Edição 64

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Distribuição gratuita 10.000 EXEMPLARES

ANO XI - NR.64 - B IME STRAL - ABRI L12 - DI RECTOR: MI GUE L FE RRO ME NESES

CONVERSA COM

LITERATURA INFANTIL

TIAGO MACHADO

CAPITÃO-DE-FRAGATA CORNÉLIO DA SILVA

MARIA INÊS ALMEIDA

pág. 41

págs. 21,22 e 23

págs. 26 e 27

ANALÓGICA OU DIGITAL?

COMANDANTE DO CREOULA

“QUANDO EU FOR... GRANDE”

www.noticiasdoparque.com

FOTOGRAFIA NO PARQUE

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M/18

Desde 2000

Amor à Primeira Vista

Chegámos no dia 14 de Fevereiro, de 2000. Uma família simples e com a paixão pelo melhor que a terra pode dar. Sabemos que ao tratar bem a terra, a terra cuidará bem de nós. Da nossa dedicação, colhemos carinho e amizade. Obrigado a todos. Foi, é e será, sempre, como um amor à primeira vista.

www.casino-lisboa.pt .casino-lisboa.pt todos os dias das 15h00 às 03h00 (6.as, sábados e vésperas de feriado eriado das 16h00 às 04h00)

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EDITORIAL | NP | 3

noticiasparque@netcabo.pt

MAIS

FichaTécnica

MAR Olho para o mundo digital e virtual de que tanto gostas e onde passas cada vez

mais tempo e, apesar de, também, admirar toda a sua grandeza, não posso deixar de me lembrar desse gigante. Desse Mar e daquele pescador. Já velho. Que ainda desce aquelas falésias sagrenses. Contra o vento, contra o Mar, contra o frio. Com uma corda à cintura a saltar de rocha em rocha para apanhar percebes. Lembro-me daquelas noites em que o ouvia a falar sobre história de Portugal. Sobre os nossos antepassados. O que faziam. As suas virtudes. Os seus erros. Os seus ciclos. Sim. Esse mesmo pesca-

Guerreiro do Mar. Domador da vida. E foi isso. Lembrei-me que, se calhar, precisamos de mais Mar. Tu. Eu. Os engenheiros. Os advogados. Os políticos. Portugal. O Mundo. Os mais novos. Os mais velhos. O Mar faz-nos falta. Impede-nos de amolecer. Relembra-nos de que somos feitos. Carne. Osso. Alma. Está constantemente a dizer que existem outros lados. Outras saídas. Outras entradas. Outros sítios. Outros destinos. Outras soluções. Outras ambições. Que existe mais. Que existe sempre mais.

Miguel F. Meneses

a partir de

m

Sim. Mais Mar. Dentro de nós. Mais gana. Mais “ir lá”. Dizemos que descendemos de marinheiros. De homens que se fizeram ao Mar. Para descobrir. Dizemos. Mas dizemos da esplanada. Agora “ir lá”... Quando foi a última vez que tiraste um peixe do Mar? Que construíste um pequeno barco de madeira? Que construíste alguma coisa? E se de repente desligassem o mundo da tomada?

dor que, para ti, era mais um encostado a uma parede, de Sagres na mão. Foi, por um punhado de anos, professor de história. Mas mesmo que não tivesse sido... O seu conhecimento, a sua experiência, o seu contacto, a sua coragem. O seu instinto. O conhecer o Mar, a Natureza, o Homem. A sua gana. O ter enfrentado o Mar durante anos. Isso e o seu par de mãos. Tudo o que basta para ele viver. Para Ser. Para meter a comida na mesa. Com ou sem o mundo ligado à tomada. Seja no Mar. Seja em terra. Seja com ou sem peixe. Em Vila do Bispo ou em Nova Iorque. O Mar fê-lo rijo. Deu-lhe coragem. Gana. Foi lá que, ao perceber a sua insignificância, conseguiu descobrir a sua grandeza. A dele. O “eu consigo”.

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Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Carmo Miranda Machado; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Teles Baltazar; Tiago Machado, Rita de Carvalho. Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919


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IDEIAS PARA UM ORÇAMENTO”

No decorrer de 2011, a Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações lançou o desafio à comunidade para apresentar projetos de valorização do território do Parque das Nações, através da iniciativa “IDEIAS PARA UM ORÇAMENTO” 2012. Integrada numa estratégia de proximidade e de participação ativa da população na gestão do território do Parque das Nações, esta iniciativa obteve uma ampla adesão da comunidade, quer na fase de apresentação das propostas, quer na fase da votação. De facto, a apresentação de 34 projetos e o envolvimento de cerca de 2.500 pessoas, que expressaram a sua decisão ao participar na votação das propostas, constituíram sinais positivos do sentido de cidadania e da vontade de participação na definição de projetos que valorizassem o Parque das Nações. Conforme foi divulgado oportunamente, dos projetos submetidos e aceites para escrutínio, os mais votados foram: “Circuitos de desporto, saúde e bemestar”, “Pista de tartan para prática de jogging” e “Unir o Parque das Nações – Criação de um espaço de lazer“. A proposta nº 10 Circuitos de desporto, saúde e bem-estar – propõe a implementação de 2 percursos para a prática desportiva, um no Parque Tejo e outro no Jardim Cabeço das Rolas, em que estariam disponíveis aparelhos para a prática de exercício físico, contribuindo para a promoção de uma vida saudável e consolidação do espírito de bairro deste território. A proposta nº 9 - Unir o Parque das Nações – propõe a criação de um espaço

desportivo e de lazer na zona por debaixo da Ponte Vasco da Gama, que serviria simultaneamente como elo de ligação entre a extremidade norte e a zona central deste território. A proposta nº 2 “Pista de tartan para prática de jogging”, embora tenha sido a 2ª mais votada, não pôde ser considerada, dado que o valor remanescente (60.000€), deduzido o montante afeto à concretização do projeto classificado em 1º lugar, não comportaria o valor estimado para a sua implementação. Contrariamente àquilo que eram, por altura do lançamento da iniciativa, as expectativas da Parque Expo - Gestão Urbana do Parque das Nações, não será possível assegurar a concretização destes projetos em 2012, atendendo à conjuntura económico-financeiro, à reestruturação do Grupo Parque EXPO e à transferência da gestão urbana do Parque das Nações para as autarquias territorialmente competentes, atualmente em curso. Contudo, dando seguimento ao que considera um compromisso seu, a Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações irá transmitir aos municípios os resultados desta iniciativa, na expectativa de que aquelas entidades possam concretizar algumas das propostas apresentadas e continuem a promover o envolvimento da comunidade na gestão deste território. A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações agradece a toda a comunidade a participação nesta iniciativa esperando a melhor compreensão da população para as condicionantes apresentadas.

“A apresentação de 34 projetos e o envolvimento de cerca de 2.500 pessoas, que expressaram a sua decisão ao participar na votação das propostas, constituíram sinais positivos do sentido de cidadania e da vontade de participação na definição de projetos que valorizassem o Parque das Nações.”

A proposta nº 10

A proposta nº 9


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MAIS UMA EDIÇÃO DA CORRIDA

TERRY FOX

NO PARQUE DAS NAÇÕES A 17ª edição da corrida Terry Fox, prova de solidariedade também conhecida como Maratona da Esperança, vai realizar-se no sábado, dia 12 de Maio às 11.00h, no Parque das Nações (junto ao Pavilhão de Portugal/Rossio dos Olivais), com inscrições a partir das 9.30h. Esta corrida é uma homenagem ao jovem canadiano Terry Fox, que, apesar de lhe ter sido diagnosticado um carcinoma ósseo,

e motivado pelo sofrimento espalhado à sua volta, acreditou que era possível lutar contra o cancro. Terry Fox percorreu o Canadá a pé, mesmo após lhe ter sido amputada a perna direita, para angariar fundos para esta causa. Morreu muito jovem, mas legou-nos o seu sonho, que nós concretizamos, dedicando o valor total angariado à investigação científica em oncologia, por ser este o seu desejo expresso, como consta nos estatutos da

Fundação com o seu nome. As 16 corridas realizadas até agora em Portugal, com a colaboração da Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Sul e a Embaixada do Canadá, permitiram financiar

46 projectos de Investigação. A Luta Contra o Cancro também é feita por si, por isso traga a família e passe uma manhã divertida e saudável. O valor da inscrição/donativo é de 5 € e a Liga Portuguesa

Contra o Cancro oferece uma t-shirt alusiva à corrida. Para mais informações por favor contacte a Liga Portuguesa Contra o Cancro (Núcleo Regional do Sul.

Telf: 21 726 40 99 Fax: 21 726 33 63 Telm: 915 999 900, e-mail: nucleosul@ligacontracancro.pt).


6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN

Vamos permitir

dividam

que a nossa comunidade? Caro(a) morador(a)/comerciante do Parque das Nações: Por deliberação do passado dia 2, da Assembleia da República, todos os Projectos de Lei sobre a Reorganização Administrativa de Lisboa desceram à Comissão do Poder Local, para apreciação. Nem todos os Projectos de Lei prevêem a integração de todo o Parque das Nações na futura freguesia, continuando este espaço dividido por dois concelhos e três freguesias, situação que, obviamente, é contrária aos nossos interesses. Nada está perdido, mas, também, nada está ganho. Há, de resto, sinais preocupantes de que alguns partidos políticos possam faltar aos compromissos publicamente assumidos de apresentarem e votarem favoravelmente iniciativas legislativas para a inclusão de todo este território na futura freguesia do Parque das Nações. A AMCPN continua a desenvolver todos os esforços no sentido de se alcançar a única decisão do interesse do Parque das Nações, ou seja, que o limite norte da nossa freguesia seja a foz do Rio Trancão. Apelamos, por isso, a todos os moradores e comerciantes do Parque das Nações, que assinem uma nova Petição dirigida à Assembleia da República, que já está a circular. Para envio via electrónica, pode aceder a http://www.peticaopublica.com/?pi=P2012N21749. Para a recolha nos prédios e estabelecimentos, basta imprimir o texto da Petição e folha de assinaturas, agrafando-se as mesmas. Após recolha das assinaturas, basta contactar a AMCPN, para entrega das mesmas. Apelamos ao empenho de todos para que, no mais curto espaço de tempo, consigamos o maior número possível de assinaturas. Aceda aos documentos, no site da AMCPN no título: Freguesia do Parque das Nações – Não nos Renderemos! Lembre-se de que, se parte do Parque das Nações ficar fora da futura freguesia, todos ficamos a perder. O Parque das Nações foi concebido e edificado como uma nova centralidade da cidade de Lisboa, com estruturas, nomeadamente as galerias técnicas, o sistema de recolha de resíduos, sis-

tema de climatização, sistema de rega, entre outros, incompatíveis com uma gestão por diversas autarquias. E caso se concretize a divisão, teremos cinco autarquias a intervir na gestão urbana deste território: as freguesias do Parque das Nações, Moscavide e Sacavém e as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures. Teremos ruas que pertencerão às cinco autarquias! Iremos assistir a incoerências urbanísticas descaracterizadoras do nosso bairro – cada autarquia

dades serão, igualmente, definidas por cada uma das autarquias, pouco importando o impacto das mesmas sobre o todo que é este projecto urbano único no nosso país, que ainda hoje é objecto de estudo por parte de académicos de todo o mundo, em diversas áreas, e de atenção da comunicação social de todos os continentes. Haverá crianças que deixarão de poder frequentar escolas públicas no seu bairro e terão de ir para Moscavide, Sacavém, Bodadela, Camarate ou

“A AMCPN continua a desenvolver todos os esforços no sentido de se alcançar a única decisão do interesse do PN, ou seja, que o limite norte da nossa freguesia seja a foz do Rio Trancão. Apelamos, por isso, a todos os moradores e comerciantes do PN, que assinem uma nova Petição dirigida à Assembleia da República, que já está a circular. “ gere a sua parte do território regendo-se pelos critérios que ela própria definirá. Os padrões de limpeza serão, seguramente, diferentes. As priori-

outras localidades do concelho de Loures, longe das suas casas e dos seus amigos. Muitos de nós, apesar de ir ser construído um Centro de Saúde

no Parque das Nações, teremos de nos servir de equipamentos de saúde em Moscavide ou Camarate. O mesmo acontecerá no que respeita a acesso às Repartições Públicas, nomeadamente, Finanças, Conservatórias, Tribunais e mesas de voto nos actos eleitorais. A sede da nossa Paróquia – A Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes do Parque das Nações – ficará fora da freguesia do Parque das Nações. As carreiras de autocarros da Carris tão necessárias para servir equipamentos escolares localizados na área do concelho de Loures, frequentados pelos nossos filhos, que estamos a reivindicar, jamais serão criadas, com o argumento de que a localização dos mesmos é em zona suburbana. É esse o argumento que hoje nos dão para não criarem as referidas carreiras. E tudo isto terá, igualmente, reflexo no valor do nosso património, independentemente do mesmo se situar na área de Lisboa ou Loures. Não tenha a menor dúvida de que tudo isto será uma realidade, já a partir de Julho próximo (porquanto a Parque Expo, no âmbito do processo de extinção em curso, deixará de assegurar a gestão urbana do Parque das Nações a partir de 1 de Junho), caso seja aprovada pela Assembleia da República, a proposta de criação da freguesia do Parque das Nações, com os limites propostos no acordo celebrado entre o PS e o PSD, no passado dia 21 de Janeiro, consubstanciados no Projecto e Lei n.º 120/XII/1.ª que deixa de fora um terço do Parque das Nações, dividindo a nossa comunidade, em obediência a princípios e lógicas que nada têm a ver com os interesses de quem escolheu este bairro para viver ou sediar os seus estabelecimentos e empresas. Mas não tem de ser assim. Não pode ser assim. Depende de si que não seja assim. Assine e divulgue junto de familiares, amigos ou colegas de trabalho a Petição contra esta proposta de divisão do Parque das Nações, forçando os partidos políticos a respeitar a nossa vontade e os compromissos públicos que assumiram. A AMCPN


PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP | 7

Contactos: Casa do Arboreto Passeio dos Heróis do Mar – Parque do Tejo (Junto ao Parque Infantil do Gil) Email: geral@amcpn.com Tlm: 932 037 474 / 932 037 473 www.amcpn.com www.facebook.com/AMCPN

Centro de Saúde

Di a 1 2 A b r i l

15h Re c e ç ã o Pa r t i c i p a n t e s

CULTURA

CONVÍVIO

15: 15

16h

Co n f e r ê n c i a

Lanche

As Mu lh er es d a 1ª. Rep ú b lic a

do Parque das Nações

Mu seu d o Azu lejo Vis it a g u iad a p el o Dr . Alexan d r e Pai s Téc n i c o Su p er i o r d o Mu s eu d o A zu l ej o

Di a 2 6 A b r i l

15h Pa r t i c i p a n t e s

de 510 dias, a despesa tem um escalonamento plurianual, pelo que o início da obra está dependente de publicação de uma portaria de extensão. Por esta razão, apesar de não ser indicada data para o início da obra, tudo leva a crer que o mesmo ocorrerá em breve.

Freguesia do PN Assembleia Municipal Lisboa

parecer favorável dá

Em sessão de Assembleia Municipal de Lisboa, com os votos do PSD, PS, CDS e BE, foi aprovado o parecer favorável ao Projecto-lei n.º 184/XII, apresentado pelo Bloco de Esquerda e em apreciação na Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e do Poder Local, que propõe a criação da Freguesia do Parque das Nações com os limites por nós defendidos, ou seja, integrando nela todo o Parque das Nações. Efectivamente diz o citado Parecer: “Não tem este município (Lisboa) nada a obstar à criação da nova freguesia Parque das Nações com limites que ultrapassam o concelho de Lisboa, caso

assim o decida a Assembleia da República”. Esta é, pois, uma boa notícia para o Parque das Nações. Todavia, é à Assembleia da República que cabe a decisão, pelo que enquanto dos grupos parlamentares não houver uma resposta positiva, a nossa batalha tem de continuar e, mesmo, intensificar-se. É que, como diz o povo, “até ao lavar dos cestos há vindima”. Esperançados no resultado positivo, vamos, no entanto, aguardar, cautelosos e preocupados, até que haja a garantia de que a decisão do Parlamento irá ao encontro da nossa pretensão. 4 de Abril de 2012

Holmes Place - Parque das Nações

14: 30

Re c e ç ã o

De acordo com informação que recebemos do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, a empreitada de construção do Centro de Saúde do Parque das Nações já foi adjudicada e o contrato assinado e enviado para o Tribunal de Contas. Em virtude do prazo de construção da obra ser

16: 30 Bo d y Balan ce Pr o f e s s o r a Ca t a r i n a Po n t e s

P r o f e s s o r a N a t i v i d a d e Mo n t e i r o

Di a 1 9 A b r i l

VIDA ATIVA

15: 15 Cl u b e d e h i s t ó r i as ..." Or a u ma v ez"

A m in h a " san t a t er r in h a" c h am ad a " Mi zarel a" Man u el A mar al / A l mer i n d a A mar al

Local:

Casa do Arboreto - Parque Tejo

16h Lanche

16: 30 An u n ci o s n ão c lass if ic ad o s Jo g o s


8 | NP | OPINIÃO

Carta para abrir em

2112

Por: Marco Neves - http://contrariar.certaspalavras.org Parabéns! Estás a fazer 100 anos. É uma idade respeitável, mas provavelmente bastante normal nesse ano de 2112. Não sei bem quem és. Não faço ideia quem chegará a esse mítico ano de 2112. Só sei que nasces em 2012 e chegarás a 2112. Se o século XX for exemplo para o que aí vem, terás passado por guerras, revoluções, traumas imensos, descobertas inimagináveis para quem vive neste início de século – a vida será completamente diferente e sentir-te-ás num mundo que já não é o teu. Quase que aposto que achas que o mundo está bem pior do que em 2012. Haverá até saudosistas desse tempo inocente que era o início do século XXI. Nós, que vivemos no início do século XXI, se pudéssemos, riamo-nos desses saudosistas. Para quem vive em 2012, o mundo não está exactamente maravilhoso. Mas, enfim, posso tentar perceber o que sentes pensando que, há 100 anos, nunca tinha havido uma guerra mundial, não havia computadores, bombas atómicas, crises energéticas – e o cavalo era um problema a resolver nas grandes cidades, onde engarrafamentos de dezenas (!) de

carruagens tiravam o sono aos cidadãos. Era um tempo inocente? Bem, havia poucas casas com saneamento, morriam bebés como ninguém hoje imagina, a pobreza era endémica, a violência, à proporção da população mundial, era muito maior do que hoje. Ou seja, o século XX trouxe o que trouxe, mas vivemos bem melhor agora. Talvez me digas, sábio, que não é assim tão fácil comparar tempos tão diferentes ou que este progresso não passa duma ilusão. É possível que seja verdade. Mas pouquíssimos aceitariam andar 100 anos para trás, a não ser que soubessem ser uma viagem passageira. Bem, escrevo esta carta não para te ensinar seja o que for (és um ancião, sou um jovem, e estás um século à minha frente – quem sou eu para te ensinar alguma coisa?) – esta carta serve para te dizer que sabemos o que sentes, nós que aqui estávamos, quando nasceste. Ou seja, se achas que o teu mundo é um lugar perigoso para se ter um filho, quero que saibas que já todos achávamos isso quando nasceste – e não deixámos de te pôr no

mundo, o que não há-de ter sido mau de todo. Quem quer que tenham sido os teus pais – que já não estarão contigo –, dificilmente não terão sofrido ao pensar que te iam pôr no mundo.Afinal, uma pessoa tem um filho com o coração nas mãos, nunca sabe o que pode acontecer. Enfim, não sei se estudaste história, mas um dos dogmas deste tempo em que vivo é que este é o pior dos mundos possíveis. Mas quem olhar para tudo isto sem medo de enfrentar as nossas certezas, verá que vivemos agora melhor do que em 1912. Isto, claro, em relação à grande maioria da população; há talvez uma minoria que vivia muito bem e agora vive um pouco pior – mas serão poucos. Há também aqueles que continuam na mesma miséria – mas é de comparações que estou a falar, não estou a tentar convencer ninguém que o mundo é perfeito. É tudo menos perfeito. Adiante. Quero que saibas que os medos estão cá, a maldade está cá, a incerteza está cá, mas, apesar de tudo, estamos um pouquinho melhor do que há 100 anos.Tu, que estás 100 anos à nossa frente, estarás

“...ou seja, o século XX trouxe o que trouxe, mas vivemos bem melhor agora...”

também um pouco melhor do que nós neste ano de 2012. Espero… Faço de conta que não estou a escrever para 2112 – faço de conta que estou a escrever para ti, agora, neste ano em que nasces. Nesse caso, só tenho uma coisa a dizer: bem-vindo! Pode não parecer, mas isto até vale a pena – mas não julgues que é fácil. Os teus melhores amigos vão magoar-te, pessoas que amas vão morrer, vais zangar-te, vais ser vítima de injustiças, vais ser injusto com outras pessoas. Muitas vezes, não vais saber para onde te virar – e vais pensar seriamente se vale a pena. Pois, cá está: isto sempre foi assim. Quem nasceu em 1912 e desaparece agora sabe-o há muito; tu, que nasces agora, vais aprendê-lo rapidamente. Não é fácil. Mas aqui estamos – e tu hás-de chegar a 2112, o que é uma aventura que ninguém consegue imaginar.

A sua farmácia não fecha para almoço

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10 | NP | LOCAL

Pavilhão Atlântico eleito Melhor Espaço para Congressos O Pavilhão Atlântico foi distinguido como sendo o “Melhor Espaço para Congressos”, no âmbito dos “Prémios Publituris Portugal Trade Awards 2012”, numa cerimónia que teve lugar no dia da sessão de abertura oficial da BTL. O Pavilhão Atlântico encontravase nomeado nesta categoria juntamente com a Alfandega do Porto, Centro Congressos de Lisboa, Centro Congressos do Estoril, Centro de Congressos do Arade e Fundação Oriente. Entre os critérios para a nomeação, o jornal Publituris, em colaboração com um conjunto vasto de buyers do setor, teve em consideração o trabalho desenvolvido

ao longo do ano de 2011, bem como a política de comunicação das empresas, o seu investimento em inovação, assim como a sua performance no mercado. A decisão dos vencedores coube a um júri composto por várias personalidades de renome da área do Turismo. Este prémio, que veio juntar-se

aos cinco que este equipamento já recebeu no âmbito dos Prémios Publituris, reforça a posição do Pavilhão Atlântico como sendo um espaço de referência e de reconhecido valor no mercado nacional, quer pela versatilidade e pelas características dos seus espaços, quer pela excelência da equipa que o opera.

Tertúlias Poéticas: Um sucesso Para a organização “a 3ª Tertúlia da Marina constituiu mais uma noite a não esquecer.” Foram cerca de sessenta pessoas que estiveram presentes neste terceiro encontro que contou com a presença de Luis Roza, sobrinho de Fernando Pessoa, que declamou alguns poemas inéditos do autor. “Foi com muita emoção que o sobrinho de Fernando Pessoa contou alguns episódios da intimidade do Tio e declamou alguns poemas inéditos. Foi efusivamente aplaudido”, referiu Figueiredo Costa, organizador.

Outra novidade foi a presença de um tocador da flauta transversal que acompanhou os poemas e a participação da Poetisa Teresa Machado que cantou um poema

de Fernando Pessoa. Estes encontros decorrem na última sexta, de cada mês, a partir das 22h00, no restaurante da zona sul, o Adamastor.


ADORO O MEU BAIRRO AMBIENTE

3. Em caso de avaria que entidade se deve contactar?

Utilização do sistema de recolha pneumática de RSU

As avarias devem ser comunicadas diretamente à Envac, através do e-mail: info@envac.pt, tel. 218 958 920, fax. 218 958 921 ou tlm do piquete 917 259 787. Recolha de grandes quantidades de papel e cartão

1. Onde se devem colocar os resíduos sólidos urbanos? O Parque das Nações dispõe de um sistema de recolha pneumática de RSU que deve ser utilizado do seguinte modo: → os RSU devem ser sempre ensacados e devidamente acondicionados em sacos de 50 Lts. fechados → a introdução dos sacos não deve ser forçada → os objetos compridos, paus e similares devem ser previamente fragmentados em troços que não excedam 30cm ou 40 cm, conforme se trate de comportas domésticas ou comerciais → fios, cordas ou cabos devem ser sempre acondicionados em sacos → não introduzir objetos pesados (pedras, blocos ou outros) → não deitar materiais incandescentes nas condutas → não verter líquidos → não colocar objetos (monos/monstros) → fecho das comportas após vazamento dos RSU. 2. Como se deve proceder para a deposição de resíduos para reciclagem A recolha dos resíduos é realizada em dias alternados, por espécie de reciclado, devendo o sistema pneumático ser utilizado do seguinte modo:

→ horário de 00.00h/21.00h

deposição

→ os RSU devem ser sempre ensacados e devidamente acondicionados em sacos de 50 Lts. fechados → a introdução dos sacos não deve ser forçada → as embalagens devem ser depositadas às segundas, quartas e sextas-feiras (plástico e latas sem sujidade) → o vidro deve ser depositado às terças e sábados (isentos de sujidade) → o papel/Cartão deve ser depositado às quintas e domingos (isentos de sujidade).

Sempre que tiver uma grande quantidade de papel e/ou cartão deve solicitar a sua recolha via telefone ou e-mail, indicando dia, hora e local pretendido (este contacto deve ser efetuado com antecedência mínima de 1 dia para o tel. 218 919 898 ou info@parquedasnacoes.pt ). Este serviço está disponível diariamente. Os resíduos de papel / cartão (inclui embalagens de grandes dimensões), devem permanecer sempre no interior das instalações até à hora da recolha. Não se recolhe cartão molhado e ou contaminado com gorduras.

Recolha de monos / monstros A recolha de monos/monstros que inclui embalagens de grandes dimensões, deve ser solicitada via telefone ou e-mail - Indicando dia, hora e local pretendido (Este contacto deve ser efetuado com antecedência mínima de 1 dia para o tel. 218 919 898 ou info@parquedasnacoes.pt ). Este serviço está disponível às segundas, quartas e sextas-feiras, entre as 8.15h e as 16.00h. Deposição de resíduos para reciclagem Os resíduos para reciclagem podem ainda ser depositados nos ecopontos, devendo ser colocados separadamente e limpos, nos locais a seguir indicados: Av. da Peregrinação, Lote 4.41 Rua de Moscavide, Lote 4.70.02 Rua do Bojador, Lote 2.14 – 3 Ilhas Av. do Pacífico, Lote 1.15 - Vidro Passeio do Adamastor, Lote 3.05 Rua da Nau Catrineta, Lote 3.06 Rua das Musas, Lote 3.29

VIVA CÁ DENTRO

Informação cedida pela Parque Expo - Gestão Urbana

VIVA O PARQUE


12 | NP | ENTREVISTA

Aldeia Luís Parro, partner da InCensya, trabalha desde 19991, na área dos eventos. Logo muito cedo percebeu que o “fun” pode estar associado à acção social, transmitindo valor a um evento. Depois de uma operação com a organização do Nariz Vermelho surgiu o evento da Aldeia Global, que levou os funcionários da Siemens à Aldeia de Ponte do Rol recuperar, num dia, aquilo que estava previsto ser feito em 3 anos. Fica a conversa com os irmãos Luís e Paulo Parro sobre esta empresa 100% portuguesa de eventos de alto impacto e retorno mensurável. Como surgiu o conceito da Aldeia Global? Uma das perguntas que temos no site é: “Consegue contabilizar o bem-estar da sua empresa?” É algo que, ainda hoje, é intangível, que não aparece nos balancetes de uma empresa. A felicidade de uma empresa é algo que não se consegue contabilizar. Por muito que as empresas queiram atribuir um valor mensurável é impossível medir esse bemestar. O que nós fazemos é um processo de transformação de tangYvalue em que conseguimos

Global

medir o impacto do bem-estar, da felicidade na produtividade. Esta é a ferramenta de tangYvalue que é a base da Aldeia Global, que nasceu da necessidade de transmitir valor a um evento. Não só reunir as pessoas a divertirem-se numa celebração em torno da empresa, da marca, mas acrescentar valor, deixando algo de importante para o futuro. O conceito é mudar Portugal aldeia a aldeia.Temos essa convicção, sabemos que é ambiciosa, mas é esse o nosso caminho. Como fazem a escolha da aldeia? Depois da acção da Aldeia Global já temos sido contactados por autarquias que querem desenvolver esse tipo de acções. Por outro lado, nós também andamos atentos, falamos com as pessoas e sabemos o que se passa. A ideia passa por sugerirmos ao nosso cliente/sponser várias aldeias. Depois de escolhida, passamos por um processo de identificação de necessidades de forma a que se possa fazer uma intervenção holística. Não só o pintar a escola, a Igreja, o centro de dia, mas tudo aquilo que

identificámos como necessidades: casas particulares, etc... Tudo isto com uma componente muito forte de partilha de cultura. Não só o dar, mas o receber a história local, a gastronomia, o lado humano.Todos aqueles aspectos importantes e que estão na razão que já nos levou de volta a Ponte do Rol porque se criaram laços, nesse primeiro contacto. Esse é um dos pressupostos de cada projecto: que a intervenção não fique degradada pelo tempo. É preciso ter valor real na aldeia. Depois, porque se trata de uma abordagem muito humana, olhos nos olhos, o lado humano é muito importante. Não deve ter sido fácil pôr em prática o projecto... A concretização foi naturalmente complexa porque tínhamos 4 horas para 11 intervenções as quais tinham que ficar concluídas. Colocámos chão em casas particulares, mudámos janelas, cortámos sebes, pintámos muros, mudámos o chão da escola, enfim, foi uma intervenção onde se procurou acrescentar valor e não simplesmente “chegar e pintar”. Não é só isso que depois vai interferir na

vida das pessoas. Por exemplo, o Centro de Dia foi pintado, mas teve, também, um chão antiderrapante e aquecido, teve nova iluminação, novos cadeirões, teve uma parede com uma fotografia de uma floresta. Teve todos esses pormenores que vão além do dar nas vistas, teve algo com valor e que ficou naquela terra. E todos sentiram isso. Por outro lado não levámos um único fornecedor nosso. Não levámos o nosso catering, os nossos técnicos. Era tudo da região. O cuidado em desenvolver o comércio local foi um dos princípios básicos da proposta. Qual foi a reacção das pessoas? No final do dia as pessoas vinham agradecer com lágrimas nos olhos. Foi muito forte. Outro aspecto interessante foi que chegou a uma altura em que se perdeu (no bom sentido) o controlo dos acontecimentos. E era, também, isso que queríamos. Entregar à aldeia, entregar à Siemens o resto da história. Que as pessoas, ao criarem aqueles laços relacionais, fizessem o resto da história.


ENTREVISTA | NP | 13 De que modo foi feita a pré-produção? Nós fomos apenas interlocutores. A equipa organizacional era nossa. Pedreiros, marceneiros, o material utilizado era tudo de origem local. Grande parte das lojas forneceu o material a preço de custo e ofereceram mão de obra. As próprias senhoras trataram de trazer doces e bolos.Tínhamos uma equipa nossa para organizar e fazer o interface com as entidades locais. O nosso parceiro local era o ASAS, Associação de Solidariedade de Acção Social, que como tem como missão o serviço domiciliário conhece as casas das pessoas e as suas principais carências. E foi por aí que começámos a fazer essa primeira abordagem, esse primeiro sentir das necessidades da aldeia. Depois a Paróquia, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Torres Vedras juntaram-se à iniciativa. Como foi observar tudo a acontecer? Quando se criou aquela dinâmica, toda aquela dimensão humana... Só de pensar no Zé Luís e no filho que viviam num quarto onde escorria água da chuva pela parede interior e que tinha um buraco com dois metros de profundidade, mesmo ao lado da cama dele... Face a isto, claro que a obra é importante porque influenciou muito a vida das pessoas, mas o lado humano foi fundamental. Foi gratificante. Foi muito além daquilo que imaginámos. Estamos a falar de 350 pessoas. Foram 4 horas de intervenção de manhã, almoço comunitário, à tarde jogos com a Siemens e as pessoas locais. Discoteca ao ar livre e, para terminar, um espectáculo final. A carga energética da parte da manhã potenciou todo o convívio durante a tarde. Sem isso teria sido

mais um dia de festa. Fica muito caro para uma empresa um evento deste género? É claramente uma solução anti-crise. Estão cá todas as plataformas de fun que qualquer evento pode ter. A intervenção social é uma rubrica à parte. Fazemos o levantamento das necessidades da aldeia e entregamos essa listagem ao cliente que escolhe as intervenções que quer fazer. O que acontece normalmente é que quando se apercebe do conjunto de necessidades envolve-se bastante com o projecto. Fica sensibilizado. Depois decide o tipo de donativo que quer dar. Um donativo tem uma majoração de 140%. Ou seja, o valor integral que é dado como donativo é benefício fiscal. Mais 40 % desse valor que vai buscar à outra parcela que é um custo da organização. Portanto aqui já há uma vantagem em termos fiscais e em torno do custo da operação. Depois, no caso da Siemens, todo o trabalho de equipa que foi feito durante a manhã, foi acompanhado por um parceiro da área da formação onde foram passados um conjunto de valores de trabalho de equipa, de gestão de esforço, o que é contabilizado, também. Portanto teve um conteúdo formativo, teve a acção social e depois tem o valor da marca que é divulgado na comunicação social. Na verdade acaba por ser bem mais barato do que é habitual. Depois, o orgulho de pertença àquela marca, de a representar é extraordinário. E isso tem um valor brutal. Não falando na exposição mediática, para a marca, mas pelo lado nobre, existe uma outra sensibilidade porque, mesmo neste momento de crise,

“Se conseguíssemos esta dinâmica acelerada, em que tivéssemos vários sponsors a ir, de aldeia em aldeia, imaginem o impacto de efeito de bola de neve que teria. Mais todo o lado humano envolvente. Claramente que quando as pessoas percebem que podem contribuir ajudando e, se isso se dissemina, é uma pratica que tem uma força brutal. “ a empresa que mais der é a empresa que mais beneficia. Se uma empresa gastar muito dinheiro com um simples evento, pode ser criticada por isso. Neste caso está a dar algo. Portanto, quanto mais der melhor. Hoje em dia já é muito difícil dizer: “Eu fiz isto!” Os nossos trabalhos são tanto nas áreas dos serviços que raramente vemos alguma obra feita. A marca que deixamos é muito importante. E é um claro exemplo de win win. Ganha a empresa, ganha a aldeia. Ganha o interior. Se conseguíssemos esta dinâmica acelerada, em que tivéssemos vários sponsors a ir, de aldeia em aldeia, imaginem o impacto de efeito de bola de neve que teria. Mais todo o lado humano envolvente. Claramente que quando as pessoas percebem que podem contribuir ajudando e, se isso se dissemina, é uma pratica que tem uma força brutal. Porque sentimos toda a lógica, toda a razão de toda essa força que se vai criando. E isso envolve muito

as pessoas. As pessoas passam a vida a ver esses casos, enquanto engordam frente a uma televisão. À espera que um político ou um D. Sebastião resolva esses problemas. Aqui as pessoas sentem que foram lá e fizeram e isso é uma mensagem social muito forte que pode levar as pessoas a deixarem de ser tão passivas. A perceberam que: “Espera lá, mas eu posso fazer algo...” Mesmo fora do âmbito social, mas no dia-a-dia, nos seus trabalhos, na sua freguesia.. Até o País pode ganhar, de uma forma global, com isso. Tal e qual. Acreditamos que, se esse clique fosse sentido, seria muito mais fácil para todos. Num dia conseguimos avançar 3 ou 4 anos no projecto de recuperação desta aldeia. Imaginem o que se podia conseguir noutras aldeias por este país fora...


PARQUE DAS NAÇÕES DA CIDADE IMAGINADA À FREGUESIA DO FUTURO!

A Pala do Pavilhão de Portugal simboliza o gesto dos Navegadores Portugueses quando, nas

suas viagens, colocavam a mão sobre os olhos para poderem ver mais longe, descobrindo as estradas do mar que permitiram dar novos mundos ao mundo.

Hoje, a mesma Pala, localizada no espaço da Expo dos Oceanos, um dos marcos importantes

da estratégia de regresso ao Mar dos Portugueses, deverá ser o símbolo desta nova visão de

Portugal em considerar o “Mar como Desígnio Nacional”.

O nosso País, que muito em breve terá a jurisdição sobre uma das maiores áreas marítimas

a nível mundial, não pode deixar escapar esta oportunidade. Será uma ajuda fundamental para sairmos da crise e devolver a dignidade ao Povo Português que, estamos certos, uma vez mais e através do Mar, vai dar novos mundos ao mundo!

Finalmente, através desta mesma Pala e como o mesmo espírito, já se vislumbra também a

alvorada da nossa Freguesia.

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PREVENÇÃO

SEGURANÇA | NP | 15

DO CRIME

“Procure caminhar no centro do passeio e contra o sentido do trânsito. É mais fácil perceber a aproximação de indivíduos ou veículos suspeitos; Mantenha-se atento ao cruzar com pessoas suspeitas e não pare para atender a pedidos que lhe despertem desconfiança; As bolsas, carteiras ou malas devem ser transportadas junto ao corpo, fechadas e do lado de dentro do passeio...”

Na última edição foi abordada a questão relacionada com os assaltos a residências e a necessidade de acautelar certas medidas. Pois, a prevenção do crime passa pela adoção de um conjunto de medidas que visam a melhoria das nossas condições de segurança e dos nossos bens. Procurando dar continuidade à temática da prevenção e analisando a zona do Parque das Nações, a sua localização, densidade populacional, com os diversos focos de interesse turísticos e comerciais, tornando esta área muito atrativa, quer para residir quer para momentos de lazer. Daí que a sua atitude na rua pode contribuir para a sua segurança. É cada vez mais importante que os cidadãos tenham consciência da necessidade de promoverem a sua segurança. Assim, é fundamental adoptar certas medidas. Entre as quais destaco as seguintes. - Procure caminhar no centro do passeio e contra o sentido do trânsito. É mais fácil perceber a aproximação de indivíduos ou veículos suspeitos. - Mantenha-se atento ao cruzar com pessoas suspeitas e não pare para atender a pedidos que lhe despertem desconfiança. - As bolsas, carteiras ou malas devem ser transportadas junto ao corpo, fechadas e do lado de dentro do passeio. - As senhoras devem transportar as malas firmemente, seguras entre o braço e o corpo, mantendo a mão sobre o seu fecho. Nos transportes públicos coloque a carteira ou mala na frente do seu corpo, bem como qualquer objeto de valor.

- Sempre que se encontrar num restaurante, esplanada de um café ou banco de jardim evite perder contato físico com os seus bens pessoais, não os deixe sobre a mesa ou cadeira, nem os abandone, mesmo que seja por breves momentos. - Nestes locais, se for abordado por pessoas estranhas, na tentativa de lhe venderem algo, acautele os seus objetos pessoais, nomeadamente telemóveis, carteiras e malas. É muito provável que seja uma manobra de diversão para lhe retirarem esses bens. - Se colocar o seu casaco nas costas de uma cadeira certifique-se de que tem consigo o seu telemóvel e carteira, não os deixe nos bolsos do casaco. - Tente proceder ao levantamento de dinheiro nas caixas multibanco durante o período diurno e em zonas movimentadas. - Marque o seu código secreto com precaução, não permitindo que as pessoas que estão atrás de si consigam ver os números que digitou, nem se deixe distrair por essas pessoas durante a operação. Logo que retirar o dinheiro da caixa multibanco guarde-o. E lembre-se: a segurança começa em cada um de nós. É uma responsabilidade de todos. Armando Fragoso Subcomissário 40ª Esquadra - Parque das Nações Rua Ilha dos Amores, lote 57 - B, 1990-271 Tel: 218955810 Fax: 218955811


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18 | NP | OPINIÃO

SUL Marketing digital pode ajudar no comércio local Estacionamento na Marina

relembrar esta forma de divulgação junto do comércio local pois pode ser uma ajuda na divulgação dos seu negócios. Atualmente já recebo a ementa de um restaurante aqui da Zona Sul, por email.

Estive, recentemente, numa conferência sobre “Marketing Digital”, na ESAI – Escola Superior de Atividades Imobiliárias, situada em Chelas. O orador, Ricardo Teixeira, é o CEO da DigitalWorks, empresa com sede no Parque das Nações Sul, no Edifício Ecrã. A conferência abordou a importância da internet como forma de divulgação de um produto ou serviço. Blogues, sites, redes sociais, newsletters, marketing viral são formas importantes para divulgar o produto/serviço. Lembrei-me do comércio local da nossa zona. Para além de outros meios de comunicação existentes toda a área digital está com uma expressão fortíssima. Gostaria de

Na edição passada foi referido que iria existir um estacionamento pago na Marina o que, atualmente, já está em vigor. Durante a semana e, no horário da noite, o preço revela-se aceitável, 0,30€/hora. Mas durante os fins de semana considero demasiado elevado: 1€/hora. Fiz a experiência e fui verificar, num domingo às 15h havia 2 carros no estacionamento. E a Marina com muito pouca gente. Fui de seguida à zona do Oceanário e estavam muito mais

transeuntes. Apesar de ter voltado à Marina (17.30h) e já estarem mais carros e mais transeuntes, não se encontrava como antigamente. Umas semanas depois verifiquei que o valor baixou para 0,80€, mesmo assim, considero um preço um bocado elevado para que o desenvolvimento daquela zona.

Não sabe o que fazer às suas roupas usadas?

Já lhe ocorreu querer desfazer-se de roupas que já não usa e não sabe onde? Na Associação Agir XXI – Associação Para a Inclusão Social, em Marvila, próxima da Zona Sul do PN pode entregar essas roupas e, caso seja necessário, são arranjadas ou adaptadas internamente, antes de serem doadas. Os futuros utilizadores podem recorrer a esta instituição por iniciativa própria ou encaminhados pelas entidades parceiras (Junta de freguesia, entre outras) que informam a Agir XXI sobre as necessidades dos utilizadores. Entregas: Na Agir XXI, de segunda a sexta feira, das 10h-13h e 14h às 16h (se este horário não lhe for possível, contactar a Agir XXI) Contacto: Rua Vale Formoso de Cima, nº 47, 1950-265 Lisboa, Telefone: 218380003 Mail: info@agirxxi.pt Site: No início de Maio (em construção)

Escola Parque das Nações

Houve uma grande melhoria do estacionamento em frente à escola. Já são poucas as situações em que os pais param na via pública. Segundo um funcionário da escola, a situação está 75% a decorrer bem. Já é uma boa percentagem. Era bom atingirmos os 100%... Até porque há pouco tempo os meus filhos e eu íamos atravessar a passadeira da escola e estava um carro lá estacionado, dificultando a passagem. Um outro veículo deslocava-se, vindo de cima e, como o carro na passadeira estava a tapar a visibilidade, só o vimos quando já estava muito perto de nós. Felizmente o condutor vinha atento. Não resisti e fui dizer, amavelmente, ao condutor que se encontrava em cima da passadeira, ao que me respondeu que era só um “bocadinho”. Pensei para comigo que os acidentes, para acontecer, também é só num “bocadinho”… Acredito que o senhor não fez com má intenção, mas são situações pontuais que é necessário terminarem para conseguirmos chegar aos 100%. Falemos agora de uma situação muito importante - A 2ª fase da construção da Escola Parque das Nações. Foi muito positivo a escola ter sido construída e proporcionado a tantas crianças poderem lá estudar, inclusive os meus filhos. Mas será desnecessário dizer que gostaria muito que pudessem continuar. Mas isso implica a construção da 2ª fase. E vejo tudo muito parado…Para a próxima edição, o Jornal NP vai saber o que se passa sobre este tema. Escrito pelo novo acordo ortográfico Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com


OPINIÃO | NP | 19

NORTE Não dividam a Comunidade do Parque das Nações

O Livro Verde que norteia a Reorganização Administrativa em curso, considera a contiguidade e a coesão territorial como fatores determinantes para melhorar a vida dos cidadãos que, por si só, devia ser suficiente para garantir uma freguesia que agregue todo o Parque das Nações (A+B). Só que segundo sei, em sede da comissão competente na Assembleia da República, existem resistências ao nível das forças políticas do centrão que podem implicar a criação dessa autarquia, limitada à zona de Lisboa (A). É verdade que a Assembleia Municipal deu parecer favorável ao projeto lei do BE que propõe um Parque das Nações unificado, mas alargado a poente até à Av. Infante Dom Henrique. Sendo de louvar a justa boa vontade, é uma deliberação não vinculativa, à semelhança de anterior moção aprovada neste hemiciclo lisboeta que não teve qualquer efeito prático. Quanto à nova fronteira prevista, entendo a nível estritamente pessoal que a junção dessa parcela (C), é no mínimo contraditória quer a um dos argumentos que sustenta o referido projeto lei “…este novo espaço urbano ganhou vida própria, com caraterísticas arquitetónicas distintas das áreas contíguas e com uma adequada distribuição de áreas habitacionais e serviços…” quer quanto a outro conceito do Livro Verde, “…simplificar as estruturas organizacionais para reduzir a despesa pública na gestão corrente e nos investimentos…”. Apesar da zona adjacente a sul da Gare do Oriente ser muito atrativa (preparam-se alterações ao PDM que irá viabilizar novos empreendimentos de excelência, na peugada do Condomínio Metro City), qualquer acréscimo ao Parque das Nações atual, de território sem afinidade e já edificado, deveria ser previamente acautelado, negociado sem margem para equívocos, de modo a que não se venha a revelar um presente envenenado.

Quantos somos?

Tendo tentado identificar junto de várias entidades, o nº aproximado de habitantes e de eleitores

recenseados neste Bairro, julgava que com o Censos 2011 a tarefa ficasse simplificada, mas não, ninguém sabe dizer quantos somos. Por exemplo, a ParqueExpo estima em cerca de 14.000 a população residente, mas ao certo apenas

consegui apurar o seguinte: -na área dos Olivais, estão inscritos 5.117 eleitores, número que continua a crescer a bom ritmo; -em Moscavide e Sacavém, a falta de postos de recenseamento específicos dedicados aos moradores na zona do Parque das Nações, impedem o escrutínio do nº de eleitores. Mesmo a pesquisa por código postal, também não é viável por existirem na base de dados vários registos de inscrições cuja morada não se encontra estruturada, nem é indicado esse código; -em sinal contrário, a Junta de Moscavide garante de acordo com o último Censos, que na sua parcela do PdN, vivem 4.405 habitantes. De Sacavém, até ao momento não obtive resposta positiva a

Crónicas

da nossa almejada Freguesia, permitirá confirmar.

Para Memória Futura II – “Ideias Para Um Orçamento”… imaginário

Já aqui referi algumas vicissitudes desta iniciativa que teve o mérito de mobilizar residentes e trabalhadores locais, em desenvolver projetos de interesse público, ambientalmente sustentáveis e com qualidade para acrescentar valor a este território. A análise das propostas aceites e dos resultados do escrutínio permite identificar preferências da comunidade quanto ao tipo de equipamentos públicos a implementar no Parque, na grande maioria recintos de lazer, com predominância para circuitos desportivos e parques dedicados aos mais novos, estes manifestamente insuficientes em dias de maior afluência de visitantes. No final de Dezembro, a Gestão Urbana do Parque das Nações limitou-se a anunciar as propostas eleitas no seu portal, mas protelou por 4 meses a informação ao Notícias do Parque que tão só, foi o principal meio de divulgação da iniciativa. Houve receio de quê? Talvez de lerem uma peripécia ilustrativa da falta de rigor dos técnicos intervenientes? Eu explico, o projeto mais votado “Circuitos de desporto, saúde e bem-estar” foi pro-

varam que com apenas 25.000€ se faria o maior e melhor equipado circuito de manutenção do país. Não satisfeito, o promotor insistia em fixar custos intermédios mas a razão prevaleceu e já com a votação em curso, o valor foi retificado. Agora no final, constata-se que 20.000€ seriam suficientes para a obra. Elucidativo quanto à displicência reinante na gestão antecedente da ParqueExpo. Face ao atual contexto económico e a mudanças administrativas locais, estou ciente que a concretização dos projetos selecionados não será possível até porque o Orçamento nunca existiu. Resta-me partilhar com os leitores, as ilustrações dos projetos preferidos pela comunidade, ambos vocacionados para a prática de desporto e de vida sã ao ar-livre, com o propósito subjacente de reforçar a ligação entre as extremidades do Parque das Nações. Nota – Ainda decorre o prazo para entrega eletrónica da declaração de rendimentos e reforço sugestão anterior, de que decida do destino de 0,5% do seu IRS, a favor da Navegar - Associação Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento. Ao fazê-lo está a apoiar as atividades sociais da nossa Paróquia dos Navegantes e indiretamente a construção da Nova Igreja. Basta colocar no anexo H, o NIF 508 539 366. Agradeço à Direcção-Geral de Administração Interna Administração Eleitoral, na pessoa de Paula Vasco; a Rosa Cameira do Serviço de Comunicação do INE; à técnica Nazaré Silva e a Maria João, respetivamente

N

N RELVADO A IMPLEMENTAR RELVADO EXISTENTE CAMPO DE JOGOS APARELHOS PARA EXERCÍCIO PAREDE DE ESCALADA (a instalar em fase posterior)

PARQUE DO TEJO

PROPOSTA Nº 10

PROPOSTA Nº 9

CIRCUITOS DE DESPORTO, SAÚDE E BEM ESTAR

UNIR O PARQUE DAS NAÇÕES

DESPORTO, CULTURA E LAZER

DESPORTO, CULTURA E LAZER 1ª FASE

Descrição da Proposta A proposta apresenta dois percursos para a prática de exercício físico em contacto pleno com a natureza, instalados em zonas verdes onde se respira ar puro, promovendo um estilo de vida ativo e saudável. Desenvolveu-se uma solução que estabelece dois pólos para esta atividade, um a sul, localizado no Cabeço das Rolas e outro a norte, localizado no Parque do Tejo. Os equipamentos ficam instalados em áreas verdes já existentes, associadas a percursos de lazer, contribuindo também para revitalizar ainda mais estas zonas.

CABEÇO DAS ROLAS

pedido similar; -voltando a Stª Maria dos Olivais, descortinei que os resultados provisórios desse estudo agrupam toda a população da freguesia em questão, o que não permite calcular quantos residem para cá da linha do comboio. Tendo por base estes dados difusos e conhecendo uma significativa quantidade de “vizinhos” que continuam sem regularizar a sua condição de eleitor local, arrisco com dose q.b de intuição, projetar que estejamos próximos das 17.000 almas. Todavia trata-se de conjetura intuitiva que apenas a criação

Descrição da Proposta

Parede de escalada para fase posterior

O troço do Passeio dos Heróis do Mar que se situa por baixo da ponte Vasco da Gama constitui um caminho em que o ambiente circundante contrasta com o do resto do Parque das Nações. Com o propósito de proceder à requalificação daquele espaço, desenvolveu-se uma solução de intervenção que consiste na reformulação do limite do parque de estacionamento, fazendo recuar a rede que se situa quase junto ao Passeio dos Heróis do Mar.

Os aparelhos selecionados, predominantemente em madeira ou em materiais compósitos, foram escolhidos devido à sua integração em espaços de natureza e à facilidade com que a sua fruição é assimilada por utilizadores de diferentes faixas etárias

Na zona disponibilizada será constituído um pequeno jardim, direcionado para atividades lúdicas e desportivas. Esta intervenção poderá ser complementada por outras, a realizar em fases posteriores, que possam dotar todo aquele espaço de condições paisagísticas e funcionais melhor integradas nos padrões de qualidade que caracteriza este território.

PRAZO DE EXECUÇÃO: 3 meses

PRAZO DE EXECUÇÃO: 3 meses

CUSTO ESTIMADO: 20.000,00 €

CUSTO ESTIMADO: 60.000,00 €

posto com base em estudo financeiro a sustentar o seu custo. Na avaliação da proposta, aconteceu um “milagre da multiplicação”, estimaram e inclusive publicaram, a execução pelo quádruplo da verba avançada. Após devida reclamação, envio de descrições e orçamentos exaustivos, os autores compro-

das Juntas de Freguesia dos Olivais e de Moscavide; o esclarecimento disponibilizado. José Teles Baltazar veste Dunhill (C.C. Amoreiras piso 2 -lojas 2151/58 -tel. 213 880 282)


20 | NP | OPINIÃO

AO DOMICÍLIO... São cada vez mais frequentes as ofertas disto e daquilo e do outro ao domicílio. A criatividade para inventar negócios e serviços cresce paralela-

mente às necessidades das pessoas em arranjar dinheiro para governar as suas vidas. Parece-me bem! Quando em 1998 vim habitar o Parque das Nações, ocorreu-me na altura criar um negócio familiar em que distribuía, num cesto de vime enfeitado a preceito, pão fresco e, influenciada pela minha experiência londrina, uma garrafa de leite mais o jornal do dia. O negócio não avançou por preguiça. Nada mais! Está hoje mais do que provado, passados 14 anos, que tinha pernas para andar. Mas não andou... Ora, estava eu há dias em casa a recuperar de uma intervenção cirúrgica quando, ao final da tarde, ouço tocar à porta. Não do prédio. De casa mesmo. E das duas, uma, pensei: ou é um vizinho a dizer que o meu gato se atirou da janela novamente ou o carteiro, apanhando a porta aberta, resolveu subir e aventurar-se prédio acima. Mas nem era a hora de vinda do carteiro. E quem tocava agora à minha porta só tocara

uma vez... Dirigi-me à entrada, intrigada, perguntando: - Quem é? - Sou o senhor que entrega pão fresco... - Pão fresco? Não sei de nada... - Sim, fazemos entrega de pão fresco ao domicílio... - Mas como é que o senhor entrou? - Já temos clientes neste prédio e aproveitei para vir divulgar os nossos serviços... Enquanto este interessante diálogo decorria, eu espreitava pelo óculo e deparei-me com um senhor de cabelos brancos e ar ternurento que me disse: - Não tenha medo de abrir, minha senhora... Eu tenho medo é que me façam mal a mim... Perante estas palavras, apercebi-me da estupidez do meu excesso de zelo e abri a porta. Posso dizer que estivemos um bom bocado à conversa,

nós os dois. A cada nova frase do diálogo, surgia um novo serviço ao domicílio que me era oferecido. Começou pelo pão fresco e estendeu-se ao pequeno-almoço, às refeições, à comida para o cão ou o gato, até chegar aos serviços de limpeza e afins. Não tive coragem de dizer ao simpático senhor que não, eu não queria pão ao domicílio, que não, eu não queria que me limpassem a casa, que não, eu não queria que me trouxessem o jantar... Faltou-me sobretudo a coragem para lhe explicar que, embora considerasse o serviço útil para alguns lares, no meu o que eu precisava que me entregassem ao domicílio, em caixa fechada, seria o fim da troika juntamente com a reativação dos subsídios que me roubaram e, se possível, uma boa garrafa de vinho tinto a acompanhar! Carmo Miranda Machado

“Faltou-me sobretudo a coragem para lhe explicar que, embora considerasse o serviço útil para alguns lares, no meu o que eu precisava que me entregassem ao domicílio, em caixa fechada, seria o fim da troika juntamente com a reativação dos subsídios que me roubaram e, se possível, uma boa garrafa de vinho tinto a acompanhar!”


ENTREVISTA | NP | 21

CONVERSA COM...

Qual é a missão do Creoula? A missão essencial do Creoula é levar os cidadãos portugueses ao mar. Diz-se que Portugal é um povo de marinheiros, mas não é verdade. Não temos uma cultura, propriamente, de ir para o mar. Gostamos de ir à praia ou à esplanada junto à praia, mas não é um desígnio dos portugueses, enquanto pessoas. Pode ser do País, mas das pessoas, para já, ainda não é. O Creoula está ao serviço de Portugal, operado pela Marinha, para levar os cidadãos portugueses a conhecer melhor o mar e terem consciência da importância estratégica que ele confere a Portugal. Em todas as vertentes: social; económica; ambiental; transportes; pescas; desportiva e na componente de segurança e defesa. Quem embarca vai ter uma experiência, além do treino de vela, vai ter um contacto com o mundo do mar percebendo que ele é o que une e não aquilo que separa os países. Ter a consciência da quantidade de navios que entram nos nossos portos e que circulam ao longo da nossa costa.Ter consciência da poluição marítima que existe, da vertente cultural que o Mar dá ao País. O Creoula não é uma arma de recrutamento da Marinha. O

De 6 a 15 de Maio, o Navio «Creoula« vai estar atracado e aberto ao público, na Ponte Cais da Marina do PN, visita que se insere nas comemorações do seu 75º Aniversário. Fica a conversa com o Capitão-de-Fragata, Cornélio da Silva, Comandante desta embarcação histórica que preserva a alma dos verdadeiros marinheiros portugueses

nosso interesse é que as pessoas, ao terem contacto com o mar, possam, depois, escolher uma profissão vocacionada ao mar (ou não), e que tenham uma perspectiva, nas suas vidas enquanto futuros decisores, a percepção da importância do mar para Portugal. Termos um país com consciência marítima. Que os nossos cidadãos, de uma forma geral, directamente ou indirectamente, percebam a importância que o mar tem para Portugal. Quando forem redigir uma lei como juristas ou como arquitectos estiverem a urbanizar junto à costa, enfim, acho que quase tudo em Portugal acaba por ter influência no mar. É importante

que tenham consciência do bem ou do mal que as pessoas podem provocar com as suas decisões. Conhecer a alavanca que o mar pode representar para o país e que não deve ser nem desperdiçada e muito menos estragada. É essa a missão do Creoula. O que sente quando tem essa tripulação a bordo? Como sente que eles reagem? A nossa experiência é 99% positiva. Temos o cuidado de perceber o que as instituições pretendem quando embarcam. Umas estão mais preocupadas em que os alunos tenham contacto com a componente ambiental outras com a vertente cultural, etc.. A

componente de saber estar no mar está sempre presente. No final nunca encontrei alguém que desembarque igual à forma como embarcou. As pessoas sofrem sempre uma transformação. E essa é uma segunda derivada que julgo que é muito importante para a nossa sociedade. As pessoas entendam aquilo que é a disciplina positiva. O Creoula é um navio militar e quando as pessoas embarcam explicam-me as regras, mas estas regras vão-se impondo por elas próprias, sem serem demasiado austeras. As pessoas vão percebendo a razão da existência delas. Perceber que para conseguirmos funcionar temos que puxar o cabo no

mesmo sentido e ao mesmo tempo que os outros. Ninguém consegue içar uma vela sozinho e muito menos com uma pessoa a puxar no sentido contrário. Ensinamos as pessoas a trabalhar em grupo. De forma disciplinada e coerente e que é importante que as coisas sejam feitas a tempo e horas. Entendem, também, que há problemas que têm que ser contornados, que não vale a pena fazer força contra um mar violento. Que temos que saber esperar, saber entendê-lo para o vencer. São lições que o tempo vai permitindo às pessoas ganhar. Não gostamos de sair apenas por um dia. Só a partir do terceiro dia as pessoas começam

a tirar proveito do Creoula e o rendimento a vir ao de cima. Começam a perceber porque razão estão a puxar aquele cabo, porque têm que entrar de 4 em 4 horas, porque têm que ir fazer pão, ou se vão fazer limpezas, para o leme ou para a navegação. Se todos executarem bem as suas tarefas, as coisas correm de uma forma fantástica. É um sítio onde se aprende muito bem a trabalhar em equipa. No final as pessoas ficam com um testemunho que foi uma boa lição de vida embarcar, conhecer outras pessoas, outros ambientes, conhecer os militares. Entendem a relação hierárquica de uma forma positiva.


22| NP | ENTREVISTA

É uma lição de vida? Uma Escola de vida? Temos casos de empresas que nos pediram para serem colocadas num ambiente que provoque a interacção entre pessoas e especialmente entre diferentes escalões. Naturalmente que a vida em terra é diferente, a vida empresarial é diferente. O tempo a bordo do Creoula passa de uma maneira totalmente diferente. Passa-se a ter tempo para pensar, meditar, ler, conversar, conhecer, trabalhar. Basicamente é como um retiro. As pessoas são retiradas do frenesim da cidade, do nunca ter tempo para nada e, de repente, estão num ambiente onde há muita coisa para fazer, mas de um modo regrado e ritmado. As pessoas podem estar a descascar batatas, mas ao mesmo tempo podem estar a pensar na vida ou a falar com outras pessoas e ter a capacidade de desligar. Afastarmo-nos da costa o suficiente para a cura tecnológica, ou seja, para desligarem os blackberrys, telemóveis ,Ipads, emails... Então para os adolescentes é fundamental para que eles tenham capacidade de retirar os olhos do ecrã e passarem a olhar e a apreciar aquilo que os rodeia. O Creoula é muito mais do que andar de barco. Permite coisas engraçadas como os pais falarem com os filhos. Houve pessoas que me confessaram que conviveram mais com o filho em três dias, do que durante meses em que se “cruzaram” com os filhos em casa. O Creoula é dos 14 aos 140. Há uma oportunidade de convivên-

cia intergeracional como disse a Teresa Ricou que embarcou connosco. Na área do enquadramento social temos um papel muito positivo. Esta disciplina consentida faz com que as pessoas que trabalham em profissões com cumprimento de horários menos exigentes cheguem ali e percebam que, se forem organizadas, se tiverem planeamento, conseguem. No caso do Chapitô era necessário que os alunos, para serem bons artistas, tivessem a noção da vantagem da disciplina. Que se é necessário estar às 04h00 da manhã é mesmo para estar a essa hora. Mesmo se estiver enjoado ou com fome ou com frio, porque precisa de ser rendido. As pessoas só percebem isso quando os ponteiros do relógio estão colados ao mostrador. Sentir essa necessidade de que a missão seja bem sucedida. É um navio com uma perspectiva, com uma gama de frequências muito vasta. É uma escola para a vida. É um navio bonito, romântico, normalmente navegamos no Verão, com bom tempo. Também há tempo para se agarrar numa viola, passar algum tempo no convés, projectamos filmes nas velas, fazemos jogos, mas especialmente a disponibilidade de tempo, a falta daquela sensação de que o dia está a chegar ao fim e ainda nos falta fazer uma série de coisas, ali não existe. Porque as pessoas estão lá dentro, confortáveis, não saem dali e, embora sabendo que podem estar cansadas, desfrutam mais do tempo. O

tempo para elas está a render muito. O mar torna as pessoas mais rijas... O mar não é um elemento brando. É um desafio permanente. Obriga-nos a impor a nós próprios um pouco de coragem e de vontade. O mar provoca uma sensação estranha de desequilíbrios que precisam de ser vencidos. Muitas vezes é este desafio vencido que nos traz a coragem. Estarem sujeitos a um desafio e depois ganhá-lo. Dizerem: Estava cheio de frio, cheio de fome ou enjoado, a fazer um quarto da meia noite às 04h00 e tive que o cumprir. Vem-se para casa com um sensação de ter conseguido vencer algo a que nunca se tinha estado sujeito e que representa uma lição para a vida. Se todos os portugueses passassem pelo Creoula teríamos um Portugal melhor? Podemos então dizer que nos falta um pouco mais de mar dentro de

nós? Se as pessoas não se esquecessem do que lá se passa e se aplicassem esses princípios, diria que sim. Porque estamos mais afastados do mar? A vida do mar é uma vida difícil. Ser pescador é uma vida dura. E, pessoalmente, na minha percepção, nos últimos dias habituamo-nos a um certo conforto onde conseguimos dinheiro de formas mais fáceis e fisicamente menos exigentes. Portanto as pessoas foram-se encostando, passo a expressão, a situações que eram mais favoráveis. Não conheço alguém que diga que a vida no mar é fácil. Todas as profissões ligadas ao mar são duras. Mas são profissões boas, potencialmente geram riqueza suficiente para se viver. Porque virámos as costas ao mar? Porque apareceram alternativas mais fáceis, acho que é a reposta. Como mudar essa tendência? Acho que há aqui uma questão

“Afastarmo-nos da costa o suficiente para a cura tecnológica, ou seja, para desligarem os blackberrys, telemóveis, Ipads, e-mails... Então para os adolescentes é fundamental para que eles tenham capacidade de retirar os olhos do ecrã e passarem a olhar e a apreciar aquilo que os rodeia. O Creoula é muito mais do que andar de barco. Permite coisas engraçadas como os pais falarem com os filhos. Houve pessoas que me confessaram que conviveram mais com o filho em três dias, do que durante meses em que se “cruzaram” com os filhos em casa.”

fundamental que é: a maritimização da nossa educação. Somos um país claramente Atlântico, a nossa vocação tem que ser o mar. Não é que seja mau contar ovelhas, mas temos é que saber contar peixes. Dar uma perspectiva da dimensão marítima nas nossas escolas. Podemos continuar a olhar para os rios e para as montanhas com carinho, mas temos que abrir os livros das nossas escolas e, por exemplo, os problemas de matemática serem sobre o mar. Para as crianças ganharem noção do que lá existe. Enfim, o mar devia ser campo de aplicação da nossa educação. Mas não é. Eu vejo pelos livros dos meus filhos: tijolos, carneiros,

quilos de terra, etc.. Julgo que se está a tentar mudar isso, com casos como o Kit do Mar. Se fizermos um esforço de impregnar as crianças com o gosto pelo mar, elas vão passar a acarinhar e a perseguir isso. Por exemplo, na Bretanha vi um ATL de Construção Naval que ensinava as crianças a construírem barcos. Um reformado, quase que parecia o Geppeto do Pinóquio, cabelo branco, óculos na ponta do nariz, a ensiná-los a transferir do papel para a madeira, a cortar a madeira, a fazer as cavernas, a colar, etc.. Para terem um barco onde podem andar. Em Portugal temos condições excepcionais para fazer isso.


ENTREVISTA | NP | 23 os enchermos de electrónica e os deixarmos em frente a uma televisão eles nunca irão, por si só, ser pessoas que gostem de mar. Tem que nascer nas escolas e em casa.

“Todos os anos fazemos um planeamento e recebemos candidaturas até Novembro. Todas as instituições que sentirem que o Creoula poderá constituir um bom investimento para a empresa ou para a universidade ou para a escola, que nos façam uma proposta.”

O que falta então? Falta iniciativa. Falta as pessoas deixarem de querer só a playstation e passarem a ir para o estaleiro. Admito que tenham que existir algumas condições para fazer isso, mas temos que deixar de estar tão cercados por redes e pôr os mais novos em actividades ao ar livre e junto de água. Não é difícil, não é caro. É preciso que haja alguma motivação para que isso exista. Para que as pessoas percebam que um miúdo que saiba funcionar com um formão pode muito bem, no futuro, vir a ter esta profissão. Pode vir a ser um excelente marceneiro, pode ser um construtor naval e saber daquela arte. São nichos de mercado que se podem desenvolver em Portugal. Deixarmos um pouco o consumismo da electrónica e pôr as crianças a fazerem coisas que são úteis. Construir um barco, metêlo dentro de água, saltarem lá para dentro e andar um pouco à vela ou a remos é algo que certamente não vão esquecer. Não é barato ter um barco em Portugal, mas como vejo na Bretanha, as pessoas abdicam de ter um carro caro para terem um barquito. As pessoas não precisam de ter o topo de gama. Em Portugal vivemos muito o oito e o oitenta. Se temos uma prancha

de surf tem que ser a mais cara, se temos uma bicicleta tem que ser de carbono com rodas especiais, etc.. Não conseguimos ter uma bicicleta normal, de pasteleiro, por exemplo. Com o barco é exactamente a mesma coisa. Podemos ter um barco melhor ou pior, mas o importante é podermos ir para a água. Levar uma bucha e uma cerveja e irmos dar uma volta, seja no mar da palha seja em Sesimbra. Gozar, usufruir, desfrutar deste privilégio que é viver neste país. Somos um povo abençoado com o clima que temos, com as características da nossa terra, tão recortada, mas depois queixamo-nos da nortada no Verão. Estamos a queixar-nos disso? Então na Noruega, na Bretanha? Se assim fosse eles não fariam nada. Mas o que é certo é que fazem. Deixemo-nos de pieguices... Desvalorizamos o que temos? Não gratificamos o que temos? Completamente. Desvalorizamos e nem prestamos atenção nenhuma. A maritimização da nossa educação é o início. Se nas escolas e em casa dermos aos nossos filhos coisas interessantes a fazer e que sejam vocacionadas com o mar, eles vão naturalmente atrás delas. Se

E politicamente, por exemplo, a estratégia da Economia do Mar? Podemos escrever tudo aquilo que quisermos, mas demora tudo muito tempo a concretizar. Não podemos escrever que precisamos de ter portos e eles não se fazem com uma varinha de condão. Tudo o que é estratégia exige um planeamento de longo prazo. Tudo isto obedece a décadas de esforço. E tem que ser um esforço coerente. Se os nossos dirigentes entendem que a estratégia do nosso país está direccionada num certo sentido, esse planeamento tem que ser feito e concretizado esse esforço, ao longo do tempo. Acho que estamos no bom sentido, agora falta esperar, ir investindo. O mercado não nasce de repente. É tudo função de esforço continuado. O Creoula está ao serviço dos portugueses... O Creoula, para Portugal, representa a concretização real. Que existe, que está cá ao dispor das instituições, dos cidadãos e está nas mãos deles utilizá-lo da melhor forma.Todos os anos fazemos um planeamento e recebemos candidaturas até Novembro. Todas as instituições que sentirem que o Creoula poderá constituir um bom investimento para a empresa, ou para a universidade ou para a escola, que nos façam uma proposta.Temos uma página com essa informação toda. Estamos sempre abertos a tentar encontrar soluções ao embarque do Creoula. Nem tudo se apropria ao Creoula. Não é um navio de turismo, não fazemos passeios. Se forem coisas que estejam dentro do nosso espectro de missão, temos todo o gosto em tentar encaixar dentro do nosso planeamento anual. O nosso trabalho é alertar para as várias vertentes que o mar confere, para que as pessoas as percebam e para que se quiserem enveredar por determinadas matérias, que o façam e de forma consciente. Gostaria muito que existissem mais projectos em Portugal lançados pelas universidades. Como diz o professor Ferno Rodriguez, que embarca connosco há muito tempo: “O Creoula é uma arma de instrução massiva.” E é verdade, é conhecimento e aventura num navio de sonho.

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24 | NP | OPINIÃO

Marina do Parque das Nações

DIÁRIO DE BORDO ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt

«Creoula» e «Santa Maria Manuela» celebram o 75º aniversário no Parque das Nações Conforme anunciado na última edição do NP, de 6 a 15 de Maio, o Navio «Creoula« vai estar atracado na Ponte Cais da Marina do Parque das Nações, visita que se insere nas comemorações do 75º Aniversário do seu lançamento à água, a 10 de Maio de 1937, ano em que efetuou a sua primeira campanha de pesca nos bancos da Terra Nova e Gronelândia. Um número a reter é o facto de o navio ter sido construído no tempo recorde de 62 dias úteis, uma boa referência numa altura em que todos falamos da necessidade de melhorarmos a nossa capacidade empreendedora e os níveis de produtividade. O «Creoula» efetuou 37 campanhas até 1973 e chegou a pescar 600 quintais de bacalhau num só dia, o que corresponde a cerca de 36 toneladas e dá uma média de 660 Kg por cada pescador. Num ano de boa pesca o «Creoula» podia carregar 12800 quintais de peixe verde (salgado), o que equivale a cerca de 800 toneladas, bem como, a cerca de 60 toneladas de óleo de fígado de bacalhau, que vinha armazenado no pique tanque de proa. Em 1979 o «Creoula» foi adquirido por compra à Parceria Geral de Pescarias pela Secretaria de Estado das Pescas, com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura, com a finalidade de nele ser instalado um museu de pesca. Na primeira docagem levada a efeito, verificou-se que o casco se encontrava em ótimas condições, tendo então sido deliberado que o navio se manteria a navegar e seria transformado em Navio de Treino de Mar (NTM) para apoio na formação de pescadores e possibilitar a vivência de jovens com o mar. Para tal, a zona de meio navio, onde ficava o porão de peixe, foi redimensionada e aproveitada para as cobertas de instruendos, camarotes e câmara de sargentos, refeitório das praças e instruendos, casas de banho e estação tratadora de esgotos. Em 1992 o navio

sofreu algumas alterações na zona de meio navio, de que se destaca o aproveitamento duma das cobertas de 9 instruendos em benefício de um espaço que funciona como biblioteca e sala de aulas. O «Creoula» é um Lugre de 4 mastros, com um comprimento de fora a fora de 67.4 m, uma Boca de 9.9 m, um Pontal de 5.9 m e cala 4.7 m. Possui uma Altura de Mastros de 36.0 m e um Deslocamento de 894 ton. (leve) e 1300 ton. (máximo). A sua Guarnição é constituída por 6 Oficiais, 6 Sargentos e 26 Praças, sendo que, a sua Capacidade de embarque é de um 1 Diretor de Treino e 51 instruendos. Durante o período da visita do «Creoula», o seu “irmão” gémeo, o Lugre «Santa Maria Manuela», efetuará também uma visita ao PN, e estará na Pte Cais da Marina de 9 a 12 de Maio, associando-se desta forma às comemorações dos 75 anos. O «Santa Maria Manuela» que foi lançado à água no mesmo dia do «Creoula», participou também nas campanhas de pesca do bacalhau até ao início dos anos 1990s. A recuperação do navio foi uma iniciativa da empresa Pascoal & Filhos, S.A. que, entre 2007 e

2010, levou a cabo um longo e bem documentado processo de reconstituição do navio, representando uma aposta no mercado do turismo, onde se destaca pela inovação e exclusividade da oferta. Com capacidade para 50 participantes ativos na vida de bordo, o «Santa Maria Manuela» dispõe de todas as comodidades e não tem restrições de área de navegação. Para comemorar o seu 75º Aniversário, o «Santa Maria Manuela» efetuará uma viagem Aveiro/Lisboa (Parque das Nações)/Aveiro, com largada de Aveiro na 3.ª Feira dia 8 de Maio às 10:00h, atracando na Marina do Parque das Nações, na 4.ª Feira dia 9, às 12:00. O regresso terá lugar no Sábado, dia 12, às 08:00h e com chegada a Aveiro no Domingo dia 13 às 17:00h. Estas viagens estão abertas ao público e as informações sobre inscrição e preços estão disponíveis no Site do SMM (www.santamariamanuela.pt). A presença destes dois Lugres de referência da nossa frota na Ponte Cais da Marina, será um acontecimento único que irá prestigiar o Parque das Nações que resultou da Expo’98, evento que se seguiu à ratificação por Portugal da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, com uma visão sobre os Oceanos orientada para a sua preservação suportada numa exploração sustentada. Numa altura em que tanto se fala da necessidade do regresso ao Mar dos Portugueses, como um dos caminhos para sairmos da crise e voltarmos a recuperar a nossa dignidade, a vinda destes navios vai ser

aproveitada da melhor forma para promover a divulgação das profissões do mar junto dos jovens, efetuada através de um programa de visitas de Escolas e do Público em geral. Na preparação deste evento, juntaram-se as boas vontades, o empenho e o entusiasmo da Armada, da ANMPN, da AMCPN, da MPN, do Pavilhão do Conhecimento, do Oceanário e da empresa Pascoal

milhas náuticas, conduzirá a que Portugal venha a possuir soberania sobre mais dois milhões de Km2. Cinco séculos depois da epopeia dos Descobrimentos, o Mar surge novamente como um Desígnio Nacional.

& Filhos, S.A. proprietária do Santa Maria Manuela. O programa definitivo de visitas está neste momento nos ajustamentos finais e será divulgado nos sites das entidades referidas anteriormente, bem como, no site do Notícias do Parque. As escolas do PN e dos arredores estão a ser contactadas diretamente pela Marinha através do Gabinete do Chefe do Estado Maior da Armada, para a organização das visitas. Encorajamos os moradores do Parque das Nações a aproveitarem este momento histórico, não só visitando os Navios, mas também, divulgando as fotografias pelos amigos e sensibilizando os filhos e netos para a participação nos programas das escolas associados a esta visita. É fundamental que os jovens conheçam as profissões do mar e que as considerem como profissões de futuro num País que, muito brevemente, e fruto da extensão da plataforma continental de Portugal para além das 200

granizo em Lisboa proporcionou imagens insólitas, não só por se tratar de um fenómeno pouco comum na nossa cidade, mas também, por acontecer em Abril, quando nos encontramos, há já duas semanas, na estação da primavera. A fotografia junta foi tirada a partir da Portela e, para além de invulgar, mostra o impacto que a queda de granizo provocou no trânsito da Ponte Vasco da Gama, cerca das 11:15 da manhã de sexta-feira, numa altura em que muita gente rumava ainda a Sul para as miniférias da Páscoa. Com diz o ditado - “Depois da tempestade vem a Bonança…” - e, já no Sábado, o tempo alterou-se significativamente, e a zona ribeirinha do Parque das Nações ganhou o encanto e a beleza que caracterizam a estação primaveril, bem testemunhada nas fotografias da Pte VG e do PN, tiradas a partir do Tejo, durante a manhã de Sábado.

Depois da Tempestade vem a Bonança…! Na sexta-feira Santa, 6 de Abril, a forte queda de


OPINIÃO | NP | 25

Parque de Estacionamento Pago do Edifício Nau, condiciona “Rossio da zona sul do Parque das Nações” O Edifício Nau foi um dos locais mais visitados durante a Expo’98. No entanto, com o abandono a que foi votada a Marina a partir de 2002, as lojas e restaurantes acabaram por encerrar e o Edifício deixou de ser utilizado a partir de 2003. Com a reabilitação da Marina o Edifício Nau foi também alvo de obras de recuperação, as quais ficaram concluídas no final de 2010, altura em que foi iniciada pela MPN a comercialização dos seus espaços. Numa altura de crise, não tem sido tarefa fácil a captura de negócios para o local, pese embora o esforço da Concessionária que tem sido incansável na promoção daquela infraestrutura. Efetivamente, neste momento, o Edifício Nau conta apenas com dois Cafés em atividade, o “Allez” no alçado Norte e o “Bliss” no alçado Sul. Entretanto, com a colocação de floreiras no Passeio do Adamastor para disciplinar o acesso ao Parque de Estacionamento de viaturas do Edifício Nau /Pte. Cais, cresceu significativamente o nº de visitantes daquele espaço e, durante os meses de Janeiro e Fevereiro, sobretudo ao fimde-semana, o Parque de Estacionamento ficou completamente lotado (200 vagas). Nessa altura, foi possível testemunhar uma significativa afluência de pessoas ao Edifício Nau, fazendo reviver os tempos da Expo’98. De facto, o Edifício Nau,

face à sua magnífica localização, com uma vista privilegiada sobre o estuário do Tejo e de toda a zona ribeirinha do PN, tem condições únicas para que, num futuro próximo, possa funcionar como uma infraestrutura de referência daquilo que poderíamos designar como o “Rossio da zona Sul do PN”, a exemplo do que acontece com o “Terreiro dos Corvos” na zona Norte. Lamentavelmente, quando começávamos a ter um número significativo de visitantes naquele local, a abertura do Parque de Estacionamento Pago com preços completamente desajustados – mais caro que alguns Parques do Aeroporto -, provocou uma situação de retrocesso, de todo, incompreensível. Reconhecemos, naturalmente, a necessidade da MPN explorar o Parque de Estacionamento de forma a serem asseguradas receitas para garantir a segurança e limpeza daquele espaço, mas a tabela de preços terá de estar ajustada à procura, tendo em conta que existem outros espaços de estacionamento nos arredores que não estão sujeitos a pagamento. Face à situação verificada, a ANMPN e a AMCPN expuseram, de imediato, a sua posição à Concessionária da Marina, sugerindo que, pelo menos ao fim de semana, fosse praticado o preçário do período noturno. Lamentavelmente, a sugestão não foi aceite, e aquilo que vinha sendo uma afluência, em crescendo, de visitantes à Zona Sul do PN esvaneceu-se …, prejudicando a atividade de restauração no local, bem como, a promoção do próprio Edifício Nau.

Preços ajustada à procura, por forma a que o Estacionamento possa constituir uma fonte de receitas para a Marina, sem criar um obstáculo ao desenvolvimento daquela infraestrutura, um dos ex-líbris do PN e cuja dinamização é fundamental. Saudações Náuticas,

“...lamentalvemente, quando começávamos a ter um número significativo de visitantes, a abertura do Parque de Estacionamento Pago com preços completamente desajustados, mais caro que alguns Parques do Aeroporto, provocou uma situação de retrocesso, de todo, incompreensível...”

Ficou assim bastante comprometida a criação do “Logradouro da Zona Sul do PN”, resultante de uma posição irrefletida e ao arrepio dos interesses do PN, situação que evidencia de sobremaneira a necessidade de vermos instituída a Freguesia do Parque das Nações, para funcionar como uma força viva, zeladora do desenvolvimento e promoção do nosso bairro. Esperamos que este assunto seja revisto pela MPN em articulação com o Operador PlaceGar, no sentido de ser encontrada uma Tabela de


26 | NP | PERFIL

O fascínio de Maria Inês pelo universo infantil começa no seu próprio filho, hoje com quatro anos, que ela assume também como seu principal motivo de inspiração. Não admira por isso que tenha sido recente a sua incursão na literatura infantil. Na verdade, os seus primeiros títulos neste género - “Sabes que também podes Ralhar com os teus pais?”, “Sabes onde é que os teus Pais se conheceram?” e “Quando eu for… Grande” – foram publicados no ano passado. Tratou-se de um início auspicioso: “Quando eu for… Grande” foi nomeado como um dos três melhores livros de literatura infanto-juvenil de 2011 para o respectivo prémio da Sociedade Portuguesa de Autores, e tanto esse título como “Sabes onde é que os teus Pais se conheceram?” figuram na lista de “100 livros para o futuro” apresentada recentemente pela delegação oficial de Portugal na Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha, onde o nosso país foi este ano convidado de honra. Mas Maria Inês de Almeida já em 2010 havia coordenado a obra “Contos Pouco Políticos”, uma ideia sua recolhendo histórias para crianças escritas por políticos. Além disso, escreveu cinco biografias para a colecção juvenil Chamo-me…, (Amália Rodrigues, Almeida Garrett, Michael Jackson, Amélia Rey Colaço e Almada Negreiros) e o texto de duas bandas desenhadas, também, dirigidas aos jovens para a Liga Portuguesa Contra o Cancro (O estranho caso da 3 professoras e Festival de Verão em risco!). Acaba de escrever mais um livro "Vicente em viagem... a caminho do Rally de Portugal", com ilustrações de Sebastião Peixoto, que o Automóvel Club de Portugal publica como o seu primeiro livro de prevenção rodoviária infantil. Trata-se de sensibilizar os mais novos para a importância de uma condução segura e cumpridora das normas de trânsito, uma vez que eles são os automobilistas do futuro. Mas os adultos, ao lerem-lhes a história, também poderão reforçar a sua consciência deste problema, o que nunca é de mais. O livro estará disponível nas delegações do ACP.

GRANDE

QUANDO EU FOR...

Maria Inês Almeida, moradora do Parque das Nações, fala-nos sobre o seu livro “Quando eu for... Grande” e sobre a sua experiência de escrever para crianças Porquê escrever para crianças? Primeiro, porque elas merecem toda a nossa atenção. Depois, porque sempre estive muito atenta às vozes das crianças, o que foi ainda mais estimulado pelo nascimento do meu filho, que hoje é para mim uma inesgotável fonte de inspiração. Finalmente, porque as crianças possuem aquela faceta fascinante e encantadora que consiste em nos colocarem numa posição um bocadinho à parte, tanto dentro como fora da realidade, em que temos de ter os pés assentes na terra e, ao mesmo tempo, voar com elas. É algo que só alguém com a criança dentro de si ainda muito presente consegue fazer ou qualquer

pessoa com talento literário o consegue? Não consigo responder pelos outros. Mas sinto que, pelo menos, para se conseguir escrever para crianças de modo a tocar a sua sensibilidade, é preciso gostar delas e da expressão dessa escrita, de modo a que se identifiquem com a mensagem que lhes queremos transmitir. Ter a criança dentro de si parece-me por isso importante, já que mais facilmente podemos reflectir o ponto de vista dela. Como escreves os teus livros? Não tenho um único método, já que livros diferentes implicam abordagens e processos de trabalhos distintos. Mas procuro nos livros infantis partir de uma boa ideia, o que considero fundamental, e

depois tentar trabalhá-la com recurso à imaginação. Quanto às condições materiais da escrita, não sou muito exigente: o melhor sítio para eu escrever ainda é em casa, tão sossegada quanto possível. Mas também posso fazê-lo em frente ao mar, ao rio, ou na tranquilidade da paisagem alentejana. Quando estás a escrever és diferente daquilo que és no dia-a-dia? Não me considero diferente, já que tento sempre conciliar o exercício da escrita com o prosseguimento da vida quotidiana. Nem quero que seja de outro modo, para não afectar as pessoas que me rodeiam, sobretudo o meu filho. Por isso mesmo, aliás, é que escrevo enquanto ele está na escola,

para que possa dedicar-lhe o tempo que merece depois de regressar a casa. Nessa altura, mergulho com ele nos livros, nos brinquedos, nos jogos, nos amigos. Também é verdade que, enquanto escrevo, procuro não ter ninguém por perto mas ficarei diferente durante esses períodos? Se os brinquedos e os livros lá de casa falassem, o melhor seria perguntar a eles. É o que tenho à minha volta. Onde fica a fronteira entre a criança e um “crescido”? O que os separa? É a fronteira entre o sonho e a realidade. Quando se perde a capacidade de sonhar, abandona-se a infância e adere-se à vida adulta. Acho que, mesmo crescidos, devemos continuar a sonhar, a estarmos disponíveis para a descoberta e a admiração, a olhar para as coisas com espanto, a rir e a brincar. O mundo também se faz dessa matéria-prima, e de certeza que é muito mais agradável assim.


PERFIL | NP | 27

Foi com esta frase que me surgiu a ideia do livro. Ouvi-a uma vez da boca do meu filho, e daí veio-me a inspiração. Devo dizer que as ilustrações do Sebastião Peixoto se adequaram na perfeição ao conceito editorial que tanto eu como a editora, Ana Maria Pereirinha, tínhamos em mente, conferindo-lhe a dimensão de sonho e fantasia indispensável a um projecto como este. Vou descobrir onde está a porta da praia.

Vou comer todas as pastilhas elásticas

A minha ideia com o livro não foi projectar o que deverá ser a sua futura vida de crescidos, quanto já possuem outra maturidade, mas sim dar forma ao que se imaginariam a fazer quando fossem grandes. Naturalmente, em muitos casos desejariam continuar a praticar o que lhes dá prazer enquanto crianças mas sem as necessárias restrições que os adultos agora lhes impõem. Daí a intenção, por sinal também confessada pelo meu filho, de, uma vez crescido, poder vir a comer pastilhas elásticas sem limites.


28 | NP | MOBILIDADE

Mobilidade Suave “Uso a bicicleta no metro quando temos de ir a sítios mais longínquos (ao fim-desemana o acesso é livre e, depois das 20H00, nos dias úteis). A bicicleta é um ginásio do corpo, como é óbvio, mas também é do espírito. Ajuda-me a tomar consciência do meu próprio corpo que está em movimento no meio das circunstâncias da vida, a aperceber-me da riqueza do meio em que vivo, da sua grande diversidade e das pequenas delicadezas / pormenores que estão no caminho e que umas vezes o dificultam, noutras o enriquecem.” Apresentação Chamo-me Patrícia Trévidic, tenho 35 anos, sou economista e desde Julho de 2009 estou a gozar (no sentido literal e humorístico do termo) licença sem vencimento para cuidar da minha filha Teresa que tem 2 anos. Para mim, não há nada mais importante que mostrar à Teresa que o mundo onde ela vive há muitas realidades diferentes, belas, originais e à medida que ela se vai tornando cada vez mais independente, poderá ir escolhendo aquilo que melhor revelar a sua personalidade única (coisa que eu própria também ainda vou descobrindo acerca de mim mesma). Como e porquê começou o teu relacionamento com esta forma de mobilidade? A bicicleta surgiu como necessidade de me divertir e, também, como maneira de resolver a necessidade de ir mostrando à Teresa mais coisas, na cidade, sem termos de andar a pé. A nossa

velocidade máxima é de 1 km/hora, com a Teresa a ficar com o braço dorido em meia-hora de eu tanto a puxar... por outro lado, na bicicleta tem-se mais privacidade e liberdade de movimentos do que nos transportes públicos. Mas relativamente à privacidade, há uma coisa engraçada na bicicleta: quando conduzia um carro, o facto de estar fechada no habitáculo isolava-me demasiado do ambiente em que circulávamos. Tinha de estar tão concentrada na condução que não conseguia mostrar grande coisa à minha filha, nem conversar com ela sentada no banco de trás. A velocidade do carro não permite ver pormenores dos locais onde se passa; não se interage com as pessoas que passam por nós; não permite ouvir nada; não permite sentir cheiros, e há alguns que valem muito a pena. O nosso corpo também não está a participar grande coisa na viagem, só o pé no acelerador é que se mexe e os braços e mãos no volante. Muita da energia do corpo é des-

perdiçada quando se anda de carro ou mota ou TP; acho que faz parte da minha maneira de ser (e também da minha profissão) desperdiçar o mínimo e isso inclui as minhas capacidades pessoais. Quando escolhi vir viver para a zona do Parque das Nações já tinha em mente estes passeios (eu adoro passear, não consigo passear só quando estou de férias, ou aos fins-de-semana, tenho de fazer isso todos os dias), e não só enquanto estiver de licença. Resumindo, na bicicleta percorrem-se menores distâncias, mas aprendo e saboreio melhor as viagens. E a minha criança também. De que forma usas a bicicleta no teu dia-a-dia? Normalmente para dar passeios com a Teresa. Nem sempre usamos as ciclovias, depende das circunstâncias e das alternativas. Acho que nunca me senti insegura ao transportar a Teresa no meio do trânsito, sempre fui cuidadosa e o facto de também ter

sido condutora de automóvel dáme sabedoria para perceber qual a melhor maneira de me deslocar com segurança. Penso que quando os condutores vêem a cadeirinha na bicicleta têm cuidado e mais paciência; e, às vezes, até sorriem ao ver a Teresa, quando o trânsito está parado. Uso a bicicleta no metro quando temos de ir a sítios mais longínquos (ao fimde-semana o acesso é livre e, depois das 20H00, nos dias úteis). A bicicleta é um ginásio do corpo, como é óbvio, mas também é do espírito. Ajuda-me a tomar consciência do meu próprio corpo que está em movimento no meio das circunstâncias da vida, a aperceber-me da riqueza do meio em que vivo, da sua grande diversidade e das pequenas delicadezas / pormenores que estão no caminho e que umas vezes o dificultam, noutras o enriquecem. Sempre que ando na bicicleta, aprendo mais qualquer coisa sobre a minha vida. É verdade que andar de bicicleta implica o risco acrescido de magoar o

corpo numa queda ou num embate; mas o facto de ter isso consciente é também importante para aprender a lidar com os riscos que a vida de qualquer pessoa acarreta. Sei que existem, por isso também aprendo a melhor maneira de lidar com eles e de evitá-los na medida em que não me trazem benefício que os justifique. Por outro lado não é possível viver bem sem lidar com riscos e sem sabermos calcular ou reflectir as opções que tomamos tendo em conta o que investimos e o que poderemos beneficiar. Quando ando de bicicleta fora das vias reservadas, há muitas vezes a sensação que estou a mais no trânsito. Andamos a empatar os outros. E que os outros têm direito a andar muito depressa, têm mais direito a viajar muito depressa - à velocidade que querem e podem - do que o meu direito de viajar. Não critico que os outros possam querer determinar a velocidade que querem, mas eu não me sinto mal

de andar no trânsito quando sei que quem quer andar depressa pode sempre ultrapassar-me (se não pudesse eu encostava e deixava passar). Não é por causa dos 100 metros de caminho que a minha bicicleta está a roubar de espaço que a pessoa automobilizada tem alguma coisa a ganhar com a agressividade que sente em querer que eu saia do caminho. Andamos no mundo querendo realmente viver juntos e aceitar as pessoas, ou andamos no mundo apenas a suportarmo-nos uns aos outros? Acho que está no olhar de cada um aquilo que escolhe sentir em relação àquilo que é incómodo. A bicicleta também é um meio de eu aprender alguma coisa em relação a isso. Eu também sou, muitas vezes, atropeladora dos outros. E quando "atropelei" alguém, assumi e resolvi a questão com o outro. Não fiquei eternamente a sentir a vergonha de falhar. Não vivamos com vergonha, vivamos com a ousadia de resolver e seguir em frente, cada um ao seu ritmo.


OPNIÃO | NP | 29

Feira do

Livro Infantil de Bolonha “Estima-se que o conteúdo electrónico para crianças dos 0 aos12 anos duplique anualmente durante os próximos quatro anos.”

Este ano, Portugal foi o país convidado da Feira do Livro Infantil de Bolonha, onde foi introduzido, pela primeira vez, o prémio Bologna Ragazzi Digital, ao qual concorreu um número significativo de histórias digitais e interactivas.A lista dos nomeados contemplava 20 trabalhos, tendo sido declarado vencedor Dans mon rêve e atribuídas menções honrosas a Numberlys e Quem soltou o Pum. Na conferência Tools of Change, palco do anúncio do prémio, foi discutido um importante conjunto de direcções para a área da publicação digital, nomeadamente estratégias de entrada no mundo digital e interactivo por parte de editores, autores, ilustradores e programadores. Estima-se que o conteúdo electrónico para crianças

dos 0 aos12 anos duplique anualmente durante os próximos quatro anos. Apesar disso, este crescimento não é muito significativo uma vez que os valores absolutos, neste mercado, são ainda muito baixos. Da Disney, uma das marcas mais fortes, constatámos, para o ano corrente, a tendência para a interligação de plataformas online e offline, ligando aplicações mobile com brinquedos reais, através de novas tecnologias, como a chamada realidade aumentada. Desta forma, uma criança pode, por exemplo, criar uma história com o Faísca McQueen e colocá-lo a correr dentro da sua própria sala. Dominic Raccah, […], revelou alguns dos principais desafios que a indústria editorial vai enfrentar nesta

era digital, tais como a diversidade de plataformas, a visibilidade e a dimensão dos conteúdos e a forma como as ilustrações deverão ser realizadas num contexto digital e interactivo. Eric Hoftun, da SnowCastle, apresentou a visão segundo a qual, a melhor forma de contar uma história a uma criança é fazê-lo através de um jogo, forma cativante que permite mais facilmente desafiá-la e captar o seu interesse, ao mesmo tempo. Nat Sims, da Night & Day Studios, referiu que a forma como as crianças usam os ecrãs tácteis tem um papel cada vez mais importante, por estarem perante um ambiente cognitivo controlável. Jos Carlyle, da Persian Cat Press, salientou que a produção de um livro digital interactivo, dada a sua natureza, torna-se mais difícil se se partir de uma versão impressa do que se o mesmo for pensado desde o início. Todas as peças do livro interactivo, música, ilustração, narrativa, devem ser partes activas da mesma história. O que ainda se encontra desequilibrado é a relação entre as aplicações interactivas e os ebooks. Os consumidores estão dispostos a pagar mais por ebooks do que por aplicações interactivas, ainda que as últimas tenham uma exigência de produção muito mais elevada. Por outro lado, a ideia de que

os livros interactivos estão a canibalizar os livros impressos não é linear; admite-se, isso sim, que poderão ser concorrentes da televisão, dos jogos e da música. Um interessante projecto apresentado foi o Fable, o primeiro tablet desenhado exclusivamente para crianças que procura minimizar, ou mesmo resolver, as duas maiores preocupações relativamente a estes equipamentos: o preço e o controlo de conteúdos. Para concluir, o canal da publicação digital demonstra ser promissor, ainda que existam muitas dúvidas, incertezas e medos em alguns dos intervenientes nesta indústria. Estamos perante o desafio global de produzir novas formas artísticas que usem as possibilidades multi-sensoriais disponíveis nos equipamentos actuais. Ainda que os princípios de construção sejam diferentes dos livros impressos, os mais importantes permanecem iguais: criatividade, inovação, histórias apelativas e excelentes ilustrações. Humberto Neves www.ypodium.com A tua Casa Mágica - uma história interactiva e personalizada

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30 | NP | LOCAL

Festas de aniversĂĄrio

NaĂşticas

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FACES

MULHERES DO PARQUE

32 | NP | PERFIL

Rita Carvalho entrevista TERESA MAYER Teresa, fala-nos um pouco de ti. Tenho 34 anos, sou casada, tenho dois filhos, um com 8 e outro com 5 anos e são o mais importante que tenho na vida. Trabalho na aviação há 13 anos e, atualmente, sou load controller na Tap-Spdh (Groundforce). É uma função cujo objetivo é verificar todo o peso do avião e o seu equilíbrio, por questões de segurança e poupança de combustível. O meu “segundo trabalho” é tratar dos meus filhos e tarefas de casa que, como é sabido, nunca acabam (risos).

Apesar a tua vida ativa procuras sempre arranjar tempo para ler e, por vezes, escrever. O facto de pertenceres à família de Fernando Pessoa terá alguma influência sobre isso? Acredito que sim. O facto do meu tio-avô ser Fernando Pessoa faz com que exista em mim um certo fascínio pela escrita. Sinto que quando as pessoas sabem deste meu grau de parentesco, há sempre uma grande curiosidade em saber mais sobre ele. O que sei é através do meu pai (sobrinho dele), pois cresci toda a minha vida rodeada por tudo o que foi deixado pelo meu tio.Todos os seus

livros, as cartas, os óculos, que outrora estavam em casa da minha avó paterna (irmã de Fernando pessoa). Claro que, quando era mais pequena não tinha noção da importância do meu tio, na literatura portuguesa. Mas à medida que fui crescendo e tornando-me mais interessada, todo o meu ponto de vista se alterou. Apercebi-me da sua genialidade (e ainda por cima era da minha família…). A sua inteligência, a sua forma de escrever, de inventar todos aqueles heterónimos com tanta vida e com tanta história. Numa palavra, considero “fascinante”.

E a parte dos Mayer? Pertenço à família Lima Mayer, da parte materna, também uma família com muita história. Suscita alguma curiosidade a minha ligação com o Parque Mayer. Essa ligação nada tem a ver com o lado artístico e teatral, mas sim, porque o palácio e o jardim pertenciam à minha família. Após ser vendido foi transformado no Parque Mayer sendo mantido o mesmo nome. Mas, no outro lado da Avenida da Liberdade temos o Teatro Tivoli que foi o primeiro animatógrafo de Portugal e, esse sim, pertenceu ao meu Bisavô Frederico de Lima Mayer.


PERFIL | NP | 33

“O facto do meu tio-avô ser Fernando Pessoa faz com que exista em mim um certo fascínio pela escrita. Sinto que quando as pessoas sabem deste meu grau de parentesco, há sempre uma grande curiosidade em saber mais sobre ele. O que sei é através do meu pai (sobrinho dele), pois cresci toda a minha vida rodeada por tudo o que foi deixado pelo meu tio.Todos os seus livros, as cartas, os óculos, que outrora estavam em casa da minha avó...”

Considero interessante a tua postura. Por um lado, falas naturalmente da tua família “histórica”, da qual te orgulhas. Mas tens igual abertura com o teu presente que, por vezes, não tem sido fácil. É verdade. Hoje em dia o meu estilo de vida tem muito pouco a ver com esses tempos. Tenho enfrentado algumas dificuldades, que tive que contornar. Em termos familiares, deparamo-nos com escolhas que temos que fazer de forma a gerir melhor o nosso orçamento. O meu marido é Arquiteto e, atualmente, a arquitetura neste país é muito escassa. Mesmo quando trabalham, o tempo a aguardar pelo recebimento é desesperante. Para além de não ser certo, por vezes, não é recebido. Penso que é necessário muita força de vontade, esperança e não ter vergonha! São situações que se passam na vida e servem para aprendermos com elas, para avaliar realmente o que é importante na vida: o Amor, as pessoas, a compreensão e pensar que melhores dias virão. E em relação ao Parque das Nações? Vivo cá desde a Expo98, na zona norte. Antes vivia no centro de Lisboa e estava muito habituada a conhecer toda a gente - na rua, na mercearia, nas lojas - quando vim para aqui custou-me um pouco pois era tudo novo: pessoas novas, bairro novo, uma Lisboa nova. Mas com o passar dos tempos vamos conhecendo, interagindo e, através das crianças, fazendo novos amigos. O Parque das Nações é um bairro seguro, bonito e jovem! Há algo que gostarias de acrescentar sobre o

nosso Bairro? Em relação aos serviços que já temos, considero que é um bairro muito completo. No entanto, como há muitos animais, penso que seria uma ótima ideia abrirem um parque ou área específica para cães. Também se poderia fazer um parque infantil maior, os que há são pequenos, principalmente, o da zona sul. Por fim, quero dizer que: Sou fã do meu bairro!


34 | NP | ESPAÇO SAÚDE

Reabilitação Oral A Médica Dentista Teresa Sobral Costa, depois de nove anos na Clínica Maló, vem para o Parque das Nações abrindo a Clínica T, um projecto que surgiu da vontade de querer implementar tratamentos personalizados, transparentes, na área da Medicina Dentária, acreditando que a elevada qualidade pode coexistir com preços relativamente acessíveis. Porquê o Parque das Nações Em primeiro lugar, porque resido aqui e creio ser um bairro cheio de qualidade de vida, ainda com algumas necessidades a nível de serviços. Claro que o facto de ter as minhas filhas ainda pequeninas que também frequentam um colégio da zona, me dá uma qualidade de vida, a mim própria, impensável há um tempo atrás. Como acredito que uma clínica deve funcionar Uma Clínica de Medicina Dentária deve funcionar por especialidades. Por exemplo: ter 5 Médicos Dentistas, em que cada um tem a sua área de eleição: um faz odontopediatria, outro faz cirurgia oral, implantes, prótese, outro faz endondontia (desvitalizações), outro dentisteria e dentisteria estética e outro ortodontia e ainda uma Higienista Oral.

Acredito piamente na especialização de cada um, é obvio que se eu vir 20 pacientes, por dia, a fazer o mesmo, a curva do meu crescimento será muito maior do que se fizer um pouco de tudo. Hoje evoluiu tudo imenso e para se estar ao corrente das diversas áreas é difícil conseguir acompanhar tudo. A minha área é a Ortodontia que trata as “más mordidas” e “más posições dentárias”. A primeira ida ao Dentista De acordo com a ADA( American Dental Association) as crianças deverão ser vistas antes do 1º aniversário de forma a explicar como limpar, ver a cronologia de erupção e estabelecer a chamada ”casa dentária” com a criança. Na minha opinião pessoal o essencial é as crianças virem com cerca de dois anos e meio, idade pela qual a dentição decídua estará completa ou próxima de estar. É importante estabelecer hábitos: ensinar a escovar os dentes, falar em remover as chuchas e outros hábitos (chuchar no dedo, forma de engolir, postura da língua, tipo de respiração, etc..), alertar para determinados problemas, promover a prevenção e não apenas os tratamentos. Este é um trabalho conjunto com os Pais e Pediatras.

E em relação à Ortodontia A idade defendida pela AAO (American Association of Orthodontists),bem como a ADA, são os 7 anos, idade em que podemos estabelecer planos de tratamento, em que podemos “modelar” o crescimento, se necessário, mas claro que muitos só deverão colocar os aparelhos mais tarde, com dentição definitiva e outros nem necessitarão de nada. Eu acredito muito na “esperoterapia”. Há muitos casos que creio que não deverão ser intervencionados e há muitos que na minha opinião o são precocemente sem necessidade. Mas os casos esqueléticos tratáveis (problemas de crescimento dos maxilares) deverão ser tratados precocemente. Há ainda casos que são ortodôntico-cirúrgicos, só se resolvem com aparelhos e com cirurgia às bases maxilares. Os vários tipos de aparelho Hoje temos de tudo, desde goteiras transparentes removíveis que alinham dentes (Invisalign®), aparelhos por lingual (face interna dos dentes), (Incognito®), aparelhos cerâmicos, aparelhos metálicos, aparelhos funcionais, disjuntores, etc.. Claro que consoante o caso clínico e os objectivos do tratamento existem

aparelhos mais indicados que outros, mas existe cada vez uma maior opção. As prioridades Para mim há uma questão essencial importantíssima que é: cuidar dos nossos dentes e da cavidade oral é uma questão de saúde e não apenas estética. O organismo humano funciona como uma orquestra: cada órgão cumpre o papel de um instrumento. E, quando um desafina, o corpo todo pode ser afectado. Quando a saúde oral não está em harmonia, as bactérias e os fungos naturais dessa região podem proliferar e atingir outros órgãos. Assim sendo, a higiene oral tem um papel primordial pois esta consulta permite realizar uma limpeza dentária profunda, que não conseguimos executar em casa, permite fazer Raios X para diagnóstico de cáries, fazer aplicação de flúor de forma a permitir fortalecer a nossa estrutura dentária. Teresa Sobral Costa

Licenciada em Medicina Dentária, pelo Instituto Superior de Ciências da

Saúde-Sul, Mestrada em Ciências Dentárias, na vertente de Ortodontia, na Universidade de Krems, Áustria , Doutorada pela Universidade de

A Clínica T surge de um projecto de querer fazer bem Medicina Dentária de forma transparente, personalizada, profissional e com muita simpatia!

João Morgado - Fotografia de Arquitectura

Estamos localizados na zona da Expo Sul (Lisboa) e dispomos de equipamentos médicos de última geração num ambiente descontraído e confortável. Somos uma equipa multidisciplinar, com experiência e know-how na área.

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Granada, Espanha


VIAGENS | NP | 35

“Uma longa viagem começa com um único passo” Lao -Tse

CRUZEIRO PELO VOLGA

Rússia, país que possui uma história longa e marcante e que influenciou o destino do mundo e serviu de referência a escritores e compositores musicais. Em Moscovo e São Petersburgo, consideradas as jóias mais valiosas do tesouro dos Czares, encontrará excelente gastronomia, espectáculos de qualidade, fascinantes e belas paisagens, museus com colecções únicas no mundo, parques de beleza excepcional e, sobretudo, um povo que não perde jamais o sorriso, tudo isso para desfrutar ao máximo na sua viagem à Rússia.

Itinerário: 1º Dia – Portugal / São Petersburgo Saída em voo regular com destino a São Petersburgo, chegada e assistência por parte dos nossos representantes, trâmites do visto e transfere para o navio. Jantar e alojamento a bordo. 2º Dia – São Petersburgo Pequeno-almoço buffet, almoço e jantar a bordo. Saída para visita à grande cidade de São Petersburgo com os seus vários palácios. Passagem por Nevsky Prospect e pelo Kanal Griboedovea até à Igreja do Salvador sobre o Sangue Derramado ou da Ressurreição de Cristo. Passagem por Gostiny

Dvor, o maior centro comercial da cidade, a Biblioteca Nacional e o monumento de Catarina a Grande. Pela tarde, visita ao Museu Hermitage. Rival do Louvre em Paris, o Hermitage contém 3 milhões de peças e colecções antigas do tempo de Catarina II. Alojamento a bordo. 3º Dia – São Petersburgo Pequeno-almoço buffet, almoço e jantar a bordo. Dia livre para tours opcionais. Navegação. 4º Dia – Mandrogi Depois do pequeno-almoço buffet a bordo do navio, saída para a pitoresca vila de Mandrogi situada junto ao rio Svir. Paragem nas margens do rio Verdant para apreciar a paisagem e almoço pic-nic. Regresso ao barco e jantar a bordo. Navegação. 5º Dia – Kizhi (Lago Onega) Pequeno-almoço buffet, almoço e jantar a bordo do navio. Navegação através do lago Onega. Chegada à pequena ilha de Kizhi. Visita a pé ao Museu de Arquitectura de Madeira ao ar livre. Navegação. 6º Dia - Goritsy Pequeno-almoço buffet, almoço e jantar a bordo do navio. Chegada a Goritsy e visita ao mosteiro do século 14 Cyrill-Belozersky, nomeado em honra do seu fundador, o monge Cyril, um dos santos mais adorados pela Igreja Ortodoxa Russa. Navegação. 7º Dia - Yaroslavl Pequeno-almoço buffet, almoço e jantar a bordo do navio. Visita à cidade de Yaroslav fundada no século X pelo príncipe russo Yaroslav, o sábio. Visita da Igreja do profeta Elias. Navegação. 8º Dia - Uglich Chegada a Uglich uma das mais antigas cidades rus-

sas. Visita à Catedral da Transfiguração e à Igreja de São Dimitri. Esta noite junte-se ao capitão do navio para um brinde no jantar de despedida. Navegação. 9º Dia - Moscovo Pequeno almoço buffet, almoço e jantar a bordo do navio. Visita panorâmica de Moscovo, incluindo a Praça Vermelha, as famosas e coloridas cúpulas da Catedral de S. Basílio, o Teatro Bolshoi, o GUM centro comercial da Praça Vermelha e a Universidade de Moscovo, entre outros. Alojamento a bordo. 10º Dia - Moscovo Pequeno almoço buffet, almoço e jantar a bordo do navio. Visita ao complexo de Kremlin, onde visitaremos uma das três catedrais. 11º Dia - Moscovo /Portugal Pequeno-almoço buffet, desembarque e transfere ao aeroporto para saída em voo regular com destino à cidade de origem. Fim da viagem.

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36 | NP | AGENDA

AGENDA

Festival Parque das Nações 2012

05 Abril (quinta) Hotel Vip Art’s Exposição de Fotografia

Procissão Fluvial Nª Sª da Atalaia 06 Maio (domingo) Marina Parque das Nações 16:00 – Chegada do Creoula à Pte. Cais da Marina A visita do Navio Creoula insere-se nas comemorações do 75º aniversário(10/5/ 1937) De 07 a 13 de Maio, estará disponível para visitas de Escolas e do público em geral 09 Maio (quarta –feira) Marina Parque das Nações (Pte. Cais da Marina) 12:00 – Chegada do Santa Maria Manuela O Navio Santa Maria Manuela junta-se ao seu “gémeo”, na comemoração dos 75 anos Largará a 12 da Marina, e durante a sua permanência, estará disponível para visitas.

— Prémio de Fotografia Parque das Nações / Casino Lisboa — Prémio de Literatura Parque das Nações / Casino Lisboa 22 de Maio (terça-feira) Rossio dos Olivais 10h-20h — Feira de Artesanato 26 de Maio (sábado) Parque Tejo 10h30 — Ciclo-Tour 26 de Maio (sábado) Colégio Pedro Arrupe 10h30 — Judo - Pavilhão 11h30 — Ginástica Acrobática - Pavilhão 03 de Junho (domingo) Colégio Pedro Arrupe 10h00 — Torneio de Futebol - Campo 10h30 — Ténis - Cortes EXPOSIÇÕES - Fotografia 20 de Maio / 27 de Maio Casino Lisboa 21 de Maio / 21 de Junho Hotel VIP Art’s

Concurso Nacional Kit do Mar reúne alunos e escolas de todo o país no Pavilhão do Conhecimento

12 e 13 de Maio (sábado e domingo) Marina Parque das Nações (zona ribeirinha do Parque)

Saiba mais sobre o Kit do Mar em: www.emam.com.pt e www.facebook.com/kitdomar

Passeios em Canoas Típicas da Marinha do Tejo 21 de Maio (segunda-feira) Hotel VIP Art’s 18h00 — Inauguração da Exposição de Fotografia Parque das Nações- Sombras do dia e da noite Rossio dos Olivais 10h-20h — Feira de Artesanato 22 Maio (terça-feira) Casino Lisboa 18h30 — Inauguração da Exposição de Fotografia 18h30 — Entrega dos Prémios:

Ciência Viva. Grupos de alunos de todas as idades (do Pré-Escolar ao Secundário) e provenientes de escolas de todo o país, vêm ao Parque das Nações apresentar os trabalhos que desenvolveram ao longo do ano lectivo, no âmbito do Kit do Mar. Este projecto consiste num conjunto de fichas educativas distribuídas a professores pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental que permite a introdução de temas ligados ao Mar no contexto educativo nacional. O dia de actividades não se vai restringir ao Pavilhão do Conhecimento, estando também confirmada a participação da Marina do Parque das Nações que, com os navios ‘Creoula’ e ‘Santa Maria Manuela’, vai contribuir para fazer desta uma comemoração inesquecível. O Concurso Nacional Kit do Mar já se realiza pelo terceiro ano consecutivo, com sucesso assinalável. A edição do ano passado decorreu no Centro Ciência Viva de Estremoz e contou com a participação de 600 alunos.

É já no próximo dia 9 de Maio que o Pavilhão do Conhecimento vai ser palco da 3.ª edição do Concurso Nacional Kit do Mar. Este evento vai trazer centenas de alunos ao Parque das Nações no que será uma celebração única da comunidade escolar em torno do tema Mar. O Concurso Nacional Kit do Mar é uma organização conjunta da Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental e da Agência

YOGA no JARDIM das NAÇÕES

AULAS abertas do YOGA SÁMKHYA 22 de Abril 10h00, Parque Tejo - 13 de Maio 10h00, Jardim do Cabeço das Rolas O Áshrama Vasco da Gama – Centro do Yoga Parque das Nações vai celebrar a chegada da Primavera com duas Aulas do Yoga Sámkhya nos jardins do Parque das Nações. A iniciativa, organizada pela primeira vez, tem como objectivo vivenciar o Yoga em harmonia com a natureza e sensibilizar para a importância do respeito e preservação do meio ambiente. As aulas serão de entrada livre e decorrerão: no dia 22 de Abril, Domingo, às 10h00 no Parque Tejo, no relvado junto ao parque infantil e no dia 13 de Maio, Domingo, às 10h00 no Jardim do Cabeço das Rolas, junto ao Externato João XXIII. ENTRADA LIVRE Mais Informações: Áshrama Vasco da Gama – Centro do Yoga Parque das Nações Rua da Nau Catrineta, Lt. 3.06.01.E 1990-175 Lisboa Tel: 932 743 222 www.yogaparquedasnacoes.blogspot.com


AGENDA | NP | 37

ARTE E PRAZERES Sugestões por: Emília Santana - Casino Lisboa

“SLAVA’S Snowshow”

O Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa estreou, no dia 17 de Abril, o multipremiado espectáculo “Slava’s Snowshow”. Tratase de um espectáculo com performances únicas que promete fazer as delícias do público de todas as idades. Chamam-lhe “o melhor palhaço do mundo”. É uma figura bemhumorada, comovente, gentil e poética à boa maneira de Marcel Marceu e Charles Chaplin. De regresso a Portugal, “Slava’s Snowshow” apresenta um mundo fantástico, habitado por palhaços especiais capazes de desencadear tempestades de neve a partir de um simples pedaço de papel. Criado por

Slava Polunin, referência maior do teatro cómico do século XXI, é um espectáculo que não termina com os aplausos finais, continuando na plateia onde a noção do tempo é perdida por todos os que permanecem a brincar com as bolas coloridas. Imagine que pode voltar a ser criança, jogar com bolas e espan-

tar-se com camas que se transformam em barcos. Imagine que pode acreditar que tudo o que o rodeia é mágico. Mesmo que o regresso à infância seja apenas por momentos, vale a pena! “Slava’s Snowshow” é um misto de teatro, música, efeitos especiais e poesia, que proporciona aos espectadores fantásticas recordações. Vencedor de dois Tony Awards, incluindo o galardão para Melhor Espectáculo de Entretenimento, “Slava’s Snowshow” já foi visto por mais de três milhões de pessoas em todo o mundo e continua a ser merecedor dos mais rasgados elogios e responsável por belíssimas memórias. Não perca este fantástico espectáculo, em Abril e Maio, no Casino Lisboa!

ANÁLISES CLÍNICAS Nova Dependência Parque das Nações

Alameda dos Oceanos, Lote 1.07.01 Loja U - Edifício Mar Oriente Tel./Fax: 218 936 119 (Entrada pela Rua do Polo Norte junto ao Campus da Justiça) Horário de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira: 8h00 às 13h00 / 15h00 às 18h00 Horário de Colheitas : 8h00 às 11h00

Salada Thai com novilho e malagueta Restaurante MoMo

Originária da Tailândia, esta salada é uma entrada fresca e uma explosão de sabores para os dias de primavera. As diferentes texturas presentes proporcionam um contraste entre o crocante do mini milho e dos espargos e a suavidade da carne de novilho e dos noodles , permitindo uma degustação original e acima de tudo surpreendente. Ligeiramente picante (pode sempre pedir sem picante) torna-se ideal para ser acompanhada por um excelente vinho branco.


ANÁLISES CLÍNICAS Nova Dependência Parque das Nações

Alameda dos Oceanos, Lote 1.07.01 Loja U - Edifício Mar Oriente Tel./Fax: 218 936 119 (Entrada pela Rua do Polo Norte junto ao Campus da Justiça) Horário de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira: 8h00 às 13h00 / 15h00 às 18h00 Horário de Colheitas : 8h00 às 11h00


38 | NP | AGENDA FAMÍLIA

AGENDA FAMÍLIA

Para os filhos e pais do Parque das Nações: Ciência, cinema, cozinha e viagens ao espaço... aqui no Pavilhão do Conhecimento

“Anima-te!

Ateliê de Animação Pelo segundo ano consecutivo, o Pavilhão do Conhecimento associa-se ao Indie Jr., a secção infantil do Festival de Cinema Independente de Lisboa, e realiza o ateliê de animação Anima-te! Convidamos pequenos e grandes a descobrirem como se cria movimento no cinema e qual o papel do nosso cérebro na formação de imagens, observar películas de filme à lupa e perceber as pequenas diferenças de movimento em cada um dos fotogramas. As famílias serão depois convidadas a filmar com webcams e editar uma curta de animação utilizando os materiais à disposição. O vídeo será posteriormente enviado por correio electrónico para cada participante/realizador. Esta actividade é gratuita. Destinatários: Crianças dos 6 aos 12 anos acompanhadas de um adulto. Datas: 25, 28 e 29 de Abril; 1, 5 e 6 de Maio Horário: Sessões às 11.15 e 15.30 Inscrição obrigatória em www.pavconhecimento.pt

Tardes Oceânicas: O Oceano Profundo

19 de Maio, sábado, das 11.00 às 18.00 | Actividades gratuitas, s/ marcação Descubra em família como é a vida no mar profundo, qual o potencial da expansão da Plataforma Continental e que técnicas e equipamentos são utilizados na exploração dos fundos oceânicos.

Colóquios A Matemática das Coisas Entrada gratuita, s/ marcação

A Matemática na Televisão | 28 Abril | 16.00 Quando se senta para ver o seu programa de tv favorito, já pensou porque dá àquela hora, naquele dia da semana e não noutro qualquer? Será que os programadores de tv têm em atenção o interesse dos telespectadores? E a televisão privilegia a qualidade dos programas ou as audiências? Não mude de canal. Assista em directo à conversa do matemático Dinis Pestana, do Centro de Estatística e Aplicações da Universidade de Lisboa, e Vera Roquette, do Gabinete de Audiências e Estudos de Mercado da RTP. A Matemática na Animação Gráfica | 12 Maio | 16.00 Com certeza conhece o Shrek, a Rapunzel de Entrelaçados, Marty, a zebra de Madagascar, e a Popota. Já alguma vez pensou nos números e cálculos por detrás das animações gráficas que vemos nos filmes de hoje em dia? Animar significa dar vida a algo, fazer mover algo que por si só não se mexe. Actualmente a matemática e os computadores ajudam a criar e animar o mais inerte dos objectos. Como se cria uma personagem animada? Descubra com o matemático João Patrício, do Instituto Politécnico de Tomar, e Miguel Abreu, da SketchPixel, a empresa de animação gráfica que deu vida à Popota. A Matemática nas Artes Circenses | 9 Junho | 16.00 O malabarismo não requer somente destreza e concentração. Esta arte circense requer também alguma matemática. Quantas combinações e técnicas malabares existem? E onde entra a matemática

nisto tudo? Venha descobrir com o matemático António Machiavelo, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e o Chapitô, escola de artes circenses. Se tiver coragem, ponha também as mãos nas massas.

Pai, vou ao Espaço

Na actividade Pai, vou ao Espaço e já volto!, o tempo passa mais depressa do que um cometa no céu. O orientador é o astrónomo José Matos, que sabe tudo sobre viagens no Espaço, lanches em naves, meteoritos, marcianos, pedaços de estrelas e planetas. PROGRAMA: A conquista da Lua | 22 Abril Viagens ao planeta vermelho | 13 Maio Rodinhas do Espaço | 17 Junho A vida na Terra | 15 Julho Esta actividade destina-se a crianças entre os 6 e os 12 anos e tem lugar aos domingos, às 17.00. Cada sessão tem um custo de 5€/participante e é gratuita para os pais, caso queiram assistir. Inscrição obrigatória: 21 891 71 00| info@pavconhecimento.pt

LABORATÓRIO (M/6)

Maré Negra O que é uma maré negra? Que efeitos poderá ter no ambiente e, em particular, sobre os seres vivos

marinhos? Venha simular um acidente com um navio petroleiro, analisar as suas consequências e testar diferentes métodos de remoção do petróleo da água. Plasticina electrizante E se construir circuitos eléctricos fosse tão simples como brincar com plasticina? Traga um pouco de imaginação e venha “iluminar” o Pavilhão do Conhecimento com as suas próprias esculturas. Estas actividades estão incluídas no bilhete de entrada e ocorrem durante o fim-de-semana, às 15.30 e 17.15 (sujeito a confirmação no próprio dia). 3€ só actividade, sem visita às exposições. Participação limitada.

A COZINHA É UM LABORATÓRIO (M/4)

15h30 – Esparguete de agar O que têm de comum um pudim, um leite achocolatado, e o ketchup lá de casa?! Venha descobrir e divertir-se a fabricar esparguete de diferentes cores e sabores, com a ajudinha de um ingrediente muito especial! 17h15 – Caviar de frutas Se pensa que o caviar é uma iguaria de luxo… desengane-se! Venha aprender a fazer saborosos caviares de fruta com um “cheirinho” a maresia. Estas actividades estão incluídas no bilhete de entrada e ocorrem durante o fim-de-semana, às 15.30 e 17.15 (sujeito a confirmação no próprio dia). 3€ só actividade, sem visita às exposições. Participação limitada.


AGENDA FAMÍLIA | NP | 39

LIVRARIA CABEÇUDOS

7) Conta-me histórias… Não é uma Caixa Data: 20 de Maio Hora: 11hm Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto

R. Comandante Cousteau, lote 4.04.01, Loja A · 1990-303 Lisboa T: +351 218 005 184 E: info@cabecudos.com - www.cabecudos.com

Agenda de Maio 2012

Descrição: Uma caixa pode ser mil e uma coisas, se usarmos a imaginação! Uma caixa pode fazer-nos voar, levar-nos à lua e às estrelas, basta abrirmos este pequeno livro, viajarmos pelas suas páginas e abrirmos as asas do sonho… Dinamizador: Bruno Batista

1) Estação DOREMI Data: à 5º feira Hora: 18 h Duração: sessões de 1h Idade: dos 0 aos 4 anos Preço: 50€ cada 4 sessões

Descrição: Estação DOREMI é um espaço onde Cuidadores (Pais, Avós, Amas,…) e Bebés, com ajuda de Pedagogos Musicais, vão à descoberta musical, privilegiando a voz humana, o movimento e a interação. Através da partilha da linguagem musical, desde a canção de embalar ao canto mediterrâneo, este projeto visa oferecer à criança a possibilidade de se encontrar nas mais diversas formas lúdicas do universo infantil. Dinamizador: Vera Vieira (direcção e voz) e Jan Gomes (voz e acompanhamento musical) 2)Oficina de Filosofia e Criatividade – A Aleg(o)ria da Caverna Data: 5 de Maio Hora: 11h Duração: 1h Idade: maiores de 5 anos Preço: 5€ por pessoa Descrição: Filosofar é coisa de crianças? É. E de adultos também. Por isso, o projecto filocriatiVIDAde e a livraria Cabeçudos sugerem uma manhã diferente, em que pais e filhos são convidados a dar uso ao pensamento, a partir dos mais diferentes recursos. Uma história, uma fotografia, uma frase, uma ideia: qualquer uma destas coisas pode ser o mote para filosofar e «treinar os músculos do pensamento». Dinamizador: Joana Sousa 3) Oficina Recortar e Vestir Bonecas de Papel Data: 5 de Maio Hora: 16h Duração: 1h Idade: dos 6 aos 99 anos Preço: Entrada Livre Descrição: A Dmuse vai realizar uma oficina para toda a família, tendo como objectivo, proporcionar um contacto com um tema da cultura portuguesa. A partir de figurinos ilustrados, vamos recortar e vestir bonecas de papel e conhecer curiosidades sobre trajes tradicionais portugueses. Haverá alguma noiva vestida de preto? Quantas saias usa a mulher da Nazaré? Venham descobrir estes e outros detalhes, participando na nossa oficina. Dinamizador: Dmuse 4)Conta-me histórias… O Homem de Água (com interpretação em língua gestual) Data: 6 de Maio Hora: 11h - Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto

Descrição: Alguém tinha deixado a torneira aberta. O dono da casa nunca mais voltou, sabe-se lá por onde andaria. Talvez tivesse ido para as Ilhas Fiji; às tantas andava em busca de fortuna nas minas de ouro azul que dizem que há em África. Por fim, aconteceu que a água, ao acumular-se, transbordar, derramar-se por todo o lado, fez nascer um homem, um homem alto, azul, transparente e cristalino. Dinamizador: Leonor Tenreiro

8) Oficina Ler a Valer Data: 26 de Maio Hora: 15h30 - Duração: 2h Idade: 8 aos 12 anos Preço: 10€ Descrição: Oficina que visa incentivar para a leitura, englobando a “leitura em voz alta” como uma forma de expressão intimamente ligada ao texto. Será uma oficina em que cada participante irá encontrar e explorar as inúmeras possibilidades de interligação texto/voz, promover o gosto pela leitura em voz alta. “A leitura em voz alta constitui um excelente treino para a leitura silenciosa, que ela já supõe adquirida no essencial.” Jean Foucambert. Objetivos: Incentivar a leitura; desenvolver a capacidade de interpretação; interligar a leitura silenciosa e a leitura em voz alta; desenvolver a dicção; desenvolver a projeção de voz Dinamizador: Elsa Serra

9) Conta-me histórias… Eu Data: 27 de Maio Hora: 11h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: Eu, é um urso que gosta de surpresas, generoso, extravagante, corajoso e ao mesmo tempo muito frágil. Gosta de fazer tudo sozinho porque pensa, por vezes, que sozinho é feliz… Diz gostar de si porque é valente, mas por vezes sente-se só e percebe que precisa de um amigo, para então ser feliz. Dinamizador: Ana Alpande

5) Conta-me histórias… Cuentos populares de la Madre Muerte Data: 11 de Maio Hora: 22h Duração: 1h Idade: Adultos Preço: 5€ por pessoa Descrição: De onde viemos? Para onde vamos? Estas são as grandes perguntas que nos fazemos, e quem sabe a resposta é a mesma: viemos e vamos para um lugar que desconhecemos. Quem sabe o mesmo lugar. Assim criam o homem e a mulher quando aprenderam a cultivar a terra. Da Mãe Terra nascia tudo e para ela tudo voltava para voltar a dar vida: esta forma antiga de entender a morte permanece nos contos populares de todas as culturas. Com as histórias de diferentes culturas recolhidas neste livro procura-se retornar ao significado original da morte: uma morte que, como a nossa mãe nos acompanha desde o nascimento, tratando todos por igual e que nos permite descansar, quando o tempo faz com que a vida nos pese. Dinamizador: Pedro Lopes 6) Conta-me histórias… A Gigantesca Pequena Coisa Data: 13 de Maio Hora: 11h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: Um livro que traduz a importância dos pequenos nadas. Venham daí saber o que é a gigantesca pequena coisa! Dinamizador: Elsa Serra

CASAS para viver bem A CHOICE é a imobiliária que se distingue por vender e arrendar casas, lojas e escritórios de qualidade.

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40 | NP | ENSAIO

RODAS Por: Jorge Santos Farromba

rodasdoleitor@gmail.com

Jaguar XF 2.2D (2 8 2 2 @/ = 9 AB/ - (2 ,/ 2 #/ 2 C2 9 ,89(= 9 82 D- @/9 , EF9,D 2 (2 (9 #2 9 2/ 9,

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Andar num Jaguar ĂŠ algo que me transporta para a minha infância, onde a mĂ­stica jĂĄ existia, o status estava criado e o cuidado ao nĂ­vel do detalhe igual. Nesse tempo, Jaguar era tambĂŠm sinĂłnimo de grandes motores a gasolina. Anos mais tarde (muitos mais!) ensaiar um Jaguar ĂŠ algo que o escriba tem dificuldade em isentar-se de emoção, pois se hoje a marca mudou de proprietĂĄrios, jĂĄ usa motores diesel e atĂŠ jĂĄ sĂŁo mais acessĂ­veis, nĂŁo mudou em nada o peso que o nome ainda ostenta. Um Jaguar ĂŠ quase como Fernando Pessoa quando se referiu Ă Coca Cola – primeiro estranha-se, depois entranha-se - ĂŠ difĂ­cil ficar-lhe indiferente. A marca junta-se assim ao restrito segmento premium onde pontuam a germânica Mercedes, a sueca Volvo e a japonesa Lexus. Se, na versĂŁo anterior o XF jĂĄ nasceu belo, hoje assume-se ainda mais esbelto, com linhas mais estilizadas e um maior recurso aos farĂłis de LED. A dianteira surge mais “felinaâ€? e o interior, diferenciase pelo cuidado no detalhe, pelo rigor, mas tambĂŠm pelo bom gosto. A par dos plĂĄsticos moles, sĂł temos pele a cobrir o tablier num tom acastanhado, que condiz com a multiplicidade de madeira a

bordo. Mas as atençþes recaem invariavelmente para a caixa de velocidades que, na simplicidade de um botĂŁo rotativo, demonstra a validade do conceito. O que dizer dos motores que abrem as condutas do sistema de refrigeração! Detalhes? Sim! Mas diferenciam num segmento onde tudo ĂŠ standard. Ao longo do ensaio (que mais pareciam as nossas fĂŠrias, onde aĂ­ contamos os dias que faltam para voltar de novo ao trabalho, neste caso contamos os dias para o devolver Ă Jaguar), delicio-me com a disponibilidade do motor, com a caixa de 8 velocidades, com a suavidade do conjunto, com o comportamento, mas, sobretudo, com o conforto. Gostaria talvez que o motor nĂŁo se ouvisse tanto (embora nĂŁo seja exagerado) no interior e que o travĂŁo de mĂŁo elĂŠtrico fosse automĂĄtico (assim que parasse, ele ligava). Mas sĂŁo meros apontamentos num modelo que tem tudo para ser um sucesso nas nossas estradas. Tem preço (70.000â‚Ź carregado de extras), qualidade, rigor e prestĂ­gio, iguais Ă concorrĂŞncia. Diferencia-se em alguns pontos. E para quando novo ensaio a este mesmo Jaguar? Agora, podia ser numa outra cor!


LOCAL | NP | 41

FOTOGRAFIA NO PARQUE Isabel Biscaia entrevista Tiago Machado Fotografia analógica ou digital? Tiago Machado, residente no Parque das Nações, fotógrafo Fine Art e diretor da revista The Scope responde: “Analógica e digital”. E acrescenta: “Independentemente do meio, importa sobretudo que cada fotógrafo, amador ou profissional, encontre uma linguagem estética própria.” Conte-nos o seu trajeto pelo mundo da fotografia. Pelos onze anos de idade tive as minhas primeiras aulas de fotografia e também a minha primeira máquina fotográfica, uma Agfa, compacta e simples de utilizar. O meu pai tinha uma SLR Minolta que já nessa altura me fascinava, tantas eram as opções que aquela máquina oferecia e tal era a qualidade das fotografias. Já adulto, formei-me em Sociologia, depois concluí um mestrado em Sociologia Económica e das Organizações e imediatamente comecei a trabalhar como investigador científico – nesse período a fotografia ocupou um lugar secundário. Mas passados oito anos optei por abandonar o meio académico para então criar e dirigir a revista The Scope. E também para reaprender a fotografar – fotografia de viagem, para as páginas da The Scope, e fotografia Fine Art, para os meus trabalhos pessoais. Entretanto, senti ser chegado o momento de transmitir alguma experiência acumulada e avancei com os workshops em fotografia, no formato “one-on-one”. Este formato “one-on-one” é pouco comum. Por que razão optou por este tipo de workshops, com apenas um formando? Estes workshops dirigem-se a todos aqueles que pretendem desenvolver competências técnicas e estéticas em fotografia. O formato personalizado, “one-on-one”, permite-me adaptar os conteúdos formativos ao nível de conhecimento e aos interesses particulares de cada formando. Já o "olho fotográfico" não se ensina, apenas se estimula.

Considera o Parque das Nações um bom local para aprender a fotografar? Sem dúvida. Por norma, no final de cada sessão teórica avançamos para uma saída fotográfica no Parque das Nações. É um espaço público que combina motivos fotográficos muito diversos. Beneficiamos, por exemplo, da proximidade do rio, um cenário de eleição para fazer fotografia de paisagem com longas exposições. Temos também estruturas únicas, como o Pavilhão de Portugal, especialmente interessantes para fazer fotografia de arquitetura com grandes angulares. Entre tantos outros motivos, já que um pouco por todo o lado encontramos manifestações de arte, mobiliário urbano, natureza. Criou a revista The Scope. O que a distingue de outros títulos? A The Scope é de raiz um projeto editorial independente, que em momento algum contou com apoios públicos ou privados. O primeiro objectivo ao criar esta revista foi o de combinar numa mesma publicação textos de qualidade [sobre viagens, ambiente, geopolítica, cultura e artes] com fotografia Fine Art. Alcançada essa meta, foi traçado um segundo objectivo, o de disponibilizar esses mesmos conteúdos a título gratuito, o que justificou a transição do papel para iPad em 2011. Hoje, a The Scope é um produto consolidado nos planos editorial e estético, mas carece de estrutura financeira para concretizar um terceiro objectivo: tornála uma referência cultural à escala global. Para tal

será necessário investir em logística, promoção, etc.. Por essa razão, estamos abertos a avançar para uma parceria com quem tenha simultaneamente sensibilidade e capacidade financeira para nos ajudar a prosseguir esse caminho. Naturalmente, e apesar de a revista ser escrita em inglês, gostaríamos que este parceiro fosse português no sentido de manter a The Scope um título “Made in Portugal”.

Conselhos para quem se quer iniciar na arte fotográfica? Dominar a técnica no essencial: velocidade, abertura e sensibilidade. Visualizar o objecto fotográfico e compor a imagem mentalmente antes de disparar. Em digital, fotografar em RAW. Mas, independentemente do meio, importa sobretudo que cada fotógrafo, amador ou profissional, encontre uma linguagem estética própria.

No website tiagomachadophotography.com todas as fotografias estão em preto e branco. Por alguma razão em especial? Por nenhuma razão em concreto – é o meu registo fotográfico. Naturalmente, em fotografia comercial e sempre que me pedem, também trabalho com cor.

Quais os seus projetos para o futuro próximo? Estou a organizar workshops em pós-processamento digital para arrancarem no segundo trimestre deste ano. E também a preparar uma exposição individual que terá lugar no Museu do Arroz, na Comporta [26 de Junho a 15 de Julho].

Prefere fotografia analógica ou digital? Analógica e digital. Normalmente trabalho com uma Canon digital “full frame”. É uma excelente máquina e muito prática. No entanto, no que toca a textura e recorte ainda fica aquém da minha Rolleiflex, analógica, de 1957! Do meu ponto de vista, um e outro meios cumprem objectivos distintos, complementam-se.

Vive no Parque das Nações há cerca de dez anos. Como vê a evolução desta zona? Bom, em primeiro lugar vejo o Parque das Nações como uma freguesia que, lamentavelmente, tarda em firmar-se como tal. Gosto muito do espaço mas continua a faltar-nos um parque escolar do Ensino Básico com capacidade para acolher todas as crianças que aqui residem e também um Centro de Saúde.


42 | NP | DESPORTO

NOTÍCIAS

CLUBE TEJO

Actividade em Abril e Maio Actividades: 2ª Etapa Play Tennis – Esta prova é jogada nos escalões de sub8, sub10 e sub12. Uma prova que já conta com uma média de 60 inscritos em todos os escalões envolvendo os atletas da ETJC e outros clubes. Serve para preparar os pequeninos para as provas de competição. É um circuito com 4 etapas e um Masters ( os 8 mais classificados de cada escalão ) que são apurados pelo ranking gerado em todas as etapas. 3ª Etapa Glamour – Nesta actividade entram todas as nossas alunas na vertente social. Alunas adultas que esperam desta actividade um dia de ténis e convívio. 5ª Etapa Oriente – Nesta actividade jogam todo os nossos alunos de vertente social Adultos masculinos. Este circuito já padece de um clima sólido de convívio e competitividade que enche certamente uma tarde de ténis de muita qualidade,

Os nossos

jogado em formato de circuito (várias etapas e um master com ranking). Torneio Smash Tour (Castelo Branco)

Nos dias 31 e 01 de Abril realizou-se uma prova de sub10 referente ao Smash Tour em Castelo Branco, foram muitos os atletas inscritos, mas quem ficou em primeiro foi o nosso campeão Manuel Marques. Muitos parabéns, Manuel! Clínicas de Ténis Decorreu entre os dias 26 e 30 de Março a semana de Clínicas de Ténis da Páscoa no Clube Tejo, uma semana cheia de actividades e muito ténis à mistura, para os muitos inscritos que nela participaram. A próxima será entre os meses de Junho e Julho.

Craques Nome: Vicente Abreu Teles Baltazar Idade: 8 anos Clube de Futebol: Sporting C.P. Clube onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira Livro: Agatha Mistery Grupo Musical Favorito: Xutos e Pontapés Filme / Série: Pokemon Tenista favorito: Rafael Nadal À mesa: Hambúrger com batatas fritas O que dirias aos políticos: Deviam tirar Portugal da Crise Citação preferida: “Quem vai ao mar perde o lugar“ Futura profissão: Treinador de Futebol

Nome: Tiago Francisco Gomes Luís Siopa Idade: 12 anos Clube de Futebol: S.L.Benfica Clube onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira Livro: Coleção Cherub ( Robert Muchamore ) Grupo Musical Favorito: Nenhum Filme / Série: Chuck Tenista favorito: Roger Federer À mesa: Pizza O que dirias aos políticos: Tratem da crise e não façam asneiras Citação preferida: “ Quem tem telhados de vidro, não atira pedras ao do vizinho “ Futura profissão: Ainda não sei



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PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL Apartamento de 3 Assoalhadas em Condomínio Fechado, Excelente Jardim Privativo. Boas Áreas. Parqueamento Duplo. Inserido em Zona Privilegiada do Parque das Nações. \EXO1081204 Sob consulta

PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL T1 com 73 m2 Semi-novo, em Condomínio Fechado. Bons Acabamentos. Ótima Exposição Solar. Vista Desafogada. Parqueamento. Zona de Prestígio na Expo Sul. \EXO0241201 Sob consulta

PORTELA T3 com 130 m2 para Remodelar. Boa Exposição Solar. Garagem/Box. Ótima Localização, Próximo ao Centro Comercial da Portela, Transportes e Serviços. \EXP0811203 Sob Consulta

ENCARNAÇÃO Moradia V2 com 90 m2 para Remodelar. 2 Pisos, Cave com 90 m2 e Logradouro com 217 m2. Inserido em Bairro Típico de Lisboa. Próximo ao Aeroporto. \EXO0701203 Sob Consulta

OLIVAIS SUL Apartamento T4 Convertido para T3 com 140m2, Totalmente Remodelado. Boa Exposição Solar. Ótima Localização. Junto ao Spacio Shopping e Estação de Metro dos Olivais. \EXO0761203 Sob consulta

-17%

LEILÃO MARCADO 02 MAI ÀS 19H00

EXO3141107/PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO SUL Alameda dos Oceanos, Lote 3.11.08 B 5ºD Apartamento T4 Duplex em Condomínio Fechado com Terraços de 27 m2. Vista de Rio Tejo. Aquecimento Central. Garagem/Box Dupla + 1 Lugar de Parqueamento. Preço antigo: 425.000,00 €

353.000,00€

-14%

LEILÃO MARCADO 23 MAI ÀS 19H00

EXO0951203/ENCARNAÇÃO Rua 4, nº34 e 36 2 Moradias V2+1 Geminadas Remodeladas. Vista de Rio. Acabamentos de Qualidade. Excelente Exposição Solar. Próximo de Transportes e da Futura Estação de Metro. Produto Único no Bairro da Encarnação. Preço antigo: 580.000,00 €

499.000,00€

-24%

-35%

LEILÃO MARCADO 09 MAI ÀS 19H00

EXO0271202/MADREDEUS Rua Lino Hélder 4 Lisboa Madredeus Moradia com 4 Assoalhadas. Situada em Bairro Típico de Lisboa. Próximo a Comércio e Transportes Públicos. Preço antigo: 229.000,00 €

149.000,00€

EXP0291202/PORTELA Rua Teófilo Braga 2 R/c T3 com 140 m2. Bom Estado de Conservação. Cozinha Equipada. Excelente Exposição Solar. Garagem/ Box Dupla. Ótima Localização. Preço antigo: 169.900,00 €

129.900,00€

-20%

-34%

LEILÃO MARCADO 23 MAI ÀS 19H00 EXO3051107/OLIVAIS SUL Avenida Infante D. Henrique Lote 333 Esc. 52 Escritório Prime com 48 m2 em Empreendimento com Receção e Segurança 24h. Parqueamento. Boa Localização, a 1 Minuto da Estação de Metro de Cabo Ruivo. Preço antigo: 120.000,00 €

LEILÃO MARCADO 09 MAI ÀS 19H00

79.000,00€

LEILÃO MARCADO 30 MAI ÀS 19H00

EXP1741110/PARQUE DAS NAÇÕES - EXPO NORTE Rotunda das Oliveiras 3 1º Fte T3 com 132 m2. Ótimas Áreas. Boa Exposição Solar. Parqueamento e Arrecadação. Excelente Localização Preço antigo: 249.000,00 €

199.000,00€


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