Edição 40

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A N O V I - N R . 40 - B I M E S T R A L - A B R I L 08 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E S E S

“CRIAR UM EXEMPLO PARA O RESTO DA CIDADE” ...páginas centrais

...ENTREVISTA MARCO NEVES A COMUNIDADE NOS BASTIDORES DO PARQUE DAS NAÇÕES ...LOCAL MAIS ESCOLAS NO PARQUE ...ACTUAL TRIPARTIDA: PARQUE EXPO E AS AUTARQUIAS PUB


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EDITORIAL

FichaTécnica

“yes we can” II A falta de “papel”, na última edição, impossibilitou-me de publicar, na íntegra, o editorial escrito para o 39.º Notícias do Parque. Na verdade, a ideia inicial era evocar três casos de “yes we can” e não apenas um. Fica, então, a sequela do texto. Dave Rastovich é um surfista australiano profissional que optou por deixar as competições tornando-se free surfer e dedicar-se a causas ambientais espalhadas por todo o mundo. Recentemente esteve no Japão, no Taiji, para tentar impedir o massacre de 25 mil golfinhos que, anualmente, são empurrados para um cerco de rede erguido pelos pescadores, dando início a uma carnificina que só termina quando o azul da baía fica vermelho... vermelho. Rastovich tem conseguido projectar no mundo algumas das maiores atrocidades ecológicas provocando o debate e iniciando a mudança.

que deu uma entrevista ao Notícias do Parque na última edição. Filmou a sua primeira curta-metragem aqui, no Parque das Nações, sem apoios, nem meios financeiros. Conseguiu tornar possível uma produção reunindo toda uma equipa contagiada pela sua vontade, pelo seu “yes we can”. Num meio

fechado como o do cinema, onde manos passam por cima de manos, ele foi além da habitual política do queixume e da espera pela mudança. A “Lei dos Outros” percorreu festivais nacionais e internacionais e foi top de audiências com cerca de um milhão de espectadores.

“Fazem-nos querer mais do que, simplesmente, sobreviver a uma rotina. Não apenas tentar, mas conseguir. Ter a ambição de sermos mais do que somos”

Este próximo protagonista vem fechar a história iniciada há um Notícias do Parque atrás. As minhas primeiras palavras foram que teria “um pequeno dilema nas mãos: de que forma é que iria ligar estas histórias ao Parque das Nações?” Muito simples, os feitos de umas pessoas, inspiram outras pessoas. Fazem-nos querer mais do que, simplesmente, sobreviver a uma rotina. Não apenas tentar, mas conseguir. Ter a ambição de sermos mais do que somos. Não falo de fama, dinheiro ou sucesso, falo de significado. Sermos mais do que um produto das 9 às 18. Viver e não, apenas, sobreviver. Deixar uma marca. Inspirar alguém. Por isso as minhas palavras são dedicadas, também, a todos aqueles que, no Parque das Nações, têm “doado” o seu tempo e um pouco da sua alma a esta zona través de associações, clubes, desporto, cultura, etc..

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Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, André Moura; Filipa Samarra, Pedro Santos Pereira, (Colaborações) Joana Cal; Paulo Andrade; Paulo Franco; Pedro Marques; Rafael Marques Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Projecto Gráfico: Tiago Fiel Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA iragem: 8.500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Rua Diogo Cão nº. 1 7º Dto. 2685-198 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03


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Ministério responde ao requerimento sobre a carência de escolas no PN

Apesar desta resposta não adiantar muito, a Associação de Moradores está mais esperançada depois das últimas reuniões realizadas com as autarquias e a Parque Expo

A resposta não vem adiantar muito, no que diz respeito à construção dos equipamentos escolares previstos. Admite que o Parque das Nações tem, de facto, “uma forte pressão resultante da procura demográfica desta zona e que podia ser resolvida com a construção de um equipamento EBI, Escola Básica Integrada, atendendo a que o Ensino Secundário tem resposta na zona Olivais/Chelas”. Adianta, ainda, que a DREL teve uma reunião com a Câmara Municipal de Lisboa, em 2006, tendo “sido perspectivado um Protocolo em que se considera necessária a construção de uma EBI, equipamento que, decerto, melhoraria a qualidade educativa da área em questão.” No entanto, as soluções apon-

tadas pelo gabinete da Ministra da Educação, passam pela criação de protocolos com os agrupamentos de Escolas Fernando Pessoa e de Santa Maria dos Olivais, de forma a receberem os alunos excedentes da Escola Vasco da Gama. Para o Ministério, esta será a solução “mais adequada até à existência de disponibilidade financeira para a construção de um novo equipamento escolar. No que diz respeito aos critérios de seriação aplicados pela escola, mencionados, também, no requerimento apresentado pelo deputado Pedro Graça, o Ministério sustenta que estão a ser seguidos de acordo com a lei. Questionado pelo Notícias do Parque, o deputado Pedro Quartim Graça respondeu que “considero que a

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“A resposta não vem adiantar muito...” resposta acaba por não ir ao encontro das justas pretensões dos moradores do Parque das Nações, já que não existem verdadeiras soluções apresentadas pelos responsáveis do Ministério da Educação mas, apenas, e tão só, o empurrar para pseudo mecanismos de resolução de situações já existentes”. O deputado conclui, ainda, que “no fundo a resposta é uma desilusão relativamente à legítima esperança que os cidadãos desta zona da cidade esperariam dos seus actuais governantes.”


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Colégio na Zona Norte em 2009 Trata-se de um projecto privado que terá capacidade para receber 700 alunos. O Notícias do Parque teve acesso ao projecto e revela aqui algumas das suas principais características O projecto do novo Colégio situa-se no Parque das Nações, junto à ponte Vasco da Gama e ao Parque Tejo, no Lote 4.81.02, mesmo ao lado da Igreja provisória. Tem 5.500 m2 e capacidade para receber 700 alunos para integrarem Jardim-de-Infância, 1.º, 2.º e 3.º Ciclos. O projecto, a cargo da Conceito Arquitectos, está, neste momento, em licenciamento, a obra terá início em Julho 2008 e estará pronta em Setembro de 2009. O Lote de terreno tem uma área de quase 10.000 m2. Jardim-de-

Infância com duas salas de actividades dos 3 anos, com duas salas dos 4 anos e duas salas dos 5 anos. O 1.º Ciclo terá oito salas de aulas, duas por cada ano de ensino e uma sala de apoio de Educação Plástica. O 2.º Ciclo: quatro salas de aula, duas por cada ano de ensino, sala de Música, de Ciências, e de Educação Visual e Tecnológica. O 3.º Ciclo terá nove salas de aula, três por cada ano de ensino mais as restantes salas específicas. Os espaços de apoio aos alunos serão os seguintes: Refeitório / sala de convívio e

bar comum para todos os graus de ensino. Papelaria e reprografia. Apoios desportivos, nomeadamente, ginásio interior, balneários e vestiários dos alunos e professores (piso -1) e campos de jogos no exterior. Auditório com entrada pelo piso 1, com sala de audiovisual. Sala de informática e multimédia e centro de recursos. O projecto desenvolve-se em três pisos. O conceito assume-se através de um edifício principal onde estarão apoiados os outros corpos, representando, cada um, um diferente grau de ensino.

“um edifício principal onde estarão apoiados os outros corpos, representando, cada um, um diferente grau de ensino”.

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6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN

Vêm aí mais Escolas! É já recorrente, nesta altura do ano, a existência de uma onda de ansiedade e preocupação dos pais e encarregados de educação das crianças inscritas na Escola Vasco da Gama, face à incerteza da colocação das mesmas na referida escola.

qualquer modo, tratou-se duma iniciativa do Senhor Deputado que, estamos em crer, contribuirá para catalisar as soluções que estão a ser negociadas, ao nível das autarquias e da própria DREL, envolvendo, também, a Administração da Parque Expo.

Este é, de facto, um problema que se arrasta e agrava desde 2000, os seja, há cerca de oito anos, apesar das muitas promessas que nos têm sido feitas por sucessivos Ministros de Educação e responsáveis da DREL.

Na verdade, depois de todas estas diligências e contactos, podemos afirmar que estamos convictos de que, dentro dois anos (três anos, no pior dos cenários), o Parque das Nações disporá de mais dois equipamentos escolares públicos: uma escola básica integrada, na zona sul; um escola básica, na zona norte.

Efectivamente, a resposta tem sido sempre a mesma: dentro de dois anos, teremos, pelo menos, mais um equipamento escolar público no Parque das Nações. Cansados de ouvir esta promessa não cumprida, intensificámos, por isso, nestes últimos meses, a nossa pressão junto do Ministério da Educação, das autarquias e da DREL. No âmbito dessas diligências, tivemos reuniões com todas as referidas entidades, excepto com o Ministério da Educação. Temos acompanhado este assunto, igualmente, com a Administração da Parque Expo, que se mostra empenhada e envolvida, nos últimos meses, na procura de uma solução para

“estamos optimistas quanto à resolução deste grave problema da carência de equipamentos escolares, sobretudo básicos...”

Com efeito, negociações em estado muito avançado, envolvendo as Câmaras de Lisboa e Loures, a DREL e a Parque Expo, apontam nesse sentido.

este problema. Contámos, também, com o apoio do Deputado Pedro Quartin Graça, que efectuou requerimentos ao Ministério da Educação e às Câmaras Municipais de Lisboa e Loures.

E como, por decorrência dessas negociações, a Parque Expo assumirá a responsabilidade da construção desses equipamentos escolares, tal facto dá-nos a garantia de que os prazos que nos são apresentados sejam cumpridos.

Sobre a resposta do Ministério da Educação ao Deputado Pedro Quartin Graça, diremos que a mesma, do ponto de vista da solução expectável e desejada pelos moradores do Parque das Nações, nada adianta de novo. De

Ainda no passado dia 9 deste mês, tivemos mais uma reunião com a Câmara Municipal de Loures, que nos reiterou a previsão de que a escola básica da sua responsabilidade (a construir na zona norte do Parque das

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Nações) estará concluída e iniciará a sua actividade no ano lectivo de 2009/2010, porquanto já dispõe do próprio projecto de arquitectura. Dada a evolução positiva que este assunto tem tido nos últimos meses, estamos optimistas quanto à resolução deste grave problema da carência de equipamentos escolares, sobretudo básicos, conforme nos está a ser prometido pelas várias entidades envolvidas no mesmo. É certo que muitas crianças irão ter de frequentar escolas públicas fora do Parque das Nações, no próximo ano, por falta de vagas na Escola Vasco da Gama. Fica-nos, no entanto, uma esperança mais forte do que nos anos anteriores, de que o fim deste drama possa estar próximo. Continuaremos a acompanhar este assunto, admitindo-se a finalização de todo o processo negocial para muito breve. E disso daremos, de imediato, notícia. José Manuel Moreno Presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações


PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP |7

AVISO

ÀS ADMINISTRAÇÕES DOS CONDOMÍNIOS 1.Tendo sido aprovada a numeração de polícia dos prédios do Parque das Nações situados no concelho de Loures, e no sentido de agilizar a comunicação aos munícipes, foi estabelecida uma parceria entre a Câmara Municipal de Loures e a Associação de Moradores e Comerciantes, de acordo com a qual esta assumiu o compromisso de efectuar tais contactos e entregar às administrações de cada um dos condomínios existentes cópia do Despacho Municipal que contém a referida numeração. 2.Tais documentos já se encontram na posse da Associação – AMCPN -, pelo que se solicita às administrações dos condomínios que nos contactem, com urgência, a fim de receber a informação necessária à substituição da actual numeração de lotes pelos respectivos números de polícia. 3. Lembramos que a Câmara Municipal de Loures irá, em cumprimento da lei, proceder à comunicação oficiosa às diversas entidades a que a atribuição de números de polícia interessa, nomeadamente, Direcção Geral de Finanças, Parque Expo e CTT, tornando-se, assim, urgente que os condomínios procedam à afixação dos respectivos números. CONTACTOS: E-mail: geral@amcpn.com Tm 932037474

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8 | NP | CRÓNICA

Provocar ou substituir? “Foi um tempo que, acredito, Deus providenciou na minha vida” Tive, recentemente, a oportunidade e a felicidade de contactar com o povo e a cultura de São Tomé e Príncipe. Foi um tempo que, acredito, Deus providenciou na minha vida. Numa época em que quase nos esquecemos que existem necessidades básicas da vida que exigem uma resposta, tão mergulhados estamos nos projectos profissionais, nos sonhos a que queremos chegar e nos bens que procuramos possuir, é, de facto, uma graça imensa sermos colocados num ambiente em que o que verdadeiramente importa são essas necessidades de qualquer ser humano: alimentação, vestuário, saúde pública... A visita que fiz a esse país nosso irmão levou-me a uma conclusão que penso ser fundamental a qualquer sociedade que deseje evoluir e crescer: o processo educativo é, de facto, a base de toda e qualquer sociedade organizada. Uma educação onde se desenvolva a capacidade racional e cognitiva é essencial para que tudo o mais seja possível. É sofredor olhar um povo que depende por completo das ajudas internacionais ou das iniciativas solidárias de organizações ou instituições sociais. É confrangedor perceber que perante situações inesperadas a resposta mais comum é a ausência de reacção.

“Doce, doce...” é a expressão mais comum de qualquer criança que avista um «branco». A atitude pedinte de quem se sente inferior, incapaz, pequeno, perante um humano de outra etnia, é algo impressionante “Doce, doce...” é a expressão mais comum de qualquer criança que avista um «branco». A atitude pedinte de quem se sente inferior, incapaz, pequeno, perante um humano de outra etnia, é algo impressionante. Aqui não existe o conceito de dignidade humana ou de igualdade de direitos; aqui uns são os que podem e outros os que dependem! Porventura interessa que assim aconteça, mas esta realidade conduziu-me a uma preocupação

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que não é exclusiva deste ou daquele povo, mas sim de toda a humanidade. Fomos criados com capacidade racional e com o desafio de sermos corresponsáveis na obra da criação. Não podemos por um lado viver de forma egoísta, buscando apenas respostas aos nossos anseios, nem por outro de forma indiferente, não nos preocupando com o bem comum ou com o desenvolvimento integral. A luta por uma melhor qualidade da vida, o esfor-

ço pela justiça e pela verdade, a coragem de tomar a iniciativa são atitudes que qualquer ser humano tem de ter quando busca a liberdade ou a autonomia. Esta é a grande ajuda humanitária que devemos dar a qualquer indivíduo, seja ele «preto» ou «branco». Padre Paulo Franco Paróquia do Parque das Nações


10 | NP | ACTUAL

Parque EXPO: “perspectiva de futuro” Parque EXPO divide-se em duas novas sociedades: a Parque EXPO – Ordenamento do Território e a Parque EXPO – Gestão Urbana, para realizar a gestão urbana do Parque das Nações. A apresentação do Relatório e Contas da Parque EXPO vem, claramente, reforçar a redefinição e solidificação da empresa. “Reinventar o território” é um cartão-de-visita cada vez mais reconhecido nacional e internacionalmente. O Know-How está no terreno: da frente ribeirinha da Baixa Pombalina, dos Polis na Ria de Aveiro, Viseu, Viana do Castelo, Albufeira, Vila Nova de Gaia e Costa da Caparica até à Argélia, as intervenções têm vindo a crescer. A Marina Parque das Nações marcou, sem dúvida, o ano de 2007, pelo passo histórico dado rumo ao início da recuperação deste grande projecto. Considerado por Borges Martins como “um dos actos mais corajosos” tidos por este

Conselho de Administração, a aquisição da sociedade da marina, por parte da Parque Expo, veio ser responsável por alterar um resultado líquido positivo para um resultado negativo, no exercício de 2007, mas, para este CEO, “os actos de gestão nem sempre são traduzidos em resultados imediatos e este não é, seguramente, um caso desses.” O endividamento bancário sofreu, ao longo deste mandato, uma redução muito significativa, tendo passado de, aproximadamente, 486 milhões de euros para, no balanço de 2007, cerca de 293 milhões de euros. Esta redução será ainda mais significativa quando o passivo das duas autarquias (Lisboa e Loures) for liquidado e, dado

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aos avanços das negociações, estará mais perto de um consenso. A recuperação do Tripartida SGU, Sociedade de gestão Urbana, é prova disso

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Nações. Para Borges Martins, “a criação da Parque EXPO – Gestão Urbana tem motivações distintas: iniciar o processo de concretização da

“Para Borges Martins, a criação da Parque EXPO – Gestão Urbana tem motivações distintas: iniciar o processo de concretização da sociedade tripartida, que envolverá as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures e a Parque EXPO”

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e responsável pela criação de uma Parque EXPO, Ordenamento do Território e uma Parque EXPO – Gestão Urbana, para realizar a gestão urbana do Parque das

sociedade tripartida, que envolverá as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures e a Parque EXPO, para a gestão urbana do Parque das Nações; autonomizar os custos inerentes à gestão urbana do Parque das Nações e que representam um encargo financeiro que a Parque EXPO não tem condições de continuar a suportar”. O presidente do conselho de administração termina com uma mensagem dedicada a todos os colaboradores do Grupo, dizendo que souberam dar o seu inestimável contributo para transformar um conjunto de empresas, sem rumo visível ou destino comum, num grupo empresarial com visão, missão, ambição, e perspectiva de futuro.


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Cruz Vermelha no PN Grupo de moradores cria a sede da delegação de Loures, no Parque das Nações, com o objectivo de apoiar os mais vulneráveis mas não só... Dia 9 de Abril foi marcado pela tomada de posse, em Loures, por parte dos órgãos que vão ficar à frente da delegação da Cruz Vermelha de Loures, com sede na Zona Norte do PN. A ideia partiu de António José Morgado, morador e membro activo da nossa comunidade, ligado à Associação de Moradores, onde encontrou como parceiro José Moreno, presidente da AMCPN. O envolvimento e trabalho de José Morgado à frente da delegação da Cruz Vermelha, em Mogadouro, despertou o interesse e reconhecimento, por parte do presidente da Cruz Vermelha, que rapidamente o desafiou para a criação de uma sede, em Loures. A Câmara Municipal de Loures abraçou a ideia e estes

Este projecto conta, também, com a presença de Maria Teresa Esteves, da Farmácia Parque das Nações, Luís Felgueiras e Figueiredo Costa, João Moreno e Marco Neves, da Associação de Moradores dois moradores, em conjunto com outros, iniciaram a “sua cruzada” a mais um projecto criado ao serviço da comunidade. Neste caso, as pessoas mais desfavorecidas são o target principal mas não só. Este projecto tem como objectivos, numa primeira fase, a criação de apoio na área da saúde, do

direito e da assistência social. Criar socorristas para cada

uma das freguesias de Loures, disponibilizar algumas horas por dia para serviços como medir a tensão, acompanhamento psicológico, apoio jurídico e, obviamente, a criação de um posto médico, na sua sede. “Passam por aqui mais de 2 mil pessoas. Se conseguirmos medir a tensão a uma parte delas, imaginem o

número de AVC´s que poderemos evitar”, adianta José Morgado. Mas não são apenas os mais vulneráveis, sejam eles jovens ou seniores. Esta delegação tem, também, o objectivo de chegar a outras instituições e empresas da zona. O objectivo é dar formação na área do socorrismo, de forma a que cada empresa

tenha um ou mais trabalhadores, dentro da própria empresa, com formação nesta área. Permitindo, assim, criar uma grande mais-valia no dia-a-dia da empresa. Para estes dois moradores este projecto representa unificação e serviço em prol dos mais vulneráveis. Para José Moreno, trata-se de um dos projectos que o faz sentir mais empenhado, dado o cariz da missão que representa, pedindo, também, a outros moradores que se voluntariem dado que sem voluntários não é possível erguer “uma casa” Cruz Vermelha.Toda a direcção nacional da Cruz Vermelha tem, também, dado um grande apoio e já existem vários voluntários na área da saúde e jurídica.

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12 | NP | ACTUAL

Festival Parque das Nações 2008 No ano em que se comemora o 10.º aniversário da EXPO 98, a Associação de Moradores apresenta o programa comemorativo deste festival 15 de Maio (Quinta-Feira)

17 de Maio (Sábado)

Abertura do Festival

18.00 H Conferência O Parque das Nações - 10 Anos depois. Conferencistas : Eng. Rui Palma Eng. Demétrio Alves Dr.ª Assunção Gato

18h30 Hotel Tivoli Inauguração Exposição de Arte

16 de Maio (Sexta-Feira ) 18h00 Escola Vasco da Gama Inauguração da Exposição de Fotografia 18h30 Cerimónia de Entrega de Prémios Fotografia Literatura Melhor Testemunho - EBI Vasco da Gama. Actuação do Coro da Escola Vasco da Gama

ESCAPADÍSSIMA HORTO-FLORAL ESCOLA VASCO DA GAMA Mais uma iniciativa da Escola para envolver a comunidade A ideia da Escapadissima é de envolver a comunidade educativa no arranjo do espaço da escola. É juntar a partilha de um tempo passado em comum com a vontade e necessidade de recuperar um espaço que está um pouco degradado. A comunidade educativa, e os encarregados de educação em particular, poderão habitar a escola de uma forma diferente. Assumirem que aquele espaço é da responsabilidade de todos.

Deve ser um exemplo de manutenção partilhada numa cidade imaginada e poucas vezes concretizada. Vamos esperar para ver, crescer. Actividade aberta a toda a comunidade. Pré requisitos: Disponibilidade total (máx. 3 horas por semana). Não precisa de experiência. Carta de condução de carrinho

de mão. Uma planta, uma flor, uma enxada ou apenas dois braços e um sorriso. Oferece-se: Mais vontade de viver numa escola que é de todos. Distribuição da colheita. Participe! NÃO “CAVE” PARA FORA, CAVE CÁ DENTRO! SÁBADOS (10H00 - 13H00)


OPINIÃO | NP | 13

Peças do Parque “Procuro também, agora, ir à descoberta das peças que faltam para completar o puzzle” Ao longo das descobertas que tenho feito no Parque das Nações, fui sempre surpreendida no mais pequeno dos passeios. Surpreendida ao minuto pelas dezenas de obras de arte espalhadas por todo o Parque ou mesmo pela paisagem envolvente, sempre diferente e característica, quer seja a leve brisa fria pela manhã ou o anoitecer ameno, agora já mais tardio. Procuro também, agora, ir à descoberta das peças que faltam para completar o puzzle, como a Joana Cal futura Igreja, que será construída na zona norte da Expo, junto ao Parque do Tejo. O projecto da responsabilidade do arquitecto José Maria Dias Coelho deverá estar concluído em 2013. A verdade é que o Parque é uma pequena “cidade” e como tal, dispõe de tudo o que os seus moradores e visitantes necessitam para a sua rotina diária, os serviços que os satisfaçam em todos os sentidos. Já fazia falta a Igreja! O complexo de 4000 metros quadrados, onde só a Igreja ocupa 2200, será construído à imagem do Parque com inovações e variadas secções como um auditório, salas de actividades juvenis e catequese, um café com esplanada, um restaurante e snack bar, uma zona comercial, pequenas lojas e até uma sala para baby-sitting. A Igreja irá ter lugar para 650 pessoas sentadas. Confesso que foi depois de ter regressado da minha mais recente aventura de Erasmus no país vizinho, que encontrei um novo olhar para um sítio que já conheço como a palma da minha mão. Fui emigrante por uns meses e visitei variadas cidades pela Europa, onde exerci o meu papel turístico ao máximo e fiquei encantada com tanta cultura, tanta novidade e tanta beleza. Do que me apercebi ao regressar foi que talvez devesse olhar com esse mesmo entusiasmo de turista a minha Lisboa, o meu Parque das Nações. Continuarei a divulgar com entusiasmo as peças que faltam para completar este puzzle, mas até lá espero que vejam em vez de olhar o que vos rodeia de uma outra maneira. Basta parar 5 segundos no meio do seu dia e olhar à sua volta. Há uma música que diz que “ninguém vê o dia a nascer, o amanhecer e a vida acontecer” e “passa pela vida sem viver”. Faça os seus castelos no ar, não é preciso ir longe. Tem tudo o que precisa exactamente onde está. Já reparou hoje no luar?

“O complexo de 4000 metros quadrados, onde só a Igreja ocupa 2200, será construído à imagem do Parque com inovações e variadas secções como um auditório, salas de actividades juvenis e catequese, um café com esplanada, um restaurante e snack bar, uma zona comercial, pequenas lojas e até uma sala para baby-sitting”


14 | NP | LOCAL

CASINO LISBOA - 2.º Aniversário Que balanço faz deste ano que passou e quais os principais objectivos para o ano que se segue?

Carlos Costa, director-geral, faz um balanço dos 2 anos de Parque das Nações, numa altura em que a Estoril-Sol celebra o seu 50.º Aniversário e o Casino Lisboa se prepara para mais uma das grandes festas do Parque das Nações

Mais importante que fazer o balanço deste ano que passou, será fazer o balanço dos 2 anos de actividade do Casino Lisboa, inaugurado em 19 de Abril de 2006. Os números que se seguem apenas nos permitem tirar uma conclusão: o balanço é francamente positivo. Senão vejamos: O fluxo de entradas no Casino Lisboa ascendeu a 4 milhões, correspondente a uma média diária de quase 5.500 visitantes. As receitas brutas de jogo ascenderam a 172 milhões de euros. Desde a abertura do Casino Lisboa o Estado já arrecadou, a título de contrapartidas iniciais e anuais, cerca de 111 milhões de euros. Aquando da inauguração do

Casino Lisboa – 19 de Abril de 2006 –, as áreas de jogo eram compostas por 800 máquinas automáticas e 21 mesas de jogo bancado. Presentemente, conforme previsto desde a abertura do Casino ao público e a pressão do aumento da procura, verificou-se a necessidade de aumentar a oferta de jogo. Assim, o número de máquinas automáticas vem sendo aumentado de forma sustentada, totalizando actualmente 1.000 slot machines e 25 mesas de jogo bancado. O Casino Lisboa pagou aos seus visitantes, no período em causa, prémios no valor global de 500 milhões de euros, ou seja, cerca de 100 milhões de contos. A título de curiosidade, informa-se que o maior jackpot atribuído foi de 250.000€ e saiu no dia 30 de Janeiro de 2007. Ao longo dos primeiros dois anos de actividade do Casino

A celulite é um problema que afecta a maioria das mulheres jovens ou de meia idade, magras ou com excesso de peso.

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Lisboa, foram apresentados no Auditório dos Oceanos 35 espectáculos, num total de 461 actuações, a que assistiram mais de 200.000 espectadores. O espaço central do Casino Lisboa – o Arena Lounge – foi diariamente palco de espectáculos musicais, assim como de actuações do novo circo. Mais de 100 bandas de música actuaram no palco multiusos, totalizando mais de 1.500 horas de música ao vivo, para além da música ambiente e da rubrica Juke Box, responsável por cerca de 2.000 horas de actuação de DJ’s e VJ’s. No que respeita às actuações de “Novo Circo”, passaram pelo palco central do Arena Lounge 60 artistas, oriundos de vários países e continentes, incluindo Portugal, compreendendo mais de 800 actuações. A animação musical no Arena Lounge compreendeu também a realização do ciclo de “Concertos Arena Live”, nos

meses de Novembro e Dezembro, assim como um ciclo de concertos denominado “SKY FEST” que decorreu no mês de Abril do ano em curso. A Galeria de Arte do Casino Lisboa proporcionou ao público exposições de arte contemporânea e obras de vanguarda. Obras de artistas de renome como Fernando Botero, Alexandre Calder, Antony Gormeley, bem como esculturas chinesas policromadas do século XIII, foram algumas das peças cedidas pela Colecção Berardo para serem expostas no Casino Lisboa. A Exposição “O Canto das Sereias”, um concurso de azulejaria em que o Casino Lisboa foi parceiro e a Exposição de Projectos para o Edifício IMOCOM, são exemplos de associação do Casino a iniciativas que se integram no quadro de objectivos que presidiram à concepção do Parque das Nações.

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LOCAL | NP | 15

Foram também exibidas na galeria de Arte, uma exposição composta por 88 fotografias de António Mil-Homens, intitulada “Macau para Sempre”; quadros do Arqtº Ugo Cantone numa exposição organizada em conjunto com a Faculdade de Arquitectura de Lisboa, intitulada “ Ugo Cantone Teoria da Devastação”. Abrangendo a área dos desenhos satíricos/humorísticos, foram mostrados os 30 premiados no “World Press Cartoon Sintra 2007”. No âmbito do encerramento da Campanha Pirilampo Mágico 2007, foi organizada uma exposição original, de 21 “Pirilampos Mágicos”, decorados por diversas personalidades de relevo da sociedade portuguesa, nomeadamente, nas áreas da cultura, espectáculo e dos media. Posteriormente foi apresentada a exposição “New Beijing

“4 milhões, correspondente a uma média diária de quase 5.500 visitantes” Great Olympics” – Beijing Jogos Olímpicos 2008. Mais recentemente, foram expostos o portfólio de fotografias de Ricardo Alevizos, Insomnia : 1 e a peça escultórica “Cinderela” da autoria de Joana Vasconcelos. Ao longo dos 2 anos de operação, os três Restaurantes existentes no Casino Lisboa serviram um total superior a 160.000 refeições. E mais de 1.400.000 clientes foram servidos pelos quatro Bares em funcionamento. Ao longo dos dois primeiros anos de actividade, afluíram

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aos dois parques de estacionamento do Casino Lisboa mais de 860.000 viaturas. Com a criação do Casino Lisboa foram gerados 550 novos postos de trabalho directos. Recorde-se, por último, que a concretização do projecto “Casino Lisboa” acarretou um investimento global de 111 milhões de euros. Como estão a decorrer as celebrações do 50.º Aniversário da Estoril-Sol e o que têm preparado para 2.º aniversário do Casino Lisboa? As celebrações dos 50 anos da Estoril Sol estão a decorrer bem, conforme o planeado – um amplo programa de eventos que se vai estender até final de 2008, com destaque para a oferta de espectáculos, concertos e de animação, quer no Casino Estoril, quer no Casino Lisboa.

Mais de 100 bandas de música actuaram no palco multiusos, totalizando mais de 1.500 horas de música ao vivo Já o Casino Lisboa celebra o segundo aniversário no próximo dia 19 de Abril, oferecendo ao público um surpreendente evento, que se estende por todo o fim-de-semana. São dois dias de festa que culminam com os concertos de Natalie Choquette, Pedro Abrunhosa e Fat Freddy’s Drop. Num cartaz diversificado, aguardam-se, ainda, com expectativa, as actuações dos DJ Yves LaRock e DJ Carl Craig. Em noite de aniversário, o Casino Lisboa recebe Natalie Choquette, que protagoniza, pelas 22 horas, um concerto especial. A soprano, que se distinguiu por uma notável actuação na inauguração do novo espaço da Estoril Sol, regressa, assim, ao Auditório dos Oceanos para interpretar um repertório clássico, tocado por um original sentido de humor. De facto, com uma coreografia criativa e bem estruturada, Natalie Choquette introduz um surpreendente tom de comédia à Ópera. Apoiada numa elevada componente artística, “La Diva” é aplaudida pela invulgar capacidade de interpretar temas de Turandot enquanto come esparguete, ou de cantar, em simultâneo, o famoso “Summertime”, enquanto arranja as unhas… Com um cartaz intitulado “2

Anos, 2 Dias em Festa”, o Casino Lisboa convida, entretanto, todos os visitantes, desta noite, para assistir ao concerto de Pedro Abrunhosa no Arena Lounge, pelas 23 e 30, com ingresso livre. O elenco de novas composições do álbum “Luz” constitui o enquadramento ideal para o regresso do artista portuense ao Casino Lisboa. Elaborado por Pedro Abrunhosa, “Luz” representa uma viragem no seu percurso musical. “É um álbum decisivo de novas rotas estéticas. Exploro cada vez mais a “canção”, sendo esta uma genuína forma de arte, entre a narrativa, a poesia e a música. É o início de um caminho que me interessa seguir: a mistura de ingredientes, o somatório de influências”. Autor e compositor de memoráveis baladas, Pedro Abrunhosa interpreta, ainda, os seus melhores “clássicos”, que têm pautado um percurso artístico dedicado à música portuguesa. Mais tarde, a partir da uma hora da madrugada, será a vez do famoso DJ Yves LaRock, que escolhe as sonoridades para um contagiante final de noite. Com um duplo programa de aniversário, o Casino Lisboa prossegue a festa no Domingo, dia 20. A partir das 21 horas, o inconfundível

repertório do conjunto Fat Freddy’s Drop assegura uma hora e meia de concerto, também, de acesso livre. Mais tarde, às 22 e 30, cabe ao DJ Carl Craig assumir o protagonismo da noite, impondo uma original sequência de ritmos e de sonoridades. Entre outras surpresas, o Casino Lisboa partilha, assim, este momento especial com o público, assegurando a distribuição de numerosos prémios e brindes durante todo o fimde-semana. Já que estamos a falar de celebrações, a EXPO 98 celebra uma década este ano. Qual ou que momentos guarda da grande exposição ao recuar dez anos atrás? Ao recuar dez anos atrás, dou comigo a reviver aquele que terá sido, porventura, um dos momentos mais emblemáticos de toda a EXPO 98: o encerramento da exposição, em 30 de Setembro, perante um monumental e inesquecível fogo de artificio, presenciado por cerca de 400.000 pessoas (entre as quais o signatário) que, de forma espontânea, entoaram, de viva voz, o hino nacional, num momento único de felicidade colectiva. Para recordar e contar aos filhos e netos, com muito orgulho.


16 | NP | ENTREVISTA

Marco Neves é

Clube Parque d

ções sobre o F

da nossa comu

“Gostava que criássemos alguma coisa que fosse o exemplo para o resto da cidade” Miguel F. Meneses

10 Anos de EXPO 98, o que é que tens preparado para o Festival deste ano? As comemorações deste ano terão de ter um cariz nacional. No contexto dessas comemorações, penso que o importante é manter esta tradição nova de termos uma festa da população do Parque das Nações. Dez anos depois, o Parque das Nações é uma comunidade bem mais viva e activa do que alguém podia imaginar há 10 anos, num local onde não morava ninguém. Para lem-

brar que somos um bairro novo, que está a dar os primeiros passos e que será feito por nós e pelos nossos filhos, gostava de juntar crianças com menos de 10 anos, do Parque, da Cidade e do País, debaixo da pala do Pavilhão de Portugal. Espero ser possível e estamos a trabalhar para isso. Escolhemos a nossa data para o festival com base na inauguração da Expo, mas temos também de lembrar que, para lá da festa nacional que foi a Expo ‘98, o Parque das Nações, o nosso bairro, nasceu a 11 de Outubro de 1998 e,

este ano, esperamos ter alguma forma de comemorar essa outra data. Uma Associação sem recursos financeiros e um Clube no início de vida não podem fazer a festa que os 10 anos mereceriam, mas vamos colaborar com a Parque Expo na recordação da grande festa de 1998 – que merece, como disse, uma grande comemoração nacional. Quais são as grandes diferenças para este ano e quais as tuas expectativas? Onde é que vai decorrer “a acção”?

Este ano concentramos a festa na Escola Vasco da Gama, pois é a Escola (infelizmente, ainda única) a instituição que mais une a comunidade, entre pais, crianças e amigos dessas crianças. Uma prova de que é um bairro novo e que podemos fazer muito, a partir daqui. As acções vão decorrer principalmente na Escola Vasco da Gama, mas também noutros locais, que serão divulgados no Programa. A Pala do Pavilhão de Portugal – espero ter aí o momento marcante das festas deste ano.

vais organizados até agora?

Que balanço fazes dos festi-

Aprofundando um pouco

Os Festivais anteriores serviram para lançar a semente. No entanto, com a exposição de pintura, os concursos de fotografia e literatura, os debates, a música, a participação das crianças, já conseguimos trazer algumas pessoas para a rua, para que nos possamos conhecer todos e criar um bairro com alguma identidade própria e onde seja bom viver, para lá da saída e entrada nas garagens, antes e depois do trabalho…

mais estas questões e dado ao teu envolvimento na comunidade, seja através do Clube ou da Associação, que análise é que fazes da evolução desta comunidade? Como todos sabemos, é complicado oferecer o tempo livre de cada um para actividades da comunidade, porque grande parte da população do Parque trabalha com horários alargados e em profissões muito exigentes. Entre o trabalho, a família e os amigos, sobra pouco para os vizinhos e não deixa de ser natural que assim seja.


ENTREVISTA | NP | 17

morar, podem e devem participar na Associação (porque há muito a fazer para defender este bairro) e podem, se assim o entenderem, participar também no Clube. Como jovem que és, como é que categorizas a tua faixa etária de hoje, qual o envolvimento das pessoas no Devir comunitário, que futuros cidadãos é que vamos ter? Quem escreve e faz opinião quer fazer-nos crer que, depois da sua geração, virá o desastre. Todas as gerações têm essa tendência e a minha também dirá o mesmo das mais novas (já começa a dizer). Não nos podemos esquecer que quem tem a minha idade tem de construir a vida, tem de procurar trabalho, criar uma

geração está mais bem formada do que as anteriores (que tinham elites muito bem formadas e todo o resto da população na escuridão). O Parque das Nações é uma área privilegiada para que todo este potencial venha à tona e prove que o futuro será diferente do passado, mas não um desastre. Temos a capacidade de criar uma vida sólida e ao mesmo tempo sair de nós mesmos e criarmos coisas novas e bem-feitas. Quem não acredita, basta esperar, mas de olhos bem abertos e sem preconceitos. Como é que desejarias que a comunidade actuasse no futuro? Gostava que criássemos alguma coisa que fosse o exemplo

um dos protagonistas à frente da Associação de Moradores e do as Nações. Falámos com a peça mais jovem destas duas organiza-

estival Parque das Nações deste ano e, também, sobre o crescimento

nidade, no ano em que celebramos 10 anos de Parque das Nações

No entanto, este bairro tem características especiais: há empresas onde muitas pessoas trabalham, pessoas que aqui vêm todos os dias passear, todos nós trazemos os nossos amigos para o Parque, toda a cidade vem ter connosco e, ao fim-de-semana e à noite, encontramo-nos nos cafés, nas ruas, no teatro, no Casino, no centro comercial, nas actividades que já existem. Ainda não é estruturado, ainda é pouco visível e as caras só pouco a pouco se vão conhecendo, mas já existe qualquer coisa: uma comunidade que se encontra e que, muito mais do que em qualquer outro lugar, é aberta à cidade e ao país. Afinal, este é, provavelmente, o bairro com maior exposição mediática e turística do país. À Associação e ao Clube cabe dar alguma visibilidade e organização à comunidade enquanto tal e, para isso, é preciso lembrar às pessoas que existimos: que quando para aqui vêm

família, lutar bastante todos os dias. É uma ilusão dizer que a vida é fácil para os jovens. Bem pelo contrário. Com estas dificuldades e, ainda por cima, a viver numa cidade, num bairro novo, com interesses muito variados, os jovens só podem ter formas de participar que parecem, para quem está de fora, equivalentes a desinteresse. Mas é uma ilusão: participamos, mas de formas, por vezes, alternativas. Aliás, o que espanta é ver tantas pessoas da minha idade a criar, a concretizar, a fazer coisas. É tudo pouco visível, difícil de quantificar, mas acredito, pela experiência que tenho nos meios onde me movo, que os cidadãos mais novos fazem muito mais do que se pensa. Estes desencontros geracionais são habituais em todas as épocas. No entanto, neste momento, em Portugal, há um contraste tremendo entre uma geração mais nova bem preparada e as gerações mais velhas, que têm uma pequena percentagem da população muito bem preparada, mas, em média, uma impreparação que se reflecte no estado do país. Não é muito habitual dizer-se isto, mas, no seu conjunto, esta

para o resto da cidade, que ajudasse a trazer pessoas para Lisboa. Criar uma boa qualidade de vida parte de nós e não apenas de quem governa ou administra. Associarmo-nos, sair para a rua, participar no tempo que cada um conseguir arranjar em actividades desportivas, culturais e cívicas, tudo isso ajuda a criar um sentido de comunidade para nós e para os nossos filhos. Podem parecer ideias desligadas da realidade, mas não são: com o ritmo de vida que todos temos, precisamos uns dos outros para descontrair, para falar, para respirar fundo e para que os nossos filhos cresçam também “na rua”, no bom sentido. E a actividade da associação, quais são as principais metas, neste momento? Que balanço fazes e que planos é que existem para o futuro? Quem chega agora ao Parque das Nações terá a tendência para achar que o bairro ainda não existe enquanto comunidade organizada. Mas a AMCPN nasceu em 1999, através dum núcleo dos primeiros


18 | NP | ENTREVISTA habitantes do Parque, dos quais se destaca José Moreno, que se mantém como presidente e mais activo sócio e a quem devemos o nascimento destas primeiras manifestações da comunidade do Parque das Nações. Até agora, a AMCPN serviu para organizar a população do Parque das Nações e dar-lhe uma voz, num contexto muito complicado – de divisão autárquica irracional, com vários interlocutores (Câmaras, Freguesias, Parque Expo, Governo) – e alguns problemas peculiares, próprios dum espaço planeado de raiz mas com pouco peso autárquico e eleitoral. Tentamos chamar a atenção e acompanhar a resolução, por parte da Parque Expo, dos problemas que vão surgindo no dia-a-dia da nossa comunidade. Os habitantes podem encontrar na AMCPN o espaço onde podem dirigir as críticas a transmitir aos responsáveis, de forma a dar maior visibilidade e peso às mesmas. As nossas metas passam por resolver esses problemas do dia-a-dia, por chamar a atenção para a falta de escolas, de centro de saúde, de alguns instrumentos sociais básicos para a população da zona. Para lá do nosso objectivo de unificar o território numa unidade autárquica, queremos actuar junto das câmaras, das freguesias e da Parque Expo para que olhem para o espaço com a atenção que merece e resolvam os problemas desta população. Falando, agora, do CPN, onde está fronteira de um organismo para o outro (AMCPN)?

“As nossas metas passam por resolver esses problemas do dia-a-dia, por chamar a atenção para a falta de escolas, de centro de saúde, de alguns instrumentos sociais básicos para a população da zona. Para lá do nosso objectivo de unificar o ter ritório numa unidade autárquica, queremos actu ar junto das câmaras, das freguesias e da Parque Expo para que olhem para o espaço com a atenção que merece e resolvam os problemas desta população”

As duas instituições têm funções claramente diferentes: a Associação de Moradores e Comerciantes tem a função de defender os interesses cívicos e políticos dos moradores. Tem interesse para todos os habitantes do Parque das Nações e o nosso objectivo só pode ser chegar a todos os habitantes. Todos têm interesse em participar, pelo menos através da inscrição e da eleição da direcção, de forma a termos força para defender os nossos interesses. Já o Clube não tem como objectivo defender os interesses cívicos da população, mas sim ser uma instituição criada no Parque das Nações, aberta à cidade e ao país, com actividades culturais e desportivas. Dirige-se a todos os que querem participar de forma mais activa e não se limita à popula-

ção do Parque. Neste momento, muitas das pessoas que participam na AMCPN e no CPN são as mesmas. Mas são duas instituições autónomas e, com o tempo, teremos uma separação maior. Esta divisão de tarefas será, certamente, positiva – faremos todos muito mais. Qual pensas ser a grande mais-valia do Clube? A mais-valia do Clube é ser uma instituição que nasceu da comunidade. Numa empresa, temos de agir de acordo com o que é rentável ou não. O CPN, como não tem fins lucrativos, pode aceitar qualquer ideia que não dê prejuízo e seja interessante e de qualidade. Temos aqui um espaço aberto à criatividade de todos os habitantes (e não só). Basta que nos descubram e compreendam o potencial imenso desta ideia. Além disso, quando o cliente está descontente, simplesmente muda para o concorrente e este princípio serve perfeitamente para o mercado. No CPN, não estamos nessa lógica: não somos concorrentes de ninguém – o sócio, quando não gosta, pode criticar, criar, trazer novas ideias e ajudar o Clube a crescer. Para resumir: o CPN terá o destino que os habitantes do Parque das Nações lhe quiserem dar. Se este espírito de associação tem vantagens, também terá as desvantagens de não termos a força financeira que uma empresa oferece (esta desvantagem é, obviamente, colmatada por patrocinadores e parceiros; já os temos e procuramos cada vez mais). O nosso capital é o empenho dos moradores. Proponho a todos que participem e tragam as suas ideias: podemos criar um dos grandes pólos desportivos e culturais da cidade e todos poderemos dizer, com orgulho: “ajudei a fazer este clube”. O que conseguiu resultar melhor? O Futebol Americano é, sem dúvida, a actividade de maior sucesso. A nossa equipa é já parte do campeonato espanhol (esperamos um dia ser um dos fundadores do campeonato português). Tivemos já uma boa cobertura na SportTV e na RTP, o que é essencial para uma equipa se motivar e avançar.

O Futebol Infantil tem também muito sucesso, que será consolidado logo que resolvermos a questão do campo de treinos. O que também tem resultado muito bem é a abertura do Clube Parque das Nações à população das áreas vizinhas: Moscavide, Sacavém, Portela, etc.. Prova que o Parque das Nações, longe de ser um bairro fechado sobre si mesmo, está aberto ao que está à nossa volta. Já ouvi algumas pessoas acusarem-nos de “guetização”, mas serão certamente pessoas que não conhecem a realidade e que avaliam a nossa realidade pelo que pensavam que ia acontecer e não pelo que realmente acontece. Planos para o futuro? Queremos investir mais no Futebol Infantil; nas actividades culturais; na criação duma sede digna para o Clube. Tudo isso está em andamento, com as dificuldades próprias dum clube em formação, sem fins lucrativos. Lá chegaremos. Outro plano é apostar na divulgação, neste caso tanto do Clube como da Associação. Temos de mostrar esta associação de moradores e este clube. São instituições que ainda estão a dar os primeiros passos (principalmente o Clube) e que estão abertas a todos. As ideias devem partir de todos, porque servem para todos: partem da comunidade para a comunidade. Temos de aprender a sair de casa, a encher as ruas, a crescer enquanto bairro. É difícil. Todos os dias temos milhares de pessoas que vivem aqui e nunca ouviram falar da Associação, do Clube, das outras instituições que existem (a paróquia, por exemplo) e julgam viver num bairro “vazio” (e queixam-se da falta de algo que, na realidade, já existe). Pois todos eles podem contribuir para dar força à Associação, ao Clube e para preencher o bairro e criar o Parque das Nações que todos querem. É bom lembrar que todos nós, na Associação e no Clube, não ganhamos nada, em termos financeiros. Ganhamos muito, em muitos outros aspectos. É esse convite que faço: participar custa no início, mas traz resultados que compensam o esforço. Mais informações: www.clubeparquenacoes.org | geral@clubeparquenacoes.org www.amcpn.com | geral@amcpn.com



20 | NP | OCEANÁRIO

Solhas e Linguados Os Pleuronectiformes (solhas e linguados) são um grupo extremamente diverso de peixes. Apesar de as suas adaptações peculiares terem garantido o seu sucesso durante mais de 40 milhões de anos, a pesca excessiva de que são alvo tem recentemente levado a que muitas espécies deste grupo se encontrem em risco de extinção. Na galeria do Habitat Atlântico no Oceanário, existe um aquário que, à primeira vista, parece ter apenas areia. Mas se olharmos com mais atenção podemos ver pequenos olhos a saírem da areia, e se esperarmos tempo suficiente, acabamos por ver o chão a mexer. Este aquário é dedicado às solhas e linguados (nome taxonómico: pleuronectiformes), designação geral dada a um grupo bastante diverso de peixes, que conta com mais de 700 espécies espalhadas por todos os oceanos do mundo. Estes peixes caracterizam-se por terem perdido a sua simetria lateral como adaptação a uma vida camuflados na areia. Desta forma, não

só se escondem dos seus predadores como também conseguem armar emboscadas a peixes mais incautos. Os pleuronectiformes são achatados lateralmente (mas mais espalmados que os outros peixes) e, por isso, nadam sempre deitados. São também exemplos de como a evolução altera estruturas já existentes de forma a desempenhar novas funções. Curiosamente, os juvenis dos pleuronectiformes têm o corpo semelhante ao típico peixe ósseo, ou seja, corpo simétrico lateralmente com um olho de cada lado e coloração igual em ambos os lados. No entanto, à medida que vão crescendo, um dos olhos migra para o lado

oposto, e um dos lados perde progressivamente a pigmentação.

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PERFIL | NP | 21

Esta modificação permitiu ao animal enterrar-se na areia e manter os dois olhos focados para a coluna de água acima dele, sendo assim mais eficaz a detectar e caçar as suas presas. Além disso, os olhos são proeminentes relativamente ao plano do corpo, o que permite ao animal mantê-los de fora ficando assim com a sua visão desobstruída. O lado que “perde” um olho (designado por lado cego) é sempre o lado que perde a coloração, enquanto o outro adopta uma coloração mais escura e normalmente manchada de forma a imitar um fundo de areia. No entanto, várias espécies deste grupo têm a capacidade de mudar de cor de acordo com o fundo em que estão, um pouco à semelhança dos chocos e dos polvos. Os pleuronectiformes são um exemplo de como a evolução funciona. Estes peixes têm uma aparência um pouco deformada, com os olhos relativamente mal alinhados e a boca torta (pois mantém a orientação original). Mas tal deve-se ao funcionamento da evolução por selecção natural. Por acidente foram surgindo indivíduos progressivamente mais deformados, mas que, por conseguirem esconder-se de forma eficaz para capturar presas e escapar aos seus predadores, foram transmitindo as suas características até aos dias de hoje. De facto, os pleuronectiformes são um grupo muito numeroso e um dos grupos mais antigos de peixes, conhecendo-se fósseis com mais de 40 milhões de anos. Muitas espécies de pleuronectiformes estão entre os peixes com maior valor comercial, sendo intensivamente pescados, e mais recentemente criados

“a aquacultura pode a curto prazo libertar alguma da pressão piscatória dos stocks selvagens. Por isso, não se iniba de optar por peixe de aquacultura em detrimento do selvagem”

em aquacultura. Pode-se dizer que em paralelo com a sua enorme diversidade biológica, a história da exploração deste grupo é também diversa em medidas de gestão e sua eficácia. Um exemplo meritório é o do Alabote do Pacífico (Hippoglossus stenolepis) para o qual foram implementadas regras internacionais através da Comissão Internacional do Alabote do Pacífico, sendo a pesca desta espécie considerada essencialmente sustentável. Infelizmente, o mesmo não se pode dizer do Alabote do Atlântico (Hippoglossus hippo-

glossus) cuja redução do efectivo populacional de 80%, nos últimos 10 anos, devido à pesca excessiva, levou à sua classificação como ameaçado pela IUCN (www.redlist.org), a segunda categoria antes de chegar à extinção. Outro exemplo menos feliz é o da Pleuronectes platessa (solha) que, apesar das várias restrições impostas pela união europeia, o seu efectivo populacional continua a diminuir, ao ponto de alguns cientistas defenderem que a única forma de inverter a situação seja através de uma restrição total à sua pesca. Desta forma, apesar do seu longo sucesso como grupo biológico, a pesca excessiva parece estar a colocar em perigo muitos destes animais verdadeiramente únicos. Apesar de esteticamente poderem parecer um pouco feios e deformados, os pleuronectiformes são animais extremamente diversos e constituem uma oportunidade única para observar os mecanismos extraordinários da evolução. Além disso, o seu papel ecológico extremamente importante significa que a sua conservação não constitui apenas a preservação de um animal enigmático mas também a preservação de parte do ecossistema marinho. Ecodica Apesar de não ser uma solução ideal e livre de agressões ambientais, a aquacultura pode a curto prazo libertar alguma da pressão piscatória dos stocks selvagens. Por isso, não se iniba de optar por peixe de aquacultura em detrimento do selvagem, pois de certa forma está a contribuir para que se possa continuar a comer peixe selvagem.

OS NOSSOS CRAQUES! Nome:

Meggie, Margarida Fonseca Carragosela Idade: 14 Onde: Escola de Ténis Jaime Caldeira A maior vitória: 1 º lugar no Torneio da Federação Portuguesa de Ténis em Setúbal

Filme: As palavras que nunca te direi Banda: Blink 182 Prato: Cabrito no forno Fora do prato: Leite com cereais Quando for grande: Gestora

Livro: Lua de Joana

Se fosse Presidente: Promoveria mais o desporto em Portugal em especial desportos poucos divulgados e com pouco apoio nacional.Tentaria também arranjar soluções para o desemprego.

Actor: Morgan Freeman

obre os políticos: So Na maioria deprimentes.

Jogadora preferida: Ana Ivanovic


22 | NP | FAMÍLIA

ESPAÇO FAMÍLIA Vórtice V ê

e

f a z

A água no cilindro sai pelo ralo no fundo do tubo, e volta a entrar nele com um determinado ângulo relativamente ao topo do cilindro. A água rodopia e forma um enorme remoinho que pode ser controlado pela “torneira”. Projectada do fundo do cilindro, a água terá tendência a girar dentro deste. Passa-se o mesmo com a água da banheira, que gira, criando um remoinho, quando sai pelo ralo. Esta tendência é reforçada neste módulo, pela reintrodução da água a um determinado ângulo. Poderás encontrar este e outros módulos no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva. Horário: * Terça a Sexta – 10:00 às 18:00 * Fim-de-semana e feriados – 11:00 às 19:00 O Pavilhão está encerrado às segundas-feiras e nos dias 24 e 25 de Dezembro, 31 de Dezembro e 1 de Janeiro. Tel. (351) 21 891.71.00 / Fax (351) 21 891.71.71 i nfo@pavconhecimento.pt www.pavconhecimento.pt


FAMÍLIA | NP | 23

Pontes para o Futuro

No âmbito do plano anual de actividade da Escola Básica e Integrada do 1º, 2º e 3º Ciclos /Jardim de Infância Vasco da Gama, os alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico prosseguiram o desenvolvimento do respectivo projecto curricular

“Este projecto tem como objectivos principais: melhorar a qualidade das aprendizagens dos alunos; favorecer a articulação dos saberes entre os diferentes níveis de ensino...”

“Pontes para o Futuro”, ao longo do segundo período. Este projecto tem como objectivos principais: melhorar a qualidade das aprendizagens dos alunos; favorecer a articulação dos saberes entre os diferentes níveis de ensino e desenvolver as competências gerais, transversais e essenciais, previstas para este nível de ensino, contribuindo, assim, para a realização de um percurso escolar, educativo e de vida dos alunos, em segurança e qualidade. Para a sua consecução engloba um conjunto de actividades que, no presente ano lectivo, se centram nas questões ambientais e de preservação da natureza, nas propostas do Plano Nacional de Leitura e nas relações da Escola com a comunidade, com

Escola Básica e Integrada do 1º, 2º e 3º Ciclos /Jardim de Infância Vasco da Gama

Fotografia: José Miguel Soares

LYX, BRAND VAN EGMOND, CONTRAFORMA, QUINZE & MILAN, PAOLA LENTI, KATE HUME GLASS, MISSONI HOME, INDUSTREAL, DIPTYQUE, MAÎTRE PARFUMER ET GANTIER, MILLER ET BERTAUX, COSTUME NATIONAL, …

Porta do Mar, 3.11.09 - Parque das Nações - Ao lado da Torre Galp Telef: 218948047 - Fax:218948049 www.arteassinada.pt - arteassinada@arteassinada.pt

especial incidência na interacção com os encarregados de educação. Nesse sentido, celebraram o Dia de Reis com uma dramatização referente à chegada dos três Reis Magos a Belém, representada por um grupo de alunos das diferentes turmas deste nível de ensino. Seguiu-se a troca simbólica de presentes, construídos por eles próprios, em colaboração com as famílias. No passado dia 1 de Fevereiro, as ruas nas imediações da EBI /JI Vasco da Gama animaram-se com a passagem de inúmeros animais polares, animais da quinta, de coloridas flores e regadores, de elementos poluidores e reivindicativas árvores, de frágeis icebergs, refrescantes gotas de água e suaves cristais de gelo, num desfile de Carnaval que movimentou as cerca de 275 crianças que integram as três turmas do Pré-Escolar e as nove turmas do 1º Ciclo do Ensino Básico. No final do período, a 14 de Março, o auditório da EBI/JI Vasco da Gama foi pequeno para acolher crianças e familiares, no momento de participarem na Festa do 1º Ciclo. Procurando também integrar as actividades de enriquecimento curricular, cada turma preparou a sua intervenção de acordo com os objectivos e temáticas mencionados anteriormente contribuindo para a construção de múltiplas Pontes que procuram assegurar uma passagem segura, entre o passado o presente e o Futuro.


24 | NP | ESPAÇO COMÉRCIO

VENHA ESPREITAR NA MARINA O 2KUL!!

O novo espaço na zona Sul do Parque das Nações. Um espaço criado a pensar em si e nos seus filhos. Por alguém que se preocupa com os tempos de hoje. Por alguém que sabe que a imagem é cada vez mais importante, mas que sabe, também, que cortar o cabelo nem sempre é fácil e que, por vezes, pode ser mesmo uma tarefa difícil, mas nem por isso uma mis-

são impossível... E por não ser fácil, tentamos criar um espaço mágico onde as crianças e jovens podem cortar a brincar e a jogar mas, também, onde os pais podem relaxar, fazer uma pausa e, por momentos, esquecerem que, mais importante que o corte acertado, é a doçura de quem corta

“Finalmente não podíamos deixar de focar as meninas e meninos mais vaidosos, por isso mais abertos à mudança de imagem e que têm, neste espaço agora descrito, um camarim ...“

é a magia à volta do corte. E é assim, com paciência, carinho e acima de tudo sensibilidade - todas as crianças são diferentes e todos os cuidados são poucos que tentamos, sem pressas, ultrapassar as barreiras dos “medos”, das “birras”, das “vergonhas” e, quando recebemos o esboço de um sorriso de um pequenote mais incrédulo, então está alcançada a confiança e está dado o primeiro passo para a nossa e a vossa vitória! Pois não há nada mais ternurento que “sentir” os nossos filhos a sorrir...

um desenho e pede para o pendurar, então atingimos o nosso objectivo e o meio, que se pretende acolhedor, (mas nem por isso menos “fashion”) passa a ser caseiro e confortável, o que se torna deveras gratificante! Mas a criança também cresce. E, por isso, o nosso espaço também foi pensado e criado para o jovem/pré-adolescente que,

Depois o corte prossegue e a brincadeira começa, naturalmente. E, se, no final, a criança faz

com a irreverência própria da idade, quer o seu canto , adequado às suas exigências e, acima de tudo, um lugar onde cortem como eles querem, ou seja, pouco, à moda deles e sem grandes perguntas... Pois é, sabemos também destas e de outras “dificuldades” e como tal procuramos estar à altura delas. Finalmente não podíamos deixar de focar as meninas e meninos mais vaidosos, por isso mais abertos à mudança de imagem e que têm, neste espaço agora descrito, um camarim para darem largas à sua imaginação e se elas, facilmente se transformam em “Princesas”, ora mudando o visual com

o corte ou um penteado mais “ousado” e colocando adereços coloridos e cintilantes, eles pedem cortes espetados, despenteados ou acertados, moldados com gel ou cera tal figura da música ou de uma produção televisiva. E é neste contexto que vamos iniciar as festas, aos Domingos, de momento para as meninas e, mais adiante, também para os meninos. O 2KUL é isto mesmo. Cuidar do bébé. Mimar a criança. Compreender o adolescente. Receber e ouvir os Pais com a atenção merecida. Esperamos a sua visita!

Cabeleireio Infantil & Junior Cortar a jogar é mesmo fixe!! Cortes como os vossos Filhos gostam...com franjas!! e outros, despenteados, mas bem cortados!! Pentear a brincar é o máximo!! Mini-manicure & maquilhagem!! Ganchos, fitas e elásticos giríssimos!! Extensões coloridas e estrelinhas cintilantes!! Tudo para as vossas Meninas!! Festas de aniversário para "Princesas"!! Marque, para não esperar... nós esperamos por si até às 20h00!! Rua das Musas, lote 3.08.04 Loja A Parque das Nações (zona sul - junto à marina) Tlf. 309 987 781 / Tlm: 91 450 81 55 Site: www.2kul.pt Aos Domingos - festas de aniversário para "Princesas", por marcação.

2ª a 6ª Feira -15:00 / 20:00 Sábado -10:30 / 13:30 15:00 / 20:00


ESPAÇO SAÚDE | NP | 25

Obesidade uma epidemia global

“Actualmente vemos inúmeras polémicas associadas a produtos e dietas promissoras mas que podem comprometer o nosso bem-estar, pois perder peso não é sinónimo de emagrecimento. Ou seja, perder água corporal sem perda de gordura associada permite perder peso sem emagrecer”

A obesidade, a qual a Organização Mundial de Saúde (OMS) denominou de New World Syndrome, o Síndrome do Novo Mundo ou o Novo Síndrome Mundial, é uma doença crónica de etiologia muito complexa. A sua origem é multifactorial envolvendo componentes genéticos, endócrinos, metabólicos, sociais, económicos, culturais e comportamentais, sendo esta patologia responsável pela redução da esperança média de vida em 9 anos. Esta patologia resulta de um desequilíbrio entre a energia ingerida e a energia dispendida.A ingestão excessiva de alimentos traduz-se num ganho ponderal à custa da conversão desta energia excedentária em massa gorda. As necessidades de energia variam de indivíduo para indivíduo, pois estas oscilam de acordo com a composição corporal, bem como o gasto energético que está dependente da actividade de cada um. De acordo com a OMS, o Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador que nos permite aferir a existência ou não de Obesidade, calcula–se dividindo o peso em kilogramas pela altura2 em metros:IMC = Peso (kg) ÷ [Altura (m) x Altura (m)] Valores superiores a 30 kg/m2 traduzem a presença desta patologia. O perímetro abdominal superior a 80 cm, no caso das mulheres e 94 cm para o homem, traduz-se

num outro factor de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular bem como diabetes. A avaliação da composição corporal de forma individualizada (quantidade de massa gorda, massa magra e grau de hidratação), glicemia, colesterol, trigliceridos e tensão arterial permite aferir de que forma a alimentação está a desequilibrar o organismo. Actualmente vemos inúmeras polémicas associadas a produtos e dietas promissoras mas que podem comprometer o nosso bem-estar, pois perder peso não é sinónimo de emagrecimento. Ou seja, perder água corporal sem perda de gordura associada permite perder peso sem emagrecer. Para que tal aconteça é preciso avaliar a variação de massa gorda, uma simples balança não traduz a eficácia de um plano alimentar. A alimentação, por ser uma variável que podemos controlar, assume um lugar cimeiro no tratamento da doença, pois é através dela que potenciamos o desequilíbrio/equilíbrio da balança energética. A alteração dos padrões alimentares com o aumento do consumo de fast food em detrimento da dieta mediterrânica, é uma consequência da evolução da sociedade de consumo, que conduz a opções alimentares pouco saudáveis. Importa que as necessidades nutricionais sejam avaliadas individualmente, em função do exercício físico desenvolvido e dos estilos de vida, de forma

a estabelecer um plano alimentar adequado a cada situação e contemplando as preferências de cada um, contrariamente a plano alimentares restritivos (estritamente compostos por cozidos e grelhados). Não existe uma pílula milagrosa que permita fazer face à epidemia do Século XXI, contudo, existem algumas medidas eficazes que podemos adoptar visando a prevenção e combate da Obesidade, destacando-se a alimentação equilibrada associada à prática de actividade física. Na última década, a Obesidade e o sobrepeso verificou um aumento de 10-40 % no espaço Europeu, tal facto assume uma dimensão preocupante, se pensarmos que esta promove um aumento de doenças associadas como a diabetes tipo 2, hipertensão, enfarte de miocárdio, cancro do cólon, cancro da mama, angina de peito, doenças da vesícula biliar, osteartrite e acidente vascular cerebral. Melhore a sua qualidade de vida adoptando um padrão alimentar saudável. Dra. Magda Serras Licenciada em Nutrição e Engenharia Alimentar Pós-graduação em Nutrição Clínica – Doenças Crónicas Mestranda em Nutrição ClínicaTel: 213860512 magdaserras@gmail.com


26 | NP | VIAGENS

COSTA DO SOL - ESPANHA Praias, golfe, gastronomia e história. E precisamos de mais para viajar? A costa dá-lhe 300 dias de sol por ano, o interior, a história de Andaluzia, região histórica e exótica e rica, palco de passagem para muitos europeus aventureiros durante o século passado. Um dos melhores climas do Mundo (como o nome indica) com centenas de praias com a temperatura da água a rondar os 18 graus, chegando a atingir os 25 graus, no Verão.

“O “gazpacho”, o “pescaito frito”, as espetadas de sardinhas são apenas alguns exemplos dos pratos...”

Torremolinos Considerado o motor de turismo desta costa. As primeiras praias a serem descobertas pelos turistas na década de 60´s. Praias de acesso fácil integradas em vilas antigas de pescadores. Hoje, com excelentes hotéis e empreendimentos turísticos com vários restaurantes, de gastronomia tradicional, ao longo da costa.

Puerto Banús Trata-se de uma praia muito concorrida, com vários serviços como bares de praia (“chiringuitos”) e duches, bem como aluguer de motos de água, kayaks, “gaivotas” e outras atracções que variam de ano para ano, consoante as modas... Gastronomia A simplicidade dos ingredientes e a variedade dos pratos combinam resultando num estilo de cozinha mediterrânica. Vegetais, legumes, peixe, mariscos e fruta são a base mas a variedade e diversidade das suas combinações podem ser muitas. Tudo cozinhado com o tradicional azeite da zona e acompanhado pelo seu vinho. O “gazpacho”, o “pescaito frito”, as espetadas de

sardinhas são apenas alguns exemplos dos pratos mais procurados nos “chiringuitos” (bares de praia) da Costa do Sol, nos seus restaurantes e nos seus bares. Este gosto pela chamada dieta mediterrânica, gosto pelo comer bem é acompanhado por uma variedade crescente de outros tipos de cozinha. Restaurantes mexicanos, japoneses, chineses, argentinos, franceses, indianos, italianos, entre outros, são, também, fáceis de encontrar nesta costa espanhola. Interior rural As vilas do interior da Costa do Sol são, cada vez mais, uma peça indispensável na oferta turística desta zona. Das pequenas vilas pitorescas aos grandes centros históricos, permitem uma fuga da

costa agitada para um ambiente mais tranquilo. Golfe São cerca de 70 campos de golfe, razão pela qual este é um dos desportos mais praticados na Costa do Sol. Entre montanhas e o mar a qualidade dos campos é hoje internacionalmente reconhecida. O bom clima, sol, temperaturas amenas e a lindíssima paisagem natural são argumentos mais do que suficientes para esta ser uma das principais mais-valias turísticas desta zona.

Consulte mais informações na nossa agência da Expo: Av. D. João II, Lt. 1.16.04 B, Loja D Tel.: 21 892 24 90


EXPO 98 | NP | 27

Nome

DÉC ADA EXPO 98

Richard Maria Freuis

Fotografias PARQUE EXPO SA

Onde estava Parque Expo 98, Unidade de Espectáculos – Direcção de Programação Fiz parte da equipa responsável pela programação da Expo’98, desempenhando funções de assistente da Direcção de Programação, mas também de programação e produção executiva de alguns espectáculos “Memória Expo’98”, teatros de rua e circos, maioritariamente apresentados no espaço “Área Aberta” junto à Torre Vasco da Gama. Alguns destes espectáculos: Theater Titanick “Titanic”, Cirque Plume “L’Harmonie Est-Elle Municipale?”, Les Arts Sauts “Kayassine”, Strange Fruit “The Field”, Sarruga “Nelaüa”, Los Galindos “Recuerdo de Constantinopla”, Circus Ronaldo, etc..

Um momento EXPO 98 O episódio mais marcante: Lembro-me do dia, já estávamos quase chegar ao fim da Expo’98, em que abateu um forte temporal sobre toda a zona da Expo’98, com chuvas torrenciais. Estava com os artistas do Circus Ronaldo na sua tenda de circo a acertar as últimas preparações do espectáculo do dia quando começou a chuva e o vento. A quantidade de água a cair do céu era de tal ordem que formou pequenas ribeiras que começaram a atravessar a tenda, tirando consigo a

terra no lugar do apoio das estacas laterais da tenda. Uma a uma as estacas começaram a ceder. Pedi, via rádio, pessoal de ajuda, mas todo pessoal disponível da Parque Expo 98 estava já no terreno a apoiar os vários palcos e o público nas “aflições” que o temporal causara. Peguei, junto com o pessoal do Circus Ronaldo, numa pá e “construímos” rapidamente barreiras de terra para desviar a água que vinha em pequenas ribeiras da parte superior, para assim evitar que atravessassem a tenda e levassem consigo ainda mais estacas de apoio. Ainda abrimos os portões da “Área Aberta” e fizemos entrar os camiões dos bastidores para amarrar a tenda a eles. Foi assim que conseguimos todos juntos, o pessoal da “Área Aberta” e do Circus Ronaldo, salvar a tenda deste maravilhoso circo de “tamanho familiar”. No dia de despedida, o pessoal do Circus Ronaldo ofereceu-me, como lembrança e agradecimento, um anão com uma pá, daqueles anões de porcelana que se podem ver em alguns jardins da Europa de Norte...


28 | NP | PRAZERES

Vale d´Algares - A nova vaga ribatejana O território da Região do Ribatejo situa-se no “coração” de Portugal, estendendo-se ao longo do curso do rio Tejo, configurando um espaço de relevo pouco acentuado ou mesmo plano, com boa aptidão climática para a prática da agricultura e pecuária em extensivo. Os vinhos, o cavalo lusitano e os touros são fortes imagens de marca da região desde a sua constituição. A produção de vinhos de qualidade está referenciada no foral concedido por D. Afonso Henriques, em 1170, à cidade de Santarém. Desde então foi protegida por D. Pedro I, D. Fernando, D. Afonso V e D. João II, devido à preferência destes monarcas pelos vinhos aí produzidos. Fiel a este legado histórico e bem enraizado nesta cultura,surge o projecto Vale d´Algares. Alicerçado na diferença, tem como missão produzir e comercializar vinhos de excelência, assumindo-se como uma referência do Ribatejo, a nível nacional, e o exemplo de

Portugal a nível internacional. A plantação de 31 hectares de vinha foi o primeiro passo. São duas as propriedades que receberam as videiras seleccionadas para comporem estes vinhos:Vale d´Algares, com 16 ha de castas tintas e 6 ha de castas brancas e Quinta da Faia, com 5 ha de castas tintas e 4 ha de castas brancas. Destacamos nos tintos a rainha Touriga Nacional, a portentosa Syrah e a aromática Aragonês, e nos brancos a exuberante Viognier, a riquíssima Alvarinho e a elegante Viosinho, entre outras... Com este leque de castas (de luxo!) e a reconversão de uma antiga adega local, com cerca de um século de existência, remodelada, porém, mantendo a traça original, estão reunidas as condições necessárias e suficientes para a criação de vinhos intensos, elegantes e equilibrados, valorizados pelo tradicionalismo no cultivo da vinha, todavia aliado às modernas tecnologias. Para isso foi construído um centro de vinificação equipado com sofisticados

meios, como câmaras frigoríficas para arrefecimento das uvas antes do seu processamento, tapetes de escolha para bagos e balseiros de carvalho, cubas de inox refrigeradas e lagares de pedra para as fermentações. Os vinhos são estagiados em cave, sob condições de temperatura e humidade naturais, de modo a “amadurecerem” correctamente. É de referir o estilo marcante da arquitectura desta cave que compreende cerca de 2000 m2 divididos em zona de estágio em barrica, garrafeira particular, linha de engarrafamento e sala VIP. Vale d´Algares produz, actualmente, duas marcas, posicionadas respectivamente, no segmento Premium e Super Premium:

Guarda-Rios (branco, rosé e tinto) e Vale d’Algares (branco). O vinho que vos dou a conhecer, desta feita, é o Vale d´Algares branco 2006. Assume-se como um vinho “Super Premium” e clama os valores da excelência, do rigor e da diferenciação.Traduz a qualidade e o melhor que se faz no Ribatejo. O posicionamento desta marca está direccionado para clientes exigentes e conhecedores e só estará disponível quando o ano vinícola for considerado excepcional. Para alcançar estes objectivos é necessário uma viticultura cuidada em que se aplicam operações como a monda de cachos em verde, garantindo, assim, maiores concentrações aromáticas e a realização de duas vindimas em

ha Produção própria Controlo rigoroso a partir do nascimento

Contacto: 218 940 221 Av. da Peregrinação n.º 4.39 Lote. 01 Loja. B . Moscavide . Parque das Nações (zona norte)

Carne da Nação Torre Vasco da Gama

diferentes fases de maturação das uvas. Estas são então transportadas em caixas de 12,5Kg sob a protecção de gelo seco e conservadas durante 24-48 horas a 0ºC. De seguida são prensadas com o engaço a baixa temperatura e fermentadas de dois modos distintos: fermentação alcoólica dos cachos mais verdes (25% do lote) em pequenas cubas de inox e fermentação alcoólica dos cachos mais maduros (75% do lote) em barricas novas de carvalho francês, com “batonnage” durante 6 meses. Notas de prova Vinho de cor amarelo citrino, muito brilhante, com reflexos esverdeados. Aromas profundos, ainda algo escondidos, de fruta de caroço (pêssego e alperce seco) e algum floral (violeta), em casamento perfeito com a barrica da melhor estirpe onde fermentou. Dessa grandiosa “assemblage” resultam nuances resinosas, no início da prova, indicando a utilização de

carvalho muito pouco tostado. Com o abrir do vinho no copo, finas notas de vagem de baunilha e leite-creme da avó sobressaem. É um vinho para apreciar sem pressas pois o seu nariz vai-se revelando lentamente… Na boca revela-se cheio, espesso, estruturado e balanceado por uma acidez vital, tornando-o num vinho muito bem arrumado e afinado.Apesar dos seus 14,5 % vol, o vinho nunca peca no desequilíbrio pois a sua bela acidez e a deliciosa untuosidade garantem a sua verticalidade.Temperatura de serviço: 12 – 13ºC Prove-o ao fim da tarde, em boa companhia, junto ao mar, tapeando amêijoa à Bulhão Pato ou gamba al´ajillo. Preço estimado – €20 Contactos – www.valedalgares.com Saudações enófilas, Pedro Marques Enólogo ISA pedrooomarques@gmail.com


RESTAURANTES | NP | 29

MARISCO E PEIXE FRESCO NO SABORES DO ATLÂNTICO Balanço da actividade, por Henrique Fernandes, Director do Restaurante Os pontos mais positivos e negativos O mais positivo é, sem duvida, a adesão de uma excelente clientela ao nosso serviço e, principalmente, ao facto de saberem que peixe fresco e de qualidade, na Expo, é no nosso Restaurante que podem apreciar: peixes grelhados e outras especialidades. O mais negativo é o acesso porque, muitas vezes, cortam o trânsito, em Moscavide, sem haver preocupação quanto aos direitos dos clientes a acederem a esta zona da Expo. O prato mais vendido O peixe fresco na grelha tem a liderança, mas há pratos que trazem clientela, de propósito, ao Sabores do Atlântico, como por exemplo, o Peixe-galo ou Solha fritos com arroz de tomate, feito ao momento, as cataplanas, o marisco e também alguma carne donde destacamos a posta mirandesa e os rojões à transmontana. Os tradicionais pratos de Bacalhau Continuam a visitar-nos muitos clientes do anterior Restaurante Sabores a Bacalhau, sendo o Bacalhau à Lagareiro e o Bacalhau com broa os pratos mais vendidos. O serviço do Restaurante Sem falsas modéstias podemos dizer que é excelente, o nosso pessoal tem formação e o atendimento é personalizado. Sempre que estou no Restaurante gosto de saber o que pensam os clien-

tes e a satisfação é alta. Temos também muitos e bons clientes que já vêm à Expo de propósito, para degustarem os nossos peixes. Boa relação entre qualidade/preço Agora, de 2ª a 6ª, temos pratos regionais a um preço entre os 8,5 € e os 10 €. À segunda, há pataniscas com arroz de feijão, à terça, temos arroz de pato, à quarta, cozido à portuguesa, à quinta, temos entrecosto no forno e, à sexta, bacalhau com natas. O cartão cliente frequente É um cartão que dá aos clientes frequentes um desconto de 10% e ainda vantagens para aniversários e outras reuniões, a partir de 15 pessoas. O cartão é dado a cada cliente, após a 2ª visita ao nosso Restaurante. Perspectivas para 2008 A Expo está a crescer e isso vai trazer mais clientela a esta zona, por outro lado, existem Restaurantes que vão abrir em 2008, esperamos que sejam conhecidos e que tragam qualidade porque a concorrência é salutar e ajuda ao negócio. Em 2008 vamos abrir, junto ao Restaurante, um espaço Gourmet para venda aos nossos clientes de vinhos, queijos e outros produtos regionais. Ficamos à espera que nos visitem e que nos refiram esta entrevista, pois teremos o prazer de oferecer uma gentileza, para além da qualidade da nossa comida e do nosso serviço. www.saboresdoatlantico.com Tele.:218957290

Cozinha Regional Todos os dias da semana, pratos fixos 2ªfeira Pataniscas de Bacalhau c/Arroz de Feijão Malandrinho 8.5€ 3ªfeira Caldeirada à Fragateira 8.5€ 4ªfeira Cozido à Portuguesa dose 15€ meia-dose 9€

Aberto todos os dias www.saboresdoatlantico.com

5ªfeira Arroz de Pato no Forno 8.5€ 6ªfeira Favas Guisadas c/Entrecosto e Enchidos 8.5€


30 | NP | PERFIL

por: Sérgio Rego

Trips para os Açores - S. Miguel e em Portugal Continental. Tive outros empregos em áreas diversas, mas só como treinador de BodyBoard me sinto realizado, apesar de reconhecer que o que aprendi num curso técnico-profissional de animação sóciocultural me forneceu alguma

FACES Chamo-me Sérgio Nuno Cabral do Rego, nasci em 1978, nos Açores e faço BodyBoard desde os quinze anos de idade. Resido na Expo desde Novembro de 2007 e gosto bastante de morar nesta zona junto ao Rio Tejo, porque ainda conserva alguma tranquilidade. Sou BodyBoarder e tenho uma escola de Surf e BodyBoard, que dá aulas não só no Continente, como também nos Açores. Para além das aulas, organizo Surf

bagagem para lidar com as pessoas, independentemente, da sua faixa etária. Também fui nadador-salvador o que me transmite confiança no meio aquático. A minha paixão pelo desporto não tem limites e em tempos fui jogador de futebol semi-profissional. O Bodyboard entrou na minha vida, por um acaso triste, quando o meu pai faleceu, tinha eu quinze anos de idade. Na verdade, o sofrimento que vivi na altura só foi confortado quando conheci as ondas e o poder do mar. O gosto por este desporto foi crescendo, porque o contacto com a natureza e o sentimento de bem-estar é indescritível. O efeito de deslizar na onda e não só convenceu-me por completo e até costumo dizer que o Bodyboard fez de mim um Homem! A aprendizagem no Bodyboard é entusiasmante e progressiva. É também um desporto muito rico para a saúde, quer física,

PESSOAS DO PARQUE “O Bodyboard entrou na minha vida, por um acaso triste, quando o meu pai faleceu, tinha eu quinze anos de idade. Na verdade, o sofrimento que vivi na altura só foi confortado quando conheci as ondas e o poder do mar”

Consultoria de Imagem . Cabeleireiro . Centro de Estética Escova Progressiva Manicure. Pedicure. Unhas de Gel Depilação Definitiva Microdermobrasão Torre Zen - Parque das Nações Av. D. João II Lote 1.17.01 E Tel.: 218967123 . 914876710

quer mental e, para além disso, é uma forma interessante de conhecer pessoas. Enquanto estamos a fazer exercício físico, estamos em comunhão com a natureza, a expressar, a sentir a vida e a edificar novas amizades. Foi por tudo isto, que a dado momento, eu percebi que tinha algo muito especial para transmitir aos outros e daí surgiu a ideia de ensinar e promover o Bodyboard. Pretendo fazer do Bodyboard a minha vida, uma vez que foi ele que me devolveu o amor pela vida. Sou treinador técnico de Surf/Bodyboard reconhecido pela Federação Portuguesa de Surf. O meu objectivo é promover o Bodyboard, nos Açores e em Portugal Continental, nas várias vertentes: lazer, aperfeiçoamento e competição. Se quiserem conhecer mais sobre mim e a minha actividade é consultar o meu Blog: www.sbbsschool.blogspot.com. Eu, como naturalista que sou, prefiro o campo e a praia à cidade, mas se tivesse o poder para

construir uma cidade, a sua edificação teria sempre que respeitar a natureza envolvente, ou seja, prédios mais baixos, mais vegetação e menos circulação de veículos. Do que mais gosto no Parque das Nações é do espaço verde junto à ponte Vasco da Gama e do que menos gosto é de uma entrada de água próxima da geladaria “Emanha” devido ao mau cheiro que, por vezes, dali vem. Se pudesse aperfeiçoar o Parque das Nações, construiria uma nova escola, um hospital e mais zonas verdes no interior do Parque, por exemplo, junto à pousada da juventude e das estações de comboio da CP. Assim seria ainda melhor viver no Parque das Nações. Agora, o meu objectivo é conseguir convencer os residentes da Expo de que o bodyboard pode mudar as suas vidas, tal como mudou a minha, para não falar nos efeitos terapêuticos que pode ter.



Parque das Nações

Parque das Nações

Parque das Nações

Parque das Nações

Parque das Nações

Empreendimento Conceituado; T4 c/ 190 m2 A Estrear c/ Vista Panorâmica de Rio Tejo; Garagem Tripla e Arrecadação; Localização de Excelência Ref.: EXP00510802

T2 c/ 105 m2; 2ª Linha do Rio Tejo; Excelentes Acabamentos; Parqueamento Duplo; Arrecadação Ref.: EXP00050801

T3 c/ 155 m2; Excelente Nível de Acabamentos; Terraço c/ 20 m2; Parqueamento Duplo; Arrecadação Ref.: EXP00010801

T3 c/ 120 m2; Parqueamento e Arrecadação; Segurança 24h; Excelente Localização Ref.: EXP00320802

T3 c/ 155 m2; Varanda c/ Boa Exposição Solar; Parqueamento Duplo e Arrecadação; Localização Privilegiada (Jardins, Comércio, Serviços, Escolas) Ref.: EXP00520802

Parque das Nações

Parque das Nações

Parque das Nações

Parque das Nações

Parque das Nações

2 Assoalhadas; Excelente Nível de Acabamentos; Cozinha Totalmente Equipada; Parqueamento e Arrecadação Ref.: EXP00680803

Moradia Unifamiliar em Condomínio Fechado; Sala c/ Lareira; Óptima Exposição Solar; Parqueamento Duplo e Arrecadação; Jardim Ref.: EXP00570803

T2 c/ 120 m2; Condomínio Fechado; 1ª Linha c/ Excelente Estado de Conservação; Circuito Interno de Vídeo; Óptimas Áreas; Garegem/Box; Jardim Ref.: EXP00610803

T3 Cobertura c/ 166 m2 c/ Vista Panorâmica de Rio Tejo; Excelentes Acabamentos; Terraço de 12 m2 c/ Grill; Parqueamento Triplo e Arrecadação Ref.: EXP00490802

T4 c/ 230 m2 no Edifício Argonautas c/ Acabamentos de Luxo; Vista Panorâmica do Rio Tejo; 4 Lugares de Garagem; Arrecadação; Segurança 24h Ref.: EXP01600706

a imobiliária em que mais portugueses confiam Parque das Nações

Parque das Nações

Olivais

Olivais

Olivais

T3+1 c/ 150 m2; Bons Acabamentos; Boa Exposição Solar; Parqueamento Duplo e Arrecadação; Boa Localização Ref.: EXP00300802

T2 c/ 132 m2 em Condomínio Fechado; Vista Panorâmica Rio Tejo; Acabamentos de Luxo; Garagem Dupla; Arrecadação; Boa Localização Ref.: EXP00130701

T3 Duplex c/ 100 m2; Boa Exposição Solar; Próximo do Metro

T4 c/ 130 m2; Boas Áreas; Boa Exposição Solar; Vista desafogada

Ref.: OLV00400602

T3+1 Parcialmente Remodelado; Vista Rio Tejo; Óptima Orientação Solar; A 3 min. do Metro; Excelente Localização Ref.: OLV00830803

Olivais

Encarnação

Encarnação

Marvila

Marvila

3 Assoalhadas; Remodelado; Boa Exposição Solar; Perto Transportes/Escolas/Comércio/ Serviços Ref.: OLV00860804

A Estrear; Moradia V2+2; Totalmente Remodelada; Jardim

Moradia c/ Projecto Aprovado na CML; p/ V3+1 c/ 184 m2 de Área Útil de Habitação e c/ 263 m2 de Lote de Terreno; Oportunidade Ref.: OLV00160801

T2 Duplex Totalmente Remodelado; Cozinha SemiEquipada; Óptima Exposição Solar; Excelentes Acessos Ref.: OLV00640802

3 Assoalhadas; Excelente Remodelação; Perto do Metro; Óptima RelaçãoQualidade/Preço

Ref.: OLV00510802

Ref.: OLV00600802


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