Edição 23

Page 1

Distribuição gratuita PUB

www.era.pt/expo A N O I I I - N R . 2 3 - B I M E S T R A L - M A I O 05 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E SES

V E R D E S ZONAS VERDES ENTREVISTA COM: RIBEIRO DE ALMEIDA POLVO ......MISTÉRIO DE OITO BRAÇOS PARQUE EXPO .....RELATÓRIO E CONTAS PUB

VIDA SAUDÁVEL DENTES SÃOS!

Av. do Mediterrâneo Lote 1.01.2.3A Parque das Nações Tel.: 218 922 370 / Telem.:968 495 410

Europneus - Comércio de Automóveis, Lda.

Pneus :: Jantes :: Alinhamento :: Equilibragem

PREPARE O VERÃO LEVE O SEU CARRO A BOM PORTO Rua João Pinto Ribeiro, 97 - A (Junto à Estrada de Moscavide) Tel.218 517 759 www.europneus.pt


A ORIENTE 10| NP | OPINIÃO

Por: António Barroso Andrade AMCPN, Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações

Queremos respirar o nosso próprio ar e não a atmosfera que as freguesias vizinhas Quais as razões que considera mais importantes para a criação da Freguesia do Oriente? Há razões muito importantes para que se defenda a criação da Freguesia do Oriente e razões menos importantes, mas também consistentes para tal propósito. De entre as primeiras, destaco: a necessidade de todos os residentes no Parque das Nações terem uma identidade própria e ela só é alcançada se tivermos uma residência com a dignidade dos restantes cidadãos, isto é, nos nossos documentos, nos nossos papeis, quer identificativos, quer sociais, demonstrarmos que vivemos em zona autónoma, que não carecemos de recorrer a centros de decisão que se situam fora do nosso horizonte social, pessoas que não conhecemos, mas de quem dependemos e que moram nas Freguesias dos Olivais, de Moscavide, de Sacavém e nós moramos onde? Nos subúrbios destas freguesias?

nos possam ceder; queremos ser nós próprios, ter a nossa identidade

Queremos ser nós próprios a decidir, a beneficiar das enormes receitas advindas dos licenciamentos e contribuições autárquicas, resultantes do projecto em curso, do desenvolvimento do Parque das Nações. Quando este projecto foi criado e começou a ser executado, não pressupunha urbanizações de arredores de freguesias já existentes. Claro que a não criação da freguesia também condiciona o investimento comercial, com todos os inconvenientes que daí advêm. A não existência de freguesia autónoma, também condiciona o desenvolvimento de convívio social, tradicionalmente, próprio de unidades urbanas autónomas, já que a influência sobre os mesmos advém, necessariamente, da centralidade do poder. Se estamos agora a nascer e em pleno desenvolvimento, sejamo-lo em plenitude. Somos uma comunidade evoluída, de nível cultural e social elevado em todos os aspectos, portanto exigimos que não sobreponham o populismo político a razões óbvias de carácter social. Com seis anos como morador do Parque das Nações, como é que classifica a evolução desta comunidade? Quanto à sua segunda questão: a comunidade tem evoluído normalmente. Começou com percentagem elevada de jovens casais, mas também foi importante a nível de famílias já radicadas noutras zonas da cidade de Lisboa, cuja capacidade económica permitiu a transferência para esta área.

Uns e outros coabitam bem e permitem que o desenvolvimento local se faça sem perturbações. Os mais novos estão, hoje, mais maduros, mais aproveitados na sua capacidade de trabalho, experiência profissional e elevado nível cultural: a freguesia pode contar com eles. Os mais velhos mantêm o tradicional desenvolvimento consentâneo com a sua classe social, elevado nível profissional e cultural: a freguesia pode contar com eles. Qual considera ser o argumento mais forte para convencer quem tem capacidade para tornar o Parque das Nações freguesia única? No que concerne à terceira questão: todos os argumentos expostos, mais o realce que tem de ser dado pela constatação da força que cada vez temos mais. Já somos muitos e cada vez seremos mais, pelo que queremos respirar o nosso próprio ar e não a atmosfera que as freguesias vizinhas nos possam ceder; queremos ser nós próprios, ter a nossa identidade, ter nos nossos documentos a identificação da zona onde realmente vivemos, pelo que gostaríamos de lembrar aos poderes central e autárquico limítrofes que têm de olhar para nós com o respeito que nos é devido. Queremos todos pertencer a uma única freguesia - a Freguesia do Oriente - e os poderes constituídos têm de aceitar esse facto.



12| NP | OPINIÃO

O Sentimento de (in)Segurança A segurança é, indubitavelmente, um bem de primeira necessidade cujo sucesso se encontra dependente de toda uma conjuntura social, política, económica e cívica. Não obstante existirem ainda algumas interpretações, perfeitamente ultrapassadas, que atribuem como causalidade directa do registo de criminalidade, o insuficiente policiamento, é certo que numa sociedade global já não é aceitável que se analise uma temática tão complexa com tamanho grau de leveza. Algo que actualmente se encontra perfeitamente consagrado é a justa constatação de que concorrem para a segurança de uma sociedade inúmeras instituições, cada qual na sua vertente. Assim sendo, temos o papel do poder político ao legislar sobre as diversas matérias, definindo o que é ou não proibido, bem como os meios para o cumprimento dos diplomas legais por si emanados, as diversas polícias na prevenção e repressão de condutas ilícitas e os tribunais no juízo específico de cada ocorrência e, se aplicável, na definição de uma pena concreta. No entanto, a vertente tradicional polícia-tribunal-prisão, não é a guardiã da resolução das incivilidades, na medida em que estas possuem géneses diversificadas. Desde o mau enquadramento familiar na transmissão de valores a um jovem, ao papel demissionário das escolas na construção de quadros de conduta, a dificuldades de enraizamento social de um cidadão estrangeiro em território nacional, à parca intervenção das instâncias de assistência/reinserção social, ao papel educativo e informativo dos órgãos de comunicação social na transmissão das reais causas de falta de civismo, enfim, tantas quantas a heterogeneidade dos comportamentos. É certo que a existência de um uniforme policial visível nas

ruas deste país, imprime um efeito psicológico de tender a responsabilizar a quem nos é mais acessível, os problemas que nos afectam no dia-a dia, mesmo quando não o são do foro policial. Mas não é menos verdade que a preparação de base de um elemento policial deve contemplar a capacidade de saber ouvir e canalizar o que for relevante, fazendo chegar a quem de direito, quando exequível, o que não se encontrar dentro do seu quadro de competências. Mesmo numa área com elevados padrões de qualidade, como é exemplo o Parque das Nações, há sempre uma forte susceptibilidade de ocorrerem factos criminais de menor ou maior gravidade, fruto da sua elevada população flutuante, da existência de inúmeros espaços de lazer e da grande frequência de eventos que chama a si o mais variado leque de público. É sempre de lamentar que estes factores possam perturbar a população residente nesta área, como sucedeu em finais do mês de Março, numa agressão com esfaqueamento de um jovem, nos Jardins da Expo, junto ao Parque Infantil, tendo o móbil do crime sido o perpectuar de um roubo. O lado emocional que envolve uma ocorrência deste género, seja pela dor de toda uma família, ao sentimento de insegurança que o conhecimento generalizado de uma ocorrência deste género acarreta, exige um especial cuidado na análise desta temática. A 2ª Divisão da PSP e, em particular a Esquadra da área, encontram-se atentos a estes fenómenos, através de um esforço constante de pesquisa in loco, bem como através da análise de dados estatísticos, o que nos permite fundamentar todos os comentários e posições tomadas em cada circunstância. Com frequência são adaptadas novas formas de policiamento,

Explicações e Formação

o teu teu sucesso sucesso o a nossa nossa missão... missão... éé a Explicaçõespara ensinobásico, secundárioe superior Sala de Estudocom Internete materialdidáctico Orientaçãovocacionale apoio psicopedagógico individual Curso de espanhol Traduçõese processamentode texto

s exame a r a p ção repara p e d s sivo s inten no s Curso s9.º e 12.º A oslivre p m i a e t n ode nacio cupaçã o e d s dade Activi ias nas fér Rua de Moscavide, Lote 04.53.02E Loja 18 / Colmeia V 1990-162 LISBOA Parque das Nações (zona norte) www.asdesaber.no.sapo.pt e-mail:asdesaber@sapo.pt tel 218963068 telm:96 975 47 63

A Expojornal disponibiliza serviços de:

REPROGRAFIA ENCADERNAÇÃO PLASTIFICAÇÃO REVISTAS JORNAIS ARTIGOS DE PAPELARIA POSTAIS TABACARIA

Tel.: 218 945 098 Fax: 218945100 expojornal@sapo.pt Estamos na Av. D.JOÃO II LT.4.53.01 . Loja-1 Em frente do IPJ e a 150m da E.E. ARTUR RAVARRA


OPINIÃO | NP |13

O problema não se centra na falta de polícia na rua, como o prova o rácio europeu do número de polícias por cada 1000 pessoas, sendo Portugal um dos países que possui uma das taxas mais elevadas. Centralizar-se-á muito mais nos factores que inicialmente abordei. consoante os delitos verificados e o local de incidência, sendo disso exemplo uma aposta, sempre que necessário, na existência de policiamento através de elementos “à civil” na detecção do flagrante delito associado à pequena criminalidade. O problema não se centra na falta de polícia na rua, como o prova o rácio europeu do número de polícias por cada 1000 pessoas, sendo Portugal um dos países que possui uma das taxas mais elevadas. Centralizar-se-á muito mais nos factores que inicialmente abordei. Outro tema que actualmente se encontra na ribalta, prende-se com os benefícios/necessidades da vídeo-vigilância, seja na via pública, seja no domínio privado. Tendo em consideração que as sociedades evoluíram de uma forma extremamente acelerada, em todos os campos, nas últimas duas décadas, tais mutações repercutiram-se na esfera criminal com o aparecimento de novos modus operandi, tendo muitas das vezes como base o uso de meios tecnológicos. Não obstante a temática da videovigilância ser uma área recente e pouco explorada no seu estudo em Portugal, contrastando com o exemplo principal e preponderante do caso britânico, como meio de obtenção de provas e de dissuasão da criminalidade, é indiscutível a constatação dos seus benefícios, desde que asseguradas as sábias palavras do jurista Prof. Dr. Germano Marques da Silva - “num sistema onde se estão a

aprofundar os direitos fundamentais da liberdade, as restrições têm de ser limitadas ao mínimo indispensável, para se poder conciliar o aprofundamento das liberdades individuais com a segurança colectiva. Mas, não podemos nunca tender para uma segurança absoluta, uma segurança que fosse determinada por uma vigilância tão apertada, porque é desnecessário”. Em termos da sua utilização em locais de domínio público de utilização comum, não é permitido em Portugal, salvo no único caso em que o sistema já fora utilizado com uma finalidade específica (Expo 98) e ainda actualmente em uso. Tal proibição deve-se à existência de princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana, materializada em direitos de personalidade, como o Direito à Imagem e à Privacidade. No entanto, no Direito português não existe qualquer tipo de norma que regule a videovigilância em espaços públicos, mas sim regulamentos no âmbito da sua utilização no domínio privado (como são o caso da sua utilização no âmbito do desporto, dos jogos de fortuna ou azar, nas instituições de crédito, na segurança privada, etc), obrigando assim o recurso à Lei Geral. Conclui-se daqui que a videovigilância é legal quando aplicada a espaços privados, desde que dentro dos normativos legais, sendo de referir que os dados por ela obtidos apenas servem para formar a convicção do juiz, não servindo as imagens como meio de prova, pelo facto da nossa legislação assim não o permitir.

Na ponderação das suas vantagens, temos a redução do crime, a identificação de suspeitos, o aumento da segurança das pessoas, o auxílio na descoberta da verdade nos processos criminais e o aumento do receio dos criminosos na sua detecção. Como em tudo na vida, não existem apenas vantagens, sendo de destacar como principais aspectos negativos o seu uso para além dos limites legais estabelecidos violando-se direitos fundamentais, o custo de aquisição e manutenção do equipamento, bem como o despoletar de novos tipos de crime. Contudo, este meio electrónico de controlo é, sem dúvida, extremamente eficaz sendo aconselhável o seu investimento, pois, a segurança não tem preço. O COMANDANTE DA DIVISÃO Francisco José Soares da Costa Ramos Comissário

conservação conservação ee restauro restauro de de obras obras de de arte, arte, Lda. Lda.

Alam. dos Oceanos lote 2.06.05 loja H Parque das Nações 1990 - 225 Lisboa tel. 218 967 033/4 fax. 218 967 035

Curso de iniciação ao douramento; Workshops de conservação e restauro de pintura, escultura e talha Todos os cursos têm início no dia 15 de cada mês, a partir de Janeiro de 2005, com a duração de duas semanas consecutivas, 3 horas diárias. INFORMAÇÕES: Parque das Nações, Rua do Pólo Sul, Edif. VITAGUS, Loja 1.01.2.2C, Lisboa 966454293 Giovanna Dré 932077766 Ana Maria Godinho e-mail : anamgodinho@hotmail.com

Horário de funcionamento:

De Segunda a Sexta: das 9h às 21h Sábado: das 9h às 19h Não encerramos para almoço


14| NP | OPINIÃO

A CAMINHO DO OCIDENTE E para isto não cremos que o Estado Português necessite de continuar a desbaratar capitais públicos com a criação de unidades de missão, grupos de estudo ou novas entidades empresariais, quando detém já um instrumento privilegiado e com provas dadas para a prossecução dessa missão. Consolidado o mega-projecto urbanístico do Parque das Nações, o futuro próximo e o rumo a percorrer apresentam-se agora a Ocidente. Assim haja vontade e coragem política para isso. Na sequência do processo de selecção desencadeado pelo team suíço Alinghi, Portugal apresentou em 2003 a sua candidatura à realização da 31ª edição da America`s Cup. Em Outubro do mesmo ano, o Governo manifestava uma aconselhada contenção nos ânimos internos que pretendiam dar como garantida a realização da America`s Cup em Lisboa - Cascais. A resolução do Conselho de Ministros (RCM) nº 162/2003, de 20/10, encarava afinal a organização de tal iniciativa como uma oportunidade fundamental para se proceder à requalificação urbana da principal área de intervenção prevista para o evento, a qual se localizaria na zona de Pedrouços - Dafundo, independentemente do sucesso da candidatura lusa. Por tal razão, considerou então o Governo como essencial “promover, sem prejuízo da intervenção dos municípios interessados, a reconversão urbanística da área de domínio público situada entre Pedrouços e Dafundo sob jurisdição da Administração do Porto de Lisboa”. Indo mais além, o legislador da referida RCM entendeu ainda caracterizar a zona de Pedrouços/Dafundo como “...uma área desligada da cidade, constituindo uma zona de transição entre o tecido urbano e o rio.” A consequência directa e imediata das intenções subjacentes à candidatura de Lisboa - Cascais verificou-se, então, com a declaração formal do interesse público da reconversão e requalificação urbanística da área de domínio público situada entre Pedrouços e Dafundo, tendo o Governo, para o efeito, procedido em conformidade à extinção de todos os direitos de uso privativo que sobre aquele espaço impendiam. Tal decisão abrangeu, de uma forma publicamente conhecida, a desactivação das instalações ali existentes da Docapesca, com salvaguarda dos inerentes encargos, antítese, aliás, de vários outros casos - não tão conhecidos - respeitantes a diversas outras empresas ali sediadas que viram, assim, decretado sem recurso o prelúdio do seu fim. Sob a capa da candidatura portuguesa, procurou-se então promover apressadamente um modelo de desocupação da área pretendida, não se atendendo, sobretudo, às especificidades daquele local no que concerne à sua ocupação pelo sector industrial e comercial, facto que impôs consequentemente e de forma irreversível a perda de diversos postos de trabalho naquela zona.

E, contudo, a 32ª Edição da America`s Cup acabou por ficar em Valência. O desígnio nacional pretendido impor à organização daquele evento importou uma comparação com a realização da EXPO`98 ou do próprio Europeu de Futebol de 2004, necessariamente frustrado pela não realização em Portugal, não obstante todas as precipitações governamentais nesta matéria. Assim sendo, o então Ministro Arnaut logo se perfilou para afirmar que “a reconversão urbanística da zona da Docapesca vai continuar, como de resto sempre afirmámos. Se é certo que a America’s Cup constituiu um estímulo adicional, também, é verdade que não podemos perder este impulso de reconversão urbana”. Porém, desaparecido o “desígnio nacional” subjacente à America`s Cup, o Governo manifestou que o projecto de requalificação da malha urbana entre a Torre de Belém e Algés teria de ser redimensionado em conjunto entre as entidades envolvidas, i.e, o Governo e as câmaras municipais de Lisboa e Oeiras que, assim, partiriam praticamente do zero. Na sequência da necessidade de redefinição do projecto urbanístico a prosseguir, os Vereadores do PS na Câmara Municipal de Lisboa apresentaram em Novembro de 2003 uma moção que defendia a “realização de um concurso público internacional para realização de um Plano de Urbanização, que apele à participação dos mais destacados arquitectos e urbanistas e que seja objecto de um amplo debate público e pondere a situação das actividades económicas e científicas ali localizadas.” O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa congratulou-se com o teor daquela moção, aprovada por unanimidade, e manifestou publicamente o seu alívio por Portugal não ter ganho, desabafando: “deixámos de ter uma dor de cabeça”... Segundo Santana Lopes, o projecto deveria então avançar sob a alçada da Câmara de Lisboa, seguindo as regras do Plano Director Municipal em articulação com o Governo. Salvo melhor entendimento, afigura-se aqui uma intenção em se olvidar, aparentemente, a intervenção do Município de Oeiras e, muito provavelmente, o definido em tempo oportuno pelo PROTAML - Plano Regional de Ordenamento do Território da Área Metropolitana de Lisboa. Santana Lopes considerava ainda, em finais de 2003, que a área do projecto inerente à requalificação ora pretendida não se podia confundir com a EXPO’98, a qual “era uma zona morta da cidade. Na zona em questão vivem pessoas”.

do extenso programa de realojamentos essencial no âmbito da realização da EXPO`98.

Entendemos divergir da posição do Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que também não cuidou em se informar

Nuno Pais Costa Parque Expo

Com efeito, correctamente considerada a necessidade da requalificação urbanística da frente ribeirinha ocidental, entendemos que a mesma não poderá deixar de ser promovida, mutatis mutandis, à semelhança da notável transformação operada na zona oriental de Lisboa. Poder-se-á assim aproveitar para evitar alguns dos aspectos menos positivos identificados com a experiência adquirida no Parque das Nações, com recurso à experiência amplamente demonstrada pela entidade de capitais públicos expressamente constituída para o efeito, mas cujo objecto social não se esgotou ali e se mostra vocacionada para o desenvolvimento de projectos da mesma natureza em qualquer outra área geográfica. A reconversão e requalificação urbanística da zona ribeirinha situada entre Pedrouços e Dafundo é, sem dúvida, de primordial importância, tendo a mesma sido já alvo parcial das intenções do projecto “Cidade Administrativa”. Mas com ou sem “Cidade Administrativa” parcialmente naquele local, a efectiva reconversão e requalificação urbanística daquela área conduziria a um efectivo e substancial melhoramento das condições ambientais das cidades envolvidas, preferencialmente de forma a criar ou ampliar harmoniosamente espaços de lazer e habitação, implantando novas infraestruturas básicas modernas e formas de gestão urbana sustentadas, tornando este novo pedaço de cidade em expansão receptivo e agradável a todos os cidadãos que ali entendam centralizar o seu quotidiano, exactamente à imagem e semelhança do que sucedeu com o Parque das Nações. E para isto não cremos que o Estado Português necessite de continuar a desbaratar capitais públicos com a criação de unidades de missão, grupos de estudo ou novas entidades empresariais, quando detém já um instrumento privilegiado e com provas dadas para a prossecução dessa missão. Consolidado o mega-projecto urbanístico do Parque das Nações, o futuro próximo e o rumo a percorrer apresentamse agora a Ocidente. Assim haja vontade e coragem política para isso.


REPORTAGEM | NP |15

Mistério de oito braços No Oceanário de Lisboa existe uma antiga lenda do mar, o Polvo-gigante-do-Pacífico. É um animal tímido mas curioso, capaz de feitos extraordinários para um animal como abrir frascos de rosca. É também alvo de discussões acesas no meio científico. Nesta edição vamos conhecê-lo melhor e perceber porque é, ainda hoje, um dos animais mais misteriosos dos oceanos.

Texto por: André Moura e Filipa Samarra, Biólogos, especializados em Biologia Marinha Fotografia por: João Guedes, Oceanário de Lisboa

O mar sempre despertou medo e fascínio nas pessoas que com ele lidavam de perto. Desde sempre existiram mitos, lendas e superstições relacionados com o mar. De facto, o ambiente marinho deu origem a formas animais tão estranhas (lembra-se do peixe-lua?) e tão diferentes das que conhecemos em terra, que não é de estranhar o espanto e exagero que resultavam de um primeiro encontro com a fauna marinha. Um grupo que tem, em particular, povoado o imaginário das gentes do mar é o grupo dos Cefalópodes, nomeadamente a Lula e o Polvo. O mito mais comum é o da existência de membros destas espécies cujo tamanho atingia proporções inimagináveis. Recentemente, vários corpos sem vida destes animais gigantes deram à costa em várias regiões do mundo, confirmando a existência de uma base verdadeira nesses contos. Nesta edição, convidamo-lo a conhecer um dos mais antigos mitos do mar, o Polvogigante. O Polvo-gigante-do-Pacífico pode ser encontrado num aquário próprio, na galeria do Pacífico Temperado. O seu nome era Octopus dofleini, contudo foi recentemente reclassificado como Enteroctopus dofleini. A alteração do primeiro nome, que designa o género, foi devida à criação do género Enteroctopus que inclui as restantes espécies de polvos gigantes. O polvogigante-do-Pacífico pertence à família dos Octopodidae, que no seu total é composta por mais de 200 espécies. No entanto, a maior parte destas espécies não são bem conhecidas, sendo que a maioria do conhecimento que hoje se tem sobre polvos provém sobretudo de 4 espécies, uma das quais o protagonista desta edição. O Enteroctopus dofleini é o maior membro dos Octopodidae conhecidos, podendo atingir os 9 m de comprimento (da cabeça à ponta dos braços) e 272

Kg de peso, e distribui-se pelas costas de todo o Pacífico Norte em profundidades que podem ir até aos 750 m. Apesar de poder atingir tais dimensões, o polvo é um animal em alguns aspectos bastante vulnerável. Uma das principais razões para tal é a ausência de uma estrutura de suporte, um esqueleto. Os polvos são Cefalópodes, assim como a lula, o choco e o nautilus, e são todos moluscos. Os moluscos são caracterizados por terem o corpo mole, apesar de muitos possuírem exosqueleto, ou seja, um tipo de armadura exterior, como é o caso dos bem conhecidos caracóis, ostras, lapas e búzios. Por terem o corpo mole, não têm ossos que sirvam de suporte aos músculos durante a locomoção, o que torna esta actividade menos eficaz.Também não têm barbatanas para nadar, o que deixa poucas alternativas para fugir eficientemente aos predadores. No entanto, os polvos (assim como as lulas) “desenvolveram” um mecanismo bastante eficiente de locomoção, a propulsão a jacto. Este mecanismo consiste em inspirar água para o interior da cavidade do manto, expulsando-a em seguida com uma enorme pressão, através de dois sifões que existem de cada lado da “cabeça” (ver caixa “Como se organiza o corpo de um Polvo?”), propulsionando o polvo a uma velocidade que torna o seu acompanhamento por parte de um humano difícil (experiência pessoal!). A vulnerabilidade do seu corpo mole traduz-se numa grande variedade de predadores. Tubarões, peixes vários, alguns mamíferos marinhos como lontras e golfinhos, e até a espécie humana, são exemplos de predadores destes animais. No entanto, o seu corpo mole não lhes traz só problemas! É esta característica que lhes permite entrar em qualquer buraco e aí ficar protegidos Na realidade os polvos são animais solitários,


16 | NP | REPORTAGEM que têm o hábito de se refugiarem em buracos de onde saem regularmente. Um polvo pode ocupar vários buracos diferentes ao longo da sua vida, pelo que estes são apenas refúgios temporários contra os predadores. Destes refúgios, saem com o objectivo de caçarem o seu alimento, que inclui desde caranguejos a vários peixes incluindo outros polvos mais pequenos. Depois de caçado o alimento voltam com toda a colheita dessa saída para o seu buraco, onde se deleitam a matar a fome. No entanto, o polvo não confia apenas na existência destes refúgios, e dispõe de várias estratégias para evitar a predação. Uma que utilizam constantemente é o mimetismo. O mimetismo é a capacidade de se confundir com o meio envolvente, e vários animais têm essa capacidade, desde insectos cuja forma do corpo se assemelha a uma folha ou um tronco, ao camaleão que muda de cor consoante a cor do meio em que se encontra. No entanto, o polvo leva esta capacidade ao extremo. Não só consegue mudar de cor em apenas alguns instantes, conseguindo mimetizar praticamente qualquer padrão existente no fundo do mar, como altera a textura do corpo de forma a parecer-se com uma rocha ou uma alga. A alteração da cor deve-se à presença de células especializadas, os cromatóforos, enquanto que a textura ocorre pela contracção de grupos de músculos. O seu mimetismo é de tal forma eficaz, que os mergulhadores muitas vezes apenas avistam um polvo quando se tentam agarrar a ele, pensam que se estão a agarrar a uma rocha. Quando este mimetismo não resulta, o polvo coloca-se imediatamente em fuga libertando uma nuvem de “tinta” (que é uma solução de melanina muito concentrada) na tentativa de confundir o predador. Se mesmo apesar disso o predador não se afastar, o polvo recorre a uma última

...existência de polvos gigantes que saíam do fundo do mar para vir à superfície atacar barcos de pescadores incautos. Existem várias destas estórias um pouco por todo o mundo. Mas talvez a mais curiosa seja a lenda de uma aldeia no Alaska que, por ter desrespeitado o seu Deus, foi atacada por um exército de polvos. arma, a ameaça. Este é um comportamento raro, que o animal apenas demonstra quando se encontra sob um elevado nível de stress. Aproxima-se de uma rocha, dobrando os braços para fora, de forma a expor as ventosas, e fica com o corpo totalmente branco excepto na zona que rodeia os olhos, que fica negra. Pensa-se que o objectivo deste comportamento é parecer maior e mais ameaçador do que realmente é, uma vez que o polvo nunca chega a atacar. O polvo sempre foi um animal rodeado de mistério, o que o levou a ser o objecto de vários mitos e lendas. Algumas tribos do Pacífico acreditavam que o oceano tinha sido criado pelo

jacto de tinta de um polvo, enquanto que no Hawaii representa um Deus dos pescadores e do mar. No entanto, os mitos mais comuns que o rodeiam são os da existência de polvos gigantes que saíam do fundo do mar para vir à superfície atacar barcos de pescadores incautos. Existem várias destas estórias um pouco por todo o mundo. Mas talvez a mais curiosa seja a lenda de uma aldeia no Alaska que, por ter desrespeitado o seu Deus, foi atacada por um exército de polvos. Entre os mitos que envolvem este animal, os mais modernos falam de indivíduos com uma enorme inteligência (ver caixa, “O que é a inteligência?”). Num

relato fascinante, um pescador colocou, inadvertidamente, um polvo no compartimento do seu barco onde também guardava os caranguejos que ia apanhando. Durante a noite, o polvo não só conseguiu abrir a escotilha do compartimento e fugir para a água, como repetiu o trajecto de volta para vir buscar mais caranguejos. Embora estas estórias sejam apresentadas como sendo de fontes fidedignas, a sua exactidão é sempre difícil de determinar. No entanto, estes animais parecem de facto ter uma grande capacidade de aprendizagem. O caso mais famoso é o da capacidade de abrir uma tampa de rosca para tirar um caranguejo do interior de um frasco,

depois de observar uma pessoa a fazê-lo. São vários os polvos em aquários de todo o mundo que conseguem realizar a faceta. No entanto, alguns cientistas argumentam que tal não se trata de uma verdadeira aprendizagem, mas sim de um instinto despoletado pela observação de alimento. Apesar disso, o polvo continua a demonstrar uma capacidade de aprendizagem comparável à de vários mamíferos (ver caixa “A inteligência do Polvo.”). Um das razões pela qual alguns cientistas têm resistido à ideia de um polvo “inteligente”, é o ciclo de vida curto que estes animais têm. Um polvo pode viver no máximo 7 anos, embora a média seja de 2 anos, e é

um animal essencialmente solitário durante este período, interagindo com outros membros da sua espécie apenas durante a reprodução. Após o nascimento, vive na coluna de água até ter tamanho suficiente para sobreviver no fundo, onde permanecerá até ao resto da sua vida. Alguns cientistas argumentam que não faz sentido uma inteligência complexa evoluir num animal com uma vida tão curta. No entanto, pode ser extremamente útil para um animal que é o alimento preferido de praticamente todos os predadores do mar, e que tem muito pouco tempo para se reproduzir, ser capaz de rapidamente aprender o meio que o rodeia. Aprender quais os buracos onde se pode esconder, quais os melhores locais de alimentação, ou qual a melhor técnica para se alimentar dos diferentes tipos de presa pode ser essencial para a sua sobrevivência. A discussão está ao rubro, e a natureza da inteligência dos polvos é uma das questões mais interessantes da zoologia moderna. Além de existir em vários aquários em todo o mundo, o polvo é capturado para vários fins comerciais. Por exemplo, certas espécies de polvo são apanhadas para servirem de isco noutras pescarias, como a do halibut, um peixe existente no Alaska. Outras são também procuradas para consumo humano em muitos países, como é o caso de Por tugal. De facto, no nosso país, em 2003, o polvo foi a terceira espécie mais pescada, depois da sardinha e do carapau. O estado de conservação das várias espécies de polvos no mundo é difícil de avaliar. O fraco conhecimento da biologia destes animais, aliado aos seus hábitos esquivos, tornam essa avaliação difícil. Como tal, é preciso ser conservador, e lutar pela gestão sustentável dos polvos, para que não se tornem novamente em mitos na imaginação humana. PUB


REPORTAGEM | NP |17

A

A inteligência do Polvo

natureza da inteligência do polvo tem sido assunto de discussão entre os cientistas há vários anos. De facto, o polvo demonstra comportamentos que parecem bastante complexos para um animal tão simples como um molusco. Além das várias formas como têm conseguido escapar dos seus aquários, estes animais são também, alegadamente, capazes de aprender pela observação, orientar-se de forma exímia, e brincar. Por exemplo, vários polvos foram capazes de aprender a escolher uma bola vermelha, após terem observado outros a serem ensinados a fazê-lo. Estudos que seguiram os movimentos de um animal no seu estado selvagem mostraram que após sair da sua toca e se afastar num padrão extremamente complexo e aparentemente aleatório, foi capaz de regressar utilizando o caminho mais directo. Em aquário, vários polvos são conhecidos por lançarem jactos de água aos seus tratadores e puxarem o braço dos mesmos, o que foi interpretado como uma brincadeira. No entanto muitos cientistas criticam estas interpretações, argumentando que as condições exactas que levaram ao aparecimento destes comportamentos não estão bem esclarecidas. Apesar de certos comportamentos parecerem “humanos”, os factores que os despoletam, e o seu significado e objectivo podem ser bastante diferentes. No entanto, os defensores de ambas as posições concordam que é estranho o aparecimento de tais comportamentos em animais tão simples como os moluscos.

C

O que é a inteligência?

omo uma capacidade que sempre se julgou única dos humanos, não é de estranhar que as palavras ‘inteligência animal’ causem discussão acesa no mundo científico e no público em geral.Vários estudos em diferentes espécies têm sugerido que, por exemplo, a capacidade de aprendizagem por imitação, a existência de linguagem, ou a organização em sistemas sociais complexos existem em várias espécies animais. O problema da abordagem a este tópico está na falta de consenso no que toca a definições. Mente, consciência, inteligência são conceitos que todos compreendemos mas que dificilmente conseguimos concordar numa definição. De facto, a inteligência tem sido um dos conceitos mais difíceis de definir.A falta de um conceito geral, está na base de muita discórdia no que diz respeito às evidências das ‘capacidades intelectuais’ dos animais. Não há dúvida que os humanos são únicos na sua complexidade mas talvez outras espécies animais escondam pistas de como conseguimos chegar ao que somos.

Sugestões de consulta:

Se quiser aprender mais sobre o Polvo-gigante-do-Pacífico, ou sobre os Cefalópodes em geral, existem vários recursos na Internet. No site http://tolweb.org/tree?group=Octopodidae poderá ter acesso a uma abundante informação sobre a família Octopodidae. A título de curiosidade, no site http://marinebio.org/species.asp?id=60, poderá ver um video de um Polvo-gigante-do-Pacifico que ficou muito amigo de uma câmara fotográfica de um mergulhador, e no site http://www.sciencemag.org/cgi/content/full/307/5717/1927/DC1 poderá encontrar dois vídeos inéditos de duas espécies de polvo que conseguem andar de forma bípede.

Q

Como se organiza o corpo de um Polvo?

uando olhamos para um polvo notamos que a organização do seu corpo é muito diferente do que vemos em muitos outros animais. O corpo de um polvo é constituído pelo manto (a “cabeça”) e pelo pé (os “tentáculos”). O manto é uma estrutura que inclui os órgãos internos como a glândula digestiva, o rim, e os ovários. O manto tem também uma cavidade onde se encontram as brânquias, e que contacta com o exterior através de dois sifões. O pé está dividido em 8 braços (e não tentáculos), estando cada um dos quais coberto de ventosas, sendo estas que permitem a um polvo facetas como abrir frascos. Na realidade, as ventosas são estruturas envolvidas não só no tacto como no paladar. Os seus olhos são altamente desenvolvidos, e em certos aspectos bastante semelhantes ao olho humano. A boca do polvo, no entanto, não parece facilmente visível quando pensamos neste animal. Na realidade, a boca esconde-se entre os braços, constituída pelo bico, a única parte dura do corpo de um polvo, uma estrutura feita do mesmo material que as nossas unhas e que o polvo usa para matar e morder as presas em pedaços. PUB


PUB

18| NP | ARTE

estética dentária . ortodontia . implantes endodontia . periodontia . próteses cirurgia oral . odontopediatria . prevenção oral

horário de atendimento: de 2.ª a 6.ª Feira das 10h/13h - 15h/20h Alameda dos Oceanos 4.28.02 G .....Tel.:218 948 018 Edif. Farol do Oriente (Zona Norte - Junto à Farmácia)

DEVIR


ARTE | NP |19

««HOMEM/NATUREZA Quando eles se encontram

Homenagem a D. João II Escultura em bronze, metal que significa nobreza e durabilidade, que representa uma

visão de carácter universalista lançou as bases do Estado moderno.

homenagem a D. João II, cuja

O monumento é constituído por duas partes distintas: a escultura propriamente dita e a sua base. A primeira representa aquilo que o monarca representa - universalidade - e não o próprio monarca. A segunda exprime a dedicação do monarca para com o seu povo, através da representação das suas armas e de um pelicano (símbolo do amor e sacrifício paternal). Autor Manuel Rosa Localização Praça Príncipe Perfeito, Av. D. João II

Ginkgo biloba L. (ginco) Os dinossauros não resistiram às mudanças dos Oceanos, à formação das cadeias de montanhas e às glaciações. Não sobreviveram. Restam esqueletos e marcas da sua presença. A espécie Glinko Biloba sobreviveu. É a mais antiga de todas as árvores actuais. A sua conservação, nas regiões do Extremo-Oriente, deve-se sobretudo ao facto de ser entendida como uma árvore sagrada por algumas seitas religiosas da China e do Japão. Pensa-se que terá desaparecido em estado silvestre, tendo chegado aos nossos dias através de plantações ornamentais. Foi introduzida na Europa em meados do século XVIII. Porém, em 1916, o explorador americano F.Meyer encontrou-a em estado natural num vale ao sul do rio Yangtze.

Depois do lançamento da bomba atómica sobre Hiroshima, em 6 de Agosto de 1945, um ginco, situado no epicentro da explosão, depois de completamente queimado, voltou a rebentar. Os vários rebentos constituem hoje um exemplar arbóreo que permanece como símbolo da incompreensão humana. É uma árvore de folha caduca com uma longevidade que pode ir até aos 1.500 anos. É de crescimento rápido nas regiões quentes e propaga-se por semente. Deve-se providenciar a aquisição de árvores macho; as árvores fêmeas tem uma frutificação incómoda em meio urbano (os frutos quando caem no chão e são pisados exalam um cheiro muito desagradável e podem causar quedas). A madeira é amarelada, homogénea, quebradiça, sem valor comercial. O ginco é muito utilizado e apreciado como árvore ornamental em parques, jardins e arruamentos, pelas características peculiares da sua silhueta, pela resistência à poluição e pala notável coloração da folhagem no Outono. É também uma espécie pouco afectada por parasitas e fungos. As folhas são utilizadas na medicina, em especial no tratamento de problemas de circulação. O boticário utiliza extractos desta planta na preparação de medicamentos destinados a enfraquecer ou retardar os efeitos do envelhecimento. Na China e no Japão as suas sementes comem-se depois de cozinhadas. No Parque das Nações podemos observar esta espécie, por exemplo, nos alinhamentos laterais da Avenida D.João II.



20 | NP |ESPAÇO COMÉRCIO

ESPAÇO COMÉRCIO

Computadores de qualidade

Overclocking permite o acelerar dos componentes como processadores ou processadores gráficos, atingindo desempenhos nunca vistos em sistemas actuais.

Aquapc - Quality Computers é uma marca regista e um projecto de loja de informática e tecnologia em tudo diferente do que conhecia. Dedica-se à pesquisa e comercialização de produtos para informática de elevada qualidade. Todas as novidades em informática podem agora ser encontradas em Portugal. Enquanto que o modelo de loja em Portugal se dedica a soluções com o mais baixo preço possível, a Aquapc procura soluções equilibradas de elevada performance apostando em todos aque-

les entusiastas que procuram desempenho aliado à qualidade incomparável. Assim a Aquapc dedica-se a áreas como: Refrigeração a água, Overclocking, PC modding, Gaming e Soluções silenciosas. Especialistas em Refrigeração a Água, Watercooling, daí o seu nome Aquapc, esta dispõe de stock de componentes das melhores marcas. A Refrigeração a Água aplicada a computadores, permite maior eficiência na refrigeração, reduzindo as temperaturas de funcionamento de

processadores, placas gráficas e outros componentes, melhorando a estabilidade do sistema ao mesmo tempo que permite eliminar o ruído incomodativo de um computador actual.

para jogadores profissionais ou entusiastas. Um tapete de rato de alumínio faz muita diferença e aqui pode encontrar grande variedade de soluções.

Overclocking, a Aquapc é também especialista em Overclocking. Recentemente a sua equipa bateu o recorde mundial absoluto de 4000Mhz em AMD Athlon 64. Isso mostra o nosso empenho nesta área de topo em informática. O Overclocking permite o acelerar dos componentes como processadores ou processadores gráficos, atingindo desempenhos nunca vistos em sistemas actuais.

Outra grande vertente da Aquapc é a pesquisa e desenvolvimento de soluções silenciosas para computadores.

PC Modding dedica-se à comercialização de produtos para modificação de computadores como ventoinhas, iluminação, fontes de alimentação especiais, etc... É um mundo fascinante e indescritível pelos menos aqui. Só ao vivo mesmo.

O Parque das Nações como local escolhido para a Aquapc integra-se na perfeição com os seus objectivos e características. Na esperança de que o trabalho que realizamos vá de encontro com os vossos desejos, ficamos à vossa disposição aguardando a vossa visita física. http://www.aquapc.com, fórum de discussão em http://www.aquapc-forum.com

Gaming é uma actividade com maior expansão. A Aquapc disponibiliza os melhores componentes

Rui Laginha Aquapac PUB

Produtos Frescos da melhor Qualidade a que já o habituámos!

Entregas ao Domicílio O Pomar em sua Casa

Domingo a 6ª 9:00-14:00 e 15:00-21:00 Sábado 09:00 às 21:00 Rua Ilha dos Amores 4.17.01.I Vila Expo 1885 366 - MOSCAVIDE Tel. 218 956 737 / 218 956 911


ESPAÇO SAÚDE | NP |21

E S P A Ç O SAÚDE “Prevenir e simplificar” Ter um atendimento clínico personalizado, telefonar ou enviar um ‘e-mail’ ao médico assistente para marcar consulta ou pedir aconselhamento sobre doenças ou medicação é a realidade que pretende aumentar a acessibilidade do utente aos cuidados de saúde primários e proporcionar-lhe um permanente apoio.

No Parque das Nações, encontramos uma população socio-culturalmente muito diferenciada, com uma média de idades abaixo da média urbana nacional, sendo, por tanto, pessoas muito activas, que frequentemente não têm tempo para pensar em controlar a sua saúde. Não nos devemos esquecer, porém, que a

saúde começa na barriga da mãe, sendo necessário um acompanhamento por um especialista e realização de análises e ecografias para assegurar um desenvolvimento perfeito. Após o nascimento, um bom aconselhamento pediátrico, com disponibilidade para esclarecimento de dúvidas e para criar jovens com hábitos mais saudáveis, é indispensável. É também impor tante um acompanhamento personalizado, na fase adulta, em que se faz prevenção das doenças da civilização ( hipertensão, obesidade, depressão, colesterol, diabetes, entre muitas outras). Para além destas é essencial o rastreio de doenças do foro ginecológico (como o cancro da mama e do útero), de âmbito urológico (como o cancro da próstata) e dermatológicas (como o aparecimento de sinais e o cancro de pele). Quando as doenças se instalam, torna-se fun-

damental ter um médico assistente que nos conheça e nos possa esclarecer e tratar, orientando quando necessário para outros especialistas. Neste sentido é essencial a proximidade com o médico e a versatilidade e disponibilidade de recursos que permitam que sejam prestados, atempadamente, todos os cuidados e métodos complementares de diagnóstico, desde a gravidez, passando pela idade jovem e adulta, sem esquecer os cuidados aos mais idosos. Esta necessidade requer, da par te dos técnicos de saúde, uma abordagem profissional e prática, de modo a aumentar a eficiência clínica e ao mesmo tempo diminuir todo o processo burocrático e a morosidade de uma simples ida ao médico. O objectivo dos prestadores de cuidados de saúde deve ser o de criar elevados níveis de

satisfação ao oferecer um cuidado de elevada qualidade, centrado no doente e fazê-lo de forma eficiente. Para isso, os profissionais do sector da saúde, nos seus vários domínios, necessitam de colaborar de forma efectiva e operar como uma equipa integrada. Ter um atendimento clínico personalizado, telefonar ou enviar um ‘e-mail’ ao médico assistente para marcar consulta ou pedir aconselhamento sobre doenças ou medicação é a realidade que pretende aumentar a acessibilidade do utente aos cuidados de saúde primários e proporcionar-lhe um permanente apoio. A disponibilidade Médica é um privilégio que todos gostariam de poder ter, e, agora, podem. Dr.ª Sofia Carlos Clínica Médica das Naus PUB

eia ia – M Tunís * 4 Hotel 9€

o

Pensã

Hotéis Bahia P

9

2 lo Desde oa em dup ss P/ pe

ríncipe Descontos 16 % p/ o seu acompanhan te Desde 836€ P/ pessoa em duplo *para reservas até 15 Junho

Partidas Maio e Junho

10 dias / 7 noites Pensão Completa

Desde 997€

P/ pessoa em duplo

Maceió Junho e Natal / s Maio Partida es 12 noit 5€ 60 e Desd a em duplo o P/ pess

VISITE-NOS! BEST TRAVEL - EXPO Alameda dos Oceanos, Lote 3.15.02E, Loja 3 - Parque das Nações - Sul Tel: 21 894 20 28 . Fax: 21 894 20 29 E-Mail: expo@besttravel.pt


FACES PESSOASDOPARQUE 22| NP | FACES

Por: Filipa Estrela

O lugar favorito A minha casa e todo o caminho à beira rio que atravessa o Parque. O que desenhava Uma empresa de reboques. Mais estações de Metro. Mais estacionamento. Mais actividades lúdicas. Mais espaço público e menos betão. O que apagava As enchentes de carros de fim-de-semana. A maioria dos prédios em construção. E uma ou outra “aberração” arquitectónica já construída. PUB


FACES | NP |23

Ser mãe mudou muita coisa em mim e, consequentemente, na minha vida. A cicatriz da cesariana é apenas a marca exterior do acontecimento em si, como se fosse mais uma linha da mão onde nos lêem o destino. Mas a principal marca está dentro de mim, indelével e que só eu posso ler. Ela está dentro de mim, nos sentimentos e nos pensamentos. No compreender a força da relação mãe/filho.

Auto-retrato Sou uma jovem quase nos 30. No BI diz que sou portuguesa e casada. Curiosamente refere o nome dos meus pais (Edite e Victor), mas não o do meu marido (Miguel) nem o do meu filho (Francisco). Não diz sequer que ele existe e que sou a recém-mamã mais babada deste mundo. Imperdoável! Ser mãe mudou muita coisa em mim e, consequentemente, na minha vida. A cicatriz da cesariana é apenas a marca exterior do acontecimento em si, como se fosse mais uma linha da mão onde nos lêem o destino. Mas a principal marca está dentro de mim, indelével e que só eu posso ler. Ela está dentro de mim, nos sentimentos e nos pensamentos. No compreender a força da relação mãe/filho. No não pensar duas vezes para dar a vida por alguém. No amor incondicional. É uma experiência nova, formidável e indescritível, renovada diariamente. Sou muito possessiva em relação àquela meia dúzia de pessoas que me estão mais próximas. Sou de exteriorizar pouco os meus sentimentos, sejam de alegria sejam de tristeza. E mesmo os meus pensamentos mais profundos ficam reservados por um punhado de eleitos do meu afecto e da minha admiração. Odeio conflitos, brigas e desavenças. Não sei se o meu signo balança com ascendente escorpião pode explicar este meu jeito de ser e de estar. Dizem que não sou fácil de aturar, porque confundem determinação com teimosia. Que sou temperamental, porque, às vezes, fervo em pouca água, mas passa rápido. Não guardo ressentimentos. Sou amiga do meu amigo. Sou generosa, mas funciono muito de acordo com o dar e receber, seja no amor ou na amizade seja nos bens materiais, nos presentes ou nas surpresas...Também sou muito impaciente, sobretudo se tiver de esperar por algo ou alguém. Profissionalmente, sou, como costumo dizer, bancária por acaso! Isto porque o trabalho que faço poderia estar a fazê-lo em qualquer outra empresa ou organismo público, uma vez que sou licenciada em Marketing e Publicidade. Dizem os meus colegas que sou criativa, frontal, divertida e que estabeleço boas relações com quem trabalho e, como se costuma dizer, gosto de “quebrar o gelo”. Por outro lado, gosto de autonomia para decidir, luto pelas minhas ideias, sou ambiciosa, sou muito trabalhadora, sou muito exigente e, quando as coisas não correspondem às expectativas, lá vem de novo o mau feitio! Gosto muito de viajar... Comecei a viajar ainda criança e já fui aos 5 continentes. Sou uma privilegiada! Adoro toda a preparação das viagens que é em si uma antecipação do prazer da própria viagem. Por outro lado, uma viagem bem preparada rende mais. Não há perdas de tempo inúteis com definições de horários e roteiros. Normalmente levo de casa o trabalho feito e quando chego ao destino... é só fruir! Até o Francisco, aos 6 meses, fez a sua primeira viagem de avião! Vou de certeza pegar-lhe o “bichinho” das viagens! Finalmente, vim viver para o Parque das Nações porque, no fundo, foi um voltar às origens, uma vez que vivi e cresci nesta zona da cidade com vista para o Rio Tejo, na Portela de Sacavém. Agora sinto-me mais em casa... Hoje vejo-me assim, mas o meu espelho está sempre a mudar... Uma história para contar A história que vou contar não é, na verdade, aquela que gostaria de contar, mas é aquela que devo contar, tendo em conta o meio onde será divulgada, e porque, provavelmente, é a história recorrente de bastantes residentes do Parque... Tudo começou quando me mudei para o Parque das Nações há cerca de 3 meses correspondentes a 12 finsde-semana (à data que escrevo estas linhas) e, em tão pouco tempo, já fiquei inibida de entrar e/ou sair da garagem do meu prédio 8 vezes!!! É inacreditável, mas é um facto. Por oito vezes não pude entrar ou, o que ainda é pior, sair. Fui gravemente limitada na minha liberdade e tive, muitas das vezes, de sujeitar o meu filho com menos de 1 ano a ficar preso no carro, enquanto aguardava a polícia, ou a estacionar na rua e a ter de o levar de noite e ao frio, porque há pessoas que não cumprem a lei. Como é possível que estas pessoas - que não têm civismo, nem educação, nem respeito algum pelo próximo, que apenas pensam no seu bem-estar e se julgam mais espertos que os outros - não sejam penalizadas?! Uma multa de estacionamento?! E os meus direitos violados não exigem outra atenção? Uma vez que estas situações ocorrem durante o fim-de-semana, o meu destino, tanto quanto já fui informada pela própria polícia do Parque, com a qual já vou ficando familiarizada, é ter de aguardar cerca de 3 a 4 horas pelo reboque uma vez que, incrível e ridiculamente, existe apenas 1 reboque para Lisboa inteira ao fimde-semana! Ou seja, se vou sair... não saio ou arranjo um meio alternativo o que com um bebé é mais complicado. E se tiver de ir com o meu filho ao hospital ou ao médico? Se estou a chegar... estaciono na rua como se não tivesse garagem. E se vier do supermercado cheia de sacos de compras, tenho de aguentar eu as consequências do ilícito cometido por outros. Quanto ao infractor, leva uma multa de estacionamento e, como beneficia do facto de vivermos num país de “terceiro mundo”, quando volta ainda tem o seu carro no mesmo sítio sem qualquer tipo de incómodo! Moral da história: Que me lixe eu, o meu filho, o meu marido, os residentes do Parque das Nações, a nossa liberdade, os nossos compromissos, a nossa vida, a nossa saúde, enfim... o importante é ficar 5 metros mais próximo dos bares, da FIL, da Praça Sonny ou de qualquer outro destino! Como é que construiria uma cidade Penso que as novas cidades deveriam ser bem planeadas antes de começarem a ser construídas e depois não se deviam permitir mais alterações estruturais. O ordenamento do território, a gestão urbanística, a qualidade dos projectos e a valorização ambiental são vertentes importantes da construção da cidade. Os prédios deveriam ser implantados em zonas com amplas zonas verdes e espaços públicos bem cuidados, parques de estacionamento, áreas comerciais e de serviços. Por outro lado, a cidade deveria ter bons acessos e boas vias de escoamento, um sistema eficiente de transportes públicos, bons equipamentos escolares, desportivos, culturais e sociais (jardins infantis, escolas, centros de saúde, lares de idosos). Para além disso, passeios largos e acessos para pessoas com deficiências motoras. Mas, a construção de uma cidade não se faz apenas de prédios e infraestruturas, faz-se de pessoas e estas, a meu ver, também têm de evoluir, adquirir melhores hábitos e serem mais educadas...


24 | NP | DESPORTO

J U S T O Onze anos depois, o S. L. Benfica volta a fazer a festa do título. A festa foi rija, ou não fosse o fim do maior jejum do clube da Luz. Uma vitória merecida da equipa mais consciente das suas virtudes e defeitos Pedro Santos Pereira

O Benfica mais de uma década depois, (11 anos) conseguiu novamente festejar o título de campeão nacional. Foi uma vitória justa da única equipa que reconheceu as dificuldades do seu plantel, e as foi encobrindo mais vezes que os seus adversários directos. Desde cedo escolheu os seus eleitos e deles nunca abdicou, mesmo que não estivessem nas melhores condições. Disso são exemplo os casos de Simão, que se arrastou pelos relvados devido a uma lesão, Petit, que fez um último terço de campeonato bastante abaixo das suas potencialidades, tal como Miguel. E se estes acabaram menos bem, outros houve que foram inexcedíveis nesta última fase, que tão deci-

siva foi. Manuel Fernandes, melhor jogador do campeonato, foi o dínamo deste Benfica campeão, o jogador mais novo e mais influente da equipa, no último terço da prova. Mas não foi o único, pois repartiu essa notoriedade com Ricardo Rocha, uma muralha na defesa onde foi o jogador mais preponderante, e Geovani, que, além dos golos decisivos que apontou, conseguiu acabar o campeonato como a referência veloz da equipa. Uma palavra também para Luisão, que, apesar de não ser um defesa central de eleição, técnica e tacticamente, conseguiu ser um líder e um símbolo de ambição como foi demonstrando nas suas declarações ao longo da época. Mereceu ser ele o autor do “golo do título”. Outro jogador que demonstrou uma capacidade psicológica de realce foi Quim, que, apesar dos inúmeros apelos para que Moreira fosse o titular da baliza do Benfica, nunca demonstrou intranquilidade, mesmo nos momentos menos positivos por que passou. Numa altura de festejos, Trapattoni foi elevado a “herói”, ele que, por diversas vezes viu serem-lhe acenados lenços brancos, sinal de descontentamento pelo seu desempenho. O que manda são os triunfos, e este italiano está farto de lenços brancos e de críticas ao seu futebol, quase tantos como a quantidade de vitórias alcançadas por essa Europa fora. Não é por aí que o enfraquecem ou lhe fazem perder a crença no seu futebol tímido, desconfiado e defensivo fosse contra quem fosse. E é nesse futebol desconfiado que “Trapa” fez a diferença para os rivais, que tinham armas em maior quantidade e qualidade mas não tinham estratégia. Assumiam os jogos sempre com a mesma ligeireza e PUB

P ro d u ç ã o p r ó p r i a C o n t ro l o r i go ro s o a p a rt i r d o n a s c i m e n t o

Contacto: 218 940 221

Carne da Nação

Av. da Peregrinação n.º 4.39 Lote. 01 Loja. B 1885 Moscavide Parque das Nações (zona norte)

Torre Vasco da Gama


DESPORTO | NP |25

O que manda são os triunfos, e este italiano está farto de lenços brancos e de críticas ao seu futebol, quase tantos como a quantidade de vitórias alcançadas por essa Europa fora. Não é por aí que o enfraquecem ou lhe fazem perder a crença no seu futebol tímido, desconfiado e defensivo fosse contra quem fosse. E é nesse futebol desconfiado que “Trapa” fez a diferença para os rivais, que tinham armas em maior quantidade e qualidade mas não tinham estratégia. arrogância, sempre à espera que as individualidades fizessem o que o colectivo tinha obrigação de fazer. E, como acontece a todos os génios, há dias em que não se deve sair de casa, e nesses vale mais um qualquer operário que o virtuoso. Jaime Pacheco já havia provado isso em 2000/01 com o Boavista, os operários bem geridos são mais fortes que os predestinados sem rumo. E foi isso que aconteceu, pois tanto o Porto como o Sporting tinham valor teórico suficiente para terem chegado à frente, só que faltou-lhes o timoneiro que conseguisse passar da teoria à prática o poderio destas equipas. Com isto

não quero dizer que Trapattoni tenha conseguido fazer um trabalho sem mácula, bem pelo contrário, apenas conseguiu falhar menos que os outros. O Benfica foi campeão com o pior índice de aproveitamento de sempre do campeonato português. Com a pontuação efectuada este ano pelos “Homens da Luz” que lhe deu o campeonato, se fosse alcançada nos últimos quatro anos nem ao 2º lugar chegavam. Coitado de Camacho, que fez mais dez (2003) e nove (2004) pontos que Trapattoni e nunca foi campeão. Teve um azar chamado Mourinho.

Sporting Apesar de não ter ganho nada, a época do Sporting não se pode considerar má de todo. Discutiu o título até à penúltima jornada e foi à final da Taça UEFA, onde apresentou bom futebol, mas levou um “banho” táctico de uns russos que não utilizaram champô com amaciador. A favor do Sporting pode dizer-se que foi a equipa que, a espaços, melhor futebol praticou. Tecnicamente demonstrou por diversas vezes que o colectivo e o individual cabem numa só equipa. Destaque para João Moutinho, que foi a grande revelação da época, para Liedson que conseguiu fazer golos como ninguém, apesar da estrutura física franzina, pouco aconselhável para quem se bate com verdadeiros “tanques”. Também Custódio se afirmou uma verdadeira torneira de segurança do meio campo leonino. Por fim, uma palavra para Carlos Martins, Sá Pinto, Rochemback, Hugo Viana e Douala que, a espaços, proporcionaram bons momentos de futebol. De negativo o espírito de “guerreiro destemido” de José Peseiro, que era um pouco de “veni, vidi e vinci”, só que vir, ver e vencer já não chega, agora é preciso também ver com vencer. Mas Peseiro não foi o único a quem a época não correu bem. Também Ricardo, Rui Jorge, Polga e Beto devem ir de férias com uma sensação de que houve algo que não lhes correu bem.

Porto Vencer a Taça Intercontinental e a Supertaça Nacional foi o pecúlio do Porto 2004/05. Parece alguma coisa, mas, na verdade foi muito. O Porto desta época foi uma das piores equipas da Superliga e não fossem os momentos geniais de Quaresma e a fantástica época (mais uma) de Vítor Baía (o maior injustiçado do futebol português actual) e sinceramente não sei qual a classificação a que chegaria. Mal estruturado desde o início, este foi um ano atípico para o ex-campeão europeu. Com exibições paupérrimas, onde raramente se conseguiu impor verdadeiramente perante o seu adversário, para o qual contribuiu uma equipa sem fio de jogo, onde ninguém sabia bem o que fazer. A isto não é alheia a quantidade de vezes que a indisciplina imperou dentro de campo. Não será por acaso que vem aí um “disciplinador”. De positivo, além das duas referências já feitas, há que destacar Ibson, a única contratação de Janeiro que trouxe algo de bom à equipa, Ivanildo, não tanto pelo que jogou, mas porque demonstrou que a solução para a época ter corrido melhor podia ter sido encontrada dentro do clube. Também Hélder Postiga, na fase final do campeonato deu um ar da sua graça. Pela negativa, são tantas as referências que não há espaço neste jornal para todas.

V. Setúbal Uma última referência para o vencedor da taça de Portugal, que conseguiu também a manutenção na Superliga. Um prémio justo para uma equipa que chegou a praticar bom futebol diversas vezes e que contava com o orçamento mais baixo da primeira divisão. Nem sempre dinheiro é sinónimo de poder, algo que os sadinos fizeram questão de relembrar aos mais esquecidos. PUB

PARQUE DASDAS NAÇÕES, Loja c/ 125m2 PARQUE DAS NAÇÕES T2, Desde 230.000€ PARQUE NAÇÕES Garagem Dupla. Excelente Localização. A Estrear, Garagem Dupla, Arrecadação, lOJA COM Pronta a Utilizar. (005.000401) 2ª Linha, Vista Lateral de Rio Tejo.

MOSCAVIDE T2 c/ 95 m2, Garagem e Arrecadação. Cozinha Semi-Equipada, Remodelado. (005.000869)

PARQUE DAS NAÇÕES, T3 desde 325.000€ PARQUE DAS NAÇÕES, Arrendamentos PORTELA, T3 c/ 125 m2, Empreendimento Colmeia VI, Cedências T1, T2, T3 e T4, Garagem e Arrecadação, Remodelado, Garagem. Arrecadação. Vista Rio Tejo. (005.000901) de Posição, . Excelentes Acabamentos. com e sem mobília, desde 1000€

Reservas Telf. +351 218 915 321 / Fx. +351 218 915 345 - httejo@tivolihotels.com

PARQUE DAS NAÇÕES, Espelho do Tejo, PARQUE DAS NAÇÕES, T2 duplex Torres T1, T2 e T3. Acabamentos de Luxo, S. Rafael e S. Gabriel, Acabam. de Luxo, Piscina. Garagem Dupla. Vista Rio Tejo. Excelente Vista Rio Tejo. Garagem Dupla.

OLIVAIS, Edifício Olivais Shopping T4 c/ 161 m2, Garagem Dupla, Vista Rio Tejo. Como Novo. (005.000934)

PARQUE DAS NAÇÕES, T4 com 163 m2 OLIVAIS, Lisboa Horizonte (Cedências Cozinha Equipada, Garagem Dupla e de Posição), T1, T2 e T3, Desde 160.000€. Arrecad., Excelente Vista Rio.(005.000955) Garagem. Oportunidade.

PARQUE DAS NAÇÕES, T2 c/ 92 m2. Cozinha Equipada. Garagem/Arrecad. Vista Rio. Excelente Localização (005.000927)

OLIVAIS, T2 c/ 125 m2, A Estrear, PARQUE DAS NAÇÕES T4 c/ 176 m2, Garagem e Arrecad., Varanda, Cozinha Garagem Dupla, Arrecad. e Ginásio, Boas Áreas. Bosch. Boas Áreas. (005.000476) Varanda c/ Vista Rio. (005.000785)


26| NP | PUB

CASAS para viver bem

Arquitectos....... Rui Carvalho e Diogo de Lima Mayer Projecto..... Pertejo Atelier......... INTERGAUP

De que forma é que caracterizam este projecto? Consideramo-lo uma resolução forte, pragmática e linear do programa. A solução é pouco fulgurante, se vista de alguma distância, como passando na ponte Vasco da Gama. Resume-se a dois paralelepípedos - um pousado no chão, branco, de proporções horizontais, e um outro amarelo, alçado sobre o primeiro, por “pernas” de betão com a escala apreendida ao viaduto da ponte, cada um com a sua tipologia específica (respectivamente, três pisos de fracções de escritórios e nove pisos de fogos de habitação). No entanto, em 10 minutos de percurso pedonal, sob os edifícios, podemos apreciar a compensação do que parecia pobre, por não ondular, ou não ter cabos de aço inoxidável com velas.

O espaço é forte, rigoroso, e o movimento com que não fomos enganados da ponte, aparece agora, na riqueza das perspectivas que se recebe aos seus pés. Quais os elementos que mais fortemente distinguem este projecto, no âmbito da nova arquitectura urbana, e como é que esta deve ser criada nos dias de hoje? Este projecto soma - como é costume - um local, um programa, algumas ideias e vontades, leis, e um controle de custo. O que distingue este projecto dos outros, advém das suas diferentes parcelas, sendo que o resultado, se for procurado de forma aplicada e honesta, tem de ser bom, independentemente do que as épocas apontam como o correcto, em termos de imagem, mais ou menos caprichosa, ou de tecnologias utilizadas, mais ou menos “sustentáveis”. A “nova arquitectura urbana” é toda a que se faz hoje e não deve ter uma definição de como fazê-la. De que forma é que pensa que este projecto contribui para o enriquecimento do Parque das Nações? O Parque das Nações é um quadro que começou por nascer para impressionar, em 1998 - por direito do evento que recebeu - o que provocou um complexo de impressionismo nos projectistas que lá intervieram, o que só recentemente se começa a dissipar. Não nos podemos esquecer que este conjunto tem uma génese e utilização privadas e serve, antes de mais, os seus proprietários e, tendo algum amor-próprio, não despendeu o principal da sua energia, na forma como se apresenta ao público. Consideramos que a maior contribuição deste conjunto não é de impacto visual directo, não sendo portanto apreensível por automobilistas alheios. Tem sim uma firmeza que se pode ir testando, a pé, analisando os espaços e os pormenores, percebendo se cada coisa é o que é, intencionalmente, e qual foi essa intenção.


PUB | NP |27

Quero vender a minha casa Há pequenas coisas que tornam uma casa atraente. Algumas delas, não têm qualquer custo e ajudam a concretizar mais rapidamente a transacção que deseja. Se está a vender a sua casa, é porque em breve também vai mudar, por isso é uma boa altura para começar a arrumá-la e a organizá-la de modo a que esta seja atraente para quem a vem visitar. Comece com uma limpeza geral. Substitua lâmpadas fundidas, limpe bem os vidros e estores para deixar entrar o máximo de luminosidade. Retire os excessos de bibelôts e objectos pessoais, livros e electrodomésticos de cima dos móveis e bancadas da cozinha. Lembre-se que um potencial comprador deve imaginar-se a habitar a casa e para isso precisa de ter o espaço suficientemente vazio. Mantenha a casa impecável e confortável em dias de visita. Areje as divisões, acenda uma vela aromática ou faça café para que se sinta um cheirinho agradável ao entrar na sua casa. E porque não um ramo de flores frescas? Pergunte a si próprio: eu comprava esta casa se a visse como está? Durante as visitas de potenciais compradores deixe o consultor imobiliário acompanhar o cliente, ele é que é o profissional. Se tem crianças (ou animais) aproveite e vá dar um passeio enquanto a visita decorre para que o cliente não se distraia do motivo que o trouxe ali. Evite falar sobre a ligação emocional que tem à casa, aos objectos pessoais e às suas memórias. Lembre-se que as lembranças são apenas suas e não dizem nada ao potencial comprador, pelo contrário, impedem-no de visualizar a vida dele e da sua família naquele espaço. O comprador não está a comprar a sua casa mas sim a casa para ele e a família viverem.

T2, a estrear, junto à Ponte Vasco da Gama

T2 Vista magnífica

Localizado em piso alto, com vista magnífica sobre o rio, através do envidraçado e da varanda de que dispõe toda a casa. Cozinha com zona de tratamento de roupas, arquitectura moderna, muita luz, estacionamentos e arrecadação. Arquitectura: INTERGAUP

Vende Parque das Nações Moradia vende Parque das Nações Localizada em condomínio fechado, jardim privativo e grande jardim comum. Sala com 3 ambientes, lareira, cozinha com zona de refeições e terraço de ligação à sala. 4 quartos, 2 em suite, escritório com 40m2 em open space, com terraço. Cave e garagem com 111m2. Excelentes acabamentos. Arquitectura: Miguel Albergaria

Choice -Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda. AMI 6199 Rua Cais das Naus 4.01.01G (junto à Torre Vasco da Gama) 1990-305 Lisboa

T.210 970 617 choice@casaschoice.com www.casaschoice.com

Missão

Arrendamentos

Serviços CHOICE:

A missão da CHOICE é contribuir para a qualidade de vida dos seus clientes, parceiros e colaboradores, oferecendo soluções nas áreas de habitação, escritórios e comércio, prestando serviços de excepção, num ambiente humano, profissional e de confiança.

T1,T2,T3,T4 com /sem móveis excelentes localizações, bons acabamentos, vista de rio, arquitectura moderna, estacionamentos e arrecadação.

. Procuramos soluções adequadas . Propomos espaços de qualidade . Aconselhamos os melhores investimentos . Colaboramos no processo de financiamento . Tratamos da documentação até à celebração da escritura . Apoiamos na mudança e decoração . Acompanhamos o cliente após a venda


28| NP | CARTAZ

Agenda n o Par que Verão 2005 - Colégio Parque das Nações

O Colégio Parque das Nações, creche e jardim de infância, situado na zona sul, próximo do Oceanário, oferece uma alternativa para os pais que procurem ocupação para os seus filhos, durante as férias de Verão . Durante o mês de Agosto, para grupos de crianças dos 4 aos 6 anos e dos 6 aos 12 anos. Composto por quatro módulos semanais (de 2ª a 6ªfeira entre as 9h e as 18h)estes programas desenvolvem, para os mais novos, jogos e desportos; explorações ambientais; brincadeiras com a água e ateliês variados. Para este programa, o Colégio do Parque das Nações irá contar com uma nova equipa de monitores que vão desenvolver actividades variadas com as crianças. O valor é de 150 Euros, por semana, incluindo a alimentação e tudo o que é necessário. Para mais informações:218 917 402/4

Colégio de Verão do Programa Educação do Parque das Nações O Programa Educação do Parque das Nações tem sido, desde Outubro de 1998, o serviço da Parque EXPO responsável pela organização, gestão e divulgação de visitas de estudo e de actividades lúdico-pedagógicas para grupos de crianças em idade escolar.

Este programa, que já recebeu mais de 400.000 crianças e jovens de todo o país, tem como principal objectivo contribuir para a descoberta de novos conhecimentos do público infantil e juvenil, proporcionados pela utilização dos equipamentos e outras condições excepcionais do Parque das Nações. Para crianças dos 3 aos 13 anos, de 4 de julho a 29 de Julho, este programa contará com programas de: Música; dança; teatro; cinema e artes plásticas. No desporto, com jogos tradicionais; BTT; canoagem; bowling,; escalada; orientação e mini karts. Contará, também, com actividades da educação ambiental; visitas ao Oceanário e Museu do Conhecimento; passeios no exterior; quinta pedagógica; passeios no Tejo e Parque de Monsanto, entre outros. O preço é de 150 Euros por semana e inclui almoço, lanche e todas as actividades. Para mais informações: 218 919 179/81/51

Clínicas de Ténis de Verão A Escola de Ténis Jaime Caldeira propõe 5 módulos semanais para todos os interessados em aproveitar o Verão para aprender ou aperfeiçoar a prática do Ténis. Na Zona Norte do Parque das Nações, nos jardins junto à ponte Vasco da Gama, estas clínicas terão lugar, entre 27 de Junho e 29 de Julho, decorrendo

todas as semanas, entre as 9h e as 13h. Cada módulo terá o custo de 80 Euros e as inscrições são limitadas. 1ª semana - 27 de Junho a 1 de Julho 2ª semana - 4 a 8 de Julho 3ª semana - 11 a 15 de Julho 4ª semana - 18 a 22 de Julho 5ª semana - 25 a 29 de Julho Para mais informações: 968 021 413 e 934 970 038

Férias desportivas - Game Kids A Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, em parceria com a Game Kids, vai promover, novamente, este ano, as férias desportivas para crianças, durante os PUB

cozinha tradicional portuguesa Especialidades Polvo à Lagareiro Carne de Porco Preto

Reservas 218957227 Edificio Espelho do Tejo, Lote 4.07.01 - Rua Ilha dos Amores - Lj.1

Encerramos aos Domingos

Gambas à Braz


CARTAZ | NP |29

ESPECIAL VERÃO meses de Julho e Agosto. Com o lema “ajude o seu filho a crescer em forma” este projecto é dirigido a jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos. As actividades semanais contam com: futebol; patinagem; cinema; luta; canoagem; xadrez; actividades de exploração da natureza; jogos de praia; equitação; escalada; ténis; tiro com arco; telecomandados; jogos tradicionais e insufláveis. Estas actividades terão lugar, no Parque das Nações; Vale S. Gião; Associação de Moradores da Portela e Costa da Caparica. Os custos são de 115 Euros por semana para sócios e 125 Euros para não sócios e inclui almoço, lanche, seguro e diploma. Para mais informações. www.amcpn.com telem. 966 031 230/ 962 305 380

de jogos matemáticos de 11 a 15 - TROCAM-SE OS BRAÇOS NO AR... (a partir dos 6 anos) semana de danças e cantares tradicionais de 18 a 22 - A GIRAR TODA A GENTE VAI... (a partir dos 6 anos) semana de jogos tradicionais -TODO O MUNDO É UM PALCO (a partir dos 8 anos) semana da expressão dramática de 25 a 29 - VAMOS FAZER TV (a partir dos 7 anos)

Ás de Saber - Ateliês

Agosto de 1 a 5 - BRINCAR AO FAZ DE CONTA (dos 5 aos 10 anos) semana de ateliês diversos relacionados com as expressões de 8 a 12 - Ambiente e Movimento (a partir dos 10 anos) semana de dança e movimento de 22 a 26 - TODO O MUNDO É UM PALCO (a partir dos 8 anos) semana da expressão dramática

Criar espaços de aprendizagem que vão para além da tradicional forma de aquisição do SABER. É neste contexto que surgem os Ateliês Ás de Saber. Momentos, simultaneamente, lúdicos e de aprendizagem. Agora com especial destaque para o Verão. Julho de 4 a 8 - BRINCAR AO FAZ DE CONTA (dos 5 aos 10 anos) semana de ateliers diversos relacionados com as expressões ENCONTRA-TE NO LABIRINTO... (dos 10 aos 15 anos) semana

Setembro de 29 de Agosto a 2 de Setembro - VAMOS FAZER TV (a partir dos 7 anos) de 5 a 9 - TROCAM-SE OS BRAÇOS NO AR... (a partir dos 6 anos) semana de danças e cantares tradicionais ENCONTRA-TE NO LABIRINTO... (dos 10 aos 15 anos) semana de jogos matemáticos Rua de Moscavide Lt. 4.53.02E Lj. 18 (Zona Norte) tel. 218963068 / 969754763

Atelier Conservazione Giovanna e Ana exprimem a sua paixão pela arte organizando workshops ligados à conservação e restauro das obras de arte. Para os amantes desta arte uma possibilidade de um conhecimento mais próximo com esta actividade. - Workshop de iniciação ao Douramento - Worksops de conservação e restauro de pintura, escultura e talha Duração: Duas semanas, três horas diárias A decorrer na terceira e quarta semanas de cada mês. Informações:www.consevazione.pt Giovanna Dré 966454293 / Ana Maria Godinho 932077766 PUB

Centro de Estética :: Cabeleireiro :: Laser

ESCOLA DE ARTES DECORATIVAS PINTURA E BORDADOS

DEPILAÇÃO LASER Para eliminar os pêlos de uma forma cómoda rápida e indolor CABELEIREIRO UNISEXO Produtos Keune ROSTO Programa Rejuvenescimento: A acção do aparelho de lifting, RIVITON, reafirma e reestrutura o rosto, dando-lhe um aspecto sempre jovem. Programa Vitalidade: A acção do Ácido Glicólico para estimular a renovação celular e os sinais do acne. CORPO Acção sinergética: A utilização dos aparelhos e produtos específicos em tratamentos para eliminar os problemas inestécticos corporais, ocasionados pela celulite e obesidade.

Alameda dos Oceanos Lote 309.08 - Loja B Tel.:218 958 926

Edifício Ecrã

Venda de peças em gesso, madeira, marfinite, tintas, pincéis e tantos outros materiais para artes decorativas. Aulas de pintura a óleo e ensino de diversas técnicas em artes decorativas para todas as idades. Aulas de bordados.

Visite as nossas novas instalações no Edifício Ecrã

Encomendamos material para escolas. Alameda dos Oceanos Lote 3.15.01 Lj. E (zona sul- junto às bombas da REPSOL) Parque das Nações TM.969 019 003


LOCAL | NP | 3

Igreja: escritura do terreno para breve

Apesar de ainda não existir a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, este tem sido um dos temas mais fortes na consolidação do Projecto Parque das Nações. Logo que os moradores se foram instalando e os primeiros passos dados, foi sentida, como uma das mais importantes faltas, a existência de uma Igreja que servisse a recémchegada população. O facto de a sua edificação não estar contemplada no projecto urbano, levou ao aparecimento de um leque de medidas com vista a rectificar esta omissão. O aluguer de uma loja, no Terreiro dos Corvos (Zona Norte), veio possibilitar um espaço para a celebração das missas, catequese e outras actividades que, através de um espaço físico, dessem respostas aos objectivos da comunidade. Da criação de uma Comissão Instaladora da Igreja à sua consagração como Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, inúmeras foram as actividades que brotaram em torno desta causa. A Corrida do Oriente, algumas festas com vista à angariação de fundos, Encontros onde as componentes cultural e religiosa procuravam uma aproximação debatendo diversos temas, como por exemplo, a arquitectura das igrejas (com a presença de Siza Vieira). Enquanto a Paróquia ia crescendo, a par com a comunidade que se ia instalando e todas estas acções ganhavam um corpo maior, as reuniões com a Parque Expo realizavam-se com vista a negociar um terreno para a construção da tão aguardada Igreja. Hoje, a pequena loja que recebe os moradores do PN é, inegavelmente, pequena para os cerca de 200 alunos da catequese e para as cerca de trezentas pessoas que assistem às cerimónias realiza-

das. Este facto torna a alternativa criada (auditório da Escola Vasco da Gama) insuficiente. Parte da parcela 4.81 porá fim a estes problemas com a construção da futura Igreja do PN. O terreno vendido, a um preço simbólico de 260 mil Euros pela Parque Expo, situado perto da Rotunda do Parque (junto da Escola de Ténis), está na iminência de ser escriturado, oficializando este tão aguardado passo. Metade desta quantia (130 mil Euros) já foi entregue à Parque Expo que acabou por fazer, ainda, um desconto de 30 mil Euros, ficando, em dívida, os restantes 100 mil Euros. Para o Padre Nuno Tavares, o relacionamento com a Parque Expo nunca esteve tão próximo, revelando que a empresa “percebeu e ajudou esta causa”. Os contactos com arquitectos já foram iniciados e, depois, o projecto passará por aprovação do conselho paroquial, optando, afinal, por não seguir em frente com o Concurso de Ideias que iria estar na base desta escolha. Para o Padre Nuno, este será um momento muito importante para a Paróquia que tem crescido aos seus olhos “num espírito de grande aproximação, onde as pessoas se têm vindo a conhecer, entre elas, graças à Igreja.” Apesar de reconhecer que ainda existem muitos moradores que desconhecem a existência desta paróquia, admite que, nos últimos dezanove meses, observou um crescimento muito positivo. Adianta, ainda, que, caso se verifique a marcação desta escritura, este ano as festas dos Santos Populares terão, como forma simbólica, lugar, no terreno da futura Igreja.

Mais dois meses passaram sem notícias de Lisboa e de Loures, relativamente ao assumir de gestão da sua parcela, no Parque das Nações. Dois meses dizem muito para uma cidade que está a crescer. Mas a vida, essa, continua, dia-a-dia, a crescer no PN. Moradores que se fixam, empreendimentos que vão ficando concluídos, comércio, empresas, instalam-se, o projecto segue em frente. Neste número temos, em entrevista, um tema que, para muitos, poderá não ser importante como outras entrevistas que antecederam esta edição: as zonas verdes. Mas, por mais ou menos importante que seja considerado, trata-se de um tema que acaba por influenciar os mais relevantes princípios de desenvolvimento de uma comunidade. A sua diversidade, manutenção, quantidade e qualidade acabam por ser importantes para questões como a segurança ou a saúde. Na entrevista deste número, teremos respostas sobre a manutenção, diversidade e futuro das nossas zonas verdes. A questão da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes é, também, focada pelo aproximar da marcação da data da escritura do terreno no lote.4.81, tal como outras questões, de que dou como exemplo a Freguesia do Oriente. Esta causa que movimentou e uniu centenas de pessoas (até milhares se contarmos com eventos que superaram a casa das centenas... mas não quero cair num exagero que possa parecer fácil). O facto é que trouxe pessoas à rua, criou alternativas, eventos de sucesso como a Corrida do Oriente, organizou debates, encontros (trouxe Siza Vieira ao nosso, na altura, ainda menos povoado território! Siza, no Terreiro dos Corvos, às 23h da noite, a fazer esboços, num quadro em branco de como achava que as Igrejas deveriam ser construídas. Vale a pena recordar momentos como este. Momentos que deram os primeiros sinais de uma comunidade unida e determinada em conseguir atingir os seus objectivos.Vamos ver, então, se este projecto passa esta fronteira e consegue dar mais um grande passo ao encontro da construção de uma Igreja desejada por muitos. Insegurança e videovigilância, questões muito correntes nos mais diversos condomínios da zona, são apresentadas pelo Comissário Costa Ramos em mais uma análise à segurança pública, no PN. Freguesia do Oriente, a marina, entre outras já habituais rubricas, levam-nos a mais um número do Noticias do Parque que, no mês de Julho, celebra o seu 4.º aniversário. Miguel F. Meneses

no tic ias pa rq ue @ ne tca bo .pt

VERDES

FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, André Moura; Filipa Samarra, Pedro Santos Pereira,Tiago Reis Santos, (Colaborações) António dos Santos; Gonçalo Peres, J. Wengorovius, Reinaldo Martins Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Projecto Gráfico: Tiago Fiel Colaboração: Joana Ramalho Produção: Central Park Impressão: Imprejornal Rua Ribeiro Sanches 65-1200-787 Lisboa Tiragem: 5 500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Diogo Cão nº. 1 7º Dto. 2685-198 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03 PUB

Tratamentos Estéticos Crioterapia. Pressoterapia. Envolvimento de Algas. Endermologia. Mini Lifting Facial. Drenagem Linfática Manual Retenção de Líquidos. Pré e Pós Cirurgia Estética.

Temos uma área de 150 m2 Segunda a Sábado das 10h às 20h Alameda dos Oceanos, lote 4.32 01-B Parque das Nações 1990-238 Lisboa (Junto à CGD) Zona Norte Tel. 21 895 16 70

Alisamento Térmico Japonês Extensões 100% cabelo natural . Alongar . Dar volume

Tenha as unhas que sempre sonhou Unhas de Gel -Extensões; Gel Polish; Clear Gel Permanente e Pinturas de Pestanas Sauna por Infra-Vermelhos Epilação Definitiva Esta Técnica permite a eliminação definitiva das células germinativas responsáveis pelo crescimento do pêlo.

Duche de Massagem Hidromassagem. Banho Turco. Aromaterapia.


30| NP | ACTUAL

PARQUE EXPO COM RESULTADOS POSITIVOS Terminado o mandato de Bracinha Vieira na administração da Parque Expo, foi altura de se fazerem contas a 2004. Um dos mais bem-sucedidos responsáveis pela empresa mãe do PN aguarda, agora, a sua sucessão. Fica um resumo do Relatório e Contas aprovado em Conselho, no passado dia 27 de Maio. A Parque EXPO 98 SA registou em 2004 um resultado positivo de cerca de 4 milhões de euros, o que representa uma melhoria de cerca de 8 milhões de euros relativamente ao ano imediatamente anterior. O Relatório e Contas de 2004 foi aprovado na Assembleia Geral da empresa que se realizou no passado dia 27 de Maio. Ao longo do mandato do Conselho de Administração presidido pelo Dr. José Bracinha Vieira, que agora chega ao fim, procedeu-se igualmente à redução sustentada do endividamento remunerado que se situa agora nos 472 milhões de euros, quando há três anos era da ordem dos 700 milhões. Durante o mandato do triénio 2002/2004, a Parque EXPO 98 SA redimensionou a sua estrutura organizacional, agora orientada para o negócio e privilegiando a gestão por projectos, a recentragem do core business na renovação urbana e requalificação ambiental (a Parque EXPO é a única empresa portuguesa certificada nestas actividades) a prospecção de novas oportunidades e a entrada em projectos em portugal e no estrangeiro, em parceria com entidades públicas e privadas. Representando um exemplo de eficiência no quadro do sector público empresarial, a Parque EXPO adquiriu uma experiência única, em Portugal, de intervenção em processos de regeneração urbana e requalificação ambiental, constituindo hoje um

centro de competências internacionalmente reconhecido. A Parque EXPO é sistematicamente procurada por entidades nacionais e estrangeiras para acções de aconselhamento e cooperação técnica, prestação de serviços e constituição de parcerias, de que o exemplo mais recente é a relevância atribuída pelos organizadores da EXPO Shangai 2010 que se materializou na assinatura de um Memorando de Entendimento. A internacionalização da Parque EXPO, iniciada este triénio, levou a empresa a projectos no Brasil, Cabo Verde, Espanha, Hungria e Polónia, os quais se encontram em diferentes estágios de desenvolvimento. No âmbito nacional, além dos projectos Parque das Nações, cuja conclusão se prevê para 2008, e POLIS, em ampla prossecução, a Parque EXPO 98 SA desenvolve a sua actividade em Alqueva, S. João da Caparica, Maia, Óbidos, Alcochete, Montijo, Vila Real de Santo António e Lagos. Participadas a 100 por cento pela Parque EXPO 98 SA, as empresas Oceanário de Lisboa e Atlântico (que explora o Pavilhão com o mesmo nome) apresentaram em 2004 lucros de 571 mil euros e da ordem de um milhão de euros, respectivamente. A marca Parque EXPO continua a afirmar-se de forma inequívoca em Portugal e no estrangeiro. PUB

Cozinha Tradicional Portuguesa

7,50 € Menu Especial Pão Prato do Dia Sumo/Cerveja/Copo de Vinho Sobremesa Café

AO PÉ DA CASA - Produtos alimentares, Lda Jardim dos Jacarandás Lote 4.28.02 D PARQUE DAS NAÇÕES TEL - 968.054.604 (AO PÉ DA FARMÁCIA PARQUE DAS NAÇÕES)

Agora com as secções de mercearia, Fruta e Hortaliça (Directamente do Produtor Região: Caldas da Rainha)

Peixe Mariscos Pré-cozinhados Legumes Leite iogurtes manteigas Águas Sumos Gelados de Sobremesa

Especialidades da Casa Grelhados no carvão Polvo à Lagareiro . Massada de Cherne c/ gambas Naco na Pedra . Bife à Casa - Jantares de Grupo - Sala VIP/10 pessoas Perto do Bingo de Moscavide Estrada de Moscavide, 27 1800 Lisboa Tel . 218 536 602 ENCERRA AO DOMINGO

Bingo

-Café em grão -Chá a vulso -Chocolates -Frutos secos -Doces Regionais -Compotas -Louças -Garrafeira -Refeições ligeiras


PUB | NP |31



4 | NP | ENTREVISTA

“Penso que é uma zona que está bem cotada ”

São cerca de 110 hectares de zonas verdes, num projecto urbano com um total de 330 hectares. Ribeiro de Almeida é responsável por esta área, desde 2001, que conta com cerca de dez mil e quinhentas árvores plantadas e mais de duzentas e trinta espécies diferentes, provenientes de partes diferentes do Mundo. Fica a conversa sobre um espaço e uma das principais razões que trazem, mensalmente, mais de um milhão de visitantes ao PN. Miguel F. Meneses

De que forma é feita a manutenção dos espaços verdes? No fundo, a manutenção implica ter todos os cuidados com os espaços verdes para os manter em bom estado. Trata-se de seres vivos que precisam de cuidados, a nível de alimentação, de tratamento, rega, substituição das plantas que morrem, etc.. Durante a fase da exposição, havia um certo respeito por parte das pessoas. Era uma obra emblemática de carácter nacional e as pessoas respeitavam-na. Depois desta fase, com o crescimento da parte urbana, com muitas obras e os seus estaleiros, com as pessoas a começarem a habitar a zona, escritórios, o respeito sobre o espaço público em geral, e, nomeadamente, os espaços verdes, começa a ser menor. As pessoas pisam, roubam, estragam. A equipa de manutenção tem esse fardo que é andar atrás e repor esses estragos. Neste momento, e desde 2001, temos o PN divido em quatro zonas e foram feitos concursos que deram origem a quatro contratos . Uma das empresas ganhou duas zonas e temos mais duas responsáveis pelas restantes. Em que parâmetros é que foi feita essa divisão? Através dos seis Planos Pormenor deste projecto? Tentámos criar quatro zonas idênticas, em termos de volume e, também, por tipo de vegetação. Existe uma zona a sul que corresponde ao PP3, uma zona central que corresponde à zona do

recinto (PP1 e PP2), e uma zona norte que abrange o PP4 e PP5 mais o Parque do Tejo. São contratos de 3 anos que foram prorrogados por mais um ano e prevê-se que, com a transferência para as câmaras, serão feitos novos concursos. Quantos funcionários é que trabalham nesta manutenção? Cerca de setenta e cinco funcionários em permanência, nos dias úteis, e cerca de quinze, aos sábados, Domingos e feriados. Contrariamente ao que as Câmaras fazem, que não é habitual terem gente a trabalhar aos fins-de-semana, nós fazemos questão de prever, nos contratos, que exista uma equipa mínima para a limpeza dos parques e, no Verão, para garantir as regas. Trata-se de uma zona muito rica e diversificada comparativamente com outros centros urbanos do país? É uma zona com alguma densidade de espaços verdes comparativamente com a cidade de Lisboa. Temos cerca de dez mil e quinhentas árvores plantadas (520 palmeiras), 23 hectares de relvados; 9 hectares de canteiros com arbustos. Só em árvores temos mais de 230 espécies diferentes. Uma grande diversidade que torna esta zona bastante rica. Alguns espaços são bastante diversificados como o Jardim Garcia de Horta que é quase um jardim botânico. É pena que algumas pessoas não o respeitem. Fica junto aos bares, as noites, ali, são mais intensas e, de vez em quando, surgem alguns danos


ENTREVISTA | NP | 5

possibilidades financeiras. São custos muitos mais altos comparativamente com outros espaços idênticos? Os custos têm a ver com o parque existente. Existe aqui uma grande variedade de plantas e algumas delas de difícil manutenção. Podemos ter os mesmos espaços verdes com as mesmas áreas com plantas mais corriqueiras e banais e os custos são completamente diferentes.

A dificuldade depende da estratégia política que for adoptada. Em princípio, as câmaras, de uma forma geral, já estão a subcontratar empresas para fazer este tipo de gestão. O problema é que, normalmente, contratam fazendo contas ao metro quadrado. Mas, se utilizarem a nossa forma de contratar, tudo bem. Nós é que definimos o número de funcionários que queremos em permanência, temos uma estimativa dos consumáveis que vão ser gastos. Fazemos um estudo para apurar as necessidades, para conseguir manter o grau de qualidade pretendido. nesse jardim. Temos uma zona no Parque do Tejo, chamada o Arboreto, onde, inicialmente, foram feitas as plantações experimentais, no sentido de estudar quais as espécies que se adaptavam melhor ao nosso clima e à nossa proximidade com o rio. As plantas que, na altura, sobreviveram (a maioria) acabaram por constituir o Arboreto onde as plantas estão arrumadas por famílias. Servem, também, para ir substituindo algumas falhas que vão surgindo como, por exemplo, pinheiros que são “atropelados” na Avenida D. João II. A nível de projecto urbano, como é que vão ficar as zonas verdes envolventes e que estão integradas nas zonas residenciais? Dentro dos lotes, as zonas verdes privadas são da responsabilidade dos próprios condomínios. Temos os chamados espaços privados, de acesso público, que são construídos e mantidos pela Parque Expo e, futuramente, pelas próprias câmaras. Neste momento faltam dois logradouros na Zona Sul. São espaços que irão ser

criados em projectos que darão lugar a parques de estacionamento subterrâneos com jardins na cobertura. Estes dois casos estão em concurso público e, logo a seguir, virá a gestão de espaços verdes. Depois, temos no PP4, o lote 4.08 que está a ser remodelado, onde havia já uma zona relvada com uns choupos. Está a ser remodelado em termos de volumetria, porque vai fazer um remate com o lote que vai ficar do lado nascente e que vai levar uma escada de acesso a um pátio interior desse lote e o relvado irá rematar com essa escada. Procedeu-se, também, a um realinhamento do próprio espaço verde. Faltam árvores de alinhamento em alguns arruamentos, no PP4, ao pé da bomba da BP, onde estamos à espera que acabem as obras para podermos avançar com a obra. Falta o Pátio das Pirogas (lote4.43) e penso que do PP4 é o que resta. O maior projecto que fica em falta é o PP5, quase na sua totalidade. E relativamente ao PP6? Falta tudo o que está entre a

Ponte Vasco da Gama até à margem do Trancão. Aí, em termos de espaços verdes, temos cerca de três zonas que estão em estudo. Vai ser uma zona de lazer e depende das entidades que estejam interessadas em desenvolver esse projecto. O aterro, aquele monte a seguir à ponte, tem que ter sempre algo com características de espaços verdes onde nunca se poderá construir nada e anda a concurso a concessão para a construção de um campo de golfe. Será o PP6 o futuro “pulmão” do Parque das Nações? O PP6 terá cerca de 80 hectares. Já é um pulmão, não estamos a falar de uma zona tipo Monsanto com uma grande densidade de árvores, mas é uma zona com muitos relvados onde se pretende que as pessoas venham correr, jogar à bola, ou seja, cultivar o espaço como uma zona de lazer. De 23 hectares de relvado que existem em todo o PN, 17 pertencem ao Parque do Tejo. 80 hectares incluem toda a zona que está já trabalhada e toda aquela que está por

fazer. Acha que vai ser difícil as câmaras darem conta do recado quando assumirem a sua gestão de território? Não será necessário recorrerem às empresas tal como, sempre, sucedeu aqui? A dificuldade depende da estratégia política que for adoptada. Em princípio, as câmaras, de uma forma geral, já estão a subcontratar empresas para fazer este tipo de gestão. O problema é que, normalmente, contratam fazendo contas ao metro quadrado. Mas, se utilizarem a nossa forma de contratar, tudo bem. Nós é que definimos o número de funcionários que queremos em permanência, temos uma estimativa dos consumáveis que vão ser gastos. Fazemos um estudo para apurar as necessidades, para conseguir manter o grau de qualidade pretendido. É evidente que com as conversas que eu tenho tido com a equipa técnica da Câmara de Lisboa, que está presente no PN há cerca de 3 anos, vejo que já perceberam como é que nós trabalhamos e penso que querem adoptar um sistema idêntico. Agora depende dos custos e das

Temos plantas oriundas um pouco de todo o Mundo. Sim, na altura foi feita uma pesquisa para conseguir trazer uma grande variedade de plantas. A adaptação correu da forma esperada? Com o correr do tempo podemos dizer que sim. Tivemos fases mais complicadas, principalmente, por causa das obras decorrentes. Mas penso que, quando tudo estabilizar e acabar a construção, pode ser que o nível de mortalidade venha a baixar. A nível de arbustos e com uma maior carga de população talvez venha a acontecer o contrário. Como há mais gente são mais pisadas ou roubadas o que, também, acontece. Que cuidados é que as pessoas devem ter? Devem respeitar os espaços. Que não maltratem, não há necessidade de passar por dentro dos canteiros. Que procurem não pôr os cães dentro dos canteiros porque os dejectos matam as plantas, os cães esgravatam estas zonas. Temos uma zona mais crítica, no Passeio do Neptuno, junto à marina. Aí temos duas situações gravíssimas: os cães e as esplana-

das dos restaurantes que já estão antes e depois desses canteiros. Estamos a optar pela solução de os proteger com canas de bambu para ver se as pessoas ganham algum respeito. Em algumas zonas isso tem resultado. Como é que classifica esta zona em quantidade e em diversidade? Para já sou suspeito, na resposta a essa questão. O que posso dizer é que o projecto, não só pelas zonas verdes como pelo projecto urbano, na sua totalidade, permitiu a criação de um pólo de atracção para as pessoas que adoram a zona e que andam à vontade. Agora não vou classificar mas penso que é uma zona que está bem cotada. Tem um bocado de tudo. Só na alameda, a quantidade de carvalhos de que dispomos, de azinheiras, na D. João II, de Pinheiros bravos, os jardins, o parque... Qual é que é a sua espécie preferida? São 240 espécies diferentes. Temos algumas que, só pelo seu valor, são bastante importantes. A colecção de 520 palmeiras e algumas com um porte e um valor bastante elevado são, apenas, um exemplo no meio de muitos. A área de Lisboa tem cerca de dois terços do território. De que forma é que se relacionam os dois concelhos em quantidade de zonas verdes? A nível de árvores e arbustos estão bastante equilibradas. A única parte em que existe uma diferença é a nível de relvados, que dois terços estão, em Loures. que tem apenas um terço do território.


6 | NP | AMCPN

A segurança no Parque das Nações Foi com enorme satisfação que os moradores e comerciantes do Parque das Nações tomaram conhecimento, através da última edição do Notícias do Parque, da detenção do principal suspeito dos vários assaltos a garagens e arrecadações. Com efeito, trata-se de um grupo que vinha operando no Parque das Nações, de norte a sul, com um invejável palmarés, nomeadamente no furto de bicicletas de topo de gama. Apraz-nos, igualmente, registar que a detenção em causa teve um contributo importante dos moradores, consubstanciado, nas participações, telefonemas e contactos directos com a 40.ª Esquadra da PSP, o que ajudou as autoridades a “fazer um levantamento das ocorrências registadas, em meses anteriores, permitindo chegar a conclusões acerca do modus operandi utilizado”, conforme pode ler-se na citada notícia. É, pois, encorajador, constatar que constituímos uma “comunidade especial e aberta a participar”, com as autoridades no combate ao crime. Com efeito, apesar dos níveis de segurança do Parque das Nações serem dos mais elevados do país, é importante contar com a disponibilidade de cada um de nós na vigilância e comunicação às autoridades de todos e quaisquer movimentos suspeitos, sem receio de incomodar essas mesmas autoridades - que, de resto, mostram total abertura a um contacto estreito com a comunidade -, porquanto, temos notícia de que já alguns moradores têm sido alvo de furto e agressões físicas perpetrados, por vezes, por indivíduos ou grupos portadores de armas brancas e, mesmo, de fogo.

“Alguns moradores têm sido alvo de furto e agressões físicas perpetrados, por vezes, por indivíduos ou grupos portadores de armas brancas e, mesmo, de fogo”. E este é, sem dúvida, um tipo de criminalidade altamente preocupante, que, mais do reprimir - a repressão já não repõe a situação ante-agressão -importa prevenir. E aí é, em nosso entender, de vital importância a colaboração dos agredidos, mediante a participação de todas as ocorrências de que foram alvo, por mais leves que sejam, e a vigilância de cada um de nós. Das autoridades espera-se e deseja-se, igualmente, que, para além de intensificarem os patrulhamentos nas zonas residenciais - até aqui pouco ou nada patrulhadas - mantenham o espírito de abertura e a receptividade às comunicações dos moradores, mesmo para aquelas que, à partida, com a sua experiência profissional, lhes possam parecer irrelevantes ou desajustadas da realidade. Ou seja, espera-se que nesse contacto com a comunidade, os agentes da autoridade tenham presente que sendo eles os técnicos de segurança e não os cidadãos, deverão aceitar, de bom grado, todas as informações e sugestões, por mais insignificantes que se lhes apresentem, cabendo-lhes a filtragem e tratamento da mesmas, mas sem, por isso, desvalorizar - acabando por desincentivar acções futuras - a colaboração prestada.

Para futuras inscrições de sócios da AMCPN utilize o seguinte contacto: Rua Ilha dos Amores, LT. 4.39.01.C.4A Telef-966 031 230 www.amcpn.com / geral@amcpn.com

A Direcção da AMCPN

PUB

Uma organização ao serviço das empresas e dos empresários

PORTUGAL CONSULTORES

Contabilidade Geral Contabilidade Analítica Contabilidade Orçamental Contabilidade Financeira Gestão de Empresas e de Pessoal Estudos Económicos Consultadoria Fiscalidade Auditorias Av. D. João II – Edifício Infante, 7º C Parque das Nações – 1900-083 LISBOA Telefone: 218 922 400 Fax: 218 922 409 Email: geral@abportugal.com

F


OPINIÃO | NP | 7 A Marina da Expo constitui um tema complexo e particularmente interessante porque engloba um conjunto de questões influentes ao longo dos anos. Questões essas que se relacionam mais directamente, ou menos, e que advém de uma grande diversidade de aspectos actuais da situação presente. O estado

em que a zona da Marina está hoje em dia não tem qualificação. Além do óbvio deplorável, é desrespeitador para com os investidores que compraram lugares para barcos e uma vergonha para os visitantes portugueses e estrangeiros e, naturalmente, o é também para os habitantes da zona sul.

MARINA Por: António Rosinha

Origem A ideia de uma Marina na zona da futura Expo 98 foi mais que normal, para o conjunto de pessoas que pensavam aproveitar o local da exposição como um exemplo de núcleo urbano moderno e de qualidade dentro de Lisboa, na sequência da Expo. Em termos urbanísticos houve uma vaga hipótese de colocar a zona de serviços a Sul, rapidamente abandonada. Essa zona passou para a área mais central da Expo, já antes ou na altura da constituição da Expo Urbe em Novembro de 1994. Uma observação de carácter geral permite verificar que em termos urbanísticos, a Norte existem vários pólos ou âncoras em função dos quais a zona foi pensada, planeada e projectada pelos arquitectos tanto da Parque Expo como autores do projecto, que se preocuparam em criar pequenos pólos de bairro; ao Centro existe a zona de serviços, com uma central intermodal de transportes, edifícios temáticos e jardins emblemáticos da própria Expo 98; a Sul “existe” a Marina. São estas as características da zona urbana da Parque Expo, ainda com muitas falhas nas ligações internas e, sobretudo nas principais vias de ligação longitudinal de tráfego urbano onde se notam erros muito básicos.

ter colocado dragas fixas e fundas no molhe norte para permitir que a vazante entrasse e passasse para fora directamente com o aluvião que traz. Passagens essas que se teriam que fechar na enchente. Haveria, naturalmente, algum depósito na enchente, mas seria sobretudo naquela zona onde as tais dragas fixas poderiam abrir e funcionar imediatamente a seguir ao fim da vazante. De resto os portugueses mais sabedores das coisas do mar no passado mesmo recente, constituíram protecção para barcos ao longo e durante a obra de protecção da costa do rio em Lisboa, sempre interiores. Sofrem assoreamentos, é claro, mas são dragados com bastantes anos de intervalo. Também se deveria abrir uma passagem óbvia para permitir estacionamento ao lado norte da Marina. Tal passagem deveria ser feita na perna do T na sua ligação ao topo porque é o local onde as tubagens de infra-estruturas necessárias à zona central da estrutura em aço com restaurantes assim o implica. Há centenas ou milhares de marinas em todo o Mundo com ligações amovíveis para permitir a passagem de barcos, sobretudo com mastros. O topo do T não necessita de ter estacionamento. Deveria ser uma zona pedonal de lazer bonita, simples, bem arranjada, que permitisse a atracagem de embarcações de maior porte.

Projecto Inicial A Marina teve dois problemas iniciais também demasiado básicos. O primeiro refere-se à característica da Marina de corrente ou neste caso de maré. Todos os casos que conheço se situam em locais em que as correntes são relativamente fracas. No nosso caso não só é forte, como fortíssima. Chega a atingir 4 nós ou mais. Para além disso, essa corrente funciona nos dois sentidos, embora mais forte na razante do que na enchente. Era o único caso que eu conhecia de Marina de corrente/maré tão violenta, embora admita existirem e que não tenha conhecimento. O segundo problema refere-se ao facto de qualquer pessoa que esteja habituada ao mar saber que os temporais vêm do Sul. O vento norte no hemisfério norte é característico de uma alta pressão, normalmente algures sobre os Açores ou no Atlântico por perto. Pode ser muito forte nas Nortadas que têm uma componente influente muito importante pelo facto do sol provocar diferenças de temperatura substanciais em terra e no mar. Mas o tempo de Sul é mau e normalmente inconstante. Já dizia o José Régio “... o vento suão que enche o sono de pavor, faz febre, esfarela os ossos, dói nos peitos sufocados e atira os desesperados a corda com que se enforcam na trave de algum desvão ...” na lindíssima toada de Portalegre há mais de cinquenta anos. Na zona da Parque Expo onde o vento Sul / sudoeste pode provocar ondas curtas e altas em temporais de Inverno, porque o Mar da Palha é imenso e as distâncias até ao Seixal são muito grandes. É natural que os molhos flutuantes não aguentassem e que as entradas francas permitissem danos no interior, especialmente a do lado sul da Marina.

Novo projecto de correcção Não conheço em profundidade mas ouvi e li algumas coisas que me arrepiaram. Exemplo da não abertura ao lado norte e, imagine-se, construção, seja ela qual for, neste lado norte da Marina. Hipótese de prolongamento do lado sul da Marina; se por acaso for para Leste, interrompe o canal natural ainda com profundidade muito boa e poderia ter efeitos absolutamente desconhecidos em todo o estuário da foz do Tejo. Estes comportamentos ainda não são cientificamente conhecidos para serem simulados em computador. Tanto quanto se sabe são aleatórios e, por isso mesmo, são estudadas normalmente em laboratórios de Engenharia muito especializado, onde se podem construir modelos reduzidos (de grande dimensão). Este processo seria caríssimo e injustificável. O prolongamento para norte é possível mas, não só envolve, também, trabalho muito dispendioso, como também me parece difícil de ser admitido em termos urbanísticos, devido às questões fastidiosas de inumerar a título de mera suposição. A construção de comportas também me parece um luxo escusado, apenas porque existem soluções mais apropriadas e muito menos dispendiosas, tanto quanto sei. A hipótese de construções do lado norte seria mais uma agressão de abuso de poder às defraudadas pessoas que aqui investiram, como o foi a “regularização legal” dos “inqualificáveis atropelos urbanísticos” consubstanciados por lei através das portarias 1130-C/99 e 1130-B/99, assinados pelo então Ministro do Ambiente e Ordenamento do Território, em 30 de Dezembro de 1999, conferindo poderes excepcionais em matéria de aprovação e alteração de Planos de Urbanização da Zona de Intervenção da Expo da Expo 98 e apenas publicados no dia 18 de Fevereiro de 2000. A ex-Marina Expo, a quem a Parque expo não permitiu condições de explorar a Marina como lhe competia contratualmente, quando não sabia mais o que fazer recebeu um processo de denuncia do contrato por incumprimento, o que foi, no mínimo, a melhor “sorte grande” que lhe poderia acontecer. Atitude impossível de compreender sem pensar em aspectos de cariz impróprio e que conduziram à colocação de indemnizações de dezenas de milhões de contos. É claro que a justiça portuguesa está tão cheia disto que acaba por deixar prescrever alguns. Os Bancos credores Milhenium BCP e BBVA entendem que a

Projecto de correcção Os molhes com enrocamento até aos fundos foram uma boa hipótese. Tal medida tinha que ser feita tanto no lado sul, como no lado norte e, evidentemente, no T central onde se teria que tapar a entrada de águas no topo, o que não foi feito. A primeira versão com a entrada a Sul protegida da maré e do vento norte era um erro. Não só porque o tempo “unfair” vem do sul, como também porque a aluvião se deposita sobretudo na enchente (final) e não na razante. É claro que da forma em que está, dever-se-iam

melhor forma de se ressarcirem de alguma coisa é novamente o imobiliário, o que começa a ser ridículo em termos de governação de grupos, empresas, municípios, etc. Os detentores de lugares por 15 ou 30 anos na Marina inicialmente, investidores que de boa fé acreditaram, também receberam na altura uma carta do então Presidente da Parque Expo, que só posso qualificar de ridícula, risível e infantil, demonstradora de uma total falta de respeito e de abuso do poder, própria de uma ditadura. Dizia essa carta, em resumo, que lamentava, mas havíamos perdido todo o dinheiro investido e direitos adquiridos. Felizmente, imediatamente de seguida tal atitude foi corrigida tendo sido demonstrada alguma consideração pela Parque Expo provavelmente a que é possível, por esses direitos e investimentos. Portugal e as Marinas Tal como noutros sectores alguns portugueses entendem que os investimentos que são feitos devem ter um “pay back” imediato. Aprenderam mal, com os profundos erros do Nasdak e dos resultados trimestrais quando relacionados com empresas não directamente ligadas à actividade para-financeira. Na construção de marinas foi sempre o aspecto imobiliário que esteve na base das respectivas rentabilizações. O negócio principal era um chamariz mas foi sempre relegado para 2º plano, ou 10º, a título de alguma compensação de gestão ao longo dos anos. Uma marina tem um interesse turístico e urbanístico muito maior daquele que é em Portugal normalmente equacionado. É sempre um investimento que deve ser cuidadosamente analisado porque várias razões mas, a mais fácil e óbvia, é que tem um longo pay back directo. Por acaso, na zona da Parque Expo o aspecto imobiliário foi ressalvado desde a concepção e a Marina fazia sentido. Seria desta forma que deveria ter sido encarada desde o início. É claro que o aspecto imobiliário foi objecto de abusos posteriores inqualificáveis e não vale a pena e é inconsequente insistir sistematicamente nesta tónica. Conclusão A Marina da zona Expo deveria ser encarada a sério e resolvidos os problemas de forma correcta e financeiramente possível, própria de um País que pretende ser rico “um dia” mais tarde, num futuro longínquo. É uma obrigação de todos nós relativamente às futuras gerações. Os prevaricadores devem ser apontados e castigados, sejam eles quem forem, quando identificados. É essa e não qualquer outra, a obrigação dos jornalistas e dos meios de comunicação; outro tema . Os que cumprem e se preocupam de facto com os outros não podem desanimar quando forem agredidos ou confrontados com exemplos degradantes, sejam do vizinho, dos responsáveis, ou até, das mais altas figuras do Estado, se for esse o caso. Na minha opinião, é possível recuperar a Marina da zona Expo sem custos muito maiores, se a Marina for entendida como a actividade que é realmente o seu “core business”.


8| NP | BREVES

BREVES

Marina em debate na CMLisboa

Conclusões da reunião da AMNPN com o Assessor de Santana Lopes A ANMPN, Associação Náutica da Marina do Parque das Nações, foi recebida no passado dia 10 Maio pelo Assessor da Presidência da Câmara Municipal de Lisboa, Rui Andrade, com vista a, mais uma vez, exercer pressão para acelerar o processo de recuperação da Marina do Parque das Nações. Deste encontro, nos Paços do Concelho, esta associação destaca como principais conclusões, três pontos: “A surpresa do Dr. Rui Andrade pelos cerca de quatro anos já passados sobre o encerramento da Marina. A desolação da CML, na pessoa do seu Presidente, Dr. Pedro Santana Lopes, pelo estado em que se

encontra toda a infra-estrutura e o que isso significa de negativo não só para a toda a zona do PN como para a cidade de Lisboa. A certeza de que, por parte da CML, tudo será efectuado para que o processo ganhe uma nova dinâmica, e que o actual estado de coisas termine de uma vez por todas”. Este último ponto foi reforçado pelas palavras do chefe de gabinete de Santana Lopes, Ribeiro Rosa, que reafirmou o empenho pessoal do presidente da CML para a resolução deste problema que reconhece não ser aceitável “a continuação do actual estado das coisas.” Contactada a ANMPN, dias

depois deste encontro, fica uma análise conclusiva pela voz de Paulo Andrade, vice-presidente desta associação: “sempre que a ANMPN faz uma divulgação generalizada do estado de desleixo e abandono da Marina, surgem, normalmente, um conjunto de entidades com responsabilidades directas e/ou indirectas no local, manifestando a sua indignação pela situação e referindo o seu empenho em, rapidamente, encontrar uma solução. Isto acontece há quatro anos a esta parte, mas infelizmente, depois de passados alguns meses, tudo volta ao mesmo, ou porque caiu no esquecimento, ou o interlocutor foi substituído

ou o governo mudou ou não é oportuno, etc.. Assim, é natural e legítimo algum cepticismo da nossa parte, sobre os resultados no terreno que poderão advir da indignação ora demonstrada pelos responsáveis da autarquia, no sentido de reverter a situação presente. A Câmara Municipal de Lisboa, recebeu durante os últimos quatro anos, dezassete cartas denunciando a situação da marina, pelo que, é com contida cautela que registamos este súbito interesse na solução do problema. E tudo se passa no local mais visitado de Portugal, o Parque das Nações, construído para perpetuar o tema dos

“Oceanos” e homenagear a epopeia dos navegadores portugueses. A sua marina, única saída para o mar da Expo dos Oceanos, infra-estrutura única da cidade de Lisboa, capital do país de marinheiros, vive há quatro anos a esta parte em completa “agonia”, e como acontece tantas

vezes em Portugal - “NÃO HÁ CULPADOS”. Neste sentido, o Notícias do Parque não quer deixar de registar este último passo efectuado. Um dos muitos que foram dados por esta associação que não tem deixado de lutar por ventos que levem esta marina a bom porto.


BREVES | NP |9

BIL de saída do PN

Corrida do Oriente

Novo projecto dá lugar a serviços, comércio e creche

Dia 5 de Junho terá lugar a quarta edição deste evento com selo local

O BIL, Bowling Internacional de Lisboa, considerado o maior do país, está de saída do Parque das Nações, encontrando-se já encerrado ao público e fechando as portas, definitivamente, muito em breve. Tendo sido integrado no projecto, com um limite de permanência temporal na zona do recinto, foi, inicialmente, pensada a sua deslocação para a futura zona de lazer junto ao Trancão. Esta ideia foi alterada e o BIL abandonará, definitivamente, a sua actividade no Parque das Nações, sendo desenvolvido um novo projecto para este lote com uma área total de 5.703,00 m2. A área bruta de construção é de 14.964,00 m2, dos quais 9.157,00 m2 para serviços e 5.057,00 m2

para comércio e 750,00 m2 para creche. 340 lugares de estacionamento privado. Três

pisos acima do embasamento, dois pisos de embasamento e dois pisos abaixo do solo.

“Correr para conviver” é o mote de um dos mais mediáticos eventos do Parque das Nações. A Corrida do Oriente nasceu em 2002, após a iniciativa de alguns membros da comunidade, que procuraram organizar um evento que aproximasse todos os moradores da zona e outros aficcionadas deste desporto. A grande particularidade e marca de distinção é, precisamente, as duas provas que a caracterizam: prova de 10 km (distância certificada) e outra de 2 Km onde os participantes procuram a confraternização como meta de chegada. Só no ano de 2003, esta corrida teve cerca de 1 600 inscrições. Os preços das inscrições, após o dia 14 de

Maio, são de seis Euros e a pista, como sempre, é o tão procurado Parque das Nações. Os fundos reverterão para a Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes e, também, para o Elo Social.

Animação, convívio, festa e desporto são já os grandes vencedores de um evento que prima pelo encontro da comunidade do Parque das Nações. Mais informações em www.corridadooriente.com

Sempre presente para si...

ERA Expo M3F - Consultoria e Mediação Imobiliária, Lda

AMI n.º 4697 - Val. 01/02/2007

Moradia V5 Para Remodelar Lote c/ 260 m2 Boa Envolvência Zona Sossegada

3 Assoalhadas A Estrear Cozinha Equipada Garagem

OLIVAIS

ENCARNAÇÃO

Ref.: EXP00340502

T3 c/ 140m2 Sala c/ 37m2 Garagem/Box Arrecadação Excelente Localização

PARQUE DAS NAÇÕES

Ref. : EXP0672041

Ref. : EXP00970504

Ref. : EXP00080501

T2 c/ 110 m2 Óptimos Acabamentos Vista de Rio Tejo Garagem / Box Dupla

Ref.: EXP00400501

T4 desde € 389.000,00 Arquitectura de Renome Óptimas Áreas e Acabamentos Vista Frontal de Rio Tejo Garagem Dupla Ao Lado Gare do Oriente

T2 c/ 120 m2 Vista de Rio Tejo Sala c/ 31 m2 c/ Lareira Garagem / Box Dupla Arrecadação PORTELA

PARQUE DAS NAÇÕES

Ref.: EXP02030310

Ref. : EXP00910504

www.era.pt/expo

T2+1 Cobertura c/ 151m2 A Estrear Cozinha Equipada Terraço c/29m2 Garagem Dupla Arrecadação

PARQUE DAS NAÇÕES

PARQUE DAS NAÇÕES

PARQUE DAS NAÇÕES

T2 c/ 100 m2 (cedência) A Habitar até final 2005 Boas Áreas e Acabamentos Garagem Oportunidade

Condomínio Espelho do Tejo Rua Comandante Costeau Lote 4.07.01-H Parque das Nações 1990-067 Lisboa E-mail:expo@era.pt

Telef.:21 894 09 00


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.