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ANO XI - N R.62 - B IME STRAL - DE ZE MBRO11 - DI REC TOR: MI GUE L FE RRO ME NE S ES
“Os portugueses são extremamente versáteis em situações em que não se sabe o que vai acontecer, a nível de trabalho. A situação actual é potencialmente a melhor fase que Portugal vai passar. É um pouco como a adolescência, imensas crises, tudo é um drama, mas a verdade é que a crise da adolescência é necessária para crescer. “
“Quando decidi vir morar para o Parque das Nações, o meu único receio é que não houvesse ‘vida de bairro’, por ser uma zona tão recente e ainda desprovida de alma bairrista. No início, até acabei por ter esse sentimento. Mas com o tempo tenho ficado, positivamente, surpreendida e contente porque estava errada.”
PATRÍCIA BRANCO
PEDRO SANTOS
IRIS LOURENÇO
ESCOLA BÁSICA DO PN
págs. 12 e13
CONVERSA COM...
págs. 21, 22 e 23
MULHERES DO PARQUE
pág. 35
www.noticiasdoparque.com
“O nosso objectivo, também partilhado pela Direcção de Agrupamento, seria finalizar as duas salas de cima e alargar o pátio exterior. Entrar para o parque de estacionamento, cimentar e fazer um campo de futebol ou algo do género…Mesmo assim, só poderíamos abrir apenas mais uma turma no próximo ano lectivo.”
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FAÇAM Engraçado porque tinha pensado num título para o editorial que era do género: “Vamos todos morrer, mas valeu bem a pena”. Uma ironia negra sobre o facto do ser humano, o homem, o cidadão estar a caminhar estupidamente para o buraco negro. Ambientalmente, politicamente, socialmente, economicamente, humanamente, enfim, mas como ainda nos resta algum tempo pela frente, vou guardá-lo para outro Inverno... Vou antes escrever sobre a mudança. Como diz o Pedro Santos, em entrevista neste número, “a situação actual é potencialmente a melhor fase que Portugal vai passar. É um pouco como a adolescência, imensas crises, tudo é um drama, mas a verdade é que a crise da adolescência é necessária para crescer.” E é verdade, estamos a passar por uma
fase. Até arrisco dizer que estamos a passar por uma nova revolução. (Arrisco ainda mais) Revolução tão importante como a de Abril. Com muitas mudanças. Não me refiro apenas à política ou à economia. O paradigma está a mudar. A uma escala humana. Mundial. Acima de tudo, há coisas que têm de ser ditas. Coisas que têm de ser questionadas. Hábitos que têm que ser postos em causa. Paradigmas revistos. Clichés enterrados. Sempre com todo o respeito pelo passado, pela história, pelos autores, pelos mais velhos, pelos novos de mais. Temos que ser audazes (bolas... ainda há 500 anos atrás fizemo-nos à vida e conquistávamos o Mundo pelo desconhecido e temido mar... agora parece que se tem medo de sair de casa). Temos que arriscar. Praticar o erro. Sair da sombra
EDITORIAL | NP | 3
noticiasparque@netcabo.pt do medo. Do cobertor da segurança. Do hábito. Sair de casa. Procurar. Ver. VER, não olhar. Ser viajante, não turista. Deixar o lonely planet em casa e seguir o instinto. Ir além do postal. Dos sítios onde sempre te disseram que tinhas que ir. Questionar de novo. Ser uma criança: “Mas porquê? ...mas porquê ...mas porquê?” Ver, perceber como se fosse uma primeira vez. A sociedade, a política, a economia, a história, o Homem estão em mudança. Lembro-me daquele braço a sair da janela do carro, no meio do trânsito parado, a deitar um pacote de leite de chocolate para a rua. Com 15 anos, saio em direcção a ela. Apanho o pacote e devolvo-lho perguntando: “É seu?” Ela responde: “É, mas já o bebi todo.” Lembro-me do que a Rita Carvalho escreveu sobre o Gonçalo a apanhar a porcaria dos outros cães, das nossas ruas e jardins, as mesmas onde brincam as crianças. Alguém que apanha o que não é dele, mas que suja o que, também, ao Gonçalo pertence e que ele protege com orgulho e propriedade: as nossas ruas, os nossos jardins, o espaço público. Claro que interessa se foi outra pessoa a sujar, mas, mais importante, é tratar.
temos surpresas para si!
venha celebrar o nosso
º 10 1 0
aniversário anivers ário
Sente-se a mudança.
FichaTécnica
Gritem, berrem, chorem, riam, ignorem, levantem os braços no meio da multidão, uma vez por mês, ou arregacem as mangas, durante a semana, como quiserem... mas façam qualquer coisa. Façamno com verdade, façam-no porque acreditam, porque algo, lá dentro, vos diz para fazer. Não porque vêem os outros fazer na TV ou porque alguém vos diz para fazer, ou para culpar este ou aquele. Façam. Façam com garra, com amor, com raiva, com alma. Façam porque acreditam. Mas, acima de tudo, gozem esta viagem. Apreciem a sua beleza. Não é todos os anos, nem em todas as épocas ou gerações que temos a honra de estar a viver isto. De escrever um novo capítulo. De fazer nova história. Se estiverem confusos façam uma pausa. Coloquem-se mesmo dentro do olho do tornado, onde tudo está calmo e apreciem toda a grandeza a girar à volta. Todo o caos que serpenteia, lá fora. Tenham o vosso momento. Olhem para dentro. Para fora. Olhem para o mundo despido do homem, para essa dádiva desenhada para nós. Agarram-se à alma. “Ainda vamos a tempo”. Sorriam. Partam. Façam.
Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Alexandra Pássaro; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Baltazar; Paulo Franco, Rita de Carvalho. Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919
MIguel F. Menses
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MAIS… PARQUE DAS NAÇÕES
NATAL NO PARQUE DAS NAÇÕES
Este ano, em virtude dos constrangimentos financeiros decorrentes da atual conjuntura económicofinanceira, o Parque das Nações terá uma decoração de Natal mais singela. No início de dezembro e à semelhança de anos anteriores, será instalado um painel natalício na fachada poente - norte do Pavilhão de Portugal. A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações deseja Um Bom Natal a todos os que residem, trabalham ou visitam o Parque das Nações.
SENSIBILIZAÇÃO RODOVIÁRIA NO PARQUE DAS NAÇÕES
Tendo em consideração que a época de Natal e Ano Novo é um período onde infelizmente se dá um acréscimo do número de acidentes rodoviários devido ao excesso de álcool, a Associação Salvador irá realizar uma acção de sensibilização rodoviária no Parque das Nações, entre as 23h00 do dia 22 de Dezembro (5ª feira ) e as 02h00 do dia 23 de Dezembro. Esta iniciativa denominada “Regresso Seguro “ é apoiada pela Parque Expo Gestão
Urbana do Parque das Nações, e tem como objectivo principal alertar para a não condução sob o efeito do álcool. Trata-se de uma acção pela positiva, que visa comunicar de uma forma divertida, acessível e directa com os condutores, com o testemunho ao vivo de pessoas que tiveram más experiências resultantes do facto de terem conduzido quando já não estavam em condições. A Associação Salvador é uma IPSS, fundada em 2003 por Salvador Mendes de Almeida (Tetraplégico, vitima de um acidente de mota aos 16 anos), que tem por objectivo promover a integração das pessoas com deficiência motora, desen-
volvendo projectos específicos nas áreas da Integração Social, Acessibilidades, Investigação e Tecnologia e Prevenção Rodoviária. A ação terá lugar na Rua da Pimenta e Passeio das Tágides – zona de restaurantes e bares do Parque das Nações.
MAIS SEGURANÇA E MAIS QUALIDADE AMBIENTAL NO PARQUE DAS NAÇÕES
Por razões que se prendem com a preservação da qualidade ambiental do Parque das Nações, o patrulhamento a cavalo assegurado pela Guarda Nacional Republicana deixou de se realizar na zona urbana, nomeadamente na Zona de Acesso Condicionado, continuando a atuar nestas zonas as forças de segurança que tradicionalmente garantem a ordem e segurança pública. A Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações e a GNR, em estreita colaboração, redefiniram o percurso das patrulhas a cavalo, procurando assim garantir uma maior eficácia na articulação desta força de segurança com as operações de gestão urbana e com o uso corrente deste território pelos residentes, trabalhadores e visitantes. Desta forma a GNR passa a efetuar o patrulhamento a cavalo exclusivamente no Parque Tejo e Trancão, espaço verde mais vasto do Parque das Nações. Atualmente, para aceder ao Parque Tejo e Trancão, as patrulhas da GNR passam a entrar no Parque das Nações pelo Passeio do Báltico de modo a preservar as zonas pedonais. Com esta medida pretende-se garantir os padrões de qualidade urbana e de segurança que caracterizam o Parque das Nações.
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“IDEIAS PARA UM ORÇAMENTO” PARTICIPE NA GESTÃO DO PARQUE DAS NAÇÕES
Lançado no final de maio, a comunidade do Parque das Nações respondeu de uma forma ativa ao convite para participar nas “IDEIAS PARA UM ORÇAMENTO” 2012. A apresentação de 34 projetos e o envolvimento de mais de 2.500 pessoas, que expressaram a sua decisão ao participar na votação das propostas, constituem sinais positivos do sentido de cidadania e da vontade de
participação na definição de projetos que valorizem o Parque das Nações. A fase de votação terminou no dia 23 de outubro e, até 31 de dezembro de 2011, serão divulgados os resultados da votação, a avaliação das propostas e tornados públicos os projetos que poderão vir a ser contemplados no orçamento de 2012. A mobilização da comunidade nesta iniciativa, constitui mais um passo para a implementação de um sistema de gestão sustentável do Parque das Nações. Obrigado pela sua participação!
ASSOCIAÇÃO DE
6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN
Escola Parque das Nações, zona sul do Parque das Nações
Jorge Farromba Responsável da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações (AMCPN) para a Área Escolar. IT e-Learning Manager na TAP Portugal Docente do Ensino Superior
A Escola Parque das Nações abriu há cerca de ano e meio, com pompa e circunstância, num tempo em que interessava mostrar resultados e obra feita. Foi, por isso, um dia importante para o Governo a abertura de mais uma Escola, ainda por cima, sendo esta um anseio e necessidade da população residente. Para nos situarmos no tempo, de facto, esta Escola era um anseio da população do Parque e uma necessidade, mas era também um requisito que não estava a ser cumprido pela Administração Central. E, mal ou bem, a Escola foi-se fazendo, mas logo foi mencionado que teria de ser desenvolvida por fases. Ou seja, pela primeira vez percebemos que “não vamos receber a prenda na totalidade, mas somente uma parte dela”, figurativamente falando. E, no dia previsto, com muito apoio do Agrupamento (É justo mencionar!) e muita vontade política do Governo, a Escola abriu. Só que abriu uma só fase, aquela que servia para o imediato, numa visão de curto prazo que não se coaduna com a visão que deve ser considerada na Gestão Moderna, nem com a visão que se deve ter na Educação, nem sobretudo com a visão com que o Parque das Nações foi criado. De facto, temos hoje uma Escola a funcionar, estatisticamente contribui para os rácios de alunos, mas as escolas e a sociedade não se fazem só de números. Hoje, já temos: - uma Escola sobrelotada (as listas de espera continuam a existir, pior ainda, num ano em que muitos alunos do privado recorreram ao ensino oficial); - o recreio é insuficiente para a capacidade da escola;
- as atividades recreativas não podem ser feitas na sua plenitude por manifesta falta de espaço; - não existe ginásio porque pertence à outra fase (a 2ª), - as crianças, numa iniciativa compreensível, mas inédita, almoçam na sala de música e desfasadas entre os vários anos, por falta de capacidade da sala (numa 1ª fase esta componente deve ser fulcral); - o refeitório é também ele da 2ª fase, donde recorreu-se ao catering para as crianças comerem com talheres de plástico (dentro do problema, foi talvez a melhor solução –a outra seria encaminhar, de autocarro, os alunos à sede do Agrupamento para almoçarem). - os talheres de plástico – que se partem amiudadas vezes, com riscos para as crianças – segundo me foi comunicado, ainda não foram alterados por falta de autorização da Câmara Municipal de Lisboa; - o sistema de ar condicionado não funciona porque…pertence à 2ª fase. - temos salas inacabadas porque… pertencem à 2ª fase e, que finalizadas, (sim, porque as salas estão quase finalizadas) – resolviam, ajudavam, melhoravam as condições de quem ali tem filhos. Daqui a 1 ano, e este é o cerne da questão, voltamos a ter o problema com que sempre se deparou parte da população do Parque – “e após o 4º ano, os meus filhos vão para onde??” Obviamente que compreendo a boa vontade, as diligências efetuadas, o trabalho desenvolvido pela
A AMCPN tem recebido algumas informações sobre situações ocorridas na Escola Parque das Nações, Zona Sul e tem também acompanhado o tema da construção da 2ª fase, tendo por isso contactado a DREL no sentido de ser esclarecida e apresentar propostas de solução. A AMCPN foi recebida dia 28NOV2011 pelo Director e Director Adjunto da DREL na sequência do pedido de esclarecimento sobre a Escola Parque das Nações na zona Sul. Dessa reunião damos conta das conclusões emanadas da mesma.
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Não existindo neste momento a 2ª fase e, estando muitos dos pontos discutidos dependentes da construção da 2ª fase, tentámos apresentar soluções que resolvam, no imediato, algumas situações.
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Relativamente ao assunto que muitos Pais gostariam de obter esclarecimento – a construção da 2ª fase da Escola. Segundo o Director está orçamentada, mas pode ou não vir a ser aprovada.
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É pelo menos mais uma garantia de que o assunto não está esquecido e que vai merecer a devida atenção, pois a 2ª fase é já hoje uma necessidade desta zona de Lisboa. No sentido de também perceber o tema em apreço, o Director da DREL virá visitar a Escola e perceber in loco as várias situações. A AMCPN continuará a acompanhar também este assunto e dará o devido feedback no Jornal
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Notícias do Parque ou no site da AMCPN. Podem também, os Pais que o desejarem, contactarem-nos para geral@amcpn.com A AMCPN voltará a contactar a DREL no prazo máximo de um mês para perceber o desenvolvimento das situações relatadas. Contactámos também o Ministério da Educação no sentido de obter alguns esclarecimentos, em reunião que aguardamos seja prontamente concedida.
“...como cidadão não consigo compreender e aceitar que a Educação seja uma 2ª prioridade de qualquer Governo. Um País tem de possuir pilares fortes, robustos, tem de ter uma missão, mas sobretudo, uma visão de futuro...” Direção da Escola e pelo Agrupamento. Sem eles muito do que é hoje a Escola não teria sido possível. No entanto, como cidadão não consigo compreender e aceitar que a Educação seja uma 2ª prioridade de qualquer Governo. Um País tem de possuir pilares fortes, robustos, tem de ter uma missão, mas sobretudo, uma visão de futuro. Tem
de saber onde estamos, para onde devemos ir e onde deveríamos estar! Um País reconhece-se pelos seus profissionais, reconhece-se pelo seu capital intelectual, pelos valores e competências com que resolve os seus problemas.
MORADORES Compreendo e aceito que existem muitas escolas em piores condições que esta. Correcto! Mas, cada caso é um caso e um Governo, seja qual for a sua cor política, tem de garantir que formemos uma geração capaz de enfrentar com sucesso um futuro cada vez mais exigente, mais tecnológico e menos personalizado, um futuro cada vez mais dependente das competências de cada um e, não das competências de dois ou três. Somos um País que merece continuar a existir, mas não podemos descurar um dos pilares da sociedade: a Educação. Por isso, o meu apelo a que se olhe para estas escolas adiadas e lhes proporcionem as bases para alavancar um País. Estes alunos serão o nosso Futuro! Digo-o convicto, pois pessoalmente e, em sede própria, apresentei a entidades com responsabilidades governativas, um modelo educativo para uma grande franja da população, assente na Formação e na Educação, porque acredito que a
Sociedade só terá sucesso com este pilar edificado. Escolas como a do Parque das Nações têm razão de existir, com a 2ª fase concluída. Foram, em sede própria, já propostas sugestões para a sua construção, bem como alternativas (recordo que falta um ano, para os primeiros alunos completarem o último ano nesta escola). Não é fácil alterar situações pendentes, não é fácil encontrar receita onde somente se vê despesa, mas tenho a profunda convicção de que vamos encontrar, com diálogo e muito trabalho, uma solução para esta situação, porque todos pretendemos o mesmo: Cumprir objetivos, atingir a excelência, melhorar! Resta-nos aguardar pelo contacto das entidades oficiais sobre este assunto, sobre as questões levantadas, sobre os prazos, sobre as soluções propostas, sobre as alternativas e sobre o modelo a seguir neste particular. Terão da nossa parte todo o empenho, dedicação e disponibilidade para contribuir para a solução!
ESCOLA DE GUARDA REDES - “O GR EM JOGO”
Lokomotiv de Moscovo), entre outros. Num trabalho conjunto, que visa o aumento da qualidade e quantidade de uma posição específica da modalidade de futebol como é a do GR, é objectivo desta equipa de trabalho, proporcionar a prática orientada a jovens que queiram experimentar ou desenvolver o gosto pela posição de GR. Em parceria com o “Clube Parque das Nações”, terá início no dia 16 de Janeiro de 2012, no Colégio Pedro Arrupe, a actividade da Escola “O GR EM JOGO”. Esta escola especializada na área do treino de Guarda-Redes (GR) de futebol, tem como principal propósito, fomentar o gosto e o desenvolvimento desta posição específica, através de uma metodologia de treino utilizada na Selecção Nacional Portuguesa e em alguns clubes de referência do futebol português. Serão supervisores da Metodologia de treino a aplicar, treinadores como Ricardo Peres (Treinador de GR da Selecção Nacional), Pedro Roma (Treinador de GR da Federação Portuguesa de Futebol), Fernando Ferreira (Treinador de GR dos Juniores B do Sporting Clube de Portugal), José Manuel Neves (Treinador de GR do CF União da Madeira), Vítor Silvestre (Treinador de GR do FK
Foi ainda elaborada uma estratégia que visa desenvolver o treino de GR a atletas pertencentes a Escolas de Futebol e a clubes Federados. Assim, os GR que por variadas razões não têm oportunidade de estar inseridos numa metodologia de treino específico, têm oportunidade de o fazer na “Escola GR EM JOGO”, voltando posteriormente às suas equipas. Será da responsabilidade da escola “O GR EM JOGO”, a articulação metodológica a realizar com as Escolas de Futebol e/ou Clubes Federados. As actividades decorrerão às 2ªs e 4ªs feiras, a partir das 18h30, no campo sintético de futebol 11 do Colégio Pedro Arrupe. GR, contamos convosco! Informações: E-mail: escoladefutebolcpn@gmail.com Telemóvel: 92 598 86 22
PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP | 7
Contactos: Casa do Arboreto Passeio dos Heróis do Mar – Parque do Tejo (Junto ao Parque Infantil do Gil) Email: geral@amcpn.com Tlm: 932 037 474 / 932 037 473 www.amcpn.com www.facebook.com/AMCPN
Dia 5 Janeiro
CULTURA CUL TURA
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Dia 12 Janeiro
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15h Recepção Participantes Pa rticipantes
1 16:30 6:30 Yo Yoga ga d do o Riso Riso Professora: Pr ofessora: A Ana na C Castanheira astanheira Casa Casa da da F Felicidade elicidade
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História: História: India India - Namasté Namasté
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Dr.. Luís Julião Dr
Dia 26 Janeiro
1 16:30 6:30 Body Balance Pr Professora: ofessora: Catarina Catarina Po Pontes ntes
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Acupuntora A cupuntora d da a Expoclínica Expoclínica
Dia 19 Janeiro
VIDA VI DA A ACTIVA CTIVA
Holmes Holmes Pl Place ace
15:15 1 5:15 Palestra Palestra Ginástica G inástica a abdominal bdominal h hipopressiva ipopressiva - Saúde, Saúde, e estética stética e bem bem estar estar Fisioterapeuta F isioterapeuta d da a Expoclinica Expoclinica
Local: Casa do Arboreto - Parque Te ejjo
16h Lanche
16:30 1 6:30 Jogos Engº. En gº. Jaime Jaime N Neto eto
A nossa cidade 8 | NP | OPINIÃO
“...a cidade faz-se com as nossas próprias mãos...”
Marco Neves http://contrariar.certaspalavras.org Há, nalguns lisboetas, um estranho provincianismo. Estes lisboetas têm uma ideia muito limitada sobre o que é um lisboeta ou sobre quem deve ser considerado “da cidade”. Para estas pessoas,“lisboeta” é apenas e só quem nasce e é criado em Lisboa. Todos os outros são forasteiros. Estes lisboetas,
quais aristocratas rurais, cientes dos seus direitos hereditários, têm uma visão muito tacanha e aldeã da cidade. Quando alguém diz que só quem nasce ou cresce em Lisboa pode ser “de” Lisboa, está a negar aquilo que torna uma cidade numa grande cidade: o facto de ser composta de pessoas de várias origens, com várias formas de vida, várias opiniões e ideologias – todos a viver lado a lado, ou pelo menos muito perto. Uma cidade como Lisboa não é uma aldeia, que se organiza em famílias ou clãs, em que todos são filhos deste, afilhados daquele, sobrinhos daqueloutro, e por aí fora. Uma cidade como Lisboa é feita de todos os que aqui vivem, dos que aqui trabalham (mas vivem longe), dos que aqui nascem (e foram embora), dos que a visitam – ou mesmo dos que a imaginam à distância em livros ou filmes.As grandes cidades são assim: é de Lisboa quem quer ser de Lisboa ou quem tem de ser de Lisboa por causa das circunstâncias da vida. Claro que a relação de cada um com a cidade é diferente em cada caso – a relação de cada um com uma cidade como Lisboa é uma relação pessoal, de liber-
dade, fluida e muito mais interessante do que as relações de sangue e solo que alguns “puros” querem impor. O Parque das Nações é um caso interessante: arrisco-me a dizer que será habitado, em grande parte, por “novos lisboetas”, pessoas que não nasceram na cidade, mas aqui fizeram a sua vida ou quiseram para aqui vir viver. Talvez por isso, esses outros lisboetas “aristocratas” tenham um certo desprezo por este e por outros bairros “novos”. Não interessa. O que importa é isto: é esta comunidade que tem estado empenhada, há vários anos, em mudar a cidade, em fazer parte, no seu conjunto, do concelho de Lisboa. E tem estado empenhada de forma que se destaca no conjunto da cidade – por exemplo, no processo de consulta pública sobre a nova divisão autárquica, a participação da população do Parque ultrapassou a participação – somada! – da população de todos os outros bairros. Também não devemos cair no engano de pensar que Lisboa se limita apenas ao seu concelho. Com ou sem a freguesia do Parque das Nações, a divisão autárquica é apenas uma artificialidade, necessária mas algo arbitrária, que não limita a verdadeira cidade, o conglomerado humano, o sistema de relações de vários tipos, com vários centros e um nome – neste caso, Lisboa. Lisboa, enquanto grande cidade
(a tal “Grande Lisboa”) inclui o concelho, todo o Parque das Nações, mas também Moscavide, Portela, Loures, Amadora, Oeiras, Cascais, e por aí fora. Lisboa não tem os apertados limites que alguns lhe querem dar, para o bem e para o mal (para algumas pessoas, a exclusão de alguns subúrbios da sua definição de Lisboa é uma forma de “dourar a pílula” – há quem se orgulhe imensamente de não saber onde é a Bobadela). Dito isto, termos um bairro dividido em dois concelhos ou unido numa só freguesia de Lisboa não é a mesma coisa – e o facto de ser uma comunidade de supostos “forasteiros” a pegar em si e a lutar por integrar todo um bairro numa só freguesia, na sua cidade, mostra que Lisboa é de todos os que querem ser da cidade. Por fim, não devemos esquecer que ninguém é obrigado a participar nestas causas.As cidades também se fazem dos indiferentes, que podem estar bem atentos e empenhados noutras causas, tão ou mais importantes, e dos que não concordam connosco. No entanto, para quem tem lutado por esta freguesia de Lisboa – agora que falta pouco para, esperemos, atingir este objectivo – será muito bom sentir que, por vezes, a cidade se faz com as nossas próprias mãos – dos que nascem, dos que trabalham, dos que vivem, dos que sonham em Lisboa.
Boas Festas e um Excelente 2012 A sua farmácia não fecha para almoço
DIAS DE SERVIÇO PERMANENTE (DIA E NOITE)
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª das 9h às 20h | Sábado das 9h às 14h
VILA EXPO | JARDIM DOS JACARANDÁS | TELEFONE: 21 894 70 00 / 01
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Freguesia até ao Trancão 10 | NP | LOCAL
António Costa afirmou, em visita ao PN, ser lógica a criação da Freguesia até ao Trancão e disse estar convicto de que a AR o irá fazer. Entretanto a Associação de Moradores tem tido, cada vez mais, apoios de todos os quadrantes políticos e parlamentares. Veja o vídeo “CML vem ao Parque” – Vídeo, em www.noticiasdoparque.com A reunião descentralizada da Câmara Municipal de Lisboa teve lugar na Escola Vasco da Gama, no passado dia 3 de Novembro. Foram várias as intervenções e os temas expostos pelos moradores do PN. O alargamento da escola da Zona Sul, transportes e a criação da Freguesia do Parque das Nações, incluindo o território pertencente a Loures, foram os temas escolhidos. A AMCPN lançou em comunicado: “Se dúvidas houvesse, as mesmas ficaram dissipadas, através da intervenção do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na Reunião
A Esperança é possível... “Temos que estar preparados para a mudança.”
Chegou o verdadeiro tempo da esperança, da preparação, da vigilância, estamos no Advento! O Senhor vem ao nosso encontro. Para que a nossa vida se inunde de um amor grande: Deus connosco, Emanuel. Para que o nosso ser seja plenamente enriquecido da graça da presença de um Menino que para nós é tudo. Vigiemos, portanto. Vivamos atentos. Preparemos todo o nosso interior para a chegada de Deus! É um tempo para preparar o Natal. Ele é para todos, porque o Natal é também para todos. Contudo, este tempo só será para todos se todos nos preocuparmos com esse mesmo fim, se todos soubermos olhar para fora de nós, se todos desejarmos viver nesse altruísmo verda-
deiro e sincero, se todos tomarmos consciência que existe humanidade fora do nosso mundo, fora da nossa história pessoal de vida. Assim, este tempo será para todos se todos estivermos atentos à totalidade e não simplesmente ao individual, se dermos mais importância ao comum do que ao particular. A Palavra de Jesus é clara: “Há que acordar!” Que estar preparados para a mudança. Acima de tudo, há que despertar o coração. Às vezes, temos o coração pesado demais, fechado, empedernido, insensível e indiferente. Preocupações, desilusões, enganos, falsos deuses, valores insignificantes... Há muita coisa a tornar pesado o nosso coração. E vivemos, como que anestesiados, sem capacidade de reagir, com
entusiasmo e energia, diante de um acontecimento inesperado. Tenhamos a coragem de romper com esses hábitos menores, deixemos que essa nova vida aconteça dentro de nós e em nós, sejamos lugar para a gestação do mistério de Deus. Só assim acontecerá vida nova, só assim Deus pode nascer na história dos homens através da vida que cada um é. O mundo espera esta novidade, a humanidade precisa de viver nesta esperança, os homens e as mulheres deste tempo necessitam desse elixir para vencer tanto desespero, angústia e negativismo em que estão mergulhados. Somos nós, aqueles que acreditamos que o Senhor nasce cada dia em nós, os chamados a levar esta esperança ao mundo; somos nós o sinal do Emanuel! Um santo Advento para todos! Padre Paulo Franco Paróquia de Nª Srª dos Navegantes do PN
Descentralizada da Câmara, que ontem teve lugar na EscolaVasco da Gama, no Parque das Nações. Efectivamente, o Dr. António Costa afirmou ser sua convicção que a nossa freguesia irá ser criada no âmbito da Reforma Administrativa de Lisboa, em curso, respeitando a continuidade geográfica do Parque das Nações até à foz Trancão e tendo como limite poente a Av. Infante D. Henrique. Nada temos a opor. De resto, desde a primeira hora, que dissemos que o nosso problema era o limite norte. E essa pretensão irá ser respeitada. Congratulamonos, pois, por isso.”
“É minha convição que a Assembleia da República irá criar a futura Freguesia do Parque das Nações alargando-a até ao Trancão.” António Costa
Magusto da Cruz Vermelha “...forma de partilharmos momentos de verdadeiro e saudável convívio...”
A Delegação de Loures da Cruz Vermelha organizou um “lanche magusto”, no passado dia 24. Foi mais um dia de convívio e festa. Para Isabel Palha: “Foi, mais uma vez, a forma de partilharmos momentos de verdadeiro e saudável convívio entre todos os que, de uma forma ou de outra, estão ligados ao Programa Viver Sem Solidão.” Esta organização, em conjunto com a Associação de Moradores e Comerciantes do PN, AMCPN, está a fazer um trabalho notável na procura da
melhoria da qualidade de vida, através do convívio, lazer, aquisição e partilha de novas experiências e saberes. São cada vez mais os colaboradores e pessoas que procuram, não só combater a solidão, como o enriquecimento da vida. Palestras culturais; desporto; convívio; Yoga; Pilates; Body Balance e jogos são alguns dos pretextos
para se dirigirem à casa do Arboreto, no Parque Tejo, (Zona Norte). Contactos: Casa do Arboreto Passeio dos Heróis do Mar – Parque do Tejo (Junto ao Parque Infantil do Gil) Email: geral@amcpn.com Tlm: 932 037 474 / 932 037 473 www.amcpn.com www.facebook.com/AMCPN
PARQUE DAS NAÇÕES DA CIDADE IMAGINADA À FREGUESIA DO FUTURO!
A Pala do Pavilhão de Portugal simboliza o gesto dos Navegadores Portugueses quando, nas
suas viagens, colocavam a mão sobre os olhos para poderem ver mais longe, descobrindo as estradas do mar que permitiram dar novos mundos ao mundo.
Hoje, a mesma Pala, localizada no espaço da Expo dos Oceanos, um dos marcos importantes
da estratégia de regresso ao Mar dos Portugueses, deverá ser o símbolo desta nova visão de
Portugal em considerar o “Mar como Desígnio Nacional”.
O nosso País, que muito em breve terá a jurisdição sobre uma das maiores áreas marítimas
a nível mundial, não pode deixar escapar esta oportunidade. Será uma ajuda fundamental para sairmos da crise e devolver a dignidade ao Povo Português que, estamos certos, uma vez mais e através do Mar, vai dar novos mundos ao mundo!
Finalmente, através desta mesma Pala e como o mesmo espírito, já se vislumbra também a
alvorada da nossa Freguesia.
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“Não temos certezas” 12 | NP | ENTREVISTA
Falámos com Patrícia Branco, presidente da Associação de Pais da Escola Básica do Parque das Nações, sobre algumas das medidas tomadas, neste arranque escolar, e sobre o futuro da escola. Como foi o arranque? Foi bastante trabalhoso. Mas, no final, o balanço foi positivo! Fizemos um inquérito para perceber quais eram as necessidades prioritárias dos pais, que tipo de actividades valorizavam mais e, a partir daí, delineámos estratégias. Uma das coisas que fizemos, foi uma proposta à Direcção do Agrupamento Eça de Queiroz, a que a escola pertence, para organizarmos as Actividades de Enriquecimento Curricular do 1.º ciclo (AEC’s). Contratámos o Movimento de Educação pela Arte para as executar. Os pais ficaram muito entusiasmados e as crianças estão a adorar. Fale-nos um pouco sobre isso. Estas actividades são leccionadas de uma forma um pouco diferente do habitual. Após a parte curricular, que finaliza pelas 15.15h, as crianças têm as actividades de enriquecimento curricular (inglês, desporto, música, expressão dramática..) que são dadas de uma forma muito lúdica, embora em completa integração
com o programa do ensino curricular. A ideia é que a brincar também se aprende… e não nos podemos esquecer de que estamos a falar de crianças pequenas, que já passaram 6 horas sentadas. Esta metodologia tem como objectivo estimular a criatividade das crianças, ensiná-las a pensar, a criticar e despertá-las para a arte. Nestas idades em que elas absorvem tudo… Por exemplo: as aulas de inglês podem ser dadas através de uma aula de teatro ou através de jogos. É muito engraçado porque já os vemos a brincar ou a jogar em inglês. Outra novidade foi criar workshops gratuitos para pais. Tivemos o primeiro sobre a eficácia parental, dado pela psicóloga Mónica Pires. Vamos realizar um workshop por trimestre e, em função da adesão, poderão ser realizados mais. Mas, como disse, o arranque não foi fácil. Porquê? O arranque de uma Associação de Pais é muito trabalhoso. Há que definir estratégias, planear e organizar CAF’s, (Componente
de Apoio à Família), AEC’s, (Actividades de Enriquecimento Curricular) e ainda Actividades Extra Curriculares, ouvir e receber os pais… Aliado a isto, temos, basicamente, uma “meia Escola”: a primeira fase da escola está concluída, mas a segunda fase de construção ainda não arrancou… Não temos refeitório, ginásio e o espaço de recreio é muito pequeno. Faltam-nos infra-estruturas essenciais ao bom funcionamento de qualquer Escola. Acresce que este ano entraram 3 turmas, de 1º ano, quando a Escola foi projectada para ter apenas 2 turmas, por ano, no 1º ciclo. Isto deixou-nos bastante preocupados porque a abertura desta 3ª turma adicional, constituída por alunos condicionais ou fora da área de influência da Zona Sul do Parque das Nações, parece revelador de falta de visão estratégica. De facto, poderá estar em causa, no próximo ano lectivo, a continuidade das crianças do Jardim de Infância visto que para o ano, sobra apenas uma sala de aulas, sala essa que está, neste
momento, a ser usada como refeitório. Na melhor das hipóteses a Escola terá condições para abrir apenas mais uma turma, no próximo ano, o que é claramente insuficiente para as necessidades da comunidade residente e trabalhadora do Parque das Nações, a qual tem vindo a aumentar. A Microsoft, por exemplo, vem para o PN e representa mais 1500 trabalhadores… Qual é a solução? A construção da 2ª fase, a qual irá permitir a continuidade das crianças que presentemente frequentam o 1ºciclo, assim como a construção das infra-estruturas que nos faltam. A Escola Vasco da Gama não terá condições de absorver estes alunos, quando chegarem ao 2º ciclo, visto que, ela própria, se debate com problemas de excesso de alunos. Mas não existem novidades sobre essa matéria... Acredito que venha a ser construída, não sabemos é quando será iniciada a obra. Não se ini-
ciando já neste ano lectivo, seria imprescindível finalizar as obras das salas do 2º piso, que estão neste momento inacabadas porque fazem parte da 2ª fase. Isso dar-nos-ia mais duas salas e duas casas de banho. Isso resolveria parte do problema. Sim, as salas poderiam funcionar como refeitório, deixando livre a sala de aulas que está, neste momento, a ser usada para esse efeito. Que respostas têm tido? Até à data não temos certezas algumas. Falámos com a Câmara que, apesar de não ser responsável pela construção da 2ª fase, nos disse ir contactar a DRELVT e a Parque Expo. A Associação de Pais já pediu audiências a ambas. Sabemos que a Direcção de Agrupamento também está muito empenhada em terminar as obras do 2º piso e está à espera de resposta ao pedido de audiência à DRELVT.
“O nosso objectivo, também partilhado pela Direcção de Agrupamento, seria finalizar as duas salas de cima e alargar o pátio exterior (...) Entrar para o parque de estacionamento, cimentar e fazer um campo de futebol ou algo do género…”
ENTREVISTA | NP | 13
Relativamente ao inquérito, que feedback tiveram mais por parte dos pais? Para os pais, o mais importante seria o acabar da 2ª fase, assim como a dotação de equipamentos lúdicos e sombras no pátio, construção do refeitório e ginásio… Percebemos, também, que havia margem para melhorar as Actividades de Enriquecimento Curricular. Daí termos contratado o Movimento de Educação pela Arte, com bastantes anos de actividade e muitas provas dadas, nesta área. Depois perguntámos aos pais que outros tipos de actividades queriam ter. Estávamos desejosos de organizar a Componente de Apoio à Família que, por decisão da Direcção de Agrupamento, acabou por ser atribuída à Junta de Freguesia de Santa Mª dos Olivais. Como consequência directa disso, os alunos perderam uma série de actividades extra-curriculares, pagas pelos pais, dentro das instalações da escola. Daí que a Associação
de Pais acabou por celebrar uma série de protocolos, com entidades privadas próximas da escola: Natação no Externato João XXIII, Inglês, Mandarim e Xadrez na TEEN Academy, música na Petromúsica, Judo e Ballet na escola Nuno Delgado, etc... São actividades que são pagas pelos pais, mas com descontos para os alunos desta escola. Estão melhor do que o ano passado? Em parte sim, no que diz respeito às actividades de enriquecimento curricular, estamos claramente melhor. O facto de existir uma Associação de Pais também contribui para que os pais se sintam mais seguros e informados. Mas ficámos muito descontentes por, sem uma explicação ou motivo óbvio, termos sido afastados da organização da Componente de Apoio à Família(CAF), uma actividade que diz respeito directamente às famílias. A Associação de Pais está
empenhada em contribuir para a melhoraria da vida escolar das crianças… E nada melhor que a organização da CAF para o fazer, visto ser algo que nos diz directamente respeito: o modo como as nossas crianças ocupam os seus tempos livres, enquanto os pais não as recolhem da Escola. E, presentemente, temos problemas, que não sentíamos o ano passado como a falta de espaço físico que se sente com o aumento de alunos. Por exemplo, a sala que serve de refeitório, este ano, já não consegue servir todos os alunos, ao mesmo tempo. O que fazer? O nosso objectivo, também partilhado pela Direcção de Agrupamento, seria finalizar as duas salas de cima e alargar o pátio exterior. Não sabemos se o podemos fazer porque dependerá da Parque Expo e da DRELVT. Entrar para o parque de estacionamento, cimentar e fazer um campo de futebol ou algo do
género… Mesmo assim, só poderíamos abrir apenas mais uma turma no próximo ano lectivo. E duplos turnos como na Escola Vasco da Gama? Quanto a nós essa seria uma opção desastrosa. Uma coisa é fazê-lo na Vasco da Gama, que reúne condições para tal, outra é fazê-lo na Escola do Parque nas Nações, que não reúne as condições mínimas: apesar do duplo turno, as crianças acabam por se
cruzar e nós não temos salas, refeitório ou espaços exteriores suficientes. O duplo turno significaria uma degradação considerável da qualidade da vida escolar dos actuais e vindouros alunos. Estamos muito preocupados com o futuro. Pode ser que com um forte empenhamento de todas as entidades responsáveis envolvidas e uma eventual ajuda da comunidade escolar e residente se consigam algumas melhorias… Vamos continuar a trabalhar nesse sentido!
“Outra novidade foi criar workshops gratuitos para pais. Tivemos o primeiro sobre a eficácia parental, dado pela psicóloga Mónica Pires. Vamos realizar um workshop por trimestre e, em função da adesão, poderão ser realizados mais. “
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“Impacto positivo” 14 | NP | LOCAL
A ETAR de Beirolas, situada na zona norte, é responsável pelo tratamento diário de cerca de 50.000.000 litros de água. Falámos com Ana Paula Teixeira sobre o papel desta estação e sobre o porquê de alguns odores sentidos pontualmente no Parque.
Para quem não sabe, qual é o papel de uma Estação de Tratamentos de Águas Residuais? Uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR) destinase a tratar as águas poluídas resultantes da actividade humana, bem como de processos industriais, de forma a permitir que a água tratada seja descarregada para os meios receptores com características compatíveis
com os mesmos (de acordo com parâmetros definidos por legislação específica, e que dependem de meio receptor para meio receptor). Dependendo da linha de tratamento existente na ETAR, a água tratada poderá ser reutilizada em fins compatíveis, tais como, as lavagens internas da ETAR, como água de processo, lavagem de ruas e rega, entre outros (as possibili-
“Na área da Expo há outros locais onde se podem originar odores, designadamente, o sistema de recolha de lixos e os estaleiros localizados à volta da ETAR. Nos dias de vento sul é normal haver um odor generalizado (não só na Expo, mas em toda a cidade) que é proveniente da fábrica de pasta de papel localizada em Setúbal.”
dades de reutilização dependem do grau de depuração da água). Do processo de tratamento resultam, ainda, lamas, que poderão ser valorizadas; numa primeira fase podem ser sujeitas a processo de digestão anaeróbia que permite a produção de biogás, utilizado para produzir energia eléctrica que é usada internamente ou vendida à rede. As lamas desidratadas finais, desde que cumprindo parâmetros adequados (também definidos por legislação específica), são utilizadas na agricultura como fonte de matéria orgânica e nutrientes. A ETAR é muito mais que um local onde “entram águas sujas e saem águas menos sujas”. A ETAR de Beirolas dispõe de todas estas potencialidades, ou seja, produz água com potencial de reutilização interna e externa (que é efectiva internamente, e que se estenderá ao exterior em breve), produz cerca de 40% da electricidade que consome a partir das lamas, e envia estas para valorização agrícola. Para onde vai a água que é tratada? A grande parte da água tratada é descarregada no Rio Tejo. Uma pequena parte da água tratada (não esquecer que a ETAR trata cerca de 50.000.000 de litros todos os dias), tal como indicado anteriormente, é reutilizada internamente. É frequente, em alturas de odores mais intensos sentidos no Parque das Nações, principalmente na Zona Norte, as pessoas pensarem que vem da ETAR. No final do mês de Julho e, agora, em Outubro, foram sentidos novamente, porquê? Uma ETAR é uma “fábrica” onde a “matéria-prima” (água residual) e parte dos “sub-produtos” (lamas, entre outros) libertam odores. De forma a impedir que os odores se pro-
paguem para fora das instalações, os locais e processos onde ocorre a libertação de odores têm de ser cobertos e o ar aí existente captado e enviado para processos de desodorização. É isto que acontece na ETAR de Beirolas. No entanto, é sempre possível existirem falhas pontuais nos sistemas de desodorização e haver libertação pontual e odores, situações que se pretendem ser diminuídas ao mínimo. Apesar de situações pontuais, considera-se que, regra geral, o impacte da ETAR de Beirolas em termos de odores é positivo. Está previsto no plano de investimento da SimTejo a ampliação/beneficiação da ETAR de Beirolas durante a qual se pretende reforçar o sistema de desodorização com a cobertura dos decantadores primários, ainda a céu aberto. A concretização deste investimento terá um atraso face à conjuntura económica que o país e as empresas atravessam. De referir, ainda, que em 2009-2010 foi realizada intervenção no sistema de desodorização da ETAR, tendo-se duplicado a capacidade de desodorização de uma das duas linhas existentes. Nem sempre os maus odores são provenientes da ETAR. Por vezes, surgem das marés vazias, do calor, ou da separação dos lixos feita próximo das vossas instalações, certo? Como podemos distinguir umas situações das outras? O “mau cheiro” é “mau cheiro” pelo que dificilmente as pessoas “normais” conseguirão distinguir os odores. No entanto, narizes treinados permitem distinguir a origem dos odores, sendo o cheiro das ETAR diferente do cheiro do lixo, etc.. Em alguns dos casos a ETAR de Beirolas acaba por ser “acusada” da origem dos maus odores sem o ser, de facto. Na área da Expo há outros locais onde
se podem originar odores, designadamente, o sistema de recolha de lixos e os estaleiros localizados à volta da ETAR. Nos dias de vento sul é normal haver um odor generalizado (não só na Expo, mas em toda a cidade) que é proveniente da fábrica de pasta de papel localizada em Setúbal. Até que ponto é que a desodorização pode ser falível? Tal como referido anteriormente, e tal como acontece com a maioria (totalidade?) dos equipamentos, poderão ocorrer falhas. No entanto o registo de avarias que colocam em causa a desodorização tem sido muito reduzido. Que conselhos dá aos utilizadores para que as águas residuais, que saem de nossa casa para a ETAR, possam estar menos contaminadas? As ETAR estão preparadas para tratar as águas residuais provenientes da actividade humana e permitem responder (até um certo limite) aos “maus comportamentos” dos utilizadores. Nas nossas casas não deveremos permitir que resíduos sólidos sejam enviados para o esgoto (o papel higiénico é um papel especial que se desfaz com água, ao contrário dos guardanapos, por ex.) o mesmo se passando com óleos alimentares. Temos de enviar para o lixo tudo o que é lixo! Pode parecer inacreditável, mas os cotonetes são uma fonte de problemas, provocando o entupimento de equipamentos que podem levar a que haja esgoto que não seja tratado devidamente. Nós pensamos que o “nosso” cotonete não faz mal, mas o problema é que todos juntos somos muitos e o tal cotonete transforma-se em muitos milhares.
Segurança no Parque
SEGURANÇA | NP | 15
O Subcomissário Armando Fragoso é o novo responsável pela 40.ª Esquadra do Parque das Nações. Fica uma breve conversa sobre a Segurança Pública do Parque.
Como novo responsável pela 40.ª Esquadra quais vão ser as suas prioridades para o próximo ano? Considero que foi feito um bom trabalho pelos anteriores comandantes desta Esquadra devendo eu garantir, no mínimo, que se dê continuidade a este trabalho. Contribuindo para o bem estar e segurança da comunidade e das instituições aqui sediadas.
Que apreciação faz do Parque das Nações a nível de segurança pública? Analisando a especificidade da área, com toda a sua envolvência, quer a nível de zonas habitacionais, de lazer e diversão, espaços comerciais, instituições públicas e privadas, entre outras, e contendo um dos mais importantes eixos rodo ferroviários de ligação à capital. Atendendo que este conjunto de factores leva à circulação pelo Parque das Nações de várias dezenas milhões de pessoas por ano, pode-se considerar uma área muito segura. Quais são os aspectos prioritários a resolver? Não posso dizer que existem aspectos prioritários a resolver, o Parque das Nações é uma área bem trabalhada a nível de segurança pública, com uma população residente que, em termos gerais, é muito activa e cooperante com a Esquadra local o que nos
permite percepcionar a realidade local. No que diz respeito ao estacionamento, uma grande parte dos moradores percebe as consequências e os perigos resultantes do estacionamento indevido. No entanto, existe, ainda, uma fracção de moradores que continua a exercer o estacionamento indevido. Próximo das escolas, em algumas zonas comerciais, etc.. Porque acha que continua a acontecer? O cidadão não percebe as consequências desse acto? Percebe, mas não o considera importante? Não percebe que as forças de segurança, caso o estacionamento fosse exercido devidamente, podiam estar a reforçar outras medidas de segurança na comunidade? Qual a sua opinião sobre o assunto? Bem, isso torna-se uma questão muito complexa que nos obrigaria a questionar todos aqueles que
não observam as regras instituídas e acabam por transgredir. Considero importante que todos tenham sempre presente que o estacionamento incorrecto, para além de ser uma infracção à legislação rodoviária, interfere com a liberdade dos restantes utilizadores das vias de trânsito independentemente dos argumentos que possam ser utilizados. Sendo que este tipo de infracções, por vezes, tornam-se potenciadoras e geradoras de conflitos. Por outro lado, é certo que, se os condutores efectuarem o correcto estacionamento das viaturas, contribuem de forma significativa para a segurança rodoviária permitindo canalização de meios para outras áreas de actuação. De que forma os cidadãos, a comunidade que está disposta a lutar contra esta situação pode colaborar com a PSP? No curto período, enquanto comandante desta Esquadra, denoto que a questão do estacionamento indevido preocupa uma falange significativa dos moradores do Parque das Nações. Os condutores devem procurar estacionar em local próprio para esse efeito, mesmo que isso implique deixar a sua viatura um pouco mais afastada do local para onde pretendem dirigir-se.
Na zona Norte do Parque das Nações, há um novo espaço para os amantes do design. A LOJA MINIMAL pretende ser a montra do que de melhor se faz (e fez) no campo do design industrial. A selecção dos produtos e marcas é criteriosa e quem não se contenta
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SUL
16 | NP | OPINIÃO
Carros estacionados em frente da Escola Parque das Nações
Todas as manhãs e finais de tarde, alguns pais estacionam em frente à Escola Parque das Nações para irem levar e buscar os seus filhos. Acredito que seja inadvertidamente, pois as pessoas já têm muito com que se preocupar, mas isso dificulta muito a passagem de outras viaturas e a segurança das pessoas. Também constatei isso na Escola Vasco da Gama quando os meus filhos estudavam lá.Na “nossa escola” a situação melhora quando se encontram os agentes da PSP para evitar que isso suceda. Porém, seria muito importante que todos os pais estacionassem o carro no “parque da escola”, dado que temos esta possibilidade. Eu sei que é muito mais fácil estacionar em frente da escola. É bem mais cómodo. E todos os pais que colocam o carro dentro do “parque da escola”
“Queremos passar às nossas crianças o conceito de respeito pelos outros. A escola é um lugar de aprendizagem...” todos nós sensibilizarmos uma pessoa, já vai fazer a diferença. Vamos todos contribuir para um Parque das Nações onde exista segurança e respeito pela liberdade dos outros.
também devem pensar o mesmo…. No entanto, a rua já é tão estreita que não comporta esta situação. Por esse motivo, a PSP tem de disponibi-
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lizar Agentes para “manter” a ordem no local. Falei com a coordenadora da Escola PN, Filomena Vitorino, que refere: “É importante que os pais estacionem no parque provisório da escola, e não na rua em frente, pois essa situação complica, muitas vezes, a passagem de outras viaturas. Queremos passar às nossas crianças o conceito de respeito pelos outros. A escola é um lugar de aprendizagem e gostaríamos que não fosse só em aspectos académicos, mas também, em termos comportamentais e cívicos. É aqui que se formam os cidadãos do futuro e tudo o que sejam formas para valorizar estes aspetos, a Escola PN apoia.” Segundo o subcomissário Armando Fragoso “temos tido Agentes destacados para assegurar o escoamento de trânsito frente à escola. As viaturas ocupavam a faixa de rodagem, impedindo outras de circular. Mas outro aspeto, muito importante, é que põem em risco a segurança das crianças e dos próprios pais, pois fazem o atravessamento nas faixas de rodagem. E isso pode dar origem a atropelamentos, como já tem acontecido noutras situações. A nossa finalidade é que os pais utilizem o espaço de estacionamento cedido, provisoriamente, pela Parque Expo”. E acrescenta: “O propósito da PSP é contribuir para a segurança da comunidade, apelando ao bom senso das pessoas para o cumprimento das regras de trânsito e a ausência de situações de risco e acidentes”. Se todos os pais colaborarem, estacionando o carro dentro do parque, a PSP podia deslocar-se para outros locais, apesar de fazer sempre a patrulha pela escola. Deixava de haver autuações, o trânsito escoava e a segurança das pessoas estava defendida. Não gostaria que acontecesse o que um pai, hoje de manhã, dizia: “Quando acontecer aqui um acidente é que as pessoas se vão aperceber…” Pela minha parte procurei dar o meu contributo alertando para esta ocorrência. Mas pela sua parte, estimado leitor, contribua também, alertando quem puder, para esta situação. Se
Cheiro perto do Parque infantil da Zona sul
Certo dia, ao conversar - perto do parque infantil - com uma residente na zona sul, surgiu o tema do cheiro que, por vezes, ali se sentia. Eram situações pontuais, mas até o meu marido e eu já tínhamos constatado várias vezes, sobretudo com o tempo quente. Pensava que seria proveniente de uma estação elevatória próxima do Parque Infantil e que pertence à ETAR, na Zona Norte. Mas fonte próxima desta Estação de Tratamento de Águas Residuais explicou que não é possível que seja, como poderão ler na reportagem feita, sobre a ETAR de Beirolas, nesta edição (pág.14). Contactada pelo NP, esta estação de tratamento garantiu não ser responsável por esta situação disponibilizando-se para, quando se voltar a verificar estes odores, deslocarem-se ao local na tentativa de perceber a verdadeira causa. Aguardamos, então, novidades nesta matéria.
As ruas são de todos nós
Ao conversar com um vizinho, Gonçalo Peres da Cineteka - que tem 2 cães, surgiu o tema de apanhar os dejetos. Falávamos o quanto era desagradável existirem detritos desta natureza no meio da rua. O mais curioso é que ele disse-me que, muitas vezes, apanhava os dos seus cães e os dos outros, cujos donos os deixavam lá... Cheguei mesmo a ser testemunha disso. Claro que lhe agradeci por ter feito essa ação por nós e felicitei-o pela sua atitude. Há pessoas que têm uma forma ativa de estar na vida e, mais do que criticarem, “fazem alguma coisa”. Ter vizinhos assim é um privilégio. Escrito pelo novo acordo ortográfico Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com
NORTE Que Freguesia à Vista?
O Presidente de CML veio ao Parque estrear um modelo de reunião descentralizada de Câmara. Apesar da tentativa de limitar vozes de habitantes, acabou por declarar que não sendo bruxo tinha 99% de certeza, o Parque das Nações será uma freguesia unida desde a Matinha até ao Trancão, só que alargada a poente até à Av. Afonso Dom Henrique. De repente é só facilidades. Confiante que a sua proposta de Reforma Administrativa para Lisboa será aprovada à parte da reorganização em curso no Poder Local nacional, esquecese que quanto ao território da nossa futura autarquia, é ao Parlamento que cabe decidir os limites. A pretensa integração de bairros adjacentes sem qualquer afinidade infra-estrutural com o equipamento da PE GU, é um erro crasso. Irá criar um território gerido a dois tempos, com serviços de 1ª e de 2ª, e um “gueto” em termos de saneamento e higiene urbana. Em perfeito juízo, faz sentido essa zona edificada antes da Expo 98 (e com maior nº de população recenseada que o PN), continuar na órbita dos Olivais. Política à parte, o que verdadeiramente interessa aos moradores e empresários que investiram na zona, é que o nível e a qualidade na prestação dos serviços (segurança, saneamento básico, manutenção do espaço público) não se deteriorem com a criação de freguesia integrada no concelho de Lisboa, onde não existe outro bairro em que o urbanismo coexista tão harmoniosamente, com o Tejo e os espaços verdes. Qualquer que venha a ser o futuro do grupo Parque Expo, urge acautelar que uma empresa de gestão urbana integrada permanece no terreno, aproveitando o know how dos técnicos qualificados conhecedores dos custos de todo o complexo equipamento, quiçá envolvendo a iniciativa privada. De preferência que funcione à distância dos serviços municipalizados lisboetas. A PE GU, face à área e à população flutuante que gere, percentualmente gasta menos dinheiro que uma CML de cofres esvaziados, na manutenção do espaço urbano e com resultados perto da excelência, bem à vista dos utentes. Na devida altura será fundamental a Comissão Instaladora exigir junto do município, transferência de verba no mínimo, proporcional à receita gerada localmente que permita fazer face à natural degradação desta Obra. Após a reforma da cidade, a CML prevê distribuir pelas freguesias, 68 milhões €. Caso optem por outras vias, pressinto que sentiremos muitas saudades da Parque Expo.
Mobilidade Eléctrica Local
Um destes dias, na Rua Ilha dos Amores junto ao posto mobi.e, escutei alguém comentar se no dia em que houvesse “clientes” para esses aparelhos
OPINIÃO | NP | 17
Crónicas
“Excepcionando esses eventos, aqui no Parque, alguém viu qualquer veículo a carregar? Pois, eu também não e é ou era grátis. “ eles ainda funcionariam. Fiquei curioso e escrutinei o assunto. Tratou-se de mais uma miríade propagandística dos (des)governos anteriores que prometeram uma rede inédita a nível europeu, de 1.350 postos de carregamento inteligente mobi.e em 25 cidades. O 1º Ministro saiu para o terreno e o entusiasmo era tal que falavam em antecipar prazos de conclusão da rede que apontava para o Verão passado. Justiça lhe seja feita, a iniciativa teve o condão de garantir para Portugal uma fábrica de baterias de iões de lítio, geradora de emprego e vocacionada para exportar. Esfumado o socialismo por se ter acabado o dinheiro dos outros, 4 meses depois, existem 371 pontos lentos em 159 postos e apenas 5 de carregamento rápido (80% da bateria em 20 minutos), dos 50 propalados. Ainda assim, um exagero de aparelhos, face aos 138 automóveis 100% eléctricos a circular nas nossas estradas. Pela excelência e modernidade do espaço, o Parque foi escolhido para o folguedo. A inauguração do primeiro ponto de carregamento da Rede (na imagem), vários roadshows mediáticos, lançamentos de modelos eléctricos, até Loures veio cá, inaugurar os seus postos. A PE GU, enquanto entidade que administra este território, foi pioneira na implementação da Rede Programa Piloto Mobi.e. Aproveitou e bem o facto de a instalação física dos equipamentos e a sua ligação às redes ser suportada por privados, criando um total de 36 postos de carregamento lentos em16 postos distintos. Excepcionando esses eventos, aqui no Parque alguém viu qualquer veículo a carregar? Pois, eu também não e é ou era grátis. Nem mesmo os veículos eléctricos para lavagem de ruas ao serviço da PE GU utilizam os postos carregando durante a noite, imagino que ligados a uma convencional tomada de electricidade. Perderam-se 36 preciosos lugares de estacionamento mas a falta de homologação da respectiva sinalização vertical, “convida” os automobilistas a estacionar. Considero que este sistema e os automóveis eléctricos apresentam inegáveis vantagens: reduzem custos no abastecimento, são amigos do ambiente, silenciosos e a energia eléctrica é proveniente de fontes renováveis. Mas só quando baixarem PVP (o + vendido Nissan Leaf custa 36.000€), potenciarem a sua autonomia, a velocidade acima de 90Kms deixe de descarregar num
ápice as pesadas baterias e conseguirem abastecer com maior rapidez; os consumidores pensarão em aderir a viaturas eléctricas que deixam de gozar de subsídio na aquisição. Também consta que tardam em devolver os 5000€ prometidos por unidade… Nota – Após ter sido lançada a iniciativa Ideias para um Orçamento, foi anunciada a extinção da PE, mas a administração cessante no intuito de deixar mais obra, manteve e bem o processo. Por falta de comunicação, se não fosse o precioso apoio do NdP e a natural divulgação dos proponentes pelos seus contactos, as Ideias não teriam tido a adesão verificada. Terminada a votação aguarda-se que a PEGU torne públicos os projectos que serão contemplados no orçamento de 2012. Foi uma fase marcada por várias anomalias que decorreram da deficiente avaliação face ao sistema de sufrágio adoptado: não era lícito que as propostas mais votadas vencessem devido à introdução do factor qualitativo medido em pontos. Em extremo permitiria a uma proposta ganhar apenas com um voto na “estrela 5” o que no decorrer da votação provocou movimentações estranhas no sentido de reduzir a média das Ideias mais votadas. Apesar de ser co-promotor da Ideia que obteve o maior nº de votos e também a mais pontuada, preferia que a verba disponível fosse utilizada na requalificação premente do asfalto e das calçadas, onde os buracos e desníveis abundam. Agradeço ao Núcleo Comunicação & Assessoria Mediática Parque Expo, na pessoa de João Sebastião, o esclarecimento disponibilizado, como habitual rápido e conciso, nos antípodas do atendimento no Gabinete para a Mobilidade Energética, onde debalde várias tentativas, não se dignaram confirmar os dados quantitativos acima referidos. José Teles Baltazar veste Dunhill (C.C Amoreiras -piso 2 -lojas 2151/58 -tel. 213 880 282)
“A PE GU, face à área e à
população flutuante que gere, percentualmente gasta
menos dinheiro que uma
CML de cofres esvaziados, na manutenção do espaço
urbano e com resultados
perto da excelência, bem à vista dos utentes.”
Veja os vídeos em www.noticiasdoparque.com
18 | NP | LÁ FORA
Empresas locais nomeadas
A Cineteka e a Flow, duas empresas locais, foram nomeadas para os “Prémio Mercúrio - O Melhor do Comércio”. Apesar de não terem ganho estas nomeações vêm elevar a excelência do comércio local, a nível nacional. Veja o vídeo “Cineteka – vídeo” em www.notíciasdoparque.com O “Prémio Mercúrio – o melhor do comércio” é uma iniciativa que visa identificar, reconhecer e premiar entidades e personalidades que, em Portugal, e de forma consistente, tenham contribuído para a valorização do Sector do Comércio e Serviços e das profissões a este ligadas. Gonçalo Peres, da Cineteka, adiantou ao NdP: ”Não ganhámos, mas sermos nomeados já foi uma honra, no meio de tantas empresas inovadoras que são um motivo de orgulho para os portugueses. Estávamos nomeados na categoria “Novos Conceitos” e quem ganhou foi a “H3”, um conceito português de hambúrgueres gourmet.” O evento estava muito bem organizado e decorreu no Centro de Congressos do Estoril, com vários ilustres convi-
dados e membros do Júri. A apresentação estava a cargo do Nilton e os “Voice Mail” encarregaram-se das actuações de voz e dança. Um evento muito bem organizado.” Estas duas empresas situam-se próximo do Casino Lisboa e estão a pouco metros uma da outra. A Flow é uma empresa
que trabalha na área do design e arranjos florais (www.flowlx.com) e a Cineteka (www.cineteka.com) um clube de vídeo com café_lounge, cyber e loja de cinema que conta com mais de 11.000 títulos em DVD, considerado como o mais completo e avançado serviço de aluguer de filmes, em Portugal.
Amantes do vinho
André Ribeirinho, local do PN e mentor do adegga.com, teve casa cheia na terceira edição do Adegga Wine Market, que decorreu no Teatro Aberto, no dia 1 de Dezembro. Veja o vídeo “Amantes do vinho – vídeo” em www.noticiasdoparque.com
Mais de mil consumidores passaram peloTeatro Aberto para provarem e comprarem vinhos. Esta edição duplicou o número de visitantes do ano anterior. Foram mais de mil consumidores, entre eles enólogos, jornalistas, críticos e wine lovers, que puderam degustar e comprar a preços competitivos
mais de 200 vinhos. Para André Ribeirinho:“O sector vitivinícola é em Portugal um forte dinamizador da economia, temos vinhos excelentes e um amplo leque de escolha. O Adegga Wine Market, com o conceito ‘Prove e Compre’, pretende ser uma montra diferenciada para o consumi-
dor final. Dar a conhecer não só o vinho, mas também as histórias e estórias da sua produção só é possível neste ambiente intimista.” A iniciativa do Adegga Wine Market surge no seguimento do Adegga.com, um projecto de web social que reúne amantes do vinho de todo o mundo.
VIDA CONFORTO MOVIMENTO DEDICAÇÃO COMPANHIA SEGURANÇA VALORIZAÇÃO INOVAÇÃO ...
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VIVA O PARQUE
OUTONO… NOS CAFÉS DO PARQUE 20 | NP | OPINIÃO
“E surgem, cada vez mais, casais invulgares pelo nosso bairro, a comprovar este cosmopolitismo que nos caracteriza. - Bolas, são giros! – penso.” Sempre que aparece o sol, nestes dias de Outono a terminar, agarro no meu livro e vou-me instalando nas esplanadas do meu bairro. Por
momentos, distraída pelo simples prazer de viver nesta Lisboa à beira-rio, dou por mim a olhar em volta e a observar. As esplanadas da zona norte
Venha degustar as 35 variedades de petiscos regionais do Norte Alentejano
Sugerimos:
Para entrada: Migas de pão, espargos ou batata Pezinhos de coentrada Principais: Carnes grelhadas do norte alentejano Rolinhos de porco preto com ameixas de Elvas Posta de Novilho à moda da Região Sobremesa: Doçaria conventual acompanhada por licor caseiro
Telf.: 218 954 816 - E-mail: geral@restauranterolo.com -www.restauranterolo.com Morada: Alameda dos Oceanos Galerias Rio Plaza Loja 6 (junto à rotunda da BP, Zona Norte), Parque das Nações
do parque não são muitas, mas são suficientes para permitirem um pequeno estudo sociológico das gentes que a habitam. Começo pelo Esplanando, onde quase podemos tocar o Tejo, mesmo ali à nossa frente, e onde há sol – quando há - o dia inteiro. Frequentado por diferentes públicos, agrada-me particularmente o ar descontraído das pessoas que, acompanhadas do seu laptop, livro ou jornal, ali usufruem por momentos deste pedaço de rio. A Casa dos Cafés do Oriente, ao lado da farmácia, possui uma população variável de acordo com a hora do dia.Tem uma esplanada que apanha sol durante a tarde e gosto de ali tomar o meu café enquanto me delicio com a quantidade de cães diferentes que por ali passam. É talvez o ponto de encontro dos apaixonados de cães (daqueles que apanham os seus dejetos) que se reúnem por ali ao longo do dia, acompanhados dos mesmos. De tarde, aparecem alguns estudantes atarefados com os seus estudos e pouco mais. A Ceifeira Real recebe uma população essencialmente constituída por famílias e casais, com os seus rebentos mais ou menos barulhentos. De vez em quando, aparece uma avó ou outra, deliciada com o mais jovem membro da família. Aos sábados, algumas pessoas devoram o jornal. Nada mais acontece por ali. O Café Roma, situado nas arcadas do passeio dos Jacarandás, para além de pastelaria, serve refeições completas e, por isso mesmo, recebe um público diferente. Alguns habitantes do prédio descem para ali almoçar. A esplanada recebe sol pela manhã e muitos pais com crianças ao fim-de-semana. O Spot LX-Coffee tem uma esplanada pouco acolhedora durante o dia porque está, a meu ver, demasiado exposta. Embora ganhe alguma vida à noite, é um local especialmente frequentado por jovens, talvez por ali ser permitido fumar. Junto à
Torre Vasco da Gama, abriram alguns cafés agradáveis e de bom gosto onde, a qualquer hora do dia, podemos parar. É assim, a escolha de cafés e esplanadas da zona Norte do Parque das Nações. Nada de particularmente interessante, convenhamos… Com o encerramento do Café Marrokos, foi-se o único toque de exotismo deste lado do Parque. Enquanto habitante da zona norte, gostava de ver abrir um espaço verdadeiramente acolhedor aonde pudéssemos ir tomar um café ou chá quentes após o jantar e encontrar pessoas… que é delas que um bairro é feito. Por isso, dou por mim frequentemente a observá-las. E surgem, cada vez mais, casais invulgares pelo nosso bairro, a comprovar este cosmopolitismo que nos caracteriza. - Bolas, são giros! – penso. E vestem-se bem. Transportam consigo o seu laptop com internet wireless e, de quando em vez, atendem o seu telemóvel de terceira geração. E não fazem barulho… Gosto disso! Porque eu, que nada tenho contra crianças, fico nervosa com alguns pais aos berros, clamando por elas… Sem esquecer a abelha-maia colocada estrategicamente em alguns destes cafés e que desata em gritos lancinantes sempre que recebe a moeda de 1 euro. Mas, desarmada pela satisfação estampada no rosto destas crianças, agarro o livro com mais força e resisto, enquanto espero que a musiqueta termine. Fumo mais um cigarro. O fumo espalha-se. Ai, o fumo! - Pensarão alguns pais... Bebo mais um café e sorrio. Sorrio-me. Sou uma ilha entre estes dois continentes que nunca se cruzam. Carmo Miranda Machado
Inês Lopes entrevista Pedro Santos
CONVERSA COM...
ENTREVISTA | NP | 21
“A situação actual é potencialmente a melhor fase que Portugal vai passar. É um pouco como a adolescência, imensas crises, tudo é um drama, mas a verdade é que a crise da adolescência é necessária para crescer.” Quando muitos querem sair… quando a confiança no país diminui… quando o futuro parece muito sombrio para a maioria dos Portugu eses… há quem teime em ficar. Pedro Santos regressou a Portugal há cerca de ano e, para já, é aqui que quer ficar. É aqui que quer educar o filho. É aqui que quer aplicar tudo aquilo que aprendeu. O engenheiro informático, morador no Parque das Nações, é um dos fundadores do site All Desk, uma plataforma que permite encontrar um local de trabalho, à medida de cada um. O NP falou com ele e deixa-lhe a estória contada na primeira pessoa. Percurso Há muitas coisas que me levam onde estou. Em 2006 saí de Portugal. Fiz cá o bacharelato, mas sou bastante crítico da edu-
cação em Portugal, não da qualidade, mas da rigidez. Uma das razões que me levaram a sair foi o facto de sempre ter querido tirar um MBA. Saí para trabalhar e preparar a entrada na universidade e acabei por ser aceite numa das top ten do mundo, na Holanda, sem problema nenhum. Em Portugal não teria acontecido. Infelizmente a questão da rigidez não vai mudar tão depressa. Agora que sou pai penso que é mesmo necessário mudar. O meu filho tem um ano e meio e já consegue pegar num ipad ou num computador e fazer o que lhe apetece. No futuro, com o acesso à informação, que já existe, não vão querer decorar, vão querer ser criativos e raciocinar, nunca decorar. O nosso sistema de ensino vai ter sérios problemas com esta nova geração. Saí de Portugal para Inglaterra, e
de lá, por um acaso fui parar à Holanda onde trabalhei quatro anos e tirei o MBA, conheci a minha mulher, casei-me e tive um filho. Há um ano atrás decidimos vir para Portugal, porque não queríamos educar o nosso filho na Holanda. Ele já fala três línguas, uma quarta seria complicado. Quando voltei já tinha vários projectos a correr. Tirei o MBA sempre com o intuito de criar uma empresa própria e, quando terminei, já estava preparado para estar parado durante uns tempos e ficar sem vencimento. Entretanto comecei a experimentar vários projectos, várias ideias que tinha na cabeça, umas resultaram mais ou menos, outras não resultaram de todo. Comecei também a trabalhar a partir de casa, algo a que não estava habituado. Pessoalmente não aconselho a ninguém… é
complicado. A principal desvantagem é que não há separação entre vida pessoal e trabalho. Não me sentia isolado socialmente, mas havia a questão da estimulação de ideias. Falar com outras pessoas que estivessem a ter os mesmos problemas que eu estimulava novas soluções. Nessa altura era freelancer e fazia consultoria com start-ups. Foi isso que me levou ao Startup Coffee. Comecei a experimentar vários conceitos para ver se algum deles se poderia tornar uma start-up. Actualmente, além da All Desk, acabei de lançar um livro e sou director de uma associação de empreendedorismo. Um marco A minha experiência levou-me ao Startup Coffee que é uma comunidade de start ups, empresas que têm um potencial mun-
dial e que estão no início. Devido ao meu envolvimento nesta comunidade tive conhecimento de outra organização chamada Startup Weekend e que é uma ONG americana, que fomenta a criação de empresas num fimde-semana. Na altura participei num dos eventos em Copenhaga, depois ganhei o de Londres e tornei-me organizador e facilitador desta organização. O último foi em Lisboa. Em Amesterdão havia um café todas as quartas-feiras de manhã, organizado por um dos principais empreendedores, da Holanda, ao qual qualquer pessoa podia ir, tomar um café e conhecer outras pessoas, normalmente ao nível das novas tecnologias, mas havia um pouco de tudo. É mais fácil criar um web site do que criar um novo histamínico. É muito mais rápido. Num mês posso experimentar
quatro ou cinco conceitos para ver se funcionam, enquanto que, se quiser experimentar uma nova droga, ou abrir um café, demoro meses ou anos, além de que o dinheiro envolvido é muito diferente. Quando pensei voltar para Portugal comecei a ver o que poderia fazer para fomentar este tipo de ambiente porque sabia que cá não havia nada, ou pelo menos, na altura em que saí, não havia nada. Então criei cá exactamente o mesmo que existe na Holanda, e em outros países, o Startup Coffee. Trouxe também o Startup Weekend para Portugal. O primeiro café foi na Marina do Parque das Nações, no dia seguinte à minha chegada a Portugal, e apareceram cerca de 20 pessoas. Uma das pessoas que conheci nessa ocasião foi o Rui Aires, um dos co-fundadores da All Desk.
22| NP | ENTREVISTA A ideia Eu não queria trabalhar em casa, mas perto de casa. Estava habituado a ir de bicicleta e não queria ter que passar uma hora no carro para chegar ao trabalho. No primeiro Startup Coffee, em tom de brincadeira, olhei para o Edifício Nau, da Marina do PN, e pensei criar ali um espaço de cowork, resolvia o meu problema e ficava com um negócio. O Rui Aires achou piada e começámos a discutir como é que seria. Ainda não fazia ideia do que havia em Portugal nessa área, mas esta ideia ficou desse café. Na altura havia dois espaços de co-work em Lisboa, um na Avenida da Liberdade e outro em Alcântara. Eram longe da minha casa, logo não viabilizavam a ideia. Contactei a marina, analisei a parte financeira e verifiquei que precisava de ter uma taxa média de ocupação na ordem dos 98%, ao longo de 12 meses, para que fosse viável. Daqui surgiu a ideia de que talvez fosse preferível ter um espaço de cowork em qualquer sítio em que quiséssemos estar e não termos uma renda fixa. Inicialmente pensámos fazer um acordo com o dono do espaço, uma coisa desse estilo. Entretanto lembreime de que havia imensos espaços livres e resolvi propor às pessoas que tinham esses espaços que fizessem o que na altura chamava um mini co-work. Fazermos um espaço de trabalho em qualquer lugar, mesmo em sítios que sejam diferentes, como por exemplo um clube de golfe com vista para o green. É um espaço diferente, não é um espaço de trabalho normal. Esta foi a génese da ideia. As ideias são fáceis, depois para as pôr em prática é uma conjugação de coragem, perseverança e pura teimosia. O Rui sempre tinha trabalhado com um empreendedor chamado Marco de Abreu, que já tinha muita experiência a criar empresas, e que nos ajudou a pensar a implementação da ideia que tínhamos. Acabou também por se juntar à sociedade. Só nos faltava alguém que tivesse algum conhecimento de trabalho partilhado, de tendências, do que estava a acontecer. Foi então que falei com o Fernando Mendes do Cowork Lisboa. Ele gostou muito da ideia e viu logo o potencial do projecto. Tornámonos, então, os quatro fundadores do conceito. Na altura estava tudo em papel, em rascunhos…Quando nos
juntámos, criámos a empresa e fizemos o protótipo do site que já está no ar e do qual estamos agora a trabalhar na versão final. No início, embora não tivesse todas as funcionalidades que pretendíamos, deu para provar o conceito. Temos a sorte de cada um de nós vir de áreas diferentes. O Fernando, além da área do Cowork é da área do design e foi o criador do nome da empresa. O facto de termos uma equipa tão redonda torna muito fácil fazer coisas. Eu chamo-me o CIO (Chef Indian Officer) por piada, porque achei que títulos numa empresa tão pequena não faziam sentido. Aliás cada um tem um título deste género, que são para brincar connosco e também porque a maioria das empresas levam-se demasiado a sério. É uma ironia bem-disposta. O concurso Entretanto, apareceu no nosso radar um concurso internacional do MIT/ISCTE, que tentava promover o empreendedorismo em Portugal e que atribuía aos finalistas 100 mil € de prémio e ao vencedor final 200 mil €. Sendo que ainda existia a possibilidade de dobrar. Este prémio tem por trás a Caixa Geral de Depósitos (CGD) com o programa Empreende Mais. Na realidade não se trata de investimento, mas de um empréstimo com uma taxa extremamente baixa para uma empresa. Quando entrámos no concurso o objectivo não era ganhar, era apenas uma boa oportunidade para nos testarmos como equipa. Termos datas e objectivos para cumprir forçava o projecto a avançar mais depressa. Na altura cada um estava entretido com outras coisas que lhes pagavam
as contas. Ainda hoje só dois dos sócios é que estão no projecto a tempo inteiro. Entrámos num concurso que nos exigia muita energia e funcionámos muito bem como equipa. Como estávamos em part-time, todo o tempo disponível para a All Desk acabou por ser aplicado no concurso o que nos levou a pensar que o concurso nos poderia estar a desviar do que era importante no nosso projecto, que era angariar clientes, angariar espaços e provar que o conceito funcionava. Como já tínhamos investido o suficiente resolvemos ir até ao fim. Começámos a pensar que só valeria a pena se ganhássemos, se não teria sido uma enorme perda de tempo. No início tentámos usar o concurso como forma de nos focar e na realidade, mas por causa da carga de trabalho e do pouco tempo que tínhamos acabava por nos desviar do objectivo. Por nossa culpa, da nossa pouca disponibilidade. A certo ponto começámos mesmo a apontar para ganhar, embora, por questões de personalidade, nenhum de nós consiga fazer nada que não seja a sério. Acabámos por fazer parte dos quatro finalistas. Nesta fase há uma negociação com a CGD para ver que objectivos é que temos que atingir, e em que altura, para que nos seja duplicado o prémio. Todas as quatro equipas finalistas podem hipoteticamente duplicar o prémio, se atingirem os objectivos negociados com a CGD, e em Fevereiro será anunciado o vencedor final. Nesta fase já não se trata de competição. A nível do nosso projecto, agora o nosso interesse é muito mais focarmonos no negócio e arranjar parceiros.
A empresa Já temos um site que responde ao básico. O site novo, que estamos a desenvolver, ainda deve demorar pelo menos uns dois meses a estar operacional.Temonos focado muito mais em angariar espaços e temos tido bastante receptividade. Temos todo o tipo de espaços, como a Aldeia de Pedralva, uma aldeia típica que foi recuperada para turismo, na Carrapateira, próximo de Sagres. Mas, também, temos escritórios no Parque das Nações que são empresas de tradução e ONG’s, como a Ajuda de Mãe, que também é um espaço diferente. Ainda não temos entidades públicas como parceiros, mas estamos a tentar obter a ajuda da CGD que é a segunda entidade, logo a seguir à Igreja, com mais espaços disponíveis no país, portanto não há melhor parceiro para este projecto. O potencial desta rede é enorme, temos inclusive um espaço num mosteiro, em Óbidos, que é lindíssimo. Estes espaços estão distribuídos por todo o país e também já estamos presentes em Berlim. O objectivo da plataforma é que seja internacional, permitindo a flexibilidade de trabalhar em qualquer lugar no mundo. Pretendemos proporcionar o espaço ideal, mas personalizado para cada pessoa. Por exemplo, se for um arquitecto, provavelmente precisará de um estirador, se for um cozinheiro precisará de uma cozinha. A ideia é proporcionar todo o tipo de espaços de trabalho para todo o tipo de profissões e permitir flexibilidade de localização trazendo as vantagens do conceito de co-work. Tentamos fazer uma correspondência entre os locais disponíveis e os profissionais que nos procuram. É quase
um site de casamentos. Tentamos casar a personalidade da pessoa com o espaço onde vai trabalhar. Nesta fase ainda somos nós a contactar os espaços, mas também já fomos contactados. Pretendemos ter espaços emblemáticos que provem o nosso conceito, que passem a nossa imagem. Já temos vários utilizadores do serviço e o que pagam varia com o espaço, mas geralmente é na ordem dos 10€/dia. Queremos ser uma empresa a nível global onde se podem encontrar locais de trabalho. A aposta ainda não está ganha porque a empresa ainda não é sustentável. Este negócio requer escala.
“Todos os Portugueses que estão lá fora funcionam de maneira muito diferente dos que estão cá, tentam fazer qualquer coisa. Não ficam como espectadores. Toda a gente pode fazer tudo. Vou ficar cá, mas também não faço planos. Não é obrigatório. A minha mulher é russa e o meu filho nasceu na Holanda, mas acho que Portugal tem mais oportunidades que qualquer outro país da Europa.” “Tentamos fazer uma correspondência entre os locais disponíveis e os profissionais que nos procuram. É quase um site de casamentos. Tentamos casar a personalidade da pessoa com o espaço onde vai trabalhar.” “O potencial desta rede é enorme, temos inclusive um espaço num mosteiro, em Óbidos, que é lindíssimo. Estes espaços estão distribuídos por todo o país e também já estamos presentes em Berlim...”
ENTREVISTA | NP | 23
Expo
O melhor de Itália em Portugal O país Faz-se um bicho-de-sete-cabeças da burocracia em Portugal. Há muita burocracia, mas desde que envolva o estado, em qualquer país há burocracia e cá até é bastante rápido criar uma empresa. Cobramos uma comissão de 30% por reserva, mas se for uma ONG a comissão é apenas de 10%. Acho que este pendor social faz todo o sentido para a empresa. Sendo director de uma ONG (Beta –i),uma associação para fomentar o empreendedorismo, sei que não têm dinheiro. A minha missão pessoal, quando voltei para Portugal, era um pouco neste sentido, de mudança de mentalidades. Aliás, quando fui para fora, já pensava assim, mas concluí que estavam tão perdidos como nós. Simplesmente cá não temos escala ou porque somos desorganizados ou por uma série de outros motivos. Acho que os portugueses têm uma capacidade de trabalho muito superior à que observei em muitos países em que trabalhei. As maiores lições de descoberta sobre o nosso povo acontecem quando vamos para fora. Dou muito mais valor às coisas de cá do que um português que nunca saiu. Há uma característica portuguesa que é o fado, as pessoas queixam-se muito, mas temos coisas excelentes. Não propriamente o tempo. Até acho que o tempo cá é mau, pelo simples facto de estarmos no Natal e estar um céu azul. Parece que estamos sempre na primavera. Énos confortável viver assim, mas não temos que passar pelo frio do Inverno para ficarmos contentes quando chega a Primavera. Não valorizamos e isto traduz-se um pouco na nossa cultura. Os portugueses são extremamente versáteis em situações em
que não se sabe o que vai acontecer, a nível de trabalho. A situação actual é potencialmente a melhor fase que Portugal vai passar. É um pouco como a adolescência, imensas crises, tudo é um drama, mas a verdade é que a crise da adolescência é necessária para crescer. Portugal está nessa fase. Espero que toda esta crise faça com que as pessoas não se acomodem. É muito confortável queixarmo-nos e muito mais desconfortável fazer alguma coisa para mudar o que nos aborrece. Esta fase é muito importante para Portugal e, se calhar, é um mal que até veio por bem, para melhorar o país. Cá muita gente só faz o que o patrão manda, mas isso é mau. O patrão também é um ser humano e também erra, mas ninguém lhe diz simplesmente porque é o patrão. Na Holanda é exactamente o contrário. Algures no meio é o ideal. Cá as pessoas têm uma capacidade de resolução de problemas, de imaginação e de criatividade que em muitos outros países não existe. Na cultura alemã, uma pessoa resolver um problema de uma forma criativa não é a forma natural, enquanto cá arranjamos sempre maneira de dar a volta. O lado mau é que não planeamos. Isso, também, tem muito a ver com o tempo. Os países nórdicos têm de planear tudo, se não corre muito mal. Nós não. Temos sempre bom tempo e quando chove já é um drama. A grande diferença nos melhores empreendedores do nosso país é a capacidade de planeamento aliada à capacidade de “desenrascanço”. A esse nível admiro Belmiro de Azevedo. A verdade é que dá trabalho a 3500 portugueses. Se tivéssemos dez iguais em Portugal, estávamos mesmo muito bem. Em relação à geração mais nova admiro o Ricardo
Marvão. Não é preciso um MBA para começar uma empresa. Uma pessoa aprende muito mais a fazer e a tentar resolver do que numa sala de aula. Quando se faz qualquer coisa fora da nossa zona de conforto, aí é que realmente aprendemos. Sair de Portugal é importante por isso, tira-nos completamente a rede de segurança. Cá, muitas vezes, a diferença de opinião é interpretada como conflito. Pelos cânones portugueses sou considerado demasiado directo, porque se alguém fizer alguma coisa que eu ache que está mal eu digo, sem problema algum. Uma das coisas que aprendi, lá fora, é que a pessoa pode interpretar como quiser, mas tento ser sempre construtivo e não utilizar a forma de confronto. Quando me conhecem percebem que é simplesmente uma forma mais eficiente que tenho de comunicar e de não perder tempo. São coisas deste tipo de que apenas nos apercebemos quando saímos de cá. Não acho mal que as pessoas saiam de Portugal, pode ser mau no curto prazo, mas quando voltarem terão esta lição. Acho que passámos duas gerações debaixo do Estado Novo que nos formataram um pouco a mentalidade e há muitas coisas que precisamos de desformatar. Todos os Portugueses que estão lá fora funcionam de maneira muito diferente dos que estão cá, tentam fazer qualquer coisa. Não ficam como espectadores. Toda a gente pode fazer tudo. Vou ficar cá, mas também não faço planos. Não é obrigatório. A minha mulher é russa e o meu filho nasceu na Holanda, mas acho que Portugal tem mais oportunidades que qualquer outro país da Europa.
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CLUBE TEJO 24 | NP | DESPORTO
Boa prestação dos nossos sub 10 no Torneio Jovem nas Caldas da Rainha
Aproveitando os últimos torneios do ano, no escalão de sub 10, os nossos atletas deslocaram se às Caldas da Rainha para disputar um torneio inserido no calendário da Federação Portuguesa de Ténis. Martim Simões, Manuel Marques, Pedro Araújo, Diogo Ribeiro e Miguel
Lopes tiveram diferentes desempenhos, mas todos eles jogaram um bom nível de ténis. Podemos destacar o Manuel Marques que jogou o seu primeiro torneio oficial. Na fase de grupos obteve duas boas vitórias contra Rodrigo Almeida do Clube Internacional de Leiria e Diogo Goulão do Clube de
Ténis Caldas da Rainha. Venceu os opositores pelo mesmo resultado 4/1. Só perdendo um jogo na fase de grupos passou para a fase a eliminar e aí encontrou o companheiro de clube, Miguel Lopes viria a perder por 4/2. Pedro Araújo e Miguel Lopes, jogadores mais experientes, che-
garam às meias finais da prova. Defrontaram Tomás Sedas e José Maria Godinho. O nosso Miguel não teve argumentos para derrotar o jogador mais velho do torneio Tomás Sedas. Este atleta, para o ano, já faz 11 anos, completa o seu último ano de sub 10. Mas o Miguel resistiu até ao último ponto do jogo perdendo por 4/2 4/2. O Pedro ganhou ao José Maria Godinho por 4/1 4/1. O Pedro faz da consistência a sua arma. A final vai ser jogada dia 19. Desejamos boa sorte ao Pedro.
Coube à Isabel jogar contra a Daniela Batista e a Maria Jardim Contra Madalena Trindade. Neste segundo jogo aconteceu a grande surpresa. Já sabemos que a Maria não dá pontos de borla, mas desta vez até construiu grandes jogadas finalizadas com fantásticas bolas a meio campo. Ganhou a partida por 6/1 6/2. A
que fez dupla com a Isabel. Duas jogadoras com um vólei muito evoluído que fez toda a diferença. Ganhámos por dois sets a zero com os parciais de 6/3 6/1. No final ganhámos este encontro por 2 a 1. Para a semana jogamos contra o Clube Ténis das Olaias.
Na segunda jornada da fase regional de Inter Clubes Sub 18 Fem defrontámos o CIF. A nossa equipa é composta pela Ana Margarida, Isabel Ricardo, Inês Cunha e Maria Jardim. Jogámos nos dois singulares com a Isabel Ricardo e a Maria Jardim.
Isabel teve mais dificuldades em jogar contra a Daniela Batista. Esta jogadora estava mais rodada porque no fim-de-semana anterior jogou o Inter Cidades. Ganhou com facilidade à Isabel por 6/2 6/2. No par decisivo contamos com a presença da Ana
Academia Futebol Tejo
Vitória das nossas meninas contra o CIF
O Clube Tejo continua na sua procura constante de melhorar e criar novos serviços, de modo a ir de encontro às necessidades cada vez mais exigentes dos seus utentes, para que estes se sintam
satisfeitos neste nosso espaço “Onde o Desporto e o Lazer se encontram!”. Nesse sentido foi criada a Academia Futebol Tejo, onde temos por missão preencher o vazio que existia de oferta de aulas de futebol tanto para crianças como para população feminina. O que oferecemos aos nossos alunos é um conceito inovador de aprendizagem de futebol, onde para além do tradicional treino, temos também a vertente “coaching skills”. O que é o Coaching Skills? Baseia-se num treino mais personalizado e que vai de encontro às necessidades e características do aluno, de modo a que este possa desenvolver novas capacidades e melhorar as que já possui. A Academia Futebol Tejo é dirigida às crianças com idades entre os 4 e os 15 anos, e têm a opção de 1 ou 2 treinos por semana, por sua vez a Escola Feminina é para Raparigas e Senhoras com mais de 16 anos e terão 1 treino semanal.
OS NOSSOS CRAQUES Nome: António Silva Idade:14 Onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira, Clube Tejo A melhor vitória: Finalista Torneio Lumiar Sub 12 Jogador preferido: Novak Djikovic Livro: A Guerra dos Estronos Actor: Leonardo Dicaprio Filme: Origem Banda: Muse Prato: Bitoque Fora do prato: Bolo de Chocolate Quando for grande: Engenheiro ou Jogador de Ténis Se fosse Presidente da República: Mais lojas de ténis Sobre os políticos: Falam muito
Nome: Maria Jardim Idade:12 Onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira A melhor vitória: Vencedora Torneio/Primavera Carcavelos 2010 Sub 12 Jogador preferido: Maria Sharapova Livro: Marley e Eu Actor: Daniela Ruah Filme: Mamma Mia Banda: David Guetta Prato: Cabrito Assado Fora do prato: Mousse de chocolate Quando for grande: Pediatra Se fosse Presidente da República: Ginásios nas escolas Sobre os políticos: Falam muito mas não fazem nada
26 | NP | OPINIÃO
DIÁRIO DE BORDO
Marina do Parque das Nações
O Cte. Manuel Pinto de Abreu - Sec. Estado do Mar -, a bordo da Caravela Vera Cruz, quando cumprim e nt a v a o J úr i d a R e a l Regatta de Canoas a 2 de Outubro de 2011
ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt
O Mar como desígnio nacional.
Um passo fundamental para debelar a crise e devolver a dignidade ao nobre povo que somos e à nação valente que, com certeza, voltaremos a ser, num futuro bem próximo. As recentes medidas do Governo de corte na despesa pública têm levado a sacrifícios cada vez maiores ao povo português e, de algum tempo a esta parte, todos os dias acordamos com novas medidas que tornam a vida cada vez mais dificultada. Ainda por cima, somos frequentemente surpreendidos por avaliações de rating que classificam o nosso País no “Clube do Lixo”, colocando nas ruas da amargura uma nação e um povo que, no passado, deu novos mundos ao mundo. Finalmente, tudo isto acontece sem que, para além dos sucessivos cortes anunciados, tenhamos ainda uma visão clara do que é que vamos fazer e onde vamos investir, para podermos pagar os avultados empréstimos a juros escandalosos que vão sendo uma constante nos últimos tempos. Na Conferência do Mar 2011 organizada pelo Semanário Expresso no passado dia 25 de Novembro, e que contou com a presença, entre muitas individualidades, do Dr. Durão Barroso, do Ministro da Economia e do Emprego e do Secretário de Estado do Mar, foi sobejamente referido que “O Mar é o recurso que distingue Portugal a nível internacional” e que “O Mar é a nossa saída para a crise”. Nas diferentes apresentações que tiveram lugar durante a conferência, foi mesmo afirmado que “um dos maiores obstáculos à revitalização da vocação marítima de Portugal é a falta de recursos humanos e que era vital atrair os jovens para este domínio e elevar o nível de competências nesta área”. Isto dito num país que vê o desemprego aumentar todos os dias com incidência nas camadas mais jovens, não deixa de ser preocupante. Enfatizou-se também a necessidade de
“Regressar ao Mar” com base em argumentos da nossa história, referindo que “Portugal deve explorar bem a riqueza marítima que tem ao seu alcance, porque sempre que o faz, a economia nacional cresce e, ao contrário, quando se afasta do mar, o país definha”. O Secretário de Estado do Mar, Senhor Cte. Manuel Pinto Abreu, na entrevista que deu recentemente à SIC Notícias, por ocasião da celebração do Dia Nacional do Mar a 16 de Novembro, referiu-se a um marco importante neste processo de viragem do País para o Mar, e que foi a ratificação da convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar em 1997, ao qual se seguiu a Expo’98 com uma visão sobre os Oceanos, orientada para a sua preservação suportada numa exploração sustentada. Seguiu-se depois a Comissão Estratégica dos Oceanos que produziu um grande relatório, o qual conduziu à aprovação da Estratégia Nacional para o Mar com a criação da Estrutura de Missão dos Assuntos do Mar e da Extensão da Plataforma Continental. Mais recentemente, foram ainda estabelecidos os princípios do que vai suportar a Estratégia da União Europeia para o Atlântico, iniciativa que partiu de Portugal e à qual se associaram os outros países da Europa com costas atlânticas. Aliás, o Senhor Cte. Pinto de Abreu foi o responsável pela Equipa que preparou a proposta de extensão da plataforma continental de Portugal,
para além das 200 milhas náuticas, a fim de ser submetida à Comissão de Limites da Plataforma Continental, e que poderá conduzir a que o nosso País venha a possuir soberania sobre mais dois milhões de Km2 (vide figura sobre a extensão da Plataforma). A extensão da Plataforma Continental, para além do aumento do território e do controlo marítimo,
dará a Portugal a oportunidade de demonstrar, no plano internacional, o seu conhecimento e capacidade científico-tecnológica no domínio dos mares e das ciências do mar, e onde poderão vir a estabelecer-se iniciativas ímpares ao nível de I&D, em áreas como a hidrografia, geologia, geofísica e direito internacional. Por outro lado, contribuirá também para que Portugal se assuma cada vez mais como uma importante nação marítima europeia, constituindo, ao mesmo tempo, um legado para as gerações futuras que poderão vir a usufruir e a explorar esta vasta zona marinha. Ou seja, estamos num domínio onde seria muito difícil à Jornalista Fátima Campos Ferreira fazer um programa de Prós e Contras, já que, perante um consenso tão alargado, não seria fácil encontrar alguém para representar “os do contra”. No entanto, desde 2007, quando o Professor Ernâni Lopes apresentou o Hiper-Cluster da Economia do Mar, que temos assistido a Conferências e mais Conferências sobre este “Regresso ao Mar”, onde se enumeram de forma sistemática as potencialidades atrás enunciadas. Lamentavelmente, ficamos com a sensação de que a única acção que é tomada após cada Conferência, é marcar uma próxima onde se vai dizer exactamente a mesma coisa, utilizando outros convidados. O conhecimento que o Cte. Manuel Pinto de Abreu possui desta temática e o entusiasmo que tem evidenciado desde que assumiu a pasta de Secretário de Estado do Mar, faz-nos acreditar que, finalmente, estão a chegar os ventos de feição, e que encontraremos, a breve prazo, o rumo certo para o “Porto Seguro” que nos devolverá a dignidade de nobre povo e de nação valente.
OPINIÃO | NP | 27
O Pavilhão de Portugal deveria incluir uma área permanente dedicada ao Museu da Descoberta e a zona sul do PN tem todas as condições para a centralização de serviços de apoio a uma estratégia virada para o “Regresso ao Mar”. A Expo’98, como foi atrás referido pelo actual Secretário de Estado do Mar, constituiu um marco importante na viragem de Portugal para o Mar. Nesse sentido, era importante que os seus símbolos fossem utilizados como meios de promoção deste novo caminho e o Pavilhão de Portugal, que hoje não passa de um “useless”, deveria passar a incluir uma área permanente dedicada ao “Museu da Descoberta” – a descoberta que os Portugueses fizeram de que os Oceanos da Terra estão ligados entre si , e que são, de facto, um único Oceano e que é possível unir toda a Humanidade pelas estradas do Mar que os Portugueses também inventaram e abriram. Usando as novas tecnologias, com o apoio das nossas universidades, poderíamos “viver” numa área do Pavilhão de Portugal, uma experiência multimédia da viagem dos Portugueses na descoberta de novos mundos, que mostrasse a nossa história e cativasse os nossos jovens para as profissões e para as ciências do Mar. O restante espaço do Pavilhão deveria ser utilizado como o local de eleição para a realização de eventos relacionados com o Mar, os quais incluiriam sempre uma visita ao “Museu da Descoberta”. A Pala do Pavilhão de Portugal representa o gesto que os Navegadores Portugueses tantas
vezes fizeram, a partir do Século XV para “Avistar novos Mundos”. É aqui também que, hoje, no Século XXI, teremos de ser capazes de seduzir os nossos jovens, para avistarem novos métodos e técnicas para explorar, de forma sustentada, a imensidão de um Mar que é nosso e que nos poderá tirar da profunda crise em que nos encontramos e devolver-nos a independência nacional e a dignidade. Por outro lado, na zona Sul, o Edifício Nau, cuja comercialização de áreas enfrenta natural dificuldade face à crise em que nos encontramos, poderia também vir a ser utilizado para instalar um conjunto de serviços ligados ao Mar, fazendo com que o Parque das Nações, que resultou da Expo dos Oceanos, passe a ser um referencial de vivência desta estratégia de “Regresso ao Mar” que urge concretizar de forma empenhada e determinada.
Freguesia do Parque das Nações à Vista.
Foi com natural satisfação que recebemos o comunicado da AMCPN, sobre a intervenção do Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, na Reunião Descentralizada da Câmara, que teve lugar na Escola Vasco da Gama, no Parque das Nações. Na referida reunião, o Dr. António Costa afirmou ser sua convicção que a freguesia do Parque das
Freguesia do Parque das Nações à vista...!
Nações irá ser criada no âmbito da Reforma Administrativa de Lisboa, em curso, respeitando a continuidade geográfica do Parque das Nações até à foz do Trancão e tendo como limite poente a Avenida Infante D. Henrique.Valeu a pena todo o trabalho que a AMCPN tem vindo a desenvolver para assegurar a unidade do Parque das Nações, através do estabelecimento da Freguesia, que passe a ser gerida por órgãos legitimamente eleitos pela população local. Para quem chega por Mar, chegou a altura de
habituar-se a dizer: “Freguesia do Parque das Nações à vista”. Felicitamos a AMCPN, na pessoa do seu Presidente Dr. José Moreno, por este passo importante na concretização da Freguesia que, com certeza, saberá honrar o Lema da Expo’98 – Os Oceanos - e contribuir para a dinamização e divulgação de uma cultura e vocação marítima que facilite e estimule o “Regresso ao Mar” dos Portugueses. Saudações Náuticas,
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Mobilidade Suave 28 | NP | MOBILIDADE
Dando continuidade a esta rubrica na p r o c u r a d o i n c e n t i vo p a r a e s t a comunidade usar mais a mobilidade suave, falámos com João Bernardino que usa a bicicleta e os meios de transporte para se deslocar para o emprego, em Lisboa, demorando, em média, 28 minutos. Como e porquê surgiu a vontade de usar a bicicleta como meio de transporte, aqui, no PN? Há alguns anos, quando ainda estudava e apanhava o metro na estação do Oriente, até onde demorava 20 minutos a pé desde casa e os autocarros eram pouco frequentes, ocorreu-me passar a levar a bicicleta e deixála perto da estação. Como estacioná-la na rua é bastante perigoso - os relatos de roubos de bicicleta, naquela zona, eram e continuam a ser talvez os mais frequentes em toda a cidade de Lisboa - deixava-a dentro do parque de estacionamento da Gare, onde era tolerada pela segurança (ao contrário do C. Vasco da Gama). Quando comecei a trabalhar, passei a usar o comboio a partir de Moscavide (continuo a morar no lado Norte) e estive anos sem pegar na bicicleta. Até que se juntaram um conjunto de três factores que me levaram a considerar experimentar ir de bicicleta para o trabalho pela primeira vez. A primeira foi a construção das ciclovias, que oferecem uma percepção de segurança e conforto. Não foi suficiente para tomar a iniciativa, dado que apesar de tudo só cobriam parte do percurso até ao trabalho (que fica na Av. Marquês de Tomar, entre a Av. da República e a Gulbenkian) e pensava eu que ele era demasiado longo e difícil. A segunda foi o facto de ter sido desafiado por uns amigos para ir passear de bicicleta até Belém (a bicicleta chiava da falta de anda-
mento). Fiquei com noção de que era possível andar de bicicleta em Lisboa. Nessa semana tive que me deslocar, em trabalho, à antiga FIL, que era basicamente o mesmo percurso, e decidi levar a bicicleta. Finalmente, já entusiasmado com a possibilidade de andar mais de bicicleta, verifiquei que é permitido transportar a bicicleta no comboio, e, no dia seguinte, decidi experimentar. Levei a bicicleta de comboio na ida (mais a subir) e regressei o percurso inteiro a pedalar. Percebi que era mais fácil do que parecia. Nunca mais deixei de o fazer, todos os dias, umas vezes com a ajuda do comboio na ida, outras sem ela. Desde há um ano faço ainda um desvio adicional no percurso para ir deixar o meu filho na creche Saídos da Casca, uma opção muito mais prática do que qualquer outra. Nota-se que ele também gosta bastante da viagem, pela forma como o ouço lá atrás na cadeira a comentar a presença dos pássaros em redor e tudo o resto que vai observando! Quanto tempo demoras a chegar ao local de trabalho? Na ida demoro uns 28 minutos, se apanhar o comboio, ou mais 8 do que isso se for o percurso inteiro de bicicleta. No regresso, mais a descer, demoro 28 minutos só a pedalar. Pode-se dizer que tenho uma condição física um pouco acima da média, por isso uma pessoa que esteja na média deveria demorar ligeira-
mente mais do que isto. É interessante comparar estes tempos de viagem com os de modos alternativos. Indo de comboio faço a viagem em 40 minutos coordenando a saída de casa ou trabalho com os horários de partida. De carro, em hora de ponta, demora-se pelo menos isto, e com grande incerteza. Relativamente aos roubos das bicicletas, no PN, que sugestões ou conselhos dás para se contornar essa questão? Uma bicicleta roubada não é só mau pelo seu valor, mas pela carga emocional negativa que tem. Um utilizador de bicicleta, especialmente se for recente, pode ficar totalmente desmotivado a voltar a pegar numa bicicleta. É essencial proteger bem a bicicleta e para isso não basta um cadeado simples; na internet encontram-se facilmente conselhos úteis sobre as melhores formas de prender uma bicicleta. Por outro lado, num local como Lisboa em que o uso da bicicleta só agora começa a desenvolver-se, as autoridades ainda não estão sensibilizadas para o problema, que
“Na internet encontram-se facilmente conselhos úteis sobre as melhores formas de prender uma bicicleta. “
é relativamente novo. É necessário que comecem a tê-lo em conta, especialmente em pontos negros como é o caso do Vasco da Gama. Nestes casos o próprio centro comercial deveria preocupar-se com o problema, se quer manter a boa fama. Surpreende-me o facto de continuar a ouvir falar muito de roubos nesse local desde há quase 10 anos e o problema manter-se, mas é um sinal de que a cidade ainda não se habituou a proteger os ciclistas. De que forma podemos melhorar as condições de modo a fomentar o uso da bicicleta no PN? Parece-me ser muito fácil melhorar substancialmente as condições sem sequer se ter que gastar dinheiro. Penso que bastava pegar em ruas de hierarquia local
e nas vias laterais das grandes avenidas (Alameda dos Oceanos e Av. D. João II) e transformá-las em Zonas 30, ou seja, zonas onde o limite de velocidade seja de 30 km/h. Em cima disso, acrescentam-se placas nos sinais verticais e marcações no chão a informar claramente que são zonas naturais para ciclistas. Os condutores de automóveis, além de moderarem a velocidade nessas zonas, passam a contar claramente com a presença de ciclistas. Os ciclistas passam a sentir que existe um local onde são bem-vindos, sentem-se seguros e começam a aparecer na estrada. Tudo isto, sem se gastar um cêntimo em ciclovias. Claro que estas e outro tipo de arranjos de infraestrutura tornam-se importantes para ciclistas menos ousados ou para aqueles que, como eu, transportam um filho para a
escola ou queiram deixar o filho ir sozinho para a escola de bicicleta. Por falar em ciclovias, é preciso profissionalizar mais quem as faz. Por exemplo, desafio quem chamou ciclovia ao caminho que se destinou a bicicletas na Alameda dos Oceanos que experimente pegar numa bicicleta de cidade ou de estrada (com pneu fino e sem amortecedores) e ande na “ciclovia”, imaginando que iria fazer aquele caminho todos os dias. Uma coisa com aquele tipo de piso desmotiva qualquer ciclista urbano e não deve ser chamada ciclovia. Para terminar, é impressionante como uma estação como a Gare do Oriente, rodeada de milhares de habitantes espalhados por um terreno transversalmente plano, não teve e continua a não ter um parque de estacionamento como deve ser para bicicletas.
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Dr. João Manuel Rocha Diplomado por inst. Portug. de med. tradicional chinesa e univ. de Chengdu
U rb an i za çã o d a P or t e l a. Ro t u n da N u n o Ro dr i gu e s d os S a n to s ; e d. Co n cór di a 2º A ; 21 9 4 4 4 2 01 ; 21 9 4 4 4 1 73 a pa r tir da s 14 : 30
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C a r d i o l o g i a - Dr. Sieuve Afonso Chefe de serviço de cardiologia C l í n i c a G e r a l - Dr. Virgílio Abreu Assistente graduado de clínica geral D e r m a t o l o g i a - Dr. João Pignatelli Assist. hospitalar H.S.Maria. Cirurgia dermatológica. Oncologia cutanea O b e s i d a d e / N u t r i ç ã o - Dr. Rui Lima Nutricionista O r t o p e d i a - Dr. Jorge Horta Chefe de serviço graduado hospital S. José O t o r r i n o l a r i n g o l o g i a - Dr. Rui Fino Assistente hospitalar graduado do IPO P e d i a t r i a - Dr. Pedro Ferro Meneses Assistente hospitalar. Docente c. Faculd. Medic. de Lisboa P s i c o l o g i a C l í n i c a - Dr. Ângelo de Sousa Psicólogo clínico de crianças e adolescentes P s i c o l o g i a C l í n i c a - Dr. Pedro Dias Ferreira Psicoterapeuta cognitivo-comportamental. Assist.do H.S.M P s i c o l o g i a C l í n i c a - Drª Alda Nunes Psicóloga e psicoterapeuta de orientação psicanalítica P s i q u i a t r i a - Drª Magda Cristina Pereira Assist. hospitalar H. Garcia de Orta. Coordenadora da consulta externa Acup unctur a e F i t o t e r a p i a - Dr. João Manuel Rocha Diplomado por inst. Portug. de med. tradicional chinesa e univ. de Chengdu
30 | NP | ESPAÇO EMPRESAS
OS NOSSOS ALUNOS FALAM POR NÓS:
em 2010, dos 1446 alunos presentes a exame, 83,75% foram aprovados. Os nossos professores são profissionais qualificados, licenciados em Universidades de Países cuja língua materna é a que lecionam. APRENDIZAGEM DE LÍNGUAS
A CAMBRIDGE SCHOOL conta com mais de 40 anos de experiência em Portugal. Atualmente fazem parte dos nossos quadros 120 professores criteriosamente escolhidos, orientados pela nossa equipa pedagógica e com formação contínua e específica. Os nossos professores são, todos eles, da nacionalidade da língua que lecionam. Privilegiando um ensino vivo e
dinâmico, os nossos alunos são sempre apoiados pelo professor e direção pedagógica de cada escola. A CAMBRIDGE SCHOOL oferece excelentes soluções para a aprendizagem de Inglês, Francês, Alemão e Português para Estrangeiros, com 9 Escolas em Lisboa, Porto, Coimbra, Almada e Funchal, com ótima localização.
Falar línguas estrangeiras, de forma a atingir objetivos pessoais e profissionais, reveste-se da maior importância, a cada dia que passa. Quem é capaz de comunicar eficazmente numa ou mais línguas estrangeiras vê aumentadas as suas qualificações culturais e profissionais, podendo incrementar de imediato a sua competitividade e, por consequência, as suas oportunidades no mercado de trabalho. Nos nossos dias, o multilinguismo é um verdadeiro catalisador de competitividade, sendo importante, para além do inglês,
aprender outras línguas estrangeiras. Neste sentido, assiste-se a uma tendência em apostar, cada vez mais, na aprendizagem não apenas do Inglês, mas também do Alemão e do Francês. Saber línguas significa maior proximidade e conhecimento de outras culturas estabelecendo pontes para o sucesso nas Relações Internacionais DEPOIS DAS NAÇÕES, AS LÍNGUAS CHEGAM AO PARQUE. Conheça a nova escola no Parque das Nações, na Alameda dos Oceanos, entre o Oceanário e o Pavilhão de Portugal. Equipa CAMBRIDGE SCHOOL www.cambridge.pt
“Quem é capaz de comunicar eficazmente numa ou mais línguas estrangeiras vê aumentadas as suas qualificações culturais e profissionais...”
ARQUITECTURA | NP | 31
URBE
MERCADO DE ESCRITÓRIOS NO PARQUE DAS NAÇÕES
PEÇAS DO PARQUE Por: Diogo Freire de Andrade Arquitecto dfandrade@conceitofa.pt Vista interior do Hotel VIP Saldanha
“Há um número que me impressionou; de 2009 para 2010 houve um aumento de 434% de escritórios novos no Parque das Nações, ou seja, passou-se de 4.797 m2 em 2009 para 25.609 m2 em 2010.”
Há um dado sintomático da dinâmica do Parque das Nações relativamente ao mercado de escritórios. Em 2010, o Parque das Nações foi a zona que registou a maior área de escritórios novos, na verdade 51% do total de escritórios novos na cidade de Lisboa encontrase na Expo. Segundo a Aguirre Newman verificou-se que cerca de 76% da disponibilidade de escritórios novos, em Lisboa, está concentrada em apenas duas zonas, no Parque das Nações e no Corredor Oeste. Estas duas zonas foram responsáveis pelo desenvolvimento de novos imóveis e de parques empresariais nos últimos anos (no caso da Expo temos os seguintes edifícios novos: Cais Office, Panoramic, Espace, Explorer, Báltico e Atlantis) e é onde estarão localizados alguns dos futuros projetos imobiliários. Há um número que me impressionou: de 2009 para 2010 houve um aumento de 434% de escritórios novos no Parque das Nações, ou seja, passou-se de 4.797 m2 em 2009 para 25.609 m2 em 2010. Já para a cidade de Lisboa na totalidade, ainda conforme estudo da Aguirre Newman, para o período 2011 e 2012 está prevista a conclusão de mais 10 edifícios de escritórios, elevando a oferta em mais 90.462 m2, dos quais cerca de 20.000 m2 já têm ocupação assegurada. Em opinião de outra empresa do mercado imobiliário, a Lang La Salle, o Parque das Nações, alvo de grandes projetos imobiliários nos últimos anos, tem-se tornado num ex-libris e num modelo a seguir, no que diz respeito à promoção de escritórios novos. É, sem dúvida, uma zona com um carácter extremamente apelativo, moderno e com uma qualidade de oferta muito forte que tem atraído importantes multinacionais para aí implantarem os seus serviços em Portugal. São dados interessantes e animadores visto que ainda há investidores a quererem apostar no Parque das Nações, apesar da crise imobiliária. Podemos concluir que o Parque das Nações ainda é um local apetecível tanto para investidores como para sedes de empresas. HOTÉIS – UM CASO DE SUCESSO NA CIDADE DE LISBOA Em 2010, o aumento da oferta em Lisboa correspondeu à abertura de 7 novos hotéis, o que trouxe ao mercado 444 novos quartos.
Vista Exterior do Hotel VIP Saldanh Fotos de Diogo Freire de Andrade
A oferta continuou a crescer (embora a níveis inferiores aos de anos anteriores) apesar da crise financeira, dado que muitos projetos hoteleiros já se encontravam em construção e/ou com financiamento assegurado. Prevê-se que a oferta hoteleira na Cidade de Lisboa continue a crescer, estando previstos, até 2012, mais 29 unidades perfazendo 3.120 novos quartos, o que representa um aumento de cerca de 19% face ao stock atual. Admite-se contudo que as aberturas previstas possam ser inferiores, como consequência da atual conjuntura económica. Em linha com os demais grupos hoteleiros com diversos investimentos na cidade, o Grupo VIP abriu as portas do Hotel VIP Saldanha em pleno centro da cidade de Lisboa. Projetado pelo nosso ateliê – CONCEITO Arquitetos - este Hotel tem muito sucesso focado em clientes empresariais devido à sua boa localização. O projeto de alterações procedeu a alterações significativas interior e exteriormente, adequando o hotel às exigências atuais da indústria hoteleira em parâmetros de conforto e de funcionamento. O conceito proposto foi a atualização total do edifício oferecendolhe novos materiais de revestimento, maior comodidade passando de 2 estrelas para 4 estrelas e uma nova imagem de modernidade. O Grupo VIP é um exemplo de empreendedorismo, na atual conjuntura de crise e estagnação, haja alguém a investir. UMA MOEDINHA PARA A VIAGEM Os Estudantes do 9º ano da Escola Vasco da Gama, ou seja, os Finalistas da escola, vão fazer uma viagem no fim do ano. Pediramme para deixar aqui um apelo para os ajudarem com uma moedinha nos vários mealheiros espalhados pelos cafés, mercearias e outros pontos. Estes estudantes são um resultado do Parque das Nações. Quase todos vivem aqui há muitos anos, sempre frequentaram a Escola Vasco da Gama, considerada uma escola modelo e, para além de colegas, também são amigos. De salientar que estes alunos organizaram uma Comissão de Finalistas em que elegeram 2 representantes de cada turma e conseguem fazer um trabalho de cooperação entre as 4 turmas. Até agora já organizaram várias festas e avizinham-se mais surpresas.
A MINHA IDEIA 32 | NP | OPINIÃO
ESTACIONAMENTO NO EDIFÍCIO ECRÃ
Já todos passámos por este bloco de lotes que, no topo da sua torre mais a sul, tem uma enorme e insólita escultura invertida. O Ecrã é o maior edifício, em comprimento, de Portugal (+ de 300 metros), comportando 215 apartamentos, 70 lojas e 82 escritórios que nas caves têm estacionamento apenas para os habitantes, lojistas e donos dos escritórios. Fui convidado por um conhecido, o António João Pereira (director comercial da Re/max Platina), para me inteirar in loco da problemática situação com que se debate esse empreendimento da zona Sul do Parque das Nações. Nas artérias que o rodeiam tanto na Rua Sinais do Fogo, nas traseiras, como na Alameda dos Oceanos, não existe um único lugar de estacionamento legal para o público visitante. Somando as lojas e os escritórios temos mais de 150 unidades, se cada unidade tiver 10 clientes dia, são um mínimo de1.500 clientes que não têm onde estacionar. Mas existem restaurantes, cafés, e lojas que têm mais de 100 clientes por dia. Por exemplo, a Re/Max possui 3 lugares de estacionamento, mas tem 50 colaboradores, fora os clientes que visitam o escritório.
Por: José Teles Baltazar
proíbe parar/estacionar e “deslocar” o tracejado divisório das vias 1 metro para a direita, ficando espaço suficiente para circular nos 2 sentidos – Custo máximo 1.000€; * Na Alameda dos Oceanos, permitir o estacionamento em espinha – para tal simplesmente bastaria tirar 6 pilares de protecção (3 na entrada e 3 na saída) para se possibilitar a circulação dos automóveis de Norte para Sul, estacionando em espinha, com o desenho pré-existente em pedra cinza, apenas se adaptando algumas pedras para as divisões, os bancos de jardim seriam deslocados de modo a criar uma fronteira com o passeio de peões que ainda assim fica larguíssimo – Custo estimado da obra (1 pedreiro, 1 servente, areia e uma maceta, durante 1 mês) – 3.000€.
“Na Alameda dos Oceanos, permitir o estacionamento em espinha – para tal simplesmente bastaria tirar 6 pilares de protecção (3 na entrada e 3 na saída) para se possibilitar a circulação dos automóveis de Norte para Sul, estacionando em espinha, com o desenho pré-existente em pedra cinza, apenas se adaptando algumas pedras para as divisões, os bancos de jardim seriam deslocados de modo a criar uma fronteira com o passeio de peões que ainda assim fica larguíssimo – Custo estimado da obra (1 pedreiro, 1 servente, areia e uma maceta, durante 1 mês) – 3.000€.”
A dificuldade de estacionamento tem prejudicado o comércio aí instalado que apático e isolado como que numa ilha, faz por sobreviver. Mas o meu interlocutor não se limita a fazer o diagnóstico, receitando a solução que consiste em simples e económicas alterações:
De referir que este “parque” de estacionamento deveria ser gerido pela EMEL pois é interessante para receber clientes nas lojas e visitas dos habitantes, não para criar um depósito de automóveis. E se for por falta de cabimento orçamental, os proprietários estão dispostos a suportar a despesa. À PE GU basta boa vontade na análise do assunto.
* Na Rua Sinais do Fogo, permitir o estacionamento do lado das lojas (actualmente quase todas fechadas). Bastaria retirar o sinal de trânsito que
José Teles Baltazar veste Dunhill (C.C Amoreiras piso 2 -lojas 2151/58 -tel. 213 880 282)
FACES
PERFIL | NP | 33
MULHERES DO PARQUE
Rita Carvalho entrevista Iris Lourenço A sua vida tem sido marcada por muitas experiências e “aventuras”. Concorda? Fale-nos um pouco de si. Sim, claro! Muitas aventuras e experiências acumuladas... A verdade é que sempre fui aventureira, curiosa, determinada e muito enérgica! Tive uma grande dificuldade em escolher uma área específica durante o meu percurso académico porque, na verdade, gosto de fazer praticamente tudo! Por isso comecei por uma investida curta em psicologia, acabei por tirar Gestão Hoteleira na Escola de Turismo do Estoril, e mais tarde Design de Interiores na Fundação Ricardo Espírito Santo (ainda a terminar o mestrado). A Gestão Hoteleira permitiu-me trabalhar por algumas capitais europeias: Bruxelas, Paris, Londres. Após o nascimento do meu primeiro filho, o “retorno às origens” prevaleceu e dediquei-me à actividade mais importante de sempre: ser mãe! De forma a conseguir conciliar o facto de ser mãe, a tempo inteiro, com a vida profissional, acabei por optar por um caminho de freelancer, na área de Design e Organização de Eventos. E a aventura continua... Considera difícil manter uma atividade como freelancer ou sente-se confortável com essa situação? É, por vezes, complicado, sobretudo em relação aos horários, já que tento trabalhar após os meus filhos já se encontrarem em sono profundo. Mas neste momento é a melhor forma de gestão de tempo. As novas formas de comunicação facilitam muito os contactos que preciso manter. E o prazer pelo que faço é a melhor arma contra o cansaço acumulado! O seu projeto do supperclub é muito interessante. Explique-nos o que é e como se pode aplicar no Parque das Nações.
O conceito supperclub , em Portugal, ainda está pouco divulgado. Pode considerar-se um “clube privado de degustação e convívio”. Ou seja, no nosso caso, organizam-se grupos até 10 pessoas, em que o objectivo é apreciar uma boa refeição e conviver. Pode acolher-se um grupo maior, mas nunca muito grande, para proporcionar partilha de diálogos. Cada pessoa inscreve-se, individualmente ou em pequenos grupos e pode partilhar um ambiente descontraído e agradável. Quem não se conhece fica a conhecer-se, pois o ambiente proporciona isso. O nosso projecto Green Caterpillar Supperclub (greencaterpillarsupperclub.blogspot.com) surgiu há cerca de 1 ano, num reencontro informal com um amigo de faculdade, Vitor Claro, que tem sido, com frequência, o nosso chef. Eu não conhecia o conceito e após uma rápida explicação achei que devíamos ter o nosso supperclub. E assim foi! No fundo pretendemos reunir um grupo de pessoas, com interesses comuns, que gostam de bem comer e de conviver! Estes convívios já foram organizados aqui no Parque das Nações e o objectivo é continuar a reunir os clubistas nesta e em outras zonas da cidade!
Desloca-se quase sempre em bicicleta por Lisboa. Consegue fazê-lo facilmente? Sim, a bicicleta talvez seja o meio de transporte que mais utilizo neste momento. O facto de trabalhar na zona do Parque das Nações e os meus filhos frequentarem a escola, assim como outras actividades, nesta zona, facilita muito esta utilização frequente. Mas, por vezes, tenho de me deslocar em trabalho para o centro da cidade e a bicicleta continua a ser a minha primeira opção. O que costumo fazer é telefonar para confirmar se posso deixar a bicicleta ‘ancorada’ no local, e, depois, é só colocar o capacete e aproveitar o percurso até lá. A cidade ganha, definitivamente, outros contornos! O que lhe parece a vida no Parque das Nações? Quando decidi vir morar para o Parque das Nações, o meu único receio é que não houvesse ‘vida de bairro’, por ser uma zona tão recente e ainda desprovida de alma bairrista. No inicio, até acabei por ter esse sentimento. Mas com o tempo tenho ficado, positivamente, surpreendida e contente porque estava errada. Sem querer fazer publicidade, algumas lojas acabaram por facilitar os encontros entre os bairristas: o Pomar da Rosa, o supermercado para quem pro-
cura fruta e legumes, na maioria nacionais e de boa qualidade, onde podemos estar à espera de ser bem recebidos e atendidos prontamente. Os Cabeçudos, a livraria perto da torre Vasco da Gama que com constantes eventos, direccionados para os mais pequenos e para as famílias em geral, proporciona momentos de divertimento e enriquecimento literal (tem livros fantásticos). O Clube Tejo, com aulas de ténis, futebol (entre outras) e programas de férias desportivas, que tem permitido o maior convívio entre os pais. A Cineteka, onde podemos encontrar os melhores títulos da indústria cinematográfica (e não só...) acompanhados por um atendimento personalizado sem falhas. O Petit Cabanon, o café na zona sul do Parque das Nações, com um parque interior para os mais pequenos. Estes são alguns “pontos de encontro”, que acabam por ser responsáveis pelo desenvolvimento da confortável vida de bairro! Tem algumas sugestões para o Parque das Nações? As minhas sugestões vão no sentido de criar mais espaços/circuitos desportivos, pois temos muitos adeptos e praticantes do desporto ao ar livre. Isso vai promover o bem-estar e hábitos de vida saudáveis.
34 | NP | ENSAIO
RODAS
Mazda MX5
Por: Jorge Santos Farromba
rodasdoleitor@gmail.com
“Conduzir o MX5 é manter vivo o nosso espírito para um modelo que não quis, por opção, incorporar toda a tecnologia que limita a nossa destreza. Viva a condução pura! Tudo aqui é emoção!”
Ensaiar o MX5 é recuar no tempo e recordar-nos dos roadster originais. O Mazda tornou-se de tal modo um ícone que quase fez esquecer a marca, sendo o modelo algo unanimamente reconhecido por qualquer público. Exteriormente e cada vez que a marca “mexe” no design, consegue criar ainda mais admiradores do conceito. Não tem as modernices dos botões para fazer descer e subir a capota, em lona.Tudo é manual! O branco da carroçaria ensaiada parece dar ainda mais visibilidade a um modelo cativante desde o primeiro olhar. Entrar para o Mazda significa descer quase até ao chão, mas o esforço vale pelo acolhimento com que o modelo nos recebe. Rapidamente, ficamos sentados num espaço onde tudo parece feito à nossa medida, desde os bancos, ao apoio dos mesmos, à caixa de velocidades e ao banco. Conduzir o MX5 é manter vivo o nosso espírito para um modelo que não quis, por opção, incorporar toda a tecnologia que limita a nossa destreza. Viva a condução pura! Tudo aqui é emoção! A caixa exige determinação e é muito curta, a embraiagem é ligeiramente pesada, as entradas em curva podem ser feitas com normalidade ou deixando soltar a traseira e contrabalançar com o volante. Não se pense que é inseguro, porque aqui a primazia é dada ao indivíduo e não à tecnologia. O conforto existe e o modelo conduz-se bem em cidade e auto-estrada. E, para quem adora os “cabelos ao vento”, aqui encontra esse espaço. Mesmo com o corta ventos, o modelo deixa passar uma agradável brisa. Enfim, foi um modelo que tanto cativou que ficou o enorme desgosto da sua entrega ao importador, mesmo que só tenha 2 lugares e que o espaço não abunde. Continuam a fazer sentido automóveis destes no nosso mercado, onde ainda sentimos que o condutor não substitui a tecnologia, onde a beleza das formas não foi sacrificada totalmente em prol da aerodinâmica. Nesta versão limitada do 20º aniversário, o branco pérola é a cor disponível e por 30.000€ e muito equipamento ele é seu e vale o dinheiro que custa.
“Se você ama o seu filho, mande-o viajar”
VIAGENS | NP | 35
Ditado Indiano
ÍNDIA E NEPAL
Itinerário: 1º Dia – Portugal / Nova Delhi - Comparência no aeroporto 2 horas antes da partida. Embarque em voo regular, via cidade europeia, com destino a Nova Delhi. Noite a bordo. 2º Dia – Nova Delhi - Chegada, assistência e transfer para o hotel. Tarde livre. Alojamento. 3º Dia – Nova Delhi - Pequeno-almoço americano. Uma visita à Velha e Nova Delhi permitirá descobrir o Qutab Minar (século XII), graciosamente talhado à mão. Ali perto encontra-se a Coluna de Ferro que, depois de 1500 anos de história, resistiu à oxidação. Visitaremos também o memorial a Mahatma Gandhi, a Porta da Índia,Templo de Loto, Palácio Presidencial, Templo Sijista e uma das maiores mesquitas da Índia, a Jama Masyid, construída pelo Imperador Mogol Shah Jahan no século XVII. Passeio em riquexó nas ruelas da zona antiga. Alojamento. 4º Dia – Delhi / Jaipur - Pequeno-almoço americano. Pela manhã, saída por estrada com destino a Jaipur. Chegada a Jaipur. Pela tarde iremos ver um espectáculo de luz e som. Alojamento. 5º Dia – Jaipur / Amber / Jaipur - Pequeno-almoço americano. Pela manhã, excursão de meio-dia ao Forte Amber. Uma experiência única: subiremos no lombo de elefantes para aceder até à última colina sobre a qual se ergue a fonte. Pela tarde, visita panorâmica de Jaipur. Conheceremos o observatório astronómico que o próprio monarca construiu, e também visitaremos o Palácio do Marajá, antiga resi-
dência real e, hoje em dia, museu de manuscritos, pinturas de Rajput e Mogol e armas. Conduziremos através das zonas residenciais e de negócios da “cidade rosa”, passando em frente ao Hawa Mahal (Palácio dos Ventos). Alojamento. 6º Dia - Jaipur / Fatehpur Sikri / Agra - Pequenoalmoço americano. Pela manhã, saída para Agra, visitando no caminho Fatehpur Sikri. Chegada a Agra pela tarde e visita panorâmica, incluindo um dos monumentos mais importantes do mundo, o Taj Mahal. ATENÇÃO: o Taj Mahal encerra às sextas. Alojamento. 7º Dia: Agra / Varanasi (Benarés) - Pequeno-almoço americano.Visitaremos o Forte de Agra e as margens do rio Yamuna em pleno centro da cidade. Pela tarde iremos visitar o túmulo de Itmad-ud-Daula, também conhecido como Baby Taj. De seguida, transfere para a estação para embarcar no comboio com destino a Varanasi. Noite a bordo. 8º Dia: Varanasi - Chegada e transferência ao hotel.
Manhã livre para descansar. Pelas 16:30, visita panorâmica de Varanasi-Benarés, incluindo o templo Bharat Mata com seu grande relevo sobre a Índia em mármore. Visita ainda às margens do rio Ganges para ver a cerimónia da tarde chamada Aarti. Alojamento. 9º Dia: Varanasi / Sarnath / Varanasi - De madrugada, passeio de barco pelo sagrado Rio Ganges para ver os “Ghats”, ou banhos rituais, e os lugares de cremação. Regresso ao hotel para tomar o pequenoalmoço. Andaremos pelas ruelas de Varanasi para entender a profundidade da religião hindu na vida quotidiana dos Hindus. Também passaremos pela famosa Universidade Hindú de Benarés. À tarde, excursão a Sarnath. Alojamento. 10º Dia: Varanasi / Kathmandu - Pequeno-almoço. À hora prevista, transfere ao aeroporto para embarcar no voo regular com destino a Katmandu. Chegada ao Nepal, assistência e transfere para o hotel. 11º Dia: Kathmandu / Swaymbunath / Patan / Kathmandu - Pequeno-almoço. Pela manhã, visita panorâmica de meio-dia: a Praça Durbar, o Palácio Rana, e Hanuman Dhoka, a imponente porta de acesso ao Palácio Real com a sua estátua do “deus Mono”. Continuaremos pelas ruas da cidade para visitar a casa-templo da Kumari, a deusa-menina. Terminaremos a manhã na grande estupa de Swayambunath, com os olhos de Buda pintados nos quatro costados. Pela tarde, visita a Patan, percorrendo a cidade velha: Newar, a Porta de Ouro, o Templo de Teleju e a estátua de Yogendra Malla. Alojamento no hotel. 12º Dia: Kathmandu / Bodhnath / Pashupatinath /
Kathmandu - Pequeno-almoço americano. Pela manhã, visita a Bodhnath, uma das maiores estupas do mundo. Visitaremos também os templos de Pashupatina, dedicado ao deus Shiva. Tarde livre para actividades opcionais. Alojamento. 13º Dia: Kathmandu / Nova Delhi (jantar) / Portugal - Pequeno-almoço americano. Dia livre. A meio da tarde, transfere para o aeroporto para embarque em voo com destino a Delhi. Chegada e jantar. Conexão com voo de regresso a Portugal. Noite a bordo. 14º Dia: Portugal - Chegada e fim de viagem.
Desde EUR 1,765
Preço inclui: Passagem aérea via cidade europeia, com a British Airlines, em classe económica; Taxas aéreas no valor de 366,00€; Recepção especial à chegada; Todos os transferes e transportes terrestres em viaturas com a/c; 10 Noites de alojamento nos hotéis seleccionados; 01 noite em comboio nocturno entre Agra e Varanasi; Pequenos-almoços diários; 01 Jantar em Delhi no último dia (exclui bebidas);Visitas e entradas incluídas conforme itinerário detalhado; Serviços de guia local em espanhol ou inglês nos locais de visita; 01 garrafa de água mineral por dia; Espectáculo de Luz e Som em Jaipur (ou visita ao Templo Birla no caso de cancelamento do espectáculo); Passeio de elefante em Jaipur; Passeio de bici-rikxa em Delhi; Passeio de barco no Rio Ganges em Varanasi; Bilhete de comboio nocturno (Agra-Varanasi); Seguro de viagem Standard
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Viver com Baixa VisĂŁo 36 | NP | ESPAĂ&#x2021;O SAĂ&#x161;DE
â&#x20AC;&#x153;As pessoas com baixa visĂŁo podem ter uma vida plena e feliz. Podem aprender a utilizar o seu resĂduo visual, com a ajuda de tĂŠcnicos especializados e recorrendo a ajudas Ăłpticas...â&#x20AC;? A Organização Mundial de SaĂşde (OMS) estima que mais de 161 milhĂľes de pessoas sejam portadoras de deficiĂŞncia visual, das quais 124 milhĂľes apresentam baixa visĂŁo e 37 milhĂľes cegueira. Em Portugal, segundo o Programa Nacional para a SaĂşde da VisĂŁo, estudos efectuados permitem estimar que cerca de 35.000 pessoas sofram de baixa
que existir um acompanhamento especializado, pois Ê essencial que o paciente seja reeducado e sensibilizado para um correcto uso dos auxiliares. A realização de treinos de leitura e escrita bem como a demonstração de algumas tÊcnicas especializadas são actividades fundamentais. Os especialistas nesta årea ajudam o paciente a saber viver com a sua visão. Para a reabilitação ser um sucesso, nestes casos, o paciente Ê uma peça fundamental, este tem de ser persistente e acreditar que pode encontrar soluçþes para melhorar a sua qualidade de vida, trabalhando sempre em sintonia com o tÊcnico de baixa visão.
de visĂŁo, nomeadamente de DegenerescĂŞncia Macular ligada Ă Idade (DMLI), que afectarĂĄ 5% das pessoas com mais de 55 anos e uma em cada 10 pessoas com mais de 65 anos. A Baixa VisĂŁo ĂŠ uma situação intermĂŠdia entre visĂŁo normal e a cegueira, em que um indivĂduo, mesmo com o uso da melhor correcção Ăłptica convencional, Ăłculos ou lentes de contacto,
AntĂłnio Martins Zona Ă&#x201C;ptica http://zonaoptica.pt/
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continua a apresentar dificuldades na realização de uma ou vĂĄrias tarefas da vida diĂĄria, como por exemplo, ler ou escrever uma carta. Os sintomas associados Ă Baixa VisĂŁo variam de acordo com a doença causadora da perda de visĂŁo. Ă&#x2030; comum que as pessoas com Baixa VisĂŁo, mesmo utilizando Ăłculos convencionais ou lentes de contacto, demonstrem dificuldades: em reconhecer familiares e amigos; na deslocação, principalmente em ambientes nĂŁo familiares; em desempenhar actividades domĂŠsticas ou que impliquem a utilização da escrita ou da leitura. Por vezes, podem apresentar alguma dificuldade na adaptação Ă mudança de ambientes com diferentes intensidades luminosas. A degeneração macular ligada a idade, a retinopatia diabĂŠtica, a hereditariedade, traumatismos e
o glaucoma sĂŁo as principais causas da deficiĂŞncia visual no adulto. A pessoa que lida diariamente com esta realidade nĂŁo tem de pĂ´r de parte as actividades que sempre realizou. Ter baixa visĂŁo nĂŁo tem de ser igual a â&#x20AC;&#x153;perda de autonomiaâ&#x20AC;?. As pessoas com baixa visĂŁo podem ter uma vida plena e feliz. Podem aprender a utilizar o seu resĂduo visual, com a ajuda de tĂŠcnicos especializados e recorrendo a ajudas Ăłpticas (telescĂłpios de Galileu e Kepler, lupas com iluminação, telemicroscĂłpios), nĂŁo Ăłpticas (iluminação apropriada, leituril, medidores falantes) ou electrĂłnicas (ampliadores, lupas electrĂłnicas, sofwares), que devem ser adaptadas a cada indivĂduo consoante as suas necessidades e a sua patologia visual. Para que se atinjam os resultados pretendidos, nĂŁo basta a pessoa adquirir a ajuda mais adequada ao seu caso em particular. Tem
A importância da Intervenção Precoce em Pediatria do Desenvolvimento
ESPAÇO SAÚDE| NP | 37
O que é a Pediatria do Desenvolvimento (PD)? A PD é um ramo da Pediatria que se centra no Desenvolvimento, Avaliação, Diagnóstico e Intervenção em crianças e jovens (0-18anos) com algum tipo de perturbação do desenvolvimento ou com risco de se manifestar posteriormente. A PD trabalha conjuntamente com a Família e em articulação com profissionais de educação, psicologia, terapias e enfermagem, com o objectivo principal: a evolução positiva de cada criança.
Como é realizada? Após ser feito o diagnóstico pela Pediatra do Desenvolvimento, Drª Ana Cristina Peres, e caso se verifique alguma alteração, a criança é acompanhada por um técnico de saúde designado pela Pediatra do Desenvolvimento, que estabelece o protocolo de intervenção adequado. Em Pediatria do Desenvolvimento, a intervenção precoce é fundamental para se obter uma evolução positiva. Do vasto conjunto de alterações e síndromes tratados em PD estão a Sindrome de Down, as perturbações do espectro do autismo, deficiências motoras, perturbações comportamentais (deficit de atenção e hiperactividade), perturbações da apren-
dizagem escolar como a dislexia. É importante possuir valências disponíveis de forma a conseguir respostas eficazes e atempadas às necessidades das nossas crianças e jovens.
A importância das Necessidades Educativas Especiais (NEE) O acompanhamento das NEE, da responsabilidade da psicóloga clínica, Drª Mª João Victória, trabalha e desenvolve estratégias de apoio adaptadas a cada uma das situações. Do trabalho contínuo desenvolvido pela Equipa das NEE (psicologia, terapia da fala, terapia ocupacional, ensino especial) surgiu um programa inovador, o WeMotion. O que é o WeMotion? O programa WeMotion surge para promover competências sociais, motoras e comportamentais, nas nossas crianças e jovens com ou sem necessidades educativas especiais. Como exemplo destacamos as crianças inseguras, com baixa autoestima e fraca aptência pelos desportos colectivos. A equipa reúne profissionais das áreas da psicologia clínica e educacional, psicomotricidade, expressão dramática e desporto.
Assim, acreditamos em todas estas condições para responder de forma eficaz e global aos problemas de cada criança, dos jovens e de cada família. Equipa WeClinic Clínica Médica e do Desenvolvimento http://weclinic.com.pt/
“Como exemplo destacamos as crianças inseguras, com baixa autoestima e fraca aptência pelos desportos colectivos. A equipa reúne profissionais das áreas da psicologia clínica e educacional, psicomotricidade, expressão dramática e desporto.”
AGENDA FAMÍLIA 38 | NP | AGENDA
Para os filhos e pais do Parque das Nações: Ciência; histórias; cozinha e aventura... aqui mesmo ao lado ATL de Natal do Pavilhão do Conhecimento
Nestas férias de Natal temos uma solução para ti! Reunimos os elementos necessários para que passes uma semana bem divertida: temos coisas viscosas e pegajosas, algumas que até se podem comer, um chá convencido que é pantone e biscoitos cheios de químicos (porque não os sabemos fazer de outra forma). E ainda te damos as bases para resolveres um mistério natalício. Que tal reages a esta ideia? Junta-te ao grupo e verás que não vai faltar química entre nós. Datas: 19 a 23 de Dezembro | 26 a 30 de Dezembro | 2 de Janeiro Horário: das 09.00 às 18.00 (as crianças são recebidas a partir das 08.30) Idades: 6-11 anos Preços: 1 dia – 40€ (35€ sócios) 5 dias – 160€ (140€ sócios) ACTIVIDADES NO LABORATÓRIO Plâncton sob investigação 12h00 | Laboratório (Piso 1) Que misteriosos organismos marinhos derivam ao sabor da corrente nos nossos oceanos? Venha observar em família plantas e animais mais pequenos do que uma cabeça de alfinete e descobrir os seus estranhos hábitos de vida. M/6. O que é uma maré negra? Que efeitos poderá ter no ambiente e, em particular, sobre os seres vivos marinhos? Venha simular em família um acidente com um navio petroleiro, analisar as suas consequências, e testar diferentes métodos de remoção do petróleo da água. M/6. ACTIVIDADES A COZINHA É UM LABORATÓRIO Esparguete de agar Sessões às 12h00 e 17h30| Cozinha - Átrio (Piso 1) O que têm de comum um pudim, um leite achocolatado e o ketchup lá de casa? Venha descobrir e divertir-se a fabricar esparguete de diferentes cores e sabores com a ajuda de um ingrediente muito especial. M/4. Caviar de frutas 15h30| Cozinha - Átrio (Piso 1) Se pensa que o caviar é uma iguaria de luxo, desengane-se. Venha aprender a fazer em família saborosos caviares de fruta com um “cheirinho” a maresia. M/4.
Agenda de Janeiro
Descrição: Todos os meses a Cabeçudos passa a ter na sua agenda esta oficina de filosofia e criatividade, que se pretende seja uma actividade de continuidade. Filosofar pode ser divertido e é uma das ferramentas por excelência para treinar a mente. É isto o que pais e crianças podem descobrir juntos nesta oficina que combina a filosofia para crianças com técnicas de criatividade, de forma a permitir tirar partido desse questionar sobre o mundo que começa com a idade dos “porquês”. Dinamizador: Joana Sousa
Conta-me histórias… A Menina que Gostava do Fim das Festas Data: 8 de Janeiro Hora: 11 h Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto
Conta-me histórias… Para Fazer o Retrato de um Pássaro Data: 15 Janeiro Hora: 11 h Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto
Descrição: Esta é a história da Rita, que aparecia nas festas mesmo no fim. Era no silêncio que gostava de inventar jogos com amigos imaginários. Na sua 50ª festa, algo acontece que faz a Rita mudar de ideias... (Este livro é da autoria de Leonor Tenreiro, a dinamizadora deste Conta-me histórias...) Dinamizador: Leonor Tenreiro
Descrição: Poeta e argumentista francês, Jacques Prévert é autor do livro de grande sucesso:“Paroles”. Mordicai Gerstein é ilustrador e escritor de livros infantis e realizador de cinema. Ambos se cruzam neste livro feliz e criativo, cheio de cor e sabedoria, tendo como temas de fundo: a liberdade e a natureza, a arte e a criatividade, o desapego e o amor no sentido lato que a nossa existência nos permite dada a contínua transformação do que nos rodeia. Dinamizador: Elsa Serra
Descrição: Livro maravilhosamente ilustrado e cheio de surpresas, A Surpresa de Handa é um exemplo de partilha. Passando por vários animais e frutos, as crianças vão aprender como a recompensa vem sempre depois da partilha, até surpreendentemente! Este livro é recomendado no programa de Português do 2º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula - Grau de Dificuldade II. Dinamizador: Ana Alpande
Conta-me histórias… A Bela Adormecida - Livro Pop-up Data: 22 Janeiro Hora: 11 h
R. Comandante Cousteau, lote 4.04.01, Loja A · 1990-303 Lisboa T: +351 218 005 184 E: info@cabecudos.com - www.cabecudos.com
Preço das actividades: 3€. Gratuitas na compra do bilhete para as exposições do Pavilhão do Conhecimento. Participação limitada. Por favor requisite a sua senha na bilheteira. www.pavconhecimento.pt
LIVRARIA CABEÇUDOS
Oficina de Filosofia e Criatividade – A Aleg(o)ria da Caverna Data: 14 de Janeiro Hora: 11 h Duração: 1 h Idade: maiores de 5 anos Preço: 5€ por pessoa
Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: Conto tradicional que todos nós conhecemos, A Bela Adormecida, agora numa versão nova baseada no conto tradicional Dornröschen dos irmãos Grimm, salta-nos das páginas e vem ser contada de forma diferente. A emoção à flor da pele é garantida com esta versão em livro pop-up e imagens em tons de sépia. Dinamizador: Bruno Batista Conta-me histórias… A Surpresa de Handa Data: 29 de Janeiro Hora: 11 h Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto
CASINO LISBOA
AGENDA | NP | 39
Os The Gift passam o Ano no Casino Lisboa com o seu novo álbum “Explode”
A Passagem de Ano no Casino Lisboa volta a ser assinalada com um programa múltiplo de excepção, com o relevo para os The Gift , que serão os
depois da meia-noite, estará em primeiro plano o novo álbum “Explode”. Com os seus contagiantes temas, Sónia Tavares é a voz e a intérprete de excelência que garante, com o seu grupo, um genuíno ambiente de festa nas primeiras horas de 2012. Recorde-se que “Explode” constitui o início de uma nova fase dos The Gift. O álbum foi prepara-
Casino Lisboa oferece em Dia de Natal concerto com Aurea no Arena Lounge
Num concerto muito especial, Aurea actua, precisamente, a 25 de Dezembro no Casino Lisboa,
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Por imperativo legal, o acesso aos espaços do Casino Lisboa é reservado a maiores de 18 anos.
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Uma noite a não perder no Arena Lounge do Casino Lisboa, com festa até de madrugada. E de borla…
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Num concerto muito especial, os The Gift convidam, ainda, o público a reviver outros êxitos de álbuns anteriores como, por exemplo, “Music”, “Driving You Slow” ou “Fácil de Entender”.
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Mas há mais: antes da actuação dos The Gift, o Casino Lisboa oferece um programa diversificado, onde cabe uma banda de singular e expressiva musicalidade, os Voodoo Marmalade, estando, ainda, assegurada uma actuação de Francisco Menezes num formato de stand-up comedy , no qual se revela sempre um artista exímio e de humor irreprimível. Depois, madrugada fora, será a vez do DJ Rui Murka, com credenciais bem conhecidas. Quanto aos The Gift, que sobem ao palco pouco
É esta a proposta do Casino Lisboa para o Dia de Natal – uma verdadeira prenda para os seus frequentadores - e com a garantia antecipada de casa cheia, perante uma artista que surpreende pela sua versatilidade e domínio vocal.
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do em Madrid e produzido por Ken Nelson, que já trabalhou com nomes bem conhecidos, como são os casos de Gomez, Badly Drawn Boy, Kings of Convenience, Feeder e Coldplay.
Aurea, aos 23 anos, é uma revelação com o selo de invulgar caso de sucesso. Não é de estranhar, por isso, que tenha “tomado de assalto” as ondas hertzianas nacionais com o single de estreia “Busy (For Me)”. As influências desta alentejana de Santiago do Cacém, que residiu muitos anos no Algarve, vão de Aretha Franklin a Joss Stone, passando por John Mayer e Amy Winehouse, e estendendo-se a James Morrison e Zero7.
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grandes protagonistas desta noite tão especial. Após terem actuado no concerto de Fim de Ano 2007-2008, Sónia Tavares está de volta ao Arena Lounge para outra actuação decerto memorável.
que oferece, assim, um verdadeiro presente de Natal aos seus visitantes. Pelas 22 e 30, a cantora sobe ao palco central do Arena Lounge para partilhar com o público os seus melhores êxitos. A entrada é livre.
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FACES
40 | NP | PERFIL
PESSOAS DO PARQUE Por: Paulo Dias Agudo Acredito que sou jornalista desde criança. Cresci no meio, habituei-me desde muito novo a esta vida. É verdade que tive um grande professor. Lembro-me, como se fosse ontem, de pedir ao meu pai para levar-me com ele para a “tevisão”. Na RTP, no Lumiar, ainda acompanhei a magia da montagem de reportagens em filme. Mais tarde, passei tardes mágicas na redacção e nos estúdios da 05 de Outubro. O destino estava traçado e ainda durante o primeiro ano de faculdade comecei a trabalhar. Ao contrário da maioria dos estagiários, aos 18 anos conhecia já a realidade da profissão.
Juntei o útil ao agradável e comecei na editoria de desporto, uma das minhas grandes paixões. Estive na TVI até ao dia 30 de Setembro de 1998. Não esqueço a data porque coincidiu com o encerramento da Exposição Mundial de Lisboa. Confesso que não vi o fogo-de-artifício que marcou o final da Expo98 porque estava a viajar para Itália, já ao serviço da SPORT TV. É precisamente a SPORT TV a “responsável” por estar a escrever estas linhas. A opção da empresa em mudar-se para o Parque das Nações foi decisiva para também eu, uns anos mais tarde, escolher morar nesta margem do Rio Tejo. Mudei sem saber muito bem o que viria encontrar. À partida tinha apenas a certeza que não iria perder
tempo no trânsito. Ir trabalhar a pé era e continua a ser um luxo. O Parque das Nações acabou por ser uma grande surpresa. É uma zona nova, com todos os benefícios que daí advêm, mas ao mesmo tempo parece um bairro com tradição. No café ou na mercearia sabem o que gosto e sobretudo tratam os meus filhos pelo nome. A caminho do trabalho, as pessoas param para conversar. Gosto da segurança que existe aqui. Nas noites de verão gosto de poder dizer ao meu filho para ir buscar a bicicleta que vamos todos comer um gelado à Marina. Pode parecer que não é nada de mais mas hoje em dia são cada vez mais raros os locais onde podemos passear sem grandes problemas de segu-
rança. É difícil escolher um local preferido, o Parque das Nações vale pelo todo. Estamos ao lado do rio, temos uma vista magnífica. Quando chegamos a Lisboa, pela Ponte Vasco da Gama, é com orgulho que dizemos: “Eu moro ali”, enquanto apontamos para o Parque das Nações. A lista é extensa: Oceanário, espaços verdes sempre muito bem cuidados, parques infantis, o Pavilhão Atlântico palco de grandes espectáculos e aí por diante. O problema das escolas parece resolvido pelo que temos uma grande pequena cidade chamada Parque das Nações. É um orgulho e um privilégio morar aqui.
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Encanto Mediterrâneo
PRAZERES | NP | 41
A Cozinha dos Confins Mediterrâneos (Líbano, Grécia...) As especiarias e ervas aromáticas são essenciais.
O conceito gastronómico do Encanto Mediterrâneo é essencialmente baseado na cozinha Mediterrânea oriunda de países como a Grécia ou o Líbano, onde as especiarias e ervas aromáticas são essenciais. Sob a alçada dos seus chefes Jô Abrahão e
Georgios Kokkinos, os pratos apresentados são repletos de sabor e cor que recriam os ambientes acolhedores do Mediterrâneo. Recentemente inaugurado, o Encanto Mediterrâneo é um espaço agradável onde a qualidade é
um ponto essencial, quer seja nos produtos que confecciona, quer na forma de receber quem nos visita. Os nossos deliciosos pratos são confeccionados em formato cozinha aberta para que possa verificar por si mesmo a alta qualidade dos produtos e serviço apresentados. Venha visitar-nos. Estamos situados na Alameda dos Oceanos (próximo do Casino de Lisboa)
“Recentemente inaugurado, o Encanto Mediterrâneo é um espaço agradável onde a qualidade é um ponto essencial, quer seja nos produtos que confecciona, quer na forma de receber quem nos visita.”
Euro 2012 Haja Optimismo 42 | NP | FUTEBOL
Alívio! Portugal derrotou a Bósnia e vai estar na Polónia e na Ucrânia para disputar o Euro 2012. Mas este alívio diz também respeito à exibição conseguida. Num jogo com todas as condições para se tornar perigoso (se os bósnios empatavam na Luz, estávamos fora), a selecção fez uma exibição confiante, ofensiva e, por vezes, brilhante. Em nenhum momento do jogo se chegou a duvidar de que era a melhor equipa que ia seguir em frente. É assim que gosto de ver jogar Portugal: de peito aberto. As memórias do futebol envergonhado do último Mundial estão, para já, felizmente postas de parte. O jogo com a Bósnia trouxe-nos também o melhor Ronaldo. Tantas vezes acusado de não render na selecção aquilo que rende em Madrid, Ronaldo interiorizou finalmente que ser capitão é mais do que ostentar a braçadeira e assumiu a liderança da equipa rumo ao Europeu. Tal como espero ver uma selecção confiante nos palcos ucranianos, espero também que a nossa maior estrela confirme aquilo que a todos parece evidente: que é de longe o melhor
jogador europeu da actualidade. E só por isto já temos razões para algum optimismo. As outras equipas do Euro 2012 são boas, mas nós temos o melhor jogador que, ainda para mais, parece determinado a jogar por Portugal com a mesma qualidade com que joga em Espanha. De todo o modo, não haja dúvidas, o nosso grupo é de facto muito forte. No meu ponto de vista, a Alemanha é a favorita à conquista do Europeu. Tem uma excelente geração de jogadores (sem grandes vedetas), ganhou todos os jogos da fase de qualificação e consegue juntar à habitual eficácia das equipas alemãs, um futebol esteticamente bonito (muito mais veloz e objectivo que o da Espanha). A selecção germânica beneficia também de ter a grande maioria dos seus jogadores a jogar no campeonato alemão (julgo que Özil e Khedira são as únicas excepções). É um factor importante porque possibilita uma maior unidade entre os jogadores, que se conhecem melhor e têm mais facilidade em funcionar como equipa. Por tudo isto, estou convencido de que a
mannschaft será mesmo o nosso maior rival. A Holanda é habitualmente um bom adversário para Portugal. Eliminámos os holandeses na qualificação para o Mundial 2002, nas meias-finais do Euro 2004 e nos oitavos do Mundial 2006. É certo que esta Holanda é muito forte e não foi à toa que chegou à final do último Mundial, mas estou convencido de que, jogador por jogador, Portugal não lhes fica atrás e pode aproveitar a menor qualidade dos seus defesas. Depois, há ainda a tendência para os próprios jogadores holandeses se desentenderem dentro da selecção. As disputas internas têm acompanhado desde sempre as participações holandesas em grandes competições e, para este Europeu, já há quem diga que Sneijder não passa a bola a Van Persie. Não terá sido um problema muito prejudicial na fase de qualificação (onde a Holanda esteve quase perfeita), mas, na hora da verdade, talvez se revele um detalhe decisivo. Por fim, temos a Dinamarca. Ficaram à nossa frente na fase de qualificação, mas em condições normais
“Ronaldo interiorizou finalmente que ser capitão é mais do que ostentar a braçadeira e assumiu a liderança da equipa rumo ao Europeu" somos muito superiores. Se há coisa que podemos aprender com os dinamarqueses é a acabar com o complexo de inferioridade. A Dinamarca é um país mais pequeno que Portugal e já ganhou um Europeu para o qual nem se qualificou! Ora aqui está o exemplo de uma selecção de peito aberto. Em suma, os adversários são difíceis, mas Portugal também é uma selecção temida. O facto de nos calhar um grupo muito complicado obrigará a equipa a encarar os jogos com maior concentração e atitude competitiva. Todos estarão cientes de que não haverá lugar a facilitismos. Saibam os nossos jogadores mostrar-se à altura. Bernardo Mata
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