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10| NP | OPINIÃO
QUESTÕES DE SEGURANÇA Estes eventos, não só catapultaram o nome deste país a todos os níveis, como serviram também para dar uma lição didáctica a um povo que sofre alguns sentimentos negativos de autoestima internacional, ao provar-se que nós portugueses somos capazes de garantir uma efectiva segurança neste tipo acções de grande envergadura, colhendo elogios internacionais por parte de entendidos nestas lides, que nos colocaram entre o que de melhor já foi feito neste âmbito.
A sociedade hodierna incide uma parte significativa da sua atenção, na componente de análise crítica e especulativa, no “paradigma da segurança”. Atendendo à actual conjuntura internacional, pautada por um fundado receio de potenciais investidas terroristas, geradoras de pânico social, de instabilidade política e económica, tornase compreensível o ênfase dado a esta temática, desde que explorada com sentido de responsabilidade e alargada a todos os quadrantes da vida pública.
Os recentes episódios de Agentes policiais mortos em serviço, fizeram dirigir parte do actual debate nacional para as políticas de segurança. Importa aqui apenas tecer algumas considerações. Em primeiro lugar, a segurança assume neste campo específico, o seu sentido amplo, no qual a análise do quadro legal e das políticas sociais não pode ser descurada, por fazer parte de um todo indissociável.
Um pouco por todo o mundo, no qual Portugal não é uma excepção, começa-se a dar os primeiros passos de análise da segurança, no seu sentido estrito (segurança pública, de pessoas e bens, de instituições), como um produto, um bem de primeira necessidade, que importa estudar com rigor e cientificidade, tendo em vista adequar a sua oferta às reais carências do “mercado”, aferível, seja pelo sentimento de segurança, seja pelas estatísticas de criminalidade, seja pela adequação das políticas criminais a toda uma estrutura social com particularidades culturais próprias. O povo mediterrâneo é sociologicamente caracterizado como tendo uma natureza extremamente marcada por vagas de emoção, contestação, solidariedade e aglutinação em torno de causas humanitárias. Não estranho se torna reconhecer este perfil, se analisarmos como nos debruçamos sobre os flagelos, os infortúnios sociais e as crises em geral. Somos, indubitavelmente um povo com fortes qualidades e uma espantosa capacidade de superar desafios.
Ao nível da segurança pública, coube em 2004, com uma total incisão na área do Parque das Nações, desenvolver e concretizar dois projectos: o festival “Super Bock, Super Rock” e o “Fan Park” - o 11º Estádio no âmbito do EURO2004, sendo ainda de destacar de forma indirecta o “Rock in Rio”, evento também abraçado pela Polícia de Segurança Pública e, mais especificamente, pela 2ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa (Divisão esta que, para além de abarcar a área do Parque das Nações, abrange também as áreas de Chelas, Olivais, Moscavide e Sacavém).
Assim sendo, factores como as políticas de imigração, a intervenção das instâncias de controlo informal, nomeadamente as de assistência social e todas as instâncias de controlo formal (as polícias, os tribunais, etc), devem ser interligadas num projecto global, tendo em vista combater uma problemática também ela de cariz global. Em segundo lugar, o planeamento das estruturas arquitectónicas dos bairros assume aqui uma importância fundamental, na medida em que, quanto mais ampla, pouco concentrada e com acessos internos e externos rectilineos e bem iluminados, menos fomentarão uma subcultura de guetto, bem como proporcionarão uma mais fácil abordagem tactica por parte das forças de segurança.
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OPINIÃO | NP |11
Poder-se-á continuar a afirmar que o Parque das Nações beneficia de um clima de segurança extremamente elevado, pouco comparável a qualquer zona na área metropolitana de Lisboa No que diz concretamente respeito ao Parque das Nações e em sede de síntese comparativa, é importante efectuar um pequeno balanço da criminalidade praticada nesta área no decurso do ano de 2004 em comparação com o ano precedente. É com algum conforto que se verifica que não existem quaisquer diferenças substanciais, favorecendo assim o ano transacto na medida em que foi nesse que se verificou uma clara subida da população flutuante, decorrente da dinâmica gerada pelos eventos já referidos. Os crimes mais praticados continuam a ser o furto de veículos, o furto no interior de veículos e o pequeno furto/roubo. No entanto, terá assumido algum peso no ano de 2004 o assalto a garagens. A análise da prática deste crime deve ser efectuada de uma forma destacada, apesar de o número não ser alarmante, por se tratar de um crime sazonal, normalmente perpectuado por um mesmo grupo de indivíduos que cessam estas práticas sempre que detectados pela polícia. Por tal, importa aqui incentivar os moradores desta área a denunciarem este e outros crimes que verifiquem, ou tenham conhecimento, tendo em vista guarnecer a polícia de dados que permitam efectuar correlações e chegar mais facilmente aos infractores. É sabido que, por alguma descrença generalizada no aparelho judiciário, a maior parte dos crimes praticados não são denunciados, números estes que denominamos de “cifras negras” e que tanto prejudicam o planeamento ope-
racional das forças de segurança. Para combater esta problemática é necessário que o cidadão se consciencialize de que este é um dever cívico, moralmente exigível e socialmente necessário. Retomando, poder-se-á continuar a afirmar que o Parque das Nações beneficia de um clima de segurança extremamente elevado, pouco comparável a qualquer zona na área metropolitana de Lisboa, fruto do envolvimento de diversas entidades que nela convergem nos âmbitos de planeamento da segurança, urbanístico, das acessibilidades, dos eventos e nas diversas associações, desde moradores a comerciantes, louváveis pelo seu sentido de colectividade e de contributo por causas sociais. Uma pequena menção ás comemorações do Dia do Comando Metropolitano de Lisboa. Cada Comando de Polícia possui um dia oficial, no qual comemora o seu aniversário. O dia da PSP de Lisboa é comemorado a 11 de Março, data escolhida em memória ao Sr. Comandante Ferreira do Amaral que, pela sua acção valiosa, deixou marcas bem vincadas nesta polícia, por ter sido no seu período de comando que a mesma adquiriu uma outra imagem perante a opinião pública, com a extinção do “Corpo de Polícia Civil”, dando lugar à actual Polícia de Segurança Pública, tendo-se celebrando este ano o 138º Aniversário. Esta efeméride compreende pequenas cerimónias locais nas diversas sub-unidades existentes no Comando Metropolitano de Lisboa, sendo também efectuada uma ao nível de todo o Comando de Lisboa, a ter lugar na Pala do Pavilhão de Portugal, onde estiveram presentes diversas altas entidades civis e militares e onde foram atribuídas condecorações e louvores policiais, como forma de assinalar os actos em serviço de maior relevo. Como uma das formas de aproximação da PSP à comunidade local, apostou-se numa acção de comunicação externa, através da apresentação de pequenas exposições, um pouco por toda a
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Aproveitamos para apelar à população, no sentido de colaborarem com a PSP na denúncia de todos os factos que ponham em causa a tranquilidade pública, por forma a podermos ser mais eficazes no combate ao crime e demais incivilidades. Pedro Fortes Subcomissário Oficial de Operações da 2.ª Divisão
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Grande Área de Lisboa, que versaram sobre a importância desse laço, bem como algumas das suas vertentes de actuação, onde a interacção com a comunidade escolar assumiu particular relevo. Esta ultima é, essencialmente, exercida através do “Programa Escola Segura”, que compreende o policiamento preventivo nas imediações das escolas de ensino básico, secundário e superior, acções de sensibilização sobre o tema “Segurança e Prevenção Rodoviária”, perante alunos, professores e respectivos encarregados de educação, bem como o apoio em diversas actividades escolares do foro lúdico (Carnaval,etc). Coube à 2ª Divisão deste Comando desenvolver um projecto, ambicioso por ser inédito e complexo atendendo aos recursos materiais existentes, que consistia em organizar uma exposição temática, no piso O do Centro Comercial Vasco da Gama, subordinada a três temas centrais - “A Interacção da PSP com a Comunidade Escolar”; “A Evolução Histórica da PSP” e “A 2ª Divisão do Comando Metropolitano de Lisboa” -, complementada com um videoshow, um slideshow e apresentação de fardamento diverso em manequins estáticos. A execução desta acção só foi possível, graças ao pronto e imediato acolhimento de diversas entidades do Parque das Nações, desde a Administração do Centro Comercial na cedência do espaço, à FIL na generosa oferta de expositores, à Parque Expo98, SA no apoio em aspectos reprograficos e à Sony no empréstimo de um ecrã de plasma. A todos eles, o nosso Bem Haja!
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12 | NP | REPORTAGEM
O Fiel Amigo
texto e fotografia por:
André Moura e Filipa Samarra Biólogos, especializados em Biologia Marinha
O Oceanário está a dedicar um foco especial ao bacalhau. Nesta edição vamos falar sobre aquele que é sem dúvida um dos peixes mais famosos no nosso país. Existem mil e uma formas diferentes de o cozinhar e tem sido o fiel amigo dos portugueses. No entanto, há muito mais para descobrir sobre este peixe do que apenas a melhor forma de o saborear. Nos recônditos do aquário do habitat do Atlântico, longe da confusão e agitação característica deste, um peixe tenta passar despercebido escondendose nas reentrâncias das rochas decorativas. Apesar da sua timidez, é um predador voraz que no seu ambiente natural chega a formar cardumes de milhares de indivíduos. A sua atitude tímida é apenas uma estratégia para surpreender outros peixes mais incautos, uma vez que no seu ambiente natural chega a realizar migrações de milhares de Km. Tem uma coloração acastanhada e uma cabeça desproporcionalmente grande em relação ao tamanho do corpo. Apesar de passar bastante despercebido, praticamente todas as pessoas em Portugal já o viram bem de perto e tem sido o “fiel amigo” dos portugueses. O Gadus morhua, mais conhecido por bacalhau-do-Atlântico, é um dos peixes mais pescados pelo Homem. A sua tradição remonta à idade média, altura em que começou a ser pescado. Era de tal forma abundante, que os primeiros colonizadores da América baptizaram um cabo em sua homenagem, o conhecido Cape Cod (Cod é o nome inglês para bacalhau). Paradoxalmente, o bacalhau continua a ser um animal relativamente desconhecido. O bacalhau pode ser encontrado desde a costa nordeste Americana, passando pelas costas da Gronelândia e da Islândia, e na Europa desde a costa britânica até à Rússia.
Nestas zonas, pode ser encontrado numa grande variedade de habitats. É essencialmente marinho, embora também seja encontrado em estuários, por vezes em zonas onde a salinidade é bastante baixa. É um animal também bastante generalista em termos de temperatura, podendo viver em águas desde os 0 aos 20º C. Pensa-se que a sua distribuição seja mais condicionada pela distribuição das suas presas do que propriamente pela temperatura ou outro tipo de factores que afectem a sua fisiologia. É um peixe de grandes dimensões, que pode chegar aos 2 m de comprimento e pesar até 100 Kg. É o maior membro de uma família de peixes chamada Gadidae. O seu corpo é caracterizado por ter uma barbatana caudal triangular, possuir três barbatanas dorsais e duas anais. O bacalhau distingue-se dos restantes gadideos por ter uma cabeça desproporcionalmente grande, olhos grandes e protuberantes, e possuir um barbilho na maxila inferior. Pensa-se que este barbilho sirva para detectar presas enterradas no chão, embora possa ser um pouco especulativo. Outras espécies da família Gadidae que se encontram em Portugal são o Badejo e a Faneca. O Badejo tem a cabeça mais pontiaguda e a maxila inferior é mais comprida que a superior (no bacalhau verifica-se o oposto). A Faneca é bastante semelhante ao bacalhau, mas atinge tamanhos mais pequenos. PUB
REPORTAGEM | NP |13 É considerado um animal demersal, ou seja que vive no fundo do mar mas que se desloca para a coluna de água em determinadas situações. Vive em zonas rochosas, desde águas pouco profundas até várias centenas de metros. No entanto, o bacalhau também sai do fundo do mar e nada activamente na coluna de água formando grandes cardumes pelágicos. O objectivo destes cardumes pelágicos é provavelmente a reprodução, que se inicia quando o animal atinge entre 2 e 7 anos consoante os locais onde vivem. Estas agregações aumentam a probabilidade de encontrar um parceiro, no entanto acarretam algumas consequências interessantes em termos de estratégia de reprodução. Embora existam mais potenciais parceiros nestas agregações, existem também mais competidores. Como tal, os machos acabam por competir activamente pelas fêmeas, utilizando para tal várias estratégias. Uma delas é a produção de som para impressionar as fêmeas. Esta ideia é suportada pelo facto de os bacalhaus produzirem sons mais activamente durante a época de reprodução. Outra evidência é o facto de os indivíduos que se reproduzem mais, serem aqueles que têm os músculos envolvidos na produção de som mais desenvolvidos. Outra forma é através de competição do esperma. Ou seja, em vez de serem os indivíduos que activamente competem pelas fêmeas, são as diferenças fisiológicas entre o esperma de cada indivíduo que determinam qual o macho que mais se reproduz. Isto faz sentido, uma vez que os peixes como o bacalhau têm fecundação externa, ou seja, o esperma e os óvulos são libertados na coluna de água, e é aí que se dá a fecundação dos óvulos. O mais provável é que as duas estratégias se verifiquem simultaneamente no bacalhau. Apesar de já se conhecerem alguns aspectos da biologia do
A importância deste peixe para a economia de certos países como a Islândia e a Grã-Bretanha é tal que já originou as chamadas “guerras do bacalhau”. As “guerras” ocorreram devido à escassez de bacalhau, ambos os países lutando pelo direito a explorarem os stocks (fracção da população explorada pelo homem) existentes em águas da Islândia. bacalhau, existe ainda muito por descobrir, nomeadamente no que diz respeito aos seus padrões gerais de movimentação. Sabe-se que os locais onde os peixes se juntam para reproduzir são diferentes dos locais onde os peixes normalmente se alimentam, e que podem estar separados por milhares ou apenas alguns Km. No entanto, não se sabe se os indivíduos que se encontram nos locais de reprodução provêm todos do mesmo local, nem se os indivíduos se deslocam entre diferentes locais, ou com que frequência o fazem. No mar Báltico, por exemplo, o número de populações que se pensa existirem tem vindo a mudar. Inicialmente pensava-se que existiam duas população distintas, tendo mais tarde sido proposta a existência de quatro. Mais recentemente, foi proposta a existência de duas populações que se misturam em parte da sua distribuição. Esta incerteza reflecte a dificuldade que existe em conhecer os limites das populações de bacalhau assim como o padrão exacto de movimentação dos indivíduos. Conhecer os padrões de movimentação desta espécie é muito importante por várias razões, uma das quais a correc-
ta gestão da pesca. A pesca de bacalhau teve início no século XVI quando Portugal, Inglaterra e França começaram a enviar navios para a América do Norte. Aqui, o pescado era seco e salgado para ser mais tarde transportado novamente para os países de origem. Foi este processo de conservação do peixe que marcou a diferença numa altura em que não existiam frigoríficos. Ao permitir a preservação do peixe durante a viagem de volta ao país onde seria comercializado, este processo permitia percorrer grandes distâncias para pescar o bacalhau. A importância deste peixe para a economia de certos países como a Islândia e a Grã-Bretanha é tal que já originou as chamadas “guerras do bacalhau”. As “guerras” ocorreram devido à escassez de bacalhau, ambos os países lutando pelo direito a explorarem os stocks (fracção da população explorada pelo homem) existentes em águas da Islândia. A escassez de bacalhau tem ocorrido nos principais stocks do mundo devido a pesca excessiva aliada ao desconhecimento da dinâmica destas populações. Um exemplo da forma como a pesca diminuiu é o caso de um dos locais mais famosos pela
abundância de bacalhau, Newfoundland (Terra Nova) no Canadá. Em 1550 cerca de 60 % do bacalhau que era vendido na Europa era capturado nesta zona. Esta foi considerada em tempos a pescaria de bacalhau mais fértil do mundo. Durante séculos a exploração nesta zona era feita de uma forma sustentável. O facto de o esforço de pesca não ser demasiado (não havia muitos barcos a operar nestas águas) e as técnicas de pesca não serem muito eficientes permitia um equilíbrio que fazia com que todos os anos o bacalhau abundasse. Contudo, a fama desta região levou a que rapidamente muitos países utilizassem estas águas para a pesca do mesmo. Com os desenvolvimentos tecnológicos dos barcos e redes utilizados a pesca tornou-se muito mais eficiente. Isto implicou mais barcos e cada barco a capturar maiores quantidades de peixe. Por volta de 1992 a pesca colapsou pois os níveis de peixe capturados eram tão baixos que não conseguiam sustentar a indústria, o que significa que a pesca deixou de ser sustentável. Este colapso foi potenciado pelo facto de a quantidade de bacalhau pescado se ter mantido estável de ano para ano. Isto
levou a crer que a população de bacalhau desta região continuava abundante e que, por isso, a pesca podia continuar inalterada. No entanto, o que na realidade acontecia era que os pescadores estavam a concentrar-se cada vez em áreas mais reduzidas que eram as únicas onde ainda restava bacalhau. Quando estas reservas foram esgotadas, a pesca subitamente colapsou. No entanto, o mesmo aconteceu com stocks noutras regiões do mundo nesta altura, pelo que se pensa que também factores ambientais como alterações climáticas poderão ter contribuído para a diminuição dos stocks de bacalhau. Como resultado do declínio dos stocks de bacalhau, 80% das capturas foram proibidas por lei e em certas áreas a proibição foi total. Isto permitiu uma ligeira recuperação da maioria dos stocks, excepto no caso de Newfoundland. Este apesar de tudo, ainda não recuperou na mesma proporção dos restantes. Pensa-se que a recuperação deste stock esteja a ser dificultada pelo facto de o bacalhau ser predado por outras espécies da região. Contudo o facto de a pesca de bacalhau estar em “vias de extinção” não fez com que esta
espécie caísse no esquecimento. Seguindo o sucesso alcançado com a aquacultura de salmão, foram feitas tentativas de criar bacalhau em aquacultura, e Newfoundland é uma das localidades onde a viabilidade desta actividade mais tem sido pesquisada. A aquacultura de bacalhau é bastante recente e o processo de produção levou algum tempo a ser optimizado. Inicialmente foi necessário determinar exactamente qual a melhor dieta para as larvas, o que só foi possível nos anos 80. Depois desta vitória, foi já nos anos 90 que se conseguiu aumentar a sobrevivência das larvas até ao estado juvenil. A situação actual dos stocks de bacalhau veio aumentar a pressão para o desenvolvimento desta actividade como alternativa à pesca. De facto, o desenvolvimento desta indústria tem sido lento mas promete ser uma alternativa viável no fornecimento de bacalhau, mas apenas se a gestão desta actividade for feita de forma a minimizar os impactes ambientais. O bacalhau tem sido um fiel amigo, estando sempre presente em épocas de aperto e também nas épocas festivas de ano para ano. No entanto, a sua amizade não tem sido retribuída pela nossa espécie, e a sua presença está agora ameaçada. A ambição de alguns sectores da sociedade, aliada a práticas de gestão pesqueira incorrectas, levou à diminuição desta espécie pelo mundo fora. Como consequência, vários pescadores perderam o seu sustento, e o preço do bacalhau subiu em flecha. Ainda há pouco tempo, vários barcos de pesca de bacalhau portugueses foram impedidos de pescar na Terra Nova pelo governo canadiano. Apesar da sua importância, ainda há muito a descobrir sobre este fiel amigo, e é essencial desvendar os seus segredos para que o bacalhau possa continuar a demonstrar a sua lealdade para a nossa espécie. PUB
FACES PESSOASDOPARQUE 14| NP | FACES
Por: Gonçalo Peres
Auto-retrato Nasci em 1973 e até aos 24 anos vivi bem perto do Parque das Nações, mais precisamente nos Olivais Sul. Um “bairro” do qual tenho as melhores recordações. Tive a sorte e o privilégio de estudar num bom colégio que também não fica longe - o Valsassina - e em 1996 licenciei-me em Organização e Gestão de Empresas pelo ISCTE. Foi durante os últimos 3 anos da faculdade que a Internet começou a desabrochar em Portugal e se já, então, gostava de informática, os novos horizontes quase ilimitados que a “rede” oferecia, mudaram por completo o rumo da minha vida. Basicamente a informática e a “rede” ofereciam um resultado muito mais prático e imediato, enquanto a gestão cada vez se mostrava mais subjectiva. Um mês depois de terminado o curso, em vez de seguir o percurso habitual de ingressar numa empresa de auditoria / consultoria / banca, etc., já estava a trabalhar na Ciber-Rede, uma empresa de consultoria na área da Internet. Dois anos mais tarde fundava a minha própria empresa A Netopia - com mais dois sócios.Tem sido um percurso interessante, com vários projectos para grandes empresas (TAP, Galp Energia, Ford, Unilever, BPI, etc.) que me permitiu adquirir uma experiência muito positiva em diversas áreas. Há cerca de um ano e meio decidi apostar num projecto que veio mudar a forma como as pessoas vão ao clube de vídeo para alugar filmes - o Clube MyDVD (www.ClubeMyDVD.com). Sempre olhei para a informática não como um fim, mas como um meio de nos proporcionar melhores serviços e quis aplicar esse conceito ao clube de vídeo. O clube de vídeo tradicional é hoje em dia um lugar impessoal, que em nada nos ajuda naquilo que verdadeiramente devia fazer: escolher os filmes que queremos ver; e ainda nos obriga a deslocar e perder tempo. Agora imagine um clube de vídeo com uma enorme colecção de títulos, onde a partir de sua casa pode escolher os filmes que quer ver, devidamente organizados por géneros, realizadores, actores, países de origem e que, ainda, lhe apresenta sugestões. Imagine um clube de vídeo que memoriza todos os filmes que vai querer ver, todos os que já alugou e todos os que indicou como já tendo visto (mesmo sem ser através do clube) e que ao entrar,“esconde” esses filmes para não voltar a “tropeçar” neles e ajudálo na escolha de novos filmes. Imagine um clube de vídeo que lhe entrega os filmes no seu emprego ou em sua casa, através dum serviço de estafeta. O Clube MyDVD é isso e ainda mais... à distância dum clique. Pessoalmente, é também um projecto, que por ser inovador e onde é preciso inventar quase tudo, sem nenhuma outra referência no mercado, representa um desafio profissional muito estimulante, graças, em grande parte, ao feedback muito positivo dos clientes. Quanto ao resto da minha vida, sou uma pessoa pouco convencional, ocupando os meus tempos livres com actividades que à primeira vista não aparentam nenhuma relação entre si. Uma delas é viajar sozinho e sem programa por destinos que me fascinam pela sua beleza, riqueza histórica e pelas suas gentes. Países tais como a Tailândia,Vietname, Laos, Cambodja, Índia, etc.. Gosto de evitar os habituais percursos turísticos e de todos os dias me surpreender com as infindáveis experiências, que vou absorvendo de forma mais ou menos intensa. No outro extremo da escala está a adrenalina das corridas de motas, com participação em várias categorias do campeonato nacional de velocidade nos últimos quatro anos. Outra paixão são as aulas de dança de Hip-Hop e Funk, com alguma Salsa à mistura. Como se pode ver, um caso difícil de tipificar.
Uma história para contar Como adoro viagens e acho que merecem a pena ser partilhadas, aqui vai uma breve história dos primeiros dias da minha última viagem, em Agosto de 2004, à Índia, desta vez com a minha companheira. Chegámos de madrugada a Deli e ficámos em Paharganj, uma zona com quartos muito modestos e “demasiado real” para muitas pessoas, incluindo a minha namorada. Ao final do primeiro dia, já estávamos a jantar em casa de uns jovens indianos que tinham uma agência de viagens e no dia seguinte aterrávamos de avião em Srinagar, capital do estado de Kashmir e, segundo o nosso guia da Lonely Planet, uma cidade a evitar por causa dos ataques terroristas. Ficámos num romântico houseboat no bonito e tranquilo lago Nagin, com os Himalayas como pano de fundo. Três dias depois estávamos a fazer um trekking de cinco dias por estas imponentes montanhas. Caminhávamos de dia e ao fim da tarde montávamos acampamento.Tomámos chá em casa dos ciganos nómadas que no Verão habitam aquela zona, dedicando-se ao pastoreio. Subimos até aos 5.000 metros e, depois de seis horas de caminhada, tomámos banho num lago, para de seguida ficarmos a arder em febre.Tomámos duas aspirinas, metemo-nos na tenda bem aconchegados nos sacos cama e quilos de cobertores e no outro dia estávamos novinhos em folha. Sem nada previamente planeado, estávamos a viver experiências únicas, daquelas que marcam para o resto da vida. Como é que construiria uma cidade Cresci e passei grande parte da minha vida nos Olivais, que considero um bom exemplo de planeamento urbano. Acho que a construção duma cidade deve privilegiar três aspectos fundamentais: uma boa rede de transportes públicos e ecológicos, espaços verdes e o fluxo pedonal. Quanto a este último, refiro-me à importância, muitas vezes ignorada, de construir passeios e ligações entre os vários empreendimentos de modo a privilegiar a circulação de pessoas. Morei dois anos em Telheiras e é lamentável a proliferação de prédios cujos empreiteiros apenas se preocupam em erguer para vender, transformando-os em ilhas de cimento, que obrigam as pessoas a circular pela estrada. Moro desde Maio de 1999 no Parque das Nações e acho que nesse aspecto estamos bem servidos. E mais uma coisa. Na minha cidade do futuro as pessoas não ligam tanto às “aparências” e muitas circulam em scooters económicas e mais amigas do ambiente, descongestionando as estradas para os transportes públicos e desimpedindo os passeios. O lugar favorito Toda a zona ribeirinha, excelente para passear com o cão. À noite fascinam-me aqueles candeeiros em forma de toldo junto ao Oceanário. O que desenhava Um mega parque de diversões na zona norte, ao pé da ponte Vasco da Gama. O que apagava O edifício “Ecrã” na zona sul. Acho uma completa aberração arquitectónica. PUB
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Ensino Superior, cobrindo a maioria das disciplinas. Leccionadas por professores habilitados e experientes e através de uma atenção focada nas necessidades de cada aluno, pretendem combater as lacunas do ensino colectivo permitindo o esclarecimento de todas as dúvidas e aprofundamento dos conhecimentos já adquiridos. Neste Centro, encontramos também a Sala de Estudo Acompanhado, pensada para dar resposta às necessidades de orientação do trabalho escolar quotidiano. Os utilizadores deste espaço terão a possibilidade de, num ambiente tranquilo e adequado ao estudo, obter o esclarecimento de dúvidas por par te de professores das áreas de Ciências e Humanidades, acesso à Internet com auxílio personalizado na orientação de projectos e trabalhos escritos e livre utilização de material didáctico. Foi a pensar nos jovens pré-universitários que pretendem ingressar no Ensino Superior em Espanha que o Ás de Saber criou cursos de iniciação ao espanhol e de preparação para a prova “selectividad”. Surpreendentemente, a maior adesão foi a dos adultos que, por gosto, necessidades profissionais ou a pensar no futuro, obrigaram à aber tura de um terceiro curso para além dos dois já previstos. Por vezes, durante o percurso escolar há que
parar, analisar e combater os contratempos. Foi nesse sentido que houve necessidade de criar um gabinete de psicologia. Com um projecto intitulado “Saber mais...”, procura dar resposta aos pais e alunos através de orientação vocacional, apoio psicopedagógico individual, psicoterapia e ainda um grupo de trabalho em métodos de estudo. Paralelamente, estão já a ser preparadas sessões de formação dirigidas aos pais e profissionais do ensino, que pretendem dar pistas para os que convivem diariamente com crianças e adolescentes. As crianças dos 6 aos 10 anos mereceram também uma atenção especial. Aos sábados de manhã realizam-se ateliers temáticos, momentos simultaneamente lúdicos e de aprendizagem. Pela sua originalidade foram já procurados para animação de festas de aniversário. O próximo projecto é dirigido aos alunos do 9º ano e do 12º ano, porque são eles quem mais necessitam de apoio nesta fase final do ano lectivo. Realizar-se-ão preparações intensivas para os exames nacionais. O teu sucesso é a nossa missão. Equipa Ás de Saber PUB
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E S P A Ç O SAÚDE “Uma boca fresca é beijada mais vezes” O trabalho com laser é uma técnica extremamente eficaz em muitas áreas da Medicina Dentária e é muito eficiente e mais ou menos indolor. Permite a cicatrização mais rápida, o paciente sofre menos e, no fim, é mais económico. Represento uma recém-inaugurada Clínica Dentária de inspiração sueca, no Parque das Nações. A Suécia é um país com extrema preocupação na prevenção / manutenção da saúde oral e, nesta ordem, de ideias quero transpor essa preocupação e conceito para Por tugal. A prevenção é uma ar te que demora a interiorizar
mas que no fim é extremamente compensadora. É necessário, especialmente nas crianças até aos 12 anos, ensinar como se faz a limpeza dos dentes. Cada pessoa necessita de um ensino e acompanhamento personalizado. Em relação às crianças, por volta dos 6 anos, é necessário começar a pensar nos selantes, mas logo a par tir dos três anos, devem fazer-
se revisões periódicas. Para tal, é preciso, de uma forma lúdica, ensinar-lhes como fazer a sua higiene oral. Já os adultos precisam de ser sensibilizados para que percebam que são eles os responsáveis pelo sucesso dos tratamentos, bem como fazê-los entender que “os dentes originais” são os melhores. É com base nesta filosofia que se devem dar a conhecer as várias opções terapêuticas. O trabalho com laser é uma técnica extremamente eficaz em muitas áreas da Medicina Dentária e é muito eficiente e mais ou menos indolor. Utilizada no tratamento de infecções ósseas, desvitalizações e patologia gengival, o laser permite a cicatrização mais rápida, o paciente sofre menos e, no fim, é mais económico. É também uma óptima técnica de branqueamento, especialmente em dentes que sofreram agressões prévias por tetraciclinas e outros fármacos. A Or todontia pode ser de extrema importância visto uma boa oclusão ser vital, afectando toda a harmonia quer local, quer numa perspectiva sintomática geral (nevralgias, cefaleias, nucalgias), para além de permitir uma boa higiene dentária, o que nos faz situar na área da prevenção da patologia dentária. Antes de se fazer o trabalho de
Implantologia, por vezes é necessário o mesmo ser precedido de um rigoroso trabalho de Or todontia, tendo esta também a sua quota par te no sucesso final. Se a infelicidade de ficar sem algum dente bater à por ta, para além da solução oferecida pela Implantologia, outras opções poderão ser viáveis - as próteses (coroas, pontes e placas). Preferimos as coroas e pontes sem metal, não só numa perspectiva funcional mas também estética. Problemas mais comuns como a roncopatia, sem apneia, podem ser minimizados com aparelhos personalizados e adaptados ao paciente. A estética dentária é hoje em dia uma das grandes preocupações de todas as sociedades modernas. Por fim, considero vital a cooperação entre colegas dentistas, pois permite-nos obter as melhores soluções para quem em nós confia. Lembro uma vez mais - o “original” é melhor e uma boca fresca é beijada mais vezes!
Katarina Svahnström Directora Clínica de Your Smile PUB
Estacionamento grátis Parque das Nações Av. D.João II, Lote 1.06.2.3 Edifício D.João II Piso 1- B
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Dr.ª Katarina Svahnström Directora Clínica Dr. Karl-Fredrik Lindback Especialista em Ortodontia Dr. Anders-Petter Carlsson Cirurgia Oral e Maxilofacial Dr. Karim Hasan Especialista em Prostodontia Dr. Pedro Bernardo Especialista em Endodontia e Sandra Ribeiro Higienista Oral Ana Almeida Recepcionista
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CASAS para viver bem
C O O P E R A T I VA C O O C I C L O De que forma é que caracteriza este projecto? Este projecto caracteriza-se fundamentalmente pelo programa. Sendo um edifício relativamente pequeno, inclui as três principais esferas da vida urbana; a habitação, o comércio e os escritórios. O desafio arquitectónico, neste caso, era conseguir unir estas três funcionalidades num todo coerente, uma vez que tipicamente têm aspectos formais e funcionais muito diferentes. Quais os elementos que mais fortemente distinguem este projecto no âmbito da nova arquitectura urbana e como é que esta deve ser criada nos dias de hoje? Hoje, o grande desafio para os arquitectos e urbanistas é o problema do espaço público. Ou seja, como criar espaços que possam ser usufruídos pelo cidadão e geridos pelas entidades mantendo a mínima qualidade necessária. O que tem acontecido é a progressiva privatização destes espaços, criando os chamados condomínios fechados, ou alternativamente, espaços públicos degradados e sem vigilância, em virtude da incapacidade financeira das entidades.
No caso deste complexo urbano, o que se tentou foi criar espaços híbridos que, sendo de uso público e gestão privada, possam pela própria natureza arquitectónica condicionar as utilizações de uma forma positiva. De que forma é que pensa que este projecto contribui para o enriquecimento do Parque das Nações? Do ponto de vista urbanístico, no Parque das Nações existe um grave problema de base que são as plataformas ou plintos em que os edifícios assentam. Estes espaços, sendo de utilização pública não servem para nada porque não são verdadeiramente utilizáveis. A dificuldade de acesso, entre outros, é desmotivadora para o cidadão. Neste quarteirão, tentamos ultrapassar esse problema criando ligações pedonais directas e visíveis a partir da rua para a grande praça interior. Uma vez que as lojas ainda não estão comercializadas, a vida nesta praça é ainda uma incógnita. Porém, acreditamos tem todas as condições para vir a ser um espaço de vida pública com qualidade.
Arquitecto....... Paulo Martins Barata Projecto..... Cooperativa Coociclo Atelier.........Promontório Arquitectos
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Serviços e casas de qualidade Uma imobiliária é por natureza uma empresa de serviços. O seu trabalho centra-se em encontrar o cliente certo para a casa certa. Sendo este o princípio de qualquer imobiliária, a diferença entre profissionais do mesmo ramo está nos espaços que angaria e na qualidade dos serviços que presta. A Choice apostou na qualidade como factor de diferenciação. Qualidade é aparentemente um conceito subjectivo. É então importante que expliquemos os critérios que utilizámos para classificar um espaço e um serviço de qualidade. O que é uma casa de qualidade? A definição destes critérios tem como base a observação, o diálogo com clientes e promotores mas, contém também uma componente subjectiva que se prende com o gosto e as características de cada cliente. 1. Casa bem localizada 2. Áreas generosas e bem distribuídas 3. Muita luz natural 4. Boa orientação solar 5. Bom isolamento térmico e acústico, vidros duplos e aquecimento central 6. Zona de tratamento de roupas 7. Materiais de acabamento de qualidade e durabilidade reconhecidos 8. Estacionamento próprio e arrecadação O que são serviços de qualidade? A definição de serviços de qualidade prende-se com o modo como a equipa de trabalho responde aos contactos. 1. Ouvir atentamente os desejos do cliente 2. Estabelecer relações de empatia e confiança com cada cliente 3. Transmitir informações com rigor e profissionalismo 4. Organizar serviços e processos de forma eficiente 5. Receber os clientes em espaço acolhedor 6. Liderar os processos de negociação 7. Acompanhar o cliente durante todo o processo 8. Manter o cliente informado após a venda
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Localizado na zona central, este apartamento tem excelentes áreas e acabamentos, arquitectura moderna e muita luz. Sala com lareira e varanda, 1 quarto em suite, cozinha equipada, lavandaria, 2 estacionamentos e arrecadação ampla.
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A missão da CHOICE é contribuir para a qualidade de vida dos seus clientes, parceiros e colaboradores, oferecendo soluções nas áreas de habitação, escritórios e comércio, prestando serviços de excepção, num ambiente humano, profissional e de confiança.
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OLÁ LOVE 2 DANCE ON WONDERLAND 14 de Maio IVETE SANGALO E JOTA QUEST 20 de Maio
PORTUGAL EVENTOS Feira de Produtos e Serviços para a Organização de Eventos 20 a 22 de Maio
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Giovanna e Ana exprimem a sua paixão pela arte organizando workshops ligados à conservação e restauro das obras de arte. Para os amantes desta arte uma possibilidade de um conhecimento mais próximo com esta actividade. - Workshop de iniciação ao Douramento - Worksops de conservação e restauro de pintura, escultura e talha Duração: Duas semanas, três horas diárias A decorrer na terceira e quarta semanas de cada mês. Informações:www.consevazione.pt Giovanna Dré 966454293 / Ana Maria Godinho 932077766
- 8 de Abril e 9 de Abril: Ajudar os filhos a estudar - 9 de Abril: Laboratório Interactivo Mãos que mexem olhos que vêem - segredos desvendados em tubos de ensaio. (atelier de ciências) - 16 de Abril: Cores na Floresta Mágica Planta, cresce, floresce... A Natureza nas nossas mãos! (atelier de jardinagem) - 23 de Abril: O João será Soldado? João procurou a paz, será que a encontrou? Vem tu saber também...(atelier de leitura viva) - 30 de Abril: A Mãe Mais Doce do Mundo Com 3 letrinhas apenas se escreve a palavra MÃE, é das palavras pequenas a maior que o mundo tem. (atelier de culinária com a participação das mães) - 7 de Maio: Espelho, espelho meu, existe alguém mais cientista do que eu? Mini engenheiros constroem mini estruturas. (atelier de ciências) - 14 de Maio: Linhas e riscos Não sei se faz sentido mas que é bonito é... (atelier de pintura) - 21 de Maio: Espaço aberto ou fechado? É tão grande o nosso céu!! (atelier de astronomia) - 28 de Maio: “Contexturas” O relevo também é arte!? (atelier de pintura) - 27 de Maio e 28 de Maio: Comportamento das crianças nos dois primeiros anos de vida Rua de Moscavide Lt. 4.53.02E Lj. 18 (zona norte) tel. 218963068 / 969754763
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CARTAZ | NP |21 RESTART Em parceria com a ZERO EM COMPORTAMENTO e aproveitando a realização do próximo INDIELISBOA, a RESTART vai promover em Abril, nos próximos dias 9, 16 e 17, um workshop de Criação Musical para Curta Metragem. Com características únicas, este workshop pretende tirar partido das potencialidades das imagens do filme de animação “Oïo”, de Simon Goulet (Canadá) e com isso provocar os participantes para a improvisação livre como acto reflexo da observação. Assim, os participantes terão que construir uma nova base musical e sonora para o respectivo filme, usando a tecnologia do sampling e midi. Posteriormente, os melhores trabalhos serão exibidos no 2º IndieLisboa, Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa. O formador do workshop é Francisco Rebelo: músico [Cool Hipnoise, Spaceboys], produtor musical e formador da Restart. restart | cais português lote 2.11.01 Ac (por cima do Sabor a Brasil) parque das nações 1990/223 lisboa tel 218923570 email | info@restart.pt
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Olha para o sol como se fosse teu. Transforma um sabor amargo numa vitória. Sorri. Outra vez. Esta é a altura em que te apercebes de que não consegues parar de sorrir. Estás num carrossel em espiral contínuo. Os teus movimentos ditam o tempo. Continua. Reinventa-te. Nasce de novo. Deixa as tuas derrotas para trás e lembra-te... hum... lembra-te que... (como naquele refrão...) aprecia os momentos bons e nunca assumas o pior como garantido porque tu terás sempre e apenas... tantas segundas oportunidades!!!!
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PASSEIO | NP |23
stás pronto?! Tens que te levantar, respirar fundo e olhar bem para dentro do espelho... é mais fácil se conseguires deixar o teu reflexo preso do lado de lá. Tens que partir sozinho nesta viagem... porque, afinal, tudo depende exclusivamente... de ti, apenas de ti. Segue em frente sem nunca olhar para trás, os passos que se seguem têm que ter um ritmo novo. Encontra a direcção do vento e deixa-te levar sem medos. Atravessa a cidade e observa as pessoas à tua volta pela primeira vez, rápido e sem parar. Podes correr se quiseres. À medida que fores encontrando o teu ritmo podes começar a sorrir. Encontra um bocado de Verão por todos os cantos por que passares. Recorda um cheiro ou melhor... recorda o primeiro cheiro que tens memória de existir. Inspira. Lembra-te de um parágrafo de um livro, de um final de um filme, de uma cara que viste apenas uma vez mas... que nunca esqueceste. Procura-a! Encontra-a! Não a consegues encontrar? Dá três voltas ao Mundo sem parar. Transforma essa busca na tua maior obsessão sem que, no entanto, tenhas que perceber porquê. Mas goza essa viagem em direcção a um postal ainda em branco. Continuas sem a encontrar? Procura outra! Entretanto apaga o parágrafo do livro e descobre outro... parágrafo, outro filme.... Mas segue sempre em frente, deixando esses bocados de Verão perdidos para trás. Diz, faz a primeira coisa que te vier à cabeça. Comete um erro, dois ou três! Engana a derrota com um sorriso. Desmascara... mata um cliché. Duvida do óbvio...do que foi escrito e ensinado. Eleva-te acima dos teus inimigos à velocidade do vento já criado por ti. Quando olhares para trás verás que não passam de frágeis castelos de areia mais
E
tarde desfeitos pelo teu voo puro. Nunca te deixes ficar para trás. Olha para o sol como se fosse teu. Transforma um sabor amargo numa vitória. Sorri. Outra vez. Esta é a altura em que te apercebes de que não consegues parar de sorrir. Estás num carrossel em espiral contínuo. Os teus movimentos ditam o tempo. Continua. Reinventa-te. Nasce de novo. Deixa as tuas derrotas para trás e lembrate... hum... lembra-te que... (como naquele refrão...) aprecia os momentos bons e nunca assumas o pior como garantido porque tu terás sempre e apenas... tantas segundas oportunidades!!!! Não te preocupes se não conseguires parar. Aproveita a velocidade das coisas e solta-te, deixa-te... simplesmente ir. E, então, encontrarás uma velocidade sem precedentes... criada por ti. Verás que mais nada te faz mover... senão tu. Próprio. Fechas os olhos e percebes a indiferença de tudo o que te rodeia: pessoas, gestos, ideias, conceitos, preconceitos, semáforos, significados, palavras. Lá bem em cima vais percebendo como esses inquilinos do planeta se mexem. Em círculos... pequenos mas rápidos. E reparas no desperdício de tão frenéticos movimentos circulares que não chegam a ser mais do que pequenas nuvens de pó que insignificantemente vão desaparecendo, rapidamente, sem deixar um único rasto. Como fumo sem fogo, sem chama, sem paixão. E é engraçado porque essa imagem perdura apenas num breve instante. Três segundos mais acima já não existe, dissipada pelo nada. Logo a seguir vês a terra como ela unicamente é... e sempre foi. Paras e vais querer descer de volta. Lá em baixo descobres uma casa de madeira num mato com vista para o mar. Desces, olhas para a porta e percebes
que se trata do teu refúgio de retirada. É lá que passarás os últimos sopros de vida. A tua cabana de descanso de guerreiro. Abres a porta... entras. O silêncio é absoluto. O tempo converge todo para dentro dela e pára num sereno descanso. Olhas à tua volta enquanto partes para te ir embora. Sorris porque... ainda não é tempo. Sobes uma montanha, desces um rio. Conheces novas civilizações. Novos povos. Olhares e ângulos diferentes. Significados genuínos. Encontras novas batalhas que vences apenas pela força do teu novo olhar. Aprendeste a desvendar os segredos de um pormenor. A rapidez nesta altura é a diferença entre ser captado ou... captar. Conquistar. Converter todas as imagens à tua volta como tuas. De longe despes uma onda num simples e fácil relance. Caminhas em direcção ao mar. Descobres a rocha que o separa do Homem e esperas. Tapas os ouvidos com as mãos e sentes a vibração das ondas a baterem... uma atrás da outra. Tentas descobrir a profundidade da terra e a insignificância do Homem. Descobres do que és feito. Elevas-te e olhas para o mar interrompido pelo voo raso de uma gaivota e percebes a simplicidade das coisas. Deixas-te moldar pelo Terra, pelo mar para, mais tarde, conquistares o Mundo. Esperas que o sol se vá pondo e por aquele momento perfeito de calor na tua cara. Nem de mais, nem de menos... apenas perfeito. Não deixes o momento passar por ti. Deixa esse momento para trás, antes que ele te deixe a ti. Sentes a euforia do teu sangue a circular e partes. De novo. Novo. Como um postal em branco. M..M PUB
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Acontece no Parque das Nações
“Ladrão de garagens” capturado Encontra-se em prisão preventiva, desde o dia 30 de Março, o principal suspeito dos vários furtos a arrecadações, que tiveram lugar desde o início do ano passado. Os objectos furtados iam de garrafas de vinho caras a computadores que se encontravam, em arrecadações, ou no interior dos veículos, mas, maioritariamente, o alvo preferencial eram bicicletas de topo de gama. Mais de uma centena de bicicletas foram furtadas de sul a norte representando cerca de 80% do saque efectuado. Para o Subcomissário João Pestana, a representar a 40ª Esquadra do Parque das Nações, desde Setembro do ano passado, a captura deste indivíduo teve “uma ajuda muita importante por parte da população”. O facto de os moradores terem tido uma participação muita activa contribuiu de forma enérgica na investigação efectuada. Essa informação permitiu ao Subcomissário João Pestana fazer um levantamento das ocorrências registadas, em meses anteriores, permitindo chegar a conclusões acerca do modus operandi utilizado. O interesse da comunidade, os telefonemas, as participações, o contacto directo permitiram uma proximidade importante neste processo. Para João Pestana, “trata-se de uma
comunidade especial e aberta a participar” facilitando a investigação de ocorrências deste tipo, considerando, ainda, que “valeria a pena ter um cuidado especial”. Por outro lado, uns dos aspectos negativos a realçar foram alguma falta de cuidado por parte dos moradores em deixarem objectos de valor à vista dentro dos veículos e, também, a falta de segurança que revelam algumas das garagens e arrecadações alvo dos crimes. Consciente de que esta captura vem representar um passo importante para a segurança pública do Parque das Nações, alerta para a obrigatoriedade dos cuidados que os moradores devem ter: dificultar a entrada a pessoas estranhas, manter os veículos sempre fechados e sem objectos de valor no seu interior, ajustar o funcionamento das câmaras de vigilância, reforçar a segurança das portas das arrecadações e denunciar situações estranhas que ocorram, na zona, mantendo um contacto próximo e aberto com a esquadra. Passando esta fase do problema, vai ser efectuada uma tentativa de recuperação de alguns dos objectos furtados. Considerando o caso com algum sucesso, o Subcomissário, João Pestana, considera-se grato à população activa envolvida, convicto de que, sem a sua participação, não teria sido possível efectuar esta captura.
Este segundo número do ano tem um enfoque muito particular em perspectivas, olhares sobre certos momentos que fazem parte do desenvolvimento do Parque das Nações. A aposta na voz das pessoas que contribuem para o devir e amadurecimento do PN é, para nós, uma prioridade máxima. Sabemos que as cidades não são mais do que um grupo de pessoas dependendo da sua união e da intervenção no seu desenvolvimento. Cada vez mais se faz referência ao perfil activo e participativo que a Comunidade Parque tem vindo a revelar. Talvez pelo facto de se sentirem co-fundadores da cidade e estarem presentes na orientação dos seus primeiros passos. talvez por sentirem, como, por vezes, é feita referência, filhos de uma “terra de ninguém” onde a indefinição territorial ainda é uma realidade. Mas tem sido claro que este papel activo tem trazido frutos e ajudado na tentativa de ultrapassar alguns problemas que vão ferindo a possível concretização do sonho da Cidade Imaginada. Seja em questões relacionadas com a segurança (como poderemos ver nesta edição), seja pela angariação de assinaturas para a Petição da Freguesia do Oriente, seja em alguns eventos/encontros realizados em algumas zonas do PN. A Questão Freguesia continuará a ser a nota mais dominante nos próximos tempos. Considerada por muitos como vital para o desenvolvimento do Parque, encontra, agora, diferentes perspectivas evolutivas, como, mais à frente, poderão verificar. Lisboa já revelou a sua intenção de avançar com o assumir de gestão, mas o certo é que não existem sinais à vista. Por outro lado tem-se gerado alguma controvérsia partidária, a nível de Assembleia Municipal, e para atrasar esta questão estamos já com as Autárquicas em agenda e os cenários poderão ser alterados. Muita coisa está em aberto. A questão da segurança torna-se uma constante obrigatória em todas as sociedades e o PN não é excepção. O exemplo da captura do “ladrão de garagens” vem provar que se pode marcar a diferença através de uma aproximação das pessoas com as forças de segurança. Mas outros temas serão focados nesta edição que vai, mais um número, ao encontro da representação desta jovem comunidade. Não queremos mais do que revelá-la e aproximá-la, conscientes de que tal é vital para um desenvolvimento à imagem da cidade que cresce à beira-rio.
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PERSPECTIVAS
FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, André Moura; Filipa Samarra, Pedro Santos Pereira,Tiago Reis Santos, (Colaborações) António dos Santos; Gonçalo Peres, J. Wengorovius, Reinaldo Martins Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Projecto Gráfico: Tiago Fiel Colaboração: Joana Ramalho Produção: Central Park Impressão: Imprejornal Rua Ribeiro Sanches 65-1200-787 Lisboa Tiragem: 5 500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Diogo Cão nº. 1 7º Dto. 2685-198 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03 PUB
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4 | NP | ENTREVISTA
“O Poder Central deverá assumir as suas responsabilidades” Miguel F. Meneses
Que balanço é que faz destes sete anos? O balanço é positivo. Embora muitos dos dossiês dos temas, que nos preocupavam, continuem sem ter uma resposta. Como é o caso da questão territorial, dos transportes, do Centro de Saúde, da segurança. No fundo são dossiês que estavam sobre a mesa e que, hoje, lamentavelmente, continuam sem uma resposta. Embora alguns deles tenham tido uma resposta parcelar, no sentido de atenuar um pouco a situação, continuamos, em alguns aspectos, no patamar zero. Neste momento a Parque Expo é a única entidade que continua a fazer a gestão urbana deste espaço, sem ter poderes para o efeito, desde janeiro de 2000. Será que a grande razão para que estes dossiês não encontrem um fecho está no facto de não sermos uma freguesia única? Temos a consciência de que a unificação territorial e a criação da Freguesia do Oriente não são a solução para todos os nossos problemas, mas é um primeiro passo. É evidente que a unificação é importante como, por exemplo, na questão das escolas. Estão previstas duas escolas de Ensino Básico, uma para a zona norte e outra para a zona sul, e não avançaram porque, enquanto não se definir o futuro territorial deste espaço, nenhuma das autarquias vai avançar com verbas para a construção destes equipamentos, podendo deixar de pertencer à sua zona territorial. A nível de transportes, nós não
temos carreiras regulares de transportes em funcionamento, porque a DirecçãoGeral dos Transportes Terrestres inviabilizou esses licenciamentos, argumentando que parte substancial desse percurso é de rede suburbana, isto é, em Loures. Ou seja, há problemas que existem e que poderiam não existir se já tivesse sido resolvida a questão territorial do Parque das Nações. Como é que classifica o de sempenho das autarquias nesta zona? De um desinteresse absoluto. Qualquer uma delas. Estão a arrecadar receitas, desde que este projecto começou a ser posto de pé, com os licenciamentos e contribuições autárquicas (correspondentes a valores brutais) e, até ao momento, não investiram aqui um cêntimo, não assumindo as suas responsabilidades. Temos uma sociedade anónima a assumir a gestão e poderes que não pode exercer, que são da responsabilidade das autarquias. Janeiro foi marcado pela decisão de Lisboa começar a assumir a gestão da sua parcela de território no PN. Até agora, ainda não vimos nada. Por enquanto, não passa de uma mera decisão tomada em Assembleia Municipal mas, na verdade, no terreno, ainda nada aconteceu. De qualquer modo, mesmo que a CMLisboa assuma, a curto prazo, a sua responsabilidade de gestão autárquica, resta saber o que acontecerá com a CMLoures. E como é que será na utilização dos equipamentos que são utilizados numa gestão e manutenção colectiva, como é que será
ENTREVISTA | NP | 5
A Associação de Moradores e Comerciantes do Parque da Nações, AMCPN, completa praticamente sete anos de existência ao serviço do Parque das Nações. Com um olhar bem atento dedicam a sua actividade a um fiel amadurecimento da Cidade Imaginada em cidade viva. Por poucos dias não viram a sua grande causa ser concretizada pela criação da Freguesia do Oriente, situação que lhes deu ainda mais força para atingir esse objectivo. Fica a conversa com José Moreno, presidente da AMCPN. Para futuros interessados nas inscrições para sócios da AMCPN Rua Ilha dos Amores, LT. 4.39.01.C.4A Telef-966 031 230 www.amcpn.com / geral@amcpn.com
feita essa gestão sem uma estrutura que dê unidade a essa tão exigente tarefa.
cesso muito moroso e penoso, dada a sua complexidade. É bom que se tenha presente que as competências de que
feito de forma a resolver, durante algum tempo, os problemas com que nos defrontamos e criar mais
Desejava que fosse ultrapassada esta situação de terra de ninguém. Que as autarquias assumissem as suas responsabilidades e, sobretudo, o Poder Central. Este espaço é filho dele, não nos podemos esquecer que foi ele que retirou os poderes às autarquias, em 1992, quando decidiu avançar com este projecto. Portanto, o Poder Central deverá assumir as suas responsabilidades face à questão da gestão autárquica e, sobretudo, com a questão da definição do estatuto territorial deste espaço. Temos, neste momento, um governo de maioria socialista e fala-se na possibilidade de o PS vir a ganhar em Lisboa. Que análise é que faz do Partido Socialista defender que se deverá voltar a estudar a possibilidade da SGU (sociedade de Gestão Urbana) com a criação de uma gestão tripartida deste território? Bem... eu tenho alguma dificuldade em entender isso, em geral a história não anda para trás. Eu penso que a SGU é história. Foi um pro-
estamos a falar são da exclusiva responsabilidade das autarquias e que recorrem da própria constituição. Têm a ver com a tradição municipalista multicentenária do nosso país, que remonta às nossas origens. A criação da SGU, dado o seu horizonte temporal e dada a indefinição territorial desta zona, poderia fazer sentido na altura em que foi proposta. Agora, vir ressuscitar esse projecto é andar contra a história. Mas, pela nossa parte, se isso vier a acontecer e for
algumas condições para que venha, a muito curto prazo, resolvida a questão territorial com a criação da Freguesia do Oriente e sua integração no concelho de Lisboa, não iremos inviabilizar esse projecto. Que conselhos deixa para os autarcas responsáveis por este território? Os mesmos que demos desde o início: que se olhe para este espaço com o carinho e atenção que ele merece. Tendo presente as expectativas que
foram criadas para os moradores e até para o próprio país. Este projecto foi sempre apresentado como sendo de interesse nacional, em termos urbanísticos, e não se pode frustar essas expectativas. Nunca será o grande projecto de referência que se esperava. Quem tem estado a pagar este projecto têm sido os moradores. Deveria ter sido encarada a possibilidade de a Exposição Mundial ter tido custos suportados pelo Orçamento Geral do Estado e isso ainda não aconteceu até agora. É por isso que nós temos esta elevada densidade de construção, é por isso que temos um abandono na manutenção de alguns equipamentos como é o caso dos Jardins de Água, Garcia da Horta e do Parque do Tejo. Como é que caracteriza a comunidade do PN? É uma comunidade muito jovem, essencialmente média alta, que adquiriu as suas casas, na sua maioria, por recurso ao crédito bancário e com mais do que um filho em idade escolar. Muitos deles vieram para aqui com a promessa de equipamentos escolares públicos de qualidade. Não é uma comunidade abastada e rica. É uma comunidade que vive com as suas dificuldades.
Vários observadores consideram que se trata de uma comunidade bastante activa e interessada pelos os problemas da zona. Penso que sim. Porque são, na sua maioria, jovens que têm um longo futuro pela frente, sendo natural que se preocupem muito com este espaço. Nós não pagamos apenas a nossa casa, pagamos um equipamento de saúde, espaços verdes, escolas, a qualidade dos parques para as nossas crianças poderem brincar, ao fim do dia, tudo coisas que foram prometidas. Diz-se, habilmente, que, em termos médios, o PN é das zonas de Lisboa e do país com uma maior percentagem de espaços verdes, mas o facto é que se encontram, na sua maioria, no Parque do Tejo. Junto às zonas residenciais não há, praticamente, espaço para as crianças brincarem. Que desejo é que deixa para os próximos anos? Desejava que fosse ultrapassada esta situação de terra de ninguém. Que as autarquias assumissem as suas responsabilidades e, sobretudo, o Poder Central. Este espaço é filho dele, não nos podemos esquecer que foi ele que retirou os poderes às autarquias, em 1992, quando decidiu
avançar com este projecto. Portanto, o Poder Central deverá assumir as suas responsabilidades face à questão da gestão autárquica e, sobretudo, com a questão da definição do estatuto territorial deste espaço. Já no ano passado foi apresentada, na AR, a petição para a criação da Freguesia do Oriente, portanto o Poder Central tem perfeita consciência de que a resolução dos problemas desta zona passa por esta unificação territorial. E esta questão é da sua exclusiva competência. Uma mensagem para os moradores... Uma mensagem de esperança e de incentivo para que eles continuem a lutar pelos ideias que defendem, porque eles são alcançáveis. Não temos dúvidas de que vamos conseguir resolver todas estas questões que aqui foram focadas. Há é que manter o empenho que tem havido por parte da comunidade e não desanimar com os revezes que vamos, por vezes, sofrendo como sofremos, o ano passado, com a dissolução da AR e o impacto que teve na não viabilização da criação da nossa freguesia. Mas queria dizer que continuaremos disponíveis para travar estas batalhas e que não duvido que as iremos ganhar.
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A Freguesia do Oriente e Novo Ciclo Político A decisão do Senhor Presidente da República de dissolver o Parlamento inviabilizou, por decorrência da Lei n.º 51-A/93, de 9 de Julho, a votação no dia 9 de Dezembro de 2004 da parte do chamado pacote autárquico, referente à criação do novas autarquias, em que se incluía o Projecto de Lei n.º 449/IX, relativo à Freguesia do Oriente. Tal situação representou, pelo menos num curto prazo, um duro revés para os moradores e comerciantes do Parque das Nações. É que a criação da nossa freguesia - a Freguesia do Oriente -, não sendo a panaceia para todos os problemas do Parque das Nações, será, seguramente, uma alavanca decisiva para a resolução de muitos deles. Com efeito, sendo, essencialmente, uma criação do Poder Central, este, encerrada que foi a Expo’98 e distribuídas as habituais medalhas e condecorações pelos responsáveis directos pela gestação e montagem da mesma - não discutimos o eventual merecimento das mesmas pelos galardoados -, esqueceu, por completo, o projecto urbano que lhe estava associado e correspondentes compromissos que havia assumido perante o país, de fazer desta Zona um espaço de elevado nível, que serviria de âncora para a requalificação urbana de outras cidades e vilas de Portugal. Desde então, a preocupação, única, do Poder Central, tem sido a de garantir que o projecto urbano suporte na integralidade os custos da Exposição, viabilizando todas as medidas e atropelos que têm sido cometidas ao Plano de Urbanização inicial. Daí, que nada tenha feito para construir os equipamentos de serviço público que são da sua responsabilidade, nomeadamente, escolas e centro de saúde. Por outro lado, tem permitido, em violação clara de princípios fundamentais plasmados ou decorrentes da própria
Constituição, nomeadamente o da organização municipalista do nosso território, que uma sociedade anónima - a Parque Expo - e sem cobertura legal, esteja a fazer a gestão urbana do Parque das Nações, desde o dia 1 de Janeiro de 2000! Quanto ao Poder Local, além de ter inviabilizado uma gestão unificada através da SGU - Sociedade de Gestão Urbana, já depois desta empresa estar constituída, continua na sui generis e única situação do país consubstanciada em arrecadar receitas autárquicas emergentes deste espaço, mas sem gastar aqui um cêntimo que seja dessas receitas.Também aqui o rei vai nu. Pode, mesmo, afirmarse, que a única intervenção de algumas das autarquias se traduziu na marcação do território, pela colocação de placas informativas aos transeuntes de que estão na freguesia de Moscavide ou de Sacavém. Daí que a apresentação do Projecto de Lei n.º 449/IX, relativo à criação da Freguesia do Oriente, pelos Grupos Parlamentares do PSD e do PP, representasse uma esperança para os moradores e comerciantes do Parque das Nações, verem, finalmente, criadas as condições para pôr termo à gestão ilegal e ao lamentável estado de abandono e degradação a que esta zona tem estado votada, dando-se, assim, corpo a uma sua pretensão justíssima. A realização das eleições no dia 20 de Fevereiro passado e consequente início duma nova legislatura, veio centrar de novo o debate acerca dos vários problemas dos moradores e comerciantes do Parque das Nações em torno da necessidade de definição urgente do estatuto administrativo deste território, que passa, em nosso entender, pela criação da Freguesia do Oriente. É, pois, com expectativa e esperança que se aguarda por um sinal
positivo dos vários grupos parlamentares. Espera-se, sobretudo, que aqueles que na última legislatura se mostraram indisponíveis para apoiar o Projecto de Lei n.º 449/IX, revejam as suas posições e entendam a justeza da nossa pretensão. Da nossa parte, expressamos, desde já, toda a disponibilidade para, num diálogo franco com todos, de forma descomplexada, se aprofundar a discussão deste tema. Aos grupos parlamentares que na legislativa passada responderam ao nosso apelo, aceitando subscrever o Projecto de Lei 449/IX diremos que esperamos contar com o seu apoio. Dos moradores e comerciantes do Parque das Nações, espera-se o contributo e o apoio esmagador, com o qual a Associação sempre tem contado, para as iniciativas que iremos desencadear para o relançamento da discussão deste nosso projecto de criação da Freguesia do Oriente. Da parte da AMCPN fica a garantia de que, tal como no passado recente, não nos pouparemos a esforços para alcançar, finalmente, nesta legislatura, o nosso desiderato - a criação da Freguesia do Oriente! A Direcção da AMCPN
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OPINIÃO | NP | 7
Por: António Rosinha Fui solicitado para escrever para o “Notícias do Parque” de forma regular, sobre um assunto à minha escolha. Muito me honra esse convite; isso mesmo o disse a Miguel Menezes quando o fez e aceitei. Já há tempos escrevi para o Notícias do Parque respondendo concretamente a questões colocadas pelo seu Director. Combinámos que talvez pudesse escrever sobre um ou mais assuntos em cada artigo, parte relacionados com a zona onde vivemos ou com as pessoas que nela habitam ou trabalham, ou dela usufruem. Não sabendo porque razão o Miguel me havia feito tal desafio, aventei a hipótese de ser por pertencer ao 1º grupo de investidores
privados da Expo Urbe, cujo edifício tem o número 0001 da Parque Expo. Comecei a identificar-me como já se compreendeu. Nasci em Angola, onde casei. Fui conhecendo as gentes e o território à medida que crescia e viajava. Lá vivi 25 anos, em Luanda e no Lobito e tirei o curso de Engenharia Civil, na Faculdade de Engenharia da Universidade de Luanda. Vivo em Lisboa desde finais de 1975. Tanto em Luanda como em Lisboa estive ligado ao ensino superior. Há cerca de 18 anos fiz uma pós-graduação em gestão no IESE, entretanto AESE - Associação de Estudos Superiores de Empresa. Interessei-me pela zona oriental da cidade de Lisboa assim que a vi e percebi. A imensa extensão de água no estuário do Tejo foi determinante na decisão que tomámos de
O Choque e a Esperança A esperança é a essência da vida de todos nós. Seja relativamente ao presente, seja relativamente a um futuro próximo ou longínquo. Pode referir-se a algo de concreto ou a um princípio teórico. Por outro lado, pode relacionar-se com nós próprios ou com aqueles que nos rodeiam. Pode ainda orientar-se para grupos restritos ou mesmo direccionar-se a grandes conjuntos de pessoas indiferenciadas. Pode também desenvolver-se de forma empírica e programática ou estar enraizada em convicções, religiosas ou não. É inata na sua génese mas desenvolve-se, educa-se e cultiva-se. Passa a ser um sinal individual que nos distingue e caracteriza o temperamento. Quanto maior é a nossa esperança, mais vontade temos de a propagar, expandi-la em nós e nos outros. Queremos que todos partilhem a nossa esperança e que a façam crescer dentro de cada um. Diária e sistematicamente, somos confrontados com atitudes e ideias que definem o nível, a qualidade e a característica da esperança de quem as toma ou apresenta. Não é apenas a personalidade que se nota, mas são também as causas ideológicas, as doutrinas, a formação e os projectos dessas pessoas. É a dimensão do carácter individual. Distinção que em si própria encerra mais um aspecto qualitativo do que quantitativo. O altruísmo e o amor ao próximo são os aspectos que mais admiro em alguém. Sobretudo se forem consistentes e persistentes ao ponto de se tornarem indiscutíveis. Quantas vezes ouvimos apelidar alguém de totó, tolo, aparvalhado ou algo semelhante, a propósito de um procedimento ou opinião não egoísta nem egocentrista. Que grande satisfação nos assiste, por outro lado, quando verificamos unanimidade na apreciação de alguém que demonstrou uma prática de continuada e incansável abnegação exaustiva.
aqui viver, com um grupo de amigos, quando em 1994 se constituiu a Expo Urbe. Estou agora ligado ao sector dos transportes como administrador da CP e à gestão desportiva como presidente do Ginásio Clube Português. Sou piloto de aviões e patrão de costa e interesso-me por desportos que impliquem algum risco. Gosto de vela, mas também fiz ski aquático e desportos motorizados. Ainda pratico windsurf e kitesurf e, de vez em quando, vou para os lados do Alasca fazer snowboard em helicópteros. O meu artigo de hoje centra-se num só assunto. Aquele que me domina inteiramente no dia em que o escrevo; que me induz falta de capacidade para transmitir tudo o que me vai na alma; que me impede de o fazer da forma e com a arte que o assunto merece.
espécie de medo impróprio. Dou conta de uma sensação de falta e de vazio que nunca antes experimentei e que não entendo. Parecem-me ondas em que, tão rapidamente me sinto sovado física e intelectualmente, como calmo e em paz. Convicta e racionalmente, sei que Karol Wojtyla está na plenitude em Deus. Por isso mesmo não percebo este entorpecimento e as sensações que se opõem e que se misturam com um inesperado receio, na sequência de um desenlace anunciado e esperado. Sei, por experiência própria, que a vida retoma o seu ritmo. Assim será de amanhã em diante, como o foi noutras circunstâncias conturbadas. É verdade. Os próximos dias trarão consciência das urgências do quotidiano e farão com que este texto seja datado indubitavelmente de hoje, dia 3 de Abril. No entanto, nunca mais experimentaremos uma vivência como a daqueles dias em que nos julgámos realmente próximos de um homem único, como o Santo Padre agora falecido. Uma experiência inigualável. Na História, na Evolução, na Humanidade. Assistirmos de perto, todos nós, às mudanças mais surpreendentes, às revelações mais imprevistas. O conhecimento que dele fomos tendo não foi capaz de desfazer o inesperado. De entre a infinidade de ensinamentos que nos foi legando, sublinho particularmente dois. O de maior impacto para o Mundo penso ter sido o seu esforço continuado de aproximação ecuménica, reconhecido com admiração e sincera gratidão por toda a humanidade. Tal empreendimento, no âmbito da sua personalidade e incessante intervenção, encaminhou Sua Santidade para uma liderança mundial que não se limitou ao espaço religioso. Por outro lado, aquele que me causou uma impressão mais profunda, assim como a outras tantas pessoas, estou seguro, foi o exemplo do verdadeiro perdão. Não só o seu significado e o sentido lógico que implica dentro do espírito católico; também a forma de articular dentro de si próprio, um perdão activo, genuíno, natural e imediato (como em Fátima em 1982), com uma série de tomadas de posição fortes e difíceis, relacionadas com a essência do seu pensamento. O perdão sincero, necessariamente sentido interiormente mas totalmente ausente de tibiezas, é, para mim próprio, um dos processos mais intrincados e penosos que experimentei. A comemoração do segundo milénio foi coordenada por um homem radical que se revelou um sábio na verdadeira acepção da palavra. Sorte nossa. Desígnio divino na opinião do próprio. Ambas as coisas seguramente. João Paulo II não foi apenas a figura mais destacada do século XX, na opinião dos católicos, de outros crentes e de não crentes, no que se refere à luta pela paz e à defesa dos mais pobres e oprimidos. Se há homens bons, ele foi o Homem Bom do nosso tempo.
O sacrifício e a generosidade revelam-se, assim, como justificados, na nossa vida e nas nossas acções, se disso houvesse dúvidas. Por pequena que seja a nossa dedicação ao próximo, ficamos com a certeza que gotas milimétricas aparentemente sem importância, valem sempre a pena; fazem parte de um todo, enchem um vaso, avolumam-se. Uma ínfima acção por parte de alguém pode, por vezes, para outros, significar a grandiosidade de um plano, uma satisfação sem limites ou, até, uma revelação definitiva. Por tudo quanto nos revelou João Paulo II ao longo da sua vida, a morte de Sua Santidade foi um choque. Não consigo expressar-me com exactidão, talvez porque escrevo este texto no dia a seguir ao seu falecimento e estou sob o efeito de algo inexplicável. Uma dicotomia de sentimentos surpreende-me com uma certa cadência, o que me causa um singular desconforto e uma
Há os que apelidam este Santo Peregrino de João Paulo II, o Grande. Eu prefiro uma expressão talvez mais simples mas que se relaciona mais comigo próprio. Tenho 55 anos e, portanto de jovem nada tenho. No entanto, aquilo que mais me motiva são as novas gerações, os jovens. Gostaria que a mensagem de João Paulo II fosse sendo passada aos jovens com o mesmo entusiasmo, força e amor pelo próximo com que ele o fez. Nunca esquecerei de o fazer na minha pequeníssima contribuição para esse objectivo. Por isso, realmente, prefiro lembrar-me de João Paulo II como, O Testemunho da Esperança.
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A I N DA A F R E G U E S I A D O
A idealização e concepção da EXPO’98 assumiu-se incontornavelmente como um projecto estratégico potenciado para ser a maior operação de recuperação e requalificação urbana e ambiental alguma vez realizada em Portugal. O objectivo do projecto global da EXPO`98 foi amplamente conquistado. Os seus frutos com-
põem e evidenciam hoje o denominado “Parque das Nações”, zona urbana de eleição, sem termo de comparação disponível no território nacional. O projecto singular de regeneração urbana implementado na Zona de Intervenção da EXPO`98 permitiu criar uma estrutura organizativa e económico-financeira sem paralelo, dele beneficiando directa e indirectamente o Estado Português, os municípios de Lisboa e Loures e, objectivamente, como corolário do próprio ideal subjacente à Exposição, todos quantos são acolhidos neste pedaço de cidade em expansão. Dentro das principais preocupações dos urbanistas responsáveis pelo moldar dos princípios inerentes à EXPO`98, e pela sua posterior concretização, revelou-se determinante procurar desde cedo revalorizar a relação da cidade com o Rio Tejo, recuperar o ambiente e a paisagem, enfim, reconverter a deficiente utilização - mesmo atentatória - que vinha sendo dada a esta faixa de território no período pré-Exposição, permitindo desta forma recuperar e valorizar uma área anteriormente destituída de qualquer valor, devolvendo-a à população e à cidade. Delineadas as preocupações objectivas com a requalificação urbana e ambiental da Zona da
Intervenção da EXPO`98, procurou-se desde cedo assegurar a integração deste espaço na malha urbana contígua, já existente, constituindo-se uma nova centralidade de elevada qualidade urbana na Área Metropolitana de Lisboa. A realização do projecto urbanístico subsequente à EXPO`98 encontra-se praticamente concluído. Contudo, a crescente população que tem vindo a escolher o Parque das Nações, para aqui fixar a sua residência, sente hoje a necessidade de uma evolução deste território para um plano jurídico-administrativo condicente com a realidade geográfica, demográfica, económica, social e cultural actualmente existente. Em causa está a criação da pretendida “Freguesia do Oriente”, a qual, pelo menos em termos meramente administrativos, pretenderia corresponder a alguns dos anseios frequentemente manifestados pelos habitantes do Parque das Nações. A área correspondente ao actual Parque das Nações continua submetida ao mesmo regime de divisão administrativa existente no período anterior à EXPO`98, repartida entre os municípios territorialmente competentes nesta zona: Lisboa (freguesia de Santa Maria dos Olivais) e Loures (freguesias de
Moscavide e Sacavém). Com o esforço significativo das entidades que directamente contribuíram para o projecto EXPO`98, longe vai o tempo em que esta faixa de território era maioritariamente referenciada como arrabalde de indústrias perigosas, de depósito de resíduos e de alojamentos de génese ilegal. A extensa zona ribeirinha das freguesias de Santa Maria dos Olivais, Moscavide e Sacavém era frequentemente sinónimo de insegurança, degradação e verdadeiro atentado ao ambiente com o seu expoente máximo num poluído Trancão e num Tejo aqui votado ao esquecimento. É no quadro desta vetusta divisão administrativa que as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures prolongaram, durante vários anos e até à fase de implantação da Expo`98, a sua total incapacidade para suster o ambiente generalizado de desordenamento e deterioração crescente nesta área. O Projecto de Lei 449/IX, subscrito por deputados dos grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP, procedeu a uma apresentação detalhada e fundamentada para a criação da nova freguesia, em cumprimento, aliás, dos requisitos legalmente exigidos nesta matéria, ainda que certos aspectos carecessem manifestamente de reformulação ou adequação.
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ORIENTE Em causa está a criação da pretendida “Freguesia do Oriente”, a qual, pelo menos em termos meramente administrativos, pretenderia corresponder a alguns dos anseios frequentemente manifestados pelos habitantes. O referido Projecto de Lei baixou em 26 de Maio de 2004 à Comissão de Poder Local, Ordenamento do Território e Ambiente, para aí ser analisado nos termos legais. O espírito da iniciativa - tão controverso quanto os primeiros desejos publicamente manifestados por residentes do Parque das Nações ou mesmo por defensores de uma profunda e alargada revisão administrativa para a cidade de Lisboa e que acompanhamos integralmente - mereceu desde cedo a pública discordância de alguns sectores dos poderes autárquicos envolvidos.
Face a esta situação, não deixa de ser curiosa a atenção dos municípios de Lisboa e Loures quanto a esta zona, antes e depois da Expo`98, particularmente atentas as receitas em taxas e impostos desde então recolhidas e em sentido crescente, tantas vezes à custa do próprio sacrifício financeiro de quem, perante o afastamento dos respectivos municípios, assumiu e suportou o conjunto de responsabilidades inerentes a esta área. No caso particular de Loures, não se afigura despiciente à análise da criação de uma nova freguesia, por destaque de parte do seu território, o facto de aquele município recuperar ainda da cisão que sofreu com a criação do concelho de Odivelas. Com efeito, menor área e menor número de residentes e de infraestruturas significam directamente menos receitas municipais e o Projecto de Lei em referência encontra-se gizado para proceder à integração do Parque das Nações (ou “Freguesia do Oriente”) como a 54ª freguesia do concelho de Lisboa... Encontrando-se o Projecto de Lei em fase de análise e discussão em sede da referida Comissão Parlamentar, na sequência dos procedimentos previstos pela Lei 8/93, a própria Assembleia Municipal de Lisboa aprovou em 2 de Novembro de 2004 um parecer desfavorável à criação da Freguesia do Oriente, fundamen-
tando a sua decisão, nomeadamente, no reduzido número de eleitores inscritos na freguesia de Santa Maria dos Olivais. A eventualmente contraditória e diminuta fundamentação, de facto e de direito, manifestada pela Assembleia Municipal de Lisboa no parecer que entendeu aprovar, revela desde logo uma incontornável preocupação exclusivamente política e manifestamente contrária à vontade publicamente demonstrada pela população beneficiária da criação da nova freguesia. E revela também a incompreensível contradição que ao texto da Lei 8/93 se aponta quando refere que a vontade das populações abrangidas se expressa através do parecer dos órgãos deliberativos e executivos dos municípios e freguesias envolvidos. Quem, com razoabilidade, se encontrará disponível para amputar o território da sua freguesia ou do seu concelho em cumprimento de algo que se manifesta como uma aspiração de um determinado conjunto de cidadãos para um determinado local? Quem, desde logo, pode assumir directamente a defesa da criação de uma nova freguesia? A resposta fica dada pelo carácter não-vinculativo de tais pareceres e pela vontade dos cidadãos que podem, ou não, cativar a necessária atenção do poder legislativo. A Assembleia da República entendeu admitir e desencadear os procedimentos formais de apre-
ciação daquela vontade, expressa e materializada pela iniciativa de um grupo de deputados que interpretou o desejo da população do Parque das Nações de constituir uma autarquia local (ainda que necessariamente inserida nos limites e poderes de determinado concelho), procurando assim pôr termo às assimetrias administrativas, legais e tributárias actualmente existentes num mesmo território dividido entre dois concelhos vizinhos. Em 22 de Dezembro de 2004, esta e outras iniciativas legislativas caducaram automaticamente com a dissolução formal da Assembleia da República, promovida pelo Presidente da República no cumprimento dos poderes que lhe são constitucionalmente conferidos. Em termos práticos, a iniciativa formal para a constituição da “Freguesia do Oriente” retrocedeu ao seu ponto de partida. Impõe-se agora aguardar com a necessária serenidade a tramitação que, em sede da nova legislatura, se entenda dar à vontade já demonstrada pelos residentes do Parque das Nações, sendo preferencial que se promova e alcance, previamente, um entendimento mais alargado, verdadeiramente consciente dos benefícios da criação de uma nova freguesia. Nuno Pais Costa
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