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A N O V I I I - N R . 49 - B I M E S T R A L - O U T U B R O 09 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E S E S
AUTÁRQUICAS ..ENTREVISTA LIVIA TIRONE “Fazer de Lisboa uma cidade renovável””
OS DOIS LADOS DA FRONTEIRA
BREVES Mais escolas para o ano Obras na Alameda dos Oceanos AMCPN: Carta Aberta PUB
PORTELA * MOSCAVIDE * SACAVÉM * PARQUE DAS NAÇÕES
ACTUAL | NP | 3 noticiasparque@netcabo.pt
EDITORIAL
FichaTécnica
Meu grande amigo: Porquê essa raiva? Porque andas tão zangado com eles? Valerá a pena? Continuas a achar que tudo vai ser assim tão diferente com este ou com aquele ou com o outro? Sentes-te assim tão defraudado, tão envergonhado, como disseste? Quantas horas por dia dedicas a essa raiva? Agora multiplica-a por um punhado de anos e uma vida, vale mesmo a pena? Ouvires tão cegamente os senhores da TV ou a senhora, como escrevi há tantos anos atrás, “dos lábios carnudos que tão bem diz a palavra sangue”, para te abasteceres de tanta lama, chuva e trovoada. Valerá a pena? Num país onde reina o sol, o mar, os intermináveis dias de Julho...? Os festivais de Verão, os percebes, o mexilhão, a sardinha, ... (eu sei que agora me dizias: “a sardinha, a sardinha vais ver, daqui a uns anos, toda engolida por uma grande embarcação de pesca japonesa!” Acho óptimo que estejas atento, eu também tento estar, todos devemos estar, claro! Mas passar as tardes, numa praça pública, constantemente, eternamente à espera que aquele ou o outro sejam linchados, como se tudo fosse mudar, não me
aqui, a questão é tão mais ampla, tão além dos partidos, da bandeira, dos continentes que acaba por se perder num vórtice de ideias e princípios, não sociais ou políticos, mas humanos. Sim, é verdade, vivemos num mundo cínico e egoísta, invejoso, e cheio desse eteceteras... mas não é novidade que a Grécia já não tenha escrito, Shakespeare representado, o cliché aprisionado. Só nos resta seguir em frente e procurar, como diz a música, algo por que valha a pena morrer/para que seja bonito viver... qualquer coisa assim do género. É uma arte viver, sabes bem disso. E olha que no meio desse Inverno todo existem abertas bem porreiras, daquelas que dão para aquecer a cara sem a queimar. Pessoal com valor, com ideias novas, empre-
“ procurar algo por que valha a pena morrer/para que seja bonito viver...” parece muito boa... política. Ainda por cima com a quantidade de filmes que vão estrear, agora, até ao final do ano (por falar nisso, já viste o Tarantino?! Aposto que não...). É quase como aquela pergunta que te faço sempre que estás eufórico a seguir a uma vitória do teu clube: “Venceste, que bom, mas e agora?” Sabes que mais... mesmo assim até prefiro ouvir-te discutir sobre bola, e sabes bem que nunca foi a minha praia. Mas ao menos, ali, são 11 para 11 de cada lado... simples. Agora,
endedor. Lê a entrevista ao Ricardo Diniz (pág.24), vais perceber o que te digo. Podemos sempre optar entre atravessar o atlântico para oferecer uma garrafa de porto à rainha de Inglaterra, ou ser actor de novelas, ou estar dentro da barriga de uma grande multinacional, ou até mesmo... político. Mas o que é realmente belo, por aqui, é que podes ser qualquer um deles. O que amo neste país é que, ainda é possível, se aplicares a tua alma, poder ser o que quiseres (já sei que me vais chamar lírico...). Ou então tens sempre a possibilidade de sair daqui, como me disse em tempos, aquele grande cineasta: “queres seguir cinema, mesmo?! Então tens que ir lá para fora... se não fores vais acabar por ser sufocado!!” Tantos que foram e que conseguiram, seja nas artes, na medicina, na banca. Agora ficar por cá, andares zangado e às turras platónicas, não me parece muito boa... política. Ainda por cima olha que com a idade isso não melhora... Miguel Ferro Meneses
Director: Miguel Ferro Meneses Director Adjunto: Filipe Esménio Redacção: Alexandra Ferreira, André Moura; Filipa Samarra, (Colaborações) Inês Lopes; Joana Cal; Paulo Andrade; Paulo Franco; Pedro Marques; Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Projecto Gráfico: Tiago Fiel Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Rua Diogo Cão nº. 1 7º Dto. 2685-198 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03
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Obras na Alameda dos Oceanos Vai passar a ser possível circular de automóvel em ambos os sentidos. Carlos Barbosa, Administrador da Parque Expo, fala-nos sobre uma intervenção que vai contar, também, com a criação de uma ciclovia
Estão a decorrer obras na Alameda dos Oceanos com o objectivo de melhorar a circulação e a mobilidade naquela zona central do Parque das Nações, quer falar-nos um pouco sobre isso? A intervenção em curso tem alguns objectivos importantes a considerar, dado que o seu conceito como alameda é fundamentalmente uma via ligada à circulação pedonal com um carácter lúdi-
co e de uso pelos cidadãos. Esta primeira fase integra-se num projecto mais vasto de criação de uma ciclovia, em todo o PN, que tem como objectivo valorizar o percurso ribeirinho, integrando todo o percurso ligado a Lisboa e a Loures, percorrendo a espinha dorsal do Parque.Tudo isto com um carácter lúdico mas, também, operacional.
Que alterações vão ser, então, feitas? Teremos dois eixos no sentido Norte/Sul, terão ligações no sentido nascente poente (Avenida de Pádua, zona da Estação do Oriente e na João Pinto Ribeiro). Pretende-se criar aqui uma malha ortogonal que permita percorrer, nos vários sentidos, o PN. Numa primeira fase, na Alameda dos Oceanos, iremos ter uma faixa de circulação de bicicletas, nos dois sentidos, ocupando, para isso, uma das faixas de rodagem do lado nascente da Alameda. Este é o objectivo estruturante neste projecto. Um outro objectivo estruturante terá a ver com a oportunidade que será dada aos transportes públicos e outros serviços, através da abertura de recortes, que até agora têm estado encerrados na Alameda e que funcionavam apenas na D. João II. O reforço de transportes públicos urbanos no PN só poderia ter operacionalidade com esta nova abertura. Um terceiro objectivo é a ampliação do passeio central, sendo este o grande passeio púbico da Parque, sendo cada vez mais procurado. Alargar esta zona central dedicada aos peões para integrar a via ciclável.
E no que diz respeito ao automóvel? Para a circulação automóvel ficará reservada a faixa de circulação no sentido Norte/Sul (que funciona actualmente) e no lado nascente iremos ter, também, uma única faixa de rodagem (no sentido Sul/Norte).Vamos ter, ainda, mais sinalização, mais lombas e a manutenção do actual pavimento. O que se pretende é clarificar, reorganizar e valorizar a Alameda dos Oceanos. Este projecto, em comparação com o que estava previsto (duas faixas abertas de cada lado), vai valorizar a componente ambiental (ciclovia) e a defesa do peão (baixamento de velocidade e limitação da livre circulação dos automóveis). Por outro lado, a criação dos parqueamentos específicos dos transportes públicos oferece novas condições para os transportes, não permitindo que a Alameda se transforme num espaço em que o automóvel permanece, prejudicando o peão e todo aquele espaço.
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Porquê o arranque desta obra nesta altura? A existência do Campus de Justiça determina que haja uma declaração em toda esta situação. Por outro lado, está previsto que entre o dia 1 e o dia 15 de Outubro, toda a zona a norte do Vasco da Gama até à João Pinto Ribeiro, seja objecto de uma intervenção da Emel. Toda esta zona será objecto de pagamento de parquímetros. Há, portanto, uma conjugação de factores determinantes que nos levaram a ter que responder atempadamente, tanto às necessidades do Campus como da Emel. Iremos, numa segunda fase, introduzir alguma redefinição e valorização no passeio central. Quem são os principais beneficiários desta operação? Tem sido uma constante, na gestão urbana deste espaço, a questão do cidadão e do ambiente, procurando adequar a gestão deste território às novas formas do cidadão se posicionar perante ele.Temos que registar o facto de o PN, pela sua configuração tipográfica, plana, ser uma oportunidade para tudo o que é a mobilidade através da bicicleta, não só como lazer como pela mobilidade interna. Eu diria que o principal destinatário é o cidadão que quer deslocar-se de bicicleta. Tem alguma mensagem que queira deixar passar? Duas mensagens. A gestão urbana é sempre algo dinâmico, que se vai adaptando a essas inovações e, portanto, a Parque Expo tem-se mantido aten-
ta a essas inovações. Por isso estamos a acompanhar o projecto de instalação de vários pontos de abastecimento de viaturas eléctricas, que nos permitirá, com a Câmara Municipal de Lisboa e o Governo, desenvolver, no PN, vários pontos de abastecimento de viaturas eléctricas. O PN e os seus cidadãos têm que ter presente o carácter inovador e em matéria de ambiente. A segunda prende-se com o objectivo de preservarmos aquilo que é o coração do PN, que é a zona de acesso condicionado, isto é, toda a área entre a Alameda dos Oceanos e a frente do Oceanário, cujas limitações ao trânsito ou tentativas de apropriação desse espaço (às quais nós temos resistido) são alguns dos factores que nos levam sempre nessa procura, nessa aproximação e convivência com os cidadãos do PN. Essa zona tem sido sempre objecto de preocupação da Parque Expo relativamente às questões de segurança, de protecção de valor urbanístico e da tranquilidade.
“Temos que registar o facto de o PN, pela sua configuração tipográfica, plana, ser uma oportunidade para tudo o que é a mobilidade através da bicicleta, não só como lazer como pela mobilidade interna. “
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Notas sobre a vida do P 1. PLACAS DE IDENTIFICAÇÃO NOS PRÉDIOS
Uma organização ao serviço das empresas e dos empresários
Lembramos, uma vez mais, que, nos termos legais – cfr. Lei 60/2007, de 4 de Setembro -, todos os edifícios deverão ter afixadas placas com as seguintes inscrições e por esta ordem: PROMOÇÃO, PROJECTO DE ARQUITECTURA, EMPRESA DE CONSTRUÇÃO, DIRECÇÃO TÉCNICA DA OBRA, ANO DE FINALIZAÇÃO. Apelamos, assim, às administrações dos prédios que ainda não tenham afixadas estas placas, que promovam a colocação das mesmas. Efectivamente, a existência destas placas, por ser útil – é importante que todos saibamos a quem imputar responsabilidades por eventuais problemas estruturais que os prédios venham a apresentar -, faz parte da qualidade urbanística que, em geral, todos defendemos. E não podemos esperar que as entidades com responsabilidade na gestão urbana mantenham os desejados padrões de qualidade, quando naquilo em que essa qualidade depende de nós não damos os passos para a implementar. Preferencialmente, as características (localização, dimensões, materiais, composição gráfica) das placas sejam definidas pelo autor do Projecto de Arquitectura, de modo a assegurar-se que a mesma se enquadre visualmente da melhor maneira na arquitectura do edifício. A colocação da placa deverá fazer-se, preferencialmente, junto da entrada principal do edifício. Quando o edifício tiver várias entradas e/ou blocos, poderá justificar-se a colocação de mais do que uma placa de identificação, nas localizações adequadas. A fiscalização do cumprimento desta obrigação legal está a cargo da Parque Expo. Para o esclarecimento de quaisquer dúvidas, poderá ser contactada a Parque Expo ou esta Associação.
PORTUGAL CONSULTORES
2. EQUIPAMENTOS ESCOLARES Contabilidade Geral Contabilidade Analítica Contabilidade Orçamental Contabilidade Financeira Gestão de Empresas e de Pessoal Estudos Económicos Consultadoria Fiscalidade Auditorias Av. D. João II – Edifício Infante, 7º C Parque das Nações – 1900-083 LISBOA Telefone: 218 922 400 Fax: 218 922 409 Email: geral@abportugal.com
Foi assinado no dia 4 de Setembro, pelas 11:30h, um protocolo celebrado entre a Senhora Ministra da Educação, o Senhor Presidente da Parque Expo e o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa para a construção de uma nova escola básica integrada do 1º, 2º, e 3ºciclos, na Zona sul do Parque das Nações. Prevê-se a abertura do 1º ciclo já no próximo ano lectivo de 2010/2011 e os restantes ciclos, no ano lectivo seguinte.
Para os alunos residentes no Parque das Nações, que não obtiveram vagas no 1º ciclo, foi criado um protocolo com a Escola 159 - Agrupamento Fernando Pessoa - para a abertura de uma
turma piloto, que poderá transitar para a nova escola, assim que esta estiver concluída. No final da cerimónia, o Dr. Rolando Borges Matins, Presidente da Parque Expo, reiterou à Antena 1, que além da escola básica integrada da zona sul, também a escola básica da zona norte abrirá no ano lectivo de 2010/2011. Também a Câmara Municipal de Loures nos informou, por carta datada de 2009.08.20, ter sido “aprovado por maioria, em sede de Reunião de Câmara realizada em 2009.08.19, o lançamento do projecto de arquitectura e especialidades para a EB1/JI do Parque das Nações. Prevê-se que este equipamento escolar possa entrar em funcionamento no próximo ano lectivo de 2010/2011.”
3. EMEL – Atribuição de cartões de estacionamento a moradores e comerciantes do Parque das Nações. Tendo a EMEL passado a actuar no Parque das Nações (área do concelho de Lisboa) e tendo em vista facilitar a todos os interessados a aquisição dos cartões de estacionamento, a referida empresa estará presente nas instalações da AMCPN – Casa do Arboreto, Parque do Tejo -, no período de 14 de Setembro a 9 de Outubro, nos dias úteis, entre as 15:00 e as 20:00 horas, a fim de satisfazer os respectivos pedidos.
4. Tráfego Alameda dos Oceanos Estão em curso algumas alterações na circulação na Alameda dos Oceanos, as quais visam, por um lado, acabar com o estacionamento caótico em alguns troços da mesma e, por outro, criar uma ciclovia. Vai manter-se, no entanto, o condicionamento do tráfego na mesma. A Parque Expo irá, oportunamente, anunciar tais alterações.
5. Porta Norte – Está em curso um estudo de enquadramento da Porta Norte na actual malha urbana que a envolve, que poderá passar pela remoção dos elementos em madeira, beneficiação da estrutura e aplicação de iluminação nocturna. Também sobre esta matéria a Parque Expo irá, assim que oportuno, produzir informação com detalhe. Para mais detalhes, poderão os interessados consultar a nossa página na internet – www.amcpn.com. A AMCPN
Para futuras inscrições de sócios da AMCPN utilize o seguinte contacto: Rua Ilha dos Amores, n.º 53 - 4.ºA Telef-932 037 474 www.amcpn.com - geral@amcpn.com
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arque das Nações Carta Aberta aos Candidatos à Câmara Municipal de Lisboa e à Câmara Municipal de Loures Caros Candidatos, O Parque das Nações é hoje um dos centros da cidade de Lisboa. Assim, gostaríamos de vos convidar a visitar o espaço do Parque das Nações durante a presente campanha eleitoral, para discutir connosco as seguintes realidades: - Num bairro criado de raiz para renovar a parte oriental de Lisboa e criar uma nova centralidade para a cidade e onde se situam alguns dos monumentos da cidade de Lisboa mais reconhecidos nacional e internacionalmente, uma divisão anacrónica entre concelhos põe a população do bairro a votar em dois concelhos distintos e divide o Parque das Nações entre duas cidades e uma vila. - Numa zona onde se pretendeu criar uma cidade imaginada, ainda não foi construído um centro de saúde (para uma população de quase 25000 pessoas), ainda só existe uma escola básica e nenhuma escola secundária e as câmaras ainda não assumiram as suas responsabilidades (11 anos depois do fim da Expo ‘98). - Um espaço criado de raiz e de forma inovadora, a simples inércia da lei e da divisão administrativa pode deitar tudo a perder em termos da gestão deste mesmo espaço. Temos a hipótese de ainda criar nesta zona oriental da cidade um exemplo para o resto da cidade, um bairro onde as componentes residencial,
empresarial e lúdica se conjugam num ambiente de arquitectura de qualidade e urbanismo bem pensado. No entanto, alguns descuidos e tropeções deixam marcas negras que podiam ser evitadas e podem ainda ser resolvidas com exasperante facilidade. Assim, questionamos-vos: - Concordam com a criação da Freguesia do Parque das Nações, para que a gestão unificada do Parque não seja bruscamente interrompida quando as autarquias assumirem a gestão do mesmo? - Quais são os projectos da lista pela qual concorrem para este espaço quer em termos de equipamento cultural e animação turística quer em termos de equipamentos sociais para a população que aqui reside e trabalha? Das respostas a estas questões depende, certamente, o sentido de voto de muitos habitantes do Parque das Nações. Resta-nos desejar a todos boa sorte e cumprimentar vencidos e vencedores. A Direcção da AMCPN
PRÉMIO DE LITERATURA PARQUE DAS NAÇÕES / CASINO LISBOA 2010 Entrega das obras: 15 Novembro 2009 — 28 Fevereiro 2010 O prémio consistirá, no mínimo, em quinhentos euros e na publicação do conto (até 2011). FESTIVAL PARQUE DAS NAÇÕES 2010 CONCURSO FOTOGRAFIA PARQUE DAS NAÇÕES/CASINO LISBOA 2010 Entrega dos trabalhos: 15 de Novembro 2009 — 31 Março 2010 As fotografias apresentadas devem incidir sobre pelo menos um dos seguintes temas: a) Parque das Nações; b) O Mar. O Prémio consistirá em duzentos euros, no mínimo e na publicação da fotografia no jornal Notícias do Parque. Consulte o regulamento em http://www.clubeparquenacoes.org/ Organização do Festival Parque das Nações 2010
8 | NP | CRÓNICA
Participação política, um acto de responsabilidade O povo português vive tempos de discernimento, reflexão, escolha e responsabilidade social. Os actos eleitorais não são meros exercícios de escrutínio, são, em primeira instância, momentos de grande responsabilidade social, no exercício democrático, onde cada indivíduo se pronuncia sobre a sociedade e cultura que deseja e na qual acredita. Pe. Paulo Franco Quer no plano nacional, quer no plano local, a participação na escolha dos que nos governam encerra grande responsabilidade, exigindo um discernimento sério onde não basta a simpatia partidária ou pessoal para tal escolha. O conhecimento das matérias ideológicas, a consciência dos princípios morais e éticos que presidem aos programas políticos e as prioridades sociais que se defendem são assuntos a ter em conta
rente alguns princípios basilares da teoria política, bem como a complexidade técnica de grande parte dos problemas políticos explicam o facto de geralmente poder dar-se uma pluralidade de partidos dentro dos quais os católicos podem escolher a sua militância para exercer - sobretudo através da representação parlamentar - o seu direito-dever na construção da vida civil do seu País. É, por isso, fundamental uma formada consciência e um conhecimento aprofundado para que o acto democrático do voto seja exercido de forma responsável e possa defender esse bem comum que deve ser sempre e em qualquer momento histórico o objectivo do exercício do poder democrático.
nesse discernimento que todo cidadão deve fazer aquando da sua participação política. A sociedade democrática actual, na qual vivemos, onde louvavelmente todos participam na gestão da coisa pública num clima de verdadeira liberdade, exige novas e mais amplas formas de participação na vida pública da parte dos cidadãos, cristãos e não cristãos. Todos podem, de facto, contribuir através do voto na eleição dos legisladores e dos governantes e, também de outras formas na definição das orientações políticas e das opções legislativas que, no seu entender, melhor promovam o bem comum, pois é este o horizonte que deve presidir à decisão na hora do exercício eleiRealiza-se, no próximo dia 8 toral. de Novembro, às 13 horas, o No plano da militância IV Magusto do Oriente. Esta política concreta, há iniciativa é já uma tradição que ter presente que o na Comunidade do Parque carácter contingente de das Nações, tendo contado algumas escolhas em com uma participação de matéria social, o facto cerca de 800 pessoas na edide muitas vezes serem ção de 2008. moralmente possíveis Junto à Igreja do Parque das diversas estratégias Nações, na zona habitacional para realizar ou garannorte, esta festa popular é tir um mesmo valor uma das acções que reúne substancial de fundo, a fundos para a construção da possibilidade de interNova Igreja de Nossa Senhora pretar de maneira difedos Navegantes. Durante o
IV MAGUSTO DO ORIENTE evento, far-se-á a 3ª abertura dos Porquinhos Mealheiro (resultado das poupanças que as famílias vão fazendo para, também, ajudar à construção da Igreja). Participar neste evento é, igualmente, fomentar a união e a comunhão entre os habitantes do Parque das Nações. As inscrições podem ser feitas no Secretariado da Igreja Paroquial.
Mais informações em: www.paroquia-navegantes.org
10 | NP | ACTUAL
Parquímetros voltam ao activo O Eng. Tiago Farias, Administrador da EMEL, adianta-nos algumas respostas sobre esta matéria. Os residentes terão cartões que permitirão a isenção do pagamento Atlântico, FIL e Campus Judiciário (entre as Avenidas do Pacífico e da Boa Esperança). Progressivamente será alargado, até final do ano, à restante área do Parque das Nações. Nesta primeira fase, que zona é que vai ser abrangida pelos parquímetros? Para assegurar o ordenamento do estacionamento no Parque das Nações, a EMEL irá proceder à introdução de estacionamento tarifado, que, na fase inicial, abrangerá a zona envolvente ao CC Vasco da Gama, Pavilhão
Qual o tarifário e horário a ser criado? O tarifário será igual ao utilizado na restante cidade: € 0,80 na primeira hora. O horário será das 8h00 às 20h00, nos dias úteis, e das 8h00 às 14h00, aos Sábados. Vão ser criados tarifários diferentes para residentes e trabalhadores? Os residentes podem, no âmbito do
Regulamento Municipal, solicitar os respectivos Cartões, que lhes permitem usufruir de isenção no pagamento do estacionamento na sua área. Como em toda a cidade, os trabalhadores deverão pagar a respectiva utilização de estacionamento. Para que este novo ordenamento funcione, será preciso que exista uma articulação forte com a fiscalização, não só do uso dos parquímetros, como do estacionamento ilegal e trânsito na zona. Que medidas estão pensadas para uma boa implementação deste processo? A EMEL tem consciência de que este modelo só funciona com fiscalização de modo a permitir um uso racional dos lugares existentes. Assim, a fiscalização será efectuada no horário de exploração, incidindo, também, no estacionamento abusivo que prejudica os peões, nomeadamente nas via-
turas estacionadas nos passeios ou passadeiras. No entanto, a fiscalização terá uma actuação pedagógica no início, de formar a informar todos os utentes. Gostaria de passar alguma mensagem especial aos moradores e trabalhadores do Parque das Nações? Gostaríamos de reforçar a nossa missão e os nossos valores, nomeadamente o ordenamento e a racionalização do espaço público e a boa gestão do estacionamento, indo ao encontro dos anseios dos residentes e da população. Como exemplo, será lançado o pagamento de estacionamento por telemóvel, denominado Teleparque.
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Mais escolas para o próximo ano lectivo Duas escolas públicas, uma privada, um berçário irão abrir já no próximo ano lectivo. Entretanto o Colégio Oriente abriu as suas portas a mais de 300 alunos. Tudo indica que a questão dos equipamentos escolares apanhou vento de feição Rolando Borges Martins, presidente da Parque Expo, numa cerimónia que contou com a presença de António Costa e a Ministra da Educação A Parque EXPO vai construir a nova Escola Básica Integrada (EBI) dos 1º, 2º e 3º ciclos, na zona Sul do Parque das Nações. Segundo a Parque Expo, a construção da nova escola iniciar-se-á de imediato, prevendo-se a entrada em funcionamento do 1º ciclo do ensino básico já no ano lectivo 2010/2011, sendo a abertura dos restantes ciclos efectuada no ano lectivo seguinte. Implantada num terreno com cerca de 20.500m2, e com uma área de construção de 7.600m2, o projecto desta escola é um “projecto tipo” da Direcção Regional de Educação de
Lisboa e Vale do Tejo, tirando-se partido da experiência adquirida, adaptando-o aos requisitos específicos do Parque das Nações, nomeadamente ao nível das avançadas infra-estruturas de recolha automática de resíduos sólidos urbanos e de climatização existentes neste território. Para a Parque Expo “esta nova escola constitui um importante contributo para colmatar as necessidades de infra-estruturas educativas na zona, até agora servida apenas pela Escola Vasco da Gama, na zona Norte do Parque das
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Nações.” Também, na Zona Norte, vai arrancar a construção de uma nova EB1/JI (8 + 3 salas) para um universo de cerca de 275 alunos. Este equipamento deverá estar concluído e entrar em funcionamento, no próximo ano lectivo de 2010/11. Um berçário privado, na Zona Norte e um colégio privado na Zona Sul, são dois projectos que já se encontram, também, em construção. Para José Moreno, presidente da associação de moradores, “a anunciada construção das duas novas escolas é uma excelente notícia para o Parque das Nações, que só peca por tardia, como o comprovam as centenas de crianças que não têm conseguido acesso à Escola Vasco da Gama - já com a sua capacidade praticamente duplicada - constituindo, anualmente, um drama para as mesmas e um sacrifício acrescido para os pais, que se vêem obrigados a colocá-las em escolas dos Olivais, a quatro ou cinco quilómetros de distância, ou a recorrer a colégios privados, com custos que constituem uma enorme sobrecarga financeira para os respectivos agregados familiares.” O excesso de procura que se verifica todos os
anos levou a que alguns encarregados de educação dessem início a uma petição que teve o seu arranque antes do Verão. Para José Moreno, “esta petição que um conjunto de pais tem estado a fazer circular é consequência desta enorme carência de escolas no Parque das Nações, situação que, esperemos, já não tenha de repetir-se no ano lectivo de 2010/2011.” O Colégio Oriente já abriu portas a mais de 300 alunos, superando as suas expecativas iniciais. Construído em tempo considerado recorde, este projecto privado, situado na Zona Norte, veio aliviar esta tão sentida carência. Os alunos, na
sua maioria provenientes do Parque das Nações, já se encontram em perfeita rotina escolar. Segundo Sónia Lopes, Directora Pedagógica, tem corrido tudo de acordo com o esperado. Todas as academias existentes (música; ballet; judo; futebol; teatro e estudo) já se encontram em pleno funcionamento e a receptividade dos alunos e dos pais tem sido muito positiva.
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NOTA À COMUNICAÇÃO SOCIAL PETIÇÃO À ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA RELATIVA À CRIAÇÃO DA FREGUESIA DO PARQUE DAS NAÇÕES Cerca de três anos e meio após a entrega de uma petição na Assembleia da República, em apoio do Projecto de Lei n.º 100/X/I, para criação da Freguesia do Oriente, que por razões que nada têm a ver com os interesses dos moradores e comerciantes do Parque das Nações, ficou retido na Comissão do Poder Local da Assembleia da República até ao final da Legislatura, sem que tenha sido apresentada a apreciação do Plenário, e eleitos os novos Deputados – iniciando-se dentro de algumas semanas uma nova Legislatura -, deliberou esta Associação iniciar a recolha de assinaturas numa nova petição que, oportunamente, será entregue ao Senhor Presidente do novo Parlamento. Esta será, de resto, a terceira petição dirigida à Assembleia da República para criação de uma freguesia neste novo bairro da cidade de Lisboa, pública e oficialmente, denominada Parque das Nações. A primeira petição entregue em 2003, deu origem ao Projecto de Lei n.º 449/IX, que, apesar
de ter recolhido os pareceres prévios obrigatórios para ser submetido à apreciação e votação do Plenário, acabou por não o ser em virtude da dissolução da Assembleia da República, por decisão do Senhor Presidente da República. Como diz o povo, “não há duas sem três”, mas “à terceira é de vez”. Estamos, pois, confiantes de que, finalmente, os Senhores Deputados, no uso de poderes exclusivamente seus, acolham favoravelmente este desejo de moradores e comerciantes do Parque das Nações, subscrito por muitos outros cidadãos que compreendem a importância e necessidade de uma tal deliberação da Assembleia da República, criando a nossa freguesia. Acolhendo aquela que é a opinião generalizada dos moradores e comerciantes que esta associação representa, bem como dos cidadãos em geral que nos falam sobre este assunto, deliberou esta Associação alterar a até aqui proposta denominação de “Freguesia do Oriente” para Freguesia do Parque das Nações, fazendo uso da designação pela qual este espaço urbano é hoje reconhecido pública e oficialmente, como ressalta da sinalética indicadora das suas acessibilidades, afixada tanto na
Soluções de Valor Empresarial e pessoal
cidade de Lisboa como nas zonas envolventes, nomeadamente nas saídas da Ponte Vasco da Gama, Auto-estrada A1, CREL, CRIL, etc.. Efectivamente, em 2003 a denominação Parque das Nações referia-se, apenas, à parte central do recinto onde decorreu a exposição mundial de 1998 – Expo’98. Todavia, tal denominação acabou por se alargar a toda a chamada zona de intervenção da Expo’98, fazendo, hoje, todo o sentido que a nova freguesia a criar reflicta no seu nome esta nova realidade. Os argumentos apresentados a favor da criação da nova freguesia estão explicitados no texto da petição, que enviamos em anexo. Reafirmamos ser nossa firme convicção que esta pretensão dos moradores e comerciantes do Parque das Nações se tornará realidade, tanto mais que todos os partidos têm defendido a necessidade de uma gestão unificada de todo o Parque das Nações e - com excepção do Partido Socialista que tem remetido a resolução deste assunto para uma futura reestruturação administrativa do concelho de Lisboa -, todos os demais com assento parlamentar nos garantiram, em reuniões efectuadas na vigência da X Legislatura, votariam favoravelmente
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a criação da nossa freguesia, caso o Projecto de Lei fosse submetido à apreciação do Plenário. E nós, desta vez, não deixaremos de arranjar o número de assinaturas que obriguem à apreciação do assunto em Plenário, ainda que – como esperamos -, o Projecto de Lei venha ser subscrito por um ou mais Deputados. Mais do que uma promessa é uma garantia de que isso sucederá. O tema tem um interesse nacional, porquanto se relaciona com a herança do projecto nacional que foi a Expo’98 e ainda, no nosso entender, com o processo de reforma administrativa inadiável do Concelho de Lisboa e, mesmo do país, que vários governos têm prometido, mas, lamentavelmente, ignorado no exercício das suas funções. Disponibilizamo-nos para fornecer mais informações, explicar melhor a nossa posição e descrever todos os passos que tomámos e tomaremos com vista a este objectivo. Parque das Nações, 28 de Setembro de 2009 A Direcção da AMCPN
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Marina: o depois da obra Paulo Andrade, presidente da ANMPN, Associação Náutica da Marina Parque das Nações, fala-nos sobre alguns dos próximos objectivos, agora que a marina já se encontra operacional Depois de restabelecida a operacionalidade na marina, onde foram disponibilizados os três primeiros pontões que permitiram o regresso das embarcações dos associados que, desde há cerca oito anos a esta parte, se encontravam nas Docas da APL, a obra de recuperação tem continuado. Na passada sextafeira, dia 25 de Setembro, toda a infra-estrutura flutuante ficou concluída. A partir deste momento, as embarcações residentes poderão deslocar-se da posição provisória que lhes foi atribuída nos três primeiros pontões para a sua posição
de eficiência dos apoios na marina (marinheiros e equipa da recepção), mas também, uma zona envolvente bastante agradável que torna este destino aprazível e um local a recomendar. Efectivamente, nesta nova centralidade de Lisboa com uma zona ribeirinha que se estende desde Cabo Ruivo à Foz do Trancão, numa extensão de cerca de 5 Km, a marina constitui não só um local de eleição para quem mora nas proximidades (zona oriental) que passa a gozar da possibilidade de ter um “barco no quintal”, mas
Tejo”, refere o presidente desta Associação Náutica. Por outro lado, a ANMPN é
Ruy Ribeiro e José Oliveira – Directores da ANC ; Prof. Carvalho Rodrigues – Presidente da APAETT e Paulo Andrade final, ou seja, para aquela que figura no contrato com a concessionária MPN. Faltam agora concluir algumas obras na periferia na marina, nomeadamente, o cais de combustível, o terrapleno para estacionamento a seco das embarcações e infra-estruturas de apoio a desportos náuticos, a construção do Clube Náutico da Marina na Ponte Cais, e a recuperação do Edifício Nau, local emblemático da Expo’98 e, em particular, da marina. Entretanto, a ANMPN e a MPN têm procurado promover a divulgação da marina, não só como local para estacionamento de embarcações residentes, mas também, como destino para nautas que possuem as embarcações noutras docas e marinas. No fim-de-semana de 26/27 de Setembro, foram convidados os membros da Associação Nacional de Cruzeiros que tiveram a oportunidade de tomar contacto com a nova infra-estrutura. Para Paulo Andrade, ”pese embora não estarem ainda concluídas as infra-estruturas atrás referidas, a opinião dos visitantes foi a de terem encontrado não só um bom ambiente em termos
também, um local aprazível para quem a visita partindo de outros locais, face à quantidade, qualidade e diversidade de oferta aos vários níveis proporcionada pelo Parque das Nações.” Depois da devolução dos lugares aos seus associados, um dos principais objectivos da ANMPN, a associação procura agora, em articulação com a concessionária MPN, encontrar as melhores formas de dinamizar a infra-estrutura de modo a que possa tornar-se numa referência como pólo de animação e divulgação náutica, sobretudo, promovendo e incentivando a criação de destinos ao longo do grande estuário do Tejo. “Temos um plano de água excepcional, navegável praticamente durante todo o ano, e temos de saber aproveitá-lo. Nesse sentido, nos contactos da ANMPN efectuados durante o passado fim-de-semana com responsáveis da ANC e da APAETT que visitaram a marina, falou-se exactamente sobre formas de colaboração, de modo a conjugarmos esforços que permitam criar sinergias que conduzam a uma melhor aproveitamento das potencialidades do grande estuário do
consorte no Projecto dos Avieiros, que foi aprovado pelo QREN/PROVERE e objecto de financiamento recente. O projecto visa, entre outros objectivos, a recuperação das aldeias palafíticas dos pescadores avieiros, de modo a que possam constituir destinos turísticos acedidos através de uma rota fluvial. Para Paulo Andrade ”o papel da ANMPN em articulação com o Instituto Hidrográfico que também é consorte neste Projecto, é o de estabelecer o assinalamento marítimo entre Vila Franca de Xira e Valada do Ribatejo, bem como, criar fundeadouros para as embarcações próximos das aldeias avieiras a recuperar, de modo a tornar possível o estabelecimento da rota fluvial pretendida. A Marina do Parque das Nações, inserida num dos locais mais visitados do País, será com certeza o local de excelência para a promoção desta rota, que pretende levar as pessoas a usufruírem do gosto por navegar e a conhecerem a magnífica paisagem que as margens do Tejo nos proporcionam, bem como, a sua riqueza em termos de fauna e flora.”
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“Faz sentido a criação de uma Freguesia” Maria Geni Veloso das Neves, candidata pelo PSD, a Loures, visitou o PN, a convite da Associação de Moradores e reafirmou mais uma vez o apoio à criação de uma freguesia, integrada no concelho de Lisboa Cerca de duas horas levou a visita da candidata que esteve à frente da Freguesia da Portela nos últimos anos. A Zona Norte foi o ponto de partida para um passeio pela zona e algumas trocas de palavras com moradores e comerciantes. José Moreno fez um resumo das principais carências sentidas no Parque das Nações, com grande destaque para a urgência de uma definição e consagração territorial. Facto curioso foi, durante a conversa que teve lugar no Terreiro dos Corvos, um dos telefonemas recebidos, pelo presidente da Associação, ter sido de um recém-morador que telefonou, precisamente par tentar perceber onde é feito o pagamento da água, dado que não percebia o facto de moradores vizinhos terem serviços diferentes para o mesmo bem de consumo. A candidata referiu várias vezes que o facto de a Portela também ter sentido a mesma necessidade a aproxima muito desta causa. Recordou, ainda, que quando Santana
A candidata relembra os tempos em que a Portela ambicionava ser freguesia
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Lopes se encontrava na presidência da Câmara Munipal de Lisboa, na altura ter defendido, junto dele, essa causa. Para José Moreno “esta visita revestiu-se de uma grande relevância para o Parque das Nações, porquanto a candidata, confrontada com as nossas necessidades e com o projecto de criação da nossa freguesia, declarou o seu apoio ao mesmo. A Dr.ª Maria Geni sempre se tem mostrado favorável à criação da Freguesia do Parque das Nações, a integrar no concelho de Lisboa, posição que já há cerca de três anos tornou pública em artigo de opinião no Notícias do Parque.” Para o presidente da associação de mora-
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Santana Lopes visita o Parque Santa Lopes e Livia Tirone, n.º3 da sua lista, serão os protagonistas nesta visita do Lisboa com Sentido
dores, essa posição “é uma posição corajosa e clarividente que, obviamente, registamos com muito agrado e agradecemos à Dr.ª Maria Geni Veloso.” No que diz respeito ao resto da campanha para as autárquicas, José Moreno adianta que espera “que os restantes candidatos (todos foram convidados a visitar o Parque das Nações durante a campanha eleitoral), interpretando a vontade dos moradores e comerciantes do Parque das Nações, assumam, com idêntica frontalidade, a mesma posição.”
O trajecto previsto será a chegada à Zona Sul, na Repsol, pelas 11h00, com paragem na recém-inaugurada Marina onde se colocarão algumas questões ao candidato. Seguirá depois, junto ao rio, pelo Passeio de Neptuno e a partir do Teatro Camões ou continuarão pelo Passeio de Neptuno até ao terminal do
teleférico, seguindo pelo passadiço supenso até ao início do Passeio das Tágides, com paragem junto às desactivadas Portas do Tejo (obra de Livia Tirone, que estará presente). Existe, ainda, a possibilidade alternativa de a comitiva entrar no Passeio de Ulisses passando em frente ao Oceanário e continuando pelo Cais Português à
direita do Pavilhão, até ao Rossio dos Olivais, onde haverá lugar para um debate e intervenções possíveis. O início pela Marina foi sugerido para promover esse espaço e por vir referido no programa da candidatura:“...melhorar as condições de fruição das docas de Belém, de Alcântara, Pedrouços, Santo Amaro ou do Parque das Nações” e, também, “...reforçar a oferta turística na zona Oriental (Parque das Nações), ainda hoje arredada dos circuitos turísticos normais e, em colaboração com as diversas entidades envolvidas, resolver a situação da Doca dos Olivais. Depois da visita de Maria Geni Veloso das Neves, candidata pelo PSD ao concelho de
Encerrado às 2ªs feiras-Dia de descanso |Sábados e domingos: 10h-13h/15h-22h
Loures, e seu apoio à criação de uma freguesia, a AMCPN espera contar, também, com o apoio público do candidato a esta questão. Os candidatos da CDU e do MMS a Lisboa também estiveram presentes no Parque das Nações. O objectivo destas visitas é aproximar alguns dos candidatos da realidade do Parque das Nações através de um contacto feito com os moradores e comerciantes da zona.
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Loures: o norte do PN Três perguntas ao actual presidente da Câmara Municipal de Loures, Carlos Teixeira, sobre o passado e o futuro, caso venha a ser reeleito
ções no seu espaço territorial.
Quais as acções (no Parque das Nações) mais importantes a destacar neste último mandato? Como é sabido, não foi ainda constituída a tão falada empresa tripartida, que deverá efectuar a gestão de toda a zona do Parque das Nações. Apesar de se estar a trabalhar para esse fim, tal ainda não se verificou, mantendo a Parque Expo a tutela urbanística do espaço e efectuando o Município de Loures o licenciamento das edifica-
Quais os principais objectivos, caso seja reeleito, para o Parque das Nações, nos próximos anos? Três objectivos fundamentais para os próximos mandatos. A construção da nova EB1/JI do Parque das Nações (8 + 3 salas) para um universo de cerca de 275 alunos. Este equipamento deverá estar concluído e entrar em funcionamento no próximo ano lectivo de 2010/11. A construção de uma Praça de Eventos, vocacionada para acolher actividades desportivas/espectáculos e acontecimentos públicos diversos, com restauração de apoio, e com ligação à margem norte do Rio Trancão, através de uma passagem
pedonal. Uma terceira intenção depende de uma eventual parceria a estabelecer com a GALP, e que pretende requalificar toda a zona contígua ao Parque das Nações, através da construção de um Parque Temático ligado à temática da água. Como é fácil perceber, este desiderato não se esgotará num único mandato. Qual o ponto de situação relativamente aos projectos para o PP5 e PP6 do Parque das Nações? Com a reavaliação do PP5 – Zona de Sacavém, por parte da Parque Expo, verificou-se a necessidade de efectuar algumas adaptações ao mesmo, com objectivo de assegurar um melhor uso daquela área, mais consentâneo com a sua voca-
ção habitacional de remate da mancha residencial do Parque das Nações, encontrando-se em elaboração a sua revisão. Do reparcelamento proposto para o PP6 – Parque Tejo, o objectivo foi potenciar a instalação de equipamentos colectivos de educação, desporto, turismo, recreio e lazer, verificando-se que a proposta apresenta uma revisão global das anteriores parcelas, pela redistribuição das edificabilidades anteriormente existentes e pela redefinição das implantações e volumetrias das várias edificações, enquadrando-se os mesmos no âmbito do regulamento do PP6, não existindo acréscimo das áreas globais das parcelas e áreas de construção, relativamente ao anteriormente aprovado.
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A arquitecta Lívia Tirone está no Parque das Nações (PN) há mais de uma década. Foi uma das pioneiras do Parque tal como o foi na área onde se movimenta e se sente à vontade, a construção sustentável. Em 1991 fundou a Tirone Nunes em parceria com Ken Nunes e desde 2004 é administradora delegada da Agência Municipal de Energia e Ambiente de Lisboa – Lisboa E-Nova. O seu último desafio é político, integra a lista da coligação Lisboa com Sentido, liderada por Pedro Santana Lopes.
Inês Lopes
Como é que a Lívia chega ao PN? O que é que traz consigo e porquê? Em 1995. O PN foi um passo depois de cinco anos de preparação fora de Lisboa, em Nafarros na zona de Sintra, onde testámos todas as tecnologias ligadas à construção sustentável. Ganhámos alguns apoios comunitários e, cada vez que íamos a essas reuniões Europeias, os responsáveis pelos programas da Comissão Europeia ficavam extremamente bem impressionados com o nosso trabalho. Perguntavamnos porque é que não criávamos estas soluções no contexto de cidade. Em 93, foi lançado o concurso de ideias para o Parque das Nações, nós participámos e fomos uma das equipas seleccionadas. O passo seguinte foi envolvermo-nos do ponto de vista promocional. Como não tínhamos capacidade financeira para sermos promotores, decidimos criar uma cooperativa para desenvolver
um primeiro projecto com alta visibilidade para lançar a construção sustentável em contexto de cidade e, por isso, no PN. Nessa altura muito poucas empresas queriam apostar aqui. Foi estranho. Acho que não é nada tipicamente português, porque o típico português é sermos descobridores, sairmos das nossas cascas... Seria medo de arriscar? Eu acho que era mais medo do novo e esse medo é uma coisa recente em Portugal. Há 500 anos não tínhamos medo do novo. Nós liderámos o mundo inteiro com os Descobrimentos. Acho que o medo é uma característica que adquirimos, mas que temos que perder novamente. Na altura tivemos quase cartabranca para escolher, para negociar. Foi uma vantagem? Foi uma vantagem, mas... quase vergonhosa! Com a qualidade que se estava a investir aqui, foi chocante não haver uma grande
procura. Na fase inicial houve efectivamente aquele medo, aquele não acreditar que a EXPO ’98 se faria. Nós começámos imediatamente a contactar o público interessado em adquirir propriedades nesta zona. Havia bolsas específicas. Lembro-me de que muitas das pessoas que estavam à procura de casa na Expo, naquela fase inicial, eram da Portela. A Portela tinha sido construída 20/30 anos antes e as pessoas já tinham consolidado as suas carteiras para poderem investir, agora, um bocadinho mais para perto do rio. E de fora de Lisboa? Havia procura? As tipologias que nós desenvolvemos na Torre Verde, eram todas T2, T3 e T4, portanto não eram tipologias que atraíssem um cliente com esse perfil, imagino eu. O que é certo é que tratando-se de uma promoção desenvolvida por uma cooperativa, os preços foram extremamente competitivos. Conseguiuse vender muito rapidamente e
“Não tenho dúvidas de que o Parque das Nações é do melhor do que temos na Europa”
tivemos um grupo de pessoas que se conheciam desde o conceito do projecto até à construção. Criou-se uma comunidade interessante, apesar de ter tido que enfrentar um empreiteiro que foi à falência. Repetiu-se esse cenário várias vezes? A falência do empreiteiro prejudicou-nos bastante. Depois de um esforço enorme para concluir o edifício, inclusive, nunca vimos os honorários do projecto de arquitectura. Mas percebemos que era importante concluir o edifício. Aprendemos muito. O que é certo é que
nenhum dos projectos se teria realizado se não tivesse havido esta coragem. Mas há sempre obstáculos no caminho e nem todos são transponíveis nas condições que tínhamos na altura. A esta distância que balanço faz? Eu acredito que todos os edifícios que fizemos, até hoje, conseguem dar uma qualidade de vida muito especial aos seus habitantes e, portanto acho que valeu a pena. Se alguém nos quisesse julgar hoje, provavelmen-
te, poderia dizer que não tínhamos nada que fazer o que fizemos porque foi demasiado arriscado...e se esse alguém nos disser que nós arriscámos demais...eu tenho que responder que sim, mas havia tantas hipóteses de conseguir como havia de não conseguir. Olhando para trás acho que valeu a pena. O balanço é positivo. Claro que a vida não é um mar de rosas, isso também se tem que dizer. O que pensa do PN actualmente? Em 2003 disse que era “ do melhor que temos na Europa”. Continuo a pensar. Não tenho dúvidas.
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«Criar mais identidade nas comunidades» “A motivação é simples, foi o convite e o respeito que tenho pelo trabalho autárquico e pela visão estratégica do candidato, Dr. Pedro Santana Lopes”
Nada a desiludiu? A realidade correspondeu ao desenho? Absolutamente. Obviamente que eu sou técnica nestas áreas do planeamento e da construção e sabia muito bem, desde o
muitas pessoas mais ligadas à tradição sentiram-se traídas pelo facto de aqui se ter realizado uma solução que funciona bem, que é equilibrada, com tantas soluções que são extremamente amigas das pessoas que aqui habitam não assentando no clássico urbanismo... Acredito que isto desequilibrou algumas das opiniões e criou alguma má-língua à volta desta
“Nada é diferente entre os planos de pormenor e a realidade...”
início, o que é que estava previsto para aqui. Sabia muito bem a densidade populacional que era esperada e a volumetria. Nada é diferente entre os planos de pormenor e a realidade. Essa foi uma mensagem errada que passou para muita gente... Foi desinformação? Foi desinformação. O que podemos dizer é que todo o conceito urbanístico, à volta especialmente deste PP4 concebido pelo Prof. Duarte Cabral de Mello, é um conceito muito moderno, eficiente, sensato e atractivo. Não se pode dizer que é o clássico conceito de cidade. Também por isto,
nova realidade. Hoje em dia não somos muito capazes de apreciar as qualidades e os valores que nascem próximos de nós... Quanto à densidade e à ocupação do solo sei que negociar um metro quadrado a mais com a Parque Expo foi impossível. A mais não há, ponto final. Não era por má vontade. Era porque o princípio era esse e as regras foram respeitadas.
Não ficou desiludida, mas acha que o que há pode ser melhorado? Eu acho que tudo pode ser melhorado. Como já está consolidado, podíamos trabalhar a
outros dois níveis. Por um lado, as escolas e os equipamentos de saúde que faltam, não há dúvidas e, aliás, estavam previstos. No fundo é terminar o que estava previsto a nível de plano e os equipamentos fazem sentido numa zona como esta. Por outro lado, é o nível da comunidade que tem que ser trabalhado. Estamos a falar das pessoas e esse nível tem para mim uma grande potencialidade. Há pontos onde se nota que começa a haver alguma referência, confiança e um espírito de partilha. Isso está a notar-se, mas é informal. Poderia haver, se calhar, através da ideia da Junta de Freguesia para a zona da Expo ou outras iniciativas, alguma capacidade de explorar o espírito de comunidade. Mais trabalho voluntário porque, com certeza, há gente com algumas carências. Criar mais identidade nas comunidades, fazer com que sejam mais funcionais. Como é que se pode fazer isso? Por um lado, podemos lançar temas específicos, como existe o tema cristão, nós temos aqui uma igreja. Outra coisa que penso que se poderia fazer são sessões de diólogo com os habitantes locais, sobre temas específicos do PN. Sessões bem moderadas, sem agressividade nem dramatismo. Dar tempo
de antena às pessoas que querem exprimir a sua opinião. Penso que se tivéssemos possibilidade de criar pontos de encontro no PN, seria uma maneira de aprofundar o nosso entendimento das actuais e reais necessidades. Quem está cá a viver sabe melhor do que precisa. Uma questão a encarar inevitavelmente tem a ver com os serviços e os equipamentos. O que motivou a sua participação política na coligação Lisboa com Sentido? A motivação é simples, foi o convite e o respeito que tenho pelo trabalho autárquico e pela visão estratégica do candidato, Dr. Pedro Santana Lopes. Já tinha pensado nisso alguma vez? Eu sou uma pessoa com os pés na terra, nesse aspecto. Não
de contribuir para Lisboa é do Dr. Pedro Santana Lopes. Já aconteceu o mesmo quando me convidou para dirigir a Agência de Energia onde estive cinco anos a convite dele e mantive-me durante vários mandatos diferentes. No fundo, o meu trabalho dos últimos cinco anos, se olharmos numa lógica deste convite, foi para me preparar para poder fazer o trabalho de vereadora, sem o saber. Mas continua na Lisboa E--Nova? Neste momento, obviamente que continuo. Não tenho nenhuma obrigação de deixar o cargo por ser candidata.Vou ter uns dias antes das eleições para me dedicar a tempo inteiro. É isso que a lei prevê. Neste momento não há nenhuma razão para deixar a Lisboa ENova, ainda por cima porque temos trabalhos importantes
“No fundo, o meu trabalho dos últimos cinco anos, se olharmos numa lógica deste convite, foi para me preparar para poder fazer o trabalho de vereadora, sem o saber.” tenho sonhos de grandeza mas luto por tudo em que acredito e acredito em projectos que melhoram a qualidade de vida das pessoas, mesmo projectos muito ambiciosos. Quer dizer, nunca me tinha passado pela cabeça vir a ocupar o cargo de vereadora, mas devo dizer, honestamente, que a visão que me proporciona a possibilidade
que estamos a concluir ate às eleições. Coloquei essa questão ao actual presidente da câmara, disse-lhe que tinha todo o prazer em continuar o trabalho que me comprometi acabar até às eleições, mas, se ele achasse que não, eu aceitava a decisão dele. Ele manteve-me no meu cargo.
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“Há para mim um desafio, para além desse, que é o de como é que nós dentro do PN, privilegiados, nos relacionamos com os bairros contíguos. Para mim é um erro brutal a relação criada urbanisticamente com Moscavide.”
Qual pensa que pode ser o seu papel no futuro governo da câmara? Uma vez que me dedico à sustentabilidade desde há mais de 20 anos, é esse o tema que me toca e que posso trazer como mais-valia para Lisboa. O meu trajecto antes da Lisboa E-Nova foi basicamente na área da construção sustentável. Com a Lisboa E-Nova tornou-se mais alargado. Aí já estamos a falar de muitas áreas para além da construção, mas sempre na dimensão da sustentabilidade. O que consegui em termos de experiência, nestes últimos cinco anos, foi perceber como se trabalha com a câmara, como se consegue motivar os seus trabalhadores para conseguir implementar sustentabilidade. A câmara tem excelentes colaboradores, muitos dos quais não têm as condições para contribuir da melhor forma para o desenvolvimento positivo da cidade...conhecer os trabalhadores e os serviços por dentro, antes de vir potencialmente a dirigir equipas, é um privilégio enorme. Há muita boa vontade e muita capacidade técnica que não encontram expressão construtiva, se não forem criadas as condições relevantes. Entender o funcionamento da máquina? Por um lado entender a máquina, por outro lado convencer as componentes da máquina, as rodinhas da máquina, a virar num sentido que é o sentido mais sustentável para a cidade. Este foi o meu trabalho nos últimos cinco anos, que tem alguns pontos marcantes. O que eu percebi é que há muita coisa que eu fiz com a câmara, mas que é muito mais importante
fazer de dentro da câmara para a cidade. Porquê? Porque o poder é diferente, o âmbito de intervenção também é diferente e, por isso, os resultados vão ser muito maiores. A Lisboa E-Nova é uma associação privada sem fins lucrativos, mas estar dentro da câmara a tomar as decisões, que nós preparámos e definimos aqui tem um impacto completamente diferente sobre a cidade. Outra coincidência muito interessante é que estivemos durante quatro ou cinco anos a desenvolver um documento que se chama “Estratégia energético-ambiental para a cidade de Lisboa” e essa estratégia define metas muito claras a nível da energia, das emissões de CO2, da água, dos efluentes líquidos, dos materiais e dos resíduos sólidos para a cidade. E define essas metas para 2013. Quem assumir, agora, com as eleições, a responsabilidade de gerir a cidade tem este compromisso durante estes quatro anos. Acho que é mais do que oportuno. Essa estratégia foi aprovada em reunião de câmara em Dezembro, portanto o que vou fazer na câmara é implementar esta estratégia. Agora, esse trabalho não é um trabalho vertical, é um trabalho transversal. É muito inovador e o desafio, para mim, vai ser esse. E tem alguma proposta específica para o PN? O conceito de bairro que propõem também é aplicável aqui? Absolutamente. Encaixa tudo, não é necessário ser um bairro tradicional, um bairro histórico ou antigo para precisar de uma vida de bairro, para precisar de referências de bairro. Temos de trabalhar mais a nível das comunidades. Não precisamos de
comunidades que verifiquem quem sai à noite e a que horas volta, mas precisamos de comunidades que sejam suficientemente solidárias para apoiar os elos mais fracos. Isso só se faz através de algum trabalho de diálogo, confiança e conhecimento. Defende a criação de uma freguesia no PN? Aí posso dizer apenas isto: essas decisões têm que ser tomadas pela própria população. Nós temos que perceber se efectivamente aqui, nesta zona, existe vontade. E como é que se pode perceber isso? Falando com as pessoas, fazendo com que as pessoas possam exprimir a sua opinião. Não vejo grandes problemáticas com isso. Há para mim um desafio, para além desse, que é o de como é que nós dentro do PN, privilegiados, nos relacionamos com os bairros contíguos. Para mim é um erro brutal a relação criada urbanisticamente com Moscavide. São precisas mais ligações com o bairro de Moscavide. Moscavide é um bairro muito rico em soluções de mercado que serve muito bem a sua população, mesmo tendo fortes condicionantes à escala do urbanismo (estacionamento, falta de espaços verdes) e da edificação (qualidade de construção baixa). Acha que há alguma arrogância no relacionamento entre as duas comunidades? Moscavide tem uma dinâmica urbana muito interessante. Do ponto de vista de como as pessoas vivem, os ritmos que têm, a qualidade dos serviços que são
As Torres Verde e Sul, na zona Norte do Parque das Nações, um cartão de visita da Tirone Nunes
prestados no bairro. São serviços, muitos deles, extremamente solidários, digamos quase serviços públicos. Vê-se que existe uma adaptação dos serviços / do mercado aos rendimentos das pessoas que lá habitam, isto já é algo como uma comunidade a funcionar bem. Há estas adaptações. Não diria que a arrogância é algo fixo, diria que, muitas vezes, também há arrogância por ignorância ou por não conhecer e achar diferente e, quando nós achamos as coisas diferentes, temos medo. Acha que é mútuo? Não sei... Desde que vejo que aos fins-de-semana, aqui, estão milhares de pessoas e muitas delas garanto que são de Moscavide, Sacavém... Sei que do outro lado para cá, não há distanciamento, o que pode existir é desconhecimento deste lado por aquele. Essas pontes fazem-se com informação, fazem-se com estes pontos de encontro, fazem-se com o jornal... mas honestamente também concordo que faltam ligações a Moscavide. Há imensas coisas que se podem melhorar, mas eu acho que a mais impor-
tante do ponto de vista de criarmos aqui uma comunidade mais coesa, mais capaz de reagir, será saber ligar Moscavide e os bairros que estão naquela zona, logo acima. Esses factores são todos importantes na criação da freguesia? Sim. Acho que não se criam freguesias à revelia dos vizinhos. Nesse caso estaríamos a falar de um gueto. Acho que aqui ninguém está interessado em criar guetos. Tem que haver contrapartidas para Moscavide, tem que haver contrapartidas para toda esta zona de Sacavém, mas muitas delas já existem. O que tenho a certeza é de que a população de Moscavide e a população de Sacavém já descobriram quais são as maisvalias que tem este vizinho chamado PN. Tem mais-valias, dálhes uns espaços verdes que eles nunca tiveram e de que precisam, para poderem vir jogar futebol aos fins-de-semana, para fazerem os seus passeios com os cães, para poderem encontrarem-se com os amigos... A discussão da freguesia é prioritária? É um tema que se integra na
prioridade programática designada por “criar comunidades”, pelo que será certamente discutido. Como é que a coligação Lisboa com Sentido encara este assunto? Ainda não abordamos o tema dessa maneira. Mas todos os temas se podem tornar uma prioridade logo que se vir que há efectivamente condições para chegar a algo de positivo. Neste momento o desafio, aqui, é conseguir mais coesão na população que existe e também alguma força de ligação com a população que pré existia. Esse é o desafio. Depois, se se chama junta de freguesia ou bairro... não é o importante. O que é importante, neste momento, é criar aquela cultura de comunidade, de bairro que nós ainda não temos aqui porque se trata de um bairro muito jovem, muito fresco. Acha que esta situação pode condicionar os moradores na sua participação política, uma vez que estão divididos entre duas câmaras? Não. Não vejo isso como uma limitação.
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“Já se iniciou, por iniciativa da Lisboa E-Nova, a utilização de água reciclada das ETAR para lavar ruas. Alargar esta prática para toda a cidade é um trabalho de muitos anos...”
Que propostas tem para Lisboa? Muitas, mas a principal é de colocar Lisboa no Palco internacional como capital Europeia da Sustentabilidade. Os desafios para a cidade passam pelo aumento da eficiência energética do meio edificado, pelo aumento da eficiência energética, pela redução da poluição sonora e do ar associadas à mobilidade, pelo aumento significativo do recurso a energias renováveis e a outros recursos renováveis como à água da chuva e a materiais que não estão a ter utilidade e se encontram disponíveis... há tanto para fazer! Concretizando alguns passos a dar: Um grande projecto é o de podermos vir a ser a primeira cidade, a nível europeu, a desenvolver uma rede para abastecimento de veículos eléctricos. Os veículos eléctricos só vão estar no mercado a partir de 2011. Nós temos tempo até lá, para nos prepararmos, porque precisamos de criar uma rede eléctrica bi-direccional, se queremos tirar o melhor proveito da energia solar para produzir electricidade de forma descentralizada. Outro projecto resulta do facto de que utiliza-
mos muito mal outro recurso que se chama água, utilizamos água potável para rega, para lavagem de ruas, para muitas coisas que não devíamos utilizar. Já se iniciou, por iniciativa da Lisboa E-Nova, a utilização de água reciclada das ETAR para lavar ruas. Alargar esta prática para toda a cidade é um trabalho de muitos anos, provavelmente mais do que uma década, mas que se consegue e que, se se fizer, contribui para reduzir consideravelmente a nossa responsabilidade em termos ambientais. Fazer de Lisboa uma cidade renovável, depois de temos apostado na eficiência energética. É bom que muitas fracções autónomas tenham já certificados energéticos, mas agora temos que melhorar as condições de conforto, salubridade e desempenho destes edifícios. Aí também há muito para fazer e a câmara vai ter um poder enorme na discriminação positiva de todos os projectos que têm estas qualidades. Se o objectivo é atingir metas de desempenho energético-ambiental exigentes, também temos que fazer algum trabalho de cultura porque todas as pessoas precisam de colaborar. Isso tem a ver com o
que consumimos, como é que consumimos, o que é que deitamos fora e como é que tratamos os nossos resíduos. Na área da mobilidade, temos os transportes colectivos, sector em que vamos fazer muito através de informação em tempo real online. Aumenta muito o conforto na utilização dos transportes colectivos. Se formos eleitos, uma das coisas que gostaria de sugerir é que todos os trabalhadores que se deslocam todos os dias para a câmara utilizem pelo menos um dia por semana, os transportes colectivos. Como é que imagina as cidades do futuro? O que é que espera? Daqui a dez anos vai estar a falar sobre quê? Certamente que gostaria de estar a falar sobre a optimização dos sistemas da cidade. Se tivermos uma visão clara de onde queremos estar, conseguimos chegar lá. Tudo é flexível, todos são maleáveis, tudo é fazível. O PN é uma das provas disso. Toda a gente sabia que o PN era muito ambicioso, era quase impossível realizá-lo. Foi porque acreditaram que era possível fazê-lo que ele aconteceu. Acho que os próximos dez anos são um desafio como foi o PN, mas a uma escala mais complexa porque não é do zero que estamos a trabalhar, estamos a trabalhar a partir do que já existe. Mas a lógica do desafio é muito parecida.
24 | NP | ENTREVISTA
«As coisas estão a aquecer» Inês Lopes
Acha que o mar está no ADN dos portugueses? Quando está a velejar sente essa herança? Na altura com oito anos não tinha essa noção, embora já tivesse uma noção dos descobrimentos. Não pensava no que isso significava. Cresci fora de Portugal, cresci de fora para dentro, portanto não estive cá. Nunca estudei em português, aliás ainda hoje o meu português não é nada de especial. Sempre fui um cidadão do mundo e quando comecei de facto a perceber o que é que era Portugal no mundo, a dimensão que temos e o protagonismo que tivemos, foi inevitável começar a trabalhar os meus projectos com brio. Cedo percebi que os projectos do Ricardo Diniz, apaixonado pelo mar, que um dia quis ser velejador e que conseguiu. Tinham pouco a ver com o meu desejo interno como cidadão e pessoa, mas com o facto de que já que sou português, tinham que ser feitos de uma maneira diferente, com outra qualidade e cultura. Hoje não sou aquele velejador desportivo dos resultados, não sou aquele que faz regatas ao fim-de-semana e quer ter o barco todo afinado para ganhar a regata. A minha vela é completamente diferente, aliás eu nunca tive um barco próprio, nunca tive um barco meu, continuo a não ter. Eu imagino ideias e projectos e concretizo-os com veleiros que alugo. Isto tem a ver com o que me levou a começar a velejar. Andava com uma mochila às costas a conhecer estrangeiros que passavam
pela doca de Alcântara. Todos precisavam das mesmas coisas: gás, mantimentos e peças. Ajudava-os e comecei a lavar os barcos. Ganhava dinheiro com isso, mas ao mesmo tempo ganhava experiência. Olhava para os barcos, observava-os e percebia como é que aquilo tudo funcionava. Já velejava na minha cabeça antes de começar a velejar a sério. Foi assim que eu aprendi a velejar. Consegue dar uma aproximação do que é que se sente no meio do mar? Quando está entregue a si próprio? Acho que são poucas as pessoas que alguma vez estiveram um dia sozinhos. Verdadeiramente isolados, sem ver ninguém e em silêncio absoluto. Eu, no mar, estive um, dois, dezassete,... quarenta dias sozinho, isolado. Quando estamos sozinhos fluímos, voltamos a ser o mais puros possível. Nesse estado mais puro possível vem muita porcaria ao de cima. Nós, no dia-a-dia, estamos rodeados de porcaria, temos muito stresse, muitos problemas, muitas chatices. Somos completamente bombardeados. No mar eu liberto isso tudo. Nessas ocasiões tenho momentos particularmente tristes em que aquilo que eu nem sabia que lá estava está a vir ao de cima e a ir embora. O mar é uma esponja formidável, leva-te tudo o que é mau e devolve tudo o que é bom. O mar é, de facto, um sítio espantoso... Já consegue lidar com a sua solidão de uma forma saudável? No início não era fácil...
Uma vez disse que tinha uma cabeça poética. Já descobriu a poesia das empresas? A poesia das empresas são as pessoas com quem trabalho. É a relação humana que eu estabeleço com as pessoas. São pessoas que se eu lhes dissesse amanhã “ vamos todos dar as mãos e saltar desta ponte”, nem me perguntavam porquê. Esta lealdade da equipa, esta forma de sermos genuínos com o mundo passa e assim se ganham clientes.. Somos poucos, somos bons...temos bons clientes que querem trabalhar connosco. Nas nossas empresas é isso que temos, é essa relação humana muito próxima. É competitivo. No mar compete com quem ou com o quê? A competição começa em terra para conseguir patrocínios e apoios para fazer as coisas que faço. Uma vez no mar, há um enorme desafio pessoal. Requer uma força de vontade impressionante. Se calhar sou mais alpinista do que velejador. O João Garcia, quando sobe uma montanha, não está a tentar subir mais depressa do que ninguém. O desafio é com ele, com a postura dele, com a precisão dos equipamentos e do planeamento. A forma como executo e a minha vela é exactamente essa. Claro que se tenho um barco no horizonte começo a olhar para ele e quero agarrá-lo...em qualquer ambiente de regatas somos assim. Mas é a excepção, não é o que me move. Quero compreender melhor o mar, saber superar certas viagens. Compreender o mar foi o meu grande desafio. Sou um curioso das coisas, gosto de perceber o
Aos trinta e dois anos, Ricardo Diniz assume-se acima de tudo como um velejador. Um velejador solitário. Mas é muito mais que isso. É um empresário e um entusiasta de Portugal. O Portugal Ocean Race, o seu mais recente projecto, foi apresentado no Parque das Nações, porto de abrigo no passado, deste português que um dia resolveu ir de barco oferecer, pelos seus 80 anos, uma garrafa de Porto à rainha de Inglaterra... que está à minha volta. A minha competição com o mar é saudável, é compreendê-lo e adaptar-me o melhor que sei. Nunca é natural, nunca é fácil. Estar no mar é muito difícil, muito exigente. Está frio, enjoamos... puxa muito pelo físico. O que é que pensa nesses momentos difíceis? Há momentos muito difíceis. Momentos em que adorava carregar num botão e estar numa cama quentinha, tomar um banho. Há um sofrimento físico muito grande, desconforto, medo, dúvida...Quando já estamos nesse limite de cansa-
ço, de exigência, ainda temos de encontrar mais energia, porque se não, não saímos dali vivos. Isso aconteceu-me quando fiz Lisboa- Dakar por mar porque o piloto automático não funcionava. Eu sabia que aquele piloto não era o adequado, mas queria muito fazer a viagem. Enchi o peito e fui. Pelo caminho comecei a sofrer na pele o que é ter um barco que precisa de um piloto automático mas que não funciona. Olhei para aquilo, calculei o risco... mas em quinze dias dormi dez horas.
ENTREVISTA | NP | 25
FOTO: SERGIO DIONISIO
“Uma das razões porque eu visito escolas e falo com três mil miúdos por ano, é para lhes contar uma história simples, acessível que é a minha. E se eu do zero consegui comandar barcos nas Caraíbas com vinte e um anos e ter empresas...eles conseguem tudo porque, em princípio, o sonho deles é muito mais simples, mas o meu não é irreal.” Dormindo tão pouco tempo não sente que se está a colocar em risco? Era um bocadinho exigente, mas eu sabia que conseguia. Quando eu sei que consigo não tenho outra escolha senão avançar. Já me vejo lá e tenho que ir em frente. Eu podia sempre dormir, estava era a ser competitivo porque queria lá chegar em quinze dias. Queria chegar ao mesmo tempo que os carros e os carros demoram quinze dias. Estava a competir com o tempo. A minha mensagem era muito simples, Portugal já esteve em Dakar. Portugal é um país de marinheiros e as energias renováveis são o futuro. Sozinho num barco e demorei o mesmo tempo e gastei vento. Aos dezanove anos zangou-se com o país por causa de um projecto que não lhe correu muito bem. Actualmente qual é a sua relação com Portugal? Zanguei-me um bocadinho na altura... zanguei. Mas foi uma escola obrigatória, foi um castigo necessário para aprender o que entretanto aprendi. No fundo, defini o meu caminho. Houve um momento de viragem muito importante. Em 1999 estava a viver nas Caraíbas, comandava um barco e tinha uma vida muito feliz, desafogada e simples. Depois fui à vela para os EUA e a CNN fez uma peça sobre os nossos projectos que saiu a nível mundial. Recebi centenas de emails de
portugueses de todo o mundo, demorei mais de seis meses a responder a todos e naquele momento percebi que não podia mesmo ser eu, eu, eu ...o Ricardo fez....não pode ser. É um desperdício imenso. Eu representava algo. A mensagem não podia ser o velejador, tinha que ser o que ele representa e o que ele representa é um país empreendedor, um país com coragem. Um bocadinho esquecido, apagado, que está com a auto-estima em baixo. Mas temos todos, com pequenas contribuições, de puxar por isto. Se eu tenho capacidade com o meu projecto de aparecer na CNN, então tenho influência e tenho poder saudável para usar esse canal para falar de coisas que para mim são mais importantes. Portugalidade, o que é isto de sermos portugueses? É isso que me move, é isso que me dá muito prazer. Que diagnóstico faz do país actualmente? Uma das razões porque eu visito escolas, e falo com três mil miúdos por ano, é para lhes contar uma história simples, acessível que é a minha. E se eu do zero consegui comandar barcos nas Caraíbas com vinte e um anos e ter empresas...eles conseguem tudo porque em princípio o sonho deles é muito mais simples, mas o meu não é irreal. Eu tenho uma vida simples, repetível e eles ao verem isso dizem “se ele consegue eu também consigo”. Temos um
grave problema de inspiração, temos poucas referências hoje em dia, em Portugal. Quem são as nossas referências na verdade? Temos que investir nessas referências com gestos locais. Os EUA são muitíssimo bons nisso, fazem heróis do nada. É a nossa postura como país, somos um bocadinho mesquinhos, desconfiados, “vai-se andando”... e isso vai ser muito difícil de quebrar. A minha geração e a geração dos meus filhos têm um papel muito importante. Olharmos para este país e pensarmos que temos esta herança chamada vinte vezes mais mar do que terra. Isto é o futuro da economia de Portugal. É mar! Mar, turismo. Mar , pesquisa. Mar, energias renováveis. Está tudo a começar, está tudo a explodir. Está tudo a arrancar, que mais é que nós queremos? Temos uma herança formidável. Temos tanta coisa a nível mundial que podemos aproveitar. Quando estou no mar, tenho medo e frio, mas tenho GPS, cartas de navegação, software, telefone satélite, carrego num botão e vão-me lá buscar passadas umas horas ou um dia ou dois depois. Tenho tudo, mas tenho medo na mesma. Há quinhentos anos, os nossos antepassados enfiaramse pelo mar adentro com fé, com mangas arregaçadas, com coragem e com ambição.Temos que ir beber a essa fonte para redescobrir essa nossa essência. Nós somos exactamente esse mesmo povo, essa mesma gente e isso não está perdido. Está um
bocado disfarçado com o estarmos na cauda da Europa, somos um país pobre...Mas arregacem mangas e acreditem em vocês próprios, temos que acreditar em nós próprios. Qual é o seu desafio agora? O projecto seguinte ? As coisas estão a aquecer. Ao longo dos anos já fizemos umas coisas engraçadas. Apercebi-me quando fizemos o projecto “made in Portugal” e o lançámos em 2003. Tinha vários objectivos que queria atingir: promover Portugal, divulgar Portugal, posicionar Portugal e desenvolver a indústria náutica. Isto tudo casa numa só coisa: eventos. Vela, eventos, pessoas, juventude, regata de volta ao mundo em nome de Portugal. A vela não é barata, mas não é só para milionários. Na Nova Zelândia há mais barcos do que pessoas. Em Portugal, teve uma origem muito nobre e isso permaneceu. A Portugal Ocean Race é a minha forma mais esforçada de quebrar um bocadinho isso e mostrar que a vela é para todos. É uma coisa espectacular. O que a vela pode fazer por um jovem... Acho que o desporto pode ser uma ferramenta fundamental para trabalhar a auto-estima da juventude, para trabalhar os seus valores. O seu novo projecto é feito para esses jovens? É abrir, é mostrar mar, é mostrar o que somos. Portugal Ocean Race faz todo o sentido, é tão
natural...Toda a gente vai olhar e achar óbvio, elementar. Somos um país de oceanos, de marinheiros. O mundo conhece-nos por isso. Isto tudo pode funcionar. Não espero que toda a gente dê as mãos de caminho até Sagres, mas é possível haver união porque somos poucos. Se houver uma comunicação coerente, se as pessoas perceberem o que é que isto é. O mar é o que nos liga a todos. Se todos olharem para o mar no âmbito da Portugal Ocean Race, sentirem que podem participar, sentirem que se podem interligar e viver a regata das mais diversas formas que estamos a proporcionar, vão perceber que vela não é só para ricos. A Portugal Ocean Race, por acaso, é um evento desportivo, mas uma grande parte do objectivo desta regata é uma plataforma para comunicar Portugal e Portugal. Adorava ter três ou quatro equipas portuguesas nesta regata para que Portugal tivesse um foco durante um ano. E vai ter? Estamos a trabalhar para isso. Temos dois anos pela frente e quero ajudar qualquer pessoa que queira fazer esta regata, pelo menos para que não tenham que passar o que eu já passei, a nível de patrocínios e dificuldades. Eu adorava ter dois ou três e há, que eu conheça pessoalmente, dez pessoas em Portugal que podiam fazer esta regata.
26 | NP | CINEMA
Cineteka, cinema fora do ecrã O Lançamento do DVD de “Entre os Dedos” trouxe, uma vez mais, o cinema de fora do ecrã directamente para o centro do PN O lançamento do DVD de “Call Girl” não deixava dúvidas do sucesso que este tipo de encontros podiam ter numa casa que serve de abrigo a mais de 10.000 títulos de cinema. Desta vez, o evento contou com a presença dos realizadores Tiago Guedes e Frederico Serra e dos actores do filme - Filipe Duarte, Isabel Abreu e o actor e realizador Luís Filipe Rocha (A Outra Margem). Tiago Guedes e Frederico Serra, que se distinguiram com a curta “o Ralo” (1990), uma lufada de ar fresco no cinema português, começaram por se dirigir à plateia afirmando que pouco tinham para dizer. O certo é que, passados 90 minutos, a conversa entre a equipa de “Entre os Dedos” e a plateia ainda se mantinha acesa. Não só o filme mas o cinema português e internacional foram temas debatidos entre o público e os realizadores e actores. Esta sessão foi seguida de um cocktail, ao som de Jorge Coelho (Cães aos Círculos), autor da banda sonora de ENTRE OS DEDOS. Segundo a Cineteka “na opinião dos presentes e da Clap Filmes / Atalanta, o evento tinha sido um
sucesso, superando as expectativas de todos os participantes, que classificaram o ambiente proporcionado pela Cineteka como o lugar ideal para realizar este tipo de acontecimentos. “A CLAP FILMES lançou o DVD de ENTRE OS DEDOS numa edição bilingue (Inglês / Português) recheada de Extras, com opção de legendagem em Português, Inglês e Francês. SINOPSE: Após uma derrocada numa obra, Paulo perde o emprego porque denunciou a situação. E a relação com a mulher vai deteriorando-se dia após dia. Anabela, a irmã de Paulo, vive com o pai de ambos, que sofre de síndrome do ultramar. Bela é enfermeira e o único conforto de um doente terminal. Famílias grandes noutros tempos e que, agora, se limitam a sobreviver dentro do destino que lhes coube. Uns resistem e esbracejam, lutam e não se conformam, outros deixam cair os braços e desistem.
“O certo é que passados 90 minutos, a conversa entre a equipa de “Entre os Dedos” e a plateia ainda se mantinha acesa”
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28 | NP | LOCAL
Praxes com combate à Gripe A ESTeSL acolhe novos estudantes com a dinamização de actividades de Integração. Dentro deste programa e já na próxima sexta, dia 2, vai ser realizada uma acção de sensibilização sobre a gripe A, junto da população A Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa (ESTeSL) recebe anualmente, no início de cada ano lectivo, 420 novos estudantes que optaram por um dos 12 cursos de licenciatura ministrados na Escola. Para Ana Raposo, “a integração dos estudantes na comunidade académica é uma das nossas prioridades. Deste modo, durante a primeira semana de cada ano lectivo é promovida pelo Conselho Pedagógico da ESTeSL a semana de integração, período durante o qual os estudantes começam as suas aulas e são desenvolvidas actividades que pretendem promover a adaptação dos recém-chegados estudantes, na Escola.” Vários são os momentos representados nestas actividades: uma cerimónia de abertura das actividades, realizada no auditório, onde os órgãos de gestão da Escola dão as boas-vindas aos novos estudantes, onde são dadas através de diferentes apresentações um conjunto de informações relevantes, sobre segurança, serviços, actividades, entre outros; a
Sessão Solene de Abertura do Ano Lectivo, que conta com a presença de diversas personalidades e convidados. A Praça da Saúde e diversos locais do Parque das Nações são, ainda, palco de diferentes iniciativas organizadas pela Associação de Estudantes da ESTeSL e pela Comissão de Praxes, que costumam animar toda a comunidade académica e onde se vive ao mais alto nível o espírito e a vida académica. Mas mais, Ana Raposo adianta, ainda, que “este ano temos de agir conjuntamente para fazer face à pandemia da Gripe A, de modo a minorar o seu impacto na sociedade, pelo que este tema não será esquecido na semana de integração da ESTeSL. Para além de uma conferência sobre o Plano de Contingência da ESTeSL para a gripe A, e de algumas alterações em actividades e acções durante as praxes, os estudantes estão a preparar para sextafeira à tarde (2 de Outubro), uma acção de sensibilização sobre a gripe A junto da população do Parque das Nações.”
Com uma história e cultura próprias, a ESTeSL apresenta, desde a sua criação em 1980, um conceito de Escola diferenciador, procurando conjugar a formação, investigação e prestação de serviços à comunidade na área da saúde.
Ministrando actualmente 12 cursos de licenciatura na área das Tecnologias da Saúde e 6 cursos de mestrado, oferece, ainda, com regularidade um conjunto de cursos de actualização e especialização. A Escola aposta numa forte ligação à comunidade, através da dinamização de diversas iniciativas científico-culturais e do estabelecimento de protocolos com instituições nacionais e internacionais, na área do ensino, saúde e investigação, fundamentais para a realização de estágios de aprendizagem e projectos de investigação.
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30 | NP | ESPAÇO SAÚDE
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“A primeira consulta de rastreio ortodôntico deve ser aos 7 anos...” A Clínica RIO possui como objectivo primordial a prestação de serviços médicos diferenciados nas áreas de que a população mais necessita: Medicina Dentária, Medicina Interna, Pediatria e Nutrição. Uma recente e essencial evolução da medicina dentária para um serviço médico de excelência é a medicina dentária especializada, ou seja, especialização e exclusividade do médico dentista numa área específica para a qual fica habilitado, em superioridade, a um clínico geral, devido à vasta experiência e estudo
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direccionado numa determinada área. Cada vez mais a medicina dentária é um mundo em que as várias áreas médicas são continentes muito vastos e complexos, requerendo portanto especialização, investimento clínico e pedagógico constantes. Uma dessas áreas é a Ortodontia – área em que por meio de aparelhos ortodônticos, sejam preventivos, interceptivos ou terapêuticos, se pode alcançar, para além da estética tão ambicionada pelo paciente, uma oclusão funcional óptima, muito importante do ponto de vista clínico, para uma perfeita saúde oral. A primeira consulta de rastreio ortodôntico deve ser aos 7 anos, altura em que os primeiros molares já erupcionaram e foi definida a oclusão. É a altura ideal para intervir, interrompendo os hábitos nocivos que promovem um desequilíbrio no desenvolvimento, o que resulta consequentemente numa posterior intervenção terapêutica. Nesta idade podemos também verifi-
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32 | NP | ARQUITECTURA
ARTE URBANA NO PARQUE DAS NAÇÕES Como prometido, neste artigo, destaco mais 4 exemplos de Arte Urbana no Parque das Nações. Os objectivos deste destaque são a homenagem aos 24 artistas, que nos deixaram um legado artístico, e também tirar do anonimato as suas obras, levando os leitores a verem estes objectos de arte de uma forma diferente.
URBE
Manuel Rosa – Praça do Príncipe Perfeito A escultura situada na Praça do Príncipe Perfeito homenageia um dos Reis mais importantes da história de Portugal: D. João II – o Príncipe Perfeito. Esta praça, ainda inacabada relativamente aos edifícios envolventes, tem uma grande importância na rede viária e é o culminar da Av. D. João II para quem se dirige para sul. “…esta escultura funciona a um nível não literal, não reenvia de imediato à figura que é suposto exaltar. A estranheza da forma, figural e não figurativa, abstracta e não representativa, gere um curto-circuito ao nível da leitura da obra enquanto monumento.” Disse Nuno Faria sobre o monumento.
PEÇAS DO PARQUE Por: Diogo Freire de Andrade Antony Gormley– Pavilhão de Portugal A escultura “dar corpo ao espaço” é uma das mais visitadas e visíveis no universo do Parque das Nações. Este Escultor inglês fez parte de um grupo de artistas, nos anos 80, reconhecidos como representantes da nova escultura britânica. Como referiu Alexandre Melo “a imagem mais difundida do seu trabalho corresponde às figuras humanas em chumbo … a partir de moldes do seu próprio corpo”. Relativamente à escultura junto ao Pavilhão de Portugal, que se intitula Rizoma, disse: “A escultura composta por nove figuras humanas em ferro, de tamanho natural, que encaixam umas nas outras, mede-se com a escala dos edifícios e com os passeantes…”
Jorge Vieira – Alameda dos Oceanos Em conjunto com a escultura de Antony Gormley, esta escultura de Jorge Vieira, que tem como nome HomemSol, tem uma visibilidade invejável. Situa-se à saída do
Centro Comercial para o lado do Rio Tejo. Sobre Jorge Vieira referiu Pedro Lapa: “Jorge Vieira protagonizou uma das maiores rupturas na escultura portuguesa deste século, tendo sido pioneiro do surrealismo e do abstraccionismo…” “Esta escultura fiel aos princípios da metamorfose surrealista, recusa a amabilidade ou heroicidade do monumento...” “As suas formas angulosas de hastes e meias-luas desenvolvem um ritmo ascendente ao longo de uma estrutura que aceita um antropomorfismo disseminado”.
José Pedro Croft – Rossio do Levante O conjunto de peças que José Pedro Croft idealizou para o Rossio do Levante é uma obra que poderá passar despercebida, talvez por estar tão bem enquadrada nos plátanos no meio da rotunda, ou por não estar tão acarinhada como mereceria. Todas as obras de arte urbana têm de ser mantidas, limpas e acompanhadas para que não se deteriorem, este é um exemplo negativo de manutenção dentro de tantos positivos. Conforme escreveu José Pedro Croft sobre esta obra, in memória de projecto em 1998: “Sete outdoors de diversos tamanhos surgem, lado a lado num pequeno bosque de plátanos, atravessado por um caminho de passagem para peões. A primeira sensação é a de uma intervenção violenta no espaço verde, mas, no outro lado, desenha-se já a promessa do mundo fascinante da imagem publicitária. Porém, a única imagem que nos é dada a ver é a nossa reflexão no espelho”.
GRANDES PROMOTORES FAZEM GRANDES OBRAS No seguimento do último artigo, gostaria de destacar outro bom exemplo de promoção imobiliária que concentrou os seus investimentos no Parque das Nações desde a primeira hora. Esta empresa é a Habioffice. Tem como Sócios Arménio Leal dos Santos e o Eng.º Jorge Godinho. A Habioffice foi, de facto, uma das primeiras empresas a investir na Parque Expo onde está presente desde 1995. Fez a coordenação de vários edifícios de escritórios e habitação na Parque Expo com grande qualidade. Em 2007 decidiram investir no Ensino e foi no projecto do Colégio Oriente que tive o privilégio de trabalhar com Arménio Leal dos Santos.
ARQUITECTURA | NP | 33
* Edifício Habiexpo _ 1997 | Lote 4.13.01 – Habitação em condomínio fechado na zona norte do Parque das Nações. Projecto: Arqt.º Cláudio Wanderley
* Edifício Escritórios do Tejo _ 2002 | Lote 1.01.1.1 – Edifício de escritórios e comércio com grande sucesso na Alameda dos Oceanos. Projecto:
Nações. Projecto: Arqt.º Nuno Leónidas * Edifício Cais Office _ 2008 | Lote 4.13.01 – Edifício de escritórios e comércio entre o Oceanário e o Pavilhão do Conhecimento. Este imóvel com 3 pisos tem uma vista magnífica para o Rio Tejo. Projecto: Broadway Malyan
* Edifício Vitagus _ 2002 | Lote 1.01.2.2 – Habitação de qualidade com quase 4.500m2 no PP1 entre a Av. D. João II e a Rua Pólo Sul. Projecto: Arqt.ª Marisa Cruz * Edifício Colmeia _ 2008 | Lote 4.14.02 – Mais um exemplo de habitação em condomínio fechado na zona norte do Parque das Nações. Projecto: Arqt.ª Marisa Cruz
* Colégio Oriente _ 2009 | Lote 4.81.02 – Colégio na zona Norte do Parque das Nações. Primeiro edifício de ensino privado que inclui desde o Jardim Infantil até o 9º Ano. Projecto: Conceito Arquitectos
* Edifício Office Oriente _ 2002 | Lote 1.07.2.3 – Edifício onde se localiza, entre outros, a IBM. Escritórios de excepção no coração da zona Prime do Parque das
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Mendes da Ma
OAT Torres Galp Hospital da Cuf Repsol
Rua Gonçalo
Alameda dos Oceanos Edifício Ecran, Loja 3.16.01.L/M Parque das Nações Tel./Fax: 218 952 232
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TAPETES . TÊXTEIS CAMA . TOALHAS MESA . CERÂMICAS PORCELANAS . FAQUEIROS . PINTURAS
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34 | NP | PERFIL
S E C FA
E U Q R A P O SD A SO S E P
Por: Rosário Cunha
móveis são a minha área de especialização, campo onde permaneço até hoje, a somar a algumas experiências de docência universitária. Também neste contexto, o Parque serviu de exemplo na mostra de problemas relacionados com a propagação electromagnética, soluções de implementação e boas práticas. “Demoro-me um pouco mais neste tema por ser mãe, por me preocupar, e por ter fé no ensino público…refiro-me ao quase acto heróico - o de conseguir matricular um filho na escola (pública)...”
5 ANOS DE PARQUE
2.ª a Sábado das 8:00h às 21:00h Feriados: das 9:30h às 19:30H Av. da Peregrinação, Loja 4.39.01 E. Vila Expo t: 218969043. Tlm: 914 742 082
Há um pensamento que me ocorre cada vez que entro em Lisboa pela ponte Vasco da Gama - o meu bairro é o máximo! Normalmente, olho para a zona a partir desse ponto superior e sou abraçada por um aura de bem-estar e de tranquilidade, acompanhada da vaidade pela modernização que vejo e tanto aprecio.
Naturalmente que durante este período, ocorreram muitas mudanças no Parque e também em nós próprios, para melhor e para pior.
Sou Setubalense de gema, embora já sem sotaque! Nasci e vivi numa zona central desta cidade, perto do rio, perto da serra, com cultura bairrista, brincadeira de rua e facilidade de conhecer “quase toda a gente”. Como a maior parte dos jovens, ao ingressar no ensino superior, mudo-me de armas e bagagens para Lisboa, para bem perto do Técnico, onde me licenciei em Engenharia Electrotécnica. É nessa altura que experimento todo um novo ambiente citadino que difere muito daquele a que me habituara...em muitos casos para pior. Mas não me deixo abalar, achando e comprovando a existência de outras vantagens próprias da metrópole fervilhante que pesam bastante na minha avaliação.
Nos temas “mandatórios e urgentes”, coloco o centro de saúde e o acesso à escola pública aqui ao lado. Demoro-me um pouco mais neste tema por ser mãe, por me preocupar, e por ter fé no ensino público…refiro-me ao quase acto heróico - o de conseguir matricular um filho na escola (pública) Vasco da Gama que fica a escassos 50 metros de casa. Essa seria uma das mudanças mandatórias e urgentes, que gostaria de ver implementada no meu Bairro, i.e. dar prioridade de admissão às crianças que aqui moram e que fazem parte desta comunidade.
Mais tarde, no início da vida profissional, participo numa das grandes obras públicas da altura, a nossa, aqui ao lado, a “minha” maravilhosa Ponte Vasco da Gama, que hoje, nas vésperas de dias feriados, se enche de luz mostrando a sua imponência e arquitectura moderna. É com orgulho que a observo da minha janela no Parque. Foi também a partir dela (PVG) que observei o Parque pela primeira vez e foi, a partir deste momento, que começou o enamoramento. Mudei-me há 10 anos para a zona Norte do Parque e ainda hoje acho que foi uma das grandes decisões de uma vida. Aqui encontrei o meu bairro, a pouco e pouco os meus amigos que foram chegando, a tranquilidade ao fim-de-semana, a luz, o verde, os passeios junto ao rio e tudo isto dentro da grande metrópole. No Parque, também nasceu o mais novo membro da família que, tal como eu, muito aprecia os passeios ao ar livre, o bairrismo e as brincadeiras de rua. No campo profissional, as telecomunicações
A banir, saliento o ruído, a velocidade do trânsito automóvel, a construção desenfreada e alguma falta de civismo daí decorrente…
Foi com alegria que li uma notícia sobre uma nova escola pública na zona sul, esperando que essa possa ser mais uma solução para este problema. Saliento também os pontos positivos, como o aumento do parque empresarial, especialmente na área das telecomunicações e tecnologias de informação, o aumento da oferta e da qualidade dos estabelecimentos comerciais e a segurança que se tem conseguido manter, apesar de nos encontrarmos às portas de algumas zonas problemáticas. Como o tempo não anda para trás e é um bem escasso e precioso, faço o “impossível“ para aproveitar tudo o que está à minha volta, centrandome no bem-estar que esses momentos me proporcionam. Para terminar, perguntam-me sobre o meu lugar favorito? A minha janela com vista para a modernidade.
PRAZERES | NP | 35
O CHARME DE PORTUGAL excelente resort em que praticamente não precisa de sair do mesmo durante umas férias inteiras. Isole-se do mundo e aproveite todos os momentos neste local único. Faz parte da nossa “selecção nacional” de hotelaria de topo em Portugal! Preço: desde 160EUR por noite (época baixa), em quarto duplo III - Propostas “quero experimentar o charme de Portugal a um custo muito acessível”: Casa de Juste – Com certeza já ouviram falar das compotas naturais e bolachinhas com o nome desta casa, facilmente disponíveis numa loja gourmet…Pois a Casa de Juste oferece também alojamento em modelo de turismo de habitação. Além de possuir uma rica história, visto ser um solar com origem há 700 anos, conta também com simpáticos anfitriões, magníficos jardins e bosques privados ao seu dispor
No passado mês de Agosto, a Tours For You foi distinguida internacionalmente pela reputada revista de turismo, Condé Nast Traveller (editada em Nova Iorque e do mesmo grupo editorial da famosa revista Vogue, que está relacionada com o mundo da moda, assim como a Condé Nast Traveller está para o mundo do turismo). Esta elegeu para 2009 o nosso director-geral, Nuno Tavares, como um dos apenas 126 “TOP Travel Specialists” existentes em todo o mundo (sendo que, cerca de 100 são de origem Norte-Americana, o que torna o prémio ainda mais exclusivo para um cidadão Português). Este prémio é atribuído em função do trabalho desenvolvido para a promoção do destino em que o especialista é eleito, pelo conhecimento comprovado que o mesmo possui das soluções de turismo de charme do destino, pela forma personalizada e eficiente com que trabalha com os seus clientes e, não menos importante, pelas referências internacionais que possui doutros membros deste restrito grupo de eleitos (networking internacional). Nuno Tavares foi assim eleito por esta revista como especialista para o destino Portugal e, para comemorar esta honrosa e recente nomeação, a Tours For You decidiu nesta edição de Setembro do Jornal do Parque, sugerir algumas propostas precisamente no nosso maravilhoso país, que muito nos orgulhamos de apresentar e de surpreender quem nos visita, com o nosso charme bem Português. Presentemente Portugal dispõe já de magníficas infraestruturas turísticas, podendo-nos também orgulhar das nossas gentes, que recebem os nossos visitantes com uma simpatia já rara de se encontrar pelo mundo fora. Uma fórmula de sucesso para sermos cada vez mais um destino de referência a nível internacional. E condição sine qua non para a Tours For You, é apresentar este charme de que falamos de uma forma eclética e acessível a diversas bolsas, desde que haja
um garante de qualidade. Exemplo disso são algumas propostas que vos apresentamos de seguida: I - Propostas “nem imaginava que existia em Portugal”: Quinta da Romaneira – Mais do que um lugar magnífico no Douro, com umas instalações onde o bom gosto e os pormenores com classe imperam, neste local o que sobressai e perpetua, na nossa memória, é o serviço que nos surpreende a todo o momento. A dedicação de toda a equipa do hotel em proporcionar-nos uma surpresa a cada instante (e mais não dizemos…) é algo de inimaginável. Uma experiência de vida, sem dúvida. Preço: 1100EUR por noite, em quarto duplo, em regime “tudo incluído” AquaPura Douro Valley – Outra unidade “surpresa” no Douro (sim, a nossa convicção é de que o Douro está a tornar-se um destino de referência em Portugal com novos investimentos de qualidade). Surpreendenos o equilíbrio entre uma propriedade ancestral Duriense com todos os elementos de uma arquitectura clássica no exterior e uma decoração design ultra-moderna, com interiores intencionalmente mais escuros, para que o hóspede se concentre no mais belo que o Douro tem para oferecer através das belas panorâmicas que o hotel oferece. Ah…e tem um SPA espectacular…Uma proposta que nos enche de orgulho por existir em Portugal. Preço: desde 250EUR por noite, em quarto duplo II - Proposta “vou passar férias para tão longe e tenho um dos melhores resorts do mundo aqui tão próximo”: Vila Vita Parc – Se temos um imaginário do que pode ser um Algarve de charme, este é com certeza um dos locais que nos vem de imediato à cabeça. Um
e pode também organizar actividades, como por exemplo, provas de vinho, mini-cursos de jardinagem, compotas e licores caseiros, fotografia e muitas outras. Preço: desde 100EUR por noite, em quarto duplo Naturarte – Só de pensarmos que dispomos de um m território quase virgem como o Litoral Alentejano (e Costa Vicentina) a uma distância tão curta de Lisboa, sinceramente sentimo-nos abençoados por sermos Portugueses. E nada melhor que sentir a harmonia da natureza, aliada a uma arquitectura tradicional com extremo sentido estético, na Naturarte, uma solução de turismo rural, a 15 km de Vila Nova de Milfontes (e não se esqueça de nos pedir sugestões de refeições, até porque a “catedral” nacional do sargo é mesmo aqui). Preço: desde 90EUR por noite (época baixa), em quarto duplo Para qualquer informação adicional ou solicitação de reservas, contacte p.f. a Tours For You.
36 | NP | AGENDA
Corrida Sempre Mulher Tony Carreira, Embaixador da Luta contra o Cancro da Mama, vai estar presente na Corrida Sempre Mulher
Tony Carreira, Embaixador da Luta contra o Cancro da Mama, vai estar presente na Corrida Sempre Mulher, cuja próxima edição realizar-se-á no dia 08 de Novembro, no Parque das Nações. O objectivo é angariar fundos para a reabilitação/reconstrução da futura sede da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama. As ins-
crições para a Corrida já estão disponíveis em www.corridasempremulher.com. Ao longo de 4Km – que podem ser realizados a correr ou a andar, milhares de pessoas vão lutar por uma causa: angariar fundos para a nova sede da Associação de Apoio à Mulher com Cancro da Mama (que irá situar-se num
espaço cedido pela Câmara Municipal de Lisboa, no Alto da Eira). Quem participar irá receber uma t-shirt, um sacomochila e diversos brindes. Para os mais pequenos haverá um espaço de diversão com zona de insufláveis e jogos, o Espaço ISLA Criança, que contará com a presença especial do PANDA. As inscrições já estão disponíveis em www.corridasempremulher.com. O número de participantes está limitado a 10.000, sendo que as inscrições encerram logo que esse número seja atingido.
Four Reasons Coreografia Edward Clug
Teatro Camões Companhia Nacional de Bailado Serenade / À Flor da Pele / Four Reasons DANÇAR EM CASA
DIVULGAÇÃO DOS DADOS DA QUALIDADE DA ÁGUA 2.º trimestre
Após a abertura da Temporada 09.10 com as apresentações itinerantes pelo país - DANÇAR O PAÍS – a CNB apresenta de 15 a 18 de Outubro, o primeiro programa da temporada no seu Teatro Camões em Lisboa, com interpretação musical ao vivo pelo próprio compositor, a acompanhar o bailado Four Reasons de Edward Clug. Lisboa,Teatro Camões Outubro 15, 16 e 17 às 21:00 18 às 16:00 Tarde Família 17 às 16:00 Serenade Coreografia George Balanchine Música Piotr Ilitch Tchaikovsky À Flor da Pele Coreografia Rui Lopes Graça Música Philip Glass, Estudos para Piano, nº 1, 2, 6 e 8, Vol. 1 Cenários e Figurinos Vera Castro Desenho de Luz Jorge Ribeiro Four Reasons Coreografia Edward Clug Música Original Milko Lazar Cenário, Figurinos e Desenho de Luz Edward Clug
Interpretação musical ao vivo Piano Milko Lazar Violino Jelena Zdrale Strokes Through the Tail estreia na CNB Coreografia Marguerite Donlon Música Wolfgang Amadeus Mozart, Sinfonia Nº 40 em Sol Menor Figurinos Branimira Ivanova Desenho de Luz Marguerite Donlon
Locais de Venda de Bilhetes: BILHETEIRA Teatro Camões T. 21 892 34 77 (só em dias de espectáculo) Das 13:00 até 30 minutos após o inicio do espectáculo BILHETEIRA Teatro Nacional de São Carlos T. 21 325 30 45/6 De Segunda a Sexta-feira, das 13:00 às 19:00
Ticketline T. 707 234 234 WWW.TICKETLINE.PT OUTROS LOCAIS: Fnac Worten Bliss Livraria Bulhosa Lojas Abreu Preçário: € 5 a € 20
AGENDA | NP |37
Casino Lisboa
Todas as noites, a partir das 22 horas
Casino Lisboa propõe em Outubro mais música ao vivo no Arena Lounge As noites de música ao vivo no Arena Lounge continuam a suscitar o interesse dos visitantes do Casino Lisboa. Em Outubro, o palco multiusos acolhe, a partir das 22 horas, as bandas 80 à Hora, Black Rose, What?, Garage Ensemble e Jazz Me Brown. O ambiente festivo prolonga-se, até de madrugada, com um elenco de registos musicais seleccionados por conhecidos Dj’s. Foi no dia 29 de Setembro que a banda 80 à Hora iniciou outro ciclo de actuações no Arena Lounge. Até 5 de Outubro, o grupo inspira-se nos melhores êxitos dos anos oitenta, interpretando canções como “Material Girl”, de Madonna, “Don’t Get Me Wrong”, dos Pretenders, ou “Roxanne”, dos Police. Por sua vez, os Black Rose renovam, de 6 a 12 de Outubro, as suas actuações, exibindo um diversificado elenco de covers. Com um percurso iniciado em 2007, a banda distingue-se pela interpretação de registos baseados no Soul, Funk, Pop e Música Brasileira. De 13 a 19 de Outubro, será a vez dos What? se reencontrarem com os visitantes do Casino Lisboa. “Interpretamos grandes êxitos que marcaram, nos últimos anos, o pop, rock e os blues”, sublinha o vocalista Pedro Pires. A banda lisboeta apresenta, assim, um conjunto de covers, percorrendo temas bem conhecidos de estrelas internacionais como Sting, Ben Harper, Eric Clapton ou Michael Jackson, não esquecen-
Até 5 de Outubro, o grupo inspira-se nos melhores êxitos dos anos oitenta, interpretando canções como “Material Girl”, de Madonna, “Don’t Get Me Wrong”, dos Pretenders, ou “Roxanne”, dos Police.
do, também, outras composições de grupos emblemáticos como, por exemplo, os Pearl Jam ou os Muse. Com um versátil repertório, os Garage Ensemble apresentam, de 20 a 26 de Outubro, alguns temas originais, redescobrindo, ainda, outros sucessos de compositores da música popular norte americana. Com um variado percurso musical, Carlos Gonçalves fundou, em 1995, os Garage Ensemble, reunindo um conjunto de músicos oriundos da área do Pop/Rock. Desde então, seleccionaram, de forma extensiva, os repertórios de compositores da música popular norte americana do século XX como, por exemplo, George Gershwin ou Duke Ellington. Noutro aguardado regresso ao Arena Lounge, os Jazz Me Brown actuam, de 27 a 31 de Outubro, distinguindo-se pela fusão do jazz, soul e funk. A banda interpreta temas próprios e outras versões electrizantes, sendo constituída por Demétrio Bezerra, no trompete, Miguel Casais, na bateria, Daniel Lima, no teclado, e Ciro Cruz, no baixo. Juke Box no Arena Lounge No amplo espaço do Arena Lounge, a Juke Box constitui uma referência nos serões do Casino Lisboa.A partir da uma hora da madrugada, diferentes DJ’s asseguram os ritmos mais adequados para o final da noite. 01 - Rui Murka 02 - Pan Sorbe
03 - Yugo Dee 04 - Nuno Leote 05 - Alcides 06 - Major 07 - Kamala 08 - Pedro Ricciardi 09 - Kwan 10 - Belita 11 - Diogo Pires 12 - Tiago Santos 13 - Ride 14 - Mario Valente 15 - Soulflow Dj’s 16 - Kaspar 17 - Lucio Monteiro 18- Luís Patraquim 19- Carla Menitra 20 - Rai 21 - Kamala 22 - Blues Brothers: Nbc + Dj Link + Blackmastah 23 - António Alves 24 - Miguel Kellen 25 - Francisco Diniz 26 - Rodrigo Albergaria 27 - Isilda Sanches 28 - Pedro Costa 29 - Maskarilha 30 - Lad 31 - Belita
38 | NP | OPNIÃO
Bootcamper por hora e meia A ideia nem me pareceu descabida. Como sempre, comecei por responder que estava pronta e entusiasmada. Cinco minutos depois só já achava que era uma ideia engraçada. Passados quinze minutos praguejava contra a minha impulsividade genética.... No que é que eu me ia meter! Numa altura em que passar uma tarde de domingo a dormitar no sofá se tornou quase tão grave como comer carnes vermelhas, o meu sedentarismo tornou-se motivo para me sentir socialmente discriminada. Tinha de começar por algum lado. A esta distância já sei que, provavelmente, só não havia necessidade de começar por uma sessão de Bootcamp. Mas afinal conjugava tudo o que eu procurava: exercício, ar livre e disciplina. Os ginásios nunca me atraíram. Espaços fechados, onde vários seres humanos se largam numa fúria mimética na esperança de acompanhar ao pormenor coreografias cada vez mais complexas, são de mais para
mim. Além disso, a coordenação motora nunca foi o meu forte. Comecemos pelo cenário, ou melhor, o tão ansiado ar livre. Nada a apontar! Final da tarde no Parque Tejo com o rio como pano de fundo. Apenas um pormenor: num dos dias mais quentes do ano, enquanto o resto do país ardia, um grupo de vinte pessoas prepara-se para se submeter a algo parecido com um treino militar. Logo de início uma breve explicação do que se ia passar a seguir. Confesso que o pânico tolheu-me a atenção, mas até foi melhor assim! Quando dei por mim já estava a correr, uma pequena corrida nas palavras do instrutor, uma maratona para mim, vá... uma mini-maratona. Nem sei quanto tempo durou esta actividade, a mim pareceu-me uma eternidade, mas o mais certo é terem sido apenas breves minutos. Foi o único momento em que de facto me apeteceu desistir. Seguiram-se flexões, abdominais e mais uma série de outros exercícios que fui fazendo com o empenho possível! A minha débil condição física é que já não
permitia grandes brilharetes. Enfim, confesso que utilizei a batota para me manter em jogo. Não é bonito, eu sei, mas neste caso justificava-se. Quando já estava preparada para tudo, até chegar a nado ao Montijo se me pedissem, fui informada que se seguia um período de alongamentos. Fantástico... o melhor do Bootcamp! Até já conseguia reconhecer os sons tão familiares às minhas caminhadas pelo Parque das Nações, depois de, nos instantes anteriores, ter passado por uma espécie de transe que me impediu de ouvir o que quer que fosse. Finalmente tinha terminado a aula. Voltei para casa com uma senha verde na mão para um concurso cujo prémio desconhecia e com a certeza de que, enquanto me lembrasse da corrida inicial, estariam postas de lado novas incursões no campo do treino militar. Talvez devesse começar pelo Reiki, parece que também faz bem ao corpo e à mente e sempre é mais sossegado! No dia seguinte, e contrariando todas as minhas expectativas, consegui levantar-me da cama com inesperada agilidade. Mas o destino ainda me tinha reservado mais uma surpresa. A famigerada senha verde tinha-me concedido o privilégio de frequentar a próxima sessão do Bootcamp, e grátis! Ganhei o primeiro prémio. Há dias assim... de sorte! Já reclamei o prémio... Inês Lopes
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