Edição 25

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Escola Vasco da Gama 2005/2006 O início do ano decorreu dentro da normalidade embora a questão do excesso de candidaturas se mantenha A capacidade física da Escola Vasco da Gama para receber alunos, nos últimos anos, tem revelado alguma preocupação para os encarregados de educação desta comunidade. Tem-se vindo a verificar que o aumento de moradores, que se têm vindo a fixar, acabará por se revelar excessivo para a existência de apenas um equipamento escolar na zona. É certo que está prevista a edificação de uma segunda escola, o facto é que ainda não existem datas definidas para o fazer. O início deste ano lectivo decorreu dentro da normalidade. Segundo adianta Graça Figueiredo, presidente do Conselho Executivo, foram encontradas as soluções para dar resposta à procura existente tendo sido verificada a entrada de todos os alunos inscritos para a escolaridade obrigatória. No entanto, a mesma resposta não foi conseguida para as candidaturas ao pré-escolar tendo ficado cerca de duzentos alunos sem conseguir entrar. Reconhecendo que a capaci-

V dade física da escola tem os seus limites, admite ser importante a criação de um segundo equipamento escolar no PN que ofereça uma resposta para os alunos do pré-escolar e para os alunos do 1º Ciclo, que têm vindo sucessivamente a aumentar. No entanto, adianta que estão criadas todas as condições para que o ano decorra dentro da normalidade e que a escola está a fazer tudo para ultrapassar esta questão sem que os alunos sofram qualquer constrangimento. Fernando Lima, da Associação de Pais, refere que esta escola “está no limite da sua oferta”. Para este encarregado de educação é inegável a necessidade de outro equipamento escolar no PN. Considera grave o facto de o pré-escolar ter deixado de fora mais de duzentas crianças e excessivas as nove turmas de primeiro ciclo em funcionamento, situação esta que admite vir a comprometer a continuidade dos alunos, entre o pré-escolar e o 1.º Ciclo da Vasco da Gama. Alerta para o facto de não se poder estar a receber mais alunos do que este espaço pode assimilar, “caso se continue a verificar esta situação, vamos assistir à degradação desta escola e a um afastamento de certos padrões de qualidade como, por exemplo, o facto de não termos conseguido assegurar a criação dos tempos livres”. No entanto, reconhece que está a ser feito um enorme esforço por parte de todos os órgãos

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escolares e que, “todos juntos, vamos lutar para que a Vasco da Gama seja modelo em conseguir bons níveis de ensino e de qualidade”. Acreditando que, a nível da qualidade de ensino, se encontram num bom caminho, deixa alguns conselhos para os pais do Parque das Nações. Para os que têm os filhos na escola, uma maior presença no Espaço Escolar, para os que irão ter, no futuro, que procurem, com a antecedência devida, alternativas em escolas da periferia. Aconselha ainda que seja feito o recenseamento eleitoral nas suas actuais freguesias, de forma a actualizar o rácio de alunos desta zona. Contactado o director Regional de Educação de Lisboa, José Joaquim, as declarações face a esta matéria foram as seguintes: “A capacidade existente na zona do Parque das Nações e área envolvente, no que respeita aos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico, assim como ao Ensino Secundário, tem correspondido à procura. As dificuldades têm-se verificado ao nível do 1.º Ciclo e do Pré-Escolar. Ora, nos termos da lei, compete às autarquias a construção e manutenção dos edifícios escolares do 1.º Ciclo e do Pré-Escolar, pelo que é a elas que as questões em apreço deverão ser postas, sem prejuízo da DREL estar disponível para contribuir na procura das melhores soluções”. PUB

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Parque Expo em Riga

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Presente na conferência internacional, a empresa continua a divulgar o seu Know how ao Mundo A Parque EXPO participou de 27 a 29 de Setembro, em Riga, na conferência internacional WaterfrontExpo 2005, onde a frente ribeirinha de Lisboa é um dos 12 case studies em apreciação. Cerca de 300 delegados de 35 países participaram na Conferência, a qual, segundo a empresa, constituiu um palco privile-

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Parque recebe novo Páraco

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Padre Nuno Tavares termina a sua missão fazendo um balanço muito positivo

giado para a visibilidade das suas competências em matéria de mutação do território. Além do sucesso do caso português, os conferencistas abordaram igualmente recentes trabalhos de recuperação urbana e requalificação ambiental. em zonas marítimas e/ou fluviais como Riga, Cairns (Austrália), Roterdão,

Helsínquia, Liverpool, Mumbai (Índia), Hong-Kong, Southampton, Muscat (Omã), Atenas e Washington DC. A edição de 2007 desta Conferência realiza-se em Lisboa, onde, segundo a organização, a “espectacular frente ribeirinha” do Parque das Nações será o assunto dominante.

A edição do Notícias do Parque, de Dezembro de 2003, publicava uma entrevista feita ao recém-chegado prior da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. O Padre Nuno Tavares assumia, assim, uma missão à frente desta Paróquia. Passados dois anos, este jovem prior passa o seu lugar ao Padre Paulo Franco, afirmando que “o serviço à Igreja é caracterizado por estas mudanças mas que as missões nunca terminam”. Recém-integrado numa

nova equipa pastoral em Lisboa, recorda que os dois anos que passou no Parque das Nações “revelaram-se uma experiência muito positiva”. Considerando esta zona dotada “de uma mobilidade fascinante”, recorda o facto de ter tido situações de membros da paróquia que, durante este curto período de tempo, chegaram a sair da zona para voltar ainda durante o período em que esteve presente. Admirado pelo desenvolvimento senti-

do, refere como um dos motivos de orgulho o aumento do número de crianças que, através da catequese e de outras actividades, contribuíram para um claro crescimento. Nesta fase de transição, ficam algumas palavras proferidas pelo Padre Nuno, na sua chegada a esta zona: “O Homem é um todo e nós somos seres culturais e somos todos, em princípio, seres religiosos. Acredito nisto, mesmo quando estou na presença de agnósticos e de não crentes”. PUB

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Marina em debate

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Centro Náutico no Parque das Nações

A intitulada “Proposta da ANMPN para a abertura da Marina no próximo Verão”, encontra-se a ser analisada pelo Ministério do Ambiente Uma das reacções tidas pelos dois autarcas que, a convte da AMCPN, visitaram, em Agosto, o PN, foi relativamente à questão da Marina. Segundo a Associação Náutica da Marina Parque das Nações, ANMPN, Maria José Nogueira Pinto, “mostrou-se chocada com toda a situação de desleixo e abandono em que se encontram a marina, o edifício Nau e respectivos arredores, bem como, pelo esbanjamento de recursos financeiros públicos efectuado ao longo dos últimos anos, sem qualquer resultado para o restabelecimento da operação da

marina”. Presentes neste encontro estiveram António Rosinha, Dr. Anacoreta Correia, José moreno da AMCPN, Manuel Ventura e Paulo Andrade, representando esta associação náutica. Esta candidata revelou ainda não compreender o não investimento num projecto que garante mais-valias para potenciais investidores e agentes económicos. A Associação Náutica adianta ainda que Nogueira Pinto considerou que a Câmara Municipal de Lisboa deve ter “um papel mais activo na tentativa de contribuir para uma solução que acabe de uma

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Novas atracções náuticas, na Doca dos Olivais, junto ao Oceanário vez por todas com a péssima imagem que todo o local apresenta e permita a operacionalidade daquela que será a primeira marina da capital”. Este encontro surgiu numa altura em que o Gabinete do primeiroministro reencaminhou a “Proposta da ANMPN para abertura da Marina no próximo Verão” (elaborado por esta associação) para o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e para o Ministério da Economia e Inovação. Este documento pretende chamar a atenção do

governo para a possibilidade de pôr em marcha o Projecto de Recuperação da Marina Parque das Nações e que os dez meses de obras são suficientes para a Marina estar concluída, já no próximo Verão, dependendo, apenas, da vontade política das partes envolvidas. Contactado o Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, pelo Notícias do Parque, foi-nos adiantado que esta iniciativa está a ser analisada e estudada pelo ministro mas que, por enquanto, ainda não é possível adiantar declarações.

O Centro Náutico do Oceanário de Lisboa, localizado na Doca dos Olivais, tem um conjunto de novas atracções que têm como objectivo tornar os 10 hectares da Doca num espaço de lazer e aproximar os seus utilizadores do mar, através da realização de actividades náuticas. Entre as novas atracções, que dinamizam este espaço, destacam-se os alugueres de motas de água ecológicas, catamarans e gaivotas. Estas actividades vêm juntar-se a um vasto conjunto de outras que o Centro Náutico

do Oceanário oferece, tais como, Cursos de Canoagem, Windsurf, Vela, Carta de Marinheiro e Patrão Local e de conveniência como a recolha de embarcações. O Centro Náutico do Oceanário está também preparado para conceber e realizar cursos, actividades lúdicas e outros eventos relacionados com o meio náutico, podendo as instalações ser alugadas para esse efeito. AbertoTodos os dias das 09h00 às 20h00. Mais informações: Telef.: 218 918 532 www.oceanario.pt. PUB

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O Pequeno Viajante Nesta edição voltamos a falar de um animal que faz a transição entre o meio terrestre e o meio aquático. O papagaio do mar passa o ano todo no oceano perseguindo as suas presas, mas vem a terra na época de reprodução para escavar a sua toca, criando colónias de vários milhares de indivíduos. E não está assim tão longe de nós.

Texto e fotografias por: André Moura e Filipa Samarra, Biólogos, especializados em Biologia Marinha

Quando se fala em Papagaio, a nossa imaginação leva-nos para florestas tropicais distantes, onde aves de cor exuberante se escondem por detrás de uma vegetação intensa. No entanto, existem “Papagaios” que podem ser encontrados nalgumas das zonas mais frias do planeta, nomeadamente na Gronelândia, Islândia, GrãBretanha ou Noruega. O Papagaio-do-mar do Atlântico, como o próprio nome indica, passa a maior parte da sua vida no mar, indo a terra apenas na época de reprodução. Nessa altura adquire cores exuberantes que, juntamente com o seu comportamento trapalhão, têm fascinado desde sempre naturalistas e amantes da natureza. Nesta edição, levamo-lo a conhecer esta ave, assim como uma das suas maiores colónias de reprodução no mundo. O Papagaio do mar do Atlântico pertence à espécie Fratercula árctica e é um pequeno pássaro que em adulto atinge cerca de 30 cm de comprimento (o tamanho de um pequeno pombo). O género Fratercula tem mais duas espécies, bastante semelhantes ao “nosso” Papagaio do mar, mas que apenas existem no Oceano Pacífico. Este género pertence à família Alcidae, a qual inclui aves como o mergulhão. O nome de Papagaio deve-se ao seu padrão de coloração bastante vivo. O seu bico é caracterizado por um padrão complexo de vermelho, amarelo e preto, enquanto que o olho encontra-se no centro de um triângulo preto e vermelho numa penugem branca. As suas patas cor-de-laranja dão o toque final a este cocktail de

cores, que contrastam com o seu corpo branco e preto (ver fotos). As suas patas características (grandes e de cor viva) levam a que este animal seja chamado em muitos locais de palhaço do mar. No entanto, a coloração viva do papagaio do mar apenas existe na época de reprodução. Durante o resto do ano as cores do bico ficam mais pálidas e a penugem branca torna-se cinzenta, tornandose numa ave muito mais discreta. O Papagaio do mar tem uma biologia radicalmente diferente durante a sua época de reprodução. Durante o Inverno vive exclusivamente em mar alto, parecendo seguir a distribuição das espécies de peixe de que se alimentam. No entanto é difícil estabelecer a sua distribuição com rigor, uma vez que poucos animais são encontrados. Pensa-se por isso que a população encontra-se espalhada pelo Atlântico Norte alimentando-se de plâncton ou de cardumes ocasionais de peixe. Por outro lado, em alguns casos são encontrados em associação com o limite da camada de gelo o que pode sugerir que se estão a alimentar nesta zona, mas não acontece em toda a sua distribuição. Entre Abril e Setembro, deslocam-se para terra formando colónias que podem chegar às dezenas de milhares de indivíduos. No entanto, esta ave está tão habituada à vida no mar que as lutas entre machos e a reprodução com as fêmeas são feitas na água. Apenas se desloca para terra com o objectivo de construir um ninho, e mesmo neste aspecto esta ave é original. Ao contrário da


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maior parte das aves, o papagaio-do-mar constrói uma toca no chão ou usa tocas de coelho abandonadas. A toca é construída pelo macho, utilizando o bico e as patas para escavar um túnel com cerca de 1 a 2 metros de comprimento, no fundo do qual a fêmea põe um único ovo. Numa colónia reprodutora, a densidade destas tocas pode ser enorme, passando o solo a ser constituído por uma rede de túneis. Para um casal de papagaios-domar um único ovo significa que todas as suas hipóteses de produzir descendência concentram-se nessa única cria. Como tal, as semanas seguintes representam uma verdadeira dedicação para garantir o sucesso e a

No fim do dia, enquanto matamos a fome num Pub local, pensamos que o nosso amigo tinha razão: o papagaio do mar é de facto uma ave muito engraçada; não só devido às suas cores e movimentos trapalhões, mas também devido à sua biologia singular e fascinante. sobrevivência da cria (ver caixa Como é criado um papagaio do mar?). “What an amusing bird!” (que ave tão divertida) comenta um senhor dos seus 60 anos, ao ver pela primeira vez as tentativas inglórias de levantar voo dos vários Papagaios do mar que íamos encontrando (ver caixa Porque é o papagaio do

mar trapalhão?). Estamos num pequeno barco a motor a caminho da Isle of May (Ilha de Maio), uma pequena ilha semelhante à Berlenga, que se encontra ao largo de Anstruther, uma vila a norte de Edimburgo na Escócia. Nessa ilha, existe uma das maiores colónias reprodutoras do papagaio do mar do mundo,

contendo 50.000 casais. Todas as pessoas no barco (incluindo nós) estão ansiosas, pois estão prestes a assistir a um dos mais fantásticos espectáculos do mundo selvagem. A ilha é uma reserva natural onde não existe nada a não ser várias colónias de aves migradoras, uma estação de observação de aves (ocupada todo o ano por

pequenas equipas de cientistas) e o farol mais antigo da Escócia. As visitas estão restritas a uma única viagem de barco por dia, que é feita de acordo com a maré. A lotação do barco é restrita a um pequeno número de pessoas, e na ilha estão marcados os trilhos de onde não podemos sair, que são religiosamente respeitados por todos os visitantes. No barco, um pequeno aviso (num tom do melhor humor britânico) indica-nos a filosofia dominante: “No puffins allowed”(proibida a entrada a papagaios do mar!). Ou seja, a ilha pretende ser um santuário onde estas e outras aves podem reproduzir-se em segurança. As aves sentem-se tão seguras que é possível observar vários comportamentos naturais inalterados. Um deles é o famoso hábito de transportarem vários peixes no bico ao mesmo tempo! Este peixe destina-se a alimentar a cria, e nesta colónia reprodutora, difícil é ver um papagaio do mar sem vários peixes no bico. Durante muito tempo acreditou-se que os peixes tinham uma orientação precisa no bico, tendo a cabeça virada para cada lado, alternadamente. No entanto, esta é totalmente aleatória e, embora, geralmente carreguem entre 5 a 10 peixes, o mesmo indivíduo pode chegar a ter 62! Na zona de maior densidade de tocas, a movimentação das aves faz lembrar um aeroporto de uma qualquer capital europeia, com a diferença de não existir controlo de trafego aéreo. As aves voam em círculos preparando a sua aterragem cautelosamente. Quando o fazem, aterram rapidamente, entrando de imediato na sua toca. Passados alguns minutos, saem da toca (já sem o peixe no bico) e partem para mais uma jornada de caça. O facto de estes papagaios se juntarem em enormes colónias

de reprodução numa área bastante pequena (ver caixa Onde podemos ver papagaios-domar?), torna esta espécie particularmente vulnerável. Por exemplo, em anos em que a quantidade de peixe é menor nos locais de reprodução, a taxa de sobrevivência das crias é também menor. Se a redução se mantiver durante vários anos seguidos, toda a população pode sofrer reduções drásticas. A mesma coisa acontece com desastres pontuais, como sejam os derrames de petróleo, que podem matar uma população inteira de uma só vez, se atingirem uma colónia reprodutora. Apesar de não ser considerada uma espécie ameaçada, as colónias da maior parte das regiões têm vindo a diminuir desde o início do século, tendo vindo a aumentar somente nos últimos anos nas regiões mais a norte da sua distribuição, como o norte do Canadá, Grã-Bretanha e Noruega. No golfo de Maine, na América do Norte, as populações de papagaio do mar estão fortemente ameaçadas devido a uma elevada interferência humana. No fim do dia, enquanto matamos a fome num Pub local, pensamos que o nosso amigo tinha razão: o papagaio do mar é de facto uma ave muito engraçada; não só devido às suas cores e movimentos trapalhões, mas também devido à sua biologia singular e fascinante. É difícil imaginar uma ave tão pequena a cruzar meio oceano sem qualquer problema, quanto mais a fazê-lo sucessivamente ao longo da sua vida. Ao pensar nisto, é fácil esboçar um sorriso ao lembrarmo-nos daquelas grandes patas laranja muito esticadas para a frente (ao estilo trem-de-aterragem pronto a atacar o chão), quando se prepara para aterrar na sua toca.

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Sugestões de consulta:

Porque é que o papagaio do mar é trapalhão?

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ma das características bem conhecidas destes papagaios, é o seu comportamento trapalhão e desajeitado. A tentativa de levantar voo da superfície da água é particularmente cómica. Batem as asas e agitam as suas patas laranja freneticamente até que conseguem elevar-se apenas alguns centímetros acima da água. Da mesma forma, a aterragem parece mais uma queda (des)controlada do que propriamente uma aterragem. De facto, o Papagaio-do-mar é bastante trapalhão em tudo o que sejam comportamentos fora de água. No entanto, dentro de água são exímios nadadores usando as suas asas como propulsores e as suas patas como lemes para apanhar as suas presas. Assim que apanha uma, esta é consumida ainda dentro de água. Como tal, esta espécie adaptou-se de forma a ser mais eficiente na natação do que no voo, um pouco à semelhança dos pinguins. No entanto, e ao contrário dos pinguins, manteve ainda alguma capacidade de voo, talvez devido aos seus hábitos reprodutores terrestres.

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Onde podemos ver papagaios-do-mar?

omo já dissemos no texto, durante o Inverno é muito difícil ver estes papagaios, uma vez que eles andam espalhados pelo mar. Como tal, a forma mais fácil é deslocar-se a uma colónia de reprodução nos meses entre Abril e Setembro. Apesar de se poderem encontrar nalgumas zonas de Portugal, as colónias mais conhecidas situam-se no Norte da Europa, nomeadamente, Islândia, Grâ-Bretanha e Noruega. Na Grã-Bretanha, existem algumas colónias visitáveis, como é o caso da Isle of May de que falamos, assim como algumas ilhas na costa Oeste da Escócia (nomeadamente St. Kilda e Mingulay). No entanto, se não quiser viajar para ver ao vivo alguns dos seus comportamentos mais característicos, o Oceanário de Lisboa tem vários exemplares desta ave. Podem ser encontrados na galeria do Atlântico norte, no piso terrestre, ou seja no primeiro piso. Esta é com certeza uma bela forma de apreciar este animal colorido e trapalhão.

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Como é criado um papagaio do mar?

urante a gestação do ovo, ambos os progenitores incubam o ovo de forma alternada. Uma vez nascida, a cria é alimentada durante cerca de 45 dias, altura em que atinge aproximadamente três quar tos do tamanho adulto, estando preparada para se aventurar por conta própria. É nesta fase que as crias abandonam as tocas, geralmente à noite, e tentam o seu primeiro voo. Este é o primeiro grande obstáculo que um jovem papagaio-do-mar enfrenta. Dado que as colónias de reprodução se encontram geralmente em falésias, este primeiro voo pode ser fatal se não for bem sucedido. Se este primeiro desafio for superado, espera-lhe uma vida que pode chegar a atingir os 20 anos, isto claro, se aprender a pescar sozinho pelo alimento que necessita.

Par a saber mais sobre papag a i o s d o m a r, e a f a m í l i a Alcidae em geral, pode consultar o seguinte livro: Nettleship, D. N . & T. R . B i r k h e a d ( E d s . ) . 1985. The Atlantic Alcidae: the Evolution, Distribution and Biology of the Auks inhabiting the Atlantic Ocean and Adjacent Wa t e r Areas. Academic Press. Sites: h t t p : / / w w w. a u d u b o n . o r g / b i r d / p uffin/what.html, pode ter também informações relativas ao p a p a g a i o d o m a r, e a l g u n s p r o jectos par a a sua conser vação. Po d e t a m b é m v e r v í d e o s d o s seus compor tamentos trapalh õ e s e m : h t t p : / / w w w. p r o j e c t puffin.or g/movies/

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DEVIR««HOMEM/NATUREZA Ângela Ferreira - Kanimambo

Kanimambo, palavra do crioulo moçambicano que significa “Obrigado”, constitui uma homenagem a todos os trabalhadores que participaram na construção da Expo’98.

Como se de um Parque Infantil se tratasse, este conjunto de estruturas que nos remete para a ideia de estaleiro de construção civil, é constituído por uma bica em betão, para onde uma mangueira pendente deixa escorrer água; duas mesas com bancos corridos, semelhantes às bancadas para refeição construídas pelos operários e, por último, uma estrutura ambígua próxima de uma parede que dá a ideia de um andaime.

« Washingtonia filifera (lindl) H. Wendl. (californiana)

Género dedicado a George Washington (1732-1799), primeiro presidente dos Estado-Unidos, a californiana tem um grande valor ornamental devido às suas folhas (grandes leques) e ao seu tronco forte e erecto.

É uma das palmeiras que melhor resiste ao frio. Convém regar abundantemente (dadas as características do local de origem). Resiste bastante à salinidade e frutifica regularmente em Portugal. Os exemplares existentes no Parque das Nações tiveram várias proveniências. Um lote veio do Arizona, de onde é natural a espécie, da cidade de Phoenix. No caso do projecto paisagístico da Praça Sony. Onde era necessário empregar palmeiras com cerca de 9,5 metros de altura (devido ao écran gigante) foi em Elche, Espanha, que forram localizadas as palmeiras com a altura pretendida. Estas eram provenientes do Egipto.

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20 | NP | FACES

FACES PESSOASDOPARQUE Comoo é que costruiria uma cidade? Como é que construiria uma/esta cidade? Até podia ser como esta, cheia de prédios de várias formas e cores diferentes tentando chegar a todos os gostos (gostos não se discutem...) contudo, se, “para grandes males grandes remédios...” faltam alguns! Escolas, infantários, lugares de estacionamento e tudo o que, todos quantos, por aqui passaram, têm falado ou, antes, escrito.

Por: Sónia Marçal

Auto-retrato Sónia, 40 anos, dois filhos, e uma das responsáveis pelo que de bom e de mau se faz todos os dias na “Portela cafés”. Depois de concluídos os estudos (curso superior de Relações Públicas e Publicidade), trabalhei 10 anos na indústria farmacêutica. Dez anos fantásticos, feitos de muito trabalho e com muita paixão, extremamente gratificantes e de referência marcante no meu percurso profissional. E, não sendo capaz de estar na vida de outra maneira, passados mais 10 anos e com outro percurso profissional, no âmbito do comércio, a paixão continua a ser o sentimento de todos os dias com o slogan a Paixão do café... Uma história para contar Em 1994/95, grávida do primeiro filho, passeei pela primeira vez na futura Expo e lembro-me das primeiras sensações e de pensar...: “será que vai mesmo acontecer...?” Vivia na Portela há já 15 anos e a possibilidade de continuar na mesma zona, mas, com menos betão, tornava-se quase num sonho. Afinal aconteceu mesmo, passados 5 anos, estávamos a viver aqui! Neste sítio “bestial”!

Lugar favorito A descoberta das manhãs de Sábado a “per-correr” o Parque das Nações não faz muito tempo, mas é um tempo extremamente gratificante que me dá ânimo e me ajuda a cumprir a teoria “mente sã em corpo são” sem dependências, a não ser de mim própria. Abandone o telemóvel, se puder escolha a sua música, roupa e calçado confortáveis e enfrente uma hora ou mais, de sossego, de vistas fantásticas e “saboreie” o vento, o sol ou a chuva num passeio (a passo largo) à beira-rio. Vá lá, experimente, vai adorar! Sem dúvida o meu lugar favorito. O que desenhava Se pudesse “desenhava” a nossa igreja! É pena ainda não termos um lugar maior de oração, nem espaço para os nossos filhos irem à catequese. Sim, mesmo não sendo uma “beata”, porque não sou mesmo, reconheço, através da Portela, a importância de uma paróquia. É verdade, o tempo passa, e se hoje por falta de tempo ou de disposição não nos encontramos mais, mais tarde um tempo de união revelar-se-á fundamental. O que apagava Não apagava nada! No entanto, para que o futuro aconteça, será necessário por certo, manter este espaço, que será tanto melhor quanto maior for o nosso envolvimento enquanto moradores do PN. Uma associação forte fará, com certeza, muito em prol desta zona diferenciada e com tanta vida a oferecer, desenvolvendo esforços para que esta zona nunca se deteriore. O futuro, e já de cabelos brancos, imagino-o a fazer Tai-chi e Chi-cung à beira rio sem preconceitos e com mais tempo para viver, já que agora o nosso presente é “tão trabalhado” e tão pouco vivido. PUB

GELADARIA - PASTELARIA - CAFETARIA ABERTO TODOS OS DIAS DAS 8 ÀS 24 HORAS

PARQUE DAS NAÇÕES, T4, Cedência Posição, Colmeia V, Boas áreas, Parqueamento duplo e Arrecadação. Terraço 50m2, 415.000€ (005.001241)

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PORTELA, T2, marquise, Arrecadação, Parqueamento, Central, Zona de prestígio, 170.000€ (005.001036)

PARQUE DAS NAÇÕES, T2, Cedência de Posição, boas áreas, excelente orientação solar, parqueamento e arrecadação, 250.000€ (005.001248)

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PARQUE DAS NAÇÕES, T2, Arrecadação, Parqueamento duplo, Vista Rio, Cozinha Equipada, A/C, Aquecimento Central, 255.000€ (005.001194)

OLIVAIS, T3, Lisboa Horizonte, Cedência Posição, Excelentes áreas, Cozinha Equipada, Parqueamento, 275.000€ (005.001008)

PARQUE DAS NAÇÕES, Moradia V5, Terraço 85m2, Sala 43m2, Vista rio, Condomínio fechado, Luxo, Pátio 45m2, Garagem tripla, (005.001141)

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A NID

PARQUE DAS NAÇÕES, T3, área útil 120m2, Sala 42,5m2, Parqueamento Duplo, Arrecadação, Vista jardim, 290.000€ (005.001014)


PUB | NP |21

Marina Cruz

é hoje uma empresária de sucesso. Sente-se perfeitamente realizada no mundo dos cabelos. Os valores que a norteiam são a Criação e Beleza. Embora não tenha já uma vida profissional frenética continua a dedicar-se às suas clientes. Neste momento tem 7 salões em Lisboa.

O projecto Parque das Nações teve como inspiração a comemoração dos seus 25 anos de Existência. É um conceito dedicado à mulher citadina, tem como vantagem principal o acompanhamento mais personalizado dos seus colaboradores. Neste espaço pode relaxar graças às sinergias dos nossos serviços. Para além do serviço de cabeleireiro conta também com dois gabinetes dedicados ao tratamento do corpo e alma através de técnicas orientais. Associada a uma imagem de qualidade, Marina Cruz tem vindo a acompanhar as tendências de moda como Membro da Hauté Coiffure Française e da Intercoiffure para a continuidade e sucesso do seu negócio.


22 | NP |ESPAÇO COMÉRCIO

ESPAÇO COMÉRCIO ESPAZIO EXPO e a decoração O objectivo é assegurar uma oferta completa na área da decoração, de forma a garantir que o cliente entre na Espazio com a planta de uma casa e saia com a definição completa ESPAZIO EXPO de abertura recente, em Agosto de 2004, a quarta loja do Grupo Espazio, no Parque das Nações, surge como um novo conceito de loja, com uma oferta segmentada em projectos integrados de decoração para o público em geral bem como para empresas (contract), oferecendo um serviço inovador e personalizado para um cliente cada vez mais exigente. Representante de marcas italianas e holandesas como a Jesse, Spa, Grupo Horme, Capo D’Opera, Enrico Pellizonni, Nicoletti e Leolux, entre outras, que vincam o perfil da loja. Segundo Assif Hassanaly, responsável pelo projecto, tratam-se

de marcas com uma excelente relação preço / design / qualidade. Uma das características destas marcas é a capacidade de oferecerem soluções por medida e diversas combinações entre peças pertencentes a diferentes programas. É de salientar o gabinete de design de Interiores, onde se desenvolvem os projectos de decoração, iluminação e estudos de cor, a cargo da designer Marta Airoso. O objectivo é assegurar uma oferta completa na área da decoração, de forma a garantir que o cliente entre na Espazio com a planta de uma casa e saia com a definição completa de tudo o que vai ser utilizado, desde as cores das paredes, ao mobiliário, passando pelos têxteis e iluminação. No serviço dedicado a empresas salientam-se os projectos para escritórios e uma área dedicada ao ramo da construção civil. Localizada junto ao Centro Comercial Vasco da Gama e à nova Torre de São Rafael, merece uma visita.

Espazio Horário de segunda a sábado das 10h às 13.30h e 15h às 19.30h Contactos: 21 896 50 61 PUB

Espaço Saúde Parafarmacia Parafarmacie - Medicamentos de Venda Livre - Brevemente - Dermocosmética - Puericultura - Gabinete de Estética (produtos Thalgo) - Fitoterapia - Higiene Oral - Produtos Pré e Pós Parto

Novas i nstalações Horário de funcionamento - Dias úteis: 10:00 às 20:00 - Sábados: 10:00 às 18:00

Alameda do Oceanos Lote 4.40.01A Loja 6. Zona Norte . Perto do Ginásio Club House Tel.: 218 946 110 - bluecare@sapo.pt


ESPAÇO SAÚDE | NP |23

E S P A Ç O SAÚDE O implante dentário Durante o período de cicatrização é importante a observação do paciente e um controlo radiográfico para se avaliar o grau de osteointegração do implante. Muitas pessoas vêm ao dentista à procura de uma solução eficaz para a perda dos seus dentes. Próteses mal adaptadas, falta de gengiva para manter as próteses estáveis, desconforto durante a mastigação são algumas das queixas mais frequentes. A solução pode passar pelos implantes. O objectivo de um implante dentário é substituir uma ou mais peças dentárias ausentes ou perdidas, funcionando como uma raíz e servindo como uma base estável para a realização de uma prótese dentária ou uma coroa. A sua colocação é feita em geral em duas etapas. Uma fase cirúrgica em que é introduzido o implante e uma fase protética com a construção de uma prótese sobre o

implante ou implantes. A biocompatibilidade e resistência dos implantes deve-se à sua composição, o titânio. Quando colocados no organismo, haverá um período de osteointegração. Geralmente 4 (quatro) meses na mandíbula (maxilar inferior) e 6 (seis) meses na maxila (maxilar superior). Neste período os implantes permanecem dentro do osso, estando protegidos de cargas ou movimentações, podendo ser usada uma prótese provisória. Actualmente já se fazem próteses imediatas sobre implantes, ou seja, no dia em que são colocados os implantes o paciente já sai da consulta com uma prótese provisória ou coroa unitária sobre o(s) implante(s). Os implantes são colocados no osso podendo ser introduzidos na mesma região onde estava(m) o(s) dente(s) perdido(s), ou pode ser colocado num alvéolo após extracção dentária. A colocação, após anestesia local, faz-se através da preparação de um orifício (leito implantar), que imita o espaço onde se encontra o dente, sendo o implante colocado sob pressão e com grande precisão. Durante o período de cicatrização é importante a observação do paciente e um controlo radiográfico para se avaliar o grau de osteointegração do implante. Alcançada esta fase inicia-se a fase protética onde se irá confec-

cionar a prótese/ coroa sobre o implante(s). Os implantes necessitam de cuidados semelhantes aos dentes naturais. Como cuidados necessários, o paciente deve ter uma boa higiene oral e visitas regulares ao dentista. Um plano de tratamento bem realizado e com a cooperação do paciente permite uma taxa de sucesso elevadíssima, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes que tenham perdido um, muitos ou todos os dentes e é actualmente uma notável forma de reabilitação oral. Acredita-se que 96% dos implantes osteointegrados permaneçam saudáveis por 20 ou 25 anos em função, sendo apenas necessário substituir as próteses sobre os implantes, devido ao desgaste. A reabilitação oral com implantes apresenta grande fiabilidade contribuindo para tal a utilização de instrumentos especialmente desenhados e desenvolvidos e a utilização de materiais de elevada biocompatibilidade e precisão.

Dr. Gonçalo Cruz Clinica Santa Madalena Parque das Nações

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24 | NP | FAMÍLIA

E S P A Ç O 2 alien

Um conto como elegia ao passado e 2 alien em defesa do futuro.

Quando nas investigações se procura comparar as brincadeiras tradicionais infantis, em que a criança fantasia geralmente a partir de materiais muito simples, com a utilização das novas tecnologias nos tempos livres (softwares, consolas, internet), estamos a falar de passado e presente/ futuro. Qual terá mais valor? Qual sairá vencedor? O ortodoxo ou o revolucionário? Listam-se vantagens e desvantagens para ambas as abordagens. As brincadeiras tradicionais estariam relacionadas com: estimulação da criatividade, favorecimento da motricidade, das competências linguísticas, da atenção, da concentração, da formação de conceitos e dos raciocínios abstractos e desenvolvimento das competências sociais. Por outro lado, os jogos seriam responsáveis pelo desenvolvimento das aptidões visuais (atenção, reconhecimento de padrões e distribuição espacial), da capacidade de resolução de problemas, do desempenho de tarefas em simultâneo e no jogo de papeis sociais. Além disso, um grupo de investigadores da UCLA derrotou a ideia de que os utilizadores da internet sofreriam de solidão, depressão e puro isolamento social. Os SMS, os chats e os mails estimulariam as crianças a manter contacto com pessoas reais e não imaginárias, propiciando o desenvolvimento de competências sociais. De facto, os efeitos dependem grandemente do tipo de jogo, software e aparelho.

Por exemplo, no MIT, estão a criar um companheiro de brincadeira virtual, o Sam, que é projectado num ecrã de plasma e que conta histórias com a ajuda interactiva da criança.

É suposto que esta brincadeira favoreça, nomeadamente, a criatividade e as competências linguísticas. Existem também jogos para os quais as capacidades motoras são essenciais, embora por cá sejam mais raros. Desta forma, procura combater-se uma das críticas usuais ao uso das novas tecnologias: o sedentarismo. As crianças ficam sentadas frente a um ecrã, não interagindo fisica ou verbalmente com outras crianças. O contacto físico, a motricidade, a expressão oral e a gestão da intimidade correm um risco de

sair prejudicados. Mesmo assim, parece-me que a ausência de contacto directo com os objectos e pessoas reais, de experimentação dos limites do corpo, e de resolução de problemas da realidade, podem facilmente potenciar a alienação e colocar obstáculos a um desenvolvimento harmonioso da personalidade.

Como em tudo na vida, é preciso bom senso. É preciso apoiar as crianças na descoberta e utilização destas tecnologias, ensiná-las a pesquisar, a escolher o tipo de informação e de material a utilizar.

Estamos a prepará-las para o século XXI, em que estas linguagens são cada vez mais vulgares. Para a geração mais jovem, já nem sequer faz sentido perguntar a alguém se tem um endereço de e-mail. É óbvio que tem, provavelmente mais que um, e uma página na net, ou mesmo um blog. Este apoio, porém, deve ser equilibrado. Da mesma forma como as televisões devem ficar fora dos quartos, para uma higiene do sono adequada, e que as horas frente à televisão são frequentemente contabilizadas pelos pais, o uso destes artefactos tecnológicos não deveria preencher todos os tempos livres das crianças. Existem numerosas actividades que lhes permitem explorar o mundo e as relações de uma forma menos virtual.

Os hábitos e as tradições são padrões de comportamento poderosos, sobretudo por se terem mostrado eficazes ao longo do tempo. Estão inegavelmente presentes quando estão associados a uma certa resistência à mudança. Concomitantemente, existe uma tendência natural para a evolução, o desenvolvimento, o crescimento, a descoberta, a criação, a inovação, o amadurecimento.... Ao mesmo tempo que é importante preservar certos hábitos, como a transmissão oral de conhecimento, é essencial manter uma resiliência face às novas formas de transmissão de conhecimento, de aprendizagem.

Rita Meneses Psicóloga Clínica


FAMÍLIA | NP | 25

F A M Í L I A A família Adams desafia PAIS e FILHOS: qual deles consegue ter mais respostas certas? O jogo em que a idade não dá pontos...

Filhos

Pais

Cinco perguntas para os FILHOS responderem 1 - O granizo cai sob a forma de gotas, flocos ou grãos de gelo? 2 - Sueca é o nome de um jogo de cartas, de dados ou de computador? 3 - Começámos a usar telemóveis na década de 70, 80 ou de 90? 4 - Existem jogos Olímpicos, de Primavera ou de Carnaval? 5 - Qual destes países é maior: Inglaterra; Holanda ou Rússia? Cinco perguntas para os PAIS responderem 1 - Além do dono, Garfield vive com um cão, outro gato ou um canário? 2 - Quem anda à procura de Nemo: o pai, a mãe ou o professor? 3 - No Rock in Rio de Lisboa foi Madonna, Anastacia ou Britney Spears que deu que falar por fazer Playback? 4 - A banda desenhada japonesa designa-se por Kimba, Kishi ou Manga? 5 - Um holy é uma manobra de bicicleta, Skate ou de windsurf?

CONHECIMENTO - SABIAS QUE? Um foguetão que tem como combustível......água? Será possível?

FOGUETÃO

CÂMARA DE COMBUSTÃO

ÀGUA

ELÉCTRODOS

Um foguetão é impulsionado pelos gases de escape que saem a toda a velocidade da sua câmara de combustão. Neste módulo, esses gases são o resultado da combustão do hidrogénio (combustível) e do oxigénio (comburente) que encontramos, também, na constituição da molécula de água (H2O). Ao rodar o manípulo geramos corrente eléctrica que é aplicada aos eléctrodos mergulhados na água. Dá-se então um fenómeno que se chama electrólise: a quebra das ligações químicas da água, libertando-se hidrogénio (H2) e oxigénio (O2) sob a forma de gases. Esses gases são acumulados na câmara de combustão do foguetão onde, ao fim da contagem decrescente, são inflamados por uma faísca no interior da câmara. Ao serem inflamados, volta-se a formar água com grande libertação de calor. O vapor de água assim formado é expulso a grande velocidade da câmara de combustão, impulsionando o foguetão. Poderás encontrar este e outros módulos no Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva. Horário de Terça a Sexta : 10h 00 às 18h 00 Fim de semana e feriados : 11h 00 às 19h 00 O Pavilhão está encerrado às segundas-feiras, e nos dias 24 e 25 de Dezembro, 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. www.pavconhecimento.pt


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CASAS para viver bem

Arquitecta...... Livia Tirone Projecto..... TORRE SUL Atelier.........Tirone Nunes

De que forma caracteriza o projecto ? Um edifício residencial com 12 pisos acima de um embasamento ajardinado, nos quais se distribuem 55 apartamentos. Um edifício com uma presença sóbria mas comunicativa, que faz charneira entre a área urbana consolidada do Parque das Nações e o Parque do Tejo e Trancão. Quais os elementos que mais fortemente distinguem o projecto, no âmbito da nova arquitectura urbana, e como é que esta deve ser criada nos dias de hoje ? O que distingue este edifício da grande maioria dos edifícios novos que são construídos nesta cidade é o seu conceito ou a sua atitude. Toda a complexidade e riqueza deste edifício parte, a meu ver, do conceito a partir do qual se definiu o programa, se concebeu o projecto e se colocou os apartamentos no mercado. Aliás, o ponto de partida de qualquer edifício concebido e promovido pela Tirone Nunes pode resumir-se num conjunto de princípios que se aproximam tanto quanto possível dos princípios do desenvolvimento sustentável:

- O primeiro grande objectivo é de garantir saúde e conforto aos seus futuros habitantes, sem prejudicar as gerações vindouras. - O segundo grande objectivo é de utilizar de forma racional os recursos naturais, área em que dependemos fortemente da indústria que os fornece. - O terceiro grande objectivo é de contribuir para o equilíbrio dos ecossistemas, o que no caso da Torre Sul e da Torre Verde se manifesta à escala da comunidade local. Seguem alguns dos conceitos da Torre Sul que gostaria de salientar: a diversidade de tipologias (21), que existe num edifício com 55 apartamentos, que contribui para a diversidade de habitantes; os espaços exteriores ajardinados comuns, que permitem aos habitantes cruzarem-se em contextos de lazer; o conforto de que usufruem os habitantes durante todo o ano, porque o edifício é bioclimático... De que forma pensa que este projecto contribui para o enriquecimento do Parque das Nações ? Pessoas bem-dispostas são provavelmente o melhor indicador de sucesso e o melhor contributo para o enriquecimento de um contexto urbano. Neste sentido o facto das pessoas se sentirem bem a habitar nestes apartamentos será provavelmente o maior contributo deste projecto. No entanto, acho que muito mais do que qualquer um dos edifícios individualmente é o Parque do Tejo e Trancão que contribui para a qualidade de vida dos residentes nesta zona, zona esta que vai muito além das fronteiras do que chamamos Parque das Nações. O Parque do Tejo e Trancão é a sala de estar e o campo de jogos de uma população muito larga, que, eles sim, enriquecem o Parque das Nações.


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Uma questão de conforto Como são as casas onde vivemos? São confortáveis ou precisamos de aumentar drasticamente os nossos consumos energéticos para torná-las confortáveis? Em Portugal temos Invernos e verões cada vez mais rigorosos. Escolher uma casa para viver, para além da dimensão, da localização, do preço e da qualidade dos acabamentos, implica necessariamente pensar nas questões de conforto. O conforto de uma casa sente-se logo quando entramos. Instintivamente usamos os nossos sentidos para avaliar e verbalizar as nossas sensações. Os primeiros sinais de prazer começam no olhar. Se a casa tem grandes janelas, muita luz natural, boa vista, se as paredes são claras, o piso é harmonioso e os tectos são altos, a reacção natural é de satisfação e somos levados a esboçar um sorriso perante o cenário de um dia preenchermos aquele espaço com as nossas mobílias e o habitarmos com a nossa família. Reagimos de seguida à temperatura e sabemos de imediato se apetece ficar ou corremos a abrir a janela ou a ligar o aquecimento. Uma casa bem construída, bem orientada, com bom isolamento térmico, janelas e aberturas com orientações diversas, que permitam ventilar os espaços naturalmente e aquecê-la com o mínimo consumo de energia, é ideal e faz crescer em nós a sensação de bemestar. É importante também que a casa tenha isolamento acústico, vidros duplos e caixilharia de qualidade para que cada pessoa possa ouvir tranquilamente a música que gosta ou usufruir do prazer do silêncio quando está em casa. Sabemos igualmente que os materiais de acabamento condicionam inevitavelmente o cheiro das casas. As madeiras e as tintas quando sujeitas a diferentes temperaturas exalam um cheiro muito próprio que trazem sensações agradáveis ou menos agradáveis à casa que escolhemos para viver daí a importância da adequação dos sistemas de exaustão e dos sistemas de ventilação. A nossa casa é o nosso espaço de eleição. É onde nos sentimos bem e onde temos vontade de regressar depois de um dia agitado de trabalho. Por isso, ao definir as suas prioridades na escolha da casa da sua vida, não esqueça de colocar em destaque as várias vertentes do conforto.

T3 Duplex vende Parque das Nações Arquitectura bioclimática, muito confortável. No piso inferior desenvolve-se a zona social, sala, cozinha e wc. No piso superior encontram-se os quartos, um deles em suite, e um terraço com 15m2. Toda a casa dispõe de janelas enormes que inundam a casa de luz. Arquitectura: Tirone Nunes

T2 Vista magnífica vende Parque das Nações Localizado em piso alto, com 148m2 de área total. Enormes janelas e varandas voltadas a Nascente ou a Sul, vista magnífica sobre o rio, Parque das Nações e margem sul. Cozinha com zona de tratamento de roupas, estacionamentos e arrecadação. Arquitectura: INTERGAUP

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Missão

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Serviços CHOICE:

A missão da CHOICE é contribuir para a qualidade de vida dos seus clientes, parceiros e colaboradores, oferecendo soluções nas áreas de habitação, escritórios e comércio, prestando serviços de excepção, num ambiente humano, profissional e de confiança.

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28| NP | RESTAURANTES Apresentamos uma ementa recheada de coisas boas, onde se sublinha uma cozinha Nostálgica, com memórias de outros lugares, outros tempos e ainda novos sabores. Assim, provemos a Dança de Azeitão, uma entrada excepcional, o Bacalhau com Amêndoas e Broa, original da casa, Papardelle, opção vegetariana. Robalo e Dourada de Mar grelhados com os acompanhamentos à escolha, e o extraordinário Caril de Gambas, serão algumas das opções propostas tendo ainda outras, que despertam sentidos e relembram paladares. Para terminar não podemos deixar de sublinhar as Farófias Beirãs, uma receita de família, que faz as delícias de quem aposta nesta sobremesa. Em honra à Rua onde o Restaurante se encontra também nos podemos enamorar pela Tarte Ilha dos Amores, uma tarte de frutos silvestres e requeijão que casa com uma bola de Gelado. Os nossos pequenos clientes são lembrados de uma forma muito especial. Em termos de ementa as escolhas são apropriadas aos seus gostos e os pratos divertidos! Para entreter os pequenos heróis oferecemos desenhos e lápis de cor. A Esplanada, o bebé dos nossos serviços, está aberta desde as 10:00h até à noite, para pequenos almoços, lanches, almoços e jantares mais leves. Temos uma ementa especial Esplanada com: Carrozzo; Sandwich Club; Salada Grega; Meia Desfeita e temos sempre a sugestão do Chefe para o dia, pode sempre apreciar também Amêijoa Boa, entre outros petiscos para uma tarde bem passada. No topo das bebidas encontram-se um Chá da Casa quente ou gelado e as melhores Caipirinhas que já provou...

BRISA DO RIO Restaurante: Brisa do Rio Anfitriã: Gabriela Libanio Cozinheiros: Hugo e Marco Sala: Susana Localização: Rua Ilha dos Amores contacto : 218 936 035

www.brisadorio.com

O Slogan “ O Restaurante Mais Acolhedor da Expo” deve-se a um serviço personalizado, com a maior atenção às necessidades e preferências de cada um, num ambiente fresco sem ser frio e com a aposta num serviço simples e cuidado, onde cada prato é confeccionado ao momento para que os ingredientes despertem os seus sentidos e cheguem, assim, cheios de vigor ao seu amo. Acolhemos também eventos especiais ou refeições de grupos e aproveitamos todas as oportunidade para fazer a festa nas ocasiões especiais, a próxima vai ser o Halloween, onde gostamos de “Graças sem Travessuras” e, por isso, mimamos especialmente os nossos pequenos clientes com uma ementa verdadeiramente negra e muitos doces para levar para casa... São permitidas fantasias e vão ser servidos na noite de 31 de Outubro por uma equipa de feiticeiras e seres do outro mundo.

O restaurante mais acolhedor da Expo!

para degustar

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Chouriça de Sátão assada Morcela assada Tomatada com ovo

Spaghetti Al Nero di Mare Salada dos Chefes Garoffeli

Bacalhau à lagareiro Polvo à lagareiro

Bife ao molho de cepes Picanha do Brasil fatiada ou em bife

Tarte Ilha dos Amores Folhado de frutos Tarde de maçã Canto nono

Rua Ilha dos Amores n.º 4.17.01.N - Vila Expo - Junto à P.S.P Tel.: 218 936 035

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AGENDA | NP |29

AGENDA DO PARQ U E Ás de Saber - Ateliês Formação para pais “O comportamento da criança nos 2 primeiros anos de vida” 25 e 26 de Novembro

Novembro 03 - 06 SIL - Salão Imobiliário de Lisboa

16 - 19 TPI - Feira Internacional das Tecnologias e Produtos Industriais 24 - 28 ARTE LISBOA - Feira de Arte Contemporânea

6ª feira (25) - 19h - 22h Sáb. (26) - 10h - 13h

Mês dos Tubarões

Telf.:218963068/969754763

FIL Outubro 04 - 09 INTERCASA - Salão Internacional do Mobiliário, Decoração e Iluminação 20 - 23 MUSICÁLIA - Feira da Música, Luz, Som e Imagem 21 - 23 AUTOCASIÃO - Salão Nacional dos Automóveis Usados

Sabe o que é um Carcharhinus limbatus, uma Raja clavata ou um Triakis semifasciata? E um tubarão-de-pontas-negras, uma raia lenga ou um tubarão-leopardo?

Pois são exactamente a mesma coisa, mas nas suas vertentes de nomenclatura científica e de nome comum em português! Quer saber mais? Quer ver um ratão-águia, espécie reproduzida em cativeiro, e uma manta, capturada em Portugal, que já tem mais de 3,5m de envergadura? O mês de Outubro é o mês dos tubarões, no Oceanário de Lisboa. E quem melhor do que o Oceanário para lhe ensinar tudo o que sempre quis saber sobre estes misteriosos animais? O Oceanário de Lisboa tem um total de 129 tubarões e raias de 37 espécies diferentes, desde o tubarão-cornudo ao tubarão-leopardo, passando pelo tubarão-dorminhoco, tubarão-gato-tímido, viola-gigante, uge-marmoreada e pata-roxa-gata. Durante o mês de Outubro, o Oceanário terá uma exposição de modelos de tubarões em tamanho real, entre os quais o famoso (e enorme!) tubarão-branco, o carismático tubarão-tigre e, até, a tintureira, também conhecida como tubarão-azul e particularmente abundante na costa portuguesa. Descubra os segredos, os mitos, as verdades (e as mentiras!) que circulam em torno destes animais emblemáticos. Saiba, por exemplo, que há tubarões que perdem um dente por dia, que outros conseguem suportar água doce, que no estômago de alguns se pode encontrar leões-marinhos. Saiba, também, que o principal predador dos tubarões é o Homem, mas saiba, também, que o Homem estuda o sistema imunológico dos tubarões na sua investigação de cura contra o cancro e a SIDA. Mais informações em www.oceanario.pt PUB

Centro de Estética :: Cabeleireiro :: Laser

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Candidatos visitam o Parque A Associação de Moradores e Comerciantes do PN convidou os autarcas a conhecerem de perto alguns problemas da zona

A Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, AMCPN, fez o convite a todos os cabeças de lista dos partidos que são candidatos às autarquias de Loures e Lisboa. Carmona Rodrigues e Maria José Nogueira Pinto foram os únicos autarcas a comparecer numa visita que serviu de sensibilização para as principais carências que existem nesta Zona. Estas principais carências foram, não só, exprimidas pelo presidente da AMCPN, José Rodrigues Moreno, como se fizeram acompanhar por um Memorando entregue aos autarcas. A questão da criação da Freguesia do Oriente encabeçou este documento tentando sensibilizar os políticos para a necessidade de uma definição do estatuto administrativo e da urgência da sua implementação em prol da defesa dos moradores e comerciantes desta zona. A falta de equipamentos foi expressada pela inexistência de mais estabelecimentos de ensino (área de responsabilidade das autarquias) e do centro de saúde que está previsto desde o lançamento deste projecto urbano. O deficiente serviço de transportes nas zonas residenciais e a “anarquia da circulação e estacionamento de viaturas na zona foram apontadas como fruto de “falta de um fundamento legal derivado dos efeitos da questão territorial”. As alterações aos Planos de Pormenor; a

Marina; degradação dos espaços públicos, entre outros aspectos, foram passados para os autarcas e, como refere o presidente desta associação, recebidos com toda a sensibilidade e preocupação, principalmente na questão da criação da Freguesia do Oriente. No que diz respeito a este projecto, Rodrigues Moreno afirma que os dois políticos concordaram com ele e que Carmona Rodrigues, já em 2003, declarou fazer sentido esta unificação administrativa e territorial. Penso que “caso ele venha a ser eleito maiores serão as razões para que este objectivo seja concretizado. Face a isto tudo penso que a criação da Freguesia é um dado assente e que tem tudo para vir a nascer. Portanto, o nosso trabalho será para que isso aconteça o mais rapidamente e tudo faremos para que seja votada já para o próximo ano.” No que diz respeito à ausência do assumir de funções das autarquias no Parque das Nações, o documento entregue sintetiza que “se vive numa terra de ninguém excepto para pagamento de licenças de construção, licenças de utilização, sisas e contribuições autárquicas. É que para este efeito, as Câmaras têm feito exercer o seu poder. Em tudo o mais, ou seja, aquilo que implique despesas, nenhuma delas se dispõe a avançar, porquanto não sabe qual vai ser o futuro autárquico deste espaço.”

Editorial E aquela senhora de sessenta anos dizia, em horário nobre, para a câmara e ao o país, que os políticos faziam política apenas por causa do “tacho”, ao mesmo tempo que o “Pedro Silva”, em casa, olha para a mãe que apaga o lume. O jantar está pronto. Nunca mais me esqueço da euforia sentida no momento em que efectuei o meu recenseamento eleitoral. Possivelmente um dos grandes marcos que simbolizaram o novo ciclo da minha maior idade. O direito de voto, a projecção da minha voz. O sentir que, também eu, conto para a história. E é, sem qualquer tipo de exagero romanceado, que estas breves linhas são escritas. Recordo as palavras eloquentes dirigidas aos meus amigos mais próximos, para quem, política, políticos e todo o mecanismo eleitoral passavam indiferentes. “Se não concordas com nenhum deles, vota em branco, mas não deixes “em branco” um pedaço da tua história.” Sempre acreditei nos políticos, sempre acreditarei em política. Mas, ao mesmo tempo, acredito em mim, nos meus amigos e no cidadão comum. Não acredito no queixume vazio e em compulsivos apontar de dedos, para cima, para o lado, para a esquerda, para a direita, para o torto. Tenho uma fé ilimitada no Homem, no seu passado e na sua história escrita. Não tenho grande medo de sermos capazes do pior porque sei que somos capazes do melhor. Acredito, mesmo, no Homem. Acredito que tu, ele, aquele e o outro, que nem conheço, podem, apenas, e simplesmente, um “belo dia”, fazer a diferença. Assinar um retalho sol no nosso dia-a-dia. Acredito na simplicidade daquele que apanha um papel do chão. Daquele que pára na passadeira. Tenho o maior orgulho nos meus filhos... e ainda nem sou pai. As autárquicas estão à porta. E, no Parque das Nações, mais do que noutras zonas, este acto tem um significado diferente, pelo simples facto de a representação dos autarcas, que são responsáveis por dois concelhos e três freguesias, nesta zona, ainda não terem assumido as suas funções de gestão. Passaram sete anos do fim da exposição e uma das mais recentes e mediáticas zonas urbanas portuguesas tem “crescido” sem a sua tutela reclamada pelas autarquias que, por direito(e por dever), lhe pertencem. Acredito...sei que os políticos responsáveis irão pôr fim a este estado órfão do Parque das Nações. Sei, porque acredito que, acima de interesses partidários e políticos, eles acreditam tanto no homem...quanto eu. Miguel F. Meneses

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FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, André Moura; Filipa Samarra, Pedro Santos Pereira,Tiago Reis Santos, (Colaborações) António dos Santos; Gonçalo Peres, J. Wengorovius, Reinaldo Martins Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Projecto Gráfico: Tiago Fiel Colaboração: Joana Ramalho Produção: Central Park Impressão: Imprejornal Rua Ribeiro Sanches 65-1200-787 Lisboa Tiragem: 6.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, de Redacção e Edição: Rua Diogo Cão nº. 1 7º Dto. 2685-198 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03 PUB

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30| NP | AGENDA

AGENDA DO PARQUE

Mais ténis no Parque das Nações A Escola de Ténis Jaime Caldeira continua a apostar forte em torneios e circuitos conseguindo trazer para o Parque das Nações uma crescente dinâmica para os praticantes e para todos aqueles que se querem estre-

ar nesta modalidade. A planificação para a época de 2005/2006 vem comprovar este crescimento que tem como impulsionador o tenista Jaime Caldeira. Para além do II Circuito Social Clube Tejo, vai decorrer o

Torneio social das Profissões que será estruturado e realizado para áreas profissionais diferentes como por exemplo: engenheiros, bancários, gestores, entre outras. O Torneio Escada conta já com a sua 4.ª edição e teve início, no passado dia 1 de Outubro.As inscrições são de 5 Euros e, mais uma vez, este evento conta com a promessa de muita competitividade e animação no seio da nossa comunidade. De realçar, também, são os resultados de alguns dos alunos desta escola que, em circuitos nacionais, conseguiram prestações acima das expectativas. É o caso de Paulo Joaquim e Inês Santos, consagrados campeões nacionais de juniores, na variante de pares mistos. Inês Santos atingiu ainda as meias finais em singulares e foi, também, campeã nacional em pares femininos, na categoria de cadetes e juniores. Paulo Joaquim atingiu a final de pares masculinos na categoria de juniores. Para reforçar a aposta de tornar o ténis mais forte, no Parque das Nações, esta escola conta, a partir deste ano, com as presenças de Pedro Cartaxo e Ivo Camões, alargando o quadro técnico para oito professores.

II Circuito Social Depois do sucesso do ano anterior, tem início, no mês de Outubro, o primeiro de cinco torneios do II Circuito Social Clube Tejo. 15 de Outubro de 2005 Torneio de Abertura / Rural Seguros 10 de Dezembro de 2005 Torneio de Natal / Head 11 de Fevereiro de 2006 Torneio de Carnaval / Wilson 01 de Abril de 2006 Torneio da Páscoa / Mulembeira 06 de Maio de 2006 Masters / Crédito Agrícula Informações: 934 970 038/968 021 413

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4 | NP | ENTREVISTA

“É uma caminhada que começa...”

A Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes tem, hoje, um novo representante. O Padre Paulo Franco, de 33 anos, fala ao Notícias do Parque sobre esta sua nova missão numa comunidade para a qual pretende encontrar uma identidade. Ficam algumas palavras sobre os seus objectivos e a sua maneira de ser.

Miguel F. Meneses

O que sentiu ao saber que viria representar a Paróquia de Nossa Senhora do Navegantes? Para nós, Padres, é natural estarmos preparados para sair de uma paróquia para outra. Naturalmente que ser nomeado para uma paróquia que está a dar os primeiros passos é um passo agradável. Começar uma obra nova numa comunidade que precisa de um enraizamento, de uma estabilidade, de uma tradição, é um desafio. E, quando falo de obra, não é só do ponto de vista físico, mas, também, do ponto de vista da comunidade cristã, enquanto conjunto de pessoas. Portanto, foi com alegria e, também, com algum entusiasmo, porque sempre foi desafiante assumir estes “trabalhos” que implicam luta, implicam desbravar caminho, implicam uma dose de aventura. Procuro sempre alguma adrenalina naquilo que faço. E esta paróquia, neste caso, tem uma grande dose de desafio. Como foi o primeiro contacto? Bem, no momento em que estamos a conversar, tenho uma semana como pároco. Mas já dá para ir percebendo algumas coisas através das conversas e contactos que tenho tido com as pessoas, apesar de ser difícil encontrar um modelo definido, devido à quantidade e diversidade de pessoas que aqui residem. Mas, no fundo, apercebo-me de que é uma comunidade que, se calhar, ainda, não encontrou uma identidade enquanto comu-


ENTREVISTA | NP | 5

nidade de pessoas. Portanto, vejo uma paróquia que precisa, mais do que ser uma instituição, ser uma comunhão de pessoas. Porque já percebi que, apesar de poucas pessoas frequentarem esta Igreja, (e aproveito para deixar o apelo para que venham conhecer esta igreja que, embora esteja numa loja, não deixa de ser um espaço de encontro com Deus e com os irmãos) já deu para perceber que, mesmo sendo poucos, nem todos se conhecem uns aos outros. Há, aqui, uma dimensão de comunhão de pessoas que representam um desafio. Só pode haver, realmente, Igreja quando existe este mistério da comunhão com os outros e com próprio Deus.

delineada? Não. É preciso saber para onde se quer ir. Agora não é matemático. Eu sei para onde é que quero ir, agora, o caminho que quero fazer, o melhor é iniciar esse caminho que, para mim, é para a verdade, para a felicidade, para a comunhão das pessoas. Para um povo que caminha identificado com alguém, neste caso, com Jesus Cristo, e que se compromete, nessa mesma caminhada, de uns com os outros. Aliás, porque a construção da nova igreja, que é um sonho para esta comunidade, só será possível quando esse espaço for também expressão de uma outra igreja que não é só física, mas espiritual.

Existe alguma planificação definida para esta sua missão? Não é uma coisa que se faça em um ou dois anos. É uma caminhada que começa e que não sabemos quando é que termina, mas o importante é começar. Quando plantamos uma árvore não sabemos quando é que vai dar frutos e, se calhar, os primeiros, ainda, são um bocado azedos, só mais tarde é que começam a ser mais saborosos. No fundo, uma comunidade cristã é também uma cultura que é feita dentro desta comparação com a terra, com a natureza. O importante é começar, é perceber que é por aí o caminho. E se Deus deseja esta comunhão, como o demonstra toda a história, quer do povo de Israel, quer da própria igreja primitiva, certamente que, hoje, não é diferente.

Como é que foi receber e celebrar um sacramento num espaço que foi alugado como sendo uma loja? É uma loja, porque foi construída para ser uma loja. Tem deficiências e lacunas, claro, mas já vi igrejas construídas com metal, bem piores. Quem aqui vem apercebe-se que é um espaço que traz alguma paz, serenidade e que é agradável.

Mas existe uma estratégia

Que mensagem é que passa às pessoas que não se deslocam a este espaço, pelo facto de pensarem que não apresenta as condições necessárias? Eu respeito muito a posição de cada um no que diz respeito a isso. A única coisa que eu peço a essas pessoas é que esta situação não lhes tire a consciência de que têm, aqui, uma comunidade paroquial e que sintam que eu estou com eles e que eles poderão estar comigo e com esta comunidade. Agora, se

participam com outra comunidade, porque, se calhar, já o faziam antes de vir para cá, ou porque encontram noutro lugar um espaço físico em que a arquitectura ajuda a celebrar, eu compreendo. A única coisa que peço é que não se esqueçam de que esta é a paróquia e que possam, um dia, vir, quando a Igreja estiver construída. Qual é o ponto de situação relativamente à construção da Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes? Existe o terreno que foi adquirido. A escritura ainda não está feita, mas vou ter, brevemente, uma reunião com o conselho de administração da Parque Expo, para conversar sobre uma série de questões sobre esta matéria. Ainda não existe um projecto de arquitectura, mas existe um projecto ideológico do modelo que se procura. Um modelo que reflicta esta comunhão de pessoas e que elas a frequentem pela arquitectura e que, pela disposição, sejam levadas a esta comunhão. Eu insisto muito nisso, porque espero que seja a Igreja a fomentar essa comunhão entre as pessoas, essa unidade para que haja uma identidade dos moradores que aqui vivem, e a Igreja irá ser expressão disso mesmo. Vou reunir com o conselho paroquial que está a tratar deste projecto e é meu desejo avançar com isto o mais rapidamente possível. Existe vontade, não existe dinheiro, mas não será certamente um impeditivo. Vou pedir-lhe que faça um resumido auto-retrato... Bem... quer qualidades ou defeitos (risos)? Os defeitos são mais fáceis. Sou teimoso,

tenho mau feitio. Quando penso numa coisa tento levá-la até ao fim e, às vezes, não tenho muita capacidade para escutar o que é diferente. São defeitos que eu tenho e que, por vezes, me levam a estar mais na minha verdade pessoal do que na verdade que é universal. Por outro lado, conheço muito bem os meus defeitos e sei defender-me deles para poder exercer aquilo que tenho que exercer. Neste caso e para aquilo que interessa para esta paroquia, posso dizer que sou ambicioso, tenho muita vontade de me dar, de amar as pessoas e julgo que isso é o mais importante neste projecto com desafios tão grandes. As eleições estão à porta. Que opinião tem sobre a política dos nossos dias? Acho que a igreja não se deve pronunciar sobre política partidária mas devemos pronunciar-nos sobre as escolhas de valores e sobre as escolhas daqueles que conduzem os seus destinos. Valores como a vida, justiça, igualdade, direito, defesa e o apoio aos mais desfavorecidos, são valores de sempre, cristãos e que a igreja defende nas políticas que a sociedade deve escolher, nas suas orientações. Estando perto de umas eleições autárquicas, eu convido as pessoas a saberem olhar para aqueles que são os valores que devem conduzir uma sociedade, às vezes, já tão marcada pelo derrotismo e pelo descrédito. Procurarem, nas suas opções políticas, ter em conta estes valores que podem ressuscitar uma sociedade que está cada vez mais marcada pelo negro da destruição, pela morte do ser, do interior das pessoas. Não sei se essa polí-

É uma loja, porque foi construída para ser uma loja. Tem deficiências e lacunas, claro, mas já vi igrejas construídas com metal, bem piores. Quem aqui vem apercebe-se que é um espaço que traz alguma paz, serenidade e que é agradável. Eu sei para onde é que quero ir, agora, o caminho que quero fazer, o melhor é iniciar esse caminho que, para mim, é para a verdade, para a felicidade, para a comunhão das pessoas. Para um povo que caminha identificado com alguém, neste caso com Jesus Cristo, e que se compromete, nessa mesma caminhada, de uns com os outros. Aliás, porque a construção da nova igreja, que é um sonho para esta comunidade, só será possível quando esse espaço for também expressão de uma outra igreja que não é só física, mas espiritual. tica existe hoje em dia. Os nossos bispos editaram um documento de uma crise, não só na política, mas, também, nos políticos. O importante aqui não é encontrar a perfeição é optar por alguém que ensaie essa perfeição, esses valores. Mas julgo que, apesar do momento de crise em que nos encontramos, não se pode perder a esperança. Qual é a sua opinião acerca do Parque das Nações? O PN tem três grandes dinamismos: o comercial, o residencial e o conjunto de pes-

soas que aproveitam este espaço para passear e estar. Este conjunto de três dinamismos, por sinal bastante estanques, na sua organização geográfica, faz, deste local, um local de eleição na nossa metrópole. Eu acho que as pessoas que aqui residem são umas beneficiadas, no que diz respeito a estas condições. Espero que as usufruam por muitos anos. Também julgo que este espaço tão agradável ajudará a fazer-nos olhar a vida com outra alegria, com outra esperança.


6 | NP | AMCPN

MEMORANDO Aproveitando a deslocação dos candidatos às Câmaras de Lisboa e Loures, ao Parque das Nações, a convite da AMCPN, elaborámos o presente Memorando, que a todos temos entregue e que, para conhecimento dos sócios, se transcreve, apesar de o mesmo consubstanciar velhas questões com que nos defrontamos, que têm sido ignoradas pelos vários responsáveis políticos e autárquicos.

FREGUESIA DO ORIENTE - Divisão territorial por dois concelhos e três freguesias, com todas as consequências daí decorrentes, sobretudo a partir do momento em que as autarquias assumam a gestão deste espaço, o que, contrariando o que estava previsto e acordado, ou seja a gestão através da SGU. Daí a nossa proposta de criação, imediata, de uma freguesia que abarque todo este território, a integral no concelho de Lisboa. Na sequência duma Petição entregue pelos moradores e comerciantes do Parque das Nações, foi apresenta por Deputados do PSD e do PP, o Projecto de Lei n.º 449/IX, que acabou por não ser votado, em consequência da dissolução da Assembleia da República em Dezembro de 2004. Espera-se, agora, que seja apresentado um novo Projecto de Lei nesta Legislatura e, dada a urgência de definição do estatuto administrativo do Parque das Nações, que seja votado no próximo ano. Não o fazer é estar contra os interesses e as legítimas aspirações dos moradores e comerciantes do Parque das Nações. TRANSPORTES - Deficiente serviço de transportes nas zonas residenciais. Temos apenas (após muita pressão da Associação) a carreira 114 da Carris a fazer circulação norte/sul, somente nos dias úteis, entre as 7:00 e as 20:30 h, com intervalos de 30/40 minutos e, recentemente, a carreira A da Carristur, com horário idêntico. Outros pedidos de licenciamento de carreiras que temos conseguido que a Carris apresente foram indeferidos pela Direcção Geral dos Transportes Terrestres, justamente por causa da divisão territorial entre dois concelhos.Também o falado prolongamento da linha do metro até Sacavém não prevê qualquer estação que possa servir a zona norte do Parque das Nações, apesar dos cerca de 15.000 habitantes para ali previstos, bem como o estabelecimento de algumas empresas e a construção de um Parque de Diversões, que atrairá, diariamente, muitos milhares de pessoas.

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AMCPN | NP |7

EQUIPAME N T O S E S C O L A R E S - Enormes carências de equipamentos escolares. A única escola existente - Vasco da Gama -, apesar de já ter a sua lotação excedida em cerca do dobro dos alunos, todos os anos tem de indeferir um cada vez maior número de inscrições. No próximo ano esta situação será substancialmente agravada, atento o aumento populacional em curso. De nada têm servido os nossos apelos junto das entidades competentes para resolução deste problema, nomeadamente as Câmaras Municipais. Aqui, uma vez mais, se reflecte a questão territorial, dado que par te destes equipamentos previstos são da responsabilidade das autarquias. C E N T R O D E S A Ú D E - Inexistência de um Centro de Saúde, cuja construção está prevista desde o lançamento do projecto Parque das Nações, inicialmente denominado de Zona de Intervenção da Expo. Houve correspondência trocada com os vários Ministro da Saúde, no sentido do estabelecimento de um acordo com o Hospital das Descober tas, para prestação destes serviços, até construção do Centro de Saúde. Tal proposta foi chegou a ser encarada de forma favorável, todavia sem qualquer resultado. Do nosso ponto de vista, há que dar corpo a esta proposta ou avançar rapidamente com a construção do Centro de Saúde. De resto, já no ano de 2000 tinha sido aber to concurso público para sua construção, sem que este projecto tenha tido seguimento. MO BILID ADE - Anarquia da circulação e estacionamento de viaturas, decorrente da não adopção de medidas disciplinadoras, por falta de competência legal da Parque Expo e omissão das Câmaras Municipais de Lisboa e Loures, às quais cabe homologar a sinalização ver tical. Como a referida sinalização não está homologada pelas Câmaras Municipais, a PSP não

pode actuar por falta de fundamento legal. Também aqui faz sentir os seus efeitos a questão territorial. P L A N O S D E U R B A N I Z A Ç Ã O E P O R M E N O R E S - O desrespeito das regras do Regulamento Geral das Edificações Urbanas, nomeadamente o seu ar t.º 59.º, bem como a alta densificação da construção, através de alterações introduzidas aos Planos de Urbanização e de Pormenor iniciais. MARINA - A marina encontra-se encerrada há vários anos e os equipamentos adjacentes em total estado de abandono e degradação, sem que seja viabilizado o projecto que permitirá a sua reaber tura. F U N D A Ç Ã O D O G I L - A Sede da Fundação do Gil, contrariamente ao que estava previsto não será construída no Parque das Nações, ficando a Parcela que lhe estava destinada disponível para a Parque Expo negociar no mercado imobiliário para qualquer outro destino. E S P A Ç O S P Ú B L I C O S - Degradação crescente dos espaços públicos, nomeadamente os Jardins da Água e Garcia de Or ta.

turistas, nem sequer têm afixada qualquer informação em línguas estrangeiras a informar do seu encerramento ao público.

Em síntese, diremos que se vive numa terra de ninguém excep to para pagamento de licenças de construção, licenças de utili zação, sisas e contribuições autárquicas. É que para este efeito, as Câmaras têm feito exercer o seu poder. Em tudo o mais, ou seja, aquilo que implique despesas, nenhuma delas se dispõe a avançar, porquanto não sabe qual vai ser o futuro autárquico deste espaço. Acresce, nomeadamente, que a Câmara de Lisboa até tem esta do a exigir a algumas entidades construtoras o pagamento de uma taxa - a TRIU -, referente a construções licenciadas antes de 31 de Dezembro de1999, que, apesar de não ser exigível, porquanto a mesma já havia sido reflectida no preço dos terre nos, tem obstado à emissão de licenças de habitação, com ele vadas prejuízos e consequências para os compradores, nomea damente aqueles que adquiriram as suas fracções através de cooperativas.

P A V I L H Ã O D E P O R T U G A L - Inexistência de um projecto de utilização do Pavilhão de Por tugal, que, decorridos sete anos após o encerramento da Expo’98, continua sem qualquer aproveitamento adequado ao seu estatuto.

Estas, são, em traços gerais, as questões que, presentemente, mais nos preocupam.

T O R R E V A S C O D A G A M A - Apesar de já fazer par te dos ex-libris da cidade de Lisboa, constando como tal nos roteiros turísticos, encontra-se encerrada e em franco estado de degradação. Apesar de ser procurada por elevado número de

José Manuel Rodrigues Moreno

O Presidente da Direcção,

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8 | NP | OPINIÃO

Crónica Por: António Rosinha

INTRODUÇÃO

INTERNACIONAL

Na parte final do meu artigo do número anterior do “Notícias do Parque” referi que iria convidar um amigo de longa data para que ele escrevesse algo substancial sobre energia. Eu apenas havia abordado a questão do nuclear a propósito da nossa balança comercial se degradar em mil milhões de dólares, por cada 10 dólares de aumento do barril de petróleo. Felizmente o Senhor Eng.º Pedro de Sampaio e Nunes aceitou e temos, então, a seguir, o desenvolvimento de uma análise de grande qualidade. O tema é energia. O conteúdo é a forma como Portugal se deve colocar perante o desafio de ter de discutir o tema sem tabus nem complexos, antes que seja tarde demais. Aconselho vivamente a sua leitura porque, além de ter um texto claríssimo sobre um tema difícil, é também fácil de entender. Não pretende resolver coisa alguma, mas tão apenas levantar e estimular o debate.

Em termos internacionais os acontecimentos mais gritantes são os calamitosos desastres naturais que até atingiram os Estados Unidos da América.

NACIONAL Os nossos bairros dentro do Parque das Nações estão cada vez mais difíceis de habitar. Ou sou eu que não vejo ou as coisas pioram a olhos vistos. A falta de manutenção aliada ao aumento de habitantes e à ausência de interesse dos responsáveis, tem uma resultante muito difícil de entender e ainda mais difícil de explicar a quem quer que seja. Como todos sabemos, quanto mais deixamos o desleixo tomar conta do que nos rodeia mais difícil é a recuperação. Com eleições à porta. As Autárquicas. Será que o desânimo que nos assalta não é ainda suficiente para votarmos em massa numa mudança efectiva, seja ela qual for. Realmente, cada vez que se realizam eleições preconizamos mudanças mas, o que é facto, é que na altura de votar não as concretizamos. É fundamental que não nos deixemos assaltar pela depressão generalizada. É absolutamente primordial que este abatimento que parece estar a pender sobre os portugueses não ganhe pontos. Temos que sacudir o desalento, todos nós, e tentar que este desalento não alcance os outros ou que diminua onde o encontrarmos. É evidente que a depressão, quando existe, a todos nós parece devorar; a quase todos, pelo menos. Parece fazê-lo de forma exponencial; como se ganhasse mais força à medida que mais se alimenta. Felizmente, é também evidente que Portugal vai ultrapassar a crise em que se encontra. Tem de o fazer, nem que a isso seja obrigado pelos restantes parceiros europeus. Fá-lo-á tão rápido quanto o queiramos.

Só depende de nós próprios. Sejamos corajosos no dia-a-dia. Nas mais pequenas atitudes, mesmo que pensemos não terem importância. Tornemos a inveja inexistente, tenhamos a valentia de optar por soluções negociadas - podem não ser exactamente aquilo que queremos naquele exacto momento mas também não são o oposto -. Numa palavra, sejamos intrépidos, tal como foram os nossos antepassados quando foi necessário. Só assim seremos lestos no sacudir deste marasmo que parece assaltar-nos. Sobretudo não deixemos que as oportunidades nos passem ao lado sem as identificarmos como tal e sem as aproveitarmos.

Nunca pensei que New Orleans pudesse estar sujeita a semelhante catástrofe embora, agora, me pareça bastante evidente. Imagine-se se algum extremista se lembrava de colocar bombas nos diques que protegem a cidade, em vez de ter sido o furacão Katrina. A tragédia teria sido semelhante. Leva-nos isto a pensar que a prevenção, ainda que não possa, ou não deva, impedir o desenvolvimento, deve estar na primeira linha da graduação dos aspectos que se referem à segurança. No entanto, embora os desastres sejam demasiado chocantes, o resultado das eleições na Alemanha não poderia ter sido mais surpreendente. Não apenas o resultado mas a reacção que veio a provocar no discurso político dos principais intervenientes, tanto Ângela Merkel como Gerardt SchrÖeder se declararam Chanceleres da Alemanha. A questão parece simples de resolver. Perante as regras alemãs, um deles teria direito e o outro não. No entanto, não é assim tão simples. Realmente, faleceu pouco antes das eleições uma candidata de Dresden (no caso vertente de um partido da direita) e, nestes casos as eleições naquele local têm de ser canceladas. Perante a lei, os outros partidos só podem anunciar quaisquer coligações depois de conhecidos os resultados destas eleições. Por outro lado, o Parlamento tem de ser constituído até 18 de Outubro. Na Alemanha é o Parlamento quem elege o Chanceler, sob proposta do Presidente, actualmente Horst KÖller. Se esse candidato não obtiver maioria absoluta, o Presidente terá de indicar novo nome para o Parlamento fazer uma 2ª. votação para a eleição do Chanceler; o qual terá de ser eleito novamente por maioria absoluta. Se assim não for, uma 3ª. votação pode eleger um candidato a Chanceler por maioria simples. Contudo, se este não for aceite pelo Presidente terão de ser marcadas novas eleições. Como se nota não é um processo linear. Surpreendentemente, dois acontecimentos tão diferentes como foram a catástrofe de New Orleans e as eleições na Alemanha, vieram abalar a nossa impressão de segurança. Já o ataque ao World Trade Center e as consequências do Tsunami no Índico nos tinham causado sensações semelhantes. A estupefacção face à impotência revela-nos a necessidade de pensar melhor no nosso quotidiano. Forma de estar, forma de agir, responsabilidade perante os outros e, sobretudo, responsabilidade perante nós próprios. A nossa atitude perante a vida não pode ser apenas uma passagem por ela. Temos o dever de estar bem e de, assim, poder olhar para quem precisa. Volto um pouco atrás neste texto para lembrar que nos compete actuar. Até breve, António.


OPINIÃO | NP | 9

Correr para o precipício Pedro de Sampaio Nunes ( ex-Director de Tecnologias de Energia da Comissão Europeia)

As questões energéticas não têm sido alvo de debate, na agenda política portuguesa. A nossa grande dependência de fontes exógenas e o aumento galopante do preço do crude obrigamnos a repensar o problema e a analisar lúcida e desapaixonadamente todas as opções viáveis. É neste contexto que devemos equacionar a opção nuclear, quantificando as suas vantagens e alertando para as suas limitações, num quadro comparativo com outras formas convencionais e renováveis de produção de energia. O facto de os partidos com assento parlamentar não terem, nos seus programas, o nuclear como opção energética, não deve ser um elemento de bloqueio, mas antes uma janela de oportunidade para um debate franco que substancie futuras opções políticas.

Espanha, ao garantir um tarifário que permite fazer crescer rapidamente o investimento, uma vez que estão asseguradas, a priori, as condições que retiram risco à operação. Mas isto significa que alguém irá pagar a diferença, e esse alguém é a economia em geral e os consumidores em particular. Daí que este modelo, seguramente o que consegue taxas mais espectaculares de crescimento, seja minoritário na União Europeia e tenha sido abandonado pela Dinamarca. Fazendo as contas de forma rápida e simples como nos ensinou o Dr. Medina Carreira, este esforço será responsável pelo aumento das tarifas eléctricas, até 2010, em cerca de 20%. Porque estamos a falar de 10 Gwh aumentando 100 % de custo, num consumo global de 50 Gwh. Os riscos convencionais

O tema em apreço mereceu duplo destaque imediatamente antes do Verão. Por um lado, o Governo anunciou um conjunto de investimentos muito importantes em que sobressaem vultuosos investimentos em energias renováveis e em centrais a gás natural de ciclo combinado. Por outro, o anúncio exclusivamente privado, da intenção de investir numa central nuclear de terceira geração. Julgo imperativo analisar com objectividade as consequências inerentes de uma prolongada indecisão nesta matéria.

Em paralelo temos um reforço muito significativo da geração a gás natural. Aqui, uma certeza e um risco. A certeza é que a penalidade relativa às emissões de CO2 - para uma tonelada de CO2 a 20 dólares - vai fazer aumentar o custo da nova geração em cerca de 20 %. Quando a ton de CO2 atingir 40 dólares, a penalidade será de 40 %. Se a nova geração necessária fosse a carvão, a penalidade seria de 40 % a 20 dólares e 80 % a 40. Neste momento a ton de CO2 atingiu 25 dólares. E tenho ouvido alguns responsáveis defender o recurso ao carvão para fugir à excessiva dependência do gás natural!

Os custos do renovável A produção de energia, através de fontes renováveis, é um imperativo comunitário, previsto numa directiva que obriga Portugal a dotar-se, até 2010, de 39% de electricidade produzida a partir de fontes deste tipo. No entanto, é necessário que se saiba que, no estado actual de maturação dessas tecnologias, tal produção não é competitiva. Com efeito, o investimento só é financeiramente viável, se a aquisição da energia gerada for garantida a uma tarifa suficientemente atractiva. Para que tal se verifique, os valores actuais rondarão os 80 Euros/Mwh, ou seja, mais do que o dobro daquilo que seria necessário pagar por energia produzida, a partir de fontes convencionais ou importada de Espanha ( 35 Euros/Mwh). Portugal optou por seguir o exemplo da Alemanha e da

Mas, para além do impacto de Quioto, temos o problema mais actual da escalada do preço do petróleo e do gás natural, que lhe está indexado. O petróleo e o gás natural triplicaram de preço nos últimos dez anos e dobraram de preço nos últimos três anos, e todos os analistas receiam que possam vir ainda a aumentar, mais devido à rápida motorização da China e da Índia. Ora o Kwh gerado a gás natural depende, em 73%, do custo do combustível, como o Kwh gerado a carvão depende a 54%. Daqui decorrem duas ilações: - A geração termoeléctrica fóssil deixa pouco valor acrescentado em Portugal. A maior parte do valor criado é exportado directamente para o País fornecedor da matéria-prima; - Muito mais preocupante é o facto de que por cada aumento

de 20 % do custo da matéria-prima, o custo do Kwh gerado aumenta em cerca de 15 % para o gás e 10 % para o carvão. Pelo que, se o petróleo chegar aos 80 dólares, o Kwh dos novos ciclos combinados serão onerados em cerca de mais 35 %. Finalmente, existe ainda a penalização decidida para 24 anos relativa à absorção dos CMECS. Isso representará um impacto de mais 15 % da tarifa média actual de electricidade. Agora segurem-se: estes valores não se substituem, acumulam-se! O mais provável é que cheguemos a 2010 com as metas de Quioto completamente ultrapassadas e, com as tarifas eléctricas, pelo menos, ao dobro das actuais e, por isso, sem condições de permitir à nossa indústria de competir no mercado global. Estamos a correr directos ao precipício e não nos queixemos nem da China nem da Índia. Esses países, para além da enorme vantagem dos seus baixos custos laborais e elevados níveis de produtividade, estão a investir massivamente no nuclear, e por isso terão uma vantagem competitiva acrescida num dos factores de produção mais vital para toda a actividade económica, que é o custo, a abundância e a disponibilidade de energia. Ora, segundo um estudo da UBS, de Julho do corrente ano, a energia nuclear é imbatível em termos de custo, desde que o petróleo esteja acima de 28 dólares por barril. Para além de não emitir nenhum resíduo para o exterior, e o pouco que produz -100 000 vezes menos que uma central a carvão que os lança livremente na atmosfera - manter os resíduos que produz confinados e monitorizados, até o seu decaimento natural deixar de representar perigo para a população humana. É a única forma capaz de gerar riqueza nacional, dar competitividade à nossa economia e possibilitar o cumprimento das nossas obrigações de Quioto. Como fazem os outros países desenvolvidos. Seria bom que os nossos empresários e os nossos sindicatos estivessem bem alerta para esta questão antes que seja tarde de mais. Por isso, a questão do nuclear e a intenção de um grupo empresarial de apostar os seus próprios recursos num vultuoso investimento como este, não deve ser evacuada de forma ligeira e expedita. Merece um debate sério e dasapaixonado, onde os argumentos apresentados, por um lado, possam ser rebatidos de forma rigorosa e objectiva, pelo outro.


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