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A N O V I I I - N R . 52 - B I M E S T R A L - A B R I L 10 - D I R E C T O R : M I G U E L F E R R O M E N E S E S
CIDADE JUDICIÁRIA:
MUDANÇA A NORTE páginas 10 e 11
Entrevista com José Moreno e Marco Neves Associação de Moradores Por um Parque melhor páginas centrais
Conversa nos bastidores doTeatro Camões Entrevista com Cristina de Jesus páginas 30 e 31
Aniversário Casino - página 39 PUB
PORTELA * MOSCAVIDE * SACAVÉM * PARQUE DAS NAÇÕES
ACTUAL | NP | 3 noticiasparque@netcabo.pt
“Uma coisa sexy” A chuva apagava o pouco de luz que restava por cima do Oceanário. Vinte minutos para começar. Um tango de ansiedade e excitação brilhava sobre a testa de Ken. Depois de me fazer o ponto de situação faz uma pausa. Percorre o olhar pela sala, ainda vazia, e diz-me “se tivermos as pessoas e a energia certa poderá vir a ser uma coisa muito sexy…” termina virando costas para sair mais uma vez para o exterior, não fazendo ideia de que deixa comigo a frase mote que viria a ser o meu próximo editorial. Este. Ken Nunes, da Tirone Nunes, da construção sustentável, autor de projectos no PN, vizinho, mentor e organizador do ciclo de conferências Human Habitat a decorrer no Oceanário e que conta, também, com o apoio da Parque Expo. O primeira encontro estreou este ciclo da melhor forma (pág. 10). O orador convidado foi Karl-Henrik, reconhecido médico investigador oncológico que decidiu dedicar a sua missão ao estudo do desenvolvimento sustentável. Ken até podia ter razões para estar nervoso. A chuva não estava nos pla-
Vinte minutos para começar. Um tango de ansiedade e excitação brilhava sobre a testa de Ken... nos e a hora de ponta podia fazer sombra sobre a plateia. Ainda por cima, uma conferência gratuita, com pré-inscritos. Apesar da lotação ter esgotado logo na primeira semana, o risco de desistências é sempre maior. “Quando se paga, o risco de desistência é muito menor”, disse. Mas Ken não tinha com que se preocupar. A sala encheu. A plateia estava com toda a atenção e energia necessárias. Bastaram poucos minutos da prosa de Karl para nos rendermos às suas palavras. E de repente, naquela sala aconteceu algo. Foi como uma bolha à parte da vertiginosa e rápida velocidade dos tempos e de todas as incertezas que andam à boleia dele. Principalmente em temas como a sustentabilidade. Se poucas são as certezas em relação à economia e outros temas tão universais e antigos, menos
ainda são sobre este tema tão recente. Uns disparam para um lado e uns para outro. Diz-se uma coisa, mas depois descobre-se outra. Falta-nos clareza. E ali, durante um par de horas, conseguiu-se parar, de facto, o tempo. Karl conseguiu pegar num tema, pará-lo e desmontá-lo. E depois perceber como e porquê chegamos lá. Chegar a uma conclusão. O problema é que hoje só nos dão as conclusões. Mas o mais importante é todo o percurso que nos leva até lá. Isso é que é importante perceber. Não nos interessa ter o resultado de uma equação se não percebermos como chegamos lá. Claro que é importante termos os resultados. Saber o que podemos ou não fazer. Mas é mais importante percebermos como chegamos lá. E isso leva o seu tempo. Um tempo que é importante. É a diferença entre um arroz de polvo de
FichaTécnica microondas ou de bico de fogão. Seja neste tema como noutro. Não convém queimarmos ou ignorar etapas. E essa é a alma do seu projecto, do seu método e da sua extraordinária oratória. Foi como misturar racionalidade com emoção. Matemática com eloquência. E só assim conseguimos um mergulho de profundidade e não de chapa, como é mais frequente. Confesso que a expressão usada por Ken apanhou-me de surpresa. Eu sei que vou ser julgado pelos mais eruditos defensores da palavra, que provavelmente estarão a pensar na sua origem. Mas rapidamente o percebi. Foi mais um momento de luxo do nosso Parque. Final de tarde, com vista da chuva sobre o rio. Num equipamento tão simbólico como o Oceanário, várias gerações a debaterem um dos temas mais importantes do novo século. Algo novo. Longe da futilidade de muitos debates da actualidade. À nossa frente uma das 100 pessoas mais visionárias do século XX. O Parque tem destas pedras preciosas. E isso é muito “sexy”. Miguel Ferro Meneses
Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Alexandra Pássaro ; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Baltazar; Paulo Franco, Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Rua Diogo Cão nº. 1 7º Dto. 2685-198 PORTELA LRS Nr. de Registo ICS -123 919 Depósito Legal nº. 190972/03
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Escola em 180 dias Já são visíveis os primeiros sinais do arranque da obra para a tão aguardada escola pública na Zona Sul tivo 2010/2011, prevendo-se a abertura dos restantes ciclos no ano lectivo seguinte. O Notícias do Parque relembra que este projecto está Implantado num terreno com cerca de 16.880m2 e com uma área bruta de construção de 9.680m2, que, segundo a Parque Expo (PE), adapta-se aos requisitos específicos do Parque das Nações, nomeadamente ao nível das avançadas infra-estruturas de recolha
A Parque EXPO adjudicou, dia 26 de Fevereiro, a empreitada de construção da 1.ª Fase da Escola Básica Integrada (EBI) da zona Sul do Parque das Nações. Com um prazo de execução de 180 dias, a construção da nova escola começou em Março e é da responsabilidade da empresa Construções Europa Ar-Lindo, S.A.. O jardim-de-infância e o 1.º ciclo do ensino básico devem entrar em funcionamento no ano lec-
“...a nova escola pública, juntamente com a construção de uma outra escola na zona Norte, os colégios Pedro Arrupe, Oriente e Externato João XXIII, constitui um importante contributo para colmatar as necessidades de infra-estruturas educativas na zona...”
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automática de resíduos sólidos urbanos e de climatização existentes neste moderno território. Para a PE “a nova escola pública, juntamente com a construção de uma outra escola na zona Norte, os colégios Pedro Arrupe, Oriente e Externato João XXIII, constitui um importante contributo para colmatar as necessidades de infra-estruturas educativas na zona, até agora servida apenas pela Escola Vasco da Gama, na zona Norte do Parque das Nações. A PE adianta, ainda, que “com esta intervenção, a Parque EXPO dá o seu contributo para a melhoria da vivência urbana do Parque das Nações e da qualidade de vida das famílias que habitam e trabalham num território de exce-
lência que construiu e por cuja gestão é responsável.”
ESCOLA NORTE Contactada a Câmara Municipal de Loures, no que diz respeito ao avanço da construção da escola prevista para a Zona Norte, foinos adiantado que “estão a ultimar o projecto de execução da nova escola EB1/JI do Parque das Nações (8 salas para o ensino básico e 3 para o jardim-de-infância) e prevê lançar o concurso para a construção no início do 2.º semestre. A fase de projecto registou algum atraso pois, após a análise geotécnica do terreno, conclui-se ser necessário refazer completamente o projecto de fundações.”
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LOCAL | NP | 5
Design pelo ambiente O Pavilhão Atlântico incentiva boas práticas ambientais com o lançamento de um concurso de design dirigido a jovens talentos A Atlântico S.A, empresa gestora do Pavilhão Atlântico, lançou um concurso de design de “concepção de contentores para separação de resíduos” interiores e exteriores para aquela que é a maior sala de espectáculos do país, com vista à adopção de comportamentos responsáveis. O conceito vencedor será conhecido em Julho. Com cerca de meio milhão de pessoas a passar pelo Pavilhão
Atlântico por ano, este pólo de atracção do Parque das Nações pretende promover, através da iniciativa, boas práticas ambientais e sensibilizar o público que o visita para a adopção de comportamentos responsáveis. Para a Atlântico “este concurso de ideias inovadoras para uma cultura de consciência ambiental tem em vista potenciar o talento de jovens desig-
ners nacionais, através de um protocolo estabelecido entre a Atlântico, S.A. e o Centro Português de Design, entidade de referência do design industrial no nosso país.” O concurso, que se estende ao longo de três fases, prevendose a selecção do(s) conceito(s) vencedor(es) em Julho de 2010, insere-se no quadro de acções desenvolvidas no âmbito da política de qualidade e susten-
tabilidade da Atlântico, S.A., para promover a melhoria contínua do seu modelo de gestão, nomeadamente a nível da responsabilidade ambiental. O regulamento pode ser consultado em anexo e no site do Pavilhão Atlântico, www.pavilhaoatlantico.pt. Os interessados devem ter nacionalidade portuguesa ou, não a tendo, residir em território nacional; ser estudantes que, no
ano lectivo 2009/2010, frequentem o último ano de licenciatura ou mestrado do curso de Design Industrial/Design Equipamento (ou outra designação equivalente) ou designers licenciados desde 2008 em Design Industrial/Design Equipamento (ou outra designação equivalente). A empresa conclui que “com
este projecto, a Atlântico, S.A. pretende partilhar com os visitantes do Pavilhão Atlântico – um dos edifícios mais emblemáticos da cidade de Lisboa, construído entre 1996 e 1998, no quadro do plano de urbanização para a zona da EXPO’98 – as suas preocupações ambientais e a forma sustentável com que se posiciona no mercado da gestão de espaços e eventos.”
Uma organização ao serviço das empresas e dos empresários
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Agenda
Actividades
6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN
Exposição Fotográfica sobre o Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo
PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP |7
Notas sobre a vida do Parque das Nações recuperação deste equipamento, o qual, em breve, ficará remodelado.
1. EQUIPAMENTOS ESCOLARES PÚBLICOS Lamentavelmente, tudo indica que, no que diz respeito a equipamento escolar público, uma vez mais, os moradores do Parque das Nações foram enganados. Efectivamente, apesar das solenes e reiteradas promessas por parte dos responsáveis autárquicos de que, em Setembro de 2010, o Parque das Nações disporia de mais dois equipamentos escolares públicos (um na zona sul; outro na zona norte), a verdade é que, à presente data, apenas a construção da escola da zona sul foi iniciada. E ignora-se quando se iniciarão as referidas obras da escola da zona norte, por falta de informação da autarquia. 2. CENTRO DE SAÚDE As recentes informações, que obtivemos sobre este assunto, apontam para o eventual início de construção ainda no decurso deste ano. Estamos esperançados em que não venha a ser mais uma promessa falhada, porquanto é cada dia mais necessário a todos nós. 3. PARQUE INFANTIL DO PARQUE DO TEJO Já se iniciaram os primeiros trabalhos de
4. NUMERAÇÃO DE POLÍCIA DA ÁREA DO CONCELHO DE LISBOA Tínhamos noticiado, na edição de Dezembro do Notícias do Parque, que o processo de atribuição da numeração de polícia aos prédios da área do concelho de Lisboa estava bastante avançado, esperando-se a sua conclusão no início do presente ano. Todavia, ao que nos foi transmitido, na sequência do processo eleitoral autárquico, a responsável do Departamento encontra-se demissionária, aguardando-se a sua confirmação ou substituição no cargo. Enquanto tal não suceder, o processo em questão encontra-se suspenso. 5. RECUPERAÇÃO DO QUIOSQUE DO BRAÇO DO TEJO Aguarda-se, para breve, o início dos trabalhos de recuperação do quiosque (bar) do braço do Tejo e a sua reabertura ainda antes do verão. Efectivamente, trata-se dum equipamento que se encontra num estado de degradação bastante elevado, pelo que esta é uma boa notícia para o Parque das Nações. 6. ZONA DE ESTACIONAMENTO JUNTO AO LOTE 3.14 (ZONA SUL) Encontra-se em estudo a criação de uma zona de estacionamento junto ao Lote 3.14, respondendo, assim, aos apelos de moradores e comerciantes da referida zona. 7. Vamos continuar a acompanhar todos estes assuntos na expectativa de que, em breve, possamos dar melhores notícias. A Direcção da AMCPN
Para futuras inscrições de sócios da AMCPN utilize o seguinte contacto: Rua Ilha dos Amores, n.º 53 - 4.ºA Telef-932 037 474 www.amcpn.com - geral@amcpn.com
8 | NP | CRÓNICA
“Viver com segurança!” Nesta época do ano, a Polícia de Segurança Pública pretende assegurar a diminuição dos índices de criminalidade e sinistralidade rodoviária, fruto da migração sazonal dos cidadãos para os locais de naturalidade, no âmbito das comemorações tradicionais. Neste sentido, vai ser realizado, a nível nacional, um esforço no aumento das operações e acções de sensibilização, na área da prevenção face ao problema.
Subcomissário Pita Santos 40.ª Esquadra Parque das Nações T: 218955810
A 40.ª Esquadra – Parque das Nações realizou várias acções de sensibilização/fiscalização, nomeadamente através de uma exposição que decorreu no interior deste Departamento Policial, alusiva ao tema “As Polícias do Mundo na 40.ª Esquadra” onde se podem ver cerca de 40 bonés representativos de outras tantas Polícias a
nível mundial, bem como uma acção de sensibilização subordinada ao tema “Cães de Raça Potencialmente Perigosa”, a qual decorreu na Escola EB 1, 2 Vasco da Gama, no sentido de
responder às várias solicitações dos cidadãos perante esta temática. É com estas boas práticas que se pretende agir a montante e
não a jusante na prossecução do nosso lema “ VIVER COM SEGURANÇA!!! DIREITO DE TODOS, DEVER DE CADA UM.”.
Rastreio de Nutrição - dia 15 de Abril, às 15h | Rastreio auditivo - dia 19 de Abril, às 15h Novo serviço - Consultas de Nutrição
NOVO HORÁRIO Agora a sua farmácia não fecha para almoço
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VILA EXPO | JARDIM DOS JACARANDÁS | TELEFONE: 21 894 70 00 / 01
10 | NP | ACTUAL
HUMAN HABITAT Karl-Henrik Robèrt teve e conquistou uma casa cheia na primeira conferência do Human Habitat, que decorreu no Oceanário, em Fevereiro. O próximo encontro é já no dia 12 de Abril
Casa cheia e aposta ganha para Lívia e Ken Nunes, mentores deste ciclo de conferências. O encontro pautou-se pela intensidade e profundidade. Uma plateia partilhada entre jovens e profissionais que absorveu as palavras e experiências de Karl- Henrik Robert durante uma hora. João Falcato, do Oceanário, teve a primeira palavra seguindo-se Lívia Tirone, que apresentou o tema e o orador. A competência, mais do que os valores, define o desenvolvi-
5 ANOS DE PARQUE
2.ª a Sábado das 8:00h às 21:00h Feriados: das 9:30h às 19:30H Av. da Peregrinação, Loja 4.39.01 E. Vila Expo t: 218969043. Tlm: 914 742 082
mento sustentável, foi o tema da sua palestra. Karl era um reconhecido médico/investigador da área da oncologia, que, a certa altura da sua vida, decidiu dedicar-se ao estudo do desenvolvimento sustentável. A magia da sua teoria é a profundidade da sua procura, da sua pesquisa. A sua palestra narrou a história e experiências do Programa Real Change, fundado por ele e, actualmente, com escritórios em todo o Mundo. Simplicidade e ciência estiveram sempre presentes nas palavras deste considerado um dos 100 visionários do século XX. Por vezes é preciso recuar bem ao centro de gravidade de uma questão para podermos avançar com clareza e real significado. No meio de tanta informação, velocidade, incertezas e contradições é necessário percebermos onde realmente estamos. A humildade e clareza da sua apresentação foi feita como o desmontar de pormenores essenciais para percebermos como funciona este motor. Para quem quiser e não esteve presente, a Construção Sustentável disponibilizou, nos sites www.humanhabitat.pt e www .construcaosustentavel.pt, o áudio com as apresentações integrais dos intervenientes desta conferência. Vale a pena espreitar. A próxima conferência, no dia 12 de Abril, será “A ESCALA DO HOMEM NO PLANEAMENTO URBANO (A DIMENSÃO HUMANA) – As comunidades precisam de se identificar com os espaços que habitam. Kas Tham é o orador convidado para esta segunda sessão do Human Habitat. Kas Tahm é um reconhecido arquitecto de nome internacional e um dos mais reconhecidos Urban Planners europeus. Orador, júri, professor e várias vezes premiado, Kas irá falar sobre a simbiose das necessidades sensórias e emocionais do Homem no ambiente físico. Esta sua teoria tem vindo a ser desenvolvida e atingindo, cada vez mais, o reconhecimento da sociedade académica e urbana global. O Notícias do Parque relembra que o Ciclo de Conferências HUMAN HABITAT 2010, dedicado ao tema da Sustentabilidade e Resiliência das Cidades, trata-se de uma acção desenvolvida no âmbito de uma parceria entre a Iniciativa CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, o OCEANÁRIO DE LISBOA e a PARQUE EXPO. Os temas centram-se nas cidades, locais onde habita mais de metade da população planetária, sendo dadas a conhecer novas perspectivas do desenvolvimento urbano sustentável nas suas quatro componentes: a resiliência, a dimensão humana, os metabolismos dos sistemas que as sustentam e as transformações
expectáveis. Foram convidados dez oradores de reconhecido mérito internacional que irão apresentar as suas visões “holísticas” e poderosas sobre novos modelos de desenvolvimento equitativos, conducentes à prosperidade das cidades, questionando os valores culturais e os padrões de crescimento que sustentam o estado actual da sociedade e apontando caminhos alternativos que permitem a mudança de paradigmas rumo a um desenvolvimento urbano mais sustentável. Todos os conceitos apresentados serão abundantemente discutidos com os participantes.
REPORTAGEM | NP | 11
CIDADE JUDICIÁRIA DINAMIZA ZONA NORTE
“O Campus da Justiça representa uma mais-valia para o Parque das Nações.Trouxe pessoas, logo trouxe negócio”. As palavras são do presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, José Moreno, e sintetizam perfeitamente o sentimento generalizado dos comerciantes locais quanto ao impacto da cidade judiciária na zona norte. Com inauguração oficial a 22 de Julho do ano passado, as novas instalações da Justiça são compostas por 11 edifícios onde se concentram diversos departamentos, até então espalhados um pouco por toda a cidade. Integram tribunais, serviços de registo e notariado, e serviços centrais do Ministério da Justiça. São o local de trabalho de mais de 2 mil magistrados e funcionários e recebem diariamente cerca de 4 mil utentes. Assim, com a entrada em funções do Campus, a zona norte do Parque das Nações passou a constituir destino diário para mais milhares de pessoas. E o impacto de tão grande afluência não se tem feito esperar, como nos revelou a Parque Expo Gestão Urbana: “Constatamos com satisfação que o pleno funcionamento dos tribunais, com o consequente aumento do fluxo de pessoas, tem contribuído naturalmente para a dinamização do tecido económico local, com vantagens para a rede empresarial e comercial aqui sedeada”. RESTAURANTES REGISTAM MAIOR PROCURA A área da restauração é, prova-
velmente, a que mais benefícios tem tirado da grande afluência de pessoas à zona. Aproveitando a presença quer de funcionários quer de utentes, a maioria dos restaurantes da área circundante à cidade judiciária tem registado notórios aumentos de clientela. Alguns estabelecimentos tiveram mesmo que redimensionar os quadros de pessoal, de forma a conseguir acompanhar o crescimento da procura. A título de exemplo, tanto o restaurante japonês ‘Samurai’ (nos condomínios Portucalle) como o restaurante-bar ‘Me & You’ (na avenida D. João II) nos confirmaram ter havido um considerável aumento do número de clientes desde a entrada em vigor das novas instalações da Justiça. No caso do ‘Me & You’, a transferên-
Contas feitas, a Parque Expo considera que a vinda do Campus para a zona oriental de Lisboa vem acentuar a cada vez maior integração deste território na malha urbana da cidade
cia destes serviços para a zona assumiu particular importância para o estabelecimento, já que veio compensar alguma quebra de negócio gerada pelo facto de muitas das empresas que ocupavam os escritórios em seu redor se terem mudado devido ao elevado preço das rendas. A garantia de um público numeroso e estável, composto pelos
funcionários da justiça e por quem a eles necessite de recorrer, tem também potenciado a abertura de novos restaurantes nas áreas circundantes ao Campus da Justiça. Mas, se de um modo geral, estes funcionários não encontram motivos de descontentamento relativos à quantidade e qualidade da oferta de restauração dis-
ponível, o mesmo não se pode dizer quanto aos preços, que muitos dizem ser mais elevados do que os praticados pelos restaurantes próximos dos locais onde trabalhavam anteriormente. Por outro lado, se o aproveitamento que os estabelecimentos de restauração têm tirado da sua proximidade à cidade judiciária é
inegavelmente frutuoso, o mesmo não será alheio ao facto de não existir um refeitório para funcionários nas instalações da Justiça, o que obriga muita gente a ter de recorrer aos restaurantes da zona. A este respeito, falámos com responsáveis do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça, que nos revelaram que a ausência de um refeitório é, de facto, uma das principais queixas dos trabalhadores do Campus:“É um desejo partilhado por muita gente, que quer poder usufruir de refeições a um custo mais favorável que o praticado pelos restaurantes circundantes”. De todo o modo, esta parece ser uma questão com resolução à vista, uma vez que já se estuda a criação de zonas de refeição para funcionários no interior das instalações da Justiça. Mas não tem sido só a restauração a usufruir de um aumento de clientela. Também cabeleireiros e centros de massagens, instalados nas redondezas do Campus da Justiça, têm registado importantes progressos ao nível da procura. Além de ajudar a dinamizar os serviços já existentes na zona norte do Parque das Nações, o grande fluxo de pessoas tem também contribuído para o florescimento de lojas até então praticamente inexistentes no bairro. Neste sentido, destaca-se a abertura de duas novas livrarias: a Almedina, na Avenida D. João II, e a Coimbra Editora (vocacionada exclusivamente para apoio jurídico), instalada dentro do Campus.
12| NP | REPORTAGEM
“O grande problema está nas paragens em segunda fila, realizadas geralmente por quem vem deixar ou recolher alguém ao Campus”
...não têm originado qualquer impacto negativo nas condições de segurança do Parque das Nações, antes pelo contrário: “Toda a zona envolvente ganhou mais policiamento, portanto a tendência até é para que haja menos problemas” Também o sector imobiliário tem colhido alguns frutos da presença da cidade judiciária no Parque das Nações. É de notar, em primeiro lugar, o estabelecimento de vários escritórios de advogados nas imediações do Campus da Justiça, procurando naturalmente beneficiar de uma maior proximidade a tribunais e outros serviços. Já no que diz respeito à habitação, a agência imobiliária ERA revelounos que a transferência dos servi-
ços da Justiça para esta zona tem gerado uma maior procura de casas, em particular em regime de arrendamento. PROBLEMAS DE MOBILIDADE AGRAVADOS A maior afluência à zona norte do Parque das Nações não tem acarretado apenas consequências positivas. Mais pessoas representam mais negócio, mas também
tante do Instituto, que lembra também a boa rede de transportes públicos disponível nesta área. Em contraste com a boa acessibilidade, a sinalização é classificada como “francamente deficiente” pelos responsáveis do IGFIJ:“Não existem placas a indicar ‘Campus de Justiça’ mas sim ‘Office Parque Expo’ (nome do empreendimento arrendado pelo Ministério da
mais automóveis. “O impacto sobre a mobilidade tem sido o aspecto menos positivo do Campus. São mais milhares de carros a juntar aos muitos que já tínhamos”, refere José Moreno. O presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações considera, no entanto, que este seria sempre um efeito previsível: “Como foram feitos edifícios para escritórios, o agravamento dos problemas de mobilidade era inevitável. É uma realidade com a qual temos de conviver”. Também ao nível do estacionamento se têm verificado algumas complicações. É certo que os empreendimentos da cidade judiciária incluem um amplo parque de estacionamento subterrâneo com 4 mil lugares (1500 privados, 2500 públicos), capaz de absorver os milhares de novos carros que se dirigem diariamente a esta zona de Lisboa. O grande problema está nas paragens em segunda fila, realizadas geralmente por quem vem deixar ou recolher alguém ao Campus. Para o Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça (IGFIJ), a localização do Campus no Parque das Nações não constitui um inconveniente, visto que se trata de uma zona da cidade munida de boas acessibilidades. “A localização só poderá ser um problema para as pessoas que vivem longe, mas dantes também teriam de se deslocar para vários sítios e isso agora já não acontece”, reforça um represen-
Justiça, onde se instalou o Campus) que ninguém sabe o que é”. GARANTIAS DE SEGURANÇA Muitas foram as dúvidas que se levantaram relativamente às condições de segurança da nova cidade judiciária. Uma vez que os edifícios não foram construídos de raiz para albergar os principais serviços da Justiça, muitos temiam que a segurança das instalações pudesse estar fragilizada, o que esteve na origem de várias críticas feitas ao empreendimento aquando da sua inauguração. No entanto, a actuação de uma esquadra da PSP, instalada num dos edifícios do Campus com indicações específicas para assegurar a segurança do local, tem evitado problemas de maior e, para já, os receios relativos à falta de segurança têm-se revelado infundados. “Temos uma esquadra quase privada e todos os edifícios têm segurança própria. Quando há um julgamento mais complicado, a PSP organiza tudo em termos de segurança e não temos tido problemas”, asseguraram-nos representantes do IGFIJ. José Moreno, da Associação de Moradores e Comerciantes, concorda que as instalações da Justiça não têm originado qualquer impacto negativo nas condições de segurança do Parque das Nações, antes pelo contrário: “Toda a zona envolvente ganhou mais policiamento, portanto a tendência até é para que haja menos problemas”.
REPORTAGEM | NP | 13
“O IMPORTANTE É O SERVIÇO DAS PESSOAS” Para os magistrados e funcionários ligados à Justiça, o Campus representou uma melhoria das suas condições de trabalho. Os edifícios são mais modernos, mais espaçosos, tecnicamente mais bem equipados e encontram-se numa zona com boas acessibilidades. Mas nem tudo é perfeito. As maiores queixas derivam do facto das novas instalações não terem sido construídas de raiz, nem a pensar nos preceitos logísticos da Justiça. Efectivamente, vistos de fora, os tribunais não ostentam a arquitectura clássica de colunas e escadarias, enquanto no seu interior, em funcionalidades mais práticas, nem sempre vão ao encontro das necessidades de funcionários e magistrados. “O Campus foi criado para juntar serviços, criar sinergias e garantir melhores condições”, afirma um responsável do IGFIJ, acrescentando que nunca é demais recordar quem são os principais visados por esta mudança de instalações: “O Campus da Justiça foi criado
para servir as pessoas que precisam de recorrer aos serviços da Justiça, proporcionando-lhes melhores condições, maior rapidez no atendimento e a possibilidade de aceder a uma variedade de serviços na mesma zona. O que é importante é que essas pessoas se sintam satisfeitas e não tenham de pensar onde fica o tribunal A e o tribunal B. Claro que é preferível que funcionários e magistrados se sintam bem, mas o importante é o serviço das pessoas. É para isso que os tribunais servem.” O SUCESSO DE UM MODELO Contas feitas, a Parque Expo
Gestão Urbana (PEGU) considera que a vinda do Campus para a zona oriental de Lisboa vem acentuar a cada vez maior integração deste território na malha urbana da cidade: “É a confirmação do sucesso do modelo urbano adoptado e das condições excepcionais que aqui se concentram. Significa que existe um reconhecimento generalizado da qualidade do espaço público, das infra-estruturas, da estrutura verde e do modelo de gestão urbana”. A PEGU entende, aliás, que não existe melhor prova da excelência das condições proporcionadas pelo Parque das Nações do que a própria decisão de lá instalar os serviços da Justiça: “A opção de concentrar os tribunais de Lisboa, numa das mais recentes zonas da cidade, foi certamente acompanhada de uma profunda análise sobre as condições proporcionadas a nível de acessos, comodidade e segurança, quer para os colaboradores dos tribunais, quer para o público em geral”. Bernardo Mata
O Campus da Justiça foi projectado pelos arquitectos Nuno Leónidas e Frederico Valssassina. Ocupa uma área de 36 200 metros quadrados e é composto por 11 edifícios onde se concentram serviços anteriormente espalhados por 25 moradas diferentes: Tribunais: Tribunal Central de Instrução Criminal; Tribunal de Execução das Penas; Varas Criminais; Tribunal de Instrução Criminal; Juízos Criminais; Departamento de Investigação e
de Acção Penal; Juízos de Pequena Instância Criminal; Tribunal do Comércio; Tribunal Administrativo e Fiscal – Tribunal Tributário;Tribunal Administrativo e Fiscal – Tribunal Administrativo de Círculo; Tribunal de Família e Menores; Tribunal Marítimo; Juízos de Execução. Serviços de Registo e Notariado: Registo Predial; Registo Automóvel; Cartão do Cidadão. Serviços Centrais do Ministério da Justiça: Instituto dos Registos e do Notariado; Instituto de
Gestão Financeira e de InfraEstruturas da Justiça; DirecçãoGeral da administração da Justiça. O arrendamento dos edifícios do Campus custa ao Estado 9,6 milhões de euros por ano. As novas instalações da Justiça dispõem de sistemas de ar condicionado e de telecomunicações modernos e rentáveis que permitem poupanças significativas ao nível energético e financeiro.
14 | NP | ACTUAL
RASTREIOS DE SAÚDE Projecto ‘Urban Walks’ começa
Para inaugurar o serviço de consultas de nutrição, irá decorrer, no dia 15 de Abril entre as 15h e as 19h, um rastreio de nutrição. Neste poderá conhecer alguns parâmetros, tais como, peso, índice de massa corporal, % de massa gorda e muscular e perímetro da cintura. Actualmente podemos verificar que os hábitos alimentares em muito foram modificados ocorrendo um maior consumo de alimentos ricos em calorias, gorduras e açúcares, em detrimento do consumo de frutas e vegetais. Do mesmo modo, os estilos de vida sofreram alterações profundas, predominando o sedentarismo e o stress constante. Este cenário tem conduzido a estados de excesso de peso e obesidade que atingem mais de 50% da popula-
ção portuguesa adulta com um aumento significativo em idades cada vez mais jovens, no número de doenças crónicas (ex. diabetes, hipertensão, colesterol elevado). Para a Farmácia Parque das Nações “o objectivo deste rastreio e do novo serviço é maximizar a saúde, a auto-estima e o bem-estar geral de todos, tendo por base um plano alimentar adequado às necessidades de cada um, sem obrigatoriedade na aquisição de suplementos. E como os padrões de beleza se impõem, principalmente na estação que se aproxima, esta poderá ser a altura ideal para recorrer a este novo serviço.” “Perda auditiva é a falta de habilidade em perceber ou interpretar o som.” A perda auditiva varia desde a dificuldade em ouvir sons
suaves ou entender a fala até à completa surdez. Perda auditiva não é como ouvir sons com volume baixo, o que acontece é existirem alguns sons ou tons que são muito mais difíceis de se ouvir do que outros. Todas as pessoas experimentam algum grau de perda auditiva já que isso faz parte do envelhecimento natural. Entre os 30 e 40 anos, as células ciliadas do ouvido interno começam a morrer. O processo é diferente em cada um, mas aproximadamente em uma em cada dez pessoas, a perda alcança um ponto onde é necessário o uso de uma prótese auditiva. Este rastreio terá lugar na Farmácia Parque das Nações, dia 19 de Abril, às 15h. Para mais informações contacte o Tel.: 21 894 7000.
Patrícia Simões Aelbrecht, arquitecta portuguesa, está a fazer o seu doutoramento em Londres e está a organizar caminhadas, pelo PN, durante este mês de Abril. Para esse estudo continua a solicitar a colaboração de voluntários que a queiram acompanhar. Fica um breve texto, da autora, sobre este seu projecto que tem como fim perceber a vida pública, nos espaços públicos contemporâneos. Ninguém parece ter dúvidas de que o Parque das Nações tenha sobrevivido à Expo 98. A sua transformação de uma área degradada industrial para um lugar com interesse residencial e recreativo, através de uma feira universal, é sem dúvida uma história de sucesso. No entanto, este sucesso é frequentemente apresentado em termos de números: 1.979 milhões de m2 de habitação residencial, 610 milhões de m2 de escritório, 170 milhões de m2 de comércio e 300 milhões de m2 em outras funções, como também 22 mil residentes, 22,5 mil trabalhadores e 18 milhões de visitantes por ano (Park Expo, 2008). Todavia, estes números baseados apenas em resultados económicos não constituem nem uma boa medida do seu sucesso, nem nos mostram como este bairro é vivido. Estes números não nos dizem nada sobre a vida quotidiana das pessoas que o habitam, visitam ou nele trabalham, nem sobre a forma como apropriam, mudam e contestam as convenções impostas pelos urbanistas ou arquitectos que o conceberam.
É precisamente este interesse que me levou a estudar este bairro e propor integrá-lo como caso de estudo num outro projecto de maior amplitude sobre a “Vida Pública dos Novos Espaços Públicos contemporâneos” na University College London. Este projecto consiste num estudo comparativo sobre a qualidade do desenho urbano dos espaços públicos na Europa que tem como objectivo principal explorar as questões mais emergentes, tanto sociais como espaciais, que caracterizam a nossa vida pública e os novos espaços públicos no século XXI. Portanto, como parte deste projecto, estou a organizar, durante todo o mês de Abril, várias caminhadas no Parque das Nações com a duração de uma hora no máximo. E como tal, estou à procura de participantes – tanto residentes, como trabalhadores e até visitantes - para que me falem das suas experiências e expectativas do desenho urbano dos espaços públicos. No mês anterior tive a oportunidade de publicar um artigo sobre este projecto, pelo que tenho recebido vários
emails de pessoas interessadas em participar, no entanto, quero repetir que é importante a vossa participação, especialmente de quem se interessa pela qualidade dos espaços urbanos de Lisboa ou apenas pelo Parque das Nações. Este é um projecto de interesse público que visa melhorar as práticas de urbanismo, mas, para tal, necessita que mais pessoas nos falem da forma como vivem os espaços públicos da nossa cidade de Lisboa. Para participar ou para mais informações, por favor contactar Patrícia Simões Aelbrecht para o seguinte email: p.simoes@ucl.ac.uk.
Concerto de Amália Hoje 19 de Abril 22h30 segunda-feira
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16 | NP | LOCAL
Gosto pela Matemática “Como incentivar o conhecimento, o treino e o gosto pela Matemática?” contou com a presença do Professor Nuno Crato, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, na EBI Vasco da Gama, no dia 25 de Março
Isabel Neto, professora de Matemática, desta escola, explica que “pela nossa experiência docente, sabemos que a Matemática nem sempre é encarada como uma disciplina fácil, devido às práticas pedagógicas, ao currículo, ao sistema educativo e à própria socie-
dade em geral que, promovendo uma visão da Matemática como uma ciência difícil, desculpabiliza os maus resultados. Conhecendo o trabalho do Professor Nuno Crato como promotor da popularização da Matemática e divulgação da Ciência entre os jovens, consi-
derámos ser a pessoa indicada para desmistificá-la junto da comunidade escolar, dando-lhe uma imagem diferente.” Fazendo um balanço do encontro, Isabel Neto considera a acção muito positiva: “Foi muito bem acolhida pelo público de várias faixas sociais e etárias (professores, Encarregados de Educação e alunos). Durante o debate houve muitas intervenções e as respostas foram ao encontro do esperado.” Questionada sobre “Como incentivar o conhecimento, o treino e o gosto pela matemática?”, o tema deste encontro, Eulália Chaves responde que “A Matemática não deve ser encarada como algo tão complexo
que, para ser compreendida, tenha de ser introduzida de forma lúdica e visando a sua utilidade. Existe uma outra faceta, o lado abstracto, que não deve ser negligenciado. Os educandos deverão interiorizar que a sua motivação para a aprendizagem da matemática não deve partir exclusivamente dos estímulos pedagógicos dados pelos professores. Devem, sim, fazer um esforço pessoal para a compreensão dos conteúdos, sendo que para que tal aconteça, muitas vezes, tenha que recorrer-se ao treino e criação de rotinas. Há conceitos que têm simplesmente de ser memorizados não havendo outra forma de os assimilar. Têm de estar sensibilizados
para a importância fundamental que a concentração e o treino têm no desenvolvimento intelectual, e que este esforço surtirá efeitos a longo prazo em todos os campos da sua vida. Por exemplo, os jovens têm de interiorizar que para saber a tabuada é preciso decorá-la. Sendo a Matemática uma disciplina que é “construída por blocos”, se faltar uma das bases, o aluno não conseguirá fazer a sua natural evolução, vai desmotivar e perder o gosto pelo conhecimento. Assim, nos jovens deve ser incutida a necessidade da memorização, da concentração e do treino por si só. “ A Escola Vasco da Gama vai contar, também, com diversas
acções de sensibilização sobre o Bullying/Cyber-bullying, orientadas pela Escola Segura e pela 40º Esquadra do Parque das Nações. O objectivo é a apresentação de pequenos vídeos/notícias sobre esta temática e a realização de um inquérito para averiguar a incidência deste problema. Foi proposta uma outra acção de sensibilização sobre a temática violência no namoro, destinada ao 3º ciclo, a realizar-se num futuro próximo. Ainda, em Abril, terá lugar a Semana da Escola que contará com a visita de oito países, no âmbito do Projecto Comenius.
LOCAL | NP | 17
Iª Semana cultural O Colégio do Oriente organizou a Iª Semana Cultural entre os dias 22 de Março e 27 de Março. Sónia Lopes fala-nos sobre uma semana cheia de actividades
A Feira do Livro e a plantação de árvores abriram esta semana cultural que contou com visitas de estudo, exposições, teatro, conferências e desporto. “Um dos momentos altos foi, sem dúvida, o encontro de teatro com uma adaptação do Principezinho. A Feira do livro correu, também, muito bem. Venderam-se mais de 300 livros. Foi muito bom ver o interesse dos alunos, mesmo dos mais novos, a comprarem os livros. Os encontros com as escritoras Patrícia Reis e Maria Teresa Gonzalez conseguiram ser surpreendentes. Foi engraçado observar as questões que alguns alunos colocaram. Algumas bastantes surpreendentes e pertinentes. Tivemos mais uma sessão da escola de pais, desta vez com a presença da Dra. Helena Fonseca, directora adjunta do Serviço de Pediatria do Hospital de Santa Maria. Também desta vez, com um auditório cheio de encarregados de educação. O desporto foi, também, forte nesta semana. Tivemos o
Torneio de futebol humano e uma sessão de Bodyboard que decorreu na Praia de Carcavelos.” Tiveram lugar algumas Actividades experimentais com o 1.º ciclo, nos laboratórios de ciências, e um teatro interpretado em castelhano, que foi apresentado aos alunos de 3 e 4 anos, de forma a ambientarem-se com o idioma. Para Sónia Lopes “outro momento alto foi o Festival da Canção. Todos os anos, o Grupo GPS organiza um festival da canção, que decorre em Fátima, onde cada uma das escolas do grupo apresenta um candidato. Levámos a canção “Prende-me a ti”, inspirada na obra do Principezinho. Tanto a letra como a música são da autoria do nosso professor de música. Não ganhámos, mas portámo-nos muito bem.” O torneio de futebol interescolas que contou com a presença do Colégio do Oriente, Colégio Minerva e a Escola Vasco da Gama, encerrou esta semana com o Colégio do Oriente em 2.º lugar.
18 | NP | local
Esquadra expõe colecção de chapéus
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Os exemplares expostos pertencem ao subchefe Mário Duarte, que os colecciona há mais de um ano. “O primeiro chapéu foi-me oferecido por um conhecido nos Estados Unidos. A partir daí interessei-me mais por eles e comecei a adquiri-los. Ia arranjando-os aos poucos e a minha colecção foi aumentando”. Hoje, Mário Duarte possui mais de 100 chapéus de polícia e conta com modelos originários de todo o mundo. As aquisições são feitas maioritariamente através do popular site de leilões ‘eBay’ ou através de troca directa com outros coleccionadores. Na estante colocada na recepção da esquadra, encontrava-se apenas uma amostra do pecúlio de Mário Duarte. “Não havia espaço para mais e também não convinha que os chapéus ficassem muito tempo expostos uma vez que ganham muito pó e atraem traças”, explicou-nos o agente. As dezenas de peças em exibição foram, assim, seleccionadas de acordo com um critério de heterogeneidade que permitisse expor exemplares de proveniências muito distintas. Entre eles, alguns destacavam-se logo à primeira vista: o modelo circular utilizado pela polícia francesa
(a Gendarmerie Nationale); o chapéu russo feito especificamente para ser usado na época de Inverno, que se trata, basicamente, de uma ushanka (gorro típico da Rússia) a que se acrescenta o símbolo identificativo da polícia local; e o chapéu de uma patrulha norte-americana, de estilo cowboy, mas com um distintivo policial bem visível. No fim de contas, é interessante notar que, em muitos casos, os chapéus de polícia apresentam motivos identificativos da sua região, tornando possível associá-los imediatamente ao país de origem. Visivelmente orgulhoso da sua colecção, o subchefe Mário Duarte não quis seleccionar um chapéu favorito – “é como pedir a um pai que escolha um dos filhos” – mas acabou por fazer alguns destaques: um chapéu do KGB, polícia secreta da ex-União Soviética; um chapéu pertencente à polícia de São Marino (pequeno enclave na península italiana) que apresenta precisamente o mesmo tom de azul que se encontra na bandeira do país; e ainda um chapéu da patente de general proveniente do Afeganistão, uma peça que só três pessoas em Portugal se podem gabar de possuir. “Mas os chapéus
Dezenas de chapéus de polícia oriundos de locais tão distintos como Namíbia, Nepal, Rússia ou Peru estiveram em exposição na esquadra da PSP do Parque das Nações
mais difíceis de arranjar são os africanos”, admitiu Mário Duarte. Se não teve oportunidade de apreciar esta mostra de chapéus de polícia na esquadra da PSP do Parque das Nações, poderá sempre aceder ao endereço http://community.webshots.c om/user/marioruiduarte, onde os mais de 100 chapéus da colecção pessoal do subchefe Mário Duarte estão catalogados por zona continental. Por fim, importa saber afinal quais são as principais características que um bom chapéu de polícia (detentor de um valor acima de tudo simbólico) deve cumprir? Para Mário Duarte são fundamentalmente duas: que sejam altos e… pouco usados.
20 | NP | OPINIÃO
Impressões de Vida no Parque das Nações – II “...do lado norte da Avenida D. João II, seria óptimo instalar fotosensores nos semáforos das vias laterais, de modo a que quem aí circula dentro dos limites, não seja obrigado a deter a sua marcha, sempre que condutores vindos no mesmo sentido do túnel da faixa central ultrapassam o limite de velocidade”
José Teles Baltazar Membro dos Corpos Sociais da AMCPN
Nova Escola (Básica Integrada do Parque das Nações)Um mês após a colocação de cartaz anunciando a abertura, no próximo ano lectivo, do 1ºciclo+Jardim de Infância, que trouxe esperança a quem, como eu, acha os prazos de execução algo apertados, deu entrada no local da “obra”, uma grua e dois contentores com o nome do construtor. Está na altura de conceder o benefício da dúvi-
da às entidades responsáveis envolvidas (CML/DREL/PExpo), que estou certo, tudo farão no sentido de concretizar a escola no prazo anunciado durante a última campanha eleitoral autárquica. A pergunta que mais fazem os ansiosos Pais de futuros alunos, é onde podem inscrever as crianças? Comércio Local o seu sucesso espelha-se no elevado número de anunciantes do Notícias do Parque, sendo um “case-study” pelo exemplo de sã convivência entre o comércio tradicional de rua e as maiores superfícies. As Lojas mais prósperas são as que adaptam horários ajustados ao ritmo de vida contemporânea, e aquelas com conceitos de serviços inovadores de que destaco a Cineteka.com, videoclube/ciber&lounge café, na zona sul, perto do Casino. EMEL justiça lhe seja feita, libertou de estacionamento abusivo um sentido de circulação no Passeio do Cantábrico, trajecto bastante útil, quando a circulação é cortada no viaduto de Moscavide. Não entendo é porque não curvam para a Via Recíproca, desobstruindo uma faixa de trânsito, sempre ocupada por viaturas, prática impune que se verifica há cerca de uma década, por desleixo das autoridades policiais que inexplicavelmente se desobrigaram dessa competência. Asfalto desnivelado Até ao virar do século, os pisos de alcatrão do Parque eram autênticos “tapetes”, situação ímpar nas redondezas e fui naif ao ponto de acreditar que numa Cidade Imaginada com galerias técnicas e milhentas tampas de esgoto, seria possível manter o pavimento imune a remendos e desníveis, que parecem redutores de velocidade. Com o advento da construção, foi um “fartar vilanagem” e nada foi feito no sentido de obrigar os autores dos buracos sucessivamente abertos, a deixarem os pisos nas mesmas condições em que os encontraram. Pelos vestígios dos danos, os prevaricadores estão perfeitamente identificados. Mas pior, a falta de nivelamento das tampas de esgotos tornaram muitas delas, autênticas armadilhas aos pneus e amortecedores das nossas viaturas. Alguns conhecidos dizem que somos privilegiados pois as ruas da capital
Lisboa estão em pior estado. Eu sei, todos os dias para chegar ao Centro, faço gincanas entre buracos, mas não podemos aceitar tal conceito miserabilista de nivelar por baixo. Semaforização de velocidade controlada A sua única função é permitir que os peões atravessem as ruas, não sendo necessário que estejam temporizados para acender sistematicamente o sinal encarnado, sem que ninguém queira atravessar; ou que nenhum carro circule em excesso de velocidade; nem que a duração das paragens, seja 4 vezes mais longa que os habituais 10 segundos que os semáforos similares demoram a abrir. Fica a sugestão para que aperfeiçoem a programação. Alameda dos Oceanos –foi uma estranha ideia instalar semáforos deste tipo, no troço que vai da Rotunda BP à rotunda que cruza com a Av. da Peregrinação, onde existem 8 passadeiras de peões (cerca de ¼ das passadeiras de toda a avenida). A crítica mais comum é, se cada semáforo, tem o seu fotosensor, porque é que as faixas em diferentes vias no mesmo sentido, mantêm o controle em sincronia? Nos do lado norte da Avenida D. João II, seria óptimo instalar fotosensores nos semáforos das vias laterais, de modo a que quem aí circula dentro dos limites, não seja obrigado a deter a sua marcha, sempre que condutores vindos no mesmo sentido do túnel da faixa central ultrapassam o limite de velocidade. Já agora, falta um sinal que avise o tráfego de “(Semáforos) Velocidade Controlada”, no sentido de circulação Norte/Sul, desta avenida. Sinais de Trânsito A conveniente Homologação dos sinais de trânsito verticais do Parque das Nações, pelos municípios de Lisboa e Loures, foi como que uma obra de Sta Engrácia, demoraram 11 e 12 anos respectivamente. Perante exemplos como este, é uma pena que os grupos parlamentares dos Partidos que receberam a direcção da AMCPN (o PSD e o Bloco ainda não se dignaram a tal), entendam que a criação da Freguesia do Parque das Nações é válida, mas que só deve acontecer, integrada numa reorganização territorial ou quando avançar a tão falada quanto adormecida, reestruturação dos Bairros de Lisboa. À atenção da Comissão do Poder Local da Assembleia da República!
22 | NP | ENTREVISTA
José Moreno, 62 anos, foi o primeiro morador do Parque das Nações (PN). Foi o primeiro a chegar e, por isso, um observador privilegiado do caminho percorrido até hoje. Assistiu à chegada das calçadas, dos passeios, dos equipamentos e das pessoas. Hoje já são mais de vinte mil os moradores no PN. José Moreno é também a face da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações (AMCPN) que desde 1999 se bate por garantir a qualidade do projecto urbano do PN. Em 2005 juntou-se-lhe um jovem, com vinte e poucos anos, Marco Neves. Este encontro improvável entre gerações resultou num novo impulso para a AMCPN que tem vindo a abraçar novas causas como a da criação da Freguesia do Parque das Nações
Inês Lopes
Que motivos levaram a que escolhessem o PN para viver? José Moreno – Vivia na Portela e precisava de uma casa maior. Tinha duas condições, primeiro que tivesse vista para o rio e depois que ficasse nesta zona.Vim para aqui em miúdo, cresci aqui… em Moscavide, depois na Portela. O meu filho nasceu aqui, era esta a terra dele, era aqui que tinha as suas raízes, os seus amigos e era aqui que queria continuar a viver. Surgiu esta oportunidade e aproveitámo-la. Marco Neves – Eu não sou de Lisboa, mas morei cá, num pequeno apartamento, enquanto estudava. Depois de acabar comecei à procura de casa em vários sítios. A minha intenção era apenas que fosse em Lisboa ou, pelo menos, perto do centro de Lisboa. Depois de ver várias casas acabou por ser uma escolha quase natural. Não tive a intenção específica de vir para o PN, mas acabei por ser quase naturalmente puxado para aqui. Não valia a pena ir para outra zona de Lisboa.
Na altura que expectativas tinham em relação ao PN? JM – Na altura em que vim ainda estava tudo em construção, era uma cidade em construção. Trabalhava-se aqui 24h por dia, permanentemente.Assisti à construção da maioria das calçadas da zona norte, dos passeios, à plantação das árvores.Tudo foi feito já na minha presença. Não havia recolha de lixo, tinha que ir levar o lixo a Moscavide, ou quando ia para o trabalho levava o saco e despejava-o algures num sítio de Lisboa onde fosse fácil parar o carro próximo de um contentor… era assim que se vivia! MN – Esta era uma zona nova e, apesar de tudo, até era aquela com a qual tinha uma relação mais forte. A Expo’98 ocorreu quando vim para Lisboa, tinha dezoito anos. Isso somado ao facto de não ser assim tão mais caro que outras zonas em Lisboa fez com que ficasse aqui. Não gostava de ir para um sítio completamente descaracterizado, um subúrbio. Não sou de cá, não
tenho essa relação, por isso não foi nada intencional. Entretanto casei-me e ficámos aqui a morar. Sendo observadores privilegiados sentiram alguma mudança nas pessoas que ao longo do tempo vieram viver para o PN? No início, provavelmente viriam mais da Portela e de locais limítrofes? JM – Nos residentes penso que não. As pessoas que vivem aqui são essencialmente de classe média/alta, muitas vieram da Portela e outras vieram de outras zonas, do centro de Lisboa ou até dos arredores. Em termos sociológicos, diria que não vim encontrar aqui um ambiente diferente daquele que tinha na Portela. É o mesmo tipo de pessoas, que fazem o mesmo tipo de vida, que têm os mesmos padrões de vida. Mas é uma população mais jovem? JM – A população é efectivamente muito jovem. De resto basta andarmos pelas ruas e vemos que o morador típico do PN é
“As pessoas que vivem aqui são essencialmente de classe média/alta, muitas vieram da Portela e outras vieram de outras zonas, do centro de Lisboa” jovem, a média de idades anda entre os trinta e tal, quarenta anos. São casais com filhos novos. Cons e gue ide nt ificar um momento chave, em que o PN deixou de estar vazio e se começou a aproximar do que é hoje? JM – Durante a exposição não era permitida a vinda de moradores para o PN por razões de segurança. Antes da exposição apenas vim eu e mais algumas pessoas. Poucas. O PN só começa a crescer depois de Outubro, no final de 98.Vivi no meu prédio, como único morador durante quase um ano. Até costumava dizer na paródia com os meus colegas que vivia numa moradia com sete andares. A partir daí, há
de facto uma alteração substancial. Nos primeiros tempos de vida no PN, estávamos disseminados no meio das pessoas que constituíam as delegações, sobretudo na zona norte que era onde estavam todas alojadas. O meu prédio ainda estava em obras assim como a minha própria casa. Na cozinha tinha apenas os armários em cima, não tinha o lava-loiça, o esquentador, o fogão, nada! Nós acampámos dentro de casa. Com a vinda do campus da justiça para o PN sentiram algumas alterações? MN – Pessoalmente, foi quando senti maior diferença. Foi sempre tudo muito gradual desde que
vim para cá, há cinco anos. Houve crescimento, não tanto na parte da habitação, mas nota-se que há mais gente na rua, nas lojas e nos cafés. JM – Os tribunais trouxeram para cá três mil e tal trabalhadores, à volta disso. Houve de facto um crescimento. E os moradores do PN, será que ainda permanecem muito dentro de casa ou cada vez se vê mais gente na rua? MN – A sensação que eu tenho é de que havia pouca oferta…às vezes também é um ciclo vicioso que pode ser quebrado com mudanças. JM – Não havia uma oferta tão diversificada como há hoje.
ENTREVISTA | NP | 23
«Defender este espaço» Sentem diferenças entre a Zona Norte e a Zona Sul? MN – Na minha opinião há uma grande divisão entre o Sul e o Norte do PN.Ao sul do PN continua a faltar qualquer coisa. Os tribunais trouxeram pessoas e movimento à zona norte, principalmente durante o dia. No sul, onde trabalho, sinto que há pouco movimento. Há três zonas no PN: o norte, o sul e o centro. O centro, às vezes, peca por excesso, mas é normal, temos ali um centro comercial que muita gente utiliza; o Norte neste momento está a chegar a um equilíbrio relativamente agradável e o sul ainda está muito aquém. JM – Há um grande desequilíbrio. Na zona sul o único equipamento de impacto e que pode atrair gente é a marina, mas mesmo assim é muito sazonal. Agora há que puxar para ali as pessoas de novo. A inauguração do edifício Nau poderá ajudar a dar mais alguma vida à zona sul. Acham que a própria concepção do espaço favorece essa situação? JM - Tem contribuído. Na zona norte temos largos com esplanadas que favorecem a ida das pessoas, permitem que as crianças brinquem enquanto os pais tomam um café.Temos também o Parque Tejo. Na zona sul os espaços não são tão apelativos, não chamam tanto as pessoas. MN – O que eu vejo é que as ruas estão muito vazias porque faltam cafés e pequenas lojas que tragam as pessoas para a rua. E a ligação entre sul e norte? MN - Não há uma ligação muito forte entre o sul e o norte e é muito difícil haver porque estão muito longe. O PN é enorme e esticado, e não há uma ligação directa em termos de transportes
públicos. Não sou especialista nisso, mas talvez aquele eléctrico rápido, de que tantas vezes se fala, resolvesse um pouco o problema. JM – E depois estamos partidos por uma zona de serviços central. A abertura da Alameda dos Oceanos não veio facilitar? JM – Do meu ponto de vista não me parece que ajude muito.Acho que foi um erro porque não está concebida para aguentar um tráfego tão pesado, em termos de volume e de tonelagem. Qual poderia ser a solução então? JM - Faria sentido ter aberto a Alameda, mas apenas a trânsito local, nada mais do que isso. O tráfego de atravessamento, em vez de circular pela Avenida D. João II ou pela Avenida Infante D. Henrique, circula pela Alameda dos Oceanos com prejuízo para a tranquilidade do próprio espaço. Este espaço central, do meu ponto de vista, podia ser um espaço essencialmente dos peões, de resto em todas as cidades se está a avançar nesse sentido, de reservar pedaços da cidade para o peão. Aqui quer-se fazer justamente o contrário, fazer o percurso inverso. O que era do peão está a dar-se ao automóvel. Acho que foi errado e não aproxima mais o norte do sul. Como é que se conheceram? MN – Já não me lembro bem, mas penso que lhe enviei um email porque tinha feito um artigo para a wikipedia sobre a questão da freguesia. Quando vim para cá comecei a informar-me. Achei estranho, logo à partida, a divisão entre vários concelhos e várias freguesias, mesmo sem pensar
Expo
O melhor de Itália em Portugal
nos argumentos a favor ou contra a unificação. Foi a partir daí que nos conhecemos e comecei a colaborar com a associação. JM – Para mim foi uma surpresa. Vi o artigo e gostei. Pensei logo que era uma pessoa que conhecia os problemas do PN, porque estava espelhado no artigo. Foi uma surpresa porque pensei que fosse o pai dele, uma pessoa mais madura e apareceu-me um jovem de vinte e poucos anos. Isto foi em 2005, na altura ficou logo como suplente nos órgãos sociais da AMCPN. O Marco costumava ser muito activo neste tipo de associações? MN - Vivi em Peniche até aos dezoito anos e era activo naquilo em que normalmente são todos os jovens, mas não era especialmente interessado.Até aos dezoito anos, geralmente as pessoas não se preocupam com isso. Na faculdade não participei, porque na associação de estudantes eram mais questões políticas que estavam em causa e nunca me interessei muito por isso. Não é uma pessoa política? MN - Do ponto de vista partidário não. Sou muito interessado por assuntos políticos, mas não nesse aspecto. Sempre fui muito interessado em muitas coisas, mas não especialmente em ser activamente responsável por alguma associação. Quando comecei tinha vinte e quatro anos e até essa idade as pessoas não se interessam por este tipo de assuntos. JM – Foi uma mais-valia a vinda dele porque precisávamos de alguém com garra, juventude e vontade de fazer coisas. Deu um novo folgo à associação, as pessoas vão começando a amolecer e precisávamos de novos projectos e ideias. Ele trouxe isso.
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24| NP | ENTREVISTA
MN - Pessoalmente acho que não é o objectivo. A freguesia é uma maneira de resolver outras coisas. E o que é que poderá resolver? MN - Por exemplo as escolas. É evidente que não se cria uma freguesia e no dia a seguir aparecem escolas, mas havendo uma freguesia é mais fácil haver um planeamento a esse nível. A freguesia só tem importância na obtenção de determinados equipamentos ou também é importante para construir um sentimento de pertença? MN - Não sendo um objectivo em si é uma maneira de chegar a
espaço, criaram-no. A freguesia garante-nos que a gestão irá ser feita da forma como foi concebida, duma forma única.Temos aqui equipamentos, como as galerias técnicas e o sistema de climatização, que comportam infra-estruturas que têm que ser geridas e mantidas por uma única entidade. Temos também um sistema de recolha de resíduos sólidos inovador e único no país, onde se gastaram milhões de euros e que também exige que haja essa gestão por uma única entidade. Se cada câmara assumir aquilo que lhe cabe, vamos estar a retalhar, a separar aquilo que foi criado com forma e ideia de conjunto, de glo-
fazer nada. Mais vale começar por algum lado. Que ideia acham que o PN passa para fora? Para o resto da cidade? MN – Às vezes há uma ideia errada do PN no resto da cidade, nas pessoas. Criou-se a ideia de que isto é um gueto de ricos portanto não precisam de escolas nem de centros de saúde. Faz-me muita confusão dizerem que é um gueto porque é um sítio onde vêm pessoas de todo o país. Estamos a falar de um bairro que é mais do que aberto, ao fim de semana temos milhares de pessoas aqui. Não está fechado. Se é gueto por as pessoas não poderem comprar
“É caso para dizer como dizem os padres nos casamentos – que não se separe o que Deus uniu”
O que é actualmente a AMCPN? JM - A associação hoje continua a ter a componente que esteve na génese da sua constituição, que se prende com o projecto urbano e a qualidade no PN, e que passa por defender a integridade do espaço em termos de tudo aquilo que foi prometido. Depois temos desenvolvido nestes últimos anos, desde 2006 para cá, actividades culturais e desportivas. Não têm a expressão que gostaríamos que tivessem, mas apesar de tudo, com os poucos meios que temos, tanto humanos como materiais, temos feito alguma coisa de interessante. MN – Numa zona recente como o PN, as pessoas estão sempre à espera de muito. Sinto que a expectativa, quando nos contactam, é a de que a associação é muito grande. Sendo o PN um bairro grande, novo e supostamente rico, então deve ser uma associação muito poderosa. Às vezes as pessoas contactam-nos quase como se fossemos a Parque Expo, para reclamar. JM – Em parte essa visão não é totalmente errada. É evidente que não temos os poderes que gostaríamos de ter, mas temos o poder de influenciar e um certo peso que não podemos desprezar. É isso que nos tem permitido fazer algumas coisas. A associação tem algum poder decorrente da expressão que o próprio PN tem a nível nacional.
Que balanço fazem da actividade da AMCPN? JM - O balanço é positivo, sem dúvida. MN – Há sempre muitas coisas para fazer, mas às vezes falta o tempo. Não há ninguém a tempo inteiro na associação.Temos muita sorte em termos o Dr. Moreno se não a associação não existia.Ainda temos muito para crescer e para conseguirmos ter uma estrutura que seja mais independente de cada pessoa em particular. M – Mas temos que cuidar do JM futuro. Que tipo de reivindicações vos chegam? O que preocupa os moradores do PN? MN - As escolas são a principal preocupação. E a saúde não? MN - A saúde não tanto. Estamos a falar de pessoas de trinta, quarenta anos para as quais a saúde ainda não é uma preocupação. As crianças sim. Um casal de trinta e cinco anos com duas crianças pequenas quer pô-las na escola ao pé de casa. Essa é a grande preocupação. Os projectos já anunciados não são suficientes para as necessidades do PN? JM – Temos que partir do princípio que estas coisas são planeadas por pessoas entendidas nas matérias, e, se determinaram nos planos do PN que aqui deveria haver
quatro escolas públicas, uma das quais secundária, é porque entenderam que faria sentido. Há muito tempo que sentimos falta da escola secundária. Não há, embora estivesse prevista. M – Em pormenor não sei se chegam. Estamos a falar de um bairro que tem uma população de cerca de vinte mil pessoas. Não consigo saber se, depois de tudo concretizado, as coisas ficarão bem, neste momento não estão de certeza. Como encaram a questão territorial em jogo no PN? JM – Não é possível separar o PN que foi concebido como um todo. Na nossa perspectiva não é uma parte de Lisboa e uma parte de Loures. O PN é uma nova centralidade da cidade de Lisboa. Isto é notório, é claro. Estamos a falar de um pedaço importante da cidade de Lisboa. O PN no seu todo. MN – Aliás uma coisa é o que está dividido no papel e outra é a realidade. Lisboa funciona como uma cidade enorme de vários milhões de pessoas que vivem à volta. Não é só o concelho de Lisboa.A administração local ou se adequa a isto ou não se adequa e está a falhar. Estamos a falar de um pedaço de Lisboa ou da grande Lisboa, se quisermos. Devíamos tentar mudar as coisas para ficarem mais adequadas àquilo que existe. É esse o vosso grande combate actualmente? A freguesia?
certos objectivos e um deles é criar a tal comunidade que não existe ainda. Estamos a falar de uma zona de Lisboa nova, se logo à partida começamos a dividi-la em três… Não existindo nada em termos legais que una as três freguesias, quando há eleições autárquicas cada um vai votar na sua freguesia. É muito mais difícil haver um sentimento de que as coisas são comuns, que temos objectivos comuns, que somos uma comunidade. Se até os preços da água são diferentes de uma rua para a outra... Não criar a freguesia é acabar com uma coisa que já existe neste momento. A partir do momento em que a Parque Expo saia daqui, o PN vai dividir-se em três. Ou seja, não estamos a pedir para unir nada, porque isso já está mais ou menos unido na vida das pessoas. Estamos a pedir é para não dividir, para não exacerbar diferenças. JM – É caso para dizer como dizem os padres nos casamentos – que não se separe o que Deus uniu. Este espaço foi unido pelos deuses. O poder político e o poder autárquico gizaram este
balidade. O PN é um todo, não é um espaço concebido em duas partes. A freguesia garante que isso aconteça e, neste momento, é uma premência para nós. Depois de tantos avanços e recuos qual é o ponto da situação actualmente? MN - Fizemos uma petição que entregámos no parlamento, em Janeiro. Neste momento está em comissão.Terá de ser discutida no plenário. Já falámos com vários grupos parlamentares e os partidos, em geral, concordam com a criação da freguesia. Dizem sempre que é necessário pensar em duas coisas: a reestruturação da cidade de Lisboa no seu conjunto e não só aqui nesta parte e numa forma de ressarcir o concelho de Loures. Concordamos com as duas coisas, não temos qualquer problema com isso. Em relação à questão de fazer a reestruturação da cidade de Lisboa, também acho que é muito urgente porque temos freguesias com mil pessoas e freguesias com quarenta mil, só que se isso é desculpa para não fazerem esta, então nunca se vai
casa, vendo bem há zonas muito mais caras do que esta. E depois também há certos mitos que se criaram sobre o PN. Há pouco tempo até ouvi dizer que há uma falha sísmica no PN e que irá tudo ao fundo. Dizem que é um subúrbio e que há um excesso de prédios, que é uma nova Reboleira, já ouvi isto! Qualquer pessoa da Reboleira diria que isso é ridículo, é quase insultar as pessoas de lá. As pessoas têm este novelo de ideias muito vagas que acham que conseguem explicar não sabem bem o quê.Tenho a impressão de que tudo isto acaba por ser a origem de não termos o centro de saúde, de não termos as escolas… JM – Na primeira reunião que tivemos com um partido político, depois de estarmos constituídos como associação, veio aqui uma representação de autarcas e um deles perguntou-nos se não receávamos que isto fosse engolido pelo rio… como se isso fosse uma preocupação para os dias de hoje. O degelo, se continuar, algum dia terá reflexos no PN, mas daqui até lá…E estamos a falar de autarcas!
26 | NP | OPINIÃO
Marina do Parque das Nações
Diário de Bordo “Cabo Ruivo, local onde se encontra implantada a Marina do Parque das Nações, teve uma importância muito grande no panorama da aviação comercial em Portugal”
ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt
A reabertura da infra-estrutura da marina, em Agosto de 2009, constituiu um passo importante na revitalização de todo o espaço da Zona Sul do Parque das Nações, estabelecendo a ligação ao mar da Expo dos Oceanos e permitindo assim o regresso das embarcações que se encontravam dispersas por várias docas. No entanto, como sempre anunciámos, os objectivos da ANMPN, partilhados também pela Concessionária MPN, não se esgotam na criação do plano de água para o estacionamento das embarcações. Através do desenvolvimento de um conjunto de actividades náuticas e de lazer no espaço da marina, pretende-se colocá-lo como um pólo de animação ímpar de toda a zona urbana nascida com a Expo ‘98, potenciando não só a exploração do Porto de Recreio, mas também, con-
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tribuindo para o desenvolvimento de uma nova cultura náutica que leve a população a usufruir cada vez mais do prazer de navegar no grande estuário do Tejo, e através deste, visitar e ter acesso à cultura das populações ribeirinhas que, no decorrer dos séculos, se foram fixando ao longo das suas margens. A finalização, no próximo mês, das obras de recuperação do Edifício Nau bem como do Terrapleno junto ao Edifício da Capitania onde será instalado o estaleiro para pequenas reparações, estacionamento a seco e pavilhões de apoio às actividades náuticas de natureza ligeira, constituirá mais um passo na persecução dos objectivos atrás referidos. Aproveitando a conclusão destas infra-estruturas da componente envolvente da marina, a ANMPN, em articulação com a AMCPN – Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações e com a Concessionária da Marina – MPN, preparou um conjunto de actividades para serem inseridas no Programa Festival do Parque das Nações, que comemorará os 12 anos da realização da Exposição Universal ’98 – a Expo dos Oceanos. A componente náutica do Programa do Festival do Parque das Nações incluirá, no sábado, dia 22 de Maio, uma celebração religiosa no Edifício Nau, seguida de uma Bênção das Embarcações, que será realizada pelo Rev. Padre da Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes. Nesse fim-de-semana, e a exemplo do que aconteceu no dia de reabertura, a Marina do Parque das Nações receberá a visita das embarcações da Marinha do Tejo - Embarcações Típicas do Tejo que constituem o pólo vivo do Museu de Marinha, inscritas no Livro de Registos da Marinha do Tejo em exposição naquele Museu. Após a Cerimónia da Bênção, as embarcações ficarão disponíveis para passeios no rio, em frente à zona ribeirinha do Parque das Nações, para todos aqueles que quiserem usufruir do imenso prazer de navegar no grande estuário do Tejo, em particular, para os residentes no PN, que terão assim oportunidade de conhecerem a sua terra vista do rio. No Domingo, dia 23 de Maio, terá lugar na Bacia Norte da Marina, o Torneio do Parque das Nações da Vela Rádio Controlada - MicroMagic.Trata-se de uma modalidade em franco crescimento que conta com cada vez mais adeptos, e que espera com este evento, realizado num local de excelência como é o PN, conseguir uma divulgação mais alargada e a adesão de novos entusiastas. Esta é aliás, uma das várias actividades que estão pensadas para a Bacia Norte da Marina, enquanto este espaço não se tornar necessário como expansão do estacionamento de embarcações ora proporcionado pela Bacia Sul. Finalmente, durante o fim-de-semana de 22/23 de Maio, estará ainda patente no Edifício Nau, uma Exposição sobre o Aeroporto Marítimo de Cabo
Ruivo, consubstanciada em fotografias gentilmente cedidas pela ANA Aeroportos de Portugal, a quem, desde já, publicamente agradecemos. Cabo Ruivo, local onde se encontra implantada a Marina do Parque das Nações, teve uma importância muito grande no panorama da aviação comercial em Portugal. Nos anos trinta e quarenta do século vinte, Lisboa, como capital mais ocidental da Europa, afirmou-se como um terminal por excelência para todo o tráfego da aviação europeu e americano transatlântico. Foi então criada uma solução mista, com um aeroporto na Portela para o tráfego de e para a Europa que, na altura, era maioritariamente terrestre, e um aeroporto marítimo em Cabo Ruivo, para o tráfego transatlântico. Para assegurar esta complementaridade foi construída a Avenida de Berlim que interligava o Aeroporto da Portela (terrestre) ao Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo, e que na altura era chamada «Avenida entre Aeroportos». É, ao fim e ao cabo, um pouco desta história que queremos contar através de uma exposição fotográfica que fará reviver, em Cabo Ruivo (Edifício Nau), a memória dos hidroaviões no Grande Estuário do Tejo. Contamos consigo. Saudações Náuticas,
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28 | NP | ARQUITECTURA
URBE PEÇAS DO PARQUE Por: Diogo Freire de Andrade
PARQUE DAS NAÇÕES QUE FUTURO? Quase doze anos após a Expo 98 é legítimo questionarmo-nos qual será o futuro do Parque das Nações. A Zona de Intervenção está praticamente consolidada, estamos a chegar à ocupação máxima em número de habitantes e de pessoas que todos os dias aqui trabalham no comércio e serviços.
O QUE ESTÁ DISPOSTO A FAZER?
Como em tudo na vida é importante reflectir sobre o futuro, tem de haver uma constante renovação e um saudável estado de espírito para pôr tudo em causa e melhorar.
A riqueza humana no Parque das Nações é enorme tanto pelas empresas aqui sedeadas de grande qualidade, com quadros técnicos de enorme valor, como também pelos habitantes com graus académicos e com um nível de sentimento de coesão e sentido afectivo ao local, fortíssimo.
O Parque das Nações é invariavelmente conotado como uma Cidade do Futuro. Aproveitando essa qualificação podemos, com imaginação, repensar a Cidade a nível de sustentabilidade. A aposta poderá e deverá ser feita tirando partido das muitas ideias que fervilham como a iluminação pública ser alimentada por painéis solares ou por energia eólica de pequeno porte, usar águas recicladas na água da rega ou na utilização exclusiva de carros de serviço eléctricos para uma responsabilidade social dentro do Parque das Nações. É possível potenciar as zonas verdes existentes e deve ser implementada e incentivada a utilização da bicicleta como meio de transporte.
A proximidade entre a população e a Gestão Urbana deverá ser explorada e fomentada. É impreterível aproveitar a forte identificação das pessoas com o Parque das Nações, sabendo que a grande maioria dos residentes e utilizadores não trocaria esta zona por outra. Deverão ser criados grupos de pressão para a defesa do Parque das Nações. Esta defesa passa pelo trânsito, pelo estacionamento, pela criação de uma Freguesia, pelo espaço exemplar orgulhosamente protegido, pela manutenção e limpeza ou pelo funcionamento da Climaespaço e Centralsug.
Conforme António Câmara (um dos fundadores da Ydreams) refere, os espaços públicos do futuro têm como elementos essenciais a comunicação e a sustentabilidade e devem ser estimulantes e criativos. Nas Conferências “Visões sobre o futuro” António Câmara deixou algumas ideias para os espaços públicos como as praças e jardins; máquinas de exercício ao ar livre e campos de jogos (estes últimos já existem no Parque das Nações). Outro desafio que António Câmara lança é a utilização dos estuários. No caso do Parque das Nações temos uma situação privilegiada com um estuário de 14 km à nossa frente. Pode-se utilizar esse estuário para testar novas formas de energia, projecções de larga dimensão e eventos artísticos que contribuam para dar uma nova vida ao plano de água.
Para aproveitar a riqueza humana de quem reside ou trabalha neste espaço, deixo aqui um desafio aos leitores do “Notícias do Parque” no sentido de responderem a algumas perguntas sobre o Parque das Nações.
Também a nível de reciclagem o Parque das Nações é um caso paradigmático com a implementação, em todos os edifícios, de recolha centralizada tanto para os resíduos orgânicos como para os recicláveis. A este nível existe ainda uma falta de informação da população, julgo que para que a reciclagem seja efectiva, a Centralsug deveria fazer uma campanha de sensibilização no sentido de tornar a reciclagem 100% eficaz.
O que desejava que acontecesse?
O que gostaria de melhorar? Quais as suas preocupações? O que sente quando pensa “Parque das Nações”? Como poderá participar? O que está disposto/a a fazer?
O que desejava que não acontecesse? Envie as respostas para dfandrade@conceitofa.pt
ARQUITECTURA | NP | 29
SAÍDOS DA CASCA Uma nova Creche vai abrir as suas portas em Setembro de 2010, no Parque das Nações. Situa-se na Parcela 6.10 mesmo ao lado do Colégio Oriente e o objectivo é fechar o ciclo e poder oferecer mais este nível de ensino.A empresa responsável deste equipamento é a River Parque. Com este projecto, a Conceito Arquitectos pretendeu transmitir uma imagem sóbria, através de elementos compositivos modulares nas fachadas e uma linguagem muito horizontal enfatizada por linhas de construção ao longo dos 55m do edifício de um só piso. As fachadas Sul, Nascente e Norte são cobertas por elementos préfabricados a toda a altura limitados por um elemento em betão (pala e embasamento), elemento esse que se mostra na fachada a Poente, virada para a rotunda.
A exploração será feita pela empresa “Saídos da Casca” com provas dadas na sua 1ª unidade em Telheiras. A Creche terá uma ocupação máxima de 124 crianças divididas em três áreas: Dos 3 aos 12 meses (ou aquisição de marcha) - Esta faixa etária está dividida em três turmas. Cada turma tem uma sala de Parque e uma sala de Berços e terá 8 alunos por turma. Dos 12 aos 24 meses - As crianças com esta idade serão um total de 40, divididas por quatro salas. Dos 24 aos 36 meses -Para estas crianças haverá quatro salas com 15 alunos em cada sala. A obra está a avançar a bom ritmo e dentro dos prazos. A construção está a cargo da empresa Casais.
“ A aposta poderá e deverá ser feita tirando partido das muitas ideias que fervilham como a iluminação pública ser alimentada por painéis solares ou por energia eólica de pequeno porte, usar águas recicladas na água da rega ou na utilização exclusiva de carros de serviço eléctricos para uma responsabilidade social dentro do Parque das Nações. É possível potenciar as zonas verdes existentes e deve ser implementada e incentivada a utilização da bicicleta como meio de transporte.”
30 | NP | ENTREVISTA
Sabe onde vive a dança? A dança vive perto de si, do seu emprego, do local onde passeia aos fins-de-semana, do sítio onde se senta a contemplar o Tejo. A dança vive numa casa luminosa e tranquila, cheia de movimento, emoções e arte. A dança vive no Teatro Camões. Entrevista com Cristina de Jesus, responsável pela Comunicação da Companhia Nacional de Bailado.
“VIDA E CULTURA” Inês Lopes
Em que contexto nasce o Teatro Camões? O teatro nasceu durante a Expo’98 e em 2002 foi entregue à Companhia Nacional de Bailado (CNB) porque a companhia nunca teve um teatro seu. Nessa altura criou-se a expectativa do teatro ter uma programação inteiramente ligada à dança. Tínhamos como programador o Mark Deputter e como companhia residente, a CNB. Tivemos sempre um público muito jovem, para lá daquele que já era constante da companhia. O público da nova dança começou também a habitar o TC, dentro da programação do Mark Deputter, que era mais alternativa e mais virada para um público mais jovem. O público da CNB é muito heterogéneo, vai dos mais velhos aos mais novos. E, actualmente, a CNB continua a captar público jovem? Capta todos os públicos, não só pela dança clássica, que é apanágio desta companhia, como pela dança contemporânea. Outra iniciativa que certamente captou público foi as “Tardes Família”, certo? Sempre tivemos espectáculos quer para escolas quer para famílias, mesmo até quando estávamos no Teatro Nacional de São Carlos. Criámos as Tardes Família com o propósito de trazer a
família ao teatro. Quer seja um programa mais clássico quer seja um programa mais contemporâneo.Tem chamado muito público, as Tardes Família, também, por causa da crise, esgotam mais facilmente. É mais uma opção para as famílias aproveitarem tempo de qualidade? É com certeza. Outro factor importante foi ver o crescimento desta nova cidade que é o Parque das Nações, porque não é apenas pelos turistas que por aqui passam. Mas os turistas também vos procuram? Sim. Entram, perguntam o que há, compram ou ficam com a programação e voltam mais tarde. Com as novas tecnologias, não só as redes sociais, como os sites institucionais, chegamos a muito mais gente. Não há ninguém que viva sem internet e há uma adesão muito grande às redes sociais, as quais se tornam um ponto de encontro com o público. A captação, e é no que estamos a investir muito também e, por isso, é importante este jornal, que é de captar o público que existe aqui. Este teatro ainda não é tão conhecido como pretendemos. Temos aqui a problemática da sinalética que é difícil, à noite não se vê … de todas as maneiras há que criar motes, sentimos necessidade de fazer programas para escolas e para público muito jovem. Por exemplo, já
fizemos workshops e ATL’s para crianças. São para continuar? Este ano ficou tudo um bocadinho parado…mudanças a nível governamental, de direcções artísticas e a própria crise não ajudam muito a dar continuidade a alguns projectos que carecem de orçamento. Quando o orçamento é reduzido, favorecemos a programação que é o mais importante. Não desistimos, havemos de fazer novos projectos, voltar a fazer as escolas. No entanto, temos aqui sempre espectáculos para escolas. Qual é a reacção das crianças? Umas gostam muito e outras não gostam, depende do tipo de bailado. É importante que as escolas estejam atentas à informação que lhes fornecemos, isto é, quando é um programa como o Baile dos Cadetes ou a Coppélia é para um público de escola, desde o mais novo até ao mais velho, mas para este último espectáculo tivemos a atenção de dizer que não viessem muito novos. Preferem os clássicos? Depende. Nós ficamos, muitas vezes, com trabalhos dos alunos e a avaliação da escola. É importante ter uma interacção com a escola, nomeadamente com a publicação dos trabalhos dos alunos no nosso site, com referências dos professores, da ficha que preenchem em relação ao que é que foi a vinda à companhia.
Normalmente é sempre muito positiva. Há aqueles que gostam mais dos clássicos e os que gostam mais dos contemporâneos. Por vezes o contemporâneo chega-lhes mais facilmente, mas aos pequeninos não, a história, porque tem uma história, chega mais depressa aos mais pequeninos. A programação está apenas a cargo da CNB? A programação, neste momento, está apenas a cargo do director artístico. Temos feito algumas acções paralelas, nomeadamente exposições de escultura. Este ano apostámos na escultura. Que e x pos ição t ê m ne s t e momento? Agora temos a escultura de Rui Matos, tivemos já a escultura de José Aurélio. De que outras formas tentam rentabilizar O TC? Há outras acções, como o aluguer do teatro para congressos… Há que rentabilizar o espa-
ço. Um teatro custa muito dinheiro e é importante que se rentabilize. Não pode é ser preterida a programação da CNB. No entanto, a companhia a partir de Junho começa a estar fora, sai de Lisboa. Qual o objectivo da CNB ao deslocar-se para fora de Lisboa? Levar a dança a todo o lado. Essa foi sempre, desde que nasceu, a obrigatoriedade da companhia. É, não só, fazer espectáculos em Lisboa como por todo o país, porque é a única companhia nacional que existe. Mesmo no interior? Mesmo no interior. Deparamos, às vezes, com os problemas dos teatros. Ainda que na altura do ministro Carrilho se tenha criado uma rede e os teatros estejam francamente melhores. Por vezes não se consegue levar uma grande produção, mas consegue-se ou adaptar a produção ao teatro ou levar grupos mais pequenos e isso é importante. Mesmo que não vá a companhia toda, que é muito grande, fazem-se bailados
mais pequenos. Houve alturas em que se conseguiu ter um espectáculo aqui e o mesmo espectáculo fora. A companhia é suficientemente grande para se conseguir fazer isso, não nos grandes clássicos, mas naqueles que são os chamados triple bill. E já vêem resultados desse vosso trabalho? Vêem-se e mais uma vez nas redes sociais, nomeadamente no facebook, há uma avaliação muito grande por parte do nosso público. Há é um apelo muito grande à continuação da saída da companhia para fora de Lisboa. Por exemplo, o Porto queixa-se imenso que a companhia não vai…mas o Porto neste momento não tem como nos receber, a não ser em Santa Maria da Feira, que não é o ideal para nós nem para os habitantes do Porto que dificilmente se deslocam lá. O público do Porto é um público excelente. Costumamos ir muito a Évora, Braga, Guimarães, Faro. Agora estamos integrados no festival de Faro.
ENTREVISTA | NP | 31
“Neste momento temos o “Prós e Contras” e a nossa grande contrapartida não é propriamente o pagamento, mas sim os spots publicitários. Aos poucos vamos garantindo estas contrapartidas. O mecenato em Portugal não está ainda instituído, não é como nos EUA que vivem só disso.”
Como é que todos os que aqui trabalham vivem este espaço e o PN? É como em todo lado, há quem defenda muito e há quem não goste nada, estou a falar, nomeadamente, dos bailarinos. E mesmo o público, às vezes, acha difícil aqui chegar. Eu acho que tem a ver com o tempo, porque me lembro disso no Centro Cultural de Belém (CCB). O CCB não está no centro da cidade, está numa das pontas e ao contrário do TC não tem metro. E, embora o teatro não tenha o seu parque de estacionamento, há parques de estacionamento à volta que as pessoas não conhecem porque, mais uma vez, a sinalética não é perceptível. Aproveitam o espaço público? Mostramos que o espaço público tem utilização e merece utilização. Houve uma altura em que tivemos uma esplanada que foi fundamental para trazer pessoas e dar a conhecer o teatro. Abandonámos essa ideia porque a esplanada é muito sazonal e no inverno não resulta. O que está a ser pensado é termos uma esplanada exterior na Primavera e no Verão, e ter um lounge lá dentro mesmo, para depois dos espectáculos as pessoas aproveitarem. Mas, claro, para tudo isto é preciso dinheiro. Qualquer iniciativa no espaço público tem que ter autorização e essas autorizações às vezes demoram, mas não temos tido problemas. Ainda em Setembro passado tivemos aqui as bandas - uma iniciativa que funciona muito bem.Também já pensámos trazer o Festival Ao Largo, que acontece no exterior do Teatro de São Carlos, até aqui, mas temos o problema da acústica.Aqui o que temos de conquistar é a nova comunidade que é imensa. E há vida de cultura aqui. E como correu o projecto com a escola Vasco da Gama? O Quebra-Nozes? O projecto da escola, no ano passado, foi um projecto que já tinha
na manga há uns tempos, andava a pesquisar a escola. De facto é uma escola muito particular. Por vezes é difícil as escolas virem ao teatro. O que a companhia pensou foi levar a CNB à escola. Sairmos do nosso espaço e irmos ter com a escola. Foi um grande projecto, quase seis meses de trabalho com a escola, em que eles vinham cá e nós íamos lá. Fazíamos lá as coreografias e eles vinham cá fazer os fatos e os cenários. Eles montaram inteiramente um espectáculo sob a orientação de todas as equipas da companhia. Tivemos a escola toda. Para nós a grande surpresa foi que o projecto era para o 9º ano e, de repente, tinha a escola desde o jardim infantil até ao director envolvidos no projecto. Foi fascinante. Temos tido muito feedback positivo. Hoje em dia tenho visto, em todos os espectáculos, alunos da escola a virem com os pais ou sozinhos.A comunicação dos filhos para os pais também é importante Ficou a semente? Para além do projecto de trabalho em si, há aqui uma relação afectiva com o próprio público que é fundamental. Não se consegue criar novo público se não houver uma relação afectiva também.
brincadeira no palco, dependendo das idades. Neste momento não está instituído porque se perdeu um pouco o ritmo. É um ano de transição. Do ponto de vista financeiro como conseguem levar a companhia para fora do TC? É difícil, mas as câmaras ajudam e temos um mecenas que é a Fundação EDP. Neste momento a Fundação EDP está connosco para as digressões, para levar a CNB para fora da sua casa e para fora de Lisboa. Neste aspecto estão dependentes do mecenato? Sim, do mecenato que ainda não está muito instituído em Portugal. E isso foi engraçado porque, aquando do projecto com a Escola Vasco da Gama, os miúdos também tiveram de procurar parcerias. Além disso, entenderam que a receita do espectáculo seria a favor de uma instituição o que também foi bom, porque tiveram não só a vertente de espectáculo, mas também a vertente social dentro do projecto que fizeram.
Pretendem continuar a colaboração com as escolas? Sim. Esperamos fazer outro tipo de projectos em várias áreas, mas esperamos também conseguir continuar a colaborar com esta escola. Depois do espectáculo do ano passado, foram tantos os pedidos que é impossível estarmos nisto sozinhos. Temos que criar uma equipa que se dedique a projectos educativos.
O facto de estarmos a falar de dança torna questões como parcerias e mecenato mais difíceis? Honestamente acho que as coisas estão a melhorar, evoluíram muito No entanto é mais fácil encontrar mecenas para música do que para dança. Música ou ópera. Ópera sobretudo é muito forte e a dança é o parente pobre. Mas acho que não nos temos que ver assim. É mais difícil, mas chegamos lá. A música é algo a que se está mais habituado. Agora, quando conseguimos juntar a música à dança, isto é, música ao vivo com dança, aí é sempre um sucesso.
Fazem visitas aqui ao TC? Quando nos instalámos no teatro, havia uma coisa fantástica que era o Programa Educação da Parque Expo que trazia muitas escolas. Uma das actividades era fazerem aqui uma visita e uma
O que nem sempre acontece? Nem sempre, e há mesmo bailados que não se podem fazer se não com música gravada. Às vezes é uma obrigatoriedade do próprio coreógrafo. Também por causa dos tempos musicais, a
coreografia é tão exacta quanto exacta é a música, portanto tem que ser gravada. No entanto, também já fizemos vários espectáculos com música em palco. Para um bailarino, e eu também o fui, a emoção da música ao vivo é outra. Com a associação ao Teatro Nacional de São Carlos, voltámos a ter a orquestra connosco, não em todos os espectáculos, mas nos espectáculos de Natal, temos sempre a orquestra. É uma mais-valia e é o espectáculo do ano. E como é que o teatro sobrevive? Um teatro como as nossas casas não vive sem manutenção. A renda é suportada pelo ministério, mas depois toda a manutenção é suportada por nós, pelo nosso orçamento. Por isso é bom termos aqui alguns eventos. Neste momento temos o “Prós e Contras” e a nossa grande contrapartida não é propriamente o pagamento, mas sim os spots publicitários. Aos poucos vamos garantindo estas contrapartidas. O mecenato em Portugal não está ainda instituído, não é como nos EUA que vivem só disso. A equipa do próprio teatro é suficiente para as necessidades? A equipa do teatro não é tão grande assim, para crescermos mais em termos de programação temos que crescer também em equipa técnica. É um esforço muito grande para todos. Para alguns eventos contratamos técnicos de fora, mas é bom ter uma equipa residente. Não precisa de ser muito grande. Como é vivido este espaço do teatro Camões? O espaço de um teatro não pode ser só o espaço da sala lá dentro. Tem que haver uma vivência e uma envolvência toda à volta. E aqui podemos fazer isso.A animação à volta deste espaço é fundamental, até porque traz novo público. E aqui há um público jovem, muito crítico, mas de uma crítica mais despretensiosa.
32 | NP | ESPAÇO SAÚDE
PSICOLOGIA E BEM-ESTAR “O coaching visa mudar as práticas do quotidiano e eficácia no contexto profissional.”
A intervenção da psicologia no âmbito pessoal, educativo e profissional é importante para a promoção do bem-estar e qualidade de vida do indivíduo. Existem muitas dificuldades e questões que necessitam de resposta ajustada. A experiência que tenho, neste contexto de intervenção, assenta nas áreas educacionais, clínicas e de coaching com uma abordagem integrada: Psicologia Educacional Trabalha com o indivíduo de modo transversal às várias etapas do desenvolvimento. Incide não só na pessoa, como nos contextos em que esta se integra, como, por exemplo, a escola. Trabalha por isso em equipa com outros técnicos e com a família, procurando um desenvolvimento harmonioso e poten-
ciador do sucesso escolar e do indivíduo na sociedade. As dificuldades de desenvolvimento, aprendizagem e orientação vocacional, mais especificamente a dislexia; défice de atenção e hiperactividade; insucesso escolar; perturbações do desenvolvimento (de várias ordens); síndromes, perturbações do espectro do autismo; entre outras problemáticas, são do âmbito de intervenção do psicólogo educacional. Psicologia Clínica Actua no campo do bem-estar psicológico para responder a dificuldades nas áreas emocional/relacional e comportamental. O mal-estar psicológico pode ser acompanhado por queixas físicas, que surgem como expressão do sofrimento psíquico. A intervenção tem diferentes passos que procuram conhecer o nível de desenvolvimento e de funcionalidade do indivíduo. Posteriormente, intervém-se para promover o bem-estar emocional e o desenvolvimento de recursos e competências internas. As áreas de intervenção são, entre outras, pertur-
bações de comportamento; isolamento social; conflitos conjugais; situações de separação/divórcio; luto; perturbações de ansiedade e depressão. Coaching Orientado para a consciencialização do potencial interior, possibilita o domínio sobre as capacidades e limites, permite assim o desenvolvimento de capacidades e comportamentos, melhorando o desempenho profissional. Destina-se a profissionais que querem desenvolver competências, em situações de liderança; gestão emocional e relacional; adequação de desempenho; alteração de projectos; contextos de mudança; gestão de equipas e preparação para novos desafios, promovendo a sua eficiência, bem-estar pessoal e profissional. O coaching visa mudar as práticas do quotidiano e eficácia no contexto profissional. Terapia da Fala Incide na prevenção, avaliação, diagnóstico, trata-
mento e estudo da comunicação humana e perturbações relacionadas com a fala e linguagem, alterações relacionadas com a função auditiva, oromuscular, deglutição e voz. Como prevenção, desenvolvemos rastreios gratuitos, para identificar alterações da articulação ou da fluência que podem levar a dificuldades na leitura, na escrita, na organização da linguagem, com impacto na auto-estima e relacionamento social. Se necessário são encaminhados para uma avaliação e posterior acompanhamento. É importante desenvolver projectos que promovam competências sociais ou cognitivas e que permitam não só intervir e estimular, como actuar preventivamente pela identificação precoce de dificuldades que assim são, desde logo, trabalhadas e ultrapassadas. As questões que abordo aqui têm impacto determinante na vida diária, sendo fundamental a autoiniciativa mas também o encontrar de um espaço acolhedor e de portas abertas, facilitando o primeiro passo que se tem de dar a caminho desse bemestar. Ângela Carvalho Psicologia Educacional Inlogos
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34 | NP | PERFIL
FACES PESSOAS DO PARQUE substitui o Grande Ecrã. Os livros são grandes companheiros nos poucos momentos livres que tenho, assim como longas conversas com amigos pela noite fora, saboreando um um bom vinho, com a intensidade da chama das velas de uma mesa bonita. Também o mar, o Yoga, caminhadas na praia ou à beira-rio sempre acompanhadas de boa música, os amigos, a família e a ternura da minha cadela, são fontes de equilíbrio na minha Vida. Aprendi a ganhar espaço e tempo para conciliar tantas paixões com a correria dos dias frenéticos, mas é uma aprendizagem contínua...
Por: Alexandra Sampaio Pássaro
Auto-retrato Sou uma força da natureza, nascida em Abril, em pleno coração alfacinha: o Chiado. Foi, aliás, nesta zona fantástica, repleta de uma energia contagiante e universal, que grande parte da minha vida se desenrolou. Aqui nasci, frequentei os 4 anos de Faculdade e trabalhei durante 2 anos na área da Comunicação e do Marketing. No dia 1 de Março deste ano, mudei para outra empresa e estou novamente entre o Bairro Alto e o Chiado, mais feliz do que nunca, a iniciar uma nova etapa da minha vida, e a sentir o pulsar diário do Coração desta cidade linda que é Lisboa. Licenciei-me em Marketing e Publicidade. Depois de ter trabalhado como Copy numa agência de publicidade e em produção de Televisão com o Júlio Isidro, decidi deixar tudo e todos e parti sozinha para Londres, à procura de mim e de mais Mundo. Aqui vivi durante um ano, a trabalhar como “Au Pair”, a estudar e a explorar todos os cantinhos daquela gigantesca cidade pela qual me apaixonei aos 14 anos, quando a visitei pela primeira vez, com os meus Pais. Mudei-me para Sheffield durante mais um ano, onde concluí o mestrado em Marketing Internacional, deixando definitivamente para trás o sonho de ser Actriz e Jornalista, mas sem nunca largar o bichinho da representação... e o da escrita! Em 1997 regressei a Portugal com excesso de bagagem devido a livros, mapas, postais, música, fotos... e tantas outras coisas que acumulei ao longo de dois anos numa cidade que é um Mundo, e também na
viagem ao meu próprio Mundo que cresceu, ganhou muitas cores vibrantes e enriqueceu com experiências, aventuras e pessoas inesquecíveis... Comecei a trabalhar na área da comunicação online / digital, e não mais parei. Desde criar a primeira livraria portuguesa exclusivamente online, passando pela edição de revistas de tecnologia e da coordenação dos eventos associados a três estações de Rádio, fui ganhando e acumulando novas experiências, mais Mundo, mais pessoas, novos caminhos, sempre em busca da paixão pelos projectos em que estava envolvida. Nunca desisti de procurar o que me fazia mais feliz, nos momentos em que sentia que um projecto já não me fazia acordar de manhã cheia de energia e vontade de encarar o dia, fizesse Sol ou Chuva, Calor ou Frio. Sou movida pela Paixão, pelas Emoções, pelas Pessoas com quem interajo, e não consigo viver de outra forma – uma vivência plena, de entrega completa em tudo o que faço e com todos os que mais amo, em cada segundo dos meus dias, em cada pulsar do meu coração... Luto pelos meus Sonhos, sempre... mesmo que por vezes não os alcance, tenho de sentir que estive na frente da batalha para os conquistar. Amo a Vida! Adoro viajar, mergulhar em novas culturas, experienciando outras formas de estar e Ser, outras perspectivas de vida. Não respiro sem música, não viveria sem fotografar e sem escrever. Adoro ver um bom filme numa ampla sala de Cinema. Nada
Uma história para contar O Amor... Num Abrir e Fechar de Olhos. Caminho ao longo do Rio, na ponte de madeira mesmo junto à margem... A maré está baixa e mesmo já sendo noite, consigo ver o ondulado assimétrico das areias escuras que se deitam sob as águas calmas. As luzinhas da outra margem brilham no caudal enorme de água do Tejo. A noite está tão tranquila como o Rio, que serpenteia, deslizando num ritmo brando, suave e sussurrante... Fecho os olhos e ouço o leve bater das pequenas ondas que se espreguiçam na margem, mesmo junto aos meus pés. Lembra-me o Mar... É quase mar, afinal! A Lua e as Estrelas miram-se vaidosas no espelho de água do Tejo, e cintilam alegremente, como se estivessem a celebrar algo.Talvez estejam. Afinal, hoje é dia de São Valentim. O dia em que se celebra o Amor, a Paixão... No que me toca, todos os dias são de Amor. Amor por mim, pelos outros, pela natureza, pelo que gosto de fazer... Mas há momentos únicos, momentos bonitos que irei guardar para sempre na memória. Do dia de hoje, ficarão para sempre dois momentos únicos, inigualáveis, pelo carinho, pela Amizade, pela espontaneidade e ternura que representam. Tomava um café com a Bruxinha (uma amiga cujo nickname do mundo digital é este...) no sítio do costume. Estava um dia de Sol fantástico! Parecia já Primavera... Na mesa ao lado, Ela acabava de chegar com uma Geribéria cor-de-rosa na mão com um longo caule. Ele, já estava sentado há algum tempo no café, e lia o jornal, tranquilamente, acompanhado de um copo de galão já vazio, e um pires que teria sido de uma torrada. De pé, em frente a Ele, Ela sorriu. Debruçou-se sobre a mesa e ofereceu-lhe a Geribéria fresca, dizendo: - “Toma. Isto é para ti, meu querido.”
Ele sorriu enternecido, deu-lhe um beijo carinhoso e ficou a olhar enternecido para a flor que acabara de receber... - “Obrigado, obrigado, é linda...” Embevecida, ela retirou do saco uma pequena caixinha de cartão e colocou-a sobre a mesa.Tinha uns biscoitos caseiros lá dentro. - “Trouxe para ti” - sorriu Ela, com ternura. Ele preferiu comer em casa, mais tarde. Ficou a sorrir para ela durante mais alguns longos segundos. Uma cena de filme, bonita, cheia de ternura. Ele e Ela. Juntos, celebravam à sua maneira todo o Amor, Carinho,Amizade, e Respeito que nutrem um pelo outro. Ele e Ela. Com um percurso longo de Vida. Ele e Ela. Na casa dos Setenta e muitos anos... Ele e Ela. Sempre. Sorrimos embevecidas ao assistir àquele momento e olhámos uma para a outra, sem palavras. Ambas sentimos toda aquela emoção contagiante. Ambas sentimos que, nos dias de hoje, já são raros aqueles exemplos. Mas aquele, aquele ficará para sempre na nossa memória. Será um filme real, bonito e eterno. - “Flores?... São lindas, adoro!” confidenciei à Bruxinha. - “Nunca recebi flores...” continuei. Uma coisa aparentemente tão simples e, no entanto, totalmente inédita para mim.A Bruxinha não queria acreditar! - “Quê? Impossível!”, reclamou ela com o seu olhar lancinante, afiado e capaz de atravessar qualquer coisa ou qualquer um, revoltada contra aquela impossibilidade! Pois é, às vezes não é preciso inventar a Roda. É tudo tão simples e tendemos a complicar tanto... Continuámos à conversa e mudámos de assunto. Num abrir e fechar de olhos e já perto da segunda parte do curso, a minha amiga foi comprar água, enquanto eu fiquei a despachar uns telefonemas. Num abrir e fechar de olhos, dei comigo sem palavras. Num abrir e fechar de olhos, fiquei paralisada. Num abrir e fechar de olhos, não contive mais algumas lágrimas. Porque num abrir e fechar de olhos... surge a Bruxinha com uma Rosa Azul lindíssima na mão, estende-ma, e num abraço sorridente que mal sou capaz de acolher, segreda-me ao ouvido: - “Agora já não podes dizer que nunca recebeste uma flor na Vida! Vale mais uma boa Amizade do que um Amor descolorado!”
PERFIL | NP | 35
Partilho da mesma visão de Jacob Needleman quando disse que “Nascemos para o Sentido, não para o Prazer, a não ser que esse Prazer esteja embebido de Sentido”.
Num abrir e fechar de olhos... tanta coisa aconteceu, ali. Num abrir e fechar de olhos, uma mistura explosiva de sentimentos invadiu-me a mente, e levou-me numa viagem por algumas etapas da minha Vida. Num abrir e fechar de olhos, muita coisa fez sentido para mim... Num abrir e fechar de olhos... Num abrir e fechar de olhos o dia chegou ao fim... Caminhava agora junto ao Rio. E Sorria. Sentia a brisa leve no rosto, e ouvia o suave esbater das pequenas ondas na margem. Olhei para as luzinhas que reluziam do outro lado da margem, bem ao fundo. E no céu, lá estava a minha constelação de sempre, a Ursa Menor. É minha, porque desde criança que a identifico no céu, no meio de todas as outras. E passou a pertencer-me. Em criança, pedia desejos, conversava com ela e confiava-lhe os meus segredos. Num abrir e fechar de olhos, cresci, tornei-me mulher. Mas jamais perderei a capacidade de Olhar e Amar que sempre fez parte de mim. Amo cada momento de Vida. E por isso todos os meus dias são Dia de São Valentim.Apaixonados, ternos, atentos às pequenas coisas da Vida. E feliz, por estar rodeada de pessoas assim... bonitas, amigas, que se preocupam e cuidam... Caminho ao longo do Rio... Sorrio. Como é que construiria uma cidade Não detenho conhecimentos suficientes para ter uma opinião formada de como deveria ser construída uma cidade. O que me parece é que há tantos e tão bons exemplos de Cidades construídas com base em políticas de sustentabilidade e de humanização, que por vezes penso como é que possível que os nossos dirigentes e responsáveis por tais pelouros - que viajam, conhecem, discutem e têm conhecimentos técnicos para definir orientações – não sejam capazes de trazer as melhores práticas para Portugal. E, por vezes, passados poucos anos de se construir uma Cidade, quase que seria necessário deitar tudo abaixo e construir de novo, porque não houve uma previsão devida de desenvolvimento das áreas.
O lugar favorito O meu lugar preferido no Parque é a travessia do pontão de madeira, onde quase toco no Tejo, sinto o cheiro a maresia nos dias em que o rio está inspirado pelo mar, ouço o bater das águas e sinto a força das correntes e do vento... Neste local sinto-me em contacto pleno com todos os elementos da Natureza...
O que desenhava - Mais esplanadas e Casas de Chá, bonitas e abertas até tarde, junto ao Rio. Falta outro tipo de vida nocturna no Parque. - Mais espaços para praticar Tai-chi. - E... um Labirinto! :) Partilho da mesma visão de Jacob Needleman quando disse que “Nascemos para o Sentido, não para o Prazer, a não ser que esse Prazer esteja embebido de Sentido”. Hoje em dia fala-se muito da procura de Sentido para a Vida, da busca da Felicidade.Vendem-se milhares de livros de auto-ajuda porque as pessoas se sentem um pouco perdidas em relação ao significado que as suas vidas têm numa Sociedade que está em constante mudança. Em parte, as sociedades cresceram tanto que perderam os seus traços de personalidade... Há uma desorientação generalizada na procura da Essência do Ser. Vejo o Parque das Nações como uma das poucas zonas da Cidade de Lisboa onde há espaço, tempo e uma nova energia para acalmar a mente, ganhar qualidade de vida, e onde a Tecnologia, a Inovação e o Design se cruzam e encaixam, originando espaços Humanizados. No Parque, é frequente ver pessoas a caminhar à beira Rio, a fazer jogging, BTT,Tai-chi, ou aqueles que simplesmente descansam sentados ou deitados na relva dos parques, a sós, ou na companhia de amigos. Em suma, há espaços e tempos para saborear a vida, para nos sentirmos, para... abrandarmos o passo acelerado dos Dias. E como surgem aqui os labirintos? Existem dois tipos de labirintos: com Encruzilhadas e os Circulares. Os primeiros são puzzles analíticos que nos pedem uma resolução. Os segundos são uma espécie de meditação em movimento. Se as Encruzilhadas nos podem desorientar, porque nos podemos perder fisicamente, os Circulares concentram a nossa atenção e podem levar-nos a perdermo-nos a nós próprios, estimulando o lado direito do nosso cérebro (mais emocional), enquanto os primeiros estimulam o lado esquerdo (mais racional). Existem mais de 4.000 labirintos circulares públicos e privados nos Estados Unidos, continuando a surgir cada vez mais com muita popularidade, num momento em que a Humanidade procura respostas que vão para além das vias mais tradicionais (Religião, Família, etc). Um crescente número de pessoas está a descobrir estes labirintos como o caminho para a oração, introspecção e cura emocional. Quando descobri esta máteria referente aos Labirintos, senti de imediato que o primeiro deveria nascer no Parque das Nações. O que apagava Alguns Bares da zona Norte... :)
36 | NP | ENSAIO
Volvo XC60 Drive 2.4D RODAS Por: Jorge Santos Farromba rodasdoleitor@gmail.com
Definitivamente, ensaiar um Volvo é diferente. Seja pela beleza das suas linhas, seja pelo (característico) odor dos bancos em pele, seja pela qualidade que se “respira”. Para este mês, a Volvo cedeu-nos a versão ecológica do XC60 – Drive, juntamente com uma pequena remodelação estética do modelo, que ainda o torna mais belo. O XC60 foi lançado e apelidado como um dos mais bonitos SUV do momento. Poucos se lhe conseguem equiparar.
ESTÉTICA, CONSTRUÇÃO E SEGURANÇA Nesta versão ecológica e com um preço mais contido, o SUV “apenas” trazia incluídos além dos habituais sistemas de segurança (ABS; ESP), os airbags frontais, laterais de cortina, os laterais para o tórax e o City Safety. Na lista de opcionais, foram colocados o sistema de eliminação do ângulo morto – BLIS, o sistema de detecção de mudança involuntária de faixa de rodagem, o cruise control adaptativo (somente o tradicional estava presente), as cadeiras de criança, as jantes de liga leve de 18” e o sistema auxiliar traseiro de estacionamento. A segurança mantém-se ao nível que nos habituou, ou seja, muito boa, assim como a qualidade de construção, onde é difícil fazer reparos. Estranhamos de início,
o espaço reservado (plástico
preto) na consola para o sistema de navegação. Mas não é isso que nos priva de desbravar novos caminhos.
CONFORTO, HABITÁCULO E EQUIPAMENTO Esta versão parece ter corrigido um aspecto que tínhamos notado em anterior ensaio – algumas reacções mais bruscas da carroçaria quando o piso se encontrava degradado. Actualmente, não o verificámos e o conforto esteve sempre num patamar bom, muito embora os pneus de 18” contribuam para alguma perda de conforto, face ao que a Volvo nos habituou nos seus modelos “normais”. Refira-se que é fácil, uma vez sentados ao volante, encontrar uma boa posição de condução (tudo é manual – bancos e volante). Após encontrada, nunca mais é necessário alterá-la. E este é um daqueles automóveis que, quando se senta ao volante, dificilmente o deixa ser conduzido por outros. A ergonomia está, como sempre, num patamar elevado e não é fácil encontrar defeitos. Um dos encontrados foi o microfone do sistema bluetooth do telemóvel que fica no tecto e torna-se por vezes difícil os outros ouvirem-nos. Melhorado este detalhe, o sistema é por demais intuitivo, à boa maneira portuguesa, o livro de instruções nem é necessário. Passar de um telefonema audível por todos, para um em privado, é intuitivo quanto baste.
COMPORTAMENTO O SUV foi testado em auto-estrada e estrada nacional. Em ambas, é difícil encontrar grandes reparos para escrever. Somente em estradas nacionais e exagerando em curvas fechadas, se nota algumas correcções do ESP e alguma perda de tracção da roda interior. Mas aí estamos a falar de exigir a um SUV, com tracção a apenas duas rodas e alto, um comportamento de um desportivo, o que não é correcto nem sequer é esse o posicionamento deste modelo. O motor 2.4 diesel com 175Cv é mais que suficiente para fazer deslocar (ou descolar) o XC60, que se mostrou sempre solícito, enquanto que a sua presença não se intromete no habitáculo. Quem andou como nós, com a versão mais potente (D5) e com esta (2.4 D), mesmo assim considera que ambas têm demasiado motor (ou motor q.b.) , para as limitações das nossas estradas. O XC60 comporta-se de modo exemplar e as viagens são sinónimo de grande prazer de condução (pena os bancos não proporcionarem grande apoio ao nível do peito, só na zona dos rins), pois essa falha, juntamente com a boa pele dos bancos, faz-nos escorregar nalgumas curvas. O XC60 possui travão eléctrico não automático, uma excelente caixa de 6 velocidades e uma vontade enorme de transpor os limites legais de velocidade. Os consumos, considerando que estamos em presença de um SUV, com um peso grande, faz consumos de 7.2 litros aos 120km/hora permitidos. Em cidade, o valor sobe para os 9,8 litros com facilidade.
ENSAIO | NP | 37
CONCLUSÃO Sobre um dos mais belos SUV foram operadas algumas alterações que tornaram ainda melhor um modelo “bem nascido” no seio da marca Volvo, onde o comportamento, qualidade e segurança estão num plano elevado. Seguramente não é o mais cómodo dos Volvo (os grandes pneus para isso contribuem) mas é bastante confortável. O motor é uma adaptação do 2.5 diesel, que surge aqui limitado em termos de potência e com um só turbo, e, embora seja uma viatura pesada, em nada se nota o elevado peso da mesma. O comportamento da viatura é de bom nível, mas é importante não esquecer que este modelo só tem tracção às rodas da frente e, por isso, as entradas e às saídas em curva podem dar, por vezes, mais algum trabalho ao condutor. Os consumos, fruto também da tracção somente a duas rodas, não se tornam elevados. Enfim, vale a pena a visita a um stand Volvo, se quiser comprar um SUV, principalmente com este posicionamento de preço, muito bom! Consumos obtidos 90 km/hora…….: 6,6 litros 120 km/hora….: 7,2litros Circuito urbano: 9,8 litros Preço da unidade ensaiada P.V.P. 43.000€
BREVES Já se encontra disponível no mercado português o novo utilitário da Kia – Venga. A marca classifica-o no segmento B+ em virtude das suas dimensões superarem a concorrência. A partir de 16.000€.
Ajudar o Afonso Couto O piloto André Couto criou um grupo no Facebook com o nome «Ajudar o Afonso», onde relata o dia-a-dia do Afonso, com um diagnóstico de Leucemia. Neste grupo com mais de 14 mil pessoas, de várias nacionalidades, tenta-se dar conforto ao Afonso e à família. Para ajudar, inscreva-se como dador! Para mais informações, consulte www.saveafonso.com
Sabia que deve montar os pneus novos ou menos gastos atrás ? Independentemente de que o seu carro seja de tracção dianteira, traseira, ou 4x4, a Michelin recomenda montar os pneus novos ou menos gastos no eixo traseiro, para que obtenha uma maior segurança em caso de situações imprevistas e difíceis (travagem de emergência, curva fechada...) sobretudo em solo molhado.
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WORKSHOPS COZINHA VEGETARIANA DO MUNDO MISS SAIGON DIA 3 E 10 DE JUNHO A Miss Saigon, restaurante-cafetaria-galeria, no Parque das Nações, realiza Workshops dedicados à cozinha vegetariana do Mundo. Para quem já conhece a cozinha e ementa da Miss Saigon vai poder experimentar e tirar todas as dúvidas e incertezas sobre a cozinha criativa e experimental vegetariana da Miss Saigon. Para além de uma breve descrição e apresentação sobre os vários ingredientes e produtos utilizados na cozinha vegetariana, bem como as diversas especiarias e ervas aromáticas utilizadas pelo Mundo, a principal componente dos workshops da Miss Saigon é prática ! Sobretudo, é dada a possibilidade a todos os participantes de cozinharem, prepararem e confeccionarem os pratos, como se estivessem a preparar um
almoço, um jantar para si mesmos, para a família ou para uma festa entre amigos. Os Workshops são realizados pela Cláudia Salú começando às 10.00h e terminando às 15.00h, depois do Almoço confeccionado por todos os participantes. O preço por participante é de 70,00 euros e apenas são aceites 10 inscrições. A Miss Saigon tem o apoio do Centro Vegetariano - associação sem fins lucrativos que promove o vegetarianismo em Portugal. O portal www.centrovegetariano.org é das fontes de informação mais completas e dinâmicas em Portugal sobre a alimentação e o estilo de vida vegetarianos.
Para breve está a realização de pequenos Workshops de introdução e contacto com a alimentação vegetariana, através de um protocolo assinado com a empresa de promoção de experiências e eventos SMARTBOX. Estes Workshops são fundamentalmente para divulgar e promover junto de um mercado mais alargado, sem qualquer experiência com o vegetarianismo, mas com curiosidade e interesse em conhecer. As inscrições para o Workshop de Cozinha Vegetariana do Mundo estão abertas, basta pedir uma ficha de inscrição por e-mail: info@miss-saigon.pt ou por telefone 210 996 589. Para mais informações consulte o blogue: www.restaurantemisssaigon.blogs pot.com
Durante os meses de Abril e Maio haverá, no Pavilhão Atlântico e no Pavilhão de Portugal, uma oferta diversifica-
Depois do grande espectáculo que apresentou em 2008, a cantora norte-americana regressa ao Pavilhão Atlântico para apresentar o seu novo álbum “The Elements of Freedom” e mostrar porque é que, com apenas 28 anos, já conquistou 12 Grammys e vendeu mais de 30 milhões de discos. A primeira parte do concerto ficará a cargo da nova revelação do R&B, Melanie Fiona. Por fim, o duplo concerto dos Metallica marcará certamente os dias 18 e 19 de Maio, com sala cheia em ambas as datas. Será a estreia desta banda num recinto fechado em Portugal e a primeira vez que o Pavilhão Atlântico recebe um concerto cujo palco está situado no centro da arena, permitindo uma
restaurantes da Grande Lisboa, incluindo os três distinguidos com estrelas do Guia Michelin. Um evento para toda a família, no qual haverá, para além de pratos de degustação e apresentações de cozinha ao vivo conduzidas pelos melhores chefes nacionais e internacionais, actividades diversas ligadas ao mundo da gastronomia. Para os adeptos do desporto, em especial do futsal, a “Final Four” da UEFA Futsal Cup regressa ao Pavilhão Atlântico de 23 a 25 de Abril. Será a segunda vez que este espaço acolhe a mais importante competição europeia de clubes que, já em 2002, proporcionou ao público grandes momentos desta modalidade. O Sport Lisboa e Benfica será o anfitrião deste importante evento que, durante alguns dias, voltará a levar o Parque das Nações a milhões de telespectadores em todo o mundo. Nos dias 14, 15 e 16 de Maio, e depois de anos de investigação e planeamento, a galardoada série da BBC – “Walking With Dinosaurs” regressa sob a forma de um inovador espectáculo ao vivo. Designers de renome internacional trabalharam lado a lado com cientistas, para criar 15 dinossauros, de 10 espécies diferentes, em tamanho real (incluindo o grande Tiranossauro Rex). Esta grandiosa produção estreou na Austrália em 2007 e chegou à Europa em Setembro de 2009, contando já com mais de 4,5 milhões de espectadores em
da de eventos para os mais variados públicos. No campo dos grandes concertos, merecem destaque três espectáculos: A 10 de Abril, com o Festiangola 2010, o Pavilhão Atlântico abre as suas portas para receber cerca de 50 artistas da música de Angola e o convidado especial Paulo de Carvalho. Os ritmos da
visão de 360º. Mas Abril e Maio trazem também ao Parque das Nações três outros importantes eventos públicos nas áreas da gastronomia, do desporto e do entretenimento familiar/ infantil: O Pavilhão de Portugal abrirá as suas portas de 10 a 18 de Abril para receber o “Peixe em Lisboa” que, na sua terceira edição, reunirá doze dos melhores
todo o mundo. Em Maio, os dinossauros estão no Parque das Nações. Para conhecer todos os espectáculos em agenda (que inclui, por exemplo, o musical infantil “A Aventura dos Piratas” da Vila Moleza ou o concerto de Carlos Santana), não deixe de consultar mais informação em www.pavilhaoatlantico.pt. Esperamos por si.
Kizomba, Kuduro, Hip-Hop, entre outros, estarão presentes num grande festival de música angolana. No dia 29 de Abril é a vez de Alicia Keys subir ao
palco.
Grandes Eventos no Parque das Nações Por: Alexandre Barbosa Administrador Delegado Atlântico SA
INCRIÇÕES ATÉ 30 DE ABRIL
AGENDA | NP |39
4º Aniversário do Casino Lisboa Opera Show” define-se como um espectáculo exuberante, surpreendente e evocativo, onde são reconhecidas árias de ópera que são recriadas numa nova paisagem visual... O Casino Lisboa celebra, a 19 de Abril, o seu 4º aniversário, oferecendo aos seus visitantes um concerto único dos Amália Hoje. Em noite de festa, Sónia Tavares, Fernando Ribeiro, Paulo Praça e Nuno Gonçalves, apresentam ao vivo as canções do seu disco homónimo do grupo, que conquistou já a crítica especializada. No amplo espaço do Arena Lounge, o concerto dos Amália Hoje constitui, assim, o ponto alto de um programa festivo que assinala, da melhor forma, quatro anos que foram preenchidos por sucessivos êxitos do mais recente casino da Estoril Sol.
Auditório dos Oceanos - “The Opera Show” Com um cartaz sempre inovador, o Casino Lisboa estreia o espectáculo “The Opera Show”, no próximo dia 6 de Abril, pelas 21 e 30.Trata-se de outro inédito ciclo de exibições que se prolonga, até dia 17, no espaço cénico do Auditório dos Oceanos. “The Opera Show” define-se como um espectáculo exuberante, surpreendente e evocativo, onde são reconhecidas árias de ópera que são recriadas numa nova paisagem visual, enriquecidas pela teatralidade de originais coreografias.
O Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa acolhe “The Opera Show”, de 6 a 17 de Abril. Os espectáculos decorrem de Terça-Feira a Sábado, às 21 e 30. Aos Sábados e Domingos estão agendadas matinées, a partir das 17 horas. Preço dos bilhetes: 30€ e 35€.
Auditório dos Oceanos “Nicolau” No âmbito das comemorações dos 50 anos de carreira, Nicolau Breyner leva à cena no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa o espectáculo “NICOLAU”. O conhecido actor faz uma reflexão sobre os papéis que interpretou e sobre a sua relação actual com o mundo e interpreta algumas composições, sendo acompanhado ao vivo por um trio de músicos. Num tom intimista, Nicolau Breyner partilha com o público as histórias mais divertidas dos bastidores do teatro, cinema e televisão, bem como algumas das suas inquietações actuais. “Nicolau”, estará em cena de 20 a 25 de Abril. Os espectáculos decorrem de Terça-Feira a Sábado, às 22 horas. Aos Domingos estão agendadas matinées, a partir das 17 horas. Preço dos bilhetes: 18€ e 22€.
Auditório dos Oceanos “Forever Tango” Num renovado ciclo de exibições, “Forever Tango” sobe ao palco do Auditório dos Oceanos de 27 de Abril a 9 de Maio. Trata-se de um evoluído espectáculo de dança e música que regressa ao Casino Lisboa para sublinhar a paixão e a entrega próprias da tradição argentina. Em “Forever Tango”, a voz de Carlos Morel homenageia Carlos Gardel. O ritmo é marcado pela orquestra, ao vivo, e pelo bandonéon, instrumento típico do tango, que tem um lugar de destaque. Trata-se de um espectáculo repleto de drama e sensualidade, com os bailarinos a moverem-se de forma contagiante em palco, inspirado na cultura rioplatense de Tango, de excelência, da Broadway. O Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa acolhe “Forever Tango”, de 27 de Abril a 9 de Maio. Os espectáculos decorrem de Terça-Feira a Domingo, às 22 horas. Aos Sábados e Domingos estão, também, agendadas matinées, a partir das 17 horas. Preço dos bilhetes: 30€ e 35€.
Festival Madrid dança em Lisboa Larumbe Danza, Vortice Dance Company, Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz e Companhia Nacional de Bailado apresentam “Festival Madrid dança em Lisboa” Nos dias 8, 9, 10 e 11 de Abril de 2010 irá decorrer o “Festival Madrid dança em Lisboa”, no Teatro Camões em Lisboa. O Festival é um projecto que nasce da colaboração de profissionais de dança de Madrid, sendo Juan de Torres o Criador e Director Artístico. O objectivo principal do evento é exportar e promover o universo da dança de Madrid para e noutros países, criando um espaço novo de diálogo e difusão cultural entre países, sob o formato de um Festival de Dança.
Este evento obteve já um grande êxito nas suas quatro prévias edições, celebradas na cidade de Praga (2006), na cidade de Roma (2007), na cidade de Varsóvia (2008) e na cidade de Buenos Aires (2009). A quinta edição será em Lisboa (2010) nos dias 8, 9, 10 e 11 de Abril. A Vórtice Dance company é o parceiro artístico e organizador em Portugal contando para o efeito, com o apoio do Ministério da Cultura de Portugal e da Direcção Geral das Artes. O Festival conta também com o apoio do Ministério da Cultura de Espanha, do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, do Instituto Cervantes, da Embaixada de Espanha e da Companhia Nacional de Bailado, residente no Teatro Camões, que
será o palco deste festival. Neste grande evento, as prestigiadas companhias em cartaz serão: a Companhia Larumbe Danza, residente em Coslada (Madrid) com a obra “Azul o el ritmo de la vida”; Companhia Losdedae, residente em Alcalá de Henares, que ganhou o Premio Nacional de DanzaInterpretación em 2006, com a obra “Me Amontono”; Pannullo Dance Theatre Co. com a obra “Desordances 4”; Arrieritos que ganhou o Premio Nacional de Danza em 2004, com um excerto da obra “Despídete de ti, Carmen”. Nesta edição em Lisboa, a companhia portuguesa Vortice Dance Company terá uma participação especial, sendo a responsável pela organização local do festival.
40 | NP | AGENDA
Peixe em Lisboa reforça internacionalização Joan Roca, três estrelas Michelin, é destaque da 3ª edição Organizado pela Associação Turismo de Lisboa, o evento, para o qual são esperados entre 21 e 25 mil visitantes, decorrerá, pelo segundo ano consecutivo, no Pavilhão de Portugal, no Parque das Nações, entre 10 e 18 de Abril. Os alunos e os docentes das escolas de hotelaria terão entrada gratuita. No que toca aos participantes, o espanhol Joan Roca, um dos mais cotados chefes da actualidade e co-proprietário do restaurante El Celler de Can Roca, que em 2009 recebeu a terceira estrela do Guia Michelin, atingindo a classificação máxima, será certamente alvo da maior atenção pela mestria da sua arte. Este espaço gastronómico de eleição foi classificado como
o 5.º Melhor Restaurante do Mundo pela revista Restaurant, que todos os anos elege os 50 melhores a nível mundial. Posicionado que está enquanto evento gastronómico de referência no país, uma das metas desta edição será o reforço da sua internacionalização, nomea-
ARTE R IO
damente através do aumento do número de chefes estrangeiros convidados, seis dos quais provenientes do Brasil. No Peixe em Lisboa participarão 12 restaurantes da Grande Lisboa – representados por reputados chefes de cozinha –, a funcionar em permanência
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Rua das Musas Passeio do Neptuno (pedonal) MARINA
Rua da nau Catrineta
Tm: 963 287 781 arte.rio.galeria@gmail.com 3.ª feira a Sábado - 11h às 19h30 2.ª feira - 15h às 19h30 Rua da Nau Catrineta, 3.07.03 Parque das Nações - ZONA SUL
Rua dos Argonautas
Se necessário, até penduramos.
Programa do dia de abertura - 10.04 [sábado] 12:00 Abertura dos restaurantes 15:30 Concurso “O melhor pregão” Apresentações de chefes 16:00 - 17:00 Luís Baena - Manifesto - Lisboa (Portugal) 18:00 - 19:00 Rui Paula - Doc - Douro (Portugal) 20:00 - 21:00 Nuno Barros - Taberna 2780 - Oeiras (Portugal) Crianças na cozinha 12:00 - 13:00 1ª Sessão 18:00 - 19:00 2ª Sessão Cursos Culinários 15:00 - 16:00 Curso 1 - Chakall - “Chefe Chakall e a sua equipa:Truques e receitas” 17:00 - 18:00 Curso 2 - Chakall - “Chefe Chakall e a sua equipa:Truques e receitas” Conversas sobre o vinho 16:00 - 16:30 Loucos pela Touriga Nacional Manuel Moreira (crítico de vinhos da revista Wine - A Essência do Vinho) Spirits master class 17:30 1ª Sessão Vinho | Provas com Especialistas 19:00 - 19:50 1ª Sessão Harmonizações 19:30 - 21:00 1ª Sessão Jantar gourmet 21:30 Chefe convidado (a designar)
entre as 12h00 e as 24h00, disponibilizando pratos de degustação à base de peixes e de mariscos. Refira-se que o 12.º espaço da lista corresponderá, na verdade, a três restaurantes que apresentarão alternadamente a sua oferta gastronómica em três dias temáticos. Paralelamente será desenvolvido um conjunto de actividades ligadas ao mundo da gastronomia, que têm suscitado uma adesão cada vez maior de edição para edição. Entre estas, contam-se apresentações de cozinha ao vivo, levadas a cabo pelos melhores chefes da Grande Lisboa e de outros pontos de Portugal, bem como do estrangeiro. Acresce ainda o mercado gourmet, as crianças na cozinha, as harmonizações e as provas com especialistas. Dois concursos – Melhor Pregão e Melhor Pastel de Nata –, o Dia da Cataplana, o Dia da Pesca Sustentável, uma homenagem ao jornalista e gastrónomo David Lopes Ramos e a entrega de troféus a personalidades anteriormente distinguidas (Maria de Lourdes Modesto e José Bento dos Santos) fazem ainda parte do programa, que termina, como de costume, com A Grande Caldeirada. Consultar o resto programa em www.peixeemlisboa.com
OPINIÃO | NP | 41
SLOW WAY Em Busca do Equilíbrio entre o Rápido e o Lento...
“Quando as coisas acontecem demasiado depressa, ninguém pode estar certo acerca de nada, acerca de nada mesmo, nem sequer de si próprio” - Milan Kundera.
Uma noite em que voltava a sair muito tarde da Agência, deixei-me levar por um desejo apático de sentir “Vida” à minha volta. Esqueci o cansaço e acabei por vaguear durante quase 2 horas por uma livraria... Adoro livrarias, sentir o cheiro dos livros, procurar novos títulos... Mas naquela noite, deambulava apenas, resiliente, sem procurar nada de concreto. Caminhava vagarosamente por entre livros e desconhecidos que àquela hora ainda faziam compras. Apesar do passo lento, os pensamentos corriam a maratona como se o mundo terminasse a qualquer momento, sentindo-me perdida no turbilhão de questões que procuravam desesperadamente respostas. Não tinha tempo para nada. Nem para pensar na minha Vida! Estava sempre a chegar tarde a casa e os fins-desemana em que não trabalhava, acabavam por ser aproveitados para tratar da casa, contas para pagar, entre outras rotinas básicas do dia-a-dia e... para descansar. Como se isto tudo não chegasse, sentia-me um “guiché” de reclamações... Amigos que nunca estão comigo e reclamam a minha presença em jantares onde nunca consigo estar, em saídas divertidas onde nunca chego a aparecer, já para não falar da família que reclama a minha atenção nas conversas triviais de fim-de-semana, tal como a presença nos almoços de Domingo que acabam por ser sempre mais prolongados... Estava cansada das reclamações. Mas pior que isso... sentia-me saturada das minhas desculpas de sempre que me forçavam a não estar presente... no Presente. Sentia a Vida a passar ao lado. Achava sempre que era uma questão de Tempo... E ia adiando o Tempo para estar comigo, o Tempo para me dar aos outros, mas principalmente, o Tempo para usufruir de mim. Sentia-me “entalada” pela vertigem dos dias que me cortava a respiração, me prendia a Alma, e me amarrava a dias automatizados... Sem dar conta disso, havia apagado a “luz” interior para me aguentar meses e meses consecutivos sem permitir que o meu “eu” se fizesse ouvir. Calei-o com uma “mordaça” e fechei-o no escuro para não o escutar e muito menos sentir aquilo que ele me tentava fazer recordar. Revi-me em múltiplos sonhos que fui adiando como adiava o Tempo que queria para mim..
Fervilhava neste furação de constatações que me entorpeciam a mente, interrogando-me se haveria outras formas de estar e de viver a Vida com mais qualidade, com Tempo para desfrutar do que realmente é importante! Foi neste preciso momento que os meus olhos se cruzaram com uma pequena palavra que intitulava um livro discreto, que parecia “piscar-me” a lombada para ir ter com ele... A palavra era precisamente o que eu procurava desesperadamente: SLOW! Devagar... Peguei no pequeno livro de autor desconhecido e comecei a ler o prefácio... Dei comigo a desejar ir a correr para casa para o ler numa só noite, e assim o fiz! Ou quase... :) Demorei dois dias. E a minha vida começou a mudar... lentamente, mas começou e continua a mudar para melhor. Vivemos numa época frenética, onde muitas vezes se sente a Vida a passar ao lado. Hoje, estamos cercados de tecnologia que nos permite fazer tudo muito mais depressa, porque nunca há tempo suficiente para o que temos previsto fazer. Seja no trabalho, em casa, nos poucos tempos-livres, a cozinhar, em todas as áreas da nossa vida. Ora, tanta tecnologia que nos retira muitas tarefas monótonas e que nos permite ter mais tempo para coisas mais importantes e preciosas na Vida e parece que continuamos a sentir-nos esmagados com tantas tarefas, demasiadas obrigações marcadas nos dias que voam pelo calendário fora e nos fazem esquecer muitas vezes do mais importante: a qualidade na forma como esse Tempo é vivido. Será que é mesmo possível, ou ate desejável, abrandar?... A resposta é... Sim! É possível! Existe uma outra forma de Estar e Ser, uma filosofia de vida que está a tornar-se num grande movimento em todo o Mundo, com milhões de pessoas e até mesmo empresas e organismos públicos a aderir a esta nova forma de viver a Vida: abrandar o ritmo frenético em que vivemos e passar a desfrutar do chamado Tempo Justo. Falo-vos do Movimento Slow. O objectivo da Slow Way é o de, nas próximas edições, dar a conhecer este movimento, explicar o que
ele pretende, como está a evoluir, quais os principais obstáculos que enfrenta, porque está a ser determinante na qualidade de vida de tantas pessoas e instituições em todo o Mundo e porque tem tanto para nos oferecer. Lembre-se: uma vida vivida à pressa pode tornar-se superficial. Tudo aquilo que nos une e torna a vida
digna de ser vivida - a comunidade, a família, os amigos - cede perante aquilo que nunca nos chega: o tempo. Alexandra Sampaio Pássaro Slow Way info.slowway@gmail.com
42 | NP | OPINIÃO
SELECÇÃO NACIONAL SERÁ QUE OS FESTEJOS VÃO VOLTAR AO PARQUE DAS NAÇÕES? Na última década, o Parque das Nações tornou-se um local de eleição para festejar as vitórias da selecção nacional. Sempre em ambiente muito festivo, milhares de adeptos acorrem a esta zona da cidade para assistir em bares ou ecrãs gigantes aos jogos da ‘equipa de todos nós’. Com o aproximar do Mundial da África do Sul (em Junho) esperam-se cenários idênticos, mas terão os adeptos razões para festejar? A verdade é que há muito tempo
que a participação da selecção numa competição de topo não era antecipada com tamanho pessimismo e tão pouco entusiasmo. A fase de qualificação foi penosa e francamente pouco convincente. A equipa de Queiroz começou por parecer regredir para um paradigma muito comum no futebol português: jogar bem e não ganhar. Só na recta final, quando o espectro de uma eliminação prematura se tornava mais forte, é que Portugal redescobriu um esti-
lo de jogo mais pragmático e eficaz, que permitiu ultrapassar a Bósnia, em dois jogos de muito suor e pouca arte. Curiosamente, esta forma de jogar para o resultado encontra paralelo no ‘reinado’ de Luiz Felipe Scolari. Excepção feita ao Euro 2004, disputado em casa, as equipas dirigidas pelo treinador brasileiro iam levando a água ao seu moinho através de exibições inteligentes, mas pouco entusiasmantes. Aliás, Scolari sempre foi mais dado a elevar os espíritos da nação fora de campo, em operações de charme junto dos adeptos, do que propriamente por via da qualidade do futebol dentro das quatro linhas. Ora, além de muito contestado devido a algumas convocatórias e opções tácticas, Carlos Queiroz não tem, nem de longe nem de perto, o mesmo carisma e magnetismo do seu antecessor. Não lhe é tão fácil motivar os adeptos
e mobilizar o país em torno da selecção. Conseguir recriar um ambiente de apoio incondicional à ‘equipa das quinas’, capaz de contagiar os jogadores, é um dos maiores desafios que Queiroz tem de enfrentar, se quiser ser bem sucedido em África. Outra razão que também contribui para alguma descrença dos portugueses na sua selecção prende-se com a matéria-prima, isto é, os jogadores. Estou convencido de que o grupo de atletas com que Queiroz vai contar neste Mundial é mais fraco do que qualquer um dos que participou em mundiais ou europeus na última década. Jogadores de categoria mundial no auge das suas carreiras? Um: Cristiano Ronaldo. Bosingwa e Pepe também o são, mas vão ficar de fora por lesão. Nani é uma boa promessa mas ainda não está neste patamar. Figuras como Ricardo Carvalho, Deco ou Simão parecem-me
estar a entrar na fase descendente das respectivas carreiras (evidente no caso do luso-brasileiro). Ainda no onze-base da selecção, Bruno Alves e Raul Meireles (decisivos na qualificação) têm tido uma época para esquecer e passam por um momento de forma preocupante. A escassez de opções para as posições de lateral esquerdo e ponta-de-lança é tal que Queiroz se viu obrigado a adaptar um extremo no primeiro caso (Duda), e a naturalizar um brasileiro de 32 anos no segundo (Liédson). Saúde-se, ainda assim, a aposta em Pedro Mendes, eterno esquecido de Scolari, para o meiocampo defensivo, e em Eduardo para a baliza. Apesar de lhe faltar alguma experiência a este nível, o guarda-redes do Sp. Braga tem correspondido de forma positiva à confiança do seleccionador. Existe também um problema de liderança. Portugal não tem um capitão ‘a sério’. Não existe na
selecção actual um jogador como Fernando Couto ou Luís Figo (para usar exemplos mais recentes), capazes de se fazer respeitar de igual modo por colegas e adversários. Cristiano Ronaldo é um jogador fantástico e com um imenso leque de qualidades, mas não tem o perfil necessário para capitanear o grupo. Por fim, se a fé dos portugueses nesta selecção já não era a maior, o sorteio da fase final do Mundial aumentou ainda mais os níveis de pessimismo. Portugal ficou incluído no ‘grupo da morte’, com Brasil e Costa do Marfim, e, mesmo passando a fase de grupos, é provável que tenha de medir forças com a Espanha logo nos oitavos-de-final. Só por isso, chegar aos quartosde-final já se adivinha como uma tarefa hercúlea. Os heróis que se assumam… Bernardo Mata
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