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A FIL recebeu, entre 4 e 7 de Maio, o Salão Imobiliário de Lisboa que contou com cerca de 150 empresas expositoras e perto de 17 mil visitantes. A Parque Expo também marcou presença com um expositor onde se podiam ver as maquetas do Parque de Lazer (PP6) e uma
maqueta do futuro Hotel Torre Vasco da Gama e do Centro de Congressos (na Praça Sony). Este Centro de Congressos é uma das grandes apostas do Grupo vindo oferecer uma nova dinâmica a esta zona e juntamente com o Hotel irá privilegiar, uma vez mais, o PN, prometen-
do oferecer padrões de excelência e qualidade. A maqueta do Parque de Lazer (PP6) também esteve presente. O projecto mais a norte do PN, junto ao futuro pulmão verde desta zona, é uma das mais importantes obras deste local. Com uma área de 6,5 ha este projecto irá desenvolver uma área de construção de 34 500m2 com Bowling, cinemas, hotel, zonas de lazer, comércio e restaurantes. Mesmo ao lado virá a ser construída uma academia de golf, no futuro maior parque de espaços verdes do PN, num projecto que a Parque Expo define como três valores essenciais: o Ambiente; o desporto e o entretenimento.
A obra iniciada na Parcela 4.50, situada na Rua das Bússolas, perpendicular à Rua de Moscavide, tem levantado algumas questões aos moradores do Parque das Nações em, especial aos residentes das fracções vizinhas. Segundo fonte próxima da Parque Expo, esta parcela “prevê a construção de um Equipamento Colectivo, regularmente inserido no Plano de Pormenor 4 da Zona de Intervenção da Expo’98, conformando uma área total de 2.982,10 m2, correspondente a 3 Pisos acima do embasamento.” O Serviço de Apoio aos Licenciamentos da Parque EXPO adianta que o referido Projecto se reporta a um Jardim Infantil “equipamento colectivo que vai de encontro aos anseios da população residencial do Parque das Nações.” A Parque Expo refere ainda que “contraria-
mente ao aventado pelos moradores e algumas notícias veiculadas na Comunicação Social, este projecto não se acha embargado, estando suspenso por razões que só o Promotor poderá adiantar.” A questão é que alguns moradores contestam o facto de a obra estar parada e num estado de abandono representando um perigo para a segurança e higiene pública daquela zona. Em relação a esta matéria, a Parque Expo refere que “actuando dentro dos limites conferidos, os técnicos de fiscalização do Serviço de Apoio aos Licenciamentos solicitaram ao Promotor, em Maio de 2003, a vedação da área em construção, procedimento esse que foi devidamente cumprido. Recentemente, em virtude do efeito do mau tempo, uma pequena parte dos tapumes cedeu. Prontamente os serviços de Fiscalização da Parque EXPO contactaram o Promotor para rectificar a situação, prevendo-se que este acidente seja rapidamente sanado.” Relativamente a datas do reinício da construção, a Parque Expo esclarece que ”ainda não é possível adiantar um prazo, embora esteja a pressionar o promotor com os meios judiciais que tem ao seu dispor.”
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A Estoril Sol, empresa responsável pelo casino que virá futuramente para o PN, é mais uma das entidades a apoiar o Concurso de Ideias para o projecto de arquitectura da futura Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. Esta empresa junta-se agora a um conjunto de parceiros composto pela Comissão Episcopal da Cultura, Fundação Calouste Gulbenkian, Ordem dos Arquitectos e Assírio & Alvim, indo oferecer o apoio financeiro para a atribuição dos prémios do concurso, entre os quais um Prémio Jovem Arquitecto. Este concurso será um dos grandes passos para edificação da já tão aguardada Igreja para o PN. Caracterizado pela originalidade e multidisciplinaridade, equipas mistas de arquitectos e artistas plásticos poderão apresentar projectos candidatos, numa escolha que contará, também, com a voz e participação da comunidade local. O objectivo é envolver a população, permitindo elevar e valorizar o concurso. O acordo que a Paróquia tem com a Parque Expo estipula que o projecto da Igreja seja apresentado, já no final do próximo ano, e o concurso de ideias irá ter inicio, já em Fevereiro de 2005.
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É um dos projectos mais reclamados pela comunidade Parque. A construção da segunda escola no PN, prevista no plano de urbanização desta zona, não só vem resolver a questão de sobrelotação da Escola Vasco da Gama como vem dar resposta à necessidade de criação de equipamentos nesta zona. Recentemente circulou a informação de que esta segunda escola poderia vir a ser criada num modelo não público, mas privado. O Notícias do Parque contactou a DREL, Direcção Regional de Educação de Lisboa, para descobrir a veracidade desta questão e apurouque se trata de uma informação incorrecta. A DREL revelou que: “a Escola Secundária a construir é da responsabilidade da Direcção Regional de Educação, portanto, trata-se de uma Escola Pública.” Adiantou, também, que ainda não existe data para o início do projecto, dado que a proposta de cedência do terreno feita pela Parque Expo “ainda se encontra a ser analisada e carece, na parte final, de autorização da Direcção Geral do Património. “Após ser celebrado contrato e escritura do terreno com a Parque Expo, serão necessários cerca de três anos para elaboração de projecto, realização de concurso da obra e execução desta”, conclui.
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Nesta edição, vamos continuar na linha do artigo anterior, não por irmos outra vez olhar para um animal com um elevado “índice de estranheza”, mas porque vamos de novo abordar um recordista nato.
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O que é um Atum?
Ginasticar também aquece!
Quanto tempo vive um Atum-azul?
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Dizem que não é possível estar no meio de Picadilly Circus (Londres) mais de 15 minutos sem ver uma pessoa conhecida. Pois esta frase começa a fazer algum sentido para o Parque das Nações que tem vindo a ser palco de várias produções (não fictícias) que vão desde os spots publicitários a longas-metragens internacionais. Se se cruzar com uma mulher de lingerie ou um galã do cinema, não está a sonhar… sorria porque pode estar a ser filmado!
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18 Cumpridos que estão quase 11 meses do exercício de 2004, é possível fazermos um balanço da actividade do Oceanário de Lisboa no corrente ano e enunciarmos as grandes linhas que orientarão o nosso trabalho em 2005. O Oceanário é um padrão de qualidade reconhecido no país e no estrangeiro e que constitui já um dos principais destinos turísticos da cidade de Lisboa, tendo merecido, até à presente data, a escolha de mais de 9 milhões de visitantes, desde a sua abertura em 1998. Conhecido, sobretudo, pela mostra deslumbrante de 16.000 seres vivos, de 500 espécies diferentes, o Oceanário de Lisboa desenvolve também outras importantes valências, com expressivos reflexos na área científica, educativa, social e cultural. O Oceanário de Lisboa tem liderado projectos inovadores na vanguarda do conhecimento científico, como a criação de corais fluorescentes, que vieram povoar inteiramente um dos seus novos aquários, dispensando-se, desta forma, o recurso à importação de espécies da natureza. Neste domínio deve destacar-se a realização em Lisboa, em Abril de 2004, de um grande seminário internacional, organizado pelo Oceanário, que reuniu os maiores especialistas mundiais de Sistemas de Suporte de Vida e Qualidade da Água nos Zoos e Aquários, cujas PUB
Rua Ilha dos Amores, Lote 4.08.01 P Cais do Olival, F e G Tel.: 218 936 060 -Cafés -Chás -Chocolates -Frutos secos -Doces Regionais -Compotas -Louças -Garrafeira -Refeições ligeiras AO PÉ DA CASA - Produtos alimentares, Lda Jardim dos Jacarandás Lote 4.28.02 D PARQUE DAS NAÇÕES TEL - 968.054.604 (AO PÉ DA FARMÁCIA)
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19 Lisboa a esta figura cimeira da nossa poesia, que teve como pontos altos a atribuição do nome de Sophia de Mello Breyner a um dos espaços mais nobres do Oceanário e a exposição no Tanque Central dos seus versos límpidos e depurados onde o mar é uma presença constante.
conclusões estão na base de um manual com os termos de referência dos parâmetros ideais da qualidade da água para aplicação nos Zoos e Aquários de todo o mundo. No campo educacional desenvolveram-se acções de grande alcance, com objectivos de complementaridade à programação curricular oficial, que acusam uma participação acumulada de mais de 120.000 alunos, registando um crescimento médio anual de 34%, desde a criação, em 1999, do Programa de Educação do Oceanário de Lisboa. Vocacionado para as áreas das Ciências do Mar, o Programa de Educação do Oceanário de Lisboa tem vindo a estender o seu raio de acção a outros domínios do conhecimento, como a Matemática, que passou desde o ano passado a integrar a sua oferta educativa. Apoiado nos recursos únicos do Oceanário e numa estreita ligação às escolas, reforçada em encontros anuais com professores da generalidade das escolas do país, como o II Workshop de Professores, que no passado mês de Outubro congregou duas centenas de docentes, avaliando o balanço do ano lectivo de 2003/2004 e preparando o próximo, o Programa de Educação do Oceanário de Lisboa reforçou o seu estatuto de parceiro credível da comunidade escolar. Na área social assinámos protocolos de coo-
O ano de 2005 será repleto de novidades. Sem quebrarmos a reserva que devemos manter até à apresentação formal dos eventos planeados, podemos antecipar que novos e importantes motivos de interesse justificarão a visita ou a revisita ao Oceanário. Programas temáticos dedicados a espécies emblemáticas da exposição, a animação da Doca dos Olivais e o vaivem Oceanário em Movimento, que levará a nossa mensagem ambiental a cada recanto do país, ocuparão lugares destacados na nossa agenda de 2005. peração com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, com a Associação Nacional de Freguesias e com 14 organizações com acções de relevo no domínio da valorização social, com o objectivo de facilitar o acesso das populações residentes das zonas mais interiores do país e das pessoas com necessidades especiais ao Oceanário de Lisboa e aos serviços e produtos que disponibiliza. No passado dia 10 alargámos o nosso âmbito de influência à zona raiana espanhola, com a assinatura de um acordo de cooperação com a Junta da Extremadura, testemunhado por uma assembleia entusiástica de meia centena de
jovens desprotegidos, oriundos de vários municípios daquela região, maravilhados pela visita guiada ao Oceanário. No campo cultural promovemos ou patrocinámos a realização de eventos marcantes no panorama artístico português, como a exposição de fotografias sobre temáticas do mundo subaquático ou a apresentação de obras editoriais. Merece uma especial referência o lançamento da antologia “Mar” de poemas de Sophia de Mello Breyner, efectuado na passada 2ª. feira, na cerimónia de homenagem do Oceanário de
Continuaremos o nosso trabalho, tendo sempre presente que a especial natureza do Oceanário de Lisboa, enquanto empresa presente num mercado fortemente concorrencial como é o mercado do lazer e enquanto centro de produção de ciência e de promoção de acções de educação, de valorização social e de cultura, exigirá uma gestão apoiada em princípios da lógica empresarial, que sirva os clientes e visitantes do Oceanário e na realização de valores de interesse colectivo, que sirva os cidadãos do País. Vitor Tavares de Castro Presidente do Conselho de Administração PUB
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ESPECTÁCULOS
EXPOSIÇÕES
Pavilhão Atlântico
- Dia 26 - “Ser e Ter”, de Niccolas Philibert
FIL - Feira Internacional de Lisboa
- ANASTÁCIA 24 de Novembro 20h15
- Dia 30 - curtas metragens: “I´ll see you in my dreams”, de Miguel Angel Vivas “O Nome e o N.I.M”, de Inês Oliveira “Remains”, de Sandro Aguillar
ARTE LISBOA - Feira de Arte Contemporânea De 18 a 22 de Novembro
- HARLEM GLOBETROTTERS 2004 4 de Dezembro 16h30
Dezembro - Dia 7 - “A Viagem de Movern Callar”, de Lynne Ramsay
- CARMINA BURANA De 17 a 18 de Dezembro
- Dia 14 - Curtas Metragens: “Inventário de Natal”, de Miguel Gomes “O Clandestino” de Abi Feijó “Caixa Negra”, de Nuno Amorim “ De Cabeça Perdida”, de Isabel Aboin Inglêz
- R.E.M ON TOUR 2005 7 de Janeiro 20h30
CINEMA O cinema conta histórias -IPJ Novembro - Dia 23 “Lisbonne Exist-t tell ? “, de Yves Peretti e Inês de Medeiros “Morabeza”, de Constantino Martins
AUTOMECANIC - Salão de Equipamentos e Acessórios do Sector Automóvel De 2 a 5 de Dezembro Forum Estudante De 14 a 18 de Dezembro
Pavilhão do Conhecimento
- Dia 21 : “Luzes da Cidade”, de Charle Chaplin Sessões às 15h30 e 18h00 Delegação Regional de Lisboa Via de Moscavide. lt. 47101 Parque Expo - 1998 Lisboa Telf. 21.8920800
O Pavilhão do conhecimento continua a oferecer um variado leque de exposições que aliam o conhecimento à Ciência Viva. Para os mais novos e para os pais a certeza de umas horas passadas entra a curiosidade a satisfação de experimentar as respostas. - A Casa Inacabada - Matemática Viva - Música no Ar - Vê, Faz, Aprende - O Voo - Exploratorium “Vivemos numa floresta de sons, de cores, tonalidades, reflexos: texturas de uma realidade que nos chega pelos sentidos e
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molda a imagem perceptiva mais imediata e espontânea que temos do mundo que nos rodeia”. Os 44 módulos expositivos presentes na exposição, permitem um contacto tão directo quanto possível com os fenómenos naturais, demonstram ao visitante, de forma lúdica e apelativa, como realidade e percepção nem sempre coincidem; como muitas vezes se contradizem; como, quase sempre, se completam e enriquecem. Concepção: Exploratorium de São Francisco. Mediateca Zona especialmente vocacionada para proporcionar aos visitantes elementos de consulta, estudo e pesquisa nas mais diversas áreas do saber. Com uma vasta gama de informação disponível em livro e CD-ROM, bem como equipamento multimédia, dispõe ainda de um espaço-oficina destinado à produção de páginas WWW e preparação de trabalhos individuais ou de grupo. Cib@rcafé Espaço aberto e descontraído dotado de 30 computadores com ligação à Internet, colocados gratuitamente à disposição quer dos cibernautas mais experimentados, quer de quem pretenda ensaiar os seus primeiros passos na Web. A realização diária de sessões de introdução à Internet é componente importante da actividade deste espaço do Pavilhão. Livraria Espaço onde o visitante poderá adquirir livros, vídeos e CDROMs sobre ciência e tecnologia.
Loja Espaço de venda de produtos orientados para estimular o gosto dos jovens pela ciência, mas aos quais os adultos não resistem. Tel. 21 891.71.00 http://www.pavconhecimento.pt/
15h30 - Papagaios-do-mar, tordas-mergulheiras e araus Quinta-feira: Dia das lontras 10h30, 13h00 e 15h30 - Lontras Sexta-feira: Dia do Aquário Central 10h30 - Tubarões 11h15 - Raias e peixes-lua15h30 – Mantas
À MESA NO OCEANÁRIO Para satisfação da curiosidade natural e científica, o Oceanário de Lisboa estabeleceu um menu de horários de refeições, onde o visitante poderá observar a alimentação de algumas das 16 mil espécies, acrescentado assim uma mais-valia à riqueza da visita ao Oceanário. Segunda-feira: Dia do Aquário Central 10h30 - Tubarões 11h15 - Raias e peixes-lua 15h30 - Mantas Terça-feira: Dia dos pinguins 15h30 - Pinguins e andorinhas-do-mar Quarta-feira: Dia do Atlântico 11h30 - Peixes, cações e anémonas
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O Projecto de Lei 449/IX que visa a criação da Freguesia do Oriente, entregue, na AR, em Maio, acabou, recentemente, de obter os pareceres das respectivas Assembleias Municipais e de Freguesia, responsáveis pela zona de intervenção do Parque das Nações. Apesar dos resultados destas votações não serem vinculativos para a aprovação do Projecto, das cinco assembleias resultaram cinco pareceres negativos. Resta agora esperar pelos resultados da votação, em AR, de um projecto proposto pelos dois partidos do Governo que visa a unificação administrativa deste território dentro do concelho de Lisboa.
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A criação da Freguesia do Oriente visa a unificação do território do Parque das Nações, como freguesia única, no Concelho de Lisboa. Neste momento, este projecto encontra-se num pacote de leis, na Assembleia da República, à espera de uma aprovação a ter lugar, até ao final deste ano. Da iniciativa dos dois partidos da maioria, a votação, em AR, a favor desta criação, irá iniciar um novo marco no futuro desta zona. O Professor Jorge Bacelar Gouveia tem vindo a presidir, em Lisboa, a Comissão da Divisão Administrativa da Cidade e a apoiar esta iniciativa. Fica a conversa com o autarca de Lisboa sobre uma das questões mais importantes que dominam a actualidade do Parque das Nações e o futuro da gestão administrativa desta zona. Miguel F. Meneses
Os cinco pareceres negativos dados pelas Assembleias Municipais e de Freguesia representaram uma surpresa para si? Não. Estes pareceres inserem-se num procedimento legal obrigatório. Quando a AR pretende criar uma freguesia, a lei estabelece a necessidade de, antes de se decidir por um sim ou por um não, consultar as entidades administrativas que estão sedeadas no espaço onde se insere a freguesia. Neste caso, é necessário consultar as Assembleias Municipais dos dois municípios e, também, as Assembleias de Freguesia. No caso de Lisboa, a Freguesia dos Olivais, no caso de Loures, Sacavém e Moscavide. Mas, neste caso, não fiquei nada surpreendido, porque se tratava de criar uma freguesia nova que vem retirar território a freguesias já pré-existentes. Atendendo ao elevado valor arquitectónico e urbanístico do PN, evidentemente que não há nenhuma freguesia que, no seu juízo perfeito, aceitasse ver o seu território decepado de uma parte, para dar origem a uma nova freguesia. É uma reacção normal, ainda que também fosse bonito ver uma atitude mais altruísta, mas é normal que as freguesias envolvidas tenham votado no sentido de desaconselhar essa criação, porque significava para elas perder uma parte do seu território.
problemas desta zona e de um aparente sentido lógico de unificação... Esse é o grande paradoxo e contradição no discurso político das várias pessoas envolvidas e é um pouco a argumentação que vai passando por todos os pareceres. Começam os pareceres (e estou a falar daquele que eu conheço melhor que é o da Assembleia Municipal de Lisboa), dizendo que é necessária a criação de uma unidade administrativa e, depois, quando chega o momento da verdade, vêm dizer que votam não, porque é melhor pensar melhor, porque a questão ainda não está amadurecida, porque, afinal, o que é preciso é reorganizar toda a cidade de Lisboa. Portanto, reconhecendo, no fundo, a necessidade de criação de uma freguesia, na prática, penso que, por uma questão de cálculo político, não a aceitam, porque entendem que, naquela zona, haverá a vitória de um partido de direita e não de um partido de esquerda, pensando que as pessoas têm uma certa capacidade económica, porque compraram casas que são de uma classe média ou alta. Para mim, uma ideia injusta e pouco democrática. Nós não devemos agir, na vida política, em função dos rendimentos das pessoas, mas em função do interesse público.
não fiquei nada surpreendido
Apesar dos cinco pareceres negativos, verificou-se o reconhecimento de alguns
Mas há, ainda, o argumento de que uma freguesia não vai resolver, do dia para a noite, os problemas do PN. É verdade, ninguém acredita que uma freguesia vá, miraculosamente, resolver, de um
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dia para o outro, os problemas, mas é, pelo menos, um começo de resolução dos problemas. Portanto, acho que estão a prestar um péssimo serviço à melhoria das condições de vida das pessoas que vivem aqui. Na Assembleia de Freguesia dos Olivais, evocou-se o argumento de que a existência de, apenas, novecentos recenseados, não justifica a criação de uma freguesia. Para já acho que é um número enganador. Porque, em primeiro lugar, só há novecentos recenseados porque não há Freguesia do Oriente e então, neste caso, as pessoas não se sentem motivadas para fazer um recenseamento num local, onde não há uma representação específica e onde os seus problemas vão ser misturados com os problemas dos Olivais, de Moscavide ou de Sacavém. É claro que o recenseamento é obrigatório e que deve ser
coisas ao contrário. Verificou-se um certo recuo, por parte do Partido Socialista, tendo este encarado a possibilidade de se voltar a estudar a hipótese de gestão bipartida. São dois problemas diferentes. Há um problema geral no funcionamento das autarquias locais, em Portugal. Nas grandes cidades, é legítimo que troquemos algumas interrogações, em relação à melhor arquitectura do sistema autárquico. Mas isso não está em questão. É uma questão que demora o seu tempo. Eu, na Câmara Municipal de Lisboa, venho a presidir a Comissão da Divisão Administrativa da Cidade e, até hoje, nunca senti nenhum apelo para mudar o que quer que seja. Eu sei que as coisas não estão bem. Mas há outro problema concreto que é: os mecanismos específicos que, neste caso, estão previstos na lei, para a cria-
minha parte, gostaria muito de ver o Partido Socialista a apresentar propostas e a colaborar connosco. Eu até vejo outra vantagem: ao contrário do que muitas vezes se diz que é fazer uma reforma casuística, isto é, começar por uma parte e não ter que estar no todo, eu faço uma leitura completamente inversa que é ter que começar por uma parte para chegar ao todo. Temos que ter um plano global para, depois, mexermos no particular, mas a verdade é que, assim, nunca vamos ter o plano global e o particular nunca é unificado. Neste caso, deveria ser criada a freguesia e, só depois mais tarde, com mais maturidade, mexermos no sistema global. Agora que os pereceres foram entregues, qual será o próximo passo? A AR já tem os pareceres. Tenho ideia de que há um pacote autárquico, que é um
Eu estou, moderadamente, optimista, como se costuma dizer. Porque acho que a criação da Freguesia do Oriente é algo de tão óbvio e objectivo que nenhum poder político, por mais calculista que seja, teria a coragem de recusar este projecto. Não se trata de uma pretensão de meia dúzia de pessoas, mas de uma pretensão que foi formalizada em quatro mil e quinhentas assinaturas. feito no local onde a pessoa mora, ninguém está a pôr isso em causa. Agora, temos que compreender que haja uma certa inércia e que vá aumentando, quando as pessoas não têm um apelo específico para mudar o seu recenseamento para uma zona, onde não se sentem devidamente representados. Até é uma forma de protesto. Eu veria o escasso número de recenseados, nos Olivais, não como um impedimento à criação da freguesia, mas como um alerta vermelho para que fosse criada, o mais depressa possível. Esse número representa é uma punição para a própria Democracia... estão a ver as
ção de freguesias onde elas sejam necessárias. A criação da Freguesia do Oriente, em Lisboa, não anula nunca uma discussão mais geral em relação a esta questão sobre as autarquias. Uma coisa não impede a outra. Mas uma vez que há um território que está circunscrito e há a voz dos habitantes, que, maioritariamente, querem essa freguesia e, do ponto de vista objectivo, é fácil de perceber que é uma grande vantagem a vários títulos, acho que se deve avançar já para a criação da freguesia, sem prejuízo de continuarmos a fazer uma reflexão global, em relação à reorganização da cidade de Lisboa. Eu, da
conjunto de leis de criação de freguesias e de elevação de outras a concelhos, a ser aprovado até Dezembro e, pelas notícias que tenho, a Freguesia do Oriente está, também, para ser criada. Portanto, os deputados da maioria parlamentar, que propuserem a criação desta freguesia, vão levar por diante esse projecto, apesar dos vários pareceres negativos, que eu desvalorizo, não no sentido de desrespeitar essas decisões, mas no sentido de serem previsíveis dado que, algo egoisticamente, estão a defender um território maior do que aquele que vão ter com a criação desta freguesia. Portanto, parece-me
que vai avançar mesmo a criação da Freguesia do Oriente. Está-se, então, muito perto da criação da freguesia? Eu estou, moderadamente, optimista, como se costuma dizer. Porque acho que a criação da Freguesia do Oriente é algo de tão óbvio e objectivo que nenhum poder político, por mais calculista que seja, teria a coragem de recusar este projecto. Não se trata de uma pretensão de meia dúzia de pessoas, mas de uma pretensão que foi formalizada em quatro mil e quinhentas assinaturas ou seja, quase metade da população que neste momento reside. E até mais do que metade, porque, se formos ver, só pelas que têm direito de voto, é capaz de ser mais de metade. É uma vontade clara e o poder político tem que existir, pelo menos, para resolver os problemas das pessoas e, neste caso, a AR daria uma péssima impressão a si mesma, se, perante uma realidade que é objectiva, não criasse a Freguesia do Oriente. Apesar de existir uma unanimidade em Loures que
está contra? É óbvio. Se a freguesia fosse criada, em Loures, já haveria uma unanimidade a favor. Isto é no sentido de Loures sentir que vai ficar prejudicado, sobretudo na questão do pagamento dos impostos que têm a ver com o património. E quanto ao ajuste de contas a ser feito entre os dois municípios? Eu admito que a criação da freguesia dê origem, depois, a algumas compensações financeiras, pelo facto de, até um certo período, aquele território ter sido de Loures. Mas isso é uma questão, que uma vez mais, não é impeditiva, Que conselhos daria à população que espera por esta freguesia? Depois da criação da freguesia, por lei, haverá, ainda antes, uma comissão instaladora que arranjará as instalações físicas; organizará o recenseamento, já com vista às eleições autárquicas do próximo ano e estabelecerá uma base mínima de contactos com o município e com o Estado. Eu acho que, nessa altura, é natural que as pes-
soas se entusiasmem com este projecto, mas é preciso, depois, tentar criar uma unidade forte, de persuasão, de ideias com vista a tentar ultrapassar alguns problemas daquela zona, problemas de tráfego, de iluminação, de acessos a escolas e a centros de saúde. Portanto, problemas, alguns resolvidos pela freguesia e outros que ela própria não poderá resolver, mas que poderá ajudar. Mas, também, é importante que as pessoas não fiquem frustradas se os problemas não forem todos resolvidos, porque a freguesia não vai ser uma varinha mágica que permite pôr fim a todos os problemas, mas é uma ajuda. Para terminar, que opinião é que tem do PN? Eu não vivo aqui e aproveito para que fique claro que não estou a agir em causa própria, mas, apenas, a agir na minha qualidade de autarca de Lisboa, da Assembleia Municipal. Acho que é uma zona de grande futuro, grande qualidade e beleza urbanística, mas é preciso que os cidadãos estejam vigilantes e, neste caso, uma freguesia é uma entidade ideal para conseguir que a qualidade de vida se mantenha.
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A lógica partidária a sobrepôr-se aos interesses dos moradores do Parque das Nações
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2004 chega ao fim abrindo portas a um novo ano. O Notícias do Parque pediu a três individualidades do PN um balanço sobre o melhor e o pior do ano que fica para trás. Fica o olhar de João Soares Louro, Padre Nuno Tavares e Rodrigues Moreno. DESFRUTAR O PARQUE DAS NAÇÕES
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