Edição 65

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Distribuição gratuita 10.000 EXEMPLARES

ANO XI - NR.65 - B IME STRAL - MAIO12 - DI RECTOR: MI GUE L FE RRO ME NESES

Segundo

fonte

próxima

do

Notícias do Parque, tudo indica que a criação da freguesia do Parque das Nações, incluindo toda a Zona de Intervenção da Expo, ou seja o território que vai da Matinha à foz do Rio Trancão irá ser aprovada pela Assembleia da República, no próximo dia 1 de Junho. Caso se confirme esta informação será o culminar de uma batalha

CONVERSA COM

CONVERSA COM

que vem sendo travada pela

ANA PENIM E JOÃO CATALÃO

ANDRÉ RIBEIRINHO

comunidade local, organizada em

REINVENTAR NEGÓCIOS págs. 11,12 e 13

PAIXÃO PELO VINHO

torno da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, desde a sua fundação em Setembro de 2001.

págs. 21,22 e 23

M/18

Desde 2000

Amor à Primeira Vista

Chegámos no dia 14 de Fevereiro, de 2000. Uma família simples e com a paixão pelo melhor que a terra pode dar. Sabemos que ao tratar bem a terra, a terra cuidará bem de nós. Da nossa dedicação, colhemos carinho e amizade. Obrigado a todos. Foi, é e será, sempre, como um amor à primeira vista.

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EDITORIAL | NP | 3

noticiasparque@netcabo.pt

A ESPERA Instruções para um dia diferente Mike, Amanhã de manhã levanta-te, toma um duche, faz a barba, umas torradas e um sumo de laranja e, depois, olha o tempo lá fora. Se estiver a chover pega no carro, caso contrário podes pegar no skate. O importante é que vás até à FNAC e lá fiques à porta à espera de serem 10h para poderes ter o privilégio de comprar o último álbum do Jack White. Chama-se "Blunderbuss" e vai ser o melhor álbum deste verão. Verás. À confiança. Lembrei-me logo dos tempos em que ansiava pelo lançamento de um disco, de um CD ou de um filme. Da espera pelo dia, pela hora em que ele chegava à loja.

Estava lá. Ainda hoje acontece. Seja na música, seja no cinema. Como as semanas que esperei pela antestreia do filme “Drive”, no Estoril Film Festival. A espera para trás tinha potenciado, amadurecido a vontade de o ver. Uma tortura saudável. Principalmente nos tempos de hoje onde, em pouco horas, poderia ter tido acesso a ele através da net, ou saciado a espera com trailers, teasers, entrevistas, etc.. Não. Mantive-me firme (Até porque nada disso faz sentido para mim). Como quando tinha 14 anos e ia para a porta da loja à espera daquele (ainda) vinil. Porque razão iria fazer de maneira diferente apesar de hoje ser tudo mais imediato? Lembro-me de uma viagem de regresso do sul, não há muito tempo, em que comentava a minha ansiedade em chegar a Lisboa e, no dia seguinte, ir comprar um álbum que era lançado nesse dia. Uma das pessoas que ia comigo disse-me logo: “Queres ouvir? Já o tenho há umas semanas.” Preferi esperar.

Se não o fizesse era como se, de repente, a poucos metros da chegada, a corrida fosse interrompida. Já com o “Drive” seria a mesma coisa. Não só pela questão ilegal e de consideração por uma indústria que tanto respeito, mas pela morte da magia de ver um filme pela primeira vez num grande ecrã.. Não há comparação possível. É como ver um filme, com a Natalie Wood num monitor de um computador, de uma TV. Não tem nada a ver. E só percebe isso quem a viu em pequeno e a vai ver, depois, em grande. A quantidade de coisas que se perdem. A restrição da grandeza. A morte do pormenor. E isso tudo tem uma razão de ser. Tal como a espera tem uma razão de ser. De existir. O tempo tem uma razão de ser. Serve um propósito que só é claro no fim. Quando sai da cartola. Por outro lado, a espera fortalece a nossa resiliência. Combustível raro nos dias de hoje. Se não tivermos a capacidade de saber esperar, vamos correr o risco de perder

etapas importantes. O imediato pode roubar sabor à vida. Há coisas que serão sempre um clássico. Por mais que a evolução as tente superar, há coisas que são mesmo assim. O prazer de receber uma carta por correio irá superar, sempre, o prazer de receber um mail. Por mais retrógrado que isto possa parecer e com todas as implicações económicas e ambientais que possam existir. Tal como um grande filme só atinge o seu esplendor máximo visto no grande ecrã, apesar de já estar a circular na net, muito tempo antes da sua estreia. E quem o viu antes, não vai ter, de certeza, o mesmo sabor de quem o viu, pela primeira vez, quem esperou por ele na escala para a qual ele foi pensado e feito. E isso tem uma razão de ser. Tal como o tempo tem uma razão de ser. Tal como nós, de existir. Dentro dele. Só tempo o dirá. Miguel F. Meneses

a partir de

m

Há duas semanas acordava com o seguinte mail:

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Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Subcomissário Armando Fragoso; Carmo Miranda Machado; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Teles Baltazar; Marco Neves; Rita de Carvalho. Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919


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Eventos a realizar no espaço público

17 de Junho de 2012 - Corrida Vencer o Cancro A Corrida Vencer o Cancro é uma corrida/caminhada, não competitiva, que visa angariar fundos para a União Humanitária dos Doentes com Cancro promovendo também a prática desportiva, em grupo e em família. Partida e chegada no Rossio dos Olivais. Prevê-se uma participação de cerca de 5000 participantes. 17 de Junho de 2012 – Lisboa on bike do Grupo EMEL É um passeio livre de bicicleta em que participam as mais variadas pessoas, com bicicletas de todos os tipos. Assim serão vistos, neste evento, desde bikes antigas e clássicas, passando pelos diferentes tipos de bikes, até às bicicletas novas e protótipos convencionais ou elétricos, juntando pessoas de todas as idades e sexo, com necessidades especiais adaptadas ou não. O percurso escolhido ligará a Lisboa antiga a Lisboa nova. Estão previstas entre 80 a 180 pessoas e a meta será no Largo Bartolomeu Dias. 24 de Junho - Travessia da Ponte Vasco da Gama com a Tua

Bicicleta - Tejo Ciclável A Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta organiza o passeio de cicloturismo “Tejo Ciclável” onde atravessam a Ponte Vasco da Gama. 24 de Junho de 2011 - World Bike Tour - Lisboa Bike Tour A Sportis realiza anualmente o habitual passeio de bicicleta, “World Bike Tour”, com partida no tabuleiro da Ponte Vasco da Gama e meta no Parque das Nações. O projecto World Bike Tour Lisboa insere-se numa campanha de âmbito nacional levada a cabo pelo Instituto da Droga e Toxicodependência, em parceria com a Sportis, com o objetivo de sensibilização para práticas de vida saudáveis. O evento consiste na travessia de bicicleta sobre o rio Tejo, pela Ponte Vasco da Gama, num trajeto que em circunstâncias normais estaria vedado a bicicletas; 1º Sábado do Mês, de Março a novembro – feira Rural A Feira Rural realiza-se de março a novembro, todos os primeiros sábados, de cada mês.

Câmara Municipal de Loures assume gestão urbana do Parque das Nações A partir de 2 de maio, a Câmara Municipal de Loures assumiu a gestão urbana do Parque das Nações, no território correspondente ao concelho de Loures, nas áreas da limpeza urbana (lavagem e varrição de espaços públicos), manutenção, conservação e limpeza de mobiliário urbano, arte pública e instalações sanitárias. Teve assim início o período de transição, que se prolongará até 30 de junho, data em que, de acordo com o plano da empresa, estará concluído o processo de transferên-

cia da gestão urbana do território do Parque das Nações para os municípios. Dando cumprimento às orientações do Governo, está assim em curso o desenvolvimento conjunto e implementação de um plano de ação que assegure a transição da globalidade das atividades de gestão urbana e a sua continuidade dentro de padrões de qualidade idênticos aos atuais. No momento associado ao encerramento da atividade da Parque EXPO Gestão Urbana do Parque das Nações e transfe-

rência das suas competências territoriais para o município de Loures, a Parque Expo – Gestão Urbana tudo fará, no limite das suas possibilidades, para assegurar a transição harmoniosa da gestão integrada do espaço público e das infraestruturas técnicas do Parque das Nações. Os cidadãos que pretendam entrar em contacto com a Câmara Municipal de Loures, poderão fazê-lo através do email geral@cm-loures.pt ou do s i te www.aminharua.pt.


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CORRIDA DO ORIENTE – CASINO LISBOA e ARRAIAL DOS NAVEGANTES É já no próximo dia 3 de Junho de 2012, pelas 10h00, que decorrerá mais uma Corrida do Oriente Casino de Lisboa, na sua 11ª Edição. Com partida na zona norte, do Parque das Nações, a Prova dos 10 Km, com distância certificada e cronometragem electrónica individual, percorrerá toda a zona do PN, num trajecto totalmente plano e emoldurado por uma das zonas mais emblemáticas da cida-

de de Lisboa. Paralelamente, decorrerá uma Caminhada/Corrida de 2 Km que percorrerá os Jardins do Tejo, junto ao rio, a que se junta, dando continuidade à edição do ano passado, a realização, pelas 9h45, junto à meta, de uma mini corrida dirigida para o público mais infantil, alargando assim a participação nesta prova a todas as idades. Para a edição deste ano prevê-se uma participação superior a

2.600 atletas, no conjunto das provas, que poderão contar com várias actividades paralelas à festa das corridas: animação musical efectuada pelo grupo de percussão Eclodir Azul, exercícios de aeróbica e stretching, esplanada e muito mais, proporcionando momentos de convívio entre todos os participantes. Para além dos prémios e troféus a atribuir aos primeiros classificados, vão ser oferecidas a todos os participantes uma T-shirt e uma caneca comemorativa, ambas alusivas ao evento. A Corrida do Oriente – Casino Lisboa tem um objectivo não lucrativo, de apoio a obras sociais, visando este ano apoiar a construção da futura Igreja do PN e a Associação Navegar, instituição com projectos humanitários, sociais e culturais em Portugal e São Tomé e Príncipe. A organização adianta, ainda, que “tal como no ano passado, com o apoio do nosso principal patrocinador, o Casino Lisboa, estamos a

sortear semanalmente, um bilhete duplo para um espectáculo no Auditório dos Oceanos (entre todas as inscrições registadas e já pagas na data de cada sorteio).” Innformações e inscrições no site www.corridadooriente.com, ou nos Serviços da Paróquia do Parque das Nações nos horários habituais. ARRAIAL DOS NAVEGANTES - SANTOS POPULARES Realizar-se-á nos próximos dias 1, 2 e 3 de Junho, na Zona Norte, junto à Igreja. Este evento, que já vai na sua 10ª edição, tem vindo a registar uma adesão crescente nos últimos anos, por parte da população do Parque das Nações, sendo já um dos maiores das cidades de Loures e de Lisboa, ao contar com mais de 1.500 lugares sentados e um total de sensivelmente 5 mil visitantes, nos três dias do evento. A organização adianta que este ano “e porque quere-

mos celebrar de uma forma especial esta 10ª Edição, este ano temos mais novidades: mais lugares sentados, maior oferta de produtos e pontos de entrega e menos filas.” A organização é da responsabilidade dos Escuteiros do Agrupamento 1100 do Parque das Nações que “tem vindo sempre a empenhar-se com um sentido de serviço à comunidade e sempre com muita alegria e entusiasmo, mas contando em cada ano com um número crescente de ajudas individuais bem como de outros grupos, contribuindo assim todos para o crescimento desta Paróquia, enquanto Comunidade”, como refere a organização deste evento. O Arraial dos Navegantes insere-se num conjunto de eventos que têm como principal objectivo a angariação de fundos para a construção da Nova Igreja do Parque das Nações: “É por isso que, ao longo de todo o arraial, será feita mais uma abertura dos “porquinhos mealheiro”.

Traga, por isso, o seu porquinho e ajude a encher o grande mealheiro para esta nossa grande obra,” refere a organização. Entre as habituais iguarias próprias destes eventos, onde não faltará a tradicional sardinha assada a par das febras e dos caracóis, encontrará sempre boa disposição e muita alegria proporcionada pela animação musical, também ela própria de qualquer arraial. Para a realização desta festa a organização contou novamente com o apoio da Câmara Municipal de Loures e “com o sempre presente apoio das Juntas de Freguesia de Moscavide, Sacavém e Olivais, que como já vem sendo hábito, abraçam esta iniciativa e ajudam-nos a realizar esta festa. Esperamos, assim, conseguir aumentar este ano o sucesso desta festa que também é vossa, pelo que contamos desde já com a presença de todos vós”, conclui a organização.


6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN

Gestão Urbana

do Parque das Nações -

Que futuro? Parque Expo, divulgado no Notícias da Grande Lisboa, tiveram os moradores do Parque das Nações conhecimento de que a Câmara Municipal de Loures assumiria “a gestão urbana do Parque das Nações, no território correspondente ao concelho de Loures, nas áreas da limpeza urbana (lavagem e varrição de espaços públicos), manutenção, conservação e limpeza de mobiliário urbano, arte pública e instalações sanitárias”, a partir de 2 de Maio.

Na sequência do anúncio público de extinção da Parque Expo, SA, remetemos, em 19 de Agosto de 2011, carta à Senhora Ministra do Ambiente, manifestando a nossa compreensão, mas, ao mesmo tempo, expressando o desejo de que a transição da gestão urbana do Parque das Nações tivesse em consideração, por um lado, a sua conceção e especificidades próprias, na perspetiva de ser gerido por uma única entidade, apesar de, formalmente, estar territorialmente integrado em dois concelhos e três freguesias e, por outro, o facto de estarem pendentes para decisão, a curto prazo, iniciativas na Assembleia da República visando a criação duma freguesia englobando todo este território, a integrar no concelho de Lisboa. Manifestámos, ainda, na citada carta, o desejo de ser recebidos para um maior aprofundamento deste assunto e expressámos o nosso entendimento, que mantemos, de que a comunidade do Parque das Nações deveria ser envolvida nesse processo de transição da gestão urbana, através desta Associação, pelo conhecimento profundo que, desde 1998, foi formando e consolidando acerca deste espaço urbano. Lamentavelmente, até à presente data, o Ministério não acusou, sequer, a receção da nossa citada carta. Por outro lado, foram canceladas as reuniões mensais que sempre mantivemos com a ParqueExpo, para, num espírito de colaboração, ir dando conta das preocupações e anseios da comunidade à entidade que tem efetuado a gestão urbana do Parque das Nações e, simultaneamente, sermos informados das iniciativas da referida empresa, procurandose, assim, manter um relacionamento cordial e profícuo que a todos beneficiava. Entretanto, na sequência de declarações da Administração da Parque Expo, logo no início do processo de extinção da empresa, criou-se, na nossa comunidade, a ideia de que a Parque Expo – Gestão Urbana poderia manter-se em atividade até finais de 2013, o que nos trouxe alguma tranquilidade quanto a uma transição tranquila e pondera-

“Porém, nos últimos meses, o sobressalto e a intranquilidade começaram a instalar-se na comunidade, com declarações da Administração da ParqueExpo de que, impreterivelmente, deixaria de assegurar a gestão urbana do espaço a partir do dia 30 de Junho de 2012, tendo as autarquias de assumir tal responsabilidade a 1 de Julho.”

da da gestão urbana do Parque das Nações, envolvendo nela os órgãos da autarquia a criar. Porém, nos últimos meses, o sobressalto e a intranquilidade começaram a instalar-se na comunidade, com declarações da Administração da ParqueExpo de que, impreterivelmente, deixaria de assegurar a

gestão urbana do espaço a partir do dia 30 de Junho de 2012, tendo as autarquias de assumir tal responsabilidade a 1 de Julho. Por outro lado, e sem qualquer informação prévia, no final do dia 30 de Abril – uma segunda-feira e véspera de feriado – através de comunicado da

Ora, o facto deste anúncio ter sido feito de forma discreta, diremos mesmo que “pela calada da noite”, sem a coragem de, formalmente e em comunicado dirigido à população, informarem a comunidade do Parque das Nações desta apressada e incompreensível decisão, a algumas semanas de serem votados, na Assembleia da República, projetos de lei que preveem a criação duma freguesia que abrangerá todo este território é, de todo, inaceitável. A extinção da Parque Expo – Gestão Urbana, ou GEURBANA do nosso ponto de vista, e para salvaguarda dos interesses em causa, só deveria acontecer, após a entrada em exercício dos órgãos da futura freguesia, para que a gestão urbana do espaço fosse efetuada com tranquilidade e não desta forma apressada, que revela desprezo pelas mais elementares expectativas da comunidade, quanto a matéria tão relevante. Mas, se o Ministério entender que, por razões ponderosas, a transmissão da responsabilidade da gestão urbana do Parque das Nações terá de processar-se mais rapidamente para os órgãos autárquicos competentes, então que o processo decorra com racionalidade, tomando, naturalmente, em consideração a futura realidade territorial do Parque das Nações e com o acompanhamento desta Associação. Consideramos de todo inaceitável que se considere o prazo de 30 de Junho, fixado como limite para essa passagem de responsabilidades, como imperativo, porquanto se mostra inexequível e desaconselhado.


PĂ GINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP | 7

Contactos: Casa do Arboreto Passeio dos Heróis do Mar – Parque do Tejo (Junto ao Parque Infantil do Gil) Email: geral@amcpn.com Tlm: 932 037 474 / 932 037 473 www.amcpn.com www.facebook.com/AMCPN

“Face ao que antecede, reiteramos Ă Senhora Ministra do Ambiente o nosso pedido de reuniĂŁo urgente e a nossa disponibilidade para colaborar na construção de soluçþes que permitam agilizar o processo de extinção da Parque Expo, como ĂŠ preocupação do Governo, mas salvaguardando, tambĂŠm, os interesses desta comunidade.â€?

Caso a Parque Expo persista nesta posição intransigente, certamente que iremos ser confrontados, a partir do dia 1 de Julho, com uma situação de vazio quanto ao cumprimento das mais bĂĄsicas obrigaçþes de higienização e manutenção do espaço pĂşblico do Parque das Naçþes, numa das zonas mais emblemĂĄticas e visitadas da cidade. Lembremo-nos de que o Parque das Naçþes, para alĂŠm de ter jĂĄ uma população fixa nĂŁo inferior a 22 000, ĂŠ o maior centro empresarial de Lisboa, acolhendo, pelo menos, cerca de 30 000 trabalhadores e recebendo uma mĂŠdia mensal de 2 000 000 de visitantes, muitos deles estrangeiros, com todo o impacto que isso tem sobre a higienização e manutenção do espaço pĂşblico. Face ao que antecede, reiteramos Ă Senhora Ministra do Ambiente o nosso pedido de reuniĂŁo urgente e a nossa disponibilidade para colaborar na construção de soluçþes que permitam agilizar o processo de extinção da Parque Expo, como ĂŠ preocupação do Governo, mas salvaguardando, tambĂŠm, os interesses desta comunidade. O que nĂŁo podemos aceitar, de maneira nenhuma, ĂŠ um descartar de responsabilidade por parte da Parque Expo. É certo – e sempre o reconhecemos ao longo destes 14 anos – que a Parque Expo nĂŁo tinha poderes de gestĂŁo autĂĄrquica, os quais sĂŁo da exclusiva competĂŞncia das autarquias locais. Todavia, a Parque Expo veio exercendo esses poderes num quadro especial e sempre na perspectiva de que as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures se iriam envolver nessa gestĂŁo atravĂŠs da chamada empresa tripartida, criada por legislação especĂ­fica da Assembleia da RepĂşblica, tendo em consideração as especificidades de um espaço enquadrado, territorialmente, em dois concelhos e trĂŞs freguesias, mas concebido com caracterĂ­sticas que impunham a gestĂŁo por um Ăşnico ĂłrgĂŁo autĂĄrquico. É certo que a empresa tripartida nĂŁo chegou a entrar em atividade, por decisĂŁo das prĂłprias Câmaras. Mas nĂŁo ĂŠ menos certo que nem a ParqueExpo nem o governo tomaram, ao longo de 12 anos, qualquer iniciativa no sentido

de pĂ´r termo a esta omissĂŁo das Câmaras Municipais de Lisboa e Loures. FĂŞ-lo agora e, reconhecemo-lo, com toda a legitimidade. PorĂŠm, ao fazĂŞ-lo, deverĂĄ ter em consideração o quadro que vimos referindo e nĂŁo desta forma apressada, atabalhoada e incontrolada, sem salvaguarda dos legĂ­timos interesses da nossa comunidade. De resto, os sinais da passagem apressada, que consideramos irresponsĂĄvel, da gestĂŁo urbana de um terço do territĂłrio para a Câmara de Loures jĂĄ sĂŁo bem visĂ­veis, atravĂŠs da deficiente limpeza e acumulação de lixo junto a contentores ou em sacos espalhados na rua a aguardar a sua recolha. Ora, a passagem da gestĂŁo urbana da mesma forma para a Câmara de Lisboa que, de resto, temos conhecimento de que se recusa a fazĂŞ-lo, traduzir-se-ĂĄ, seguramente, na criação duma situação de caos no Parque das Naçþes que, obviamente, nĂŁo poderemos aceitar. É que nĂŁo se trata duma questĂŁo de vassouras. Estamos a falar da passagem de responsabilidade, tambĂŠm, pela manutenção e segurança dum espaço pĂşblico dotado de um vasto conjunto de equipamentos como, por exemplo, as galerias tĂŠcnicas, os vulcĂľes de ĂĄgua, o Parque do Tejo, os pontĂľes no Tejo, para apenas referirmos alguns, que exigem um permanente e cuidado acompanhamento tĂŠcnico e de vigilância. E temos fundadas razĂľes para considerar que nenhuma das autarquias estĂĄ em condiçþes de assumir tais responsabilidades no dia 1 de Julho, como, de resto, se prova com lamentĂĄvel exemplo do trabalho da Câmara de Loures nestas poucas semanas. E, apenas, estĂĄ a exercer parte das tarefas efectuadas com as vassouras. Adivinha-se como serĂĄ a partir do momento em que tenha sob a sua responsabilidade toda a limpeza, manutenção e segurança da parte dos equipamentos situados na sua ĂĄrea. Fica, pois, o nosso apelo Ă responsabilidade e ao bom senso, sendo certo que caso se persista neste percurso inaceitĂĄvel, a comunidade serĂĄ, inexoravelmente, arrastada para caminhos que nĂŁo se desejam trilhar. Parque das Naçþes, Maio de 2012


8 | NP | COMUNICADO

COMUNICADO CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Posição da CML sobre a transferência da Gestão Urbana do Parque das Nações

Enfe fermagem Permanente Equipa Especializada em Cuidados de Saúde ŽŶƐƵůƚĂ ĚĞ ƐĞŐƵŝŵĞŶƚŽ ĚŽ :ŽǀĞŵ͕ ĚƵůƚŽ Ğ /ĚŽƐŽ ; ŝĂďĞƚĞƐ͕ dĞŶƐĆŽ ƌƚĞƌŝĂů͕ ůŝŵĞŶƚĂĕĆŽ͕ ƐƚĂĚŽ &şƐŝĐŽ͕ ĞŶƚƌĞ ŽƵƚƌŽƐͿ

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A partir do próximo dia 1 de Julho, a Parque Expo pretende cessar a sua actividade de Gestão Urbana do Parque das Nações. O Município de Lisboa sempre manifestou junto da Parque Expo e do Ministério do Ambiente do Mar e Ordenamento do Território a sua total disponibilidade para negociar a assumpção de novas competências. Alguns equipamentos estão em final de ciclo, exigindo não só manutenção, mas investimentos na renovação, cujo montante não está estimado. A gestão do espaço público do Parque das Nações tem especificidades. Exige um know how próprio e a inerente afectação de meios técnicos e humanos que a CML não dispõe. E tem um custo estimado: 6 milhões de euros anuais. A transferência de competências tem de ser bem programada, com garantias de manutenção e do nível de serviço que as famílias e as empresas residentes têm direito de exigir. Além disso, está em curso o processo de reforma administrativa da cidade de Lisboa, o que aconselha igualmente a prévia delimitação das fronteiras territoriais. Existem claras vantagens na passagem da gestão urbana do Parque das Nações para o Município, mas em condições que este a consiga exercer. Os ultimatos não são aceitáveis e prejudicam os residentes. A Câmara Municipal de Lisboa espera que o bom senso venha a prevalecer.

“Existem claras vantagens na passagem da gestão urbana do Parque das Nações para o Município, mas em condições que este a consiga exercer. Os ultimatos não são aceitáveis e prejudicam os residentes. A Câmara Municipal de Lisboa espera que o bom senso venha a prevalecer.”



10 | NP | OPINIÃO

Grande

Lisboa

Por: Marco Neves - http://contrariar.certaspalavras.org

Lisboa não termina nos limites do concelho. Esse facto é bem conhecido de quase todo o país - raramente alguém de fora de Lisboa diz que alguém a viver em Carnaxide ou na Portela não vive em Lisboa. Só alguns lisboetas mais paroquianos insistem em confundir a cidade com os apertados limites do concelho que leva o nome da capital. Se aplicarmos critérios iguais aos das outras cidades europeias, Lisboa é toda a cidade, toda a área urbana – Lisboa é a Grande Lisboa e assim deve ser pensada e planeada. No entanto, no terreno, não é isso que acontece. A estrutura municipal sobrepõe-se a qualquer coordenação insípida que deveria haver através da Junta Metropolitana. Ou seja, os concelhos da Grande Lisboa administram a sua pequena área sem real coordenação. A Grande Lisboa é a verdadeira cidade – o concelho de Lisboa é apenas o

centro dessa cidade. Esta situação cria desequilíbrios, com os concelhos limítrofes a entornarem grande parte da sua população para Lisboa, mas sem uma distribuição eficaz das receitas fiscais. O país só tem a ganhar em ter uma capital governada a nível do seu espaço real e não das divisões quase arbitrárias entre concelhos. É assim noutros países – e assim também se explica a relativamente pequena dimensão de Lisboa, em termos formais, em relação a cidades como Madrid, Barcelona, Milão, Roma, Berlim – em termos reais, a diferença é muito mais pequena do que pensamos; a forma de dar limites à cidade é que é diferente. Repare-se: no resto do país cada concelho tem um ou dois centros urbanos e áreas rurais. Cada centro urbano é administrado por uma só câmara. A recolha de lixo, os transportes urbanos, os planos de urbanização – tudo é coordenado por uma câmara, como é mais lógico e eficiente. O que é lógico para pequenas cidades ainda mais lógico devia ser para a capital e para a segunda maior cidade. Ora, é precisamente nestas duas cidades

que isto não se faz. Em Lisboa (e, já agora, no Porto), a câmara municipal apenas administra um pedaço da cidade, sendo o resto dividido por outras câmaras, sem que nada garanta que falem entre si. Criar uma estrutura real, com verdadeiros poderes de coordenação, que substitua, em grande medida, as câmaras (mas apenas para Lisboa e Porto, claro) seria uma forma de poupar a médio prazo e de preservar a qualidade de vida nas grandes cidades. Teria mais custos? A ideia seria transferir competências das câmaras – alguns funcionários das câmaras seriam transferidos para este “governo de Lisboa” (com o nome que entretanto se quisesse dar), bem como edifícios e outras estruturas. Os custos não seriam elevados – e as poupanças seriam rapidamente visíveis. Há que dizer que esta ideia não é original. A própria Câmara Municipal de Lisboa a defende. Sendo assim, neste contexto, defendendo como estou a defender a criação duma verdadeira estrutura política e administrativa da Grande Lisboa, que lógica

mantêm os argumentos para a unificação do Parque das Nações num só concelho? Ora, a lógica mantém-se: esta autoridade não existe e é exactamente essa a razão por que dividir um bairro criado de raiz entre dois concelhos, que não têm coordenação entre si, é um absurdo e um gasto desnecessário. Criar uma freguesia – ou colocar todo o bairro numa só freguesia – resolve este problema particular. Criar uma autoridade da Grande Lisboa resolve este e muitos outros problemas. Os moradores do Parque das Nações defendem aquilo que acham ser o melhor para o seu bairro – mas nada nos impede de dizer também o que achamos melhor para a nossa cidade. Já agora, uma ideia: a sede de Lisboa (da verdadeira Lisboa, não da pequena Lisboa que todos conhecemos) pode ser o Pavilhão de Portugal (nada impediria que este edifício fosse também a sede da freguesia do Parque das Nações e, quem sabe, da câmara do actual concelho). Afinal, é esta a capital do país: uma grande cidade, uma grande Lisboa.

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CONVERSA COM...

ENTREVISTA | NP | 11

INV, Livros, uma revista, um programa na SIC Mulher, Masters da Negociação, Retail Safaris, Brasil, Espanha... como é que tudo isto começou? Começámos a trabalhar juntos e descobrimos que tínhamos uma complementaridade muito grande em termos de fazer acontecer. A Ana, muito orientada para o rigor, para o metódico, para o esquematizado e eu para o “meia bola e força”. Tenho ideias, corro atrás delas e a Ana ajuda a materializar essas ideias. Essa dupla tornou-se muito interessante quando começámos a ter empresas, a fazer projectos diferentes, nunca iguais aos que os outros fazem. Temos uma paixão por viajar, por descobrir coisas novas. Nunca paramos. É quase como uma doença saudável. Essa inconstância do fazer, desfazer, para fazer melhor tem-nos levado por esses caminhos. Mas a base de tudo qual foi? Foi a área comercial. Nasceu primeiro a Sales Up, uma empresa de assessoria comercial. Tivemos um almoço onde falámos sobre projectos muito giros ligados ao comércio e foi aí que começou. Encontrámos uma grande empa-

Reinventar negócios, ganhar mundo.

Ana Penim e João Catalão renderam-se ao Parque das Nações ainda quando não passava de um projecto em papel. 100% fãs do Parque fundaram aqui a sua primeira empresa. Hoje, livros, uma revista, um programa na SIC Mulher, Masters da Negociação, Retail Safaris, Brasil, Espanha, Nova Iorque, são algumas das pegadas trilhadas. Fica a conversa com este casal, sobre sucesso, surpresa, fazer acontecer, conceito, performance comercial, coragem e Portugal. tia e tudo nasceu aí. Começou logo muito bem e ao fim do primeiro ano estávamos a ter lucro. A nossa diferenciação era brutal. Fazíamos mesmo acontecer. Dá imenso gozo hoje, aqui no Parque, quase que podíamos ir trabalhar a pé com todos os clientes: a UHU, Sony, Sogrape, JTI, Amorim, AXA, Manuela Rebelo, Danone, BPI, Global Wellness... Temos imensos projectos que começam daqui, da nossa porta de casa, até ao fim do PN. É giríssimo pensar nisso. O Parque das Nações é a nossa terra e somos completamente fãs dele. É um bairro verdadeiramente inspirador. Não foi por

acaso que fizemos cá a cerimónia do Masters da Negociação, este ano. Tudo isto numa altura de crise. Portugal, mais do que estar em recessão, está em depressão. Está muito virado para dentro. Portugal é muito pequenino, tem apenas 10 milhões de habitantes e está isolado. O nosso grande trabalho para as empresas é inspirá-las a verem para além de... Damos uma energia às empresas de: “Não se auto-limite, faça!” É preciso fazer, desfazer, para fazer sempre melhor. É preciso, também, um pouco de loucura saudável porque senão estamos

sempre a entrar no contexto e o contexto, por vezes, não é favorável, como agora.Tantas coisas que já fizemos nas nossas vidas que nos eram lançadas como sonhos e que foram concretizadas. Como por exemplo, a revista “DO it!” que lançámos agora. Porque é que não há uma revista para um segmento área comercial que representa cerca de 40% da população? Porque não há uma revista de vendas e negociação? Investigámos e, no mundo inteiro, existiam duas. Então, mas Portugal pode ser isso. A revista está aí e a ser um sucesso fantástico.

Os Masters da Negociação. Distinguimos gente que faz acontecer, independentemente das áreas. Com determinados critérios. Como vamos validar isto? Criou-se um conselho consultivo. Criámos, também, um clube gratuito para os profissionais da negociação. Temos milhares de pessoas do Brasil, de Espanha que o frequentam. O site vitaminaCatalão, que tem mais de 200 mil visitas em dois anos. Metade deles são estrangeiros. Fazemos workshops gratuitas. Temos o oito e o oitenta. Tanto vamos a uma escola falar com professores e alunos, de graça e com todo o prazer, como são

capazes de nos estarem a pagar cerca de 15 mil euros por uma hora de intervenção nossa. É impossível fazermos algo onde não deixemos uma pegada positiva. Hoje vemos imensas coisas sobre psicologias positivas, atitude mental... Aos anos que fizemos coisas dessas e se hoje vemos alguém que está a usar aquilo que fazemos, não faz mal porque o segredo é andar sempre um passo à frente. Quando tentam fazer o que nós fazemos já não estamos lá. O livro “Negociar & Vender”? Foi o mais vendido de sempre. O “Ferramentas de Coaching” teve 5 edições num ano.


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E este ú lti mo, o “Atitu de UAUme”? Criámos um conceito que conseguisse agarrar isto tudo de que estamos a falar. Respondemos à pergunta: O que é que nos faz correr como ser humano, independentemente da idade, profissão, etc.? A surpresa. De uma maneira muito simples, mas com base científica, encontrámos a solução para quem realmente quer fazer acontecer. Vendemos 6 mil exemplares num mês! Já foi feita uma versão feminina. Está a ser lançado no Brasil. Temos a sensibilidade para escutar o mercado e depois a ousadia, a irreverência (talvez a maluqueira) de nos atirarmos de cabeça às coisas. E, com muito entusiasmo, as coisas vão acontecendo. O nosso problema é encontrar pessoas com o mesmo mind set. O ser humano só muda em dois parâmetros: quando tem que mudar e quando quer. O “eu vou ser diferente por princípio” o “eu vou ser ousado” são raros. Também é verdade que isso não começa de imediato. Logo na infância temos os nossos pais a dizer: “Não faças isto, não faças aquilo”. Somos amestrados. Isso estimula pouco. A escola faz o mesmo, as empresas também. Chegar a uma idade madura e encontrar gente que tenha pedalada para andar aí a correr... Até ao andar na rua se nota isso. Se formos à Irlanda, vemos que eles andam a correr, andam com energia na rua. Gostamos muito de chocalhar as empresas, os dirigentes. Liderança e organização em 360º, temos muito orgulho em termos criado esse conceito. Somos muito mais reconhecidos no estrangeiro do que em Portugal, onde encontramos muito aquele “pé atrás”. Cá liga-se muito ao “Professor Doutor”. Mas não nos podemos queixar. Porto, Espanha, Brasil só querem estes nossos modelos. Empresas que trabalham connosco desde o primeiro dia, como a Nescafé Dulce Gusto. São os únicos no mundo onde o manual de vendas foi feito no próprio país. Temos trabalhado em coisas que nos dão imenso orgulho. Qual é o ponto de convergência de isso tudo? A área comercial. Contribuir

para que as empresas concretizem mais. Tenham uma melhor performance. Mas há imensas coisas que contribuem para que isso aconteça. Uma empresa para vender mais pode precisar de ter uma nova estratégia de distribuição no mercado. Nós trabalhamos isso. Podemos chegar à conclusão de que a equipa não tem minimamente aptidão para o fazer, então, desenvolvemos uma formação através do INV, mas uma formação que não tem nada a ver com o sistema tradicional. Depois podemos chegar à conclusão de que se trata de um problema de liderança e aí entra não tanto a formação, mas o coaching. Podemos chegar à conclusão de que não têm conceito e aí desenvolvemos um novo conceito. Portanto o ponto de convergência é a performance comercial. O fazer acontecer. E no meio disto tudo há uma missão nobre que é a possibilidade de qualificar as pessoas na área comercial, como prestigiar, virar o estatuto, à imagem que as pessoas têm da área comercial. Enquanto que hoje é chiquíssimo dizer que se é marketeer, se disser que é vendedor... não. Portanto uma das nossas apostas é, também, requalificar a imagem da área comercial. A negociação é algo muito mais sofisticado e é transversal a toda a sociedade. A própria pessoa para se afirmar tem que se conseguir afirmar. Quando fazemos

o Masters da Negociação é exactamente para dar visibilidade e prestígio a toda essa área comercial que é o oxigénio das empresas. Quando as pessoas têm orgulho naquilo que fazem, também se desenvolvem mais. Há uma linguagem própria para chegar às pessoas das vendas. Quem está na área comercial não tem muita paciência nem tempo para ler coisas muito maçudas e sofisticadas e sem aplicação prática. Os nossos livros são dinâmicos. O Clube da Negociação online tem imensas dicas. Os fóruns e workshops são todos muito experienciais e interactivos. E Portugal? As pessoas que querem ser mais felizes, mais eficazes, têm que agir. Na vida não temos aquilo que merecemos, mas o resultado daquilo que concretizamos. Portugal tem que ter um desígnio de gente que concretize, que faça acontecer. Nós somos um país muito afortunado. Só quem trabalha no estrangeiro, é que percebe a sorte que tem em ser português. O melhor clima da Europa, um país pequeno que tem um povo que não existe no mundo. Um povo que acolhe como ninguém. O português, perante as dificuldades, sorri e atira-se à luta. Nós vamos dar a volta! A Europa ainda vai olhar para Portugal! Se temos isso tudo, o que falta?

Se Portugal fosse um cliente vosso o que fariam? Primeira coisa de todas: nomear um director de Marketing, deixando de pensar no imediato, mas no futuro, num propósito. Portugal quer ser conhecido como? O que queremos de Portugal? Dão-se imensos apoios à indústria, mas que indústria? Quem disse à indústria que o mundo quer esse produto? Portugal devia dizer à indústria: Vamos fabricar o que o mundo compra. Temos que ter um propósito. Portugal tem que se agarrar àquilo que é muito bom: gastronomia, clima, história, somos o país do mundo com as fronteiras definidas mais antigas! Temos a melhor banca electrónica do Mundo! Portugal tem! Está é mal gerido. A nível emocional: somos encharcados com o negativo, através das notícias. É preciso conseguir fazer o zapping ao contrário. Como se consegue isso? Consciencializando. Costumamos usar o seguinte com as pessoas com quem trabalhamos: Quando eu me consciencializo de algo, eu responsabilizo-me e, quando eu me responsabilizo, eu actuo. Quando, como portugueses, nos responsabilizarmos de que estamos a gastar mais do que podemos, que vivemos num país que tem que pagar dívidas... Outra questão: não podemos trabalhar só mais meia hora. Pergunte a

“O que é que nos faz correr como ser humano, independentemente da idade, profissão, etc.? A surpresa. De uma maneira muito simples, mas com base científica, encontrámos a solução para quem realmente quer fazer acontecer. Vendemos 6 mil exemplares num mês! Já foi feita uma versão feminina. Está a ser lançado no Brasil. Temos a sensibilidade para escutar o mercado e, depois, a ousadia, a irreverência (talvez a maluqueira) de nos atirarmos de cabeça às coisas. E, com muito entusiasmo, as coisas vão acontecendo.”

algum dirigente noutra parte do mundo se acha que se consegue trabalhar apenas oito horas por dia. Se nos consciencializarmos de que temos responsabilidade pelo legado que recebemos e por aquilo que temos que deixar, actuamos. O problema é que se fala, fala, fala... Por outro lado, somos um povo que gosta de trabalhar. Nunca ouvi lá fora falarem mal dos portugueses. Porque é que, quando passamos as fronteiras, somos bestiais? O que nos falta cá é organização, propósito e uma coisa muito importante: liderar com coragem e inspirando. Uma coisa que está a faltar aos portugueses: coragem. Coragem para romper com o que não serve para o futuro, como os discursos negativos que deprimem. Não temos uma meritocracia e isso prejudica-nos imenso. Veja o que está a acontecer na China, o que acontece em Singapura ou em países onde existe meritocracia. Devíamos ser um povo implacável. O poder (formal e informal) deve ser para os bons. Muitos jovens talentosos que estão a sair das universidades não vão aceitar a mediocridade e, em Portugal, a mediocridade ainda é muito aceite. Seja a nível político, seja a nível geral. Ainda aceitamos a mediocridade e estes jovens não vão aceitar serem liderados por medíocres. Porque hoje eles estão conectados com o mundo e sabem. Nós temos talento e temos que o pôr cá

para fora. Como? Temos que ser resilientes. É o que os portugueses têm que fazer. Fomos capazes de organizar um Euro dos melhores. Fizemos uma Expo 98. Quando os portugueses se juntam, se unem, são os melhores. Falta coesão? Sim. Coragem e coesão.

O m arketi ng que ven de Portugal não é coeso... Agora, como trabalhamos imenso com o Brasil, estamos escandalizados com a forma como Portugal é desconhecido no Brasil. Fizemos uma pesquisa dos vídeos que foram feitos sobre turismo de Portugal e, por exemplo, não falam em Fátima. Mostram apenas campo, monumentos e praia, algo que os brasileiros têm imenso. Depois mostram a gastronomia através de pratos tipo nouvelle cuisine. Descobrimos que as agências de turismo trazem os brasileiros a Portugal por dois dias, para verem Lisboa e Fátima e, depois, levam-nos para Espanha e outros lados. Os brasileiros que trazemos cá chegam com uma imagem de que Portugal é atrasado, que não gosta de brasileiros, que as portuguesas são gordas, feias e ficam fascinados quando conhecem a realidade. O Brasil é um país emergente. Paris, Londres estão cheios de brasileiros ricos e nós que temos aquela afinidade...


ENTREVISTA | NP | 13

“Porque é que, quando passamos as fronteiras, somos bestiais? O que nos falta cá é organização, propósito e uma coisa muito importante: liderar com coragem e inspirando. Uma coisa que está a faltar aos portugueses: coragem. Coragem para romper com o que não serve para o futuro, como os discursos negativos que deprimem. Não temos uma meritocracia e isso prejudica-nos imenso. Veja o que está a acontecer na China, o que acontece em Singapura ou em países onde existe meritocracia.” O problema de Portugal é: Não se pensa cliente. Pode-se fazer um filme sobre Portugal que é bonito e de que todos nós nos orgulhamos, sem pensar nessa questão. Naquilo que um brasileiro, um russo querem ver quando aqui estão. É preciso ver o pastel de Belém, o bacalhau, o robalo escalado, a história. Como é que não se consegue dar coesão a um país com apenas 10 milhões? Há falta de coesão e não pensar cliente. Quando não há um propósito de longo prazo as pessoas vão-se amanhando... E, também, não há responsabilização... O povo tem que perceber que não há almoços grátis. O estado não chega para todos. Há os que precisam e há os que se habituaram a ter, sem trabalhar. As fugas ao fisco, os esquemas...Temos que ser implacáveis. Tolerância zero. A justiça tem que ser um pilar fundamental e a educação orientada para o futuro. Não para o facilitismo. Há muita gente a tirar cursos que não servem para nada. Que o mercado não precisa. As escolas não podem pôr cá fora pessoas de que o mercado não precisa e as pessoas têm que perceber que têm, também, que aprender na universidade (grátis) da vida. Ver o que o país tem de bom e focarmo-nos na excelência. É como um loja, se não tiver conceito... Nós vemos isso aqui no PN, as lojas que abrem sem

conceito duram muito pouco tempo. No mercado dos países Portugal pode ser. Quais são os três elementos incopiáveis em termos de turismo? História, natureza e a religião. Nunca se pensa em Fátima, um dos únicos três santuários na Europa. Devia ser um ícone turístico brutal. Quantos monumentos e museus temos fechados aos domingos? Um país com 900 anos de história. Um império! É ver o que o se faz aqui ao lado, em Espanha... Temos muito que fazer. O mundo reconhece valor a Portugal e Portugal está preocupado em resolver “as coisinhas”. Se a nossa maior fonte de receita é o turismo, vamos apoiá-lo de forma qualitativa. Não fazer o que já se fez no Algarve. Fazer algo qualitativo como se fez na Madeira e como esperamos que se faça no litoral alentejano e vicentino, a última reserva, à séria, da Europa. Pensar no que de bom se fez em Sintra, na Linha, etc.. Nós até fazemos coisas boas, mas quando fazemos uma coisa boa... fazemos uma má. Olhe o caso das portagens da Via do Infante, grande porta de entrada dos espanhóis! Por um lado somos um país onde a justiça não funciona, por outro lado fazemos leis cegas. Mas começa em cada um de nós, certo? O exemplo tem que vir da elite, mas ela é um reflexo dos portugueses ou não? A primeira coisa é essa: atribuição causal interna. Em vez de se dizer

“eles” é dizer “eu”. Aliás, nós fazemos muitos seminários onde passamos isso. A quem eu atribuo a causa: é interna ou externa? Se eu estudar, tenho bons resultados, se eu conhecer o mercado, consigo viver. Não é se o governo fizer isto ou aquilo... A palavra “poder” é verbo e substantivo. Eu posso motivar o meu chefe, posso motivar os meus colegas. Se eu tiver essa auto-responsabilização sou logo a primeira pessoa a contagiar à volta. A questão é essa: estamos sempre à espera que venha um D. Sebastião, alguém que venha salvar “a coisa”. Se todos nos lembrássemos de que quando temos um dedo apontado a alguém temos três apontados ao nosso coração e o dedo mais importante à cabeça. Gandhi dizia: “Faz em ti a mudança que queres ver nos outros.” Consciencializa-te, responsabiliza-te e actua. No islandês, vender é dar e servir. Se dermos e servirmos bem, automaticamente recebemos. Quando estou focado a superar as expectativas dos outros estou a surpreender, como diz o livro UAUme. Ao dar porque queremos ultrapassar as expectativas de alguém, não só temos um retorno muito mais facilmente, como somos muito mais felizes. Não é por acaso que as pessoas que trabalham em voluntariado são muito mais felizes do que aquelas que trabalham por dinheiro. Reinventar negócios tem a ver com a capacidade de surpreender, capacidade de diferençar, de ganhar mundo. Ganhar kow-how, consciência e ao mesmo tempo ganhar mundo, em termos de exportação. Foi esse o mote deste último Masters da Negociação. Todas as pessoas foram distinguidas com uma razão. O Mateus Rosé é embaixador de Portugal no Mundo. O mérito do Mateus Rosé não pode ser avaliado por: Se eu bebo muito ou pouco, mas pelo facto de estar em 125 países no mundo. A Lanidor que está pelo mundo fora. A Sonae com as lojas Zippy, aí pelo Médio Oriente, os cash-and-carry da Jerónimo Martins, que tem um director comercial que toda a vida fez uma carreira dos básicos. Imensa gente que foi ali distinguida por isso: Vamos surpreender o mercado porque ele vai compensar-nos por isso. A grande vantagem do nosso projecto é: A nossa estratégia é não ter estratégia. À medida que vamos ouvindo o mercado, vamos reagindo. Mais do que a satisfação temos a paixão. Este nosso Parque das Nações tem sucesso porque tem conceito.


14 | NP | LOCAL

Loures

assume gestão urbana A Câmara Municipal de Loures assumiu, dia 1 de Maio, algumas das funções de Gestão Urbana do seu território, no PN. Fica a conversa com o vereador Ricardo Lima, responsável municipal pelo pelouro do Ambiente, da CML.

Como está a correr este assumir de funções? Está a correr bem. De há um tempo para cá que nos estamos a preparar para assumir as responsabilidades sobre este território. Já tínhamos estudado, já conhecíamos o modelo ideal para se fazer a limpeza e manutenção das zonas verdes e, neste momento, está tudo a correr bem. Os moradores não devem ficar preocupados porque a qualidade que existe não só vai continuar a existir como, se possível, conseguiremos melhorar. É essa a nossa intenção. Queremos, também, dinamizar esta zona com um conjunto de várias iniciativas relacionadas com esta questão fomentando uma nova ligação com toda a comunidade. O Parque das Nações é, de facto, uma zona emblemática da área metropolitana de Lisboa e, por isso, iremos ter uma especial atenção face a essa realidade, melhorando a qualidade existente, nesta zona. Vai haver alguma alteração do modelo de trabalho? Não iremos copiar o modelo que tem vindo a ser seguido pela Parque Expo. Temos o nosso modelo de trabalho. Temos uma experiência nesta área muito superior à da PE. Acreditamos

que, com a experiência que o município de Loures tem nesta matéria, temos capacidade de fazer um trabalho igual ao da PE e, em alguns aspectos, melhor do que estava a ser feito, apesar de não se poder dizer que a PE estivesse a fazer um mau trabalho. Vamos, também, ter uma equipa de sensibilização ambiental, no terreno, como costumamos fazer no resto do concelho. O assumir de funções, por parte da autarquia, foi tão repentino que, por exemplo, a Associação de Moradores e Comerciantes do PN, AMCPN, que tão bem conhece esta zona, não foi consultada. Estamos sempre disponíveis para falar com a Associação de Moradores. Este tipo de instituições são sempre importantes por causa do nível de proximidade que têm com a população que entendemos serem pilares fundamentais do desenvolvimento de uma zona. A questão é que recebemos um ofício da Parque Expo, de um momento para o outro, que dizia que, a partir do dia 1 de Maio, iriam passar para nós estas funções. Tendo em conta que a Parque Expo tem sido a responsável, até ao momento, pela ligação com esta comunidade, devia ter passado

esta informação mais cedo. Essa é a nossa perspectiva. Todo este processo devia ter sido iniciado mais cedo. No que diz respeito à AMCPN estaremos sempre disponíveis para reunir com ela. Outra questão é o facto de se querer passar a ideia de que, se não for criada uma freguesia única, as pessoas irão perder um conjunto de regalias, de benefícios, de possibilidades como o acesso às escolas locais, qualidade da manutenção urbana, etc.. Não é verdade. Pelo contrário. Já estamos no terreno e a realidade está à vista de todos. A partir de Julho, quando assumirmos, integralmente, toda a gestão urbana, as pessoas poderão constatar que não se perderá qualidade. Aquilo de que nos apercebemos, do contacto que temos, na rua, com as pessoas, é que existe um conjunto de preocupações, mas que não são reais. No que diz respeito às escolas, elas já estão actualmente em municípios diferentes e os moradores já as frequentam, na mesma. Um conjunto de inverdades que acabam por afastar as pessoas do poder político mais próximo. É uma imagem que, no meu ponto de vista, não é boa. Não se pode criar um “bicho” onde ele não existe. Estamos sempre disponíveis para colaborar, para ajudar e, acima de tudo, para prestar um serviço de qualidade e de excelência aos nossos munícipes. Não há nada como se comprovar no local. As pessoas vão ter a oportunidade, pela primeira vez, de comparar os serviços do Município de Loures com os serviços prestados pela Parque Expo. Vão poder avaliar.


SEGURANÇA | NP | 15

Estacionamento Indevido

“...há relativamente pouco tempo, ocorreu um incêndio num prédio habitacional da nossa área. Como os bombeiros não conseguiam arrombar a porta foi necessário usar a auto escada para se efetuar a entrada pela janela de uma varanda. Contudo, por se encontrar uma viatura indevidamente estacionada, o condutor da auto escada dos bombeiros teve dificuldades em passar na zona onde se situavam os pilaretes amovíveis...”

Quando assumi funções de Comandante da Esquadra do Parque das Nações, constatei que o estacionamento indevido era, e continua a ser, uma questão do interesse da comunidade local. Foi um assunto que me foi exposto na minha primeira entrevista e que é frequentemente abordado por diversos moradores. Decidi abordar novamente este tema, não querendo esgrimir argumentos que levem ao estacionamento indevido, nem apresentar todas as infrações que a legislação rodoviária prevê no âmbito do estacionamento, mas sim procurar sensibilizar os condutores, e não só, para esta problemática. Pois, de facto verifica-se que muitos condutores não estacionam de forma correta, mesmo quando existe essa possibilidade. Na procura de uma convivência pacífica, dentro das localidades, entre condutores e peões são, entre outros, criados lugares de estacionamento e delimitadas áreas, o que no Parque das Nações é feito com recurso a pilaretes, com o intuito de impedir o acesso a automóveis sendo que, nestes casos, existem sempre alguns pilaretes que são amovíveis para facilitar o acesso a viaturas de emergência. Ora, há relativamente pouco tempo, ocorreu um incêndio num prédio habitacional da nossa área. Como os bombeiros não conseguiam arrombar a porta foi necessário usar a auto escada para se efetuar a entrada pela janela de uma varanda. Contudo, por se encontrar uma viatura indevidamente estacionada, o condutor da auto escada dos bombeiros teve dificuldades em passar na zona onde se situavam os pilaretes amovíveis. Foi necessário efetuar várias manobras, quando a entrada devia ser direta. Assim, é importante ter presente que o estacio-

namento, dentro das localidades, deve ser feito nos locais destinados a esse efeito. O mau estacionamento prejudica a circulação e segurança dos peões, condutores e passageiros. Estacionar a menos de 5 metros da passadeira ou de um cruzamento, diminui o campo de visão dos condutores em circulação, aumentando o risco de atropelamento e colisão. Estacionar no passeio prejudica a circulação dos peões, especialmente os idosos, portadores de deficiências físicas e peões que circulem com carrinhos de bebés pois são forçados a sair do passeio e a deslocarem-se para a faixa de rodagem. Esta Esquadra tem desenvolvido um esforço acrescido na regularização e fiscalização do trânsito rodoviário em toda a área do Parque das Nações, com especial incidência nas artérias onde estacionamento irregular constitui evidente perturbação ao trânsito automóvel e à circulação de pessoas, pelo que o contributo de todos é fundamental. A conduta cívica dos cidadãos é preponderante para a obtenção do bem estar social que todos desejamos, mas que alguns teimam em prejudicar, face ao incumprimento das regras mais básicas de segurança rodoviária. (Escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico) Armando Fragoso Subcomissário 40ª Esquadra - Parque das Nações Rua Ilha dos Amores, lote 57 - B, 1990-271 Tel: 218955810 Fax: 218955811


16 | NP | OPINIÃO

NORTE Crónica de uma Freguesia Imaginada

Desde 98, todo o Parque das Nações esteve sob o domínio da Parque Expo. Todo? Não, um grupo de irredutíveis gauleses, perdão moradores, resistiu e ainda resiste na defesa da integridade territorial desta zona. Logo em 1999, teve lugar a génese da AMCPN, formado em prol dos interesses dos utentes de um bairro acabado de criar. Para consolidar a sua legitimidade como associação local, promoveu encontros públicos que permitiram auscultar os anseios da população e identificar os pontos fracos de uma comunidade que cresceu num ápice, dando conta dessas preocupações, junto das várias entidades envolvidas, ao mesmo tempo que trazia ao Parque, políticos de todos os quadrantes de modo a sensibilizá-los para a criação de uma Freguesia unificada. Na sua luta por tal causa, lançou e recolheu assinaturas para três petições à Assembleia da República. Entre a 1ª, em 2003 e a entregue no início de 2010, a de 2004 esteve perto do êxito. No âmbito de um pacote autárquico, tinha marcada a discussão e votação do projeto lei 449/IX subscrito pelos grupos parlamentares do CDS-PP e do PSD (então como agora em maioria). Só que o Presidente Jorge Sampaio decidiu dissolver o parlamento e o processo da nossa freguesia voltou à estaca zero. Mas a AMCPN não baixou os braços e prosseguiu com empenho o seu trabalho, não deixando o assunto cair no esquecimento. A atividade da associação não se ficou por aí. Mantém o CPN um clube desportivo com modalidades em escalões juvenis que acolheu a única escola de guarda-redes nacional; organiza um festival anual ainda a decorrer; promove eventos em parceria com a ANMPN (Associação Náutica da Marina do Parque das Nações), com a Cruz Vermelha e outras entidades locais, incluindo as tertúlias de poesia dedicadas a Fernando Pessoa. Aliás, a 4ª sessão realiza-se dia 1 de Junho às 22h, no restaurante O Adamastor, situado no passeio com o mesmo nome, junto à Marina. Temos assistido amiúde ao regresso do atual presidente da CML ao Parque, ele que quando membro do governo Guterres foi alcunhado pelo Expresso de “ministro” da Expo, pela constância da sua presença e pelas altas horas a que a sua comitiva abandonava a Feira, como que a encerrando. Na qualidade de autarca, inaugurou obras promovidas a expensas da P.E. e fez questão de aqui realizar a 1ª reunião descentralizada da câmara, onde afirmou, sem apresentar soluções, que tinha a certeza de que a futura freguesia incluiria a zona de Loures. Deve-se à Reforma Administrativa (espécie de Tratado de Tordesilhas da cidade que partilhou com a distrital do PSD), este volte face propagandístico, destinado a fazer esquecer a reiterada oposição de políticos e autarcas socialistas, à vontade

expressa da população local. Lembro-me que nas eleições autárquicas de 2009, António Costa não nos visitou, depois do convite feito pela AMCPN, ao contrário do opositor Pedro Santana Lopes que aqui declarou à imprensa o seu apoio intrínseco a uma Freguesia unida. Em 2010, foi aprovada uma moção de apoio à Freguesia, proposta pelos vereadores de Lisboa do PSD, em que a esquerda votou contra. Com a extinção apressada da Gestão Urbana, surgiu a oportunidade de Lisboa e principalmente de Loures, tomarem posse do terreno, recusando assumir a dívida que a P.E. reclama. Apesar do gabinete da ministra Assunção Cristas garantir que “não está a ser ponderada a diminuição de dívidas das autarquias”, pelo menos no Orçamento da CML não consta qualquer verba destinada a esse fim. Imagino que os autarcas em questão pretendam passar a dívida ao estado central, como que repartindo a fatura pelos outros 382 municípios, alheios aos custos provenientes da criação e manutenção de infra estruturas no Parque. Em breve, serão apreciados os projetos lei que defendem a criação da freguesia pretendida. O único que defende como limite a zona de intervenção da Expo 98 é o 164/XII, proposto pela bancada do CDS-PP, que tomando a dianteira obrigou os parlamentares do Bloco a seguir o seu exemplo, apresentando o seu projeto183/XII. Lamentavelmente, este último persiste na obsessão de acrescentar a poente uma zona dos Olivais sem qualquer tipo de afinidade e que vai beneficiar quem? Talvez o agente imobiliário que, no caso da foto abaixo, poderá colocar no cartaz, “vende-se no Parque das Nações”.

“É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.” Miguel Torga

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tores digitais. Os dados batem certo com a estimativa que a P.E. forneceu e considero que a paridade, entre sexos, reforça que esta é uma comunidade realmente equilibrada. Contudo, convém ter em conta que: o levantamento foi efetuado há mais de um ano; desde aí têm chegado novos moradores ao Parque; existem alguns que vivendo fora aqui mantêm residência; e nas famílias locais pelo seu perfil jovem, o agregado tem crescido; o que pode significar sermos ainda mais numerosos, mas ainda assim longe dos 20.000, habitualmente propalados. Nota – “É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados.” Miguel Torga Agradeço a Rosa Cameira do Serviço de Comunicação do Instituto Nacional de Estatística, a sua disponibilidade.

Somos mais de 14.000 “expoentes”

Afinal há quem saiba o nº aproximado de habitantes do bairro. No dia da publicação do último jornal, fui contatado pelo INE que se predispôs a identificar em separado a População Residente no território de intervenção da Expo 98, de acordo com o Censos2011, que a seu tempo já divulguei aos lei-

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REGULAMENTO DO CONCURSO Veja as Caraíbas com os 25 anos da Zona Óptica

1.ª O concurso denominado Veja as Caraíbas com os 25 anos da Zona Óptica destina-se a todos os clientes, a partir de 15/05/2012, até 30/09/2012, das seis lojas do grupo Zona Óptica, 1.Loja Zona Óptica Portela, rotunda Nuno Rodrigues dos Santos, Centro Comercial Portela Loja 19 R/C 2685-223 Portela LRS 2.Loja Zona Óptica Parque das Nações Norte, Av. D. João II, Lote 1.19.03 Loja, 1990-086 Lisboa 3.Loja Zona Óptica Parque das Nações Sul, Alameda dos Oceanos, Lote 3.14.01.B Loja B 1990-601 Lisboa 4.Loja Zona Óptica Sacavém, Largo 5 de Outubro nº7, 2685-000 Sacavém 5.Loja Zona Óptica Prior Velho, Rua de Moçambique nº 81-B,2689-516 Prior Velho 6.Loja Zona Óptica Moscavide, Rua Artur Ferreira da Silva nº30-B 1885-000 Moscavide que realizem compras acima de 100€. Por cada 100€ têm direito a um cupão que deverá ser devidamente preenchido e colocado numa tômbola, cujo sorteio se realizará na data 9/10/2012. Todos os produtos comercializados pelo grupo Zona Óptica não sofrerão aumento de preço em virtude da realização do referido concurso. Não serão admitidos ao concurso os sócios, administradores ou empregados da promotora do concurso. 2ª. A promotora do concurso, à medida que for recebendo os cupões devidamente preenchidos, verificará se os mesmos reúnem as condições indicadas no presente requerimento e colocá-los-á numa tômbola. Os cupões que não reúnam as mencionadas condições serão eliminados pela promotora do concurso que os apresentará ao representante da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna na altura do apuramento respectivo. 3ª.A identificação dos concorrentes será feita através dos cupões recebidos, nos quais estará indicada o nome, morada, email e telefone dos mesmos. 4ª. Cada loja terá uma tômbola, onde serão depositados os cupões. No dia 30/09/2012 ás 19horas serão encerradas as tômbolas com a presença do representante da Secretaria geral do Ministério da Administração Interna, no dia 9/10/2012 serão reunidos os cupões numa só tômbola para se realizar o sorteio. O sorteio realizar-se-á através do retirar de um talão da referida tômbola. 5ª - As operações de apuramento dos concorrentes far-se-ão na Rotunda Nuno Rodrigues dos Santos Centro Comercial Portela Loja 19 R/C 2685-223 Portela LRS em Portela de Sacavém, no dia 9/10/2012 às 19 horas e as de determinação de contemplados no mesmo local e à mesma hora do dia 9/10/2012. 6ª - Os prémios a atribuir são os seguintes: 1º.Voucher no valor de 2100,00€ para viagem à Republica Dominicana durante uma semana para duas pessoas com regime de tudo incluído, excluindo época alta, a descontar na Agencia de Viagens Escolher Destinos, Lda no Centro Comercial Portela. A importância atrás indicada constitui o valor líquido do prémio, sendo o seu valor ilíquido, após a aplicação do Imposto Selo de 35% + 10%, nos termos do 11.2 e 11.2.2 da Tabela Geral do Imposto de Selo, o seguinte: 3818,18€. As importâncias devidas a título do IRS constituem responsabilidade da promotora do concurso. 7ª - Os prémios referidos na condição 6ª.,deverão ser reclamados no prazo de 90 dias a contar da data da realização do sorteio, na Rotunda Nuno Rodrigues dos Santos Centro Comercial

Portela Loja 19 R/C 2685-223 Portela LRS das 10h às 21h horas diariamente com excepção de Sábados, Domingos e Feriados. 8ª - A publicidade do concurso será feita nos jornais Noticias da Portela e Noticias do Parque, na Rádio Horizonte Tejo e Rádio Orbital, obrigando-se a promotora do concurso a expor claramente todas as condições respeitantes ao mesmo, em cumprimento do disposto no art°. 11°. do Decreto-Lei n° 330/90, de 23 de Outubro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n° 275/98, de 9 de Setembro. 9ª - A requerente obriga-se a fazer anunciar pelos meios de publicidade indicados na condição 8ª., o nome e morada dos premiados, bem como o último dia do prazo em que o prémio pode ser levantado, no dia 30/12/2012, logo após a sua determinação. 10° - A requerente compromete-se a apresentar na Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, no prazo de oito dias a contar do termo final daquele a que alude a condição 7ª, declaração dos premiados comprovativas de terem recebido os prémios, nas seguintes condições: a) Dec1aração assinada e acompanhada de fotocópia do Bilhete de Identidade/ Cartão de Cidadão do premiado. b)Sendo o premiado pessoa colectiva será junta fotocópia do documento que comprove a qualidade de representante legal da pessoa colectiva premiada. c) Sendo o premiado menor, a declaração referente ao recebimento do prémio será assinada por um dos progenitores, nas condições indicadas em a), acompanhada de fotocópia da cédula pessoal ou do Bilhete de identidade/Cartão de Cidadão do menor. 11º - No prazo referido no número anterior, a requerente compromete-se a comprovar perante a Secretaria do Ministério da Administração Interna, a entrega ao Estado das importâncias devidas pela aplicação da taxa do imposto de selo de 35%+10% sobre o valor dos prémios. 12ª - No caso de os prémios não serem reclamados no prazo devido, ou de não ser feita prova, nos termos e no prazo referidos na condição 10.ª, propõe-se que os prémios, em espécie ou o seu valor em dinheiro, reverta para instituição com fins assistenciais ou humanitários, que for designada pela Secretária-Geral do Ministério da Administração Interna, no prazo de 30 dias a contar da respectiva notificação. Também haverá idêntica reversão se, por qualquer circunstância, incluindo o incumprimento de algumas das cláusulas estabelecidas no regulamento, por parte da entidade organizadora, não for possível atribuir os correspondentes prémios, depois de iniciados os trabalhos com a participação do público. 13ª - A requerente compromete-se, a: a)Confirmar por escrito, à Secretária-Geral do Ministério da Administração Interna, as datas das operações e, bem assim a identificação do seu representante nas mesmas; b)Proceder ao pagamento das despesas relativas à fiscalização que irá ser exercida pelos representantes do Ministério da Administração Interna, nos termos da Portaria nº 1203/2010, de 30.11.2010, sobre as actividades do referido concurso, salvo quando se trate de operações cujo pagamento não possa ser calculado previamente, sendo neste caso efectuado imediatamente a seguir à realização do trabalho. 14ª - Através de todos os meios publicitários indicados na clausula 8ª, serão dados a conhecer ao público não só o local, dia e hora da realização das operações de determinação dos contemplados como também as datas até às quais os cupões deverão dar entrada na sede da empresa para serem admitidos aos respectivos sorteios, ou seja até 30/09/2012. 15ª – A Secretária-Geral do Ministério da Administração Interna reserva-se o direito de, em qualquer caso, exigir outros documentos complementares de prova da entrega dos prémios, fixando para a sua apresentação um prazo não inferior a 15 dias.


18 | NP | OPINIÃO

SUL

Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com Jardim do Cabeço das Rolas e Yoga

Sugestões para a zona sul A crónica Sul é um espaço onde escrevo o que observo, o que sinto e o que oiço, com o objetivo de poder ser útil às pessoas que aqui residem ou trabalham. Vou pedindo opiniões aos amigos sobre as necessidades que sentem ou sobre questões que gostariam de ver esclarecidas. Nesta edição gostaria de dar voz a quem reside ou trabalha na zona sul - o que gostariam de sugerir, de ver melhorado ou o que faz falta aqui na nossa zona.

Num fim de semana recente fui ao Jardim das Rolas pois há quase um ano que não visitava este espaço. Confesso que pensei encontrar um local degradado, com pouca segurança ou com visitantes com “práticas” pouco agradáveis. Mas nada disso!... Fiquei agradavelmente surpreendida pela forma como está preservado. Muito limpo e bem arranjado. Mesas para realizar piqueniques – mas em muito bom estado de conservação. No entanto, apesar de ser um espaço muito bonito é muito pouco visitado. Pouco tempo depois (dia 13 de Maio) estive novamente lá, através de uma aula aberta de Yoga. E tenho-vos a dizer que foi um momento muito agradável. Iniciativas como esta, num espaço como este deviam ser repetidas!... Fica a sugestão. Juntarmos um grupo e ir praticar pilates,Yoga ou outra modalidade, num domingo às 10 horas, no Jardim das Rolas. O que vos parece? Freguesia do Parque das Nações Muito se tem falado sobre a criação da freguesia do Parque das Nações. E muito se tem feito para isso. Mais uma vez, quero reforçar a importância da criação de uma freguesia que inclua toda a Zona de Intervenção da Expo. Ou seja, todo o território do Parque das Nações - da Matinha até à foz do Rio Trancão. O Parque das Nações é um espaço indissociável e os seus habitantes pretendem que assim seja. Em contactos que tenho efetuado aqui, na zona sul, todas as pessoas com quem falei defendem esta situação. É algo quase psicológico… é como se nos “quisessem afastar do nosso irmão e nos pusessem a viver com mães separadas - para sempre!”. Nós, que temos lutado para unir o bairro, criar um espírito de bairro, gerar boas relações de cidadania e vizinhança, de repente - vemo-nos afastados da “família”. Espero não ter exagerado, mas é um pouco assim… Dois terços do território do Parque das Nações pertence ao concelho de Lisboa, por isso, faz sentido que o nosso bairro pertença a este concelho. Eu também sou abrangida pelo concelho de Lisboa e considero que todos os moradores do Parque das Nações têm o direito de coabitar na mesma freguesia e no mesmo concelho. Esperemos que assim seja!...

Gabriela Alves Idade: 42 anos Profissão: Médica

“Em minha opinião é urgente terminar a construção da Escola Parque das Nações. Não só porque é necessária uma maior oferta educativa pública no Parque das Nações, mas porque é urgente dignificar o espaço escola existente e dotá-lo dos mais elementares equipamentos (refeitório, espaços desportivos, biblioteca, recreio adequado). Esta escola tem um projeto arquitetónico magnífico e que inclui uma conceção de escola que me agrada particularmente; uma escola aberta à comunidade, com espaços exteriores e interiores passíveis de serem colocados à disposição de todos, nomeadamente, as instalações desportivas ou a biblioteca. Esta é a Escola em que me revejo e em que acredito. Em todos os bairros faz falta um ponto aglutinador de toda a comunidade. Na zona sul faz muita falta! A futura Escola Parque das Nações podia assumir esse papel.”

“A crónica Sul é um espaço onde escrevo o que observo, o que sinto e o que oiço, com o objetivo de poder ser útil às pessoas que aqui residem ou trabalham. Vou pedindo opiniões aos amigos sobre as necessidades que sentem ou sobre questões que gostariam de ver esclarecidas. Nesta edição gostaria de dar voz a quem reside ou trabalha na zona sul - o que gostariam de sugerir, de ver melhorado ou o que faz falta aqui na nossa zona.” A calçada de pedra típica portuguesa é, já por si, um problema para as cadeiras de rodas. Mas, sobretudo, as raízes das árvores estão a elevar o terreno, o piso fica muito instável e impossibilita a passagem. Por sua vez, na ponte de madeira sobre o rio (apesar de ter sido arranjada recentemente), os espaços entre as ripas de madeira são muito largos e as rodas das cadeiras caem entre estes espaços, provocando quedas. Para não falar de que metade do percurso é em terra com pedras, o que também não possibilita a passagem. Como trabalho aqui na zona sul seria ótimo poder fazer percursos, de forma autónoma, nesta zona, como já foi possível, anteriormente, antes do espaço ficar degradado e não ter manutenção. Mas não posso. Tenho que me deslocar até Oeiras para o fazer, zona que é um exemplo de manutenção e de incentivo à prática de desporto e passeio. É uma pena que o Parque das Nações não esteja sensibilizado para as questões da acessibilidade.Terei todo o gosto em ajudar no que for necessário para tornar este belo espaço mais acessível."

Nas fotos: -Fendas na parte lisa da marina, que facilmente mandam alguém ao chão, pois as rodas ficam presas, sejam pessoas em cadeira, de patins,… - Tampas levantadas no passeio da marina que são de facto um grande perigo. - O acesso de terra à ponte de madeira, é inacessível a todo o tipo de rodas exceto a bicicletas e pouco mais, pois as cadeiras não são todo o terreno. -Um exemplo das raízes levantadas, este não é o pior exemplo, há outros bem piores que inviabilizam a passagem.

Ricardo Teixeira Idade: 35 anos Profissão: CEO da DigitalWorks

Renato Carreira Idade: 36 anos Profissão: Consultor fiscal

"O acesso a cadeiras de rodas, aqui no Parque das Nações, está difícil devido ao piso. A zona em frente à Marina é o único local em que me posso deslocar de forma autónoma, embora haja já indícios de falta de manutenção, como por exemplo, tampas levantadas, fendas que com o passar do tempo estão a transformar-se em buracos.

“Gostaria de ver uma maior dinamização dos espaços comerciais na zona sul. Gostava que houvesse mais vida nas nossas ruas! O edifício Nau, por exemplo, podia ser um espaço que, após dinamizado, podia trazer um impulso à atividade nesta zona.”

Escrito pelo novo acordo ortográfico


NÃO DIVIDAM O PARQUE DAS NAÇÕES

FREGUESIA UNA.

WWW.AMCPN.COM WWW.FACEBOOK.COM/AMCPN


20 | NP | OPINIÃO

FAIT DIVERS UM DIA NO PARQUE Sábado. 12 de maio. 17:00 horas. Espreito a janela e olho o rio. Calor abrasador. O Sol hoje tem brincado às escondidas connosco. O dia inteiro. Calço os ténis. Ligo os phones. Saio para a rua. Junto-me aos que, como eu, vivem o parque. Intensamente. Há gente pela rua. Nos cafés. Nas esplanadas. Na relva. Junto ao rio. Há patins, bicicletas, caminhantes, corredores, jogadores de bolas e até alguns piqueniqueiros... E muitos cães. E donos de cães. Paro junto a um grupo de amantes de cães que entre si conversam... Conhecemo-nos desde a crónica No More Shit, please! Onde os cocós de cão esquecidos na relva fizeram o tema. Mostram com orgulho, os

seus animais e reclamam por um espaço próprio vedado para cães, à semelhança do que existe em muitas cidades europeias. Assim, não incomodariam ninguém, especialmente os não adoradores de cães... Mas nem só de cães vive o parque. Há quem adore outras espécies. Um senhor passeia a sua iguana pela trela. E uma senhora o seu coelho... SIM, caro leitor! Estamos no Parque das Nações e aqui tudo acontece. Aqui tudo pode acontecer! Daí a sua magia... Sigo o meu passeio. Torre Vasco da Gama. Olho o hotel que ali nasceu. Não, não estraga a paisagem. – penso. Apetece até reservar já quarto no último piso... Continuo a deambular pelo parque. Sem

“Quase a terminar o meu passeio, vejo-o. Para mim, o maior enigma do Parque: O HOMEM DE BRAÇOS ABERTOS! Colocado estrategicamente nas rotundas e cruzamentos. Transporta consigo um chapéu de chuva preto e um casaco acolchoado, faça chuva ou faça sol. Vi, uma vez, um carro parar no meio da rotunda e despejá-lo aqui, este homem que parece abraçar-nos a todos.” pressa. Chego à marina. Entro no navio Creoula. Visitas grátis até 13 de maio.Vejo o Parque do lado do rio. Gosto. Gosto muito. Sento-me na esplanada do mais recente café da marina: ALLEZ! Falo com o dono, Caetano. Conta-me que abriu o bar dia 20 de janeiro. Que fevereiro e março decorreram com normalidade. E que abril foi uma desgraça. – confessa. Não houve clientes. Nem sol. Agora o sol veio voltou. E trouxe mais gente. A esplanada está cheia. Ouve-se música. Boa música. E está-se bem. Há um outro bar no outro lado da marina: BLISS! Mas são poucos ainda... Muito poucos!

Já perto de casa, ouço-o. O mesmo som da minha infância. O mesmo que aos sábados dá ainda mais vida ao Parque: o amola-tesouras e a sua bicicleta percorrem, sem pressa, as ruas... Quase a terminar o meu passeio, vejo-o. Para mim, o maior enigma do Parque: O HOMEM DE BRAÇOS ABERTOS! Colocado estrategicamente nas rotundas e cruzamentos. Transporta consigo um chapéu de chuva preto e um casaco acolchoado, faça chuva ou faça sol. Vi, uma vez, um carro parar no meio da rotunda e despejá-lo aqui, este homem que parece abraçar-nos a todos.

Inicio o trajeto de volta a casa. Observo casais de namorados. Enroscados aqui e ali. O Parque continua a ser um espaço de eleição para namorar. – constato. Um casal recém-casado é fotografado em pose para o álbum de memórias. A ponte como cenário. Parece-me bem.

E foi com este homem no pensamento que entrei em casa. Por mais viagens que faça pelo mundo, regresso sempre, também eu, de braços abertos à minha casa no Parque das Nações! Carmo Miranda Machado


CONVERSA COM...

ENTREVISTA | NP | 21

Como surge a ideia do adegga.com? Estavas à procura de um modelo de negócio e percebeste que o vinho dava um bom protagonista? Sim, basicamente foi por aí. Na altura em que estava a trabalhar no portal Sapo, comecei à procura de ideias de coisas que gostaria de fazer no futuro, através da leitura do livro “The Long Taile”, que explica como é que a internet mudou a indústria da música e dos filmes. Achei que era interessante pensar noutras indústrias que pudessem ser tocadas pelo mesmo modelo e lembrei-me do vinho onde sabia que existia muita paixão e, se há paixão, as pessoas gastam dinheiro e foi por aí que tudo começou. Fala-nos sobre isso. Começou como uma rede social onde cada pessoa se podia inscrever e deixar a sua opinião sobre um vinho. Hoje em dia, é uma plataforma que permite dar a descobrir novos vinhos aos consumidores. Por um lado, temos consumidores que ajudam outros consumidores a descobrirem novos vinhos, por outro, nós próprios fomentamos

Paixão pelo vinho.

André Ribeirinho é o mentor do projecto adegga.com uma plataforma que reúne amantes do vinho de todo o mundo e que é responsável pelo Summer Wine Market 2012, um evento que terá lugar dia 16 de Junho e onde vão estar, para prova e compra, alguns dos melhores vinhos portugueses. essa descoberta ao organizar eventos e ao fazer algumas vendas pontuais de vinhos. Hoje, o adegga não é só um portal com informação é, também, um mercado de vinhos, um sítio que organiza eventos. Na prática quem consome vinhos quer descobrir marcas interessantes, comprar novos vinhos, falar com os produtores. A nossa função é essa, já que estamos tão próximos do mundo do vinho, fazer com que chegue próximo dos consumidores. E, fisicamente, através do Wine Market... O vinho é um produto que não é digitalizável. Podemos ter a informação que quisermos online, mas, em última análise, temos

que o provar. A relação humana funciona muito melhor cara a cara do que digitalmente. O vinho tem essa vantagem de te obrigar a encontrar com as pessoas. Como tem sido a tua experiência pelo mundo ao levares o adegga lá fora? Que descobertas tens feito? Uma das coisas que descobri é que o mundo do vinho não é tão global como parece, porque, na prática, os países produtores de vinho consomem vinho do próprio país. Se estiver em Portugal, é muito raro consumir um vinho espanhol. Uma das coisas que acabei por descobrir foi essa forte componente local. Ao mesmo tempo o

que as pessoas querem é descobrir novos vinhos. A plataforma online permite a pessoas que estão, por exemplo, nos Estados Unidos, que descubram o que os portugueses pensam dos nossos vinhos. Começa a haver esse intercâmbio onde, pessoas do outro lado do mundo, procuram novos vinhos, novos mercados e que antigamente iam encontrar essa informação nas revistas e jornais. Hoje vão ao online procurar a opinião das pessoas que consomem esses vinhos. O ano passado tive a oportunidade de fazer visitas a algumas das mais importantes regiões de vinho do mundo e o objectivo era mesmo perceber, localmente, como funcionava o mercado de vinho. Não houve uma única região

onde o mercado funcionasse da mesma forma. A única coisa que é igual é a existência de diferentes segmentos de consumidores. Uns que querem apenas uma bebida para o dia-a-dia, outros que gostam de ter um vinho especial para um jantar especial e, depois, temos os “malucos” por vinho que querem os anos mais antigos, etc.. Como é que Portugal é visto lá fora? Portugal tem muito boa imagem. Quando as pessoas já ouviram falar de Portugal é sempre pela positiva e quem conhece vinhos acha que os portugueses estão entre os melhores do mundo. O problema é que o mercado não responde assim tão directamen-

te à questão da imagem.Tens mercados onde há muita gente a querer comprar vinho português, mas, simplesmente, não há distribuição suficiente. Se estás, por exemplo, no mercado dos Estados Unidos, estás a competir com o Chile, com a Argentina, com a França, com a Itália, que são países que têm orçamentos de marketing muito mais fortes.Têm presenças nas prateleiras dos supermercados, que é o sítio onde as pessoas habitualmente compram vinho. Ao mesmo tempo é super interessante ver que nos restaurantes de topo, nas garrafeiras de topo, temos uma presença muito mais forte. Portanto, Portugal está mais associado a vinho de qualidade do que a vinho de supermercado o que, por um lado, é bom.


22| NP | ENTREVISTA

Veja o vídeo em http://www.noticiasdoparque.com/3205/provar-vinhos-video/ Então acaba por ser coerente com a nossa escala? Porque não temos a possibilidade de exportar assim tanto ou temos? Pessoalmente acho que a nossa luta deve ser na qualidade e não na quantidade. O problema é que para a maior parte das pessoas que definem estratégias para o vinho existe um medo de apostar em dois ou três caminhos. Por isso é muito mais fácil olhar para um modelo de sucesso, de outro país, e tentar aplicá-lo do que pensar num modelo alternativo. Sou, claramente, da opinião de que Portugal devia apostar num país, como se diz no mundo do vinho, “boutique” que é com pouca produção, muita qualidade, com regiões muito bem definidas, com vinhos com carácter... Com um bom marketing por trás... Sim, como é o exemplo dos Douro Boys que reuniram cinco produtores do Douro e que têm uma visibilidade, lá fora, que o próprio vinho português, às vezes, não tem. Quem pode incentivar e estimular isso? Com as redes sociais as Best Practices acabam por ser trocadas muito mais rapidamente. As pessoas percebem que não podem tentar todos os segmentos, todos os mercados, conseguindo definir estratégias mais certas. Mas, em última análise, vai ter que partir sempre dos produtores. A verdade é que ainda uma grande percentagem

dos produtores está mais preocupada em fazer o vinho do que em vendê-lo ou em criar um marketing e, depois, é muito complicado convencê-los a aderirem a novas ideias e a estratégias diferentes daquelas que eles conhecem. Mas, ao mesmo tempo, essa mudança está a acontecer aos poucos. Temos o exemplo de projectos privados, bem organizados, muito orientados ao mercado e que funcionam melhor. Basta olhar para a marca Mateus Rosé, que é o vinho português mais vendido no mundo, que foi sempre desenhado para o mercado, que vende muito, que é do agrado dos consumidores e está pensado como produto para o mercado. Está desenhado com uma estratégia que vai sendo adaptada ao mercado. Nós, como país, não conseguimos ter a dinâmica para fazer isso. As instituições não têm essa capacidade. Fala-nos sobre o sucesso do vosso Wine Market. Uma das coisas que têm acontecido na indústria do vinho é que, nos últimos dez anos, o interesse do público pelo vinho cresceu exponencialmente, mas a maior parte dos eventos não acompanharam esse crescimento. São quase todos desenhados para a indústria e não para o consumidor. Então, ao criar um evento que está virado para o consumidor e que faz com que esse lado romântico do vinho, esse lado de conhecer os produtores, de provar o vinho e com a possibilidade de comprar

o vinho faz com que o evento seja um sucesso. E, ao fim de três edições, acaba por passar de pessoa em pessoa que fica fascinada pela possibilidade de conhecer um enólogo famoso, de provar um vinho especial. Quantas pessoas tiveram no último evento? Tivemos 850 pessoas que foram provar e depois comprar vinho, muitas vezes acima da zona de conforto porque, como acabaram de provar um vinho de que gostam, tinham possibilidade de o comprar logo. A direcção é directa. Vendemos cerca de 2000 garrafas em sete horas. Um valor médio bastante acima do valor médio de mercado. Foi interessante ver bastantes jovens, com pouca capacidade financeira, a fazer o seu investimento em vinhos... Normalmente os jovens estão mais associados a bebidas alcoólicas, pelo álcool em si, e não pelo prazer de beber uma determinada bebida. E nós somos um país que tem tradição no vinho portanto é super fácil convencer um jovem a beber pelo simples prazer de beber vinho. A questão é que nada, até agora, estava desenhado para tornar a experiência, para um jovem, interessante. O mundo do vinho é super tradicional, muito virado para os supostos gurus que nos vão dizendo o que vamos beber, mas a verdade é que as gerações mais novas não pensam assim. Eles gostam de receber sugestões

dos amigos, de ir a eventos e partilhar essa experiência no facebook, de adquirir conhecimento. É uma das grandes diferenças do mundo do vinho anterior e do deste novo mundo. Antigamente falava-se em educação do vinho que era ficar sentado numa sala a receber duas horas de conhecimento. Hoje o conhecimento vem da experiência. Do provar o vinho com um produtor que lhe explica uma casta, de ir à loja comprar uma garrafa que custa um determinado preço porque tem uma determinada idade. Saindo um pouco do vinho, como vês a nossa sociedade? Ainda estamos muito ligados ao nosso passado como país. Fomos educados por famílias que viveram tempos muito mais complicados do que aqueles que vivemos hoje em dia. Os nossos pais viveram debaixo de uma ditadura. Por um lado temos a abertura e a atitude para encarar as coisas com uma postura mais positiva e de tentar fazer coisas novas, mas, por outro, estamos agarrados a um passado, por vezes de medo, de não querer arriscar. Se, por um lado, temos essa abertura e se nos divertimos, por outro estamos presos a hábitos e as questões socias super enraizados na sociedade. Obviamente que quem tem hoje 15 anos irá estar cada vez mais desligado desse passado e eu acho isso muito importante. Achas que somos realmente e m p r e e n d e d o r e s ? Q u e r e mo s ser realmente empreendedo-

“Eles gostam de receber sugestões dos amigos, de ir a eventos e partilhar essa experiência no facebook, de adquirir conhecimento. É uma das grandes diferenças do mundo do vinho anterior e do deste novo mundo. Antigamente falava-se em educação do vinho que era ficar sentado numa sala a receber duas horas de conhecimento. Hoje o conhecimento vem da experiência. Do provar o vinho com um produtor que lhe explica uma casta, de ir à loja comprar uma garrafa que custa um determinado preço porque tem uma determinada idade.“ res? Ou o medo supera o risco de não termos ordenado fixo, de ficarmos sem os salários, sem a casa, sem o carro... Costumo dizer que, se oferecêssemos um ordenado a cada português, todos eles seriam empreendedores. A questão que preocupa a maior parte das pessoas é a questão do ordenado, da casa, do carro e dessas coisas todas. A maior parte das pessoas vê o empreendedorismo como um “lifestyle” e não como uma necessidade de arriscar, de querer fazer, de querer criar algo diferente, de criar valor nas mais diversas indústrias. A verdade é que existe um certo número de pessoas que olha para o mercado e que tenta criar um ideia e não tem medo de arriscar indo à luta. Mas a maior parte das pessoas que conheço, que dizem que gostariam de criar o seu próprio negócio, estão mais ligadas a essa liberdade, a esse “lifestyle” do que a perceber o que é um negócio e como é que isso pode mudar o mercado. Mais uma vez é uma coisa que irá acabar por mudar, de geração em geração. Mesmo que hoje as

pessoas que estão a sair de uma universidade não pensem como as de há anos atrás e não queiram entrar na maior empresa que conseguirem para poderem, dali a trinta anos, ainda, lá estarem, ainda não chegámos ao ponto das pessoas saírem das universidades e pensarem: “Vou ser empreendedor.” Por outro lado é difícil fazer isso quando o “ecossistema” de investimento não existe. Costumamos dizer que os americanos são muito mais empreendedores, pois claro... porque a questão financeira acaba por ser essencial. Arriscar, quase toda a gente consegue. Inovar... os portugueses são muito bons nisso. Conseguem encontrar soluções absolutamente incríveis. A questão depois é ir para o mercado e o nosso tem uma escala um pouco ingrata. Se eu começar uma empresa em São Francisco, tenho à minha disposição 40 milhões de pessoas de mercado potencial. Se estiver em Portugal, tenho 10 milhões de habitantes. Não é mercado potencial e isso levanta outros problemas, também.


ENTREVISTA | NP | 23

A escala representou algum problema para o adegga? O adegga foi pensado à escala internacional? Como disse há pouco, o vinho, apesar de ser global, é super local. Como empresa só funciona, em cada mercado, se for individual. Por exemplo: fazer um site de vinhos reserva, que funciona em qualquer sítio do mundo, não funciona. Eu estou em Portugal, trabalho com os produtores portugueses e, se eu for exactamente com o mesmo modelo de negócio, para os EUA, vou ter que trabalhar com os produtores que lá estão. Portanto, é um modelo que não escala facilmente. Faz sentido, então, é que existam vários adegga, um em Espanha, outro em França, outro em Itália, etc.. Claramente. E é por aí que vamos agora. Estamos a criar o adegga Portugal, vamos criar o adegga UK. Exactamente para trabalharmos o mercado com as marcas que estão nesse país. É mais interessante, para nós, termos parcerias locais do que licenciar a marca.Temos que estar no mercado com os vinhos que estão no mercado. E, se calhar, fazer os winemarket´s que fazemos em Madrid ou em Londres, mas essencialmente com os vinhos de lá. Este próximo, o Summer Wine Market 2012 é o primeiro que fazem de Verão. O que vai ter de diferente dos outros, além de decorrer no Verão? Vamos ter sushi pela primeira vez, apesar de nunca termos tido nenhum tipo de casamento dos vinhos com a comida. Este vai ser o primeiro em que vamos fazer isso. Decidimos escolher o sushi para fazer o pairing com os vinhos brancos, com os rosés e espumantes que vão estar no evento. Sendo um evento de Verão e num Sábado em que muita gente irá à praia, fizemos uma mudança de hora, de forma a que possam ir à praia e, depois, ao evento que começa pelas 17h e termina pelas 23h. Como vês o país, as pessoas, a crise e afins? Acho que a crise é sempre uma

oportunidade de repensar as coisas. Se não aproveitarmos a crise para fazer isso, estamos a desperdiçar esta oportunidade. A falta de dinheiro, a falta de capacidade do mercado em dar respostas é uma oportunidade de se repensar as coisas. Não sei se isso está a acontecer. Até porque é difícil mudar os nossos hábitos, mas temos coisas que são muito boas e para as quais devemos olhar numa perspectiva de futuro. Temos recursos naturais, pessoas com um nível de educação bastante alto, uma geografia muito interessante, uma visibilidade lá fora. Se no estrangeiro eu disser que sou português, a probabilidade de eu ser bem recebido é altíssima. Isso é muito bom a nível das relações internacionais. É muito positivo e não acontece com muitos outros países. Por outro lado, temos um interior que tem recursos naturais super bons, mas que depois não são bem utilizados porque as políticas tendem a não incentivar as pessoas a ficarem por lá. Aparentemente parece ser muito mais interessante viver na cidade, mas pode não ser. Há muitas pessoas que, se calhar, preferiam viver no interior, mas, se as condições financeiras, de serviços, de qualidade de vida não existirem, as pessoas não vão. Não tens televisão em casa. O que achas da televisão generalista portuguesa? Acho que a televisão tinha muito a ganhar se fosse uma televisão que fizesse, de facto, um serviço de informação. Na minha opinião existem serviços de informação que estão camuflados como serviços de entretenimento. As duas coisas juntas são perigosas. E, de facto, há maus serviços de informação. Para ver um serviço de informação prefiro ser eu a consultar as fontes de informação e a ver pontos de vista diferentes e, nesse caso, a internet funciona muito melhor do que a televisão. O horário nobre tem uma mistura de entretenimento com notícias irrelevantes e que chamam a atenção como notícias muito relevantes, mas que são menos tratadas porque existe uma corrida de audiências. No outro dia estava a ler que os canais de documentários do cabo têm audiências enormes. E isso é um sinal de que as pessoas querem, de facto, informação de qualidade. E que querem programas focados em determinados temas.

Portanto a televisão não dá aquilo que as pessoas querem, como alguns gurus da televisão defendem? Acho o argumento que “as televisões dão aquilo que as pessoas querem” é muito perigoso. Se fosse assim não vivíamos numa sociedade, mas numa confusão, numa sociedade caótica e não civilizada. A verdade é que cada uma das instituições tem uma responsabilidade pela sociedade, sejam empresas públicas ou privadas e a televisão desresponsabiliza-se disso dizendo que “é aquilo que as pessoas querem ver”. Isso causa o tipo de audiências, supostamente verdadeiras, de pessoas que querem ver os assaltos ou os acidentes, no fundo, as notícias negativas. Isso, para mim, não faz muito sentido porque a televisão tem a responsabilidade de informar as pessoas, de fazê-las pensar, etc.. A internet tem a vantagem de as pessoas poderem escolher aquilo que querem ver. Seja o positivo ou o negativo.

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Esplanada de Verão em em Portugal Portugal O O melhor melhor de de Itália Itália

Que conselhos dás a quem queira ser empreendedor? Acho que o mais importante de tudo é estar sempre disposto a aprender, a viajar, a ler, a ouvir... Ser empreendedor não é uma coisa estática. É preciso viver essa actividade porque vais estar constantemente em mudança. Uma das coisas que mais me dá prazer e que me torna melhor empreendedor é exactamente essa possibilidade que tenho de viajar, todos os meses, e de perceber que outros mercados trabalham de forma diferente. E, muitas vezes, ver que áreas diferentes resolvem problemas que, na minha área, ainda não estão resolvidos. O conselho mais importante que posso dar é: Viver aquilo que estamos a fazer, ir à procura de soluções para os problemas e estar constantemente a arranjar soluções e a criar valor a quem é nosso cliente. É preciso estar sempre a aprender. Encontrar soluções é o combustível para desenvolver um projecto? Sim e num mundo global, quando temos uma ideia, de certeza que noutro sítio já existe alguém com a mesma ideia e o que conta é a capacidade de a inovar e de a adaptar ao mercado. Porque ideias muita gente tem. Implementá-las é muito mais complicado do que parece. Estar sempre atento, tentar perceber o mercado e criar valor é o mais importante de tudo.

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24 | NP | OPINIÃO

Marina do Parque das Nações

DIÁRIO DE BORDO ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt

A visita do «Creoula» e do «Santa Maria Manuela» ao Parque das Nações. Conforme anunciado na edições anteriores do NP, os lugres «Creoula» e «Santa Maria Manuela» vieram ao Parque das Nações celebrar os 75 anos de lançamento à água. Na semana de 6 a 14 de Maio, a Ponte Cais da Marina do Parque das Nações ganhou uma nova vida com a visita destes navios, ex-bacalhoeiros da denominada Frota Branca Portuguesa, e que efetuaram dezenas de campanhas de pesca nos bancos da Terra Nova e da Gronelândia. A chegada do Creoula, no dia 6 de Maio, aconteceu da melhor forma, com o desembarque, na Ponte Cais da Marina, de um grupo de alunos do Colégio Pedro Arrupe que regressavam de uma experiência de mar à séria. Os alunos embarcaram na Base Naval de Lisboa, e durante três dias fizeram um percurso que passou primeiro por Setúbal, depois Cascais, regressando em seguida a Lisboa, onde arribaram desta vez à Ponte Cais da Marina do Parque das Nações, a apenas duas milhas náuticas do seu Colégio. Foi, naturalmente, uma experiência muito rica para estes jovens, conhecerem melhor o mar e terem consciência da importância estratégica que ele confere a Portugal em todas as suas vertentes. Efetivamente, como referiu o seu atual Comandante, Capitão-de-fragata Cornélio Silva, na entrevista inserida na última edição do NP, o interesse da Marinha com este navio de treino de mar é sic. «que as pessoas, ao terem contacto com o mar, possam, depois, escolher uma profissão vocacionada ao mar (ou não), e que tenham uma perspetiva, nas suas vidas enquanto futuros decisores, a perceção da importância do mar para Portugal. Termos um país com consciência marítima. Que os nossos cidadãos, de uma forma geral, direta ou indiretamente, percebam a importância que o mar tem para Portugal. Quando forem redigir uma lei como juristas ou como arquitetos estiverem a urbanizar junto à costa, enfim, acho que quase tudo em Portugal acaba por ter influência no

mar. É importante que tenham consciência do bem ou do mal que as pessoas podem provocar com as suas decisões. Conhecer a alavanca que o mar pode representar para o país e que não deve ser nem desperdiçada e muito menos estragada. É essa a missão do Creoula. (…) No final nunca encontrei alguém que desembarque igual à forma como embarcou. (…) O Creoula é um navio militar e quando as pessoas embarcam explicam-se as regras, mas estas regras vão-se impondo por elas próprias, sem serem demasiado austeras. As pessoas vão percebendo a razão da existência delas. Perceber que para conseguirmos funcionar temos que puxar o cabo no mesmo sentido e ao mesmo tempo que os outros. Ninguém consegue içar uma vela sozinho e muito menos com uma pessoa a puxar no sentido contrário. Ensinamos as pessoas a trabalhar em grupo. De forma disciplinada e coerente e que é importante que as coisas sejam feitas a tempo e horas. Entendem, também, que há problemas que têm que ser contornados, que não vale a pena fazer força contra um mar violento. Que temos que saber esperar, saber entendê-lo para o vencer.»

Durante a semana de permanência dos navios, foram muitas as Escolas do Parque das Nações e de outros locais que organizaram visitas dos seus alunos aos navios, pelo que, estamos convictos de que a experiência dos jovens do Colégio Pedro Arrupe vai com certeza repetir-se não só naquele colégio como também noutros que, junto da tripulação, estabeleceram contactos para poderem avaliar as condições de realização. Esta experiência de mar, à séria, proporcionada pelas

viagens no Creoula é, também, uma grande experiência de vida e, por isso, tem naturalmente uma aplicação universal qualquer que seja a área onde estes jovens venham, no futuro, a exercer a sua atividade. Quem é que, na sua empresa ou organização, mesmo sem estar relacionada com o mar, não encontrou situações semelhantes à de puxar um cabo onde nem todos fazem o esforço necessário ao mesmo tempo, ou ainda, se descobre, que existe alguém a puxar o dito cabo em sentido contrário?!


OPINIÃO | NP | 25

São estas experiências de mar, à séria, junto das camadas mais jovens, que poderão vir a gerar bons resultados no desenvolvimento de uma nova cultura marítima que consubstancie o regresso ao mar dos portugueses e assegure que, cada vez mais, o mar seja considerado como o nosso principal e natural recurso nas suas diferentes vertentes, não fossemos um país à beira-mar plantado…! É fundamental que os jovens conheçam as profissões do mar e que as considerem como profissões de futuro num País que, muito brevemente, e fruto da extensão da plataforma continental para além das 200 milhas náuticas, possuirá soberania sobre mais dois milhões de Km2. Para além das Escolas, os moradores do Parque das Nações aproveitaram naturalmente esta oportunidade, não só para tomar contacto com os Lugres e conhecer as possibilidades que proporcionam como Navios de Treino de Mar, mas também, com a sua visita, associarem-se à celebração dos 75 anos que ficou marcada como um momento alto na história do “jovem” Parque das Nações. Mas esta visita, em nosso entender, deixou também um grande desafio aos moradores. Efetivamente, o Parque das Nações foi resultado da Expo dos Oceanos, a qual foi realizada para celebrar a ratificação por Portugal da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e homenagear a Epopeia Marítima dos Portugueses que deram novos mundos ao mundo. Era importante que, todos os moradores do PN, considerassem na sua experiência de vida, para além de “ter um filho, plantar uma árvore e escre-

ver um livro”, a inclusão também de “uma experiência de mar (à séria) ou a obtenção de uma carta de navegador”. Seria uma contribuição significativa para o estabelecimento de um ambiente catalisador para a consciência marítima de que tanto precisamos e, por outro lado, uma ação prestigiante para o PN passar a ser considerado como local do País com maior densidade de pessoas que sabem de mar. Excetuar-se-á, naturalmente, deste requisito, a realização dos famigerados “powerpoints” que têm vindo a pautar as sucessivas conferências para falar sobre o mar, onde se repete até à exaustão que é necessário recriar uma cultura marítima, mas onde toda a gente vai “de carro” para a conferência, mesmo quando a mesma é realizada na zona ribeirinha com o mar a dois passos… A concretização do preceito anterior é simples: para a realização de uma experiência de mar consulte, no site da Marinha, a página sobre o Creoula e, para a frequência de Curso de Navegador, consulte a Marina do Parque das Nações. As imagens que publicamos sobre esta visita dos dois Lugres ao PN valem mais do que mil palavras. Foi uma experiência inolvidável, não só para os que tiveram oportunidade de visitá-los, como também, para a tripulação dos navios que nos transmitiram a sua satisfação pela forma calorosa com que foram recebidos no PN, enaltecendo a excecionalidade do local. Recordo, a este propósito, as palavras do Senhor Cte. do Creoula, quando no balanço da visita nos referiu sic. “…nunca estive num Porto onde, para além desta magnífica vista, desde o romper do

Era importante que, todos os moradores do PN, considerassem na sua experiência de vida, para além de “ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro”, a inclusão também de “uma experiência de mar (à séria) ou a obtenção de uma carta de navegador”. Sol até de madrugada, tive sempre gente a passear junto do navio. Sentimo-nos em casa e considero que, durante esta semana, fomos mesmo moradores do vosso bairro…” Bem-haja, Senhor Comandante, por nos ter presenteado com esta visita que tanto prestigiou o nosso bairro. A sociedade civil, os moradores do PN, vão sempre receber o Creoula e a sua magnífica tripulação com o mesmo carinho e entusiasmo.

Por isso, venha todas as vezes que puder. A Ponte Cais da Marina do Parque das Nações que resultou da Expo dos Oceanos é, por excelência, o Porto do Regresso ao Mar dos Portugueses e, naturalmente, o Porto Amigo do “seu” Creoula. Saudações Náuticas, Paulo Andrade Presidente da ANMPN


26 | NP | NAĂšTICA

Actividades

NaĂşticas “Novidades frescas num verĂŁo quente Ă portaâ€? sĂŁo algumas das sugestĂľes da Marina Parque das Naçþes. Ficam trĂŞs das muitas propostas deste tĂŁo nobre lugar do Parque das Naçþes. Veja o vĂ­deo “NaĂştica cĂĄ Dentroâ€? em www.noticiasdoparque.com FÉRIAS NĂ UTICAS

O Programa "FÉRIAS NĂ UTICAS" do CNMPN destina-se a Crianças e Jovens dos 10 aos 15 anos, que se interessam pelo mar e desportos NĂĄuticos. DĂĄ-lhes a oportunidade de uma aproximação ao meio aquĂĄtico, proporcionando o contacto directo com o mar e a liberdade normalmente associada ao mesmo. IrĂŁo experimentar as quatro modalidades existentes no nosso Centro: CANOAGEM, VELA, WINDSURF e SUP onde poderĂŁo iniciar-se e/ou desenvolver tĂŠcnicas que lhes permitirĂŁo lançarem-se num mundo de aventura e adrenalina. PROGRAMA Turnos de uma semana, de 2ÂŞ a 6ÂŞ feira, durante o

FESTAS DE ANIVERSĂ RIO

Seguem algumas das sugestĂľes apresentadas pela Marina Parque das Naçþes: Pacote Piratinhas: Canoagem - 166,05â‚Ź. Pacote Cesto MĂŁe Pirata: Canoagem + Sala + Traga o seu lanche e faça a sua festa - 246â‚Ź. Pacote O saque do CapitĂŁo: Canoagem + Sala 246â‚Ź + Lanche Infantil (PĂŁezinhos de queijo, fiambre e misto, salsichas cocktail, batatas fritas, salame de chocolate, bolo de iogurte, gelatinas, ĂĄguas e refrigerantes sem gĂĄs - 6â‚Ź por criança. Pacote BaĂş da AvĂł: Canoagem + Sala - 246â‚Ź + Lanche Infantil - 6â‚Ź p/criança + Animador Jogos Tradicionais ou Moldagem de BalĂľes (Preço sob consulta). Pacote Piratas Ă Solta: Ă reas disponĂ­veis para alugar: Centro NĂĄutico, EdifĂ­cio Nau - Espaço fechado com 390 m2 - Preço sob consulta + Lanche Infantil - 6â‚Ź por criança. Festa Jogos e Magia. Festa Fashion. Festa do SaltitĂŁo. Festa Party Disco. Festa Caça ao Tesouro. Festa do Teatro - Preços sob consulta. Mais informaçþes em: http://www.marinaparquedasnacoes.pt ou via telefone, para o 218 949 066.

perĂ­odo de fĂŠrias escolares da PĂĄscoa e VerĂŁo.

2 a 6 de Julho | 9 a 13 de Julho | 16 a 20 de Julho| 23 a 27 de Julho |30 de Julho a 3 de Agosto | 6 a 10 de Agosto | 13 a 17 de Agosto | 20 a 24 de Agosto | 27 a 31 de Agosto | 3 a 7 de Setembro | 10 a 14 de Setembro O programa diårio (sujeito a alteraçþes sem aviso prÊvio) Ê o seguinte: 2ª feira - Canoagem | 3ª feira - Vela | 4ª feira - Vela | 5ª feira - Windsurf/SUP |6ª feira - Windsurf/SUP

12h30 às 14h00 - Almoço 14h00 à s15h00 - Actividades Nåuticas complementares 15h00 às 17h00 - Actividade Nåutica 17h00 às 17h30 - Briefing, duches e saída do recinto

suas instalaçþes situadas na lateral Este do Centro Nåutico. Serå composto de sopa, prato principal e sobremesa. A ementa Ê predeterminada no início de cada quinzena, podendo ser consultada no recinto do CNMPN.

ACTIVIDADE Nà UTICA Serão desenvolvidas actividades nåuticas teóricas e pråticas, leccionadas por monitores especializados dentro das modalidades. Estas terão como palco as instalaçþes do CNMPN e plano de ågua adjacente, cumprindo todas as regras de segurança inerentes ao tipo de actividade.

ACTIVIDADES Nà UTICAS COMPLEMENTARES No período pós-almoço, em doca seca, serão efectuadas actividades complementares ligadas à nåutica.

HORĂ RIO E DESCRIĂ‡ĂƒO 09h00 - Recepção e preparação 09h30 Ă s 12h00 - Actividade NĂĄutica

ALMOÇO O almoço serĂĄ da responsabilidade do restaurante/esplanada/bar " Azul Profundo" e servido nas

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PoderĂĄ, tambĂŠm,optar por um dos seguintes horĂĄrios, existindo a possibilidade de recuperar aulas em atraso. (Sujeito a vagas disponĂ­veis) SĂĄbado - 09:30 Ă s 13:30 -14:00 Ă s 18:00 Domingo - 09:30 Ă s 13:30 -14:00 Ă s 18:00 AULAS DE INICIAĂ‡ĂƒO - 250.00 â‚Ź APERFEIÇOAMENTO - 250.00 â‚Ź PRÉ-COMPETIĂ‡ĂƒO - 250.00 â‚Ź MPN SAILING ACADEMY Tel/Fax: +351 218 949 066 Email: info@marinaparquedasnacoes.pt


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28 | NP | MOBILIDADE

Mobilidade Suave “Em 1998 vim para Lisboa estudar, juntamente com um grupo de amigos e com o meu namorado (e actual marido) e procurámos alugar uma casa perto da universidade para poder fazer a vida a pé ou para, pelo menos, utilizar o carro o menos possível.”

Apresentação. O meu nome é Cláudia Nepomuceno, tenho 32 anos, tirei o curso de engenharia electrotécnica e computadores e vivo na Zona Sul do Parque das Nações, perto do Oceanário. Nasci em Évora e, desde muito nova, que utilizo motas e bicicletas para me deslocar ou como actividade recreativa. Em 1998 vim para Lisboa estudar, juntamente com um grupo de amigos

e com o meu namorado (e actual marido) e procurámos alugar uma casa perto da universidade para poder fazer a vida a pé ou para, pelo menos, utilizar o carro o menos possível. Terminámos o curso e actualmente tenho a sorte de morar na Zona Sul e trabalhar na Zona Norte o que me permite deslocar a pé, disfrutando mais da zona e não estar dependente do trânsito para chegar a horas ao

emprego (Optimus). De que forma usas a bicicleta no teu dia-a-dia? Há perto de um ano e meio fui mãe de uma menina linda (Mariana) e quando a licença terminou voltei a ir a pé para o emprego. Mas, como todas as mães, parece que o tempo não chega para tudo o que queremos e temos de fazer. Foi então que tive uma brilhante ideia: e se em

vez de ir a pé, utilizasse a bicicleta para ir para o emprego? A pé demoro sensivelmente 15 minutos, mas de bicicleta demoro apenas 5, e assim ganho 20 minutos por dia (Parece pouco, mas não é!) para dar miminhos e brincar com a minha filhota! E foi assim que, desde Setembro, comecei a dar uso à bicicleta que estava parada na garagem, e que servia apenas para uns pequenos passeios (muito de vez em quan-

do) ao fim-de-semana. Mesmo nos dias de chuva, porque há sempre uma altura em que pára de chover e posso aproveitar para chegar a casa enxuta ou o menos molhada possível. Além de fazer algum exercício, todos os dias, também, dá para aliviar um pouco o stresse, depois do trabalho. Actualmente, primeiro vou a pé levar a Mariana à creche e, só depois, vou buscar a bicicleta à garagem. Mas já estou a pensar em comprar um banco de criança (daqueles que se adaptam à bicicleta), para poder ir levar e buscar a Mariana para darmos umas voltinhas, as duas, pelo Parque. Acredito que ela vai adorar! Sentes que se podia melhorar alguma coisa para quem usa a bicicleta no dia-a-dia? Concordo com outros moradores do Parque, que já escreveram nesta rubrica, quando dizem que as condições para utilizar a bicicleta como meio de transporte

diário, dentro do Parque, podiam ser melhores. O pavimento das ciclovias é feito com paralelos e a maior parte com desníveis e buracos. Um melhoramento seria nivelarem o pavimento, mesmo para quem anda a pé seria bastante mais confortável. Fora isso não conheço melhor sítio para usar a bicicleta, quer por passeio quer como modo de mobilidade, do que o Parque das Nações! É um ambiente calmo (durante a semana), com bastante espaço e zonas verdes. Não sei se sou eu que sou pouco exigente, mas o que poderíamos querer mais?



30 | NP | LOCAL

Espanha visita o Parque O Colégio do Oriente levou os seus alunos a Espanha, em Maio e, em Junho, recebeu os alunos espanhóis. Isto parte de um intercâmbio que procura potenciar a forte componente multilingue que o colégio proporciona aos seus alunos. Fica a conversa com Sónia Lopes e com Neus Real, professora de Castelhano.

Como surgiu a ideia deste intercâmbio? Uma vez que proporcionamos aos nossos alunos a aprendizagem do Castelhano, a partir do 5.º ano, qui-

semos fazer uma viagem a Espanha onde pudesse existir um intercâmbio escolar com outro colégio. A professora Neus Real estabeleceu, então, o contacto com o Colégio General Navarro de Badajoz para o podermos fazer. Curiosamente, este colégio lecciona a língua portuguesa a partir do 3.º ano de escolaridade. A primeira paragem foi no Colégio General Navarro de Badajoz, onde os nossos alunos e os alunos do colégio espanhol partilharam música, dança, teatro, experiências, um óptimo

pequeno-almoço e um interessante passeio pelo centro histórico da cidade de Badajoz. Após este primeiro contacto, seguimos viagem até a cidade de Mérida (Património da Humanidade) onde foi feito um divertido peddy paper. No segundo dia fomos visitar aqueles que são considerados os grandes monumentos pelos quais a cidade é conhecida mundialmente: o teatro e anfiteatro romanos e, também, o Museu Romano. E agora com a visita do colégio a Portugal, nesta segunda fase do intercâmbio? Vieram por dois dias. O Oceanário e o Jardim Zoológico são dois dos locais que vão visitar. Aqui no Colégio decorreram uma série de actividades: declamação de poesias, um pequeno teatro sobre a história de Portugal, actividades no Parque Tejo, com

um jogo de Futebol ( Portugal - Espanha), aula de fitness, tendo em conta a parceria que temos tido com o Clube Tejo. É para continuar com este projecto? Sim, o objectivo é chegar a Madrid. Depois disso queremos chegar, também, a outras capitais europeias. Queremos que os nossos alunos tenham essa facilidade de conviver com outras culturas. O colégio tem um projecto de integração multilingue. Os nossos alunos chegam ao 9.º de escolaridade a dominar bem quatro línguas: o Português, o Castelhano, o Inglês e o Francês. Vão existir sempre projectos que permitam que falem esses idiomas em contexto real, de forma a que possam interagir e desenvolver essa capacidade linguística. Estes contactos estimulam muito os nossos alunos.


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FACES

MULHERES DO PARQUE

32 | NP | PERFIL

Nasceu em Montreal, no Canadá, mas reside em Portugal desde os 10 anos. O pai, professor Catedrático reformado, era um apaixonado por Portugal, onde passavam habitualmente as férias de Verão. Em busca de uma vida mais calma, a família mudou-se para Portugal. Uma mudança que não foi fácil já que a principal barreira foi, desde o início, a língua e a cultura. Atualmente, a Julie dedica-se de corpo e alma ao trabalho, que divide entre a advocacia e as responsabilidades de quem assumiu a Presidência da SPESI, SA, entidade instituidora da ESAI- Escola Superior de Atividades Imobiliárias – única escola

Rita Carvalho entrevista Julie Lefebvre pública ou privada, em Portugal, a ministrar ensino superior na área do imobiliário - celebrou em 2010 o seu 20.º aniversário. Foi difícil adaptar-se a Portugal? Quando tinha 10 anos a família preparou-se para mais um verão em Portugal. O verão que iria marcar-nos para sempre. Esta era uma época muito desejada para mim e para os meus irmãos, onde já tínhamos alguns amigos. Mas estas férias pareciam intermináveis…Só depois nos apercebemos e fomo-nos acostumando à ideia de aqui ficar. Logo no primeiro ano, o meu pai optou por darnos aulas em casa e que eram complementadas com professores particulares de português. Uma adaptação que não foi fácil, já que, além de ter de lidar com os meus próprios receios, ia-me apercebendo também das dificuldades da adaptação familiar. Eram culturas, hábitos, clima completamente destintos. Somos quatro irmãos e cada um teve uma reação diferente. Lembro–me de ver a minha irmã mais nova, agarrada à minha mãe, a pedir para ir para casa (Canadá). Passado um ano, ainda se recusava a ir para o Colégio.

Qual foi a influência que teve sobre si? Apesar de não ter sido fácil, ajudou-me a crescer e a aprender a ser responsável, mais cedo, do que outras crianças da mesma idade. Quais as diferenças que vê entre a vida em Portugal e no Canadá? Muitas. São realidades não comparáveis. A crise que se vive em Portugal, e que particularmente considero ser uma crise de valores, veio demonstrar ainda mais. No Canadá, primeiro que tudo, existe organização, planeamento e previsão. Se existe um problema, debate-se a solução e não se focam na vitimização ou em constantes debates estéreis. O país é gerido como uma empresa, os Custos não podem ser superiores às Receitas. Premeia-se a excelência, a inovação. E isso transpõe-se para o cidadão. Cada qual preocupa-se com a sua vida e não tem tempo a perder para discutir a vida dos outros. Este espírito é incutido desde muito cedo, nas próprias escolas. Quer dar-nos um exemplo… Vejamos o que sucedeu com a recente campanha

do Pingo Doce, no dia 1 de Maio. Passaram uma semana a discutir se esta campanha era lícita, se existiu dumping, etc... Ora, não é de louvar um empresário, que permite que os portugueses consigam comprar, nos tempos que correm, a preços bastante atrativos? Não é de louvar uma empresa que crie postos de trabalho, que consiga pagar aos seus trabalhadores atempadamente e que paga os seus impostos? Preferem perder tempo a discutir sobre um empresário que gera riqueza em Portugal, do que encontrar solução viável para os problemas existentes e que são realmente graves! E estamos assim em Portugal …. Em vez disso, deveríamos tomar o exemplo do Soares dos Santos, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Jerónimo Martins, que numa recente entrevista na TV, e, após o entrevistador lhe perguntar se tinha orgulho em ser um dos homens mais ricos, respondeu “Sim, claro que é bom, mas não é isso o essencial, a minha família comprometeu-se com a criação de valor “. Deveríamos todos meditar sobre este assunto e seguir o exemplo.


PERFIL | NP | 33

“No Canadá, primeiro que tudo, existe organização, planeamento e previsão. Se existe um problema, debate-se a solução e não se focam na vitimização ou em constantes debates estéreis. O país é gerido como uma empresa, os Custos não podem ser superiores às Receitas. Premeia-se a excelência, a inovação. E isso transpõe-se para o cidadão. Cada qual preocupa-se com a sua vida e não tem tempo a perder para discutir a vida dos outros...” Mas gosta de viver em Portugal?... Claro que sim. Vivo em Portugal por opção, foi o pais que escolhi em idade adulta para viver. Mas, como tudo o que amamos queremos o melhor. Daí o meu espírito crítico, e saber que Portugal poderia estar em condições muito melhores se tivesse sido conduzido de outra forma. O que eu queria é que Portugal se aproximasse de “algo melhor”. Tem todas as condições para seguir em frente, sendo bem gerido: os Custos não devem ser superiores as Receitas! Porque escolheu o Parque das Nações para viver? Porque gosto muito do projeto urbano e porque tem qualidade de vida. Como diria o meu Caro Amigo Pedro Neves, Docente na ESAI e especialista em Reabilitação, Requalificação e Regeneração de Cidades: “Vivemos hoje uma competição entre cidades que procuram soluções para oferecer garantias de sustentabilidade - oferecer um futuro melhor à população, ao ambiente, e aos investidores. “

O Parque das Nações é um bom projeto a esse nível? Repare, hoje em dia, não procuramos apenas um sítio para viver, mas um Ambiente Urbano de Qualidade que inclui: - Espaço e serviços públicos de qualidade (no Comércio, Serviços, Habitação, Lazer). - Espaços de proximidade com mobilidade (na Educação, Saúde, Segurança, Lazer). - Espaços para crescer e viver (serviços, indústria, logística…). O Parque das Nações foi um projeto muito bem pensado e alcançado. Conseguiu associar todo este tipo de privilégios garantindo um ambiente urbano de excelência. Só posso acrescentar que tenho o privilégio de poder viver num sítio de que gosto, que nos permite ter qualidade de vida e proporcioná-la à nossa filha. Atualmente é presidente do conselho de administração da ESAI. Como se sente com essa fun-

ção? Chegar a esse cargo não deve ter sido fácil… Como me sinto? Nunca pensei nisso, nem isso é o importante. A mim, preocupa-me “fazer” e não “ser”. As minhas preocupações centram-se todos os dias em manter, fazer crescer, criar valor e proporcionar uma vivência de valores. Estes valores morais, éticos, de bom relacionamento entre os outros, de competência, de trabalho - é o que eu procuro na minha equipa e o que considero que cada um deve adotar para podermos ajudar Portugal. Chegar a esta função foi fruto de muito trabalho e de aplicar os valores em que acredito. Por fim, o que considera que faz falta aqui no Parque das Nações? E a nível de serviços? Resido na zona norte e considero que estamos bem servidos. O que tenho necessidade consigo obter no nosso bairro.


34 | NP | ENSAIO

RODAS Por: Jorge Santos Farromba

rodasdoleitor@gmail.com

Honda Civic

2.2 i-DTEC executive

“A facilidade com que este motor sobe de regime (e de velocidade) é deveras interessante, sendo curioso comprovar as médias baixas – 5.8 l/100, num motor 2.2”.

Olhar para o novo CIVIC – O melhor já feito até hoje – segundo reza a publicidade, pareceu-me antes do início do ensaio uma frase muito arrojada, talvez porque o novo CIVIC é muito igual ao anterior, numa clara continuação de um desenho que a marca considera o correto. Mas quando se acede ao interior percebe-se a evolução registada pois, mantendo a filosofia algo futurista, apresenta uma clara evolução face ao modelo anterior, seja na escolha dos materiais, na qualidade de construção e na atenção do detalhe. Em termos de usabilidade, algo com que não me dei bem desde o início do ensaio foi com o computador de bordo, por não me parecer o mais intuitivo. Interiormente, percebe-se a qualidade do sistema de som, a ergonomia dos bancos dianteiros, o fácil acesso aos lugares traseiros (com a porta a abrir quase 90º). Se refletirmos, a primeira sensação que temos quando entramos numa viatura é dada pelo banco do condutor e pelo volante, sendo este último, o nosso primeiro elo. E nesse ponto, a Honda apresenta um volante com uma pega excelente e uma pele que, de tão suave, imersa o condutor numa

imagem que a viatura tem qualidade. Em termos de comportamento o Honda é hoje mais reativo à estrada, aceita melhor trocas constantes de apoio em curva e isto com um conforto de bom nível. A facilidade com que este motor sobe de regime (e de velocidade) é deveras interessante, sendo curioso comprovar as médias baixas – 5.8 l/100, num motor 2.2. Um bom produto disponível desde 20.000€, na versão a gasolina de 1.4 litros, até aos 33.000€, desta versão. A Honda espera lançar um motor “mais pequenino” para ser ainda mais competitiva em termos de preço e volume.


VIAGENS | NP | 35

HAVANA Havana é a capital e a maior cidade de Cuba, cidade de rica tradição histórica e cultural, caracteriza-se por ser ecléctica e monumental ao mesmo tempo. A Habana Vieja e suas fortificações foram incluídas pela UNESCO na Lista do Património Mundial em 1982. Havana é local de importantes eventos culturais de carácter internacional tais como o Festival de Ballet de Havana, o Festival do Novo Cinema LatinoAmericano, O Festival de jazz Jazz Plaza e o Festival Internacional de Guitarra Leo Brouwer. Cidade natal do poeta e escritor modernista José Martí. Cidade que tem inspirado durante séculos poetas, literatos e músicos e que segue cativando quem a conhece. A cidade possui algumas das melhores escolas de ballet e companhias de dança, e a comunidade teatral não tem comparação nas Caraíbas.Tem clubes de cinema e comédia animados, galerias de arte com exibições tanto ecléticas como expansivas (o Museo Nacional de Bellas Artes) e livrarias por toda a cidade. Cidade repleta de fortificações e estruturas antigas, em sua maioria neoclássicas, que atraem turistas de todo o planeta, entre várias outras destaca-se o Capitólio de Havana.

É em Havana que encontra “La Bodeguita del Medio”, um dos restaurantes mais emblemáticos do mundo. Nas suas mesas e paredes encontra as mais variadas mensagens escritas nas mais diversas línguas que cobrem e se sobrepõem em todo o espaço, mas, de todas, a de maior importância, para assinalar uma efémera passagem pelo local ou a confirmação de anteriores visitas é a de Hemingway que referiu:“My mojito in La Bodeguita, my daiquiri in El Floridita”. Havana esta à sua espera…

É em Havana que encontra “La Bodeguita del Medio”, um dos restaurantes mais emblemáticos do mundo. Nas suas mesas e paredes encontra as mais variadas mensagens escritas nas mais diversas línguas que cobrem e se sobrepõem em todo o espaço, mas, de todas, a de maior importância, para assinalar uma efémera passagem pelo local ou a confirmação de anteriores visitas é a de Hemingway que referiu: “My mojito in La Bodeguita, my daiquiri in El Floridita”.

Itinerário: 1º Dia – Portugal / Havana Comparência no aeroporto 120 minutos antes da partida e embarque com destino a Havana, via Madrid. Chegada e transfer para o hotel seleccionado. Saída em voo regular com destino a São Petersburgo, chegada e assistência por parte dos nossos representantes, trâmites do visto e transfere para o navio. Jantar e alojamento a bordo. 2º ao 7º Dia – Havana Dias livres para actividades de gosto pessoal.

Poderá aproveitar para visitar o Capitólio, a Praça das Armas, a Praça de São Francisco de Assis, o Museu da Revolução, o Museu do Rum, o Museu Hemingway, a Real Fábrica de Tabacos Partagás, o Malecón... 8º Dia – Havana / Portugal Em hora a indicar localmente, transfer ao aeroporto de Havana e embarque com destino a Madrid. Noite a Bordo. Chegada e ligação para o voo de regresso a Portugal.

Desde EUR 1.169,00

Preço inclui: Passagem aérea desde Lisboa, em classe económica, via Madrid; Taxas aéreas no valor de 398€, sujeitas a alteração até à data de emissão; Alojamento no hotel e regime escolhido; transfers aeroporto/hotel/aeroporto, no destino; seguro de viagem. Preço não inclui: Visto, despesas de carácter pessoal e serviços não mencionados no programa da Ibercuba.

“Neste Verão, só fica em casa quem quer” - Preços e condições fantásticas para as suas férias Algarve Especial Agosto Altismar Hotel Desde Eur 210,00

Cabo Verde São Vicente Partidas até 30 Outubro (STR) Desde Eur 491,00

Madeira Especial Verão Partidas até 31 de Julho Desde Eur 320,00

Ibiza Hotel Sol Pinet Playa Partidas a 20 e 23 de Junho (IBJ) Desde Eur 568,00

Açores Especial Verão Partidas até 30 de Setembro Desde Eur 360,00

Turquia Cruzeiro em Gulet (STR) Partidas até 09 de Setembro Desde Eur 897,00

de

Djerba Hotel Club Meninx (TRV) Partidas até 09 de Setembro Desde Eur 455,00

Moçambique Maputo Partidas até 24 de Outubro(STR) Desde Eur 1.375,00

República Dominicana Punta Cana Partidas até 30 de Julho(IBJ) Desde Eur 1.085,00

Costa Rica Fly & Drive Partidas até 23 de Outubro(STR) Desde Eur 1.649,00

Jamaica Partida em Junho de 2012 (SLP) Desde Eur 790,00

Oferta para Programação do Operador Soltrópico 1 kit de férias Dermalógica + suplemento de partida nos programas com início entre Novembro e Abril, excepto em períodos festivos.

Consulte a Agência de Viagens JC Tours – ao Parque das Nações Rua do Cais das Naus, Lote 4.04.02H I www.jctours.pt I +351 217 817 180

Os preços apresentados são por pessoa em quarto duplo e estão sujeitos à disponibilidade de lugares, nas categorias em que se baseiam os valores acima, no momento do pedido de reserva.

Perú e Bolivia Circuito através dos Andes Partidas até 08 de Dezembro (STR) Desde Eur 2.129,00


36 | NP | AGENDA

FÉRIAS A APRENDER Ensino e desporto. Algumas sugestões para a acupação dos tempos livres dos mais novos durante as férias de Verão, aqui, no Parque das Nações. Férias Desportivas - Verão 2012

O Clube Tejo vai ter mais um ano com as Férias Desportivas de Verão. Actividades: TÉNIS, futebol, voleibol, basquetebol, badminton, cinema, caça ao tesouro, jogos tradicionais. Dos 6 aos 15 anos de idade.

Cursos de Verão - The Kids Club Expo

Os Cursos de Verão do The Kids Club Expo foram desenvolvidos por pedagogos e concebidos para as férias de Verão. Conjugam o ensino de inglês com outras atividades de caráter lúdico (artes plásticas, teatro, cinema, jogos, visitas culturais, desporto, etc.).

Summer / Weeks

A pensar numa ocupação para os seus filhos durante este período que os beneficie e os prepare para o futuro, a “Languages for Life” inicia cursos de Férias de Verão divertidos que permitem a consolidação e reforço da aprendizagem da língua inglesa.

O ensino do inglês assenta em metodologia própria, divertida, lúdica e estimulante que ensina a língua dando grande ênfase à conversação e pronúncia.

Os cursos são desenvolvidos por pedagogos e são especialmente concebidos para as férias da Verão, conjugando a aprendizagem da língua com actividades de carácter lúdico (artes plásticas, teatro, jogos, visitas culturais, desporto, etc.).

Os cursos decorrem entre 25 de Junho e 31 de Agosto, diariamente das 9h às 18h, e estão orientados para crianças entre os 3 e os 12 anos.

Metodologia própria, divertida e estimulante que ensina a língua dando grande ênfase à conversação e pronúncia.

Atividades: Ténis no Clube Tejo, jogos tradicionais ingleses, passeios e picnics no Parque Tejo, viagens no teleférico, visitas ao Oceanário, Pavilhão do Conhecimento e Quinta Pedagógica, cinema, etc..

Os cursos irão decorrer entre 04 de Julho a 02 de Setembro, diariamente entre as 9H00 e as 18H00.

Semanas: 1ª semana: 18 a 22 de Junho 2ª semana: 25 a 29 de Junho 3ª semana: 2 a 6 de Julho 4ª semana: 9 a 13 de Julho 5ª semana: 16 a 20 de Julho 6ª semana: 23 a 27 de Julho

Os cursos estão orientados para crianças entre os 5 aos 12 anos.

Horário: De segunda a sexta-feira das 8h30 às 17h30.

Mais informações: Tel.: 218 963 162 languagesforlifeexpo@gmail.com

Informações: Secretaria do Clube Tejo: 934 970 038 / Prof. Miguel Soares: 913845648

Para mais informações contactar o The Kids Club Expo: Tel. 21 8956445 / 96 8779220


AGENDA | NP | 37

ARTE E PRAZERES Sugestões por: Emília Santana - Casino Lisboa

“É COMO DIZ O OUTRO”

Após o estrondoso êxito obtido em 2011, volta ao Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa a peça de teatro de comédia “É Como Diz o Outro”. Comédia protagonizada por Bruno Nogueira e Miguel Guilherme, que tem feito rir milhares de portugueses por todo o país, regressa agora a Lisboa. Não deixe passar a ultima opor-

Salada Thai com novilho e malagueta Restaurante MoMo

tunidade de conhecer as mais insólitas confidências partilhadas por dois colegas ao longo de um dia de trabalho. De 31 de Maio a 1 de Julho no Auditório dos Oceanos do Casino Lisboa.

Originária da Tailândia, esta salada é uma entrada fresca e uma explosão de sabores para os dias de primavera. As diferentes texturas presentes proporcionam um contraste entre o crocante do mini milho e dos espargos e a suavidade da carne de novilho e dos noodles, permitindo uma degustação original e acima de tudo surpreendente. Ligeiramente picante (pode sempre pedir sem picante) torna-se ideal para ser acompanhada por um excelente vinho branco.

A Clínica T surge de um projecto de querer fazer bem Medicina Dentária de forma transparente, personalizada, profissional e com muita simpatia!

João Morgado - Fotografia de Arquitectura

Estamos localizados na zona da Expo Sul (Lisboa) e dispomos de equipamentos médicos de última geração num ambiente descontraído e confortável. Somos uma equipa multidisciplinar, com experiência e know-how na área.

Horário de funcionamento: segunda a sexta das 9h-21h - sábado das 9h-19h geral@clinica-t.com | www.clinica-t.com | 913 747 437 | Alameda dos Oceanos lote 3.11.07 loja B - 1990-136 Lisboa


38 | NP | AGENDA FAMÍLIA

AGENDA FAMÍLIA

Para os filhos e pais do Parque das Nações: Ciência, Teatro, Astronomia, Matemática, cozinha e viagens ao espaço. Aqui, no Pavilhão do Conhecimento!

Teatro Viva a Ciência

2 de Junho, sábado, das 16.00 às 17.oo Actividade gratuita s/marcação. “De que sou feito? Quem me diz se vai chover?”. A Eugénia tem sete anos e é muito curiosa, está sempre pronta para novas aventuras e explorações. Numa viagem cheia de imaginação, a menina vai descobrir que a ciência está em todo o lado e é uma ajuda preciosa na vida de todos nós. Esta peça de teatro promove a ciência e a sua importância nas nossas vidas. Com a ajuda de actores e marionetas, vamos aprender muito mais sobre ciência. Destina-se a crianças que frequentem o ensino préescolar e o 1.º ciclo e respectivos pais.

Férias com Ciência...Todos a bordo!

Este Verão, o Pavilhão do Conhecimento besunta-se de protector solar, põe os pés na areia e mergulha fundo no mar. Constrói o teu barco e parte à aventura por esse oceano fora seguindo as estrelas ou usando um GPS…. O importante é que não percas o Norte! Vestes um fato de mergulho e estás pronto para espreitar as profundezas dos oceanos e descobrir que quem vive no fundo brilha no escuro. De volta à superfície vamos até à “praia” e, com um telescópio, vemos as cores do sol. No laboratório aprendemos a proteger-nos dos raios UV. E porque não uma pescaria? Oooops! Afinal nem tudo o que vem à rede é peixe: é preciso saber escolher o peixe certo. Se tens entre 6 e 11 anos embarca nesta aventura! Datas: de 18 de Junho a 7 de Setembro* Idades: 6 aos 11 anos Horários: das 09.00 às 18.00 (as crianças poderão ser recebidas a partir das 08.30) Preços: 1 dia – 40€ (35€ sócios Pavilhão) 4 dias (semana de 13 a 17 de agosto) – 140€ (120€ sócios Pavilhão) 5 dias – 160€ (140€ sócios Pavilhão) Almoço e lanche incluídos

Inscrições: 21 891 71 00 | info@cienciaviva.pt *As actividades repetem-se de 2 em 2 semanas e não se realizam no dia 15 de Agosto

Ateliê de Introdução à Astronomia

9 de Junho (15h00-19h00) e 16 de Junho (15h0019h00 e 21h30-23h30)|Inscrição obrigatória - 35€ Destina-se a todos os observadores, maiores de 16 anos, interessados em conhecer o céu nocturno e o Universo. Este ateliê de 10 horas é composto por duas partes: em sala, faz-se uma viagem pelo universo, conhecem-se planetas, estrelas, nebulosas e galáxias; no exterior observa-se o céu espreitando pelos telescópios. A actividade é dinamizada pelo astrónomo José Augusto Matos (FISUA – Associação de Física da Universidade de Aveiro), formador e divulgador na área da astronomia. Candidatos: idade mínima de 16 anos (não são necessários conhecimentos prévios de astronomia). No final, será atribuído um certificado de participação e algum material de suporte. Os participantes podem trazer o seu telescópio. Inscrição obrigatória: 21 891 71 00 www.cienciaviva.pt

Colóquio A Matemática das Coisas

Entrada gratuita, s/ marcação A Matemática nas Artes Circenses | 9 Junho | 16.00 O malabarismo não requer somente destreza e concentração. Esta arte circense requer também alguma matemática. Quantas combinações e técnicas malabares existem? E onde entra a matemática nisto tudo? Venha descobrir com o matemático António Machiavelo, da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, e o Chapitô, escola de artes circenses. Se tiver coragem, ponha também as mãos nas massas.

Pai, vou ao Espaço

Na actividade Pai, vou ao Espaço e já volto!, o tempo passa mais depressa do que um cometa no céu. O orientador é o astrónomo José Matos, que sabe tudo sobre viagens no Espaço, lanches em naves, meteoritos, marcianos, pedaços de estrelas e planetas. PROGRAMA: Rodinhas do Espaço | 17 Junho A vida na Terra | 15 Julho Esta actividade destina-se a crianças entre os 6 e os 12 anos e tem lugar aos domingos, às 15.30 e 17.00. Cada sessão tem um custo de 5€/participante e é gratuita para os pais, caso queiram assistir. Inscrição obrigatória: 21 891 71 00 info@pavconhecimento.pt

LABORATÓRIO (M/6)

Maré Negra O que é uma maré negra? Que efeitos poderá ter no ambiente e, em particular, sobre os seres vivos marinhos? Venha simular um acidente com um navio petroleiro, analisar as suas consequências e testar diferentes métodos de remoção do petróleo da água.

Plasticina electrizante E se construir circuitos eléctricos fosse tão simples como brincar com plasticina? Traga um pouco de imaginação e venha “iluminar” o Pavilhão do Conhecimento com as suas próprias esculturas. Estas actividades estão incluídas no bilhete de entrada e ocorrem durante o fim-de-semana, às 15.30 e 17.15 (sujeito a confirmação no próprio dia). 3€ só actividade, sem visita às exposições. Participação limitada.

A COZINHA É UM LABORATÓRIO (M/4)

15h30 – Esparguete de agar O que têm de comum um pudim, um leite achocolatado, e o ketchup lá de casa?! Venha descobrir e divertir-se a fabricar esparguete de diferentes cores e sabores, com a ajudinha de um ingrediente muito especial! 17h15 – Caviar de frutas Se pensa que o caviar é uma iguaria de luxo… desengane-se! Venha aprender a fazer saborosos caviares de fruta com um “cheirinho” a maresia. Estas actividades estão incluídas no bilhete de entrada e ocorrem durante o fim-de-semana, às 15.30 e 17.15 (sujeito a confirmação no próprio dia). 3€ só actividade, sem visita às exposições. Participação limitada.


AGENDA FAMÍLIA | NP | 39

LIVRARIA CABEÇUDOS

R. Comandante Cousteau, lote 4.04.01, Loja A · 1990-303 Lisboa T: +351 218 005 184 E: info@cabecudos.com - www.cabecudos.com

Agenda de Junho 2012

1)Conta-me histórias… Conversa de Elefantes Data: 3 de Junho Hora: 11h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: - Tu ris porquê? - Porque é muito divertido e espanta as coisas más. - Isso é verdade? - Claro! E, quando estamos entre amigos, rimos sempre muito. - E isso é bom? - Claro que é! Às vezes, até nos rimos dos disparates que os outros fazem. - E eles não se zangam?! - Não, acabam por rir também. Dinamizador: Leonor Tenreiro 2) Estação DOREMI Data: à 5º feira Hora: 18 h Duração: sessões com 1 h Idade: dos 0 aos 4 anos Preço: 50€ cada conjunto de 4 sessões seguidas Descrição: Estação DOREMI é um espaço onde Cuidadores (Pais, Avós, Amas,…) e Bebés, com ajuda de Pedagogos Musicais, vão à descoberta musical, privilegiando a voz humana, o movimento e a interação. Através da partilha da linguagem musical, desde a canção de embalar ao canto mediterrâneo, este projeto visa oferecer à criança a possibilidade de se encontrar nas mais diversas formas lúdicas do universo infantil. Dinamizador: Vera Vieira (direcção e voz) e Jan Gomes (voz e acompanhamento musical) 3) Conta-me histórias… Contos dos Subúrbios Data: 8 de Junho Hora: 22h Duração: 1h Idade: Adultos Preço: 5€ por pessoa

Descrição: Um livro sobre os mistérios da vida quotidiana tranquila: animais caseiros, casamentos perigosos, mamíferos marinhos encalhados, estudantes de intercâmbio minúsculos e salas secretas cheio de escuridão e de prazer. Dinamizador: Bruno Batista 4) Oficina: História Não Autorizada da Literatura Infanto-Juvenil Data: 9 de Junho Hora: 10 às 13h Duração: 3 h Idade: Educadores e Pais Preço: 25€ Descrição: A literatura infantil é um território de fronteiras difusas. A história oficial concede-lhe só 200 anos de existência. O conceito moderno de criança nasce com a revolução industrial, uma época onde ninguém falava de direitos humanos. Uma época de dupla moral e disciplinas extenuantes. Nessa altura a ideia de infância ficou reduzida a uma etapa de transição sem valor em si própria. Meninas e meninos obrigados a cumprir sem protestar os ditados do pai e da sociedade. Uma moral perversa que equiparava o medo e a violência, com o respeito e a educação. Ainda hoje se sofre a influência desse pensamento antiquado, e se continuam a escolher livros, leituras e formas de educar ocos e ultrajantes. Esta é uma proposta que tenta traçar um percurso alternativo dentro do que é considerado infantil. Uma tentativa de fugir do pensamento reitor. Uma história que não pede nem necessita de autorização. Dinamizador: Rodolfo Castro

Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: TRÁS! CREEK CRASH! miiiaaauuu!!! iiik! E assim se inicia um estranho catálogo de consequências. Mas QUEM é o culpado? Uma imagem diz mais que mil palavras. Este livro hilariante de Adam Stower cativa até os leitores mais difíceis e ajuda as crianças na compreensão do efeito causa-efeito. Brilhantemente ilustrado, conquista público de todas as idades Dinamizador: Bruno Batista 8) Conta-me histórias… Oinc! A História do Príncipe-Porco Data: 17 de Junho Hora: 17h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: Entrada Livre Descrição: Era uma vez um REI e uma RAINHA que há muito desejavam ter um filho. E, por fim, nasceu o bebé. PLOF! Mas… este menino não era um menino-menino. Era um menino-porco. Na verdade, o primeiro PRÍNCIPE-PORCO das histórias. OINC! OINC! nasce da série Príncipe-Porco desenhada por Paula Rego. São seis litografias assinadas pela artista, acompanhadas pelo texto de Isabel Minhós, que recria com humor uma história antiga de cariz popular. Dinamizador: Miguel Fragata 9) Conta-me histórias… Espelho

Data: 24 de Junho Hora: 11h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: Um livro sem palavras que brinca com o eu refletido no espelho. O centro das páginas funciona aqui como eixo de simetria entre a realidade e o ilusório. Uma história com um final inesperado resultante da "guerra" entre o real e irreal. Dinamizador: Vera Batista 10) Oficina de Escrita Criativa Data: 26 e 27 de Junho Hora: 10h30 Duração: 2 x 2h Idade: 8 aos 12 anos Preço: 15€ Descrição: A escrita é um músculo, se for bem trabalhado, faz-nos correr quilómetros e subir às montanhas mais altas! Esta escalada faz-se muitas vezes com a ajuda do desenho, do teatro e da música. Pelo caminho há jogos tão divertidos como o próprio nome: Acróstico Desenhado; Maratona de Histórias; Objeto Preferido; Cubo das Seis Caras são só alguns. Não deixes a caneta fechada no estojo e o papel guardado na gaveta! Vem construir histórias em conjunto. A escrever e a contar pomos a imaginação a circular. Dinamizador: Leonor Tenreiro

5) Conta-me histórias… Um Homem de Mar Data: 9 de Junho Hora: 15h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: De noite ele dorme, boiando e fingindo de morto, sobre as ondas gigantes de seus sentimentos. Dinamizador: Rodolfo Castro 6) Conta-me histórias… A Onda (com interpretação em língua gestual) Data: 10 de Junho Hora: 11h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos Preço: 5€ por criança / 2.5€ por adulto Descrição: Um dia de Sol, uma menina curiosa e uma onda brincalhona – a partir destes três elementos a autora Suzy Lee criou um livro ilustrado que não precisa de palavras para contar uma história universal. Com mestria na definição da linha e na escolha da cor, mostra-nos o poder da Natureza e o valor da amizade. O Mar e uma menina no seu primeiro encontro. Arrebatador! Dinamizador: Elsa Serra (contadora) e Cristina Gil (intérprete) 7) Conta-me histórias… Trás! Uma História Exemplar Data: 17 de Junho Hora: 11h Duração: 45m Idade: maiores de 3 anos

ANÁLISES CLÍNICAS Nova Dependência Parque das Nações

Alameda dos Oceanos, Lote 1.07.01 Loja U - Edifício Mar Oriente Tel./Fax: 218 936 119 (Entrada pela Rua do Polo Norte junto ao Campus da Justiça) Horário de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira: 8h00 às 13h00 / 15h00 às 18h00 Horário de Colheitas : 8h00 às 11h00


40 | NP | PRÉMIOS

1.º Prémio: João Alexandre Coutinho Título: Estado Líquido

Prémios de Literatura e de Fotografia Parque das Nações

Casino Lisboa 2012


PRÉMIOS | NP | 41

1.º Prémio: Alfredo Manuel Nunos dos Santos Castanheira

Na terra…

Quando se deitou, enfiou as mãos na terra. Fundo. Tinha lido que a terra tinha uma força qualquer e fazia bem, essa ligação. Ou mal. Não se lembrava. Mas, naquele momento, pareceu-lhe que fazia bem e sentia. A terra a meter-se nas unhas, roçar num ou noutro seixo, algumas ervas. Sentia. E isso era melhor que nada. Sentia-se. Não era pela dor que se enraizava. Aliás a mutilação de que, por vezes, ouvia falar e afectava, no silêncio, tantos medianos, não lhe inte-

ressava. Mas compreendia, agora. O porquê. Não da dor. Mas do sentir. E ficou assim. Abraçada ao chão. Ou enterrada. O sol do meio-dia encurralara-a no canto do jardim, junto da árvore grande. E lá ficou, a ver quanto tempo demoraria a sossegar, na sombra intercalada do velho carvalho. Engolida. Diminuída pela escala de um severo e infinito tronco. No fim deste, uma coroa feita copa verde escura, para além da qual apenas se conseguia adivinhar o resto do céu, que sabia existir, mas onde a seiva obstinada tinha produzido um rendilhado impossível de desfazer. Quando a passarada se calou, habituada ou menos surpreendida, conseguiu ouvir a música. Do gira-discos. Antigo, mas a funcionar em ondulações ritmadas. Conseguia imaginar na perfeição a agulha a respirar sobre o disco. Tinha assistido, envergonhada, a essa intimidade, muitas vezes. Sempre nas férias. Sempre sozinha. Antes, com o avô, que mal a música começava, fechava os olhos numa profunda veneração. E, aos primeiros acordes, adormecia. Não sabia qual a prece que o avô proferia, mas agradecia que o ritual fosse esse, pois sentia-se melhor assim. Sem partilhar de tal intimidade, sozinha ou próximo disso. Num momento de voyeurismo mal compreendido e muito contido. Tanto, que ficava de joelhos, em frente do móvel cantante, como que a esconder-se. A respiração alterava-se e era-lhe inevitável olhar por sobre o ombro, numa frequência nervosa, que contrastava com a melancolia dos Nocturnos preferidos do avô. Que também haviam sido da avó, enquanto jogava canasta. Mas já não. Tudo quanto havia na casa não era dela. Melhor. Era. Mas tinha sido comprado noutros tempos, não por

ela, nem para ela. E ela não tinha trazido nada. Não era necessário, nem lhe apetecia. De resto, achava que qualquer coisa que levasse para dentro de portas iria parecer deslocado e até mesmo falso. Até a roupa… se calhar, ao trazer uma saia nova, esta tornava-se mais apertada, ou voava-lhe no corpo, como que pendurada a secar num estendal comprido, inventado entre um muro velho e uma parede caiada. E como não tinha crescido, engordado ou emagrecido nos últimos anos, não havia problema: bastava abrir uma gaveta ou armário e descobria qualquer coisa suficiente e adequada: a avó tinha, mesmo na velhice, um físico parecido ao seu. E ao avô, fazia-lhe bem, a recordação. E depois, mais tarde, também as camisas dele foram usadas. Para recordação dele, nela. E foram 2 mangas de um vestido tímido, em que a modéstia se transformara em xadrez desbotado que, depois de alguma luta, desapareceram na terra. Engolidas em movimentos rápidos, sôfregos, mesmo. Visto de longe o corpo pareceria amputado. E causava estranheza. Pela posição, pelo sítio onde se depositava. Inerte após o mergulho. Cabelos compridos, lisos e escuros. Espalhados num leque aberto sobre a relva bem aparada. Ainda naquela manhã. Cedo. Olhando a árvore de longe, porém, parecia que 2 raízes rebeldes, cor de pele, fugindo da asfixia que a natureza as votava, gozavam agora das cores, da luz e até da música do gira-discos, que o solo vedara por muito tempo. Só as botas, pesadas e amarelas destoavam desse quadro de Dalí. A música parou, depois de tantos afectos em círculo, mas o seu coração manteve o compasso. Ou talvez não fosse o seu coração, mas a dita força da terra,

onde se tinha semeado com tanta convicção. Com alguma atenção, porém, era ainda perceptível o sussurro do gira-discos, ainda a girar, ainda em intimidade, mas celebrando, numa aparente calmaria, um amor já consumado. E pensou que ao seu compasso, ou ao pulsar da terra, acrescia um som como que feito de marés, de ondulações. E pensou, nesse momento, no som dos búzios que, se encostados ao ouvido, nos pintam um mar feito de prazeres de Verão. Essa viagem fê-la estremecer. Mas estava agrilhoada aquela terra que procurou. Não se viram braços agitados ou mãos nervosas. Não se viram tiques, nem cerrar de dentes. Tinha o abraço da terra, o nariz na relva. Respirando, sentia o cheiro da erva que já era e da que ainda haveria de ser. Mexendo-se, apenas dava mais espaço à terra que lhe apagava as linhas das mãos, escondendo aquilo que fora e aquilo que poderia vir a ser. Piscando os olhos, varria o chão, que sabia ser verde, mas a que a proximidade e as sombras conferiam traços ora grotescos, ora poéticos. E assim se deixou ficar. Abandonada, num morno indefinido, à espera. De respostas ou da necessidade de as ter, tão morno que sentia, tão indefinida que estava. Apenas um enxerto, estranho, aos pés de um carvalho. Tal como quando tinha vindo para aquela casa. Um enxerto com as mesmas botas amarelas. E um livrinho, onde costumava desenhar nuvens. O resto? Tinha deitado fora. Alfredo Manuel Nunes dos Santos Castanheira 2012

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42 | NP | DESPORTO

NOTÍCIAS Masters do Circuito Juvenil 2012 Realizou-se nos dias 12 e 13 de Maio o tão esperado Masters 2012, deste Circuito Juvenil, com bom ténis e jogadas de alto nível. Na Final de Sub. 12 tivemos, Afonso Delgado, finalista vencido, e Tomás Monteiro, o vencedor, pelos parciais de 6/2. Nos Sub. 14 tivemos como vencedor Miguel Capelo, após uma final emocionante, frente a João Tocha. Destaca-se nesta final a recuperação do vencedor que estando a perder por 4 jogos a zero, foi ganhar por 6/4, fantástico Miguel! Para o ano haverá novo Circuito Juvenil, com alguns acertos nos moldes do evento. Em breve vamos editar e divulgar a cerimónia de entrega de prémios do Masters e afixar as fotos dos premiados. 5ª etapa Circuito Oriente Realizou-se neste passado

Os nossos

CLUBE TEJO

domingo, dia 22 de Abril, a 5ª etapa do Circuito Oriente. Dos 8 primeiros classificados apenas faltou o líder, Pedro Aço, e registou-se a presença de um novo jogador, Paulo Vendeirinho, que surpreendeu e chegou às meias finais. No fim venceu Nuno Antunes, já vencedor de uma etapa do circuito, sobre André Vieira, estreante em finais, por 6/3, subindo ao 1º lugar da classificação. A próxima etapa realiza-se no dia 19 de Maio. Festa dia 3 de Junho no Clube Tejo No dia 3 de Junho (domingo), entre as 15h e as 17h, haverá uma festa no Clube Tejo para os pais e crianças do Colégio Oriente onde participarão cerca de 200 pais e crianças, numa tarde com muitas actividades, entre elas, o Ténis, o Futebol e a Dança.

Craques NOME: Afonso Delgado IDADE: 12 CLUBE DE FUTEBOL: Sport Lisboa e Benfica CLUBE ONDE TREINA: Escola de Ténis Jaime Caldeira LIVRO: Enciclopédia Animal FILME: Johnny English ACTRIZ/ACTOR: Angelina Jolie TENISTA FAVORITO: Roger Federer À MESA: Pizza O QUE DIRIAS AOS POLÍTICOS: Para se despedirem CITAÇÃO PREFERIDA: Não tenho FUTURA PROFISSÃO: Algo relacionado com Desporto

NOME: Miguel Capelo IDADE: 14 CLUBE DE FUTEBOL: Sporting Clube de Portugal CLUBE ONDE TREINA: Escola de Ténis Jaime Caldeira LIVRO: Uma Aventura FILME: O Ditador ACTRIZ/ACTOR: Sacha Cohen TENISTA FAVORITO: Rafael Nadal À MESA: Bitoque O QUE DIRIAS AOS POLÍTICOS: “Vai trabalhar ó”… CITAÇÃO PREFERIDA: Nenhuma FUTURA PROFISSÃO: Engenheiro



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