Edição 59

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Diário de uma pastilha elástica Não sei como, mas num momento estava a ver o mar e poucos minutos depois quase parecia o Tim Robbins, no filme “Noise”. Tudo porque tinha pisado uma pastilha elástica. Shakespeare e a Bíblia também por lá passaram. Mas, afinal, quem é o Homem? 13 anos atrás Expo 98, Julho, 22h, próximo da bacia Norte onde decorria o Aquamatrix. Caminhava com um amigo meu e o seu irmão mais velho. Solo sagrado. Respirava-se utopia. O irmão mais velho vinha, já há algum tempo, a questionar a longevidade de todo aquele estado de graça, de pureza, de imunidade face à tendência destrutiva do Homem. Disse-lhe que o solo que pisava tinha sido erguido por essa mão humana. Que não se tratava de um clássico de boxe entre a Natureza e o Homem. Que, apesar de não existirem cidades perfeitas, tratavase de uma oportunidade de começar de novo. As pessoas bem-dispostas, tudo limpo, temperatura perfeita, música, civismo. Ele insistia que seria por pouco tempo, etc..etc.. Passámos por uma zona de calçada onde uma primeira pedra tinha sido retirada. “Já começou. Já viste o mau aspecto, não falando no perigo para um miúdo ou alguém mais velho?” Todo aquele pessimismo e

queixume começava a fazer-me alguma confusão. “Que tal menos prosa e mais acção? Porque não falas com uma das centenas de auxiliares que trabalham aqui e fazes esse reparo?” -sugeri. Hoje, Junho, 2011 A Parque Expo, adoptando alguns dos princípios subjacentes à Agenda 21 Local, acaba de lançar o concurso “Ideias para um orçamento”, do qual o Notícias do Parque é parceiro. O objectivo é os moradores, trabalhadores e visitantes, que usam este espaço, apresentarem uma ideia, uma proposta que considerem importante implementar, no Parque das Nações. Estamos a falar de 80 mil € que serão disponibilizados para um ou um conjunto de intervenções locais, como poderão ler, mais à frente, no NP. Nos vários encontros ligados ao urbanismo (Human Habitat, INTA), em que o Notícias do Parque tem estado presente, dois dos denominadores comuns evocados são: a importância da participação da comunidade e a partilha de conhecimento. Duas dinâmicas fundamentais para o desenvolvimento e crescimento. Sempre defendi a importância de usarmos o espaço público como se fosse nosso. Seja na chamada de atenção que fazemos a quem estraga, a quem suja,

ou mesmo em apanhar do chão algum lixo que se cruze no nosso caminho, como vejo, tantas vezes estrangeiros, nas praias, a fazerem-no. Seja na participação, na aproximação com as entidades que nos gerem. Aqui, mais do que isso, mais do que corrigir têm a oportunidade de construir. De trazer algo de novo que torne, ainda melhor, o nosso Parque. Todos aqueles que já, várias vezes, disseram “sabes o que faz falta aqui...” ou “sabes o que era giro que fosse feito ali?”, não têm desculpa para não participar. A não ser que queiram ser daqueles que, passados 120 anos, ainda estão a dizer que vão fazer isto, ou sugerir aquilo, e que está tudo mal e não sei quê. Palavras para quê? O Notícias do Parque vai completar este ano uma década de existência. A seguir a comunidade de perto. Dando voz a todos. Tentando canalizar e elevar os notáveis movimentos associativos que aqui, todos os dias, de uma forma incansável olham pelo nosso Parque. É essa a tinta que faz o nosso jornal. Se as cidades são feitas de pessoas, o NP é escrito pelos leitores, pela comunidade. A todos aqueles que ainda apenas espreitam pela janela, não se esqueçam de que o solo que pisam é vosso. Usem-no. Defendam-no. Melhorem-no.

temos surpresas para si!

venha celebrar o nosso

º 10 1 0

aniversário anivers ário

OPINIÃO | NP | 3

noticiasparque@netcabo.pt FichaTécnica Voltando à pastilha, nesta altura, já no meu ténis esquerdo, em cima do meu skate, no chão do meu carro, da minha casa, enfim, mais possessiva do que... Só pensava na pessoa que, sem pudor algum, a atirou para o chão. Pensava também naquelas duas miúdas, que nesse mesmo dia, atiravam, divertidíssimas, garrafas de cerveja para o mar. E dei por mim, eu um positivista clássico, um tolerante (consciente que um dos hobbies preferidos do homem é a destruição, numa escala maior, auto-destruição...) a perder a paciência.Tudo por causa de uma pastilha elástica. Mas quanto mais pensava nisso e na luta do Tim Robbins contra o ruído, dos alarmes dos carros, sempre a dispararem nas ruas de NY e nele a partir o vidro do carro para desligar o alarme, mais tolerante ia ficando. Mais claro ficava que o Homem será sempre Homem. E que é essa a dialéctica que sustenta essa “economia”. Os que fazem e os que não fazem. E os outros. Os outros que se limitam a assistir ou a fazer o relato ou a dizer que o árbitro é ladrão. A pastilha elástica continuará sempre lá à espera de ser pisada. O sabor é que pode ser diferente. De resto... Miguel F. Meneses

Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Alexandra Pássaro; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Baltazar; Paulo Franco, Rita de Carvalho. Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919


4 | NP |

MAIS… PARQUE DAS NAÇÕES

Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos do Parque das Nações

Nunca é demais lembrar que o sucesso do Parque das Nações resulta fundamentalmente da participação cívica de todos os que o utilizam e contribuem para a construção da sua identidade, esforçando-se por garantir as melhores condições de fruição e desenvolvimento deste local. Num território onde a automatização da recolha e transporte dos resíduos para locais centralizados se processa de forma muito mais cómoda para os utentes, com a minimização da utilização dos inestéticos caixotes de lixo e contentores na via pública, o abandono de lixo na via pública torna-se cada vez mais inaceitável. Assim, é importante não descurar um valioso conjunto de informações úteis sobre boas práticas: Resíduos Indiferenciados Horário de deposição – 24h Utilização exclusiva do sistema pneumático, com as seguintes especificações de utilização: os RSU devem ser sempre ensacados e devidamente acondicionados em sacos de capacidade máxima de 50 L (fechados) – a introdução dos sacos não deve ser forçada; os objectos compridos, paus e similares devem ser previamente fragmentados em troços que não excedam 30 cm ou 40 cm, conforme se trate de comportas domésticas ou comerciais; fios, cordas ou cabos (exceto elétricos) devem ser

sempre acondicionados em sacos; não introduzir objetos pesados (pedras, blocos ou outros); não deitar materiais incandescentes nas condutas; não verter líquidos; não colocar objectos (monos /monstros); as comportas devem ser devidamente fechadas, após vazamento dos RSU. Recolha Selectiva Os RSU recicláveis devem ser sempre ensacados e devidamente acondicionados em sacos de capacidade máxima de 50 L (fechados) – a introdução dos sacos não deve ser forçada. Embalagens – segundas, quartas e sextas-feiras (plástico e latas sem sujidade); Vidro – terças e sábados (isentos de sujidade); Papel/Cartão – quintas e domingos (isentos de sujidade). Resíduos Papel / Cartão – Grandes Quantidades e/ ou Grandes Dimensões A pedido, via telefone ou e-mail, indicando dia, hora e local pretendido (contacto deve ser efectuado com antecedência mínima de 1 dia). Recolha disponível diariamente, integrada no circuito dos grandes produtores de papel/cartão no turno da tarde, entre as 14h30 e as 20h00. Recolha de Monos/Monstros – Inclui embalagens de grandes

dimensões A pedido, via telefone ou e-mail – indicando dia, hora e local pretendido (contacto deve ser efectuado com antecedência mínima de 1 dia). Recolha disponível às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 8h15 e as 16h00. Obs.: Os resíduos de Papel / Cartão e Monstros / Monos (inclui embalagens de grandes dimensões), devem estar sempre no interior das instalações privadas até à hora da recolha. Não se recolhe cartão molhado e ou contaminado com gorduras. Ecopontos – Superfície / Enterrados Como complemento, a Parque Expo, Gestão Urbana – disponibiliza ilhas de ecopontos, nos locais a seguir indicados: * Av. da Peregrinação, Lote 4.41 * Rua de Moscavide, Lote 4.70.02 * Rua do Bojador, Lote 2.14 – 3 Ilhas * Rua do Pólo Norte, Lote 1.06.1 - Vidro * Av. do Pacifico, Lote 1.15 - Vidro * Passeio do Adamastor, Lote 2.01 * Rua da Nau Catrineta, Lote 3.06 * Rua das Musas, Lote 3.29 Contactos para comunicação de avarias, reparações e manutenções do sistema automático de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (Envac): E-Mail. info@envac.pt Tel. 218 958 920 Fax. 218 958 921 Tlm do Piquete. 917 259 787 Contactos para marcações de recolha de papel / cartão (grandes quantidades e dimensões) e de monos / monstros: Geral: 218 919 898 E-Mail:rrpferreira@parqueexpo.pt fmalmei(Rui Ferreira) da@parqueexpo.pt (Fernando Almeida)

Sinalética do Parque das Nações

Encontra-se presentemente em reformulação a sinalética do Parque das Nações, estando esta operação dividida em duas fases distintas: > Fase 1 | Sinalética da Zona de Intervenção com Memória Expo’98 (em curso) > Fase 2 | Restante área do

Parque das Nações O conceito subjacente à Fase 1 é o de preservar a memória da Expo’98, nesta área de intervenção, mantendo-se a mesma tipologia das placas de Toponímia e Encaminhamento e, simultaneamente, atualizando a sinalética em função da realidade existen-

te. A área de intervenção objeto de alteração de sinalética é, de uma forma aproximada, limitada a norte pela Av. da Boa Esperança, a oeste pela Alameda dos Oceanos, a sul pela Rua Pedro e Inês, e a este pelo rio Tejo. Compreende, ainda, a área do Passeio do Neptuno.

Licenciamento de publicidade e ocupação de espaço público com esplanadas na zona do PN

Tal como noticiado anteriormente, a Câmara Municipal de Lisboa e a Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações (PE-GU) procederam à celebração de um protocolo referente ao licenciamento de publicidade e ocupação de espaço público com esplanadas. Este instrumento tem como objetivo regularizar a instalação de esplanadas no Parque das Nações, enquadrando-as no “Regulamento de Ocupação de

Espaço Público, Mobiliário Urbano e Publicidade da Zona de Intervenção” e outros regulamentos camarários aplicáveis. Para o efeito, a PE-GU preparou uma campanha de sensibilização com caráter pedagógico, de forma a envolver e esclarecer todos os empresários relativamente a este assunto. Neste âmbito, uma circular foi distribuída “porta a porta” por elementos da fiscalização da CM Lisboa e da PE-GU, que tiveram opor-

tunidade de esclarecer e sensibilizar os empresários. Assim, a partir do dia 01 de Julho de 2011, e para total regularização desta situação, a todos os licenciamentos serão aplicadas as taxas legalmente previstas nos Regulamentos em vigor, conforme já aplicadas em toda a cidade. Até lá, todas as ocupações de espaço público por esplanadas deverão, caso ainda não o tenham feito, apresentar os respetivos pedidos de licenciamento. Toda a informação necessária à instrução dos pedidos de licenciamento, bem como as minutas e respetivos formulários serão prestados na PE-GU. Mais informações relativas a este assunto poderão ser consultadas na área da Parque EXPO Gestão Urbana do Parque das Nações (GEURBANA)em: www.portaldasnacoes.pt/


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Requalificação paisagística da Alameda dos Oceanos Encontra-se em curso uma intervenção de carácter paisagístico na Alameda dos Oceanos, que se traduz na qualificação da estrutura verde já existente e que contribui para a consolidação dos eixos viários e pedonais desta zona do Parque das Nações. Com esta intervenção procura-se potenciar e valorizar a Alameda no que refere à morfologia paisagística, constituída por espaços ajardinados e pavimentados, com a função de enquadramento do espaço de utilização pública e dos edifícios de habitação, comércio e serviços na zona central do Parque das Nações. A grande potencialidade paisagística do local decorre da articulação das zonas verdes e dos planos de água, que se desenvolvem

numa estrutura espacial convidativa, tendo em conta a perspetiva sobre a zona pedonal e ribeirinha deste território. Esta intervenção reflete as preocupações estéticas e de funcionalidade do território defendidas

Participe na gestão do PN – “Ideias para um orçamento”

pela Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, que continua a procurar dotar o Parque das Nações de espaços de qualidade, que contribuam para a consolidação do ambiente urbano e seu usufruto pelos utentes.

A Agenda 21 Local é um documento que conta com a assinatura dos governos de quase duas centenas de países, entre os quais Portugal. Em 2009, 118 municípios e 21 freguesias tinham em curso este processo integrado de gestão territorial, promovido no âmbito da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável. O Parque das Nações adotou, desde a sua génese, muitos dos princípios que estão subjacentes à Agenda 21 Local e, por essa razão, considera-se que estão reunidas as condições para a implementação deste processo cujos objetivos primeiros são: - Promover a participação cívica; - Identificar e avaliar as potencialidades do Parque das Nações, com os seus pontos fortes e fracos.

- Identificar projetos que permitam a valorização do território. Para concretizar esta medida de envolvimento dos cidadãos na gestão efetiva do Parque das Nações, a Parque EXPO Gestão Urbana irá lançar a iniciativa “Ideias para um orçamento”, no âmbito da qual será cativado o valor de 80 000,00 € do orçamento de 2012 para a realização de uma ou mais inter-

venções que preencham os seguintes requisitos: - Ser de Interesse público; - Localizar-se no espaço público; - Valorizar o território; - Ser ambientalmente sustentável. Neste âmbito, convida-se, desde já, a comunidade do Parque das Nações a aderir a esta iniciativa. (Mais nas páginas 16 e 17)

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6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN

Entrevista do Vice-presidente da Câmara M de Loures ao NP Loures e a Freguesia 16 | NP | LOCAL

João Pedro Domingues, vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, reafirma a posição face à vontade, por grande parte da comunidade, de integração do território do PN, pertencente ao Concelho de Loures, na futura freguesia do Parque das Nações. Conheça os argumentos e as razões que levam Loures a dizer não à integração do território de Loures na futura freguesia do PN.

Lisboa tem na mesa uma proposta de reorganização administrativa, na qual está prevista a criação de uma freguesia, no Parque das Nações. A comunidade reclama que essa freguesia inclua, também, o território que está em Loures. Ainda mantêm a mesma posição face a esta matéria? Sim. A realidade de Lisboa é completamente distinta da realidade de Loures. Em Lisboa existem situações em que a mesma rua é abrangida por três freguesias. Loures tem realidades muito diferentes. Tem freguesias rurais, mistas, urbanas e, portanto, a densidade, por um lado, e a dispersão, por outro, fazem com que a especificidade de Loures seja completamente distinta da de Lisboa. Em relação a Lisboa faz sentido essa reorganização. Em Loures, as várias forças políticas continuam a achar que não faz sentido algum que o território de Loures, que integra o Parque das Nações, seja alienado para Lisboa. Aliás, o que

achamos é que faria sentido que a divisão dos dois concelhos se fizesse pela Torre Vasco da Gama integrando Beirolas. E faria sentido, ainda, outra coisa, que não tem a ver com os moradores, que é a situação do próprio casino. Faria todo o sentido que as receitas do Casino pudessem ajudar a requalificar e a valorizar também o concelho de Loures. No fundo entendemos que a realidade de Lisboa é uma e a de Loures é outra. Juntar as duas no mesmo pacote não me parece uma situação muito prudente. Mas o PN foi idealizado e edificado como um território uno... Foi visto como um território uno, é um facto. Por isso digo que as receitas do próprio Casino não deviam ser canalizadas exclusivamente para Lisboa. Há uns anos largos esteve presente a ideia de uma entidade tripartida para gerir o PN, mas que não avançou porque o presidente da Câmara

Municipal de Lisboa, na altura, o Dr. Pedro Santana Lopes, fez com que esse projecto caísse. Neste momento a situação está, também, num certo impasse dado que Loures não entende as contas que têm sido feitas pelo PN e estamos a discutir e a negociar isso, neste momento. Eu penso que a identidade de toda aquela zona não se perde por estar uma parte em Lisboa e outra em Loures. Eventualmente o que temos que corrigir é: que a requalificação que se pode fazer naquela zona por via das receitas do Casino, que venham, também, a servir o concelho de Loures. É importante, igualmente, que toda a requalificação desta zona se continue a propagar até Santa Iria da Azóia que é o limite do nosso concelho. Não se deve limitar a requalificar a zona do PN. Não entendo que haja grandes benefícios na criação de uma freguesia única, nesta zona. Não me parece que existindo uma parte em

Lisboa e outra em Loures a qualidade dos serviços, o bem-estar e a qualidade de vida dos cidadãos possam ser afectadas. Não tenho dúvidas quanto a isso e até me parece um falso argumento. O presidente da Junta de Freguesia da Sé, que faz parte da Assembleia Municipal de Lisboa, numa entrevista dada ao Notícias do Parque, diz estar convencido de que as receitas e a participação são feitas de uma forma não justa. Em relação a isso digo que Lisboa tem 80% do território, logo, 80% das receitas de todo aquele território é onde está toda a grande concentração do investimento imobiliário naquela zona. O que nós temos aqui, acima de tudo, são grandes zonas verdes.

Mas acha ou não legítimo que um morador se sinta excluído do Parque das Nações? Já referiu que acha que a divisão não vai prejudicar o Parque, mas vou colocar a questão de uma outra maneira:

não acha, então, que iria ajudar? Não acha que iria ser mais benéfico ser gerido de uma forma una? Até porque as freguesias vão passar a ter mais competências. É verdade que se fala que as freguesias possam ter mais competências próprias, mas vendo isto da lógica do munícipe, desde que os serviços prestados sejam de qualidade, é lhe perfeitamente indiferente que esteja na freguesia A ou B, isto na perspectiva do utilizador. Em relação àquilo que são as competências próprias e as delegadas. Aquilo que é delegado por parte do concelho de Loures, nas freguesias, é 10 vezes mais do que se delega em Lisboa. Portanto, a esse nível, não me perece que existam diferenças significativas. O que me parece que temos que encontrar é uma solução para o nosso relacionamento com o Parque das Nações. Chegar a um entendimento. Não tem a ver com os valores. Naquela entrevista que li, apesar de Lisboa já ter um pré-entendimento com a Parque Expo, a dívida que está em questão é muito semelhante àquela que Loures tem. Portanto, aquilo que temos que encontrar é uma solução a esse nível. Em relação aos serviços que são prestados à população, não me parece que sejam diminuídos por estarem em Lisboa ou em Loures. Não concordo com essa visão. Relativamente ao acordo com a Parque Expo, qual o ponto de situação? Neste momento temos, nós e toda a gente, um problema acrescido que é o problema das finanças. Se tivesse havido, há sete ou oito anos, entendimento, estaríamos mais próximos do que estamos hoje. Já se resolveu uma série de problemas que nos separavam e neste momento aquilo que está

“A realidade de Lisboa é completamente distinta...” essencialmente, em cima da mesa, é a manutenção desde 2001 até agora. E aí vamos encontrar as soluções necessárias em conjunto com a Parque Expo para que esta situação fique completamente diluída. Porque sabemos, também, como não temos ainda uma tutela efectiva nesta área, que há um conjunto de situações que têm que ser alteradas, seja o estacionamento, seja a ocupação da via pública, seja a publicidade. Há um conjunto de situação que precisam de ser resolvidas para se dar este passo. Entrar no território de uma forma diferente. E isso estamos a fazê-lo, pausadamente, com muita coerência e encontrando as soluções necessárias. Relativamente à escola e ao Parque de Eventos previstos para a zona norte? O colégio Pedro Arrupe já é uma realidade. O projecto de execução da escola pública está concluído. Estamos neste momento a acertar pequenos procedimentos que têm a ver com o arrastar deste processo com a Parque Expo, e estamos em condições de o lançar a concurso a muito curto prazo. Em relação ao Parque de Eventos temos, também, um acordo com a PE, que nos vai apresentar uma proposta de consolidação daquele espaço e, quem sabe, que se avance, até, com uma gestão comum. Resumindo, está tudo a avançar dentro dos prazos normais e com a ponderação necessária.

27 de Abril de 2011 Se dúvidas houvesse sobre a pertinência das preocupações que recentemente levámos ao conhecimento dos moradores e comerciantes do Parque das Nações sobre o impacto da divisão deste bairro, caso venha a ser aprovada a criação da freguesia do Oriente com os limites constantes da pro-

posta que tem estado em discussão pública na Câmara Municipal de Lisboa, as mesmas ficaram, certamente, afastadas, com a entrevista do VicePresidente da Câmara Municipal de Loures, publicada na edição do Notícias do Parque do mês de Abril. Efectivamente, ao longo de duas páginas de uma penosa entrevista em que o Vice-Presidente da Câmara de Loures se esforça por apresentar argumentos para demonstrar aos moradores e comerciantes do Parque das Nações, sobretudo àqueles que residem ou têm os seus estabelecimentos no terço deste pertencente ao seu concelho, as vantagens de nele continuarem, o que fica claro é que as nossas preocupações pela divisão constante da proposta em discussão na Câmara Municipal de Lisboa têm plena justificação e traduzem o que, na verdade, sucederá. Ou seja, o que o entrevistado acaba por dizer é que escolas, centro de saúde, finanças, sede duma Junta de Freguesia para tratar dos nossos problemas, mesas de voto, para referimos apenas alguns exemplos, na verdade, não as teremos no Parque das Nações, tendo de nos deslocar para outros pontos do concelho onde existem tais equipamentos, nomeadamente, Moscavide ou Sacavém, mas que a incomodidade daí resultan-

CULTURA CUL TURA Dia 2 de Junho

15h Recepção Participantes Pa rticipantes

Dia 9 de Junho

15h Recepção Participantes Pa rticipantes

Dia 16 de Junho

1 15:15 5:15 WORKSHOP WORKSHOP Homeopatia Homeopatia / N Naturopatia aturopatia Professor Pr ofessor Ricardo Ricardo Lopes Lopes

1 15:15 5:15 Palestra Palestra

1 15:15 5:15

16:30 16:30 Body Balance Pr ofessora: C atarina Po ntes Professora: Catarina Pontes

16h Lanche

WORKSHOP WORKSHOP

VI VIDA DA A ACTIVA CTIVA

16h Lanche

Fotografia Fotografia … uma uma fo forma r ma d de e reVIVER reVIVER Fotógrafo F otógrafo José José Boldt Boldt

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C CONVÍVIO ONVÍVIO

16:30 16:30 Yo Yoga ga d do oR Riso iso Professora: Professora: C Clara lara Fernandes Fernandes

16h Lanche

O Verão Verão depois dos 55".

1 16:30 6:30 Pi Pilates lates Pr Professora: ofessora: C Catarina atarina Po Pontes ntes

Drª. D rª. Eugénia Eugénia Martins Martins

Dia 30 de Junho

15h Recepção Participantes Participantes

1 15:15 5:15 WORKSHOP W ORKSHOP Mitos Mitos d do o Envelhecimento Envelhecimento Drª. Carla V Vieira ieira

Local: Casa do Arboreto - Parque Tejo

16h Lanche

1 16:30 6:30 Jogos En Engº. gº. J Jaime aime N Neto eto

te para as vidas de cada um de nós e até os custos para os nossos orçamentos familiares serão contrabalançadas com uma gestão de qualidade que a Câmara faz no seu concelho. E, como contrapartida por uma “mão cheia de nada”, a Câmara apenas arrecada as receitas de IMT, IMI, IUC, Derrama, Imposto Municipal de Passagem, Taxas de Conservação de Esgotos, que paguemos a água mais cara do país – três vezes – estendendo a sua mão, também, a uma parte das verbas provenientes do Casino Lisboa. Maior generosidade não será exigível da Câmara Municipal de Loures, que até apresenta o Colégio Pedro Arrupe, como uma “dádiva” sua ao Parque das Nações. “Generosidade” esta que já mereceu a indignação pública de vários moradores e comerciantes do Parque das Nações, a qual, obviamente, esta Associação também declina. E não se trata de uma questão política, como se diz na referida entrevista. Para nós, a criação da freguesia do Parque das Nações não é um fim, mas o meio de garantir a unidade intrínseca deste bairro e os interesses de todos os que aqui investiram nas suas casas, lojas ou escritórios. E não é pouco. A Direcção da AMCPN

“E, como contrapartida por uma “mão cheia de nada”, a Câmara apenas arrecada as receitas de IMT, IMI, IUC, Derrama, Imposto Municipal de Passagem, Taxas de Conservação de Esgotos, que paguemos a água mais cara do país – três vezes – estendendo a sua mão, também, a uma parte das verbas provenientes do Casino Lisboa. “

O que faz a AMCPN? Defende os interesses dos moradores e comerciantes do Parque das Nações perante quem tem responsabilidades de gestão da área (ParqueExpo e câmaras municipais);

nome “Clube Parque das Nações”), em conjunto com outras entidades do Parque;

Defende junto do Parlamento a criação da Freguesia do Parque das Nações;

Organiza o Festival Parque das Nações, durante o mês de Maio, todos os anos.

Reúne-se com a ParqueExpo para comunicar problemas detectados e sugestões dos moradores e comerciantes e receber informações para transmitir aos sócios;

Quem é a AMCPN? A Associação é composta por todos os seus sócios. A direcção e restantes órgãos sociais são eleitos pelos sócios e realizam as suas tarefas em regime de voluntariado.

Colabora com as autoridades em tudo o que necessário e possível para o bem-estar dos moradores e comerciantes do Parque das Nações; Difunde pelos meios adequados informações sobre o Parque das Nações; Promove actividades culturais e desportivas (sob o

Colabora com a Cruz Vermelha e outras instituições presentes no Parque das Nações;

Como me posso fazer sócio? Basta preencher a ficha e pagar a quota anual, de 15 euros/ano. Contacte-nos através de geral@amcpn.com.


PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP | 7

Festival Parque das Nações 2011 A ideia é simples: desafiar quem mora, trabalha ou visita o Parque das Nações a imaginar formas de celebrar este bairro de Lisboa. É isso que a AMCPN pretende fazer todos os anos com o Festival Parque das Nações. Sempre no final de Maio, para comemorar o aniversário da Expo ‘98, o Festival é um conjunto de actividades culturais e desportivas que juntam os moradores do Parque — assim, ajudamos a criar a comunidade deste bairro. Desde as crianças aos mais velhos, o Festival juntou os moradores e deu-lhes uma exposição de fotografia, uma regata de homenagem às mulheres do Tejo, um torneio de futebol, demonstrações de karaté, judo e ginástica acro-

bática, uma feira de artesanato e muitas conversas, encontros e ideias para o futuro. Através dos prémios de literatura e de fotografia, alargámo-nos à cidade, ao país e ao mundo, com mais de uma centena de participações. Um bairro aberto, activo e criativo — é isso que queremos para o Parque das Nações. Para o ano haverá mais e estamos abertos a sugestões de todos os que gostam deste novo centro de Lisboa. A Direcção da AMCPN www.amcpn.com www.facebook.com/AMCPN


Segurança no Comércio 8 | NP | OPINIÃO

A prevenção do roubo cabe às polícias, mas também é responsabilidade sua!

Subcomissário Cátia Santos - 40.ª Esquadra Parque das Nações - Telf.: 218955810 Esta rubrica, desta vez, é mais vocacionada para a auto-protecção dos Senhores Comerciantes. Não desanime se não tiver um negócio próprio aberto ao público porque, de certeza que, se pensar bem, tem um amigo a quem pode transmitir a mensagem

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que tencionamos transmitir. A presunção de eliminar completamente os roubos é uma utopia como se pode compreender, mas certamente todos podemos fazer alguma coisa para que a sua loja não seja um alvo para os ladrões. No Parque das Nações são escassos casos destes, mas como se costuma dizer, o seguro morreu de velho. Há sempre medidas que podem ser tomadas para diminuir os riscos, tornando a vida difícil para o ladrão. É deste modo que vos transmitirei alguns conselhos que devem adoptar: * As boas fechaduras e grades nas montras e portas desencorajam os ladrões. * A utilização de meios vídeo e/ou vigilantes pode compensar os seus custos. * Neste caso, coloque cartazes a anunciar que os tem. Dissuadir o ladrão é já meio caminho andado...e um alarme sonoro já fez fugir mais do que um

ladrão. * Um bom cofre facilita a sua vida e dificulta a do ladrão. * Tenha: iluminação, espaço e visibilidade. Os ladrões gostam de cantos escuros e de prateleiras e montras atravancadas. * Espelhos normais e convexos, colocados estrategicamente nas paredes e tecto, são pouco dispendiosos... E o ladrão não gosta... * Uma arrumação adequada das prateleiras pode melhorar a vigilância. As prateleiras altas e atoladas dificultam a vida dos mal intencionados. * Colocar os artigos mais valiosos perto dos locais de atendimento. E... Se for assaltado… * Não oponha resistência. Procure manter a calma e não discutir. * Anuncie todos os seus movimentos e avise o

assaltante no caso de estar à espera de alguém. * Caso tenha alarme, faça-o soar apenas se não lhe trouxer riscos. * Memorize todos os pormenores físicos do assaltante, bem como da arma que usa, da direcção que tomou e do veículo que utilizou na sua fuga. E depois do assalto? * Participe a ocorrência às autoridades imediatamente e comunique as suas observações. * Não mexa em nada e peça a colaboração de testemunhas. * Conte exactamente, e apenas, aquilo que observou. * Em caso de roubo participe também à sua companhia de seguros. Ajude-nos Protegendo-se! Colabore com a Polícia de Segurança Pública.

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O Parque vai a Cannes LOCAL | NP | 9

Dupla de criativos local vence primeiro lugar com bilhete directo para ir representar Portugal a Cannes, ao maior festival e publicidade do Mundo

A dupla: André Peixoto (à esquerda) e César Nunes (à direita) André Peixoto, residente na Portela e César Nunes, morador na zona norte, do Parque das Nações, ganharam o primeiro lugar, para a categoria “filme”, no concurso Young lions, com a campanha “Start/Stop” da EDP. O filme tem como tema as energias renováveis. As imagens foram praticamente todas filmadas no Parque das Nações. O filme conta, também, com o protagonismo de Martim Cardoso, de 5 anos, e residente do PN. Para esta dupla da Normajean “é um grande orgulho vencer a

competição dos Young Lions. A oportunidade de representar o nosso país no maior Festival de Publicidade do Mundo é um sonho de qualquer criativo da nossa área. Esta é uma vitória que não só nos dá uma grande satisfação pessoal como também nos permite ter mais visibilidade no mercado. Mas queremos acreditar que este foi apenas o primeiro passo. “ Questionados sobre qual será o próximo passo a dupla responde: “O objectivo agora é tentar vencer em Cannes onde iremos

competir contra criativos de todo o Mundo. Ganhar em Cannes é algo que não será tão fácil de descrever por palavras, mas se acontecer, certamente as nossas caras irão reflectir, de maneira mais ou menos ridícula, tamanha felicidade. Mas para isso, ainda nos faltam 48 horas de muito trabalho, alguma inspiração e, em caso de desespero, um envelope com todas as nossas poupanças.” Veja o filme em: http://vimeo.com/23632368 ou em noticiasdoparque.com


Parque em Festa 10 | NP | LOCAL

Após o arranque do Festival Parque das Nações, o fim-de-semana de 3, 4 e 5 fecha, em grande, este ciclo de festividades. Santos Populares e Corrida do Oriente, trazem milhares de pessoas à rua. O Casino Lisboa volta a apoiar fortemente estas actividades.

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arraial. Esta festa conta, este ano, pela primeira vez, com o apoio da Câmara Municipal de Loures e com o sempre presente apoio das Juntas de Freguesia de Moscavide e Sacavém, como já vem sendo hábito. A organização espera assim “conseguir aumenDesporto, cultura e náutica voltaram a marcar o Festival Parque das Nações. Feira do artesanato, exposição de fotografia, futebol, judo, ginástica acrobática e o festival náutico, estiveram, uma vez mais, presentes. A entrega do prémio literário e de fotografia Casino Lisboa foi um dos momentos altos, revelando o aumento de adesão e qualidade das participações. Arraial dos Navegantes – Santos

Populares do Parque das Nações nos dias 3, 4, e 5 de Junho Este evento já vai na sua 9ª edição, tendo vindo a registar uma adesão crescente nos últimos anos por parte da população do Parque das Nações. É já um dos maiores das cidades de Loures e de Lisboa ao contar com cerca de 800 lugares sentados e um total de, sensivelmente, 5 mil visitantes nos três dias do evento. Na sua organização, têm os

Escuteiros do Agrupamento 1100 do Parque das Nações vindo a empenhar-se, sempre com um sentido de serviço à comunidade e sempre com muita alegria e entusiasmo. Ao mesmo tempo conta, em cada ano, com um número crescente de ajudas individuais bem como de outros grupos, contribuindo assim todos para o crescimento desta Paróquia, enquanto Comunidade. O Arraial dos Navegantes no Parque das Nações insere-se num conjunto de eventos que têm como principal objectivo a angariação de fundos para a construção da Nova Igreja do Parque das Nações. É por isso que, ao longo de todo o arraial, será feita mais uma abertura dos “porquinhos mealheiro”. A organização apela a que “traga o seu porquinho e ajude a encher o grande mealheiro para esta nossa grande obra.” Entre as habituais iguarias próprias destes eventos, onde não faltará a tradicional sardinha assa-

Marco Neves, da AMCPN e Emília Santana, do Casino Lisboa, com as largas dezenas de contos enviados para o Concurso Literário, deste ano.

da a par das febras e dos caracóis, encontrará sempre boa disposição e muita alegria proporcionada pela animação musical

tar o sucesso desta festa que também é sua, pelo que contamos desde já com a presença de todos vós”.


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10.ª Edição Corrida do Oriente – Casino Lisboa, dia 5 de Junho, às 10h É já no próximo dia 5 de Junho de 2011, que irá decorrer no Parque das Nações, mais uma Edição - a 10ª Edição da Corrida do Oriente – Casino Lisboa. Este ano a organização quer “celebrar de uma forma especial esta edição, através de várias novidades: um site novo com inscrições online, sorteios entre os inscritos ao longo do prazo de inscrições e uma mini-corrida dirigida para o público mais infantil, que se junta à prova principal de 10Km e à Caminhada de 2 Km, proporcionando assim, a participação na nossa Corrida, a participantes de todas as idades.”

Com partida marcada para as 10h horas, na Zona Norte do Parque das Nações, no Parque do Tejo, esta edição irá aproveitar o magnífico enquadramento paisagístico e arquitectónico desta zona, proporcionando um ambiente lúdico a par do competitivo, às três provas a realizar: Prova de 10Km com distância certificada que percorrerá toda a área do Parque das Nações, Caminhada de Convívio de 2 Km com percurso pelos Jardins do Parque do Tejo, direccionada a todos os que desejem participar, e uma Mini-Corrida de 500 metros para as crianças, a decorrer na zona da Meta. Para a edição deste ano prevê-se uma participação superior a 2.500 atletas no conjunto dos

Para além dos prémios e troféus a atribuir aos primeiros classificados, vai ser oferecido a todos os participantes uma T-shirt e uma caneca comemorativa, ambos alusivos ao evento. A Corrida do Oriente – Casino Lisboa tem um objectivo não lucrativo, de apoio a obras sociais, visando este ano apoiar a construção da futura Igreja do Parque das Nações e a Associação Navegar, instituição com projectos humanitários, sociais e culturais, em Portugal e São Tomé e Príncipe.

eventos, que poderão contar com várias actividades paralelas à festa das corridas: animação musical

efectuada pelo magnifico grupo de percursão Eclodir Azul, exercícios de aeróbica e stretching,

esplanada e muito mais, proporcionando momentos de convívio entre todos os participantes.

Informações e inscrições no site www.corridadooriente.com, ou nos Serviços da Paróquia do Parque das Nações nos horários habituais.

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“Passo a passo, numa melhoria contínua” 12 | NP | LOCAL

Maria José Soares, Presidente do Agrupamento de Escolas Eça de Queirós, faz o ponto de situação sobre a escola básica do Parque das Nações e principalmente sobre a questão da falta de equipamentos lúdicos e desportivos da escola. Tudo indica que, a curto espaço, a situação será resolvida. definir regras, estabelecer prioridades. Depois foi preciso identificar debilidades e inventariar necessidades. Só então foi possível agir no sentido de satisfazer aspectos não menos importantes, mas menos emergentes. A escola básica do Parque das Nações está a dar os primeiros passos num terço do seu projecto total. Concluída a 1ª fase, para o préescolar e para o 1º ciclo, esta escola foi alvo de considerável investimento, anímico e financeiro,

do agrupamento que assim cumpriu o principal objectivo com que foi constituído. Nem tudo pode ser feito de uma vez. Nem todos o compreendem. Primeiro foi necessário começar,

A principal preocupação surgiu com o início da primavera e a falta de sombra para os nossos pequeninos brincarem em segurança. Graças à compreensão, sensibilidade, disponibilidade, bom senso e bondade da Administração da Parque Expo, esse problema está resolvido com a colocação

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“Graças à compreensão, sensibilidade, disponibilidade, bom senso e bondade da Administração da Parque Expo, esse problema está resolvido com a colocação de ensombramento, num curtíssimo espaço de tempo. Bem hajam!” de ensombramento, num curtíssimo espaço de tempo. Bem hajam! Outro motivo de preocupação, identificado, com a segurança das crianças, foi a utilização de talheres de plástico, descartáveis. Outro assunto resolvido com a aquisição de talheres adequados e a colocação de uma máquina de lavar loiça, garantia de higiene assegurada. Principal “reclamação” de pais (e filhos) era a inexistência de equipamentos lúdicos e/ou desportivos que possibilitassem uma prática saudável de exercício físico e adequado desenvolvimento motor. Há que ter em conta as condicionantes de espaço livre e a sua disposição bem como a quantidade de portas em vidro que rodeiam o edifício e que põe em causa a prática de jogos com bola;

não se pode esperar a construção de um polidesportivo, nem sequer de um campo de jogos. Com os parcos recursos do agrupamento, também aquelas questões foram menorizadas: adquiriu-se um “brinquedo”, com o contributo de um patrocínio da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais e uma tabela de basket; ficarão permanentemente colocadas as balizas oferecidas pela Câmara Municipal de Lisboa. Na colocação e utilização destes equipamentos estão garantidas

condições de segurança. Num esforço conjunto, com contributos vários, caminhamos, passo a passo, numa melhoria contínua. Contudo, não se podem prometer soluções irreais ou irrealizáveis; todos sabíamos em que condições abria a escola.Tentamos e temos consciência de que estamos a dar o nosso melhor. Resta-nos esperar e desejar que o prosseguimento da 2ª fase de construção da escola se realize e em tempo útil.



Viver sem Solidão 14 | NP | LOCAL

O projecto Viver Sem Solidão pretende, através do convívio, cultura e desporto, tirar as pessoas do isolamento. Realiza-se na Casa do Arboreto e é desenvolvido pela delegação da Cruz Vermelha e pela Associação de Moradores e Comerciantes do PN com o apoio da Fundação AXA Corações em Acção. Mais um projecto, de marca local, evidenciando o grande nível dos projectos comunitários do PN.

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Como surgiu o projecto “Viver Sem Solidão” no Parque das Nações? Seria bom começar por relembrar que estudos muito recentes sobre “como vivem os seniores portugueses” vieram confirmar que a esmagadora maioria fica em frente à televisão (78,3%), 52,5% preferem a leitura e apenas 2,2% optam pela prática de desporto. Mas não tem que ser assim. Para viver feliz em qualquer idade, o mais importante é nunca cair em situações de isolamento social. Falar com outras pessoas, fazer exercício e interessar-se pelo mundo, podem ser as mais simples e melhores formas de combater a solidão. É neste contexto que surge o projecto “Viver Sem Solidão” numa meritória iniciativa da Delegação de Loures da Cruz Vermelha Portuguesa e Associação

de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, com o apoio da Fundação AXA Corações em Acção. De uma forma sucinta como caracterizam este projecto? O projecto caracteriza-se por três momentos distintos: cultura, convívio e vida activa. O objectivo é combater a solidão, o isolamento e a inactividade, mas ao mesmo tempo promover equilíbrio físico e psicológico através de actividades físicas e mentais, preferencialmente ao ar livre. O espaço aberto onde nos situamos, junto ao rio, é um bem que devemos potenciar. Em termos de público alvo, o programa dirige-se às pessoas com mais de 55 anos que residem no Parque das Nações e que procurem uma melhoria na sua qualidade de vida, através do convívio, lazer, aquisição e partilha de novas experiências e saberes

dentro da sua própria comunidade. Mas o projecto é mais abrangente e podem inscrever-se seniores residentes fora do Parque das Nações ou pessoas de comprovadas carências financeiras; uma forma de inclusão social também implícita no programa. Quantas pessoas estão envolvidas? É um trabalho desenvolvido não por um ou por meia dúzia de pessoas, mas por uma equipa multidisciplinar de muitos, envolvendo palestrantes, ateliês, workshops, conferencistas em múltiplas áreas abrangentes de várias temáticas a nível de saúde, de leituras, clube de histórias para partilha de sonhos e vivências próprias, cultura, socialização, comunicação, desporto, caminhadas e jogos ao ar livre, lanche, enfim, toda uma panóplia de experiências e saberes que envolve todos num verdadeiro

espírito de dádiva permanente. Este é um projecto de pessoas para pessoas! De que forma têm crescido o interesse e adesão por parte dos moradores? Estamos ainda na fase de arranque; o projecto iniciou-se em 5 de Maio e a adesão espontânea dos moradores já é visível. Contamos já com cerca de 20 pessoas que aderiram por convite de amigos ou porque acompanham de perto outras actividades da Cruz Vermelha Portuguesa ou da AMCPN e tiveram conhecimento de forma directa. Mas acreditamos que a curto prazo o programa chegue a mais pessoas e a adesão espontânea aconteça. Quais são as maiores dificuldades ou carências que encontram? Não podemos falar de dificuldades ou carências, mas antes de boas vontades. Estamos a falar de

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um programa em que os recursos financeiros são o menos importante. A riqueza aportada pelo envolvimento das pessoas é tão grande que tudo é superado com sucesso. Este tipo de programas vão-se construindo, caminhando e nesse sentido cada dia traz novas experiências de vida que tentamos integrar nos nossos objectivos de cidadania. O que inicialmente poderia ser o mais difícil que é encontrar pessoas disponíveis para fazer palestras e workshops temáticos de qualidade, está a revelar-se uma surpresa. Os calendários de Junho e Julho estão integralmente completos com temas que vão desde fotografia, osteopatia, alzheimer, segurança na rua e em casa, e outros. A componente Vida Activa é assegurada pelo Holmes Place Parque das Nações com sessões de Tai shi e pilates; a casa Saboreia Chá e Café assegura o lanche; a Dimensão Humana /Atitude proporciona-nos bons momentos de descontracção com aulas de Yoga do Riso. Aproveitamos para publicamente expressar o nosso agradecimento a estes nossos patrocinadores que, de forma tão desinteressada, aceitaram apoiar o projecto.

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O programa acontece todas as quintas-feiras (excepto feriados) das 15h às 17h30. Durante o mês de Agosto, durante o período de férias, não serão realizadas actividades. As inscrições podem ser feitas no local: Casa do Arboreto, Parque Tejo.


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Conceição Palha, da Fundação AXA Corações em Acção e moradora, José Felgueiras, da Cruz Vermelha e José Moreno, da Associação de Moradores e Comerciantes do PN

Qual tem sido o feedback das pessoas envolvidas? O lado mais gratificante até este momento é a opinião manifestada pelas pessoas que já frequentam o programa. As palavras que nos chegam são suficientemente reconfortantes para acreditarmos que estamos perante uma iniciativa que vai

de encontro às expectativas dos moradores do Parque das Nações. A partir daqui tudo é possível. O que é necessário fazer para nos voluntariarmos ou para nos inscrevermos? O programa acontece todas as quintas-feiras (excepto feriados)

das 15h às 17h30. Durante o mês de Agosto, durante o período de férias, não serão realizadas actividades. As inscrições podem ser feitas no local: Casa do Arboreto, Parque Tejo. Serão muito bem recebidos todos os que quiserem visitarnos no decorrer das actividades,

numa destas quintas-feiras. A Cruz Vermelha portuguesa de Loures e a AMCPN estão também disponíveis pelos telefones. Como esperam ver este projecto daqui a 5 anos? Vamos dar tempo para que ele fale por si, pois pela nossa parte,

ele durará até que desapareça a Solidão, pois enquanto houver alguém que queira ser solidário e quem necessite de solidariedade, haverá razão para existir. Quanto a nós: Presidente da Delegação de Loures da Cruz Vermelha, Presidente da Associação de Moradores e Presidente da Fundação AXA e

toda a Direcção destas Instituições podem contar connosco.

Email: geral@amcpn.com Tlm: 932 037 474/932 037 473 http://www.amcpn.com http://www.facebook.com/AMCPN

Cursos desenvolvidos por pedagogos concebidos para as férias de Verão que conjugam o ensino de inglês com outras actividades de carácter lúdico. Os cursos decorrem entre 4 de Julho e 2 de Setembro diariamente das 8h45 às 18h, e estão orientados para crianças entre os 3 e os 12 anos.

Actividades: x Inglês:

Metodologia divertida, própria para as férias de verão;

x Desporto: Natação, Ténis, Futebol; x Visitas:

Pavilhão do Conhecimento, Oceanário, Quinta Pedagógica, etc;

x Cinema,

Picnics, passeios e jogos no Parque Tejo, viagens no teleférico, etc.

The Kids Club Expo Parque das Nações

Tel. 21 8956445 / 96 8779220 kidsclubexpo@yahoo.com www.kidsclub-expo.com


IDEIAS PARA UM 16 | NP | LOCAL

O Notícias do Parque será parceiro neste projecto que promove a participação cívica na melhoria do Parque das Nações. A melhor ou melhores ideias serão integradas no orçamento, de 2012, num valor total de 80 mil €. A entrega das propostas terá que ser feita entre o dia 1 de Junho e o dia 15 de Agosto. e 21 freguesias tinham em curso este processo integrado de gestão territorial, promovido no âmbito da Estratégia Nacional de Desenvolvimento Sustentável. O Parque das Nações adotou, desde a sua génese, muitos dos princípios que estão subjacentes à Agenda 21 Local e, por essa razão, considera-se que estão reunidas as condições para a implementação deste processo cujos objetivos primeiros são: * Promover a participação cívica; * Identificar e avaliar as potencialidades do Parque das Nações, com os seus pontos fortes e fracos. * Identificar projetos que permitam a valorização do território.

Agenda 21

“A Agenda 21 Local (A21L) é um processo participativo, multissectorial, que visa atingir os objetivos da Agenda 21 ao nível local, através da preparação e implementação de um Plano de Ação estratégico, de longo prazo, dirigido às prioridades locais para o desenvolvimento sustentável.” International Council for Local Environmental Iniciatives (ICLEI) A Agenda 21 Local foi adotada na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida por Cimeira da Terra, realizada

no Rio de Janeiro em 1992, e constitui um documento de estratégia ao nível do desenvolvimento sustentável, procurando articular o desenvolvimento económico e a consolidação social com a proteção ambiental. Na prática, a Agenda 21 Local é um processo no qual as autoridades trabalham em conjunto com a comunidade, com o objetivo de definir uma estratégia conjunta que visa a melhoria da qualidade de vida global ao nível local. A metodologia da Agenda 21 Local caracteriza-se pela flexibilidade e pelo dinamismo, dentro de um conjunto de três princípios

orientadores globais: * A proteção e valorização do ambiente; * A coesão social; * O desenvolvimento económico. No âmbito do Programa Comunidades Modelo, desenvolvido pelo ICLEI, foram ainda definidos 7 conceitos chave que devem ser observados na implementação da Agenda 21 Local: * Parcerias: É indispensável a existência de entidades que representem a comunidade e colaborem com a entidade gestora do território na definição da estratégia. * Participação e transparência: A

comunidade deve ser envolvida no processo de gestão local e deve ter acesso ao processo de implementação da Agenda 21 Local. * Preocupação com o futuro: É imprescindível que a definição dos Planos de Ação inclua, além de medidas a curto prazo, medidas a longo prazo que garantam o futuro sustentável do território. * Enfoque sistémico: O processo de Agenda 21 Local deverá ser articulado com o Plano de Atividades da entidade gestora do território. * Responsabilidade: A articulação da vontade política com a partici-

pação da comunidade é essencial para o lançamento da Agenda 21 Local, de modo a gerar o envolvimento na tomada de decisões. * Equidade e justiça: O desenvolvimento deve ser ambientalmente seguro, socialmente justo e economicamente bem distribuído. * Limites ecológicos: A comunidade deve ser sensibilizada e consciencializada sobre os limites ecológicos. A Agenda 21 Local é um documento que conta com a assinatura dos governos de quase duas centenas de países, entre os quais Portugal. Em 2009, 118 municípios

Para concretizar esta medida de envolvimento dos cidadãos na gestão efetiva do Parque das Nações, a Parque EXPO Gestão Urbana irá lançar a iniciativa “Ideias para um orçamento”, no âmbito da qual será cativado o valor de 80 000,00 € do orçamento de 2012 para a realização de uma ou mais intervenções que preencham os seguintes requisitos: * Ser de Interesse público; * Localizar-se no espaço público; * Valorizar o território; * Ser ambientalmente sustentável. Neste âmbito, convida-se, desde já, a comunidade do Parque das Nações a aderir a esta iniciativa.


ORÇAMENTO Metodologia e normas de participação 1. A partir do dia 1 de junho e até 15 de agosto, a comunidade pode apresentar propostas, devendo preencher a ficha que se disponibiliza para esse efeito. 2. Cada cidadão (residentes, trabalhadores ou visitantes) pode apresentar uma ou mais propostas. 3. As propostas que reúnam os requisitos referidos (pág.5) serão disponibilizadas no “Portal das Nações” para consulta pública à medida que são rececionadas. Antes de colocadas no site, as propostas poderão ser objeto de ligeiros ajustes / alte-

rações pela PE-GU, por forma a assegurar a sua apresentação coerente e relativamente uniforme e, desta forma, alguma objetividade para efeitos da sua comparabilidade.

apreciação da proposta.

4. Entre os dias 15 de setembro e 23 de outubro, as propostas serão submetidas à participação pública, para votação. 5. A partir do dia 24 de outubro os serviços técnicos da Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações analisam as três (3) propostas mais votadas, ou o conjunto das propostas mais votadas cuja estimativa de custos totalize 80 000 €, de modo a concluir acerca da sua viabilidade financeira e exequibi-

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lidade técnica e legal. 6. Os participantes poderão, em

qualquer momento, ser contactados pelos serviços técnicos da Parque Expo – Gestão Urbana

do Parque das Nações, para prestar esclarecimentos que se considerem fundamentais para

7. Até ao dia 31 de dezembro a Parque EXPO – Gestão Urbana procederá à divulgação do projeto, ou projetos (desde que, na sua totalidade, não excedam o valor cativado para esta iniciativa) a implementar e que tiverem sido inscritos e aprovados no Programa de Atividades e Orçamento da Parque EXPO Gestão Urbana para 2012. Mais informações sobre este processo encontram-se na área da Parque EXPO Gestão Urbana do Parque das Nações (GEURBANA) em www.portaldasnacoes.pt/ e serão disponibilizadas nas próximas edições do Notícias do Parque

7 ANOS DE PARQUE

2.ª a Sábado das 8:00h às 21:00h Feriados: das 9:30h às 19:30H

Av. da Peregrinação, Loja 4.39.01 E. Vila Expo - t: 218969043. Tlm: 914 742 082


O medo dos outros 18 | NP | OPINIÃO

“Estamos de passagem e não temos assim tanto tempo a perder em buzinadelas só porque alguém não anda à velocidade certa ou em desprezos sibilinos porque nem todos são como nós.”

Marco Neves http://contrariar.certaspalavras.org Quando tinha uns 15 ou 16 anos, visitei aquele edifício em forma de periscópio que está no extremo sul do Parque das Nações. Lembro-me de ver uma maquete daquilo que seria a Expo dali a poucos anos. Era uma espécie de cidade feita de gesso, fechada em vidro, um cenário vazio. Depois,

olhei para o enorme terreno onde nasceria aquela cidade. Quinze anos depois, temos aqui uma cidade, certamente muito diferente do que qualquer pessoa imaginaria. Ouvindo alguns comentários, algumas pessoas prefeririam que a cidade tivesse ficado exactamente igual à maquete – perfeitinha e, de preferência, vazia. Para alguns, a única cidade aceitável seria uma cidade sem os outros – ou então uma cidade povoada por cópias exactas de si mesmo. Há pessoas obcecadas pela forma como os outros se esforçam todo o santo dia por irritá-las. Há quem se irrite com o barulho, os hábitos, as manias, a estupidez e, em geral, a vida dos outros. Desejam ardentemente viver numa Lisboa perfeita, que siga sem falhas um plano qualquer. Estão tão obcecados que ensopam os dias de impaciências, arrogâncias e rosnadelas. Ora, a verdade é que a soma de tudo o que faze-

mos na cidade nem sempre é agradável: há demasiados carros, Baixa vazia, centros comerciais a abarrotar e por aí fora. Não seria tão bom que os outros fizessem aquilo que temos a certeza de que é correcto? Talvez, mas por mim prefiro uma cidade imperfeita a uma cidade que se arrisque a ser uma maquete com pequenos bonecos a fazer tudo de forma certinha. Uma cidade faz-se com as pessoas que cá vivem e é sempre um compromisso. A cidade que criamos em conjunto nunca é a cidade que determinada pessoa desejaria. Podemos ter um pouco de humildade: sim, é verdade que “o inferno são os outros” – mas outras vezes o inferno dos outros somos nós. Isto tudo para dizer que o medo dos outros não nos deve impedir de aproveitar a cidade. Proponho um pequeno truque para quem já está pelos cabelos com as outras pessoas. Finja que é turista. Vá até Alcochete e volte pela ponte. Faça

de conta que não conhece Lisboa. Visite os sítios mais óbvios e perca-se em ruas desconhecidas. Peça informações. Faça perguntas. Fale com os nativos. São mais simpáticos do que se diz. Em resumo: como acontece quando viajamos, temos de perder o medo dos outros – podem ser diferentes, mas eles lá sabem. Estamos de passagem e não temos assim tanto tempo a perder em buzinadelas só porque alguém não anda à velocidade certa ou em desprezos sibilinos porque nem todos são como nós. Vem aí oVerão, vêm aí muitas oportunidades para nos encontrarmos. Há arraiais, corridas, feiras, concertos, festas e tudo o mais. Aproveitemos, por momentos, a cidade que temos, as ruas cheias, a sombra das árvores, as noites de calor e as conversas com os outros. BomVerão – vemo-nos por aí!

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FIA Lisboa 2011 20 | NP | FEIRA

FIL apresenta a maior montra de Artesanato, Cultura e Gastronomia da Península Ibérica

De 25 de Junho a 3 de Julho, a FIA Lisboa – Feira Internacional do Artesanato - está de regresso à FIL, Parque das Nações. Organizada pela AIP/FIL, com a colaboração do IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional, a maior e mais importante feira de artesanato na Península Ibérica, que vai já na sua

24ª edição, aposta no melhor artesanato, que se faz não só em Portugal como em mais de 40 países de todo o mundo, na gastronomia e em animação multicultural. Em 2010 a FIA Lisboa acolheu a visita de mais de 100.000 pessoas com a participação de cerca de 600 expositores nacionais e inter-

nacionais. Para 2011 a organização espera subir o número de visitantes para 110.000, contando para isso com a presença de mais de 650 expositores, provenientes de mais de 40 países oriundos dos cinco continentes. Dirigido a profissionais dos ofícios artesanais, artes e design, mas também aos interessados por artesanato em geral, na FIA Lisboa 2011, os visitantes poderão conhecer e comprar desde as mais tradicionais às mais contemporâneas e originais peças de artesanato, de design português e internacional, deliciarem-se com a diversificada oferta gastronómica e usufruir de variadas actividades multiculturais. Terão também a possibilidade de ver ao vivo artesãos e artistas a criar peças únicas e ricas em identidade e cultura.

Prémios Artesanato para as peças que melhor congregam a tradição e o design Numa exposição temática dedicada às Artes da Casa, o IEFP pretende, nesta edição da FIA 2011, voltar a distinguir os artesãos portugueses, privilegiando as suas competências técnico-profissionais, bem como, a sua capacidade estética, assumindo-se igualmente como um factor de valorização social e cultural de todos os artesãos. O objectivo da iniciativa é mostrar e promover novos caminhos e abordagens de vanguarda, aliando o design e a contemporaneidade às tradições e identidades portuguesas, apostando na diferenciação e qualificação que os objectos artesanais emprestam aos espaços.

A par do Prémio de Artesanato do IEFP também a AIP/FIL irá promover, durante o decorrer do certame, o Concurso de Artesanato FIA Lisboa 2011, a fim de distinguir as peças mais representativas da cultura da sua região, aliando a preservação do património à inovação e originalidade do design contemporâneo.

norte a sul de Portugal, sem esquecer as ilhas, servem à mesa os seus pratos mais representativos, bem como, o melhor dos seus doces regionais, vinhos, licores, compotas, pães, bolos e folares, queijos e enchidos, entre tantas outras iguarias que compõem a rica oferta gastronómica de Portugal.

Gastronomia é rainha no Pavilhão 4 da FIL

A FIA’10 realiza-se entre os dias 25 de Junho e 3 de Julho, abrindo às 15h00 e encerrando às 24h00. Durante os dias da feira, o espaço gastronómico estará aberto das 12h30 às 24h00.

Se o artesanato é rei neste certame a gastronomia surge como rainha deste evento. Para esta edição a organização dedicou o Pavilhão 4 à gastronomia nacional. Neste amplo espaço os cheiros e sabores da cozinha tradicional portuguesa prometem deixar os visitantes com água na boca. Várias regiões gastronómicas de

O preço dos bilhetes é de 5 euros para adultos e 2 euros para crianças, estudantes e seniores. Para mais informação consulte o site www.artesanato.fil.pt


ENTREVISTA | NP | 21

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Regeneração Urbana

O seminário, promovido pela INTA (Internacional Urban Development Association), Câmara Municipal de Lisboa e Parque Expo, trouxe a Lisboa o debate sobre os desafios da Reabilitação Urbana e da mobilidade. Especialistas internacionais debateram o tema e vários casos de cidades europeias foram apresentados. O envolvimento da comunidade foi um dos denomindores comuns dos oradores. Rolando Borges Martins, presidente da Parque Expo, fala-nos sobre estas questões, numa altura em que se preparam para lançar um projecto, de participação da comunidade, para a escolha de investimentos a fazer, no PN. O orçamento previsto é de 80 mil euros.

O seminário da INTA foi um sucesso. Que balanço faz? Escolhemos um tema complexo. Visava um público especializado e com alguma dedicação à área. A ideia foi termos pessoas de outras cidades, de outros países a falarem sobre o tema que era a conjugação de três realidades: as centralidades, a regeneração urbana e a mobili-

dade. Estes três dentro de uma zona de reflexão da Inta que é a metropolização. As metrópoles que são realidades cada vez mais presentes no mundo e de afirmação futura. Como numa metrópole as centralidades se comportam, qual o papel que a mobilidade pode ter ou não dentro dessas metrópoles, a questão da regeneração urbana,

nomeadamente dos centros históricos que têm passado por alguma degradação. A conjugação destas três questões levou, também, a introduzir um conjunto de dimensões mais intangíveis e menos técnicas. Como a questão que foi falada, por Roterdão, do conceito de “alma da cidade” e da participação e envolvimento das pesso-

as, dos cidadãos e da escala. Porque tudo isto faz sentido a uma escala da metrópole ou de uma cidade ou de um bairro. A interacção entre quem decide e quem vive , entre quem planeia e quem gere. Por isso gostei da intervenção de Roterdão nomeadamente na questão de que as coisas já não são “complicadas, mas são complexas”. É

mais complexo na medida em que tem muitas disciplinas, é mais abrangente, mais holístico. Tem o geógrafo, o sociólogo, o arquitecto, o designer, o gestor público, a gestão urbana, tem todo este conjunto de pessoas. Portanto é mais complexa, mas é, também, mais rica. Os tecidos são cada vez mais sistemas vivos e vivem de tudo isto.


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“A apresentação de Roterdão foi particularmente feliz porque falou de projectos que não precisam de grandes investimentos, grande escala. São pequenas coisas que, com o envolvimento das populações, permitem ter resultados concretos para a cidade, para as pessoas.”

Esta organização conjunta tem, também, por trás, uma outra leitura que é da relação do Parque das Nações com o resto da cidade de Lisboa. Esta nova centralidade, que aqui foi criada durante os últimos 15 anos, não vive sozinha, nem faz sentido que viva sozinha. Tem que viver com uma relação com o centro da cidade e com as outras centralidades que, à escala metroplitana, existem ou se afirmam. O papel da mobilidade aí é determinante. E, de facto, temos uma linha de metro que exerce uma relação relevantíssima, à escala da metrópole, mas talvez nos falte, ainda, alguma mobilidade de proximidade e que estabeleça uma relação entre as zonas residenciais e a estação. Gostaríamos muito de pôr de pé um projecto de mobilidade suave, de relação directa entre as zonas residenciais, do PP3 e do PP4, e a estação. Este projecto permitiria que muitas pessoas não fossem trabalhar, no seu transporte individual, para outras zonas da cidade, mas que aproveitassem o metro que tem hoje uma rede muito alargada. As centralidades são tão mais ricas quanto mais completas forem, como esta é, mas também tem que saber estabelecer a sua relação com outras. Há, também, outra dimensão que foi referida: o desenvolvi-

mento que esta zona teve e que poderá ter contribuído para o envelhecimento do centro histórico de Lisboa. Os investimentos imobiliários que decorreram na primeira década, deste século, em Lisboa, foram muito concentrados aqui. E, portanto, não houve investimento no downtown. As cidades vão por movimentos e por umas zonas que vão crescendo e outras não. Esta década é a década em que temos que voltar a olhar para os centros históricos e para as zonas que vão perdendo adequação, entre o seu tecido edificado e as novas formas de vida. Turim é um muito bom exemplo disso. Era um bairro complicado, com uma população avulsa de populações emigrantes, com uma taxa de residentes não naturais, e que, com um cozimento interno, começou a ganhar sentido, alma, força, graça e deixou de ser uma zona rejeitada, sendo hoje muito procurada e visitada. A apresentação de Roterdão terá sido a apresentação mais inovadora, concorda? A apresentação de Roterdão foi particularmente feliz porque falou de projectos que não precisam de grandes investimentos, grande escala. São pequenas coisas que, com o envolvimento das populações, permitem ter resultados concretos para a cidade, para as pessoas. E, a esse

propósito, posso dizer que vamos lançar um projecto de participação das pessoas, via internet, para escolha de investimentos a fazer no PN. Vamos ter dois ou três projectos que vamos sugerir como possíveis de realizar e, além disso, vamos ter um período aberto para as pessoas enviarem propostas. Iremos ter um valor anual que será de cerca de 80 mil euros. Os projectos serão votados e escolhidos publicamente, via online, com o nosso compromisso de os realizar. A escolha é livre. Isso reforça a dimensão de bairro, de partilha e o sentimento de grupo, que aqui já vai existindo. Isto faz criar, também, algum gosto pela casa, por esta casa que é o Parque das Nações. A Associação de Moradores e Comerciantes está obviamente a participar connosco neste projecto. Acha que os portugueses têm ess e s entim ento de cas a? Sentem o espaço urbano como sendo deles? Acho que mudou muitíssimo o respeito, a preocupação com o espaço urbano, o respeito pelo espaço e, sobretudo, isso é muito reforçado pelas novas gerações, pelas escolas, e pela nova formação que os jovens assimilam e trazem, também, para casa. Mesmo em questões ambientais, questões de cidada-

“Os projectos serão votados e escolhidos publicamente, via online, com o nosso compromisso de os realizar. A escolha é livre. Isso reforça a dimensão de bairro, de partilha e o sentimento de grupo, que aqui já vai existindo. Isto faz criar, também, algum gosto pela casa, por esta casa que é o Parque das Nações.” nia, são muitas vezes os miúdos que, hoje, em casa, conseguem alterar os comportamentos dos pais. O lixo, a deterioração do espaço, etc. é o que mais facilmente se vê, se sente no espaço público. Há hoje uma sensibilização ambiental muito maior em relação a isso. Acho que a última década foi determinante na qualificação do espaço público de todas as cidades, vilas e aglomerados urbanos portugueses. Mudou muito e, quando muda, as pessoas têm muito respeito por isso. Não estamos à frente nem atrás de outros países europeus. Estamos seguramente à frente de muitos outros territórios, onde estamos a trabalhar, em que o espaço público, ainda hoje, é uma realidade desconhecida, como, por exemplo, acontece nos países do norte de África. No Maghreb, por exemplo, ainda há muito a fazer no processo de reconhecimento do espaço público, como um espaço de todos.

“Acho que mudou muitíssimo o respeito, a preocupação com o espaço urbano, o respeito pelo espaço e, sobretudo, isso é muito reforçado pelas novas gerações, pelas escolas, e pela nova formação que os jovens assimilam e trazem, também, para casa.”


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Expo

O melhor de Itália em Portugal “O Cabeço das Rolas é um dos casos em que esperávamos maior utilização do que na prática existe. “

Costumamos dizer que as cidades, acima de tudo, são feitas de pessoas. O que acha do nível de participação associativo, participativo e de ocupação do espaço? O movimento associativo e a ocupação do espaço são coisas distintas. Em relação ao movimento associativo posso dizer que, apesar de ser, inegavelmente, um tecido urbano recente, já tem um movimento associativo relevante e com audição. Há zonas onde estes movimentos associativos existem, mas depois não têm audição a nível da decisão. Agora, nós, enquanto entidade gestora, temos reuniões periódicas com a AMCPN e, portanto, há uma participação permanente. Temos uma relação próxima com esta associação. Acho que em termos mediáticos, o Notícias do Parque é, também ele, um produto desse tipo e que pode ter aqui um papel relevantíssimo porque é um cimento para isto tudo, na relação entre as pessoas, entre os que visitam, os que moram. Não conheço, à escala de Lisboa, muitas publicações que desempenhem o papel que o Notícias do Parque desempenha. Isso é um resultado de um espírito de colectividade que já existe. Em relação à ocupação? Acha que as pess oas ainda estão muito dentro de casa? Que podiam sair mais? Por exemplo,

o Jardim do Cabeço das Rolas está sempre vazio... Temos duas ou três zonas de espaço público em que a questão da ocupação não está bem resolvida. O Cabeço das Rolas é um dos casos em que esperávamos maior utilização do que na prática existe. Temos também a situação do Braço de Prata, ali no PP4 e ainda o PP6, junto ao Trancão, por concluir. Portanto temos aqui bolsas que, ainda, faltam terminar. Se forem criadas Dinâmicas no Cabeço das Rolas, por exemplo, uma feira tipo feira da ladra, estão abertos a este tipo de sugestões? Claro! E, afinal, qual é a alma do PN? É uma pergunta muito difícil. O que é a “alma”? Alma é o pulsar é o.... É o resultado destes movimentos todos, destas pessoas todas, destas acções todas que aqui se fazem. A alma é aquilo que é comum a todos, é o carácter único de um território. Aqui há, indiscutivelmente um reconhecimento natural, espontâneo e automático de que “isto é outra coisa.” Mobilidade suave. O que quis dizer com isso, ainda há pouco? Eu queria ligar mais o PP3 e o PP4 com a zona central. Daquilo que é a comutação diária (manhã e final do dia) para

as pessoas que aqui moram e que vão trabalhar noutro sítios. Ganhava-se muito se se conseguisse possibilitar isso a muita gente que aqui vive. Não ter que utilizar o transporte individual porque existe uma opção de transporte público. Por exemplo, primeiro de bicicleta e, depois, de transporte colectivo para o trabalho. Mas algo tipo bicicletas partilhadas? Sim, um processo desse tipo. Este território é perfeito para isso. Todo ele é plano. Temos todas as condições aqui para implementar um projecto desse género. Mas não será preciso algo mais? Mudar a mentalidade primeiro? Eu também tenho uma bicicleta à porta de casa que uso durante o fim-de-semana. Acho que as pessoas preferem processos estruturados. Precisam desse coaching, desse enquadramento. Não estamos a falar de um processo lúdico. Estamos a tentar introduzir um processo de rotina diária. Por exemplo, em Genève, 8 ou 9% da população usa a bicicleta. E debaixo de um clima muito diferente do nosso, com muita neve, chuva, frio, etc.. De que forma se pode mudar a mentalidade? Através destes processos que são indutores destas mudanças.

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Como há parques infantis para crianças, porque não, haver parques “infantis” para adultos? Sim, porque nós também gostamos de brincar… E de fazer ginástica.

Muitas vezes fico a olhar para os meus filhos no baloiço e no escorrega e penso: porque é que eu também não posso?… Porque é que não há nada para eu fazer? Até me apetecia fazer exercício, mas não posso sair daqui… Tenho que estar a olhar para eles e vê-los a brincar (cheia

de vontade de andar também de baloiço…). Mas agora fora de “brincadeiras”… existem aparelhos adequados para adultos que, geralmente, estão nos parques infantis e que servem para entreter e, simultaneamente, fazer exercício físico. Vi uns desses no Funchal. Lembrei-me logo de algo semelhante aqui para o nosso bairro. Até tirei fotografias. Quem sabe, pode ser que a Parque Expo leia este artigo e considere uma boa ideia!

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O que vai ser aqui?

No seguimento do artigo anterior “como estamos de negócios?” pareceu-nos importante abordar o tema “O que vai ser aqui?”.

Esta informação poderá ser útil para futuros investidores, e para os residentes do nosso Bairro, para que possam saber que tipo de construção está licenciada pela câmara. Isto significa que esta informação não é passível de simples alteração pois é muito difícil alterar um licenciamento. O que pode variar com facilidade são os proprietários dos respectivos lotes. Durante os próximos artigos irei dar a conhecer os locais da Zona Sul, que estão por construir.

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Agradecemos à Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações que gentilmente nos cedeu esta informação. Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com www.ritavitorinodecarvalho.com


NORTE Carta Aberta a PE-GU - Esclarecimento a “Impressões de Conduzir no Parque” Caros Senhores, A opinião em causa representou o sentimento de um grupo de moradores, com a qual concordo e por isso decidi promover. Apraz-me saber que os semáforos abordados não passam a encarnado de modo automatizado e adicional, apesar de, por vezes, ficarem dúvidas. Os radares estão efectivamente aferidos, mas ainda assim, actuam para lá dos sinais de aviso. Claro que todas as infracções ao Código da Estrada devem ser alvo de coimas, mas a função das autoridades policiais apenas seria eficaz, caso tivessem enveredado por outro sistema de radar que em vez de bloquear por atacado, permitisse identificar e autuar os prevaricadores, sendo que nada obstaria a que os peões continuassem a accionar manualmente o semáforo de veículos quando pretendessem atravessar a via pela respectiva passadeira. Alegam a pretensão de elevar o nível de segurança no PN, mas certamente têm a noção de que no seguimento da implementação de alterações significativas no tráfego, cabe à entidade com responsabilidade de decisão e execução das intervenções rodoviárias (neste caso à PE-GU), monitorizar o funcionamento dessas medidas de modo a que possam rectificar os danos colaterais, por aspectos menos conseguidos. Insisto num pormenor, se pelo menos um semáforo em cada faixa do mesmo sentido, possui sensor de velocidade próprio, é possível autonomizar cada uma dessas vias sem que sejam controladas em sincronia, não forçando quem segue na lateral a deter a marcha por infracção de um condutor na via central. Juntando um aumento de sinalização com o limite de velocidade devidamente inscrito, a frequência da actuação do radar seria bem menor. Sem mais, atentamente. Loures, a má face da boa moeda A Cidade Imaginada cedo ficou comprometida em termos administrativos, por falta de visão estratégica futura. O regime de excepção que permitiu desanexar a parcela costeira ao Porto de Lisboa, deveria ter previsto a autonomia deste território face a freguesias integradas ou não em Lisboa, o que já teria permitido a criação da tão desejada freguesia do Parque das Nações. Se toda a gestão do espaço Público (manutenção dos espaços verdes e das infra-estruturas, construção das escolas públicas, iluminação, limpeza, sinalização rodoviária, recolha de resíduos e fornecimento de água a Norte) é assegurada pela Parque Expo, de que nos serve o vínculo quer a Lisboa quer a Loures? A 1ª, pretende retalhar para juntar 2/3 do Parque a territórios adjacentes sem qualquer tipo de afinidade. A outra quer manter uma coutada de onde, insolitamente, arrecada taxas e impostos continuando a investir “uma mão cheia de nada”. Pensava que dinheiro, antes de trabalhar, se limitava aos dicionários.

Em entrevista ao NP, o vice-presidente de Loures, acha-se no direito de reivindicar verbas de reconstrução geradas pelo Casino e proveitos pela publicidade exterior que em todos os formatos está bem entregue, em exclusivo e pelo menos por mais uma década, à JCDecaux, líder mundial do sector. Como daí nada conseguirá, vai cair em cima dos mais fracos. Os comerciantes locais, com esplanada e reclames no exterior se acautelem. Parece que não bastou a valorização das zonas circundantes para efeito de construção? Posso citar os novos empreendimentos nas margens do Trancão e até bairros, um na ex-área verde do Seminário dos Olivais e outro nos terrenos da Fábrica de Material de Guerra. Aliás, é graças a esse investimento da Obriverca, que a população de Moscavide ganhará novo Centro de Saúde, Centro de dia e Multiusos, mais o alargamento das vias que ladeiam o Condomínio Oriente. No próximo Domingo há eleições, mas não poderei aceder às mesas eleitorais no PN. Se quiser votar tenho de o fazer nos arredores. É por estas e outras, que me sinto insultado por as freguesias colocarem placas a demarcar como seu o “nosso” território e até um mega placard, esses sim por uma questão política. Ainda a propósito dessa entrevista a que a AMCPN reagiu de pronto através de comunicado a que pode aceder em www.amcpn.com/noticias/freguesia-parque-nacoes/a-proposito-da-entrevista-do-vice-presio autardente-da-camara-municipal-de-loures-ao-np/,o ca teve o desplante de considerar como “obra municipal”, o colégio privado Pedro Arrupe! Terá esquecido o colégio Oriente e as creches, Saídos da Casca e Paço de São Francisco? Torre da GALP ou Torre da Refinaria No dia da abertura da Expo’98, entrei no recinto pela porta Sul e fiquei impressionado com esta estrutura, a única conservada para recordação do espaço anterior à intervenção. Tentei subir ao cimo da torre, mas o acesso por elevador estava reservado aos visitantes convidados pela Petrogal ou a colaboradores da empresa e respectivos acompanhantes. Limiteime a visitar o passadiço circular tal como se pode fazer actualmente, onde então expunham fotos alusivas à construção e laboração da Ex-Refinaria de Cabo Ruivo. A petrolífera nacional celebrou com a PE um contrato de patrocínio da antiga torre de cracking que, mediante o financiamento do projecto de recuperação e consolidação da estrutura, obteve a contrapartida de usar a torre para acções de relações públicas durante a Feira Mundial, tendo ainda direito a colocar no exterior o logótipo GALP que acabou por se tornar naming da instalação. Sabendo do intento de dar utilização posterior aos equipamentos do evento, tinha a expectativa de que a visita ao terraço (75 mts de altura) abrisse ao público. Não tive sorte, permaneceu encerrada, como

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Crónicas ria a realização de actividades mais ou menos radicais: escalada, saltos acrobáticos, corridas em escada e porque não descida de rapel até ao Cabeço das Rolas. Nota: Tenho esperança que, no final das obras em curso de melhoria da sua rede de distribuição, a Climaespaço (empresa participada pela PE), siga o comportamento exemplar do Metro em Moscavide e recupere os pavimentos intervencionados, deixando-os impecáveis.

uma estátua perene. Para realizar esse desejo, arrisquei e decidi trepar escada acima até ao topo, fazendo como outros que na internet relatam e ilustram com imagens captadas as suas incursões clandestinas.Valeu a pena apesar de a paisagem em 13 anos ter sofrido evidente mutação arquitectónica. Lanço sugestão a quem de direito, de pensar a Torre GALP, como um monumento arqueológico industrial, mas animado e com vida. Satisfaria a curiosidade dos “expoentes” (aprecio este conceito) constituindo mais um pólo de atracção turística do Parque. Com as devidas precauções de segurança, possibilita-

José Teles Baltazar veste Dunhill (C.C Amoreiras piso 2 -loja 2151 -tel. 213 880 282) Agradeço ao Núcleo de Relações com Investidores & Comunicação Externa da GALP Energia, na pessoa de Paula Morgado e a António Moita, Director de Relações Externas e Institucionais da JCDecaux Portugal, a informação disponibilizada.

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DIÁRIO DE BORDO

Marina do Parque das Nações

ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt

Festival do Parque das Nações 2011, em hora de balanço.

A exemplo dos anos anteriores, teve lugar entre 20 e 29 de Maio o Festival do Parque das Nações, iniciativa que é organizada pela AMCPN e pela ANMPN, contando com o apoio de um vasto conjunto de entidades entre as quais, a Concessionária da Marina do Parque das Nações, que acolheu, no espaço da Marina, as actividades do Festival relacionadas com a ligação do Parque das Nações ao Tejo. Celebrar a Expo’98 significa, naturalmente, celebrar também os Oceanos, e homenagear os navegadores Portugueses que, através da nossa epopeia marítima deram novos mundos ao mundo. Nunca, como agora, este passado de uma forte ligação ao Mar foi tão importante para o nosso país. Portugal possui uma Zona Económica Exclusiva 18 vezes maior que o seu território terrestre, a maior da EU e uma das maiores do mundo, havendo ainda a hipótese de ser aprovada, pelas Nações Unidas, a proposta de extensão da plataforma continental que aumentará a área marítima de jurisdição portuguesa. Numa altura em que o País está mergulhado numa crise profunda, é fundamental fazer esta aposta no Mar, para potenciar a nossa economia e fazer com que Portugal, num futuro próximo, possa assumir um papel de liderança neste sector, rentabilizando esta enorme vantagem que possuímos sobre os restantes Países da UE. Será, com certeza, uma das melhores formas de debelarmos a crise em que nos encontramos mergulhados e de devolvemos à Pátria a

“...é fundamental fazer esta aposta no Mar, para potenciar a nossa economia e fazer com que Portugal, num futuro próximo, possa assumir um papel de liderança neste sector...” dignidade perdida, de um País que ficou completamente endividado e sem rumo certo. Workshop sobre modelos de Embarcações à Vela Rádio Comandadas Dos eventos do Festival baseados na Marina e organizados pela ANMPN, decorreu no dia 21 de Maio, entre as 14:30 e as 17:30 na Bacia Norte da Marina, um Workshop sobre modelos de Embarcações à Vela Rádio Comandadas. O Workshop foi conduzido pelo Ruben Luís, grande entusiasta da modalidade, o qual é, presentemente, Presidente da Associação Micro Magic Portugal e Presidente da Associação Portuguesa de Modelos à Vela, e contou ainda com a presença do Professor António Carneiro, outro entusiasta desta modalidade. Compareceram ao Workshop cerca de doze jovens que deram assim os primeiros passos na modalidade. Depois de uma breve explicação sobre o efeito do vento sobre as velas (o mesmo princípio da asa de um avião) que assegura o deslocamento do barco sobre a água, os jovens tiveram oportunidade de experimentar e testar as suas capacidades, como as imagens evidenciam. Todos saíram muito satisfeitos e com vontade de repetir a experiência, talvez em ambiente competitivo… A ANMPN, em articulação com a Associações representativas destes Modelos à Vela e com a Concessionária da Marina - MPN, vai procurar estudar a melhor forma de potenciar o desenvolvimento desta modalidade no espaço da Marina do Parque de Nações, a qual, segundo os entusiastas, goza de condições de excelência para esta prática. Efectivamente, a Bacia Norte da Marina, exposta que está aos ventos predominantes (nortada), asse-

gura condições óptimas para a prática deste desporto que está a ganhar cada vez mais adeptos ao longo de todo o País. Exposição de Embarcações Típicas da Marinha do Tejo no Cais de Eventos da Marina e Passeios no Rio Tejo Entre 22 e 29 de Maio esteve patente no Cais de Eventos da Marina do Parque das Nações, uma Exposição de Embarcações Típicas da Marinha do Tejo. No Sábado, dia 28, com a presença dos proprietários e arrais das embarcações, foram proporcionadas visitas à Exposição, bem como, disponibilizados passeios no rio, para todos aqueles que quiseram fazer o seu baptismo de navegação no Mar da Palha. Podemos dizer que até São Pedro esteve do nosso lado, já que, sempre que saíamos da marina lá vinha a “bendita molha”, a qual acabou por trazer mais um aliciante ao passeio. Como disse um dos convidados - “a molha até ajuda a que nunca mais se esqueça esta experiência…” Foi também uma acção de confraternização entre tripulações e convidados, cuja prova está bem patente num dos emails que recebemos: “Muito obrigado pela tarde bem passada. Para nós, simples curiosos destas coisas do mar, foi um dia inesquecível.” Regata da Marinha do Tejo de Homenagem às Mulheres do Tejo No dia 29 de Maio, e em jeito de fecho do Festival do Parque das Nações, teve lugar a última actividade do Festival do Parque das Nações na zona da marina, com a Regata da Marinha do Tejo de Homenagem às Mulheres do Tejo.


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incumprimento. Assim, para além da competição propriamente dita, existiu um ambiente de grande convívio a bordo, e as “Mulheres do Tejo”, para além de ajudarem a içar as velas e a marear o pano, trouxeram também a sua alegria contagiante proporcionando ainda mais cor e beleza ao evento. Esperamos com esta iniciativa, podermos contar com uma participação cada vez mais significativa de mulheres nas próximas regatas da Marinha do Tejo.

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* Por amor à carne.

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Para além da homenagem às Mulheres do Tejo que desempenharam um papel fundamental, ao longo dos tempos, nas várias actividades associadas ao transporte entre margens e na pesca fluvial, pretendeu-se também promover uma maior vivência da família nas actividades de lazer ligadas ao rio. Assim, o regulamento da Regata obrigava a que, na tripulação de cada embarcação, existisse pelo menos um número de mulheres igual ou superior ao número de homens, sob pena de desclassificação no caso de

A Regata teve início às 11:00, em frente à Porta do Tejo no Parque das Nações, com singradura directa ao Cais dos Vapores no Montijo. Muito embora estivessem inscritas 13 embarcações, o vento de Sul que se fazia sentir, associado a uma maré de enchente à hora da Largada, limitou bastante a progressão das embarcações, fazendo com que as mais pequenas (Catraios) tivessem desistido. A primeira Canoa “Gavião dos Mares” cortou a Linha de Chegada no Montijo às 14:38, seguida da “Senhora do Cais” às 14:44 e da “Lusitana” às 14:56. O Júri da Regata, de Homenagem às Mulheres do Tejo, foi presidido pelo Dr. Xara Brasil da Associação Naval de Lisboa, que foi coadjuvado pelo Eng. Vilar Filipe da MPN e pelo signatário, como vogais. No Cais dos Vapores do Montijo, o Júri contou ainda com a colaboração, como cronometrista, do Sr. Francisco Quendera, Vice-presidente da Direcção do Clube Atlético do Montijo. A Regata foi ainda acompanhada pelo Veleiro FURANAI da empresa Lazycruise – Actividades Marítimo-turísticas – que opera no Cais de Eventos da Marina do Parque das Nações e que transportou, de forma graciosa, elementos dos Corpos Sociais da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, os quais, puderam assim assistir a este evento do Festival do Parque das Nações 2011. À empresa Lazycruise, o nosso sincero agradecimento pela facilidade concedida. Saudações Náuticas, A Direcção da ANMPN


Verão para os miúdos 28 | NP | FÉRIAS

Algumas actividades para os filhos do Parque das Nações, durante as férias de Verão.

Cursos de Verão em Inglaterra Além dos Cursos de Verão no clube, o The Kids Club Expo, em parceria com a Project International, organiza ainda Cursos de Verão em Inglaterra. O curso proposto para 2011 é dirigido a jovens com idades compreendidas entre os 10 e 17 anos e decorrerá de 17 a 31 de Julho (2 semanas) na Cranbrook School (zona rural de Kent a sul de Londres). Os cursos são compostos por 30h de Inglês (3h diárias de manhã) e por outras actividades durante a tarde (futebol, ténis, rugby, basketball, voleibol, ginástica, natação, teatro, etc.). As noites serão sempre ocupadas por festas, jogos, teatro, cinema, etc.. São ainda efectuadas 5 excursões, entre as quais: Londres, Cambridge (King´s College), Windsor, Canterbury, Leeds Castle, Greenwich, etc..

Rua de Moscavide Lote 4.34.01M1998-011 Lisboa – contactos: 21 099 53 38 | 91 511 25 26 - www.inlogos.pt - geral@inlogos.pt

Ginásios de Educação DaVinci Expo Norte

Terreiro dos Corvos lt 4.17 01 A 0 Contactos: 21 8956445 / 96 8779220

Inlogos - Actividades de Verão

Desde pinturas de t-shirts, às aulas de hiphop e capoeira, passando por piqueniques recheados de jogos e peripécias ao ar livre! Vamos aprender a preservar a natureza, a conhecer os mistérios do mundo subaquático e sentir emoções no relvado de um grande estádio de futebol! Teremos ainda oportunidade de espreitar os corredores da televisão e da rádio e viver extraordinárias aventuras no Castelo de São Jorge!

The Kids Club Expo Cursos de Verão

Destinadas a crianças entre os 6 e os 15 anos e terão lugar entre 20 de Junho e 9 de Setembro. As actividades estão subjacentes a cinco eixos fundamentais:

Os Cursos de Verão do The Kids Club Expo foram desenvolvidos por pedagogos e concebidos para as férias de Verão. Conjugam o ensino de inglês com outras actividades de carácter lúdico (artes plásticas, teatro, cinema, jogos, visitas culturais, desporto, etc.). O ensino do inglês assenta em metodologia própria, divertida, lúdica e estimulante que ensina a língua dando grande ênfase à conversação e pronúncia. Os cursos decorrem entre 4 de Julho e 2 de Setembro, diariamente, das 8h45 às 18h, e estão orientados para crianças entre os 3 e os 12 anos. Actividades: Ténis no Clube Tejo, jogos tradicionais ingleses, passeios e piqueniques no Parque Tejo, viagens no teleférico, visitas ao Oceanário, Pavilhão do Conhecimento e Quinta Pedagógica, cinema, etc..

“Animação garantida no DaVinci: Férias de Verão Inesquecíveis”

Saber- actividades que proporcionam a aplicação e o desenvolvimento de conhecimentos, que contribuem para uma melhor organização de ideias e para a consolidação de novos conteúdos e aprendizagens. Crescer- Actividades de formação e desenvolvimento pessoal com vista à consciencialização e mudança de atitudes e comportamentos, partindo do princípio que quanto maior for o conhecimento que dispõe, mais consciente e responsável será na sua forma de agir. Conhecer- Actividades culturais, que procuram promover a criatividade, a comunicação, a sociabilização e o despertar de emoções. Desenvolver- Actividades que promovem um estilo de vida saudável ao nível físico e psicológico, incidindo em valores como o espírito de equipa, a tolerância, o fair play, entre outros. Viver- Actividades de lazer que contribuem para o desenvolvimento cognitivo e intelectual dos jovens e, quando desempenhadas em grupo, fomentam o desenvolvimento de competências sócio-relacionais. Seguindo sempre esta estrutura tipo, as actividades variam semana a semana, não se repetindo por isso visitas e actividades.

De 27 de Junho a 9 de Setembro o Verão Da Vinci é uma Animação: Se eu tivesse uma Quinta; Trabalhar na Televisão; Desporto é comigo; Vamos andar de Eléctrico; Ajudar Quem Precisa/Ser Solidário; Uma Aventura no Castelo; Queremos Bom Ambiente; Emoções no Estádio; Construir Marionetas; Quem é Pessoa? e Vou ser Cientista. Ginásios da Educação Da Vinci - Unidade de Lisboa - Expo Sul - Rua da Nau Catrineta Lt 3.06.01.F - Parque das Nações – Sul - 1990-183 Lisboa - Contactos: 21 600 72 11 - www.lisboa-exposul.davinci.com.pt

Ginásios de Educação DaVinci Expo Sul

“Férias é sinónimo de descanso, mas em época de descanso também se enriquece o conhecimento.” A Unidade Lisboa-Expo Sul, situada na zona sul do Parque das Nações, disponibiliza a todos os jovens um conjunto de acções destinadas a promover áreas tão diversas como o ambiente, ciência, letras, arte ou tecnologia.


FÉRIAS | NP | 29

Teen Academy Actividades de Verão

A Teen Academy, do Parque das Nações, está a preparar diversas actividades educativas e lúdicas para as férias de Verão. O objectivo desta iniciativa é proporcionar actividades com um carácter multidisciplinar de modo a promover várias aptidões (académicas, culturais, pessoais, artísticas, sociais, etc.). Para crianças e jovens dos 6 aos 16 anos.

Cursos de Mergulho; Batismos de Mergulho em piscina; Batismos de Mergulho no mar; Atividades Científicas; Fotografia; Expressão Dramática; Canto; Dança;Teatro Musical; Escrita Criativa; Inglês; Francês; Alemão; Ateliê de Desenho; Informática. Unidade de Lisboa - Expo Sul Rua da Nau Catrineta Lt 3.06.01.F Parque das Nações – Sul - 1990-183 Lisboa contactos - 21 600 72 11 www.lisboaexposul.davinci.com.pt

Actividades Artísticas - Oficina de Artes Plásticas; Curso de Ilustração para Crianças; Curso de Iniciação ao desenho; Curso de desenho para jovens. Actividades de Escrita Criativa - Eu sou o Herói - Utilizando fotografia digital e um processador de texto, esta actividade mistura expressão escrita com utilização das Tecnologias de Informação para a criação de uma pequena banda desenhada. Imagina-te a seres… - Com base numa sequência de imagens, os alunos imaginam uma pequena história. No final os alunos construirão uma História Digital, com as suas vozes. Actividades de Lógica e Estratégia - Jogar com a Matemática I, II e III; Física e Química de forma; Magic: the Gathering; Curso de Iniciação ao Xadrez . Actividades de Multimédia e Internet - Arte e Multimédia; Fundamentos de edição de imagem; Criação de blogs pessoais; Navegar em Segurança -Curso de segurança informática para introduzir normas de uma utiliza-

ção mais segura da Web. Cursos de Línguas Estrangeiras - Alemão; Espanhol; Francês e Inglês Visitas Guiadas - Tarefas Multidisciplinares - Oceanário de Lisboa (Língua Inglesa - Ciências da Natureza - Tecnologias de Informação; Pavilhão do Conhecimento (Ciências da Natureza - Físico-Química - Tecnologias de Informação) Cidade de Lisboa (História de Portugal - Tecnologias de Informação) Teen Academy Parque das Nações Sul - Rua Gaivotas em Terra Lt 3.13.01.E - C5 - 1990-601 Lisboa contactos: 218 016 482 - 929 174 914 - www.teenacademy.pt

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30 | NP | PRÉMIOS

PRÉMIO Fotografia Parque das Nações - Casino Lisboa

Mónica João Garcia - “4x Portfolio” - Prémio 1.000€

PRÉMIO Literário Parque das Nações - Casino Lisboa

Marlene Ferraz (Viana do Castelo) — conto: “As Mãos de Maria Perfeita” - Prémio 1.000€

CONTO as mãos de maria perfeita de José Homem

O luzeiro da última barca dependura-se nos rendilhados da água, o velho levanta os pés nus e obedece às aragens da madrugada. Num comprido olhar aos infinitos, rasteia a fazenda unhada do sal pelas areias mortas que o mar cospe e abençoa também. O redondo arde ainda nas alturas do negrume tão noite, só o lugar santo tem portas sem tranca em horas assim adiantadas. A capela fica em terra firme, onde o corpo calca e não cai. Mas é ao padroeiro dos homens pescadores que ela se ergue, numa simpleza que comove e abraça. O altar leva um oratório talhado nas tábuas da barca do faroleiro José Crespo, luz em negruras cegas e amigo nas claridades pardas. Comido pelos líquidos salgados na outra primavera, quando os afloramentos enganam a vista e o coração toma-se por mais valente, é lembrado como mártir. Sebastião cala-se nos louvores da gente. Bem sabe das arrogâncias dum homem.Tem dias, a alma é maior que o próprio cadáver. O velho Crespo não terá lido os ventos nem escutado a lua. O mar é desavergonhado aos navegantes ingenuamente altaneiros. Nenhum outro chão deve ser mais honrado, nem o ventre duma mulher parideira ou as mãos do fazedor de santos. Senta-se no banco mais dianteiro, o lenho grazina ao fardo do homem. Pecados. Remorsos. Que os interiores limpos não se lavam com água benta. Diante do retrato do padroeiro, urde os dedos na tecedura das redes. No peito, lateja a saudade. É o padre quem fala. Sebastião, é tarde a mais. Vá em paz. O velho tem ainda as pálpebras prostradas, dois mantos de veludo que encobrem a flamância áspera vinda do curto postigo. É ainda cedo, padre. Que nenhum casco terá já voltado ao embarcadouro. O sacerdote faz um sinal da cruz abreviado, achega-se na batina preta sem vincos nem costuras. O Sebastião já não vai ao mar. É vida outra, agora. O velho traz a vista do santo, o orvalho nem é de lágrima nem de ironia. É o mar que ainda vem a mim, padre. Nunca outra vida virá, que é esta a de quem se embrenha nele. O padre bafeja um lamento. Desate o espírito, irmão. Que o coração quer-se doce. O velho levanta-se, num vagar incomodado. O coração quer-se salgado, padre. Que só o sal pode conservar aquilo que deus já nos levou. Já vieram do avô as mangas arregaçadas, pés metidos nos penhascos da praia para a salga do peixe. Rapaz ainda, fica a tomar conta nas gaivotas comedoras enquanto o pai faz contas ao azeite e às ervas de cheiro para o tempero do empaste. Das ruas, o canto das mulheres vendedeiras enche o ar de vida, avisam da apanha da noite e dos desejos que as blusas finas e os aventais mais curtos fazem adivinhar. Os homens achegam-se por vontade na língua, as mulheres por dever no amor. Que marido de entranhas saciadas tem desfastio nos recortes dos lábios. Também Sebastião é rapaz de boas sombreadas, já o pai tinha sido pessoa leiloada a casar. Da raiz, o dourado da pele faz abrilhantar o verde contornado na vista, mais uma fileira de bons dentes em boca sensata. As raparigas rodam as saias, ele come o sorriso. Enfia o barrete de malha até ao curvamento do sobrolho, faz cair o pano das calças até aos pés descalços. Fica gelado, como os ares vindos de dentro ou as águas que já deseja. O pai agrada-se. Vai até ao adro, Sebastião. Que é diante dos santos que a graça acontece. Mas o rapaz cumpre a sua desgraceira, medra em altura e em silêncios. Com os braços finos ainda, estira também as redes dos homens vindos. Quando pode, diz adeus. Estima ver as lanternas em balanço no mar, penduradas no convés das barcas movediças e a iluminar a barbela das criaturas devotas a um santo e bravias nas andanças. A aurora veio mais cedo. Os homens ainda contam os peixes nas cestas, já as mulheres correm com as pernas e o coração. É dia sagrado, ao mártir dos mares. Mantos bordados por raparigas novas estendem-se nos varandins e pétalas de flores cheirosas vão caindo nas ruas ainda sem anjos nem andores. As crianças ficam presas ao banco comprido da dona Zulmira, pessoa com fleuma e vagar para enroscar os cabelos finos em rolos. Aos dedos escrupulosos ata uma voz delicada em salmos, as bocas finas ajudam no refrão. Os vestidos de cetineta e as asas de penas esperam nos cabides, os sapatos de sola rasa parecem tão gastos como as mãos dos velhos. O padre também terá madrugado, o sacristão é a sombra do homem santo. Algum contravento, Zacarias? Os lábios verdadeiros falam. Não, senhor padre. As coisas andam como no ano antes e no outro e


PRÉMIOS | NP | 31

Festival Parque das Nações 2011

VERSÃO INTEGRAL EM www.noticiasdoparque.com

Estreia Absoluta

NOITE DE RONDA BANDA SONORA JOÃO RAPOSO CENOGRAFIA PEDRO SANTIAGO CAL FIGURINOS OLGA RORIZ E PEDRO SANTIAGO CAL

Fotografia © André Brito

OLGA RORIZ

DESENHO DE LUZ CRISTINA PIEDADE

LISBOA,TEATRO CAMÕES MAIO dias 26, 27 e 28 às 21h

BILHETES €5 A €20 TEATRO CAMÕES DIAS DE ESPECTÁCULO // 21 892 34 77 TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS

dia 29 às 16h (Tarde Família)

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SEGUNDA A SEXTA DAS 13H ÀS 19H // 21 325 30 45 / 6

JUNHO dias 02, 03 e 04 às 21h

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LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C.DOLCE VITA

www.cnb.pt

Apoios à divulgação:

M/6

facebook.com/cnbportugal

TEATRO CAMÕES

Estreia Absoluta

CRIAÇÃO MIGUEL MOREIRA INTERPRETAÇÃO E CO-CRIAÇÃO ROMEU RUNA MÚSICA PEDRO CARNEIRO dias 9 e 11 às 21h dia 12 às 16h

CO-PRODUÇÃO TEATRO CAMÕES, TEATRO TORRES VEDRAS,

Fotografia © Inês D’Orey

TEATRO CARTAXO, CENTRO CULTURAL VILA FLOR, TEATRO DAS FIGURAS

xiiistudios.com

no outro do outro. O sacerdote estanca o andamento. As crianças? O velho arrasta a língua num suspiro. Com Zulmira. A batina bem vincada volta a ouvir-se num bichanar de tecidos. Abundem crianças, Zacarias. Muitas. As mais que houver. As mais novas fazem-se ver no adro da capela, metidas em vestidos encurtados e com fileiras de botões até ao ventre. Os rapazes juntam-se como bagos num cacho, olhos ora levantados ora prostrados na vergonha do desejo. O padre calca o chão em voltas, toma vista de cada pormenor. O velho sacristão também, de língua mansa que o homem de deus tem os nervos erguidos. As raparigas esticam os tecidos a cobrir os joelhos, depois da vénia feita voltam a rodopiar numa nudez ingénua. Assim fazem outras vezes diante da sagrada escritura. No altar, as mais antigas da terra lavam São Sebastião, pano embebido em fluidos comedores das poeiras, mais o líquido para o bicho da madeira. Aos piedosos mais atentos, parece até que o azul do manto se tem perdido no tempo com tanta limpadura. Na sacristia, o padre toma vaidades diante do espelho. O sacristão ajeita as tiras douradas depostas por cima da batina, desembaraça as rendas da gola e dos punhos. Os velhos mais briosos fazem cair o fardo do corpo nos bancos fracos, as bocas das mulheres rezam o terço num coro desafinado. As crianças entram em corrida, os cabelos enrodilhados como os anjos das paredes, os vestidos de cetineta trazem o cheiro da naftalina e lembram os primeiros dias de inverno. Dona Zulmira vem mais tarde, na sua sensatez diluída no decote que já ninguém faz caso. Depois da escadaria estreita, Zacarias toca o sino. As raparigas incomodam-se, é aviso do último giro diante dos dentes mordedores. Os rapazes parecem mais desviados, falam de bola e malandrices. É no vazio do adro que Sebastião chega, quando o corrupio dos preparos já estiver morto diante do lugar santo. Quer ouvir os dizeres do padre, obedecer ao padroeiro como a um pai. Dentro, os pescadores têm no rosto ares mais sisudos, talvez armados para encovar o enternecimento. As mulheres dependuram-se nos braços dos homens, mordidas pelo negrume de eternas viúvas e pela humilde vaidade. Na cama de cada uma, deitase um soldado dos mares com afoiteza e canseira. As portas grosseiras da capela abrem-se para o andor passar, a gente vai até ao embarcadouro. Os homens na idade viçosa aguentam o santo, as crianças borboleteiam em volta como insectos divinos. As mulheres de saias pardas seguem atrás, as mais novas perdem-se por entre os corpos e as mãos. Os rapazes ficam para último, esperam que a banda filarmónica se componha para um andamento mais alegre e faustoso. Os velhos achegam-se aos muros das ruas, ficam a ver a procissão. Da janela, mais pétalas. Do peito, mais pedidos. Mar farto. Mar calmo. Mar piedoso. Há também a quem apeteça um moço. Outro filho. Um defunto. Sebastião tem os olhos orvalhados na bênção do padre, os pescadores tomam humildade junto das barcas que os levam e nem sempre trazem. Também as águas salgadas se desfazem nas areias finas, num marulhar que aos rapazes chama, aos velhos respeita. As raparigas tomam conta do Sebastião, impacientam-se com tanto desapego. As mais velhas lembram a mocidade do pai, suspiram por beijos inventados. Os rapazes soltam azedos, que talvez seja ele mais chegado aos homens. Sebastião faz-se surdo e calado. O mar é o seu mundo e o coração pulsa tão ligeiro como ondas desancadas nos penedos. As raparigas rosnam, as velhas lamentam, os rapazes riem, o peito dele lateja, só as mãos duma criança vêm trazer amor e serenidade. Sebastião pega nela ao colo, desvia-se das penas e folhos na roupeta de anjo. Sabes de mim, pequena? A menina faz cair um sorriso como um fruto já maduro. Vou saber. O padre levanta os braços para o abençoamento. Tens nome? A menina diz com simpleza. Maria Desfeita. Amostra a mão esquerda, com três únicos dedos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sebastião comove-se. Então para mim serás Maria Perfeita. A menina abrilhanta-se. Ámen. (continua...)

DIRECÇÃO ARTÍSTICA LUÍSA TAVEIRA

E ÚTERO ASSOCIAÇÃO CULTURAL APOIO UFERSTUDIOS EM BERLIM RESIDÊNCIA ARTÍSTICA UFERSTUDIOS EM BERLIM E TEATRO CAMÕES

BILHETEIRAS TEATRO CAMÕES, TEATRO NACIONAL DE SÃO CARLOS, TICKETLINE, LOJAS ABREU, FNAC, WORTEN, EL CORTE INGLÉS, C.C.DOLCE VITA BILHETES €5 A €15 apoios à divulgação:

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Degustar o Parque 32 | NP | OPINIÃO

novidades. Além da prova principal de 10Km e da caminhada de 2Km, realizar-se-á, também, uma mini-corrida de 500m para que os mais pequenos não fiquem de fora. Sozinho ou em família aproveite para praticar desporto e apoiar obras sociais. Inscreva-se nos Serviços da Paróquia do Parque das Nações ou no site www.corridadooriente.com

Caminhadas Com a primavera chegaram as caminhadas pelo Parque das Nações. O passeio é sempre apetecível, mas com alguns raios de sol a experiência ganha outra dimensão. Seja por puro prazer ou para prática de exercício físico, todas as razões são válidas. O cenário vale mesmo a pena. Há quem opte pelo Parque Tejo, pela zona ribeirinha ou até mesmo pela Alameda dos Oceanos. Pais e filhos, namorados e famílias inteiras já descobriram este recanto da capital. A altura do dia com maior afluência é, como seria de esperar, o final da tarde. Se tiver oportunidade opte pela manhã e evite os fins-de-semana, sempre mais agitados. É uma boa maneira de se esquecer do dia-a-dia, da crise e do FMI. Poderá praticar exercício num local calmo, junto da natureza e sem custos, o que nesta altura não é de somenos Corrida do Oriente Se a 5 de Junho já estiver em forma, então não perca a próxima Corrida do Oriente - Casino Lisboa. É já a 10ª edição e este ano com muitas

Arraial dos Navegantes Junho está aí e com ele os santos populares. O Parque das Nações não quis ficar à margem desta tradição tão portuguesa e mais uma vez acolhe o Arraial dos Navegantes. É na zona norte, junto à Igreja, nos próximos dias 3, 4 e 5 de Junho. Organizado pelo Agrupamento de Escuteiros do Parque das Nações, vai na 9ª edição e visa apoiar a construção da nova Igreja do Parque das Nações. Divirta-se, contribua e celebre os santos populares no seu bairro. Oceanário O Oceanário tem sempre boas propostas. Aproveite para passar por lá e veja a exposição “Tartarugas marinhas. A viagem”. Inaugurada a 7 de Abril é a primeira exposição temporária a decorrer no novo Edifício do Mar. Se a opção for por uma aventura em família, opte por visitar o espaço nas manhãs de fim-de-semana. Junte-se aos seus filhos e “brinque” aos super-heróis guiado pelo Vasco, a mascote do Oceanário. Feira Rural Já se tornou um hábito do qual não abdico. No primeiro sábado de cada mês lá vou eu até à Feira Rural do Parque das Nações. Esta iniciativa é um projecto financiado pela Rede Rural Nacional e surgiu de uma par-

Por: Inês Lopes

ceria entre a Câmara Municipal de Loures e a Confederação Nacional de Jovens Agricultores. Não há bairro que se preze que não tenha a sua feira e o Parque das Nações já tem a sua. E esta até é inspirada numa perspectiva de produção e consumo sustentáveis. Entre os muitos produtos hortícolas produzidos no concelho de Loures, surgem também algumas propostas de artesanato local. Com uma dimensão ainda reduzida, espero que as próximas edições tragam novidades. Entre Março e Outubro, no Passeio Heróis do Mar. Café de bairro O Parque das Nações está polvilhado com muitos lugares assim e ainda bem. É um conceito que tem tanto de antigo como de intemporal. O café de bairro é aquele que escolhemos para celebrar o ritual tão português de tomar café. O que não se esgota numa interpretação literal. Assim, não é obrigatório que tomemos sempre café. Podemos passar por lá logo pela manhã e comer a torrada que não tivemos tempo para fazer em casa. Podemos passar à hora de almoço para comer uma sopa porque não há tempo para muito mais. Podemos passar ao fim da tarde para descontrair um pouquinho na esplanada e ler o jornal. A qualquer hora encontraremos uma cara familiar.Talvez porque muitos, como nós, fazem da passagem por estes espaços um hábito diário. Provavelmente é também isso que faz com que voltemos, a simpatia do atendimento, a clientela dos avós aos netos. É assim no “café do bairro”, todos cabem, todos se conhecem e ali têm encontro marcado diariamente. Já são muitos os lugares do Parque das Nações que cumprem estes requisitos, mas se viver na zona norte experimente a “Casa dos Cafés – Oriente”.

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Somos globais, com escritórios em quatro continentes e uma estrutura capaz de responder a todas as exigências dos clientes. Somos locais, pois cada texto é traduzido no local onde vai ser utilizado, para garantir a qualidade linguística, a adequação estilísticocultural e preços competitivos (cada escritório da Eurologos é uma empresa de tradução perfeitamente adaptada ao mercado onde se insere). Uma equipa experiente, no Parque das Nações

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Certas Palavras, Lda. / Eurologos-Lisboa, Rua Sinais de Fogo, Lt. 3.14.04-H, Escritório B - Parque das Nações - 1990-605 LISBOA Telefone: 218 94 31 32 - Fax: 218 94 31 33 - Website: www.eurologos.pt - E-mail: info@eurologos.pt


PRAZERES | NP | 33

Restaurante Peixaria: “Provavelmente o melhor peixe fresco de Lisboa” Especialidades: - Peixe à pescador - Arroz de Tamboril com Gambas - Choco frito à setubalense O restaurante a Peixaria abriu as suas portas recentemente e encontra-se localizado em zona privilegiada do Parque das Nações, junto à Torre Vasco da Gama, conta com uma vista fantástica para o rio Tejo e jardins Garcia da Horta (Mar da Palha). Equipa Restaurante a Peixaria

Rua da Pimenta, nº 31 - 1990-254 Parque das Nações Entre o Pavilhão Atlântico e a Torre Vasco da Gama Telefone: 218 961 040 Gerência de Rui Mateus/Telemovel: 916783640 Email: geral@restaurantepeixaria.com

www.restaurantepeixaria.com EMENTAS de GRUPOS

ENTRADAS: Pão, queijo de Ovelha, azeitonas, pasta de sardinha BEBIDAS: Água, refrigerantes, vinho branco ou tinto da casa, sangria Tinto e Branco PRATO PRINCIPAL: Picanha ou choco frito à setubalense ou dourada SOBREMESA: Pudim flan, mousse de chocolate ou fruta CAFÉ APERITIVO: Moscatel

PREÇO 20.00 EUROS


34 | NP | PRAZERES

“O mais novo e charmoso espaço no Parque das Nações onde você poderá realizar uma verdadeira odisseia gastronómica!” Restaurante Última Instância Alameda dos Oceanos, Lt 1.07.1 Loja Q – Parque das Nações – Lisboa Realizamos jantares para grupos. Contactos: 218 969 307 – 925 986 474 – 925 986 475. Mail: Geral@ultimainstancia.pt Facebook: Restaurante Última Instância Horário de funcionamento: Segunda das 12h às 17h Terça a Sexta das 12h às 23h - Sábados das 18h às 23h Encerra aos Domingos.

O Restaurante Última Instância propõe-se a oferecer-lhe um conceito de fusão de algumas das melhores cozinhas do mundo. Cozinha europeia onde sobressaem os pratos oriundos do norte e leste europeus, passando pelo Mediterrâneo, Itália, Alemanha, França, Grécia entre outras culturas. Culturas estas que encontrar-se-ão com uma culinária que por si só já mereceria o termo Cozinha de Fusão. A cozinha brasileira com todas as suas influências diretas e indiretas (Portugal, África, Índios nativos do Brasil, Itália, Alemanha, Japão, Médio Oriente, Holanda e por aí afora). Esta miscigenação multicultural permite-nos criar e transformar de tudo um pouco obtendo como resultado os mais surpreendentes aromas, sabores e cores para o seu amplo deleite. Para exemplificar podemos citar um dos mais tradicionais pratos da culinária afro-brasileira, o Acarajé. Há ainda outras “fusões” como Bife do lombo à parmegiana com nhoque de mandioca. Carpaccio de carne do sol. Bacalhau em crosta de tapioca com misto de legumes e palmito grelhados. Tiramissú ao gosto e aromas da amazónia, Goiaba em calda de especiarias com gelado de queijo da serra e crocante de gengibre. Fazendo alusão ao leste europeu, apresentamos pratos e entradas como o Sprotten (Anchovas fumadas, queijo, ovo ralado…). Venha libertar o espírito desbravador que está dentro de cada um de nós e bom apetite! Equipa Última Instância


PRAZERES | NP | 35

Há lugares onde a tentação não é pecado, onde a guloseima alimenta: Emanha – a doce tradição do gelado artesanal HÁ LUGARES ASSIM… Lugares onde podemos aliar as vantagens de viver numa grande cidade à quietude dos espaços campestres, a proximidade de tudo o que nos pode proporcionar um grande centro urbano ao trinar irrequieto dos pássaros. Lugares que nos convidam a usar a bicicleta e onde podemos caminhar em grupo sem receio de sermos atropelados. Onde podemos “soltar” as crianças, por momentos livres da grilheta protectora das nossas mãos. Ainda há lugares assim. Que o digam os visitantes deste espaço único que é o Parque das Nações e os que têm o privilégio de lá morar. Pois foi este o espaço que, há cerca de uma década, escolhemos para trazer até Lisboa a nossa arte de fazer gelados. E já lá vão 31 anos, celebrados no passado dia 16 de Maio, desde que abrimos ao público a nossa primeira casa, junto à Praia da

Claridade, na Figueira da Foz… Se querem saber quem somos, perguntem aos figueirenses, aos conimbricenses, aos aveirenses, aos leirienses… ou perguntem aos lisboetas que tiveram a sorte de terem vivido, ainda que temporariamente, em alguma destas cidades. Ou àqueles que, ao longo dos últimos oito anos, nos têm distinguido com a sua presença no Parque das Nações. Porque já nos conheciam, porque alguém nos recomendou… ou porque nos encontraram por mero acaso e nunca mais deixaram de nos visitar. A qualidade A qualidade e a segurança alimentar são hoje, mais do que um projecto de empresa, uma exigência de clientes esclarecidos. Graças à evolução da tecnologia, a tradição e a criatividade dos antigos artesãos italianos puderam renovar-se com o emprego de sofisticados equipamentos, permitindo

o encurtamento dos tempos de laboração e potenciando um maior controlo das matérias-primas. Por outro lado, a vigilância sobre estes factores é hoje uma constante e é processada de acordo com mecanismos estabelecidos internacionalmente e aplicados segundo regras rigorosas. Quem nos conhece sabe que a nossa principal aposta sempre foi a qualidade do produto. A comprová-lo, para além da nossa participação no Programa Selecção, levado a cabo pela ARESP com o apoio do Turismo de Portugal, e a atribuição do prémio “PME Líder 2010”, está hoje o facto de pertencermos a um restrito número de empresas detentoras de uma Certificação do Sistema de Gestão de Qualidade, no âmbito da Norma ISO 9001. Esta Certificação, que nos foi concedida pela APCER, reconhece a aposta da nossa empresa no sentido de assegurar não só a conformidade dos seus produtos e

serviços, reforçando a protecção da saúde dos consumidores, mas também o esforço aplicado na satisfação dos clientes e na melhoria contínua na gestão de processos de laboração e fornecimento do serviço. É esta mesma preocupação em ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes que nos leva a apresentar, entre a vasta gama dos produtos oferecidos, gelados feitos com leite de soja e com leite de arroz, tal como gelados de kefir, bebida obtida a partir do leite fermentado e originária do Cáucaso, cujos efeitos benéficos são referidos por muitos dos seus consumidores. O gelado artesanal é uma arte e é assim que o entendemos. Mas é também um alimento de elevado valor nutritivo, adequado ao enriquecimento de uma dieta equilibrada, dada a quantidade significativa de proteínas, cálcio e vitaminas que entram na sua composição.

gelado artesanal - gelado de soja e de leite de arroz - crepes - saladas tostas - cafetaria e pastelaria - sumos naturais - batidos

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Rua Ilha dos Amores, lote 4.08.01 loja P (ao lado da escola Vasco da Gama) Parque das Nações (norte) 1990-118 Lisboa - Telefone 21 893 60 60

emanha.lisboa@gmail.com - www.emanha.com


36 | NP | ENSAIO

RODAS

MERCEDES C250 cdi

Por: Jorge Santos Farromba

rodasdoleitor@gmail.com

Sempre que uma versão de qualquer modelo é renovada, obviamente que se tenta melhorar os pontos menos conseguidos da versão anterior e as sugestões recebidas pelos jornalistas e clientes. Pois bem, foi isso que a Mercedes fez, mas é sempre tarefa difícil quando se tem já um excelente produto no mercado. Exteriormente o C, ganha mais actualidade e dinamismo. Se, pessoalmente gostava da versão anterior do C, mas não de modo empolgado, nesta a situação é bem diferente. As mudanças operadas no C, tornam-no por demais bem conseguido, principalmente na sua zona frontal. No interior respira-se qualidade em qualquer sítio e torna-se difícil criticar. O C foi feito para qualquer pessoa e qualquer uma encaixa na perfeição num habitáculo feito para ela. Seja ao nível dos bancos, da ergonomia, da estética, do conforto. Enfim, estamos em presença de um modelo pensado ao detalhe. A ergonomia marca presença, muito embora, continuemos a considerar que a haste única do lado esquerdo - que serve para usar os “piscas” e accionar o limpa vidros - e a segunda haste do excelente cruise control adaptativo colocada muito junto à anterior, e várias vezes accionada por lapso, e o travão de estacionamento (ainda) de pé - que continua a confundir – podiam ser melhorados e alterados. Esquecendo estes pontos, o trabalho de encontrar defeitos é perda de tempo. Mas se até agora não existem grandes critícas, o melhor será em estrada perceber o que temos entre mãos. Assim que accionamos a chave encontramos um modelo muito silencioso, uma caixa de 7 velocidades automática a assistir perfeitamente os 204 cv do modelo e sem delays entre relações. E encontramos um C demasiado fácil de conduzir em cidade ou estrada, com muitas ajudas electrónicas, desde o triângulo que assinala o ângulo morto do espelho, à câmara de estacionamento traseira, ao sensor no volante que detecta a transposição de faixa de rodagem (projectado de imediato no espectacular painel de instrumentos

Tivemos o grato prazer de ensaiar o renovado C250 cdi, bem como, fazê-lo através de uma concessão que recentemente também partilha este espaço envolvente ao Parque das Nações – CARCLASSE (www.carclasse.pt) na Avenida Marechal Gomes da Costa. com imagens ilustrativas do que está a acontecer), ou então do sensor que detecta os sinais de trânsito. O comportamento, sempre de bom nível, onde o chassis acompanha integralmente o motor do C. E, se em estrada podemos circular a 90km/hora e gastar (numa unidade nova) 3,2litros!!!!, a 150km/hora, vamos a gastar 7,1litros!!!). O

ponto fraco do modelo existe. O pouco tempo que nos foi disponibilizado para ensaio, pois “colou-se-nos à pele”. Preço da unidade ensaiada: 68.000€ (disponível a partir de 48.000€)



38 | NP | PERFIL

S E C FA A O S S E P

Por: Luís José Felgueiras Faz 1 mês que sou Pai… o êxtase do momento tem-me deixado completamente embriagado! Apenas tenho olhos para a minha filha e para a afectuosidade da mãe! Poderá parecer que qualquer semelhança com a realidade é pura ficção, só que ao invés da morte a vida gera vida … e mesmo sem nunca ter aprendido a cuidar de um ser tão indefeso, esta capacidade de regeneração que a vida tem é per si suficiente para nos ensinar a estar nesta nova vida e tal como uma imagem fotográfica vale por mil palavras, também um bebé vale por 1000 palavras… por 1000 sentimentos… por 1000 emoções! E tudo o que posso dizer a futuros Pais, não são as horas de sono, as infinitas “borradas” ou os incontroláveis choros, mas apenas e tanto as longas espreguiçadelas… as intermináveis “mamadas”… os inesperados sorrisos! Vivo no Parque desde 99 e desde cedo me apaixonei por este local, pela zona, pela arquitectura, pela comunidade que foi crescendo. Os fins de tarde durante a semana, a luz da manhã que se propaga do rio, a inúmera natureza que por aqui prolifera são para mim, amante da fotografia, alguns dos ex-líbris naturais desta zona ribeirinha! Sentindo o Parque como uma aldeia pequena que quer crescer, faltam ainda muitos pontos para que este “bairro” possa adquirir características de aldeia, a começar pela integração da comunidade em actividades comuns e que a possam ligar, de forma a que haja uma empatia geral e contagiosa! Para isso tanto a AMCPN (Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações), como a CVL (Cruz Vermelha de Loures), das quais faço parte dos órgãos directivos, foram para mim esse elo de ligação à comunidade, pois ambas as Organizações têm alavancado, a meu ver, esta integração de grande parte da Comunidade, sendo o nosso objectivo a totalidade dessa mesma Comunidade. Para além disso, e da minha actividade profissional, sou fotógrafo e tenho de momento uma Exposição de Fotografia em Podence, sobre os Caretos locais, que em breve estará num local, a designar, do Parque e para a qual convido, desde já, todos os amantes de fotografia e das tradições populares a passarem por lá… Um dia entrei numa estória que quero partilhar… quando há uns anos fiz o Caminho de Santiago e, tal-

vez por me verem a caminhar sozinho, todas as pessoas a quem perguntava se ainda faltava muito para determinado local me respondiam que sim, que ainda era muito longe e instintivamente dava por mim a responder que não havia problema… que tinha tempo! No último dia, comecei o caminho com uma amiga Alemã e, depois de nos separarmos, a meio encontrámo-nos de novo à entrada de Santiago e sem orientação e com receio de estarmos já atrasados para a missa do Peregrino, que todos os dias ocorre como forma de saudar e acolher os caminheiros que chegam, perguntámos as horas e, para nosso espanto, faltavam ainda 15min para o início, pelo que mais uma vez referi… “ainda temos tempo!” e realmente assim é… passamos uma vida a queixarmo-nos do tempo e afinal AINDA TEMOS TEMPO! Não importa a idade que tenhamos… os Projectos que pintamos… os sonhos que ainda não realizamos! Para que tudo isso aconteça, não é o tempo, ou a falta dele que os impede de concretizar, apenas e só a falta de querer… a descrença em nós, motivada, por vezes, pela falta de conhecimentos e competências que não nos permitem dar o passo seguinte… avançar para o próximo sonho e assim, ficamos parados no mesmo local… com o tempo a cair-nos em cima sem parar, ao invés de caminharmos com ele! Sendo Transmontano, faz-me confusão ver cidades sem espaços verdes para as pessoas estarem… ruas sem árvores para os pássaros pousarem… zonas para as crianças brincarem! Cresci com a maior parte das cidades Portuguesas, por onde passava, a terem jardins “para Inglês ver” sem perceber o que significava isso e, um dia, na minha primeira ida a Inglaterra deparei-me com esses Ingleses que, para além de verem os seus próprios jardins também os pisavam… se deitavam e rebolavam neles e então percebi a que ponto nos tínhamos tornado superficiais… humildes… acima de tudo sub-obedientes! Sendo de Engenharia a minha formação Universitária, e não sabendo se está ou não relacionado, o facto é que sempre fui muito pragmático e com a noção do prático e útil… por isso é que para mim um jardim tem que ser parecido com um ‘lameiro’ e todos aqueles que já tiveram o prazer de saborear esse momento de liberdade, nas tardes bucólicas da primavera, saberão ao que me refiro…

O D S

Havia um jardim na zona Sul, perto da marina e de tal forma escondido que quase nunca lá encontrava ninguém, que tinha uns chorões majestosos, com uma larga ramagem e cujas sombras eram um regalo para os dias quentes de verão… Digo havia porque, um dia, quando dava a minha volta por ali e, apesar de o jardim ainda lá estar, esses chorões, não sei se por monotonia, ou inércia do lugar…, esses chorões… já lá não moravam! Sempre achei que talvez fosse um jardim pequeno demais para eles e que árvores tão imponentes merecessem um maior protagonismo… um público Maio! Em parte fico feliz por elas também o terem pensado… apesar de e mesmo tendo partido sem avisar, esse jardim continuar a ser o meu lugar favorito no Parque… Sempre me fez confusão o civismo ou a falta dele! Apesar de gostar de pessoas simples a educação cívica é algo que deve ser independente de tudo isso e qualquer sociedade se deve orgulhar de a ter! Para isso e para que tal suceda, é necessário ministrá-la aos seus concidadãos.. e assim mostrar para e por onde queremos ir, o que nos motiva, o que nos rege! Mediante isso, presumo que uma Sociedade que constantemente fecha os olhos a todos os atropelos das suas leis e não se preocupa nem em edu-

E U Q R A P

“...passamos uma vida a queixarmo-nos do tempo e afinal AINDA TEMOS TEMPO! “ car e assim prevenir nem depois em fazer cumprir essas leis, é uma Sociedade que não se está a fazer muito bem a ela própria… que carece de auto-estima… de vontade e querer! É uma Sociedade que se move sem destino, que tanto poderá ir por este como por aquele caminho ao sabor do melhor vento, que não tem um plano para si própria! Por isso mais do que desenhar algo no Parque, o que faria era planear e, depois, em vez de apagar o que quer que seja, fazia cumprir esse planeamento e evitaria que em vez de escolas surgissem prédios… em vez de jardins surgissem prédios… em vez de carros nos passeios andassem pessoas e em vez de políticos… governantes… condutores… polícias… pessoas com vendas nos olhos, surgisse uma Sociedade de olhos bem abertos.


S E C A F R E H L U M

O D ES

PERFIL | NP | 39

E U Q R PA

Rita de Carvalho entrevista a chilena Katherin Gutierrez, moradora do Parque Caty, fala-me um pouco de ti... Olá, o meu nome é Katherin Gutierrez, tenho 33 anos e sou de nacionalidade chilena. Neste momento vivo aqui, em Portugal, mas saí do meu país há 11 anos, com o meu companheiro, actual marido, pois há 3 anos que nos casámos. Saí do Chile rumo a Itália, e vivi em 4 cidades durante esses anos. Por assuntos profissionais do meu marido, mudámo-nos para Portugal. Faz 8 meses que vivo em Lisboa. Tenho 4 filhos, Camilo (8 anos), Luciana(5 anos), nascidos no Chile. Depois vem o Joaquin (2 anos),nascido em Itália e Victoria de 3 meses, nascida aqui, em Lisboa. Como já viveste noutros países, qual é a tua opinião sobre Portugal? Posso dizer-te que gosto muito de Portugal, apesar de conhecer pouco. As pessoas aqui são muito simpáticas, muito simples, muito alegres e disponíveis para ajudar. Sobre a cidade de Lisboa, o que me chama mais a atenção é ser uma cidade muito limpa. É incrível como são cuidadosos com a limpeza… E gosto também muito de desfrutar do rio Tejo, brincar

com as crianças e passear de bicicleta. Acho que Lisboa é uma cidade muito tranquila, apesar de ser uma capital, o contrário de outras capitais, sempre com muito tráfego, ruído e poluição. E sobre o Parque das Nações, qual é a tua opinião ? Como te disse antes, eu gosto muito desta cidade. Especialmente do Parque das Nações, que é a área onde eu moro. É muito bonito ver, sobretudo aos fins-de-semana, o Parque cheio. Todas as famílias a partilhar o espaço e a jogar, pessoas a fazer desportos ou simplesmente a caminhar. É uma zona muito bonita, moderna e limpa. Tudo o que é necessário conseguimos encontrar aqui: hospital, supermercados, escolas, centro comercial. Estou feliz por viver nesse espaço. Tens 4 filhos ainda pequenos. Consegues conciliar a vida familiar com um emprego? Ou neste momento estás a dedicar-te só à tua família? Deixei de trabalhar quando fui viver para Itália. Como tenho 4 filhos, dois dos quais muito pequenos, dedico-lhes o dia inteiro (a eles). Graças a Deus tenho essa possibilidade…

“E o que mais gosto de ver são as famílias completas, a encher os parques e chama-me a atenção ver os pais (homens) a passear os seus filhos.” Numa perspectiva de intercâmbio de experiências, existe algo que a cultura chilena tenha, que possa servir de exemplo para Portugal? Relativamente ao intercâmbio cultural, e não querendo menosprezar o meu país, creio que Portugal pode dar mais exemplos para o Chile. Seguramente, vocês estão mais avançados. Têm mais recursos económicos, inclusive para desenvolver infra-estruturas como a reciclagem. No Chile a reciclagem ainda não é generalizada, só em algumas partes é que está a ser implementada. Esperemos que, no futuro, se consiga e se desenvolva também a consciência de ajudar o meio ambiente, pelo futuro dos nossos filhos. O que creio também importante imitar é a cultura do desporto que existe aqui. No Chile não existem vias tão extensas para bicicletas, por exemplo. É incrível ver como as pessoas correm ou, simplesmente, saem para caminhar como forma de fazer exercício. E o que mais gosto de ver são as famílias completas, a encher os parques e chama-me a atenção ver os pais (homens) a passear os seus filhos.


SLOW WAY 40 | NP | OPINIÃO

Stresse e a Cidade

candeeiros e muitos outros objectos de uma casa, outrora habitada, tornavam aquele espaço num verdadeiro cenário de filme de casas assombradas.

Os Dias que Contam…

Empurrei a velha porta de madeira pesada e empoeirada pelo tempo. Mesmo depois de rodar a chave enferrujada consegui entrar ao fim de três empurrões persistentes, sendo que o último quase me fez aterrar no corredor de tábua corrida, gasta pela corrosão do vazio... O ambiente era escuro, muito frio e deprimente. As teias de aranha e o pó que cobria os móveis,

Passaram quase dois anos... Parece que foi ontem. Recebi a notícia por telefone, e mesmo sabendo que já estava muito doente, não queria que fosse verdade. Mantive a frieza suficiente para fazer a viagem até Viseu sem derramar uma lágrima. Mesmo depois de a ver, rodeada de flores, de amigos, de muitas pessoas que eu nem conhecia, entre as quais, figuras notáveis da região que me vinham “dar os sentimentos”, mantive-me firme. Ainda hoje não sei descrever se em choque, se em apatia, que não durou por muito tempo. No dia do Funeral, não suportei o peso, e como o céu carregado de nuvens escuras, desabei. O “Dar os sentimentos” é algo bizarro... como se fosse possível partilhar a dor que se sente quando se perde alguém com quem nos habituámos a estar desde que nascemos. Alguém com quem

“Não contes os dias, faz com que os dias contem”, Mohammed Ali discutimos, com quem brincámos, com quem nos rimos, e a quem nos dava especial prazer irritar sabendo que responderia à letra. Não conseguimos imaginar a realidade sem essa pessoa. Com a minha Tia era assim. Havia sempre assunto. Defendia a região com unhas e dentes, era membro activo de diversas associações, entre as quais, a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Trabalhava no Hospital local, onde era Enfermeira. A menina Ângela, como lhe chamavam… Agora... não a ouço. Recordo muito ao longe a sua voz forte e de timbre elevado, com forte sotaque da Beira. Aquela voz que me acordava todas as manhãs e da qual me queixava por não poder dormir até mais tarde... Mas no fundo, divertia-me com ela, e com a sua forma genuína de estar. Agora, ouço... Silêncio. O vazio do espaço, o frio da casa fechada e o pó que não vê raios de Sol há meses fazem-me sentir tonta e enjoada. Tive de sair por uns instantes para respirar fundo e ganhar novo fôlego para regressar. Pensei nela, mais uma vez, e... entrei. Passei o fim-de-semana alargado a recolher, seleccionar e a guardar em caixas um pouco de tudo: roupas, louças, objectos pessoais, fotografias, cartas, bilhetes, blocos de notas, pulseiras, brincos e colares... uma infinidade de coisas que me fizeram viajar no tempo... As chávenas onde me servia o leite com café ao pequeno-almoço, a velha torradeira onde aquecia a brôa da Tia Ermelinda... Sabia que esta não seria uma tarefa fácil... E por isso, fôra tantas vezes adiada... Por entre lágrimas que naturalmente escorriam quando me recordava de certos momentos, fiz algumas pausas para respirar fundo e continuar a tarefa que me irá tomar vários dias. O fim-de-semana foi pautado pelo Silêncio... Um silêncio gelado, que me povoou de um vazio enorme que se reflectiu num aperto tremendo no coração. Passei os olhos com mais atenção pelas fotos que encontrei guardadas numa grande e pesada caixa. Vi o filme da Vida dela... os estudos no Porto e em Coimbra, as idas a Lisboa, as Viagens com as amigas, os casamentos, os baptizados, os aniversários, os amigos, os colegas do Hospital... pedaços de

uma Vida que se apagou cedo demais. Queria poder dizer-lhe que gosto muito de si. Queria poder pregar-lhe mais partidas por telefone e irritá-la com os meus discursos que reduziam Viseu a um “lugarejo no fim do mundo”, e enalteciam a “supremacia” Lisboeta! Era esta a nossa troca de afectos. Entendiamonos tão bem... Eu sei que a Tia adorava essas provocações e sabia que não passavam disso. Provocações. Por gostar tanto de si, para lhe dar alegria e vontade de rir... Queria que soubesse que penso em si e que os Natais nunca mais foram os mesmos, desde que deixou de vir a Lisboa, por estar doente. Apesar de ainda sentir a carga emocional do ambiente da casa, penso também que todos os momentos foram vividos intensamente. Estive presente, quando estava bem ou quando estava muito mal… De facto, nada volta a ser igual e não há nada que nos compense por isso. Mas sinto uma profunda serenidade e tranquilidade ao fechar os olhos e sentir que guardo todos esses momentos dentro de mim. Tiveram o seu tempo e eu vivi-os. E os nossos dias são feitos disto. Talvez tenhamos de prestar mais atenção a cada dia que passa. Porque um dia, poderemos olhar para trás e não ter nada que nos leve a sentir que vivemos com energia e entrega, em cada momento da nossa vida. Viver intensamente os momentos que partilhamos com as pessoas de quem gostamos é dedicarmo-nos totalmente a estes, sem outras distracções. A felicidade vem destes pequenos prazeres que julgamos garantidos para todo o sempre. “Não contes os dias, faz com que os dias contem”, Mohammed Ali Alexandra Sampaio Pássaro — Slow Way info.slowway@gmail.com


AGENDA| NP | 41

Teatro Camões THE OLD KING

ESTREIA ABSOLUTA - Junho 2011 - Dias 9 e 11 às 21h, 12 às 16h criação Miguel Moreira , a partir de uma fotografia de Daniel Blaufuks interpretação e co-criação Romeu Runa / música Pedro Carneiro / figurinos Dino Alves / desenho de luz João Garcia Miguel / ensaios especiais Alain Platel / assistência de direcção Catarina Félix / colaboração Sandra Rosado, Jorge Moreira

Englobado na sua programação de dança, o Teatro Camões apresenta em estreia absoluta, uma cocriação de Miguel Moreira e

Romeu Runa interpretada a solo por este bailarino. Inspirado numa fotografia de Daniel Blaufuks, a peça The Old King procura encontrar o pensamento de um homem e a sua relação com a sociedade. Um homem que pensa ao mesmo tempo o seu lugar, procurando uma identidade sólida que relata a sua razão de existir e olha para a sociedade e nutre vontade de intervir e ter um comportamento colectivo.

Casino Lisboa Auditório dos Oceanos “Brokers”

Com estreia agendada para 14 de Junho, no Auditório dos Oceanos, os “Brokers” representam um espectáculo inovador, sem palavras, obedecendo a um formato de uma enorme criatividade e versatilidade. O Casino Lisboa acolhe, assim, um ciclo de exibições de outra prestigiada Companhia internacional que promete surpreender o público. É possível fazer um espectáculo de humor sem palavras? Claro que sim! Os Yllana fazem-no desde 1991. Com mais de 20 anos de experiência, esta companhia madrilena é especialista num estilo de humor universal, fisicamente ruidoso, onde, através de gestos, sons e de um tom irreverente, irónico e interactivo se constroem as mais divertidas farsas. A partir de 14 de Junho. Os espectáculos decorrem de Terça-

Feira a Sábado, às 21 e 30. Aos Domingos estão, também, agendadas matinées, a partir das 17 horas.

Auditório dos Oceanos “Drácula”

O Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa acolhe o espectáculo “Drácula”, da Companhia “Vortice Dance”, nos próximos dias 10 e 11 de Junho, pelas 21 e 30. Esta dupla exibição tem como principais protagonistas Cláudia Martins e Rafael Carriço.

CRIME no Museu

Até 2 de Outubro, o Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva vai estar vedado com faixas amarelas e pretas como cenário do crime que vitimou o director do Museu de Ciências Naturais belga. A entrada na nova exposição interactiva CRIME no MUSEU só está autorizada a visitantes astutos, que

ADN, Balística, Entomologia Forense, Pegadas, Fibras e Microfibras, Impressões Digitais, Medicina Legal e Odontologia Legal. Em cada um deles os cientistas forenses terão de analisar cabelos, sangue, fibras, larvas, pegadas, impressões digitais. Há pistas válidas e outras que só servirão para baralhar o curso da investigação. Uma coisa é certa: a culpa nem sempre é do mordomo. A exposição CRIME no MUSEU contém legendas em braille e desenhos em relevo para visitantes cegos e com baixa visão e as actividades programadas são acessíveis a este público. www.pavconhecimento.pt

aceitem integrar a equipa de cientistas forenses responsáveis pela investigação. Será que uma análise laboratorial de ADN é sempre fiável? A posição do corpo da vítima é determinante para saber como foi assassinada? O que podem dizer uma beata com restos de saliva, as marcas de um projéctil ou as larvas encontradas num cadáver sobre as circunstâncias do crime? As fibras de uma camisola ou pedaços de um bolo com marcas de dentes serão suficientes para mandar alguém para a prisão? É preciso juntar as pistas e fazer uso da ciência para descobrir o autor deste CRIME no MUSEU. A investigação passa por oito laboratórios: Vestígios Biológicos e

Espaço Natural e Grelhados e Companhia

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42 | NP | OPINIÃO

Aos Domingos… Paciência O futebol do Sp. Braga esteve longe de ser encantador, mas deu resultados. Será assim no Sporting? Dublin, 18 de Maio de 2011. O Sp. Braga joga a mais importante página da sua história: uma final europeia, à qual poucos acreditavam ser possível chegar. Minuto 66. Os bracarenses perdem por 1-0 com o FC Porto e Domingos já só tem uma substituição para fazer. Do banco, salta Meyong, avançado camaronês. É lógico: a equipa perde e há que reforçar o ataque. No entanto, o

homem escolhido para abandonar o campo é Lima, o único ponta-de-lança que o Sp. Braga tinha em jogo. Nem mesmo a perder uma final importantíssima, com pouco mais de 20 minutos para jogar, Domingos Paciência foi capaz de arriscar no ataque, limitando-se à clássica “troca por troca”. Numa altura em que se confirma a contratação de Domingos

por parte do Sporting, pareceme interessante pensar na forma como o jovem técnico se vai adaptar a uma equipa que apresenta, necessariamente, outro tipo de exigências. É que num grande, substituições como a que fez em Dublin são meio caminho andado para ter os adeptos a pedirem a sua demissão. O mérito de Domingos em

Braga é indiscutível. Em 2009/10 conseguiu a melhor campanha do clube no campeonato nacional. Os bracarenses ficaram em segundo lugar, com uma pontuação (71 pontos) que teria chegado para ser campeão nos três anos anteriores. Já nesta época, Domingos conseguiu a melhor participação europeia da história do Sp. Braga. Chegou à final da Liga Europa e teve resultados muito meritórios na fase de grupos da Liga dos Campeões. Ao longo de toda a temporada, Celtic de Glasgow, Sevilha, Liverpool, Dínamo de Kiev e Benfica caíram aos pés dos homens de Domingos. É obra! Estes feitos não foram, no entanto, conquistados à custa de um futebol encantador. Longe disso. O Sp. Braga pensou sempre mais em defender do que em atacar. Em muitos jogos, os minhotos apostaram em marcar primeiro e jogar em contra-ataque até ao apito final. Por outro lado, quando as coisas não lhes começa-

ram a correr de feição, tiveram sempre grandes dificuldades em dar a volta, porque esta não era uma equipa talhada para atacar. Aconteceu nos primeiros jogos da Liga dos Campeões (derrotas frente ao Arsenal por 6-0 e Shakhtar por 3-0) e na última jornada do campeonato, frente a um Sporting moribundo (derrota por 1-0), num jogo que até decidia a terceira posição da Liga. Não há mal nenhum nisto. Se não fosse desta forma, provavelmente nunca o Sp. Braga pensaria sequer em chegar a uma final europeia. Domingos definiu a estratégia de jogo que considerou indicada para a equipa ganhar e acertou por inteiro. O problema é que não consigo imaginar um clube grande com a mesma filosofia de jogo do Sp. Braga. Por isso mesmo, confesso-me curioso para ver se, em Alvalade, Domingos vai manter a fórmula que lhe tem dado tantas alegrias ou se vai adaptar a sua filosofia de jogo às exigências de um emblema com outras ambições. Se Domingos optar por dar continuidade ao futebol que tem

pautado toda a sua carreira de treinador, não tem outra saída que não ir apresentando resultados, caso contrário tornar-se-á rapidamente um técnico a prazo. Se assim for, os adeptos do Sporting bem se podem ir preparando para o que deles se vai pedir em todos os domingos que forem ao estádio: muita paciência, e confiança de que no final de um jogo muito táctico e pouco entusiasmante, será o Sporting a sair vencedor. É óbvio que, se os resultados aparecerem, tudo isto será secundarizado. Quando estava no Benfica, Giovanni Trapattoni jogou um ano inteiro na “retranca” e foi campeão. Era assobiado em todos os jogos e viu montanhas de lenços brancos, mas no final saiu como um herói. E, verdade seja dita, Domingos teve sucesso em todos os clubes por onde passou até agora (U. Leiria, Académica e Sp. Braga). Em Alvalade, no entanto, o desafio será muito distinto, ou não fosse o Sporting o auto-denominado “clube diferente”. Bernardo Mata



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Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL Fantástico T4 Duplex com 200 m2 na Torre de S. Gabriel. Vista Rio Tejo. Sala de 45 m2 com Lareira. 3 Suites. Parqueamento Triplo. Localização de Excelência. \EXO1761104 Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL Loja com 70 m2. Inserida em Zona de Comércio e Serviços. Parqueamento Duplo. Junto à Marina do Parque das Nações.

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL Excelente T3 a Estrear com 140 m2. Sala com Lareira. Parqueamento Duplo e Arrecadação. Inserido em Zona de Prestígio.

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL Fantásticas Lojas de Gaveto. Excelentes Montras. Junto a Zona de Comércio da Expo Sul. Oportunidade.

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL 4 Assoalhadas em Edifício de Prestígio. Boas Áreas. Parqueamento e Arrecadação. Muito Bem Localizado, Junto à Gare do Oriente e ao Metro.

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T1 com 71 m2. Boas Áreas. Parqueamento e Arrecadação. Excelente Localização, Próximo a Comércio, Serviços e Transportes.

\Multi Lojas

Sob consulta

\EXO1721103

\EXO1061102

Sob consulta

Sob consulta

\EXO0241101

\EXP0591104

Sob consulta

Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T2 com 110 m2 em Condomínio Fechado com SPA e Ginásio. Vista de Rio Tejo. Varandas. Cozinha Equipada. Parqueamento Duplo e Arrecadação.

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T3+1 de 150 m2 com Remodelação Qualidade. Excelentes Áreas. Suite de 18 m2 com Closet. Vista Desafogada. Parqueamento Duplo e Arrecadação. \EXP0731105 Sob Consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T1 com 70 m2 em Condomínio Privativo. Acabamentos Diferenciados. Vista Desafogada. Boa Exposição Solar. Sala com Varanda. Parqueamento e Arrecadação. \EXP0611104 Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T3+1 com 155 m2. Acabamentos Diferenciados. Boas Áreas. Vista de Rio Tejo. Sala de 31 m2 com Varanda. Parqueamento Duplo e Arrecadação. Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T1 com 93 m2. Óptimas Áreas. Acabamentos Diferenciados. Excelente Exposição Solar. Parqueamento e Arrecadação. Localização Privilegiada. \EXP0111101 Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T3 com 123 m2 com Varanda. Vista de Rio Tejo. Boa Exposição Solar. Parqueamento Duplo e Arrecadação. Excelente Localização.

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE Condomínio Espelho do Tejo. T3 Duplex com 150 m2. Boas Áreas. Acabamentos Diferenciados. Varandas com Vista de Rio Tejo. Garagem/Box Dupla e Arrecadação. \EXP0361102 Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE T2 com 120 m2 no Condomínio Fechado Rota das Índias. Bom Nível de Acabamentos. Cozinha Totalmente Equipada. Parqueamento Duplo e Arrecadação. \EXP03151012 Sob consulta

JARDINS DO CRISTO REI T1 com 96 m2. Terraço de 26 m2. Acabamentos Diferenciados. Boa Exposição Solar. Parqueamento e Arrecadação. Localização Privilegiada.

MOSCAVIDE 2 Assoalhadas no Centro de Moscavide. Óptima Exposição Solar. Próximo a Comércio, Serviços e Transportes.

PORTELA 4 Assoalhadas Remodeladas. Boas Áreas. Vista Desafogada. Parqueamento e Arrecadação. Bons Acessos. Próximo a Comércio, Serviços e Transportes. \EXP0311102 Sob consulta

OLIVAIS NORTE 4 Assoalhadas em Bom Estado de Conservação. Arrecadação. Facilidade de Estacionamento. Próximo a Transportes Públicos.

OLIVAIS NORTE 3 Assoalhadas Remodeladas com Arrecadação. Facilidade de Estacionamento. Proximidade à Gare Oriente.

OLIVAIS NORTE T3 Totalmente Remodelado com Qualidade. Boas Áreas. Proximidade a Comércio, Serviços e Transportes Públicos. Facilidade de Estacionamento.

ENCARNAÇÃO Óptima Moradia V4 com 170 m2. Implantada em Lote de 210 m2. 3 Pisos. Logradouro. Garagem. Excelente Localização.

OLIVAIS SUL Excelente T3 com 120 m2. Inserido em Prédio de Qualidade. Arrecadação. Zonas Verdes, Boa Envolvência. Oportunidade.

OLIVAIS SUL T3 no Spacio Shopping com Boas Áreas. Parqueamento e Arrecadação. Excelente Localização.

MADREDEUS Moradia V2 para Reconstruir com Excelente Potencial. Zona Sossegada. Bons Acessos.

\OLV02980811

\EXO1821104

MARVILA T1 com Óptimos Acabamentos e Boas Áreas. Varanda e Terraço. Parqueamento e Arrecadação. Vista Panorâmica. Excelentes Acessos.

MARVILA T2 com 85 m2 Remodelado em Edifício de Qualidade. Fantástica Vista Panorâmica. Parqueamento e Arrecadação. Óptima Localização. Oportunidade.

\EXP00080901

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\EXO2351105

VENDE/ARRENDA

Sob consulta

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\EXO2071104

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\OLV00931007

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\EXP0271102

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\EXO1511103

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\EXO2331105

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56.150,00€

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109.900,00€


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