Distribuição gratuita: 11.000 EXEMPLARES
ANO XII - NR.70 - BIME ST RAL - AB R13 - D IRE CTOR: MIGU EL F ERRO MENESES
VIDRO SÓ NO VIDRÃO MULHERES DO PARQUE KALEIGH TIRONE NUNES págs. 32 e 33
A CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA PEDE À COMUNIDADE QUE, NESTA FASE, NÃO DEPOSITE O VIDRO NAS CONDUTAS DOS EDIFÍCIOS, MAS NO VIDRÃO MAIS PRÓXIMO págs. 4 e 5
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EDITORIAL | NP | 3
noticiasparque@netcabo.pt FichaTécnica
LISBOA
Out Jazz, onde vejo Lisboa a sair à rua e dar uso ao seu imensurável potencial. Onde vejo cada vez mais turistas deslumbrados por esta cidade. Lembro-me do meu amigo a dizer que Lisboa é como um tubarão adormecido. Finalmente começa a acordar. A dar provas do seu gigantismo. A ser falada. Explorada. Ocupada. Usada. Reconhecida. Premiada.
“Estou embriagado por Lisboa. A luz (obrigado Tejo). Os quiosques, os turistas, a estação, os restaurantes, os hostels, os miradouros, os pátios, o Cais das Naus, o rio, os cantos, os eventos, segredos, a diversidade, proximidade, pormenor...” do Coliseu, que espera Jack White para um dos melhores concertos do ano, a Ginjinha, sempre cheia, com um carrossel de turistas a entrarem e a saírem. Sigo. Não consigo parar. Estou embriagado por Lisboa. Talvez tenha sido a entrevista que a Rita faz, nesta edição, à Kaleigh que me empurrou para este editorial. O facto de ela ter estudado, no estrangeiro, e de ter regressado, achando que Portugal é “um país com espaço para inúmeras oportunidades”. É tocante ouvir isto, principalmente de alguém tão novo. Que sente Portugal dessa maneira. Principalmente nesta altura. Depois, lembrei-me daquela sessão dos concertos ao ar livre do
Miguel Ferro Meneses
a partir de
m
Primeiro dia de Setembro. Autocarro, metro, Rossio. Saída da boca do metro, Praça da Figueira, 5 da tarde. Skaters. Turistas. A luz incendeia a rua que vem da praça do Rossio num tom perfeito. Para cada lado que se olha há uma fotografia. Um retrato. Sente-se o calor a sair das pessoas. Dá vontade de andar sem nunca parar. Absorver tudo o que anda à volta. O corpo é um formigueiro. Adoro esta cidade. Tem uma energia gigante. Não quero parar. Estou embriagado por Lisboa. A luz (obrigado Tejo). Os quiosques, os turistas, a estação, os restaurantes, os hostels, os miradouros, os pátios, o Cais das Naus, o rio, os cantos, os eventos, segredos, a diversidade, proximidade, pormenor, grandeza, ... A caminho
Lembro-me daquelas intermináveis discussões sobre a crise e Portugal e de olhar para Lisboa a achar que tem um potencial incrível de crescimento. De investimento. Uma explosão anunciada. Lembro-me daquelas cidades europeias que sabem a “completadas”. Não. Lisboa está a começar. Lisboa é um Devir. Um renascer. É verdade. É o que se vê. As pessoas. As ruas. A vida. É o que se vê. Sem truques, sem cartas na manga. É magia pura. Matéria prima da melhor que há. No Mundo. As pessoas são reais. A simpatia é honesta. É tão bom pertencer a algo que, ainda, tem tanto por descobrir. Continuar a ser alvejado pela surpresa. Lisboa é cheia de segredos. Quem visita uma cidade anda atrás dos seus segredos. Um turista não quer ser turista. Quer verdade. Mistério. Lisboa é misteriosa. Lembro-me do slogan daquele hotel, num poiso mais a sul: “já não se trata de uma indústria do sono, mas do sonho”. As pessoas estão em mudança. Querem mais. Querem o sonho. Não vou mergulhar no pormenor. Não há espaço para isso. Este texto é muito mais simples e banal. É uma humilde declaração de amor pela nossa cidade. Pelo que ela me faz sentir. Lisboa é esperança. É mudança. Lisboa é poetisa. É guerreira. É lua. Sol. Trovoada. É água. Terra. Fogo. Que incendeia a alma. Lisboa.
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Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Bernardo Mata, Inês Lopes (Colaborações) Cátia Santos; Carmo Miranda Machado; Diogo Freire de Andrade; Paulo Andrade; Jorge Santos Farromba; José Teles Baltazar; Marco Neves; Rita de Carvalho; Sara Andrade; Sónia Ferreira Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 10.000 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social, Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul -1990 -503 Parque das Nações Nr. de Registo ICS -123 919
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Um esforço colectivo O Parque das Nações tem uma taxa de reciclagem mais baixa que o resto da cidade de Lisboa. A Câmara Municipal de Lisboa está a estudar, ao pormenor, o nosso sistema de recolha de RSU e prepara-se para fazer algumas alterações. Para já, pedem que a população deixe de depositar o vidro nas condutas dos edifícios. Fica a conversa com o Engº Ângelo Mesquita e a sua equipa. milhões €. Contabilizando o que pagamos pelos resíduos que vão ser tratados e as receitas que temos da venda dos sub-produtos (cerca de 3,4 milhões €, em 2012). E no PN, como corre? Aqui verificamos que a taxa de reciclagem é muito baixa. No resto do concelho de Lisboa temos uma participação na ordem dos 25% e aqui não.
Como está a correr o trabalho da Câmara na questão da recolha de RSU? Já há alguns anos que temos vindo a acompanhar, com a PEGU, a gestão do PN. Quando, no dia 1 de Dezembro, assumimos a gestão tivemos consciência de que temos aqui uma população
com cerca de 25 mil habitantes com um sistema de recolha de resíduos sólidos urbanos, RSU, único no país e um dos maiores da Europa. É um sistema com um potencial tremendo e que se insere bem na estratégia que temos para o resto da cidade de Lisboa. Desde 2003 que temos,
no resto da cidade, a recolha selectiva, porta a porta. Antes utilizávamos os ecopontos, um sistema que é actualmente pouco eficaz porque obriga as pessoas a deslocarem-se dezenas de metros até ele, o que não facilita a vida a quem quer participar na reciclagem. Por outro lado, pro-
porciona em termos de paisagem urbana um problema. Portanto, em 2003, decidimos partir para a recolha selectiva porta a porta. Hoje temos cerca de 70% da cidade a ser abrangida por este processo. Com isto passámos de uma despesa de 6,5 milhões € para uma despesa abaixo dos 3
E isso deve-se a quê? Este processo precisa de acções de informação, de sensibilização para a necessidade das pessoas participarem neste esforço colectivo. Neste momento estamos a fazer um levantamento do sistema existente. Nós sabemos e conhecemos este sistema, mas precisamos de conhecer com maior pormenor. Como é que ele funciona em cada um dos edifícios, por exemplo. É esse trabalho, esse levantamento, edifício a edifício, que estamos a fazer e que nos permitirá obter informação que nos conduza ao desenvolvimento do projecto que será posto em prática pela ENVAC. E ao desenvol-
vimento de acções de informação e sensibilização, dirigidas à comunidade, feitas por nós. A participação da população parece simples e óbvia porque todos os edifícios têm uma boca de carga para os materiais recicláveis, ou seja, quem quiser participar só tem que descer ao piso térreo para as depositar, nos dias em que são recolhidos.
“Aquilo que nós não separamos é um custo para a comunidade e aquilo que separamos é um benefício para a comunidade...”
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Talhos de Qualidade Não vale a pena lançarem o vidro, neste momento, na conduta. Existem alguns vidrões instalados no território. Portanto, a primeira alteração de comportamento para a qual pedimos a atenção das pessoas é: não vale a pena introduzir o vidro nas condutas dos edifícios. Vão fazer alguma alteração relativamente ao sistema actual? Sim. O vidro, por exemplo, não vai poder ser recolhido através das condutas. O vidro deixado cair nas condutas estilhaça-se e, como se trata de um material muito abrasivo, provoca avarias na conduta. Não há necessidade de estarmos a causar problemas ao sistema de recolha, trazendo incómodos para a população, se podemos optar por outras soluções, nomeadamente, da recolha porta a porta ou através de vidrões colocados em lugares estratégicos do território. Essa será a única alteração? Não. Poderá haver acertos nos dias de remoção. Retirando a fracção vidro da conduta, poderemos optimizar esses dias, permitindo à população colocar outras fracções. Temos um sistema inovador, uma população com níveis de formação elevados, portanto, temos que apostar no contacto e sensibilização que essa percentagem subirá facilmente. Aliás, com este sistema poderemos ir muito além da taxa de reciclagem do resto da cidade. Desde que as pessoas estejam informadas e sensibilizadas. Há pessoas que pensam que podem, por exemplo, deitar plásticos ou vidro ou papel em qualquer dia da semana, que a separação é feita posteriormente. Não, isso não é verdade. Em
alguns locais do país a triagem é, de facto, feita depois, mas aqui não. A Valor Sul não funciona assim. Por isso é que esse trabalho é muito importante. Os porteiros dos edifícios são uns parceiros muito importantes, desde há muitos anos. É fundamental que, nos edifícios que têm porteiro, seja feito um investimento nessa informação. É preciso que haja um grande investimento na informação, de uma forma em geral. Há alguma mensagem que queiram passar? Por exemplo, querem que as pessoas parem já de depositar o vidro nas condutas? Sim. Não vale a pena lançarem o vidro, neste momento, na conduta. Existem alguns vidrões instalados no território. Portanto, a primeira alteração de comportamento para a qual pedimos a atenção das pessoas é: não vale a pena introduzir o vidro nas condutas dos edifícios. Relativamente ao resto? Relativamente ao resto é para manterem os comportamentos que têm mantido e vamos, certamente, na próxima edição divulgar a data de início das alterações que vamos introduzir no sistema e daquilo que precisamos que as pessoas façam. Vamos aproveitar o jornal para ir transmitindo à população essa evolução. É importante dar a conhecer às pessoas que o esforço que fazem vale a pena.
Há pessoas que não acreditam na eficácia deste sistema... o que se pode fazer para desmistificar isso? Aquilo que nós não separamos é um custo para a comunidade e aquilo que separamos é um benefício para a comunidade. Se não fizéssemos reciclagem em Lisboa, não tínhamos tido o ano passado uma receita dos subprodutos de 3,4 milhões €. Por exemplo, o Parque das Nações podia ser pioneiro num sistema do tipo: em função daquilo que reciclam, as pessoas podem beneficiar de um desconto nas taxas que têm que pagar. Mas este sistema é muito complexo e tem, obviamente, que ser muito bem estudado. Há uma série de coisas que têm que ser muito bem vistas, mas esta área tem condições excelentes para a aplicação dum sistema deste tipo. Claro que é de certa forma utópico, no presente momento, e terá que ser muito bem estudado. Mas o Parque das Nações é, provavelmente, o território mais bem apetrechado para receber este tipo de inovação, em primeiro lugar. Sendo que, nesta perspectiva, não será, certamente, nos próximos 5 anos que isto vai acontecer. Para já temos que potenciar a reciclagem e escutar a capacidade de participação deste território e, então, nessa fase, as pessoas serem premiadas por participarem neste esforço colectivo.
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Rua Ilha dos Amores, Loja 60A (ao lado do Pomar da Rosa) Terreiro dos Corvos, 1990-377 Parque das Nações Telefone. 218 969 131 e-mail: levacarnes@Gmail.com Horário funcionamento: 2ªfeira a Sábado das 8:00 às 20:00 Loja 2 : Avenida Virgílio Ferreira, Lote 717 Loja A Bairro do Armador Loja 3 : Rua Rainha D.Maria I , Loja 8 Bairro da Boavista
6 | NP | PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN
A AMCPN no Facebook Conheça as novidades da nossa associação. Torne-se amigo da AMCPN em www.facebook.com/AMCPN. Casa do Arboreto, Passeio dos Heróis da Mar – Parque do Tejo (Junto ao Parque Infantil do Gil) |
GESTÃO URBANA
A AMCPN tem reunido periodicamente com uma equipa técnica da Câmara Municipal de Lisboa para ajudar na transição da gestão urbana para esta entidade. Estas reuniões não só ajudam a Câmara a assumir as suas obrigações de gestão com menos sobressaltos, como representam um retomar duma relação natural entre a associação e a entidade que gere este espaço, relação essa que a ParqueExpo tinha, inexplicavelmente, cortado alguns meses antes de abandonar a gestão do Parque das Nações. A AMCPN tem mantido uma lista de pendências, incluindo, entre muitas outras, a construção do Centro de Saúde, de escolas, a manutenção dos espaços verdes, as melhorias na iluminação pública que há muito são reclamadas, etc.. A Câmara solicitou ainda a ajuda da AMCPN para a atribuição dos números de polícia em falta, para a divulgação das melhorias no sistema de recolha dos resíduos sólidos urbanos e para a colaboração na definição do melhor sistema possível de integração da bicicleta no espaço urbano. Complementarmente, a AMCPN tem ainda vindo a alertar para certas questões relacionadas com a unificação administrativa do espaço, como seja a remoção e recolocação das placas de mudança de tarifa de táxi. A relação com os técnicos da Câmara tem sido frutuosa, com alguns dos muitos problemas detectados já resolvidos ou em fase de resolução. No site da AMCPN, iremos dando notícias sobre os vários assuntos pendentes. Pedimos ajuda a todos para nos fazerem chegar reclamações e sugestões, que podem assim chegar rapidamente à CML. As reclamações e suges-
tões deverão, se possível, ser acompanhadas de fotografias e indicações precisas quanto ao local do problema, para nos ajudar na identificação do mesmo. Comissão Instaladora da Freguesia do Parque das Nações Irá entrar em funções, muito em breve, a Comissão Instaladora da Freguesia do Parque das Nações. O presidente da AMCPN foi convidado pela Assembleia Municipal de Lisboa para ser o seu representante na Comissão, na sequência do seu papel fundamental na criação desta mesma freguesia. A Associação participa, assim, nos trabalhos preparatórios para a instalação dos órgãos da nova autarquia, pela qual todos os moradores tanto lutaram.
CULTURA
Prémios de Literatura e Fotografia e Feira de Artesanato Na sequência de anteriores edições, a AMCPN está a preparar o Prémio de Literatura e o Prémio de Fotografia do Parque das Nações, com o patrocínio do Casino Lisboa. Este ano, o Prémio de Literatura irá premiar um poema. A AMCPN está também a trabalhar para garantir a realização duma feira de artesanato e de outros eventos, de interesse para os moradores.
DESPORTO Apoio ao Navigators Sports Club
Nascido por iniciativa dos membros dos órgãos sociais da AMCPN, o Navigators Sports Club (www.navigators.pt) é uma organização sem fins lucrativos que pretende incentivar o desporto no
www.amcpn.com | Tlm: 932 037 474 / 932 037 473
Parque das Nações e em toda a cidade. O sucesso das várias modalidades é motivo de orgulho, desde as centenas de praticantes de ginástica acrobática, passando pelo ténis, o futebol, o futebol americano, e as outras modalidades que o clube tem vindo a promover. Convidamos todos os moradores e visitantes do Parque a participar na vida deste clube. Quem sabe um dia este não será um dos maiores clubes de Lisboa?
AVISO!
Agora que temos uma freguesia, convém sermos todos eleitores onde moramos. Como fazê-lo? É
muito simples: basta fazer o cartão do cidadão na morada correcta e ficamos recenseados no Parque das Nações. Por enquanto, a freguesia que fica registada ainda é a freguesia anterior (ou seja, Moscavide, Sacavém ou Santa Maria dos Olivais). Muito em breve, será criado, sem intervenção dos eleitores, o recenseamento da nova freguesia, com base nas moradas que tivermos registadas no Cartão do Cidadão. Mas, para tal, é essencial que todos estejamos aqui registados e recenseados. Lutámos juntos pela freguesia. Não podemos agora perder a voz. Quem já tem o cartão do cidadão, não precisa de sair de casa para alterar o recenseamento! Caso queria saber mais pode aceder à informação em: http://www.senha001.gov.pt/demo_altera_morada.html.
“A relação com os técnicos da Câmara tem sido frutuosa, com alguns dos muitos problemas detectados já resolvidos ou em fase de resolução. No site da AMCPN, iremos dando notícias sobre os vários assuntos pendentes. Pedimos ajuda a todos para nos fazerem chegar reclamações e sugestões, que podem assim chegar rapidamente à CML. As reclamações e sugestões deverão, se possível, ser acompanhadas de fotografias e indicações precisas quanto ao local do problema, para nos ajudar na identificação do mesmo.”
PÁGINA DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DA AMCPN | NP | 7
Tertúlia Poética “Na Senda da Pessoa de Fernando” o Prof. Carvalho Rodrigues e o Dr. Luís Roza – sobrinho do poeta Fernando Pessoa. O Prof. Carvalho Rodrigues brindou-nos com um conjunto de poemas de um autor seu amigo, singulares na forma e inovadores na densidade cáustica da mensagem. Pela idade do poeta, este momento constituiu um momento de deslumbre e de surpresa para todos. Ficou a promessa que virá a uma das nossas próximas Tertúlias. O Dr. Luís Roza com a sabedoria de quem sabe ser humilde, brindou a assistência com os seus próprios “Retalhos da vida de Fernando Pessoa, seu tio”. Do alto dos seus oitenta e três anos, este senhor da poesia pessoana continua a manter a sua afabilidade e um fino sentido de humor que emociona quem o ouve. Foi um momento único! Uma vez mais a AMCPN e a ANMPN realizaram uma excelente e animada Tertúlia, no passado dia 5 de Abril, desta vez num outro local, dadas as condições muito limitadas das edições anteriores. Constata-se que, à medida que estes eventos avan-
çam no tempo, a adesão e o interesse das pessoas é maior. Desta vez estiveram na sala cinquenta e seis adultos e nove crianças. Como convidados de honra tivemos, uma vez mais,
Telefones: 213 631 638 | 213 620 763 Alameda dos Oceanos Av. do Mediterrâneo, Lote 1.02.1 1B (Expo) 1990-203 Lisboa WWW.FABRICOZINHAS.COM
Foram vários os participantes a dizer poemas, entre eles: Sónia Rodrigues e o filho de 14 anos, Tiago Rodrigues,Vítor Reis, Joaquim Lopes, João Pimentel, José Claudino, Figueiredo Costa e uma convidada muito especial que nos visitou pela primeira vez, e
que é mãe da jovem criativa Catarina Pinheiro, autora dos sete painéis expostos na sala, relatando visões idílicas sobre a vida de Fernando Pessoa. Pensamos que, cada vez mais, começa a ser criado o tão ambicionado espírito de Bairro no Parque das Nações. Momentos singulares de suavidade e beleza musical, foram aqueles com que o nosso amigo e amável flautista, João Eduardo Sabbo, brindou a assistência quer no acompanhamento de alguns poemas quer pela sua interpretação a solo. Foi efectivamente um dos momentos altos da Tertúlia. O local do evento – Café Allez –foi cedido com a simplicidade de quem é grande de coração, muito mais de carinho e boa vontade. Para o Sérgio Caetano, seu proprietário, envio um profundo agradecimento de todos nós, na continuação da homenagem emocionada que lhe foi feita pelo Eng.º Paulo Andrade. Prometemos uma próxima.
8 | NP | OPINIÃO
Os novos lisboetas Por: Marco Neves - marconeves@gmail.com / www.parquedasnacoes.org
1. Um dos aspectos do chamado «horror urbano» (esse complexo de ideias vagas e muitas vezes falsas que cria a impressão que as cidades são más) é a sensação de que as pessoas, na cidade, são antipáticas e pouco civilizadas por natureza. Ora, foi na cidade que surgiram as noções de boa educação («urbanidade», precisamente). Mas muitas pessoas que se acham muito urbanas e civilizadas têm pouco dessa urbanidade. Para ser «urbano» é preciso saber viver com os outros, com a multidão, com as pessoas diferentes. Ou seja, é uma qualidade que todos podemos ter, quer estejamos na cidade quer não, mas que é exercida e necessária principalmente na cidade. Para ser urbano, é preciso encontrar formas de fazer o que gostamos, deixando de julgar os outros por aquilo que gostam de fazer. Para ser urbano, é preciso ouvir e ver os outros, mas aceitar que eles não tomam as mesmas opções, não têm as mesmas origens, as mesmas formas de
avaliar o mundo. Para ser urbano é preciso refrear o horror ao ruído diferente, ao aspecto mau, à existência de certas características humanas (o sovaco, por exemplo). É preciso engolir em seco e perceber que, se não gosto dos dentes podres deste gajo ao meu lado, ele também poderá não gostar da minha altivez ao olhar para os dentes dele. Mais do que «encontro entre culturas», que é muito engraçado, a cidade é encontro entre classes sociais, entre profissões, entre gostos, entre opiniões, entre certezas absolutas completamente diferentes e entre pessoas que, se pudessem escolher, não viveriam perto umas das outras. Por isso, é preciso que a cidade seja civilizada, que aceite, que se procure aperfeiçoar com todos, não contra todos. É preciso mais conversas desinteressadas no metro e no autocarro, mas respeito por quem quer ficar a olhar para o que se passa ou «apenas» a ler. É preciso menos carros, mas também respeito por quem tem carro. É preciso não andarmos todos uns contra os outros, a avaliarmo-nos constantemente, a achar que a cidade é péssima porque tem, vejam lá bem, pessoas.
2. Os portugueses, por serem um povo só recentemente urbano, ainda vêm para a cidade com a atitude das aldeias: todos os outros são alvos de chacota, de julgamento, de avaliação de lábios apertados e de olhos semicerrados. Mesmo entre classes mais «urbanas», como o nosso país é pequeno, vêse esta forma sobranceira de olhar para os outros. Quantas «tias» de Lisboa não andam pelas ruas sempre com a sensação de que estão no meio da gentinha e que não deviam estar sujeitas àquelas manifestações de estupidez? E quanta gente não olha para essas mesmas senhoras e as avaliam e desprezam, porque afinal não gostam de «tias», de pessoas que vivem em certos bairros. (São dois exemplos entre muitos outros.) Assim, aldeões que gostam de avaliar os outros, mas que não têm tempo para avaliar tanta gente, andamos frustrados e secretamente convencidos de que as cidades têm qualquer coisa contra nós. O ideal, para os portugueses, é viver na sua casinha, à sua maneira, sem o inferno dos outros em redor ou só com as três ou quatro famílias fáceis de avaliar e pôr no lugar que há nas aldeias mais pequenas. Quanto ao civismo, há ou não há cada vez menos?
Talvez, não sei, não estou cá assim há tanto tempo, mas já vi grandes faltas de civismo por parte de pessoas que gritam aos ouvidos das outras que «hoje há uma grande falta de civismo». O melhor é deixarmos o passado (idealizado ou não) para trás e tratarmos de ser cívicos ou civilizados hoje, cada um de nós, independentemente do que os outros fazem e independentemente das falhas próprias (todos somos mal-educados em certas situações; temos de aceitar este facto e seguir em frente, melhorando em pequenos passos). A atitude errada é abandonarmo-nos ao fácil ("todos são mal-educados, eu também sou") ou armarmo-nos em puros ("sou o único bem-educado, odeio os outros"). No fundo, temos de ser urbanos: criarmo-nos a nós próprios, com as escolhas e forma de ser, e deixar os outros viverem, com as escolhas que fizeram ou com as vidas que puderam ter, ajudando-nos mutuamente, para lá dessas escolhas individuais. Nada disto impede a comunidade de diferentes que são as cidades e nada disto impede a coesão social - só a promove. Por fim, onde fica, no meio disto tudo, a beleza da cidade? Temos de a procurar e tentar integrá-la na nossa vida. Sem andar a ralhar a torto e a direito com os outros.
A sua farmácia não fecha para almoço
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Horário de funcionamento: 2ª a 6ª das 9h às 20h | Sábado das 9h às 14h
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Lisboa – Porto
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Cruz Vermelha Portuguesa cria Delegação Lisboa Parque das Nações A grande razão da criação desta nova delegação deve-se ao facto de a nova freguesia do Parque das Nações ter alargado as suas fronteiras até à foz do rio Trancão. Dado que a maioria dos membros associados da delegação de Loures da Cruz Vermelha Portuguesa integra esta nova realidade territorial (pertencente ao concelho de Lisboa), surgiu a necessidade de se repensar esta delegação. Assim, no passado dia 6 de Março, segundo despacho da CVP e após vontade expressa em Assembleia Geral, foi criada a nova Delegação de Lisboa Parque das Nações da Cruz Vermelha Portuguesa.
A APRe! no Parque das Nações
Esta Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados vai organizar um encontro, no próximo dia 7 de Maio, no IPJ
Maria Amélia Ferreira, representante desta associação, no PN, explicou ao Notícias do Parque que: “na sequência do artigo publicado na vossa última edição, a Apre! tornou-se mais conhecida neste nosso território, o que se traduziu no aumento do número de inscritos no território que constitui o Parque das Nações.”
Esta moradora adiantou que “continua a fazer a sua divulgação em colaboração com todas as entidades que, nesta nova freguesia do concelho de Lisboa, desenvolvem iniciativas específicas para este grupo etário.” Justifica, ainda, que “atendendo que se trata de uma luta que não acaba e que esta Associação necessita de crescer para poder corresponder aos grandes objectivos e princípios de acção que levaram à sua criação e, por isso, vamos organizar um encontro no dia 7 de Maio, terça feira, às 15h, no Auditório do Instituto Português da Juventude (Delegação Regional de Lisboa) Este encontro contará com a presença de elementos da Delegação Regional de Lisboa da APRe!, bem como representantes da Direcção Nacional. Serão também convidados representantes dos núcleos dos Olivais, Portela / Moscavide e Sacavém / Bobadela, para troca de experiências no domínio da divulgação da Associação, “atendendo à larga convivência desenvolvida com estas comunidades, antes da criação da nova freguesia do Parque das Nações integrada no Concelho de Lisboa”, refere esta moradora. Contactos: http://apre-associacaocivica.blogspot.pt / mimicanelas@gmail.com
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MOBILIDADE
“Mas não foram só ganhos. Também perdi uns 5 quilos que tinha a mais. Quanto mais utilizo a bicicleta mais saudável me sinto e mais resistente a constipações, dores de cabeça e afins. Afinal um corpo activo tem o melhor sistema imunológico que algum laboratório farmacêutico poderá alguma vez fabricar.”
Por: Gonçalo Peres O que mudou na tua vida depois da entrevista que o Notícias do Parque te fez, em 2011, sobre a tua utilização da bicicleta como forma de mobilidade suave? Passados mais dois anos de utilização diária, a minha postura evoluiu e foram-se esbatendo mitos e barreiras. Se na altura escrevia que a bicicleta era apenas para trajectos planos e curtos, com a prática cheguei à conclusão de que o seu raio de alcance é muito maior. E Lisboa é afinal muito mais plana do que a imagem que constantemente nos querem fazer acreditar. Um pouco à semelhança dos antigos descobridores que se faziam ao mar e alguém
os atormentava com a ameaça de que a terra era plana e chegando à borda se despenhariam no infinito. Hoje em dia, praticamente, não uso a scooter e a bicicleta é a minha principal escolha para deslocações a qualquer ponto do centro da cidade. Entretanto nasceu um segundo filho e passei a utilizar um atrelado para transportar os dois no percurso casa-escola. Não só permitiu-me aumentar a capacidade de carga da bicicleta, como viabilizar a utilização no inverno, com frio ou mesmo chuva, sem pôr em causa a saúde e bem-estar das crianças. Este ano, também apareceu um novo casal na
escola, em que tanto ele como ela transportam os dois filhos de bicicleta, com recurso a um atrelado ou cadeiras. Depois de 3 anos a pedalar sozinho para a escola, em 2012 o número de bicicletas duplicou e o número de crianças transportadas neste modo suave quadruplicou! Mas não foram só ganhos. Também perdi uns 5 quilos que tinha a mais. Quanto mais utilizo a bicicleta mais saudável me sinto e mais resistente a constipações, dores de cabeça e afins. Afinal um corpo activo tem o melhor sistema imunológico que algum laboratório farmacêutico poderá alguma vez fabricar. Mas o mais importante é saber que não estou a
emitir gases nocivos para o meio ambiente, para os meus filhos e para os filhos dos outros. Às vezes pergunto-me se as pessoas têm consciência de que as crianças respiram "ar". E que o tráfego automóvel excessivo e a dependência abusiva deste meio de transporte constitui um problema tão grave e sério, que futuras gerações vão olhar para este período da história e provavelmente descrever-nos como loucos e irresponsáveis. Não fiquem com a ideia de que sou contra o uso do automóvel. A sua utilização justifica-se em determinados casos e não deixa de ser um excelente meio de transporte. O que me preocupa é o abuso e o excesso. É um pouco como o vinho. Deve ser usado com moderação.
Data de impressão: fevereiro 2013. Publicidade. Escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico. Atividade seguradora supervisionada pelo Instituto de Seguros de Portugal.
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14 | NP | PLANETA
HUMAN HABITAT 2013
Alfonso Vegara e Janice Perlman vêm ao Auditório do Mar da Palha, no Oceanário, para falar sobre Territórios Inteligentes e o Papel do Setor Informal no Sistema Urbano. A continução de um elenco de luxo internacional importado por Livia Tirone para a discussão do tema da Sustentabilidade. A entrada, como sempre, é gratuita. Territórios Inteligentes
Conferência a realizar no Oceanário de Lisboa. Ele considera que “Territórios Inteligentes” conseguem atingir equilíbrios entre as mais prementes preocupações contemporâneas como o são: a competitividade económica, o desenvolvimento e coesão sociais e a sustentabilidade cultural e ambiental. Para Alfonso Vegara “Territórios Inteligentes” são regiões urbanas inovadoras que encaram os riscos e desafios da globalização com sucesso.
Alfonso Vegara é arquiteto, economista e sociólogo, tendo feito o seu doutoramento em Planeamento Urbano e Regional. É fundador e presidente da “Fundación Metrópoli” (http://www.fmetropoli.org/) e membro da “Eisenhower Foundation”. Docente nas áreas de Arquitetura e Planeamento Urbano nas Universidades de Madrid, de Navarra e na Pennsylvania School of Design. Como consultor apoiou o governo de Singapura e as cidades de Curitiba, Dublin, Bilbao, Casablanca, Sydney, entre outras. Entre 2002 e 2005 presidiu ao ISOCARP, The International Society of City and Regional Planners.Em 2006 foi galardoado com o prémio “European City and Regional Planning Award” e em 2007 recebeu o prémio “Jaime I Award on Planning, Landscape and Sustainability” oferecido pelo rei de Espanha. A investigação a que se dedica resultou na publicação do livro “Territórios Inteligentes” /“SmartPlaces". É sobre este tema que Alfonso Vegara falará na
O Papel Do Setor Informal No Sistema Urbano
Professora na Universidade de Berkley, fundadora e presidente da Organização, sem fins lucrativos Mega-Cities Project, centrou a sua atividade profissional, durante mais de 20 anos, nas favelas do Rio de Janeiro e, mais tarde, em aglomerados informais do mundo inteiro. Desenvolve trabalho e tem o objetivo de tornar mais humanizados, funcionais e salubres estes mesmos contextos que absorvem uma grande componente da migração
de populações rurais para megacidades, sem lhes retirar identidade. Através de modelos de aprendizagem experimental e coletivos, visa ainda reduzir o espaço temporal entre o desenvolvimento de uma boa prática e a sua respetiva implementação. Abstract da Conferência: O Mega-Cities Project identificou e transferiu um conjunto de inovações urbanas que se encontram em processo de replicação e adaptação, criando as condições para influenciar políticas públicas. Transmitir este testemunho e conhecimentos para a próxima geração de responsáveis pelo planeamento urbano de cidades, assim conquistando a dedicação destes para a criação de cidades mais sustentáveis, salubres e acolhedoras. A nova etapa, denominada Mega-Cities/Mega-Change or MC2, poderá contar com o envolvimento de Lisboa. Abrange também o trabalho desenvolvido no âmbito do livro “FAVELA” nas perspetivas da investigação, da prática e políticas públicas a favor de uma sustentabilidade urbana inclusiva. Alfonso Vegara DATA DE EVENTO: Segunda, 06 Maio 2013 18:30 LOCALIZAÇÃO: Oceanário de Lisboa Auditório Mar da Palha Janice Perlman DATA DE EVENTO: Segunda, 27 Maio 2013 18:30 LOCALIZAÇÃO: Oceanário de Lisboa Auditório Mar da Palha Inscrições: Construção Sustentável / 918 613 023 mail@construçãosustentavel.pt
É sobre este tema que Alfonso Vegara falará na Conferência a realizar no Oceanário de Lisboa. Ele considera que “Territórios Inteligentes” conseguem atingir equilíbrios entre as mais prementes preocupações contemporâneas como o são: a competitividade económica, o desenvolvimento e coesão sociais e a sustentabilidade cultural e ambiental. Para Alfonso Vegara “Territórios Inteligentes” são regiões urbanas inovadoras que encaram os riscos e desafios da globalização com sucesso.
OPINIÃO | NP | 15
O Parque está na moda
Por. Sara Andrade Não foi fácil chegar à efetivação do Parque das Nações como freguesia única. Não foi fácil porque pode não ser claro para quem está de fora que o Parque das Nações é mais do que um conjunto de fronteiras. É um estilo de vida. E, se me perguntarem, todos os estilos de vida deviam munir-se de um código postal comum.
“O culto do corpo não é novo: os anos 70 e 80 foram exímios a tornar o “let’s get physical” em banda sonora oficial, e o séc. XXI perpetuou o mote, mas adicionou-lhe uma vertente mais estável, tornando o desporto como parte integrante de um estilo de vida abrangente, mas não a sua única vertente.Prova disso são as coleções deste verão, que, sem levá-lo à letra, tornaram o sportswear uma opção quotidiana.” Nike Free Inneva Woven 140 euros pvp
Porque um estilo de vida - este do Parque das Nações - é transversal a uma zona ribeirinha que ganha infraestruturas não só per si, mas pela utilização dada pelos seus habitantes e pelos seus visitantes. E uma vertente importante desse estilo de vida é o desporto, com uma grande ênfase no desporto ao ar livre Eu abominava o exercício físico - encontrei alguma paixão no yoga há uns anos, mas tudo o que envolvesse uma velocidade maior que isso, não me convencia. Foi na Expo que aprendi a viciar-me em caminhadas e foi o habitar no Parque das Nações que me tornou numa ávida corredora. Para mim, o móbil (um dos) foi o cenário: não perder as melhores imagens do começo do dia, num quintal que é um privilégio. E até costumo dizer que a minha casa foi construída sobre anfetaminas - porque nunca me ergui de manhã com tanta energia como no Parque. E o que mais me surpreendeu é que o Parque não tem corredores sazonais: habituei-me a reconhecer caras quando um punhado de resistentes enfrentava o frio matinal e as intempéries para manter a forma física; regozijei-me quando o pelotão aumentava em dias de sol; e até gravei na memória alguns dos visuais - tão díspares quanto os néons profissionais em t-shirts de marca e as camisolas desportivas, velhas e companheiras - que se repetiam nas mesmas personagens, de tempos a tempos. Ossos do ofício, enquanto jornalista de moda: muitas vezes abafei a música dos headphones para fixar-me nuns ténis, num corta-vento, nuns óculos de sol. E percebi que o Parque está na Moda – não porque se assume como um destino de fim-de-semana por excelência, mas porque há, por quem por lá corre, um potencial estético que equilibra a parte técnica com o visual. Na mesma linha de pensamento, a teoria poderia aplicar-se à vertente das bicicletas: é verdade que a semana de trabalho tem por hábito testemunhar os aficionados da modalidade, vestidos a rigor, mas o sábado e o domingo dão largas boas-vindas ao estilo sobre duas rodas, traduzido em imagens que fazem parte do imaginário de cidades onde a bicicleta é o meio de transporte, com visuais descontraídos e sofisticados a
acompanharem uma“pasteleira”.Talvez um dia, consigamos generalizar essa utilização da bicicleta a toda a semana, e o Parque possa, de facto, ser uma referência em termos de estilo (de vida) para ir a pedalar às compras, levar os filhos à creche ou escola; ir à esplanada junto ao rio ao final do dia, ou mesmo pedalar para o trabalho ou até à estação do Oriente para apanhar o autocarro, metro ou comboio. Ou, quem sabe, quando se libertar a Via da Água, até à Porta do Tejo, para apanhar o barco para qualquer sítio da margem do nosso estuário. O ambiente – e a saúde e forma física – agradecem. O culto do corpo não é novo: os anos 70 e 80 foram exímios a tornar o “let’s get physical” em banda sonora oficial, e o séc. XXI perpetuou o mote, mas adicionou-lhe uma vertente mais estável, tornando o desporto como parte integrante de um estilo de vida abrangente, mas não a sua única vertente. Prova disso são as coleções deste verão, que, sem levá-lo à letra, tornaram o sportswear uma opção quotidiana. Eu diria que o Parque das Nações já optou por essa via há algum tempo. Se me perguntassem, até diria que um rastilho desta tendência podia ter nascido no Parque. Não nasceu. Mas podia.
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16 | NP | OPINIÃO
NORTE NA MINHA RUA
O novo portal da CML é o sítio onde os munícipes de Lisboa podem participar as ocorrências na via pública, em habitação e equipamentos municipais que necessitem de intervenção dos serviços da Câmara. É um instrumento interactivo que simplifica o dever municipal de fiscalizar e manter o território, potenciando a capacidade de intervenção e de resposta. O sistema permite consultar o estado do pedido e comunica a resolução ao reclamante. Integrado num grupo de voluntários da Comunidade Vida e Paz, tenho contactado com os sem-abrigo que pernoitam na nave inferior da Gare do Oriente. Numa das ocasiões, reparei que a iluminação dos túneis adjacentes estava constantemente apagada. Identificada a situação anómala, para meu espanto, 5 dias depois, o problema tinha deixado de o ser. Na crónica do nº67, abordei o mau estado do pavimento num troço da Ilha dos Amores. Por coincidência, a Climaespaço voltou a intervir no local. Desta vez tive o cuidado de contactar a empresa e em simultâneo o balcão municipal, solicitando recuperação condigna do asfalto. Após uma reparação algo apressada, na semana passada, tive a grata surpresa de ver obra de repavimentação que deixou o piso como novo. Em nome do bem comum, obrigado.
SER SOLIDÁRIO
Em época de entrega da declaração de rendimentos, reforço a sugestão para que o leitor destine 0,5% do seu IRS, a favor da Navegar - Associação Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento. Ao fazê-lo está a apoiar as actividades sociais da nossa Paróquia que assim liberta verba para a construção da nova Igreja. Segundo o Pároco Franco, em 2012, a Navegar conseguiu por este modo, angariar 22.000€. Com a cooperação de todos nós, conseguiremos duplicar ou triplicar essa quantia. Basta colocar no anexo H, o NIF 508 539 366. Escolho este espaço para responder a todos os leitores/moradores - vizinhos, lojistas, consócios do ginásio, pais de amigos e colegas de estudo dos meus filhos - que me têm questionado se irei encabeçar o desafio autárquico. Revelo que declinei o convite feito por uma força política para empossar a liderança de uma candidatura, no Parque das Nações, no âmbito de coligação eleitoral, por entender que as intensas funções profissionais que exerço não me permitiriam desempenhar devidamente, em caso de vitória, o cargo exigente de Presidente de Junta de Freguesia de que a nossa comunidade precisa e merece. Acredito numa equipa empenhada, constituída por habitantes e empre-
sários das várias zonas da freguesia, eticamente impolutos, com disponibilidade para colocar ao serviço dos anseios da nossa comunidade, o tempo, a aptidão e a competência profissional, e não menos importante, a experiência de vida. Unidos, sempre, no propósito de defesa dos interesses prioritários dos fregueses e na racionalização da qualidade de vida no nosso Parque. Um eventual compromisso eleitoral leva-me a suspender a publicação desta crónica, pelo menos até às eleições, com grande pena, pois este jornal representa um projeto que acarinho e sinto como meu, mas importa preservar a linha de isenção editorial que tem norteado o percurso do Notícias do Parque. José Teles Baltazar veste Dunhill (C.C Amoreiras - piso 2 lojas 2151/58 - tel. 213 880 282)
“Ao fazê-lo está a apoiar as actividades sociais da nossa Paróquia que assim liberta verba para a construção da nova Igreja. Segundo o Pároco Franco, em 2012, a Navegar conseguiu por este modo, angariar 22.000€. Com a cooperação de todos nós, conseguiremos duplicar ou triplicar essa quantia. Basta colocar no anexo H, o NIF 508 539 366.”
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Nova Freguesia em debate Dia 4 de Maio vai realizar-se, na Escola Vasco da Gama, entre as 14h00 e as 19h00, o Fórum “Parque das Nações Nova Freguesia”. Fica o programa deste evento Abertura: - Rosa do Egipto, Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais Nova Freguesia: - Hirondino Isaías Pessoas: Juventude – Dr. Duarte Cordeiro (Deputado na AR) Educação – Dra. Maria José Soares (AEEQ) Segurança – SubComissário Marques (34ª Esq. da PSP) Desporto – José Borralho (GDOM) Acção Social: Terceira Idade – Dr. Nuno Félix (SCML) Saúde/Social – Dr. João Franco (Segurança Social) Políticas Sociais – Dr. André Couto (Presidente
de Junta)
Espaços Urbanos: Arq.º Jorge Bonito (APEPN) Ambiente – Eng.º Manuel Tito de Morais (Megaqualidade) Estacionamento – Arq.º Luís Pastor (JFM) Encerramento: Director Municipal do Ambiente, Arq.º Manuel Salgado, Dr. António Costa Moderador: Rosa do Egipto Participe, Colabore e Contribua! Organização: Duarte Carreira, João Cos ta, Hirondino Isaías e Rute Lima
"De Ovar a Macau em Bicicleta" A Cineteka recebe, dia 11 de Maio, mais um evento ligado aos mundo das viagens e da bicicleta
Clínica Dentária Santa Madalena no Parque das Nações
(junto ao Centro Vasco da Gama)
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PARQUE DAS NAÇÕES
O Rafael e a Tanya vêm contar a sua grande aventura: 19 meses de viagem em bicicleta pela Europa e Ásia (www.2numundo.com). Este evento é organizado pela Cicloficina do Oriente e insere-se no ciclo de encontros "A Bicicleta Mudou a Minha Vida", que teve início
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QUAL O MELHOR BAIRRO DE LISBOA? “E proponho mesmo que nos armemos em polícias do bairro dando o exemplo a quem nos rodeia. Todos os dias apanho papéis do chão, ponho garrafas no lixo. Só ainda não apanho dejectos, mas para lá caminho...” Hoje cheguei a casa já tarde e cansada. O Sol continuou mais uma vez a jogar às escondidas comigo, a querer imitar as políticas governativas deste país. Parece que ambos teimam em não pretender satisfazer minimamente as minhas necessidades.... O dia foi portanto longo e o final do mês parece-me estar ainda à distância de várias galáxias.Apetecia-me portanto dormir... Mas o Miguel avisou e nisto de escrever sobre o nosso bairro sobrepõe-se a qualquer fútil necessidade como dormir: a Crónica para o Notícias do Parque deve ser enviada até amanhã. Pois que seja! Folheio distraidamente o último número do “nosso” jornal e releio o texto do José Teles Baltazar:“Qual o melhor bairro de Lisboa?”, no qual ele confronta o Parque das Nações com Belém, numa comparação que vai das ofertas turísticas, culturais, educacionais e profissionais até às características das zonas ribeirinhas, acessos, transportes e afins. Fiquei a pensar nisto... Gostaria eu de
viver em Belém? Ou em qualquer outro local da cidade de Lisboa? E dou por mim a percorrer mentalmente esta cidade, espreitando aqui e além recantos onde não me importaria de viver. Ali para os lados da Graça, com uma nesguinha deTejo da janela? Em Santa Catarina, numas águas furtadas remodeladas, com varanda virada ao rio? Ou ali para os lados do Campo das Cebolas, com janelas amplas a espreitar a outra margem? E concluí que, em qualquer lugar da cidade, o rio ser-me-ia sempre essencial. Quanto a este requisito essencial para a minha felicidade, temos felizmente Tejo em abundância no nosso bairro. Como temos espaços verdes suficientes. Para usufruir e para viver. Mas talvez me falte o sapateiro do bairro, a padaria, a retrosaria e o quiosque... Talvez sinta falta do comércio tradicional de Campo de Ourique, da Praça do Chile ou mesmo ali de Moscavide. Do que eu não sinto falta absolutamente nenhuma é de
continuar a ver as nossas ruas cheias de pontas de cigarros, de dejectos de cão, de papéis atirados ao acaso, de garrafas esquecidas nas bancos do Parque... E proponho mesmo que nos armemos em polícias do bairro dando o exemplo a quem nos rodeia.Todos os dias apanho papéis do chão, ponho garrafas no lixo. Só ainda não apanho dejectos mas para lá caminho... Até quando esta situação? Vamos continuar a pactuar com esta despreocupação tendencialmente crescente? Ou vamos dar o exemplo a quem nos visita (mas também a quem connosco habita no Parque), chamando a atenção para a necessidade de manter a beleza deste lugar através de um aspecto essencial: a sua limpeza... Proponho que cada morador do Parque das Nações comece seriamente a preocupar-se em espalhar ao seu redor a ideia – e o exemplo – de que queremos todos continuar a viver num sítio especial, preferencialmente habitado e visitado por pessoas também
elas especiais, que apanham o lixo e chamam a atenção a quem o não faz! Qual o melhor bairro de Lisboa para viver? Fique bem claro: o melhor sítio para se viver é onde nos sentimos em casa e, esse mesmo lugar, tanto pode ser numa remota aldeia de Trás-os-Montes ou do Alentejo profundo ou da serra do Caldeirão... como em Nova Iorque ou numa das cidade mais poluídas do mundo como é a capital do México ou simplesmente aqui, em Lisboa, a espreitar o Tejo. Depois de viajar pelo mundo, esta última opção parece-me perfeita. Gosto de sair de Lisboa sempre que posso! Mas regressar a casa no Parque é um dos grandes prazeres da minha vida. Porque, sabemo-lo: a nossa casa é onde está o nosso coração! E o meu está por aqui... Carmo Miranda Machado
(Escreve ao abrigo do novo acordo ortográfico)
104ª Convenção do Rotary Internacional – Parque das Nações O Rotary Internacional é uma organização nãogovernamental (ONG), fundada em 1905, que conta hoje com 34.404 clubes situados em 206 países e regiões geográficas, congregando 1.230.551 sócios. O objetivo desta ONG é a prestação de serviços humanitários, enfatizando altos padrões éticos, a nível profissional e promoção da boa vontade e paz mundial, sob o lema “Dar de Si Antes de Pensar em Si”. Os seus membros são essencialmente líderes de negócios e profissionais de destaque que, em regime de voluntariado, fomentam os valores de ética preconizados pela organização, enquanto ajudam a construir Paz e Compreensão entre os povos, através do serviço comunitário. Em finais de 2006, quando o Rotary Internacional escolheu Lisboa para acolher a sua 104ª Convenção, estava como Presidente do Rotary Club Lisboa Oeste, um dos Clubes Subscritores desta candidatura. Presentemente, como Sócio Fundador Nº 1 e Primeiro Presidente do Rotary Club Lisboa – Parque das Nações, é com natural satisfação que aguardo com grande expetativa a
realização deste evento de 23 a 26 de Junho, no Parque das Nações – Lisboa, onde a nossa Freguesia e Lisboa vão acolher a maior Convenção de Negócios alguma vez realizada em Portugal, prevendo-se uma participação entre 25.000 a 30.000 pessoas, com um impacto direto muito positivo na nossa economia, cerca de 77 a 100 milhões de Euros, em termos de despesa direta a efetuar no nosso País. Em rigor, e a confirmarem-se os números previstos, o Movimento Rotário será em 2013 o segundo maior exportador de Turismo em Portugal. A Organização deste Evento pretende, junto dos seus participantes, dar a conhecer Portugal, a nossa história e a nossa cultura. Na realidade, esta Convenção está organizada através de uma Feira de Negócios, denominada “Casa da Amizade”, que ocupará dois dos quatro pavilhões da Feira Internacional de Lisboa (FIL), numa totalidade de 20.000m2. Esta representará o coração da 104ª Convenção de Rotary Internacional. Os restantes pavilhões da FIL serão ocupados com registo de participantes, passeios de turismo, salas de grupo de discussão e eventos. A Casa da Amizade estará aberta durante 5 dias – 22 a 26 de Junho 2013.
Neste espaço, pretende-se promover Distritos, Clubes e Projetos de Rotary, networking, merchadising de Rotary, espaços de restauração, promoção de turismo e cultura local e internacional, entretenimento e áreas de negócio. Pretende-se, na Casa da Amizade, proporcionar uma experiência única de socialização, negócio e descontração aos participantes desta Convenção, enquanto se dá a conhecer ao mundo a cultura, espírito e tecido empresarial português. Em síntese, o evento pretende dar a conhecer, em Portugal, o que Rotary faz no mundo, os muitos e variados projetos que o Movimento Rotário tem na área do combate à fome, à sede, à literacia e a grande campanha mundial de saúde pública: - a Erradicação da Poliomielite do Mundo! A Pólio, mais conhecida por Paralisia Cerebral, dizimava ou submetia, no final da década de 80, à incapacidade milhares de crianças de todo o mundo. Rotary foi, desde 1979, a primeira Organização que agarrou a possibilidade de, através da vacina Sabin, com 100% de eficácia, colocar um ponto final no vírus da Pólio. Com esta campanha Mundial, dos 350 mil casos conhecidos em 1986, baixou-se em 2012 para 252 e, no corrente ano, existem apenas 10
“...prevendo-se uma participação entre 25.000 a 30.000 pessoas, com um impacto direto muito positivo na nossa economia, cerca de 77 a 100 milhões de Euros, em termos de despesa direta a efetuar no nosso País...” casos sob suspeita. Em Portugal, está a decorrer uma Campanha que, através de uma chamada telefónica, pode salvar uma vida! Para tanto, basta ligar: 760 30 2013 (custo 0,74 €). Artigo de opinião por: Hirondino Isaías
(ao abrigo do novo acordo ortográfico)
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Sucesso Internacional “...esse foi um ponto de honra. Queremos ser conhecidos como a MARCA portuguesa!” Mário Maciel foi um dos oradores convidados para a 4.ª conversa do Voxmar a decorrer no Oceanário de Lisboa. É um dos mentores de um projecto que está a ter um sucesso sem limites. Não quisemos deixar de saber como é que uma pulseira portuguesa está a conquistar o resto do mundo. Como surgiu a ideia das pulseiras Cabo d ' Mar? A Cabo d ' Mar surgiu após uma "brincadeira" de colocar umas fotos, num Link do Facebook, de pulseiras com materiais náuticos. Cabos e peças utilizadas nas embarcações. Mas com um conceito mais elaborado, como se pode ver em muitos Blogs e Tumblers. Para tal foi inventada uma Marca que tivesse a ver com a temática do mar e identificada na nossa terra Natal, Viana do Castelo. Para que fosse possível dar algum input à Marca, foi necessário criar uma história sobre a marca (Branding). A lenda surge com factos reais, no que diz respeito aos locais, datas e referências das explorações do Navegador Vianense. Mas o acontecimento da queda é romanceado de forma a dar uma ligação às pulseiras. Assim, no fundo, estaríamos a criar um DNA da marca. Quem são as pessoas que estão por trás deste projecto? Somos os três de Viana. O João Paulo Rodrigues, que já tinha ligação ao mundo da moda, pois tem lojas de referência na cidade, negócio dos pais. O Luís Filipe Cândido estava na Indústria Farmacêutica, mas saiu. Eu, Mário De Sousa Maciel, sou KAM na Merck, também na Indústria. Temos idades variadas entre os 40 e os 41 e adoramos mar, todos fizemos Surf (e ainda fazemos quando é possível) e adoramos velejar... O mar está em nós!!! O mar será sempre, sempre, o tópico das nossas colecções, mesmo que seja adaptado a diversos estilos ou desportos.Viana é mar, pesca, vela, remo, surf, kitesurf, windsurf...
A atitude e coragem do Navegador pode ser transportada para os dias de hoje, as gentes do Minho têm muita tradição e orgulho no seu passado, etnográfico e histórico. Nos dias de hoje, com toda a conjuntura mundial de dificuldade iminente, é fundamental ir buscar estes sentimentos, pois temos que levantar a cabeça e procurar soluções. Aproveitar o que de bom corre nas veias portuguesas e tentar sermos empreendedores e positivos. O nosso core business é, sem dúvida, as pulseiras. Mas queremos estender a outros tipos de acessórios e não só, mas isso ainda é surpresa. Queremos dominar bem todo o Modus Operandi do negócio para depois abrir para outros produtos. Como tem corrido? Isto começou há nove meses e o sucesso foi explosivo! Ninguém estava à espera de tal! Ao fim de duas semanas tínhamos mais de 20 000 visitas e hoje estamos perto das 50 000. As vendas on line vão para os quatro cantos do mundo. De Nova York a Los Angeles, passando um pouco por toda a Europa, mas, em especial, Itália, onde já temos loja, em Milão e, em breve, em mais cidades como: Espanha, Madrid, Canárias e Bilbao (já com lojas a vender), Japão, Singapura e Turquia. Não faltam pedidos! Um dos nossos problemas é a capacidade de produção, pois somos um produto mano facturado. O futuro? A intenção será estratificar o produto. Mantendo grande parte das pulseiras a um público geral, mas, também, em breve criar umas linhas especiais, em Prata e Ouro, para mercados mais específicos. A ideia é dar notoriedade à marca e depois colocála num nicho de mercado, médio, médio-alto.
Temos o sonho de ser uma das marcas mais famosas de Portugal. Dar e mostrar ao mundo o bom gosto que os portugueses, também, têm. Com um nome 100% português... Equacionou-se a hipótese de dar um nome estrangeiro à marca, por ser mais fácil em termos de inter-
nacionalização, mas esse foi um ponto de honra. Queremos ser conhecidos como a MARCA portuguesa! Já temos pontos de venda em Viana do Castelo, Braga, Espinho, Maia, Póvoa de Varzim, Porto, Famalicão, Stº Tirso, Felgueiras, Guimarães, Coimbra, Leiria, Albufeira, Lisboa e Funchal.
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SUL
Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com
HÁ “VIDA DE BAIRRO”?
NO ARRENDAMENTO DOS ESPAÇOS PARA COMÉRCIO - numa fase inicial do negócio, o proprietário podia receber a renda de acordo com uma componente variável – por exemplo, mediante a faturação - ou através de uma componente progressiva - no primeiro ano um valor baixo, mas sujeito a crescimento anual. Isso levava a algum envolvimento do proprietário pelo negócio e criava um maior dinamismo na zona, devido à abertura de lojas e serviços. Se, na mesma rua, os proprietários dos espaços comerciais acordassem esta medida, criava-se maior atividade à zona e isso valorizava o seu imóvel.
Ao longo de várias edições, tem-se vindo a dar voz à opinião dos residentes do Parque das Nações Sul, sobre o que gostam e o que gostariam de ver implementado nesta zona. Nestas conversas, tive oportunidade de recolher as opiniões dos residentes sobre o seu bairro e sobre a “vida de Bairro”. Mas o que despoletou este artigo foi a opinião de um ex-residente da zona Sul. Mudou-se recentemente para outro bairro de Lisboa e referiu que, onde reside, existe mais espírito de bairro do que na Zona Sul. Penso que temos que fazer algo para mudar esta tendência!... Para unificar conceitos, “vida de bairro” acontece quando: 1- Os residentes têm afinidade pelo espaço onde residem – sentido de pertença; 2- Os residentes estabelecem contactos sociais com outros residentes; 3- Existem infraestruturas. Essas infraestruturas (comércio, serviços, escolas, locais de lazer, recreativos, empresas…) proporcionam respostas às necessidades dos seus habitantes sem que tenham que se deslocar para o exterior. Quanto maior for o sentido de pertença de um residente, maior será a qualidade de vida percebida, o orgulho no seu bairro e o compromisso de cidadania. Entende-se por sentido de pertença, o “envolvimento emocional com os lugares” (1). Por sua vez - a existência de relações sociais com a vizinhança – é quase sempre um indicador usado para medir o grau de sentido de pertença. É pertinente perceber, num bairro, a forma como os residentes usam o espaço, os percursos diários, os pontos marcantes, as centralidades, os lugares de referência (2). Relativamente aos aspectos referidos sobre a vida de bairro na Zona Sul, observa-se o seguinte: A afinidade – O que foi constatado ao longo deste tempo é que os residentes têm grande afinidade pelo espaço onde residem. De tal forma que ao serem confrontados com a questão - se existe vida de bairro na zona Sul - respondem “…não muita…”, mas com alguma reserva, dado gostarem tanto do lugar onde habitam. No entanto, mostram interesse em haver um maior dinamismo neste espaço. Mas sem tocar a realidade do “nãobairro” - espaços públicos de rápida circulação, transitórios e desprovidos de identidade (2). Os contactos sociais - muitos residentes da zona Sul estabelecem contactos sociais com outros, embora, de forma não muito próxima. Isto porque não residem há muito tempo neste espaço (também é um bairro recente) e porque não existem os tais pontos marcantes, centralidades, lugares de referência, que ajudam à aproximação social. As infraestruturas - existe pouco comércio e serviços de forma a criar uma maior activida-
“3- A TORRE GALP E O SEU ESPAÇO CIRCUNDANTE - que vai até à Marina, pelo Passeio do Adamastor, podia ser melhorado e dinamizado pois tem características para ser um local de centralidade e de referência.”
de nesta zona. Por sua vez, ainda não foi construída a 2ª fase da Escola Parque das Nações. Todos estes factores não contribuem para o aumento da “ vida de bairro”. O comércio tem dificuldade em prosseguir devido à falta de clientes pois, aqui, os dias de semana têm pouca dinâmica. Ouvi várias vezes, por parte dos comerciantes e residentes, a expressão de “bairro dormitório”, onde as pessoas entram e saem pela garagem, sem haver grande interação com o espaço exterior. Para ultrapassar esta questão e criar mais dinamismo existem algumas alternativas: 1- CONSTRUÇÃO DA 2ª FASE DA ESCOLA PARQUE DAS NAÇÕES – vai criar uma maior actividade na Zona Sul com o aumento de comércio e
serviços.
2-A construção de um PARQUE DE ESTACIONAMENTO, em frente à Escola – Rua Gaivotas em Terra - é uma situação urgente, assim como o estacionamento noutros locais, já tive oportunidade de abordar esse aspeto noutra edição. 3-A TORRE GALP E O SEU ESPAÇO CIRCUNDANTE - que vai até à Marina, pelo Passeio do Adamastor, podia ser melhorado e dinamizado pois tem características para ser um local de centralidade e de referência. 4 - MEDIDAS MAIS CRIATIVAS E MAIS FLEXÍVEIS
Alguns gestores/proprietários, que foram abordados, não rejeitaram esta medida. No entanto, é necessário conhecer-se muito bem as intenções e o perfil do inquilino, para que o negócio seja positivo para as duas partes. E, também, apresentaram dúvidas sobre o ponto de vista legal. Para responder a essa questão, Susana Carreira, advogada, residente na zona sul, refere que legalmente, a componente variável ou progressiva no arrendamento em estabelecimentos comerciais é possível, por acordo entre as partes. Contudo, tem que haver sempre um valor fixo de renda, ainda que reduzido. Sublinha que “a retribuição é um elemento essencial do contrato de arrendamento. Se não se estipular um valor de renda, não estamos perante um contrato de arrendamento, mas sim, perante outro tipo de contrato, como seja um contrato de comodato, (vulgo empréstimo). Isto tem consequências práticas, por exemplo, ao nível do direito à ação de despejo.” Relativamente à componente variável, acrescenta: ”mediante acordo escrito, ambas as partes podem estipular que ao valor da renda, será acrescida uma componente variável e/ou progressiva, mas determinada em função de fatores claros e objetivos, sob pena de, na prática, não se tornar possível apurar até que ponto existe, ou não, incumprimento do contrato.” Outra medida no arrendamento poderá ser a partilha de espaço - já aqui referido no Jornal NP - é uma boa possibilidade para o inquilino poupar custos, pois partilha o mesmo espaço com outros e, por sua vez, os proprietários geram receitas. Por fim, e apesar do que foi dito, é muito bom viver no Parque das Nações Sul! Agradeço a todos que deram a sua opinião pois cabe a nós, enquanto comunidade, apresentar estes aspectos para aumentar a nossa qualidade de vida percebida, o orgulho no nosso bairro e o compromisso de cidadania. (1) HUMMON (1992, p.256), Community attachment: local sentiment and sense of place. In I. Altman & S. Low (Eds), Place Attachment, New York: Plenum. (2) AZEVEDO, MAGALHÃES e PEREIRA (2010), City Marketing, Vida Económica. Escrito pelo novo acordo ortográfico
LOCAL | NP | 21 |
Na Minha Rua No portal " Na Minha Rua" os munícipes de Lisboa podem, através desta plataforma, participar as ocorrências na via pública, em habitação e equipamentos municipais que necessitem da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa. Lá podem pedir/reportar as seguintes situações: Avarias na iluminação pública; Denúncia de pragas e doenças (associadas a animais: pombos, ratos, etc..); Entupimento de sarjetas ou sumidouros; Infiltrações na sua habitação municipal; Insalubridade em propriedade privada ou municipal; Irregularidades em
O processo de registo é simples e o portal tem vindo a provar a sua eficácia. É fazer o registo, participar a ocorrência e aguardar que seja resolvida. Além deste portal existe uma linha de atendimento para a população, do Parque das Nações, através do número: 218 172 067/68
terrenos municipais; Limpeza de graffities; Limpeza da via pública (varredura, lavagem); Manutenção de instalações sanitárias, lavadouros ou balneários; Manutenção/Reparação de mesas, bancos, bebedouros públicos, sarjetas e outro mobiliário urbano danificado; Pedido/manutenção
de contentores, papeleiras, ecopontos, vidrões e ecopilhas; Pilaretes derrubados; Queda/poda de árvores; Recolha de animais mortos e abandonados em espaço público e privado; Recolha de objectos volumosos fora de uso; Sarjetas danificadas; Viaturas abandonadas; entre outros.
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24 | NP | OPINIÃO
Marina do Parque das Nações
DIÁRIO DE BORDO ANMPN – Associação Náutica da Marina do Parque das Nações Paulo Andrade – presidente@anmpn.pt
As Velas de Luz da Lusitânia, cor de Almagre, voltaram de novo ao Grande Estuário do Tejo
Na última edição do Notícias do Parque, falei sobre as Velas Vermelhas que estavam presentes na aguarela que a Pan Am encomendou ao artista John McCoy, para assinalar a abertura da Rota entre Lisboa (Aeroporto Marítimo de Cabo Ruivo) e Nova Iorque (Port Washington), Velas essas que, nessa altura, abundavam no Tejo. Era assim que os nossos antepassados Lusitanos, há mais de dois milénios, tingiam as Velas com Almagre (argila muito abundante na península ibérica) para evitar a contaminação do pano com fungos, durante a época das chuvas. Descrevi também o processo de tingimento das velas, que foi reeditado pela Marinha do Tejo, num evento recente no Centro Náutico Moitense. Ficam aqui algumas imagens da Canoa “Ana Paula”, residente na Marina do Parque das Nações., a qual trouxe de novo ao Grande Estuário do Tejo, as Velas Vermelhas de Luz da Lusitânia. As imagens valem mais do que mil palavras…!
Canoa “Ana Paula” e Falua “Esperança” da CM de Lisboa, quando participavam no Evento de Inauguração de Melhoramentos na Ribeira das Naus (foto de Manuel Ventura – ANMPN)
Tertúlia Poética da Marina do Parque das Nações, cada vez mais participada
caso da Cala das Barcas (Vide Figura 07), a principal via navegável para Alhandra e povoações montantes, o que se verifica é que a APL, que assumiu a responsabilidade de dragar, também não o faz.
Dragagem do rio
Dr. Luís Roza (Sobrinho do Poeta Fernando Pessoa) e Professor Carvalho Rodrigues na última Tertúlia Poética da Marina que teve lugar no Edifício Nau - Café Allez (foto de Vasco Alves – AMCPN) Canoa “Ana Paula” envergando as Velas de Luz da Lusitânia, na zona ribeirinha do Parque das Nações (foto do Marinheiro Luís da Marina do PN)
Imagem da assistência com os participantes da última Tertúlia de 5 de Abril. Edifício Nau - Café Allez (foto de Vasco Alves – AMCPN)
Canoa “Ana Paula”, bolinando, na zona ribeirinha do Parque das Nações (foto do Marinheiro Luís da Marina do PN)
a procurar um local com mais espaço para este evento. A ANMPN conseguiu obter da Marina a cedência de um espaço nas Galerias do Edifício Nau, contíguo ao Café Allez, o qual, ao decidir apoiar a iniciativa, criou as condições necessárias à sua concretização. Dado que a última sexta-feira de Março coincidiu com o Feriado de sexta-feira Santa, ficou decidido realizá-la no dia 5 de Abril, desta vez com a presença do Professor Carvalho Rodrigues e do Dr. Luís Roza, sobrinho do Poeta de referência desta Tertúlia – Fernando Pessoa. Tendo em conta que a AMCPN vai fazer uma alusão a este evento nas suas páginas, limito-me apenas a agradecer ao poeta moderador e entusiasta Figueiredo Costa da AMCPN, ao Sérgio Caetano, proprietário do Café Allez, pelo apoio proporcionado, e à Marina do Parque das Nações pela cedência do espaço. Esperamos que estes eventos realizados no Edifício Nau possam dar uma ajuda significativa na dinamização da utilização daquele Edifício, que foi uma das principais referências da Expo’98. Aqui ficam duas imagens do evento de 5 de Abril.
“Manter a navegabilidade do rio, através de dragagem periódica e adequada de Canais, Docas e Marinas, é condição necessária para voltarmos a ter no Tejo, a “Via da Água”...”
Em boa hora a AMCPN com o apoio da ANMPN, decidiram lançar há mais de um ano a esta parte esta Tertúlia Poética da Marina (mensal – ocorre na última sexta-feira de cada mês), a qual tem vindo a ganhar cada vez mais adesões, facto que nos levou
Manter a navegabilidade do rio, através de dragagem periódica e adequada de Canais, Docas e Marinas, é condição necessária para voltarmos a ter no Tejo, a “Via da Água”, que foi estabelecida desde que os primeiros povos povoaram as suas margens. Quem navega no Tejo conhece bem os problemas associados aos assoreamentos de docas e canais de acesso aos diferentes locais das margens. Cada vez mais é difícil o acesso a terra e a navegabilidade nos diferentes canais, devido ao estado de abandono em que o rio se encontra. Veja-se, por exemplo, a localização da Marina do Parque das Nações, no Canal de Cabo Ruivo, a montante da Matinha. Se formos ao site do Porto de Lisboa e pesquisarmos o Regulamento de Canais, que foi decidido pela Administração do Porto de Lisboa, verificamos que, neste troço, que passa em frente à Marina do Parque das Nações, não está definida a responsabilidade pela dragagem. De facto, há cerca de um ano, quando se comemoraram os 75 anos dos lugres Creoula e do Santa Maria Manuela na Pte. Cais de Cabo Ruivo, o Santa Maria Manuela, que vinha de Aveiro, encalhou durante a manobra de acostagem e os passageiros tiveram de aguardar mais de uma hora a bordo, para que a subida da maré permitisse o desencalhe e respetiva atracação. Quem é o responsável? Ninguém sabe…! No entanto, mesmo naquelas situações, onde a responsabilidade está claramente definida, como seja o
Regulamento de Canais – Canal de Cabo Ruivo – Da Matinha à Doca dos Olivais. (Fonte Site da APL)
Regulamento de Canais – Cala das Barcas – Principal via navegável para Alhandra e povoações montantes (Fonte Site da APL)
OPINIÃO | NP | 25
Os relatos de encalhes sistemáticos na Cala das Barcas, numa zona chamada Ponta do Raso, entre a Boia Nº 1 e a Boia 10, pela ausência de dragagens de manutenção pela APL, têm vindo a condicionar, de forma cada vez mais acentuada, a navegabilidade para montante, situação que, não só é grave em termos da navegação do estuário, como também, mostra bem que tudo aquilo de que os sucessivos Governos têm vindo a falar sobre o Regresso ao Mar dos Portugueses, e o restabelecimento da Via da Água, não passam, até agora, de meros Powerpoints sem qualquer sustentação em medidas concretas. O assoreamento é uma realidade comum a todos os estuários e o seu controlo, quer através de dragagens de manutenção, quer através de mecanismos que ajudem na sua mitigação, deve ser uma das principais preocupações da entidade que tem a responsabilidade de gestão do estuário. A navegabilidade dos Canais é fundamental e, como bem evidenciado nas imagens das figuras 8 a 11, era uma atividade permanente no nosso estuário há algumas décadas. No Estuário do Tejo, que representa uma área percentualmente significativa onde habitam cerca de quatro milhões de pessoas, deixou de haver transporte pela “Via da Água”. Os dois milhões e meio de pessoas que vivem na margem Norte do rio, e o milhão e meio que habitam na margem Sul têm três ruas a ligá-las. Uma
em Vila Franca de Xira, outra na Freguesia do Parque das Nações e, a terceira, entre o Alto de Santo Amaro e Almada. Ou seja, quatro milhões de pessoas, quarenta por cento da população do País, têm três ruas a ligá-los. As embarcações do Tejo, desde as típicas a todas as outras, são, também, um meio de transporte e, nomeadamente, um recurso fundamental para a Proteção Civil. Havendo um desastre, e um dia acontecerá, se afetar uma das margens vai ser preciso transportar feridos, salvar pessoas e bens. As três ruas estarão de pé, mas bloqueadas em segundos. A “Via da Água” será assim fundamental nas operações de salvamento no caso de uma catástrofe e, nesse sentido, a navegabilidade dos canais e a manutenção dos locais de acesso a terra deve, também por isso, ser devidamente acautelada. Lamentavelmente, a utilização indevida do rio e o completo abandono da “Via da Água” levou a que, quer os Golfinhos quer as Dragas tivessem desaparecido do Tejo. Com a construção de várias ETAR’s e com uma sensibilização cada vez maior para o ambiente, alguns Golfinhos já vão aparecendo no Tejo. As Dragas têm tido mais dificuldade, mas um dia voltarão. Com a “Libertação da Via da Água”, a dragagem dos Canais e dos locais de acesso a terra no grande estuário será uma operação integrada e periódica, tal como aconteceu durante séculos no Tejo, e quando, fundamentalmente, sabíamos tomar conta de nós e construir o futuro de Portugal de forma sustentada.
Draga no Tejo, na Manutenção da navegabilidade dos Canais
Draga no Tejo, na Manutenção da navegabilidade dos Canais
Draga no Tejo, na Manutenção da navegabilidade dos Canais
Draga no Tejo, na operação de dragagem periódica de uma Doca
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Saudações Náuticas, Paulo Andrade Presidente da ANMPN
Dos 4 meses aos 6 anos
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26 | NP | MARINA
NOTÍCIAS MARINA PARQUE DAS NAÇÕES www.marinaparquedasnacoes.pt
“...um programa único e divertido e, quem sabe, se de pequenos marujos não se farão grandes homens do mar.” Atividades para Escolas e Famílias
Canoagem Porque a aprendizagem escolar faz-se mais do que em simples 4 paredes, a Marina Parque das Nações e o Centro Náutico colocam à sua disposição, e da sua escola, as atividades náuticas mais divertidas desta Primavera. Ofereça aos seus alunos a oportunidade de contactar diretamente com o mar e conhecer de perto os benefícios físicos e bem-estar únicos que a náutica desportiva lhes traz. Com um número máximo de trinta participantes, usufrua de uma atividade de canoagem, dentro de uma envolvente única e num plano de água devidamente protegido, ideal para uma melhor e mais eficaz aprendizagem. A atividade é composta por um briefing de segurança seguido da atividade, num total de duas horas, que prometem trazer-lhes energia e diversão num contexto de aprendizagem singular. Com preços desde 4,50€ por aluno, não perca a oportunidade de alargar a sua escola às instalações do Centro Náutico e proporcionar-lhes uma atividade desportiva única e nova, proporcionandolhes um contacto privilegiado com a Natureza, aqui, no coração da sua cidade.
Para mais informações não hesite em contactar os serviços de receção da Marina Parque das Nações, através do número 218 949 066 ou, via e-mail, para o endereço: info@marinaparquedasnacoes.pt Pequenos Marujos, o complemento certo à formação dos seus alunos A Marina Parque das Nações, em parceria com a Ciência Divertida, colocam à sua disposição o programa “Pequenos Marujos”. Este programa, destinado a escolas, prevê uma aproximação dos mais novos ao conhecimento náutico, contacto com a Natureza e ciência. Dentro de um programa divertido e original, desenvolvido na companhia dos amigos da escola, os seus alunos terão a oportunidade de conhecer de perto o dia-a-dia de quem vê no mar a sua atividade diária, bem como, de colocar em prática os conhecimentos adquiridos na escola, com os variados ateliês da Ciência Divertida. Com um número mínimo de 20 participantes, esta nova rubrica dedicada aos mais novos tem a duração de cerca de 1h30m, dividindo-se o grupo para a prática das variadas atividades. As mesmas preveem um conhecimento geral da marina e procedimentos de marinharia, tais como nós de marinheiro e comunicação em rádio VHF, incluindo um passeio de barco para os alunos, conhecimento geral de espécies autóctones da
Reserva Natural do Estuário do Tejo e a realização posterior de um ateliê de Ciência Divertida, onde a aprendizagem, originalidade e alegria são as palavras-chave. Reserve já o programa Pequenos Marujos e ofereça às suas turmas um programa único e divertido e, quem sabe, se de pequenos marujos não se farão grandes homens do mar. Mais do que um momento de diversão, este é um excelente complemento à aprendizagem escolar. Para reservas e mais informações contacte a Ciência Divertida, através de 919 777 730 ou anatavares@cienciadivertida.pt.
que serão defendidos pelos seus impulsionadores diante de um júri, no próximo dia 17 de Maio. A Marina Parque das Nações e Centro Náutico não quiseram, uma vez mais, ficar de fora desta iniciativa, garantindo aos jovens concorrentes diversas atividades náutico – desportivas, com vista a proporcionar um contacto direto com o mar, o tema chave deste concurso. As inscrições para este concurso estão já abertas, findando o período de candidaturas no próximo dia 19 de Abril. Aproveite o 4º concurso do Kit do Mar e abra portas à criatividade dos mais jovens.
Kit do Mar Está de volta o Concurso do Kit do Mar. Este ano, já na 4ª edição, o concurso promete juntar professores e alunos em busca de um único objetivo, um conhecimento mais aprofundado, por parte da comunidade estudantil, do mar e potencialidades deste mesmo recurso natural. Assim, este método educativo consistirá numa abordagem extracurricular à importância dos recursos marítimos para o nosso país, sendo importante a compreensão dos mesmos desde as mais jovens idades. Com temas escolhidos pelos professores, os projetos a concurso serão desenvolvidos por estudantes desde o ensino primário ao ensino superior, depositando nos mais jovens uma confiança necessária para uma futura preservação, crescimento e valorização do mar e seus recursos. E porque a educação é o pilar de toda uma sociedade, os projetos entregues serão avaliados e devidamente valorizados pela pertinência da sua implantação, destacando-se 5 projetos finalistas
Conheça todo o programa e candidaturas em http://kitdomar.emepc.pt/concurso/como-participar/ Centro Náutico à sua disposição O Centro Náutico da Marina Parque das Nações convidam –no a passar um Domingo único e original repleta de emoção e diversão entre família e amigos. Dia 19 de Maio das 09h00 às 18h00 navegue neste plano de água que sempre o cativou. Venha até ao Centro Náutico e traga o seu equipamento náutico, ou alugue um dos caiaques disponíveis, desfrutando assim de um dia diferente no plano de água do Parque das Nações. Não perca a oportunidade de apreciar a beleza excecional do Estuário do Tejo e recarregar energias para mais uma semana de trabalho. Sinta a verdadeira essência de paz e harmonia, aqui tão perto. Para mais informações e/ou inscrições: info@marinaparquedasnacoes.pt
MARINA | NP | 27
“Mais do que um workshop culinário, este é um momento inesquecível e de bom gosto” vando, sempre que possível, estas bolachas decoradas completamente artesanais, que elas tão bem vão preparando. Aproveite e tire, de igual forma, ideias boas e económicas para uma oferta original e que fará, por certo, todos comerem e chorar e por mais. Para reservas e informações adicionais, não hesite em contactar os serviços da Geração do Conhecimento, através de 937 807 161 ou via e-mail, através do endereço g.conhecimento@hotmail.com.
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Cursos financiados na Marina Parque das Nações Estão abertas as inscrições para o novo curso modelar de “Primeiros Socorros”, a iniciar no próximo dia 16 de Abril, na Marina Parque das Nações. Este curso disponibilizado pelo Instituto de Formação e Desenvolvimento Humano, surge na sequência dos cursos precedentes de Canoagem e Atendimento, sendo totalmente financiados e visando o enriquecimento curricular dos participantes.
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Workshop “Bolachas decoradas” Nos próximos dias 20 de Abril e 4 de Maio, a Marina Parque das Nações abre as portas à Geração do Conhecimento, que proporcionará dois workshops de “Bolachas Decoradas”. O primeiro será dirigido a crianças dos 6 aos 11 anos de idade, contando na confeção de bolachas artesanais, decoradas em forma de animal. Já no dia 4 de Maio, o workshop será dirigido a jovens dos 12 aos 17 anos. Mais do que um workshop culinário, este é um momento inesquecível e de bom gosto. E já que apelámos ao seu gosto, nada melhor do que apurá-lo nestas deliciosas bolachas, decoradas a preceito pelas suas filhas. A Marina Parque das Nações privilegia os bons momentos em família. Por isso, colocamos à disposição das mães o Espaço Lounge da Marina, onde poderá relaxar, ler e passar um bom momento a vislumbrar as belezas do Tejo, deitando um olho e pro-
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Não fique fora e diferencie-se nesta época em que a formação é, mais do que nunca, uma mais-valia e um fator chave para a seleção e apreciação do seu currículo pessoal. Com a duração total de 25 horas, este curso dota os participantes das noções básicas de socorrismo, proporcionando um financiamento do subsídio de alimentação e de transporte, aquando da apresentação dos títulos adquiridos. Aproveite já e conheça os variados cursos financiados que a Marina Parque das Nações coloca à sua disposição. Valorize-se pessoal e profissionalmente. Preços Especiais no seu Curso de Navegação Chegou a primavera e com ela a vontade de aproveitar ao máximo o lazer que esta magnifica costa nos oferece. E para isso nada melhor do que garantir já os preços especiais de início da época alta dos Cursos de Navegação que colocamos ao seu dispor. Qualquer que seja a categoria que mais se adeque às suas necessidades e expectativas de navegação, a Marina Parque das Nações assegura-lhe o preço mais vantajoso neste início de época. Este ano, o nosso desejo é que você comece o verão da melhor forma possível, aos comandos da sua embarcação de sonho, e aos melhores preços do mercado. E se o sol o convida a um passeio de barco, impressione os seus amigos e família e leveos você mesmo nesta viagem. Esteja a par dos cursos de navegação que a Marina Parque das Nações tem ao seu dispor e inicie ou aperfeiçoe a sua vida náutica na nossa companhia.
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28 | NP | SAÚDE
O Sono do Recém-Nascido Pedro Ferro Meneses, pediatra, competência em NBAS Membro da Fundação Brazelton /Gomes Pedro Centro Médico da Portela O sono tem uma importância fundamental, não só a nível ontogenético, no percurso de vida daquele ser único, como no decurso multimilenário da evolução da espécie humana. O parto e o período pós-natal constituem uma experiência única e marcante na vida do bebé que acabou de “vir ao mundo” e na realização daquela mulher que se tornou mãe. O sono do bebé recém-nascido é um dos determinantes fundamentais que condicionam a influência dos factores internos e externos no desenvolvimento maturativo do seu cérebro e do bem-estar da díade mãe/ filho. Como vimos no artigo anterior, o bebé prenato tem já estabelecido um ritmo circadiário de alternância de sono e vigília, em que se distinguem pelo menos duas fases, em cada um dos estádios: uma mais ativa e outra mais calma ou tranquila. Por outro lado, esta variação dos ciclos está sincronizada com a atividade materna correspondendo a maioria do tempo de vigília e de atividade do bebé pré-nato, com o período de descanso da mãe e, inversamente, de sono, quando está mais ativa e que, frequentemente, tende a prolongar-se no período de RN. Por outro lado, no RN normal e de termo, no seu padrão de sono inicial, há um predomínio do sono REM ocupando cerca de 70 a 80% para ir diminuindo progressivamente até aos 20%. Este tipo de sono REM (de rapid eye moviments ) – fase de sono ativo - e que foi, exatamente, descoberta devido ao olhar atento de um pai - N. Kleitman , fisiologista, psicólogo americano e pioneiro no estudo do sono - quando reparou que o seu filho recém-nascido, quando dormia, mexia frequentemente os olhos por baixo das pálpebras. Ora, esta fase do sono, cuja predominância no recém-nascido é única, tem uma importantíssima função de ativador cerebral, favorecendo as conexões entre as células nervosas permitindo a criação de redes neuronais que são a base da memória, sobretudo de longo prazo e, logo, viabilizando as aprendizagens e a aquisição das competências adaptativas, ao meio ambiente, e as exigências das interações relacionais, condicionantes do nosso desenvolvimento global cognitivo, emocional e social. Após o nascimento, o bebé de termo fica vigil e
activo cerca de meia a uma hora caindo, depois, geralmente, num sono profundo de várias horas. Por isto é que, num parto normal, deve ser posto ao peito durante este período de tempo em que está desperto e geneticamente predisposto para mamar. Este procedimento, demasiadamente negligenciado, é, estatisticamente, o factor preditivo do sucesso da amamentação de maior significado, logo a seguir à motivação materna . Sabemos, por outro lado, o RN pode adormecer diretamente nesta fase REM o que só acontece nos primeiros meses, constituída posteriormente a última fase do ciclo do sono. Nos primeiros dias dormirá cerca de 16h a 18h, em 24h, com ciclos de sono de duração variável, podendo acordar até cerca de 20 vezes e com vigílias curtas em que estará disponível para mamar e atento a estímulos visuais, auditivos, olfactivos, tácteis e apto para exibir uma espantosa variedade de comportamentos interactivos. Para facilitar o sono do recém-nascido: - deve ficar junto de sua mãe e ir ao peito sempre que tiver fome. - Não deve haver muita agitação no quarto para permitir a sequência normal do sono vigília. Atenção ao barulho e ao excesso de visitas. - A temperatura ambiente entre 19/20 e 21/22 graus Celcius. Da coisas que mais perturbam o sono são o frio ou o calor. As mãos não devem estar quentes, mas mornas ou frescas. Ajusta-se a roupa à temperatura do quarto e àquele RN sobretudo em relação à idade gestacional. - A luz deve ser suave durante o dia e (ou quase) ausente durante a noite. - Iniciar aqui a aprendizagem da alternância dia/noite para inverter o ritmo circadiário de maior atividade do bebé durante a noite. Brazelton, no 2º Touchpoint do seu modelo de neurodesenvolvimento, descreve seis estádios de consciência no ciclo sono/vigília, dos quais vou referir três (dois de sono e um de vigília): - sono profundo: respiração regular. Apenas sustos. Dificilmente perturbável a estímulos visuais ou auditivos geralmente a que não reage ou adapta-se rapidamente. - sono ligeiro (fase REM): com uma respiração mais
irregular e superficial e reativo aos estímulos. Movimentos oculares e palpebrais, da boca ou mãos. Estimulado pode passar à vigília e acordar passando ou não por um período transitório e indeterminado de sonolência. Pode abrir os olhos por momentos, mas o olhar é vago. - Vigília desperta (fase IV) e tranquila: olhos abertos, olhar focado e atento. Sem movimentos bruscos ou desorganizados. Resposta a estímulos como uma roca ou uma bola vermelha, mas, sobretudo, interessado, atento e reativo ao rosto e voz humana. É a fase interactiva e de comunicação social por excelência. Capaz de virar olhos ou mesmo a face na direção da voz e seguir o rosto humano que se movimente próximo do seu, ou mesmo, de imitar os movimentos faciais como abrir a boca, deitar a língua de fora, etc.. Esta espantosa capacidade de interação social do bebé RN, possível no estádio de alerta tranquilo, que Brazelton tão bem estudou e codificou no Social Interactive Package da NBAS, já o poeta a tinha pressentido, anos antes, como expresso na poesia que eu costumava ler, aos meus alunos da faculdade, nas aula sobre o RN. Quando eu nasci, ficou tudo como estava. Nem homens cortaram veias, nem o Sol escureceu, nem houve Estrelas a mais... Somente, esquecida das dores, a minha Mãe sorriu e agradeceu. Quando eu nasci, não houve nada de novo senão eu. As nuvens não se espantaram, não enlouqueceu ninguém... Para que o dia fosse enorme, bastava toda a ternura que olhava nos olhos de minha Mãe...
Sebastião da Gama
PS. O Professor B. Brazelton estará em Maio, em Portugal, na Fundação C. Gulbenkian participando na Conferência Internacional: Valuing Baby and Family Passion - Towards a Science of Happiness. Inscrições gratuitas através do site http://www.fundacaobgp.com Foi recentemente homenageado pelo presidente Obama entre 18 de 6000 candidatos http://www.boston.com/yourcampus/news/harvard /2013/02/harvard_medical_professor_wins_pres idential_citizens_medal.html
“Após o nascimento, o bebé de termo fica vigil e activo cerca de meia a uma hora caindo, depois, geralmente, num sono profundo de várias horas. Por isto é que, num parto normal, deve ser posto ao peito durante este período de tempo em que está desperto e geneticamente predisposto para mamar. Este procedimento, demasiadamente negligenciado, é, estatisticamente, o factor preditivo do sucesso da amamentação de maior significado, logo a seguir à motivação materna.”
LOCAL | NP | 29
«O Enigma de Ulisses»
“Cinema Transcendental”
«O Enigma de Ulisses», de Bárbara Wong e Ana Soares, moradora do PN e colaboradora do Notícias do Parque, editado pela Alfaguara, é o 4.º volume da Colecção Olimpvs.net cuja acção decorre em Lisboa.
Filmes, músicas, obras literárias e personagens conhecidos do grande público ganham forma na pintura da jovem artista Cecília Corujo, que apresenta a exposição “Cinema Transcendental” no Espaço Cultura AXA, no Parque das Nações. A exposição estará patente até dia 3 de Maio.
«O Enigma de Ulisses», Nesta aventura, a cidade de Lisboa corre perigo! Zé, António, Alice, Mel e Pedro perseguem um misterioso homem pelas históricas ruas da capital, navegam pelo rio Tejo e visitam locais simbólicos da cidade. Os amigos vão descobrir como a ganância de um homem pode pôr uma cidade inteira em risco. Ulisses espera-os no Terreiro do Paço. Será que o herói da Grécia Antiga os vai ajudar a desvendar o mistério? As personagens centrais destas aventuras são cinco jovens, entre os 12 e os 14 anos, que de forma extraordinária adquirem poderes de alguns dos deuses gregos. Ao longo da colecção, estes jovens confrontam-se com o mal, materializado numa personagem que intencionalmente não é revelada aos leitores, inspirada também na mitologia grega.
Os poderes adquiridos pelos jovens não serão aplicados no dia-a-dia, mas activados em situações de confronto com o mal. Este manifesta-se em temas da atualidade, por exemplo, o ambiente, epidemias ou animais em extinção. Os jovens comunicam entre si e com o mundo através de uma plataforma digital, uma espécie de Wikileaks ao serviço do bem, à qual os leitores podem aceder a partir do site www.olimpvs.net . A coleção, com uma forte componente pedagógica, tem visitado as escolas do país e são já muitas as bibliotecas a usar os guiões disponibilizados no site oficial da coleção. Esta é uma nova forma de dar a conhecer aos jovens do século XXI as personagens e mitos da Grécia Antiga.
“As personagens centrais destas aventuras são cinco jovens, entre os 12 e os 14 anos, que de forma extraordinária adquirem poderes de alguns dos deuses gregos.”
Filmes, músicas, obras literárias e personagens conhecidos do grande público ganham forma na pintura da jovem artista Cecília Corujo, que apresenta a exposição “Cinema Transcendental” no Espaço Cultura AXA, no Parque das Nações. A exposição estará patente até dia 3 de maio. Uma mistura de diversas referências musicais, cinematográficas e literárias, o trabalho desta artista resulta numa mostra de desenhos e pinturas que retrata canções como A little help from my friends e 4th time around ou filmes como The man who would be king e L’été meurtrier, sempre com base na representação da figura humana. Segundo Cecília Corujo esta exposição pretende ser “uma obra que, no seu todo, entre diferentes materiais e registos, crie um universo de ideias e figuras, uma personagem, definida pelas contradições, fragmentária, cheia de referências, única e global, mas essencialmente humana.” Formada em Pintura pela Faculdade de BelasArtes da Universidade de Lisboa, e com apenas 23 anos, a artista conta já com várias exposições no currículo, entre as quais se destacam a participação em Miscinações: ocidente/oriente (2010), a mostra Rundgang 2011, na escola alemã de Kunstoschule Kassel, e a residência artística Pé de Cabra; Its Not Basel But It Could Be, em Lisboa. Cecília Corujo é a mais jovem artista a expor no
Espaço Cultura AXA, reforçando a aposta da AXA Portugal na divulgação da cultura, reforçando o posicionamento deste Espaço enquanto local aberto à revelação de novos talentos. Edifício AXA | Avenida do Mediterrâneo, Lote 1.01 1.2 Parque das Nações - Entrada gratuita
“Filmes, músicas, obras literárias e personagens conhecidos do grande público ganham forma na pintura da jovem artista Cecília Corujo. Veja o vídeo em: www.noticiasdoparque.com”
FACES
PESSOAS DO PARQUE
30 | NP | PERFIL
Nome: Gabriela Mota Auto-retrato Sou a Gabriela, 31 anos, moradora no Parque das Nações há 6 e desde o primeiro dia, fã número 1 deste lugar “à beira rio plantado”. Sou portuense de gema, mas despedi-me da minha linda cidade para ir para a universidade, licenciei-me em Estudos da Comunicação em Cambridge, Reino Unido, e depois de 4 anos de braço dado com o tão conhecido clima britânico, quis viver o meu American Dream e fui viver para Miami, no estado solarengo da Florida. Depois de 5 anos como “emigrante feliz” regressei a Portugal, com as bagagens repletas de experiências únicas e a certeza que existe um mundo lá fora, e que foi um enorme prazer conhecê-lo. Quem sai, é certo que normalmente tem algumas dificuldades em regressar, e manter o corpo e o coração no mesmo lugar. Eu debati-me, e ainda me debato com esse dilema e com as saudades, mas com o passar do tempo, consegui criar uma ligação fortíssima com este bairro e não o trocaria por mais nenhum outro em Lisboa. A minha relação com o Parque Sou activa, não consigo estar parada muito tempo. Fui mãe o ano passado e sou uma dona babada de um Labrador Retriever de 7 anos. O facto de ter o meu cão, aliado à minha forma de estar na vida, fez com que desde sempre a minha relação com o bairro fosse “em movimento”. Não me lembro de uma semana nestes últimos 7 anos, que não percorresse o parque de uma ponta a outra, sul – norte e norte-sul. Jogging, de bicicleta, a pé, com o meu cão, com o meu marido ou com a minha filha, todos os dias percorro estas ruas, passo pelas mesmas árvores e jardins, contemplo o rio Tejo e
todos os dias digo a mim mesma que sou uma privilegiada. A minha relação com o Parque é uma relação saudável e dinâmica. É aqui que faço as compras, que o meu cão vai ao veterinário, que nós vamos ao médico, que faço exercício, que passeio, que apanho os meus familiares na estação de comboio. No fundo a minha vida em Lisboa é o Parque, uma mini cidade dentro da cidade. O que desenhava e o que apagava Graças a Deus que não existem lugares perfeitos, porque, se assim fosse, estaríamos todos lá, e rapidamente a perfeição deixaria de existir. Se me pedissem para classificar o Parque de 1 a 10, penso que atribuía um honroso 8. Os dois em falta seriam certamente pontos de melhoramento, nada de muito radical ou profundo e provavelmente não existiriam, se não estivéssemos a atravessar este momento de crise. Gostaria de ver a zona Sul, em especial a zona à
volta da marina, com mais vida, com comércio de rua a preencher as lojas vazias e abandonadas, o que iria melhorar a oferta de serviços para os residentes e atrair mais turistas, que parecem não ter vontade de passar além do Oceanário. Melhoraria o policiamento, penso que o que existe de momento não é suficiente, principalmente durante a semana, de forma a transmitir mais segurança, proteger os moradores e o controlo de estacionamento que, recentemente, passou a ser um caos desde que o parque da marina passou a ser pago. Melhoraria a calçada em certas zonas, que com o tempo e com as raízes das árvores, ficou bastante degradada e construía um parque fechado apenas para cães, para poderem usufruir, em pleno, de um espaço sem restrições. Construiria também mais opções de parking para bicicletas, de forma a que os postes e as árvores não fossem a única forma de estacionar e, consequentemente, incomodar a natureza e os transeuntes.
“...proteger os moradores e o controlo de estacionamento que, recentemente, passou a ser um caos desde que o parque da marina passou a ser pago. Melhoraria a calçada em certas zonas, que com o tempo e com as raízes das árvores, ficou bastante degradada e construía um parque fechado apenas para cães, para poderem usufruir, em pleno, de um espaço sem restrições. Construiria também mais opções de parking para bicicletas, de forma a que os postes e as árvores não fossem a única forma de estacionar e, consequentemente, incomodar a natureza e os transeuntes.”
OCEANÁRIO | NP | 31
Medusas: Belas e Perigosas A melhor forma de aliviar as dores resultantes do contacto com uma caravela-portuguesa é aplicar vinagre sobre a queimadura de forma a neutralizar o veneno. “Na Austrália, onde este tipo de problemas é mais frequente, todos os nadadores-salvadores estão munidos com um recipiente de vinagre”, revela Gonçalo Calado
Corria o mês de Agosto e, sem nada o fazer prever, o verão foi suspenso. A bandeira vermelha foi hasteada e durante alguns dias ninguém foi a banhos em praias da Costa da Caparica e de Vila Nova de Milfontes. A culpa foi do aparecimento em grande número de um organismo semelhante às medusas e com um nome muito curioso: caravela-portuguesa. Com os seus vistosos tentáculos azuis, a beleza destes animais pode enganar os mais desprevenidos, mas a dor que infligem a quem arrisque a tocar-lhes não deixa dúvida do perigo que representam. As caravelas-portuguesas pertencem ao grupo dos cnidários mas, contrariamente às medusas, são sifonóforos, ou seja, uma colónia de diferentes organismos a trabalhar para o mesmo corpo. Assim, são formadas por quatro pólipos, cada um com a sua função. O primeiro é uma vesícula de ar azulada que se mantém à superfície e que, por lembrar a forma das antigas caravelas portuguesas, dá o nome à espécie. “Enquanto a maioria das medusas vive debaixo de água, as caravelas ficam à superfície como se tivessem uma boia. Isso torna-as mais dependentes dos ventos do que propriamente das correntes para se deslocarem”, explica Gonçalo Calado, investigador da Universidade Lusófona. O segundo pólipo é composto pelos tentáculos, que têm a seu cargo a captura de presas e a defesa do organismo. Com cerca de 10 metros de comprimento, estes tentáculos azuis estão
cobertos de células urticantes capazes de lançar fortes neurotoxinas quando perturbadas. Os dois restantes pólipos têm à sua responsabilidade as funções de alimentação e reprodução da caravela-portuguesa. Esta espécie encontra-se em águas quentes um pouco por todo o mundo, mas é mais comum em mar aberto do que propriamente em zonas costeiras. “No arquipélago dos Açores, por exemplo, é muito habitual o aparecimento em massa de caravelas-portuguesas. É mais difícil que a confluência dos ventos as traga às praias do continente, mas é tudo uma questão de probabilidades”, afirma Gonçalo Calado. O perigo das caravelas-portuguesas diz naturalmente respeito às queimaduras que resultam do contacto com os seus tentáculos. Dores intensas e fortes inflamações costumam ser as consequências. “Um tentáculo destes animais já me acertou na boca e caiu-me a pele toda do lábio. Dependendo do estado de saúde das pessoas, estas queimaduras podem ter consequências muito graves”, adverte Gonçalo Calado. O investigador acrescenta ainda que as caravelas-portuguesas podem ser perigosas mesmo dando à costa já mortas:“Se as células urticantes não tiverem disparado ainda são capazes de injetar veneno durante algum tempo”. Foi precisamente o que aconteceu neste verão a uma menina de sete anos, que teve de ser levada para o hospital depois de tocar num destes animais, na Costa da
Caparica. A melhor forma de aliviar as dores resultantes do contacto com uma caravela-portuguesa é aplicar vinagre sobre a queimadura de forma a neutralizar o veneno. “Na Austrália, onde este tipo de problemas é mais frequente, todos os nadadores-salvadores estão munidos com um recipiente de vinagre”, revela Gonçalo Calado. Já a utilização de água doce e álcool deve ser evitada uma vez que pode provocar a libertação de mais neurotoxinas. Medusas no Oceanário Não existem caravelas-portuguesas no Oceanário de Lisboa mas, dentro do grupo dos cnidários, podemos encontrar três espécies de medusas: a medusa-de-pintas, natural do oceano Pacífico, a medusa-da-lua e a urtiga-do-mar, ambas do oceano Atlântico. Sempre muito apreciados pelos seus movimentos delicados e relaxantes, estes animais são também capazes de infligir fortes queimaduras a quem lhes toque. Carla Inácio é uma das aquaristas responsáveis pelas medusas e explica algumas das especificidades da sua manutenção em cativeiro: ”Precisam de uma circulação de água que as permita ficar em suspensão e não no fundo do tanque, por isso os aquários não têm a tradicional forma cúbica”, conta a aquarista. “Também não podem ter abertura superior porque as bolhas de ar danificam as medusas. O arejamento tem
de ser feito de forma diferente”. Nos bastidores do Oceanário, longe do olhar dos visitantes, assiste-se aos impressionantes estádios do ciclo de vida das medusas. Depois da fertilização dos gâmetas, gera-se uma larva que, por sua vez, dá origem a um pólipo. Através de fatores ambientais que podem ser simulados em laboratório, este pólipo evolui para uma série de pequenas criaturas gelatinosas que se vão libertando. Estes organismos têm o nome de éfiras e, ao crescer, vão dar origem a novas medusas. Estes animais alimentam-se basicamente de toda a matéria orgânica que conseguem digerir. Nas salas de cultura do Oceanário tenta-se por isso recriar um pouco daquilo que encontram no oceano, como microalgas ou certos constituintes do plâncton. A exceção é a urtiga-do-mar, que se alimenta de outras medusas. “Para ela fazemos uma papa de medusas”, revela Carla Inácio. Por fim, uma das grandes particularidades da manutenção de medusas prende-se com os nutrientes em suspensão na água. Os aquários do Oceanário estão munidos de escumadores de proteínas que filtram a matéria orgânica em excesso e deixam a água mais transparente. Mas com as medusas, o caso muda de figura, como nos explica Carla Inácio: “Como são animais que se dão bem com matéria orgânica, decidimos tirar os escumadores dos aquários. A verdade é que hoje temos medusas maiores, mais bonitas, mais saudáveis e que vivem mais tempo”.
32 | NP | ENTREVISTA
MULHERES “A minha avó sempre me instigou para não seguir tendências, mas para criar a minha própria realidade, mesmo quando pareça ser contra a maré... Acho que esta mensagem continua comigo e influencia-me em muitos aspectos. O facto de jovens imigrarem não me assusta nem me motiva para continuar fora de Portugal. Senti que era mais natural começar a construir a minha realidade profissional aqui em Lisboa...”
Rita Carvalho entrevista Kaleigh Tirone Nunes
Apesar dos teus 24 anos já tens muito para contar. Fala-nos um pouco da sua experiência de vida. Tenho 24 anos, toda a minha infância vivi em Sintra e aos 10 anos a família mudou-se para o Parque das Nações – foi em Outubro de 1998 e havia muito poucos habitantes sobretudo aqui na zona Norte, nem o Parque do Tejo e Trancão estava terminado... Mudámo-nos para Lisboa para eu poder frequentar a Escola Alemã de Lisboa, onde concluí todo o percurso escolar. Em paralelo com as atividades escolares fiz diversas incursões no mundo da música, sendo a principal a integração numa banda de música electrónica no papel de vocalista. Aos 18 anos fui viver para Londres para estudar Arquitetura – completei a licenciatura com louvores na Westminster University – colaborei durante um ano no ateliê de arquitetura Make Architects, experiência esta que me permitiu aceder à faculdade de arquitetura mais conceituada em Londres, a Bartlett School of Architecture, University College London. Completei lá o curso com um mestrado em arquitetura. Terminada esta etapa, optei por voltar para Lisboa e criar uma editora de música, a sinnmusik*, com dois colegas – um residente em Barcelona e o outro em Londres. Com a música electrónica como elo de ligação entre nós durante os anos do liceu e da universidade, a criação desta editora foi uma
aposta que visa provar que o negócio da música não estagnou e que mais precisamente a música electrónica merece uma promoção profissional, inovadora e dedicada. Como não podia deixar de ser, hoje em dia, associeime ainda a um segundo projeto, Love XL, o qual desenvolvemos, numa área distinta: eventos (sobretudo casamentos) em espaços urbanos originais. Como foi a tua experiência em Londres comparativamente com Portugal? Gostei muito de viver lá! Londres é uma cidade elétrica, dinâmica e em permanente evolução – mas nem sempre a um ritmo harmonioso ou digerível... quando me mudei para Londres era mesmo esta dinâmica e uma certa anonimidade que eu procurava. Apesar de me sentir atraída pela dinâmica e anonimidade de Londres, também entendi rapidamente que a liberdade conseguida tinha uma outra face da moeda: uma solidão que eu não conhecia e com a qual não me identifico. Nesse contexto e, possivelmente por causa disso, criei amizades com pessoas mais calorosas e mais parecidas comigo, recriando assim um pouco de Lisboa, em Londres... e posso dizer que esta convivência com amigos, associada à excelente formação profissional à qual tive acesso, permitiu-me crescer, evoluir e divertir-me muito.
ENTREVISTA | NP | 33
Como vês o futuro neste país, para ti e para os jovens da tua idade? Enquanto alguns portugueses imigram tu regressaste... A minha avó sempre me instigou para não seguir tendências, mas para criar a minha própria realidade, mesmo quando pareça ser contra a maré... Acho que esta mensagem continua comigo e influenciame em muitos aspectos. O facto de jovens imigra-
rem não me assusta nem me motiva para continuar fora de Portugal. Senti que era mais natural começar a construir a minha realidade profissional, aqui em Lisboa, e sinto-me extremamente privilegiada por ter o apoio da minha família e dos meus amigos mais próximos nesta decisão pessoal que tomei. Os teus pais (Livia Tirone e Ken Nunes) tiveram uma influência, aqui, no PN com a construção de alguns edifícios bioclimáticos como a Torre Verde e a Torre Sul. Sim, sinto-me orgulhosa por eles terem sabido liderar na área da sustentabilidade na construção, influenciando o rumo desse setor em todo o país. Conheço, no entanto, o outro lado da moeda, porque as dificuldades deste setor são inúmeras, também em tempos bons e não chegam as melhores competências e intenções para assegurar o sucesso de cada projeto. Foi em parte essa luta árdua dos meus pais que me motivou a escolher, inicialmente, a carreira académica de arquitetura... Achei que me daria uma boa base, maturidade e força para qualquer que fosse a minha profissão futura. Mas com um mercado tão deprimido em que o setor da construção raramente mostra sinais vitais, não sinto que seja possível para mim criar uma carreira nesta área, pelo menos por enquanto. Quais as sugestões que gostarias de propor, aqui, para o Parque das Nações? A sinnmusik* dedica-se a lançar criações musicais e promover os respetivos autores. Um dos projetos a que estou dedicada no âmbito desta atividade é a
“Vejo o nosso país como um espaço com inúmeras oportunidades e o Parque das Nações como uma plataforma sobre a qual poderei construir a minha nova realidade profissional.”
organização de eventos em contextos urbanos, de elevada qualidade, atualmente ignorados: as coberturas dos edifícios! Com um clima tão privilegiado, com vistas tão deslumbrantes como temos em Lisboa, parece-me essencial potenciar o convívio
entre pessoas e associá-lo a talentos locais / nacionais. Fascina-me explorar potencialidades que passam despercebidas quando junto dois mundos que se complementam, apesar da sua associação não ser óbvia...
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No regresso como viste o nosso país? E o Parque das Nações? A decisão de voltar para Lisboa foi espontânea e repentina! Terminei o curso em Junho passado e decidi romper com todos os planos que tinha desenvolvido, até essa data, para mergulhar numa experiência completamente nova, tanto na área (passei da arquitetura para a música) como no modelo de negócio (passei da ideia de trabalhadora por conta de outrem para empresária). Vejo o nosso país como um espaço com inúmeras oportunidades e o Parque das Nações como uma plataforma sobre a qual poderei construir a minha nova realidade profissional. Começar do zero numa área como a arquitetura não me alicia com a mesma força da música. Sei, no entanto, que sem a minha formação na área da arquitetura não teria tido a coragem e competência para me tornar empresária. Sair do país durante 6 anos permitiu-me apreciar cada aspeto positivo que existe em Portugal. Aprecio muito o Parque das Nações! A qualidade de vida que aqui conseguimos ter é mesmo única – uma maravilhosa sintonia entre o pulsar da cidade e a natureza.
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34 | NP | AGENDA
www.pavconhecimento.pt
PAVILHÃO DO CONHECIMENTO Ovos-moles de dinossauro 12 de Maio 15h30 | 17h15 | 45 Minutos Público-alvo: + 6 anos Preço: 1€. As inscrições são feitas no próprio dia, na Bilheteira. Amarelo, de consistência cremosa, paladar doce e com um sabor inconfundível, a origem dos ovosmoles perde-se na memória dos tempos. Será possível produzir doces conventuais com ovos de dinossauro? Vista o avental da Cozinha é um Laboratório e descubra com os miúdos o delicioso sabor da ciência entre tacho e panelas.
ACTIVIDADE NOCTURNA NOITE NO MUSEU - Há dinossauros debaixo da cama! Os últimos visitantes do Pavilhão do Conhecimento acabaram de sair. As portas fecham-se, as luzes apagam-se e ZZZZZZZ… Ou será Rrroooaaaarrrrrrr?? A Noite no Museu está de volta ao Pavilhão do Conhecimento carregada de aventura numa verdadeira viagem pelo Cretácico. Apontamos a lanterna para a parede e a sombra do T. rex é assustadora! Mas onde será que ele se escondeu? Apontamos a lanterna para o chão e descobrimos enormes pegadas… Quem passou por aqui? Depois de tantas emoções, vestimos o pijama e estamos prontos para… irmos à festa abanar o esqueleto. Mudamos a música e adormecemos a ouvir histórias sobre dinossauros. E há tantas para contar! Não te armes em fóssil! Se tens coragem, traz o teu saco cama, o pijama e uma lanterna! O T. rex espera por ti… Datas: Abril – 27 Maio – 4 | 18 Junho – 1 | 15 | 22 | 29 Julho – 6 | 13 | 20 Público-alvo: 6 aos 10 anos Horário: das 19h30 de sábado às 11h00 de domingo* *Inclui o jantar de sábado e pequeno-almoço de
domingo Preço: 50€ (10% desconto para irmãos e sócios do Pavilhão) Inscrições: 21 891 71 04/66 ATELIÊ DE ANIMAÇÃO ANIMA-TE! Como se cria movimento no cinema e qual o papel do nosso cérebro na formação de imagens? Se tem uma família cinéfila, venha observar películas de filme à lupa no Pavilhão do Conhecimento e perceber as pequenas diferenças de movimento em cada um dos fotogramas. Com um computador e uma webcam vão pôr a imaginação e a criatividade à prova realizando e editando um pequeno filme de animação, onde cada um vai ter um papel na história imaginada pelo grupo. O vídeo será posteriormente enviado por correio electrónico para cada “realizador”. Abril: 20, 21, 25, 27 e 28 11h30|15h30 Público-alvo: 6 aos 12 anos acompanhados de um adulto Inscrição obrigatória em www.pavconhecimento.pt Grátis ACTIVIDADES Escavação: ossos do ofício Fins-de-semana até Agosto 11h30 | 14h30 | 16h00 | 17h30 | 45 Minutos Público-alvo: + 6 anos Preço: 1€. Inscrições no próprio dia, na Bilheteira
Dois dinossauros fossilizados durante uma cena de luta foram descobertos na jazida do Pavilhão do Conhecimento. Armem-se em paleontólogos e identifique as espécies no laboratório de campo da escavação. COZINHA É UM LABORATÓRIO Doces mistérios 20 | 25 de Abril 19 de Maio 15h30 | 17h15 | 45 Minutos Público-alvo: + 6 anos Preço: 1€. As inscrições são feitas no próprio dia, na Bilheteira Desenvolvidas pelos árabes, optimizadas pelos franceses e comercializadas por todo o mundo, as compotas de fruta continuam a fazer as delícias de crianças e adultos nos dias de hoje. Na Cozinha é um Laboratório vamos descobrir a ciência que as conservou ao longo dos séculos. Lollipops de fruta 21 de Abril 15h30 | 17h15 | 45 Minutos Público-alvo: + 6 anos Preço: 1€. As inscrições são feitas no próprio dia, na Bilheteira Na Cozinha é um Laboratório vamos explorar ingredientes que nos foram apresentados pelos cientistas e criar lollipops de fruta com a ajuda de um gelificante naturalmente produzido por bactérias.
CICLO DE CONFERÊNCIAS Futuring 2023-004 Marte 19 de Abril | A partir das 19:30 | Entrada livre Durante o século XV os mares eram as fronteiras a transpor. Hoje são-no os céus. Mas como poderemos descobrir, explorar e colonizar estes novos mundos? Poderá esta viagem ser também uma oportunidade para construir um novo modelo de sociedade? O que gostaria de encontrar noutro planeta que o convencesse a ir para lá viver? No futuro a pergunta pode ser: em que planeta quer viver? No próximo dia 19 de Abril, embarque numa viagem espacial a partir do Pavilhão do Conhecimento e partilhe connosco a sua visão do futuro. Esta é a segunda noite do programa FUTURING, organizada em parceria com o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto. Recorde a Viagem à Lua, de George Meliès, datado de 1902, o primeiro filme de ficção científica sobre exploração espacial, e participe numa conversa aberta sobre o futuro no Espaço, com os investigadores Manuel Paiva (ESA), Pedro Figueira (Centro de Astronomia da Universidade do Porto), Pedro Lima (Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico), David Vaz (Centro de Geofísica da Universidade de Coimbra) e Alexandre Pólvora (Centre d’Etude des Techniques des Connaissances et des Pratiques da Universidade de Paris / ISCTEInstituto Universitário de Lisboa). PROGRAMA 19.30: Actividades, jogos e música 21h00: Projecção do filme Viagem à Lua, de George Meliès 21.20: Debate com investigadores Este evento requer inscrição www.pavconhecimento.pt.
prévia
em
Mesa para 10 000 000 000 24 Maio | A partir das 19.30 | Entrada livre No terceiro e último evento do programa Futuring venha descobrir como será a alimentação do futuro e como as nossas escolhas alimentares se repercurtem na “saúde” do planeta.
AGENDA | NP | 35
CICLO DE CONVERSAS T.rex: quando as galinhas tinham dentes e os porcos tiverem asas “O nosso património paleontológico “ com Galopim de Carvalho e Sofia Castel-Branco da Silveira (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas) 25 de Maio |16.00| Entrada livre Portugal está entre os sete países do mundo com mais géneros de dinossauros identificados. Temos também as mais notáveis jazidas com pegadas de dinossauros e preparamo-nos para submeter trilhos de pegadas ibéricas a Património da Humanidade. Descubra a importância desta candidatura e a riqueza do nosso património paleontológico. EXPOSIÇÃO EXPLORÍSTICA – Aventuras na Estatística Até 23 de Abril | Entrada livre Já se imaginou no interior de um submarino a capturar animais raros e a pesá-los e medi-los, recolhendo informação estatística para posterior tratamento como numa missão subaquática? E se um político o contratasse para entrar numa cidade e fazer uma sondagem sobre a sua notoriedade ou um casino fizesse batota e lhe pedissem para verificar quais eram os dados viciados? Estes são alguns dos desafios da exposição Explorística – Aventuras na Estatística, que poderá visitar até 23 de Abril, no Pavilhão do Conhecimento. Concebida pela Sociedade
Já se imaginou no interior de um submarino a capturar animais raros e a pesá-los e medi-los, recolhendo informação estatística para posterior tratamento como numa missão subaquática?
Portuguesa de Estatística com o apoio da Ciência Viva, a exposição foi pensada para o ensino experimental da Estatística e das Probabilidades no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário. O anfitrião da exposição é o João Explorador, personagem que apresenta a Explorística em cinco áreas: Seleccionar, Recolher, Descrever, Estimar e Confirmar. Cada uma das áreas é composta por módulos de materiais manipuláveis (que apresentam os seus conteúdos sob a forma de jogos e outras actividades interactivas.
CURSOS DE VERÃO NO REINO UNIDO
Em parceria com o maior especialista europeu em cursos de Verão em Inglaterra, o The Kids Club Expo organiza pelo 9º ano consecutivo os Cursos de Verão em Inglaterra. Uma oportunidade para partilhar culturas, criar novas amizades, muita diversão, e o mais importante: aprender e praticar a língua inglesa num ambiente internacional. Este ano os cursos decorrem em Dover College e está orientado para crianças dos 10 aos 17 anos. Colégio fundado em 1871, tem excelentes instalações e está situado nos arredores da cidade de Dover (Kent), 120 Km a sudeste de Londres. O programa inclui a estadia de 15 dias com aloja-
mento e refeições, 30 horas de aulas de inglês, programa estruturado de actividades pedagógicas, desportivas e culturais para manhãs, tardes e noites, excursões a Londres e a outros locais históricos. Todas as atividades são acompanhadas por staff qualificado, e o grupo será acompanhado por dois professores do The Kids Club, desde a partida à chegada a Lisboa. Para mais informações: www.kidsclubexpo.com email: kidsclubexpo@yahoo.com tel. 218956445 / 968779220
36 | NP | AGENDA
DESCOBERTA Por: Sónia Ferreira
TEMPO
Há uns dias mais difíceis do que outros, dias em que parece que não conseguimos pensar no que fazemos, mas apenas tentar fazer tudo o que é suposto, tudo o que esperam de nós e parece que nunca temos tempo. Esse será talvez o que parece que mais nos falta, tempo para acabar aquele trabalho, tempo para dedicar à família, tempo para ler aquele livro, tempo para ligar àquele amigo com quem não falamos há algum tempo... enfim, tempo para viver. Mas isso também é sinal que fazemos muitas coisas, que conhecemos muitas pessoas, que temos um trabalho que exige de nós e também que gostaríamos de passar mais tempo em família, é sinal que damos valor a muitas coisas e que gostaríamos de lhes dedicar mais do nosso tempo. Mas também é verdade que é sempre possível adicionar um pouco de mais coisas ao nosso tempo, se nos dão energia e acrescem vontade para aproveitar melhor o que fazemos. É isso que eu sinto quando corro, essa energia extra que nos dá mais determinação para encarar os desafios e alcançar o melhor de nós próprios, essa vontade de continuar a descobrir partes de nós nos outros e de encontrar mais coisas para partilhar com quem gostamos, viver o nosso dia-adia ao máximo. Cada um de nós tem a capacidade de encontrar algo que nos obriga a ir mais além e a desafiar os nossos limites, dar-nos energia para os dias mais difíceis e encontrar sempre uma solução para os problemas. Com a chegada do bom tempo, há cada vez mais actividades para desenvolver ao ar livre e que nos permitem apreciar a natureza e a paisagem fantástica que o Parque nos oferece.
faça sair da rotina. Família: para todos os pais, uma preocupação e interesse será também poder fazer actividades em família. Uma sugestão poderá ser a visita à Quinta Pedagógica dos Olivais, onde, para além de poderem ver todos os animais da quinta ao vivo, podem
Um outro espaço com várias actividades para crianças, dos 0 aos 5 anos, é o Gymboree, também na zona sul, com vários programas de desenvolvimento infantil, música e arte, adaptado a cada idade. Para mais informação consulte www.gymboree.pt.
Actividades
Desporto: desde a vela até ao futebol, passando pela canoagem, o ténis ou a corrida, são inúmeras as actividades desportivas que se podem praticar no nosso bairro. Devido à localização privilegiada, perto do rio, é possível conciliar vários desportos, praticados em grupo ou individualmente, procurando aqueles que melhor se adequem às nossas necessidades e preferências. Muitas das entidades responsáveis por estas actividades colaboram com este jornal e disponibilizam informação frequente sobre as actividades em curso, pelo que poderão obter mais detalhes facilmente. Mas mesmo que não haja nenhuma que julgue adaptar-se ao seu perfil, pode sempre optar por aproveitar o bom tempo para caminhar, andar de patins, skate ou bicicleta ou experimentar algo novo... pode descobrir algo que o entusiasme e o
aprender a fazer pão, olaria ou mesmo descobrir um pouco mais sobre certas plantas. A entrada é gratuita e encerra, apenas, às Segundas. Uma outra alternativa para as crianças foi o recém criado “Bracinho de Prata”, que é uma agenda da Fábrica do Braço de Prata apenas para os mais pequenos, onde se incluem espectáculos de música e dança para bebés, teatro infantil, leituras de contos e workshops, sempre aos Sábados à tarde. Para mais informações consulte www.bracodeprata.net/bracinhodeprata.shtml. Para tomar um café com as crianças, tem o “Petit Cabanon”, café na zona expo sul com um espaço infantil incorporado, onde as crianças podem brincar enquanto os pais convivem, num ambiente informal e muito descontraído (www.petitcabanoncafe.com)
Pode sempre improvisar e organizar um piquenique ou uma caça ao tesouro com as crianças, em qualquer um dos nossos espaços verdes, o importante é despertar a imaginação ao mesmo tempo que aprendemos a descobrir melhor o que nos rodeia. Se quiser levar a caça ao tesouro um pouco mais a sério, poderá aventurar-se no geocaching, uma nova modalidade de caça ao tesouro a nível mundial, com pesquisa de pistas em vários locais do mundo, através de sistema GPS. Para mais informação, pesquise em www.geocaching.com ou em vários dos blogues existentes sobre este tema em Portugal e parta à aventura, poderá encontrar “tesouros” escondidos mesmo ao virar da esquina.
“Pode sempre improvisar e organizar um piquenique ou uma caça ao tesouro com as crianças, em qualquer um dos nossos espaços verdes, o importante é despertar a imaginação ao mesmo tempo que aprendemos a descobrir melhor o que nos rodeia. Se quiser levar a caça ao tesouro um pouco mais a sério, poderá aventurar-se no geocaching, uma nova modalidade de caça ao tesouro a nível mundial, com pesquisa de pistas em vários locais do mundo, através de sistema GPS. Para mais informação, pesquise em www.geocaching.com ou em vários dos blogues existentes sobre este tema em Portugal e parta à aventura, poderá encontrar “tesouros” escondidos mesmo ao virar da esquina.”
ENSAIO | NP | 37
01 AUDI A3 Sportback 1.6TDI Por: Jorge Santos Farromba
rodasdoleitor@gmail.com
Há muito tempo prometido, o ensaio do A3 Sportback 1.6 diesel acabou por ser realizado no tempo ideal – num misto de chuva intensa, mas posteriormente em tempo seco. E a curiosidade residia no modo como a Audi conseguiu criar um produto de qualidade, apelativo e ao mesmo tempo manter um preço concorrencial no segmento onde se insere. E, assim que se acede ao interior, a primeira palavra que surge é que a Audi sabe construir automóveis. O rigor construtivo, envolto num desenho pragmático, mas prático, racional, mas com beleza. E nota-se esse rigor no modo como encaixamos nos bancos, como facilmente os comandos nos encontram os dedos ou mesmo na harmoniosa e segura forma como o ecrã – ao melhor estilo tablet - sobe sobre o tablier. Uma solução inteligente e que não fica sempre visível como o seu concorrente da estrela. Facto interessante é que esta solução do ecrã posicionado acima do tablier é, em si mesma, uma solução de segurança, porquanto os nossos olhos não precisam de procurar nada – simplesmente deslizam para o ecrã sem desviarmos a atenção da estrada. Em termos de espaço interior nada a assinalar face ao segmento, tanto nos lugares dianteiros como traseiros. Nota-se que a marca já possui pergaminhos na arte de fazer bons automóveis. Face ao anterior A3 Sportback as diferenças são ainda mais assinaláveis. A caixa de 6 velocidades é tipicamente Audi – curta, precisa e própria. Em estrada e porque o tempo assim o determinou foi fácil perceber que o motor 1.6diesel não é um canhão, nem sequer um desportivo, mas que “casa” bem com este modelo, caixa e suspensão. Solicito q.b. a subir de rotações, o A3 reage sempre com compostura a qualquer situação, sendo claro que temos mais chassis que
“A direção mantém o ADN Audi – muito direta e precisa - e, com isso basta. Em termos de conforto, pessoalmente, prefiro a firmeza alemã ao conforto mais bamboleante de alguns franceses.”
motor. A direção mantém o ADN Audi – muito direta e precisa - e, com isso basta. Em termos de conforto, pessoalmente, prefiro a firmeza alemã ao conforto mais bamboleante de alguns franceses. Os consumos tal como no Golf, são sempre muito reduzidos, sendo fácil fazer consumos de 4,3 litros ou exceder-nos até uns 5,3 litros. Tudo isto com preços a começar nos 29.000 e a finalizar no mais equipado por 32.070€. Agradecemos à EXPOCAR na EXPO (Rua Cintura do Porto, Armazém 24 Matinha) a cedência da viatura para este ensaio.
38 | NP | PRAZERES
PRAZERES Trio de mini hamburgueres
New York (Hamburguer de carne de vaca com bacon estaladiço, queijo cheddar, maionese, alface, tomate e pickles), San Francisco (hamburguer de carne de vaca com bacon estaladiço, queijo cheddar, cebola confitada, molho Ranch, alface, tomate e pickles) e Dallas (hamburguer de carne de vaca coberto com cogumelos frescos, queijo suiço, maionese, alface, tomate e pickles), servidos com batatas fritas caseiras. 100% pantone 411c
20%
80%
cdw +partners
Restaurante JERONYMO FOOD WITH FRIENDS Alameda dos Oceanos, edifício Explorer, lote 1.06.1.3 1990 Lisboa
Logotype / main logo
2ª feira das 12h às 17h de 3ª feira a Domingo, das 12h às 24h telef. 21 357 61 15 telem. 93 804 05 52 www.facebook.com/jeronymofoodwithfriends
Ravioli al Vinagre Balsâmico di Modena
Massa fresca recheada com espinafres e queijo ricotta. Molho de vinagre balsâmico , com pancetta, uva passa e pinhões.
La Dolce Vita ristorante pizzeria Italiana Alameda dos oceanos lote 1.02.1.E Parque das Naçoes - 1990-203 Lisboa Telef. 21 1992 964 | Telem 91 203 8378 www.ladolcevita.com.pt geral@ladolcevita.com.pt
PRAZERES | NP | 39 |
#winelover
Por: André Ribeirinho - www.adegga.com
Herdade do Esporão
grelhado.
Branco | Alentejo | 7,99 €
Torre do Frade Virgo 2010
Duas Castas 2012
Todos os anos os enólogos da Herdade do Esporão lançam-se no desafio de encontrar duas castas que nesse mesmo ano revelem maior empatia e, em conjunto, produzam um novo perfil de vinho branco complexidade e distinção. O Duas Castas 2012 é um branco muito cativante principalmente por ser o resultado de duas castas que trazem características diferentes ao vinho. O Arinto (35%) traz, por um lado, vivacidade e energia. Por outro lado, o Roupeiro (65%) adiciona riqueza aromática e intensidade. O conjunto resulta assim muito equilibrado, fresco e muito preparado para dar prazer nos dias mais quentes que se aproximam e nas inúmeras oportunidades que teremos de comer muito e bom peixe
Onde comprar: Continente, Supercor
espaço para poder ser registado o momento de consumo para a posteridade. Cada um pode assim dar asas à sua imaginação.
Tinto | Alentejo | 9,50 €
Um tinto jovem alentejano que se mostrará muito bem com um lombo de porco assado no forno ou com umas costoletas de borrego grelhadas.
Virgo é a marca mais jovem do produtor alentejano Torre do Frade. Um projecto (muito bem) liderado por Diogo Albino.
Onde comprar: Supercor
Este Virgo 2010 é um tipico blend Alentejano das castas Syrah, Trincadeira, Alicante Bouschet e Aragonês feito pelo enólogo consultor Paulo Laureano.
Vinha da Ponte 2007
É um vinho potente, aromático e com uma boa frescura. É um alentejano com alguma personalidade e um óptimo equilíbrio. Guloso a perder de vista. O Virgo tem a particularidade de ter o rótulo da garrafa destacável. A ideia, inovadora, é criar um
Tinto | Douro | 250 €
Já este ano tive o enorme prazer de provar aquele que é um dos tintos mais fantásticos de Portugal. As uvas têm origem na Vinha da Ponte, um local de vinha antiga com mais de 90 anos e onde é possível encontrar mais de 30 castas diferentes. Um verdadeiro tesouro no Douro.
A terceira opção das minhas recomendações é o espaço onde partilho os vinhos pelos quais me apaixonei (sem olhar ao preço). Aqueles que me fazem desejar que a garrafa nunca acabe e que tornam a prova num momento muito especial.
Onde comprar: Supercor, GN Cellar
Quinta do Crasto
É um vinho elegante e poderoso ao mesmo tempo. Um Douro com vários layers de complexidade. Dono de um enorme equilíbrio e com um final notável. Um grande vinho do Douro.
40 | NP | OPINIÃO
A Atitude UAUme!® é um conceito criado por Ana Teresa Penim e João Alberto Catalão, moradores no Parque das Nações e especialistas em Comportamento, Coaching, Novos Conceitos de Negócio, Psicossociologia do Consumo, Dinâmica Comercial, Criatividade e Marketing. Surpresa positiva, admiração, experiência arrebatadora, satisfação, sorrisos e gratidão são resultado da Atitude UAUme!® Este conceito foi desenvolvido a partir de muita investigação no campo das emoções, dos comportamentos, das interações comerciais e dos negócios. Como referimos no nosso livro Atitude UAUme!® (www.uaume.com), que já é um best seller em Portugal e no Brasil, a ciência já provou que a atitude positiva e a capacidade de apreciar o que se tem e de elogiar o que nos rodeia torna as pessoas mais felizes, as empresas mais produtivas e os negócios mais prósperos. São as emoções positivas - de entre as quais a surpresa positiva se destaca – que levam os impulsos do pensamento de um estado passivo para um estado ativo, favorecendo a criatividade, a ação e a mudança. São elas que reforçam a consistência crescente de uma ideia, um pensamento, um sonho ou um desejo, fazendo-nos atuar no presente, tendo em vista o futuro. São elas que favorecem as interações positivas entre amigos, colegas, famílias, vizinhos, comerciantes, etc.. Porquê a Atitude UAUme!® no Parque das Nações? - porque as interações positivas facilitam e favorecem a evolução positiva de atitudes e comportamentos individuais e coletivos; - porque quando alguém nos surpreende positivamente, essa pessoa desperta em nós algo de positivo e aciona o nosso sentimento de reconhecimento e gratidão. Um sentimento que temos capacidade de expandir em cadeia, através do fenómeno da “Gratividade” ou gratidão em atividade, conceito também criado pelos pais da Atitude UAUme!®. - porque o Parque das Nações quer tornar-se, todos os dias, um bairro mais surpreendente, mais estimulante e recompensador para todos quantos nele habitam, trabalham e o visitam! Casos e exemplos de Atitude UAUme!® no Parque das Nações são o que iremos pesquisar e trazer nesta nova rubrica do Notícias do Parque. Para tal, também, queremos contar com a sua colaboração. Por isso… se na sua vivência no Parque das Nações se cruzou com alguém fantástico; se criou um negócio inovador; se lhe prestaram um serviço excepcional; se encontrou algo fora do vulgar; se teve uma
experiência comercial altamente positiva; se conheceu alguém realmente espantoso; em suma: se viveu no Parque das Nações uma situação surpreendente,
“Um profissional UAUme!® é uma pessoa que consegue aliar, de forma genuína, dimensões como simpatia, disponibilidade, proximidade, competência, dedicação, eficiência e eficácia!”
ou seja uma situação com efeito UAUme!® contenos, que será partilhada com todos através do Notícias do Parque!
Partilhe as suas sugestões de Atitude UAUme!® no P a r q u e d a s N a ç õ e s , a tr a v é s d e : a p e nim@uaume.com ou jcatalao@uaume.com.
Gente UAUme! ® do Parque das Nações Paula Cristina Ranito - O Pomar da Rosa Um profissional UAUme!® é uma pessoa que consegue aliar, de forma genuína, dimensões como simpatia, disponibilidade, proximidade, competência, dedicação, eficiência e eficácia! Acima de tudo, um profissional UAUme!® sente-se realizado por ter a oportunidade de estabelecer com os clientes e com os colegas interações positivas! Sabemos que o Parque das Nações tem, felizmente, muitos profissionais UAUme!®. No entanto, a primeira profissional de quem imediatamente nos lembrámos foi a Paula Cristina Ranito. A trabalhar há 12 anos no Pomar da Rosa, a Paula Ranito é um símbolo de que ter uma Atitude UAUme!® é algo que depende apenas, e somente, de nós próprios. Depois de já ter passado por todas as funções da loja, a Paula exerce a sua função na caixa,
sabendo acolher cada cliente de forma especial, transmitindo-lhe confiança e servindo-o com profissionalismo. Energia, serenidade, competência, disponibilidade e sentido de humor são dimensões que a Paula concilia com magia! Alfacinha de gema, a Paula tem uma irmã gémea, cujas fortes parecenças levam muitos clientes a confundirem-nas na rua… Aos 46 anos, a Paula tem uma grande jovialidade, confidenciando-nos que gosta muito de ouvir música e de jogar Playstation! Vivemos tempos em que cada um de nós gosta de se sentir único e especial. A Paula é uma profissional UAUme!® que a todos faz sentir únicos e especiais. Obrigada e Parabéns, Paula Ranito!
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42 | NP | DESPORTO
NOTÍCIAS CLUBE TEJO
O melhor ano Durante o ano de 2012, o Clube Tejo contou com 28 Etapas em circuitos de ténis que abrangeram vários escalões etários e níveis. O Circuito Oriente e Aproach, o Juvenil Sub 14 e Sub 16, o Circuito Glamour e as Festas de Mini Ténis foram os que mais deliciaram os participantes. Fomos premiados com mais de 400 participantes. Só o Circuito Play Tennis contou com a participação de 188 jovens em vários escalões.O Clube Tejo levou, também, este ano e, como sempre, gratuitamente, o Ténis a escolas e colégios. Da Escola Vasco da Gama tiveram acesso a esta modalidade de raquete 340 alunos, através de acções de sensibilização, em que cada turma contou com o apoio dos profissionais da Escola de Ténis. Agradecemos à Escola Vasco da Gama e, em particular, aos professores que connosco organizam estas acções há 10 anos consecutivos A Escola de Ténis Jaime Caldeira, ao longo dos últimos anos, tem vindo a crescer de uma forma bastante significativa ao nível da competição. Actualmente, o Centro de Treino engloba 40 atletas e 3 treinadores, sendo que um deles tem a responsabilidade da parte fisíca dos atletas.Temos uma média de 5 a 7 horas diárias de treinos. O ano de 2012, em quantidade e qualidade, foi o nosso melhor ano. Participámos em 100 provas, disputámos 500 jogos em vários pontos do País, nos diversos escalões.Também competimos em provas de equipas. Participámos com 6 equipas nos Campeonatos Regionais da Associação Ténis de Lisboa.
Em destaque esteve o nosso escalão Sub 10. Fomos o Clube que teve mais jogos e mais jogadores nas provas da Federação Portuguesa de Ténis e da Associação de Ténis de Lisboa.O culminar desta participação foram as vitórias do Pedro Araújo no Circuito da Associação e do Miguel Lopes na fase final do Smash Tour. No início do ano de 2013 fizemos a nossa estreia em torneios Internacionais. Deslocámo-nos a Valência para disputar o Circuito da Nike que engloba jogadores de várias nacionalidades. A nossa participação foi bastante satisfatória. Contamos continuar a crescer, em 2013, e continuarmos na senda dos bons resultados. Circuito Juvenil Sub.14 Dia 16 de Fevereiro realizou-se a 3ª Etapa do Circuito Juvenil Sub.14. Nesta edição bateu-se o recorde de inscrições, tornando o torneio mais competitivo, aproximando-se dos torneios federados. De destacar foi a presença de novos jogadores como Rodrigo Moreira, Gonçalo Gonçalves e Afonso Silva. O torneio já começa a ter um bom nível, jogadores já com uma boa atitude e que demonstram a evolução que se pretende. Em destaque, pela sua regularidade de participação e prestações, Rodrigo Gomes foi, uma vez mais, finalista e vencedor, tendo ganho, na final, a Rui Fonseca por 4/3, numa final com jogadas longas e já com alguma estratégia. Estágios 2013 Realizou se na 1ª semana das Férias da Páscoa e foi
Nome: Luís Santos Jogador Preferido: Rafael Nadal Idade : 16 anos Clube : Escola de Ténis Jaime Caldeira Torneio preferido : Austrália Open Livro: Diário de um Banana Pancada preferida: Esquerda Melhores Frases dos treinadores: "Mexe-te!Mexe-te" Filme Preferido: John Q Comida preferida: Sushi Actividade de lazer preferida : Desenhar
Rodrigo Deleu a festejar os seus 10 anos no Clube Tejo
bastante animado. Uma semana muito divertida, com muito ténis e treinos mais intensivos melhorando a competitividade para os torneios que vêm aí. Circuito Juvenil Dia 17 de Março realizou-se a 4ª etapa do Circuito Juvenil nos campos do Clube Tejo. Em altura de férias escolares muitos foram para fora
de Lisboa, de modo que, nesta edição, só tivemos 7 inscritos. O que não deixou de dar competitividade ao torneio, com boas jogadas e camaradagem, pois já todos se conhecem. Como eram poucos, fez-se a fase de poles e todos conseguiram ficar apurados para a fase final de eliminatórias. Gonçalo Gonçalves foi finalista vencido pelo já habitual Rodrigo Gomes, por um expressivo 4/1.
Nome: Miguel Capelo Jogador Preferido: Rafael Nadal Idade : 15 anos Clube : Escola de Ténis Jaime Caldeira Torneio preferido : Wimbledon Livro: Capitães da Areia Pancada preferida: Smash Melhores Frases dos treinadores: "Vocês precisam de mais ritmo!" Filme Preferido: Avatar Comida preferida: Bife com molho de cervejeira Actividade de lazer preferida : Jogar Xbox
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