Edição 63

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Distribuição gratuita 10.000 EXEMPLARES

ANO XI - NR.63 - B IME STRAL - FE VERE IRO12 - DIRE CTOR: MIG UE L FER RO ME NE SE S

Pode ser que algum dos nossos leitores possa ficar interessado na ideia e a implemente. Falta uma boa padaria, que seja uma mistura entre a boulangerie francesa e a clássica leitaria portuguesa. Estou ansiosa que a “Padaria Portuguesa” cumpra o seu objectivo de ter uma padaria em cada bairro de Lisboa e chegue rapidamente ao Parque das Nações.

“É um caso extraordinário de sucesso com centenas de milhares de visualizações. Já foi para o Brasil, Inglaterra, Espanha, enfim, está a viajar na net porque é uma história relevante, em qualquer lado do mundo. No Brasil já não interessa se é o Benfica - Sporting. As pessoas agarram-se ao que está por trás.”

MOBILIDADE SUAVE

MULHERES DO PARQUE

CONVERSA COM

pág. 28

pág. 32 e 33

BRUNO CONTENTE GOMES

CATARINA FIGUEIRA

NUNO JERÓNIMO

págs. 21, 22 e 23

www.noticiasdoparque.com

“Comecei há cerca de 1 ano a utilizar a bicicleta como meio de transporte diário para o trabalho. Pode ser também consequência da crise (ou não só...), mas cada dia que passa vejo mais residentes do Parque a utilizar a bicicleta em termos que vão claramente para além dos habituais passeios de fim-de-semana.”

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Desde 2000

Amor à Primeira Vista

Chegámos no dia 14 de Fevereiro, de 2000. Uma família simples e com a paixão pelo melhor que a terra pode dar. Sabemos que ao tratar bem a terra, a terra cuidará bem de nós. Da nossa dedicação, colhemos carinho e amizade. Obrigado a todos. Foi, é e será, sempre, como um amor à primeira vista.

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CRIATIVIDADE Uma das coisas de que me lembro quando vejo o Nuno Jerónimo (entrevistado central desta edição), são os filmes que fazia quando éramos miúdos. Desde cedo que era evidente a sua veia criativa. Escrevia histórias, episódios, realizava, dirigia-nos a nós, como actores. Editava, criava efeitos especiais, com polvos extra-terrestres a dominarem os prédios da Portela e outras maluquices do género. Ainda hoje me lembro do cheiro da rolha de cortiça a queimar, no bico do fogão, para fazer o bigode da minha personagem. É curioso como o Nuno, no final da entrevista, diz que apesar de todo o reconhecimento alcançado no meio, cada novo trabalho, cada missão é encarada como se fosse a primeira. Não há cá facilitismos. Nada é garantido. Mesmo sendo dotado e reconhecido no meio agarra-se e trabalha como se fosse uma primeira vez. O que tem dois significados importan-

tes. Darmos sempre o nosso melhor e olharmos para as coisas como uma primeira vez. Um princípio que serve para muitas das mais importantes premissas da vida. Tentar olhar para as coisas como se fosse uma primeira vez. Seja no que fazemos, seja à nossa volta, seja para os nossos filhos, para a nossa mulher, para uma ideia que nos acompanha, desde sempre. Quantas vezes olhamos sem ver? Quantas vezes repetimos uma ideia, só porque ela bate dentro de nós, simplesmente por bater, como um coração que já só bate, apenas, por bater. Sair de vez em quando da escada rolante e irmos pelos nossos pés. Pararmos. Sentarmo-nos num degrau a Ver “a coisa” passar. Percebê-la. Inspiração e criatividade vão ser duas armas fundamentais para toda esta mudança que estamos a viver. Criatividade, criar algo de novo só pode ser possível se despirmos a realidade ou aquilo que julgamos “Ser”. E quando isso acontece somos

inspirados por algo diferente. Algo novo. Sempre fui um pouco antiquado em relação a algumas coisas. Andava com um pager quando a maioria andava com telemóvel. Escrevi cartas, todos os dias, durante 5 meses, numa altura em que já existiam e-mails. Não gosto de telefones, iphones, a tocarem durante uma refeição entre família ou amigos. Gosto de ficar a dormir numa praia sem rede. Acho o facebook fascinante, apesar de não conseguir estar dentro dele. Prefiro o mundo real. Mas estou sempre aberto ao “novo”. O que faço é olhar para ele e tentar perceber até onde a tal escada rolante nos vai levar. Não ir... por ir, porque estão todos a entrar nela. E isso aplica-se ao passado, também. Ao que fui construindo dentro de mim. Tentar preservar bem os valores que a minha bisavó, os meus avós, os meus pais me vão passando. Tentar passá-los com o máxi-

temos surpresas para si!

venha celebrar o nosso

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aniversário anivers ário

EDITORIAL | NP | 3

noticiasparque@netcabo.pt mo da honestidade com que me foram passados. Entornar o mínimo possível nessa transição. Na erosão do tempo. De forma a ter que chegue para os meus filhos e eles para os seus. Não porque me foram simplesmente passados, mas porque acredito, realmente, em grande parte neles. Porque me inspiram a querer ser melhor, todos os dias. Porque são o motor da paixão que tenho por Ser. Sim, já sei, sou um sonhador. E sim, vivemos num mundo cada vez mais cínico. Mas porque é muito mais fácil sermos cínicos do que sermos sonhadores. Dá muito mais trabalho. Mas é a única maneira em que eu me vejo andar por aqui! Em fazer isto. Em Ser. Representar bem esta dádiva que recebi há 36 anos atrás. Se é para Ser é para Ser a sério. Como deve ser. Com verdade. Com paixão. Querer ter mais. Querer ser mais. E por isso é que os sonhadores são precisos no mundo. Apesar de não conseguirmos mudar o mundo inteiro, podemos ter a ambição de querer tocar no mundo que nos rodeia, como diz o Nuno no final da entrevista. Quem sabe se não foi, também, aquela rolha de cortiça que alimentou uma das minhas maiores paixões? Miguel F. Meneses

FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Alexandra Pássaro; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Baltazar; Paulo Franco, Rita de Carvalho. Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919


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MAIS… PARQUE DAS NAÇÕES

INFORMAÇÃO À COMUNIDADE PARQUE DAS NAÇÕES SERVIÇOS DE GESTÃO URBANA

A Parque EXPO 98, S.A. (Parque EXPO) é a entidade de capitais exclusivamente públicos a quem o Estado Português confiou as atribuições e competências necessárias para promover a realização da Exposição Mundial de Lisboa de 1998 e a conceção e execução do projeto de reconversão urbanística da Zona de Intervenção da EXPO’98 (ZI) definida pelo Decreto-Lei n.º 87/93, de 23 de março. Em setembro de 1998, foi celebrado um Protocolo entre a Parque EXPO e os Municípios de Lisboa e de Loures relativo ao desenvolvimento em conjunto de um modelo jurídico, institucional e financeiro da gestão urbana do Parque das Nações, prevendo a criação de uma entidade juridicamente autónoma para assegurar esta atividade. Em 23.05.2001 foi publicado o Decreto-Lei n.º 165/2001, que aprovou a constituição de uma empresa tripartida entre os Municípios de Lisboa e Loures e a Parque EXPO, detendo cada acionista igual participação no capital social, que não chegou, contudo, a concretizar-se. Não obstante e, apesar de terminado o período da Exposição Mundial de Lisboa de 1998, a Parque EXPO tem vindo a assegurar, de facto, a gestão urbana integrada do Parque das Nações. Neste quadro, em 2008, foi constituída a Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. (PE-GU), empresa detida integralmente pela Parque EXPO, para assegurar a gestão urbana do território do Parque das Nações e, simultaneamente, para facilitar e mobilizar os

Municípios na participação no capital da sociedade e, consequentemente, o seu envolvimento na gestão. Esta sociedade, criada especificamente numa lógica de autonomização funcional, tem, assim, a seu cargo a responsabilidade de gestão urbana do Parque das Nações, tendo recebido da Parque EXPO os meios técnicos e humanos necessários para assegurar essa atividade bem como a posição contratual nos contratos de prestação de serviços celebrados com as diversas empresas especializadas nesse domínio. Esta entidade concentra as responsabilidades anteriormente assumidas pela Parque EXPO, otimizando as evidentes relações de complementaridade entre os aspetos urbanísticos e as atividades de gestão urbana. Em Agosto de 2011, a Exmª. Senhora Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território anunciou a intenção do Governo de extinguir a Parque EXPO e, concomitantemente, a Parque EXPO Gestão Urbana do Parque das Nações. A esta decisão não é certamente alheia, entre outros aspetos, a atual conjuntura económica e financeira que o país atravessa, com significativas restrições e condicionantes de liquidez e de acesso ao crédito. No caso concreto da Parque EXPO Gestão Urbana, a situação é particularmente mais grave uma vez que toda a sua atividade operacional e de exploração encerra um substancial desequilíbrio financeiro, decorrente do facto, que é do conhecimento público, das receitas inerentes à gestão urbana do território serem, na sua larga maioria, recebidas diretamente pelas Câmaras Municipais. De facto, os Municípios beneficiam das taxas e impostos relativos à

propriedade e transações imobiliárias, nomeadamente IMI, IMT, licenças de construção e de utilização e TRIU, entre outros, restando à Parque EXPO Gestão Urbana uma parcela de receitas residual, designadamente algumas resultantes da ocupação do espaço público. Perante este cenário, e dando cumprimento às orientações do Governo português, a Parque EXPO Gestão Urbana S.A. tem vindo a desenvolver contactos com as autarquias de Lisboa e de Loures, no sentido de, previsivelmente, ainda no decorrer do primeiro semestre de 2012, estas entidades, tal como lhes compete, assumirem a gestão do Parque das Nações. Está, assim, em curso o desenvolvimento conjunto e implementação de um plano de ação que assegure a transição da globalidade das atividades de gestão urbana e a sua continuidade dentro de padrões de qualidade idênticos aos atuais. O Parque das Nações veio contribuir para estabelecer um novo paradigma de qualidade e valorização do espaço urbano, reflexo de uma nova cultura de exigência e de ambição. A Parque EXPO Gestão Urbana tem sido elemento fundamental e determinante na construção desta realidade tendo sempre procurado garantir um nível de qualidade do espaço público e das infraestruturas compatível com as expectativas dos visitantes, dos moradores e dos trabalhadores. Também agora, no momento associado ao encerramento da sua atividade e ao assumir das legítimas competências territoriais pelos municípios, a Parque EXPO Gestão Urbana reitera o seu compromisso de, dentro das suas capacidades e das condicionantes que lhe são inerentes, em

“A Parque EXPO Gestão Urbana gostaria, desde já, de agradecer a todos aqueles que, no decorrer dos últimos anos, em nós depositaram confiança e nos estimularam a fazer cada dia melhor. “ colaboração com os municípios, procurar assegurar a transição harmoniosa da gestão integrada do espaço público e das infraestruturas técnicas do Parque das Nações. A Parque EXPO Gestão Urbana está também plenamente con-

victa de que os municípios de Lisboa e de Loures, no futuro, saberão preservar a forte identidade deste espaço, que encerra uma carga sociocultural com um significado invulgar, tendo sempre presente um público exigente no que respeita à qualidade urbana,

à modernidade, ao conforto e ao ambiente. A Parque EXPO Gestão Urbana gostaria, desde já, de agradecer a todos aqueles que, no decorrer dos últimos anos, em nós depositaram confiança e nos estimularam a fazer cada dia melhor.

OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO – RUA FOGO DE SANTELMO A Parque EXPO - Gestão Urbana do Parque das Nações concluiu as obras de requalificação do espaço público que compreende a rua Fogo de Santelmo e o passeio norte da

Rua Pedro e Inês, incluindo o parque de estacionamento adjacente. Com esta intervenção pretendeu-se, entre outros aspetos, beneficiar a acessibilidade a

alguns edifícios e equipamentos, reabilitar pavimentos e criar uma estrutura verde de enquadramento a zonas de estacionamento de veículos ligeiros e pesados de turismo.


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O MEU ECO-SISTEMA NO PARQUE DAS NAÇÕES A Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações associouse ao projeto de cidadania participativa promovido pelo GEOTA - O Meu Eco-Sistema - a par de cerca de 50 autarquias e entidades ligadas ao ambiente e qualidade do espaço público. Este projeto pretende envolver, mobilizar e sensibilizar todos os cidadãos para a importância de participar na construção de um ambiente sustentável, através de um relacionamento com as entidades que asseguram a gestão do território. O Meu EcoSistema promove sobretudo um estilo de vida sustentável e a proteção e conservação da biodiversidade da estrutura ecológica urbana e qualidade do espaço público. Participe em: www.omeueco-sistema.pt

“...promove sobretudo um estilo de vida sustentável e a proteção e conservação da biodiversidade da estrutura ecológica urbana e qualidade do POSTO DE INFORMAÇÃO espaço público...” O Parque das Nações dispôs, desde sempre, de um Posto de Informação localizado na Alameda dos Oceanos, em fren-

te ao Centro Vasco da Gama. Este equipamento prestou um importante serviço no apoio aos utentes do Parque das Nações,

“...Na atual conjuntura, a manutenção do Posto de Informação deixou de ser sustentável...”

tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento deste território e na sua apropriação pelas pessoas. Na atual conjuntura, a manutenção do Posto de Informação deixou de ser sustentável para a

Parque Expo – Gestão Urbana, pelo que foi decidido proceder ao seu encerramento a partir do dia 31 de janeiro de 2012. Os utentes do Parque das Nações encontrarão a informação pretendida através dos meios atualmente disponíveis, nomeadamente a internet e continuarão, certamente, a descobrir as melhores formas de desfrutar o que este território tem para oferecer.

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AMCPN

6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN

Freguesia do Parque das Nações - AMCPN recebida no Parlamento ríamos dar. Além do mais há que ter presente que toda a concepção deste espaço, nomeadamente ao nível de infra-estruturas, teve subjacente que o mesmo iria ser gerido por uma única entidade, no caso, uma autarquia.

No âmbito da Reforma Administrativa de Lisboa, em preparação na Assembleia da República, foi a AMCPN recebida pela Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, no passado dia 7 de Fevereiro, para se pronunciar sobre a proposta de criação da freguesia do Parque das Nações.

Finalmente, importa salientar que, apesar dos avanços alcançados, nada ainda está decidido. Até à existência duma Lei aprovada pela Assembleia da República e outorgada pelo Senhor Presidente da República, que consagre a criação da nossa freguesia com respeito da continuidade geográfica da mesma até à foz do rio Trancão, nada está garantido, pelo que a nossa batalha tem de continuar, diariamente, com a mesma determinação com que o tem sido ao longo destes 12 anos. Temos de nos manter atentos e unidos em torno deste objectivo

A AMCPN reiterou a sua posição de que a freguesia do Parque das Nações, sem exclusão de outros territórios que a Assembleia da República entenda nela incluir, a mesma deverá abranger toda a zona de intervenção da Expo, de Cabo Ruivo à foz do rio Trancão, ou seja, todo o Parque das Nações. De resto, já no dia anterior o CDS/PP apresentara proposta nesse sentido e o PSD, indo de encontro ao que vinha defendendo, declarou ir propor uma alteração ao Projecto de Lei formulado com base na proposta da câmara Municipal de Lisboa, para que a freguesia do Parque das Nações inclua todo este território e não apenas a área pertencente ao concelho de Lisboa. O PS reiterou, também, a posição que já nos havia sido transmitida pelo Grupo Parlamentar, em finais do ano passado, de respeito pela integralidade do Parque das Nações. O PCP, não podendo estar presente, transmitiunos a sua posição de apoio, entendendo que a Câmara de Loures deverá ser compensada pela perda de território. Os restantes partidos não estiveram presentes. Todavia, o BE já anteriormente se tinha manifestado disponível para as iniciativas legislativas necessárias à criação da freguesia do Parque das Nações, com respeito pela sua integridade territorial. A AMCPN aproveitou para sugerir o Pavilhão de Portugal para instalação dos órgãos autárquicos da freguesia do Parque das Nações: Junta e Assembleia de Freguesia. Efectivamente estando a Parque Expo, no âmbito do processo de extinção e liquidação em curso, a promover a venda de alguns dos imóveis integrados na sua esfera patrimonial, nomeadamente o Pavilhão de Portugal, entendemos oportuno e urgente suscitar esta questão, para evitar que a referida empresa assuma algum compromisso de alienação do dito imóvel. É que dos dois imóveis ainda na esfera patrimonial

da Parque Expo que poderão reunir condições para instalação dos órgãos da freguesia, Edifício Nau e Pavilhão de Portugal, este é o mais adequado, não só pela sua localização mais central, como pela área disponível, acessibilidade e dotação de razoável armazém e parqueamento. Na verdade, é nossa convicção que esta solução é, pelas razões apontadas, a que melhor serve os interesses da autarquia, da população e até do erário publico, porquanto evita o dispêndio de verbas na aquisição de um edifício, aproveitando um que já é património público e que, a ser alienado, atenta a grave crise do mercado imobiliário, o será, seguramente, em más condições de preço. De resto, o facto de, nestes doze anos, ainda não ter sido encontrado comprador conveniente, em termos do destino e preço adequados para o referido imóvel, mostra que as perspectivas de, num curto prazo exigido pelo processo de extinção e liquidação da Parque Expo, o mesmo poder surgir. A mesma sugestão foi, igualmente, apresentada ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Na referida reunião sensibilizámos, ainda, os Senhores Deputados para a urgência da criação da nossa freguesia, na medida em que, no âmbito do processo de extinção e liquidação da Parque Expo, a referida empresa deixará de ter condições legais e financeiras para assegurar a gestão urbana a partir do próximo mês de Julho, como, aliás, já foi, entretanto, noticiado na comunicação social. No momento em que se perspectiva a criação, a muito curto prazo, da freguesia do Parque das Nações, reiteramos que esta nossa batalha não é contra o concelho de Loures ou as freguesias de

“Apesar dos avanços alcançados, nada ainda está decidido. Até à existência duma Lei aprovada pela Assembleia da República e outorgada pelo Senhor Presidente da República, que consagre a criação da nossa freguesia com respeito da continuidade geográfica da mesma até à foz do rio Trancão, nada está garantido, pelo que a nossa batalha tem de continuar, diariamente, com a mesma determinação com que o tem sido ao longo destes 12 anos. Temos de nos manter atentos e unidos em torno deste objectivo e, sobretudo, determinados para todas as acções e batalhas que possam ainda vir a mostrar-se necessárias para o alcançar. “ Moscavide ou Sacavém, mas sim na justa defesa dos interesses legítimos dos moradores e comerciantes do Parque das Nações e reafirmamos que gostaríamos que entendessem que enquanto as populações do concelho de Loures, em boa verdade, em nada saem prejudicadas, a divisão artificial deste bairro e da sua comunidade teria repercussões enormes e gravíssimas na vida de todos nós nomeadamente na utilização de equipamentos de saúde, escolares, transportes, acesso a repartições e serviços aqui instalados, para apenas referirmos alguns dos muitos exemplos que pode-

e, sobretudo, determinados para todas as acções e batalhas que possam ainda vir a mostrar-se necessárias para o alcançar. Não temos a menor dúvida de que iremos ganhar esta batalha, mas temos de estar conscientes de que a mesma só termina no dia da promulgação da Lei que consagre esta nossa justa aspiração. Parque das Nações, 10 de Fevereiro de 2012 A AMCPN


PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP | 7

Contactos: Casa do Arboreto Passeio dos Heróis do Mar – Parque do Tejo (Junto ao Parque Infantil do Gil) Email: geral@amcpn.com Tlm: 932 037 474 / 932 037 473 www.amcpn.com www.facebook.com/AMCPN

TERTÚLIA POÉTICA DA MARINA Na Senda da Pessoa de Fernando

que anseia, o prazer de viver numa procura constante. Representando a Tertúlia Poética de Benfica - Ao Encontro de Bocage, dois representantes seus disseram a sua poesia, brindando a assistência com dois poemas de Fernando Pessoa, numa sublime entoação de sentimento e intensidade. Num gesto de amizade e agradecimento, ofereceram à nossa Tertúlia a sua publicação bimestral – O Arauto de Bocage. Lobo Mata e José Francisco brindaram à Poesia numa forma eloquente, enaltecendo o génio do poeta da Mensagem, dizendo dele alguns trechos poéticos de enorme beleza e inquietude. Do seu livro já publicado - Prosas e Poes(i)as, Lobo Mata teceu, ao longo da noite, sonhos de renda prosaica, num espelho de rimas adornadas de mil cores - tal a profusão dos seus poemas que escorreram noite dentro como gotas de água fresca. Outro momento alto foi a participação de Fernando Alvarez, actor amador do Teatro de Odivelas , que declamou um poema de Fernando Pessoa com a paixão de quem a sente no palco da vida. Quando a noite sobrevoou o tardio das horas, um caldo verde fumegante foi servido aos presentes aquecendo o corpo e a alma. Numa partilha de abraços e elogios pelo convívio, os passos seguiram na direcção da rua e as luzes da ribalta entraram na noite. Em Fevereiro (na última sexta-feira do mês), o poema chegará de novo na Senda da Pessoa de Fernando.

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O primeiro serão poético da Tertúlia da Marina – Na Senda da Pessoa de Fernando, uma iniciativa da AMCPN com o apoio da ANMPN, decorreu como previsto na noite do dia 27 de Janeiro último, no restaurante Adamastor - Cozinha Tradicional, situado na Zona Sul, junto à Marina do Parque das Nações. Numa sala simpática e acolhedora, cerca de quarenta amantes da poesia, assistiram a momentos de humor cáustico e de fina sensualidade, a momentos de amor e prece, a momentos de nostalgia, de beleza interior e de mistério, de recantos misteriosos e profundamente ancestrais, de total liberdade libertina e também de silêncios… O serão começou pela apresentação do programa da noite anunciado por José de Figueiredo Costa, o dinamizador da Tertúlia, que salientou a mensagem destas Tertúlias ao longo de todo o ano de 2012. Não é apenas o convívio cultural que se pretende criar e fortalecer. O grande desejo desse alcance é fazer nascer, através da poesia, um autêntico espírito de bairro no Parque das Nações. Disse de sua autoria alguns Poemas das Coisas, evocando, numa provocação contagiante, quer a sensualidade das formas mais comuns da vida, como o gozo cáustico dos seus conteúdos, numa diversão de puro contentamento. Logo a seguir a poesia de Sónia Rodrigues encimada por um belo poema de Fernando Pessoa. A poesia desta poetisa ainda em busca de forma, revelou nalguns poemas, o sereno entardecer da vida, o sofrimento magoado dos amantes separados, a ausência da presença adivinhada, o amor

Pavilhão do Conhecimento Oceanário

DOS 4 MESES AOS 6 ANOS

I N G L Ê S C U R R I C U L A R J U D O B A L L E T E X P R E S S Ã O D R A M Á T I C A P R O T O C O L O C O M O O C E A N Á R I O


Odores vindos da ETAR 8 | NP | LOCAL

Fomos contactados por vários moradores por causa deste assunto. Falámos com a ETAR de Beirolas sobre o porquê da libertação de odores sentidos em abundância, nas últimas semanas. Segue uma nota explicativa, por parte desta entidade que, preocupada, tem dedicado atenção total a esta matéria. A situação já se encontra controlada. “No último mês, foram efetuadas operações profundas de reabilitação nos digestores anaeróbios, urgentes, mas que tiveram como consequência a perturbação daquele processo, com inevitável produção de lamas com maior potencial de libertação de odores. O sistema encontra-se a funcionar de forma normal, pelo que muito em breve as condições processuais serão normalizadas e os episódios de odores deixarão de acontecer. De referir, ainda, que durante o dia 31 e o dia 1 foram efetuadas algumas reparações na tubagem de extração de ar da obra de entrada e em

acessórios da tubagem de doseamento de ácido na desodorização. Durante este período, quer a captação de ar, quer o seu tratamento tiveram que ser interrompidos, por questões de segurança de quem se encontrava a realizar estes trabalhos. Esta é uma situação que nos preocupa e à qual dedicamos a nossa total atenção, no entanto, e como é do conhecimento público, de contactos anteriores, a ETAR não está toda coberta já que quando foi projetada, construída e renovada ainda não havia Parque das Nações e a estas questões não era dada a importância que se dá atual-

Este comunicado chegou ao Notícias do Parque na primeira semana, de Fevereiro. Os odores continuaram por mais uns tempos, mas a situação já parece encontrar-se controlada mente. A SimTejo já reforçou a desodorização e encontra-se a estudar a melhor forma de evitar que episódios destes ocorram, havendo, no entanto, situações de reparações e manutenções que

A sua farmácia não fecha para almoço

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terão sempre que ser efetuadas, bem como algumas dificuldades processuais, que poderão provocar episódios pontuais de libertação de odores.”



Veja os vídeos em www.noticiasdoparque.com

10 | NP | VÍDEOS

Jazz no Parque

Veja o vídeo Laurent Filipe traz Jazz ao PN, em www.noticiasdoparque.com Casa cheia na apresentação de “Canções e Duetos”, de Laurent Filipe. A Zona Óptica, da zona norte, trouxe, uma vez mais, música, festa e caras conhecidas, ao Parque das Nações. O novo trabalho conta com "Canções" em português, francês, inglês e italiano e "Duetos" com vozes como as de Carlos do Carmo, Paulo de Carvalho, António Zambujo ou Paula Castelar, entre muitos outros.

Rotary Clube no PN

Veja o vídeo Rotary www.noticiasdoparque.com

C lu b e

no

P N,

em

António Costa e José Moreno homenageados como profissionais do ano. Hirondino Isaías é o presidente do Rotary Clube Lisboa – Parque das Nações. A cerimónia teve lugar dia 31 de Janeiro onde foi entregue a Carta Constitucional estando presentes cerca de cento e cinquenta pessoas e dezenas de sócios rotários de Clubes, inclusive das Ilhas, António Costa, Almeida Santos, entre outros.

Desfile de Carnaval

Veja o vídeo Desfile www.noticiasdoparque.com

Este ano, o evento decorreu por baixo da pala do Pavilhão de Portugal. O Desfile de Carnaval, organizado pela 40.ª Esquadra, conseguiu reunir grande parte das escolas públicas e privadas, do Parque das Nações.Contou com o apoio da Parque Expo; Oceanário; Atlântico; Junta de Freguesia de Moscavide e Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais; Pomar da Rosa; Bilhares Carrinho; Florista Ultiflor; Clube House; Bombeiros de Cabo Ruivo e com a Escola Profissional Agostinho Roseta, responsável

de

pela animação do evento. O primeiro prémio foi atribuído à Escola Vasco da Gama, o segun-

Carnaval

em

do à escola Parque das Nações (Zona Sul) e o terceiro ao Externato João XXIII.


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12 | NP | REPORTAGEM

Oceanário de Lisboa Antes do Sol Nascer

Por: Bernardo Mata

Às 8 da manhã ainda não se vêem crianças a correr entusiasmadas por todo o lado, mas já se trabalha intensamente no Oceanário de Lisboa. A deadline são as 10 horas, altura em que tudo tem de estar preparado para receber os primeiros visitantes do dia. Por esta altura, os corredores são ocupados por aquaristas que se dedicam a trabalhos de manutenção de aquários e animais. O sistema sonoro ainda não está a passar os sons atmosféricos das ondas e do fundo do mar que costumam acompanhar as visitas do público, mas sim uma música mais ao gosto daqueles que, de manhã cedo, põem o Oceanário a funcionar. A Cuidar dos Animais Na ala dos anfíbios encontramos Vítor Dionísio, responsável por um espaço que se tem assumido como um dos favoritos do público, desde a sua inauguração em 2010. O exotismo, as cores garridas, mas também a capacidade de repugnar os visi-

tantes mais sensíveis têm contribuído para a atracção que os anfíbios exercem no público do Oceanário. Nada que impressione Vítor Dionísio, habituado que está a lidar diariamente com estes animais. À sua responsabilidade estão 20 espécies de anfíbios, originárias de diferentes zonas do mundo e cada uma com as respectivas exigências e necessidades. A primeira tarefa do dia passa por verificar se os níveis de temperatura e humidade de cada habitat estão de acordo com os valores apropriados. Vítor Dionísio verifica a informação num painel, regista os resultados e confirma que não existe nenhuma anomalia. Depois, segue-se uma revisão ao sistema de tratamento de águas de cada aquaterráreo que recolhe, filtra e devolve a água, geralmente na forma de uma cascata ou de uma nascente, contribuindo para a beleza do cenário onde vivem os anfíbios. Trata-se de um bom exemplo de arte e criatividade ao serviço da engenharia.

O momento alto da manhã está, no entanto, reservado para a alimentação dos animais: nada como colocar alguns vermes no aquaterráreo para que todos os seus habitantes se ponham a descoberto, preparadíssimos para se banquetearem. O repasto é constituído por vermes de farinha, cultivados propositadamente para servirem de refeição aos sapos, rãs e salamandras que ocupam esta secção do Oceanário. Como refere Vítor Dionísio, são minhocas fáceis de cultivar e muito nutritivas, acrescentando ainda que devem ser servidas ainda vivas, já que muitos destes animais só se lançam ao alimento depois de o verem mexer. Uma das grandes preocupações deste aquarista prende-se com a preservação dos outros seres vivos que habitam nestes aquaterráreos: as plantas. Por serem extraordinariamente sensíveis a condições de temperatura e luminosidade, a manutenção das plantas exige cuidados extremos, porventura mais até que os próprios anfíbios.

Veja o vídeo “BBastidores do Oceanário” em noticiasdoparque.com Sendo animais de hábitos nocturnos, os anfíbios encontram-se muito mais activos durante a noite do que no horário de exposição, onde se encontram muitas vezes a dormir, recatados e escondidos. Por essa razão, é habitual que sejam alimentados também durante o dia, já que é quando comem que se tornam mais visíveis ao público. De qualquer forma, o comportamento dos anfíbios em cativeiro é ainda pouco conhecido, o que faz com que esta exposição esteja a servir igualmente para aprofundar os estudos relativos a estes curiosos animais.


REPORTAGEM | NP | 13

Controlo da Água e dos Habitats Numa outra zona inacessível ao público estão já a ter lugar as primeiras análises de controlo à qualidade da água. Num laboratório com uma vista lindíssima para o Tejo, três jovens biólogas concentram-se na análise a dezenas de amostras, retiradas já essa manhã dos muitos aquários do Oceanário. Serão feitos, entre outros, testes de acidez e de alcalinidade, de modo a garantir que a qualidade da água cumpre os requisitos apropriados aos animais que nela circulam. Todos os dias são feitas

mais de 200 análises deste tipo no Oceanário de Lisboa. As portas já estão quase a abrir ao público, mas passando nos corredores, o cenário é bastante curioso: além da fauna que os habita, os aquários estão agora também ocupados por aquaristas que mergulham nos tanques para garantirem a manutenção de pontos específicos dos habitats e a remoção de algas que se vão desenvolvendo naturalmente. Nestes mergulhos, preocupam-se também com a limpeza do acrílico dos tanques. É ver-

ANÁLISES CLÍNICAS Nova Dependência Parque das Nações

Alameda dos Oceanos, Lote 1.07.01 Loja U - Edifício Mar Oriente Tel./Fax: 218 936 119 (Entrada pela Rua do Polo Norte junto ao Campus da Justiça) Horário de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira: 8h00 às 13h00 / 15h00 às 18h00 Horário de Colheitas : 8h00 às 11h00

dade que existe uma sensação de grande proximidade entre o público e os animais, mas estas superfícies chegam a ter, nas janelas do aquário central, uma espessura de 27 centímetros. Quando as portas finalmente se abrem, já não há sinais dos trabalhos de manutenção realizados minutos antes. Mas não se pense que o trabalho no Oceanário se esgota com o início das visitas. Pelo contrário, ainda mal começou. Ao longo do dia continuam-se a analisar as amostras recolhidas durante a manhã, registam-se os resultados, prepa-

ra-se a alimentação dos animais e, claro, agendamse tarefas para o dia seguinte. Note-se, por isso, que este relato representa apenas a ponta do iceberg das imensas e fascinantes tarefas que contribuem para a manutenção diária daquele que é um dos maiores aquários da Europa. Tendo isso em atenção, o Oceanário de Lisboa inclui já entre a sua oferta visitas guiadas aos bastidores, que permitem ao público entrar nas rotinas de um grande aquário e conhecer o dia-adia de um aquarista.


14 | NP | OPINIÃO

José Moreno, Profissional do Ano Rotário 2010/2011 do Rotary Clube de Lisboa – Parque das Nações – Vale de Açor e Montenovo das Hortas.

Ao longo do ano de 2011, um grupo de 28 pessoas, impulsionado pelo Drs. Hirondino Isaías, António Felgueiras e José Moreno, desenvolveu esforços e ações tendentes à constituição do Rotary Clube de Lisboa - Parque das Nações, o que ocorreu em tempo recorde no dia 15 de Dezembro desse ano, tendo sido outorgada a carta constitucional do Clube, presidido pelo Dr. Hirondino Isaías, pelo Governador do Distrito Rotário 1960, Dr. José Coelho, em cerimónia muito concorrida, realizada em 31 de Janeiro. Nessa ocasião, para além de várias homenagens a ilustres convidados, foram entregues diplomas de “Profissional do Ano Rotário” ao Dr. José Moreno, presidente da Associação dos Moradores e Comerciantes do Parque das Nações (relativo ao ano rotário Julho 2010/Junho 2011) e ao Dr. António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (período Julho 2011/Junho 2012). Coube a mim, responsável pelos Serviços Profissionais daquele Rotary Clube, fazer a apresentação e a justificação da atribuição daquele diploma ao Dr. José Moreno, tendo afirmado: “O Dr. José Manuel Rodrigues Moreno consegue fazer ouvir a sua voz, na defesa das suas ideias e do bem público, nas várias instâncias do poder político e autárquico, lutando com uma persistência, por vezes eivada de alguma teimosia, pelos seus ideais, arvorando bem alto as bandeiras dos valores da ética, da solidariedade e da abnegação, sacrificando a sua pessoa, a sua Família e a sua vida empresarial em prol do bem estar da Comunidade residente no Parque das Nações, servindo-a com mérito e desinteressadamente, não buscando, para si, nenhum benefício nem vantagem. É um “fazedor” de obra, pautando a sua conduta pela honestidade e pelo rigor e constituindo para cada um de nós um exemplo a seguir e uma referência a reter”. O homenageado nasceu em 1947, no dia de “Camões, Portugal e da Raça”, numa altura em que esta última palavra ainda não tinha sido substituída por “Comunidades”, na freguesia de Alçaria Ruiva, concelho de Mértola, em pleno Alentejo, tendo frequentado o ensino primário nas freguesias vizinhas

Na verdura dos seus 9 anos desenraizou-se, como acontecia (e continua a acontecer) a muitos dos que nasciam em terras do interior menos favorecidas e migrou para Lisboa, sendo acolhido em seio familiar. Nesta cidade, cresceu, trabalhou, estudou e fez a sua vida. Primeiro, em loja de comércio local (drogaria), para logo que pôde trocar os ares acres e pouco ecológicos da drogaria pelo ambiente alcatifado dos hotéis de luxo como o Embaixador e o Diplomático. Inicia, posteriormente, outra fase profissional e entra como aspirante para os Serviços de Estudos e Planeamento dos TLP, em 1966, para, passados dois anos, a sua carreira ser interrompida para assentar praça, como 1º cabo telegrafista no Ralis, tendo sido louvado pelo sentido de responsabilidade, disciplina, dedicação e brio, louvor não frequente, naqueles tempos, fora do teatro de operações de guerra. Regressado à vida civil, volta primeiro à empresa de origem para depois ingressar na Caixa Geral de Depósitos, por concurso público, em 1973, passando também a integrar, em 1979, a Direção dos Serviços Sociais daquela Instituição, desenvolvendo o campismo e o caravanismo e ainda dinamizando a colónia de férias. Nesse mesmo ano, casa-se e, caso incomum, troca de apelido com a sua noiva, acolhendo o apelido “Moreno” de sua mulher e cedendo-lhe o seu apelido “Rodrigues”. Prossegue os estudos, na natural ânsia de melhorar a sua vida profissional, e ingressa no Ensino Universitário, primeiro no ISEG, onde conclui o 3º ano, para depois trocá-lo pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica, onde se licencia em 1994, passando a trabalhar, em horário pós laboral, num escritório de advogados até 1998, ano em que é convidado a entrar na Direção de Auditoria e Inspeção da CGD onde permanece até à sua aposentação, em 2001, após uma longa carreira contributiva. Atualmente, prossegue com a sua vida de pequeno empresário. Concomitantemente com a inauguração da notável realização portuguesa da Expo 98, em Maio, muda-se da Portela para este Espaço, sendo considerado o seu primeiro residente, e tendo como vizinhos do condomínio onde passou a habitar os representantes estrangeiros à Expo. Cedo se apercebeu que teria de haver uma organização que pudesse zelar pela defesa, conservação e valorização do património local, pela melhoria das condições ambientais e de qualidade de vida, para além de participar na gestão de instalação de equipamentos de interesse comum, cultural, desportivo e de lazer. Com estes amplos e ambiciosos objetivos fundou, apenas um ano após a conclusão da Expo 98, em 27/8/1999, a Associação dos Moradores e Comerciantes do Parque das Nações,

“Coube a mim, responsável pelos Serviços Profissionais daquele Rotary Clube, fazer a apresentação e a justificação da atribuição daquele diploma ao Dr. José Moreno...”

sendo o seu atual Presidente. No âmbito da AMCPN desenvolveu uma atividade notabilíssima, tendo sustido, tanto quanto possível, a “invasão do “betão” nos espaços verdes e de lazer; tentou que as volumetrias dos edifícios se mantivessem dentro dos limites aceitáveis e no respeito aos projetos inicialmente aprovados; manteve um diálogo permanente e nem sempre fácil com a empresa Parque Expo, responsável pela gestão do Espaço do PN; lutou para que um dos ex-libris deste – a Torre Vasco da Gama – não fosse destruído; ajudou a impedir que se construíssem duas torres (Dons do Tejo); lutou, conjuntamente com a Associação Náutica da Marinha do PN, presidida pelo Dr. Paulo de Andrade, para que esse custoso equipamento, inoperacional por erro de projeto, fosse recuperado e posto ao serviço do Espaço; lutou, sem êxito, para que o Pavilhão de Macau não fosse deslocalizado do PN; fundou, em colaboração com o Dr.António Felgueiras, a Delegação da Cruz Vermelha no PN, partilhando esta as instalações da AMCPN; lutou para que fossem retiradas ou desativadas antenas gigantescas de um operador de comunicações plantadas à socapa nos passeios; lutou para que os CTT cumprissem a sua missão de distribuir a tempo e horas o correio, numa altura em que os atrasos se cifravam por 3 a 4 semanas; lutou para que se mantivesse uma esquadra da Polícia no PN; procurou que as crianças tivessem oferta suficiente de creches e escolas, não tendo estas que sair do seu local de residência; fundou um clube desportivo, mais tarde integrado na Associação, com várias actividades como o futebol; ginástica; xadrez; curso de informática; judo; coro; dança; teatro e fotografia, não tendo, porém, gorado que fosse disponibilizado um terreno para a ins-

talação de um campo de futebol e desportivo para crianças; tem procurado que se construa no espaço reservado para tal, um centro de saúde; tem dinamizado a realização de eventos anuais, em Maio, comemorativos da abertura da Expo 98 ou, que é o mesmo, da chegada de Vasco da Gama à Índia; com apoio de empresas instaladas no PN, tem prosseguido com concursos de fotografias e com ocupação de tempos de seniores; e dinamiza debates sobre os problemas e anseios da Comunidade aqui residente, convidando políticos e autarcas a visitar o Espaço e a participar nesses colóquios. Mas talvez a mais conhecida das suas ações e da AMCPN seja a prolongada luta para que este Território deixe de estar repartido por três freguesias e por dois concelhos, que se integre numa única freguesia, a criar no concelho de Lisboa, que possibilite que o Espaço seja gerido, como tem acontecido com a Parque Expo, por uma única entidade, mas por órgãos eleitos pelos seus residentes, como prevê a Constituição Portuguesa. Com esse propósito dinamizou a recolha de 3 abaixo-assinados, cada um deles com mais de 5 mil assinaturas, em 2001, 2006 e 2011, dirigidos à Assembleia da República. Felizmente, as últimas notícias apontam que se está próximo de se alcançar este desiderato. Este é o percurso de vida do homem que foi homenageado, como Profissional do Ano Rotário 2010/11, pelo recém-constituído Rotary Clube de Lisboa – Parque das Nações. Parque das Nações, 2012-02-05 Carlos Traguelho

(Escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico)


Assaltos a ResidĂŞncias

SEGURANÇA | NP | 15

A Importância da Prevenção

“Se pretender ausentar-se da sua residĂŞncia por vĂĄrios dias, dĂŞ uma aparĂŞncia de actividade Ă sua residĂŞncia, peça a alguĂŠm que abra regularmente as persianas e cortinados durante o dia e ligue a iluminação interior algumas noites. NĂŁo diga a estranhos que se vai ausentar, informe o seu vizinho, ele ĂŠ a sua segurança mais prĂłxima. A solidariedade entre vizinhos inibe a acção dos marginais. Verifique e feche bem portas e janelas e nĂŁo deixe acumular correspondĂŞncia, peça a alguĂŠm de sua confiança para a recolher.â€?

As questþes relacionadas com a segurança sempre assumiram um aspecto de especial relevo na organização das sociedades. Na concretização deste propósito, existem forças e serviços de segurança, entre as quais a Polícia de Segurança Pública (P.S.P.), que procuram prevenir e reprimir a criminalidade, com o intuito de tornar possível a convivência pacífica entre os cidadãos e em garantir a sua segurança contra os perigos susceptíveis de afectar a paz e tranquilidades públicas, defendendo o efectivo exercício dos direitos, liberdades e garantias de cada cidadão. No âmbito da nossa actuação privilegiamos em primeiro lugar a prevenção, sendo que a repressão só deve ser utilizada como última razão. Desta forma, a melhor maneira de combater o crime Ê preveni-lo. Ou seja, promover a redução das oportunidades que proporcionam a pråtica de determinado delito. Para combater este facto e potencializar a qualidade da prevenção torna-se necessårio envolver a população na adopção de comportamentos que diminuam a pråtica criminal. Com a adopção de medidas baseadas nestes pressupostos pode diminuir-se a incidência de determinados crimes que afectam a sociedade. Sendo que os crimes contra bens patrimoniais, tais como o assalto a residências, são um exemplo disso. Considerando que o assalto a residências alÊm de lesivo ao património das pessoas, representa uma intrusão na sua privacidade, potenciando e gerando o sentimento de insegurança. Para o efeito, para alÊm de manter a porta bem fechada Ê importante possuir portas e janelas sólidas, ter caixilhos bem fixados nas paredes, usar fechaduras de vårias entradas e colocar fechaduras interiores nas janelas de fåcil acesso. Pondere a instalação de alarmes e câmaras de videovigilância bem visíveis. Esteja atento a pessoas estranhas, especialmente se estas se encontram a circular pelas åreas comuns do seu prÊdio e, em caso de dúvida, não abra a porta a pessoas desconhecidas, mesmo sendo o carteiro, o electri-

cista, etc.. Os seus objectos de valor, tais como jóias, dinheiro e objectos de arte devem estar catalogados e guardados em local seguro. Se pretender ausentar-se da sua residência por vårios dias, dê uma aparência de actividade à sua residência, peça a alguÊm que abra regularmente as persianas e cortinados durante o dia e ligue a iluminação interior algumas noites. Não diga a estranhos que se vai ausentar, informe o seu vizinho, ele Ê a sua segurança mais próxima. A solidariedade entre vizinhos inibe a acção dos marginais. Verifique e feche bem portas e janelas e não deixe acumular correspondência, peça a alguÊm de sua confiança para a recolher. Se a sua garagem possui um portão automåtico, ao sair não abandone o local sem verificar que se encontra totalmente fechado, garantindo, desta forma, que não entram pessoas estranhas. Caso a sua residência tenha sido alvo de assalto, recomendamos que tente manter-se calmo, contacte de imediato a polícia da sua årea de residência e aguarde. Evite entrar em casa e mexer em qualquer objecto. Devemos ter presente que o aumento dos esforços exigidos e dos riscos percebidos ao infractor, para a pråtica do acto criminoso, conciliado com a redução dos benefícios que ele espera obter, contribuem para a redução da criminalidade. Pois, para a ocorrência de determinados crimes tem que existir uma convergência de três elementos: um infractor motivado, um alvo apropriado e a ausência de um mecanismo de controlo.

E lembre-se: a segurança começa em cada um de nĂłs. É uma responsabilidade de todos. Armando Fragoso SubcomissĂĄrio 40ÂŞ Esquadra - Parque das Naçþes Rua Ilha dos Amores, lote 57 - B, 1990-271 Tel: 218955810 Fax: 218955811

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16 | NP | PERFIL

FACES

FOTO: Ricardo Esteves Pinto

FOTO: Ricardo Esteves Pinto

PESSOAS DO PARQUE

por: Jorge Bonito Santos

Não nasci em Lisboa. Mas habituei-me a vir a Lisboa desde que nasci. Estudei arquitetura em Lisboa, nas Belas-Artes, no Chiado. Conheço relativamente bem a cidade e vim morar para Lisboa quando me casei. Escolhemos morar no Parque das Nações, estava ainda muita coisa em construção, parecia bonito e dava-nos jeito. Era ao pé da ponte que usávamos todos os dias para sair da cidade e descobrimos, quase por acaso, um prédio muito bem desenhado, com um fantástico apartamento que era mesmo à nossa medida. Tinha um jardim em frente. E tinha rua. Tinha espaço para as pessoas. Um espaço público com desenho e dimensão. Não era só o que sobrava dos edifícios, até tinha sido feito primeiro! Tinha qualidade urbana. Às vezes até parecia grande demais, mas era sempre bom. Foi há onze anos. Agora já mudámos de casa. Mudámos de casa, mas não mudámos de sítio. Quisemos continuar aqui. Crescemos como família aqui no Parque das Nações e vimos o Parque

das Nações crescer, consolidar-se. Mais gente, mais carros, mais coisas, mais urbano, mais cidade. A cidade concretizada! Depois de imaginada... Gosto do Parque das Nações, mas confesso que não gosto de Parque das Nações. Digo muitas vezes a quem me conhece Bairro das Nações. Gosto mais. Gosto mais de pertencer a um bairro, a um pedaço de cidade. Gosto menos de parque, de reserva, de espaço especial e de exceção. Ao Parque das Nações falta ainda qualquer coisa, isto, ser verdadeiramente Lisboa. Ser uma coisa normal. Ser um pedaço de cidade, bom e mau como todos os outros. Quando tenho de ir a outras zonas da cidade, às vezes, ainda digo, por brincadeira, que tenho de ir a Lisboa. Está no bom caminho, mas ainda precisa de mais. Precisa de se consolidar mais, de ter mais gente, mais lojas e ainda mais vida de bairro. Precisa de continuidade, de se abrir, precisa de Marvila, do Poço do Bispo e dos Olivais. Precisa do elétrico à beira rio até

Santa Apolónia e de muitos autocarros a atravessarem-no de norte para sul e de sul para norte. Precisa de estar mais ao pé de tudo, a pé e de bicicleta. Agora, há uns anos, trabalho aqui no bairro. Na Parque EXPO. Vivo aqui. Às vezes não saio daqui durante dias. E é bom! Penso e faço cidades todos os dias. É o meu trabalho. Mas as cidades não se fazem, criam-se condições para que elas se façam. Se construam, aconteçam. E este pedaço de cidade até nem cresceu mal! É um bom exemplo de que toda a gente gosta, cá e lá fora, e toda a gente vem ver como é e como é que se fez, mas não se fez, vai-se fazendo. Todos os dias, nós todos que aqui moramos ou trabalhamos fazemos mais um pouco. Para nós, por nós e para todos. E fiz uma coisa gira, desenhei a escola onde o meu filho estuda. Foi difícil, talvez o projeto mais difícil que fiz por imaginar que ele um dia iria para lá. Está ainda incompleta e é pena. É pena por ser

“E fiz uma coisa gira, desenhei a escola onde o meu filho estuda. Foi difícil, talvez o projeto mais difícil que fiz por imaginar que ele um dia iria para lá. Está ainda incompleta e é pena. É pena por ser uma escola inacabada, mas também por ser uma escola que, por isso mesmo, não pode ainda ser aquilo em que eu acredito - um espaço da comunidade. Que temos todos nós de construir. Para mim, uma escola deverá ser uma referência urbana e cultural. Um equipamento agregador e fundamental para a consolidação das vivências urbanas da população por ela servida.”

uma escola inacabada mas também por ser uma escola que, por isso mesmo, não pode ainda ser aquilo em que eu acredito - um espaço da comunidade. Que temos todos nós de construir. Para mim, uma escola deverá ser uma referência urbana e cultural. Um equipamento agregador e fundamental para a consolidação das vivências urbanas da população por ela servida. Uma escola completa e aberta. Aberta a todos. Onde todos possamos ir ler, estudar, brincar, jogar, fazer desporto, ver cinema, teatro e exposições. Será assim um dia a escola que desenhei para o meu bairro? Estou certo que sim!


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Porque a saúde é o mais importante de geração em geração

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Dr. João Manuel Rocha Diplomado por inst. Portug. de med. tradicional chinesa e univ. de Chengdu

U rb an i za çã o d a P or t e l a. Ro t u n da N u n o Ro dr i gu e s d os S a n to s ; e d. Co n cór di a 2º A ; 21 9 4 4 4 2 01 ; 21 9 4 4 4 1 73 a pa r tir da s 14 : 30

A 1 0 minutos do Parque das Nações, estacionamento fácil.

C a r d i o l o g i a - Dr. Sieuve Afonso Chefe de serviço de cardiologia C l í n i c a G e r a l - Dr. Virgílio Abreu Assistente graduado de clínica geral D e r m a t o l o g i a - Dr. João Pignatelli Assist. hospitalar H.S.Maria. Cirurgia dermatológica. Oncologia cutanea O b e s i d a d e / N u t r i ç ã o - Dr. Rui Lima Nutricionista O r t o p e d i a - Dr. Jorge Horta Chefe de serviço graduado hospital S. José O t o r r i n o l a r i n g o l o g i a - Dr. Rui Fino Assistente hospitalar graduado do IPO P e d i a t r i a - Dr. Pedro Ferro Meneses Assistente hospitalar. Docente c. Faculd. Medic. de Lisboa P s i c o l o g i a C l í n i c a - Dr. Ângelo de Sousa Psicólogo clínico de crianças e adolescentes P s i c o l o g i a C l í n i c a - Dr. Pedro Dias Ferreira Psicoterapeuta cognitivo-comportamental. Assist.do H.S.M P s i c o l o g i a C l í n i c a - Drª Alda Nunes Psicóloga e psicoterapeuta de orientação psicanalítica P s i q u i a t r i a - Drª Magda Cristina Pereira Assist. hospitalar H. Garcia de Orta. Coordenadora da consulta externa Acup unctur a e F i t o t e r a p i a - Dr. João Manuel Rocha Diplomado por inst. Portug. de med. tradicional chinesa e univ. de Chengdu


SUL

18 | NP | OPINIÃO

Azulejos e pedra das fachadas dos prédios

No bonito bairro do Parque das Nações (não me canso de considerar este bairro muito bonito…) como estava a dizer, no nosso bonito bairro, é frequente ver prédios revestidos a azulejos ou a pedra. Também não é difícil obter vestígios dessas pedras que caem das fachadas e, confesso, esse facto deixa-me um pouco apreensiva. Se cai em cima de algum transeunte, a situação ganha contornos de um verdadeiro acidente. Resolvi, por isso, conhecer melhor esta situação e fui obter informações em várias fontes, para ficar com uma ideia mais concreta sobre o assunto. Se não, vejamos: Segundo Paulo Cunha, gestor da loja do Condomínio da Expo (Zona Sul) e do seu gabinete jurídico, “A conservação dos edifícios é uma obrigação legal imposta a todos os proprietários. O artigo 89º da Lei n.º 60/07, de 4 de Setembro (Regime Jurídico da Urbanização e Edificação), refere que os edifícios devem ser objeto de obras de conservação pelo menos uma vez em cada período de oito anos, devendo o proprietário, independentemente desse prazo, realizar todas as obras necessárias à manutenção da sua segurança e arranjo estético”. E acrescenta: “Se esta obrigação legal não for cumprida, a câmara municipal pode, oficiosamente, determinar a execução das obras necessárias à correção das condições em que o edifício se encontre. Sem prejuízo da responsabilidade civil, criminal ou disciplinar que possa advir da violação da referida lei, são ainda aplicadas contraordenações com coima graduada de € 500 até ao máximo de €100 000.” Ainda segundo a mesma fonte, a este dever de conservação dos edifícios incluem-se as obras para evitar a queda de pedras ou azulejos das fachadas. As pedras, ao caírem, colocam em risco pessoas e bens. Ao verificar-se esta situação o condomínio incorre em responsabilidade civil, devendo suportar todos os custos inerentes a esta ocorrência. Fui, também, ouvir a opinião do Presidente da AMCPN – Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, José Moreno, pois, informalmente, já tínhamos falado sobre esta situação alguns meses atrás. “Pessoalmente, já assisti a uma situação de queda de pedras de uma fachada. Felizmente, dessa vez, não houve danos a registar, mas se tivesse atingido alguém, com certeza, seria uma situação grave. Para evitar que isso ocorra, chamo a especial atenção aos gestores dos condomínios, para estarem atentos às fachadas dos seus prédios. É necessário proceder-se a obras de manutenção se o tempo ou a qualidade de construção assim o determinarem ou caso seja detetado algum sinal de risco”. Quisemos também saber a opinião de um engenheiro civil residente no parque das Nações. Diz que a pedra ou azulejo têm uma vida útil bastante superior a um prédio com pintura. Por isso, não existe

uma regra da periodicidade a que esta manutenção deva ser sujeita. Podem até prevalecer muito mais do que os oito anos, sem que seja necessária qualquer intervenção. Mas isso depende da técnica com que foram aplicados os revestimentos, dos materiais de fixação/colagem utilizados, assim como do próprio projeto de Arquitetura. Nas duas primeiras situações, as causas mais frequentes, infelizmente só o construtor saberá. A prática ideal – mas não a prática corrente - será efetuar uma vistoria às fachadas. Mas isso torna-se dispendioso pois implica colocar andaimes e verificar toda a zona abrangida do prédio. A prática mais comum é observar a fachada e verificar: - se existe alguma pedra ou azulejo com uma estrutura anómala; - se existem escorrimentos pelas juntas (ou seja, se as argamassas de colagem das peças de revestimento ou betumação das juntas começam a aparecer à superfície dos revestimentos é porque poderão começar a surgir problemas na adesão das pedras/azulejos); - caso se verifique alguma queda de pedra, deve-se fazer a reparação o mais rápido possível. Essa reparação pode ser efetuada através de colagem – é mais comum e pode aplicar-se em azulejos e em pedra. A outra possibilidade, (só na pedra), é através da inclusão de um parafuso. Esta solução torna-se mais segura, mas mais dispendiosa. Após todas estas informações gostaria de terminar sensibilizando, uma vez mais, para este facto e que se tomem todas as diligências para evitar algum acidente. Vão observando as fachadas ou façam uma vistoria pois o que se pretende é não pôr em risco a integridade física de pessoas e bens.

Local muito bonito da zona sul

Ao passear pela zona sul, salta à vista um espaço ainda por “descobrir”. Claro que já devem conhecer… mas está por descobrir! Ou seja, é um local que ficou muito bonito, até podia ser muito promissor, mas está desprovido de qualquer comércio. A zona norte consegue ter um local onde os residentes se encontram, está favorecido com lojas, cafés, restaurantes e o Pomar da Rosa, o Terreiro dos Corvos. A Zona Sul ainda não conseguiu esse espaço. A Marina é um pouco incaracterística, tem gente provinda de vários locais. Quando vi esse espaço imaginei o potencial que teria para atrair transeuntes. Também reconheço que é difícil captar negócios, neste momento, para este local - só teria sucesso criando alguma loja “âncora” que atraísse mais comércio e, consequentemente, muitas pessoas. Foi apurado que as lojas do Edifício Luna Rio são todas propriedade da sociedade “Crédito Agrícola Imóveis Unipessoal, Lda”. Segundo esta fonte, neste

“A zona norte consegue ter um local onde os residentes se encontram, está favorecido com lojas, cafés, restaurantes e o Pomar da Rosa, o Terreiro dos Corvos. A Zona sul ainda não conseguiu esse espaço.” momento, não há qualquer perspetiva de abertura de lojas, visto ainda não estar concluído o processo de licenciamento das mesmas junto da Câmara Municipal de Lisboa. Inclusive a estratégia de comercialização ainda não se encontra definida devido à situação do licenciamento. Outro aspeto muito importante para atração de um local é a capacidade de estacionamento. Estas lojas só têm estacionamento para os lojistas. Não têm estacionamento para o público. Contudo, existe um parque público a um quarteirão de distância (na Rua dos Cruzados).

As Floreiras e Parque da Marina

Foram colocadas floreiras na entrada da Marina, no Passeio do Adamastor, o que veio criar estética ao local e evitar o estacionamento indevido nesta zona. Em minha opinião, foi uma ideia muito bem conseguida. Em contactos efetuados com a Parque Expo, explicaram: “por se verificar a existência de

estacionamento irregular, optou-se por colocar uma fiada de floreiras que balizam a via de circulação, permitindo a passagem de apenas um veículo em cada sentido e impedindo o estacionamento lateral na faixa de rodagem”. Também confirmaram a existência de um parque de estacionamento pago. Paulo Andrade, Presidente da Associação Náutica da Marina do Parque das Nações, esclareceu-me que “este estacionamento passará a ser pago. O espaço, conforme consta do Projeto de Reabilitação da Marina, destina-se ao estacionamento das viaturas dos residentes da Marina e visitantes da zona sul do Parque das Nações. Efetivamente, o estacionamento provisório das viaturas dos residentes da marina junto à receção vai terminar, para permitir o aumento do estaleiro e o parqueamento a seco de embarcações, em consonância com o previsto no projeto. A taxação do estacionamento na Pte Cais deverá ter início durante o mês de Fevereiro e enquanto que os residentes da marina terão direito a um plafond de horas de utilização, o público em geral, que habitualmente visita a zona sul do PN, terá condições muito competitivas para utilização do Parque, condições essas que, segundo o operador, estão em fase de finalização. A exploração deste Parque torna-se importante para poder disciplinar o trânsito naquela zona e constitui também uma fonte de receitas para assegurar a manutenção da limpeza e segurança da Ponte Cais da Marina do Parque das Nações.” Escrito pelo novo acordo ortográfico Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com


NORTE Mau tempo no Parque?

Quando iniciei este texto, quer o título quer o teor eram bem mais alegres, embalado que estava pela concordância unânime de todas as cores políticas representadas na audição à AMCPN, pela Comissão do Poder Local, em sede de Assembleia da República. Após esclarecidos com rigor e pela excelente oratória do presidente José Moreno, todos os parlamentares presentes fizeram coro com a posição defendida no dia anterior pelo CDS: no âmbito da Reforma Administrativa de Lisboa em curso, criar, na zona de intervenção da Expo, a Freguesia “uni municipal”do Parque das Nações. Tinha também a vã esperança de que a estrutura da PEGU não fosse incluída no despedimento colectivo da PE, de modo a que mesmo emagrecida, viesse a assegurar todos os serviços públicos até à sua transição para uma única entidade, sem colocar em causa a realização de obras de manutenção identificadas como prioritárias. Por um furo do jornal Público, obtivemos a confirmação de que não seria assim e por indicações superiores, até final do semestre, as “duas” câmaras deveriam ocupar este território. Segundo António Costa, Lisboa “tem uma equipa a trabalhar (...) para que a transição se proceda sem sobressaltos, de forma sustentável e assegurando o alto nível de qualidade que ao longo destes anos tem sido mantido no Parque das Nações.” A ver vamos. E do outro lado de cá do “muro” quem nos garante o mesmo tratamento? Há quem defenda que o município de Loures deve ser compensado pela perda territorial. Ainda mais do que já impactou em taxas e impostos imobiliários, sem nada investir? Claro que à boa maneira de quem ajudou a envergonhar o país, os autarcas em questão recusam liquidar ao grupo PE as dívidas, algumas já antes assumidas, por criação de infra-estruturas que isso de boas contas é para os outros, os contribuintes.Tenham pouco ou nenhum dinheiro, deviam ter no mínimo alguma vergonha. Que Nossa Senhora dos Navegantes inspire e acelere a vontade demonstrada pelos nossos deputados de poupar o PdN a um irracional desmembramento. E que a única causa a ensombrar a usual qualidade de vida no Parque, sejam os esporádicos nevoeiros matinais. Agradeço a título pessoal a Pedro Santana Lopes e ao grupo de Vereadores do PPD/PSD de Lx, ao Vereador António Monteiro (actual Secretário Geral do CDS), aos deputados parlamentares dessa força política, João Gonçalves Pereira e Artur Rêgo, tal como ao seu grupo na Assembleia Municipal de Lx, que sempre apoiaram inequivocamente a Freguesia do PdN, integrada num único município. Sem esquecer António Proa, líder da bancada PSD na AM e agora deputado da nação, cujo contributo foi assaz importante e encorajador.

Ocasos Administrativos

Um casal amigo que para aqui se mudou no início de 99, confidenciou-me com ironia as suas particularidades administrativas. Casados de fresco e em vias de celebrar contrato de promessa tinham de renovar BI’s. A Paula foi 1º, indicou a futura morada e atribuíram-lhe residência em Olivais – Lisboa, ficando convencidos de que aí iriam residir. Quando foi ele, com a mesmíssima morada, já era Sacavém – Loures. No contrato-promessa desfez-se a réstia de ilusão. Instalados, procuraram um centro de saúde e inscreveram-se em Moscavide que continua a agradar a ambos. O Joaquim reparou que o código postal era indicativo de Lx e preenche sempre PdN a seguir aos algarismos, um hábito “subversivo” que mantêm sem que as cartas se extraviem. Foram pais e, na devida altura, tentaram inscrever um filho na vizinha Vasco da Gama, não o conseguindo pois apenas servia os residentes PdN Olivais, mas curiosamente a escola pública apresentada como alternativa situava-se no outro extremo dessa freguesia. Pelo recenseamento materno, os filhos têm direito a usufruir do ATL estival da JF dos Olivais. Faz-lhes confusão não poderem utilizar as modernas finanças de Loures no Parque, tendo de se deslocar ao centro de Sacavém. A confusão reinou até nas multas e viram ser arquivadas coimas por estacionamento indevido perto do club House, uma por falta de homologação do sinal e a 2ª, por erro do autuante que, junto à esquadra sita em Moscavide, colocou como tribunal competente, o da capital. Ainda não aderiram ao cartão do cidadão, continuam a votar fora do Parque, em freguesia e município que não o da sua residência. Quando recebem em casa, brincam com os convivas, “...vivemos aqui num belo bairro, mas não parece.” Acrescento uma pérola recente do SMAS Loures. Fez colar nas portas dos edifícios do PdN, Sacavém incluído, um comunicado de corte no fornecimento de água na freguesia de Moscavide que provocou normal sobressalto. Esqueceram-se que somos abastecidos por outra rede a cargo da PEGU ou foi apenas para marcar território?

Para Memória Futura Estacionamento no Edifício Ecrã

Fora do âmbito da Crónica, lancei ideia que não sendo minha representava uma aspiração de proprietários e de lojistas desse empreendimento. Após a publicação, a direcção da PEGU, demonstrando que estava atenta a esse ponto fraco, teve a gentileza de me revelar projecto de intervenção já aprovado e em fase de contratação, para criar uma faixa de estacionamento regulamentado na

Rua Sinais de Fogo. Para a Alameda dos Oceanos, desenvolveram outro projecto interessante (claro que de custo bem superior à solução proposta na peça do NdP nº 62) que passa por reduzir a largura do amplo passeio, criando uma nova faixa de circulação viária com espaço lateral para estacionar, também com o propósito de resolver a situação do estacionamento em espaço público dos residentes e utentes do edifício ecrã e zonas adjacentes. O óbice está em que a implementação pela PEGU ou pela entidade que a venha a substituir, passou a estar sujeita a eventual disponibilidade orçamental que, por vezes, significa nunca mais.

Velocidade Descontrolada

À terceira foi de vez, a PEGU colocou na Av. D João II (sentido norte sul, entre a Rotunda da Portela e a Pç. do Venturoso, sinais em falta para avisar de Velocidade Controlada, antecedendo os semáforos com sensor para esse efeito. Já aqui, por duas vezes, havia alertado para esse lapso (ver NdP nºs 52 e 58) e sem retorno, decidi remeter email propondo-me a divulgar um peditório local para aquisição das placas caso faltassem meios financeiros para as instalar e não é que resultou. A maioria dos condutores desconhece que os semáforos passam a encarnado acima dos 50, abusa da velocidade, obrigando todos nós, os avisados e cumpridores, a parar sem necessidade. Fazia sentido acrescentar um 3º poste no sítio de maior visibilidade, à direita, mas na divisória de faixas, tal como acontece no sentido oposto da mesma avenida. Nota 1 – Como sabe, a lei permite-lhe decidir sobre o destino de 0,5% do IRS, apoiando a título solidário a IPSS que prefira. Por hábito decidia em favor dos Leões de Portugal, mas este ano apelo à Comunidade do PdN que apoie as actividades e os projectos sociais da nossa Paróquia dos Navegantes. Basta preencher no anexo H, o nif 508539366. Agradeço ao Departamento de Comunicação e Relações com o Cidadão da Parque Expo - Gestão Urbana (PEGU), na pessoa de Margarida Sobral Cid, o esclarecimento disponibilizado. osé Teles Baltazar Jo veste Dunhill (C.C Amoreiras piso 2 -lojas 2151/58 -tel. 213 880 282)

OPINIÃO | NP | 19

Crónicas “Por um furo do jornal Público, obtivemos a confirmação de que não seria assim e por indicações superiores, até final do semestre, as “duas” câmaras deveriam ocupar este território. Segundo António Costa, Lisboa “tem uma equipa a trabalhar (...) para que a transição se proceda sem sobressaltos, de forma sustentável e assegurando o alto nível de qualidade que, ao longo destes anos, tem sido mantido no Parque das Nações.” A ver vamos. E do outro lado de cá do “muro” quem nos garante o mesmo tratamento?”


AMOR COM DATA MARCADA 20 | NP | OPINIÃO

Sempre que chega fevereiro, somos de imediato inundados com este marketing instituído do dia dos namorados, de celebrações, de

campanhas, de pacotes promocionais e o diabo a quatro, tudo com uma finalidade apenas: vender! E vender o que, muitas vezes, está irremediavelmente falido! É assim com as almas gémeas que por aí saltitam nesse dia, felizes e contentes, participando no circo, deliciadas com o aparato mais ou menos luminoso dos presentinhos, do jantar fora e, nos casos mais afoitos, da ida ao cinema a seguir, mesmo quando o dia do amor calha em pleno dia de semana. Já há alguns anos que venho a observar o dia dos namorados no Parque das Nações. Ponto forte do evento: o centro comercial Vasco da Gama onde se compram os presentes e os bilhetes de cinema. As rosas esgotam nesse dia assim como as entradas para as comédias românticas. A zona da restauração enche-se de casaizinhos de mão dada, ela carregando na mão esquerda a rosa e na mão direita o saquinho

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Parfois ou Hussell ou, em dia de melhor sorte, da Sephora com o perfume que não chegou no Natal. Os mais abastados afoitam-se em jantares mais à beira-rio ou aventuram-se no acontecimento da sua vida romântica, que consiste em marcar e encontrar uma mesa no Afreudite. Há provavelmente pessoas por aí com capacidade de reinventar o amor. Eu até conheço algumas. Como o casal, meu amigo, que celebrou o seu primeiro aniversário de casamento com uma descida do rio, para a qual convidou os amigos. Ou um outro, também radical, cuja festa de casamento civil foi andar de patins em linha ao cair da noite, com todos os amigos também de patins e a celebrar com champanhe de primeira qualidade. Estive lá. E confirmo que não vi ninguém cair dos patins. Parece-me que estamos cada vez mais agarrados a rotinas instaladas. Parece que no amor, esgotámos a criatividade e vamos anulando, pouco a pouco, a capacidade de recriar a sua magia. Repetimos os mesmos padrões e a vida a dois, essa neurose da alma gémea, pode bem ter-se tornado uma sequência de rituais mortos onde deixou de haver espaço para o absurdo, o inexplicável e surpreendente, tão necessários ao amor porque são a sua própria essência. Urge alguma incoerência porque ela e só ela significa viver. Talvez o amor, como diz Miguel Esteves Cardoso, seja “demasiado raro para se esbanjar na rotina quotidiana do concubinato”. Carmo Miran da Mach ado

Parece-me que estamos cada vez mais agarrados a rotinas instaladas. Parece que no amor, esgotámos a criatividade e vamos anulando, pouco a pouco, a capacidade de recriar a sua magia. Repetimos os mesmos padrões e a vida a dois, essa neurose da alma gémea, pode bem ter-se tornado uma sequência de rituais mortos onde deixou de haver espaço para o absurdo, o inexplicável e surpreendente...


CONVERSA COM...

ENTREVISTA | NP | 21

Nuno Jerónimo é considerado um dos melhores criativos portugueses. Fundou com o sócio O Escritório, uma agência de possibilidades que fez recentemente o filme “a carteira da rivalidade”, para a Coca-Cola. Um sucesso viral elogiado em várias partes do mundo. Fica a conversa sobre o projecto, sobre a mudança e o que fazer para melhorar Portugal Sempre quiseste ser criativo? Tive um chefe que dizia que criativo é um adjectivo e não um substantivo. Nesta coisa da publicidade há o cargo de criativo, mas, na verdade, muitas vezes uma pessoa intitula-se de criativo sem o ser. Não sei se sou criativo ou não. Sei que tenho um gosto muito grande em usar a criatividade para resolver problemas. E foi isso que me levou à publicidade. O maior gozo que tenho nisto que faço hoje é precisamente sentir que todos os problemas se resolvem de maneiras diferentes. Não há soluções pré-definidas ou, se há, não funcionam. Ter percebido isto e tentar resolver as coisas de maneira diferente é o mais engraçado. Houve um momento na minha vida em que me apercebi de que precisava de fazer uma coisa diferente.Tirei Ciências da Comunicação e a minha ideia era ser jornalista. A certa altura comecei a trabalhar na revista Super Jovem, fazia umas reportagens, entrevistava uns jogadores de futebol, actores, o que até era

divertido, mas a determinada altura entrei numa rotina que me cansou. Faltava qualquer coisa. Foi então que resolvi fazer um estágio, como copywriter, numa agência de publicidade. Então descobri que aquilo é que tinha graça e que me divertia a fazê-lo. As coisas começaram a correr bem, as pessoas começaram a achar piada ao que eu fazia. E foi aí que pensei: “Queres ver que, de repente, divirto-me e ainda ganho dinheiro?” E, pronto, até hoje ainda não fui descoberto... Fala-nos do teu percurso? Comecei na Super Jovem, estive a estagiar como redactor na Ogilvy, onde fiquei durante 2 anos e meio, passei pela Publicis (1 ano), depois pela BBDO (9 anos) e pela Ativism, como director criativo do grupo. Depois resolvi sair. Não foi para criar uma coisa minha porque não tenho, nem nunca tive a ambição de ser empresário. Mas tenho uma visão de como as coisas devem ser feitas e, na minha opinião por força das circunstâncias,

nas agências, as coisas não são feitas como deviam. Quando tens uma empresa com 100 pessoas, já não podes tomar decisões que tomarias se tivesses 10. Portanto, resolvi sair, andei uns meses na boa vida a pensar e tal, surgiram umas oportunidades muito engraçadas, mas eu e o Tiago (meu sócio) resolvemos arrancar com O Escritório. Em Portugal as pessoas têm algum receio em arriscar... Tenho vindo a descobrir que nem todas as pessoas têm medo de arriscar. É verdade que a maioria tem medo de arriscar, até porque isto não está para grandes maluqueiras, (aliás, é uma das razões pelas quais esta empresa é tão pequena, além da questão de queremos manter esta flexibilidade e agilidade). Mas há clientes que arriscam. A verdade é que desde que começámos ainda não ligámos a um único cliente e já temos trabalho que não acaba, projectos interessantíssimos que nos vão manter ocupados todo o ano. E têm

sido os clientes a abordarem-nos. Sim, mas, na verdade, estás muito bem conotado no meio. Por exemplo, recentemente, o Pedro Bidarra, a maior referência da publicidade, em Portugal, referiu que és brilhante e um dos melhores com quem ele já trabalhou. Vamos lá ver, é um mercado muito ágil e em constante mudança. A verdade é que encaro isto como uma maratona. Isto pode parecer um cliché, mas nós somos aquilo que vamos fazendo, ao longo dos anos. Somos uma soma de experiências e vivências. Aparece muita malta nova que faz uma ou outra coisa engraçada, mas que depois desaparece. Se fores fazendo as coisas com consistência é diferente. Desde que comecei, o meu foco tem sido “fazer bem feito”. Seja em que profissão for tu podes ter vários focos. O meu tem sido o trabalho. Cada desafio que me cai em cima da mesa eu tento resolvê-lo da melhor forma possível. Às vezes corre bem, outras

nem por isso. O mais engraçado é que, quando chegou a altura de parar e de arrancar com um projecto próprio, descobrimos que as pessoas gostam de nós, do nosso trabalho. O que me dá uma confiança grande porque sinto que não estou a enganar alguém, percebes? Se as pessoas vêm ter comigo é porque gostam do trabalho e isso é muito gratificante. Fala-nos d´O Escritório. É uma agência de possibilidades. Não é uma agência de publicidade, não é uma agência de activação, não é uma agência de branding, é uma agência de possibilidades no sentido em que, o que nós queremos é fazer acontecer as coisas da melhor forma possível. Tendo nós uma série de competências que fomos acumulando, também temos a humildade suficiente para reconhecer as competências que não temos. O princípio é: abordar os projectos num formato flexível e de forma descomprometida. Olhar para os problemas como eles são. Há

uma máxima que ilustra perfeitamente aquilo que me parece ser o problema de muitas agências de publicidade e comunicação, hoje em dia. "Quando o que tu tens é um martelo todos os problemas te parecem pregos". É um bocadinho isso que acontece. É como lidam com o problema. Aparece um problema e eles respondem automaticamente: “O que precisas é de uma campanha de publicidade”. Não queremos funcionar assim. A verdade é que hoje, para abordares os problemas de uma forma fresca e sempre diferente, das duas uma: ou tens uma agência com centenas de pessoas ou trabalhas em parcerias e vais montando equipas em função dos problemas. Foi esse o caminho que seguimos. Sem a presunção de acharmos que estamos a fazer algo de extraordinariamente novo. O que fizemos foi olhar para o mercado, com base no que lemos, no que sabemos, no que fazemos. Com flexibilidade mental para nos irmos adaptando ao longo do tempo.


22| NP | ENTREVISTA Está muita coisa a mudar. É uma mudança ou uma fase? Está a mudar. Definitivamente. Para melhor ou pior? Acho que pode ser encarado como uma catástrofe ou como um desafio estimulante. Percebo que as grandes estruturas que estão montadas, assim como uma fábrica que tem as máquinas preparadas para fazer um produto que deixa de ter procura, têm um problema. Têm que despedir as pessoas, vender o material, etc.. Na verdade, na comunicação, não é muito diferente. Tens pessoas e processos definidos para um determinado tipo de output e, de repente, já não é isso que funciona, já não é isso que se procura. E isso não é nada fácil. O facto de me ter despedido, sem saber para onde ia, mas com a convicção de que tinha que sair e partir para outra, parece um acto de coragem, mas também pode ser visto como um acto de cobardia. Em vez de tentar mudar uma estrutura de duzentas e tal pessoas, saio e começo de novo. É sempre mais fácil. O que está a mudar? Nesta área, tudo. A relação entre as pessoas, a relação das pessoas com os media… Todos os players do mercado da comunicação. Na base disto está uma mudança de mentalidade, de estilos de vida. As pessoas já não olham para publicidade e para comunicação como olhavam. Já não estão sentadas em frente à televisão, a noite toda, a consumir aquilo que lhes dão. Elas podem estar em frente à televisão, mas agora estão no iphone, no ipad, no computador, no facebook, 24 horas por dia. Tu tens que chegar às pessoas de outra maneira. A única certeza que tenho é que ou tu és interessante ou bem podes tentar impingir o que quiseres que ninguém te vai ligar nenhuma. Ou és assunto ou não és. Eu gosto muito da expressão inglesa “remarkable" que significa "something worth making a remark about”. Remarkable não é "fantástico" é algo que justifica um comentário. Ou fazes algo que gera conversa ou não. E foi essa a virtude de um filme recente que fizemos para a Coca-Cola, chamado a carteira de rivalidade. Teve o sucesso viral que teve porque tinha os ingredientes todos para correr bem e que a tornam num assunto. Até o Marcelo Rebelo de Sousa falou disso.

Não é uma peça de comunicação umbigista onde a CocaCola diz: “Nós somos muito bons”. A Coca-cola pegou num insight sobre a vida, sobre a rivalidade entre clubes, sobre a bondade das pessoas e fez uma campanha de comunicação relevante. A verdade é que aquilo tem servido de exemplo para várias coisas e as pessoas conversam sobre o tema. Foi muito além da venda de um refrigerante. Claro está que quando tu começas uma peça de comunicação a perguntar “se encontrasses uma carteira na véspera de um dérbi, com um bilhete da equipa rival lá dentro, devolvias?” Já agarraste a pessoa! Ela agora vai querer saber o fim da história. Tinha os ingredientes todos que tinha que ter e, modéstia à parte, é uma estória bem contada. Pusemos ali tudo aquilo que sabemos sobre comunicação, com base na experiência que temos. É um mercado, uma indústria, ainda, muito pouco científica. Há, de facto, estudos, dados estatísticos, testes, mas na verdade temos que arriscar e a intuição tem um peso muito grande. O ser criativo tem muito de intuitivo. Tens um feeling se aquilo vai correr bem ou não. A verdade é que quando fechámos a peça dissemos: “É isto. É esta a história que temos que contar”. Apesar de já sentirmos que os ingredientes eram aqueles, ainda bem que a intuição estava certa. Qual foi o impacto que teve? É um caso extraordinário de sucesso com centenas de milhares de visualizações. Já foi para o Brasil, Inglaterra, Espanha, enfim, está a viajar na net porque é uma história relevante, em qualquer lado do mundo. No Brasil

já não interessa se é o Benfica Sporting. As pessoas agarram-se ao que está por trás. O que é engraçado é que já existem clientes a dizerem a colegas nossos que querem “uma coisa destas”. De repente, tornou-se num benchmark para outros clientes. Mais engraçado, ainda, é o investimento que teve que, comparado com um anúncio de televisão, é muito menor, mas com um retorno, para o cliente, fantástico. Em relação a Portugal, o que se pode melhorar? Acho que se pode melhorar muita coisa. Acho que temos um problema cultural, temos gente óptima, mas a nossa virtude (uma das) acaba de ser, também, o nosso problema. É o espírito desenrasca. Tenho algumas experiências internacionais e a verdade é que temos uma agilidade mental, para resolver problemas, que é muito engraçada e que vem da maneira portuguesa de fazer as coisas. Sabemos que não temos muitos meios, mas lá acabamos por resolver. De uma forma muito menos estruturada que os países nórdicos, do que os alemães ou americanos, que são muito mais regrados. Por outro lado, faltam-nos precisamente as regras. Além de uma falta de civismo cultural. Apesar de achar

que não existem países perfeitos, há algumas coisas aqui que me entristecem. Gostava que fossemos um pouco mais cívicos. Dito isto, temos um país magnífico. Já tive solicitações para trabalhar lá fora... mas não me apetece. Não é conformismo, mas eu gosto da minha família, dos meus amigos, do sítio onde moro, da praia. Gosto disto. Não é conformismo, é valorizar o que temos. Prefiro ganhar menos, mas ter esta qualidade de vida, do que ganhar muito e sofrer com saudades de tudo isto. Acho que temos um país extraordinário. As pessoas têm a tendência de culpar os outros... Essa tendência do culpar os outros é outro dos nossos defeitos. A culpa nunca é nossa. Assim como temos um problema de falta de auto-estima. Quando estive em Sidney, apercebi-me de que os australianos são muito como nós, no gosto que temos em receber as pessoas. Receberam-me de braços abertos, não me deixavam ir a lado algum sozinho. É um gosto natural, cultural. O problema é que somos subservientes com os estrangeiros que cá vêm. Parece que gostamos de ser pisados. É um complexo de inferioridade crónico. Claro que esta crise não ajuda. Está a expor todas as nos-

“Teve o sucesso viral que teve porque tinha os ingredientes todos para correr bem e que a tornam num assunto. Até O Marcelo Rebelo de Sousa falou disso. Não é uma peça de comunicação umbigista onde a Coca-Cola diz: “Nós somos muito bons”. A Coca-Cola pegou num insight sobre a vida, sobre a rivalidade entre clubes, sobre a bondade das pessoas e fez uma campanha de comunicação relevante. A verdade é que aquilo tem servido de exemplo para várias coisas e as pessoas conversam sobre o tema. Foi muito além da venda de um refrigerante. Claro está que quando tu começas uma peça de comunicação a perguntar “se encontrasses uma carteira na véspera de um dérbi, com um bilhete da equipa rival lá dentro, devolvias?” Já agarraste a pessoa! Ela agora vai querer saber o fim da história.”

sas fragilidades. O que se deve mudar? Há problemas que são estruturais e que devem ser resolvidos por quem tem as rédeas do país, mas há outros que temos que ser nós a resolver. Problemas que partem da confiança, da atitude das pessoas, deixar de esperar que façam por mim e começar a agir. Temos que conseguir. O país não vai fechar. A classe política não entusiasma ninguém, agora, acho que há um trabalho que tem que ser feito. Aliás, eu não estaria a abrir uma empresa, nesta altura, se não acreditasse que era possível darmos a volta. Acho que a mudança é essa: não

podemos ter ambição de mudar o Mundo inteiro, mas podemos ter a ambição de querer tocar no mundo que nos rodeia. Se fores relevante e na tua área de intervenção fores contagiando pessoa a pessoa, acho que se consegue. Aliás, nem é uma questão de achar ou não, tem mesmo que ser feito. É a única maneira. Porque senão desistimos todos. Eu percebo as manifestações e a revolta das pessoas, mas não tenho esse drive. Quando estou revoltado o meu primeiro impulso não é ir para a rua manifestar-me, mas fazer algo em relação a isso, dentro daquilo que eu sei fazer. É verdade que as coisas estão mal, mas temos que ser construtivos.


ENTREVISTA | NP | 23

“Acho que a mudança é essa: não podemos ter ambição de mudar o Mundo inteiro, mas podemos ter a ambição de querer tocar no mundo que nos rodeia. Se fores relevante e na tua área de intervenção fores contagiando pessoa a pessoa, acho que se consegue. Aliás, nem é uma questão de achar ou não, tem mesmo que ser feito. É a única maneira. Porque senão desistimos todos. Eu percebo as manifestações e a revolta das pessoas, mas não tenho esse drive. Quando estou revoltado o meu primeiro impulso não é ir para a rua manifestar-me, mas fazer algo em relação a isso, dentro daquilo que eu sei fazer. É verdade que as coisas estão mal, mas temos que ser construtivos.”

Mas sentes que estamos a criar um mundo melhor? Sou sempre um optimista. Em relação a essa questão, tenho que ser honesto e dizer que não, que não acho que estejamos a caminhar para um mundo melhor. Estamos a cometer uma série de erros. Não é uma crise só económica, é uma crise de valores, de ética. Cada vez vejo menos notícias de propósito, mas quando as vejo a sensação que tenho é que se perdeu a vergonha. Não consigo é cruzar os braços e começar a queixar-me como vejo muita gente fazer. Não leva a lado algum. Tenho muitos colegas de profissão que só fazem isso: “...e pá, isto está muito mal, cada vez pior...”. Não consigo mesmo entrar nisso. É um túnel onde não me consigo meter porque não tem fim. Prefiro dizer: “Ok,

isto é um problema. Perante isto o que vamos fazer?” Ninguém o vai resolver por nós. Viam-se a trabalhar com políticos? Era incapaz de trabalhar para um político em que não acreditasse. Qual foi a tua campanha que mais te marcou? Não é mesmo falsa modéstia, porque sinto mesmo isto, mas acho que nunca fiz nada fantástico. Fiz algumas campanhas com alguma notoriedade para a Olá, para o BES, para a Galp... Mas espero que o meu melhor trabalho ainda esteja para vir. Quero fazer algo que ainda não tenha sido feito. Continuo convencido de que sei fazer as coisas, mas que ainda não estão bem lá.

Mas sentes que estás na “praia certa”, que és dotado para isto... Sempre senti que vou ser descoberto a qualquer altura(risos). (risos) Porquê? Estamos sempre à prova. Acontece-me todas as semanas. Nesta área não podes viver em função daquilo que fizeste. Até pelo carácter efémero do nosso trabalho. Eu posso fazer a melhor campanha do Mundo, mas, daqui a seis meses, já ninguém se lembra. No outro dia passou-se um episódio muito engraçado. O meu filho nasceu em 2004, quando foi feita a campanha do “Menos Ais”, para a Galp, que teve imenso sucesso. Ele pediume uma música para ouvir no iphone e eu tinha essa música e, por piada, dei-lhe a ouvir. Disselhe que tinha sido eu a fazer e, de repente, a música reentrou na minha vida. Ele ia para escola, todo contente, e até já sabia a música de cor, mostrava aos amigos etc.. Um dia chegou a casa, meio triste: “Pai, mostrei a música à minha professora, mas ela não a conhecia de lado nenhum”. É normal. As coisas passam. Queremos que elas perdurem o máximo de tempo possível mas é assim mesmo. Portanto o meu próximo trabalho é sempre aquele que vai decidir se eu continuo ou não a ser uma maisvalia. Essa pressão nunca desaparece. Continua sempre. E isso é a consistência de que te falei. Manter um nível de trabalho, com consistência, é que é importante para mim. O Escritório não tem a ambição de ser uma grande empresa e de estar eternamente no mercado. Sei que sou incapaz de fazer coisas de que não gosto e, no dia em que isso acontecer ou que acharmos que já não representamos uma maisvalia, vou arranjar outra coisa para fazer e tentar ser relevante, nessa área. Mas um dos pressupostos d´O Escritório não é estar cá muitos anos. É sermos uma empresa intensa, relevante, interessante para as pessoas, tentando fazer o melhor trabalho possível. As coisas estão a mudar e não podemos ter a mesma ambição, por exemplo, de uma empresa nascida em 1970. Quem e o que te inspira? Claramente a minha família. Algumas pessoas com quem me fui cruzando, mas nunca fui muito de ter ídolos. Inspira-me o bom trabalho, aquela inveja saudável que me leva a pensar “gostava de ter feito isto.”

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C L U B E 24 | NP | DESPORTO

1º Estágio de Natal Clube Tejo/Escola de Ténis Jaime Caldeira Aproveitando as férias escolares, decorreu nas instalações do Clube Tejo a 1ª edição dos Estágios de Natal para os jogadores do Centro de Treino da Escola de Ténis Jaime Caldeira. Durante uma semana foram imensas as atividades, com destaque para o ténis. Realizámos dois intercâmbios com duas escolas onde decorreram vários jogos bastante competitivos. Deslocámo-nos a Carcavelos com os nossos Sub 10 e recebemos, em nossa casa, a Escola de Ténis José Mário Silva nos escalões Sub 12, 14 e 16. Não faltou também alguma animação. Dedicámo-nos bastante ao nosso jantar de Natal onde as alheiras dominaram a nossa gastronomia. A ida ao cinema acabou com a Missão Impossível. Aproveitamos para agradecer a todos os que quiseram aderir, e desejar um Bom Ano a todos os atletas da nossa Escola.

T E J O

Os nossos

Craques

Nome: Miguel Resende Idade: 16 Clube de Futebol: Benfica Clube onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira Livro: Harry Potter Filme: Avatar Actriz/Actor: Daniela Ruah Tenista favorito: Federico Gil À mesa: Lasanha O que dirias aos políticos: Vão-se embora… Citação preferida: “Não há nada impossível, porque os sonhos de ontem são as esperanças de hoje e podem converter-se em realidade amanhã!” Futura profissão: Anda não sei..

Nome: Tomás Ferreira Idade: 14 Clube de Futebol: Benfica Clube onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira Livro: Fortaleza Digital Filme: Transformers Actriz/Actor: Jackie Chan Tenista favorito: Roger Federer À mesa: Lasanha O que dirias aos políticos: Estão a trabalhar arduamente. Citação preferida: Não sei! Futura profissão: Qualquer coisa relacionada com tecnologia!


PARQUE DAS NAÇÕES DA CIDADE IMAGINADA À FREGUESIA DO FUTURO!

A Pala do Pavilhão de Portugal simboliza o gesto dos Navegadores Portugueses quando, nas

suas viagens, colocavam a mão sobre os olhos para poderem ver mais longe, descobrindo as estradas do mar que permitiram dar novos mundos ao mundo.

Hoje, a mesma Pala, localizada no espaço da Expo dos Oceanos, um dos marcos importantes

da estratégia de regresso ao Mar dos Portugueses, deverá ser o símbolo desta nova visão de

Portugal em considerar o “Mar como Desígnio Nacional”.

O nosso País, que muito em breve terá a jurisdição sobre uma das maiores áreas marítimas

a nível mundial, não pode deixar escapar esta oportunidade. Será uma ajuda fundamental para sairmos da crise e devolver a dignidade ao Povo Português que, estamos certos, uma vez mais e através do Mar, vai dar novos mundos ao mundo!

Finalmente, através desta mesma Pala e como o mesmo espírito, já se vislumbra também a

alvorada da nossa Freguesia.

WWW.AMCPN.COM WWW.FACEBOOK.COM/AMCPN


26 | NP | OPINIÃO

DIÁRIO DE BORDO

Marina do Parque das Nações

ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt

Nauticampo 2012 em hora de Balanço Apesar de um conjunto significativo de empresas de referência do sector náutico ter decidido efetuar um interregno de um ano na sua participação na Nauticampo, a AIP/FIL, organizadora do evento mais significativo a nível nacional no sector da náutica, considerou que estes tempos, ainda que de dificuldades e de crise, não são tempos de cruzar os braços e de ficar à espera que a crise passe, e decidiu manter a realização da Nauticampo, dando-lhe uma maior abrangência em termos das atividades proporcionadas. Num País que, neste momento, procura ter o Mar como desígnio nacional, não realizar a Nauticampo seria, em nosso entender, contraproducente. No entanto, e como temos vindo a transmitir à AIP/FIL, os moldes em que a Nauticampo tem vindo a ser realizada, deverão evoluir para um contacto mais próximo da área molhada, abandonando o formato vigente de “centro comercial”. Note-se que, apesar da FIL estar situada a menos de 150 metros do Mar da Palha, 99.95% dos seus visitantes chegam “de carro”, ou de outro transporte terrestre, ao evento. Quando conseguirmos que, pelo menos, 10% dos visitantes cheguem ao Lisboa Boat Show “de barco”, a feira ganhará naturalmente o estatuto de um grande evento náutico a nível internacional. A Marina do Parque das Nações tem condições de excelência para a realização de uma parte significativa do Lisboa Boat Show e encontrase apenas a meia milha náutica dos Pavilhões da FIL, situação que, em nosso entender, evidencia bem a sua característica de complementaridade.Temos um ano para preparar a Nauticampo 2013, e como há males que vêm por bem, esperamos que a crise que estamos a atravessar, possa ser potenciadora da criação de uma dinâmica de mudança neste domínio. A ANMPN, como patrocinador da Marinha do Tejo, colaborou na organização e preparação do stand desta associação na Nauticampo. Com esta presença na Nauticampo pretendeu-se não só divulgar o

trabalho que a Marinha do Tejo efetua na preservação das Embarcações Típicas do Tejo, mas também, e sobretudo, convidar os visitantes para dar um passeio de Canoa Típica no grande estuário do Tejo. Nesse sentido, vieram da Moita para a Marina do Parque das Nações, quatro Canoas da Marinha do Tejo - “Gavião dos Mares”, “Zérrui”, “Quim Zé” e “Salvaram-me”-, que se juntaram à Canoa “Ana Paula”, residente na Marina. Em boa verdade, a dezena de tripulantes que vieram da Moita nas Canoas da Marinha do Tejo, foram os únicos visitantes da Nauticampo que chegaram “de barco” (0,05% do total de visitantes). Pese embora o frio que se fazia sentir, as inscrições nos passeios de Canoa, no fim-de-semana de 11 e 12 de Fevereiro, ultrapassaram as expetativas, e as imagens que publicamos, valem mais do que mil palavras. Famílias inteiras vieram desfrutar de um passeio no rio nas embarcações da Marinha do Tejo, e salientamos a participação significativa de crianças e jovens, cujo contacto com o Plano de Água é fundamental para o desenvolvimento de uma cultura marítima que, lamentavelmente, tem andado arredada dos portugueses. O “Jovem do Leme” na imagem, ouviu o avô dizer-lhe que foram os Portugueses que descobriram as estradas do mar e que as profissões do mar vão ser muito importantes para o seu futuro e do seu País. Assim, apesar do frio de rachar e da sua tenra idade, o Tomás não hesitou em vir navegar à séria, porque quer conhecer bem o mar mesmo em condições adversas, e ficar preparado para a ajudar o País, no seu Regresso ao Mar. Tal como o Tomás, cerca de 120 pessoas participaram nos 6 passeios (3 no Sábado e 3 no Domingo) nas Canoas da Marinha do Tejo, a

“...está previsto que o “Creoula” arribe a Marina no dia 6 de Maio (Domingo), à tarde, zarpando no dia 14...”

partir da Marina do Parque das Nações. A Federação Portuguesa de Motonáutica, a exemplo do que aconteceu em anos anteriores, proporcionou também passeios para jovens nas bacias da marina e no rio, a partir de cinco embarcações semi-rígidas que ficaram localizadas na Bacia Norte da MPN, facto que constitui também uma contribuição significativa para estimular o contacto dos jovens com as atividades náuticas. Em Maio, o Navio ““Creoula”” vai comemorar o seu 75º aniversário na Marina do Parque das Nações. Este ano, o “Creoula” celebra o seu 75º aniversário, data que é extremamente significativa para um navio com uma forte penetração junto da nossa camada jovem e onde, desde que está ao serviço da Marinha, passaram mais de 15.500 cidadãos ao longo de mais de 20.000 horas de navegação e mais de 100.000 milhas percorridas, constituindo-se assim num embaixador da abertura da Marinha junto da sociedade civil. Trata-se de um Navio, que foi construído em Portugal, por Portugueses e para Portugueses, e que navegou com a bandeira Portuguesa desde que foi lançado à água em 10 de

Maio de 1937. O local escolhido para a passagem do 75º aniversário do navio “Creoula” foi a Marina do Parque das Nações inserida no espaço que resultou da Expo dos Oceanos, realizada após a ratificação por Portugal da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. O “Creoula” constitui atualmente um testemunho vivo da nossa extensa e incontornável História Marítima, e um dos derradeiros elos que verdadeiramente liga Portugal ao Mar, criando, como nenhum outro, a ponte entre o nosso passado e aquilo que, no futuro, ambicionaremos ser. O País de Marinheiros que nos orgulhamos de ser obriga que esta “Escola de Vida” se consubstancie, continuadamente, ano após ano. Embarcar no “Creoula” é uma oportunidade única de se formar uma noção aquilatada sobre a importância do mar para Portugal nas suas diversas vertentes, no fundo, aprender com a nossa maritimidade, e descobrir as nossas capacidades e limites. Ninguém sai do “Creoula” como entrou. Muito embora o planeamento da visita esteja ainda a ser preparado em articulação com a Marinha, poderemos desde já avançar que está previsto que o “Creoula” arribe a Marina no dia 6 de Maio (Domingo) à tarde, zarpando no dia 14 (Segundafeira) pela manhã. Durante a sua estadia na Ponte Cais da Marina do Parque das Nações (de 7 a 13 de Maio), o programa irá contemplar, entre outros eventos, as tradicionais visitas a bordo para a população, com especial ênfase para os alunos das escolas e colégios do Parque das Nações.


OPINIÃO | NP | 27

Estas visitas terão como objetivo, para além do natural conhecimento do Navio e da sua História, a divulgação das profissões do mar, condição necessária para o desenvolvimento de uma cultura marítima catalisadora deste novo desígnio do País, consubstanciado no regresso ao mar dos portugueses. Oportunamente, serão contactados os Conselhos Diretivos das Escolas e Colégios do PN, para participarem numa sessão de apresentação do Programa da Visita do “Creoula”, assim que este estiver concluído, e que decorrerá nas instalações da Marina – Edifício da Capitania. O NP efetuará, na sua próxima edição, uma reportagem mais detalhada sobre esta visita, que incluirá uma entrevista ao Capitão-de-fragata Cornélio Silva, atual Comandante do Navio “Creoula”. Como em Maio, organizado pela AMCPN e ANMPN, decorrerá também o habitual Festival do Parque das Nações que comemora 14 anos sobre a realização da Expo’98, a Visita do “Creoula” será naturalmente incluída no Programa do Festival, que terá assim na sua abertura uma “Chave d’Ouro” com a chegada do Navio ao Parque das Nações. Esperamos que a população do Parque das Nações adira em massa a este evento, sendo que a melhor prenda que poderíamos dar ao Navio “Creoula” pela passagem do seu 75º aniversário seria estabelecer um recorde no número de visitas nesta sua passagem pelo PN.

Restauração junto à Marina Na edição de Julho do NP, subordinado ao Título “Novo Restaurante e novo Café trouxeram lufada de ar fresco na oferta gastronómica da área da Marina”, anunciámos a abertura do Restaurante Adamastor no Passeio do mesmo nome, e do Café Bliss no Edifício Nau. Passados que foram cerca de 8 meses, podemos afirmar que se trata de dois casos de sucesso, face ao prestígio que rapidamente alcançaram, junto dos utentes da marina e dos visitantes do PN em geral. O bom serviço, a simpatia do staff e um apurado cuidado na diversidade e qualidade da oferta vieram fazer diferença, e esperamos que estes exemplos de sucesso sejam catalisadores de um maior desenvolvimento neste domínio, por forma a assegurar a dinamização da zona envolvente da marina, a qual sofre ainda os efeitos negativos do estado de abandono a que, lamentavelmente, a infraestrutura da marina esteve votada durante sete longos anos, entre 2002 e 2009. A oferta de novos espaços na área da restauração foi agora complementada com a abertura de mais um Café – o “Allez” - no Edifício Nau, desta vez, no Alçado Norte (lado oposto ao do Café Bliss que fica no Alçado Sul). Segundo o proprietário, o “Allez” é um clube de amigos, de diversão, de bons momentos, para ir tomar um café, para ir ver futebol e torcer por outro clube. Aproveite e vá lanchar uma tosta (das big) ou tomar um café e ler o jornal na esplanada do Allez, com uma vista deslumbrante sobre o rio e o Parque das Nações.

“Segundo o proprietário, o “Allez” é um clube de amigos, de diversão, de bons momentos...” Empresas de Serviços Náuticos na zona da Marina. Quem passa junto à receção da Marina, de certeza que já se apercebeu de que o estaleiro para manutenção de embarcações tem vindo a crescer de forma significativa. Efetivamente, a experiência dos nautas com os serviços proporcionados pelo Concessionário do Estaleiro da Marina do Parque das Nações tem sido muito positiva, situação que, naturalmente, tem vindo a evidenciar-se numa ocupação cada vez maior da área do terrapleno junto à receção. Assim, e de modo a libertar área para permitir o crescimento do estaleiro, e em consonância com o previsto no projeto de reabilitação da marina, o estacionamento dos utentes da marina vai passar a ser efetuado no Parque junto do Edifício Nau / Ponte Cais. Também na zona ribeirinha da Marina, próximo

da entrada norte da Bacia Sul, abriu mais uma Loja na área da náutica - a World Wide Motors - que opera no mercado náutico nacional e brasileiro em regime de brokerage desde 2007. A WWM refere no seu site que reúne as marcas que melhor se enquadram num padrão elevado de sofisticação, performance e qualidade de serviço, proporcionando uma oferta transversal ao mercado quer de embarcações de luxo, quer recreativas/ desportivas. Agora, já não precisa de ir muito longe se quiser conhecer a oferta das embarcações existentes no mercado, e realizar o seu sonho de ter um barco no quintal. Saudações Náuticas, Paulo Andrade Presidente da ANMPN


Nauticampo 2012 28 | NP | FOTOREPORTAGEM

Por: Paulo Andrade Presidente da ANMPN


Mobilidade Suave

MOBILIDADE | NP | 29

“Velocidade: Não é difícil de comprovar que, na realidade, a bicicleta é um dos meios de transporte mais rápidos em distâncias até 15Km, o que torna viável a sua utilização para a maioria das nossas cidades. No meu caso, a bicicleta supera sempre o tempo do automóvel. Lazer: Combina a sua função utilitária com o lazer, permite-me fazer agradáveis passeios em cada uma das minhas deslocações diárias para o trabalho, mas, sobretudo, aos fins-de-semana serve na perfeição para explorar todas as zonas e os espaços do PN, na companhia do filhote Diogo e da mãe Karolina.”

meu filho Diogo (18 meses) para o Infantário que fica também próximo da zona norte do Parque, apesar de não ter vias de acesso tão amigáveis.

Que idade tens, onde moras e o que fazes? Chamos-me Bruno Contente Gomes, tenho 38 anos, moro na zona norte do Parque das Nações, sou jurista de formação e a minha actividade está relacionada com os Fundos Estruturais da UE. Quando e porquê começaste a andar de bicicleta? Comecei há cerca de 1 ano a utilizar a bicicleta como meio de transporte diário para o trabalho, após ter-me apercebido de que os 20 minutos que tardava a pé poderiam ser mais bem aproveitados, para alargar o itinerário e deliciar-me com os passeios

junto ao rio. As vantagens são tantas que nem sempre é fácil enumerá-las, mas aquelas que mais se destacam, para além do exercício físico, é a oportunidade de fazer algo que a quase todos, desde criança, dá um enorme prazer e uma sensação de liberdade. É verdadeiramente um privilégio, para além de as flutuações do preço do combustível serem também coisas do passado (excepto aos finsde-semana). Pode ser também consequência da crise (ou não só...) mas cada dia que passa vejo mais residentes do Parque a utilizar a bicicleta em termos que vão claramente para além dos habituais

passeios de fim-de-semana. Que tipo de uso dás a este meio de transporte? O facto de na zona do Parque das Nações estarem disponíveis um significativo número de serviços, comércio, zonas de lazer, etc.., permite-me uma utilização quase exclusiva desse meio de transporte. Confesso que há alguns dias de inverno mais rigorosos, em particular, de chuva intensa, que me impedem de ser 100% fiel a esse meio de transporte, mas é graças à bicicleta que vou frequentemente a casa à hora do almoço. Outro desafio que tenho, este ano de 2012, será o de transportar o

Qual é a tua opinião sobre as ciclovias (chapas de metal e corredores) que foram criadas, na zona? Que sugestões dás para tornar o PN mais ciclável? Apesar de terem sido feitas algumas intervenções positivas na zona, julgo que as principais artérias do Parque das Nações não reúnem as mínimas condições para a circulação de bicicletas, o que limita a sua utilização livre pela zona. Recomendam-se portanto passeios lisos, passadeiras rebaixadas e corredores nas principais artérias, no PN (ex. Av. D. João II e a Alameda dos Oceanos). Acredito que as autoridades devem mudar a sua perspectiva actual, que incide maioritariamente na vertente lúdica e desportiva da utilização da bicicleta,

em detrimento da promoção da utilização da Bicicleta como meio de transporte utilitário. O q u e m u d o u n a tu a v i d a desde que começaste a usar a bicicleta como meio de transporte? Bem, vou enumerar alguns dos aspectos mais importantes e que são bem reveladores do impacto que este meio de transporte teve na minha vida quotidiana. Economia: Adquirir uma bicicleta pode sair bastante em conta dada a grande variedade de oferta. A segunda economia e, provavelmente a mais importante, vem do facto de não ser necessário o recurso aos combustíveis fósseis (apenas H2O + Cal); Saúde: A sua utilização diária e regular permite-me obter resultados que poucas vezes seriam conseguidos nas intermitentes idas ao Ginásio. Ambiente: Como diz o ditado,

uma andorinha não faz a primavera, mas também é verdade que não se vê uma primavera sem andorinhas. A bicicleta é um dos meios de transportes menos poluentes, e ainda significa que haverá menos um carro a circular na estrada. Velocidade: Não é difícil de comprovar que, na realidade, a bicicleta é um dos meios de transporte mais rápidos em distâncias até 15Km, o que torna viável a sua utilização na maioria das nossas cidades. No meu caso, a bicicleta supera sempre o tempo do automóvel. Lazer: Combina a sua função utilitária com o lazer, permiteme fazer agradáveis passeios em cada uma das minhas deslocações diárias para o trabalho, mas, sobretudo, aos fins-desemana serve na perfeição para explorar todas as zonas e espaços do PN, na companhia do filhote Diogo e da mãe Karolina.


30 | NP | PERFIL

URBE

PEÇAS DO PARQUE

Por: Diogo Freire de Andrade, Arquitecto, e-mail: dfandrade@conceitofa.pt

Os Estudantes têm direito a alojamento condigno A questão das Residências de Estudantes na Cidade de Lisboa é um grave problema. Há muitos estudantes que vêm de fora da Cidade para o Ensino Superior e há também os alunos do Programa Erasmus, cada vez em maior número. Os Estudantes geralmente optam por ficar em quartos alugados, com poucas condições e caros. Há muito poucas Residências e das que existem a maioria são de baixa qualidade. Julgo que os Estudantes têm direito a alojamento condigno. Quando foi feito o Plano de Urbanização da Expo’98 destinaram-se alguns terrenos para Residências de Estudantes. Atualmente existe uma boa Residência de Estudantes, construída e a funcionar há alguns anos, é a exceção à regra a nível nacional. Pertence à Universidade Técnica de Lisboa e situa-se na Avenida D. João II, no lote 4.70.02, entre a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e o IPJ. Ao lado das Residências do Técnico existe um terreno vazio também destinado a Residências de

Onde é que está a minha bicicleta?

Planta de localização Estudantes, propriedade da Universidade de Lisboa, é um espaço com todas as condições para um uso como este. Atualmente é usado para estacionamento, embora esteja sempre vazio desde que passou a ser pago. O nosso ateliê, Conceito Arquitetos, fez em 2008 um Estudo Prévio de Arquitetura, em parceria com um possível investidor, para uma Residência de Estudantes neste terreno. A ideia foi estudar o terreno, verificar como implantar um edifício com estas características naquele terreno, perceber a envolvente. A Residência com 14.000 m2 de construção poderia albergar mais de 1.000 estudantes. Como muitos projetos em Portugal também este não avançou embora, na altura, houvesse quem quisesse investir e com vontade de remar contra a maré. Ficou o exercício e a constatação de como o panorama das Residências de Estudantes, em Lisboa, deixa muito a desejar.

Vista de Nascente da AV. D. João II e Vista de Poente

Vista de Nascente da AV. D. João II e Vista de Poente

Era um Sábado de manhã, pego na bicicleta e vou até ao café e Ginásio no Club House. Quando voltava a casa aproveitei e fui ao Centro Comercial Vasco da Gama. Prendi a bicicleta no sítio que pensei ser adequado, fui a uma loja rapidamente, mas quando cheguei já lá não estava. Onde é que está a minha bicicleta? Depressa concluí que tinha sido roubado. O que se faz numa situação destas? Pomo-nos aos gritos pela irritação? Começo a correr que nem um louco atrás de uma remota miragem “ainda os apanho”? Nada disso, “cai na real, já estão longe”, pensei eu. Fui falar com a segurança do Vasco da Gama que me disse que nada tinha com isso porque o parque das bicicletas está no exterior do Centro. Quando lhe perguntei se podia ver as imagens respondeu-me que teria de ir à Polícia da Gare do Oriente. Bom, lá fui à Polícia, fiz a queixa, mas não quiseram ir ver as imagens, informaram-me que, em princípio, as câmaras não apanhavam imagens do exterior. Que frustração, as coisas não funcionam mesmo. Ainda falei à Polícia sobre um parque para bicicletas, na cave do Vasco da Gama, que a segurança me referiu, no entanto a Polícia disse-me que, também, lá roubam bicicletas. Em primeiro lugar culpo-me a mim próprio pois tive a culpa e a inocência de deixar a bicicleta naquele sítio, embora trancada. Agora casa roubada trancas na porta, estive a ver alguns sites sobre segurança das bicicletas e compreendi que há melhores formas para prendê-las, embora nenhuma seja totalmente segura. A Câmara de Lisboa, na sua página web, tem sugestões. Em segundo lugar responsabilizo a Sonae, proprietária do Centro Comercial Vasco da Gama, por não vigiar o local e por ter colocado um parque de bicicletas num local que é quase uma loja para ladrões, induzindo as pessoas a deixarem lá as bicicletas. Podem dizer que foram obrigados pela Parque Expo a instalar este parque, então ponham um cartaz a dizer “Não nos responsabilizamos pelo eventual roubo das bicicletas, este local não é seguro”, qualquer coisa. É a Sonae que fica com a imagem posta em causa, se por acaso se importarem. Pergunto, o que pretendem fazer?

“Em segundo lugar responsabilizo a Sonae, proprietária do Centro Comercial Vasco da Gama, por não vigiar o local...” Infelizmente constatei que não fui o único, no blog “Canto do ardoRic” contavam a sua experiência “... fomos ao Vasco da Gama, deixámos as bicicletas no parquezinho próprio que há para bicicletas em frente à entrada … e fomos jantar descansados. Quando chegámos, nenhuma das nossas bicicletas estava lá. A minha corrente estava cortada no chão e a corrente do meu amigo nem vê-la.” “Há aqui muita coisa que me deixa indignado. Primeiro de tudo, as bestas que roubaram as bicicletas. Segundo, os seguranças do centro comercial onde fui gastar dinheiro que não só não protegeram os interesses dos seus clientes, como também nada se importaram com o sucedido. Terceiro, a minha estupidez em não me aperceber do quão mau o sítio era, na realidade, para deixar uma bicicleta relativamente nova.”


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Outro testemunho diz o seguinte: “Boas, gostaria de ter lido o teu artigo um dia antes, seria sinal de que ainda tinha a minha Bike, acabei de ser vítima, da mesma situação, 30 minutos no Vasco da Gama e quando voltei nem sinal dela. Não era uma Bike barata, tinha 2 anos e cerca de 8000 Km, muitos passeio fizemos juntos, apresentei queixa na esquadra do Parque das Nações, não fazia ideia de que havia roubos diários e o que ainda acho mais chocante é nada ser feito para impedir isto! Vou ficar à espera de notícias, mas não tenho muita esperança...” Já agora deixo aqui algumas sugestões para quem teimosamente queira continuar a usar a bicicleta como meio de transporte. Há várias hipóteses para prevenir ou minorar os roubos e as suas consequências: Fazer um seguro. Faça fotos da sua bicicleta de vários pontos de perspectiva. Grave os seus dados ou a matrícula em diversas superfícies onde isso seja possível. Utilizar vários tipos de cadeado e prender a objetos bem fixos. Eu vou resistir e continuar a usar bicicleta.

Bolas! Outra vez? São recorrentes os acidentes no cruzamento entre a Av. do Mediterrâneo e a Rua do Pólo Sul. Volta e meia lá ouço um barulho de pneus a chiar e, logo a seguir, de chapa a bater e penso: “Bolas! Outra vez?”. É um barulho característico e assustador. Quem passa por isso não esquece. Esta recorrência faz-me pensar. Porque é que acontece mais neste cruzamento? Porque não tem semáforos? Pela maior velocidade? Ou porque há fatores exteriores como, por exemplo, o paisagismo ou o desenho urbano? Como poderão ver com esta imagem, a árvore, a sebe e os carros que estacionam impunemente tapam a visibilidade do cruzamento. Quem vem na Rua do Pólo Sul (na direção Sul / Norte) não consegue ver quem vem da Avenida do Mediterrâneo (na direção Nascente / Poente), e vice-versa, o resultado é chapa amolgada. Até há pouco tempo havia sinais de trânsito que davam a prioridade para quem vinha na Rua do Pólo Sul nos dois sentidos, mas como havia tantos acidentes a Parque Expo decidiu retirar os

Vista aérea do cruzamento da Av. do Mediterrâneo com a Rua do Pólo Sul sinais com o intuito de corrigir, mas foi em vão. Este é um caso sintomático da influência do urbanismo na segurança rodoviária. Deixo aqui uma sugestão para tentar corrigir: se aumentarem a passagem de peões até ao limite do cruzamento mudando a sebe e a árvore e controlando o estacionamento selvagem aumentará muito a visibilidade. Desta forma ficaria igual

às outras passagens de peões que não estão isentas de acidentes, mas onde acontecem em muito menor número. Fica a sugestão. Lisboa deixa muito a desejar.


32 | NP | PERFIL

FACES

MULHERES DO PARQUE

Rita Carvalho entrevista Catarina Figueira Catarina, fala-nos um pouco sobre ti. Sou a Catarina Figueira, tenho 33 anos e resido há três anos no Parque das Nações. Quando vim morar para o Parque já trabalhava há dois anos no Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva onde coordeno a Equipa de Comunicação e Relações Públicas. Licenciei-me em Comunicação Social pela Universidade Católica e depois de um estágio na televisão e da experiência do jornalismo em jornais e revistas, rumei a Madrid para me especializar em comunicação institucional, protocolo e relações públicas. Na business school que frequentei na capital espanhola encontrei um ensino muito prático e orientado para desafios e casos concretos do diaa-dia. No meu trabalho atual faço muito uso do que aprendi com os Public Relations, marketeers,

publicitários e jornalistas que foram meus professores em Espanha. O meu dia-a-dia no Pavilhão do Conhecimento é passado a comunicar a programação deste museu de ciência e tecnologia junto do público e dos jornalistas, através de vários suportes: redes sociais, página de internet, publicidade, brochuras, newsletters, press-releases, etc.. Acompanho os meios de comunicação nas reportagens que fazem no Pavilhão e para quem já foi jornalista é engraçado estar agora do “outro lado”, na posição de responder a perguntas em vez de as fazer. Por vezes a tentação de dizer a um jornalista “faça assim, fale disto, filme aquilo” ainda me assalta… Gosto de viagens, de livros, de cinema, de fotografia e troco de bom grado um jantar num restaurante por uma mesa aconchegante em minha casa

ou em casa de amigos. Ainda não tenho filhos, mas palpita-me que serão um dos meus próximos projetos. Catarina, depois desta descrição tão boa sobre si, poucas perguntas me restam fazer-lhe [risos]... Mesmo assim, gostava que me falasse um pouco da sua experiência de trabalhar e residir no Parque das Nações. Posso dizer que conheço o Parque das Nações desde o embrião. Entre 1996 e 1998, nas minhas viagens de transporte a caminho da faculdade, fui seguindo a par e passo as transformações que este espaço foi sofrendo. Primeiro a limpeza dos terrenos, a remoção dos contentores, depois a chegada das betoneiras, dos primeiros prédios, o nascimento desse grande evento que foi a Expo’98 –

Lembro-me de achar que a exposição não estaria pronta a tempo da inauguração porque a uma semana da abertura havia ainda tanta coisa por fazer! (pelo menos era o que parecia da janela do meu comboio). Nessa altura estava longe de imaginar que este viria a ser o meu bairro, a minha primeira morada quando saísse de casa dos pais. E não está nos meus planos mudar de morada tão cedo! Porque é de facto um privilégio viver nesta zona da cidade, num bairro bonito, limpo, com imensos espaços verdes e o rio à mão de semear. Como caracteriza os residentes do Parque das Nações? Noto que é um bairro de gente ativa, com consciência cívica e capacidade de mobilização em torno dos assuntos relacionados com a defesa do Parque das Nações.


PERFIL | NP | 33 Considera que existe “espírito de bairro”? Embora seja um dos bairros mais recentes de Lisboa, é possível fazer vida de bairro no Parque das Nações e privilegiar desta forma o comércio tradicional, algo que me agrada muito. A zona norte, onde resido, tem um bom talho (o Mercado da Carne Gourmet) e um mini-mercado com produtos de grande qualidade, na sua maioria nacionais, onde muitos dos clientes são tratados pelo nome (o Pomar da Rosa). Tem ainda uma livraria feita à medida dos miúdos onde as famílias podem ficar a ler um livro com o Tejo em pano de fundo (a Cabeçudos) e uma casa de chá e scones que convida a um lanche demorado (Saboreia Chá e Café). Para nos manter em forma temos o Clube Tejo, onde o meu marido joga ténis todas as semanas. Já eu elejo o calçadão junto ao rio para as minhas corridas de final de tarde. Pode considerar-se esse o local de que mais gosta? Julgo que sim. Aqueles 30, 45 minutos de corrida ao ar livre são óptimos para exercitar o corpo, mas também a mente. Servem para organizar ideias, tomar decisões ou simplesmente libertar o stresse nos dias mais exigentes. O que considera que faz falta aqui no Parque das Nações ao nível de serviços? Pode ser que algum dos nossos leitores possa ficar interessado na ideia e a implemente. Falta uma boa padaria, que seja uma mistura entre a boulangerie francesa e a clássica leitaria portuguesa. Estou ansiosa que a “Padaria Portuguesa” cumpra o seu objectivo de ter uma padaria em cada bairro de Lisboa e chegue rapidamente ao Parque das Nações. Qual é o meio de transporte que utiliza com mais frequência? Sempre que posso, deixo o carro a “descansar” na garagem e uso a bicicleta nas minhas deslocações até ao meu local de trabalho ou outros destinos dentro do Parque das Nações. Lastimo apenas que não exista na Alameda dos Oceanos e nos troços adjacentes, uma via exclusiva para bicicletas, com um pavimento adequado. O que gostaria de ver melhorado? Para quem usa a bicicleta numa base diária, são desencorajadores alguns pavimentos existentes (Alameda dos Oceanos). Outro ponto a melhorar seria o tráfico na Avenida D. João II, nomeadamente o troço entre o Campus Justiça e a Estação do Oriente. Conduzir nesta via, sobretudo de manhã, ganha contornos de uma verdadeira gincana, devido às muitas viaturas de distribuição estacionadas em segunda fila. E sobre o Pavilhão do Conhecimento? É muito compensador trabalhar num dos equipamentos mais dinâmicos do Parque das Nações e que mais contribui para o seu fluxo de visitantes. O Pavilhão do Conhecimento é o maior museu de ciência do país e tem como missão aumentar os níveis de literacia científica e tecnológica da população. Ali contrariam-se algumas regras básicas dos museus. Não há placas com avisos de “Não tocar” e o monitor (guia) só olhará para o visitante de lado se o apanhar de mãos nos bolsos [risos]. No Pavilhão do Conhecimento é obrigatório sentir a ciência na ponta dos dedos. Exposições, actividades experimentais, colóquios, encontros com investigadores e actividades outreach fazem deste espaço uma casa de ciência para todos – e não só para crianças, como alguns possam pensar.

Tem muitos visitantes do PN no Pavilhão do Conhecimento? Os moradores do Parque das Nações acabam por ser visitantes assíduos do Pavilhão e alguns deles já são nossos conhecidos, até os tratamos pelo nome. É engraçado que para muitas famílias o Pavilhão acaba por ser uma rotina de fim-de-semana e aparecem para participar numa actividade de laboratório, visitar uma exposição acabadinha de chegar ou tão-somente tomar o pequeno-almoço! A este propósito, informo que dispomos de um novo restaurante e cafetaria com esplanada, aberto de terça a domingo, das 09h00 às 24h00. Chama-se amo.te ciência e é gerido pelo Grupo amo.te. Existe alguma campanha específica para residentes no PN? Os residentes do Parque das Nações acabam por ser um grupo considerável dentro dos sócios do Pavilhão do Conhecimento. A proximidade geográfica é um factor que convida a visitas regulares e nesse sentido o cartão de sócio funciona como uma espécie de livre-trânsito. Mediante o pagamento de uma quota, o sócio pode visitar o

“Falta uma boa padaria, que seja uma mistura entre a boulangerie francesa e a clássica leitaria portuguesa. Estou ansiosa que a “Padaria Portuguesa” cumpra o seu objectivo de ter uma padaria em cada bairro de Lisboa e chegue rapidamente ao Parque das Nações.”

Pavilhão as vezes que quiser, durante um ano, e usufruir de outras regalias, como descontos na loja e na livraria. Há outros dois projectos que merecem ser partilhados com os leitores do Notícias do Parque. Um deles é o Clube de Minitores Ciência Viva. Não é engano, o nome é mesmo este. Quem tem filhos apaixonados por ciência, este clube é para eles. Os “minitores” são monitores em ponto pequeno que ajudam os monitores crescidos do Pavilhão a receber os visitantes, ao mesmo tempo que participam em actividades, exploram módulos e respondem a desafios. Este clube é para crianças dos 8 aos 12 anos e funciona aos sábados à tarde, das 14.30 às 18.30. A pensar no público sénior, criámos o Clube C60+. Acreditamos que a ciência é importante para todos, mesmo para quem foi à sua última aula de ciência há muito tempo. Este clube funciona na primeira e na última quarta-feira de cada mês e da sua programação fazem parte actividades de laboratório, ateliês, visitas às exposições, saídas de campos e “Chás com Ciência”, onde convidamos investigadores a uma conversa com os nossos seniores. Todas as informações sobre estes dois clubes podem ser consultadas em www.pavconhecimento.pt. Sócios do Pavilhão do Conhecimento: Preços: Jóia - 5€

(apenas paras novas assinaturas)

Assinatura individual - 17,5€ Assinatura jovem / sénior - 9,5€ Assinatura família - 35€

(até 2 adultos e número ilimitado de filhos até 17 anos)

Clube de Minitores Ciência Viva Quota anual de 35€ Clube C60+ Quota anual de 35€


34 | NP | ENSAIO

RODAS

Mazda 5

Por: Jorge Santos Farromba

rodasdoleitor@gmail.com

“Em resumo, para Pais com crianças e que ainda, ocasionalmente, tenham de transportar os Pais ou os sogros, ou os amigos dos filhos, esta solução é cada vez mais consensual...”

Nos dias que correm ou talvez da idade, a nossa noção de família vai-se alterando e isso ou a necessidade de satisfazer a família, que vamos tendo, aguçou o engenho dos engenheiros das marcas para o desenvolvimento de viaturas que pudessem transportar mais passageiros, mas sem o ónus de andarmos com um furgão, ou um mini-bus. Surgem assim os monovolumes que, mercê do seu design e artifícios usados, conseguem transportar 7 pessoas, com comodidade. O mercado automóvel possui atualmente muitas possibilidades em várias marcas, valendo a preferência pela marca, pelo motor usado e pelos “detalhes” mais conseguidos nuns que noutros. Hoje, o sistema de rebatimento da 3ª fila de bancos, que se escondem na bagageira, deixou de ser um fator diferenciador para passar a ser um standard. O rebatimento das costas dos bancos da 2ª fila para permitir a entrada para a 3ª fila, segue pelo mesmo diapasão. O facto desta 2ª fila se poder deslocar para na 3ª fila se ganhar mais espaço, ainda não é solução de todos (provavelmente pela distância entre eixos mais reduzida), elemento esse que o 5 já traz e que permite transportar, com mais conforto, adultos na 3ª fila. Relativamente ao design exterior, este tenta seguir a linhagem da restante gama, onde surgem lateralmente 3 nervuras, que pretendem dar algum dinamismo a esta zona, de modo a não denotar o tamanho deste modelo. Na zona posterior, os faróis seguem um desenho diferente e que, pessoalmente, combina melhor em cores claras. Aqui, o acesso ao enorme portão traseiro e à enorme bagageira é ponto assente (mesmo com 7 lugares o espaço nesta zona é superior a alguma concorrência). No interior os bancos da 2ª fila permitem que se opte por várias inclinações nas costas, mas tanto aqui, como na 3ª fila, falta o ar condicionado, assim como, permitir que os comandos de abertura das portas (em calha – claramente um ponto muito conseguido e de extrema utilidade para pessoas com menor mobilidade) e dos vidros fossem iluminados. Um outro detalhe curioso do Mazda 5 é permitir esconder o banco do meio, num dos bancos da 2ª fila. Simples e engenhoso. Em estrada, o 5 revelou-se muito comedido a 100km/hora, com uma média de 5,2 litros e AC ligado, com um motor enérgico em qualquer regime. Os bancos com os seus apoios individuais para os braços, ajudam a tornar ainda mais confortáveis as viagens. Em resumo, para Pais com crianças e que ainda, ocasionalmente, tenham de transportar os Pais ou os sogros, ou os amigos dos filhos, esta solução é cada vez mais consensual, pois estes automóveis conduzem-se como um veículo ligeiro (tendo em atenção o aumento do tamanho e algumas leis da física) e apresentam hoje um design muito interessante. Preços a partir de 29.700 a 33.000€


“Uma longa viagem começa com um único passo”

VIAGENS | NP | 35

Lao -Tse

CIDADES HISTÓRICAS DE CASTELA

1º DIA – LISBOA / MÉRIDA Comparência na Gare do Oriente (estação de autocarros) em Lisboa, 30 minutos antes da partida. Iniciamos a nossa viagem às 09h00 em direção a Mérida , cruzando Portugal pelo Alto Alentejo até à cidade fronteiriça de Badajoz. Continuação para a antiga Emérita Augusta, fundada nas margens do rio Guadiana. Almoço em restaurante local. De tarde passeio a pé pelo centro histórico que nos conduz até ao conjunto

arquitetónico Património Mundial da Humanidade: a ponte romana sobre o rio Guadiana, o templo de Diana e o bem preservado Teatro Romano e Museu do mesmo nome. Alojamento e jantar no Hotel Las Lomas**** ou similar. 2º DIA – MÉRIDA / TOLEDO / MADRID Pequeno-almoço no hotel. Partida para Toledo através das belas paisagens de Castela-la-Mancha. Com uma situação fantástica no topo de um esporão granítico rodeado pelo rio Tejo, a antiga cidade Imperial e sede do primado das Espanhas, foi-se desenvolvendo de uma forma labiríntica ao longo dos séculos, onde viveram em perfeita harmonia judeus, católicos e muçulmanos. Almoço em restaurante local. De tarde, visita a pé com guia local desta cidade Património Mundial da Humanidade. Por entre o emaranhado de ruas passamos pela catedral, a antiga Sinagoga, hoje Igreja de Santa Maria-a-Branca e a igreja de S. Tomé. De seguida, continuação da viagem até Madrid. Alojamento e jantar no Hotel Holiday Inn las Piramides*** ou similar. 3º DIA – MADRID Pequeno almoço no hotel. Visita da cidade capital do Reino. Cidade cosmopolita e moderna, detentora de grande riqueza monumental e de um impressionante tesouro artístico nos seus numerosos e importantes museus. A famosa Gran Via,

Peseo da Castellana, Fontes de Cibeles e Neptuno, Plaza de Espanha, a Praça das Portas do Sol, o Parque del Buen Retiro, a monumental praça de Touros, Palácio Real, Paseo del Prado e a Calle Serrano com as suas lojas de marca. Almoço em restaurante local. Tarde Livre para atividade de gosto pessoal. Alojamento e jantar no hotel. 4º DIA – MADRID / SEGÓVIA / ÁVILA / SALAMANCA Pequeno-almoço no hotel. Partida em direção à nobilíssima cidade de Segóvia, Património da Humanidade e importante posto militar romano, como nos demonstra o imponente aqueduto do século I, rica em igrejas românicas, plena de ruas pitorescas, destacando-se a Plaza Mayor, plena de esplanadas, local de encontro predileto dos habitantes, e a Catedral em estilo gótico tardio. Almoço em restaurante local. Após o almoço continuação da viagem para Ávila. Visita da cidade Património Mundial da Humanidade e a mais alta capital de província espanhola, situada a 1.131 metros e intitulada “ciudad de cantos, ciudad de santos”. Aqui nasceu Santa Teresa de Jesus, Doutora da Igreja. Continuação da viagem para Salamanca. Alojamento e jantar no Hotel Catalonia Plaza Mayor**** ou similar. 5º DIA – SALAMANCA / LISBOA Pequeno-almoço no hotel. Início da visita de Salamanca. A Plaza Mayor, considerada a mais ele-

gante do país é o ponto de encontro social de uma população ligada à famosa Universidade fundada em 1215, ao mesmo tempo que a de Paris. Destacamos também a casa das Conchas e as duas catedrais. Almoço em restaurante local. Ao iníco da tarde, continuação da viagem para Portugal. Passagem por Coimbra e continuação até Lisboa, onde terminará a viagem na estação de autocarros da Gare do Oriente. Fim da Viagem.

DESDE EUR 495,00

Inclui: Circuito em moderno autocarro de turismo de acordo com itinerário; Acompanhamento por experiente guia privado, de língua portuguesa, durante toda a viagem; Alojamento nos hotéis indicados ou similares, em base de duplo; Todos os pequenos-almoços; Refeições indicadas no itinerário; Visitas e entradas conforme programa; Guia local em Toledo; Seguro Multiviagens – capital € 30.000; Taxas de turismo, serviço e IVA. Não inclui: Bebidas, despesas de caráter pessoal e quaisquer serviços não mencionados como incluídos; Despesas de reserva no valor de 15 EUR por reserva.

“Neste Inverno, só fica em casa quem quer” - Preços e condições fantásticas para as suas férias Madeira Partidas até 31 de Julho de 2012 Desde Eur 280,00 Açores Partidas até 28 de Abril de 2012 Desde Eur 285,00 Algarve Estadias até 31 de Março de 2012 Iberotel Clube Praia da Rocha *** Desde Eur 15,50

Marrakech Partidas até 30 de Março de 2012 Desde Eur 310,00

Egipto Partidas até 30 de Outubro de 2012 Desde Eur 685,00 Ilha de Santiago Partidas até 30 de Abril de 2012 Desde Eur 575,00

Cruzeiro MSC Splendida Partidas até 11 de Novembro de 2012 Desde Eur 540,00

Maurícia Partidas até 30 de Outubro de 2012 Desde Eur 1.560,00

Jamaica Partidas até 15 de Dezembro de 2012 Desde Eur 1.205,00

Circuito na Bolívia Partidas até 15 de Dezembro de 2012 Desde Eur 2.140,00

Bali Partidas até 30 de Outubro de 2012 Desde Eur 1.350,00

Tahiti Partidas até 20 de Dezembro de 2012 Desde Eur 2.310,00

Oferta para Programação do Operador Soltrópico 1 kit de férias Dermalógica + suplemento de partida nos programas com início entre Novembro e Abril, excepto em períodos festivos.

Consulte a Agência de Viagens JC Tours – ao Parque das Nações Rua do Cais das Naus, Lote 4.04.02H I www.jctours.pt I +351 217 817 180

Os preços apresentados são por pessoa em quarto duplo e estão sujeitos à disponibilidade de lugares, nas categorias em que se baseiam os valores acima, no momento do pedido de reserva.


36 | NP | AGENDA

Experimente gratuitamente Yoga na Natureza

CURSOS DE PÁSCOA NO THE KIDS CLUB EXPO A pensar numa ocupação para os seus filhos durante este período que os beneficie e os prepare para o futuro, o “The Kids Club Expo” desenvolveu um curso de Férias de Páscoa divertido que permite a consolidação e reforço da aprendizagem da língua inglesa. O curso é desenvolvido por pedagogos e conjuga o ensino da língua com outras actividades de carácter lúdico (artes plásticas, teatro, jogos, visitas culturais, desporto, etc.). Metodologia própria, divertida e estimulante que ensina a língua dando grande ênfase à conversação e pronúncia. O curso irá

Este projecto permite a experimentação gratuita de aulas, para quem se quiser iniciar ou para quem já está habituado a praticar Yoga. As aulas decorrem na Zona Norte, no pontão em frente à Casa do Arboreto (Cruz Vermelha). O horário é: terças e sextas, das 9:30 às 10:30. Existe, ainda, a possibilidade de aulas privadas, mediante combinação. Contactos: 933 123 840 yogananatureza@gmail.com Traga o seu tapete! Seja Feliz e Saudável!

Especialidades: Peixe à pescador Arroz de tamboril c/gambas Choco frito à setubalense

Provavelmente o melhor peixe fresco de Lisboa

Rua da Pimenta, nº 31 - 1990-254 Parque das Nações Entre o Pavilhão Atlântico e a Torre Vasco da Gama Telefone: 218 961 040 - Gerência de Rui Mateus/Telemovel: 916783640 Email: geral@restaurantepeixaria.com - www.restaurantepeixaria.com

O curso conjuga o ensino da língua com outras actividades de carácter lúdico decorrer de 26 de Março a 5 de Abril, diariamente, entre as 9h00 e as 18h, e está orientado para crianças dos 3 aos 12 anos.

Terreiro dos Corvos N5 / Parque das Nações Tel. 21 8956445 / 96 8779220 email: kidsclubexpo@yahoo.com


ARTE E PRAZERES

AGENDA | NP | 37

Por: Ana Catarino - Casino Lisboa “I LOVE YOU”

Uma sugestão cultural para o Casino Lisboa. A Galeria de Arte do Casino Lisboa apresenta, a partir desta sexta-feira, dia 24 de Fevereiro, uma exposição intitulada “I LOVE YOU” de Rueffa. Um dos principais objectivos da Galeria de Arte do Casino Lisboa consiste em trabalhar como plataforma na promoção de artistas, numa tentativa de os impulsionar para o mundo das artes plásticas. Rueffa, e jovem artista de vinte e seis anos, transporta-nos para os anos 50, num universo de pinups inspirado nos actores da Idade do Ouro do cinema americano. “I LOVE YOU” é um projecto versátil, que contempla seis qua-

Tempura de Caranguejo de Casca Mole RESTAURANTE MoMo Casino Lisboa

dros e duas esculturas que, e, através das técnicas utilizadas (aplicação de resina poliéster e pintura em aerógrafo), concebe uma tridimensionalidade e profundidade intencional e estruturalmente plástica. Na avenida luxuosa de palmeiras, néones, cores e fumo, assistimos aos capítulos de sedução, paixão

e mistério que se desenrolam para deleite dos sentidos. Esta Exposição estará patente ao público de 24 de Fevereiro a 18 de Março, de Domingo a quintafeira, das 15h00 às 03h00, e às sextas-feiras e sábados das 16h00 às 04h00, na Galeria de Arte do Casino Lisboa.

A Tempura de Caranguejo de Casca Mole é a minha sugestão gastronómica, para esta edição. Esta entrada tem a sua origem na cozinha Japonesa e trata-se de uma tempura de caranguejo de casca mole com amêndoas laminadas. É servido com um molho de abacate e lima e um molho de papaia e malagueta criando uma explosão de sabores entre o doce e o picante dos molhos e a textura crocante da tempura.


AGENDA FAMÍLIA 38 | NP | AGENDA

Para os filhos e pais do Parque das Nações: Ciência, cozinha e viagens ao espaço... aqui no Pavilhão do Conhecimento

“Nesta Páscoa, prova da garrafa que diz “BEBE-ME” e vê o mundo crescer à tua volta! O relógio parou na hora do chá e a mesa está posta com actividades que fazem cócegas na nossa percepção, brincam com o nosso cérebro e confundem escalas e proporções.” FÉRIAS COM CIÊNCIA PÁSCOA Pela toca do coelho

“Ai, ai! Ai, ai! Vou chegar atrasado demais!” – disse o Coelho Branco de colete, a caminho do Pavilhão do Conhecimento. O livro Alice no País das Maravilhas serviu de inspiração para as Férias com Ciência no Pavilhão do Conhecimento. Nesta Páscoa, prova da garrafa que diz “BEBE-ME” e vê o mundo crescer à tua volta! O relógio parou na hora do chá e a mesa está posta com actividades que fazem cócegas na nossa percepção, brincam com o nosso cérebro e confundem escalas e proporções.

Faixa etária: dos 6 aos 11 anos. As actividades repetem-se de uma semana para a outra. Horários: das 09.00 às 18.00 (as crianças poderão ser recebidas a partir das 08.30) Preços: 1 dia – 40 Euros (35€ sócios Pavilhão) 4 dias – 140€ (120€ sócios Pavilhão) 5 dias – 160€ (140€ sócios Pavilhão) * almoço e lanche incluídos Inscrições 21 891 71 00 | info@pavconhecimento.pt

PAI, VOU AO ESPAÇO E JÁ VOLTO!

E há suspiros que suspiram, uma maionese sentimental sempre tão emulsionada e ovos às claras, saídos da casca. Depressa, não percas o Coelho Branco de vista! Esta Páscoa ele fez a toca no Pavilhão do Conhecimento.

Na actividade Pai, vou ao Espaço e já volto!, o tempo passa mais depressa do que um cometa no céu. O orientador é o astrónomo José Matos, que sabe tudo sobre viagens no Espaço, lanches em naves, meteoritos, marcianos, pedaços de estrelas e planetas.

Datas: de 26 a 30 de Março e de 2 a 5 de Abril.

As crianças conversam, perguntam, desafiam e

experimentam, sem parar. E a cada minuto ficam um bocadinho mais astronautas. PROGRAMA: Do ar ao Espaço | 19 Fevereiro A conquista do Espaço | 18 Março A conquista da Lua | 22 Abril Viagens ao planeta vermelho | 13 Maio Os Rodinhas do Espaço | 17 Junho A vida na Terra | 15 Julho Esta actividade destina-se a crianças entre os 6 e os 12 anos e tem lugar aos domingos, às 15h30. Cada sessão tem um custo de 5€/participante e é gratuita para os pais, caso queiram assistir. Inscrições: 21 891 71 00| info@pavconhecimento.pt LABORATÓRIO

Maré Negra

O que é uma maré negra? Que efeitos poderá ter no ambiente e, em particular, sobre os seres vivos marinhos? Venha simular um acidente com um navio petroleiro, analisar as suas consequências e testar diferentes métodos de remoção do petróleo da água. Plâncton sob investigação Que misteriosos organismos marinhos derivam ao sabor da corrente nos nossos oceanos? Venha observar plantas e animais mais pequenos do que uma cabeça de alfinete e descobrir os seus estranhos hábitos de vida. Plasticina electrizante E se construir circuitos eléctricos fosse tão simples como brincar com plasticina? Traga um pouco de imaginação e venha “iluminar” o Pavilhão do Conhecimento com as suas próprias esculturas.

Estas actividades estão incluídas no bilhete de entrada e ocorrem durante o fim-de-semana, às 12.00 e 16h30 (sujeito a confirmação no próprio dia). Participação limitada.

TARDES OCEÂNICAS

A par da exposição temporária O Mar é fixe mas não é só peixe, conheça o mar a fundo com as actividades do Pavilhão do Conhecimento. 3 Março | Recursos Marinhos Venha explorar todo o potencial do mar: Pesca e Aquicultura, Energia e Biotecnologia. 14 Abril | Titanic e a história da construção naval No dia em que se comemora o centenário do Titanic venha explorar a história da construção naval, e perceber porque se afundou este navio. Construa o seu próprio barco, faça o baptismo de mergulho e participe em actividades trazidas pela Marinha Portuguesa. 19 Maio | O Oceano Profundo Descubra como é a vida no mar profundo, qual o potencial da expansão da Plataforma Continental e que técnicas e equipamentos são utilizados na exploração dos fundos oceânicos. Estas actividades são gratuitas e decorrem aos sábados, das 11.00 às 18.00. Não requerem inscrição prévia, basta aparecer. Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva Alameda dos Oceanos, Lote 2.10.01 1990-223 Lisboa (+351) 218 917 100 www.pavconhecimento.pt


AGENDA | NP | 39

LIVRARIA CABEÇUDOS

estarĂŁo mesmo lĂĄ presentes para te receber. AtravĂŠs de diversas atividades e brincadeiras, vais perceber como os animais precisam tanto de cuidados e de carinho como todos nĂłs. Contamos contigo! Dinamizador: VitĂłria Figueiredo e LPDA

1) Estação DOREMI Data: Ă 5Âş feira (1, 8, 15 e 22 de Março) Hora: 18 h Duração: 1 h Idade: dos 0 aos 4 anos Preço: 50â‚Ź/mĂŞs Descrição: Estação DOREMI ĂŠ um espaço onde Cuidadores (Pais, AvĂłs, Amas,‌) e BebĂŠs, com ajuda de Pedagogos Musicais, vĂŁo Ă descoberta musical, privilegiando a voz humana, o movimento e a interação. AtravĂŠs da partilha da linguagem musical, desde a canção de embalar ao canto mediterrâneo, este projeto visa oferecer Ă criança a possibilidade de se encontrar nas mais diversas formas lĂşdicas do universo infantil. Dinamizador: Vera Vieira (direcção e voz) e Jan Gomes (voz e acompanhamento musical) 2) Conta-me histĂłrias‌ Ferozes Animais Selvagens Data: 4 de Março Hora: 11 h Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5â‚Ź por criança / 2.5â‚Ź por adulto Descrição: O JoĂŁo perdeu-se na floresta e a mĂŁe jĂĄ o tinha avisado dos perigos que corria. Os animais que vai encontrando tambĂŠm vĂŁo ficando amedrontados. O urso, o elefante, o leĂŁo,‌ partilham o medo com ele. SĂł hĂĄ uma maneira de saber que ferozes animais selvagens sĂŁo esses, ĂŠ vires Ă CABEÇUDOS. Dinamizador: Leonor Tenreiro 3) Conta-me histĂłrias‌ Eu Espero‌ Data: 9 Março Hora: 22 h Duração: 1 h Idade: Adultos Preço: 5â‚Ź por pessoa Descrição: Aqui estĂĄ um ĂĄlbum a que os adultos nĂŁo resistem. O fio da vida enrola-se e desenrola-se com o correr do tempo, numa sucessĂŁo de etapas ao mesmo tempo previsĂ­veis e inesperadas. É incrĂ­vel o poder que este livro tem para nos emocionar‌ Dinamizador: Elsa Serra 4) Oficina de Filosofia e Criatividade – A Aleg(o)ria da Caverna Data: 10 Março Hora: 11 h Duração: 1 h Idade: maiores de 5 anos Preço: 5â‚Ź por pessoa Descrição: Filosofar pode ser divertido e ĂŠ uma das ferramentas por excelĂŞncia para treinar a mente. É isto o que pais e crianças podem descobrir juntos nesta oficina que combina a filosofia para crianças com tĂŠcnicas de criatividade, de forma a permitir tirar partido desse questionar sobre o mundo que começa com a idade dos “porquĂŞsâ€?. Dinamizador: Joana Sousa 5) Conta-me histĂłrias‌ PapĂĄ Data: 11 Março Hora: 11 h

Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5â‚Ź por criança / 2.5â‚Ź por adulto Descrição: E qual ĂŠ a criança que nĂŁo sente medo da noite, do escuro e de pesadelos? Uma prova de que ĂŠ possĂ­vel lidar com os temores infantis com leveza e bom humor. Dinamizador: Elsa Serra 6) Oficina: HistĂłria NĂŁo Autorizada da Literatura Infanto-Juvenil Data: 17, 24 e 31 de Março Hora: 10 Ă s 13h Duração: 9 h Idade: Adultos Preço: 70â‚Ź Descrição: A literatura infantil ĂŠ um territĂłrio de fronteiras difusas. A histĂłria oficial concede-lhe sĂł 200 anos de existĂŞncia. O conceito moderno de criança nasce com a revolução industrial, uma ĂŠpoca onde ninguĂŠm falava de direitos humanos. Uma ĂŠpoca de dupla moral e disciplinas extenuantes. Nessa altura a ideia de infância ficou reduzida a uma etapa de transição sem valor em si prĂłpria. Meninas e meninos obrigados a cumprir sem protestar os ditados do pai e da sociedade. Uma moral perversa que equiparava o medo e a violĂŞncia, com o respeito e a educação. Ainda hoje se sofre a influĂŞncia desse pensamento antiquado, e se continuam a escolher livros, leituras e formas de educar ocos e ultrajantes. Esta ĂŠ uma proposta que tenta traçar um percurso alternativo dentro do que ĂŠ considerado infantil. Uma tentativa de fugir do pensamento reitor. Uma histĂłria que nĂŁo pede nem necessita de autorização. Dinamizador: Rodolfo Castro 7) Conta-me histĂłrias‌ O LadrĂŁo de Galinhas Data: 18 Março Hora: 11 h Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5â‚Ź por criança / 2.5â‚Ź por adulto Descrição: Uma galinha vivia tranquilamente numa quinta com pelo menos mais um urso e um coelho. Um dia sem mais nem porquĂŞ eis que vem uma raposa‌ Dinamizador: Bruno Batista 8) Oficina HistĂłrias sobre (e com) Animais Data: 18 Março Hora: 16 h Duração: 1 h Idade: toda a famĂ­lia Preço: entrada livre Descrição: O fascinante mundo dos animais estĂĄ Ă tua espera na Livraria “Cabeçudosâ€?. Com a colaboração da editora Cinco Letras e da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais, poderĂĄs ouvir textos divertidos sobre os teus amigos de quatro patas – alguns

9) Conta-me histĂłrias‌ O BalĂŁozinho Vermelho Data: 25 de Março Hora: 11 h Duração: 45 m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5â‚Ź por criança / 2.5â‚Ź por adulto Descrição: Ao folhear cada pĂĄgina, o leitor aprecia o processo de metamorfose de um balĂŁo em diversos objectos com os quais tem algumas semelhanças: maçã, borboleta, flor... Dinamizador: Ana Alpande 10) Celebração da Primavera Data: 25 de Março Hora: 15 h Duração: 3 h Idade: toda a famĂ­lia Preço: entrada livre Descrição: Celebrar ĂŠ essencial e indispensĂĄvel. Na CABEÇUDOS vamos celebrar a primavera com uma sucessĂŁo de histĂłrias pela boca de inĂşmeros contadores. Venham celebrar connosco! 11) Oficina HistĂłrias Desenhadas Data: 27 de Março

Descrição: Oficina que visa incentivar para a leitura e para escrita, englobando a ilustração como uma forma de expressĂŁo intimamente ligada ao texto, partindo dela para a escrita e vice-versa. SerĂĄ um ateliĂŞ em que cada participante irĂĄ encontrar e explorar as inĂşmeras possibilidades de interligação texto/imagem e como interligação promove o gosto pela escrita/leitura como pela ilustração. Dinamizador: Elsa Serra 12) Oficina HistĂłrias Desenhadas Data: 29 de Março Hora: 10 h Duração: 2 h Idade: dos 6 aos 12 anos Preço: 15â‚Ź por criança/jovem Descrição: O Vento ĂŠ invisĂ­vel e sabe ser forte e meiguinho. É inesperado, mas quando quer ĂŠ constante e ajuda-nos a ir e vir. Com estas caraterĂ­sticas sĂł pode ser uma fonte de inspiração. Uma oficina em que a partir do vento se desenha, se escreve, se cria!... Dinamizador: Marina PalĂĄcio R. Comandante Cousteau, lote 4.04.01, Loja A ¡ 1990-303 Lisboa T: +351 218 005 184 E: info@cabecudos.com - www.cabecudos.com

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Agenda de Março

Hora: 10 h Duração: 2 h Idade: dos 6 aos 12 anos Preço: 15â‚Ź por criança/jovem

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40 | NP | OPINIÃO

Pequenos toques, grandes aprendizagens “A facilidade com que as crianças se familiarizam com estas tecnologias é impressionante!” Ano após ano, são cada vez mais os utilizadores de smartphones e de tablets, estando estes equipamentos a marcar um lugar e a ter uma função transversal na vida dos seus utilizadores. No caso de famílias e existindo crianças, a relação que estas têm com estes dispositivos pode assumir mesmo uma importante função no seu desenvolvimento, mas um olhar atento por parte dos pais é fundamental para o equilíbrio na sua utilização. A facilidade com que as crianças se familiarizam com estas tecnologias é impressionante! Certamente aprendem mais depressa a fazer um swipe num ecrã touch do que a apertar os cordões de uns sapatos. Os conteúdos educacionais e de entretenimento para estes equipamentos têm crescido de forma

exponencial, mas quero aqui focar o papel que os livros interactivos podem ter como novo instrumento de leitura para crianças. Temos de regressar até finais do séc. XIX para começarmos a falar dos primeiros livros interactivos, os livros pop-up. Baseavam-se numa engenharia do papel e foram criados para contar histórias a crianças, tendo sido considerados pela revista Time um dos mais importantes brinquedos de sempre. Actualmente, com a capacidade multifacetada destes equipamentos móveis, a evolução da experiência de leitura dos livros deu um grande salto. E, curiosamente, observa-se que uma criança interage com a mesma facilidade num livro pop-up que num livro interactivo a correr num tablet, o que é admirável porque demonstra a facilidade com que as crianças aprendem quando os meios utilizados são

simples, intuitivos e naturais. Mas afinal de que se trata quando nos referimos aos actuais livros interactivos? Em termos práticos, estes livros assumem, na maioria das vezes, a forma de uma aplicação móvel, disponível em lojas online, e na qual encontramos uma história que é contada com o auxílio de conteúdos gráficos que interagem e de uma banda sonora. Podem ter um conteúdo mais lúdico, com a integração de pequenos jogos, ou mais personalizado apostando numa caracterização da história em função da criança. Em alguns casos podemos encontrar até simulação de comportamentos físicos do mundo real, mas o mais importante é a forma como estes elementos são utilizados e como se relacionam uns com os outros, durante toda a experiência de leitura. Apesar de, pessoalmente, achar que a história é o fio condutor de todo o livro, dizer qual destes elementos é o mais importante torna-se difícil. Se a história é cativante e bonita, mas os restantes recursos são de fraca qualidade ou praticamente inexistentes, então por que não simplesmente sentarmonos ao pé da criança e contarmos a história directamente e de memória? Por outro lado, se temos uma panóplia de interacções e animações vibrantes, mas assentam na história de forma desorgani-

zada e descontextualizada, não estaremos provavelmente perante um livro mais distractivo do que interactivo? O mais importante mesmo é observarmos a criança, de brilho nos olhos e sorriso no rosto, a deliciarse à medida que vai sendo surpreendida página após página, ou melhor, ecrã após ecrã. Infelizmente, a oferta em português é diminuta, o que é uma pena na medida em que existem no nosso país muitos e bons escritores e ilustradores. Os livros interactivos podem ser uma excelente alternativa à televisão, que as crianças vêem, na maioria das vezes, durante tempo excessivo e sem o devido acompanhamento. Sublinhamos, finalmente, que não é ainda habitual a troca de experiências na utilização destes novos meios, área na qual temos muito a aprender uns com os outros, não apenas trocando ideias e sugestões de livros, mas até, quem sabe, realizando sessões de leitura em conjunto, tal como se faz com o livro tradicional. Humberto Neves www.ypodium.com A tua Casa Mágica - uma história interactiva e kpersonalizada

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Engel & Völkers Parque das Nações · AMI 8486 · Telefone +351 210 960 640 · Lisboa@engelvoelkers.com · www.engelvoelkers.com/lisboa


LOCAL | NP | 41

Letters to Eliza

Anastasia Volkhovskaya, moradora do PN, é uma das autoras deste projecto que une a Ucrânia, a Rússia e Portugal. Anastasia é escritora, nasceu na Ucrânia onde se licenciou em Línguas Estrangeiras. Conheceu Pedro Santos (entrevista central da última edição do Notícias do Parque), na Holanda, com quem casou e teve um filho. Vivem os três no Parque das Nações. Acredita que a beleza salvará o Mundo e, por isso, tenta criar coisas bonitas e trabalhar com pessoas que a inspirem. “Letters to Eliza” mais que um livro de ilustrações é um projecto de arte que nasceu do amor pela escrita e pela arte. Escrito por Anastasia Volkhovskaya e desenhado por Yana Fefelova, conta a história de Eliza que recebe cartas de um autor desconhecido. Não são cartas de amor, mas cartas que estão cheias de amor. Com a ajuda dessas cartas, ela vai conseguir iniciar a viagem da vida dela. Trata-se de uma história de descoberta e aceitação. O objectivo é passar, a todos aqueles que andam à procura de respostas, que independentemente de tudo o

que possa acontecer vai correr tudo bem. Trata-se de um projecto internacional que une a Ucrânia, a Rússia e Portugal. As ilustrações são transportadas da Ucrânia (onde vive Yana) para Portugal. O livro será publicado em Português, Inglês e Russo pela Chiado Editora . As ilustrações serão exibidas, em Lisboa, de 14 de Abril a 31 de Junho e na Rússia, em Setembro. Entretanto, está a decorrer, até dia 1 de Abril, uma campanha de angariação de fundos, para conseguir reunir os 5.000€ necessários para o projecto. Trata-se de uma campanha de "crowdfunding" alojada em www.indiegogo.com/Lettersto-Eliza. Pode obter mais informações sobre o projecto e tomar parte dele: ww w.letterstoeliza.com ou em www.faceboo k.com/letterstoel iza.

Eliza, O

s anjos, como o amor, visitam quem neles acredita. Eles não têm asas nem corpos transparentes. Estão aqui para nos abraçar. Já te aconteceu, Eliza, num dia quando chove sem parar e na garganta há um nódulo do tamanho de todos os sofrimentos humanos, quando apetece ir para muito longe num comboio vazio, deixando para trás tudo e todos, quando a gente à volta se empurra e as botas estão completamente ensopadas, de repente teres reparado num olhar dirigido para ti através dos agasalhos cinzentos dos transeuntes? Aquele olhar arrancava-te da multidão e envolvia-te, capaz de te dizer, num segundo, tantas coisas. Mesmo que depois ele desaparecesse no meio da multidão e todas as pessoas à volta continuassem a correr algures esforçadamente, tu já eras outra – transfigurada e pura. Os anjos vivem nos olhos, é onde se sentem melhor. É difícil encontrar o nosso anjo entre os milhões de olhares diferentes, mas o amor também não é fácil de se encontrar. Lembra-te que o teu anjo está sempre ao teu lado, a olhar-te com os olhos das crianças que não conhecem a tristeza, com os olhos dos velhos que através da tristeza conheceram a sabedoria, com os olhos das pessoas que te amam. E mais, sabe, Eliza, que nos teus olhos também vive um anjo e que há quem o procure e esteja à sua espera. Por isso, não te esqueças de levantar os olhos do asfalto corroído pelas poças de chuva e fixar com o olhar.


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O “Alpha” chega ao Parque das Nações

O curso Alpha teve início na igreja Holy Trinity Brompton no centro de Londres, no final da década de 70, como forma de introduzir os princípios básicos da fé a novos cristãos, num ambiente descontraído e informal. O lançamento do curso, no Parque das Nações, foi no final de Janeiro e decorrerá, no IPJ, até ao início de Abril, sendo organizado pela “A Ponte”, Comunidade Baptista do Parque das Nações. Nos últimos quatro anos esta comunidade tem desenvolvido vários projectos de apoio às famílias, actividades para crianças e jovens, e celebrações cristãs que decorrem regularmente todos os domingos, às18h00, na Escola Vasco da Gama. Para esta comunidade, “um Curso Alpha é um espaço onde se pode discutir, partilhar e questionar sem tabus, num ambiente descontraído, os fundamentos da fé cristã e explorar o sentido da vida. O Curso Alpha é dirigido a todos independentemente das suas convicções religiosas e pontos de vista sobre as questões da vida.” Peter Crawford explica que são explorados temas como “Quem é Jesus?”, “Porquê e como ler a Bíblia?”, “Quem é o Espírito Santo”, etc.. Tipicamente cada sessão começa com uma refeição ligeira, seguida de uma pequena palestra que, em cada semana, centra-se num aspecto diferen-

te da fé Cristã. O tema é objecto de discussão, dentro de grupos pequenos, e todos são convidados a contribuir com as suas opiniões e a levantar questões. “Quem já frequentou um Curso Alpha realça o facto de o curso ter mudado a forma de encarar o sentido da vida e a atmosfera agradável e descontraída, das sessões, que culminaram no estabelecimento de laços profundos de amizade”, diz Peter. O curso Alpha teve início na igreja Holy Trinity Brompton no centro de Londres, no final da década de 70, como forma de introduzir os princípios básicos da fé a novos cristãos, num ambiente descontraído e informal. Em 1990, quando o exadvogado Nicky Gumbel assumiu a organização do curso, apercebeu-se de como este curso tão simples poderia, também, ser apelativo para não frequentadores de igrejas. Decidiu então adaptálo de forma a tornar-se mais adequado a este grupo de pessoas. O curso espalhou-se e desenvolveu-se durante os anos 90, inicialmente no Reino Unido e depois em

todo o mundo. Actualmente estão a decorrer cerca de 55.000 cursos, em todo o mundo, organizados por comunidades cristãs de todas as principais denominações. Mais de 18 milhões de pessoas, em 166 países, já frequentaram um Curso Alpha. Em Portugal, os Cursos Alpha tiveram início há cerca de 10 anos, introduzidos pela mão do Padre Jorge Santos que é, actualmente, o director Nacional dos Cursos Alpha em Portugal. Pode obter mais informações consultando o site www.alphaportugal.org ou enviar um email para info@alphaeacidade.com.

“Nicky Gumbel apercebeu-se de como este curso tão simples poderia, também, ser apelativo para não frequentadores de igrejas...”



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