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www.era.pt/expo A N O I I I - N R . 1 9 - B I M E S T R A L - S E T E M B R O 04 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E SES
10 ANOS D E P O I S
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10| NP | OPINIÃO
A ORIENTE
1. Qual a sua posição em relação à criação da Freguesia do Oriente? Penso que a criação da Freguesia do Oriente é um propósito com todo o sentido. Um sistema urbano pode ser de maior ou menor complexidade. Pode ser de grande concentração de construção ou ser constituído por uma vasta área de território de pouquíssima concentração urbana. Pode também, por outro lado, ter níveis mais ou menos elevados do conjunto generalizado das actividades económicas. Existem, portanto, bons sistemas urbanos bem organizados e planeados, assim como os existem menos bons. Independentemente de serem grandes cidades ou pequenas urbes e independentemente, também, de serem mais tradicionais e antigos ou mais recentes. O planeamento urbano não é um processo fácil. Não se trata de organizar um sistema de serviços, nem de melhorar a rentabilidade de uma linha de produção industrial, nem tampouco de aumentar os resultados operacionais de um qualquer grupo empresarial. Tratase, isso sim, de facilitar a vida das pessoas, de contribuir para a melhoria das suas condições de habitabilidade e promover melhores condições de trabalho. Trata-se, ainda, de concorrer para a diminuição de tempos mortos e para o aumento e bom uso dos tempos livres. Do que falo, em suma, é de estimular uma vida mais saudável, com mais tempo para o convívio em família. (Entenda-se família num sentido mais lato). A ideia de urbe na fase inicial da Parque Expo há dez anos atrás baseava-se nestes pressupostos. Ou seja, existia um plano equilibrado na perspectiva de um pequeno sub-sistema urbano com características próprias. Habitação, emprego, rede centralizada e rede mais fina de abastecimento e distribuição, comércio, serviços, indústria (inclusive), sistemas de transportes internos, assim como de ligação ao sistema de transportes urbano já existente em Lisboa, ocupação de tempos livres, cultura, religião, desporto, jardins e espaços livres!, etc. Esta ideia foi-se pervertendo à medida que outros valores se foram sobrepondo àqueles. Sobretudo o infeliz conceito de lucro imediato versus o da rentabilidade a prazo. A rentabilidade da projecção a longo prazo de projectos desta natureza é extremamente difícil de calcular. Contudo, todos conhecemos os valores absolutos e os bons resultados transversais que se atingiram na óptica da melhoria da qualidade de vida, quan-
Por: António Rosinha
do, noutros casos, a forte energia e o risco marcaram a colocação de fasquias a níveis mais ambiciosos. As vistas curtas e os horizontes limitados dos responsáveis numa fase crucial do desenvolvimento do projecto, inviabilizaram-no. Relativamente ao exemplo de topo a nível mundial que a Expo Urbe esteve para ser, já nada há a fazer. Infelizmente, alguns estragos são já irreversíveis. Há, no entanto, uma esperança de minimizar os prejuízos estancando um processo indubitavelmente errado. Tal, seria retomar o planeamento de um sub-sistema urbano de qualidade, bem caracterizado, sem medo nem tibieza de patamares elevados de ambição urbanística, bem articulado com a envolvente. Será que tal objectivo é economicamente inviável? Não é! Nem sequer é difícil. Não é este o tema desta entrevista mas terei muito gosto em o demonstrar se um dia vier a propósito e se ainda for a tempo. A única forma de o fazer é tomar a Zona Expo como um todo. Ou seja, gerir de forma operacional um sub-sistema urbano que embora atravessado por vias de penetração de grande densidade, rodoviárias e ferroviárias, pode e deve ter características próprias, a desenvolver e a preservar. A criação da Freguesia do Oriente não é uma condição suficiente para o efeito, mas é, sem dúvida, uma condição necessária. 2. A petição e a Proposta de Lei foram entregues na AR. De que forma é que pensa que, daqui em diante, este processo deveria ser conduzido? O processo só poderá ser conduzido pela própria Assembleia da República. Compete no entanto, ao cidadão defender os seus próprios interesses. Não temos apenas o direito de defender interesses comuns. Temos o dever de o fazer, em harmonia com os outros, e como exemplo para outros. A AMCPN Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações - tem desempenhado, a meu ver, um papel relevante nesta matéria, demonstrando grande abnegação e interesse pelo bem comum. Não conheço em pormenor o caminho legislativo que será necessário percorrer mas, à primeira vista, parece-me muito complexo. O conjunto de legislação a promover, estudar, aprovar e aplicar, terá necessariamente de envolver o interesse de todos os Partidos Políticos. Aproveito a oportunidade para propor a Sua Excelência o Senhor Presidente da Assembleia da República a aprovação da constituição de uma Comissão composta por Deputados representativos de todos os Partidos, com o objectivo exclusivo de estudarem o assunto em causa e de proporem à Assembleia da República, num prazo pré–determinado, o conjunto de diplomas legislativos que permita a constituição da Freguesia do Oriente o mais rápido possível. Em paralelo, poderia Sua Excelência o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em conjunto com o Governo, promover a constituição de uma Autoridade com capacidade jurídica de gestão operacional, em articulação ou na sequência da actual Parque Expo, com o objectivo de salvar o que ainda pode ser salvo, de um projecto que (em tempos) foi citado internacionalmente pela positiva e pela qualidade.
O modelo de gestão urbanística da Zona Expo deveria ser baseado numa Autoridade com poderes de gestão operacional especificamente criada para o efeito.
3. Como é que classifica o papel, que tem vindo a ser desenrolado, pelas Câmaras e respectivas Freguesias no Parque das Nações?
As Câmaras Municipais e as respectivas freguesias no Parque das Nações têm vindo a desempenhar o papel que lhes compete. Sob um ponto de vista genérico e numa perspectiva a prazo, os interesses poderiam e deveriam ser comuns. No entanto sejamos pragmáticos, sem pactos de regime os horizontes políticos são definidos pelos círculos eleitorais de 4 anos. Por isso, penso que sem um acordo patrocinado pelos vários partidos, como disse atrás, (ou algo semelhante que conduza aos mesmos efeitos), é perfeitamente legítimo cada freguesia e Câmara Municipal defender os interesses a que se obrigou no espaço temporal de que dispõe. 4. Falamos de duas Câmaras e de três Freguesias e de uma reorganização territorial que irá suscitar algumas desigualdades. Qual é que acredita ser a melhor forma para se conduzir politicamente a eventual reorganização autárquica? Penso que a melhor forma de conduzir politicamente uma eventual reorganização autárquica é decidir por um determinado modelo, calcular os benefícios e prejuízos das diversas partes dentro de um prazo necessariamente fixo e programar indemnizações compensatórias numa perspectiva de “equilíbrio” a longo prazo. Na minha opinião, (um pouco a sentimento) julgo que uma futura Freguesia do Oriente deveria pertencer ao Município de Lisboa. No entanto, com todo o cuidado, uma decisão deste género só deverá ser tomada após análises profundas que permitam equacionar o maior número possível de variáveis. A decisão tem de ser forte e, uma vez tomada, terá de ser levada a bom porto rapidamente. Um prazo curto, o mais curto possível, é absolutamente essencial. 5. O Parque das Nações foi pensado e idealizado com uma ambição, sem precedentes, em Portugal dotando-o de uma elevada exigência de gestão urbana. Acredita que o modelo de gestão (quando assumido pelo poder autárquico) terá que ser apenas aperfeiçoado ou terá que ser pensado num modelo diferente? Que conselhos dá aos futuros autarcas responsáveis pelo território do Parque das Nações? No que se refere aos aspectos da Expo Urbe, a ambição idealizada para o Parque das Nações era realmente sem precedentes. Não só em Portugal, como no resto do Mundo. Pela sua dimensão, pela sua qualidade e pelas suas características. Aquela reclassificação urbana, com os objectivos específicos, com os níveis de qualidade e com os aspectos multi-usos da Expo Urbe dentro da Expo 98, só teve paralelo, mais tarde, tanto quanto sei, na reclassificação da Potsdamerplatz no Centro de Berlim. A qual, como hoje sabemos, não foi desvirtuada como infelizmente foi a nossa Expo Urbe. Os alemães não mudaram objectivos a meio do percurso (como “legalmente” aqui foi feito no célebre Decreto-lei de 30 de Dezembro de 1999, publicado quase 2 meses mais tarde....), não defraudaram os interesses dos primeiros investidores e, sobretudo, mantiveram-se coesamente orgulhosos nos elevados níveis de qualidade planeados. Na minha opinião, como atrás expressei, o modelo de gestão urbanística da Zona Expo deveria ser baseado numa Autoridade com poderes de gestão operacional especificamente criada para o efeito. Tenho a certeza que todos os moradores e utilizadores da Zona Expo estão dispostos a colaborar, efectivamente e sob diversos pontos de vista, na manutenção e desenvolvimento de uma área de excelência urbana. Há que criar condições para esse efeito. Com novas ideias, através de novos caminhos, procurando novas soluções. Em suma, inovando sem medo e aplicando com orgulho.
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A L U A SUBMARINA texto e fotografia por: André Moura e Filipa Samarra Biólogos, especializados em Biologia Marinha
Se fosse possível medir um índice de estranheza para os animais, o Peixe-Lua estaria provavelmente entre os animais com o valor mais elevado. Este peixe pode ser descrito como uma cabeça com barbatanas (o nome alemão para este peixe, “Schwimmender kopf ”, significa mesmo cabeça nadadora!), e de facto, por ter as barbatanas peitorais muito pequenas, e o corpo terminar abruptamente, faz com que o Peixe-Lua pareça ser só a cabeça de um peixe. No entanto, é apenas uma ilusão. O Peixe-Lua tem todas as características morfológicas típicas de um peixe “normal”, apenas estão bastante modificadas (ver caixa “A fisionomia do Peixe-Lua”). O Peixe-Lua é um animal imponente, tendo em média 1.8 m de comprimento e 2.4 m de altura. O maior que já foi apanhado media 3.1 m de comprimento e 4.26 m de altura, pesando uns impressionantes 2235 Kg, estando assim entre os maiores peixes ósseos que habitam o oceano. Dos dois recordes Guinness que este peixe tem, um é o de peixe ósseo mais pesado. Mas estas dimensões não se devem apenas à sua colossal “cabeça”. As barbatanas dorsal e anal são bastante prolongadas, o que justifica o facto de atingir grandes dimensões em altura (ver caixa “A fisionomia do Peixe-Lua”). Estas barbatanas desempenham um importante papel na locomoção, movimentando-se sincronizadamente, uma para um lado e a outra para o lado oposto.
12 | NP | REPORTAGEM Embora este movimento possa parecer desajeitado e pouco eficiente, na realidade, quando há necessidade de atingir grandes velocidades, estas barbatanas transformam o Peixe-Lua num autêntico torpedo! Como nos disse Fátima Cândido, uma responsável do Oceanário, quando é preciso apanhar um dos dois exemplares deste peixe que aí existem para análises médicas ou outro tipo de observações, estes mostram-se particularmente irrequietos e difíceis de apanhar. O tamanho e a natação lenta do Peixe-Lua, dão-lhe a imagem de um peixe desajeitado e que é facilmente capturado pelos seus predadores. No entanto, isso apenas é verdade enquanto o peixe é ainda juvenil. Na verdade, é o grande tamanho que atinge em adulto que o protege contra a maioria dos predadores, altura em que apenas é caçado por mamíferos marinhos, nomeadamente Orcas e Leões-Marinhos. No entanto, tem outra característica que o torna uma presa difícil mesmo para os mamíferos marinhos. A sua pele é bastante espessa e rija, e já foram observados Leões Marinhos que, após matarem um destes peixes, o deixaram intacto por não lhe conseguirem rasgar a pele. No entanto, tal não serve de protecção quando é ainda pequeno, e é nessa fase que a maioria deles é caçada. Talvez para compensar esta elevada mortalidade, os Peixes-Lua produzem um número de ovos superior aos restantes peixes. Uma fêmea de 1,4 metros tem à volta de 300 milhões de ovos, que são muito pequenos e situam-se no único ovário que cada fêmea possui. Este é o segundo recorde Guinness que este peixe bate, o de peixe que produz a maior quantidade de ovos. O Peixe-Lua é um nadador de alto mar que se alimenta essencialmente de Caravelas-Portuguesas, Águas Vivas, Moluscos, pequenos Peixes e eventualmente Crustáceos. Embora a grande maioria dos avistamentos e
fotografias de Peixes-Lua na natureza sejam à superfície, sabe-se que este se desloca para grandes profundidades, uma vez que já foram encontrados indivíduos com animais de profundidade no estômago. No Oceanário, chegou-se à
a-dia, na maioria das vezes é utilizada no sentido de um aperfeiçoamento nas características que estamos a analisar em relação a um estado anterior. É o que acontece quando nos referimos ao “modelo de computador mais evoluído”.
de Peixe-Lua (ver caixa, “O que é um Peixe-Lua?”) pertencem à ordem Tetraodontiformes, juntamente com os Peixes-Balão e outros peixes típicos dos recifes de coral. Esta ordem é a ordem de peixes que mais diverge do formato típico dos
xes é dos mais interessantes de estudar para os cientistas. Sendo o principal grupo de animais marinhos, é o principal candidato para conter o grupo que deu origem aos vertebrados terrestres. O grande problema é que um cadáver não
conclusão de que embora na natureza se alimente de uma grande variedade de presas, no aquário o animal demonstra uma clara preferência por Lulas e pequenos peixes. Como tal, os dois existentes no Oceanário são alimentados apenas com Lulas e pequenos peixes. Devido ao seu elevado “índice de estranheza”, o PeixeLua dá a ideia de ser um animal bastante primitivo. Mas de forma surpreendente, este é na verdade um dos peixes mais “evoluídos”. Para o compreender, é necessário entender o conceito de evolução que é utilizado. Embora a expressão “mais evoluído” seja utilizada frequentemente no nosso dia-
Mas a ideia que se pretende passar é apenas a de que um organismo mais “evoluído” divergiu de uma forma ancestral mais recentemente do que os outros.Tanto um organismo mais “evoluído” como um organismo “primitivo” estão bem adaptados ao meio em que se inserem. A única diferença está no facto de o organismo mais primitivo ter divergido das suas características típicas há mais tempo, tendo desde então sofrido apenas pequenas alterações. Já um organismo mais “evoluído” sofreu uma alteração nas suas características típicas mais recentemente. E é precisamente o que se passa com o Peixe-Lua. As 5 espécies
peixes, e essa é na realidade uma evidência da sua recente evolução (Ver caixa, “O que é um Tetraodontiforme”). Os peixes ditos modernos (ver parágrafo seguinte) mais antigos que se conhecem apareceram sensivelmente há 500 milhões de anos; a grande diversificação dos peixes modernos teve início há 400 milhões de anos; pensa-se que os Peixes-Lua terão divergido do seu ancestral – um peixe habitante dos recifes de coral – há 55 milhões de anos. Números à parte, a conclusão é de que os PeixesLua são das mais recentes adições ao diverso grupo dos peixes. O percurso evolutivo dos pei-
se conserva muito bem no mar ou nos rios e lagos, e por isso o número de fósseis existentes é bastante reduzido. Assim, os cientistas têm que determinar um percurso evolutivo de milhões de anos apenas através dos grupos existentes actualmente e alguns fósseis. Os poucos fósseis que se conhecem, muitas vezes apenas trazem mais confusão do que respostas. Pensa-se que o peixe mais primitivo que vive actualmente é a Lampreia. Este animal não tem ossos maxilares, não tem escamas, tem guelras muito primitivas, e na verdade, pouco se parece com os restantes peixes. As Lampreias são na verdade os únicos sobreviventes de
um grupo de peixes que já foi bastante numeroso, os Hyperoartia, que não conseguiu competir com os peixes modernos na maioria dos ecossistemas. A partir daqui, a confusão instala-se. Os peixes modernos, chamados Gnathostomata, dividem-se em peixes cartilagíneos e peixes ósseos, devido ao facto de terem um esqueleto composto por cartilagem e por osso respectivamente. Pensa-se que os peixes cartilagíneos foram os primeiros a surgir, mas muitas dúvidas permanecem por responder. Dentro dos peixes ósseos, existe um grupo que contem peixes bastante primitivos. Esse grupo chama-se Sarcopterygii, e fazem parte deste grupo os Coelacanthiformes (o famoso Celacanto ou Latimeria), os Dipnoi (peixes pulmonados) e os Osteolepimorpha (grupo já extinto). O que estes peixes têm de especial é o facto de se pensar que sejam os grupos de peixes evolutivamente mais próximos dos peixes que deram origem aos vertebrados terrestres. O Peixe-Lua não é só um animal estranho, é uma prova viva da evolução. Não só mostra que a evolução acontece, como também mostra que esta pode ocorrer por caminhos bastante diferentes e pouco óbvios. Um tubarão, com os seus dentes, os seus sentidos apurados e o seu corpo hidrodinâmico, é claramente um campeão de sobrevivência. Já um Peixe-Lua parece ser um animal com poucas hipóteses de competir eficientemente pela sobrevivência, num mundo onde existem poucos esconderijos e poucas hipóteses de fuga a potenciais predadores. No entanto ele permanece, e consegue sobreviver utilizando estratégia subtis, mas eficientes. Agora já é possível observar este animal de perto, e pensar nos estranhos desígnios da evolução que levaram ao aparecimento deste e de outros animais que têm um elevado “índice de estranheza”. PUB
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Sugestões de consulta - Para mais informação sobre a biologia e a evolução dos peixes em geral, pode consultar o livro: Nelson, Joseph S., 1994. Fishes of the world. 3rd Edition. John Wiley & Sons, Inc.; ou o livro: Moyle, Peter B. & Joseph J. Cech, 1996. Fishes: an introduction to ichtyology. 3rd Edition. Prentice Hall Inc., Upper Saddle River, New Jersey. -Se quiser informações mais detalhadas sobre a família Molidae pode consultar: o site www.fishbase.org; o site www.oceansunfish.org, desenvolvido por uma bióloga especialista em Molidae; o site http://www.amonline.net.au/fishes/fishfacts/fish/mola.htm tem também informação sobre várias espécies de Molidae; para ver fotografias do Peixe-Lua na natureza pode consultar, entre outros, o site http://earthwindow.com/mola.html.
A fisionomia do Peixe-Lua O que é um Peixe-lua?
O que é um Tetraodontiforme?
Peixe-lua é a designação comum para os peixes pertencentes à família Molidae. Esta família insere-se na ordem dos Tetraodontiformes, e contem 5 espécies. Ambos os indivíduos que se encontram no Oceanário pertencem à espécie Mola mola, e é também a espécie mais comum de todos os Molidae. As outras quatro espécies da família Molidae são designadas de Masturus lanceolatus, Ranzania laevis, Mola ramsayi e Masturus oxyuropterus. A espécie Ranzania laevis atinge tamanhos consideravelmente mais pequenos que as outras quatro espécies. Alguns autores não reconhecem as espécies Mola ramsayi e Masturus oxyuropterus, talvez por terem uma distribuição geográfica mais restrita. No entanto, o conhecimento cientifico sobre esta família apenas agora começou a formar-se, pelo que o número de espécies reconhecidas pode vir a alterar-se no futuro.
Os Tetraodontiformes constituem uma das ordens mais recentes dos peixes. A outra é a ordem de que fazem parte as solhas e os Linguados (os Pleuronectiformes). Os Tetraodontiformes são essencialmente caracterizados por terem os dentes fundidos em 4 placas, duas em cima e duas em baixo. É daí que vem o nome Tetraodontiformes; tetra que significa quatro, odous que significa dente e forma, que na nossa língua não sofreu alteração de significado. Os dentes fundidos, em conjunto com os ossos maxilares, formam uma estrutura em forma de bico. Este bico está associado a músculos muito poderosos, tornando-o numa ferramenta muito eficiente. Alguns Tetraodontiformes utilizam este bico para partir a estrutura calcária do coral, e alimentarem-se dos seus pólipos.
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Apesar de ser considerado como um dos peixes que mais diverge do formato típico dos peixes, podemos identificar no Peixe-Lua as principais características dos peixes, algumas bastante modificadas. A boca, ao contrário dos restantes peixes, é muito pequena e tem apenas 2 dentes, pois os 4 típicos dos Tetraodontiformes encontram-se fundidos em cada maxila. Com esta boca, o Peixe-Lua consegue criar um efeito de sucção para capturar as suas presas – razão pela qual os Peixes-Lua do Oceanário podem ser alimentados à mão. As barbatanas anal e dorsal são muito curtas mas muito altas, e estão deslocadas para a parte posterior do corpo. A barbatana caudal desaparece no adulto, e no seu lugar forma-se o Clavus, uma estrutura que consiste em prolongamentos das barbatanas dorsal e anal, e que funciona como leme. As barbatanas peitorais são também pequenas, e estão direccionadas ligeiramente para cima. A abertura das guelras está reduzida a um pequeno orifício logo abaixo das barbatanas peitorais.
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O Comandante António Manuel Gonçalves nasceu em 1964 em Lourenço Marques – Moçambique, onde viveu até 1975. A sua adolescência foi passada em Faro, local onde, na Escola Secundária Tomás Cabreira, concluiu o 12º ano. Entrou para a Escola Naval em 1986 e, terminado o Curso de Marinha, começou por estar embarcado no navio-escola Sagres, entre Dezembro de 1991 e Janeiro de 1993, tendo participado na grande regata Colombo, em 1992, numa viagem de oito meses. Entre Janeiro de 1993 e Setembro de 1996 exerceu as funções de navegador do Creoula. Neste período efectuou inúmeras viagens e participou em três regatas internacionais: Weymouth/Corunha (1994), Porto/St.Malo (1994) e Palma de Maiorca/Nápoles (1996). No ano lectivo de 1996-1997 frequentou o curso de especialização em Navegação.Voltou ao navio-escola Sagres em Outubro de 1997, onde desempenhou as funções de navegador, até Novembro de 2000. Nesse período participou na regata Falmouth/Lisboa (1998), na viagem comemorativa dos 500 anos do achamento do Brasil e nas celebrações do milénio nos Estados Unidos, no ano 2000. Desde Novembro de 2000 lecciona aulas de Navegação
na Escola Naval. Conta com cerca de 15.000 horas de navegação, mais de 90.000 milhas navegadas e 80 portos visitados na Europa, Mediterrâneo, África, arquipélagos atlânticos, América do Sul, Caraíbas, América Central e América do Norte (Atlântico e Pacífico). Em 2001 terminou a licenciatura em História, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e frequenta, actualmente, o mestrado em História dos Descobrimentos e da Expansão Portuguesa, na mesma faculdade. Entre Outubro de 2003 e Fevereiro de 2004 frequentou o Curso Geral Naval de Guerra, no Instituto Superior Naval de Guerra. Desde Novembro de 2001 é formador dos cursos da Náutica de Recreio (Marinheiro e Patrão Local) no Clube dos Oceanos, que funciona junto à doca do Oceanário. É autor de vários trabalhos e artigos sobre a história de navios portugueses, náutica, navegação e descobrimentos, e lecciona, conjuntamente com o Comandante Malhão Pereira, o Curso de História da Náutica no Centro de Estudos do Mar da Universidade Autónoma de Lisboa. Participa regularmente em colóquios no âmbito das temáticas referidas. PUB
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FACES PESSOASDOPARQUE Por ocasião das comemor ações do Dia da Mar inha (20 de Maio – chegada de Vasco da Gama à Índia) em Ílhavo, em 2003, foi apresentado o seu livro Creoula – Navio de Treino de Mar / Sail Training Ship. Presentemente tem em preparação um livro sobre a história do navio-escola Sagres e um outro, que derivará da sua tese de mestrado, comentando O Livro de Marinharia de João de Lisboa. António Manuel Gonçalves é casado com Maria Manuela Gonçalves e tem dois filhos, Francisco e António. Hobbies: Música (Clássica, Jazz e Pop/rock), leitura (navios, náutica, navegação, descobrimentos), fotografia (quase exclusivamente assuntos marítimos) e LEGO (onde cada cidade construída é sempre imaginada!). A minha atracção pela «cidade imaginada» teve início em 1998 quando o navio-escola Sagres aí esteve atracado por três períodos, durante a Expo’98: 22 a 24 de Maio, 6 a 9 de Junho e 15 a 30 de Setembro. Embora já antes tivesse tido conhecimento deste projecto, que redefiniu novos hábitos de lazer para os lisboetas, só nessa altura percebi que este iria ser um dos mais agradáveis pedaços de cidade de toda a Europa. Mas como sabemos nem todas as promessas do projecto foram cumpridas, em detrimento da qualidade de vida dos seus moradores e visitantes, na ânsia de recuperar em poucos anos (como é apanágio em Por tugal) o investimento feito. Por isso é notória a falta de capacidade da Escola Vasco da Gama; as ainda inexistentes mas previstas escolas na zona sul (nomeadamente a escola secundária); a falta de estacionamento nas ruas (e nas imediações do Pavilhão Atlântico e da FIL); a sujidade que começa a tornar-se comum (longe vão os dias de elogios rasgados ao Parque das Nações); a excessiva construção em altura (horríveis os «caixotes» escondidos atrás do edifício Écran, tendo ele próprio pouco a ver com o resto); a marina que continua sem solução à vista; a doca sem atractivos nem dinamismo; a falta de espaços verdes na zona sul; o excesso de excrementos dos animais nos relvados onde as crianças brincam (por incúria dos respectivos donos e não pela falta de meios para a sua remoção); o Parque do Trancão à espera de ser acabado; as «barracas» no meio das ruas para venda de apar tamentos, tão à moda de Massamá; o estacionamento a eito na Alameda dos Oceanos (por falta de homologação dos sinais,... da polícia e do civismo, dizem!), o centro de saúde e a igreja, Senhor!... Em suma, a «cidade imaginada» não difere hoje muito do resto do país, contrariamente ao que alguns visionários queriam por força que acontecesse. Agora
está tudo OK!
O meu lugar favorito encontra-se sempre junto ao rio, de costas para quase tudo... porque a nossa sina foi sabiamente escrita por Sophia de Mello Breyner, Por tugal tão cansado de morrer Ininterruptamente e devagar Enquanto o vento vivo vem do mar
Uma História do Mar Cerca das duas horas da manhã, quando par ticipava na regata Cutty Sark (Por to / St. Malo), a 30 milhas da costa francesa ouviu-se, em inglês, no rádio do Creoula, a seguinte mensagem: – Atenção, atenção!!! Veleiro de quatro mastros, cuidado estão muito próximos de mim, uma pequena embarcação à vossa proa! – Veleiro de quatro mastros deve ser connosco – pensámos todos. Os que ainda se encontravam no convés, terminada a faina geral de mastros para virar de bordo, tentaram então vislumbrar
a dita embarcação. Nada foi avistado, apesar da boa visibilidade de uma amena noite de Agosto. E uma nova mensagem, com uma voz angustiada, volta a ouvir-se. O Comandante Sá Leal manda então desfazer a manobra e governar ao rumo inicial. Pouco depois consegue-se perceber, na escuridão, uma ténue luz. Ao mesmo tempo, no rádio, ouve-se dizer : – Estou num caiaque que vem dos Estados Unidos com destino a França... A meio da noite, em pleno oceano, ouvir alguém dizer que está bordo de um caia-
que que vem dos Estados Unidos, não é propriamente uma coisa normal. O Comandante Sá Leal pergunta-lhe então se está tudo bem, e deseja-lhe boa viagem. Mas interroga-se: – ... um caiaque que vem dos Estados Unidos ?!!? É então restabelecido o contacto e o Comandante pergunta-lhe se precisa de ajuda, de água, comida, ou de saber a posição em que se encontra. Do caiaque o remador pretende apenas saber qual a previsão meteorológica. Mas o vento nordeste, previsto para os dias seguintes, seria muito desfavorável à sua evolução em direcção à
costa francesa. A tendência seria o caiaque ser arrastado para sudoeste, afastando-se do seu objectivo. Com a agravante de esta zona ser muito frequentada pelos grandes navios em trânsito de e para o nor te da Europa. Foi então que Mathieu Mor verand, o jovem francês de 22 anos, pensou: – Não aguento mais, vou pedir reboque... Havia já 79 dias que tinha par tido de Cape Cod, nos Estados Unidos, num caiaque de 9 metros, a remos. O seu objectivo, chegar à longitude dos 10º Oeste, já estava cumprido. Mathieu, depois da aproximação ao Creoula, recebeu um cabo de reboque e pouco depois entrou a bordo. Devido às queixas sobre problemas renais foi examinado pelo médico do navio. Depois de se alimentar convenientemente, apesar de ter sido preparada uma cama para poder descansar preferiu não o fazer. Todo o tempo em que permaneceu a bordo fez aquilo que não fazia há mais de dois meses: falar. Primeiro com os seus familiares, para os tranquilizar, via rádio. E depois com todos os elementos da guarnição que se encontravam de quar to e com os inúmeros orgãos de comunicação social franceses que acompanharam os preparativos e o início da sua aventura, mas que depois o haviam dado como desaparecido. O seu caiaque encontrava-se preparado, tanto quanto possível, para uma travessia atlântica. Era composto por duas zonas estanques, à proa e à popa, onde ele se refugiava com mau tempo, devidamente amarrado com cintos. Isto porque o seu caiaque, nessas circunstâncias, rolava frequentemente. Saído de Cape Cod no dia 26 de Maio de 1994, foi recolhido pelo Creoula no início do dia 13 de Agosto. Em todo o caso não era a glória ou o Guiness Book que o moviam. Mas sim o programa de recuperação de drogados, liderado pelo padre Jaouen, a bordo do barco Rara Avis. Este esperava-o a duas milhas da ilha de Ouessant, no final do dia 14 de Agosto, quando nos deixou. Segundo as suas palavras, esta experiência de caiaque teria sido a primeira e a última. Na realidade encontrámo-lo cinco anos depois, em Wilhelmshaven, na Alemanha, com o seu caiaque num atrelado, na tentativa de arranjar patrocínios para uma nova travessia... Há já dois anos que o Creoula (operado por uma guarnição da Marinha) conjuntamente com o Oceanário, realiza embarques durante o Verão. O ano passado a viagem levou os «novos marinheiros» aos Açores, para obser varem as baleias, e este ano o motivo foi a visita aos oceanários do sul da Europa, no Mediterrâneo.
16 | NP |ESPAÇO COMÉRCIO
ESPAÇO COMÉRCIO
A Horta Viva, é um projecto recente, uma loja de produtos alimentares instalada na Zona Norte do Parque das Nações, (ao lado da Farmácia), e aberta de Segunda a Sábado das 10h às 20h, desde o passado mês de Junho. Oferecemos uma gama variada de produtos alimentares, produzidos com recurso a práticas agricolas e pecuárias, que respeitam o equilíbrio natural do meio ambiente, sem recurso a qualquer produto químico sintetizado pelo homem. A recusa da utilização de Organismos
Genéticamente Modificados, (OGM), um controlo e verificação da qualidade de produção e transformação, restrito, e mais exigente que a legislação geral aplicada aos produtos alimentares, sintetizado no Sistema de Controlo CE, para a Agricultura Biológica, garante ao consumidor a qualidade do produto final. Da sementeira à transformação, embalagem e comercialização, é mantido um controlo apertado, realizado por uma entidade certificadora independente, que garante o respeito pelas normas de
À descoberta da Agricultura Biológica
produção e comercialização biológicas. Este processo gera uma certificação que garante ao cliente um rigoroso controlo da qualidade de procedimentos, assegurando-lhe a qualidade dos produtos que consome. A Horta Viva é uma loja certificada pela Certiplanet (entidade certificadora independente) em cumprimento do Sistema de Controlo CE, para a Agricultura Biológica. Esta opção pela Agricultura Biológica foi tomada para dar resposta às necessidades e exigências de consumidores, cada vez mais atentos à qualidade dos produtos que consomem, produzidos no respeito pela terra e pelos animais. Os casos recentes, de desrespeito por estes princípios, transformaram-se invariavelmente em problemas de saúde pública. Mais, esta opção permite a redescoberta dos sabores originais, o reencontro com variedades esquecidas pela produção indústrial, com a garantia da protecção do meio ambiente e do desenvolvimento rural. Produzir sem destruir. Estas nossas convicções, que definiram a base do projecto, levaram-nos a abrir a loja Horta Viva, numa zona habitacional, que também escolhemos para viver, em que a qualidade e o respeito pelo ambiente, preocupações que presidiram à sua concepção, se mantêm presentes para quem aqui vive e trabalha.
Um conceito de loja tradicional, num espaço agradável para quem o frequenta. À oferta de produtos frescos, horticulas, fruticolas e pão diário, carne Nacional, e mercearia variada, juntámos serviços de apoio, para quem, vivendo um dia-a-dia apressado, quer ter uma alimentação saudável e saborosa: * Serviço de Pronto a Cozinhar, um conceito original, em que o cliente leva a receita e todos os ingredientes necessários para a confecção do prato; * Encomendas por telefone e e-mail; * Entregas em casa; * Serviço de Take-Away; Esperamos contribuir para a valorização do Parque das Nações, enquanto espaço de qualidade de vida, motivando os seus habitantes para as questões da alimentação e do meio ambiente. A Horta Viva permite a descoberta da Agricultura Biológica e dos seus produtos. Queremos ajudar na diversificação das suas refeições em função das épocas de colheita, na diversificação dos seus alimentos, e na descoberta de novos e velhos sabores perdidos com a insdustrialização. Vila Expo | Jardim dos Jacarandás 4.28.02A 1990-237 Lisboa Tel: 218 962 045 jorgebento@hortaviva.pt www.hortaviva.pt PUB
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ESPAÇO SAÚDENP |17
ESPAÇO SAÚDE Sorrir está na Moda A estética facial e o sorriso estão intimamente relacionados. No mundo moderno e civilizado, dentes brancos, bem contornados e bem alinhados estabelecem o padrão de beleza. Tais dentes são, não apenas considerados atraentes, mas indicam saúde nutricional, amor-próprio, status económico e sensualidade. De todas as espécies animais, a humana é a única que pode sorrir. Mas quantas pessoas perdem a autoestima devido a um sorriso ou estética dentária prejudicada, levando-as a comportarem-se de forma reservada e tímida. Costumo dizer que tenho o privilégio de ter uma profissão que alia a ciência com a arte. Esculpimos as menores obras dentro de um atelier vivo, penante e crítico! O nosso trabalho é único, pois só cada dentista tem naquele momento a inspiração, idealização, emoção e concretização de determinada obra. Também somos Psicólogos. Muitas vezes meros ouvintes,outras,convidados a participar de vidas com que nos acabamos de deparar. Saber dos problemas, guardar o segredo profissional e levar palavras de optimismo e conforto. Lidamos com sentimentos,dor,medo e diante deste quadro temos de transmitir confiança. Não há muito tempo atrás,quando um dente se estragava pela acção das cáries o seguinte passo era a extracção e proceder à sua substituição por uma prótese. Hoje, a Medicina Dentária moderna tem uma máxima: deve-se poupar a todo o custo a remoção dos dentes naturais... todos os tratamentos devem ser aplicados para que estes mesmos dentes permaneçam eternamente na boca, sendo a sua remoção o ultimo recurso. Se existe algo difícil de se fazer na vida é copiar a natureza, mas os avanços constantes nesta área têm permitido aos dentistas executarem magníficos trabalhos. Promovem-se reabilitações orais que muitas das vezes se tornam imperceptíveis até para o profissional dentário. Isto em parte é possível, graças às porcelanas de última geração que nos permitem mais naturalidade, uma vez que a ausência de metal confere um maior grau de transparência e brilho e cores mais reais. Com estes materiais, executam-se coroas, pontes e facetas. Estas últimas são umas finas lâminas de cerâmica que recobrem as faces anteriores dos dentes, dandolhes a forma, cor e textura desejada. As coroas são como umas capas que se destinam a reconstruir a coroa natural do dente parcialmente destruído. As pontes são várias coroas juntas, e que apoiando-se em dentes vizinhos, preenchem amplos espaços desdentados ficando fixas, graças aos potentes sistemas de adesão!
Um sorriso-Hollywood é um requisito que vem ganhando força nos últimos anos onde se nota cada vez mais o desejo de possuir dentes brancos por parte dos pacientes. Os Branqueamentos Dentários podem ser executados por vários métodos (muitas vezes empregando o Laser). Alguns são feitos pelo dentista dentro do consultório e outros pelo paciente em casa, mas com a supervisão do dentista. Este tratamento torna-se imprescindível em casos de manchas na estrutura dentária causadas por fluorose, certos antibióticos, café, tabaco, de escurecimento devido à idade, sequela de desvitalizações ou ainda por trauma na fase de formação do dente. Como os diamantes são eternos, surgiram no mercado os piercings dentários para crianças e também adultos. Estes são pequenos cristais de vidro polido que se aplicam nas superfícies labiais dos dentes e concebidos para satisfazer as necessidades cosméticas dos nossos pacientes sem afectar o esmalte dentário, embora eu insista que não interessa só a estética,mas também a integridade funcional.Quando se perdem um ou mais dentes,o Implante dentário pode ser um método eficaz para os substituir. Um implante é uma peça em titânio, metal compatível com os tecidos humanos, com uma forma muito semelhante à de um parafuso que, depois de colocado na mandíbula ou maxila, funciona como uma «raiz falsa» do dente perdido. Posteriormente, élhe associado uma ou mais coroas de cerâmica,para que este complexo funcione como um dente normal a nível estético e funcional, sem que o paciente pressinta que tem colocado um dente falso na sua cavidade oral.É uma pequena cirurgia sob anestesia local em que o possível mínimo desconforto, justifica plenamente os resultados conseguidos!A Ortodontia com a colocação dos aparelhos,corrige a posição dos dentes e dos ossos maxilares posicionados de forma inadequada. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam correctamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e às doenças das gengivas. Diversos
tipos de aparelhos, tanto fixos como móveis, são utilizados para ajudar a movimentar os dentes, retrair os músculos e alterar o crescimento ósseo. Estes aparelhos funcionam colocando uma leve pressão nos dentes e ossos maxilares. Além de recuperar as características estéticas do dente através da troca de restaurações metálicas
(vulgo Chumbo) por resina ou porcelana (massas brancas),eliminamos também o poder tóxico do mercúrio libertado pelas restaurações de amálgama (restaurações escuras). Quem não gostaria de ter todos os dentes claros e bonitos sem restaurações escuras? Hoje isto é uma realidade. Existem técnicas específicas que devem ser indicadas pelo
profissional de forma a garantir a estética e a durabilidade destas restaurações. A manutenção das restaurações estéticas está directamente relacionada com os cuidados de saúde oral, tais como uma higienização correcta dos dentes, polimentos periódicos realizados pelo profissional e reavaliações clínicas do estado das restaurações que prolongam a vida útil destes trabalhos.As restaurações estéticas ainda têm a vantagem de aceitar pequenos reparos de possíveis fracturas e manchas.É importante que se visite o Dentista pelo menos duas vezes por ano a fim de precocemente se detectarem tantas cáries como problemas das gengivas, numa fase em que o tratamento é indolor e menos dispendioso. Infelizmente, ainda existe a tendência de visitar o dentista só quando os dentes doem, e muitas dessas situações acabam na desvitalização dos mesmos, quando poderiam ser sujeitos a uma simples remoção de cárie e restauração se fosse detectado anteriormente numa consulta de rotina. É importante incutir às crianças o sentido de responsabilidade de tratar bem dos dentes. Os primeiros molares definitivos erupcio-
nam por volta dos 6 anos de idade, e torna-se quase obrigatório colocar-lhes imediatamente os Selantes de Fissura, de forma a protegê-los das cáries. Os Selantes funcionam como um verniz que sela as fissuras dos dentes, impedindo a deposição e acumulação de bactérias nos espaços inacessíveis à escovagem. Por outro lado, a aplicação de flúor pode ser vantajosa em certos casos. Ser detentor de um sorriso saudável e esteticamente aceitável deixou de ser privilégio dos “ricos e famosos” e passou a ser uma realidade palpável. À medida que as técnicas e materiais evoluem, as pesquisas aprimoram-se e a tecnologia invade todas as áreas, a segurança dos tratamentos cosméticos melhora, levam à popularização dos procedimentos e forçam a queda dos custos dos tratamentos, tornando-os mais acessíveis. Necessitamos de 72 músculos para franzir a testa, no entanto apenas activamos 14 para Sorrir...Você quer, você pode, Sorrir está na moda! Dr. Ricardo Rainha Clínica Médica e Dentária do Parque das Nações
OS NÚMEROS
18 | NP | HISTÓRIA
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HISTÓRIA | NP |19
A Parque EXPO 98, SA comercializou 95% de uma área bruta de construção próxima de 2.500.000,00 m2. Do total da área bruta de construção, 1.240.000 m2 corresponde a habitação, 610.000 m2 a escritórios, 170.000 m2 a comércio e 300.000 m2 a outros fins.
Situação Sócio-Laboral do Projecto EXPO ‘98 Na fase de desactivação de actividades e desocupação de espaços na Zona de Intervenção (ZI) Número de empresas a exercerem a sua actividade na ZI – 117 Número de trabalhadores – 3200 Percentagem de trabalhadores com idade até 45 anos – 68,1% Percentagem de trabalhadores com idades entre os 46 e os 54 anos – 22,4%
trabalhadores administrativos – 12,8% chefias intermédias – 7,9% trabalhadores metalúrgicos – 7,5% trabalhadores químicos – 7,5% trabalhadores portuários – 6,2% outras especialidades e não qualificados – 13,9%
Na fase de construção da EXPO ‘98 Acidentes de trabalho com danos pessoais que implicaram “baixa” – 702 Número de trabalhadores na semana que registou maior volume de trabalhadores permanentes – 11 114 (semana 4 de 1998)
Número de voluntários – 1266 ( 1117 até aos 30 anos, 149 entre os 30 e os 60 anos e 19 com mais de 60 anos) Este total incluiu 63 estrangeiros e 22 diminuídos físicos Taxa de absentismo dos voluntários – entre 0,7% e 2,5% 41,3% dos voluntários procederam de zonas exteriores à Área Metropolitana de Lisboa, tendo 209 dos 285 concelhos do continente sido “representados” por voluntários. Toneladas de aço desmontadas e transportadas para reciclagem – 35 000 Metros quadrados de cubos de granito reutilizados na pavimentação – 100 000
Na fase de funcionamento da EXPO ‘98 Número médio de trabalhadores do quadro – 3638 (distribuídos por quatro turnos)
Toneladas de betão demolido utilizadas após reciclagem – 1 100 000 Toneladas de aço em varão recicladas – 2 300
Percentagem de trabalhadores com idade superior a 55 anos – 9,5%
Distribuição por sexos: trabalhadores-mulheres – 51,4% trabalhadores-homens – 48,6%
Distribuição por sexos: trabalhadores-homens – 90% trabalhadores-mulheres – 10%
Trabalhadores entre os 21 e os 25 anos: mulheres – 49,9% homens – 47,5%
Distribuição por áreas profissionais: motoristas – 20,2%
Taxa de absentismo – menos de 2,5%
Toneladas de escombros incorporados em operações de saneamento e melhoramento dos solos – 110 000 Metros cúbicos de solos contaminados depositados em “células confinadas” – 400 000
Metros de tubagem utilizados na rede de águas quentes e frias – 40 000 Metros de tubagem utilizados na rede de água potável – 35 000 Metros de tubagem utilizados na rede de água de rega – 60 000 Metros de tubagem utilizados na rede de gás – 25 000 Metros de cabos utilizados na rede de iluminação pública – 140 000 Metros de tubagem utilizados para enfiamento de cabos da rede de telecomunicações – 300 000 Metros quadrados de pavimentação para faixas de rodagem – 350 000 Metros quadrados de pavimentação pedonal em calçada de vidraço – 220 000 Metros quadrados de pavimentação pedonal em calçada de granito – 180 000 Metros quadrados de pavimentação pedonal em lajes de betão – 130 000 Metros quadrados de estacionamento – 650 000
Metros de tubagem utilizados na rede de recolha automática de resíduos sólidos urbanos – 16 000
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2 | NP | EDITORIAL
Dez anos depois noticiasparque@netcabo.pt
Lia-se naquele documento “Paris, 23 (lusa) Lisboa ganhou a Toronto por 23 contra 18 e uma abstenção”.
FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, André Moura; Filipa Samarra; Mariana Gasalho, Pedro Pereira,Tiago Reis Santos, (Colaborações) António dos Santos; Gonçalo Peres, J. Wengorovius, Pedro Jordão, Reinaldo Martins Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira; Luis Bendada Projecto Gráfico: Tiago Fiel Colaboração: Joana Ramalho Produção: Imaginarte Impressão: Imprejornal Rua Ribeiro Sanches 65-1200-787 Lisboa Tiragem: 5 500 Exemplares Proprietário: Imaginarte Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Júlio Dinis nº. 6 1º Dto. 2685-215 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03
Dez anos decorridos após o início de construção do Projecto Expo 98 e é inegável o desenvolvimento alcançado pelo seu filho Parque das Nações. Para aqueles que não sabem ou para os que já não se lembram, a Zona da Doca dos Olivais era uma das dez alternativas em estudo. Hoje não posso deixar de pensar nos “se´s”. Se a EXPO tivesse sido erguida em Alcântara ou na Margem Sul…; se o projecto Parque das Nações teria o mesmo impacto…; se o ambiente autárquico-administrativo das restantes (possíveis) zonas iria dar um rumo e um pulsar diferente ao projecto…; se a futura resolução desta tão complexa questão territorial, que nos divide em três Freguesias e duas Câmaras, não viria a servir de modelo para uma nova reorganização administrativa (há tanto tempo esquecida). Por outro lado, percorro estes 330 hectares e olho para a obra que se ergueu nos últimos dez anos e não tenho outra solução se não… admirá-la e acompanhá-la. O Parque das Nações continua a ser hoje um ícone nacional, um lugar de um potencial sem dimensão, que muitos escolhem para viver, passear, trabalhar e investir. Largas dezenas de grandes empresas elegeram-no como nova sede tornando-o num pólo económico cada vez mais forte. Culturalmente temos equipamentos de excelência e de referência internacional. Temos (e teremos ainda mais) instituições de valor e grande amplitude nacional. Mas (e existe sempre um mas) todas as obras são feitas à imagem do Homem que nunca foi e nunca será… perfeito. Ainda temos a falta de equipamentos importantes e vitais para desenvolvimento da, tão importante, componente social. Por exemplo o caso da Escola Vasco da Gama onde a procura superou a oferta negando a possibilidade a alguns residentes de terem acesso, nesta zona, a um princípio tão básico e prioritário como o da Educação. A não existência de um Centro de Saúde; de mais escolas e de uma Igreja, são algumas das carências que tornam o Parque das Nações uma cidade magna e ao mesmo tempo algo frágil e, de certa forma, vítima de alguns contrastes. Mas nem sempre os contrastes são símbolo de retrocesso. Pelo contrário, poderão servir de vantagem se pusermos em prática a vontade e a criatividade. Já por várias vezes referi que o facto de termos uma crescente e forte representação empresarial poderia significar para o PN (mais do que a presença de empresas de nome nacional e internacional) um aliado de peso e favorável à prosperidade. É o exemplo da responsabilidade e participação social das empresas que já funciona, com grande impacto, em vários países europeus e estados norte-americanos. Também, em Portugal, este fenómeno já deu os seus primeiros passos. Com abordagens culturais e sociais é possível conseguir uma interacção das empresas na comunidade em que estão inseridas tentando responder a algumas das mais prioritárias carências. O PN vai ter praticamente o mesmo número de trabalhadores e de residentes. São largas dezenas de empresas com poder e protagonismo. Arrisco dizer que não existe zona no país com características iguais a estas. Porque não haveremos de tirar partido dessa realidade? Porque razão estes protagonistas não haverão de contribuir para um desenvolvimento mais rico e próspero do PN? Acredito no dever do Estado para com estas matérias mas, ao mesmo tempo, penso que deveriam existir alternativas, parcerias, simbioses com outros motores da nossa sociedade. É urgente recuperar e ultrapassar as falhas, é preciso usar a criatividade sem medo de arriscar. Passados dez anos olho para trás e admiro a obra erguida. Olho para o futuro desta zona e não vejo dimensão nem limites para aquilo em que se poderá tornar.
Miguel F. Meneses
20 | NP | PASSEIO
A T R AV E S S A R
PASSEIO | NP |21
O TEMPO
Vamos até lá ao fundo? Embora! Há quanto tempo é que não andas mais do que cem metros, sem intervalos para descansar ou para fumar um cigarrito? Vá… vamos lá, faz-te bem andar. O que é que foi? Estás a começar a sentir o sabor do fim de férias. É assim meu amigo…eu, também, não gosto nada destes últimos dias. Lembram as últimas páginas de um livro que, apesar de estar acabado, parece existir a vontade de acrescentar mais uns parágrafos finais. E depois ficamos com aquela sensação amarga de que, na certeza de ter sido a melhor das obras, a mais perfeita, não a queremos acabar, num receio cobarde de não conseguir superar o feito. Pois é meu amigo, mas estas coisas boas têm sempre um fim. Quantas vezes fizemos planos e quantas vezes combinámos não regressar? É engraçado como quanto mais avançamos, menos cumpridores nos tornamos e mais as promessas facilmente desaparecem como tinta num pedaço de papel à tona de água. Não era suposto ser ao contrário? Sonhar quando não é possível para mais tarde concretizar? Olha, estás a ver esta linha de pedras à nossa frente? Representam todas as tuas causas esquecidas ou… perdidas. Estás a rir-te? É verdade… quantas coisas sonhaste ou disseste que tinhas de fazer? Quantas é que levaste até ao fim? É como aquelas conversas que temos quando encontramos antigos colegas de escola. Ainda no outro dia encontrei o Luís Vicente, na rua, a caminho de um banco qualquer. Uma grande festa, grandes abraços, aquela conversa já formatada: “Estás mais gordo.”; “E tu mais careca!”; “Pois é… mas olha que estás com muito bom aspecto!” E tu sabes perfeitamente que estás um farrapo, com uma grandes olheiras por teres feito uma directa a acabar um projecto que não fazes ideia para é que serve e que se te encostares a uma parede, na rua, a beber um resto de café, arriscas-te a que uma “tia” te atire uns trocos para dentro do copo, … mas já estou a divagar. Bem, mas encontrei-o e logo uma das coisas que lhe disse foi “É pá, já não sei há quantos anos que ando a pensar em ti!” Gostava imenso de passar um tempo contigo… sei lá… jantar.Tenho imensas coisas para te contar”. E começo a perguntar-lhe coisas do passado, se já fez aquela viagem à Austrália, ou se já viu terrenos para aquela casa no campo que queria construir, ou, sei lá, se já se inscreveu no ténis, como sempre dizia que iria fazer. E passados dez minutos reparo que passaram dez anos e está tudo na mesma (a não ser a barriga). E aos vinte minutos a conversa esmoreceu. O facto é que não temos mais nada para falar. Sabes como é? Parece que o tempo nos atravessou… e nós não atravessámos o tempo. Enfim… mas não interessa. Não sei… se calhar tem tudo a ver com o momento. Sabes aquelas pessoas que temos a certeza de que vão estar ao nosso lado em bancos de jardim envelhecidos. Será que é assim que as coisas funcionam? As pessoas estagnam… ou mudam de feição com o vento… ou, simplesmente, esquecem e viram costas sem olhar para trás. É difícil de adivinhar. Sabes…olho lá para o fundo da praia, para lá da rocha e parece-me cada vez mais distante e esquecido. O facto é que já são poucas as vezes que volto lá. Se calhar por já não ter a mesma energia. Era no topo da rocha que costumávamos sentar-nos a delinear todas as nossas ambições. Provavelmente pela sensação de estarmos no pico do mundo ou simplesmente pela vista sobre o infindável mar que nos faz crer que tudo é possível. Deve ser por isso que raramente lá volto. Foi lá que ficaram os nossos sonhos e simplesmente não temos coragem de os voltar a enfrentar. Pois… a subida é mais fácil do que a descida… que nos diz: acabou-se. Sabes que mais?! Vamos até lá outra vez.Vamos recuperar, pelo menos, um deles. Garanto-te que para o ano não deixamos a praia... para o ano é para ficar.
O sol já se está a pôr e o reflexo na água quase queima os olhos. A caminhada de volta é longa e embalada pelo vento que sopra, agora, pelas costas. A transformação da expressão do rosto é agora total… as férias acabaram. Um último relance de olhar vê um contra-luz da rocha grande que no cume emerge o contorno a negro do amigo que ficou para trás.
M.F.M
22 | NP | CRÓNICA
EXISTIR OU NÃO EXISTIR, EIS... António dos Santos pocasdossantos@yahoo.com
Quando pensamos em Deus, a maioria das pessoas fica inquieta. È um assunto muito sério para se falar agora, eu acredito, eu não acredito em coisas das quais não há provas, não acredito, nem deixo de acreditar. Sou crente. Sou ateu. Sou agnóstico. Sou filósofo, sou céptico, sou científico. Eu tenho o meu Deus, a minha religião. Pressupor a não existência de Deus é pressupor a não existência do universo, do todo. Quando negamos a existência de algo, temos que pressupor a existência contrária dessa mesma negação: a sua existência. O vazio contempla em si a existência do cheio, do preenchido. Sem a existência de algo, não há a não existência, o vazio. A ausência da existência, está relacionada com a existência de alguma coisa. De tudo ou de nada. Ou temos fé ou não temos. Ou acreditamos ou não acreditamos em algo superior a nós. Depende da opção da resposta que queremos dar a nós próprios, em que queremos acreditar, no que nos convém acreditar. Naquilo que nos convém acreditar ou que nos interessa acreditar, neste ou naquele momento par ticular da nossa vida, da nossa exis-
tência como humanos. Podemos optar por dizer sim ou não. Podemos optar sempre por negar ou voltar atrás, ou então por seguir em frente. Não podemos negar nunca, a nossa pequenez, a nossa condição frágil de humanos. Temos que acreditar que podem existir coisas, forças, entes, seres superiores a nós. Não devemos ter a ingenuidade de que somos os únicos no universo, os únicos felizardos, os iluminados, os escolhidos. È uma soberba demasiado aviltosa, megalómana e egocêntrica, para uns quantos bilhões de seres, num planeta, numa das galáxias mais pequenas dessa mesma realidade universal comum ao nosso cosmos. Ao nosso universo. Temos que ter coragem e admitir que temos que acreditar em alguma coisa, em alguma filosofia de vida, em alguma religião. Cristã, Protestante, judaica, Budista, Krishna, Hindu, muçulmana, criola, pagã, seja lá ela qual for. Temos a obrigação de o fazer. Conforme defendemos ou per tencemos a um par tido político ou clube de futebol, também temos que acreditar em alguma religião. Não podemos negar mais o ser espiritual que habita dentro de nós. A nossa espiritualidade não merece essa afronta. Ela sofre quando não lhe damos ouvidos. Quando não fazemos caso do que nos diz. Quando lhe viramos as costas. PUB
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DESPORTO | NP |23
ADEUS TRADIÇÃO O futebol português através dos seus três principais representantes mudou de cara. Porto, Benfica e Sporting alteraram os seus modelos rompendo com o passado de longos anos de tradição. Pedro Santos Pereira
O futebol português desta época está em ebulição. Os principais fios condutores que serviam de orientação a clubes e suas respectivas cidades foram alterados. E não me refiro apenas à mudança de treinadores, mas essencialmente ao método que eles pretendem implementar, prevendo-se desde já uma forte ruptura com o passado. Comecemos pelo FC Porto, campeão nacional e europeu, que viu partir o seu timoneiro José Mourinho, que criou uma equipa sem paralelo nas últimas décadas do nosso futebol. Primeiro foi substituído por Del Neri, um italiano que sucumbiu ainda durante o defeso, onde demonstrou não ter arcaboiço nem método para pegar numa equipa super-vencedora. Assim, quase que naturalmente, apesar da precocidade pouco habitual, deu-se a sua substituição. O eleito foi Victor Fernandez, um filósofo de formação que vê no «futebol espectáculo» o caminho para o céu. Privilegia o individua-
lismo, a técnica e o instinto, em detrimento da do colectivo, da táctica e do racional. É aqui que surge o grande corte com o passado, passado este que não se resume só a José Mourinho, mas a todos os seus precedentes dos últimos 25 anos. É uma quebra que se estende à cidade e aos seus costumes. Pois esta com o seu estilo bairrista onde todos se unem em defesa da mesma (colectivo), de cariz burguês (táctica), e que pensa por si mesma sendo capaz de criar revoltas (racional), se vê despida de fundamentos que a identificam e dos quais se orgulha. A mudança será boa, ou será má? Pelo plantel que o FC Porto tem, pelos jogadores que chegaram e pelo treinador que acabou por vir, a mudança era inevitável. A juventude e criatividade que havia no Dragão, aliada à muita que chegou, já faziam prever que a razão e a organização iriam ser preteridas em função do empirismo e da anarquia. Quanto ao Benfica a volta também foi grande, e só não foi maior porque Camacho já tinha percorrido algum caminho no sentido da mudança. A vinda de Trapattoni veio desbravar ainda mais terreno numa equipa que sempre foi do povo e que com ele se identificou. O Benfica de outrora era a equipa de momentos, das alegrias contagiantes, do colectivo onde o indivíduo se cultivava como algo essencial. Era como o povo que funciona como um todo, mas que cria os seus próprios heróis, dando à união e à criatividade um valor divino. Pois agora nada disso é assim, o espectáculo passou a ser dispensável, sem qualquer tipo de remorso. O grupo dividiu-se em dois grupos, os de trás (a maior parte) e os da frente (uma minoria), e onde os heróis não sobressaem do colectivo mas sim deles mesmos.A mudança será boa, ou será má? Independentemente de ser boa ou ser má, pareceme acima de tudo desnecessária. O Benfica tem equipa para acredi-
tar em si próprio e não andar à procura do erro alheio. O processo de estabilização do balneário já havia sido feito, e bem, por Camacho, agora havia de ser dada à equipa maior responsabilidade, começar a devolvê-la àquilo que ela representou e quer voltar a representar. Para finalizar, o Sporting, um clube cosmopolita onde o indivíduo se sobrepõe ao colectivo, tal como na cidade que o abraça. Só que José Peseiro veio mudar esse modelo, privilegiando o grupo e a organização em função do individual e do caos. Uma mudança que não está a ser bem vista em Alvalade, onde a criação de um ídolo por parte dos adeptos não está a ser fácil e para os quais é determinante, tem de haver um Jardel, ou um Acosta, ou um Balakov, ou um Figo, ou um Ronaldo, ou um Quaresma, e por aí fora, pois isso é tão importante como a conquista de um título. A aposta normalmente feita em jovens formados no clube também não se vislumbra, fazendo uma quebra com a tradição e com a maior fonte de receitas do clube das últimas décadas. A mudança será boa, ou será má? Adoptar o modelo e a forma de actuar que o campeão nacional e europeu utilizou será uma vantagem? Talvez, mas os intérpretes são outros e os compositores também. Como se pode constatar as mudanças são grandes e para mudar é preciso tempo. Quem vai demorar menos a assimilar estas mudanças? O FC Porto que tem de longe o melhor grupo de jogadores. O Benfica que, apesar de estar em transformação, é aquele que já tinha feito uma pequena incursão sobre este modelo, dando-lhe assim vantagem na aprendizagem? Ou o Sporting, que tenta adoptar a fórmula vencedora do FC Porto, e que tem ao comando do leme aquele que melhor conhece o futebol português?
LOCAL | NP | 3
Início de ano lectivo escolar atribulado O início do ano lectivo na Escola Vasco da Gama não ficou imune ao atraso na colocação dos professores, verificado a nível nacional. Foi no 1º ciclo que se fez sentir a maior falta de professores, dado que, até ao momento, para as sete turmas, apenas dois professores estão colocados. A nível do préescolar, só uma das três salas tem educadora e, no 2º e 3º Ciclos, faltam, respectivamente, dois e um professores. Mas, para o Conselho Executivo desta Escola, um dos problemas mais graves é o aumento do número de candidaturas e inscrições e a consequente falta de salas, na escola. Este problema reside, principalmente, no pré-escolar e no 1º Ciclo. E os números comprovam esta preocupação: cento e setenta inscrições para o pré-escolar e, apenas, trinta e três vagas. No 1º ano, apenas um aluno residente não conseguiu a inscrição na escola e no 5º ano foi criada uma terceira turma para permitir uma resposta ao aumento de alunos candidatos residentes. Segundo o critério de selecção dos alunos dentro da escolaridade obrigatória (nascidos antes 15 de Setembro do ano em causa), esta esco-
la conseguiu satisfazer a grande maioria das candidaturas efectuadas por residentes do 1º ao 3º Ciclos. O facto é que as turmas encontram-se, quase todas, no limite máximo de lotação permitido por lei e os pedidos de transferência e de inscrições não param de aumentar. Para a presidente deste Conselho Executivo, a solução passa pela construção de outro equipamento escolar com possibilidade de integração para o pré-escolar e 1º ciclo. “ “A procura excedeu a oferta””
Fernando Lima, da Associação de Pais da Escola Vasco da Gama, refere que os problemas que acompanharam este início de ano lectivo não apresentam grandes surpresas. Preocupado, pelo atraso na colocação de professores, adianta, também, que a escola está cada vez mais sobrelotada e que “a procura excedeu a ofer ta e não houve capacidade, por par te da escola, de solucionar este problema”. Critica o número elevado de alunos por turma e as diferenças
nos critérios de prioridade de admissão (que não beneficiam os residentes), defendendo que é necessária uma gestão integrada que sustente a escola como um todo. No que diz respeito a soluções, comenta que “é urgente cumprir o prometido e proceder à construção dos outros equipamentos escolares, porque se não será o fim desta escola”. Critica, ao mesmo tempo, o facto de ser, de ano para ano, mais difícil assegurar o ATL dado que o Conselho executivo estipulou um número limite de alunos e, ao mesmo tempo, não liber ta mais salas para estas actividades. Acredita que esta componente educativa é impor tante, podendo servir os alunos na sua totalidade: “ a escola deveria funcionar de acordo com as necessidades da comunidade”. Adianta, ainda, que se não se conseguir manter o ATL grande par te dos pais irão retirar os seus filhos da Escola. Fernando Lima conclui que “a Escola Vasco da Gama não é modelo em nada, está sobrelotada, com custos de manutenção elevadíssimos e não conseguiu, ainda, integrar a comunidade que a compõe.
O arranque do presente ano lectivo foi considerado como um dos mais problemáticos, em todo o país. A Escola Vasco da Gama não escapou a esta questão e muitos são os alunos ainda com os livros fechados. Em foque ficam alguns dos problemas de uma escola que tem vindo a receber, cada vez mais, alunos do PN, mas caminha para a sobrelotação, não conseguindo responder às necessidades deste direito básico e prioritário.
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4 | NP | ENTREVISTA
“Uma Cidade é uma realidade Passaram dez anos desde o início de desenvolvimento deste projecto. A EXPO´98 fica na memória e o seu filho Parque das Nações segue o caminho rumo à edificação. Bracinha Vieira, presidente do Grupo Parque Expo, faz uma apreciação do que foi feito e revela alguns alguns dos próximos passos a serem dados. O melhor e o pior, o que sai e o que fica, o futuro da gestão urbana da zona são alguns dos temas abordados pelo actual responsável da empresa mãe da, tão mediática, Cidade Imaginada.
Miguel F. Meneses
mas zonas do PN. Estes são, creio, os ingredientes para o sucesso, sucesso esse que se pode ler no facto de a operação comercial estar a concluir-se dois a três anos antes do previsto no plano inicial e, também, na constatação de muitas empresas portuguesas e multinacionais estarem a transferir as suas sedes para o Parque das Nações e com elas a implantar aqui uma força de trabalho jovem e altamente qualificada.
Dez anos depois… quais os melhores e piores aspectos a realçar? Passados dez anos, julgo que o melhor e o mais importante desta operação foi a criação de uma zona de excepcional qualidade urbana, que surgiu inicialmente como uma utopia, para substituir uma plataforma industrial pré-existente, totalmente degradada e que, desenvolvida com um eleE em relação vado grau de Prevêem-se 52 ao pior? genialidade e criatividade, mil lugares de Um aspecto que permitiu transformar esta estacionamento pode parecer negativo, mas zona, sem dúvida de alguma, na melhor que será temporário, é o área de Lisboa, para se viver facto de, em dias de grandes e também para trabalhar, eventos na zona, o tráfego dando corpo à utopia inicial. não fluir da forma desejada. O segredo do êxito foi, a meu Este problema será, no ver, a criação de um espaço entanto, resolvido através da público urbano de altíssimo construção de estacionamennível, com infra-estruturas tos públicos subterrâneos. extremamente modernas. Para uma população residenEste espaço público urbano te que pode vir a atingir foi fundamental para confe- vinte e quatro mil pessoas, rir uma identidade forte ao prevêem-se cinquenta e dois território, para que as pesso- mil lugares de estacionamenas pudessem desfrutá-lo, to, em que avultam largos aproximarem-se umas das milhares de lugares de estaoutras, conviverem e, através cionamento público. É, por desses processos, sentirem-se isso, um problema que vai ligadas a uma raiz, a uma resolver-se, natural e graidentidade territorial própria. dualmente, à medida que Um factor de êxito crucial é este projecto se for consolitambém a excelência das dando. Gostaria também de infra-estruturas construídas referir um outro aspecto, que de acordo com os melhores é o das infra-estruturas de padrões europeus e interna- Saúde e de Educação, tamcionais. É evidente que estes bém essas em vias de arransão factores de atracção não que. Está prevista uma escosó para os moradores como, la secundária que arrancará, também, para as empresas. a muito curto prazo, na Temos procurado, ao longo entrada Sul do PN e existe já, dos tempos, criar outros fac- também, um local destinado tores de atracção, como, por para um Centro de Saúde, exemplo, a criação de uma empreendimento que em rede Wi-Fi wireless – breve deverá iniciar-se. Internet sem fios - em algu- Considero que estas perspec-
ENTREVISTA | NP | 5
e m p e r m a n e n t e devir” tivas são muito importantes para completar este projecto, que ainda tem algum défice em matéria de equipamentos sociais. O que falta para conclusão do PN? Quais os projectos mais importantes que serão desenvolvidos, nos próximos dois anos? Nos próximos dois anos, mencionaria vários projectos de natureza diferente e complementar. Assim, está a ser levado a cabo pelos fundos de pensões do Banco de Portugal, Caixa Geral de Depósitos, Fundação Calouste Gulbenkian e Instituto de Seguros de Portugal um projecto para alugar a um conjunto de edifícios com uma área bruta de cerca de 60 mil metros quadrados, destinados a escritórios e serviços. Este projecto é um estímulo importante para a instalação de mais empresas no PN. Vai igualmente induzir um grande movimento de pessoas e bens, ao longo de todo o dia, indo ao encontro da ideia de que esta zona tem vida própria 24 horas por dia. Temos uma grande zona residencial, mas temos igualmente uma área de lazer agradável, mas suave ao longo da noite e uma actividade pujante durante o dia, no quadro de um crescimento económico de qualidade, com empresas em grande parte ligadas às áreas do conhecimento e da informação. Vamos ter um campo de golfe com 9 buracos, com cerca de 19 hectares, junto ao PP5 (para lá da ponte Vasco da Gama), e, onde hoje fica a Praça Sony, vamos ter um Centro de Conferências de altíssimo nível (uma vertente onde a cidade de Lisboa é cada vez mais competitiva) e um Hotel. Em relação ao Campo de Golfe, há uma empresa que apresentou uma proposta forte e estamos muito perto do início desse projecto. Houve alguns atrasos porque foi necessário duplicar a parcela destinada ao golfe, tendo sido necessário utilizar alguma área pública destinada à Câmara Municipal de Loures,
que nesse processo de permuta nos proporcionou um significativo apoio. Gostaria, ainda, de referir o novo Hotel de grande classe internacional que vai ser erguido, junto ao rio, frente à Torre Vasco da Gama. Acreditamos que irá valorizar a própria Torre e será, certamente, um must da hotelaria de Lisboa nos próximos anos.
2005, caso se reunam os pressupostos indispensáveis. Reconheço que é uma das coisas que correu menos bem, no PN. E em relação ao Casino? A Parque Expo tinha pensado, desde o fim da Exposição, na demolição do Pavilhão do Futuro, dado que deixara de ter utilização e que estava um tanto degradado, externa e internamente. Aliás, a sua natureza sempre foi efémera, e assim foi concebido. Pensámos na sua demolição e na venda do lote resultante para serviços de escritório. O Casino surgiu como uma excelente oportunidade quer para a Parque Expo, quer para o PN. Vai trazer mais tráfego humano e económico, cerca de 600 lugares de estacionamento e, por outro lado, vai valorizar os imóveis do PN, sendo positivo para os promotores e residentes desta zona. O Casino insere-se perfeitamente na vida de uma zona como o PN. Fizemos os estudos necessários para evitar que exista congestionamento ou perturbações resultantes da construção deste projecto, que acrescentará uma nova valência à oferta de lazer hoje disponível.
A Parque Expo gasta cerca de setecentos mil euros por mês com a gestão urbana desta zona A Marina Parque das Nações... A marina foi concebida para uma zona onde se verificou existirem grandes dificuldades em termos de assoreamento e isso cria alguns problemas ao seu relançamento. O molhe flutuante não resistiu logo à primeira tempestade no rio, em 1998, inviabilizando, à partida, que este projecto tivesse um desenvolvimento normal. Em ligação com empresas da especialidade, estudámos a melhor forma de resolver este problema, fizemos novos molhes tradicionais de enroncamento, aproveitando para criar sobre eles passeios para peões. Simultaneamente, resolveuse um problema gravíssimo e complexo ligado ao processo de recuperação da anterior empresa concessionária da Marina. Temos hoje, como sócia principal da sociedade concessionária, uma instituição bancária e é nossa determinação avançar com um projecto que terá, na bacia norte, um espelho de água (com equipamentos comerciais e de lazer) e, na bacia sul, a Marina propriamente dita com cerca de 400 lugares de amarração. Mesmo assim, existem problemas complexos, porque temos que fazer dragagens com custos elevadíssimos, promover várias adaptações nos molhes e concluir os necessários equipamentos. Penso que, com os ingredientes que será necessário reunir, a Marina deverá estar concluída, no final do Verão de
E temos um final feliz para o Pavilhão de Portugal? A Câmara Municipal de Lisboa corresponde àquilo que consideramos o utilizador ideal para um edifício emblemático como o Pavilhão de Portugal. Este edifício teria que ter uma utilização de carácter cultural ou institucional. Apesar de estarmos, ainda, a acertar pormenores, é já, hoje, certo e seguro que virá a ser um grande equipamento cultural, o que me dá uma grande satisfação e tranquilidade em relação ao futuro de um edifício com uma arquitectura de uma elegância singular, localização única e carregado de valor simbólico. Vem representar, também, um acerto de contas entre a
Câmara e a Parque Expo… A Parque Expo gasta cerca de 700 mil euros por mês com a gestão urbana desta zona e não tem qualquer espécie de receita associada a ela, uma situação que é insustentável do ponto de vista da vida económica desta empresa. Portanto, é urgente que exista uma transferência da gestão urbana para as Câmaras. Esta transferência será feita com o apoio dos municípios, no sentido de estes estabelecerem acordos com a Parque Expo que quantifiquem as dívidas resultantes das infra-estruturas urbanas de natureza especial que foram executadas, bem como as acessibilidades, as expropriações necessárias e o custo da gestão urbana desde 2000, acrescentando, ainda, a questão complexa do pagamento da TRIU. As negociações têm sido algo lentas, mas têm corrido bem quanto à substância. Com Lisboa, o resultado está quase à vista, porque há um consenso em todas as matérias, há uma quantificação daquilo que a Câmara deve, restando um ou dois pontos, de pequeníssima relevância financeira, que estão, ainda, em discussão. Em relação à TRIU, vamos assumir uma parte dos pagamentos desta taxa (que normalmente seria devida pelos próprios promotores) a qual abaterá à dívida que a Câmara tem para com a nossa empresa. Esta dívida será paga, fundamentalmente, através de uma operação financeira, embora a Parque Expo admita que uma parcela da mesma seja liquidada em terrenos destinados a requalificação urbana, que constituem naturalmente matéria-prima essencial de uma empresa como a nossa. Que terrenos? Não conheço os terrenos em pormenor. Há um terreno perto da Estação do Oriente e, depois, há um conjunto de outros terrenos que poderão ser localizados na zona de Chelas e que, eventualmente, se ligarão ao processo da requalificação do Vale de Chelas, incluindo a possibilidade de aí se instalarem serviços públicos.
Alguns dos terrenos poderão servir para o prolongamento do Parque das Nações? O prolongamento do projecto Parque das Nações só poderá ser feito, a meu ver, para Norte do Rio Trancão, em terrenos que são propriedade da Refer e da Galp. A CMLoures é uma defensora desta ideia e nós acreditamos que se poderão iniciar negociações neste sentido, para constituição de parcerias com vista à renovação urbana daquela área. E será positivo para o projecto actual? Acho que o PN não poderá ser visto como um condomínio fechado. Tem que ser encarado como uma peça da cidade, estando aberto a ela. Penso que o PN poderia ganhar com esta ideia. A lógica é semelhante e penso que iríamos ganhar com o passar da fronteira do Rio Trancão. Quando é que pensa que as Câmaras irão assumir as suas funções no PN? A Parque Expo procurou cumprir, neste período intercalar, uma função que, inicialmente, não seria a sua, a gestão urbana desta área. Penso que, até ao final do ano, será possível transferir a gestão urbana, para Lisboa, e, algum tempo depois, fazer o mesmo com Loures, depois do acordo de liquidação da dívida. Sou um optimista nesta matéria e penso que os residentes do PN podem estar confiantes em que esta transição para as Câmaras não irá trazer problemas, mas benefícios. Sobretudo em situações, por exemplo, onde a Polícia Municipal poderá actuar e disciplinar, em certas matérias, para as quais a Parque Expo não dispõe de poderes, como o estacionamento na via pública. Qual é a sua posição face à vontade de se constituir o PN como freguesia única? Trata-se de uma matéria que é, politicamente, muito delicada e em relação à qual tenho uma obrigação profissional de não me pronunciar. No entanto, diria que, em abstracto, a melhor solução seria uma gestão integrada do PN. Há algumas indivisibilidades técnicas nas
infra-estruturas e equipamentos desta zona. No entanto, tudo leva a crer que a cooperação e a coordenação entre as câmaras não se afiguram difíceis, pelo que julgo que a transferência da gestão urbana não irá acarretar problemas de maior. Qual é a sua cidade de referência? Eu diria que são várias as cidades de referência e as perspectivas a ter em consideração. Barcelona é, por exemplo, uma cidade de referência em Urbanismo. Pessoalmente, gosto de cidades que consigam harmonizar a tradição e a modernidade, que tenham uma parte histórica espectacular e bem conservada e uma zona urbana recente bem desenhada com linhas harmoniosas, funções bem distribuídas e complementares, com bons espaços públicos, com um conjunto de edifícios de referência que mostrem a arquitectura de excelência de várias épocas e vários estilos. Posso citar Paris ou Florença que são exemplos bem sucedidos de manutenção do equilíbrio entre a tradição e a modernidade, com uma elevada qualidade de vida urbana. Passaram dez anos desde a origem deste projecto. Como vê o PN daqui a uma década? Vejo o PN como uma zona de intensa actividade económica, dotada de uma zona residencial estabilizada, na qual os moradores se irão sentir bem. O PN vai ser, cada vez mais, procurado pelas grandes empresas. Por isso, admito que venha a haver uma evolução (e dado que uma cidade é uma realidade em permanente devir), prevejo que venha a ter uma componente empresarial mais forte do que hoje. Será certamente uma centralidade cada vez mais assumida na cidade de Lisboa. Agora, é necessário que exista um permanente cuidado na manutenção dos espaços públicos urbanos e uma preocupação constante em procurar inovar, para que este conjunto seja sempre um monumento vivo à criatividade e à qualidade da vida urbana.
6 | NP | AMCPN
ESCOLA VASCO DA GAMA - ESCOLA MODELO ?!
O funcionamento da Escola Vasco da Gama não cessa de nos surpreender. À ausência de equipamentos escolares e de regras que garantam a prioridade dos residentes em quaisquer circunstâncias à frequência da Escola, junta-se a vontade férrea da respectiva gestão em tomar decisões que prejudicam gravemente os interesses dos residentes. Consideramos ser do interesse público da comunidade residente uma breve descrição de factos sucedidos durante o período que antecedeu o início do ano lectivo em curso, tanto mais que frequentemente se estende de forma indevida o conceito de excelência do equipamento escolar ao respectivo funcionamento. Para este ano, previa-se desde há muito uma situação de enorme dificuldade. Nesse sentido, a AMCPN procurou, desde há largos meses, junto do Ministério da Educação obter o melhor acolhimento para as legítimas pretensões dos residentes. Os responsáveis do Ministério da Educação garantiram a melhor atenção para estes problemas. Não obstante, o respeito pelas competências delegadas da gestão da Escola e a obsessão desta por cumprir normas administrativas da forma mais desfavorável aos moradores conduziram à eliminação de muitos candidatos à frequência da Escola, vários dos quais já alunos em anos anteriores. Assim, alunos que frequentaram o Jardim de Infância no ano lectivo transacto e que completariam seis anos entre 15 de Setembro e 31 de Dezembro do corrente ano foram retirados da sua comunidade escolar ou obrigados a frequentar, por mais um ano, o Jardim de Infância. Esta situação assume gravidade acrescida tendo em conta que esses alunos, agora preteridos por terem sido considerados “demasiado novos” para frequentar o 1º. Ciclo, no próximo ano deverão ser considerados “demasiado velhos” e voltar a ser preteridos. De facto, contra qualquer juízo de bom senso, não bastando a inexistência de regulamentação que preveja o funcionamento integrado
de Escolas Integradas com Jardim-de-infância, garantindo a transição entre os vários níveis de ensino para os anteriores alunos, foi adoptado pela Escola um critério de ordenação dos candidatos, aplicável em situações diversas, que atribui prioridade no acesso ao 1º. Ciclo às crianças mais novas. Por conseguinte, crianças já no ano transacto preteridas por completarem seis anos após 15 de Setembro, voltaram a ser preteridas este ano, tendo sido colocadas noutras escolas, integradas em comunidades com as quais não têm qualquer afinidade. Para minimizar estas situações, o Ministério da Educação disponibilizou-se a dotar uma sala existente na Escola dos meios necessários à sua utilização à actividade docente, o que teria permitido criar uma terceira turma de 1º. Ano e assim integrar neste ano um número maior de alunos residentes (e também no Jardim de Infância, dado que alguns lugares seriam disponibilizados pelos alunos que transitassem). O Conselho Executivo da Escola mostrou-se mais preocupado com a utilização de tal sala para reuniões (?!) do que para a actividade docente, a qual, em princípio, constitui o motivo da existência deste espaço e a utilização de impostos pagos pelos contribuintes para financiar a actividade da Escola. Chegou-se mesmo a alegar que a sala não teria condições para albergar alunos, dado dispor de materiais de qualidade “demasiado elevada” (?!) para o efeito. A AMCPN promoveu um abaixo-assinado em que participaram diversos pais afectados pelas decisões referidas, tendo voltado a ser recebida por responsáveis do Ministério da Educação. Nessa reunião, que contou com a representação da Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL), do Conselho Executivo e da Associação de Pais da Escola, a AMCPN reiterou as posições anteriormente manifestadas, tendo apresentado uma proposta, prevista na lei, que consistia num pedido a formular pelo Conselho Executivo à DREL, no sentido de aumentar o número de alunos por turma. Lamentavelmente, apesar do interesse manifestado pela DREL nessa solução, o Conselho Executivo fez questão em demonstrar, uma vez mais, o seu desprezo pelos interesses dos pais e das crianças, não tendo promovido qualquer aumento do número de alunos por turma, mesmo que para um número semelhante ao existente antes da recente decisão de redução de 25 para 24 alunos por turma. A situação no ano lectivo lectivo de 2005/2006 não será certamente mais favorável. A construção da Escola Secundária do Parque das
Nações não foi ainda anunciada, pelo que começa a ser posta em causa a possibilidade de aumento da oferta da Escola Vasco da Gama até ao 6ª. ano, por deslocação do 7º., 8º. e 9ºs. Anos para essa nova Escola. Por outro lado, são escassas as perspectivas de mudança de atitude do Conselho Executivo, que tem vindo a ser eleito em lista única, em actos eleitorais onde não existe sequer a possibilidade de votar contra. Ao invés, decisões recentes de impedir o acesso dos alunos a equipamentos básicos da Escola, como a Biblioteca, fora do respectivo tempo lectivo e a ausência de um projecto pedagógico que ignora, por completo, a comunidade em que a Escola se integra só permite antever dificuldades acrescidas no futuro. Sublinhe-se ainda que a decisão do mesmo Conselho Executivo de colocar o 1º. ano do 1º. Ciclo a funcionar em turno duplo no ano lectivo de 2003/2004 condenou, desde já, a manutenção da actual oferta de ATL à generalidade dos alunos do 1º. Ciclo no espaço da Escola, não tendo ainda sido encontrado local alternativo adequado para o efeito. A excelência do equipamento escolar – não do seu funcionamento, volta-se a referir – e o crescimento da oferta habitacional do Parque das Nações contribuirão também para aumentar o número de residentes sem acesso a equipamentos escolares na sua área de residência. A AMCPN irá continuar a defender os interesses dos residentes, colocando-se, como sempre, à disposição para polarizar as preocupações que os seus associados entendam manifestar-lhe sobre a questão em apreço. A defesa destes interesses prosseguirá através da exigência da construção dos equipamentos escolares previstos para o Parque das Nações, na adopção de regras que garantam a prioridade no acesso a residentes e na vigilância do efectivo cumprimento dessas regras, que afastem por completo fenómenos de acesso fraudulento aos equipamentos escolares por falsos residentes ou trabalhadores. A AMCPN
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AGENDA NO PARQUE
Oficina das Artes no Vasco da Gama
Altran organiza Fórum de Recrutamento Pro Ingénieurs Dia 7 de Outubro no Pav. do Conhecimento
Mais um eventos que o Centro Vasco da Gama promove para os mais novos. A Oficina das Artes promove o encontro da cultura com o lazer aliados a uma forte componente lúdica. Iniciado em Julho, este evento passou pelo Teatro de Papel, Ilustração de Histórias, Descobrimentos; Reutilização de Materias; Escavação de Dinossaúrios; Jogos de Magia entre outros. A imaginação e a diversidade ao encontro das crianças nas manhãs de e tardes de Sábados.
O Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva foi o local escolhido pelo Grupo Altran, líder europeu de consultoria em inovação tecnológica, para a realização da 2ª edição do Fórum de Recrutamento Pro Ingénieurs. A decorrer no dia 07 de Outubro entre as 11H00 e as 20H00, este evento é orientado para os profissionais ligados aos sectores das Tecnologias e Inovação, os quais terão oportunidade de contactar com as diferentes empresas da Altran e assistir a conferências temáticas sobre temas ligados à inovação tecnológica. O Fórum Pro Ingénieurs está aberto ao público em geral mas destinase, essencialmente, a recémlicenciados e finalistas, engenheiros, consultores e managers com ou sem experiência, com formação superior nas áreas da engenharia, informática, economia ou gestão. Com o Pro Ingénieurs, o Grupo Altran pretende, não só recrutar efectivos para a sua estrutura, como também ajudar a fixar em Portugal profissionais com formação nas áreas tecnológicas.
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Arnaud Guirouvet, Director Geral deste Grupo falou com o Notícias do Parque sobre este Fórum e do contributo português para o desenvolvimento tecnológico. Essencialmente, o que é que a ALTRAN pretende com este fórum? O objectivo deste Fórum é ser e tornar-se um evento de valorização da Inovação tecnológica em Portugal. Isso através de três meios: – do recrutamento de engenheiros e gestores com espírito aberto à inovação e que queiram aprender, criar e transformar. A Altran tem em Portugal um objectivo de recrutamento de 200 consultores até ao final do ano e esperamos com o Pró Ingénieurs realizá-lo rapidamente. – da troca de opiniões sobre temas actuais ligados à ciência, inovação e tecnologia. Neste Fórum iremos debater três temas relacionados com Telecomunicações móveis,
ricas em inovação e que são o futuro da nossa comunicação, e com a transferência de know how tecnológico entre os sectores e países. – da Fundação Altran para a Inovação cujo Prémio anual será lançado no mesmo dia. A Fundação tem com objectivo premiar os candidatos que desenvolvem projectos inovadores em diferentes áreas. Este ano, o vencedor do Prémio será o candidato que através do seu projecto for capaz de melhor conjugar inovação tecnológica e integração social. As candidaturas portuguesas poderão ser enviadas a partir do 7 de Outubro em Portugal. Esperamos que à semelhança do ano passado tenhamos concorrentes finalistas portugueses e que este ano sejam vencedores. Sabemos que Portugal tem algum reconhecimento no estrangeiro no que diz respeito engenharia tecnológica. Que avaliação é que faz ao contributo português no desenvolvimento desta área? A minha avaliação quanto ao contributo, não pode ser mais favorável. Portugal tem, em termos de Inovação Tecnológica, muitas vertentes bem mais avançadas que outros países: o multibanco, a via verde, os moldes... Os engenheiros portugueses são conhecidos no estrangeiro pelo seu excelente nível técnico, pela sua capacidade de aprendizagem e também de adaptação. Penso que os portugueses que tenham a possibilidade de participar em projectos internacionais seja da área de telecomunicações, da área automóvel, espacial...
poderão contribuir com o seu know how e nível técnico, mas também voltar para Portugal cheios de ideias novas. De que forma é que Portugal poderia posicionar-se/investir de forma a apostar mais na inovação tecnológica e contribuir menos para a chamada “fuga de cérebros”? Se essa “fuga de cérebros” for por um curto espaço de tempo é no meu entender uma boa oportunidade para ganhar experiência para desenvolver o know how português e, desta forma, uma aposta na inovação tecnológica em Portugal. Por exemplo, a China tem a reputação de enviar para todos os locais com uma forte vertente tecnológica, “cérebros” que vão aprender novas tecnologias, métodos, etc. A China tem hoje uma realidade impressionante. No espaço de 10 anos ela deixou de ser um país pouco visível sobre o mercado das tecnologias para ser hoje em dia um dos países mais reconhecidos. Desta mesma forma, Portugal tem de promover as grandes capacidades que tem em determinadas áreas e possibilitar que as pessoas possam ir ao estrangeiro aprender novas tecnologias que vão permitir aos portugueses criar empresas de âmbito tecnológico para desenvolver em Portugal novos produtos altamente inovadores e permitir assim criar riqueza e empregos. Esta ideia não é de forma alguma contribuir para a “fuga de cérebros”, mas sim criar condições para que as pessoas possam evoluir deixando-as ir para o estrangeiro.
CARTAZ | NP |9
CINEMA O cinema conta histórias - Dia 12 “American Splendor”, de Shari Springer e Robert Pulcini - Dia 19 Mostra de Documentários Portugueses Recentes:
ESPECTÁCULOS
Teatro Camões
+++Romeu e Julieta+++ Companhia Nacional de Bailado Dança Dias 15, 16, 22, 23, 29 e 30 de Outubro - 21:00 Dias 16, 17, 23, 24 e 30 de Outubro - 16:00 Coreografia JOHN CRANKO
EXPOSIÇÕES
“O Arquitecto e a Cidade Velha”, de Catarina Alves Costa “És a Nossa Fé”, de Edgar Pêra - Dia 26 “Ser e Ter”, de Nicolas Philibert (15h30) “Esquece Tudo o que te disse”, de António Ferreira (18h00) Sessões às 15h30 e 18h00 Delegação Regional de Lisboa Via de Moscavide. lt. 47101 Parque Expo - 1998 Lisboa Telf. 21.8920800
Pavilhão Atlântico - XUTOS & PONTAPÉS - 25 ANOS De 8 a 9 de Outubro de 2004 - CAETANO VELOSO 24 de Outubro de 2004 21h30 - IVETE SANGALO - O show que nunca viu 30 de Outubro de 2004 22h00 - RAMMSTEIN 9 de Novembro de 2004 21h00 - THE CORRS 16 de Novembro de 2004 21h00 - MARIA RITA 19 de Novembro de 2004 22h00 - ANASTACIA 24 de Novembro de 2004 20h15 http://www.pavilhaoatlantico.pt/
YÔGA NO FUNDO DO MAR O Oceanário de Lisboa vai permitir a prática do Yôga no “fundo do mar”. O local será no espaço do Tanque Central, considerado como o local de maior energia interior que se possa imaginar, sem público, apenas com os peixes como companhia. Entre as 08H00 e as 09H00, duas vezes por semana, as sessões, orientadas por especialistas, decorrem frente ao Aquário Central, tendo como cenário a magnificência e a elegância da natação dos peixes e o silêncio e a interioridade que inspiram. Todas as inscrições feitas até 15 de Outubro beneficiam de um desconto especial, podendo todas as informações podem ser obtidas pelos telefones 218 917 002/6.
Pavilhão do Conhecimento O Pavilhão do conhecimento continua a oferecer um variado leque de exposições que aliam o conhecimento à Ciência Viva. Para os mais novos e para os pais a certeza de umas horas passadas entra a curiosidade a satisfação de experimentar as respostas. - A Casa Inacabada - Exploratoridum - Matemática Viva - Música no Ar - Vê, Faz, Aprende - O Voo No âmbito da exposição O Voo, o Pavilhão do Conhecimento Ciência Viva e o Núcleo de Simulação Aérea do Instituto Superior Técnico promovem a actividade “Aviação virtual Voando para a realidade”. Os participantes terão a oportunidade de observar e experimentar a recriação de um voo real, recorrendo a um simulador que permitirá visualizar e escutar a vida dentro do cockpit, bem como um outro écran de radar, que permitirá atentar no trabalho de um controlador de tráfego aéreo, que estará a controlar este mesmo voo, em tempo real. O software utilizado permitirá uma total recriação do ambiente do nosso país e resto do mundo, respectivas cidades e aeroportos, bem como uma imersiva e realística recriação do cockpit e seus sistemas, aeronave e de todos os procedimentos reais dentro do cockpit, inerentes comunicações e respectiva fraseologia. Sábado, 2 Outubro Domingo, 3 Outubro Domingo, 24 Outubro Domingo, 31 Outubro Tel. 21 891.71.00 http://www.pavconhecimento.pt/
FIL - Feira Internacional de Lisboa - SELECON - Salão da Electrónica de Consumo De 5 a 10 de Outubro - INTERCASA - Salão Internacional do Mobiliário, Decoração e Iluminação De 5 a 10 de Outubro - INFORPOR - Feira de Negócios - Tecnologias de Informação De 20 a 23 de Outubro - SALÃO IMOBILIÁRIO - Investimento, Promoção, Arquitectura e Comercialização De 4 a 7 de Novembro - FEIRA DO EMPREGO De 5 a 7 de Novembro - ARTE LISBOA - Feira de Arte Contemporânea De 18 a 22 de Novembro PUB