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ANO XII - NR.68 - BIME ST RAL - DE Z12 - D IRE CTOR: MIGU EL FERRO MENESE S
“AS NAÇÕES FIZERAM DAQUI PARQUE” PRIMEIRO DOCUMENTO SOBRE A HISTÓRIA QUE NAÇÕES. “ENTRE CABO RUIVO E BEIROLAS, O
LISBOA ASSUME GESTÃO
PARQUE ESTÁ DESTINADO À GRANDE HISTÓRIA.
DIA 1 DE DEZEMBRO MARCOU O ASSUMIR DA GESTÃO DO PARQUE DAS NAÇÕES POR
TUDO O QUE EXISTE NO UNIVERSO DEIXA RASTOS.”
PARTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA. ANTÓNIO COSTA VISITOU AS
UM TRABALHO DESENVOLVIDO PELO PROF.
INSTALAÇÕES QUE SERVIRÃO DE APOIO, DURANTE ESTA FASE DE TRANSIÇÃO, ATÉ À
CARVALHO RODRIGUES. págs. 23, 24, 25 e 26
CRIAÇÃO DA FREGUESIA, DEPOIS DAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO DE 2012. págs. 4 e 5
PASSOU PELO TERRITÓRIO DO PARQUE DAS
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EDITORIAL | NP | 3
OBRIGADO PEGU – 14 anos ao serviço do PN. Não podia deixar de agradecer a toda esta equipa que, ao longo destes 14 anos, serviu a nossa comunidade. Que, ainda, hoje, sem saber que futuro os espera, continua a trabalhar com se fosse o primeiro dia. Que, no meio deste processo de transição, ainda com um futuro indefinido, para alguns deles, mantém a preocupação de assegurar os padrões de qualidade a que fomos
habituados, mesmo sabendo que a sua missão, de mais uma década, caminha em direcção ao fim. Por continuarem a sentir preocupação, neste virar de página, na história do Parque das Nações, provando que a sua actividade ia além da profissão. Que no meio de um dos, certamente, momentos mais tristes da sua actividade profissional, não quiseram deixar de se dirigir à nossa comunidade, numa mensagem de afecto, de agradecimento, de despedida (pág.12). Boa sorte a todos. Obrigado. A nossa história. Para terminar, não podia deixar de elogiar o excepcional trabalho do Professor Fernando CarvalhoRodrigues, ao mergulhar nas profundezas da história, conseguindo trazer à superfície o primeiro documento que concentra os principais momentos históricos relacionados com este território (pags.23, 24, 25 e 26). Várias vezes referi que os portugueses deixam a sua história fechada em gavetas, em vez de a deixar respirar. É fulcral para um povo conhecer, relembrar as suas raízes, o seu passado. Saber de que são feitos. Além de
unir a comunidade, é essa, também, a missão do jornal: Preservar e fomentar toda a história do nosso bairro. O Professor conseguiu provar que somos muito mais do que filhos da Expo´98, como poderão ler neste suplemento. Como tive a oportunidade de referir ao Professor: “foi, para mim, como director do jornal, uma honra poder publicar este seu magnífico trabalho. E é uma honra, como português, saber que existe alguém a cuidar deste nosso tão vasto e belo património com tamanha paixão. Obrigado. Miguel F. Meneses
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Homenagem. O Notícias do Parque foi homenageado pela Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, AMCPN, e pelo Rotary Club LisboaParque das Nações, no seguimento do seu 11.º aniversário. A AMCPN organizou, ainda, uma exposição com várias ampliações de páginas que marcaram o percurso do jornal. Foi muito gratificante esse reconhecimento, mas, acima de tudo, o carinho manifestado por todos, a este projecto. Carinho esse que não é mais do que um reflexo impresso, em cada uma das nossas páginas, provando a essência do nosso principal lema: “um jornal escrito pelos leitores”. Obrigado.
“Várias vezes referi que os portugueses deixam a sua história fechada em gavetas, em vez de a deixar respirar. É fulcral para um povo conhecer, relembrar as suas raízes, o seu passado. Saber de que é feito.”
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FichaTécnica Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Cátia Santos; Carmo Miranda Machado; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Teles Baltazar; Marco Neves; Rita de Carvalho. Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919
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Lisboa assume gestão No dia 1 de Dezembro, António Costa visitou as novas instalações que servirão de apoio à gestão do PN, por parte da Câmara Municipal de Lisboa. O Notícias do Parque publica uma carta, que o autarca escreveu, dirigida a toda a comunidade.
Caras e caros munícipes, No momento em que é criada, no Concelho de Lisboa, a Freguesia do Parque das Nações, quero dirigir-Ihes uma saudação calorosa, em especial aos novos munícipes de Lisboa e assegurar a todos que a CML tudo fará para que a instalação da nova Freguesia seja um sucesso. Nos termos da Lei n.Q 56/2012, de 8 de Novembro, a nova freguesia do Parque das Nações é delimitada a sul pela Avenida do Marechal Gomes da Costa, a nascente pelo rio Tejo, a norte pela mar-
gem sul do rio Trancão e a poente pela Avenida do Infante D. Henrique, Praça de José Queirós, Avenida da Boa Esperança, Rua do 1.º de Maio e pela linha de caminho-de-ferro, conforme mapa em anexo. Nos próximos meses será designada a Comissão Instaladora da nova Freguesia, para que a Freguesia do Parque das Nações entre em funcionamento pleno com as próximas eleições autárquicas de Outubro de 2013. Entretanto e por força do Decreto-Lei n.º 241/2012, de 7 de Novembro, a Câmara Municipal
de Lisboa passou a gerir o território do Parque das Nações, já a partir de 1 de Dezembro, nomeadamente, no que se refere à gestão e manutenção urbanas que têm sido asseguradas pela sociedade ParqueExpo S.A. De modo a garantir a manutenção da elevada qualidade do serviço que vem sendo prestado, foram prorrogados os diversos contratos em vigor, sucedendo a CML na posição contratual da ParqueExpo S.A. Gostaria ainda de salientar que a Câmara Municipal de Lisboa está à disposição de todos os Munícipes para prestar apoio e os esclarecimentos que sejam
necessários neste processo de transição. E a partir de 1 de Dezembro entrou em funcionamento um balcão de atendimento da CML, no antigo Edifício do IMTT - Rua do Professor Picard. Com a colaboração de todos, a constituição da nova Freguesia do Parque das Nações e a transição da gestão da ParqueExpo para o Município de Lisboa decorrerá da melhor forma. Com os melhores cumprimentos, António Costa
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6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN
Informações práticas sobre a transição para a nova freguesia entanto, esta alteração não tem qualquer efeito em termos de distribuição de correio. Os CTT continuarão a distribuir a correspondência, mesmo que as moradas mantenham as localidades anteriores. Assim, não é necessário solicitar a alteração de morada junto de qualquer entidade. No entanto, em contratos e contactos futuros, devemos indicar a nova localidade, tendo, no entanto, noção de que os sistemas informáticos demorarão algum tempo a actualizar os códigos postais. Com o tempo, todas as moradas serão actualizadas. A Freguesia do Parque das Nações tornou-se uma realidade jurídica, no dia 13 de Novembro. Esta nova situação, pela qual lutámos durante muitos anos, levanta algumas interrogações práticas, que tentaremos esclarecer o melhor possível, pelos meios à nossa disposição. As informações abaixo são dadas de forma provisória, enquanto não tivermos informações concretas das autoridades competentes. Gostaríamos ainda de sublinhar que a AMCPN continuará a pugnar pelos interesses dos moradores e comerciantes deste bairro, agora junto da Câmara e da nova Freguesia. O que irá acontecer agora? - A freguesia existe, juridicamente, a partir do 5.º dia após a publicação da Lei n.º 56/2012, ou seja, desde o dia 13 de Novembro. A partir dessa data, o Parque das Nações está no concelho de Lisboa. No entanto, a instituição em concreto da Freguesia (ou seja, a tomada de posse dos órgãos da freguesia) apenas ocorrerá após as eleições autárquicas do próximo ano. - Até lá, a gestão do Parque das Nações far-se-á directamente pela Câmara Municipal de Lisboa, sem intervenção das freguesias. Esta gestão iniciouse no dia 1 de Dezembro, quando a ParqueExpo deixou de assegurar a gestão urbana do Parque. A gestão urbana implicará, pelo menos, inicialmente, a manutenção de todos os contratos (de limpeza, etc.) actualmente em vigor. - Seis meses antes das eleições autárquicas, será nomeada pela Câmara de Lisboa uma comissão instaladora, que irá preparar as eleições e a instituição em concreto dos órgãos da freguesia. Esta comissão incluirá representantes das duas câmaras a que pertencia a área e ainda de cidadãos eleitores nomeados pela Câmara Municipal de Lisboa. Em relação às questões concretas, estas serão resolvidas, gradualmente, ao longo do próximo ano. Nomeadamente: - Morada: Todas as moradas do Parque das Nações passam para a localidade “Lisboa”. No
- Cartão do Cidadão: Ninguém é obrigado a mudar o cartão do cidadão, a não ser por decisão voluntária, até porque a indicação da freguesia já não existe no cartão. - Recenseamento: Quem já está recenseado como habitante do Parque (numa das três freguesias anteriores), ficará recenseado na nova freguesia, sem necessitar de fazer novo recenseamento. Quem não está recenseado nesta área, deverá actualizar a morada no cartão de cidadão (ou substituir o bilhete de identidade pelo cartão de cidadão, caso ainda não seja possuidor deste) o mais rapidamente possível. A criação das listas eleitorais será assegurada pela comissão instaladora da nova freguesia. Já não é possível efectuar recenseamento nas juntas de freguesia. Tudo se processa através do cartão de cidadão.
da freguesia assumam esta luta. Para já, algo é certo: não poderá haver argumentos para impedir o acesso de todos os habitantes do Parque das Nações às escolas desta freguesia. - Centro de Saúde: Iremos também continuar a acompanhar o processo de construção do Centro de Saúde do Parque das Nações. Em relação aos centro de saúde actuais, cada utente pode manterse no actual, se assim o desejar. Por fim, reiteramos que a AMCPN irá continuar a acompanhar o processo e tudo faremos para que
esta mudança, por que tanto lutámos, corra bem e sem sobressaltos. Para já, garantimos que o Parque das Nações continua intacto e unido, gerido como um todo. Quando a Freguesia estiver instituída em concreto, iremos ainda lutar para que proteja e defenda os interesses de quem aqui mora e trabalha. Estamos todos de parabéns, mas começa agora uma nova etapa da vida do nosso bairro. Estaremos todos atentos e empenhados! A Direcção da AMCPN
VIVER SEM SOLIDÃO - JANEIRO
- Água: A determinado momento, nos próximos meses, (provavelmente, muito em breve), as facturas da água passarão a ser emitidas pela EPAL, em todo o Parque das Nações. Tentaremos lutar para que o preço da água seja o do concelho de Lisboa. Iremos dar mais informações logo que possível. - Finanças, Conservatórias, Câmaras, etc.: A transição será feita oficiosamente, ou seja, de forma automática. Não é necessário pedir a alteração de morada junto das finanças, conservatórias, etc. Em relação aos impostos, é nosso entendimento que devem ser aplicadas todas as taxas e impostos correspondentes a Lisboa, mas iremos verificar esta informação de forma precisa o mais rapidamente possível. - Autocarros da Carris: A Carris deverá considerar todo o Parque das Nações como parte do concelho de Lisboa. Iremos lutar para que o valor dos passes sociais e bilhetes reflicta esta realidade o mais rápido possível. Nada impede que cada utente reclame, individualmente, pela reposição dos valores urbanos (e não suburbanos), referindo a Lei n.º 56/2012, que alterou os limites da cidade de Lisboa a partir do dia 13 de Novembro. - Escolas. Iremos continuar a lutar pela criação de mais escolas e pela a ampliação das já existentes. Iremos ainda tentar garantir que os futuros órgãos
Este projecto é promovido pela Cruz Vermelha Portuguesa delegação de Loures e Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, com o apoio da Fundação AXA Corações em Acção. Destinado a Pessoas com mais de 55 anos, que tenham autonomia, residam no Parque das Nações e que queiram inscreverse no programa “Viver sem Solidão” visando uma melhoria na sua qualidade de vida, através do convívio, lazer, aquisição e partilha de novas experiências e saberes. O Programa é também aberto a outras pessoas de acordo com os princípios da Academia Comenius, bem como a pessoas de comprovadas carências financeiras. O objectivo é Combater a solidão, isolamento e inatividade em que vivem muitos seniores, trazen-
do-os para uma acção construtiva, dentro da sua própria comunidade. Promover equilíbrio físico e psicológico através de atividades físicas e mentais, preferencialmente ao ar livre. Enriquecimento cultural através da partilha de experiências e saberes. Socializar, comunicar, informar… criando espaços abertos de partilha de emoções e vivências diárias. Integração social de pessoas carenciadas. Melhorar a qualidade de vida das pessoas. Uma das novidades para o ano de 2013 são as visitas a pontos importantes de Lisboa, programadas e guiadas pelo Prof. Francisco Pelejão Camejo e que decorrem, na 3.ª quinta-feira, de cada mês. Inscrições no local Contactos: telefone: 21 093 53 15 dloures@cruzvermelha.org.pt / geral@amcpn.com
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Rotary Club Lisboa-Parque das Nações homenageia Director do Notícias do Parque
O Rotary Club Lisboa-Parque das Nações homenageou, no passado dia 16 de Outubro, o Dr. Miguel Ferro Meneses, Director do jornal Notícias do Parque, como seu profissional do ano rotário de 2012/2013, pelo trabalho incansável e extraordinánio que vem desenvolvendo à frente do referido órgão de imprensa local, ao longo de 11 anos. Efectivamente, esta é uma justíssima homenagem, tendo em consideração o papel que o Notícias do Parque tem desempenhado enquanto órgão de informação e elo de ligação da comunidade do Parque das Nações. Papel esse que tem sido desempenhado com um alto padrão de profissionalismo e independência unanimemente reconhecido por todos. Num tempo em que a qualidade da notícia nem sempre é a melhor nem o objectivo fundamental, o Notícias do Parque tem conseguido manter-se como um jornal credível, para o qual o que conta é a autenticidade, a verdade da notícia, com um elevado respeito pela nossa comunidade. Além disso, a comunidade do Parque das Nações
sempre teve as páginas do Notícias do Parque à sua disposição nas muitas batalhas que tem travado ao longo destes onze anos, para a resolução dos seus problemas, como sejam a carência de equipamento escolar, recuperação da Marina, transportes, Centro de Saúde e criação da sua freguesia, entre outros. E fê-lo sempre com total isenção e independência, dando voz a todos os intervenientes nessas batalhas: moradores, governantes, autarcas, políticos, Parque Expo, entre muitos. Por tudo isto, o seu Director, Dr. Miguel Ferro de Meneses, tornou-se credor desta justa homenagem com que o Rotary Club LisboaParque das Nações o quis distinguir. A cerimónia teve lugar no decorrer duma reunião de jantar do Club, no Hotel VIP Executive Art’s. Além dos membros do Club estiveram presentes vários convidados, como o Professor Doutor Fernando Carvalho-Rodrigues, o Eng. Paulo Andrade, Presidente da Associação Náutica da Marina do Parque das Nações, representantes da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, bem como alguns familiares e amigos do homenageado. Parabéns e o nosso obrigado ao Notícias do Parque e, em especial, ao Dr. Miguel Ferro Meneses, seu Director. José Manuel Moreno Presidente do Rotary Club Lisboa-Parque das Nações
CLUBE PARQUE DAS NAÇÕES
Entrevista a João Luís da Escola de Futebol Nome: João Luís Idade: 14 anos Sendo dos atletas mais antigos do Clube o que significa para ti representar o Clube Parque das Nações? É sempre uma grande felicidade representar o CPN nas competições e convívios em que vamos participando. O que é que mais valorizas no funcionamento da Escola de Futebol do Clube Parque das Nações? Acho fantástico o ambiente de amizade e camaradagem entre todos os jogadores e treinadores. Dou, realmente, grande valor a isso. Qual o papel do futebol na tua vida? Claro que vibramos com os jogos das equipas das quais somos adeptos, por vezes até demais, mas quando somos nós mesmos a comandar o jogo é
diferente, e o mais importante passa de ganhar para participar e divertirmo-nos. No futebol como na maior parte das coisas tento divertir-me ao máximo. Aconselhavas a frequência da Escola de Futebol do Clube Parque das Nações aos teus amigos? Porquê? Sim, se a pessoa não tiver como objetivo vencer a Liga dos Campeões, pois neste clube, como já disse, destaca-se a amizade entre todos. Pensando bem, já se vai jogando melhor futebol no CPN. Consideras que o Clube pode ser a bandeira do teu bairro? Penso que sim. Todas as localidades têm algo ou alguém que as representa, por isso não vejo nenhum problema em o Parque das Nações ser representado pelo CPN, não só no futebol, mas também nas outras modalidades que pratica.
Escola de Ténis filiada na Federação Portuguesa de Ténis
A AMCPN possui, desde dia 17 de setembro, uma Escola de Ténis filiada na F.P.T.. Esta escola funciona nos campos de ténis cobertos do Colégio Pedro Arrupe, de 2ª a 6ªf, entre as 18h e as 22h e ao sábado entre as 9h e as 14h. A sua missão é oferecer um serviço de ensino-aprendizagem do Ténis, de elevada qualidade, a todos os seus alunos, procurando que o aluno, por um lado, desenvolva plenamente as suas competências de jogador e, por outro, adote um estilo de vida desportivo, ativo e saudável. A sua vocação é assumidamente a formação base (a partir dos 4 anos de idade), o enquadramento das primeiras etapas do percurso competitivo (a partir dos 8 anos de idade) e também o desportolazer/social. Após, apenas, pouco mais que 2 meses de funcionamento, a escola conta já com 30 alunos com idades a partir dos 5 anos até aos adultos. A escola conta com a Coordenação de Tiago
Salgueiro, licenciado em Ciências do Desporto (UBI, 2003), mestrando em Gestão do Desporto e em Ensino de Educação Física, e treinador há 10 anos com o nível II da F.P.T., e com a colaboração técnica do Marcos Ramalheira, licenciado em Ciências do Desporto (FMH-UTL, 2012) com especialização em Ténis e mestrando em Ensino de Educação Física, e do estagiário João Aguiar (curso de treinadores do nível I da F.P.T., em setembro do corrente ano, faz competição há 4 anos e é estudante de Gestão do Desporto na FMH-UTL). Para mais informação contacte: tenis@amcpn.pt / geral@amcpn.com / 966595380 No próximo número iremos divulgar algumas novidades e curiosidades sobre a nossa escola, sobre alguns alunos e sobre a modalidade. Vem conhecer-nos! Aproveitamos para desejar a todos os leitores Votos de Festas Felizes!
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COMUNICADO A partir do próximo dia 1 de dezembro, o Município de Lisboa passou a assegurar a gestão urbana do Parque das Nações, nos termos do Decreto-Lei nº 241/2012, de 6 de novembro. Ao longo dos últimos meses as equipas técnicas da Parque Expo Gestão Urbana do Parque das Nações e da Câmara Municipal de Lisboa desenvolveram, em estreita colaboração, as condições que permitem executar esta complexa operação de transferência da gestão urbana do território. Sem prejuízo das responsabilidades agora assumidas pelo Município, a Parque EXPO continuará a colocar à disposição da Câmara Municipal de Lisboa, a
experiência e conhecimentos dos seus colaboradores, durante o período de tempo adequado, para favorecer o processo de transferência, sem quebra da sua reconhecida qualidade. Paralelamente, estão em curso os trabalhos preparatórios para a transmissão dos serviços de fornecimento de água, no território de Loures, agora integrado na freguesia do Parque das Nações, para a EPAL, envolvendo representantes desta empresa e da Parque EXPO, estimando-se que essa operação se concretize em 1 de janeiro de 2013. Com a entrega à Câmara Municipal de Lisboa das competências, em matéria de gestão urbana, cumpre-se a missão de que foi incumbida a Parque
EXPO de promover a requalificação urbana e ambiental desta importante zona oriental de Lisboa, reconvertendo uma área profundamente degradada e poluída num território exemplar do ponto de vista urbanístico, cujo padrão de excelência tem servido de modelo e de inspiração a várias intervenções realizadas internacionalmente. Nesta oportunidade, queremos expressar um agradecimento aos nossos colaboradores, pela forma competente como asseguraram as suas funções, aos nossos prestadores de serviços, pelo seu compromisso, o reconhecimento pelo apoio recebido de inúmeras instituições e personalidades que connosco colaboraram nas tarefas de gestão urbana e manifestar o agrado pelas múltiplas referências elogiosas dos mais variados quadrantes à qualidade da execução dessas tarefas. Lisboa, 30 de novembro de 2012
Restaurantes locais distinguidos
Os restaurantes Italianos Valentino Expo (Zona Norte) e La Dolce Vita (Zona Centro) foram certificados pela Camera di Commercio Italiana, em Portugal, no âmbito do projecto "Hospitalidade Italiana”. Segundo a Camera:“O objectivo é o de dar a provar, a todos aqueles que sonham viajar até Itália, os sabores mais genuínos
do nosso País, através dos restaurantes italianos em Portugal, que hoje têm a possibilidade de certificar a sua própria “italianidade" e a qualidade dos produtos oferecidos, através de um selo "DOC". Para obterem a certificação de qualidade, os restaurantes terão que cumprir uma série de requisitos estabelecidos: dispor de uma ementa correcta-
mente escrita ou traduzida para italiano; ter pelo menos uma pessoa do staff que se saiba relacionar com o público em língua italiana; ter um cozinheiro formado, pelo menos em parte, em Itália ou com experiências de trabalho em Itália; dispor de uma carta de vinho composta por, pelo menos, 20% de vinhos italianos.
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Os novos lisboetas Por: Marco Neves - http://contrariar.certaspalavras.org
Somos agora todos lisboetas. Mas também somos todos diferentes. Depois de termos ficado, por fim, integrados no mesmo concelho, convém celebrar quem por aqui trabalha, estuda ou vive, mesmo que seja em jeito de caricatura. Somos estes – e, às vezes, somos muitos destes ao mesmo tempo.
ros; isto vai de mal a pior”. O exigente. Telefona a tudo e todos a exigir tudo e mais alguma coisa. Tem a certeza que todos têm obrigações, incluindo quem dá o seu tempo voluntário. Ele, claro, sabe como ninguém que não tem tempo. Se tivesse, isto não andava assim. Ai, não andava, não.
O culpado. Há que dizer: nestes 14 anos, a luta pela freguesia teve um rosto. É verdade que várias pessoas participaram nessa luta, algumas desde a primeira hora, outras um pouco mais tarde, e todas trabalharam, sem ganhar nada por isso, para que a freguesia fosse uma realidade – e fosse uma realidade para resolver os problemas de todos os dias, de cada um de nós. Mas ninguém tem dúvidas sobre quem esteve sempre na primeira linha, incansável na defesa do Parque. O principal responsável, por sermos agora uma freguesia de Lisboa, foi o primeiro habitante do nosso bairro: José Moreno.
O deslumbrado. Adora viver no Parque das Nações. Vê os pequenos problemas, mas também sabe que é um óptimo bairro para se viver. Todos os dias repara no rio, na ponte, nos espaços verdes e respira fundo – está feliz.
O ocupado. A vida é complicada. Sai de casa de carro, volta de carro, sobe de elevador, espera intimamente não encontrar ninguém. Às vezes sabe que há uma reunião de condomínio, mas desliga as luzes e respira baixinho. Talvez não reparem. Quando é preciso, também sabe queixar-se de tudo e todos. Mas só mesmo quando é preciso.
O emplastro. Há também quem nunca tenha feito nada por ninguém, mas, uma vez que se consiga alguma coisa, apareça logo, por trás dos ombros de todos, a garantir que estava lá desde a primeira hora e que sempre lutou por tudo aquilo. É possível. Sofre do síndroma do “homem invisível”.
O derrotista. Sabia desde o início que nada se conseguiria. Andam a lutar por uma freguesia? Primeiro: “para quê?” Uma vez explicado, segue-se o: “isso é impossível”. Depois, uma vez conseguida a freguesia: “isso é por causa de interesses obscu-
O distraído. Acorda em Lisboa e nem sabe bem como. Passa os dias a criticar a falta de empenhamento social dos vizinhos, mas nem sequer abre o Notícias do Parque e nem imagina o que se faz no seu próprio bairro.
O morador desconhecido. Não há chama nem soldado, nem devia haver. Mas tanta gente continua, apesar de tudo, a trabalhar, a andar pela cidade, a entrar em casa, cansada, para abraçar os filhos, a tentar perceber como há-de conseguir abrir a loja no dia seguinte, como há-de enfrentar os problemas dos dias, como há-de falar com os colegas ou clientes, como há-de avançar e criar a sua vida diaa-dia – e, às vezes, distraem-se e, apesar de tudo, ainda sorriem e tiram algum prazer destes dias (parece cada vez mais raro – e por isso tão precioso). Todos esses fazem as suas vidas, e alguns têm paciência para ainda participar em lutas locais, ou em causas nacionais, enquanto outros o fazem noutras frentes. Há muito mais participação e empenho do que julgamos – só que espalhados por sítios diferentes e, por vezes, concentrados nos difíceis dias das nossas vidas pessoais, por que todos passamos, mais tarde ou mais cedo. Por isso, nem sempre nos vemos uns aos outros, mas aqui estamos todos, agora numa só freguesia, num só bairro, numa só cidade, à espera dos outros dias que aí vêm.
O recém-nascido. Ainda não percebe nada disto. Nasceu há pouco tempo, não sabe os nomes das ruas, das freguesias e das cidades – mas sabe que isso interessa pouco perante os rostos dos pais e perante a enormidade do que aconteceu: ter nascido. Essa é a grande aventura – e pelo caminho vamos lutando e distraindo-nos com o que é preciso e com o que gostamos. Na minha casa, chamamos-lhe Simão e agora passo os dias a pensar nele (mesmo enquanto escrevo uma crónica para o nosso jornal).
Marco Neves
BOAS FESTAS E UM ÓPTIMO 2013 A sua farmácia não fecha para almoço
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DIAS DE SERVIÇO PERMANENTE (DIA E NOITE)
Horário de funcionamento: 2ª a 6ª das 9h às 20h | Sábado das 9h às 14h
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VILA EXPO | JARDIM DOS JACARANDÁS | TELEFONE: 21 894 70 00 / 01
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A equipa da GEURBANA agradece a todos os moradores, comerciantes, visitantes, fornecedores e prestadores de serviços que, ao longo dos anos, dia após dia, com as suas intervenções, sugestões, trabalho, palavras de apreço e incentivo contribuíram para a construção do espaço de referência que é o nosso PARQUE DAS NAÇÕES. Para todos um “Bem haja!” e um “Até sempre!”
Pense em Si! Nós gerimos o seu Mundo! A Lithoespaço, Administração de Condomínio e Multiserviços, Lda. nasceu no ano de 1997, tendo como objetivo a oferta de um conjunto de serviços de máxima qualidade ao melhor preço onde profissionalismo, integridade, eficiência e eficácia são valores com que nos regemos diariamente. A Lithoespaço desempenha funções em três áreas de atividades que são complementares: Gestão de Condomínios, Serviços de Limpeza e Conservação e Manutenção de Serviços.
podemos ser contatados pelo telefone 218936070 e pelo fax 218940341. Estamos também disponíveis através do email: geral@lithoespaco.com e na nossa página na internet: www.lithoespaco.com. A Lithoespaço é uma empresa que se destaca pelo seu crescimento constante, conquista de novos clientes e, um motivo de orgulho para nós, é mantermos um número significativo de condomínios connosco, desde praticamente o início da nossa constituição na nossa carteira de clientes. Devido ao nosso crescimento já fomos forçados a mudar de instalações no pasA Lithoespaço tem as suas instalações nas Galerias Rio Plaza, sito na Rua sado e este ano expandimo-nos ao adquirir a fração anexa à nossa. O das Galés Lote 4.43.01 X, 1990-612 Parque das Nações, em Lisboa, nosso lema é “Pense em Si! Nós gerimos o seu Mundo!”
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14 | NP | LOCAL
Linhas sobre Rodas Navigators Sports Club Com apenas um mês de existência, o Linhas sobre Rodas já é considerado um sucesso em Lisboa e vai expandir a sua zona de actuação dando resposta às necessidades da comunidade do Parque das Nações.
Segundo a SEA:“O Linhas sobre Rodas oferece um serviço de excelência e vem preencher uma necessidade no seio da comunidade do Parque das Nações, até aqui sem resposta, que permite facilitar e melhorar a qualidade de vida de uma população muita activa, sujeita a pressões diárias, e com pouco tempo para se dedicar às lidas da casa, nomeadamente, à costura.” Este projecto foi criado em parceria com a Fundação EDP | Social Lab e a SEA – Agência de Empreendedores Sociais e é um negócio social que vem dar resposta a um problema social detectado na Mouraria em Lisboa. O projecto nasce da identificação conjunta de uma
oportunidade comercial e de um desafio social ainda por resolver - a integração no mercado de trabalho de costureiras experientes, mas em situações vulneráveis e a geração de receita para assegurar a sustentabilidade do projeto. No que diz respeito às costureiras, a SEA refere que “trabalha com costureiras experientes e apaixonadas pela sua profissão, que já desenvolveram diversos trabalhos de costura, incluindo para o programa Querido Mudei a Casa. Os arranjos são efectuados a partir de suas casas, de acordo com as instruções dos clientes. A estafetamedidora, formada em costura, desloca-se de mota para ir ao encontro dos clientes e formali-
zar o pedido.Tira as medidas, dá conselhos, regista todas as indicações do cliente e recolhe as peças a necessitarem de arranjo. Após o trabalho executado, faz a entrega no local acordado com o cliente. Todo o acompanhamento é personalizado o que permite criar um relacionamento de proximidade e confiança com o cliente.” O pedido pode ser efectuado, através do preenchimento de um formulário online, disponibilizado no website (www.linhas.pt), ou através de contacto telefónico. Nesse momento, o cliente apenas tem que especificar qual o tipo de arranjo que necessita, bem como o horário e local de recolha que mais lhe convém. Após confirmação do pedido, a lógica do serviço é muito simples: é feita a recolha, o arranjo pela costureira, e a entrega do trabalho final.“Tudo isto sem ter que se preocupar com nada. Apenas necessita de escolher os horários e locais de recolha e entrega”, segundo explica a SEA.
A ideia é autonomizar as actividades desportivas e culturais das actividades cívicas da AMCPN com a criação de uma nova marca: o Navigators Sports Club, mantendo a mesma estrutura do clube anterior. O novo logotipo foi adaptada à nova marca mantendo a referência original. Este clube conta já com a Escola de futebol, Escola de Guarda
O Clube Parque das Nações, fundado pela Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, AMCPN, passa a ser Navigators Sports Club. redes, Ginástica acrobática, ginástica de manutenção para adultos, Judo,Ténis e, em breve, aulas de Skate. A ginástica acrobática
O deputado do PSD, António Prôa, visitou o Parque das Nações na véspera da passagem de gestão para a Câmara Municipal de Lisboa. O deputa-
do declarou que “por razões de inércia do estado tardou esta decisão que era vontade, já de longa data, da comunidade”. Declarou, ainda, que “teve a
www.amcpn.com
O Parque das Nações, em Meias!
Visita do PSD ao PN sorte de fazer parte deste processo que levou à criação da freguesia e de ter partilhado esta luta com a grande responsável desta vitória que foi a Associação de Moradores e Comerciantes do PN, dando um grande exemplo de cidadania, durante todo este processo. São exemplos destes que fazem uma cidade melhor, um país melhor, inspirando os políticos a serem mais competentes.” O deputado concluiu a visita alertando para o desafio da futura gestão, deixando o apelo para que se preservem os padrões de qualidade que devem ser um exemplo para o resto da cidade de Lisboa.
conta com mais de 300 atletas, alguns deles campeões nacionais.
Promovida pela AMCPN, tratase da terceira e última exposição inserida no Festival do Parque das Nações 2012 e teve a sua inauguração no dia 29 de Novembro, no HOTEL VIP ART’s, no Parque das Nações. Tratou-se de uma mostra de Arte Fotográfica de Euclides Delgado, que aceitou o desafio colocado pelo criativo Figueiredo
Costa, numa experiência de incursão à dimensão simbólica dos objetos, traduzida em figurações plásticas de meias de criança e de senhora. “Um estendal de roupa montado no local, causa no visitante um sentimento de estranheza e um certo desassossego perante esta provocação”, segundo Figueiredo Costa. “A ideia cen-
tral configura uma relação estreita entre os meios pedaços da vida do Parque das Nações, e as Meias verdades diurnas e noturnas. Os pares de fotografias dos múltiplos objetos – meio dia, meia noite – por entre outros tantos pares de Meias com cheiros diferenciados, não são mais que pedaços desses lugares que encarnam uma mensagem de provocação estética, mais que um desafio à criatividade e à imaginação.” Segundo Figueiredo Costa, “a ironia da mensagem final de todas as Meias, reveste os passos de todos os visitantes, numa formulação de convite à incursão do prazer de ver diferente, conseguindo elevar bem alto a qualidade das suas iniciativas culturais, numa leitura de síntese, entre o emblemático e o virtuosismo.”
16 | NP |
Deputado visita escola
A AMCPN, Associação de Moradores e Comerciantes do PN, convidou o deputado do CDS/PP João Gonçalves Pereira, a visitar a Escola Básica Parque das Nações, com o objectivo de sensibilizar o político para a urgência da construção da 2.ª fase, de forma a concluir o projecto e a atenuar a insuficiente oferta do parque escolar, desta zona. Nesta visita, entre alguns membros da escola e encarregados de educação, estiveram presentes: José Moreno, presidente da AMCPN, José Teles Baltazar, da AMCPN e promotor do encontro, Maria José Soares, presidente do Agrupamento de Escolas Eça de Queirós e Jorge Bonito, da associação de pais e autor do projecto de arquitectura da escola. O encontro passou pela apresentação da escola ao deputado, seguida de uma reunião. Durante a reunião o deputado João Gonçalves Pereira foi inteirado do dossiê ao pormenor. Planta do projecto da 2.º fase, valor do investimento, número de alunos que não se conseguem matricular actualmente e qual a gravidade do cenário futuro, caso a 2.ª fase do projecto não avance rapidamente. Maria José Soares explicou que se está a fazer tudo o que está ao alcance para se resolver o problema e o deputado deixou a promessa que iria, junto do Ministério da Educação, tentar perceber o que se passa. Referiu, ainda, que tendo noção do crescimento do Parque das Nações, as estruturas escolares têm, obviamente, que ser adaptadas a esse crescimento. Parque escolar – Ponto de situação A ESCOLA BÁSICA VASCO DA GAMA, criada pela Portaria nº 745/99 de 26 de Agosto, tem a sua ocupação esgotada funcionando em turno duplo, com 3 grupos do pré-escolar; 10 turmas do 1º ciclo (sendo 3 de 4º ano); 8 turmas do 2º ciclo (sendo 4 do 5º ano) e10 turmas do 3º ciclo, num total de 18
turmas de 2º e 3º ciclos. Não foram admitidos, no presente ano lectivo, 57 candidatos ao 1º ciclo e 58 candidatos ao 5º ano. A ESCOLA BÁSICA DO PARQUE DAS NAÇÕES foi inaugurada a 17 de Dezembro de 2010, concluída a 1ª fase da obra. O Estado Português e a Parque Expo celebraram em 4 de Setembro de 2009, um contrato que tinha por objecto, entre outros, a prestação de serviços de coordenação e gestão da operação de construção da Escola Básica Integrada da zona sul do Parque das Nações. Posteriormente, em 13 de Maio de 2010, foi celebrado um acordo de revogação, tendo o Estado Português passado a assumir todos os procedimentos de contratação pública no âmbito do projecto em referência. O projecto foi concebido com o objectivo da edificação das instalações escolares em 2 fases distintas. Na 1ª fase foram garantidas as salas para o Jardim de Infância e 1º ciclo, prevendo a 2ª fase a concretização das salas do 2º e 3º Ciclos, bem como refeitório, biblioteca e instalações desportivas comuns a todos os níveis e ciclos de educação ensino. A Escola Básica Integrada do Parque das Nações foi, assim, edificada com os contributos da PARQUE EXPO, DRELVT e CML e consuma um legítimo anseio da população do Parque das Nações. Este estabelecimento de educação e ensino, que foi devidamente apetrechado, mediante o empenho,
esforço, apoio e participação das entidades envolvidas, numa primeira fase, funciona apenas com PréEscolar e 1º ciclo. Actualmente, no ano lectivo 2012/2013, funciona em regime normal, com: 4 grupos do pré-escolar, 9 turmas do 1º ciclo, sendo 2 do 1º ano, 3 do 2º ano, 3 do 3º ano, 1 do 4º ano. Não foram admitidos, no presente ano lectivo, 39 candidatos ao 1º ano. Há a expectativa de o actual edifício ser ampliado, passando a funcionar, também, os 2º e 3º ciclos do ensino básico, com cerca de 30 salas de aula e um total previsto de quase 1000 alunos, proporcionando, assim, o percurso sequencial dos alunos que a frequentam. Neste contexto, não se realizando a 2ª fase da obra, fica inviabilizada a sequencialidade dos alunos na mesma escola. O percurso dos alunos pode prosseguir, no agrupamento, tendo em consideração que: No ano lectivo 2013/14 há 47 crianças a frequentar actualmente a educação pré-escolar, que estarão em condições de entrar no 1º ciclo e, apenas, poderemos abrir, no máximo, uma turma do 1º ano. Não se podendo alterar o número total de turmas existentes, uma turma vai para o 5º ano, na escola Vasco da Gama, mas inviabilizará a entrada de novos alunos no 5º ano, visto haver 3 turmas na escola Vasco da Gama a concluir o 4º ano. (Informação cedida pelo agrupamento de escolas Eça de Queirós)
“Há a expectativa de o actual edifício ser ampliado, passando a funcionar, também, os 2º e 3º ciclos do ensino básico, com cerca de 30 salas de aula e um total previsto de quase 1000 alunos, proporcionando, assim, o percurso sequencial dos alunos que a frequentam..”
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Construção da Igreja As obras para a construção da Igreja do Parque das Nações, na Zona Norte, serão iniciadas muito em breve e o tempo previsto de construção é de 16 meses. Os donativos continuam a decorrer e uma das formas de os fazer é através das declarações de IRC e IRS ou para o NIB: 003503790000131743042. Fica um breve resumo desta obra que, como a própria Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes refere: “é de todos nós.” A Igreja terá cerca de 630 lugares sentados, possuindo espaços para pessoas em pé, que lhe permitirá ter uma lotação máxima de cerca de 1.300 pessoas. Existirão, na Igreja, dois espaços ("baby sitter"), com isolamento acústico, destinados e reservados para as crianças mais pequenas. Para as celebrações mais pequenas, existirá uma Capela do Santíssimo Sacramento com cerca de 40 lugares sentados. Terá ainda três Confessionários, Sacristia e outros espaços de apoio. No piso inferior compreenderá duas Capelas Mortuárias com as respectivas antecâmaras, com capacidade individual para 20 pessoas sentadas e 30 pessoas em
pé. A Igreja terá uma arquitectura sóbria, mas singular, destacando-se a sua luminosidade. Como Instalações adjacentes terá 2 edifícios: O Edifício Adjacente Poente com: Cartório e Serviços Gerais com 3 Gabinetes; Centro Pastoral com: Espaço multifuncional com cerca de 220 m; 25 Salas de Reuniões com 30 a 60 lugares sentados; 7 Salas de Catequese / Formação com 20 a 35 lugares sentados; Sede de Escuteiros com 5 Salas e armazém na cave; Residência Paroquial para sacerdotes. E o Edifício Adjacente Nascente com: Sala Polivalente com cerca de 300 m2.
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18 | NP | OPINIÃO
Quarto com vista Escrevo esta crónica numa tarde cinzenta. A chuva bate na janela e vou, mais vezes do que as necessárias, à minha janela... Dela avisto o rio e a ponte e as árvores e, ao fundo, a Torre Vasco da Gama, hoje transformada num hotel de luxo. Gosto de hotéis. E olho para este com gulodice exagerada. Própria dos seres que gostam de experimentar novos sabores. Fui saber que sabores tinha este hotel para me oferecer. E, no meu sonho, comecei com calma e terminei em beleza (num programa de duas noites em quarto single por parcos 600 euros com direito a massagem, esfoliação corporal e tratamento facial), após ter sido rainha por dois dias (por apenas 640euros, tive direito a personal shopping e serviço de motorista em carro de luxo) na companhia do par perfeito (por meros 650euros para duas noi-
tes em quarto single com direito a massagem de noventa minutos na suite vip). Mas acordei do meu sonho e constatei que os dias que correm não estão propriamente para sabores tão exóticos. Logo eu, que já tive o privilégio de dormir com vista para muitas coisas espalhadas pelo mundo a preços muito mais ecológicos... dei por mim sem conseguir explicar esta minha vontade de sair de casa e de me instalar num dos quartos, com vista para o Tejo, do hotel que vejo da janela. Apenas porque sim. Ou porque simplesmente são os quartos de hotel que me transportam para o sonho. Logo eu, que já tive a sorte de adormecer, cansada, após intensos dias de descoberta, tendo a Acrópole como pano de fundo; eu, que passei noites em claro num quarto de Budapeste, por onde o Danúbio entrava a toda a hora; eu, que acordei feliz a olhar para o Coliseu
“Logo eu, que já tive a sorte de adormecer, cansada, após intensos dias de descoberta, tendo a Acrópole como pano de fundo; eu, que passei noites em claro num quarto de Budapeste, por onde o Danúbio entrava a toda a hora; eu, que acordei feliz a olhar para o Coliseu em Roma...”
em Roma; eu, que nunca consegui pregar olho num hotelzinho pacato estrategicamente localizado com vista para o Taj Mahal; ou em Agra; ou no simples quarto em frente ao Ganges em Varanasi; ou na pensão mais que económica com vista para a praça Jam El Fna em Marraquexe; ou a olhar o Cristo Salvador em Copacabana; ou ainda no pacato hotel de Istambul com vista para Santa Sofia; ou na pensão de Telavive com quarto aberto para o mar ou na de Jerusalém virada para a sinagoga ou naquela hostal no Bronx, em Nova Iorque, e em cima do mundo ou simplesmente a ver nevar sobre o castelo de Edimburgo. E regresso ao Tejo. Eu, a quem poucas coisas na vida enchem tanto a alma como acordar num quarto com vista num qualquer local do mundo, adormecerei hoje a pensar que o que me apetece, realmente, é acordar em Lisboa, num quarto
com vista para o Tejo Carmo Miranda Machado
(Escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico)
“A Arte de Liderar” “O essencial da arte de liderar reduz o nível de complexidade das nossas ações, tornando, assim, mais fácil compreender o impacto dessas ações nos resultados subsequentes.”
O objetivo principal da arte de liderar consiste em realizar tarefas úteis através do exercício do poder da liderança. Sendo assim, pretendo neste artigo de opinião abordar qual deve ser a melhor forma de pessoas, grupos e organizações atingirem os seus objetivos através desta arte tão antiga. Em rigor, as pessoas, os grupos e as organizações, para realizarem as suas tarefas devem fazêlo de uma forma muito simples, ou seja, devem saber realizar, acima de tudo, o que é essencial! No entanto, embora a solução pareça simples e evidente, a sua aplicação torna-se extremamente difícil na prática, já que requer um tipo especial de gestor, um gestor que seja também um líder poderoso e eficiente. Para se realizar o que é essencial deve-se fazer apenas o que é preciso, ignorando o que não interessa e valorizando o essencial de cada tarefa. Aliás, é preciso reduzir a complexidade das tarefas e concentrar todo o
esforço no essencial de cada uma delas. Estas ideias chave devem ser aplicadas no dia-adia empresarial, político, de negócios e outros, já que cada um destes meios são constituídos por várias situações, acontecimentos, oportunidades, ameaças e crises. Deve-se, pois, atender ao que é essencial para se poder responder eficazmente a qualquer mudança. Nesta linha de pensamento, a arte de liderar permite afastar o que é desnecessário para se atingir o que é essencial em cada situação. Não se deve perder tempo com o acessório, já que a única visão a ter deverá ser unicamente virada para o essencial. Na verdade, realizar o que é essencial reduz a complexidade das situações e aumenta a capacidade de controlar o que pode vir a acontecer. Diria, por isso, que controlar e compreender o que poderá vir a acontecer, permite-nos exercer uma liderança sólida e eficaz.
A arte de liderar exige a nossa concentração naquelas atividades que necessitam de aperfeiçoamento. Por essa razão, além da concentração, deverá haver uma liderança forte, já que cada acontecimento, cada desenvolvimento, cada resultado, poderá ser controlado se for apercebido em tempo. No entanto, sob as condições de incerteza existentes no mundo real, e com a crise que o País está a atravessar, o melhor que se pode fazer é determinar as probabilidades do que pode vir a acontecer. Com efeito, determinar probabilidades, em vez de se ignorar factos, mantém o sucesso em perspetiva e incentiva as pessoas a assumirem riscos calculados e nunca outra coisa qualquer. Na arte de liderar, deve-se ter em conta todos os factos e acontecimentos, os sucessos e os fracassos, uma vez que ambos contribuem para a aprendizagem através de experiências vividas. O
essencial da arte de liderar reduz o nível de complexidade das nossas ações, tornando assim mais fácil compreender o impacto dessas ações nos resultados subsequentes. Por esse motivo, deve-se gerir melhor as várias atividades para se poder atingir o essencial de cada tarefa. Perante a ocorrência de um fracasso ou de um sucesso, deve-se fazer sempre uma análise de todos os elementos importantes, posteriormente à ação, para se poder colher a informação necessária sobre a forma de melhorar a nossa atuação. A arte de liderar poderá ser desenvolvida com o tempo e, após diversas experiências vividas, mas, para tanto, deve haver vontade e força para se ultrapassarem as diversas dificuldades. Artigo de opinião por: Hirondino Isaías
(ao abrigo do novo acordo ortográfico)
SEGURANÇA | NP | 19
Ser polícia Nesta edição do Jornal Notícias do Parque, a Rita Vitorino teve a amabilidade de me convidar para a sua entrevista. Gostei muito de fazer parte deste leque de entrevistadas, penso que foi muito enriquecedor para ambas. Durante a entrevista ficou bastante admirada pela complexidade das nossas funções e, por vezes, debati-me com alguma dificuldade em explicar a panóplia de tarefas que temos diariamente. Penso que é geral a toda a população uma ideia genérica da função policial, contudo fazemos muito mais coisas do que podem imaginar.Assim comprometi-me a falar, nesta rubrica, um pouco mais da Polícia e das suas funções. A PSP tem por missão assegurar a legalidade democrática, garantir a segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos da Constituição e da lei, esta é a base da nossa missão. Podem ver todas as nossas funções discriminadas no site da PSP que convido todos a visitar. Esta é uma ideia muito generalista que vos posso dar, mas esmiuçando melhor, temos muito mais missões do que vos possa ocorrer.Temos como função prevenir a criminalidade em geral, promover e garantir a segurança rodoviária, garantir a execução dos actos administrativos emanados por autoridade competente como, por exemplo, tribunais e demais forças e serviços de segurança. Visamos igualmente proteger, socorrer e auxiliar os cidadãos, defender e preservar os bens que se encontrem em situações de perigo por causas provenientes da acção humana ou da natureza, garantir a segurança nos espectáculos, prevenir e detectar situações de tráfico e consumo de estupefacientes.Temos ainda competência para licenciar e efectuar o controlo de armas, munições e explosivos que não pertençam às forças armadas e de segurança, garantir a segurança pessoal de altas entidades nacionais e estrangeiras e de outros cidadãos sujeitos a ameaça relevante. Para finalizar este leque de competências, contribuímos também para a formação e informação em matéria de segurança de todos os cidadãos, são estes alguns exemplos da nossa função. A missão desta Esquadra é mais circunscrita e o Modelo de Policiamento que seguimos é o que caracteriza a nossa Polícia, um policiamento de proximidade. Penso que mais importante do que referir o dia-adia de um elemento policial do Parque das Nações é explicar as várias valências desta esquadra e que estão ao dispor do cidadão que, por desconhecimento, não recorre aos nossos serviços. No âmbito do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade (MIPP), esta Esquadra tem elementos adstritos às Equipas de Proximidade e de Apoio à Vítima (EPAV) e Equipas do Programa Escola Segura (EPES), que receberam formação específica para o desempenho das missões que lhes estão adstritas. As nossas EPAV são responsáveis pela segurança e
“As escolas e demais serviços de educação escolar do Parque das Nações sabem que podem contar com a nossa colaboração para leccionarmos acções de sensibilização de variados temas como a educação rodoviária e comportamentos de segurança aos mais pequenos, o Bullying e Cyberbullying, sobre o álcool e droga, e ainda sobre a violência no namoro.”
policiamento de proximidade em todo o Parque das Nações, pela prevenção e vigilância em áreas comerciais, vigilância em áreas residenciais, prevenção da violência doméstica e abandono dos idosos, identificação de problemas que possam interferir na situação de segurança dos cidadãos e pela detecção de cifras negras, daí eu estar constantemente a apelar a colaboração de todos vós no sentido de dotarem estes elementos com mais e mais informação sobre as nossas ruas. As EPES, à semelhança das EPAV, são responsáveis pela segurança e vigilância nas áreas escolares, prevenção da delinquência juvenil, detecção de problemas que possam interferir na situação de segurança dos cidadãos e pela detecção de cifras negras no seio das comunidades escolares. Ambas as equipas promovem inúmeras acções de sensibilização junto das suas populações alvo. Por exemplo, sempre que um comerciante sentir necessidade de algum esclarecimento relativo à segurança do seu estabelecimento ou dos seus funcionários, não se deve coibir de nos colocar as suas dúvidas, teremos todo o gosto em dotar todos os proprietários de conhecimentos que consideramos fundamentais, úteis e, por vezes, simples que possam melhorar a segurança da loja, clientes e funcionários. As escolas e demais serviços de educação escolar do Parque das Nações sabem que podem contar com a nossa colaboração para leccionarmos acções de sensibilização de variados temas como a educação rodoviária e comportamentos de segurança aos mais pequenos, o Bullying e Cyberbullying, sobre o álcool e droga, e ainda sobre a violência no namoro. Este programa dinamiza alguns desafios que visam estreitar ainda mais a relação entre a Polícia e os alunos, como exemplos os habituais concursos de Natal e de Carnaval abertos a todos os estabelecimentos de ensino do Parque das Nações (rapidamente informo que este ano os trabalhos das escolas serão expostos no IPJ, de 14 de dezembro a 04 de Janeiro). Em suma, a actividade das Forças de Segurança está sujeita ao interesse e exigência da sociedade a cuja protecção se destina, pois trata-se, sem dúvida, do exercício de um serviço público, a favor da comunidade, pois os direitos dos cidadãos consti-
tuem simultaneamente "limite" e "fim" da nossa acção. Espero não ter sido demasiado sucinta, talvez tenha deixado alguns conceitos policiais de difícil interpretação, mas temos esta Esquadra sempre à disposição de todos os cidadãos para atender
todas as suas dúvidas. Cátia Santos - Subcomissário 40ª Esquadra - Parque das Nações Rua Ilha dos Amores, lote 57 - B, 1990-271 Tel: 218955810 Fax: 218 955 811
20 | NP | OPINIÃO
NORTE Freguesia do Parque das Nações Uma conquista que representa em definitivo, a união de todos os expoentes, mas agrada principalmente aos novos munícipes que finalmente vivem na capital. E será positivo para os novos fregueses, habitantes dos bairros e blocos habitacionais a poente da linha férrea, que se juntam ao Parque e a quem dou as boas vindas. A nós, novos munícipes, assistem-nos algumas dúvidas afetas à equiparação com o cidadão lisboeta. Já é sabido que as tarifas da água ajustam às da Epal, mas tarda o esclarecimento sobre sermos, de imediato, contemplados com as vantagens fiscais anunciadas por Lisboa. É público que Loures garantiu o nosso Imi referente a 2013. Nem interessa quem o recebe, o importante é garantir que somos imputados pelas taxas menores. Os utilizadores de táxis, reclamam da permanência injustificada das mal-amadas placas de “alteração da tarifa”. Outra questão recorrente prende-se com o recenseamento eleitoral. Para nos tornarmos eleitores da futura freguesia, os que ainda não o fizeram, ainda têm de se recensear numa das juntas agora vizinhas, até 6 meses antes das próximas eleições autárquicas. Vale a pena, em Outubro, pela 1ª vez, podermos eleger órgãos de soberania local com responsabilidade futura na nossa gestão pública ou administrativa, ao mesmo tempo que influímos nos destinos da agora nossa cidade. Para os céticos das vantagens de uma freguesia própria, relembro que com a extinção da Parque Expo e a reforma do poder local, veremos transferido um novo leque de competências e verbas, fundamental para acautelar o nível de serviços prestados. Até lá, vem aí a Comissão Instaladora. Um ramalhete de rosas? A nossa é uma Freguesia criada por desagregação face às de origem. Mas a receita para a composição da comissão é similar à utilizada para órgãos que resultam da agregação entre várias freguesias. Nomeada pela CML, a Comissão Instaladora vai integrar representantes de cada uma das câmaras, das assembleias municipais, das juntas e das assembleias de freguesia. Pronto, manda a lei, mas fora esse pormenor não se justifica nomear para a comissão do Parque das Nações, membros dos executivos de Loures que foram contra a sua formação e que nem nada podem contribuir para a sua gestão futura. Poderiam muito bem ser substituídos por técnicos da Parque Expo, que pelo menos, acrescentariam know-how local. Já a presença da junta dos Olivais é necessária para acompanhar a transição do território de que decidiu prescindir. Também serão nomeados cidadãos eleitores da área da nova freguesia, em número superior aos restantes elementos da comissão. Sabendo que, à exceção do plenário de Lisboa, todas os órgãos em questão são dirigidos pelo PS e a tendência habitual é escolher dentro da cor política, espera-
se que não excluam moradores ativos com outras simpatias partidárias. Para ser representativa dos moradores, a comissão deverá incluir membros da direção da AMCPN, dos grupos desportivos e culturais assim como representantes das comunidades escolar e paroquial. Sem esquecer associações de moradores como a da Quinta das Laranjeiras. A nova junta funcionará em pleno no início de 2014, exercendo as devidas competências, como a manutenção de espaços verdes, pavimentos pedonais, sinalização viária, equipamentos sociais, culturais, desportivos e infantis públicos; o licenciamento publicitário; a limpeza das vias e espaços públicos. Publicidade Exterior no Parque Na ótica de profissional desta atividade, o Parque é exemplo de contenção publicitária exterior, com restrições ao nível do praticado em zonas turísticas de excelência, como Belém e Terreiro do Paço. Desde 98 que a JCDecaux detém um contrato exclusivo da publicidade exterior (seniores/mupis) na zona de intervenção da
Expo, acordo duradouro que transita para a esfera da CML. O alargamento, a poente, da futura freguesia, em termos de posicionamento vai beneficiar a concorrente Cemusa que, face ao monopólio da operadora francesa, havia reforçado a sua presença nas imediações e acessos do Parque. Já eram posições estratégicas na composição das suas redes, mas agora são um argumento de peso junto de anunciantes, pois “passaram a estar” no Parque das Nações. A estratégia comercial seguida em relação a outros formatos (pendões/painéis/lonas) evitou cair no exagero pela massificação. Para obter receita, a Parque Expo recorreu ao licenciamento de ações promocionais esporádicas, tipo roadshows com utilização de espaços volumétricos e animações diversas ou associadas a eventos desportivos. Inclusive, a propaganda política nunca foi permitida e espero que a bem da estética visual assim continue. Nota – Sinto-me seguríssimo num bairro que tem 2 esquadras, iluminação noturna nas áreas menos movimentadas, onde não há memória de atos por quadrilhas organizadas e o crime é limitado a furtos ocasionais. Com a instalação do Campus da Justiça, recebemos muitos criminosos, mas de passagem e de preferência em viaturas
“Para ser representativa dos moradores, a comissão deverá incluir membros da direção da AMCPN, dos grupos desportivos e culturais assim como representantes das comunidades escolar e paroquial. Sem esquecer associações de moradores como a da Quinta das Laranjeiras. A nova junta funcionará em pleno no início de 2014, exercendo as devidas competências, como a manutenção, de espaços verdes, pavimentos pedonais, sinalização viária, equipamentos sociais, culturais, desportivos e infantis públicos; o licenciamento publicitário; a limpeza das vias e espaços públicos.”
prisionais. Esta atmosfera de segurança permite conceder maior autonomia às crianças e aos jovens, para se deslocarem às aulas e atividades, reunirem-se na rua e até fazerem recados em casa, sem receios de maior para os pais. Arredadas do Parque têm estado as ruidosas manifestações de contestação que, por vezes, acabam em desordem e em insultos aos governantes. Pelo contrário, um ministro aqui residente leva os filhos à escola, a pé e sem escolta policial, conquistando o respeito e a simpatia daqueles com quem se cruza.
A todos um santo Natal e um 2013 mais feliz que o anunciado, em especial aos funcionários da Parque Expo – Gestão Urbana que terminam um ciclo de vida profissional. Desejo-lhes que o retorno ao ativo nas suas áreas de atividade, seja breve. José Teles Baltazar veste Dunhill (C.C Amoreiras -piso 2 - lojas 2151/58 - tel. 213 880 282)
OPINIÃO | NP | 21|
SUL
Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com
As empresas e o Parque das Nações
Quais as mais-valias em estar situada no Parque das Nações? Esta foi uma questão colocada a algumas empresas, de maiores dimensões, da zona centro e sul. (1) Ricardo Mendes, Administrador do Grupo TEKEVER, refere que "O Grupo reúne um conjunto de empresas de elevado teor tecnológico e com uma forte atividade internacional. Nesse sentido, a localização do Grupo TEKEVER, no Parque das Nações, tem assegurado uma centralidade na área metropolitana de Lisboa, com acesso privilegiado a infra-estruturas de transportes, nomeadamente ao Aeroporto, a serviços urbanos de qualidade, numa envolvente paisagística que muito beneficia dos amplos espaços verdes e da proximidade ao Rio Tejo." O Parque das Nações tem atraído um número crescente de empresas e, apesar da conjuntura
que se faz sentir, a reflexão sobre as tendências da gestão e do marketing é um aspeto que se considera pertinente. A nova tendência do marketing é movida pelos VALORES - ou seja, são crenças que baseiam as atitudes e os comportamentos do indivíduo e da sociedade. Em vez dos profissionais de marketing verem as pessoas apenas como consumidores, vêem-nas como seres humanos num todo, com mentes, corações e espíritos (kotler 2011,p18). Tem havido uma procura crescente de consumidores que pretendem contribuir para criar um mundo melhor. E muitos procuram empresas que abordem as suas necessidades mais profundas de justiça social, económica, ambiental. As empresas que praticam este tipo de marketing, oferecem respostas e esperança à sociedade e aos seus consumidores, conseguindo chegar a eles a um nível mais elevado. Nesta nova tendência, as empresas diferenciam-se, entre si, pelos seus valores. Em alturas agitadas, ou mesmo, tempestuosas, esta diferenciação é muito poderosa.
Nesta nova tendência do marketing, designada pelos autores como Marketing 3.0, existe a preocupação de respeitar os consumidores, os colaboradores, os fornecedores e outras entidades com as quais a empresa se relaciona. Por sua vez, em estudos efetuados, verificou-se que a sociedade criativa está a aumentar em todo o mundo. Os países europeus também têm um elevado índice de criatividade, que é medido com base no avanço da tecnologia, talento e tolerância. Em países desenvolvidos, as pessoas criativas são uma das partes mais importantes da economia. Regiões com uma concentração de pessoas criativas apresentaram um crescimento mais elevado. As pessoas criativas procuram constantemente melhorar-se a si próprias e ao mundo que as rodeia. A criatividade expressa-se a si própria em humanidade, moralidade e espiritualidade (kotler 2011,p.33). Após esta abordagem, a noção de “valores” e “criatividade” servem de reflexão e de incentivo para as empresas do Parque das Nações pode-
“...em estudos efetuados verificou-se que a sociedade criativa está a aumentar em todo o mundo.”
rem ultrapassar estes momentos que vivemos. Não podemos esquecer que o consumidor português pretende, actualmente, o “PREÇO”. Mas há uma certeza - é necessário construir algo mais e os valores e a criatividade podem fazer a diferença! (1) À data de fecho desta edição, só obtivemos a resposta da TEKEVER. KOTLER, et al (2011), Marketing 3.0: dos produtos e consumidores ao espírito humano, Atual Editora,p.18,32, 33. Escrito pelo novo acordo ortográfico
Cozinhas Fabri convida a conhecer mais um novo espaço a partir do dia 08/12/2012
FACES
22 | NP | PERFIL
Nome: João Matos Auto-retrato: Sou psicólogo clínico, psicoterapeuta e há três anos concretizei, finalmente, o projecto que há muito tinha de viver no Parque das Nações. Vivi em Leiria até à entrada na universidade, em Lisboa, onde tirei a minha primeira licenciatura de Relações Públicas e Publicidade, que nunca exerci. No final da licenciatura decidi ir viver para uma pequena cidade no norte da Suécia, o que me permitiu conhecer bem a Escandinávia e onde transformei a minha visão sobre o estar em comunidade e o viver o espaço público. Quando regressei a Portugal formei-me como psicólogo clínico e mais tarde especializei-me em psicoterapia. Para além da prática clínica, que exerço, de momento, em consultório privado em Lisboa e no Centro Hospitalar São Francisco em Alcobaça, dedico-me à investigação na área da psicanálise. Recentemente foi publicado um livro que escrevi sobre um dos primeiros mecanismos psíquicos do ser humano, a clivagem, e escrevo ainda artigos para conferências científicas e colunas de saúde, em jornais. Resta-me pouco tempo, entre o trabalho e o cuidar da minha filha, ainda pequena, mas quando posso gosto de passear no Parque das Nações, fugir para um destino não-turístico, nacional ou estrangeiro (e o Parque das Nações está bem perto dessas pontes - aeroporto e auto-estradas), ir ao cinema... sempre que possível, com a minha mulher e a nossa nova residente.
Uma história para contar:
Esta história passou-se na fronteira entre a Rússia e a Finlândia. Os cinco minutos que normalmente levariam a passar a alfândega tornaram-se numa aventura sem fim à vista. A polícia Russa implicou com uns souvenirs que trazíamos desse país e pediram-nos para abandonar o comboio e seguir na sua companhia para uma cidade interior. Acontece que tinhamos um voo para apanhar em Helsínquia no dia seguinte, de madrugada. Depois de muitas complicações, que duraram noite dentro, conseguimos que nos “libertassem” e até nos arranjaram um taxi clandestino (a polícia) para nos levar a Helsínquia de modo a apanharmos o avião. Havia esperança, mas... por acaso, naquela altura a gasolina estava esgotada na zona do país em que nos encontravamos e só depois de uma ou duas horas às voltas é que se conseguiu abastecer o veículo. Aí, também, o nosso motorista decide que quer parar num bar para se abastecer a ele mesmo, até se decidir a terminar a sua tarefa. Chegados à fronteira (novamente) não nos deixaram sair. Desta vez eram os vistos que tinham caducado à meia-noite. Passado muito protocolo,
valeu-nos o motorista, que era Russo e falava Russo, para que nos deixassem, finalmente, apanhar o avião… onde outra história começou… Como é que construiria uma cidade: Não tenho muita experiência nesta matéria, mas pelo que me apercebo, nas últimas décadas as cidades têm vindo a ser construídas sob um modelo funcionalista que tenta acompanhar o ritmo crescente da população e da tecnologia. Se há mais carros, fazem-se mais estradas e parques de estacionamento; se há mais pessoas, esticam-se os prédios e reduzem-se os espaços entre eles; se é necessária mais energia, fazem-se mais barragens e nucleares; e por aí fora… Fará este modelo ainda sentido? É necessário parar e repensar as soluções que até aqui têm vindo a remediar e que não são mais do que extensões de velhas receitas. Para os mesmos problemas podemos ter soluções que não recaiam somente no crescimento, o qual deteriora a qualidade de vida do cidadão, mas que sejam conseguidas de modo criativo. A cidade ideal seria aquela que conseguisse conter as diferentes infra-estruturas em proporções equilibradas. Para dar corpo a esta ideia, podemos imaginar todas as habitações separadas, entre si, por um jardim, por mais pequeno que fosse, e próximas de uma zona vasta de arvoredo. As vias de circulação automóvel não teriam que circundar todos os pontos habitacionais ou comerciais. Os recortes de estrada eram limitados ao mínimo essencial, promovendo a actividade física, e os carros seriam predominantemente amigos do ambiente, havendo já sido ultrapassado o lobby das petrolíferas. Um sis-
“Se há mais carros, fazem-se mais estradas e parques de estacionamento; se há mais pessoas, esticam-se os prédios e reduzem-se os espaços entre eles; se é necessária mais energia, fazem-se mais barragens e nucleares; e por aí fora… Fará este modelo ainda sentido? É necessário parar e repensar as soluções que até aqui têm vindo a remediar e que não são mais do que extensões de velhas receitas. Para os mesmos problemas podemos ter soluções que não recaiam somente no crescimento, o qual deteriora a qualidade de vida do cidadão, mas que sejam conseguidas de modo criativo.” tema exaustivo de ciclovias (tipo Holanda) e pistas com amortecimento, adaptadas à prática do jogging, fariam parte desta fotografia. E claro, de preferência, esta cidade ser situada à beira-rio. O lugar favorito: Vários. Mas a escolher um, seria o “Passeio do Tejo”. O que desenhava: Como existem tantos desportistas, que também ajudam a dinamizar a imagem do Parque, desenhava uma pista de tartan. Outra coisa que faria, tratando-se, no entanto, de um serviço, seria criar uma solução mais eficaz de transporte público que ligase as extremidades do Parque das Nações. O que apagava Apagava o lote do IMTT que se encontra entre o Colégio Oriente e o Pingo Doce da zona norte. Além de ser esteticamente desconsonante com todo o seu envolvente, e raramente utilizado, o seu gradeamento reduz a largura do passeio que liga a zona norte à zona sul, tornando essa passagem num desafio a quem por lá andar numa cadeira de rodas ou com um carrinho de bébé.
AS NAÇÕES FIZERAM DAQUI PARQUE | NP | 23
As Nações fizeram daqui Parque
Primeiro registo sobre a história que passou pelo Parque das Nações, pelo Professor Fernando Carvalho-Rodrigues
O Universo esperou biliões de anos. Viajou triliões de anos luz à espera que há cento e quinze milhões de anos se desse a formação de Almargem. Aí por mais dez milhões de anos e eis Alcabideche. Há noventa milhões de anos formou-se Alcântara e há calcário de rudistas. Chamamos-lhe “Liós”. Mas a instalação do maciço de Sintra e do complexo vulcânico de Lisboa foi já há sessenta e cinco milhões de anos. Entre quarenta e vinte e quatro milhões de anos antes desta escrita formaram-se conglomerados e calcários lacustres e o complexo de Benfica. Mas desde aí, até há dez milhões de anos, apareceram por aí biocalcarento muito fossilífero seguido de areolas também fossilíferas e o trabalho acabou há dois milhões de anos já com as argilas e as areias. Areias e argilas. Tiveram que aguardar até cerca de duzentos mil de anos atrás para ver um Animal. Ao contrário dos outros, alimentavamse no espaço e do tempo. Atribuiu-se a si próprio o título honorífico de Homo Sapiens Sapiens. Para isso, claro que teve de esperar que houvesse latim. Quando houve latim já Nações vinham de longe até ao Parque junto ao Tejo. Fenícios vieram e fizeram comércio. Gregos e Cartagineses, sobretudo, vieram recrutar para a Guerra os emigrantes de então: os Lusitanos. Levaram-nos pelo Comando de Aníbal até às portas de Roma. Lá falava-se Latim. Lá, não gostavam que lhe fossem fazer Guerra. Talvez por isso trouxeram-na com tantas Nações nas Legiões de Roma até nós. Mas para chegar ao Parque tinham que transpor um rio. Na língua bárbara de hoje chamamos-lhe Trancão. Os Romanos sabiam fazer pontes. E fizeram. Uma de quinze arcos que trouxe as Nações até ao Parque. Depois de chegarem construíram as estradas da informação da época. Estradas Terrestres. Fizeram mapas. Descreveram itinerários. Um, em particular, descrito por Antonini
Augusti no século III era conhecido pela descrição de Via XVI: BRACARA (Braga) -» CALE (Porto) -» OLISSIPO (Lisboa). Por eles veio o comércio, indústria, de quando em vez, a Legião. A Legião Romana. Em especial a Gemina, a célebre Legião VII. Formada em primeiro lugar por Galba, por acaso, para marchar contra Roma. Mas nos tempos por onde vamos a Legio VII, Gemina tem Castro na cidade que viria a ser Leão. Mas há sinais de Veteranos da Legio V, Alaudae, da Legio X, da Legio IX, Hispana, da Legio II, Augusta e até da Legio XXII. Depois de passarem a Ponte de Sacavém, atravessarem o Parque com as suas Nações dirigiam-se ao miliário de Chelas, alguns afirmam ser um Templo de Vestais e, por fim, ao miliário que, por imprudência, deixaram enterrado na que viria a ser a Casa dos Bicos. E essa foi a Estrada do Parque das Nações durante milhares de anos.
Batalha de D. Afonso Henriques junto à Ponte Romana de Sacavém
Para fundar Portugal D. Afonso Henriques deu aí batalha ao invasor, na Ponte de Sacavém com as Nações de Cruzados, antes de ir repousar na Igreja de S. Félix e Santo Adrião a Chelas, para depois libertar Lisboa. E com Paz, Portugal ousou dar destino ao Mundo e fazer a Descoberta: só há um Oceano e é possível ligar toda a Humanidade por estradas do Mar. E, ainda mais Nações, aliás, todas vieram até ao Parque. Era, nessa altura, um parque de olivais e vinhas. No dia 28 de Outubro de 1420, na pousada de Mestre João, foi autenticado pelo tabelião Domingos Durão, o instrumento de aforamento de duas courelas de vinhas situadas em Beirolas (bem no Parque) feito por João das Leis e Estevão Anes e sua mulher Gracia Mendes. Gente de grande saber vivia no Parque. Por exemplo, Pêro Gonçalves, Mestre dos Tréus. Fazer Tréus pouca gente o sabia. É que os Tréus eram as velas para as grandes tempestades e, por esse tempo, os Portugueses andavam a dar destino ao Mundo. Era o tempo em que o futuro de Portugal era construído. Isso foi noutra altura do Parque. Na época em que, no dia 27 de Março de 1435, el-rei D. Duarte faz carta a confirmar Rodrigo Enes, caseiro de Pêro Gonçalves, Mestre dos Tréus, possuidor de quinta em Beirolas, o privilégio de ser dispensado de aposentadoria, outorgada por el-rei D. João I. Passados alguns anos, já no século XVI, Francisco da Holanda faz, em 1571, o desenho da Ponte que liga o Parque a Sacavém na sua “Da Fábrica que Falece à Cidade de Lisboa”. E lá avisa: “E logo, devem ser edificadas novas pontes, ou ser reedificadas as que fizeram os Romanos, no redor de Lisboa e Sacavém e outras… para cujo efeito lhes dou aqui o desenho destas pontes para reedificarem a de Sacavém e as outras do rio Tejo.”
24 | NP | AS NAÇÕES FIZERAM DAQUI PARQUE Em 1808, o Major António José Vaz Velho prolonga o mapa do esboço do reconhecimento da linha de defesa de Lisboa na distância de légua e meia, pouco mais ou menos da Torre de Belém a Beirolas.
Desenho de Francisco da Holanda para Reedificação da Ponte Romana de Sacavém Cerca de sessenta anos mais tarde, em 1629, Miguel Leitão de Andrade voltou a aludir à ponte. Porém, nessa altura, já tinha colapsado e a passagem era feita por barqueiros a quem o Duque de Bragança (futuro D. João IV) arrendara a portagem. A estratégia não aconselhava facilidades de comunicação através do Parque com Lisboa. De tal forma que, em 1696, o Duque do Cadaval, Mestre-deCampo General, mandou comprar, por ordem de D. Pedro II, a Quinta de Beirolas para defesa da Cidade instalando aí armazéns de pólvora e os Quartéis dos Regimentos necessários à sua guarda. O Parque teve a visita da Guerra durante quase dois séculos. Nos arquivos da Câmara Municipal de Lisboa guardam-se do princípio do século XVIII, ordenações régias para entregas respeitantes ao quartel de Beirolas de 1707, decretos sobre o conserto dos Armazéns de 1721, em Fevereiro de 1722, havia a Planta do sítio de Armazéns de Beirolas, avisos sobre a obra dos armazéns de 1723, mesmo a comparticipação do Senado de Lisboa nas obras dos Armazéns que culminaram em 1784 com um aviso ao Senado, dirigido por Luís Botelho da Silva Vale para que envie o Tombo onde consta a demarcação das terras do sítio de Beirolas, pertencente ao Doutor Faustino da Costa Valente, e que foram compradas pelos monges de São Bento, assinado pelo Secretário de Estado, Visconde de Vila Nova de Cerveira.
Planta do Parque em 1906 com a passagem do Caminho de Ferro junto a Beirolas Linha de Defesa de Lisboa – 1808 Laura Junot, como Embaixatriz, navega pelo Tejo e passeia pelo Parque nas suas idas às Caldas da Rainha. As Linhas de Torres Vedras e o depósito de Beirolas garantem a independência e abrem as portas à Guerra Civil. E o Parque viu um Herói da Independência, General Sepúlveda, passar do Campo Liberal (tinha sido membro do Sinédrio do Porto) após ter exercido as funções de Comandante Militar de Lisboa em 1826, aderir à Vila Francada e ocupar o quartel do Depósito de Beirolas às ordens de D. Miguel. Por essa altura Portugal tinha abandonado o futuro construído pelo incerto do futuro adivinhado e Sepúlveda, a quem os Portugueses devem a Independência, viu-se preso um ano em Peniche e como é habitual abandonado pelos liberais e perseguido pelos absolutistas; acaba em Paris.
Planta do Sítio dos Armazéns de Beirolas - 1772
Ordenação régia para a entrega de verbas respeitantes ao quartel de Beirolas 23 Março 1707 Ordenação para que seja entregue ao tesoureiro geral dos Consulados a quantia de 87 434 réis, da repartição da Câmara, para acabar a obra dos quartéis novos em Beirolas, necessários para a Companhia que guarda a pólvora. Planta Quartel Beirolas – 1816
Aviso sobre a obra de Beirolas – 26 Abril 1723 Aviso ao Senado para que contribua com uma determinada quantia para a obra de Beirolas, que deve ser entregue ao tesoureiro dos Armazéns. Aviso assinado pelo secretário de estado, Diogo de Mendonça Corte Real, e dirigida ao escrivão da Câmara, Manuel Rebelo Palhares.
Planta dos quartéis, armazéns da pólvora de Beirolas e esteio para serventia do embarque e desembarque da dita. Então já se conhecia bem o Parque e as Cartas de Beirolas de 1851 anteveem o percurso do Carril de Ferro que atravessa o Parque. A 28 de Outubro de 1856, o comboio passa e, em 1859, dizem: A linha é de Leste. Nunca mais deixou de trazer Nações até e pelo Parque. Agora, Estação do Oriente. E ainda hoje, a vasta coleção documental e museológica do Caminho de Ferro se encontra no Parque, à espera de ser um Polo do Museu dos Caminhos de Ferro, em Portugal. E quem viaja pela sua Terra sabe que depois das hortas de Chelas vinham as Quintas do Conde de Óbidos, do Souto, da Praia, dos Buracos, do Santo, do Ché, da Centieira, dos Paios, da Barroca, do Convento, das Rolas, a Quintinha e a Quinta de Cabo Ruivo, todas ao longo e na Riba do Tejo.
Em 1924, no Guia de Portugal, no Volume Lisboa e Arredores, ainda se lê: “De Marvila em diante a linha margina o Tejo que vai largo, sem margens. Do lado de Terra, Olivais, colinas de fraca altitude que se cortam em ângulos duros e se sucedem sem harmonia e ritmo. No rio, uma ou outra vela vermelha que corta lenta a larga corrente, põe uma nota de cor na paisagem enquanto aves ribeirinhas afloram as águas num voo curto. No fundo do horizonte, uma linha indistinta de cor vaga não se sabe bem se já é terra ou se ainda é água. E na outra margem, com a Arrábida, a Serra de S. Luís, o Morro de Palmela e a Casaria de Alcochete reluzindo ao Sol como cristais. Em frente, a curva do Tejo até Alhandra, com terras vermelhas dos montes sangrando sangue …. Cabo Ruivo é o local com retiros frequentados pelos boémios alfacinhas.” Entre Cabo Ruivo e Beirolas, o Parque está destinado à grande História. Tudo o que existe no Universo deixa rastos. Mas o Parque com as Nações deixará uma Avenida de História. Entre Cabo Ruivo e Beirolas, no Parque, produziu-se energia, distribuíram-se proteínas, tratou-se do ambiente como os Humanos sabem tratá-lo: transformam lixo em lixo e levam-no para longe da vista. Mas, sobretudo houve um Mundo Novo e uma Guerra Mundial que passaram por Cabo Ruivo e uma Revolução que aconteceu em Beirolas. Entre estes dois polos, fez-se um dia a Expo’98. Inesquecível para uma geração. Efémera quando comparada com o que Cabo Ruivo nos anos quarenta, sessenta e oitenta, e Beirolas, nos anos setenta do Século XX, abriu de sulco na nossa Humanidade. Por Cabo Ruivo nos anos quarenta, passa, desfila, assustada a Humanidade perseguida. E o Parque que tinha assistido há tanto tempo às estradas terrestres dos Romanos, às do Mar dos Portugueses, vê chegar em 1939, a estrada da Via do Ar. Nessa altura, no Parque ia-se à praia. Cantada por Bocage. Ensoleirada a dourado pelas areias auríferas do Tejo. Ia-se a praias da Polinésia, de Sacavém até ao Paço da Rainha, em Xabregas. De Xabregas ainda lá fui. E de lá, trouxe as grilhetas que durante o séc. XX colocaram nos pés e nas mãos dos que querem e devem andar na Via da Água.Talvez as Nações do Parque libertem na segunda década do séc. XXI a Via da Água. Hoje a Via da Água está aberta à contemplação. Tanta gente no paredão. Está vedada à ação. Não há, por enquanto, velas vermelhas no Tejo. Mas, em 1939, chegou pela estrada do ar, com carácter de transporte corrente, o primeiro voo. Tratava-se de um hidroavião Boeing de matrícula B-314 NC 1863. Era conhecido por “Yankee Clipper”. Fora batizado, pela Senhora F. D. Roosevelt em 3 de Março de 1939. No dia 26 do mesmo mês, era Comandante H. E. Gray que o levou por Foynes, na Irlanda e, depois via Açores até Lisboa, para ir até Marselha e até Southampton. Regressaram aos E.U.A. pela mesma rota. No dia 20 de Maio desse ano de 1939 comandado por “La Porte”, traz o primeiro correio transatlântico pela mesma rota até Marselha. Regressou da viagem a Port Washington no dia 27 de Maio. A 17 de Junho de 1939, faz-se o voo experimental a bordo do avião da Pan American com matrícula NC 18604 e de nome “Atlantic Clipper”. Chegou a 18 à Horta. A 19 partiu da Horta e chegou a Lisboa no mesmo dia. Levantou voo do Mar da Palha, em Lisboa, às 7:04 horas do dia 20 e chegou a Marselha às 14:39. Levava, para além de 16 Jornalistas, trezentos Kilos de correio. Esteve no Comando, W. D. Culbutson. Levou o “Atlantic Clipper” de volta, a 22 de Junho, a partir de Marselha, às 08:57. Amarou em Port Washington, dia 25 de Junho às 15:43. Voltaram os mesmos passageiros e cento e setenta e cinco Kilos de correio.
AS NAÇÕES FIZERAM DAQUI PARQUE | NP | 25 | “the coast of Portugal had become the last hope of the fugitives… if one could not reach it, you were lost, condemned to bleed away in the jungle of consulates, police stations and government offices where visas were refused and residence permits unobtainable. A jungle of internment corrupts, burocratic red tape and…a withering indifference.”
Planta do Parque em 1906, antes das obras para a Construção do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo. A Planta está sobreposta numa Imagem do Google Earth, onde vem assinalada, para referência, aquilo que é hoje a Alameda dos Oceanos, com as duas rotundas Norte e Sul. Uma parte significativa da Alameda dos Oceanos está construída naquilo que, no início do Século XX, era Praia e Rio. A Obra do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo veio transformar de sobremaneira o Parque.
Tripulação do primeiro voo regular “Dixie Clipper”. Na coluna do lado direito encontra-se o resultado de uma investigação efetuada, em 1964 (25 anos depois), sobre a situação de cada um dos tripulantes. Para vinte e dois passageiros, levava uma tripulação de doze. Trouxe também até à Europa, duzentos Kilos de correio. No regresso que se iniciou a 2 de Julho de 1939, transportou treze passageiros e cem Kilos de mercadoria. Era 4 de Julho e 12:52 horas quando voltou a Port Washington. Em Setembro de 1939 começou a Guerra. Matou setenta milhões de humanos. Angustiou toda a Humanidade.
Planta da Cidade com a Avenida de Ligação entre Aeroportos da Portela (terrestre) e de Cabo Ruivo (marítimo), hoje Avenida de Berlim Na Planta é bem visível a vasta área que foi conquistada ao Rio para permitir a construção da Doca dos Olivais (para os hidroaviões), bem como, o espaço para a localização das infraestruturas de apoio ao Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo (bem no centro do Parque). Vista da Gare do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo
Vista aérea (de nascente) da zona de intervenção da obra do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo.
Vista do Pontão de acesso aos Hidroaviões no Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo
Vista aérea (de norte) da zona de intervenção da obra do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo Mas é no dia 28 de Junho de 1939, às 18:59, que, sob o Comando de R. D. D. Sullivan, parte de Port Washington, o primeiro voo regular feito com o Boeing M-314 de matrícula BC-18605 e nome “Dixie Clipper”: Port Washington – Horta – Lisboa – Marselha.
E Nações foram e vieram do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo, bem dentro do Parque. Quando lá chegavam, o coração, até aí tão apertado, soltava-se e, por uns momentos, ficava ao largo. Nada mais, nada menos, que quarenta mil humanos encheram a Esperança com a vista do Tejo. E era tanta a emoção que a Pan Am encomendou a um artista, John McCoy, uma aguarela da junção da Via da Água com a Via do Ar. E debaixo das asas que voarão, lá está a vela vermelha dos portugueses (tão antiga que Catulus, no ano 89 A.C., canta: “Lá vêm as velas com cor de ferrugem da Lusitânia”). Como canta hoje Pedro Ayres de Magalhães: Um Dia voltarão. Já voltaram. Mas ainda está agrilhoada a Via da Água. Neste Parque, naquela vela vermelha, naquele avião com aquela Luz, foram arrancados à tortura e à morte, tantas vidas: Em 1964, ainda se lembravam e relembravam para sempre:
Aguarela de John McCoy para a Pan Am, com a junção da Via da Água com a Via do Ar em frente Lisboa(Colecção da ANA). O Parque tornou-se a Porta por onde Nações entravam e escapavam à Europa Nazi. Em 1943, inauguraram o Aeroporto da Portela de Sacavém e foi de imediato aberta a Avenida Entre Aeroportos. Estava aberta a “Lisbon Route”. A Rota de Lisboa que Americano escreveu em 2011, mas que está toda aqui no Parque para lembrar o sangue e o sofrimento de Nações. Antes, muito anos antes, em 1942, já Joaquim Paço D’Arcos tinha escrito “Neve sobre o Mar”. E, aí, sim! está a rota de Lisboa, a sua esperança e a sua inquietação: “E assim com surpresa mútua nos encontrámos no aeroporto de Cabo Ruivo. - Vamos ser companheiros? - Pelos vistos vou dar-lhe esse desgosto, respondi-lhe, gracejando. E, com maior seriedade, olhando as suas desmedidas botas, inquiri: Mas o avião poderá com o peso dessas botifarras? O senhor não encontrou nada mais pesado para calçar? O meu Amigo tranquilizou-me: aquelas botifarras já tinham sobrevoado o Mar Cáspio, num aparelho soviético; e não fosse eu fazer ofensa ao Atlântico supondo-o, em matéria de botas, mais timorado do que o Mar Cáspio. - Mas não se trata do Atlântico, trata-se do “Clipper” e dos nossos corpinhos e é pela segurança destes que eu receio… - Não se apoquente, meu amigo, replicou o Coronel; em caso de acidente, quanto mais não formos do que náufragos pode contar com um lugar nas botas… E batendo com os tacões duros nas lajes húmidas do chão, dirigiuse ao posto aduaneiro para velar pela integridade da sua bagagem diplomática. Outros passageiros foram chegando e, ao longe, no extremo da ponte-cais, os motores do aparelho começaram a roncar. O baixamar, deixara a descoberto um infindável lodaçal, por cima do qual se estendia, até grande distância, a estrada de madeira que levava ao pontão de embarque. Junto a este, flutuavam dois hidroaviões: o quadrimotor que nos transportaria e um bimotor inglês, nessa manhã chegado de Londres e prestes a largar para o próximo oriente. Na gare, era grande a azáfama com a pesagem de todas as bagagens e a fiscalização dos passaportes. O Coronel Davidson protestava contra o facto de lhe exigirem 30 dólares pelo excesso de peso pelas suas malas. - Mas o meu Amigo não acha pouco 30 dólares, não chega a um conto por tanto segredo de Estado? – interpelei-o, motejador. – E não vê que não lhe fazem pagar o excesso das botas? – Ora pague e não refile! - Que remédio tenho eu, replicou-me sempre afectuoso. Uma passageira norte-americana perguntava ao funcionário da «Pan American» se devia colocar também na vasta balança os ramos e caixas de flores com que a haviam presenteado; outra, com lágrimas furtivas que lhe comprometiam a cor e aveludado do rímel, despedia-se dum canicho que não fora autorizada a levar consigo e que teria de fazer a mesma travessia sobre as tábuas do navio ronceiro, longe dos carinhos da dona, sujeito aos nefandos perigos da guerra e do mar.
26 | NP | AS NAÇÕES FIZERAM DAQUI PARQUE
Desembarque no Aeroporto da Portela. Um Ministro do Gabinete Canadiano, em trânsito de Londres para o seu País, confidenciava aos jornalistas as suas últimas declarações. Um suíço, notificado de que durante a travessia não poderia beber álcool, despedia-se no bar das últimas cervejas e retorquia, aos que lhe aconselhavam pressa, que em breve lhes faria a vontade e voaria através dos céus à velocidade de duzentos km/h. Foi nessa altura que um automóvel da legação da Polónia, descendo a rampa que conduz ao aeroporto, estancou, num repuxar enérgico de travões, junto à larga porta de entrada. Saíram dele um homem de gabardine suja e uma senhora alta, vestida de luto. O chauffeur entregou as poucas malas a um carregador e tirando o chapéu, desejou à sua passageira boa viagem. Ela estendeu-lhe a mão com um sorriso, e assenhoreou-se duma pequena maleta que deixara no carro. Voltou-se para o homem da gabardine suja, que logo reconheci como um dos secretários da legação e perguntoulhe qualquer coisa que, à distância, não ouvi. Falara em voz baixa, mas eu observava-lhe os gestos e notara-lhe a pureza do perfil. Já os tripulantes do hidro, debaixo de forma, se encaminhavam para o potente aparelho que no extremo da ponte os aguardava. Chegavam, em negras limousines, ou últimos retardatários e na confusão que precedia a largada não prestei mais atenção à mulher estranha e esbelta que o secretário polaco conduziria até junto de nós. Tornei a vê-la quando, em grupo, os passageiros marchavam, sobre a extensa passarelle de madeira, para a ponte-cais onde deveriam embarcar. Havíamos ultimado as despedidas na gare cujo limite os que ficavam não podiam transpor. E agora ali seguíamos, os que partiam, agrilhoados já ao mesmo comum e transitório destino, desconhecidos ainda, quási todos, uns dos outros, mas formando já um bando à parte, que umas débeis chapas de duraalumínio abrigariam, na altura, no tempo e na distância.
vegetação verde a descer até à beira de água. Os depósitos de óleo da «Sacor» quebravam, a montante do rio, a tentativa bucólica de paisagem. O edifício da «Pan-American» era uma mancha amarela, de barracão sem graça. A um lado e outro da comprida ponte do embarcadouro, estendia-se o lodaçal que a vazante, cruelmente, pusera a nu. À nossa frente o rio, amplo e sereno, tinha uma luminosidade espelho. Sobre o verde da encosta, sobre o castanho da vasa, e sobre o azul das águas, incidia, quente, o sol de agosto, em matutina ascensão. E aquele momento, de tão tranquila claridade, era, afinal, para muitos de nós, bem doloroso. Para todos era o momento da partida, para alguns, o da irremediável separação. Para outros o do exílio aceite e procurado, mas tão trágico em sua cruel realidade. Para raros, como o Coronel Davidson era o do começo de vulgar jornada. Mas embora eu não conhecesse ainda os restantes companheiros de viagem, senti, enquanto com eles percorria a infindável estrada de madeira, que naquele minuto os nossos passos venciam uma distância maior do que a distância física que separava o avião da gare. Algo de religioso se passava em nós, diferente do receio banal da travessia, visto que quase todos tínhamos, depois o soube, prática da navegação aérea. Também não fora a pureza e a serenidade da hora que nos contagiara, pois mais não era do que simples quadro das nossas emoções.” Com Joaquim Paço d’Arcos, levanta-se onda de inquietação a que não será estranha a atração quási fascínio pelo Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo e por hidroaviões do grande António Lobo Antunes na sua obra literária.
O longo pontão da Gare do Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo, para vencer a amplitude das marés e assegurar o acesso direto aos hidroaviões. O Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo, lá está ainda com as muralhas de pedra na Marina do Parque e vão e voltam Nações. A Avenida Entre Aeroportos passa pelo Parque e traz e leva Nações. O Aeroporto da Portela, vizinho, lá está ainda. O sulco deixado na História da Humanidade é profundo. Spielberg guarda-o no seu arquivo de filmes: (http://resources.ushmm.org/film/display/detail.php?file_num=1803) Já o tinha sido para os portugueses nas lutas liberais em Beirolas. Foi-o na proteção do depósito de material de guerra durante a Guerra de 1939-1945. Foi, ainda, decisivo em 1975. Nessa altura, de Beirolas, no coração do Parque das Nações, o senhor capitão Álvaro Fernandes distribui dez mil metralhadoras G3 ao PRP. Passa à clandestinidade. Fê-lo a 10 de Outubro. A 25 de Outubro, um General que afinal era Major, há de dizer que as armas estão em boas mãos. A 25 de Novembro, no depósito estavam guardadas e nas mãos Honestas de um General que veio a ser Presidente da República. De nome Ramalho Eanes. O arado da História tem arroteado, por aqui, Nações e Parque profundamente.
Embarque no Aeroporto de Cabo Ruivo. Para trás ficava-nos a pequena colina de Cabo Ruivo, com uma
Entrada do Quartel de Beirolas onde funcionava o Depósito de Material de Guerra do Exército
E, certamente, o General que veio de Alcains a ousar dar destino a Portugal, tal como milhões de nós em emigração até Lisboa, via na chama da Sacor o farol. Os que vínhamos pela Via Terrestre, de comboio, de camioneta, de carro, aquele era o sinal. Para os da Via da Água também. E o símbolo que era a labareda da Sacor, atenuava a dor. Partir da Terra é morrer um pouco. O coração como louco quer desgarrar-se do peito e transforma a voz em soluço. A Alma, de certa forma, expira dentro de nós. Deixávamos a nossa Alma nos Cais de Estações, nos Cais Marítimos, nos Aeroportos. Mas partir é estender os braços ao que não se alcança quando o destino é ficar. E aquela chama dava-nos o abraço quando chegávamos. Dizia-nos, até à volta, quando partíamos. A alma já não ficava nos cais, ganhava a quintessência e aquietava-se. Torre da SACOR com a chama ativa. Em 1998, apagaram a chama. Figura na Exposição. Em 2007, recebeu os Pró-Cônsules da Europa. Em 2010 o Imperador convocou as Cortes para Lisboa, no Parque. E os Delegados das Nações às Cortes de 2010, por lá estiveram e afirmaram, no final, que têm uma Estratégia. E hoje, em dia de Restauração, quando é pela segunda vez Imperador, Barack Obama. Sumo-Pontífice , Bento XVI. Pró-Cônsul para a Lusitânia, pela segunda vez, Cavaco Silva. Aedilis Curius de Lisboa, António Costa. E quando está em Lisboa um Trium Vir de Questores (Poul Thomsen, Rasmus Rüffer e Jürgen Kröger), as gentes do Parque das Nações têm uma Freguesia. Ficaram irmãos na Fé: Fregueses. Porque tiveram a sorte de ter como Tribunos, um a ser Alcaide de Terra, José Moreno - Presidente da Associação de Moradores e Comerciantes, e outro a ser Alcaide do Mar, Paulo Andrade - Presidente da Associação Náutica. Foi-vos propagandeado que são Filhos da Expo’98. Não são. São Netos, Avós e Pais de uma Enorme História. Da História que não se entrega nas mãos de outros e se governa pelo acaso. São daqueles que farão a História de que se sabe o Futuro porque é construído e não adivinhado. Que porta se irá abrir, que facho de farol se irá iluminar, pelos fregueses do Parque das Nações, não sabemos. Mas, seguramente, uma vela vermelha acender-lhe-á, de vez em quando, a certeza do futuro que se constrói. Parque das Nações, 01 Dezembro de 2012 Fernando Carvalho-Rodrigues P ro pri etário da C anoa “Ana Pau la”, da Ma ri nh a do T ejo, residente na Marina do Parque das Nações Agradecimento: Um grande agradecimento é devido à Divisão Cultural do Exército, aos Arquivos do Exército e aos da Câmara Municipal de Lisboa, ambos disponíveis online ( http://am.exercito.pt/ e http://arquivomunicipal.cm-lisboa.pt/ ) e ao Centro de Documentação da ANA Aeroportos de Portugal. Bibliografia: The Lisbon Route - Entry and Escape in Nazi Europe - Ronald Weber - Ivan R. Dee – USA 2011 Picking up the pieces from Portugal to Palestine - Quaker refugee relief in World War II) – A Memoir – Howard Wriggins – University Press of America – Maryland 2004 1933-1968 – A nova ordem industrial do Estado Novo – Da Fábrica ao Território de Lisboa – Deolinda Folgado - Livros Horizonte – 2012 Neve Sobre o Mar – Joaquim Paço D’Arcos – Parceria A. M. Pereira 1942 Pan American Airways Inc. – Its History of Transatlantic Air services Julius Gregore Jr., Captain of US Navy - (as excerpted from Civil Aeronautics Documents number 855) - Balboa Shops. Guia de Portugal Volume I - Lisboa e Arredores – Raul Proença - 1ª edição publicada pela Biblioteca Municipal de Lisboa em 1924 – Reedição 1979 da Fundação Calouste Gulbenkian
ESPAÇO EMPRESAS | NP | 27
Porque ficamos sem dentes? “Comparativamente com outros órgãos do corpo, os dentes não têm capacidade reparadora/regeneradora ou esta é praticamente nula na idade adulta.”
O Homem evoluiu de uma esperança média de vida de cerca de 25 anos, na idade média, para os cerca de 70 a 80 atuais. Os avanços da medicina, em especial a descoberta dos antibióticos, permitiram que doenças, outrora mortais, sejam agora facilmente curadas. No entanto, certas estruturas do corpo não estão preparadas para uma longevidade tão grande. Os dentes são disso um bom exemplo. No Homem primitivo, uma dentição não muito diferente da atual era suficiente para a sua esperança média de vida. Atualmente, o
Homem aspira atingir uma idade acima dos 70 anos, onde a única substituição natural de dentes (dentição de leite para a definitiva) é feita muito cedo relativamente a essa idade. Comparativamente com outros órgãos do corpo, os dentes não têm capacidade reparadora/regeneradora ou esta é praticamente nula na idade adulta. Por esta razão todas as alterações estruturais que vão acontecendo ao longo da vida, sejam por doença (cáries), por traumatismo (fraturas) ou pelo desgaste causado pelo contacto entre dentes, vão
levar sempre a uma redução irreversível de estrutura dentária. Esta pode então atingir um nível tal em que se torna inviável a manutenção do dente. Também ao nível do osso e da gengiva (os tecidos de fixação do dente), apesar de não haver um processo de desgaste como no dente, fatores relacionados com o excesso de pressão dentária juntamente com outros fatores (má posição, deficiente higiene, genética, tabaco, etc..) podem levar à perda do osso ao redor do dente. Com a consequente diminuição da sua estabilidade, verifica-se um aumento progressivo da mobilidade, até à sua total separação do osso e gengiva.
Importa pensar no processo da perda de dentes de uma forma
ANÁLISES CLÍNICAS Nova Dependência Parque das Nações
mais abrangente, onde apesar do envolvimento de doenças comumente conhecidas como as cáries, as doenças das gengivas e osso (periodontite), justifica melhor a forma como subitamente nos deparamos com uma perda rápida da dentição, reduzindo-se substancialmente a capacidade mastigatória, ou ainda, criando algum comprometimento estético. Neste contexto interessa realçar um processo comum e perfeitamente fisiológico, mas muitas vezes ignorado ou mal entendido que é o apertamento dentário. Este termo designa o momento em que os dentes dos maxilares opostos entram em contacto entre si, sem haver interposição de alimentos. É um processo inconsciente, muito comum
durante o sono, mas também possível em período ativo, especialmente em momentos de grande concentração ou stresse. Este ato é referido desde há muito como “bruxismo” sendo associado a maus hábitos dentários ou parafunções. É importante que se desmistifique o hábito em si de modo a poder ser considerado um processo normal, habitual e variável, de pessoa para pessoa, quanto à forma, intensidade e frequência. No entanto, entendê-lo como normal não lhe retira importância no desgaste ou diminuição da estrutura dentária e nos seus efeitos sobre os tecidos de suporte dos dentes, como a gengiva e osso (conforme fator presente ao longo de toda a vida).
Entender como tudo acontece é importante para reduzir a ideia da perda de dentes como sinal direto de velhice, mas sim como consequência do tempo de utilização e que, consoante os casos, pode levar muito cedo à necessidade de reposição parcial ou total dos dentes. Pretende-se, com o correto acompanhamento e cuidado oral, adiar o mais possível a substituição total dos dentes (como se de uma 3ª dentição se tratasse), já que a natureza não dotou (ainda) o ser humano dessa capacidade. Dr. Vitor Miguel Augusto Diretor Clínico Conceito Phi Médico Dentista pelo ISCS-Sul Formação pós graduada em: Reabilitação Oral – Áustria Implantologia – Espanha, Brasil e Suécia
MEDICINA DENTÁRIA ESPECIALIDADES MÉDICAS PSICOLOGIA TERAPIA DA FALA
Alameda dos Oceanos, Lote 1.07.01 Loja U - Edifício Mar Oriente Tel./Fax: 218 936 119 (Entrada pela Rua do Polo Norte junto ao Campus da Justiça) Horário de Funcionamento: de 2ª a 6ª feira: 8h00 às 13h00 / 15h00 às 18h00 Horário de Colheitas : 8h00 às 11h00
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Marina do Parque das Nações
DIÁRIO DE BORDO ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt
O Parque já é Freguesia!
Desde o passado dia 13 de Novembro, com entrada em vigor da Lei 56/2012, de 8 de Novembro (Reforma Administrativa de Lisboa), o Parque das Nações passou a Freguesia. A referida Lei altera os limites da cidade de Lisboa, de forma a incluir, no concelho de Lisboa, todo o Parque das Nações, um justo e racional anseio dos moradores e comerciantes que aqui vivem e trabalham. Para a concretização desde desiderato, foi fundamental o trabalho militante da AMCPN que, desde a sua constituição, lutou com determinação pela integração de todo o espaço do PN numa única de freguesia do Concelho de Lisboa, autarquia onde estava inserida a maior parte do território do PN. Está marcado assim o arranque do processo de instalação da nova Freguesia do Parque das Nações, que estará concluído após as eleições autárquicas de 2013, passando este espaço de “Lisboa a Oriente”, a ser gerido por órgãos democraticamente eleitos. A ANMPN felicita a Direção da AMCPN, na pessoa do seu Presidente, Dr. José Moreno, que liderou de forma exemplar todo o trabalho reivindicativo efectuado, ao longo dos últimos anos, para que a freguesia do Parque das Nações viesse a ser uma realidade. O Parque vai poder contar finalmente com uma gestão unificada do seu espaço, em vez de estar repartido, como até agora, por três freguesias e duas Câmaras, e uma gestão efectuada por uma entidade sem qualquer legitimação dos moradores. A Pala do Pavilhão de Portugal representa o gesto
A Pala do Pavilhão de Portugal representa o gesto que, a partir do Século XV, os Navegadores Portugueses tantas vezes fizeram para “Avistar novos Mundos”... que, a partir do Século XV, os Navegadores Portugueses tantas vezes fizeram para “Avistar novos Mundos”. Hoje, no Século XXI, teremos de ser capazes de ousar de novo, em particular, cativar os nossos jovens para avistarem novos métodos e técnicas para explorar, de forma sustentada, a imensidão de um mar que é nosso e que nos poderá tirar da crise e devolver a independência nacional e a dignidade perdida. A Freguesia do Parque das Nações, localizada no espaço onde decorreu a Expo dos Oceanos, terá naturalmente como um dos seus importantes e principais desígnios, desencadear ações que contribuam para potenciar o Regresso ao Mar dos Portugueses, nomeadamente, dar uma ajuda significativa para “Libertação da Via da Água”, para que o grande estuário do Tejo e outros estuários, do nosso País, possam ser utilizados como uma via aberta para o transporte marítimo entre os diferentes locais das zonas ribeirinhas localizadas nas margens, como aconteceu ao longo dos séculos. Só assim será possível uma familiarização com o mar que permita uma utilização diferenciada e proveitosa deste importante recurso, ou seja, algo muito para além da mera contemplação que tem caraterizado muitos dos discursos que, nos últimos tempos, têm vindo a abordar esta matéria.
Conferência – “Mar de Negócios”: O nosso mar, transformar o potencial em oportunidades.
Organizada pela TSF e pela Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a COTEC Portugal, teve lugar, no passado dia 15 de Novembro, na Área VIP, instalada na Ponte Cais da Marina do Parque das Nações, a Conferência: “Mar de Negócios: o nosso mar, transformar o potencial em oportunidades”, a qual contou com o Alto Patrocínio da Presidência da República. O Senhor Presidente da República esteve presente na abertura dos trabalhos e debruçar-me-ei, mais adiante, sobre algumas passagens do seu discurso Com início a 01 de Outubro, a TSF, numa iniciativa exemplar, dedicou um espaço significativo do seu programa de emissão a um conjunto de entrevistas e debates relacionados com a temática da economia do mar. Foram ao todo cerca de 30 entrevistas e 7 debates, que procuraram evidenciar o potencial económico do Mar em Portugal, com exemplos empresariais de sucesso em seis sectores da economia do mar. O signatário, como Presidente da ANMPN, foi um dos entrevistados, sobre o papel da Marina do Parque das Nações no desenvolvimento do Turismo Marítimo. Os Podcasts destas entrevistas e debates estão disponíveis no site da TSF (pesquisa por «Mar de Negócios»). A Conferência do dia 15 de Novembro, na Marina, constituiu, assim, o culminar de um trabalho de levantamento e debate sobre aquilo que o mar pode representar para Portugal, em termos da Economia, e em que participaram os principais agentes e especialistas dos diferentes sectores. Foi também a oportunidade para apresentar o estudo “Blue Growth for Portugal: uma visão empresarial da economia do mar”, desenvolvido por Tiago
Pitta e Cunha, com o apoio da COTEC Portugal. Na sua intervenção, o Presidente da República assinalou não só a importância desta economia do mar para o desenvolvimento económico de Portugal, bem como, sobre as áreas que deverão ser desenvolvidas para mudar e garantir um crescimento sustentável. Focou também a necessidade de desburocratizar o quadro legal em que enquadram as atividades marítimas em Portugal, assim como potenciar o conhecimento científico e tecnológico que existe na área das ciências do mar, colocando-o ao serviço desta economia, cabendo ao Estado garantir a articulação entre as universidades e as organizações e agentes, «que favoreça uma incorporação mais significativa de conhecimento em produtos e serviços inovadores». O Relatório da “Blue Growth for Portugal”, refere muitas vezes que um país como Portugal, (i) que conta com uma geografia avassaladoramente marítima, pela dimensão dos seus espaços marítimos, pela extensão da linha de costa, pelos seus territórios arquipelágicos, pelo facto de apenas ter um vizinho terrestre e pelo facto de a larga maioria da sua população e da riqueza gerada ser produzida nas suas regiões costeiras; (ii) que tem uma localização privilegiada entre continentes, no cruzamento de grandes rotas de navegação mundial, e que se encontra à porta da promissora bacia Sul do oceano Atlântico; (iii) que dispõe de um espaço marítimo com características biofísicas muito particulares, quer em termos geológicos e minerais quer em termos de biodiversidade marinha, com condições apropriadas ao desenvolvimento de recursos vivos com valor comercial, como pescado, bivalves, macroalgas marinhas, ou até de biotas para a indústria da biotecnologia, bem como à exploração futura de minerais metálicos subaquáticos; (iv) e, finalmente, que beneficia de um clima propício a atividades de lazer e recreio no mar, é um país que encerra um enorme potencial para o desenvolvimento de quaisquer atividades que tenham no mar a sua base, ou que façam dele um dos seus fatores produtivos.
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Sem querer, de modo nenhum, menosprezar o mérito deste estudo, não deixa de ser mais um estudo a somar aos muitos que têm vindo a ser realizados ao longo dos últimos oito anos, desde que se começou a equacionar o papel do mar para a economia no nosso País. Começando pelo Relatório da Comissão Estratégica dos Oceanos, intitulado «O Oceano, um desígnio nacional para o século XXI», publicado pela Presidência do Conselho de Ministros, em 2004, passando pela Estratégia Nacional para o Mar, de 2006, e, mais recentemente, pelo Relatório do Hypercluster do Mar de 2009 da Associação Comercial de Lisboa, o certo é que, muitas das conclusões dos primeiros relatórios foram sendo repetidas ao longo dos anos nos relatórios seguintes, sem que, no terreno, fossem vislumbradas ações concretas para alterar situações por demais identificadas como limitadoras ao desenvolvimento, como seja, por exemplo, a teia legislativa ligada às atividades marítimas. Por outro lado, nesta Conferência, tal como outras a que temos assistido, nos últimos anos, sobre a temática em apreço, fala-se muito sobre a necessidade de dinamizar uma cultura marítima que há muito anda arredada dos portugueses. Dado que esta Conferência da TSF decorreu num Cais do Tejo junto a uma Marina, e assumindo que a grande maioria dos presentes estavam de facto imbuídos dessa cultura marítima, seria expectável que alguns tivessem utilizado a Via da Água para chegar ao evento. Refira-se que o Cais de Eventos da Marina do Parque das Nações tem um Pontão que
dá acesso direto à Área VIP, ou seja, bem mais perto do que o acesso através do Parque de Estacionamento automóvel. No entanto, a única embarcação que se aproximou da Conferência, pelo lado da água, foi uma lancha da Polícia Marítima. Onde estava a nossa cultura marítima no dia da Conferência? Onde estavam os marinheiros deste País? Há cinco séculos os portugueses souberam ser ousados e o seu empenho e determinação foram fundamentais na descoberta das Estradas do Mar que deram novos mundos ao mundo. Imagine-se que o Senhor Presidente da República, face à natureza da Conferência, ousava vir de barco. A Marinha disponibilizaria, com certeza, uma embarcação para o transporte do Senhor Presidente da República, do Senhor Almirante CEMA e das demais individualidades. Naturalmente, face à fraca utilização da Via da Água, o Instituto Hidrográfico teria de vir primeiro fazer um levantamento para verificar as condições de operação no local, tendo em conta o tipo de embarcação a utilizar. Suponhamos que era detectada a necessidade de efetuar uma dragagem junto à Ponte Cais. Dado que o troço do Canal de Cabo Ruivo, entre a Matinha e a Doca dos Olivais, está classificado pela APL como de 2º nível, aquele em que a APL é responsável pela monitorização, mas não é responsável pela manutenção das características físicas, a 1ª conclusão a tirar pelo Senhor Presidente da República, mesmo antes do dia da Conferência, seria que ninguém é responsável pela dragagem
do Canal de Cabo Ruivo naquele troço, e, pese embora, tudo o que se diz sobre o Regresso ao Mar, a Via da Água proporcionada pelo grande estuário do Tejo, que viu partir os nossos marinheiros ao longo dos séculos e assegurou o transporte de pessoas e bens entre as margens, está, neste momento, votada ao abandono. Os restantes participantes na Conferência, em face da iniciativa do Senhor Presidente em vir de barco, ousariam utilizar também a Via de Água. Não existindo transporte marítimo regular para o Cais da Conferência no Parque das Nações , procurariam a solução possível que seria contratar as empresas que exploram a náutica “de recreio” para fazerem “de transporte”. Tratar-se-ia, naturalmente, de uma situação embaraçosa, já que deslocar-se para uma conferência de trabalho, utilizando um meio “de recreio”, iria com certeza provocar reparos e críticas, principalmente, numa altura em que o País está mergulhado numa crise profunda, onde o “recreio” é quase proibido…! No Tejo, entre a Foz e Vila Velha de Rodão, chegaram a existir 3400 embarcações que asseguraram durante séculos “o transporte” entre os diferentes portos das margens do rio. Uma embarcação era sempre vista como um “meio de transporte” para deslocação na Via da Água, fazendo jus à nossa tradição de povo de marinheiros. A ligação à água fazia parte da cultura reinante e os acessos ao plano de água eram permanentemente mantidos e melhorados. Depois da construção das principais
pontes sobre Tejo, a legislação produzida, ao longo dos últimos 40 anos, vedou completamente a possibilidade de um habitante da margem do rio poder utilizar a sua embarcação como um “meio de transporte” na Via da Água, e obriga a uma classificação como “embarcação de recreio” que, naturalmente, não faz qualquer sentido. Parece assim óbvio que o desenvolvimento de uma cultura náutica que facilite o regresso, ao mar, dos portugueses, terá de passar por uma utilização da Via da Água de uma forma semelhante à utilização da Via Terrestre, garantindo assim níveis de familiarização com o mar que funcionem como catalisadores de ações concretas neste domínio, em vez de uma mera contemplação, como tem acontecido ao longo dos últimos tempos. A Libertação da Via da Água está assim na ordem do dia! Saudações Náuticas, Paulo Andrade Presidente da ANMPN
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NOTĂ?CIAS
MARINA
PARQUE DAS NAĂ&#x2021;Ă&#x2022;ES embarcar numa atividade nĂĄutica sustentĂĄvel, que vise o bem-estar mĂştuo e desenvolvimento. Felizmente que um ano ĂŠ dotado de variadas datas a celebrar. AtĂŠ Ă prĂłximaâ&#x20AC;Ś
Festas de AniversĂĄrio
Campeonato Europeu de Classe IOM
Junte-se tambĂŠm Ă Marina Parque das Naçþes no apoio aos velejadores que levam a imagem de Portugal para a Europa e para o Mundo, em categorias que cada vez mais se afirmam no nosso paĂs. A Marina Parque das Naçþes convida-o a deixar a sua mensagem de apoio a estes atletas em www.facebook.com/marinaparquedasnacoes.
Magusto Marina Parque das Naçþes
De 17 a 24 de Novembro, realizou-se em Cres, na CroĂĄcia, o Campeonato Europeu da Classe IOM. Durante estes 8 dias de prova, vĂĄrios foram os velejadores oriundos dos demais paĂses Europeus, que competiram para elevar o Modelismo NĂĄutico a uma categoria de excelĂŞncia. Numa prova onde a perĂcia e um forte conhecimento dos elementos naturais sĂŁo fatores cruciais para o sucesso da mesma, os velejadores â&#x20AC;&#x153;defrontaramâ&#x20AC;? os ventos Croatas com os seus elegantes modelos Ă vela. A representar Portugal estiveram, Ruben LuĂs e JoĂŁo Camilo. Estes dois velejadores seguiram para a CroĂĄcia, fazendo-se acompanhar da Marina Parque das Naçþes, que os apoiou nesta representação nacional. Foi notĂĄvel o desempenho destes dois velejadores que conseguiram honrosas posiçþes a meio da tabela classificativa de um Campeonato Europeu desta dimensĂŁo.
No passado dia 10 de Novembro, a Marina Parque das Naçþes, em parceria com a Associação Nacional de Cruzeiros, promoveu um convĂvio de SĂŁo Martinho nesta mesma marina. Para nos lembrarmos que a nĂĄutica de recreio ĂŠ feita de pessoas e para pessoas, nada melhor que juntar a nossa comunidade nĂĄutica, em redor dos tĂpicos sabores Portugueses e de variadas atividades recreativas, Ă s quais os convidados aderiram com grande entusiasmo. Na Marina Parque das Naçþes valorizamos a tradição e a cultura, pois sĂł desta forma se pode
A Marina Parque das Naçþes e o Centro Nåutico disponibilizam-lhe o espaço perfeito para que a festa de aniversårio do seu filho preze pela diferença e originalidade.
Com variados programas desportivos e recreativos, as festas de aniversĂĄrio que lhe propomos vĂŁo ao encontro do infindĂĄvel imaginĂĄrio infantil, proporcionando-lhes um momento distinto. Assim, propomos-lhe: - Atividades variadas (Canoagem, Caça ao Tesouro; Teatro Musical - â&#x20AC;&#x153;Eu sou um Descobridorâ&#x20AC;?, onde o seu filho ĂŠ a personagem principal; Jogos Tradicionais. - Utilização das nossas salas para uma festa Ă sua medida, a seu gosto e de acordo com as suas reais expectativas. Desfrute, ainda, de um harmonioso espaço lounge com uma vista deslumbrante sobre o EstuĂĄrio do Tejo. - Deixe-se envolver pela envolvente Ăşnica do Parque das Naçþes, na companhia dos que mais gosta, com a possibilidade de exteriorizar a sua atividade para um passeio de bicicleta, um passeio Ă beira-rio, ou para espaços de lazer pĂşblicos (jardim infantil) localizados mesmo em frente Ă marina. Do melhor de dois locais, a escolha ĂŠ sua! Por certo, termos o pacote de festa que mais se adequa Ă s suas expectativas, dando ao seu filho uma viagem na HistĂłria, no tempo e na sua imaginação. E para terminar? As maiores felicidades do mundo e muitos parabĂŠns!
O que fazer, aqui, tão perto de si? Marina Parque das Naçþes . MPN Sailing Academy (Adultos) . Passeios no Rio . 60+ Sailing . Aluguer de Salas
Centro NĂĄutico MPN . Aulas Vela Ligeira (Crianças) â&#x20AC;&#x201C; SĂĄbados 09:30-13:00 e 14:30-18:00 . Canoagem â&#x20AC;&#x201C; Domingos 10:00 â&#x20AC;&#x201C; 12:00 . Windsurf â&#x20AC;&#x201C; Sob marcação . Vela para todos â&#x20AC;&#x201C; 4ÂŞ Feiras das 15:00 â&#x20AC;&#x201C; 17:00 . Cursos de Navegação . Festas de AniversĂĄrio . FĂŠrias NĂĄuticas (FĂŠrias Escolares) Marina Parque das Naçþes EdifĂcio da Capitania, Passeio de Neptuno 1990-193 Lisboa www.marinaparquedasnacoes.pt info@marinaparquedasnacoes.pt Tel. 218 949 066 / Fax. 218 /949 067
MARINA | NP | 31
O nosso objetivo é que desfrute de um momento único, em contacto com o rio e na natureza, sem que para isso seja necessário ter a sua própria embarcação e a uma distância tão curta de sua casa. Para melhor conhecermos esta atividade, que confere ao desporto, bem como ao relaxe e bem-estar, um objeto ímpar, fizemos uma entrevista ao monitor de Vela da MPN Sailing Academy, António Leal Faria, para que, na primeira pessoa, conheçamos as reais vantagens de um desporto como a Vela. A Marina Parque das Nações disponibiliza formação de Vela para Adultos em embarcações de competição devidamente equipadas, para uma melhor e mais eficaz aprendizagem da arte de velejar. Para além de cursos regulares, com a duração de 32 horas, a Marina Parque das Nações disponibiliza, de igual forma, formações intensivas de 16 horas, bem como Batismos de Vela, para que possa passar um momento distinto, entre amigos e família e sempre aos melhores preços. A ideologia desta atividade e destes produtos, que a Marina Parque das Nações coloca ao seu dispor, vai mais além da mera prática desportiva.
Com que idade se iniciou na prática da Vela? Iniciei-me aos 11 anos de idade. Na altura tinha amigos que já praticavam Vela e, a conselho deles, integrei esta modalidade na Doca de Belém. O que o despertou para a prática deste desporto e não de outro qualquer? Como qualquer criança e jovem, vários foram os desportos que experimentei, como o Ténis, Andebol e Futebol. No entanto, a Vela foi o que mais me cativou, mantendo-me fiel à mesma atividade até aos dias de hoje. Para si, quais são as verdadeiras vantagens de se praticar Vela?
Para mim as maiores vantagens de uma atividade como a Vela são muito simples de se explicar. Passam por uma enorme sensação de bem-estar e descontração, ao final de um dia, ou de uma semana, contactar com a natureza, o ar puro e o meio ambiente, bem como a liberdade que podemos sentir nesta mesma modalidade. Podemos ter um vasto rio ou oceano pela frente e não nos cingirmos a um pavilhão, campo, ou ginásio. Acha que a vela é passível de se ser praticada em todas as idades? Sim! A Vela tem esta vantagem. Para ser um membro ativo da tripulação, podemos sê-lo logo a partir dos 8 anos de idade, sensivelmente. Para relaxar e passear, qualquer idade é bem-vinda, desde um recém-nascido até aos 100 anos. A Vela tem esta dualidade. Por um lado podemos encará-la como uma atividade dinâmica e de índole desportiva, por outro, podemos assumi-la como uma atividade de bem-estar e de relaxe únicos, com a Natureza como principal parceiro. Como a vela é um desporto de equipa, que preza por elevados valores de partilha e a busca de um objetivo comum, acha que é uma boa forma de manter a família reunida? A Vela é, sem margem de dúvida, uma excelente atividade para se fazer em família. Mas também o é para se fazer entre amigos, ou até como atividade de team building para colegas de trabalho. Como disseram, esta é uma atividade que agrega
vários valores de companheirismo e partilha de objetivos. E o alcance dos mesmos, enquanto equipa, é o que cria o êxito desta. Na sua opinião, esta zona do Parque das Nações é uma zona favorável à prática de Vela? Esta é uma zona que oferece condições para se fazer uma aprendizagem de vela bastante atrativa e desafiante. Na vertente de formação, podemos afirmar que é uma excelente prática para uma futura navegação. No que ao relaxe representa, podemos assegurar que a vista deslumbrante para a Reserva Natural do Estuário do Tejo marca pela diferença do momento. Se lhe pedíssemos para enumerar 3 razões para que as pessoas venham até à Marina Parque das Nações praticar Vela, quais seriam? As embarcações que, apesar de serem de competição, ainda assim mantêm o conforto necessário a um passeio no rio. Esta é uma zona que é navegável cerca de 365 dias por ano. Podemos assistir a mares revoltos na barra e estarmos com mar (rio) calmo, excelente para um bom dia de vela. Saliento, ainda, outra razão, que é o facto de se criarem laços incomparáveis nas tripulações. Existem casos, que já tive a felicidade de testemunhar, de pessoas que criam a sua tripulação, após formações destas, adquirem a sua embarcação e embarcam juntos. Esta é uma das grandes vantagens da vela, a parte relacional desta atividade.
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MULHERES DO PARQUE
FACES
32 | NP | PERFIL
Andei vários meses a amadurecer a ideia de entrevistar a Subcomissário Cátia Santos. Se, por um lado, tinha muita curiosidade em o fazer - uma mulher jovem, numa posição de comando, num mundo de homens, não é comum – por outro, coloquei-me um pouco no seu “papel” e pensei até que ponto poderia aceitar esta conversa. Decidi, então, convidar a Subcomissário para a entrevista. E para surpresa minha, aceitou prontamente… No local encontrava-se também a Chefe Isabel e a Subcomissário sugeriu a seguinte ideia: “e se a entrevista fosse com as duas, que asseguramos o comando desta esquadra? Podia ser interessante…” Considerei uma ideia muito interessante. Por isso, nesta edição fomos falar com a Subcomissário Cátia, que assegura o comando desta esquadra, coadjuvada pela Chefe Isabel. Subcomissário Cátia Santos, fale-me um pouco de si. Sou natural de Leiria, tenho 26 anos e em 2005 vim estudar para Lisboa onde ingressei no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna. Após terminar o Mestrado vim para o comando da 40ª Esquadra, aqui no Parque das Nações. Em 2011,
prestei serviço na 2ª Divisão Policial do Comando da PSP de Lisboa, nos Olivais. Em 2012 voltei à 40ª Esquadra, onde me encontro até hoje. Qual é a reflexão que faz deste seu percurso? Apesar de ainda muito curto, deu-me a oportunidade de crescer como Oficial e também como mulher, conhecer melhor a instituição que orgulhosamente integro e confirmar que ainda tenho muito a aprender. E a chefe Isabel Rebanda? Sou natural do Porto, tenho 45 anos e em 1990, frequentei o Curso de Formação de Guardas, na Escola Prática de Polícia, em Torres Novas. Após o curso ingressei na PSP onde passei por várias esquadras e departamentos, em Lisboa, e nos Açores. Em finais de 1999, terminei a comissão de serviço nos Açores e fui colocada nesta esquadra. Permaneci até finais de 2005 e, por conveniência de serviço, ausentei-me, mas regressei em 2011. Tem sido interessante ver a evolução deste bairro. Atualmente exerço funções de supervisora dos Programas Especiais e coadjuvo a Sr.ª Subcomissário Cátia. Subcomissário Cátia, desde criança escolheu ser polícia, porquê? Desde sempre quis ser polícia, apenas baseada no sentido de missão que assoberba as ideias de qualquer criança.
meu sonho. Hoje, em nada me arrependo. Estou muito realizada, sinto-me útil e fazer parte desta Instituição são algumas das razões que me motivam todos os dias. E o serviço de um agente, era o que imaginava? Não.Tem muito mais do que as pessoas pensam. Até dediquei esta edição do jornal a explicar as várias valências da polícia. E a Chefe Isabel? Porque escolheu este percurso? Não foi em criança, mas já na adolescência, que sempre me atraiu o interesse pela prevenção da criminalidade, a segurança da população, o apoio, a ajuda aos cidadãos. Qual é a função de um Subcomissário? Como é o seu dia-a-dia? A função de um Subcomissário tem duas vertentes, uma administrativa e outra mais operacional. O dia-adia passa por despachar inúmero expediente, que é muito diversificado. O mais prioritário são as ocorrências com o Carro Patrulha, as queixas recebidas no atendimento ao público, aspetos referentes ao trânsito, a gestão do pessoal e do material da Esquadra. Temos muitas outras funções que podem, ou não, ser diárias. Sabemos sempre a que horas entramos mas a hora de saída - é quando o serviço o permitir.
Via os polícias como os “heróis”? Sim, eram os heróis, os vencedores, os que ajudavam as pessoas contra os “vilões” [sorrisos].
E de um Chefe? (Chefe Isabel) A minha função é apoiar o Comandante de Esquadra - na sua presença ou ausência - e em tudo o que for necessário, segundo as suas orientações.
Manteve sempre essa persistência? Ao longo do tempo havia quem me dissesse que esta persistência se ia desvanecer. Mas esta contrariedade ainda me fez mais vontade de lutar pelo
Considero esta uma profissão com bastante desgaste psicológico, para além de físico. Lidam diariamente com o “mal”. Como é que compensam esse desgaste? Onde vão buscar “forças”?
(Subcomissário Cátia) Penso que qualquer polícia, em primeiro lugar, vai buscar forças quando o seu trabalho é reconhecido pelo cidadão - que vê a justiça ser feita. Também, através de um simples sorriso, de quem se sente seguro na área que servimos. De igual forma, a família, o bom ambiente de trabalho que existe e o exercício físico que pratico são excelentes aliados. Costuma correr de manhã, aqui, no Parque das Nações, antes de entrar na esquadra. (Subcomissário Cátia) É verdade! No verão de manhã, no inverno mais ao final da tarde... Mas agora não o faço porque estou grávida. Mas o desporto tem de continuar a ser parte integrante do meu dia. Entre caminhadas pelo Parque das Nações, também faço umas aulas mais calmas, no ginásio, como o pilates. (Chefe Isabel) Em casa, junto da família e dos amigos. Também, por vezes, vou correr aqui no Parque das Nações, à hora do almoço. Na manifestação de setembro, aquela foto, muito comentada, da jovem que abraçou o polícia. Como interpreta isso? (Subcomissário Cátia) “Existimos para o servir” é um dos lemas da PSP que ninguém deve esquecer. Esta jovem, na minha opinião, com esse gesto mostra-se reconhecida e decidiu retribuir, ao seu jeito, o nosso empenho. (Chefe Isabel) Vi como uma manifestação de compreensão e tolerância para com uma força policial que tem uma missão difícil: zelar pela manutenção da ordem pública, defender as instituições democráticas, proteger a sua integridade física e a dos intervenientes na manifestação. Compreendo os manifestantes porque o seu objetivo é desabafar e demonstrar as suas dificuldades, anseios e preocupações, com a circunstância atual e futura.
PERFIL | NP | 33
“Quando estamos a proceder a fiscalizações rodoviárias, não é muito justo quando os cidadãos dizem aos agentes que em vez de os autuar, deviam estar a “apanhar criminosos”. Mas não teríamos que o fazer se essas pessoas não estivessem a prejudicar a liberdade dos outros, no caso dos estacionamentos. Recebemos muitas chamadas e reclamações de cidadãos, quer moradores quer visitantes do Parque das Nações...” Como polícia, se estivesse naquele lugar, o que teria sentido? (Subcomissário Cátia) Quando perguntou onde vamos buscar forças, respondi que também poderia ser através de um sorriso de quem se sente seguro. Poderia também ter dito - de um abraço de quem reconhece o nosso empenho! [sorrisos]. (Chefe Isabel) Como elemento policial, naquela missão específica, teria sentido compreensão, carinho, tolerância, acolhimento. Mas nem sempre tudo decorre bem… recentemente alguns colegas seus ficaram feridos nas manifestações (Chefe Isabel) Pois, é o risco desta profissão. Ainda não me aconteceu isso, mas há colegas que põem em risco a sua integridade física para cumprir a sua missão. Não deve ser muito comum duas mulheres comandarem uma esquadra onde maioritariamen-
te existem homens… (Subcomissário Cátia) Já foi mais invulgar. Nos nossos dias as mulheres já não são discriminadas. Nas mais variadas áreas, não só na polícia, já demonstrámos que somos tão capazes como os homens. No comando desta Esquadra sinto-me bem e tenho a certeza de que nenhum dos elementos que comando tem qualquer preconceito. Basta darmos o nosso melhor, que o nosso valor e dedicação sobrepõem-se a qualquer juízo de valor. (Chefe Isabel) Não é muito comum, mas poderá ser um “casamento feliz”. As mulheres têm outras sensibilidades que poderão dar bons resultados. A nossa interação com os agentes, a sociedade em geral, os moradores, os vários serviços existentes no Parque das Nações têm sido bastante positivos, felizmente. Cada vez mais se verifica uma maior disposição, por parte das mulheres, em ascender a funções de chefia. Mas para isso devem ser criadas oportunidades para isso acontecer. A oportunidade, a vontade, a disponibilidade, a persistência, são
fatores necessários para um bom desempenho. Quer partilhar connosco um episódio da sua profissão? (Subcomissário Cátia) Já tenho alguns momentos que me deixam muito orgulhosa do meu empenho, fico muito contente quando algumas vítimas vêm à nossa Esquadra, apenas para agradecer a forma como foram atendidas e como o seu caso foi encaminhado. Já me aconteceu ligarem-me a confidenciar que ganharam a causa em tribunal ou que os seus processos estão a decorrer bem. Isto mostrame que estamos a fazer um bom serviço e há quem o reconheça. (Chefe Isabel) Quando em 1999 estive nos Açores vivi momentos muito agradáveis. Éramos muito bem acolhidos pelas populações locais, que ficavam muito contentes quando nos viam. Éramos tratados como amigos “diferentes” que os iam visitar. Até nos convidavam a lanchar em suas casas. Era muito enriquecedor em termos humanos!
E algum menos agradável? (Subcomissário Cátia) Quando estamos a proceder a fiscalizações rodoviárias, não é muito justo quando os cidadãos dizem aos agentes que, em vez de os autuar, deviam estar a “apanhar criminosos”. Mas não teríamos que o fazer, se essas pessoas não estivessem a prejudicar a liberdade dos outros, no caso dos estacionamentos. Recebemos muitas chamadas e reclamações de cidadãos, quer moradores quer visitantes do Parque das Nações porque as suas viaturas estão trancadas por outros veículos mal estacionados ou, então, porque não conseguem sair das suas garagens. O ideal seria não termos que o fazer, pois isso significaria que as pessoas andavam dentro da legalidade e respeitavam-se umas às outras. O que gostariam de dizer aos nossos leitores sobre o Parque das Nações? É um privilégio poder fazer parte desta população. Todos os moradores também o deviam sentir e fazer um esforço para tornar o Parque das Nações num local cada vez mais aprazível para se viver, trabalhar e passear. Para tal, os que ainda não o fazem, devem respeitar os estacionamentos dentro da lei ou sensibilizar os seus vizinhos para o fazerem. Para nos ajudar devem, sempre que tenham conhecimento de algo estranho nas vossas ruas, comunicar a esta esquadra ou a algum agente com que se cruzem pelo Parque das Nações. Lembramos que estamos de serviço 24h por dia e a ajuda de todos é fundamental para o nosso sucesso.
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34 | NP | OCEANÁRIO
Tubarões em Portugal: Verdades e Mitos Primeiro confundem-nos com golfinhos. Depois instala-se o pânico e a confusão. Tem sido assim sempre que se avistam tubarões na costa portuguesa. Santo Amaro de Oeiras e Vila Nova de Milfontes foram, este ano, as praias que receberam a indesejada visita do mais assustador de todos os predadores marinhos. “Existem cerca de 500 espécies de tubarões e, só na zona do nordeste Atlântico, encontramos mais de 100”, conta o investigador do Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve, Rui Coelho. O cientista não se mostra surpreendido com os recentes avistamentos destes animais e explica porquê: “Os pescadores da zona de Sagres, por exemplo, já sabem que é habitual que tubarões-martelo se aproximem da costa na altura do verão. O que sucede, hoje em dia, é que a informação circula mais depressa e aquilo que sempre aconteceu é agora relatado mais rapidamente”. Claro que tudo tem uma explicação biológica e Rui Coelho afirma que algumas espécies de tubarões veem nas águas quentes da nossa costa o ambiente ideal para o nascimento das crias. Outro motivo possível tem a ver com o facto da temperatura do mar facilitar o desenvolvimento de algas e dos organismos que delas se alimentam. Atraídos por toda esta biodiversidade, os tubarões acabam por se aventurar, nestas zonas, em busca de alimento. Mas nada disto deve constituir razão para alarme. Desde que Spielberg filmou “Tubarão”, em 1975, que estes animais ganharam a fama de perigosos devoradores de homens. Mas a realidade é bem distinta. “A nível mun dial existem cerca de 70 ataques por ano e m u i t o p o u c o s s ã o f a ta i s . N o s E st a d o s U n i d o s , p o r e x e m p lo , morrem mais pessoas em acidentes de carro contra veados do que atacadas por tubarões”, revela Rui Coelho. Em Portugal não há sequer registo de qualquer problema com estes animais. “As espécies que se aproximam da nossa costa não são à partida muito perigosas”, diz Rui Coelho. O investigador deixa, mesmo assim, um aviso: “Estamos perante animais de grande porte e claro que as regras de bom senso devem imperar. Se houver um avistamento nas praias, as pessoas devem sair imediatamente da água”. As espécies de tubarões que se aproximam da costa portuguesa até podem assustar pela sua dimensão, mas os seus hábitos alimentares comprovam que não representam grande perigo para as pessoas. É o caso, por exemplo, do
tubarão-frade, avistado frequentemente no arquipélago da Madeira e na costa continental. Trata-se do segundo maior peixe do mundo (a seguir ao tubarão-baleia), pode chegar aos 12 metros de comprimento, mas alimenta-se apenas de plâncton e pequenos peixes. O Projeto ‘Shark-Tag’ Os tubarões são dos animais em maior destaque na exposição permanente do Oceanário de Lisboa. Nesse sentido e de acordo com a sua missão de conservação dos oceanos, o Oceanário tem apoiado o projeto ‘Shark-Tag’, coordenado por Rui Coelho, no Centro de Ciências do Mar da Universidade do Algarve. “Este projeto está focado nos tubarões-martelo. Queremos estudar a forma como utilizam o habitat e os seus padrões de movimentação, tanto a nível geográfico como de profundidade”, explica o investigador. Para recolher as informações necessárias ao estudo, são colocados transmissores em espécimes de tubarão-martelo, que registam dados relativos à profundidade, temperatura da água e posição geográfica. Esta espécie é particularmente sensível à sobrepesca e encontra-se atualmente em declínio. As informações recolhidas pelo ‘Shark-Tag’ vêm, por isso, contribuir para que se tomem medidas de conservação mais ajustadas às características dos tubarões-martelo. “Esta é uma espécie prioritária para novas investigações”, confirma Rui Coelho. “Os dados que recolhermos vão permitir estudar novas formas de conciliar a proteção de espécies ameaçadas com uma indústria de pesca dinâmica”. Os Tubarões do Oceanário Imponentes e assustadores, os tubarões são um dos principais elementos de atração de público ao Oceanário de Lisboa. Como seria de esperar, a manutenção destes predadores em cativeiro implica exigências particulares, a começar pelo espaço de que necessitam: “Ao contrário dos peixes ósseos, muitas espécies de tubarões não conseguem fazer uma respiração forçada. Têm que nadar para que a água lhes entre pelas brânquias e se façam as necessárias trocas gasosas. É por isso que se costuma dizer que os tubarões morrem se estiverem parados. Durante muito tempo não se conseguia manter tubarões em cativeiro precisamente porque não havia aquários suficientemente grandes para que pudessem circular”, explica o aquarista do Oceanário, Jorge Carmo. De acordo com o biólogo, os tubarões são animais muito sensíveis e a grande dificuldade está em habituá-los a viver em cativeiro e rotiná-los ao processo de alimentação: “São treinados para vir comer à superfície onde os alimentamos individualmente. Isto permite-nos controlar o que comem e, caso algum se encontre doente, é fácil juntar medicamentos à ração que lhe atribuímos”. Uma das grandes curiosidades dos visitantes, relativamente aos tubarões da exposição, é perceber por que razão não atacam outros peixes. A prevenção começa logo na própria introdução de novos animais no aquário, que passam as primeiras 24 horas dentro de uma gaiola. Deste modo, têm um primeiro contacto mais protegido com o novo espaço, identificando potenciais ameaças e locais de abrigo. Depois, há o facto da alimentação ser feita em locais distintos consoante as espécies, o que permite separar os animais de maior porte dos restantes e assim diminuir os riscos de predação. O Oceanário dedica aos tubarões algumas das suas atividades educativas, entre as quais se destaca o programa “Dormindo com os Tubarões”, que permite que famílias ou turmas escolares passem a noite em frente aos tubarões do aquário central. www.oceanario.pt
36 | NP | ARQUITECTURA
COM O TERRAMOTO VEIO A MODERNIDADE Por: Diogo Freire de Andrade, Arquitecto, e-mail: dfandrade@conceitofa.pt
Cascais até ao Guincho há um percurso de 8 km, embora sem apoios, estando mais destinado para bicicletas.
Foi preciso um cataclismo para que a cidade de Lisboa se tornasse numa verdadeira capital do Império em termos urbanísticos. Neste artigo vou falar na 1ª verdadeira intervenção urbanística que se fez em Lisboa. A chamada baixa pombalina.
O passeio marítimo de Cascais tem uma localização fabulosa, desde Cascais onde começa o passeio, passando pelo Monte Estoril, Estoril até à praia da Azarujinha.
18 Hectares do Parque das Nações
Esta intervenção urbanística só aconteceu devido ao grande terramoto de 1755 que, seguido de um mortífero maremoto e devastadores incêndios, deixou a cidade arrasada. O Rei D. José I mandou tratar dos feridos e enterrar os mortos e encarregou o seu primeiro-ministro, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal, de organizar uma equipa de trabalho no sentido de projetar uma cidade moderna, monumental. As cidades daquela época eram cenários e glorificavam os senhores que reinavam. Foi uma oportunidade para Lisboa se engrandecer e tornar-se numa cidade digna da capital do Império que possuía. O Marquês de Pombal chama Manuel da Maia, Eugénio dos Santos e Carlos Mardel para desenharem do zero uma nova zona da cidade com grande dimensão para a época e revolucionar o urbanismo e arquitetura em Portugal. As ruas passaram a ter hierarquia com dimensões e importâncias diferentes adequadas aos seus usos. Os espaços são amplos, permitindo condições de higiene, iluminação e arejamento inexistentes na cidade medieval. A baixa pombalina tem aproximadamente 18 hectares. No Século XVIII, 18 hectares eram sem dúvida uma grande área, mas como curiosidade, se compararmos a área de 18 hectares com o Parque das Nações, que tem no total 330 hectares, parece bem mais pequeno, de facto toda a baixa pombalina ocupa o espaço da FIL até à TorreVasco da Gama e a largura entre a Alameda dos Oceanos e o rio.
18 Hectares da Baixa Pombalina
Conforme referi no meu último artigo a baixa de Lisboa antes de 1755 tinha um traçado orgânico, caótico, sem regra e sem planeamento. Crescia ao sabor do terreno, das ribeiras, dos caminhos que se iam abrindo e das necessidades da construção, ver planta de João Tinoco.
Sistema gaiola – esquema global
Planta pré-terramoto João Tinoco
Passeio marítimo de Cascais Sistema gaiola – parede interior
Planta pré-pombalina Plantas sobrepostas Em substituição do desenho orgânico foi feito um desenho retilíneo ortogonal. Toda a área entre as duas praças da cidade Rossio e Terreiro do Paço foi redesenhada, inclusive, as próprias praças. De facto o Rossio transforma-se no “Forum” da cidade onde as pessoas se reuniam e discutiam, sem dúvida, mais popular que a Praça do Comércio. Praça do Comércio que recebe vários ministérios, mas entretanto perde o Palácio Real. O Rei D. José com medo de mais terramotos foge para a zona ocidental da cidade vivendo na chamada “real barraca” na Ajuda. Foi também por receio das consequências devastadoras de um terramoto que os novos edifícios obedeceram a um método construtivo que teoricamente minimizava os efeitos de um abalo, foi o primeiro sistema antissísmico construído em grande escala. O método inventado chamava-se sistema gaiola. Consistia numa estrutura de madeira flexível embutida nas paredes, nos pavimentos e coberturas formando, de facto, uma grande gaiola. Com este sistema o edifício abanava, mas não desabava.
Ainda hoje a baixa pombalina é um dos pontos chave da nossa cidade. É lá que se encontram as sedes dos bancos, onde se fazem as manifestações populares, onde se localiza o poder local na Praça do Município, onde ainda funciona a mistura entre habitação, comércio e escritórios. É um legado do Marquês de Pombal que perdura com toda a sua monumentalidade após 250 anos.
Em todo o seu percurso tem a vantagem de ter a praia de um lado e do outro casas lindíssimas, o Tamariz, o jardim do Casino, ligações ao comboio, etc. O passeio marítimo de Cascais está bem organizado com vários apoios como instalações sanitárias, equipamentos de desporto, cafés e restaurantes, chuveiros e parques de estacionamento.
À BEIRA DE ÁGUA Uma das caraterísticas do Parque das Nações é a sua ligação com a água. Este espaço é visitado por milhares de pessoas por ser um dos melhores sítios para se dar passeios junto à água. Ao longo dos 5 km da marginal da Expo há uma série de interesses e vários apoios que incentivam a sua utilização. Estudando toda a frente rio, desde o Trancão até ao Guincho, abrangendo portanto todo o Concelho de Lisboa, Oeiras e Cascais, verificamos que há outros passeios marítimos a rivalizar com a Expo. Em Lisboa, para além do Parque das Nações, infelizmente só temos o espaço entre Alcântara e o Centro Champalimaud com 4 km de frente rio. Já fora do Concelho de Lisboa, o próximo passeio com alguma dimensão e minimamente estruturado é o da praia de Carcavelos com 1,5 km e, mais à frente, o passeio marítimo de Cascais com 3 Km. Finalmente, desde a marina de
Imagem aérea do passeio marítimo de Cascais Na Expo também temos argumentos para ser considerado um dos passeios mais bonitos, como, por exemplo, um paisagismo bem planeado e cuidado, uma diversidade enorme de ambientes, desde a Marina, Oceanário, jardins Garcia de Orta, vários jardins e relvados. O que estes dois locais têm de semelhante é que proporcionam passeios fabulosos. Por isso caminhem, corram, andem de bicicleta, o que interessa é que se mexam. Fazer desporto é essencial e condições temos, não há desculpas.
ENSAIO | NP | 37
HYUNDAI I40 1.7CRDI Por: Jorge Santos Farromba
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ciador, os consumos são comedidos e o preço de 29.990 euros (versão 1.7 CRDi de 115 CV com equipamento Comfort) serve não somente para o consumidor tradicional como para as frotas de
A maior ousadia de uma marca é desafiar-se a si própria e investir na procura de novos mercados. Se, há poucos anos, a marca e os modelos eram vistos como outsiders de mercado, hoje são players, à custa de produtos atuais, bem construídos e tecnologicamente evoluídos. E a I40 surge no mercado para se intrometer com “os grandes” sem receios. Encontramos assim um modelo com sérias pretensões a competir no segmento premium, a preço acessível. Bem desenhada, com um layout que transmite dinamismo e robustez, gostos europeus e… muito espaço. No interior, encontramos materiais de boa qualidade que se aproximam bastante dos rivais alemães, um tablier robusto e bem desenhado, com toda a informação ergonomicamente bem colocada; um posto de condução correto e, sobretudo, com toda a informação muito voltada para o condutor. Atrás encontramos, tal como na bagageira, enorme espaço interior, não só entre os bancos, mas também em termos de largura. Adaptarmo-nos à I40, é sobretudo um exercício de redefinir as zonas e locais por onde passamos, pois estamos em presença de uma viatura grande e larga. Em termos dinâmicos a I40 é extremamente fácil de conduzir, onde não se notam as dimensões do modelo e onde o chassis responde com eficácia e bom comportamento a qualquer solicitação do condutor. A eficácia do conjunto encaixa com a caixa de velocidades bem escalonada e com os consumos muito comedidos deste motor. Em termos das suspensões, o pisar das mesmas é
“O modelo está bem construído, a estética convence, a imagem de solidez idem, o referencial em termos de garantia de 5 anos é diferenciador, os consumos são comedidos e o preço de 29.990 euros ...” firme, mas falta-lhe ainda algum refinamento para estarem ao nível dos alemães, principalmente em pisos mais desnivelados, bem como surgem alguns ruídos aerodinâmicos e de insonorização. Em termos mecânicos, o 140 com o motor 1.7 CRDi menos potente, apresenta nesta versão de 115Cv uma menor propensão inicial para as recuperações e arranques em cidade, algo que desaparece muito próximo das 2.000rpm. Em resumo, existem alguns pontos que certamente a Hyundai vai corrigir rapidamente e não será por isso que a I40 não se irá intrometer na luta do segmento D. O modelo está bem construído, a estética convence, a imagem de solidez idem, o referencial em termos de garantia de 5 anos é diferen-
empresas. Sendo este a primeira vez que a Hyundai tenta a entrada neste segmento, a aposta está ganha e não me admira que, daqui a uns anos, tenhamos um modelo a querer ter a primazia do segmento.
38 | NP | OPINIÃO
Por: João Bernardino
Os utilizadores de bicicleta são moralmente incumpridores?
http://cicloficinaoriente.wordpress.com/ A maioria das pessoas já terá reparado no facto de a maioria dos ciclistas urbanos não cumprir sempre as regras legais de trânsito. É habitual observar-se utilizadores de bicicleta a transgredir sinais vermelhos, a percorrer ruas em sentido proibido, ou a realizar viragens não permitidas. Diversos utilizadores de outros modos de transporte ficam indignados com este comportamento. Não existe ciclista infrator que não tenha já ouvido algum protesto, gestual, verbal ou na forma de buzinadela. O descontentamento latente é ainda mais vasto; a maioria dos cidadãos descontentes com aquele tipo de actos prefere não se manifestar, guardando o sentimento para si próprio. Ficam assim os ciclistas urbanos mal vistos entre boa parte das pessoas. São, por vezes, generalizadamente conotados como pessoas pouco respeitadoras das regras da sociedade, fundamentalistas do ambiente, anarquistas ou outras classificações de estilo. Será assim? Para fazer uma avaliação moral do não cumprimento de algumas regras legais, por parte dos ciclistas, é útil dar um passo atrás e ter em conta a razão fundamental da existência de regras de trânsito: a segurança. Se recuarmos apenas duas gerações, verificamos que, à altura, praticamente não existiam semáforos. Recuando mais um pouco, não havia regras de trânsito.A inexistência dessas regras não se devia necessariamente ao facto de nos encontrarmos num estado civilizacional menos avançado, mas simplesmente à não necessidade delas. Os acidentes graves nas deslocações das pessoas não aconteciam. Choques entre carroças, cavalos, pessoas, ou bicicletas, eram raros e, quando ocorriam, causavam normalmente não mais do que uns beliscões. Existem dois fatores na mobilidade que colocam em risco grave a segurança: a massa e a velocidade. Com o advento do automóvel e das mortes e outros acidentes graves que a sua utilização despoletou, foram criadas e proliferadas as regras de trânsito. Efetivamente foi o surgimento de veículos pesados e rápidos que trouxe a necessidade de regular o movimento das pessoas.As regras quanto à forma como nos deveríamos deslocar tornaram-se, assim, banais, ao fim de poucas décadas. A moral vigente relativamente ao respeito pelas regras de trânsito é diferente conforme o modo de deslocação que se utiliza. É, por exemplo, moralmente inaceitável para a maioria dos cidadãos ver
um automóvel a ultrapassar um sinal vermelho, mesmo em situações em que o risco seja aparentemente inexistente. Aos peões não se aplica a mesma moral. É aceitável, para praticamente qualquer um, ver o peão atravessar com o sinal vermelho, desde que não existam veículos na estrada em vias de passar por ali. Ainda que esta diferenciação de julgamento moral ocorra quase inconscientemente, as razões da sua existência são simples. Se for imprudente, um peão dificilmente causará um dado grave a alguém, à exceção dele próprio. Não só tem um incentivo extremamente forte para ser prudente (egoisticamente falando) a fim de preservar a sua própria vida, como, no caso de ser imprudente, isso acarreta um risco menor para terceiros. A aplicação à bicicleta de princípio moral análogo parece ser evidente. Uma bicicleta e o seu passageiro têm uma massa cerca de 20 vezes inferior à de um automóvel. Por outro lado a bicicleta anda normalmente a velocidade, digamos, 3 vezes inferior à de um automóvel. Nestas circunstâncias, a energia do automóvel em movimento é cerca de 200 vezes superior à da bicicleta mais o seu passageiro. Os riscos de danos graves em caso de acidente não devem, portanto, ser colocadas em patamares equivalentes. Legalmente, não é permitido a um ciclista passar um vermelho. Moralmente, pode ser aceitável.
“Recuando mais um pouco, não havia regras de trânsito. A inexistência dessas regras não se devia necessariamente ao facto de nos encontrarmos num estado civilizacional menos avançado, mas simplesmente à não necessidade delas. Os acidentes graves nas deslocações das pessoas não aconteciam. Choques entre carroças, cavalos, pessoas, ou bicicletas, eram raros e, quando ocorriam, causavam, normalmente, não mais do que uns beliscões.”
É curioso a este respeito verificar o que acontece em países onde a bicicleta é encarada massivamente como um modo de transporte utilitário: aquilo que é legalmente proibido em Portugal é, em muitos casos, perfeitamente legal noutros sítios. Em países como a Holanda, a Dinamarca, a Suécia, a Alemanha, a França e outros, é permitido, em diversas circunstâncias, passar sinais vermelhos, atravessar ruas em sentido inverso ou realizar viragens onde tal não é permitido ao automóvel. Também é comum nestes países ver ciclistas a infringir algumas regras de trânsito, sem que isso seja especialmente encarado pelos concidadãos como algo reprovável em todas as circunstâncias.
fosse generalizado ao resto da população – tal como o comportamento pouco cuidado de alguns automobilistas não deve ser generalizado a todos – nem que o comportamento de outros ciclistas seja moralmente avaliado de forma desajustada, relativamente à necessidade de manter a segurança nas deslocações que fazemos.
Nada disto invalida que existam alguns ciclistas a ter comportamentos efetivamente reprováveis na forma como interpretam e aplicam as regras de trânsito. E que, tal como os restantes cidadãos, não sejam imunes a regras com conta, peso e medida. Mas não seria útil que o comportamento de uns
Por fim, é uma verdade que é bastante delicada a questão de traçar os limites da moralidade, especialmente se ela não coincide com os limites da legalidade. Para resolver este conflito, seria útil adequar a lei à realidade emergente da adoção da bicicleta.
OPINIÃO | NP | 39
Message in a bottle Numa edição antiga do Notícias do Parque foram relatados alguns defeitos urbanísticos da Alameda dos Oceanos, nomeadamente a má visibilidade do trajecto Norte, as passadeiras e os cruzamentos. É importante referir, mais uma vez, a falta de visibilidade da mesma, principalmente durante a Primavera e o Verão, de noite, em que as árvores, carregadas de folhas eclipsam a luz dos candeeiros de toda a Alameda Norte. De igual forma, a visibilidade é fraca na circular paralela interior, devido aos ângulos mortos, à vegetação e aos automóveis estacionados perto das passadeiras. Se adicionarmos à equação os sucessivos Kamikazes do jogging, que teimam em se atirar literalmente para as passagens de peões, em velocidade de alta rotação, ou as pessoas que atravessam descuidadamente, sem olhar, fora dos locais próprios. O produto final, citando o jornal, é uma roleta russa tanto para pedestres como para automobilistas. Felizmente o número de acidentes não é (ainda) muito negativo. Na minha humilde opinião, os candeeiros da Alameda dos Oceanos deveriam ser mais baixos, por exemplo, com recurso a braços adicionais, localizados a uma altura abaixo da copa das árvores. No que diz respeito às árvores, considero que algumas espécies se tornam num factor de risco para a saúde pública pois na época da polinização os Jacarandás e os Plátanos (Platanus acerifólia) contribuem para o agravamento de várias doenças respiratórias como a asma, a rinite e a bronquite, que podem mesmo levar ao surgimento de pneumonias. Seria importante considerar a possibilidade da substituição progressiva de todas as árvores alergizantes, naturalmente começando pelas que vão morrendo por qualquer motivo ou não se estão a desenvolver convenientemente. Claro que estas árvores são parte integrante destas artérias e é indiscutível a sua importância ao actuarem como purificadores do ambiente, pelo oxigénio que libertam, e como absorvedores do dióxido de carbono libertados pelos veículos que por essas artérias circulam, para além de serem reguladores da temperatura, por criarem agradáveis sombras no verão. O excesso de velocidade que esta Alameda permite, que é real, é assustador, tendo em conta o
O Omelhor melhorde deItália Itália em emPortugal Portugal
Correio do Leitor por: Pedro Gaspar - Informático 38º 46’ 31.24’’ N 9º 05’ 42.26’’ O…é aqui que começa a aventura
Expo Expo
número elevado de pedestres (sobretudo de crianças e idosos) que aqui circulam e que a atravessam ininterruptamente, a cada segundo. Uma solução viável poderia passar pela introdução de lombas redutoras ou de semáforos, evitando a necessidade de policiamento com as penalizações associadas, sempre de discutível eficácia e, até, de aceitação por parte dos utentes da via. O que se pretende é aumentar a segurança de quem circula a pé e, também, a dos automobilistas, com recurso a um espírito de cidadania de todos os intervenientes. Quando se defende que a segurança deve ser sobretudo garantida por agentes da autoridade, eu questiono-me porque é que os índices de criminalidade (a nível nacional) continuam a aumentar, como, por exemplo, de roubos com e sem “mão armada”! Por outro lado, quando se discute a falta de recursos humanos para garantir a segurança dos cidadãos, pergunto-me quantos mais acidentes serão necessários para que quem de direito intervenha eficazmente, evitando assim cenários iguais ao que assisti, no início deste ano. Num destes domingos, um automóvel pequeno transportando crianças teve de fazer uma travagem brusca numa passadeira, e um outro que o precedia não teve tempo de parar devido à excessiva velocidade a que seguia. O acidente aconteceu. Felizmente sem que tivesse havido feridos graves, só ligeiros.
Boas Festas
A nível da segurança, a P.S.P. tem vindo a desempenhar um papel fundamental neste local, com uma dinâmica de proximidade com os moradores e comerciantes, que é uma mais-valia para todos nós e que merece ser destacada. Temos de fazer mais pelo Parque das Nações sem baixarmos os braços ou permitir que se calem vozes discordantes com leis mal elaboradas por apressadas e desadequadas, como é usual em largos sectores deste país. Seria utópico tentar urbanisticamente atingir, a todos os níveis, a perfeição, mas tenho a certeza que, com boa vontade, se encontrará algo razoável pelo percurso. Aqui fica, pois, esta “mensagem numa garrafa“ para quem interessar, que poderá alcançar, um dia, uma qualquer praia. (…) Pedro Gaspar, PN Novembro ‘12
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40 | NP | AGENDA
CASA POR: Sónia Ferreira
Vim morar para o Parque das Nações há cerca de um ano e já o sinto como a minha casa. A minha casa é o rio, são os museus e os espaços verdes, são os cafés e as pessoas que conhecemos e encontramos, a viver também nesta casa. A casa é muito mais que um espaço físico, fechado, é um encontro de espaços e pessoas, de experiências e de sabores, que nos ajudam a viver e a descobrir coisas sobre nós próprios, à medida que os dias passam. O objectivo deste artigo será abrir as portas da nossa casa a todos os que lá moram e podermos explorar as várias dimensões deste espaço, em conjunto. Antes de mais, apenas umas pequenas palavras para me conhecerem melhor: chamome Sónia Ferreira, tenho 35 anos, casada e com 2 filhos, de 3 anos e 18 meses. Para além de morar, também, trabalho no Parque das Nações, pelo que tenho a perspectiva do lazer e também do trabalho. Poderia dizer que sou igual a tanta gente, moradores também com filhos pequenos, vidas ocupadas, carreiras preenchidas, rotinas diárias. É facil na correria dos dias sentir que não temos tempo, que há coisas que gostaríamos de conhecer e explorar, mas que muitas das vezes não conseguimos arranjar um espaço para lhes dedicar, quer coisas que gostaríamos de fazer em família, quer, às vezes, algo que gostaríamos de explorar individualmente, um hobby ou um interesse pessoal. O que descobri ao longo dos últimos tempos é que nós criamos o nosso próprio tempo, o espaço em que nos permitimos pensar e desfrutar das coisas que são importantes na nossa vida e algumas das quais nos fomos esquecendo e neglicenciando, à medida que vamos assumindo mais responsabilidades e mais tarefas. É fácil esquecermos aquilo que somos, na correria dos dias, aquilo que nos faz falta, às vezes pequenas coisas, que nos trazem de volta à essência e nos colocam os problemas e frustações em perspectiva. A resposta a esta questão parte de cada um de nós, podemos ser aparentemente iguais, mas cada um tem a resposta para aquilo que necessita, se procurar bem dentro de si. As minhas sugestões vão de encontro a algumas das coisas de que mais gosto na nossa casa e que me fazem partir à descoberta sobre os outros e sobre mim. Espero que gostem da visita! Pavilhão Ciência e Conhecimento Este é o espaço por excelência da descoberta e experimentação, sempre com novas exposições e workshops para miúdos e graúdos, onde aprendemos sobre dinossauros, física, tecnologia e culinária, tudo no mesmo espaço. Tem um passe de família anual, que, por 35 euros, tem entrada livre para 2 adultos e número ilimitado de crianças até aos 17 anos, durante 1 ano, é sempre diversão garantida! Aqui vai alguma informação das exposições a
decorrer: - “T-Rex: quando as galinhas tinham dentes” - “A ciência que muda o mundo” - “Brincar Ciência” & “Vê, Faz, Aprende!” Para mais informação, consulte www.pavconhecimento.pt. Música Para mim, a música tem um papel imprescindível, é um motor e um reflexo dos meus dias. Independentemente de gostos pessoais, a música enche-nos de energia, ajuda a ver através das nuvens e purifica os pensamentos. Sendo esta uma quadra natalícia, alguns eventos previstos estão também relacionados com a data, aqui vão alguns dos espetáculos previstos para os próximos tempos: - 14 Dezembro: Aurea (Fnac Vasco da Gama) - 16 Dezembro: Peixe (Fnac Vasco da Gama) - 18 Dezembro: Swedish House Mafia (Pavilhão Atlântico) Para mais informação, consulte www.pavilhaoatlantico.pt e www.culturafnac.pt. Parques & Observação de aves A observação da natureza é algo fantástico, que nos relembra que não somos os únicos a habitar este espaço e a dar ainda mais valor à envolvente onde estamos, raros serão os locais em Lisboa onde teremos todas as vantagens da cidade e todas as vantagens também da proximidade com a natureza. Para além das várias actividades informais (desportos colectivos, etc.), que decorrem nos parques, são organizadas acções de observação de aves, as próximas serão nas seguintes datas e locais: - 16 de Dezembro: Skate Park - Terreiro dos Radicais no Parque Tejo - 13 de Janeiro: Skate Park - Terreiro dos Radicais no Parque Tejo Para mais informação, consulte www.spea.pt. Corrida pela marginal
entrar dentro de nós. Sinto que muitos partilham desta necessidade, pelas centenas que vejo a correr todos os dias. Este local é privilegiado para esta actividade, não só pelas condições e pela vista, como também por este espaço ser palco de várias corridas, ao longo do ano, e, também, por termos a primeira loja dedicada exclusivamente a este desporto na nossa casa, onde podem juntar -se aos vários grupos existentes e correr em companhia. Para mais informação, esteja atento às informações sobre as próximas corridas anunciadas e consulte www.facebook.com/PRORUNNER.PORTUGAL. Há muitas mais coisas para partilhar e descobrir, mas espero que estas ajudem a viver ainda mais este espaço e a sentirmo-nos cada vez mais em casa, com energia e vontade de explorar o que nos rodeia. Afinal, a nossa casa é o mundo... e nós é que decidimos o tamanho que queremos que esse mundo seja.
A CLÍNICA T e o HOLMES PLACE, Parque das Nações convidam:
Venha ter connosco ao HOLMES PLACE, Sábado dia 15 de Dezembro, das 9 às 13 horas. Acção dedicada a KIDS!!
Este foi um prazer recentemente descoberto, depois de assistir à última corrida Vasco da Gama, decidi que iria tentar descobrir o que fazia tanta gente resistir km atrás de km, com determinação e garra. Depois de iniciar, percebo a necessidade da corrida, de olhar em frente, digerir os dias,
“Depois de iniciar, percebo a necessidade da corrida, de olhar em frente, digerir os dias, entrar dentro de nós. Sinto que muitos partilham desta necessidade, pelas centenas que vejo a correr todos os dias.”
Vamos educar e motivar como escovar os nossos dentes, que hábitos devemos ter para prevenir cáries e acção de rastreio das "más mordidas". A saúde oral reflete-se em muitos outros orgãos e está interligada a questões que vão desde a postura, dores de cabeça, dores musculares, e influência a mastigação, deglutição, fonação e,
claro, a estética. Aproveite também este dia para ajudar os mais carenciados.Todos os produtos (papas, Bolachas, Arroz ,Massa, Enlatados, Fraldas 3/6 kg e 4/10kg, Toalhitas para bebé, Leite em pó Aptamil 1 e 2) que consiga entregar neste dia no Holmes Place, Parque das Nações, revertem para a Fundação Gil. APAREÇA!! Porque o seu sorriso merece e o sorriso dos meninos e meninas da Fundação Gil também!
Boas Festas e um Próspero Ano Novo são os votos da JC tours Portugal, que apresenta as seguintes sugestões de Réveillon:
Hotel Myriad Desde Eur 150,00 por pessoa Hotel Tryp Oriente (sem alojamento) Desde Eur 49,50 por pessoa (sem alojamento)
Hotel Aqualuz Desde Eur 175,00 por pessoa (com alojamento)
Hotel Vivamarinha Desde Eur 165,00 por pessoa (com alojamento)
Sales Offices JCtours nos seguintes países: Alemanha |Áustria |Brasil |Espanha |Holanda |Turquia
Consulte a Agência de Viagens JC tours – ao Parque das Nações Rua do Cais das Naus, Lote 4.04.02H I www.jctours.pt I +351 217 817 180
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42 | NP | PRAZERES
PRAZERES E ARTE Sugestões por: Emília Santana - Casino Lisboa - www.casinolisboa.pt
Daiquiri de Maracujá
TANGO PÁSION no Casino Lisboa
No ano em que celebra 20 anos de existência,Tango Pásion, a mais prestigiada companhia de Tango do mundo, não podia deixar de visitar Lisboa com o seu espectáculo de aniversário. Sob a direcção musical de Gabriel Merlino, a SextetoTango Pásion interpreta temas de compositores incontornáveis como Astor Piazzolla, Carlos Gardel, Julian Plaza, SebastiánPiana, entre muitos outros, para coreografias assinadas por Hector Zaraspe e dançadas por 6 pares de exímios bailarinos.
Uma das melhores bebidas do mundo, para quê complicar? Maracujá e rum Havana Club, misturados com limão. Não há nada melhor. Desfrute e peça outro!
A direcção artística é de
Osvaldo Ciliento. Inseridos numa digressão mundial a iniciar em Novembro, os espectáculos do Auditório dos
Oceanos, no Casino Lisboa, terão lugar nos dias 11 a 23 de Dezembro. Um espectáculo a não perder!
#winelover Por: André Ribeirinho - www.adegga.com
Herdade do Peso Colheita 2010 Meandro 2010
Quinta do Noval LBV 2005
O Alentejo é, desde há muitos anos, a região de vinhos mais procurada em Portugal. É no Alentejo que é possível encontrar algumas das melhores relações qualidade-preço do mercado nacional. O Herdade do Peso Colheita 2010 é um bom exemplo dessa característica. Feito a partir das castas Aragonês, Alicante Bouschet e Syrah, o Herdade do Peso Colheita 2010 é marcado pelos aromas quentes do Alentejo, mas é surpreendentemente fresco e elegante. É um vinho que dá imenso prazer beber especialmente quando acompanha umas suculentas costeletas de borrego (que eu gosto de acompanhar com cebola confitada).
A Quinta do Vale Meão é uma das históricas quintas do Douro, conhecida, entre outras coisas, por ter sido durante muitos anos o local de origem da maior parte das uvas utilizadas no lendário Barca Velha. O Meandro 2010 produzido nesta quinta, é um dos grandes exemplos da qualidade que é possível comprar, por cerca de 10 euros, do Douro. O enólogo da Quinta do Vale Meão, Francisco “Xito” Olazabal, produz o Meandro 2010 a partir de um blend de Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Sousão, Tinta Barroca e Tinto Cão. O Meandro 2010 é um vinho com profundidade e complexidade, extremamente atraente e com um equilíbrio notável entre poder e elegância. Um dos meus vinhos preferidos.
Onde comprar: Continente, Pingo Doce, Supercor
Onde comprar: Continente, Supercor
Sendo um enorme apreciador de Vinho do Porto não poderia deixar a segunda edição, desta coluna de vinhos, sem uma recomendação especial. Os LBV (Late Bottle Vintage) são Vinhos do Porto conhecidos pela boa relação qualidade-preço e por estarem prontos a ser bebidos no imediato (não necessitam de mais anos em garrafa para mostrar o seu melhor). A Quinta do Noval é um dos produtores de Vinho do Porto que melhor reputação tem e a qualidade dos seus Portos é lendária. Este LBV segue a marca de qualidade da casa. É um vinho que deve ser consumidor fresco (30 minutos no frigorífico deixam o LBV no ponto perfeito para ser bebido). Um chocolate preto com mais de 80% de cacao (recomendo a marca Claudio Corallo) ou um queijo Stilton são combinações perfeitas para este LBV.
Tinto | Alentejo | 5,90 €
Tinto | Douro | 10 €
Vinho do Porto | 15 €
Onde comprar: Supercor
“Os LBV (Late Bottle Vintage) são Vinhos do Porto conhecidos pela boa relação qualidade-preço e por estarem prontos a ser bebidos no imediato...”
ESPAÇO RESTAURANTES | NP | 43
Nasceu um novo restaurante no Parque! Caro vizinho, já conhece o novo Jeronymo Food with Friends? Situado no mesmo espaço do antigo “Oliva”, este restaurante está aberto todos os dias da semana com uma vasta oferta de receitas, onde destacamos as Pastas frescas, os famosos American Burgers e as saborosas Pizzas de massa fresca. Um conceito totalmente desenvolvido pela Jerónimo Martins Restauração e Serviços, que aposta em receitas equilibradas e saborosas, elaboradas, em
frente ao cliente, durante a hora do almoço, e a excelência do serviço à mesa com a transformação por completo do ambiente da sala, ao jantar. Aos fins de semana, proporcionamos um espaço acolhedor e familiar, tendo sempre promoções para as crianças que nos visitam com os seus pais e ou familiares ao almoço. Para quem gosta de ficar até tarde no
convívio com os amigos, temos ao dispor um fantástico bar com uma oferta muito diversificada.
Venha visitar-nos. Esperamos por si!
Estamos sempre receptivos a fazer e a promover almoços e jantares de grupo ou eventos de empresas. Diga-nos o que pretende que faremos o possível por satisfazê-lo.
Restaurante JERONYMO FOOD WITH FRIENDS Alameda dos Oceanos, edifício Explorer, lote 1.06.1.3 1990 Lisboa
Escontramo-nos em frente à Fil e ao lado das Finanças, num agradável espaço com 160 lugares no interior e 40 lugares de esplanada.
2ª feira das 12h às 17h de 3ª feira a Domingo, das 12h às 24h telef. 21 357 61 15 telem. 93 804 05 52 www.facebook.com/jeronymofoodwithfriends
44 | NP | LOCAL
“Quanto tempo dura a tua Cara?”, “A Casinha de Bonecos” e “Pais à escolha num Centro Comercial Perto de Ti” são os últimos três livros publicados por Maria Inês Almeida. A autora, residente do PN, continua a alargar a sua, já, vasta colecção de obras de literatura infanto-juvenil.
Prémio Fotografia: Duarte Roriz
Livros
Sara Andrade, recebeu o prémio de Melhor Comunicação Digital pelo seu trabalho desempenhado à frente do vogue.pt. Foi na 3.ª edição dos FASHION AWARDS que esta moradora do PN viu homenageado o seu trabalho, num evento que contou com mais de 700 pessoas.
Quanto tempo dura a tua Cara (ilustrações de Manuel Cruz)
palhaço - que vive para a fantasia dos mais pequenos.
Se está um palhaço deste lado, do outro lado há de certeza meninas e meninos de sorriso largo e gargalhadas soltas. Foi sempre assim, em todas as gerações. O palhaço é o entusiasmo da criança, fá-la saltar, gritar, rir. Este livro quer responder a esse mistério da felicidade que os meninos descobrem no rosto de um palhaço. É a história da transfiguração de um homem normal que, ao mascarar-se de palhaço, se torna no herói de uma criança. Mostra como a fantasia é crucial não só na vida da criança como também na vida de um crescido - o
Pais à escolha num Centro Comercial Perto de ti (ilustrações de Júlio Vanzeler) Existem pais que escolhem filhos. E se fosse ao contrário: haver crianças a poderem escolher os seus pais? Dois irmãos órfãos procuram o pai e a mãe ideais num centro comercial muito especial. Aqui, distribuídos por várias lojas em 100 pisos, há pais para todos os gostos: magros, altos, ricos, carecas, descontraídos, inteligentes… Uns ralham, outros deixam as crianças comer doces... Uns até frequentam as aulas de Como ser um Super Pai!
Mas, quanto mais montras veem, mais confusos os irmãos ficam. Afinal encontrar o pai e a mãe que se idealiza não é tarefa fácil... Casinha de bonecos (ilustrações Joana Quental) Bia e os seus amigos do jardim de infância ficam muito contentes quando conseguem construir uma casinha de bonecos só recorrendo a coisas já usadas, que iam ser deitadas fora. Com embalagens diversas, cola e tintas, deitam mãos à obra, e ficam muito contentes com o resultado. Uma história acerca da imaginação infantil aplicada à criatividade, ou de como do velho se faz novo. Inclui sugestões de atividades.
O evento decorreu no dia 27 de Novembro, numa cerimónia que procurou homenagear e reconhecer os profissionais, que se destacaram ao longo do ano 2012, na moda portuguesa. Na sua 3ª edição, os FASHION AWARDS Portugal são já uma referência para a indústria da moda nacional, já que é o único evento que distingue exclusivamente profissionais que contribuíram, excecionalmente, para o desenvolvimento deste sector, premiando também os novos talentos nesta área. Foram 15 os profissionais cujo trabalho, segundo a organização, “se distinguiu, ao longo do último ano, pelo seu excecional contributo para a moda em Portugal.” OS VENCEDORES: MELHOR CRIADOR LUIS BUCHINHO
MELHOR NOVO TALENTO ESTELITA MENDONÇA
MELHOR FOTÓGRAFO PEDRO FERREIRA
DESIGN MELHOR ACESSÓRIOS LUIS ONOFRE
MELHOR PRODUTOR EDITORIAL PAULO MACEDO
DE
MELHOR MARCA NACIONAL LANIDOR
MELHOR MAQUILHADOR NANA BENJAMIN
MELHOR MARCA INTERNACIONAL H&M
MELHOR CABELEIRERO HELENA VAZ PEREIRA
MELHOR MODELO FEMININO SARA SAMPAIO MELHOR MODELO MASCULINO GONÇALO TEIXEIRA MELHOR MODELO NEW FACE FRANCISCA PEREZ
MELHOR DESIGN DE LOJA NUNO GAMA MELHOR COMUNICAÇÃO IMPRENSA JOANA AMARAL CARDOSO MELHOR COMUNICAÇÃO DIGITAL VOGUE.PT
PAIS E FILHOS | NP | 45
Pais e Filhos no Olimpo Ana Soares – Coautora da coleção Olimpvs.net Nesta nova secção do “Notícias do Parque”, pais e filhos vão poder (re)descobrir personagens e histórias da mitologia. A partir da coleção Olimpvs.net e dos seus cinco heróis, em cada número, será dado destaque a um mito ou figura da antiguidade grega. Os leitores mais atentos conseguirão, depois, completar com sucesso as palavras cruzadas que acompanham o texto. Bem vindos ao Olimpo! O LABIRINTO DO MINOTAURO Talvez conheçam a figura do Minotauro das cartas ou desenhos animados da moda. No entanto, a sua história é muito mais longínqua no tempo e, sobretudo, muito mais interessante na sua origem. O Minotauro é uma criatura que nasceu na sequência de um desrespeito do rei Minos, por Poséidon, o deus dos mares.
A história foi assim: Minos pediu ao deus dos mares que lhe concedesse a graça de ser rei de Creta. Poséidon aceitou o pedido, mas, em troca, pediu-lhe que sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que haveria de sair do mar. Mas quando Minos viu o touro emergir, achando-o maravilhoso, não fez o que prometeu. Não o sacrificou e trocou o animal por outro! Zangado com a atitude e desrespeito do rei, Poséidon castigou Minos: o deus dos mares fez com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. E, pior ainda, fez com que ela acabasse mesmo por ficar grávida do animal. Nesta parte da história já devem estar a imaginar quem nasceu. Foi o Minotauro, claro está! Desesperado, Minos pediu a Dédalo que construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi, então, construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnosso, em Creta.
46 | NP | DESPORTO
NOTÍCIAS
CLUBE TEJO Estava tudo muito renhido, mas os pares Fernando Rodrigues / Ana Simões e Jorge Esteves / Mariana Esteves acabaram por ser os finalistas...
Circuito Approach Arrancou o Circuito Approach e realizou-se, depois do adiamento da semana passada, a 1ª etapa! Este Circuito serve para muitos dos alunos da escola se estrearem em torneios! Compareceram oito guerreiros cheios de boa disposição e vontade de se estrear da melhor maneira! Os oito participantes foram divididos em 2 grupos, sendo que para as meias finais apuraram-se António Casanova, André Silvério, José Martins e Nuno S. Silva. As meias finais foram emociantes, tendo-se definido as duas no sétimo jogo e com ponto de ouro, levando a melhor António Casanova e André Silvério, por 4/3 a Nuno S. Silva e José Martins respectivamente. A final foi uma repetição do 1º jogo da fase de grupos, sendo que André Silvério levou a melhor “vingando-se” da derrota por 4/1, na fase de grupos, e vencendo por 4/2 a final! Parabéns a todos os participantes!
André Vieira conseguiu desenvilhar-se de Miguel Caetanito por 4/2. A final foi ganha por João Gonçalves por 4/2, num jogo com excelentes momentos de Ténis!
Circuito Oriente Regressou o circuito Oriente aos courts do Clube Tejo. Marcaram presenças 16 jogadores, habituais presenças e algumas novas caras que trouxeram “sangue novo “ ao torneio! O equilíbrio e competitividade foram a nota dominante no torneio, sendo que todos os cabeças de série passaram a próxima fase, com a intromissão de Miguel Caetanito, uma cara nova, a chegar às meias finais! Nuno Antunes, que acabou em 1º lugar na classificação do circuito passado, perdeu com João Gonçalves por 4/3, enquanto
Masters Sub 10 Disputado no Clube Parque Desportivo de Sacavém no dia 29 de Outubro, onde só os 8 melhores classificados do Circuito Play Tennis poderiam disputar este Masters. Os apurados foram: Herique Caraça, Rodrigo Gomes, Martim Afonso, Herique Machado, Vicente Baltazar, Rodrigo Gonçalves e Gonçalo Gonçalves. Os apurados para a grande final foram o Rodrigo e o Martim, mas quem levou o troféu desta final foi o Martim, sem ceder nenhum jogo no torneio inteiro. Parabéns aos finalistas!!!
Inter Clubes Bom ínicio de prova da nossa equipa de sub 12. A primeira jornada da competição de Inter Clubes, no escalão de sub 12, foi contra o Belas Active Live. Tivemos a estreia nesta competição das nossas meninas Rita Aires e Francisca Paiva. O resultado não nos foi favorável. A decisão foi nos pares mistos e a melhor experiência do adversário fez a diferença ganhando por 6/3 6/3. O resultado final foi de 3 a 2 para o Belas ActiVe Live. O próximo jogo é contra o Ace Team e espera-se mais uma boa tarde de ténis no Clube Tejo. Miguel Lopes vence Masters Nacional Sub 10 Miguel Lopes vence individualmente o Masters Nacional do KOpen Smashtour 2012, realizado neste fim de semana, no CAR do Jamor. Miguel Lopes (ETJC) aplicou 4/2 e 4/2 a Eduardo Morais (Colégio Amor de Deus), no derradeiro encontro em masculinos. Grande Miguel!!! Parabéns com os desejos de uma carreira de sucesso!!! Masters sub 12 Disputado no Clube Parque Desportivo de Sacavém, no dia 11 de Novembro, onde só os 8 melhores classificados do Circuito Play Tennis poderiam disputar este Masters. Os apurados foram: Afonso Delgado, Tomás Delgado, Tomás Monteiro, Guilherme Lança, André Eanes e João Tocha. Os apurados para a grande final foram o Tomás Monteiro e o Tomás Delgado, mas quem
levou o troféu, desta final, foi o Tomás Delgado sem ceder nenhum jogo no torneio inteiro. Parabéns aos finalistas!!! Torneio Pares-Mistos Na tarde de Sábado de 10 de Novembro, o Clube Tejo organizou um torneio de Pares-Mistos para todos os alunos, essa prova teve algumas semelhanças com um dos quatro grand slams que existem no circuito profissional que se chama Wimbledon.Todos os participantes tinham que se vestir a rigor, exactamente com a cor que é obrigatória nesse torneio de Wimbledon o “Branco” e, na verdade, todos cumpriram com o prometido. Os jogos foram disputados à melhor de um short set. No grupo participavam seis pares e a regra era jogarem todos contra todos e os dois pares que obtivessem mais vitórias passavam o grupo para disputarem a final. Estava tudo muito renhido, mas os pares Fernando Rodrigues / Ana Simões e Jorge Esteves / Mariana Esteves acabaram por ser os finalistas. Na final, depois de várias trocas de bolas e boa disposição à mistura, o par Fernando / Ana levou a melhor ganhando por 4/2 e levantando o troféu. No final todos os participantes gostaram desta iniciativa e mostraram interesse em participar noutras que poderá haver. Participaram os Pares Fernando Rodrigues / Ana Simões, Jorge Esteves / Mariana Esteves, Paulo Ruivo / Inês Ruivo, Hugo Lage / Joana Guerreiro, Nuno Silva / Rita Neves, Leopoldo Costa / Rita Mendes. Parabéns a todos os participantes!!
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