscavide e Sacavém. São todas muito ciosas dos seus poderes sobre este espaço, sempre confrontadas com o desejo dos moradores e comerciantes na criação da sua própria freguesia: a Freguesia do Oriente. Todavia, todas elas estão alheadas deste (como dos demais) grave problema com que nos defrontamos. Será que não lhes cabe o primeiro lugar na fila dos que exigem a resolução desta situação? Em face deste cenário, importa que cada um de nós faça uma avaliação ponderada e criteriosa acerca do caminho que temos estado a trilhar, por forma a que se gerem os consensos necessários ao estabelecimento da resposta enérgica que estas entidades há muito já deveriam ter merecido da nossa parte. Somos pessoas de diálogo. Privilegiamos, acima de tudo, o diálogo. Todavia, a ausência de resposta aos nossos insistentes apelos de diálogo tem de ter um limite!
FREGUESIA DO ORIENTE Na edificação da CIDADE é tempo de abrirmos portas à criação da nossa FREGUESIA
Participe nesta construção e assine a Petição Freguesia do Oriente
Imaginar o futuro construindo o presente
Depois de imaginada vamos agora edificá-la SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
Contacte a Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações Telef/Fax - 21 893 60 59 www.amcpn.com
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m dos temas mais presentes e importantes no desenvolvimento do Parque das Nações tem sido, sem dúvida, a Igreja de N.ª Senhora dos Navegantes. Do interesse geral dos moradores e muitas vezes focado pela comunicação social nacional, a igreja tem suscitado muitos movimentos com alguns avanços e recuos. Muito recentemente contou com um significativo avanço. Desde o Verão que a Diocese de Lisboa conta com uma nova paróquia: a Paróquia de N.ª Senhora dos Navegantes do Parque das Nações. O novo pároco, P. Nuno Tavares, deverá celebrar a sua primeira missa no Domingo, dia 26 de Outubro, pelas 16h. Para esta celebração, que decorrerá nas instalações provisórias da igreja (próxima da P.S.P.), está confirmada a presença de D. Manuel Clemente. Este passo poderá marcar mais um importante avanço para o processo de construção da tão aguardada Igreja. Por outro lado vem, também, representar e comprovar o crescimento e união que se sem feito sentir no seio desta comunidade.
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E
m menos de um mês, a Parque Expo assume cooperação com o Brasil em dois projectos de grande envergadura nacional. Recife-Olinda e o Sapiens Parque de Santa Catarina, trouxeram, recentemente, dois governadores brasileiros ao Parque das Nações. O projecto de requalificação urbana e ambiental de uma das mais importantes áreas da zona de Recife-Olinda e o projecto Sapiens Parque, com cerca de 4,5 milhões m2, a ser desenvolvido no Estado de Santa Catarina, considerado como o maior Parque tecnológico e ambiental do Brasil colocam, uma vez mais, a Parque Expo no caminho da internacionalização.Ambos os projectos são considerados pelo estado brasileiro como das mais importantes obras dos próximos tempos.Ambos os governadores elogiaram o sucesso do Parque das Nações e acreditam que o know how do Grupo Parque Expo possa trazer uma grande mais valia a ambos os projectos.
Oceanário dá apoio a vítimas dos incêndios O
Oceanário passou recentemente a marca dos 8 milhões de visitantes. No passado dia 20 foi organizado por esta instituição uma acção denominada “um abraço do fundo do mar” tendo como objectivo doar as receitas de um dia de bilheteira para as vítimas dos incêndios. Após o encerramento, Vítor de Castro entregou um cheque com o total da receita apurada a Fernando Ruas, presidente da Associação Nacional dos Municípios, que em declarações ao Notícias do Parque, considerou que “uma instituição como o Oceanário que tem uma actividade tão nobre e querer ajudar as vítimas dos incêndios é um gesto simbólico que só poderia partir de uma instituição como esta”.Também presente na cerimónia, Miguel Relvas, secretário de estado da Administração Local. “É uma iniciativa gratificante num momento de tragédia nacional houve uma onda de solidariedade nacional e fico extremamente feliz por ver uma infra-estrutura que é gerida pelo estado a colaborar e contribuir para que possamos ajudar aqueles que necessitam. É também mais uma demonstração da colaboração entre a administração central e a administração local”.
Tertúlias no Parque I
Esperamos por si
nicia-se, no dia 10 de Outubro pelas 21h30, o ciclo de encontros “entre nós e as palavras”. Serão tertúlias abertas a todos, independentemente das suas convicções, para leitura e conversa à descoberta de escritores como Graham Greene, a Flannery O´Connor, Salinger e Oscar Wilde, entre outros. Em resposta às motivações para tal iniciativa na Igreja de N.ª S.ª dos Navegantes, os promotores apontam que “é à volta da palavra que se articula, balbuciante, o enigma do mundo”. O Terreiro dos Corvos (próximo da P.S.P.) volta assim a oferecer algumas noites de “encontros” continuando apostar em iniciativas marcadas pela capacidade de iniciativa de uma comunidade e pelo bom gosto dos mais variados temas. São, assim, pretextos bem válidos para todos aqueles que tem algo para dizer ou simplesmente descansar ao som da palavra.
BREVES | NP |9
Associação de Pais preocupada com futuro Associação de Pais da Escola Vasco da Gama está preocupada com o presente e o futuro deste espaço escolar. Fernando Lima e João Cruz, membros da direcção desta associação, apontam como principais preocupações o número excessivo de alunos para, apenas, uma escola e a possibilidade de os actuais alunos não poderem usufruir de um regime de continuidade. O Projecto Educativo em vigor desde o ano passado, alicerça-se num modelo integrado da Escola capaz de gerar interacções positivas entre todos os ciclos e o Jardim de Infância. A provável saída da escola do 3º ciclo, iniciando-se já este ano com o 7º ano, anula grande parte da lógica do Projecto Educativo quebrando toda a continuidade e integração dos alunos do Parque das Nações que, para estes dois pais, é de grande importância para todo o processo educativo dos alunos. Outra das preocupações é o funcionamento do chamado regime duplo implementado no 1º ano do 1º ciclo pelo elevado número de alunos candidatos à Escola. Este regime levou à criação de duas turmas que funcionam, uma de manhã e outra de tarde e representa uma situação a prazo pois obriga a que nos anos subsequentes a mesma situação se repita nos níveis seguintes. Para estes encarregados de educação, este regime poderá inviabilizar projectos importantes, como é o caso do ATL, espaço destinado aos tempos livres dos alunos, que tem uma adesão bastante grande. “Os pais colocaram as crianças neste espaço, porque esta era a escola da comunidade. Preocupa-nos que a solução seja encontrada tendo em conta uma fórmula aritmética simples e não uma equação complexa, em que a solução tem que ser ponderada em função das expectativas da população. Lamentamos que a decisão seja tomada numa análise fria dos números”. Há já alguns pais que, face a estes problemas, começam a pôr em causa a decisão de terem colocado os filhos na escola, mostrando algum arrependimento e lamentando o facto de já ser tarde de mais para a recolocação em colégios ou outros estabelecimentos de ensino. Quanto a soluções, Fernando Lima e João Cruz referem que, infelizmente, não são possíveis de tirar de “uma cartola”. Até à data, foi, apenas, possível atenuar os problemas que vão surgindo. Referem que os equipamentos escolares projectados foram, manifestamente, insuficientes para a realidade, sendo inevitável a necessidade de se criarem mais escolas. O que pedem é que se clarifiquem, de uma vez por todas, as regras de admissão a esta escola, de maneira a que o processo seja transparente, “nos últimos quatro anos tivemos quatro critérios diferentes... é angustiante. Os pais têm que saber se têm hipóteses de colocar os seus filhos cá dentro. A pressão exercida nesta escola não pode servir de pretexto para prejudicar a qualidade de ensino desta escola”. Sabem que não existe capacidade para tantos alunos e defendem que a continuidade tem que estar presente. Quanto ao trabalho efectuado por esta Associação de Pais, alegam que gostariam que existisse alguma tranquilidade, na escola, permitindo que tanto eles como o Conselho Executivo e o Conselho Pedagógico, consigam elevar o nível de preocupações, contribuindo, assim, para o
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desenvolvimento de um projecto pedagógico, acima das actuais falhas. “Esta é uma escola que ainda não teve oportunidade de demonstrar, a sério, o seu modelo escolar especial”. Quanto ao futuro, passará muito rapidamente, por uma solução com a DREL. A possibilidade de se formar um grupo de trabalho que envolvesse a comunidade foi-lhes prometida e a Associação de Pais quer encontrar soluções o mais rapidamente possível. Caso lhe sejam negadas “vamos passar da boa fé e da boa vontade para outros caminhos de que ninguém gosta, como acorrentar a escola, cortar as estradas. Não tem sido a nossa forma de agir e temos consciência de que os problemas desta escola são apenas uma gota no oceano de uma DREL, mas todos nós temos os nossos níveis de preocupação e a nossa é com esta escola”.
“Nos últimos quatro anos tivemos quatro critérios diferentes... é angustiante. Os pais têm que saber se têm hipóteses de colocar os seus filhos cá dentro. A pressão exercida não pode servir de pretexto para prejudicar a qualidade de ensino desta escola.” PUB
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A Oriente Maria Geni Veloso das Neves é a presidente da Junta de Freguesia da Portela. Bem perto do Parque das Nações, esta freguesia completa, em Outubro, os dezoito anos de idade. Autarca reconhecida e conhecedora do sistema administrativo local e central, falou ao Notícias do Parque um pouco sobre uma Portela que, em tempos, se encontrou dividida entre duas freguesias.
omo é que caracteriza a Portela antes da sua constituição como freguesia? Vamos fazer, a 4 de Outubro, dezoito anos que somos freguesia. Dezoitos anos recuados posso dizer que éramos uma urbanização conhecida como a Portela de Sacavém e que estava fragmentada em duas zonas: a sul do Centro Comercial, era território da freguesia de Moscavide, a norte era território da freguesia de Sacavém. Como nós todos percebemos, como seres humanos que somos, a divisão nunca é boa. Uma família dividida não consegue vencer, uma instituição dividida não consegue a prosperidade e, na verdade, uma urbanização dividida em duas freguesias tem, efectivamente, que sofrer as consequências. Isso passou-se, também, connosco. Nessa altura a nossa urbanização era, no fundo, um conjunto de casas, umas construídas, outras a acabar de construir e não havia uma zona verde, um banco para nos sentarmos, enquanto que uns iam à freguesia de Moscavide para resolver os seus problemas e outros à freguesia de Sacavém. Andámos cerca de doze anos sem perceber como resolver esta situação. Felizmente que fomos tomando consciência de que era necessário um alerta que pudesse mobilizar os que cá viviam e, daí ,nasceu a Associação de Moradores. Teve um papel muito importante neste desenvolvimento e foi, a pouco e pouco, abrindo caminho em direcção à nossa independência. Houve, na verdade, pessoas de vontade que deram o seu contributo e houve outras pessoas que, politicamente, estavam mais
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bem situadas e tenho, aqui, que fazer referência ao Eng.º Ângelo Correia, que se uniram a este propósito, na tentativa de que a freguesia da Portela fosse alcançada. Isto tudo num percurso cheio de avanços e recuos, mas que teve o seu ponto culminante. A 4 de Outubro de 1985, fomos considerados freguesia. O que é que mudou? Se quisermos fazer uma retrospectiva, sobretudo quem cá vive, desde o início da urbanização, não terá memória curta e poderá, com muita facilidade, acentuar essas diferenças. Hoje, a freguesia da Portela, com dezoito anos, tem voz em todas as instituições políticas e não políticas. Tem voz e assento numa Assembleia Municipal, numa Assembleia de Freguesia. Tem assento no poder central com o parecer e sentimento dos seus fregueses, perante aquilo que são as suas grandes necessidades. Estar na independência não tem nada a ver com o estar na dependência. Todos nós sabemos que, quando a independência é bem gerida, bem tratada, meditada, com objectivos e estratégias bem definidas, a independência prospera. É isto que, de facto, interessa. Ao falarmos tantas vezes na criação de freguesias, com uns a favor e outros contra, não há dúvida nenhuma que todos aqueles que, com maturidade, com projectos bem definidos, conseguirem ser independentes, vale a pena que lutem. Na verdade há outro caminho a trilhar, há outras soluções que aparecem mais facilmente e há, sobretudo, o querer e o saber de quem vive nessas zonas.
Maria Geni Veloso das Neves Presidente da Junta de Freguesia da Portela.
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REPORTAGEM | NP |11
UM DIA COM AS LONTRAS Decidimos passar um dia com as Lontras do Oceanário de Lisboa e ficar a conhecer o seu dia-a-dia. Saímos fascinados com os dois animais tão carismáticos quanto simpáticos e com o profissionalismo com que são tratados. No entanto, ficou a ideia de que algumas curiosidades podem passar despercebidas.
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ão 8 horas da manhã. Os corredores estão ainda vazios, mas não é o único factor que é estranho: os diversos habitats estão vedados por cortinas pretas com uma pequena “porta” de modo a deixar passar, apenas, uma pessoa. “É para que os animais não andem a passear de habitat para habitat durante a noite. Durante o dia, com as pessoas, têm medo e não saem, mas, durante a noite, temos que fechar os habitats.”, diz-nos a responsável pelo habitat do Pacífico,Vanda Marnoto. Fomos passando pelas várias portas até chegarmos ao habitat do Pacífico, onde a Amália e o Eusébio estavam já bastante activos. Para a Vanda, o dia começa com uma sessão de alimentação, a primeira de cinco ou seis. Porquê tantas? A razão é simples: devido às águas frias em que estes animais vivem (cerca de 13º C, no aquário, podendo atingir alguns graus negativos, no seu habitat natural), o seu metabolismo é bastante acelerado de forma a manterem a temperatura interna. Como tal, da mesma forma que um carro que ande sempre em altas rotações consome mais gasolina, também as lontras têm que ingerir bastante alimento. As lontras comem cerca de 25% do seu peso corporal, de alimento, por dia, sendo a sua dieta consti-
tuída por lula, polvo, mexilhão, camarão e algumas espécies de peixe como arenque. Por outro lado, diz-nos a Vanda, ajuda a quebrar a monotonia do seu dia, dando-lhes mais momentos de actividade e distracção (ver caixa Elas também brincam...). A Amália e o Eusébio são dois exemplares de Lontras-Marinhas, pertencentes à espécie Enhydra lutris. Apesar de serem incluídas no grupo dos mamíferos marinhos, são muito diferentes da maioria destes, como as focas, baleias e golfinhos, pertencendo, na realidade, à família das Doninhas. A Amália e o Eusébio integraram uma população do Alasca (ver caixa Onde habitam as lontras?). Foram capturadas juntamente com uma cria, em Setembro de 1997, para ocuparem um dos aquários do habitat Pacífico e, assim, poderem ambientar-se à nova casa, antes da abertura oficial do Oceanário. No entanto, a cria não sobreviveu à mudança de casa. Estima-se que o Eusébio tivesse 2 anos de idade, na altura da sua captura, e que a Amália fosse dois anos mais velha. No entanto, estas estimativas são bastante grosseiras, uma vez que o único método preciso existente para determinar a idade dos indivíduos é baseado na análise dos dentes, difícil de realizar em animais vivos.
Por outro lado, é possível calcular a idade aproximada das lontras olhando para a cor do pêlo, que se torna cada vez mais branco à medida que o animal vai envelhecendo. Esta é também uma forma de distinguir os dois animais. A Amália, como é mais velha, tem o pêlo da cabeça mais branco do que o Eusébio. Hoje é quarta-feira e as sessões de alimentação são acompanhadas de um treino especial, realizado semanalmente. O objectivo é treinar os animais para que estes fiquem quietos, enquanto estão a ser sujeitos a pequenas intervenções médicas como a pesagem, palpação da barriga e outros. Este treino consiste, simplesmente, em recompensar o animal com alimento, quando este realiza correctamente os exercícios que lhe são exigidos. Este procedimento é feito com o objectivo de monitorizar a saúde dos animais, de forma a detectar eventuais problemas de saúde, com antecedência. As restantes sessões de alimentação são distribuídas ao longo do dia, com intervalos de cerca de duas horas, podendo ou não ser acompanhadas de treino. Para além disso, o tipo de alimento que as lontras comem, em cada sessão, também vai variando, para que comam um pouco de tudo ao longo do dia.
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Quando não estão a alimentar-se, as lontras, geralmente, ocupam o dia a tratar do seu pêlo, uma actividade que se denomina por “grooming” (ver caixa O que é o “grooming”?). No entanto, não é estranho encontrá-las a dormir, uma vez que o descanso ocupa, também, grande parte do seu dia. Enquanto descansam, é frequente ver as lontras a abanar as caudas, pois utilizam-na como um leme. Isto acontece, porque, no aquário, existe uma ligeira corrente criada pelo sistema de recolha da água para limpeza, que provoca um movimento da água. Contudo, a Amália e o Eusébio adoptaram um outro método para não serem puxados pela corrente, pois, enquanto estávamos no aquário, vimos a Amália a nadar para junto do Eusébio e os dois a “darem as patas”. Foi-nos explicado pela Vanda que a Amália tem este comportamento frequentemente, com as suas crias, de modo a mantê-las junto a si. Contudo, pela sua convivência e familiaridade, o Eusébio e a Amália podem, por vezes, ter este comportamento. A certa altura do dia, vimos o que parecia ser uma tentativa de acasalamento por parte do Eusébio. De facto, é possível observar este tipo de comportamento com alguma frequência, no entanto, o acasalamento apenas ocorre uma vez por ano, quando a Amália tem o cio, que dura cerca de três dias. Nessa altura, os dois animais acasalam durante quase todo o dia. Este período só é identificado através do comportamento do Eusébio, que se torna muito mais activo, tentando constantemente acasalar. Nas semanas que se seguem, a pesagem da Amália é cuidadosamente observada para detectar possíveis
aumentos de peso que indicam a existência de gravidez. Para além disso, a gravidez é confirmada através de análises às fezes, realizadas por um laboratório em Seattle para onde as amostras são enviadas.A partir do momento em que a gravidez é confirmada, as pesagens da Amália passam a ser feitas duas ou três vezes por semana, pois são uma forma eficiente de acompanhar o correcto desenvolvimento da gravidez. Desde que chegaram ao Oceanário, a Amália e o Eusébio já se reproduziram quatro vezes, das quais apenas três crias sobreviveram.Todas as crias foram enviadas para outros aquários ao fim de um ano de vida. Isto acontece por várias razões: por um lado, ao fim de um ano a Amália pode ter uma nova cria para cuidar, pelo que deixa de proteger a cria mais velha; por outro lado, a existência de mais um animal no aquário pode quebrar o equilíbrio já existente entre a Amália e o Eusébio. No final do dia, ficou a ideia de que as lontras merecem um olhar mais atento e demorado. A curiosidade dos seus comportamentos e o estado de saúde impecável dos dois animais, reflexo de um profissionalismo enorme no seu tratamento, são dignos de nota. Fica então feito o convite a todas as pessoas, para irem visitar estes dois fantásticos animais que, por muito tempo que fiquemos a observá-los, nunca deixam de nos espantar com a sua beleza e o seu carisma.
SUGESTÕES DE CONSULTA Se quiser saber mais sobre a época de caça às Lontras como quando começou, quanto tempo durou e qual o actual estado de protecção das lontras consulte: Schneider, Karl. ADF&G Wildlife Notebook Series – Sea Otter. 1994. Disponível em http://www.state.ak.us/local/akpages/FISH.GAMES/notebook/marine/seaotter.htm Para encontrar mais informações sobre a biologia das Lontras bem como sobre a sua distribuição poderá consultar: Blood, Donald A.Wildlife at Risk in British Colombia. 1993. Disponível em http://wlapwww.gov.bc.ca/wld/documents/otter.pdf Para saber com mais pormenor o que é uma lontra pode consultar o seguinte livro: Love, John A.. Sea Otters. 1992. Fulcrum Publishing, Golden, Colorado. Para mais informações sobre as Lontras e os restantes mamíferos marinhos consulte o seguinte guia: Folkens, Pieter. National Audubon Society Guide to Marine Mammals of the World . 2002. Knopf.
Texto e Fotografias por: André Moura e Filipa Samarra filipa.samarra@sapo.pt av.moura@sapo.pt PUB
REPORTAGEM | NP |13
ELAS TAMBÉM BRINCAM... Encontrar o Eusébio ou a Amália com uma bola, tal como se fossem crianças a brincar, não é algo fora do comum. De facto, em algumas sessões de alimentação, o alimento é colocado no interior de brinquedos de complexidades diferentes, que tornam mais desafiadora a tarefa de obter a comida.Tudo isto permite que o dia das lontras seja mais activo e menos rotineiro. Outras formas de fornecer a comida às lontras incluem a alimentação livre, em que a comida é colocada directamente no interior do aquário, ou a alimentação à mão, como acontece em algumas sessões acompanhadas de treino.
ONDE HABITAM AS LONTRAS? A espécie Enhydra lutris, à qual pertencem a Amália e o Eusébio, divide-se em três subespécies, que habitam o Norte do Pacífico, tal como se pode ver no mapa. Por possuírem um valioso pêlo, as lontras foram intensivamente caçadas, durante os séculos XVIII e XIX. Actualmente, a subespécie que ocupa a região costeira da Califórnia encontra-se ameaçada, segundo o U.S. Endangered Species Act.
O QUE É O GROOMING? Sempre que visitamos o Eusébio e a Amália o mais provável é encontrá-los a tratarem do seu pêlo. Esta é uma actividade que se designa por grooming e que ocupa a maior parte do dia das lontras. As lontras dependem totalmente do seu pêlo para manterem a temperatura interna constante, pelo que necessitam que este esteja sempre nas melhores condições. Um pêlo bem tratado traduz-se num aspecto tipo peluche. PUB
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FACES PESSOASDOPARQUE EUGÉNIO RODRIGUES Natural da Lousã e reside na Torre Verde na zona norte do Parque das Nações. Fez os seus estudos musicais nos Estados Unidos, aonde residiu durante 17 anos, e na Holanda. Desde 1993 tem mantido uma actividade regular como compositor tendo recebido encomendas de agrupamentos instituições em Portugal e nos Estados Unidos. A sua música tem sido apresentada por vários agrupamentos de câmara, coros, e orquestras, dos dois lados do Atlântico. A sua obra “Mata Hari”, para quarteto de cordas, recebeu o Primeiro Prémio na Washington International Composers Competition e foi gravada pelo Arditti Quartet para a editora Etcetera. Ainda, em Portugal, estreou “Oda al mar y otras odas” durante a EXPO´98, com textos de Pablo Neruda, para grupo de câmara amplificado a voz, tendo como solista a cantora nova-iorquina, Alexandra Montano.
OS AMANTES SEM DINHEIRO Os amantes sem dinheiro que aqui apresento é uma versão adaptada e simplificada para piano, de uma canção (para voz, acordeão e vibrafone) que escrevi para a cerimónia de casamento de uns amigos, o João e a Ana. O título pertence a um poema de Eugénio de Andrade que é a letra dessa canção. Há também uma ligação forte para mim, entre esse título e um dos meus sítios preferidos no Parque das Nações: os Jardins Garcia de Orta. Um sítio de sonho e fantasia que faz parte do meu itinerário, sempre que possível, e aonde regularmente encontro “amantes sem dinheiro” entrelaçados entre a fauna.
A adaptação para piano foi feita especificamente para apresentar nesta rubrica do jornal na esperança de esta folha ir parar à estante do piano, ou de outro instrumento, para ser tocada. É possível que um segundo instrumento, um instrumento melódico, duplique a melodia a partir do terceiro compasso. PUB
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16 | NP | PARQUEMPRESAS
Os TELEMÓVEIS e a A qualidade de vida do novo século fala ao telemóvel. Aquele objecto pequenino que transportamos para todo o lado, que alimentamos com dinheiro e bateria e que nos permite comunicar e encurtar distâncias e tempo, é como as mulheres. “Can’t live with it, can’t live without it”. Muita coisa mudou e a vida das pessoas nunca mais foi a mesma desde que passámos a levar o telefone connosco para a rua.
Alexandra Ferreira
ode dizer-se, sem exageros, que os últimos 50 anos – em que o telemóvel é, sem dúvida, uma das inovações que mais impacto tiveram na rotina da sociedade - ficarão para sempre marcados por uma revolução na qualidade de vida da sociedade moderna ocidental. Conceitos como mundialização, autoestradas da informação e a famosa aldeia global de McLuhan, com mais ou menos optimismo, singraram e já não sabemos viver de outra forma. Diz-se que o Homem é um animal de hábitos. Mas esta frase começa a perder o seu sentido tradicional, à medida que as nossas rotinas vão sendo invadidas por tecnologias mais revolucionárias. É neste contexto que, há pouco mais de uma década, surgem os telemóveis, o objecto que somámos à carteira e chaves, cada vez que saímos de casa. A revolução foi tal que muitos são os jovens casais que prescindem do telefone fixo quando mudam de casa. Ao telemóvel faz-se tudo: compra-se, namora-se, trabalha-se, vêse o e-mail, marca-se mesa no restaurante, quando já vamos a caminho, comunicamos, estamos comunicáveis: 24 horas por dia, se quisermos, para quem quisermos. Em 1991 surge a TMN, o primeiro operador da rede móvel em Portugal, uma empresa da Portugal Telecom. Um ano depois, compram-se telemóveis. Eram aparelhos enormes, pouco práticos comparados com os de hoje e, sobretudo, muito dispendiosos. Os telemóveis surgem, como acontece sempre, inicialmente, com todas as novas tecnologias, como um objecto de luxo, acessível a uma minoria. São as grandes empresas os primeiros clientes deste novo luxo. Mas, em poucos anos, a situação alterou-se radicalmente e Portugal passa a ser um dos países da Europa com mais utilizadores de telemóveis. Para isso, decerto, contribuiu o surgimento da empresa concorrente da TMN, a então chamada Telecel, hoje convertida em Vodafone. Estávamos em 1992. Impunha-se levar o telemóvel a todos os segmentos de mercado e não, apenas, às elites endinheiradas e às empresas. Os preços baixam, o número de serviços aumenta e adequam-se cada vez mais às necessidades dos consumidores. E quando o 0936 e o 0931 já constavam de todas as listas telefónicas das
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pessoas, em 1998 surge a terceira operadora móvel: a Optimus, empresa da Sonae. O produto já estava implementado. A concorrência, agora, era e continua a ser ao nível dos serviços e tarifários mais atraentes. A Optimus entrou com uma política de preços agressiva. A sua vantagem competitiva passou pelos tarifários vantajosos e telemóveis topo de gama baratos. Contra si, teve uma entrada tardia num mercado dividido pelos outros dois operadores móveis que resistiram à mudança. A nível de cobertura geográfica da rede, a Vodafone começa por ser melhor que a TMN, mas hoje não existe uma diferença relevante. Todas as empresas fazem uma diferenciação de tarifários para o cliente particular e para as empresas. Procurando uma captação das empresas, todas procuraram captar estes clientes de peso com pacotes aliciantes. E a verdade é que, hoje, as empresas poupam muito dinheiro aderindo a estes pacotes. Os empregos de hoje são cada vez mais dinâmicos e fazem-se cada vez menos à secretária. O teletrabalho e a contratação de colaboradores em regime de avenças é cada vez mais comum e o contacto entre a empresa e o trabalhador depende cada vez mais do telefone, entenda-se telemóvel. Num futuro que já é presente em muitas situações, os horários das 9h às 17h já não são para se cumprir. Pede-se o máximo de disponibilidade, 24 horas por dia. Num mercado que é cada vez mais competitivo, a comunicação tem que ser imediata e eficaz. A presença física não é obrigatória, mas “o telemóvel está desligado, por favor tente mais tarde” pode ser fatal para a empresa e, consequentemente, para o trabalhador. Fora do trabalho, a exigência do telemóvel não é menor. O SMS, vulgo mensagem escrita, foi uma micro revolução dentro da revolução que significou o telemóvel. O SMS dá para tudo, desde o “vou chegar atrasado” ao “queres casar comigo”. Seja por uma questão de timidez na comunicação interpessoal ou para evitar uma chamada que custa tempo e dinheiro, a verdade é que o “têtea-tête” está “out” para usar o vocabulário do século XXI, porque é mesmo disso que estamos a falar, da sociedade do novo milénio. O conceito de comunicação interpessoal mudou. Já tinha mudado com o telefone, revolucionou com o telemóvel e Internet. E com a comunicação interpessoal, mudou uma série de coisas a ela associadas, como o conceito de romantismo, tão explorado em algu-
mas campanhas de publicidade dos vários operadores. Pedimos desculpa por mensagem, dizemos “amo-te” com letras e “Bom Natal” com uma imagem de uma árvore de Natal. Aliás, qualquer telefone hoje em dia já permite até que nem sequer tenhamos que pensar o que escrever quando queremos marcar uma reunião ou desejar as melhoras a alguém, porque o telemóvel tem uma série de textos pré definidos que pensam por nós. Limitamo-nos a acrescentar o nome do destinatário e pronto, menos uma preocupação. E quando já tínhamos uma vida tão facilitada, porque o telemóvel até nos dava alguma segurança no trabalho e nos ajudava a gerir compromissos, eis que ele invade o campo do entretenimento. Ouvimos rádio no telemóvel, ouvimos música, vamos à Internet e até podemos jogar uns joguinhos (que se têm vindo a sofisticar) no comboio a caminho de casa. Ao contrário do que aconteceu com a tecnologia WAP, o primeiro sistema de acesso à Internet via telemóvel, a máquina fotográfica incorporada no telemóvel é um sucesso. Para esse sucesso e para o sucesso dos demais serviços das redes móveis, contribuíram, sem dúvida, campanhas publicitárias que são, no mínimo, brilhantes. Desde o divertido e jovem “How are you” da Vodafone ao divertido “Inove” da TMN, passando pela sensualidade do “Segue o que sentes” da Optimus, ninguém fica indiferente ao forte apelo emocional e menos racional das três marcas. Há muito tempo que a nossa identidade passava pelas “coisas”. E por isso recorria-se ao crédito: pedíamos dinheiro para comprar uma casa, pedíamos dinheiro para comprar um carro e agora pagamos o topo de gama da Nokia a prestações. Por isso nada disto nos deveria chocar. E achamos piada ao “queres casar comigo” precedido do sinal de mensagem. Dá-nos uma sensação de que somos todos Meg Ryans e Tom Hanks... quando ouvimos o sinal de mensagem ou ouvimos a senhora do voice mail a anunciar...“tem uma mensagem nova, recebida às...” e nada disto poderá ser considerado grave, nem se perde em romantismo, inova-se... se continuarmos a ter a coragem de dizer “amo-te” ou “desculpa” ou “vou chegar atrasado” olhos nos olhos. A filosofia... essa parece ser...Inove na forma de comunicar, segue o que sentes quando quiser perguntar a alguém how are you: não deixe de o fazer à antiga. E agora levante-se porque o seu telemóvel está a tocar. PUB
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SOCIEDADE Sedeada no Parque das Nações, a Vodafone tem marcado uma forte presença no mercado da comunicação móvel, Luísa Pestana, Directora de Comunicação Institucional da empresa, prestou algumas declarações sobre a Vodafone e o impacto das telecomunicações móveis na sociedade dos nossos tempos.
Qual a filosofia da marca Vodafone e como foi a sua implementação no mercado português? A Vodafone Telecel começou, em Janeiro de 2001, a associar a marca Telecel à marca Vodafone na sua comunicação, reflectindo, assim, a relação da Empresa com o maior grupo mundial de comunicações móveis. O ano de 2001 foi um período de transição, visando a implementação de um processo tranquilo de migração para a marca única Vodafone. O objectivo de estabelecer a marca Vodafone com o posicionamento e valores adequados, em 2002, passou pela transferência segura e eficaz do valor associado à marca Telecel para a marca Vodafone. Foi o alcançar de níveis adequados de notoriedade, a aceitação e reconhecimento da marca Vodafone e a sua associação com a Telecel, que ditaram o momento da substituição da marca dual Telecel Vodafone pela marca única Vodafone.Assim, a partir do dia 22 de Outubro de 2001, a Empresa passou a adoptar comercialmente apenas a marca Vodafone. Ficou assim concluída, com cerca de três meses de antecipação sobre o inicialmente previsto, a fase de transição para a nova marca, anunciada em Dezembro de 2000.Tal mudança tornou-se possível graças a um complexo e bem sucedido processo de migração para a nova marca, assim como ao acolhimento muito positivo obtido junto dos Clientes e do público em geral. Com efeito, sucessivos estudos efectuados desde o início da fase de transição revelaram elevada notoriedade e receptividade à marca Vodafone, bem como a forte associação à marca Telecel. Este processo, decorreu, igualmente, em simultâneo com outros operadores europeus, sendo a Vodafone Telecel o primeiro operador do Grupo a reunir as condições necessárias para proceder à mudança definitiva de marca. A mudança para a marca Vodafone consiste num dos vectores do processo tendente a
construir a maior e melhor marca global de telecomunicações móveis e uma das marcas mais conhecidas do mundo, preparando um futuro de convergência e de vantagens de serviço à escala global. Em Março de 2002, após cinco meses de utilização da marca única, a notoriedade da marca Vodafone em Portugal era já superior a 90%. Três conceitos que traduzam a alma da Vodafone A nossa Visão Queremos ser reconhecidos como a melhor empresa Portuguesa, líder no desenvolvimento das comunicações móveis, contribuindo assim para o bemestar das pessoas, das empresas e da Sociedade em geral. Definição do Negócio Operador de Telecomunicações e Informação, com negócio base na oferta de telecomunicações móveis.Aposta forte na oferta de serviços de comunicações móveis de dados de valor. Oferece um conjunto seleccionado de serviços fixos com o objectivo de assegurar a manutenção da posição de liderança nos segmentos de mercado empresarial. Os nossos Objectivos Últimos Satisfação do Accionista Satisfação dos Colaboradores Através da Satisfação dos Clientes A Vodafone procedeu a uma das campanhas mais notadas e comentadas entre o público. Isto deveu-se não só ao facto de estar presente em todos os meios de comunicação social relevantes, mas também e sobretudo à sua originalidade. Quais foram as linhas mestras e os objectivos concretos da campanha? A campanha ‘How are you?’, iniciada em 22 de Outubro de 2001, pretendeu salientar, desde o primeiro momento, a preocupação da Vodafone em afirmar-se como um agente activo no processo global de comunicação, em que cada vez mais pessoas con-
tactam entre si. Tratou-se da primeira campanha global da Vodafone, na qual a frase ‘How are you?’ constitui simultaneamente um estímulo e um apelo à revelação de um estado de espírito. É um sinal de interesse e proximidade e é também um convite para a adopção de uma atitude aberta, franca e descomplexada. ‘How are you?’ diz respeito à essência da comunicação e posiciona a Vodafone como uma rede universal de partilha de emoções. Trata-se de uma linguagem que interpela e cativa cada destinatário, provocando reacções e relações afectivas que originam um novo diálogo e uma nova forma de abordar, cativar e servir cada Cliente. Estamos perante um trabalho internacional de reposicionamento da marca Vodafone, de um movimento colectivo em torno de uma mesma imagem que se pretende introduzir.A visão estra-
tégica que foi desenvolvida para a marca bem como os valores âncora da comunicação são semelhantes nos diversos operadores do Grupo. Pode dizer-se que a Vodafone privilegiou, mais do que as outras redes, as empresas como cliente, sendo que a aposta no cliente particular foi menor? A estratégia da Vodafone assenta na disponibilização de uma oferta muito competitiva em todas as vertentes de actividade, de modo a cativar e manter os Clientes mais valiosos de cada segmento do mercado: empresas e particulares. O lançamento do primeiro produto da linha Vitamina, em Novembro de 1996, inseriu-se numa linha de actuação, iniciada em 1994, de alargamento do mercado a segmentos cada vez mais importantes de Clientes interessados numa utilização essencialmente pessoal, imediata
e de menor consumo. Para o segmento de particulares, que constitui actualmente cerca de 73% da sua base de clientes, a Vodafone disponibiliza os produtos pré-pagos da família Vitamina, recarregáveis, sem mensalidade e permitindo o controlo de custos; os produtos pós-pagos Combi, ideais para os utilizadores regulares ou intensivos do serviço móvel; os produtos Yorn, vocacionados para o público jovem e o serviço de acesso indirecto toq para as chamadas de rede fixa. Para o segmento de empresas e profissionais, a Vodafone oferece um vasto conjunto de soluções de telecomunicações móveis e fixas (incluindo serviços de voz, dados e Internet) sob a marca Vodafone Negócios. Qual a pertinência e objectivo da sub-marca Yorn e qual o porquê de uma aposta numa campanha de comunicação tão pouco ortodoxa? YORN (Young Original
18 | NP | PARQUEMPRESAS Network), lançada em 20 Setembro de 2000, designa um projecto orientado para o segmento jovem dos 15 aos 25 anos, com características verdadeiramente inovadoras. Trata-se de um conceito de produtos e serviços especialmente destinados ao mercado jovem e totalmente construídos a pensar nos seus interesses específicos. A YORN apresentou um conjunto integrado de telecomunicações, entretenimento e conteúdos que oferece serviços de comunicações móveis, fixas e de Internet. Aderindo à YORN os seus utilizadores têm o poder de constituir uma rede própria de contactos e de vantagens, decidindo com quem falam, como falam e quanto querem gastar, de acordo com os seus interesses. Os serviços de telecomunicações têm vindo a evoluir e com eles evoluem também as exigências do público jovem, que se torna mais exigente e com necessidades cada vez mais específicas. O público jovem é muito conhecedor das novas tecnologias de informação/comunicação e tem grande apetência para as adoptar. A comunicação YORN foi claramente um dos factores diferenciadores, já que se atingiu o pretendido nesta área - romper com as formas convencionais de comunicação. A orientação para o segmento etário dos 15 aos 25 anos, que é muito sensível à forma de comunicar, levou-nos a adoptar planos originais de comunicação e que nada têm a ver com as formas utilizadas para chegar junto de outros públicos alvo. A comunicação da marca enquadra a sua linguagem no referencial imagético dos ‘Young Original’, apostando na irreverência gráfica, na informalidade das situações e do discurso, bem como na adopção de neologismos, elementos que suportam a identificação com os potenciais utilizadores. A Vodafone é uma multinacional
com experiência em diversos mercados. Quais são as especificidades do mercado português, quer falemos de empresas ou de clientes particulares? O mercado móvel português destaca-se no contexto europeu por ter vindo a registar ao longo dos anos elevados níveis de desenvolvimento e competitividade. As telecomunicações móveis podem, inclusivamente, ser consideradas uma das poucas áreas de actividade económica de dimensão em que o mercado português está na liderança mundial. Portugal tem mantido um dos
mais elevados pesos na Europa das receitas de serviços celulares no PIB (estimado em 2,4% em 2002) bem como uma das taxas de penetração do serviço móvel mais altas na Europa, em termos de clientes registados face à população total (no final de 2002 era cerca de 96% face a uma média europeia que se estima em cerca de 78%). Este facto torna-se ainda mais significativo tendo em conta que o PIB per capita português é aproximadamente 70% da média europeia, ajustado pela paridade de poder de compra. O mercado móvel português
diferencia-se também pelo baixo nível de tarifas, das mais baixas da Europa, pela forte subsidiação de equipamento terminal, especialmente no segmento empresarial, pelos elevados investimentos na cobertura e capacidade das redes celulares e pela forte inovação, diversidade e qualidade dos serviços oferecidos. Como é que o público está a reagir à terceira geração de telemóveis? Realmente consideramos que já entrámos na era da “terceira geração móvel”. Essa entrada deu-se na segunda semana de
Maio de 2002, quando a Vodafone passou a disponibilizar aos Clientes o serviço MMS Serviço de Mensagens Multimédia na sua rede GPRS e a distribuir comercialmente os respectivos equipamentos. É verdade que também se poderia apontar a data de 4 de Abril de 2003, quando a Vodafone fez as primeiras chamadas na tecnologia UMTS, efectuadas em Portugal, em ambiente real. Tratou-se de um marco importante, dado que não se tratava de comunicações de laboratório, mas de chamadas reais efectuadas na rede da Vodafone, já
então apta, portanto, para operar nos sistemas UMTS. Mas, para os Clientes e para o público em geral, o primeiro dia desta nova fase da evolução das comunicações móveis terá sido, de facto, o dia 11 de Maio de 2002. Porque foi a primeira vez que um serviço associado à chamada “terceira geração móvel” foi comercialmente disponibilizado em Portugal, pronto, portanto, a ser utilizado. E porque, na realidade, para o Cliente o que é importante é a qualidade e utilidade do serviço que lhe é prestado e não tanto a tecnologia em que se apoia. Para além de uma utilização pessoal, inclusive de carácter lúdico, estes novos serviços têm tido uma significativa incidência em inúmeras actividades profissionais. No caso do jornalismo, por exemplo, proporciona uma transmissão quase imediata, a partir de qualquer local, das primeiras fotos de um determinado acontecimento ainda a tempo de apanhar o fecho da edição. Mas haverá ainda muito mais utilizações profissionais e práticas, como a exemplificação de produtos à distância, identificação de pessoas ou locais, por exemplo. São já conhecidas muitas das inúmeras vantagens práticas que o GPRS e futuramente o UMTS trarão ao nosso dia-a-dia. Cada vez mais formas de pagamento serão efectuadas por comunicações móveis através do telefone móvel e poderemos resolver à distância inúmeros assuntos, que agora nos exigem deslocações físicas e perdas de tempo. Quer do ponto de vista pessoal, quer profissional, a integração do telefone-computador-internet está a introduzir alterações significativas, oferecendo novas facilidades que, tal como sucedeu com o GSM, vão potenciar uma sequência de novos desenvolvimentos que transformará do modo mais profundo o nosso quotidiano. Para onde caminha a Vodafone? O mercado de telecomunicações celulares português encontra-se em fase de maturidade em termos de número de utilizadores, esperando-se, no entanto, PUB
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PARQUEMPRESAS | NP |19 que a elevada competitividade que caracterizou os últimos anos se mantenha, em resultado do alargamento das ofertas a serviços baseados em evoluções tecnológicas, nomeadamente, GPRS e UMTS. O desenvolvimento acentuado da tecnologia GPRS, ocorrido durante o ano de 2002 e que continuará em 2003 e 2004, bem como o lançamento progressivo do UMTS em 2004 e 2005, permitirão disponibilizar novos serviços de dados móveis, além do serviço de voz ainda hoje prevalecente, através de mais eficientes e céleres técnicas de transmissões de dados, a par da maior largura de banda. A Vodafone encontra-se particularmente bem posicionada para tirar o máximo partido destas novas oportunidades do mercado e da evolução tecnológica, visando a satisfação dos Clientes e o aumento da sua lealdade e utilização do serviço celular. A Vodafone tem liderado a revolução dos dados móveis no nosso país, nomeadamente através do desenvolvimento de novos produtos e serviços nesta área, como é o caso da Vodafone live! cujo lançamento bem sucedido, em Novembro de 2002, conferiu à Empresa uma vantagem competitiva em Portugal.
A Vodafone tem como objectivos principais o reforço da sua posição competitiva no mercado, a consolidação da sua imagem de marca, a manutenção do pioneirismo e inovação nos dados móveis, o aumento dos níveis de satisfação e fidelização dos seus Clientes (apostando na área de CRM – Customer Relationship Management) e a optimização da sua estrutura de custos. Uma década depois da implementação das redes móveis, a sociedade mudou. Comente algumas das mudanças que considera mais visíveis. É generalizadamente reconhecido que o telemóvel introduziu profundas mudanças nos nossos hábitos sociais. Na realidade, o telefone celular e o serviço que lhe está associado lançou-nos na era da verdadeira comunicação pessoal, i.e., contactamos hoje directamente uma pessoa e não o local onde eventualmente se poderia encontrar. E fazê-mo-lo de qualquer lugar e em qualquer momento. Este fenómeno tornanos virtualmente omnipresentes, por um lado, e com maior controlo da nossa vida privada e profissional, por outro. A utilização das comunicações móveis veio trazer ganhos substanciais de produtividade à gene-
ralidade das empresas, pela capacidade acrescida que lhes conferiu de transmitir informação para os destinatários correctos no momento necessário. O serviço celular é, cada vez mais, um serviço integrado de comunicações e de manipulação interactiva de informação. Já hoje, o nosso telefone móvel é muito mais do que etimologicamente as palavras significam! É um comunicador pessoal que nos permite, além de comunicar por voz à distância, navegar na Internet, efectuar pagamentos, monitorizar os nossos investimentos, transmitir imagens e vídeos ou saber o estado das praias e as notícias do dia. Como todos podemos constatar, em pouco mais de uma década, a revolução das comunicações móveis modificou, de um modo que ainda não interiorizamos e aproveitamos completamente, os nossos modos de trabalhar, pensar e conviver. Nós, na Vodafone, estamos conscientes de ter dado um dos mais decisivos contributos, no nosso país, para essa revolução. E já outros avanços se iniciam nesta área: com a introdução do Vodafone live! entrámos já, na realidade, na chamada terceira geração móvel, ainda antes da entrada em funcionamento das redes UMTS.
Trata-se de mais uma verdadeira revolução nas comunicações móveis, dado que permite aceder e operar todo um conjunto integrado de conteúdos, serviços e dispositivos, possibilitando as mais variadas e inovadoras utilizações, tanto de ordem profissional como pessoal, de trabalho como de lazer, de voz, imagens, vídeo, som ou dados.
TALONMINUTE
A revolução das comunicações pessoais é, no meu entender, fascinante e imparável, com benefícios para todos nós individualmente e para toda a indústria de telecomunicações, que conduzirá a um maior bem-estar social e contribuirá fortemente para o desenvolvimento económico das nações. E Portugal, nesta matéria, está no pelotão da frente!
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CAMINHAR PELA EUROPA
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Dia 28 de Julho de 2003 - 1º Dia Às 18:01 eu e a Rosa partimos de Santa Apolónia. Deixamos os pais cheios de saudades. Pelas 20:15, a Maria juntou-se a nós na estação de Coimbra B. Temos 3 companheiras portuguesas que também estão a começar um Inter Rail. Saímos de Portugal, já a dormir, quando eram 23:57, em direcção a Hendaye. Pelas 9:07, hora espanhola, apeámo-nos em Hendaye. Dia 29/7 - 2º Dia Começámos as viagens em França, saímos de Hendaye com destino a Bordéus. O comboio é igual ao comboio intercidades português. Chegámos a Bordéus e estava mau tempo. Almoçámos num jardim, antes de entrar no TGV que nos levou para Bruxelas. Bordéus é uma cidade um bocado feia, porque é muito industrial. A meio da viagem passámos ao pé de Paris e vi muito ao longe a Torre Eiffel. Pelas 20:40 chegámos a Bruxelas, onde a Élia, uma tia minha e da Rosa, estava à nossa espera e nos deu jantar e cama. Dia 30/7 – 3º Dia Quando acordámos estava a chover. Saímos de Bruxelas, às 9:10, com destino a Berlim. Estes comboios da Alemanha são espectaculares, em vez de um caixote do lixo têm um ecoponto e também têm creche. Às 17 chegámos a Berlim, e finalmente deixou de chover. Berlim vai ser a primeira cidade que vamos visitar a sério. A seguir a instalarmo-nos na pousada da juventude que tínhamos reservado, fomos para o centro da cidade para começarmos a visita. Começámos por ver a praça onde está a torre Fersehturm, que tem 365 m, mas não subimos porque era caro; fomos ver a porta de Brandenburger; estivemos ao pé do rio Spree, que é muito pequeno; visitámos uma exposição que tinha estátuas de ursos, e estes estavam pintados por artistas de todos os países do Mundo, ou seja, havia um urso por país; vimos, também, dois coelhos verdadeiros no meio da cidade. Jantámos e como ainda não estávamos muito cansados andámos cerca de 3 Km para visitar a cidade à noite, antes de irmos para a pousada descansar. Dia 31/7 – 4º Dia – Tomámos o pequeno-almoço na pousada, foi o melhor de todo o Inter Rail, à grande. Começámos as visitas do dia, no museu judeu, que tem uma arquitectura muito original. De seguida fomos ver o muro de Berlim e um checkpoint americano do muro. Visitámos o museu Gemäldegalerie; passámos por um parque muito grande em direcção do parlamento, o Reichstag. Elas ficaram a descansar e a fazer compras e eu fui ver o museu egípcio e o estádio olímpico que está em obras. Jantámos e fomos dormir. Dia 1/8 – 5º Dia – Acordámos às 4:45. É impressionante porque às 5 da manhã já existe imensa gente na rua e no metro. Saímos às 6:31 de Berlim com destino a Varsóvia. Às 12:35 chegámos a Varsóvia onde estavam à nossa espera 3 amigos nossos, polacos, a Julia, a Kasia e o Olo. Chegámos num dia que era feriado nacional e havia bandeiras polacas por todo o lado. Deixámos as malas em casa da Julia e fomos passar a tarde para um jardim que tinha palácios, lagos e esquilos por todo o lado. Estava calor.
Dia 2/8 – 6º Dia – Visitámos igrejas, a praça central, a catedral e a universidade. Almoçámos e vimos o teatro de Ópera de Varsóvia que é o maior da Europa. Passámos pelo memorial ao soldado desconhecido. Vimos o palácio da cultura, que é o símbolo do regime comunista. Jantámos e fomos dormir. Na 2ª guerra mundial a cidade foi toda destruída pelos nazis e, depois, reconstruída pelos comunistas, ficando a cidade um bocado feia, tirando o centro, que foi reconstruído tal como era antes da guerra. Dia 3/8 – 7º Dia Fizemos as malas e fomos apanhar o comboio para Cracóvia. Adeus Varsóvia! Chegámos a Cracóvia, 12:40, e fomos deixar as coisas numa casa-escritório que a Julia nos arranjou, que é mesmo no centro. Fomos a um museu que tinha um quadro do Leonardo da Vinci. Visitámos, a seguir ao almoço, a catedral de Cracóvia, que é quase toda em ouro. O resto do dia passámo-lo no centro, a passear, em bares e a conhecer os nossos amigos polacos. Ao jantar vimos os primeiros portugueses. Hoje vamos dormir no chão. Dia 4/8 – 8º Dia – Íamos começar a visita do dia no museu de arte contemporânea japonesa, mas estava fechado. Andámos pelo bairro judeu e vimos a sinagoga. A seguir ao almoço despedimo-nos do Olo que teve de voltar a Varsóvia. Passadas algumas horas foi a vez da Kasia despedir-se de nós. A Maria e a Julia foram ao cinema de tarde. Jantámos e fomos dormir. Aqui na Polónia a vida é muito barata, almoçámos por 2.5 . Dia 5/8 – 9º Dia – Hoje vamos a Auschwitz, o campo de concentração. Antes de partirmos para o campo, despedimo-nos da Julia, que não queria visitar o campo e então voltou para Varsóvia. Começámos a visitar o campo às 15 h. As pessoas estão quase sempre em silêncio dentro do campo. Morreram aqui 1.5 milhões de pessoas. Visitámos a incineradora e a câmara de gás, onde pedem para não fazer barulho. A exposição é impressionante, mas acho que é o que os responsáveis pela exposição querem, porque têm expostos os pertences dos prisioneiros e até os cabelos. Ao mesmo tempo que nós encontrava-se um grupo de israelitas, estavam sempre a chorar e a rezar e isso também tornou a visita mais triste. Voltámos para Cracóvia, jantámos lá e despedimo-nos da cidade. Apanhámos o comboio para Praga, que viria a ser um dos piores da viagem É que os compartimentos estão todos cheios e ninguém se deita porque é impossível. Dia 6/8 – 10º Dia – Por volta das 2 horas uma carruagem vazia juntou-se ao comboio e como nós os três fomos dos primeiros a perceber, ficámos com um compartimento só para nós. Mas os nossos amigos polacos tinham-nos avisado que neste comboio havia muitos assaltos e, assim, fomos fazendo turnos de uma hora em que um de nós ficava acordado a vigiar. Resultado, só dormimos 4 horas. Pelas 7:19 chegámos a Praga. Fomos ao hotel, reservar um quarto e deixar as coisas, para depois sair e tomar o pequeno-almoço e
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Decidimos fazer este Inter Rail, como maneira de conhecer a Europa e de testar as nossas capacidades de ‘desenrascanso’. Os “interrailers” são: Tiago Wemans (eu) nasci em Lisboa e estava a acabar o 12º ano. A Maria Remédio, nascida em Lisboa e estuda na faculdade de Belas Artes de Lisboa. A Rosa Wemans, minha prima, também de Lisboa e estuda Matemática no Monte de Caparica. Durante quase dois anos juntámos dinheiro e preparámos esta viagem ao pormenor.
visitar o centro. Começámos pela praça da parte velha da cidade, onde existe um relógio que dá em todas as horas um espectáculo de bonecos. Vimos uma das igrejas mais bonitas que visitámos na viagem, a igreja de S. Nicolau. Ao longe, avistámos a Torre Eiffel de Praga. Almoçámos e fomos para o hotel fazer a sesta. Depois, fomos ver a Ópera de Praga, passeámos pelo centro e fizemos compras. Jantei por 3 e fomos para o hotel descansar. Dia 7/8 – 11º Dia – Saímos para o castelo da cidade. Dentro do castelo vimos a catedral, imensos palácios e o render da guarda. Almoçámos e fomos ver o Loreto que é onde estão algumas jóias e capelas. A Maria foi ver uma exposição longe do castelo e eu e a Rosa fomos para os jardins reais, que têm grande vista sobre a cidade. Neste dia vimos imensos portugueses, somos facilmente reconhecíveis porque somos dos que falamos mais alto. Fomos ver a ponte Karluv. Eu e a Rosa voltámos para a praça da cidade velha e vimos um concerto de música africana enquanto esperávamos pela Maria. Jantámos e fomos dormir. Praga é uma cidade em que cada casa é um monumento, não há casas feias. Dia 8/8 – 12º Dia – Fizemos as malas e fomos para a estação, de onde saímos às 11horas em direcção a Viena. Chegámos às 16 horas e a Maria foi passar 2 dias a Graz com uma amiga e eu e a Rosa ficámos em Viena. Quando chegámos ao hotel, a Maria telefonou a dizer que se tinha enganado no comboio e estava em Bratislava, na Eslováquia. Teve que voltar para Viena e depois apanhar o comboio certo para Graz. Começámos a visitar Viena pelo palácio dos Habsburgos. Passeámos pelos jardins ao pé do palácio. Dia 9/8 – 13º Dia – Fomos a um supermercado comprar comida e em seguida visitámos o museu Kunsthistorisches que era enorme. Vimos a exposição egípcia, flamenga, italiana e espanhola. Visitei por dentro o palácio real, visitámos a casa do Mozart e a catedral. Almoçámos e fomos ao Museu de História Natural. Jantámos ao pé do rio Danúbio. Fomos dormir e nesse dia havia uma grande festa no hotel. Dia 10/8 – 14º Dia – Tomámos o pequeno-almoço com uns brasileiros muito simpáticos. Saímos do hotel e fomos para o palácio Schönbrunn que é enorme e tem
jardins intermináveis, todos muito arranjados. Fomos para a estação, onde estava uma rapariga que a Rosa conhecia, a Renate, e encontrámos também a Maria. Saímos de Viena às 14:15, com direcção Budapeste. Chegámos a Budapeste e uma amiga da Rosa, a Andreia, estava à nossa espera. Instalámo-nos na nova pousada e saímos para ver o parlamento e o castelo. Jantámos e tivemos que andar uma hora para voltar para o hotel. Depois de passarmos por uma ponte muito gira, chegámos e fomos logo dormir. Dia 11/8 – 15º Dia – Andámos num elevador, tipo o elevador da Glória, para subir para o castelo. O castelo era enorme e muito diferente de todos os outros que tínhamos visto até agora, mas não conseguimos visitá-lo por dentro porque era 2ª feira. Passámos a tarde na piscina municipal, numa ilha do Danúbio. Esta cidade é mais gira à noite do que de dia, porque os húngaros iluminam tudo à noite, o castelo, o parlamento, etc. É curioso porque a cidade está dividida ao meio pelo rio e de um lado chama-se Buda e do outro Peste e do lado de Buda existem imensos montes e do lado de Peste é tudo plano. Dia 12/8 – 16º Dia – Levantámo-nos muito cedo porque o relógio da Rosa estava estragado e tocou muito cedo. Fizemos as malas e saímos da pousada. Vimos a Basílica e andámos por jardins e ruas comerciais. Andámos também no metro mais antigo da Europa, que parecia de brincar. Entretanto visitámos o museu de Belas Artes. Fomos às compras porque a nossa viagem para a Grécia vai demorar 2 noites. Fomos apanhar o comboio e dividimos o compartimento com um casal inglês que cheirava muito mal mas era simpático e joguei xadrez com o homem. Nessa noite dormi a 2 metros de altura, porque era um compartimento com 3 camas de cada lado e eu fiquei numa das mais altas. Dia 13/8 – 17º Dia – Este dia foi todo passado no comboio para Atenas. Passámos por Bucareste e Sofia. As cidades vistas das estações são um bocado feias mas as paisagens da Bulgária e Roménia são espectaculares, rios, montes, florestas, e muito mais. Dia 14/8 – 18º Dia – Às 18:05 chegámos finalmente a Atenas, depois de 44 horas de viagem em que passámos ao pé do monte Olimpo. A Grécia é só montanhas.
Fomos para a pousada e jantámos. Saímos e fomos passear pelo centro. Esteve todo o dia um calor! Os gregos são todos muito simpáticos, estão sempre a oferecer-se para ajudar com os mapas e direcções. Dia 15/8 – 19º Dia – Tivemos que mudar de pousada porque já não havia espaço para nós. Encontrámos uma que já só tinha espaço para três. Muita sorte! Dirigimonos então para a Acrópole, onde estavam, no mínimo 45 graus. Estavam centenas de turistas, mas valeu a pena, lá de cima dá para ver a cidade toda e vê-se o Parténon e monumentos muito antigos. Descemos e visitámos o templo de Zeus, que era o maior de toda a Grécia antiga. Estava tanto calor que passámos a tarde na praia. Estava muito poluída mas a água era quente. Jantámos e fomos para a pousada. Dia 16/8 – 20º Dia – Saímos de Atenas ao meio-dia, com destino a Patras para irmos apanhar o barco para Itália. A viagem para Patras é um espectáculo, sempre ao pé do mar. Chegámos às 15:30 e reservámos o lugar no barco. Embarcámos pelas 16 horas. Tomámos banho na piscina do barco e jantámos no restaurante. O barco tinha casino, sala de cinema, bar, lojas, era enorme. À noite fomos ver o céu que estava muito estrelado e fomos dormir, no chão! Dia 17/8 – 21º Dia – Chegámos às 8 da manhã a Bari e apanhámos o comboio para Roma. Apeámo-nos em Roma pelas 18 horas. Fomos para a pousada da juventude, onde estavam 50 portugueses, fizemos imensos amigos “interrailers” como nós. Depois do jantar, dum jogo de xadrez e de notícias sobre o jogo do Benfica, fui lavar roupa e de seguida dormir. O quarto parecia um forno, estava um calor! Dia 18/8 – 22º Dia – Este dia começou no Vaticano. Estivemos meia hora na fila para entrar no museu da cidade. Visitámos este enorme museu, e entre o que vimos destaco a Capela Sistina. A seguir vimos a praça e a basílica de S. Pedro. Nesse dia visitámos imensas praças, o panteão e a Fontana di Trevi. Estávamos tão cansados, que foi jantar e ir logo para a cama. Dia 19/8 – 23º Dia – Começámos pelo Coliseu e pelo Forum romano, muitas ruínas, mas tudo muito giro. Almoçámos nas termas romanas e fomos às catacumbas. Jantámos e fomos para a pousada. À meia-noite telefonou-me a família toda porque dia 20 fazia 18 anos. Elas as duas fizeram uma festa, com vinho do Porto, e apareceram alguns portugueses que estavam na pousada. Dia 20/8 - 24º Dia – No meu dia de anos, saímos do hotel e de Roma, que foi a cidade que gostei mais de visitar.
Íamos para Florença. Quando chegámos a Florença, um amigo da Maria, o Paul, juntou-se a nós. Fomos procurar hotel, instalámo-nos e saímos para visitar a cidade. Vimos o Duomo, com a catedral e o baptistério, vimos também a estátua de David. Andámos na Ponte Vecchia e passamos algum tempo a jogar cartas num jardim, depois começou a chover e fomos jantar. Tive direito a uma fatia de bolo. Para festejar, fomos a uma discoteca. Dia 21/8 – 25º Dia – De manhã visitámos os museus Ufizzi, com pinturas muito conhecidas, de pintores célebres. Almoçámos e fomos para um parque descansar. Andámos a passear, mas estava tudo fechado e então fomos jantar. O Paul despediu-se e voltou para a sua terra, na Áustria. Dia 22/8 – 26º Dia – Saímos de Florença e fomos para Pisa, onde vimos a torre e a catedral. Saímos de Pisa em direcção a Barcelona. Dormimos no comboio e foi uma das piores noites. Comemos coisas que tínhamos comprado mas não era muito e passámos alguma ‘fominha’. A viagem é espectacular, muito perto do mar e das praias. Dia 23/8 – 27º Dia – Chegámos a Barcelona onde estava à nossa espera, a minha prima Margarida. Levou-nos para casa dela e almoçámos. Nesse dia descansámos um bocado e confraternizámos com portugueses que estavam no prédio da Margarida. Também estivemos com a Julia, a amiga da Polónia, que estava em Barcelona. Jantámos no terraço da Margarida que é muito acolhedor. Dia 24/8 – 28ºDia – Fomos ver a Sagrada Família e as casas do Gaudi. Barcelona é uma cidade cheia de avenidas, mas muito simpática. Estivemos também num jardim cheio de espectáculos de rua e de pessoas diferentes. Jantámos e fomos dormir. Nesse dia esteve imenso calor. Dia 25/8 –29º Dia – Saímos de Barcelona, despedimo-nos da Margarida e do Rui (o namorado dela) já com destino a Lisboa. Passámos o dia inteiro no comboio. A meio da noite entrámos em Portugal. Fomos comendo o que tínhamos comprado mas como já não tinha muito dinheiro fiquei mal alimentado. Dia 26/8 – 30º Dia – Dormimos mal e despedimo-nos do Inter Rail, com conversas sobre o que tínhamos gostado mais e memórias... Chegámos à nossa terra por volta das 11 da manhã, onde estavam os pais à nossa espera.
Divertimo-nos imenso e aconselho a todos os que possam a fazer um Inter Rail. Tiago Wemans
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Decidimos fazer este Inter Rail, como maneira de conhecer a Europa e de testar as nossas capacidades de ‘desenrascanso’. Os “interrailers” são: Tiago Wemans (eu) nasci em Lisboa e estava a acabar o 12º ano. A Maria Remédio, nascida em Lisboa e estuda na faculdade de Belas Artes de Lisboa. A Rosa Wemans, minha prima, também de Lisboa e estuda Matemática no Monte de Caparica. Durante quase dois anos juntámos dinheiro e preparámos esta viagem ao pormenor.
visitar o centro. Começámos pela praça da parte velha da cidade, onde existe um relógio que dá em todas as horas um espectáculo de bonecos. Vimos uma das igrejas mais bonitas que visitámos na viagem, a igreja de S. Nicolau. Ao longe, avistámos a Torre Eiffel de Praga. Almoçámos e fomos para o hotel fazer a sesta. Depois, fomos ver a Ópera de Praga, passeámos pelo centro e fizemos compras. Jantei por 3 e fomos para o hotel descansar. Dia 7/8 – 11º Dia – Saímos para o castelo da cidade. Dentro do castelo vimos a catedral, imensos palácios e o render da guarda. Almoçámos e fomos ver o Loreto que é onde estão algumas jóias e capelas. A Maria foi ver uma exposição longe do castelo e eu e a Rosa fomos para os jardins reais, que têm grande vista sobre a cidade. Neste dia vimos imensos portugueses, somos facilmente reconhecíveis porque somos dos que falamos mais alto. Fomos ver a ponte Karluv. Eu e a Rosa voltámos para a praça da cidade velha e vimos um concerto de música africana enquanto esperávamos pela Maria. Jantámos e fomos dormir. Praga é uma cidade em que cada casa é um monumento, não há casas feias. Dia 8/8 – 12º Dia – Fizemos as malas e fomos para a estação, de onde saímos às 11horas em direcção a Viena. Chegámos às 16 horas e a Maria foi passar 2 dias a Graz com uma amiga e eu e a Rosa ficámos em Viena. Quando chegámos ao hotel, a Maria telefonou a dizer que se tinha enganado no comboio e estava em Bratislava, na Eslováquia. Teve que voltar para Viena e depois apanhar o comboio certo para Graz. Começámos a visitar Viena pelo palácio dos Habsburgos. Passeámos pelos jardins ao pé do palácio. Dia 9/8 – 13º Dia – Fomos a um supermercado comprar comida e em seguida visitámos o museu Kunsthistorisches que era enorme. Vimos a exposição egípcia, flamenga, italiana e espanhola. Visitei por dentro o palácio real, visitámos a casa do Mozart e a catedral. Almoçámos e fomos ao Museu de História Natural. Jantámos ao pé do rio Danúbio. Fomos dormir e nesse dia havia uma grande festa no hotel. Dia 10/8 – 14º Dia – Tomámos o pequeno-almoço com uns brasileiros muito simpáticos. Saímos do hotel e fomos para o palácio Schönbrunn que é enorme e tem
jardins intermináveis, todos muito arranjados. Fomos para a estação, onde estava uma rapariga que a Rosa conhecia, a Renate, e encontrámos também a Maria. Saímos de Viena às 14:15, com direcção Budapeste. Chegámos a Budapeste e uma amiga da Rosa, a Andreia, estava à nossa espera. Instalámo-nos na nova pousada e saímos para ver o parlamento e o castelo. Jantámos e tivemos que andar uma hora para voltar para o hotel. Depois de passarmos por uma ponte muito gira, chegámos e fomos logo dormir. Dia 11/8 – 15º Dia – Andámos num elevador, tipo o elevador da Glória, para subir para o castelo. O castelo era enorme e muito diferente de todos os outros que tínhamos visto até agora, mas não conseguimos visitá-lo por dentro porque era 2ª feira. Passámos a tarde na piscina municipal, numa ilha do Danúbio. Esta cidade é mais gira à noite do que de dia, porque os húngaros iluminam tudo à noite, o castelo, o parlamento, etc. É curioso porque a cidade está dividida ao meio pelo rio e de um lado chama-se Buda e do outro Peste e do lado de Buda existem imensos montes e do lado de Peste é tudo plano. Dia 12/8 – 16º Dia – Levantámo-nos muito cedo porque o relógio da Rosa estava estragado e tocou muito cedo. Fizemos as malas e saímos da pousada. Vimos a Basílica e andámos por jardins e ruas comerciais. Andámos também no metro mais antigo da Europa, que parecia de brincar. Entretanto visitámos o museu de Belas Artes. Fomos às compras porque a nossa viagem para a Grécia vai demorar 2 noites. Fomos apanhar o comboio e dividimos o compartimento com um casal inglês que cheirava muito mal mas era simpático e joguei xadrez com o homem. Nessa noite dormi a 2 metros de altura, porque era um compartimento com 3 camas de cada lado e eu fiquei numa das mais altas. Dia 13/8 – 17º Dia – Este dia foi todo passado no comboio para Atenas. Passámos por Bucareste e Sofia. As cidades vistas das estações são um bocado feias mas as paisagens da Bulgária e Roménia são espectaculares, rios, montes, florestas, e muito mais. Dia 14/8 – 18º Dia – Às 18:05 chegámos finalmente a Atenas, depois de 44 horas de viagem em que passámos ao pé do monte Olimpo. A Grécia é só montanhas.
Fomos para a pousada e jantámos. Saímos e fomos passear pelo centro. Esteve todo o dia um calor! Os gregos são todos muito simpáticos, estão sempre a oferecer-se para ajudar com os mapas e direcções. Dia 15/8 – 19º Dia – Tivemos que mudar de pousada porque já não havia espaço para nós. Encontrámos uma que já só tinha espaço para três. Muita sorte! Dirigimonos então para a Acrópole, onde estavam, no mínimo 45 graus. Estavam centenas de turistas, mas valeu a pena, lá de cima dá para ver a cidade toda e vê-se o Parténon e monumentos muito antigos. Descemos e visitámos o templo de Zeus, que era o maior de toda a Grécia antiga. Estava tanto calor que passámos a tarde na praia. Estava muito poluída mas a água era quente. Jantámos e fomos para a pousada. Dia 16/8 – 20º Dia – Saímos de Atenas ao meio-dia, com destino a Patras para irmos apanhar o barco para Itália. A viagem para Patras é um espectáculo, sempre ao pé do mar. Chegámos às 15:30 e reservámos o lugar no barco. Embarcámos pelas 16 horas. Tomámos banho na piscina do barco e jantámos no restaurante. O barco tinha casino, sala de cinema, bar, lojas, era enorme. À noite fomos ver o céu que estava muito estrelado e fomos dormir, no chão! Dia 17/8 – 21º Dia – Chegámos às 8 da manhã a Bari e apanhámos o comboio para Roma. Apeámo-nos em Roma pelas 18 horas. Fomos para a pousada da juventude, onde estavam 50 portugueses, fizemos imensos amigos “interrailers” como nós. Depois do jantar, dum jogo de xadrez e de notícias sobre o jogo do Benfica, fui lavar roupa e de seguida dormir. O quarto parecia um forno, estava um calor! Dia 18/8 – 22º Dia – Este dia começou no Vaticano. Estivemos meia hora na fila para entrar no museu da cidade. Visitámos este enorme museu, e entre o que vimos destaco a Capela Sistina. A seguir vimos a praça e a basílica de S. Pedro. Nesse dia visitámos imensas praças, o panteão e a Fontana di Trevi. Estávamos tão cansados, que foi jantar e ir logo para a cama. Dia 19/8 – 23º Dia – Começámos pelo Coliseu e pelo Forum romano, muitas ruínas, mas tudo muito giro. Almoçámos nas termas romanas e fomos às catacumbas. Jantámos e fomos para a pousada. À meia-noite telefonou-me a família toda porque dia 20 fazia 18 anos. Elas as duas fizeram uma festa, com vinho do Porto, e apareceram alguns portugueses que estavam na pousada. Dia 20/8 - 24º Dia – No meu dia de anos, saímos do hotel e de Roma, que foi a cidade que gostei mais de visitar.
Íamos para Florença. Quando chegámos a Florença, um amigo da Maria, o Paul, juntou-se a nós. Fomos procurar hotel, instalámo-nos e saímos para visitar a cidade. Vimos o Duomo, com a catedral e o baptistério, vimos também a estátua de David. Andámos na Ponte Vecchia e passamos algum tempo a jogar cartas num jardim, depois começou a chover e fomos jantar. Tive direito a uma fatia de bolo. Para festejar, fomos a uma discoteca. Dia 21/8 – 25º Dia – De manhã visitámos os museus Ufizzi, com pinturas muito conhecidas, de pintores célebres. Almoçámos e fomos para um parque descansar. Andámos a passear, mas estava tudo fechado e então fomos jantar. O Paul despediu-se e voltou para a sua terra, na Áustria. Dia 22/8 – 26º Dia – Saímos de Florença e fomos para Pisa, onde vimos a torre e a catedral. Saímos de Pisa em direcção a Barcelona. Dormimos no comboio e foi uma das piores noites. Comemos coisas que tínhamos comprado mas não era muito e passámos alguma ‘fominha’. A viagem é espectacular, muito perto do mar e das praias. Dia 23/8 – 27º Dia – Chegámos a Barcelona onde estava à nossa espera, a minha prima Margarida. Levou-nos para casa dela e almoçámos. Nesse dia descansámos um bocado e confraternizámos com portugueses que estavam no prédio da Margarida. Também estivemos com a Julia, a amiga da Polónia, que estava em Barcelona. Jantámos no terraço da Margarida que é muito acolhedor. Dia 24/8 – 28ºDia – Fomos ver a Sagrada Família e as casas do Gaudi. Barcelona é uma cidade cheia de avenidas, mas muito simpática. Estivemos também num jardim cheio de espectáculos de rua e de pessoas diferentes. Jantámos e fomos dormir. Nesse dia esteve imenso calor. Dia 25/8 –29º Dia – Saímos de Barcelona, despedimo-nos da Margarida e do Rui (o namorado dela) já com destino a Lisboa. Passámos o dia inteiro no comboio. A meio da noite entrámos em Portugal. Fomos comendo o que tínhamos comprado mas como já não tinha muito dinheiro fiquei mal alimentado. Dia 26/8 – 30º Dia – Dormimos mal e despedimo-nos do Inter Rail, com conversas sobre o que tínhamos gostado mais e memórias... Chegámos à nossa terra por volta das 11 da manhã, onde estavam os pais à nossa espera.
Divertimo-nos imenso e aconselho a todos os que possam a fazer um Inter Rail. Tiago Wemans
22 | NP | REFLEXOS
No BRANDO RUMOR da
VIDA Um rapaz corria atrás de um comboio. A vida – gritava-me – não tem freio. Eu acenava, rindo, com a mão e calmo estremecia, já longe. Nunca desejou a felicidade, mas apenas migalhas e centésimos de felicidade, já que, nessas migalhas e nesses centésimos, tinha a faculdade de contemplar a infinidade do universo e o sentido da vida humana; e foi dessa faculdade que chegou até nós, generoso e doloroso, nascido no sangue e nas lágrimas, o dom da sua poesia. Sob a madrugada chuvosa partiu o meu amor em passo alegre. Vi-o voltar a esquina e beijou-me ainda o coração com o último passo. No entanto, a felicidade pode gravar-se num presente tão ensolarado que a sombra e a noite parecem ter deixado de existir. Eis um rapaz aquático e feliz. Eis o rapaz grávido de luz, mais límpido do que o verso que o diz. Doce estação de silêncios e de sol e esta festa de palavras em mim. Uma despedida pode ser uma coisa alegre; Mas que graça de sol e de águas sujas nos separou de repente esta manhã.
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Sandro Penna viveu em Itália entre 1906 e 1977. A Assírio & Alvim editou recentemente uma antologia da sua poesia com prefácio de Natalia Ginzburg. O livro chama-se “No brando rumor da vida” (Gostaria de viver adormecido / no brando rumor da vida) e dele transcrevo poemas e fragmentos do prefácio. A vida de Sandro Penna foi o caudal de uma certeza interior e a sua poesia um fio eléctrico muito fino face à espantosa beleza da vida. Os teus calmos espectáculos. A vida. O amor que os une. Sol sobre a colina. E mais tarde a lua. Socorro, socorro! O seu mundo é um mundo narrado com uma economia de palavras muito pobre e habitado por um único sentimento: a exigência de amor. Amava tudo no mundo. E tinha apenas o meu caderno branco debaixo do sol. Vivendo à margem das leis que o tempo determina e impõe, num mundo sem classes sociais ou pilares ideológicos, sentindo, como sempre sentiu, uma total e límpida indiferença pelo poder, e mantendo com os vivos e os mortos, os poderosos e os indefesos, uma relação de absoluta simplicidade e paridade, é um dos seres humanos mais livres que existiram.
e a vida, unicamente estranha e terna, se reconhecermos a sua inesgotável fecundidade e generosidade: Se há na rua uma desgraça as pessoas juntam-se em redor. Mas, entre elas, vede com que graça curvam a cabeça e estão, aqui, no mundo, os símbolos esquecidos do meu amor. Assim, neste nosso tempo, em que é raro e difícil ser dos indivíduos e querer continuar a ser, este poeta deu-nos apenas a sua individualidade solitária, oferecendo-no-la, para que cada um pudesse encontrar-se a si mesmo. Não se preocupou em exprimir ódio e cansaço pela actual condição humana, pelo contrário, aceitou-a como se fosse impossível imaginar uma diferente, dado a sua natureza ter sido criada para celebrar e festejar, em todo o lado e em todos os instantes, os bens do universo. A multidão das cidades move-se em fundo, mas o homem tem sempre a possibilidade de abrir um espaço onde poderá respirar. Nesse espaço, protegido no meio da multidão, e nesse silêncio, protegido no meio de mil e um rumores estridentes e pungentes, chegam ao poeta as memórias, ele enumera o que pediu e teve, o que encontrou e perdeu, e sabe que sangrou e chorou e cantou e festejou a vida, e sabe que, por isso, foram poucas e nuas as palavras que lhe couberam em sorte, palavras imprecisas ao narrar porque é imprecisa e ambígua, sendo porém extraordinariamente exacta e límpida, a poesia.
J.Wengorovius
joao_wengorovius@hotmail.com
DESPORTO | NP |17
Demolidor... Pedro Pereira
eis jornadas, cinco vitórias, um empate e o primeiro lugar na classificação. É assim que a época de 2003-04 começou para o Desportivo. Aliado a tudo isto, tem o segundo ataque mais concretizador e a defesa menos batida. Um começo auspicioso de uma equipa que pretende fazer melhor do que na época anterior, onde alcançou a quarta posição.
S
Manutenção da estrutura – o segredo O CDOM manteve a estrutura para o futebol da época anterior. A mesma equipa directiva, a mesma equipa técnica e a maior parte do plantel. Se para muitos não
O Olivais e Moscavide ocupa o primeiro lugar isolado da II Divisão B – zona sul. É o melhor começo de sempre nesta divisão. Em dezoito pontos possíveis obteve dezasseis, cinco vitórias, um empate, desde já, uma época a fazer história
mexer é estagnar, o Olivais e Moscavide encarrega-se de demonstrar o contrário. Claro que isto só é possível quando a comunicação entre os diferentes agentes desportivos do clube é saudável. A comunicação é a pedra basilar para o sucesso, e quando esta existe entre as várias hierarquias de um clube tudo se simplifica, e os objectivos se tornam menos complicados. Além da comunicação, outro dos pilares importantes é a
manutenção da equipa técnica e de grande parte do plantel. O processo de aprendizagem, de integração e de interacção é assim mais fácil, com a maior parte dos conceitos já assimilados e automatizados. E até para os que vêm de novo a integração torna-se acessível, pois em vez de um professor (equipa técnica), são vinte (equipa técnica mais jogadores) que partilham do mesmo sentimento e objectivo. Uma época que promete.
Ricardo Silva
Hugo Santos
João Santos PUB
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