Distribuição gratuita: 13.500 EXEMPLARES
ANO XV - NR.85 - BIMESTRAL - OUTUBRO15 - DIRECTOR: MIGUEL FERRO MENESES
ADORO O MEU BAIRRO
MULHERES DO PARQUE
MYRIAD: 3.º ANIVERSÁRIO
ENTREVISTA COM ALEXANDRA FERREIRA
ENTREVISTA COM NUNO BRAGA LOPES página 14
Desde 2000
AMOR À PRIMEIRA VISTA
Amiga do Peito Rua Ilha dos Amores 4.17.01 PARQUE DAS NAÇÕES - Tel. 218 956 737 / 218 956 911
páginas 30 e 31
EDITORIAL | NP | 3 FichaTécnica
EDITORIAL A propósito da Feira da Bagageira no Parque das Nações, que terá lugar no dia 11 de Outubro, entre o Campus de Justiça e a FIL, precisamente no local da antiga Porta Norte, da Expo 98.
Recordo-me das madrugadas de Sábado, em que descia a minha rua, ainda escura da noite, para apanhar o autocarro em direcção à Feira da Ladra. Dos meus amigos, na paragem, agarrados aos seus sacos de tralha como se fossem, ainda, as almo-
fadas de dormir, à espera do despertar pelo entusiasmo. Lembro-me do silêncio e olhar das pessoas do autocarro, naquele cruzamento de tempo que nem é dia nem noite. Umas já a irem trabalhar outras só, agora, a regressar. Náufragos da noite. Lembro-me daquela paragem, em que conseguia espreitar para dentro da tasca e ver os homens a começarem o dia com um copo de tinto ou uma mini ou duas. Da subida íngreme, já pelos nossos pés, carregada da tralha que iria render, por vezes, pouco mais do que para o bilhete do concerto dessa noite. Mas era uma aventura. Sempre. Mesmo que o resultado da manhã não desse mais do que uns trocos para esse concerto. Era sempre bom. Lembro-me dos cheiros da manhã. A pão, bolos, café, da tasca ao pé do sítio onde costumávamos colocar a nossa venda. Do barulho da pressão da máquina de café a esquentar os galões. Como um comboio antigo a assobiar a sua chegada. Lembro-
me das outras pessoas a chegaram e da Feira a compor-se como uma gigante manta de retalhos. Lembro-me das amizades que se faziam, das conversas e namoros. Dos mais velhos que nos olhavam, com estranheza, mas curiosidade. Principalmente se, num desses retalhos, estivesse sentado um punk dos subúrbios (por falar nisso, por onde andam eles?). Mas que, apesar de nos verem como uns putos que vendiam antiguidades misturadas com discos dos Guns n´Roses, regateavam como se fossemos gente grande. Sem condescendência, nem papas na língua. Lembro-me de gostar desse sentimento de igualdade. Do quebrar do gelo. Da venda a desfazer as diferenças de idade, crenças e feitio. Do ruir dos preconceitos. Lembro-me daquele punk, de metro e noventa, a pegar naquela velhota e a beijar-lhe a testa e da maneira como ela sorriu. Lembro-me do ânimo crescente e da
euforia da primeira venda. Mesmo que não desse sequer para encher o fundo da algibeira. Lembro-me do olhar daquelas famílias que precisavam, mesmo, de fazer a venda, por comida. Lembro-me dos primeiros raios de sol e de, finalmente, libertar-me do casaco para ficar em t-shirt. Da manhã a aquecer e de querer que o fizesse calmamente. Lembro-me das capas antigas dos vinis. Autênticas obras de arte num museu ao ar livre. Das capas dos livros. Das antiguidades. Das novidades. De ter que ir à tasca pedir ao sr. Manuel que me deixasse ligar, à corrente, o rebobinador das cassetes de VHS, para prestar prova da sua vida a um comprador. Mas mais do que tudo, lembro-me da vida da Feira. Da mistura de cheiros, pessoas e tempos. Um lugar de encontro de pessoas. De reencontro de tempos. De saudade. Miguel F. Meneses
Director: Miguel Ferro Meneses Redacção: Ana Penim; André Ribeirinho; Carmo Miranda Machado; Conceição Xavier; Diogo Freire de Andrade; Miguel Soares; Paulo Andrade; João Bernardino; João Catalão; José Teles Baltazar; Pedro Gaspar; Rita de Carvalho; Sara Andrade; Sónia Ferreira Fotografia: Miguel Ferro Meneses Direcção Comercial: Bruno Oliveira (Directo - 966 556 342) Revisora: Maria de Lurdes Meneses Produção: Central Park Impressão: GRAFEDISPORT Impressão e Artes Gráficas, SA Tiragem: 13.500 Exemplares Proprietário: Central Park Sede Social: Passeio do Levante - Lote 4 - Torre Sul 1990 -503 LISBOA Nr. de Registo ICS -123 919
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4 | NP | LOCAL
GESTÃO URBANA QUER APOSTAR EM “TRABALHO, TEMPO E TALENTO” O Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações revelou que os inquiridos têm como principal preocupação a Manutenção do Espaço Público da Freguesia. Fica, aqui, o ponto de situação, do responsável da Gestão Urbana, da JFPN, Luís Lucas Lopes, sobre esta matéria.
O Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações revela que cerca de 70% dos inquiridos têm como prioridade a manutenção do espaço público na freguesia. Os resultados deste estudo, encomendado pela Junta de Freguesia à Universidade Lusófona, deram o mote para fazer um balanço sobre o que se passa com os trabalhos da Gestão Urbana. É revelador o facto de uma tão larga maioria de cidadãos, residentes em todas as áreas do Parque das Nações, ter manifestado esta preocupação. Na realidade, o território do Parque das Nações impôsse como realidade singular pela “revolução” que constituiu todo o trabalho de urbanismo e planeamento urbano, reconhecido como caso de sucesso a nível nacional e internacional. Um espaço de exposição (EXPO 98), fechado, transformou-se em cidade, com todas as implicações daí decorrentes, ao nível da manutenção, mobilidade, impactes sociais de novos usos. A Junta de Freguesia do Parque das Nações herdou um território e um conceito de excelência, mas também todos os problemas inerentes ao desgaste e manutenção, sobretudo em período de “vacas magras”. O Executivo da Junta tem, por isso, o desafio diário de fazer o equilíbrio entre as elevadas expectativas das pessoas, a redução do dinheiro público e a criação de respostas para os residentes e para os visitantes, no respeito pela universalidade do território. Outubro é mês de aniversário da JFPN, motivo de maior curiosidade pelo andamento dos trabalhos. Nos últimos meses foram visíveis os sinais de recuperação do espaço público. Ao nível das infraestruturas é de sublinhar a recuperação e alargamento do chamado Parque Infantil da Aranha, uma obra há muito reivindicada pelos mais novos. Também na zona Poente, em parceria com a CML, será recuperado, em breve, um parque infantil. Aliás, existe na atuação definida pela JFPN uma preocupação sempre presente: aproximar a zona poente das zonas norte e sul (ex-área de intervenção da EXPO), no sentido de garantir maior coesão social em toda a freguesia. Neste sentido, a construção da escadaria que liga a zona Poente à Gare do Oriente cumpre plenamente os compromissos assumidos pelos órgãos autárquicos. O Jardim da Música é outro equipamento que importa destacar, sobretudo porque é a terceira vez que são repostos alguns instrumentos, desde que este espaço reabriu. Desejado por todos, o Jardim da Música exige também a proteção de todos.
Espaços verdes, iluminação e passadiços Os espaços verdes são o ex-libris do Parque das Nações e, também por isso, uma das áreas mais sensíveis. Neste momento, estão criadas as condições para, de forma gradual, repor a qualidade perdida ao longo dos anos. A ação da gestão urbana é já visível no arranjo das floreiras, na poda das árvores, na manutenção das cerca de 89 parcelas sob a tutela da JFPN e na recuperação do sistema capilar de rega. Neste momento, umas largas centenas de espécies aguardam em viveiro o momento certo para a plantação. No entanto, os quilómetros de zonas verdes são acompanhados por passadiços que urge requalificar. Estas empreitadas estão a ser articuladas com a segunda entidade que tutela o território, a CML. Já se sente o cheiro a madeira nova no Rossio dos Olivais e em parcelas da Alameda dos Oceanos. Paralelamente, a JFPN procedeu à recuperação do sistema enterrado de iluminação e substituição das luminárias em vários locais do Parque das Nações. Até ao final do ano, estão agendadas mais intervenções nos Jardins Garcia D’Orta, um espaço de referência. Trabalho, tempo e talento, são os três “T’s” necessários para devolver ao Parque das Nações a qualidade de excelência. O talento consiste sobretudo em conseguir juntar todos os desafios, numa solução ganhadora, para os residentes, os visitantes e para a cidade.
(1) Construção da escadaria que vai ligar a Zona Poente à Gare do Oriente; (2) Jardim da Música; (3) Pintura dos Muros junto ao Pavilhão de Portugal; (4) Rossio dos Olivais com passadiço reparado; (5) colocação de candeeiros
6 | NP | EVENTOS
HALLOWEEN FAMILY RUN FEST Outubro é o mês das bruxas. Por isso, foi a pensar nos mais novos que a SURVIVORS RUN desenvolveu um conceito de festa onde a família é a prioridade. No dia 25 de Outubro, a partir das 9h00, o Parque das Nações será o palco da HALLOWEEN FAMILY RUN FEST, um evento solidário que visa fortalecer laços familiares e promover estilos de vida saudável, através de variadas surpresas e atividades, entre as quais: Corrida de Mini-Obstáculos, Parque de Insufláveis, Zumba Kids, MusicBoxe, Kangoo Jumps e Rastreios de Saúde. Os Desafios Superam-se em Festa com a Família Reforçar os laços familiares através da entreajuda, dedicação e esforço na superação de desafios, promover estilos de vida saudável, desde cedo e em família, é a missão que a SURVIVORS RUN tem para si na HALLOWEEN FAMILY RUN FEST, um evento solidário, onde os petizes assumem um papel heróico, em que, num cenário Halloween, realizam a superação de mini-obstáculos com a família num percurso de aproximadamente 4 km. Com a coorganização da Associação Jorge Pina e do Grupo da Corrida Noturna Parque das Nações e com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia do Parque das Nações, a HALLOWEEN FAMILY RUN FEST tem como principal missão a SUPERAÇÃO EM FAMÍLIA. Inscrições em www.survivorsrun.com SURVIVORS RUN Promover Emoções Positivas e Experiências Inesquecíveis, através da realização de Eventos Desportivos com elevada qualidade, compromisso e criatividade é a missão da SURVIVORS RUN. Os eventos SURVIVORS RUN são desenvolvidos por uma equipa multidisciplinar com formação especializada, vasta experiência, dinâmica e criativa. Os valores da SURVIVORS RUN são o Espírito de Missão, o Trabalho em Equipa, a Segurança e a Responsabilidade Social. A SURVIVORS RUN é uma forma de ser, pensar, estar, agir
e, como tal, todas as suas iniciativas estão fortemente ligadas a causas sociais. Em todos os eventos a SURVIVORS RUN procura ajudar/apoiar instituições de solidariedade social, de acordo com as suas necessidades. Esse apoio poderá ser realizado através de doação monetária, bens, mão-de-obra e/ou serviços. ASSOCIAÇÃO JORGE PINA “O Desporto é uma arma poderosa” é o mote desta Associação que conta com dois grandes projetos no fomento da prática desportiva. Escola de Atletismo Adaptado Esta escola pensada, por Jorge Pina, nasce de uma parceria entre a Associação Jorge Pina e a Rexona e tem como objetivo apoiar os jovens com diferentes necessidades educativas especiais, proporcionando-lhes a prática das diferentes modalidades do atletismo, de forma regular e gratuita. MusicBoxe Por acreditar que interligação do boxe com a música e a dança gera sinergias positivas na comunidade jovem, surge este projeto que cruza o boxe com a dança e a música de uma forma inovadora. O boxe, modalidade desportiva que fomenta o respeito, a ética e a igualdade, lado a lado com o hip-hop promovem uma vida harmoniosa “fora das ruas”, potencia a auto-estima individual e estimula o contato dos jovens com outros de outras zonas da cidade dentro de um ambien-
te acolhedor. Mais informações sobre a AJP em: http://associacaojorgepina.pt/wpress2 CORRIDA NOTURNA PARQUE DAS NAÇÕES
O CNPN é um grupo de corrida e caminhada, aberto a todos os que desejem praticar exercício saudável, ao ar livre e em grupo e que surge para ajudar todas as pessoas que estejam a iniciar-se
nesta modalidade ou a prepararem-se para uma maratona. De cariz gratuito e com uma missão solidária, os treinos ocorrem todas as terças-feiras às 20:30, com partida na loja da Kid to Kid Expo, no Parque das Nações, com o apoio técnico do “Sedentário a Maratonista”. Mais informações sobre http://corridanoturna.pt
o
CNPN
em
Parque das Nações com forte representação em provas de Running O Grupo da Corrida Noturna Parque das Nações, organizado por Diogo Madaleno, em parceria com José Guimarães, do blogue Sedentário a Maratonista, esteve representado com cerca de 40 atletas na Corrida do Tejo em Lisboa, no passado dia 13 de Setembro. O grupo da CNPN organiza treinos semanais gratuitos de caminhada e corrida, todas as terças-feiras, às 20:30, junto da loja da Kid to Kid Expo e tem tido presença assídua, significativa e com boas prestações, em diversas provas de running. Destacando algumas prestações dos elementos do grupo Grupo da Corrida Noturna Parque das Nações, no final de Agosto, José Guimarães parti-
cipou no Ultra-Trail Du Mont-Blanc, tendo corrido um percurso de 170 km em pouco mais de 40 horas. Foi uma prova dura, de grande coragem e resistência. João Jesus, com presença assídua nas corridas noturnas, participou, no passado dia 27 de Setembro, no Cascais Long Distance Triathlon, fazendo 1,9 km de natação, 90 km de bicicleta e 21,1 km de corrida em 6 horas e 37 minutos. O grupo tem presentemente cerca de 1500 membros, tendo sido responsável pela organização da Corrida Solidária Refood Parque das Nações, que juntou mais de 1000 participantes. Para breve está já a prova rainha de Lisboa, a
Maratona. Com o patrocínio da Era Expo e do Pomar da Rosa, no próximo dia 25 de Outubro, o grupo estará representado com cerca de 30 atletas na Rock’n’Roll Maratona de Lisboa e Rock’n’Roll Meia Maratona de Lisboa. Se quer ficar em forma e acompanhar os treinos e provas do grupo da CNPN, consulte todas as informações em corridanoturna.pt.
Se quer ficar em forma e acompanhar os treinos e provas do grupo da CNPN, consulte todas as informações em corridanoturna.pt.
8 | NP | BREVES
NOTÍCIAS BREVES A C O N T E C E
N O
P A R Q U E
UNIVERSIDADE SÉNIOR O Presidente do Rotary International para o Ano Rotário 2015/2016, K. R. Ravindran, anunciou o lema escolhido para sua gestão: "SEJA UM PRESENTE PARA O MUNDO".Conforme Ravi Ravindran, "Todos nós temos algo a oferecer, independentemente de quem somos e do nosso estilo de vida. Podemos oferecer nossos talentos, conhecimentos, habilidades, empenho, dedicação e devoção. Através do Rotary, podemos usar estas dádivas para fazer uma diferença verdadeira na vida das pessoas e no mundo. [...] Através do Rotary, poderemos deixar algo real e duradouro. Portanto, cada um de nós deve aproveitar esta oportunidade única e Ser um Presente para o Mundo!". O Rotary Club Lisboa - Parque das Nações elegeu a realização de uma Universidade Sénior como uma das formas dos seus membros e de mais voluntários poderem servir a população da freguesia do Parque das Nações. A Universidade Sénior de Rotary do Parque das Nações (USRPN) vai iniciar o seu ano lectivo com um dia festivo a 15 de Outubro e com as aulas a funcionar a partir do dia 19 de Outubro. O local seleccionado para o desenvolvimento das atividades foi o IPJ (Instituto Português da Juventude), na Rua de Moscavide, Lt 47 - 101 1998-011 Lisboa, paralela à D. João II (junto à estação de comboios de Moscavide). As salas são espaçosas e climatizadas para que as condições de trabalho e de companheirismo sejam as melhores possíveis. Aos alunos interessados na inscrição pede-se para
D A S
N A Ç Õ E S
enviarem um e-mail com o respetivo contacto telefónico para rcparquedasnacoes@gmai l.com e/ou luispastor@sapo.pt. A USRPN tem para este ano letivo uma oferta variada como, Antropologia, Economia, Fotografia, História, inglês, Teatro, Informática, Sociologia, Vídeo e Televisão
todo o legado e a memória da exposição, lançando o desafio, à comunidade, para apresentarem sugestões e ideias. Durante o encontro foram recordadas algumas memórias e pessoas que estiveram ligadas à Expo 98.
MEMÓRIAS EXPO 98
RESULTADOS DAS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS 2015
Um grupo de moradores marcou encontro, no Centro Interpretativo da Expo 98, onde decorre a exposição Cidade Imaginada, com o objectivo de prestar uma homenagem simbólica à equipa da Parque Expo, no dia que marcou o 17.º aniversário do encerramento da Expo 98. Este grupo contou com a presença de José Baltazar e Carlos Ardisson, entre outros residentes O Arq. Carlos Barbosa e José Fragoso receberam os moradores e revelaram que a exposição irá ser prolongada até 31 de Dezembro. O Arq. Carlos Barbosa manifestou, ainda, a vontade que esta exposição passe a ser permanente (num piso superior do Pavilhão de Portugal), de forma a manter vivos
Os resultados eleitorais das Legislativas de 4 de Outubro, na freguesia Parque das Nações, foram os seguintes: 40,36% (4.424 votos) para a coligação PPD/PSD.CDS-PP, 34,63% para o PS (3.796 votos), 9,12% (1.000 votos) para o B.E. e 5,78% (634 votos) para o PCP-PEV. Num total de 67,70% (10.962 votantes em 16.192 inscritos).
MAUS TRATOS A ANIMAIS SÃO CRIME O Notícias do Parque foi contactado pela 40.ª Esquadra do Parque das Nações para divulgar a seguinte campanha de sensibilização: O Comando Metropolitano de Lisboa, no âmbito da criminalização dos maus tratos a animais de companhia, lançou a campanha: "Maus tratos a animais são crime”. Tendo em vista a alteração da legislação, consagrada na Lei 69/2014 de 29, de agosto, na qual os maus tratos e abandono de animais passaram a constituir crime, o COMETLIS desenvolveu uma iniciativa em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, na qual pretendemos, não só, alertar a sociedade para esta temática, mas também contribuir institucionalmente, no sentido da consciencialização social sobre os maus-tratos e abandono de animais. Paralelamente, a PSP criou um endereço de correio eletrónico, (defesanimal@psp.pt), dedicado a este tema, para que os cidadãos nos possam contactar, para esclarecimento de eventuais dúvidas ou até mesmo para denúncias, num sistema muito semelhante ao existente no portal "e-queixa", no sítio oficial da PSP. Aliado a este processo decorrem ações de formação interna, para que em todas as Divisões Policiais, os polícias estejam habilitados a prestar o apoio necessário a quem dele necessite e a desencadear os procedimentos requeridos pela lei vigente.
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DIAGNÓSTICO SOCIAL DO PN O Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações foi realizado numa parceria entra a Junta de Freguesia e a Universidade Lusófona. Os inquéritos foram realizados junto da população, de forma a ir ao encontro de um conhecimento mais detalhado da nossa freguesia. Este trabalho inclui doze dimensões: Caracterização sociodemográfica, educação e formação, emprego, rendimento, equipamentos domésticos e o seu uso, associativismo e voluntariado, segurança, mobilidade e saúde. Para ter acesso a este diagnóstico social consulte: www.jf-parquedasnacoes.pt A apresentação pública do Diagnóstico Social do Parque das Nações decorreu, no passado dia 3 de Setembro, reunindo cerca de uma centena de pessoas no Pavilhão do Conhecimento. Fernando Medina, presidente da CML e José Moreno, presidente da Junta de Freguesia, do PN, intervieram antes da apresentação do Diagnóstico Social por parte de Sara Henriques, da Universidade Lusófona. Fernando Medina referiu que “não é possível agir sem ter conhecimento da realidade”. No que diz respeito ao facto de a principal preocupação (por ordem de grandeza) dos moradores ser a Manutenção do Espaço Público (70,5%), o
presidente da CML disse que “começamos, hoje, a ver, no terreno, uma recuperação das zonas verdes. A médio prazo teremos as principais situações ultrapassadas.” O presidente da Junta de Freguesia, José Moreno, referiu que “esta é a primeira etapa para o conhecimento detalhado da
realidade socioeconómica da freguesia” e que “a Junta tem como objectivo último garantir a qualidade de vida dos residentes no Parque das Nações, quer habitem na zona Norte, Sul ou na zona Poente.” Após a apresentação, seguiu-se o debate público,
liderado pelo jornalista Joaquim Franco e que contou com a presença de Helena Roseta, Isabel Jonet e o prof. Joaquim Seixas. www.jf-parquedasnacoes.pt/pt/diagnostico-social-doparque-das-nacoes-conheca-melhor-a-sua-freguesia
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FREGUESIA EM DEBATE
Coluna de opinião dos elementos dos partidos/movimentos que representam a AF
Diagnóstico Social - um importante contributo para conhecer a nossa Freguesia Jorge Alves - CDU
2 ANOS EM BALANÇO Henrique Sánchez - PNPN
cduparquedasnacoes2013@gmail.com
Na sequência da recente apresentação do trabalho realizado pelo Centro de Investigação em Comunicação Aplicada, Cultura e Novas Tecnologias (CICANT) da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) para a Junta de Freguesia do Parque das Nações, sob o título de “Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações”, apresentam-se alguns apontamentos que importam, segundo o PCP, salientar. 1. A importância deste estudo e o que lhe deu origem Como certamente se recordarão, e é facilmente comprovável pelas atas da Assembleia de Freguesia (AF), o PCP em diferentes momentos, ao longo deste dois anos de mandato, tem vindo alertar para a importância e urgência do conhecimento aprofundado e rigoroso da realidade da nossa Freguesia. Da educação, à saúde, passando pelos espaços verdes e limpeza urbana, foram várias as iniciativas que o PCP dinamizou no sentido de demonstrar que, para os órgãos autárquicos (AF e Junta de Freguesia) decidirem sobre as prioridades da sua intervenção, a afetação de recursos técnicos, financeiros e humanos, se impunha conhecerem a realidade desta nova Freguesia da Cidade de Lisboa, a partir de, entre outros, os seguintes elementos: as características sociais da sua população; os recursos e equipamentos existentes; a identificação das entidades que intervêm nesta freguesia, âmbito de atividade, alcance, potencialidades e dificuldades; a identificação das expetativas e necessidades dos moradores e de quem frequenta a Freguesia, seja para aqui trabalhar, seja apenas por lazer. Defendemos que tal conhecimento não poderá resultar apenas da intuição e perceção de cada eleito ou força política, mas terá de incluir dados cientificamente recolhidos e analisados. Assim, não podemos deixar de reconhecer com agrado que este trabalho, agora divulgado, é um importante primeiro passo nesse sentido. Este estudo terá certamente falhas, sendo que algumas resultam das limitações identificadas no próprio relatório. É naturalmente incompleto, segundo o que entendemos e defendemos ser necessário identificar, devendo ser continuado e completado, a seu tempo e com outros meios, envolvendo os diversos parceiros e entidades da Freguesia, associandolhe o rigor e a experiência da ligação Universidade/Autarquia Local. Contudo estas reservas ou limitações não devem servir de justificação para que não se analisem os dados disponíveis e não se retirem deles as leituras que os indicadores, agora, nos permitem. 2. Sobre o próprio estudo O PCP está disponível para participar em todos os debates que sejam dinamizados sobre este trabalho, incluindo o método, as limitações, a questão de partida e, sobretudo, as conclusões. A partir dos elementos disponíveis no relatório
centramo-nos, apenas, na comparação entre as duas realidades da Freguesia: a Zona Poente com as Zonas Sul e Norte. Fazemo-lo, conscientemente, por considerarmos que deste relatório esta é a comparação que tecnicamente é mais adequada e porque politicamente esta é a análise em que nos devemos centrar. Quanto a indicadores de desenvolvimento humano: Distribuição etária: Na Zona Poente, quase 50% da população tem mais de 55 anos de idade. Nas restantes zonas essa percentagem corresponde aos grupos etários dos 25 aos 44 anos de idade. Rendimentos: na Zona Poente, mais de 33% da população vive com um rendimento abaixo do rendimento médio nacional que é de 661,67€, sendo que perto de 25% da população desta zona vive abaixo ou no limiar do nível de pobreza. Nas restantes zonas mais de 55% da população vive com um rendimento acima do rendimento médio nacional. Emprego: na Zona Poente, 13,1% da população está desempregada, valor que é superior à média nacional. Nas restantes zonas o nível de desemprego é de cerca de 4%, bastante abaixo da média nacional. Escolaridade: na Zona Poente, 57% da população estudou só até ao 9º ano (7% não estudou e 35% fê-lo, apenas, até à 4ª classe). Nas outras zonas, mais de 60% da população tem um nível académico de licenciatura ou superior (numa proporção três vezes superior à média nacional). Quanto ao uso dos serviços públicos: Saúde: na Zona Poente, 75% da população usa o serviço público de saúde. Nas outras zonas mais de 60% usam o sistema privado. Transportes: na Zona Poente, 60% da população usa o serviço público de transportes. Nas outras zonas, 70% usa viatura particular. 3. Concluindo Na nossa opinião, importa refletir sobre estes números e o que eles significam para muitos habitantes da Freguesia, avaliando se as ações da Junta de Freguesia proporcionam uma redistribuição equilibrada dos recursos, face a esta realidade, e, sobretudo, se as opções contribuem para a alteração desta realidade, ou se se limitam a desenvolver ações pontuais, importantes para minorar problemas individuais, mas insuficiente para ajudar a resolver as questões de fundo. Porque não defendemos que o nivelamento social se faça por baixo, temos na nossa Freguesia a obrigação de ter como bons os indicadores evidenciados nas Zonas Sul e Norte da Freguesia, desenvolvendo todas as ações políticas que possibilitem aos moradores da Zona Poente, tão breve quanto possível, passarem a ter indicadores semelhantes, pelo que eles significam de dignidade e desenvolvimento humano. Fonte: Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações, disponível em: http://www.jf-parquedasnacoes.pt/pt/diagnosticosocial-do-parque-das-nacoes-conheca-melhor-a-sua-freguesia
Ao cumprir o segundo ano sobre a vitória eleitoral do Movimento de Cidadãos, “Parque das Nações Por Nós – PNPN”, nas últimas eleições autárquicas e estando a meio do mandato de quatro anos, devemos fazer um balanço do caminho percorrido. Num total de 13 mandatos, assim distribuídos: PNPN 6, PS 4, PSD 1, CDS-PP 1 e PCP 1, o vencedor das eleições, o PNPN, ficou apenas a 1 mandato da maioria absoluta, face à impossibilidade de formar um acordo com algum dos restantes partidos, avançámos para um Executivo do PNPN sem maioria absoluta na Assembleia de Freguesia. Cedo se comprovou, desde a Assembleia de Freguesia da Tomada de Posse, não ser intenção das outras forças partidárias colaborar com o Executivo, ao contrário do que iam afirmando com palavras cheias de intenção, mas com uma prática de confronto permanente. Por diversas vezes utilizaram a mentira, a provocação, a insinuação, roçando até a ilegalidade em algumas das suas afirmações e actos. A construção da 2ª fase da Escola Parque das Nações, inviabilizada pelo actual governo PSD/CDS-PP, no seguimento da sua política de desmantelamento da escola pública, foi um dos argumentos da oposição/obstrução para atacar e culpabilizar o Executivo da Junta de Freguesia pela sua não construção, algo que como é óbvio só depende do governo. O mesmo em relação ao Centro de Saúde que, mais uma vez, o actual governo PSD/CDS-PP, decidiu não construir, também, aqui, no seguimento de uma política de estrangulamento do Serviço Nacional de Saúde. Não somos contra o ensino privado ou os cuidados de saúde privados, não aceitamos é que estes sejam subsidiados com dinheiros públicos, que são sonegados ao Serviço Nacional de Saúde e ao Ensino Público. Os dinheiros públicos devem servir para os serviços públicos garantirem, aos cidadãos, os cuidados de saúde básicos e o ensino obrigatório para todas as portuguesas e portugueses. A limpeza urbana da freguesia manteve elevados níveis de satisfação, fruto da gestão de um contrato que termina, no final de 2015. Para uma freguesia a criar do nada, esta foi por certo umas das boas opções, de modo a não diminuir os índices de higiene e limpeza da freguesia, o mesmo já não aconteceu com todos os espaços verdes, bem como com a manutenção das calçadas e mobiliário urbano. Em Março de 2015 foram adjudicados novos contratos para a manutenção de jardins, floreiras, podas de árvores, calcetamentos, mobiliário urbano, tendo, rapidamente, os moradores começado a ver as melhoras, apesar de ter vindo ao de cima a falta de manutenção do sistema de rega por parte da “Parque Expo 98” – Gestão Urbana. Manteve-se o boicote persistente, o bloqueio permanente, era-se preso por ter cão e por não ter, que tinha como objectivo desgastar, quer o Executivo, quer o próprio Movimento que o apoia, o PNPN.
A Reforma Administrativa da cidade de Lisboa foi outro factor que veio trazer instabilidade a toda a cidade e ao conjunto das suas freguesias, tal a amplitude das mudanças que foram implementadas. De referir, como sempre o fizemos, quer nas Assembleias de Freguesia, quer na comunicação escrita (Notícias do Parque, página do facebook, etc.) que também cometemos erros, que fomos eliminando ao longo deste período. Os aparelhos partidários mobilizaram-se para impedir que este sonho, dos cidadãos gerirem a sua própria autarquia, sem os espartilhos, os interesses, as negociatas de que todos estamos já fartos, chegasse a bom porto. Através da criação de várias páginas e blogues na Internet, tentaram, manipulando, injuriando e mentindo, denegrir o trabalho efectuado, confundindo os cidadãos sobre as áreas dos espaços verdes que sendo da responsabilidade da CML, seria facilmente imputada à nova Freguesia e ao seu Executivo a sua responsabilidade. Face a esta situação, só seria possível continuar o trabalho já iniciado, bem como mostrar que os cidadãos, não só podem gerir a autarquia como o fazem sem servilismos a interesses menos claros, reformulando o Executivo, o que veio a acontecer através do acordo coligatório com o PS. Cedo começou a dar frutos e, de imediato, avançaram as obras nos vulcões da Alameda dos Oceanos (passadiço; iluminação), foi substituído o passadiço do Rossio dos Olivais, foram adquiridas 3 novas bombas para o sistema de rega, iniciaram-se as obras da escada de acesso à Gare do Oriente. A chamada “concentração de moradores”, convocada pelo PSD/CDS-PP, com meios relevantes de propaganda escrita, juntou, frente à sede da Junta de Freguesia, entre 50 a 60 “moradores”, num universo de 16.000 eleitores e de 20.000 moradores, foi a morte anunciada de uma oposição que nunca soube comportar-se como tal, nem aceitar os resultados eleitorais. A falta de formação/educação por parte de alguns manifestantes, ficou registada num directo televisivo, na tentativa de impedir o Presidente da JFPN de falar. A freguesia do Parque das Nações tem agendadas as seguintes obras a efectuar pela CML: reparação total da Alameda dos Oceanos, no troço compreendido entre a “Porta Norte” e a Rotunda do Ulisses, com a implementação de ciclovias e a redefinição de toda a circulação. Continuação da reparação dos passadiços dos vulcões na Alameda dos Oceanos. Passados dois anos de trabalho árduo, os resultados começaram a aparecer, sendo prova de determinação e de empenho, com um objectivo muito claro, o de cumprir o Programa do PNPN, e o mandato que nos foi entregue pelos seus moradores. Já sabíamos que não era fácil, mas sim, claro que é possível os cidadãos gerirem a sua própria autarquia!
PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES | NP | 11
APP PN PARTICIPO OU O DIAGNÓSTICO DA GESTÃO URBANA José Teles Baltazar - CDS/PP
Produtos Frescos à sua porta Era desnecessário patrocinar um estudo para chegar à conclusão que a queda abrupta dos parâmetros da gestão urbana, da freguesia, é a principal preocupação de mais de 70% dos residentes. Como cedo antecipei, passámos de um sistema de respeito por bons princípios de ordenamento do território e do seu planeamento integrado para outro com base em serviços low cost, nitidamente desordenados e insuficientes. Em certos casos prefiguram autênticos crimes ambientais. No final da assembleia de freguesia onde foi nomeado vogal do ambiente e da gestão urbana, Luís Lucas, depois de me agradecer a insistência pessoal com a CML para requalificar o talude desmoronado no Parque Tejo, pediu ajuda para reportar as anomalias na App da JFPN. Ainda tentei colaborar, mas o teor das respostas (a competência da CML e o equipamento emblemático descontinuado) não foram de molde a incentivar essa prática. Em julho sabendo da contratação da Ferrovial (empresa de reparação urbana que deixou saudades no nosso espaço público e que, em janeiro de 2014, a CML dispensa sem acautelar substituição, decisão que deixou o PN sem manutenção durante 6 meses), achei que valia a pena voltar à carga ou seja à App. Armado em vogal, percorri todas as artérias da freguesia, até os caminhos e passeios não assinalados no mapa google, em busca de anomalias dignas de registo para participar. O resultado foi o reporte de 425 ocorrências que representam bastante mais anomalias por muitas delas incluírem vários danos, já que cada participação permite anexar até 10 imagens. Das167 respostas recebidas, 31 ocorrências eram competência da CML e passaram a constar no portal Na Minha Rua onde é possível seguir o seu desenvolvimento. Dessas apenas fui notificado de um único trabalho executado pelas Brigadas Lx. Mas serviram para esclarecer quais as competências de manutenção que são responsabilidade da CML: rede viária; iluminação pública; parques infantis ou desportivos; a limpeza de grafitis na zona poente, passadiços, zonas com área superior a 5 mil m2 (Parque Tejo, Trancão e zonas de mato a poente) tampas de saneamento e a replantação das centenas de árvores abatidas mais as que estão em vias de o ser. Quanto às restantes136, nem tudo correu pelo melhor e, por 7 vezes, fui notificado de que as ocorrências estavam resolvidas, mas o que constatei não corresponder à realidade. Num desses casos, 4 superfícies grafitadas, apenas removeram em condições uma parede e não a totalidade. Após reclamar, a JF faz notar “os colaboradores já foram advertidos no sentido que este tipo de situação não se repita.” Assim o espero. Mais em16 situações, recolhi a mesma nota de que iriam “ser limpos através da campanha de limpeza de tags e graffities em superfícies lisas, no dia 26 Setembro”, e ao mesmo tempo apagavam da App. Malgrado o empenho dos voluntários, eu incluído, a ação ficou aquém do expectado e 8
dos grupos de equipamentos grafitados não foram removidos. Claro que foram de novo reportados, voltando ao ativo de ocorrências. Ainda assim foi gratificante verificar que a recolha de anomalias e respetivo reporte resultou no calcetamento de muitos passeios, a reparação de equipamentos urbanos distintos e a limpeza de grafitis que se eternizavam no espaço público e em zonas nobres. Aqui o problema é a dificuldade latente de remover por completo a tinta, permanecendo muitos vestígios. Espanta-me que algumas situações, à vista de quem se movimente pelo Parque, só tenham sido resolvidas, depois de reclamadas por um cidadão.
ABERTO TODOS OS DIAS
É notória a falta de capacidade do serviço de resposta. Por vezes sou avisado depois de já ter detetado a reparação, mas, também, acontece o contrário como acima referi. Em abono da verdade, reparo em intervenções efetuadas que esquecem de informar. No dia em que escrevo, no PN Participo constam 580 ocorrências por resolver, fora as que saíram da listagem por competirem à CML e ainda as que por mera razão de serem resolvidas no curto ou no médio prazo, deixam de preocupar. Recomendações para conferir maior eficácia e credibilidade ao atendimento da app: - incluir foto(s) na resposta como fizeram uma vez, devido à insistência em triplicado na mesma reclamação; - atualizar mapa com toda a toponímia da exzona de intervenção da Expo 98, aspeto em que apresenta lacunas; - esclarecer o motivo porque o nº de ocorrências, por resolver, é distinto conforme se consulte em ambiente web ou via mobile; - não recorrer a subterfúgios como intenções futuras de intervenção, para subtrair ocorrências por executar. PARQUE DAS NACÕES À FRENTE Congratulo-me com a exemplar afluência às urnas dos eleitores da freguesia (cerca de 68%) e com a sua preferência pelo PÁF a quem confiaram 40,36% dos votos expressos, percentagem superior ao score nacional da coligação. O resultado nacional do PS constitui uma derrota pessoal de José Moreno que, em pleno período de campanha eleitoral e enquanto presidente da JFPN, afirmou na Assembleia Municipal de Lisboa que António Costa tinha sido um excelente presidente da CML, deixando subentender que era um bom candidato a 1º ministro. ÚLTIMA HORA Meses depois de anunciada, através das redes sociais, a sua saída em prol do PS, Henrique Sanchez, 1º secretário da mesa da Assembleia de Freguesia, renunciou ao cargo. Em breve será revelado o socialista local que, por acordo de coligação, substituirá o mais syriza dos eleitos PNPN.
Horário de Funcionamento:
Segunda a Sábado: 08:00h - 21:00h
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PÁGINAS DA INTEIRA RESPONSABILIDADE DOS INTERVENIENTES
Os primeiros dois anos José Mourinho Marcelo - PS Paulo Coelho - PSD No momento em que escrevo este texto, são já conhecidos os resultados provisórios das eleições legislativas 2015, pelo que aproveito para felicitar a coligação PSD/CDS-PP, certo que o governo que vier a constituir respeitará o poder local e que dotará as autarquias dos meios necessários para o cumprimento dos seus mandatos com estabilidade. Na minha primeira intervenção, no Notícias do Parque, como representante do Partido Socialista no Parque das Nações, gostava de vos recordar que a nossa Freguesia resultou há dois anos de um processo que reformou administrativamente a cidade de Lisboa. Os primeiros dois anos deste mandato autárquico, no Parque das Nações, foi condicionado pela necessidade de criar uma Freguesia a partir do nada, ao mesmo tempo que se procedia à reorganização das competências das juntas de freguesia e da Câmara Municipal de Lisboa. A acção da Junta de Freguesia foi, assim, condicionada pela sua inexperiência na gestão autárquica, pela ausência dos meios financeiros necessários e, por atrasos resultantes de compromissos assumidos pelo Parque Expo e pela Câmara Municipal de Lisboa. Mesmo assim, neste período, a Junta de Freguesia teve uma actuação relevante na acção social com a criação do “Espaço Oriente”, da loja social e do posto de enfermagem e psicologia, com a implementação do “Transporte Solidário”, com a dinamização do Centro de Dia da Biblioteca David Mourão Ferreira, bem como com a implementação do Programa de Apoio à Família e do Programa “CAF - Componente de Apoio à Família”. No que concerne à gestão do espaço público, a acção da Junta de Freguesia foi praticamente nula, pois nestes dois anos, fruto dos compromissos assumidos pelo Parque Expo e pela Câmara Municipal de Lisboa, houve necessidade de transferir e de adjudicar novas empreitadas, até porque as áreas então contratadas tiveram de ser redimensionadas, tendo em conta a área da nova Freguesia e a diversidade do novo espaço a intervencionar. No que concerne à manutenção dos espaços verdes, a Junta de Freguesia não conseguiu alcançar os níveis de manutenção a que estávamos habituados, não só pelas razões já aduzidas para a gestão do espaço público, em parte, como também pelo estado degradado em que se encontravam os equipamentos que já contavam 16 anos de utilização em pleno e a sua manutenção já não se fazia há bem mais dos dois últimos. Acresce que, para a assunção destas competências, a Junta de Freguesia teria de lhe ver disponibilizados meios financeiros e de criar uma estrutura de apoio o que só ocorreu recentemente. As acções culturais e de desporto centraram-se e, ainda hoje, se centram em torno da Piscina e da Biblioteca David Mourão Ferreira, em associação com a Câmara Municipal de Lisboa. Os representantes do Partido Socialista, na Assembleia de Freguesia, procuraram contribuir para a dignificação da acção do executivo, fazendo
recomendações e propostas, e intervindo na elaboração dos orçamentos e regulamentos de acção da Junta de Freguesia, em defesa dos interesses dos fregueses. E foi no interesse dos fregueses que a bancada do Partido Socialista, recentemente, cedeu o eleito João Franco para integrar o executivo da Freguesia como tesoureiro e como responsável do pelouro da educação. Desde então, no pelouro da Gestão Orçamental nota-se um maior controlo da tesouraria e do aprovisionamento, a permanente actualização do inventário e do registo dos bens da Junta de Freguesia, em respeito com a legislação em vigor. No pelouro da Educação deu-se continuidade a projectos pendentes, como é exemplo a criação do Conselho Consultivo da Educação da Educação da Freguesia, implementaram-se e estruturaram-se novas linhas de orientação para o ano lectivo de 2015/2016 e desenvolveram-se várias acções junto da comunidade educativa, associações de pais, coordenações de escola e direcções de agrupamento, e com Câmara Municipal de Lisboa. Em breve, a Junta de Freguesia, por delegação da Câmara Municipal de Lisboa, terá condições para mandar construir uma zona verde e melhorar o acesso na rua da Centieira. A Câmara Municipal de Lisboa, como responsável pelo espaço público estruturante, procedeu à reabilitação do passadiço de madeira do Rossio do Levante. E encontra-se, actualmente, a proceder à recuperação da arte urbana, à execução da ligação entre aVia Recíproca e a rua Conselheiro LopesVaz e à substituição dos passadiços de madeira da Alameda dos Oceanos. Em breve iniciará a reabilitação do pavimento empedrado da Alameda dos Oceanos. O Partido Socialista espera que, nos próximos dois anos, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Lisboa intervenham no espaço público e nas zonas verdes de modo a satisfazer as justas expectativas de todos os fregueses e utilizadores do espaço da Freguesia. Espera da Junta de Freguesia o incremento das actividades culturais e desportivas a realizar por todo o território. Da Câmara Municipal de Lisboa, em articulação com a Junta de Freguesia do Parque das Nações, espera, igualmente, pela melhoria da mobilidade dentro da sua área, com o objectivo de diminuir o tráfego de atravessamento e o aumento dos lugares de estacionamento, a par da melhoria da segurança dos peões. Do Governo que resultar das eleições legislativas de 2015, espera que construa a segunda fase da Escola do Parque e uma Unidade de Saúde, para que o Parque das Nações fique dotado de uma rede mínima de equipamentos públicos. Os eleitos do Partido Socialista, na Assembleia de Freguesia do Parque das Nações, exercerão o seu mandato com firmeza e no respeito da lei, mas também com cortesia e espírito de cooperação no respeito pelos interesses e justas expectativas dos nossos fregueses.
Levantar o Parque das Nações da ruinosa gestão autárquica A nossa comunidade está estupefacta e inconformada com as deficiências do Executivo da Câmara Municipal de Lisboa e da Junta de Freguesia do Parque das Nações, na gestão do interesse público do nosso território. Os Parquenses aspiram e exigem mudanças de rumo nas políticas locais. O abandono e o desleixo do espaço público, a falta de empenho na conclusão da construção da Escola da Zona Sul do Parque das Nações e a falta de interesse na promoção do nosso território são factores mais que suficientes para a CML e a Junta de Freguesia do Parque das Nações perceberem que a nossa população não merece a deterioração das condições urbanas e de qualidade de vida pelas quais a população do PN está a passar. O PSD Parque das Nações tem acompanhado e promovido instrumentos institucionais de modo a inverter a gestão ruinosa da CML e da JFPN. Destacamos o tema do Parque Escolar da Freguesia. Passados dois anos, José Moreno e o Executivo da JFPN continuam a desconhecer e não se interessam pelo tema da Educação. José Moreno esqueceu-se que não foi ele, mas outro elemento – Jorge Farromba do PSD – que se debateu pela Educação, pela construção da 1ª fase da Escola do Parque das Nações, na prioridade dos critérios de selecção para alunos moradores no Parque das Nações e no protocolo que permitisse agregar alunos dispersos, por várias escolas dos Olivais, na Escola Vasco da Gama. Após tomar posse, o PJFPN, José Moreno, nunca mais falou do assunto ou fez algo em prol do tema. Por decisão do próprio José Moreno, nunca foram aceites as iniciativas do PSD, em particular, tais como a aproximação das Famílias à escola, a promoção da construção da 2ª fase da EBPN, o transporte escolar, programas de férias e programas de acompanhamento escolar. Mas se José Moreno não pretendia que a educação fosse uma prioridade, mais se percebeu, quando, passados 6 meses com o pelouro da educação, o vogal João Franco do PS não criou uma Agenda para a Educação. João Franco e o PS não só não compreendem o tema e a problemática da Educação e do Parque Escolar da Freguesia, como a única iniciativa que tiveram foi promover o transporte de crianças para a Praia no programa “há férias no parque”, sem o suporte legal respectivo – as cadeirinhas elevatórias – tendo tal facto originado multas rodoviárias pelo desrespeito das normas de segurança. Para o PSD do Parque das Nações é fundamental a finalização da escola da Zona Sul do Parque
das Nações, para o executivo liderado por José Moreno e o PS, tal matéria é infelizmente irrelevante. Das últimas iniciativas do PSD Parque das Nações, destacamos o desenvolvimento de uma agenda de actividades, como a visita à Zona Poente do PN, em que foi realizada a identificação das prioridades dos bairros mais desfavorecidos da Freguesia e a definição de estratégias resolutivas, fazendo o contacto directo com a população local e, em especial, com os jovens. A destacar a reunião com o Presidente do Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide, um clube centenário que se encontra sem apoios institucionais da JFPN, e que funciona como pólo central de união da comunidade da Zona Poente. Estas duas visitas contaram com a presença de responsáveis da JSD do Parque das Nações, tendo a coordenação sido efectuada por Pedro Colaço, que se tem distinguido na nossa Freguesia por organizar e apoiar projectos integrativos ao nível da acção social. Em matéria de novos projectos do Parque das Nações, elogia-se a abertura de mais uma superfície comercial, na zona sul do Parque das Nações, e destaca-se pela negativa a acção de José Moreno e do PS do Parque das Nações contra o processo de concessão do Oceanário, o qual pretendiam inserir a gestão na esfera de competências da JFPN, tendo obtido o voto desfavorável do PSD. A acção do PSD do PN tem sido marcada, e continuará a sê-lo, pela participação activa na vida da comunidade do Parque das Nações e nas Assembleias de Freguesia, privilegiando sempre o contacto directo com os fregueses, em especial com os jovens, e assumindo uma postura construtiva, de preocupação e de colaboração em relação aos desafios da Freguesia. Da agenda do PSD Parque das Nações para 2016, destaca-se o Parque Escolar, a reabilitação e manutenção do espaço público, mobilidade e acessibilidades, acção e integração social, segurança, juventude e desporto, cultura, promoção do comércio local, turismo e imagem do PN e apoio ao associativismo local. Por último, sublinhar a vitória, na Freguesia do Parque das Nações, da Coligação PSD / CDS-PP, nas eleições legislativas do passado dia 04 de Outubro, agradecendo a todos os Parquenses a votação expressiva na Coligação Portugal à Frente e reconhecer a louvável acção de todos os que contribuíram para o acompanhamento do acto eleitoral nas mesas de voto. Contamos com todos para projectar o Parque das Nações.
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“UMA SALA DE VISITAS
ÚNICA NA CIDADE” O Hotel Myriad celebrou 3 anos de vida. Falámos com Nuno Braga Lopes, Director Geral, sobre o papel do Myriad na vida e quotidiano do Parque das Nações. Hoje em dia, a ideia de que um hotel serve apenas para hospedar turistas está ultrapassada. Um hotel é muito mais do que isso. Qual o papel do Myriad na vida e quotidiano do Parque das Nações? A Torre Vasco da Gama é o símbolo, por excelência, do Parque das Nações e faz parte do dia a dia de todos os que aqui moram e nos visitam. O MYRIAD veio qualificar este espaço oferecendo uma sala de visitas única na cidade com um acolhimento e um serviço de excelência e que está acessível a todos. De que forma procuram receber a comunidade e o que pode esperar a comunidade do Myriad? Desde a abertura que temos uma atitude de grande receptividade a todos os que nos visitam, convidando as pessoas a entrarem e a conhecerem os espaços. Destaco o nosso River Lounge, aberto de forma ininterrupta ao longo do dia, com uma oferta de comidas e bebidas e animação musical ao fim do dia. Este lounge está literalmente sobre o rio e não se poderia escolher um local melhor para viver esta fantástica imensidão do Mar da Palha. Mantendo sempre o impacto da vista rio, e aliando a isso o bem-estar físico e mental, o nosso “Spa nas nuvens” no último andar tem sido muito elogiado pela originalidade do conceito. Todo o serviço decorre num local único rodeado de luz e água por todo o lado. Nunca se fica indiferente a um tratamento no Sayanna Wellness! Por fim os quartos que possibilitam uma experiência MYRIAD mais duradoura e completa… e porque não passar um fim de semana em casa com a sensação que se viajou para muito longe? Com 3 anos feitos e alguns prémios ganhos, fale-nos um pouco do trabalho e conceito que está por detrás deste reconhecimento. O reconhecimento nacional e internacional do MYRIAD assenta sobretudo sobre 3 aspectos: um edifício com uma arquitectura de grande impacto, a presença do rio Tejo em todos os momentos que se vivem no interior do Hotel e as pessoas que dão alma a este espaço. Esta grande equipa tem sabido acolher todos de forma muito calorosa e tem proporcionado experiências marcantes a todos que nos visitam, dignificando o nome da cidade e potenciando o Parque das Nações como um ponto de interesse turístico de excelência.
(1) “Spa nas nuvens”; (2) O Director Geral, Nuno Braga Lopes; (3) O Myriad; (4) O River Lounge, aberto de forma ininterrupta, ao longo do dia.
16 | NP | OPINIÃO
Gil: uma mascote cheia de histórias de vida Por: Rita Louro - Residente no Parque das Nações e Directora de Inovação Social da Fundação do Gil Conheça o nosso trabalho e a história por detrás do Gil. Esta causa não o vai deixar indiferente. www.fundacaodogil.pt
A Fundação do Gil é uma instituição privada de utilidade pública que apoia crianças com doença crónica ou em risco de exclusão social. Criada em 1999 pela mão da Parque EXPO S.A. e pelo então Instituto da Segurança Social, esta fundação portuguesa depressa ganhou notoriedade, devido ao carácter inovador da sua intervenção junto da criança em risco, e graças ao seu grande embaixador: o Gil. A mascote do Gil permanece ainda hoje intrinsecamente ligada à história do Parque das Nações e à génese da Fundação do Gil. Contudo, poucos sabem que esta gota de água em forma de menino mantém um papel activo na sociedade portuguesa e que é a imagem de marca de uma fundação que apoia quase mil crianças por ano – crianças estas que de outra forma veriam os seus projectos de vida, ou de infância, profundamente comprometidos. Através da Casa do Gil, sediada em Lisboa, e das Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio, a Fundação do Gil assegura o acesso a cuidados de saúde, escolaridade, habitação e apoio multidisciplinar a crianças que, por doença ou por fragilidade social, vêem a sua qualidade de vida ameaçada. A Casa do Gil é o único Centro de Acolhimento Temporário em Portugal que integra um serviço de enfermagem permanente. Este Centro recebe crianças, dos 0-12 anos de idade, que se encontram em risco clínico e/ou social e que por essa razão não podem regressar (de imediato), para junto das suas famílias, até que estejam reunidas todas as condições necessárias para esse fim. As Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio funcionam em parceria com 4 hospitais públicos nacionais apoiando, em casa, crianças portadoras de doença crónica ou incapacitante. Para além da prestação de cuidados de saúde, a UMAD apoia com bens e serviços de primeira necessidade as famílias abrangidas pelo programa. Até ao final de 2015, a Fundação do Gil lançará ainda a primeira Unidade Móvel de Cuidados Paliativos Pediátricos em Domicílio, em parceria com o Instituto Português de Oncologia de Lisboa. Trata-se de uma iniciativa pioneira em Portugal e que permitirá realizar um conjunto de tratamentos, em casa, a crianças com doença oncológica, evitando dessa forma internamentos prolongados e, por vezes, desnecessários. Ainda em 2015 está prevista a abertura de uma Unidade de Desenvolvimento Infantil, com o objectivo de disponibilizar consultas de especialidade,
aberta a toda a comunidade e destinada a crianças com necessidades especiais, dificuldades de aprendizagem e dificuldades de motricidade. Esta iniciativa insere-se na lógica de negócios sociais, desenvolvidos pela Fundação do Gil, com vista à criação de novas linhas de receita que possam co-financiar a sua intervenção social. A sustentabilidade dos projectos clínico-sociais promovidos pela Fundação do Gil tem sido fortemente ameaçada em resultado da quebra abrupta de apoios por parte das empresas e da sociedade civil. Em resposta, a instituição lança ao longo do ano diversas iniciativas a título individual, ou em parceria, com o intuito de captar novos recursos financeiros e fazer face à redução de apoios. Uma tarefa hercúlea realizada por toda uma equipa que se recusa a comprometer a qualidade dos serviços prestados ou a suspender o trabalho de recuperação da vida das crianças que apoia ou que acolhe. É pela restituição da dignidade a estas crianças, pela concretização dos seus sonhos, pela recuperação das suas vidas e do seu reequilíbrio físico e emocional, que a Fundação do Gil se mantém há mais de 15 anos no terreno com o mesmo amor, empenho e dedicação do primeiro dia. Cada criança deve ter direito a uma vida plena independentemente da sua história, das suas condicionantes físicas ou até sociais. É por elas que continuaremos a caminhar e a trocar o impossível pelo real. É por elas que existimos, e são os seus abraços e sorrisos que nos dão verdadeiras lições de vida e de coragem. Queremos continuar a acreditar que é possível inverter ciclos de degradação física, social e emocional. Gostávamos que cada vez mais cidadãos, empresas e demais instituições conhecessem o nosso trabalho e fizessem parte destas histórias.
“As Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio funcionam em parceria com 4 hospitais públicos nacionais apoiando, em casa, crianças portadoras de doença crónica ou incapacitante. Para além da prestação de cuidados de saúde, a UMAD apoia com bens e serviços de primeira necessidade as famílias abrangidas pelo programa.”
OPINIÃO | NP | 17
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“Até ao final de 2015, a Fundação do Gil lançará ainda a primeira
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SUL Por: Rita Vitorino de Carvalho ritavitorinodecarvalho@gmail.com
VOLUNTARIADO TORNA O PARQUE DAS NACÕES
MAIS LIMPO
fotografias de José Boldt
No passado dia 26 de setembro realizou-se um evento, intitulado "Lisboa Mais Limpa", no âmbito da iniciativa Lisboa Capital Europeia do Voluntariado 2015. Esta ação foi promovida pela CML, através da Comissão Organizadora da Capital Europeia doVoluntariado 2015, e pelas Juntas de Freguesia da cidade de Lisboa. Tem como objetivo o envolvimento de toda a comunidade, na eliminação de tags (assinaturas), vulgarmente designados grafittis. Com esta intervenção de voluntariado, pretende-se fomentar o sentimento de pertença e de respeito pelos espaços comuns. Esta iniciativa, a que a Junta de Freguesia Parque das Nações aderiu de imediato, reuniu dezoito voluntários. Lamentavelmente, não pude estar presente devido a compromissos anteriormente assumidos, mas considero esta ação com um grande mérito! Os meus vizinhos, Isabel, Renato e os filhos, Vicente e Constança, estiveram presentes no grupo da zona sul, e serão eles a descrever a experiência deste evento: "Foi com enorme entusiasmo que aceitámos o desafio que nos foi lançado de contribuirmos com algum do nosso tempo para melhorar o espaço onde vivemos. Ainda antes de aceitar, partilhei lá em casa a ideia de podermos passar a manhã de sábado a limpar alguns dos locais por onde passamos diariamente e que não gostamos de ver a deteriorar. A sugestão foi muito bem acolhida e, assim, no sábado, pelas 9 horas, lá estávamos à porta da Junta de Freguesia do Parque das Nações. Não éramos muitos, mas estávamos muito determinados. Vestimos a camisola (que era um pouco grande para o Vicente e ainda maior para a Constança), colocámos as luvas e iniciámos a ação no Parque Infantil junto à Marina do Parque das Nações. Este é um local que nos diz muito e onde o Vicente e a Constança sempre gostaram de brincar. Assim, foi com enorme carinho que demos o nosso melhor para devolver algumas das suas cores a um espaço mágico para tantos meninos. Seguiu-se a limpeza de uma paragem de autocarro, de vários bancos de jardim, da Girafa que está junto ao edifício da Sport TV, da Torre Galp e, por fim, do Gil que se encontra junto ao Pavilhão do Conhecimento. A manhã acabou num ápice e ficou a sensação de que muito ainda há por fazer. Já decidimos que, na próxima ação “Lisboa Limpa”, vamos incentivar os nossos amigos e vizinhos a participarem. Todos queremos que o ambiente que nos rodeia seja o melhor, mas também está nas nossas mãos contribuir ativamente para que tal aconteça!"
“A manhã acabou num ápice e ficou a sensação de que muito ainda há por fazer. Já decidimos que na próxima ação “Lisboa Limpa” vamos incentivar os nossos amigos e vizinhos a participarem.”
Tudo por perto na rentrée
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O núcleo familiar organiza-se sempre em torno do seu agregado. As carreiras profissionais dos pais e o percurso escolar e atividades complementares dos filhos determinam o quotidiano de milhares de famílias. O objetivo é comum: não perder qualidade de vida, dando primazia à proximidade da residência ao local de trabalho e escola, de forma a facilitar as tarefas diárias.
A abertura do novo ano escolar é um momento no qual se regista um aumento
da procura de imóveis para arrendamento. Nesta altura, muitas famílias organizam a sua vida e equacionam inúmeras possibilidades e alternativas, desde a seleção da escola adequada, à escolha da área estratégica da nova habitação e da melhor forma de conciliar a vida familiar e profissional. Muitas vezes, a opção incide sobre um apartamento ou uma moradia que fique perto da escola e facilite a organização do dia-a-dia, reduzindo o tempo gasto em deslocações e concedendo uma maior qualidade de vida. Na zona do Parque das Nações existem diversas opções que respondem às variadas necessidades, de acordo com as escolhas e idades escolares.
Verifica-se que a procura de arrendamento tem uma acentuada tendência sazonal, com picos no final e no início do ano, na primavera e no verão, antes do começo do período escolar. Apesar de o crédito à habitação estar timidamente a retomar, é um facto que, atualmente, ao contrário do que acontecia há algum tempo, fatores como a instabilidade do mercado de trabalho e/ou a opção por uma flexibilidade de mudança de residência motivam muitas famílias a optar pelo arrendamento.
Os principais fornecedores de imóveis para arrendamento são proprietários particulares, na sua maioria pequenos ou médios investidores que rentabilizam
desta forma as suas poupanças e rendimentos. Contrariamente ao que se verifica noutros países europeus e noutros mercados, ainda é reduzido o número de investidores institucionais no mercado de arrendamento habitacional no nosso país. A atual situação do mercado é propícia para esses investidores e, assim que se verifiquem alterações nas baixas taxas de juro praticadas, essa realidade será ainda mais visível, prevendo-se um aumento efetivo da procura de arrendamentos residenciais. Manuel Neto License Partner Engel & Völkers Parque das Nações
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ARQUITETURA “Depois de ter trabalhado na Expo’98 foi muito emocionante estar presente num evento sobre uma Exposição em 2015, em Milão. Queriam saber informações e opiniões sobre Lisboa. Apresentei o filme institucional da Expo’98, fotografias da exposição e do pós-expo e disse-lhes que tinha sido uma honra para a Cidade de Lisboa receber uma Exposição Mundial.” Por: Diogo Freire de Andrade
Expo2015 Milão A Expo 2015, em Milão, abriu as suas portas a 1 de Maio. Ainda pode lá ir até 31 de Outubro. Portugal não está presente devido ao elevado preço a pagar, 8 milhões de euros. Decisão criticada por muitos e aplaudida por outros tantos. Recuando no tempo 7 anos, em 2008 fui convidado para falar sobre a Expo’98 no EIRE - EXPO ITALIA REAL ESTATE, em Milão. Era o dia 14 de Junho, 2 meses e meio depois de se saber que Milão seria a cidade a receber a Expo de 2015, por coincidência, nesse dia, começava a Expo 2008 de Saragoça. Depois de ter trabalhado na Expo’98 foi muito emocionante estar presente num evento sobre uma Exposição em 2015, em Milão. Queriam saber informações e opiniões sobre Lisboa. Apresentei o filme institucional da Expo’98, fotografias da exposição e do pós-expo e disse-lhes que tinha sido uma honra para a Cidade de Lisboa receber uma Exposição Mundial. Foi com muita paixão que lhes falei do êxito da reconversão urbana que Lisboa realizou aproveitando a Exposição, ao contrário do representante da Expo de Hanover, que também foi convidado para representar o seu país, que realçou os aspetos negativos e os poucos resultados positivos que resultaram da Expo 2000. Nesse evento passei a mensagem que em Milão deveriam apostar nos conteúdos, à semelhança da Expo de Lisboa, e não tanto nos edifícios e nos exteriores, como foi feito em Sevilha com fracos resultados no pós-expo. Passados 7 anos, em agosto deste ano tive a oportunidade de visitar a Expo 2015 de Milão. Fui ver como estava a Exposição pensada em termos de organização espacial, conceitos expositivos e se tinham optado por apostar nos conteúdos ou se tinham cedido à vaidade de mostrar belos edifícios e fracos conteúdos como em Sevilha.
Em termos de números está previsto que a Expo de Milão tenha 20 milhões de visitantes. Estão a participar 140 países e o recinto tem 110 hectares. Em termos comparativos a Expo’98 teve 11 milhões de visitantes, 160 países participantes e o recinto tinha 50 hectares, menos de metade. Após algum tempo no recinto, depressa verifiquei que a aposta tinha sido feita no exterior dos pavilhões. Os projetos dos pavilhões são majestosos, com uma arquitetura dinâmica, moderna, atrativa. O Pavilhão de Itália, país organizador, incrível por fora, arquitetura com impacto, com uma dimensão extraordinária, no entanto, no seu interior a exposição era inferior, quase não mostraram elementos ligados ao tema da alimentação, antes falando sobre a beleza e o contributo de Itália para a beleza, não valeu a hora e meia na fila.
Lembrem-se de que esta propaganda, ainda por cima, é paga por todos nós. Os partidos que concorreram a estas eleições legislativas gastaram cerca de 7 milhões de euros em propaganda eleitoral! Não o gastem, não é pela propaganda que os portugueses vão votar, estamos fartos que nos imponham mensagens, imagens, críticas e promessas. O Saldanha é um exemplo flagrante, acabaram agora de recuperar a estátua, limpa e orgulhosa, pois tomem lá com um cartaz, como que a dizer “olhem para mim, deixem lá o Duque de Saldanha”.
Pavilhão da China - Arquitetura com um misto de moderno e tradicional
Mais abaixo, na Avenida da República, mais dois cartazes de um partido ou de um movimento qualquer, de direita ou de esquerda, todos têm a mesma incrível mania, “vamos pôr aqui um cartaz com 2m x 6m que vão ver-nos e votar em nós”. Estamos fartos que encham as nossas cidades de mamarrachos. Chega, façam uma campanha limpa, barata, ligada ao cidadão, falem com as pessoas que quiserem ouvir.
Pavilhão de Itália
Pavilhão dos Emirados feito pelo Arquiteto Norman Foster, um dos mais concorridos e uma peça de arquitetura fantástica
O tema da Exposição é: Alimentar o Planeta, Energia para a Vida.
Estamos fartos! Pavilhão da Polónia - Edifício feito de caixas de madeira, simbolizando um mercado
Quase todos os países tinham o seu conteúdo ligado ao tema, comida saudável, relação da agricultura com a economia do país, história da alimentação, desperdícios e fome, futuro das colheitas, etc..
empresas, espaços de exposições, museus ou hotéis.
No geral, achei a Exposição muito boa. Edifícios bem desenhados, alguns conteúdos de grande qualidade. A Expo 2015 está bem organizada, tem muito bons acessos, tinha muita gente, mas circulava-se bem, restaurantes em dimensão e número suficiente. Espero que o futuro dos pavilhões esteja pensado, caso contrário será outro espaço fantasma daqui a algum tempo. Vejo grande potencialidade de alguns pavilhões serem reconvertidos para escritórios de
Há uma mania de todos os partidos políticos acharem que ganham votos com os cartazes que enchem as ruas. Cartazes de grandes dimensões, que tapam os edifícios, que poluem visualmente, em todas as avenidas, em todas as cidades e vilas. Cada cartaz tem a sua cor, as suas caras, os seus slogans, mas são todos feios. São todos grandes de mais e notam-se muito. Acham-se donos das cidades. Deveria haver regras urgentes que limitassem o número máximo de cartazes e que definissem os locais próprios para fazerem propaganda.
Estamos fartos de barulho visual, de papéis e faixas. Deve haver estudos de mercado que digam qual é o retorno deste tipo de propaganda, deve ser diminuto. E depois das eleições quanto tempo ficam os cartazes, painéis, pendões, faixas e escritos nas paredes tipo grafitis? E depois das eleições vão arranjar a calçada ou o relvado que estragaram quando lá colocaram os car-
tazes? Deixem as cidades em paz!
OPINIÃO | NP | 21
PUBLICIDADE OU LIXO? Por: Carmo Miranda Machado
Regressada de férias, fui verificar o correio. À partida, parece uma tarefa banal e simples, certo? Pura mentira! Antes de conseguir chegar às cartas das contas por pagar (visto que já ninguém me escreve), tive de lutar contra quilos e quilos de papel que, a pensar nesta crónica, coloquei num saco e trouxe para o escritório. Assim, escrevo esta crónica hoje acompanhada de jornais e revistas e brochuras e folhetos e flyers e cartões e cartõezinhos (há os de vários tamanhos). Destes todos, pergunto-me: quais aqueles que eu pedi para receber? Nenhum! Publicidade domiciliária! Diz a DECO (Defesa do Consumidor), sempre cheia de boas intenções, a respeito da publicidade domiciliária não desejada: Se o consumidor não tem interesse em receber publicidade não endereçada, pode afixar na sua caixa de correio, de forma visível, um dístico apropriado, contendo uma mensagem clara e inequívoca nesse sentido. A DirecçãoGeral do Consumidor produziu um autocolante para o efeito que pode ser importado. Ah Ah Ah Ah – (eu a rir). Pus um autocolante primeiro. Depois outro. E outro ainda. Depois, uma chapinha em metal, comprada por três euros, especialmente para o efeito, na tentative de dissuadir os agressores. Tanto os autocolantes como a chapa eram escritos em Português e com letra legível. E ambos desapareceram. Quem os retirou? Não sei… E assim lá vão entrando pela minha caixa de correio o Jornal Dica da Semana, os vários flyers e revistas dos 20 anos do Lidl, o lençol da Rádio Popular, da Worten, da Staples e do Media Markt, os panfletos do Mini Preço, do Continente e Pingo Doce, o cartão dos desentupimentos, o cartão do canalizador, o cartão do eletricista, o cartão do reparador de estores, a brochura das Chaves do Areeiro, o flyer do Shopping Bem Bom, o panfleto da Associação de Reinserção social Despertar de Sacavém, o panfleto do Colégio Bebecas (sim, tenho 5 criancinhas aos berros ali no quarto ao lado), o cartão do Limpa Chaminés, o flyer do Tree Pearl, Property Management, Consulting & Services (este é novo por aqui), a flyer de apoio escolar do Pentáculo, entre outros que ficaram por listar (muitos outros...). Estou preocupada. Poupo no papel (e em outros recursos que recorrem ao ambiente) sempre que posso. E transmito essa necessidade a todos os que me rodeiam, especialmente aos muitos alunos com quem contacto diariamente. É sabido que o uso excessivo de recursos naturais, aliado ao consumismo exacerbado desta sociedade em que vivemos, contribuem, fortemente e de forma galopante, para a degradação ambiental. Preocupo-me com a minha Pegada Ecológica (conceito que nos ajuda a perceber a quantificar os recursos naturais que cada um de nós consome no seu estilo de vida). Sim, sou amiga do
ambiente! Reciclo e poupo e tenho cuidado com os produtos que consumo. Só ainda não consegui aderir à bicicleta porque o caminho para a minha escola faz-se a subir… Por isso esta revolta perante os pedaços de tantas árvores que vejo sacrificadas na minha caixa de correio. Em forma de publicidade. Essa que nos invade com gritos que surgem de todos os lados possíveis. Especialmente entrando pela nossa casa dentro. Sem autorização! O mesmo se passa com a publicidade que nos colocam nas nossas viaturas. Hoje mesmo, quando entrei no carro, tinham-mo atestado com publicidade: AUTO-COMPRA, Compro todo o tipo de carros; Depilação a luz compulsada (seja lá isso o que for); e coupons de pizzas. Parece que a promoção da pizza deste mês é extra-queijo e pepperoni!
“Por isso esta revolta perante os pedaços de tantas árvores que vejo sacrificadas na minha caixa de correio. Em forma de publicidade. Essa que nos invade com gritos que surgem de todos os lados possíveis. Especialmente entrando pela nossa casa dentro. Sem autorização!”
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Seis meses a fazer o Parque das Nações mais solidário Por: Inês Freire de Andrade refoodparquenacoes@gmail.com / www.facebook.com/RefoodParqueDasNacoes Inês Freire de Andrade – 91 444 16 49 | Marta Nogueira Leite - 91 57 10 848
“Para tal, precisamos da ajuda de todos: precisamos de novos voluntários que possam cobrir quem deixou de ter disponibilidade, precisamos de novos gestores que possam trazer novas ideias e métodos de trabalho à nossa equipa, precisamos de novas fontes de alimentos que queiram dar um destino mais digno às suas sobras, precisamos de mais parceiros que queiram apostar nesta causa!” Seis meses - é este o tempo que passou desde que o núcleo do Re-food Parque das Nações foi oficialmente inaugurado, após mais de um ano de preparação. Ao longo destes 6 meses, centenas de voluntários deram o seu tempo e trabalho para que os alimentos que os nossos parceiros oferecem todos os dias chegassem a quem mais precisa. Nem sempre foi fácil garantir que tal acontecia, mas foi graças a todos os envolvidos no projeto e que deram mais do que lhes era exigido, que chegámos onde estamos. Hoje orgulho-me de poder dizer que estamos a apoiar 116 pessoas, com a ajuda de 230 voluntários, com os alimentos doados por 32 fontes de alimentos. É uma experiência como nenhuma outra e acredito que estamos a ter um impacto grande em toda a comunidade, quer seja na ajuda alimentar que damos, quer seja no espírito de entre ajuda e altruísmo que ajudamos a criar. E, por estarmos tão orgulhosos do que já conseguimos alcançar, vamos organizar um convívio de celebração, em breve, com todos os envolvidos no projeto e aberto a todos os que o queiram conhecer. Por isso, mantenham-se atentos à nossa página emwww.facebook.com/RefoodParqueDasNacoes, pois iremos divulgar o local e o dia em breve, estão todos convidados! Mas o nosso trabalho não acaba aqui: temos neste momento em lista de espera 30 pessoas em dificuldades, com rendimentos per capita disponíveis que chegam aos 68€ negativos. Estas pessoas, e muitas mais que virão, contam com a nossa ajuda em breve e nós estamos a fazer todos os possíveis para que possamos aumentar de forma sustentável. Para tal, precisamos da ajuda de todos: precisamos de novos voluntários que possam cobrir quem deixou de ter disponibilidade, precisamos de novos gestores que possam trazer novas ideias e métodos de trabalho à nossa equipa, precisamos de novas fontes de alimentos que queiram dar um destino mais digno às suas sobras, precisamos de mais parceiros que queiram apostar nesta causa! Felizmente, recebemos a notícia de que a Junta de Freguesia do Parque das Nações nos vai dar um
grande apoio, também, este ano, que nos vai possibilitar mais equipamentos essenciais ao funcionamento do núcleo. Para além destes apoios, iremos necessitar em breve de expandir as nossas instalações, visto que as que nos foram tão gentilmente cedidas pelo partido CDS-PP já não têm área suficiente para todo o trabalho que iremos fazer. Por isso, se souberem de algum espaço disponível, por favor contactem-nos para que possamos fazer este projeto crescer no Parque das Nações. Quer já façam parte deste projeto, ou ainda não tenham tido essa oportunidade, esperamos que este projeto também vos apaixone e que possamos contar com o vosso apoio!
“Para além destes apoios, iremos necessitar, em breve, de expandir as nossas instalações, visto que as que nos foram tão gentilmente cedidas pelo partido CDS-PP já não têm área suficiente para todo o trabalho que iremos fazer.”
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newsletter trimestral out 2015
Educação com criatividade no Parque das Nações pág. 4 e 5
Mais Futuro no Banco da Escola pág. 6 Gestão Urbana
A requalificação continua
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Compromisso em tempo de aniversário
JOSÉ MORENO
Presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações
Completa-se no próximo dia 22 o segundo aniversário da posse e instalação dos Órgãos da nossa freguesia. Se o primeiro ano de atividade da Junta esteve, como não poderia deixar de ser, focado na instalação dos Serviços, no segundo o foco já foi a reposição do elevado padrão de qualidade urbana do Parque das Nações. É visível a olho nu, quando se começa a reparar o estado de degradação acumulado ao longo dos anos por desgaste natural de equipamentos, falta de manutenção estrutural dos mesmos e, em alguns casos, erradas opções na
escolha equipamentos ou materiais, certamente motivadas pelos prazos apertados para as decisões. A gestão da Junta de Freguesia do Parque das Nações, não se esgota no espaço público. A diminuição das assimetrias entre os vários bairros, apesar do muito que ainda há para fazer nesse campo - e irá ser feito -, é já visivel na substancial melhoria dos padrões de limpeza e manutenção do espaço em geral nos bairros da zona poente. Já o elevado padrão de qualidade do espaço urbano do Parque das Nações, que constituiu um dos objetivos fixados pelo legislador, através do qual se pretende afirmar a nossa cidade e a sua área metropolitana como uma grande centralidade europeia, apesar dos reconhecidos pro-
gressos, está longe do patamar que se deseja. No último ano foram realizados os concursos e procedimentos que permitem, progressivamente, alcançar os nossos objetivos, conforme poderá constatarse na vasta informação disponibilizada nas páginas seguintes. Esse é o nosso paradigma. Dele não nos iremos afastar, por ser esse o interesse não apenas da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Lisboa mas do próprio país. É que o Parque das Nações não pode perder, de forma alguma, as caracteristicas e a qualidade que o tornaram atrativo para as grandes empresas nacionais e internacionais que aqui se têm instalado, fazendo da nossa freguesia o maior centro de empregabilidade da cidade e objeto de
opi
estudos por parte de académicos de todo o mundo. Esta é uma batalha que não podemos perder, nem perderemos. O Parque das Nações tem de continuar a ser a mais moderna centralidade da nossa cidade e uma das mais atrativas, não apenas pelos magnificos espaços públicos de lazer mas também para o investimento. E isso só se alcança, mantendo esse elevado padrão de qualidade. Por estas razões, este foi o nosso desafio do segundo ano de mandato e continuará a se-lo nos anos subsequentes. Mais do que uma promessa, este é um compromisso que, garantidamente, vos asseguro que será cumprido. São já, de resto, muitos os sinais de que assim será.
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nião
ANTÓNIO SILVA
Presidente da Assembleia de Freguesia do Parque das Nações
Conhecer bem para Governar melhor Foi apresentado publicamente, no início do passado mês de setembro, o resultado dum estudo sobre a realidade social da nossa freguesia. Foi realizado pela Junta de Freguesia em parceria com um grupo de investigadores duma Universidade portuguesa. É um estudo que, ainda que revelando algumas limitações, é muito válido, importante e meritório. Na verdade, só se pode decidir e governar bem se se conhecer bem a realidade que se governa. É, portanto, assim, uma ferramenta de trabalho importante para os órgãos autárquicos, mas também para as diversas entidades, associações sociais, recreativas, culturais, religiosas e forças vivas em geral da nossa freguesia. O Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações tem informação e matéria suficientemente interessante e geradora
Ficha técnica
da nossa satisfação, pois, por um lado, apresenta, globalmente, indicadores socioeconómicos melhores do que os que se verificam em Lisboa e no país, mas, por outro lado, revela também algumas realidades que deverão merecer a nossa preocupação, espírito de solidariedade e iniciativa. Falo da considerável assimetria social entre a zona Poente e as zonas Norte e Sul da freguesia. Sobretudo se nos centrarmos no nível do desemprego (13,1% na zona Poente, por comparação com 3,9% e 4,5% nas zonas Sul e Norte, respetivamente), na escolaridade (57% da população da zona Poente tem uma escolaridade até ao ensino básico, por comparação com quase 80% da população da zona Norte que tem uma escolaridade ao nível do Bacharelato ou superior), no nível baixo de rendimento (33% da população
da zona Poente vive com um rendimento mensal inferior a 500 euros€líquidos por mês, o que nos faz pensar como é possível) e, por último a segurança (é na zona Poente que se ouve e se presencia mais frequentemente atos de violência – 10% pelo menos uma vez por mês). Estas são feridas sociais que perante as quais não podemos ficar indiferentes e refugiados na nossa zona de conforto. Exige-se, agora mais do que nunca, perante este cenário, que os órgãos autárquicos desenvolvam mais e de forma mais eficaz, planos de ação e políticas sociais que aproximem as gentes da nossa freguesia. Que reduzam as assimetrias socioeconómicas e o nível de pobreza dos nossos fregueses. Vivemos hoje uma crise humanitária europeia, senão à escala global, onde a ex-
clusão social é uma realidade marcante. É fundamental, perante isso, que nos interroguemos, todos, sobre o nosso papel na sociedade. Já não basta afirmar e desenvolver políticas que promovam a inclusão. Temos que promover, ativamente, todos, políticas de comunhão. Políticas geradoras duma verdadeira globalização do Serviço e da Solidariedade. Políticas que defendam os valores e a dignidade do Homem. Como alguém chamou e bem, a promoção da política dos 3t’s: Terra, Teto e Trabalho para todos. É preciso fazer mais. Todos os dias. Todos nós. Temos por obrigação refletir e responder, pelo menos para nós próprios, sobre o que é que estamos a fazer para a construção duma freguesia mais justa e solidária, criando uma verdadeira Comunidade no Parque das Nações. Fica o desafio.
Propriedade: Junta de Freguesia Parque das Nações Alameda dos Oceanos, n.º 83, 1990-212 Lisboa - Telef: + 351 210 311 700 | 701 atendimento@jf-parquedasnacoes.pt Fotografia: José Boldt | Design: Beatriz Silveira Lopes Tiragem: 12.500 | Impressão: Grafedisport e Impressão e Artes Gráficas, Lda. | Trimestral | Distribuição Gratuita
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em
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foco
Parque das Nações escolhe políticas para as pessoas O Diagnóstico Social da Freguesia do Parque das Nações está traçado. Os resultados dos inquéritos, realizados pela Universidade Lusófona, são claros quanto às prioridades dos residentes da mais nova freguesia do país.
segurança
37% manutenção do espaço público
70,5% A manutenção do espaço público, o reforço da oferta de serviços de saúde pública, a segurança, o reforço de estabelecimentos de ensino público, a limpeza urbana e o vandalismo fazem parte do top das preocupações dos moradores. O estudo desenvolvido pelo centro de investigação da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) para a Junta de Freguesia do Parque das Nações, obedeceu a metodologias de natureza científica. Durante os meses de maio e junho foram realizadas entrevistas de rua, baseadas num inquérito, com uma distribuição proporcional pelas três zonas charneira da freguesia do Parque das Nações: Norte, Sul e Poente. Considerando que o universo de eleitores residentes na freguesia ronda os
18.700 indivíduos, estipulou-se uma amostra mínima correspondente a 10% deste universo como meta para a constituição da amostra, por forma a garantir uma maior representatividade. Foram obtidos 2229 inquéritos válidos, dos quais 27,3% é residente na zona Poente, que inclui o Casal dos Machados, o Bairro do Oriente, Estrada de Moscavide e a zona da Centieira; 30,13% é residente na zona Sul, incluindo a Marina da Expo e arredores; e 42,61% é residente na zona Norte, que vai desde a foz do Rio Trancão até às Torres de São Rafael e São Gabriel, Torre Vasco da Gama e os arredores junto à sede da Junta de Freguesia. A análise comparativa entre as três zonas, revela as assimetrias económicas e sociais coexistentes no território. Neste contexto, a zona Poente regista maior vulnerabilidade. Menor formação, salários mais baixos, maior precariedade de emprego e índices mais elevados de desemprego.
falta de escolas ou estabelecimentos de ensino
36,1% falta de um centro de saúde
41,4%
Nestes indicadores, as zonas Norte e Sul apresentam indicadores acima da média nacional. Todavia, há uma realidade que não é evidente na análise estatística, mas que foi perceptível pelos investigadores, nomeadamente a existência de
situações de pobreza, ou de casos de violência doméstica. As duas situações não estão confinadas apenas a uma zona do Parque das Nações, mas a dimensão dos dois fenómenos sociais carece de um estudo mais aprofundado. Consciente desta realidade, o presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações, José Moreno, faz questão de sublinhar que o Diagnóstico Social é mais uma etapa para o conhecimento da realidade socioeconómica da freguesia, à qual se acrescentam o contacto com a população na resolução dos seus problemas e um saber consolidado pelo trabalho diário no terreno.
problemas com a gestão de lixo e a limpeza urbana
32,2% A apresentação pública do Diagnóstico Social do Parque das Nações reuniu cerca de uma centena de pessoas no dia 3 de setembro no Pavilhão do Conhecimento, um espaço simbolicamente escolhido para sublinhar a importância do estudo para o planeamento de ações futuras. Na abertura da sessão, o Presidente da Câmara de Lisboa elogiou a iniciativa da mais jovem Junta de Freguesia do País e a sua parceria com uma instituição universitária, como um exemplo a seguir. Fernando Medina sublinhou, também, a necessidade de detalhar uma realidade que não aparece, com evidência, nos números e das estatísticas. Neste contexto foi reafirmada a intenção da autarquia em manter o bom ritmo da requalificação do espaço
público no Parque das Nações, sem esquecer outros temas igualmente importantes, como o desenvolvimento da escola pública e dos serviços públicos de saúde. Em sintonia com esta linha de pensamento, o Presidente da Junta de Freguesia do Parque das Nações afirmou que “a nossa obrigação agora é aprofundar e ir ao encontro da realidade que se esconde atrás dos números”, em particular em áreas como “a pobreza, solidão, violência doméstica, o abandono escolar e até o emprego precário”. Porque estas são realidades que as famílias tendem a esconder do olhar público. José Moreno reforçou a missão inclusiva da Junta de Freguesia, que “tem como objetivo último garantir a qualidade de vida dos residentes no Parque das Nações, quer habitem na zona Norte, Sul, ou na zona Poente. O debate público, liderado pelo jornalista Joaquim Franco, teve a participação de um especializado painel de oradores, composto por Helena Roseta, Isabel Jonet e o prof. Joaquim Seixas. Todos os participantes fizeram questão de elogiar o trabalho realizado pela equipa da JFPN em parceria com a Lusófona, em particular a coordenação da equipa da Ação Social, liderada por Conceição Palha. É justo relevar em todo o processo a colaboração do eleito pela CDU, Jorge Alves, bem como os apoios do subcomissário Nuno Marques da 40ª Esquadra da PSP, do padre Paulo Franco, da Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes, da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, da Associação Amigos e Idosos da Quinta das Laranjeiras e da Associação de vandalismo Pais da Escola Parque das Nações.
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A oferta educativa da Freguesia do Parque das Nações foi desde o primeiro momento uma prioridade. Com o aumento das transferências de competências para as Juntas, foi criada uma janela de oportunidade para o desenvolvimento de um programa educativo de proximidade, que vai ao encontro das necessidades dos jovens e das suas famílias. Este facto constitui, também, um acréscimo de responsabilidade por parte dos executivos das freguesias. A prioridade à Educação foi assumida pela JFPN com espírito de missão, mas também com a abertura necessária para a concretização de uma oferta que vá para além dos bancos da escola e garanta uma real igualdade de oportunidades. Essa convicção foi o motor para a antecipação do ano escolar com um programa próprio. Sim! Nós antecipámos.. O desenvolvimento e preparação dos nossos jovens, frequentadores da escola pública, exige respostas que conjugem o conhecimento com a criatividade. O trabalho das equipas de monitores das AAAF/CAF, no dia a dia, é a maior prova de que não desistimos das novas gerações. Nesta edição da PARque fazemos a síntese desse trabalho e avançamos para uma nova etapa de apoio solidário às famílias mais fragilizadas.
Mais genica na matemática AAAF/CAF A adição de jogos aquáticos na Piscina do Oriente, conta para a matemática? E a multiplicação de braçadas? A resposta da Junta de Freguesia do Parque das Nações traduziu-se num projeto de atividades integradas entre os pelouros da Educação e Desporto, realizadas nos programas CAF em Férias. Estas iniciativas vão ter continuidade na oferta educacional e desportiva para o período 2015/2016. As obras de requalificação da Piscina do Oriente, ajudaram a reforçar os parâmetros de qualidade deste equipamento. Mais, melhor e com muita genica. É a aposta na formação de jovens saudáveis, mais focados e preparados para os desafios futuros.
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Educa + criativ r o lh e m =
3 Criatividade
As atividades diárias das equipas das AAAF/CAF desenvolvem-se com estudo e criatividade. Os jogos de concentração, os trabalhos em equipa, a partilha de conhecimentos e experiências dos mais novos fazse de forma natural, tolerante e generosa. Os nossos jovens aprendem de forma criativa e
divertida. Os nossos monitores enriquecem-se com a curiosidade, a espontaneidade e a energia das crianças.
Todos ficam a ganhar!
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cação +vidade r futuro Aprender com os Pare! Escute! Aprenda com os mais novos. Os alunos da CAF não querem deixar o futuro por mãos alheias e começam já, hoje, a dar exemplos de mobilidade suave, sustentável. Eles são os primeiros a tirar a bicicleta da arrecadação para a utilizar como um agradável meio de transporte para a escola. Os pais vão atrás, claro, e entram no comboio CicloExpresso do Oriente, que parte todas as sextas-feiras do Terreiro dos Corvos, para mais um percurso inter-escolas.
Não se atrase. Entre no comboio da sustentabilidade O assunto é sério. Na Semana Europeia da Mobilidade os alunos da CAF das Escolas Vasco da Gama, Parque das Nações e Infante D. Henrique, fizeram uma Operação Stop aos auto-
O novo programa social de apoio às famílias “+ Futuro no Banco da Escola” assenta no trabalho integrado entre as escolas, as AAAF/CAF e as equipas de Ação Social da Junta de Freguesia do Parque das Nações. A JFPN decidiu desencadear iniciativas conjuntas e complementares às respostas sociais das escolas, através de um programa de intervenção pró-ativo, que envolve os
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novos
mobilistas que atravessavam as passadeiras de peões junto aos equipamentos de ensino.
Excesso de velocidade, nem pensar Os super-heróis do mimo (avó) e das brincadeiras (os filhos) não têm superpoderes para travar o automóvel. A surpresa dos adultos foi maior quando foram avaliados pelos conhecimentos do código da estrada e regras de segurança rodoviária. Quem passou no exame teve direito a um Smile. Esta acção, bem como todas as iniciativas da Semana Europeia da Mobilidade foram desenvolvidas em cooperação entre a equipa da mobilidade da JFPN e os monitores da CAF, com o apoio da 40.ª Esquadra da PSP.
diferentes intervenientes (professores, encarregados de educação, Associações de Pais e a Junta de Freguesia). O objetivo é claro: evoluir para uma sociedade onde todas as crianças tenham igual oportunidade de crescerem felizes. Veja com detalhe este projeto na página 6.
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+ Futuro no Banco da Esc
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+ Futuro no Banco da Escola
Os pelouros da Ação Social e da Educação apresentaram, no dia 01 de outubro, às escolas do agrupamento Eça de Queiroz e às Associações de Pais o programa + Futuro no Banco da Escola. A vogal Conceição Palha traçou a linha de rumo do projeto, que tem como objetivo proporcionar apoio social a famílias em “vulnerabilidade social”, trabalhando o problema a partir da criança. “É ela o nosso foco. É ela o garante do futuro”. Da parte das escolas e dos pais foi assumido o empenhamento no reforço de ações integradas. A JFPN decidiu desencadear iniciativas conjuntas e complementares às respostas sociais das escolas, através de um programa de intervenção pró-ativo, que envolve os diferentes intervenientes (professores, encarregados de educa-
ção, Associações de Pais e a Junta de Freguesia). O objetivo é claro: evoluir para uma sociedade onde todas as crianças tenham garantida à partida a igualdade de oportunidades, independentemente do meio económico ou social das suas famílias. A Junta de Freguesia do Parque das Nações tem hoje em pleno funcionamento um conjunto de respostas sociais capazes de minimizar ou mesmo solucionar muitos dos problemas das nossas famílias em situação de maior vulnerabilidade. O Programa “+ Futuro no Banco da Escola” destina-se aos filhos de residentes no Parque das Nações, que frequentem o ensino público da freguesia, e integrem agregados familiares sinalizados pelas escolas. No entanto, não ficaremos de
olhos vendados em relação às crianças de agregados não residentes na freguesia, cuja situação seja considerada crítica. Nestes casos, será realizado um primeiro diagnóstico, no Gabinete de Apoio Social (GAS) e encaminhado o processo para as entidades competentes. O projeto + Futuro no Banco da Escola desenvolve-se em três etapas: Nas Escolas – Detetado o problema numa criança devem ser encaminhados os Encarregados de Educação para uma conversa/entrevista com os Serviços Sociais da Junta de Freguesia do Parque das Nações. O Encarregado de Educação - Marca entrevista social junto do Gabinete de Apoio Social (GAS) da JFPN, através do preenchimento do “Requerimento de pedido de apoio social” e fornecimento de
todos os dados necessários ao apuramento da situação económico-social do agregado familiar. O Gabinete de Apoio Social (GAS) Analisa o pedido e faz o diagnóstico do agregado familiar, a partir da criança; Atribui as respostas sociais adequadas à situação de forma a minimizar os problemas detetados; As famílias do Parque das Nações que integrarem o programa + Futuro no Banco da Escola podem beneficiar cumulativamente de apoio jurídico, do Fundo de Emergência Habitacional, do Fundo Social de Freguesia, do apoio ao pagamento dos AAAF/CAF e dos acessos à Piscina do Oriente, de cuidados de saúde primários no Gabinete de Enfermagem e no Gabinete de Psicologia e ainda da Loja Solidária.
Fado e o trinado das guitarras a Oriente Numa iniciativa conjunta das Freguesias Parque das Nações, Olivais, Beato e Marvila De 31 de Outubro a 28 de Novembro as freguesias da zona Oriental de Lisboa, nomeadamente Parque das Nações, Olivais, Beato e Marvila vão ouvir os trinados das guitarras portuguesas no acompanhamento dos fadistas amadores. A primeira Gala de Fado Amador da zona Oriental de Lisboa, promete dar
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que falar. A iniciativa das freguesias vai mobilizar os talentos dos bairros para uma causa maior, o apoio a famílias carenciadas. As eliminatórias estão marcadas para os dias 31 de outubro (Marvila), 7 de novembro (Beato), 14 de novembro (Olivais) e 21 de novembro (Parque das Nações). A Gala Final realiza-se no dia 28 de novembro, nos Olivais. Dirija-se à sua Junta de Freguesia
para conhecer os programas e regulamentos. As entradas para as diversas eliminatórias e para a Gala Final são pagas através da doação de géneros alimentícios não perecíveis.
É justo afirmar que nesta Gala do Oriente se canta o fado com o coração.
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Obra a obra o Parque das Nações melhora!
As obras de requalificação urbana no Parque das Nações já deixam uma marca visível no território. Passo a passo a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Lisboa estão a fazer as intervenções estruturais que há muito eram reclamadas. De cada vez que se levanta um passadiço, uma estrutura, ou se repara um lago ficam a olho nu os sinais de deterioração acumulados durante anos. Cada intervenção, exige mais meios e mais trabalho o que significa, em alguns casos, esperar um pouco mais para ver o resultado final. Mas compensa. Durante o mês de outubro a equipa da Gestão Urbana da JFPN vai multiplicar ações em todo o território. Enquanto as centenas de espécies aguardam em viveiro a altura certa para serem plantadas, há ainda muito para fazer
nos espaços verdes e jardins. Está a ser renovado e aumentado o sistema de rega capilar, ou seja, a rede que chega às 89 parcelas de espaços ajardinados da responsabilidade da Junta de Freguesia do Parque das Nações. Por seu lado, a Câmara Municipal de Lisboa está a renovar o sistema de bombagem primária do Cabeço das Rolas. Um pouco por todo o território, de Nascente a Poente, a JFPN está a realizar as limpezas dos jardins, corte de espécies invasores e manutenção dos relvados. A presença das equipas no terreno permite também fazer um levantamento exaustivo das ações de manutenção secundária e intervenções ocasionais na poda de palmeiras. Estão em curso obras nos Jardins Garcia D’Orta, da responsabilidade da JFPN.
Nos Jardins do Ulisses, a CML já procedeu à reparação dos caminhos de água. As intervenções da Junta de Freguesia do Parque das Nações são também visíveis na reparação e reabilitação de equipamentos. No Jardim da Música foram recolocados os instrumentos que tinham sido alvo de roubo e vandalismo, poucas semanas após a sua reinstalação. É a terceira vez num curto período que são feitas reparações no Jardim da Música. Recorde-se que a recuperação deste equipamento lúdico faz parte da parceria assinada entre a JFPN e a Música no Coração. Nas três escolas da freguesia, na preparação do ano letivo, foram realizadas obras de limpeza e manutenção e substituição de estruturas deterioradas (portas, vidros, canalizações, fechaduras).
Na requalificação do espaço público a JFPN tem também investido na recolocação de pilaretes e guardas metálicas e repavimentação da calçada. Em parceria com a CML têm sido feitas campanhas para a remoção dos grafitti. Mas não ficamos por aqui. Apesar dos resultados de qualidade na varredura e lavagem das ruas, estas ações mantémse no dia a dia, colocando o Parque das Nações no top das freguesias mais limpas de Lisboa. À medida que a CML avança com a requalificação de passadiços, lagos e estruturas da sua tutela, a JFPN entrará no terreno para complementar com a manutenção dos jardins. Com determinação e serenidade, ouvindo os fregueses, vamos conseguir recuperar o Parque das Nações.
Festival de Bandas de Garagem Parque das Nações
CONCERTA-TE! Estão abertas as inscrições A Junta de Freguesia do Parque das Nações vai organizar o seu primeiro Festival de Bandas de Garagem. Se tens entre 16 e 24 anos e habitualmente tocas numa banda musical com os teus amigos. Se resides e/ou trabalhas no Parque das Nações. Junta-te ao movimento CONCERTA-TE e inscreve o teu grupo no
Festival de Bandas de Garagem. Os candidatos podem consultar os regulamentos no site da Junta de Freguesia do Parque das Nações. De 15 de outubro a 20 de novembro estão abertas as inscrições em www.jf-parquedasnacoes.pt. Basta que um dos elementos da banda reúna os requisitos obrigatórios, para va-
lidar a inscrição da banda. Os candidatos devem apresentar músicas originais. As oportunidades e o prémio final são irrecusáveis.
Do que estás à espera? CONCERTA-TE!
JUL | AGO | SET 2015
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a r v a l a pa o freguês d
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“Agora, tenho o sentido da liberdade!” Filomena Marçal é a mais recente participante no programa Parque Saudável. Ela e o DOG, o Golden Retriever imediatamente adotado pelo grupo que, de segunda à sexta, troca as quatro paredes da casa pelo exercício ao ar livre Reformada do Banco de Portugal há cinco meses, Filomena é uma mulher “feliz, feliz, feliz!”. Não precisava repetir a palavra, os olhos e o sorriso bastavam para definir o seu estado de espírito nesta fase da vida. As três semanas de atividade no programa Parque Saudável merecem uma avaliação espontânea e entusiasta. “Isto é fabuloso. A JFPN proporciona ginástica, zumba e caminhadas com dois professores, qualificados, maravilhosos. São professores que planeiam e adaptam os exercícios a cada um, que se preocupam em treinar, a memória, a coordenação motora, a concentração.” Os professores são o Rui Coelho e o Tiago Salgueiro, tratados pelos participantes do Parque Saudável como amigos. Os amigos que contribuem para momentos de felicidade. Os amigos que ajudam a romper com o isolamento.
Não troco isto por nenhum ginásio ou SPA Essa é uma palavra que não entra no léxico de Filomena Marçal. “ É uma bênção podermos sair de casa e ter, gratuitamente, momentos que são mais do que exercício físico, num espaço verde como este, junto às águas tranquilas do Tejo.” Esta jovem reformada tem recebido convites de amigas para inscrição em ginásios. “Não troco isto por nenhum ginásio ou SPA. Aqui sinto-me livre. Tenho o verdadeiro sentido da liberdade.”
“Não passo sem a ginástica e as caminhadas” Georgete Claro é uma força da natureza. 65 anos habituados a muitas caminhadas de vida, com obstáculos pelo meio. Nada que lhe tire a energia contagiante. É uma fã do Parque Saudável desde o primeiro dia. “Faço uma caminhada desde a zona poente até aqui (casa do Ar-
www.jf-parquedasnacoes.pt
boreto) e se for preciso ainda vou até ao Parque do Trancão. Não há nada que a impeça de às segundas quartas e sextas ir à piscina do Oriente, às terças e quintas fazer a ginástica junto à casa do Arboreto e nos intervalos ainda fazer longas caminha-
das, sozinha ou acompanhada. “Vivo bem com a minha idade e nem as próteses no joelho e na coluna, ou a próxima operação, me tiram os momentos de alegria com este grupo. “ Georgete Claro é um exemplo de vitalidade e determinação.
Sede - JFPN
Biblioteca David Mourão-Ferreira
Alameda dos Oceanos, n.º 83 1990-212 Lisboa Telef: + 351 210 311 700 | 701
Rua Padre Abel Varzim, 7 D, Bairro Casal dos Machados 1800-291 Lisboa Telef: + 351 21 853 63 37 | 46
Espaço Poente
Espaço Nascente
Piscina do Oriente
Rua Padre Joaquim Alves Correia, Lote 23 A/B/C/D, 1800-292 Lisboa Telef: + 351 210 311 713
Rua Professor Picard 1990-504 Lisboa Telef: + 351 210 311 714
Rua Câmara Reis 1800-046 Lisboa Telef: + 351 210 311 707 | 708
OPINIÃO | NP | 23
Por: Rosana Pina e Mérita Pina Bairro Casal dos Machados www.facebook.com/rosanafortespina
Entrevista a José Fernandes, presidente da Associação de Amigos e Idosos da Quinta das Laranjeiras
“A população da zona poente do Parque das Nações deve cuidar melhor do que é nosso e colaborar mais activamente nas actividades e projectos que existem...” José Fernandes, de 58 anos, é o actual presidente da Associação de Amigos e Idosos da Quinta das Laranjeiras, integrado, também, no casal dos machados. Desde há 56 anos, José Fernandes vive na zona poente do Parque das Nações, tendo passado das antigas barracas para os prédios nos quais agora todos vivemos. Segundo o presidente, quase toda a sua família vive nas redondezas, incluindo filhos e outros irmãos. Através do seu amigo, Albino Pereira, antigo presidente da associação, começou a ter o primeiro contacto com a Associação de Amigos e Idosos da Quinta das Laranjeiras e a interessar-se pelo trabalho com a comunidade do bairro. O objectivo de ambos era fazer algo diferente, ajudar pessoas e reanimar a associação que estava a perder visibilidade perante a população. José Fernandes participa activamente na associação desde 2004 até hoje, tendo interrompido a sua actividade apenas por cerca de 2 a 3 anos. Desde há alguns anos têm sido organizadas várias actividades dinamizadoras na associação, desde
excursões, festas, almoços, jantares, e momentos de dança para que os moradores possam ter um ambiente mais divertido e de partilha de experiências perto de onde vivem. Ao procurarmos saber a sua opinião sobre o que acha estar em falta no bairro, José Fernandes, também conhecido por “Zé Falante”, devido ao seu apelido, afirma que um dos grandes problemas existentes é a falta de colaboração por parte dos moradores do bairro. Embora a associação procure dinamizar o bairro, nem sempre a adesão por parte dos moradores é visível, principalmente, no que toca a ajudar, organizar e até presenciar os eventos. Até então, a associação persiste sem nenhum subsídio, e ainda assim não desiste da população. Este verão foi realizada uma excursão pelas praias da costa alentejana com o custo simbólico de cerca de 10 euros e, apesar de um valor bastante apelativo, a adesão dos moradores, que de início parecia grande, acabou por não conseguir encher o autocarro que viajou rumo ao Alentejo e suas magníficas paisagens. No entanto, quem foi apreciou bastante a fuga à rotina da cidade. Após falarmos um pouco sobre a associação, procurámos então saber o que este morador de longa data dos Olivais pensa sobre o bairro: No que diz respeito ao exterior dos prédios, José refere que tem sido feito um bom trabalho e que o bairro está mais bonito. No entanto, os prédios carecem de manutenção no interior das casas, mais concretamente nas tubagens / canalizações. Novos moradores, compram casa, com bom aspecto no que está à vista, mas muitas vezes são obrigados a fazer mais obras por não haver uma mudança de tubagens que já existem há vários anos e precisam de melhoramentos. Este morador e membro activo da comunidade do bairro Casal dos Machados, para finalizar a entrevista, afirma que este é um bom espaço para viver. No entanto, deixa algumas advertências dizendo que faltam espaços de lazer infantil, no bairro, e que a população da zona poente do Parque das Nações deve cuidar melhor do que é nosso e colaborar mais activamente nas actividades e projectos que existem e podem vir a existir, para que todos possamos ter um bom e agradável espaço para viver. Uma das formas de contribuir para um bairro melhor, realça ainda o entrevistado, é ter em atenção a sua limpeza e cuidado nos materiais e espaços criados como bancos, mesas, campos de futebol... Se cada um fizer a sua parte e não lançar lixo, pelas ruas, o espaço fica mais limpo e seguro para todos nós.
24 | NP | PERFIL
"ULTRAMAN, O SEGREDO ESTÁ NO QUERER!” “Estava eu no meio destas dúvidas, “arrastando-me” montanha acima, quando numa curva vi a minha equipa de apoio (a minha família!) na beira da estrada a fazer flexões e a gritar: “Se o Atleta está a sofrer, nós sofremos com ele!”. Ri, chorei, e sofri um disparo de energia que me levou até ao topo da montanha. Daí, até ao final da etapa, foi o Querer que me manteve sempre no limite.” para a gestão do “sofrimento” e do longo tempo em prova (pode ir até às 36 horas!). Esta componente da preparação, no meu caso, foi algo intuitiva. Durante a fase de preparação foi essencial a participação, compreensão e o acompanhamento da família próxima, que, inclusivamente, me acompanhou nos treinos e formou equipa de apoio à prova.
No passado dia 7 de Setembro, José Massuça, residente do Parque das Nações, concluiu, com sucesso, o desafio ULTRAMAN UMUK 2015 tornandome o mais velho Português (44 anos) a concluir esta disciplina do triatlo. Este evento desportivo desenrola-se durante três dias e perfaz as seguintes distâncias nas diferentes especialidades do triatlo, respectivamente: 1º dia – 10km de Natação em águas abertas e 144,4 Km de Bicicleta; 2º dia – 275,8 Km de Bicicleta; 3º dia – 84,3 Km a Correr (Dupla Maratona). Esta prova realizou-se no País de Gales (Reino Unido) e foi considerada a mais dura da modalidade, este ano, pois as temperaturas da água onde se nadaram os 10Kms, no lago Bala, chegaram a estar, na véspera, abaixo dos 13ºC; o declive acumulado nos 420,2Kms do segmento de Ciclismo ultrapassou os 7000mts e a Dupla Maratona acrescentou mais de 2200mts ao somatório do desnível positivo. A prova de natação foi concluída, em menos de 5 horas e, após uma transição rápida demais para permitir aquecer o corpo, José Massuça, enfrentou as montanhas de Gales a pedalar. Apesar das dificuldades sentidas no segmento de ciclismo, especialmente na parte final do segundo dia, conseguiu recentrar a mente e o corpo para, no dia seguinte, fazer o terceiro melhor tempo da geral na Dupla Maratona. Conseguindo, no final, o sétimo lugar na classificação geral. Apresentação Nome: José Massuça Idade: 44 anos Família: Casado com dois Filhos (16 e 14 anos) Profissão: Consultor Internacional da FAO-UN Conclui, há 2 anos, a minha primeira maratona e, desde aí, fiz por três vezes a distância de Meio Iron
(900m de natação, 90km de Bike e 21km de corrida), um Ironman (o dobro do anterior) e várias maratonas – Paris, Barcelona, Porto, Madrid e Sevilha. Em 2014, tinha planeado ter a minha primeira experiência ultra neste evento, mas uma lesão e vários compromissos profissionais afastaram-me do objectivo. Que tipo de preparação faz para esta prova? Sendo Pai, Marido, Trabalhador a tempo inteiro (dividido entre Lisboa e Angola), e completo amador no desporto, não tenho uma vida fácil nos treinos. O segredo está em não permitir que o treino altere o essencial da nossa vida; o tempo com e para a família tem que ser “sagrado” e todas as nossas outras obrigações são para cumprir. Em termos de preparação para estas provas de ultra distância o mais difícil é mesmo conseguir conciliar todo o resto da nossa vida com as muitas horas necessárias para o treino. Sempre considerei muito importante que seja o treino (e o tempo necessário para o mesmo) a
encaixar em tudo o resto dos nossos dias, nunca ao contrário. A base da preparação para estas provas longas assenta na rodagem de muitos quilómetros, tanto a nadar como na bicicleta e a correr. O corpo tem que estar preparado para as muitas horas de prova e tem que conhecer as distâncias. Para isso fiz muitos quilómetros na pista de 50mts da piscina do GoFit-Olivais e em mar, muitas horas de bicicleta em rolo (na garagem) e corri muito, muito no nosso Parque das Nações. Aliás, devo acrescentar que temos à nossa porta um dos melhores locais para treino de corrida em toda a Lisboa. O treino nutricional é também muito importante para uma prova com estas características tendo, por isso, sido observado com detalhe, mas aqui tive o apoio profissional de uma Nutricionista (a Dra. Filipa Vicente) que inclusivamente me acompanhou durante a prova. O treino para uma prova com estas características não ficaria completo sem uma forte e intensa preparação psicológica. Temos que preparar a mente
Qual foi o momento mais difícil e o que fez para o ultrapassar? Numa prova desta extensão, são muitos os momentos difíceis. E cada dia tem as suas particularidades em termos de dificuldades. As dificuldades do primeiro dia foram: a baixa temperatura da água (perto dos 13ºC), a transição do lago para a bicicleta, um furo, uma queda e uma avaria mecânica a dificultar ainda mais as contínuas subidas do percurso (no primeiro dia acumulámos 2500mts de desnível positivo). No segundo dia enfrentámos uma enorme extensão de etapa em bicicleta (276kms), com um desnível positivo que ultrapassou os 4000mts. Dia muito difícil do início ao fim, felizmente com bom tempo. Neste dia, talvez tenha encontrado o momento mais difícil desta prova, pois no início do último quinto da etapa e quando as montanhas já tinham transformado as pernas em geleia, percebi que estava a ficar atrás da média necessária para chegar ao final da etapa ainda com o cronómetro aberto. Dei tudo o que fisicamente me era possível e ainda acrescentei ao processo a força mental que me restava, mas ao deparar-me com um sinal que anunciava uma subida (mais uma) com 20% de inclinação, as forças pareceram-me poucas… e mesmo sabendo estar bem preparado as dúvidas surgiram. Estava eu no meio destas dúvidas, “arrastando-me” montanha acima, quando numa curva vi a minha equipa de apoio (a minha família!) na beira da estrada a fazer flexões e a gritar: “Se o Atleta está a sofrer, nós sofremos com ele!”. Ri, chorei, e sofri um disparo de energia que me levou até ao topo da montanha. Daí, até ao final da etapa, foi o Querer que me manteve sempre no limite. Querer agradecer aos que estavam comigo, Querer provar que cada gesto faz a diferença, Querer mostrar que falhar sem tentar não é uma opção, Querer terminar o mais rápido possível. E conseguimos!!!! No terceiro dia, a Dupla Maratona contou com bom tempo, mas voltou a ser realizada em montanha com o inevitável sobe e desce da altimetria. Novamente uma etapa dura, mas muito bonita. Mais bonita ainda pelo terceiro melhor tempo da geral e uma enorme, emotiva e inesquecível festa à chegada com toda a Equipa.
DESPORTO | NP | 25
NOTÍCIAS NAVIGATORS SPORTS CLUBE h t t p : / / w w w . n a v i g a t o r s c p n . o r g
Notícias Navigators Sports Clube A modalidade de Ténis Conta já com mais de 70 alunos, desde os 4 anos de idade até aos adultos, e com um grupo de competição muito interessante, que já conseguiu alcançar alguns títulos em provas oficiais. Na Ginástica Acrobática a época começou ao mais alto nível com a presença das “nossas” Campeãs Nacionais participando no Campeonato Europeu, a convite da FederaçãoNacional em representação de Portugal, que se realizou em Riesa na Alemanha. O clube tem novo site disponível, que se pretende mais funcional e próximo dos sócios, onde podem efectuar as inscrições online, conhecer melhor o clube e acompanhar as iniciativas: http://www.navigatorscpn.org/ Venha conhecer-nos!
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CDOM
Venha conhecer-nos e Ser Desportivo! Com a reorganização autárquica das freguesias de Lisboa, o Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide passou a integrar a freguesia do Parque das Nações, desconhecido para muitos dos novos moradores, que esta nova centralidade de Lisboa trouxe a esta zona, é chegada a altura de apresentar a todos esta Instituição Centenária e de Utilidade Pública, convidando-os a conhecerem-na e a acolherem como sua. Por: Carlos Ardisson - Comunicação e Marketing www.facebook.com/CDOMoscavide - geral.cdom@gmail.com
História
Fundado em 1/9/1912, como Rua Nova Foot-Ball Club, tinha a sua sede na Rua Nova, local, hoje, ocupado pela Gare do Oriente. O primeiro campo localizava-se onde hoje existe o Meo Arena e tinha uma particularidade, quando a maré enchia o campo alagava e, ao vazar, a maré deixava espalhados pelo campo lingueirões (daí a alcunha porque ficaram conhecidos os seus adeptos). Essa particularidade condicionava o horário a que os jogos podiam ser disputados, pois havia que ter em conta as horas das marés. Os primeiros equipamentos eram feitos das velas das embarcações do Tejo, que, na altura, para se reconhecerem no Rio usavam cores diferentes conforme as zonas a que pertenciam. Nesta zona eram grenás e delas se faziam as camisolas, sendo esta uma zona operária os calções eram calças de ganga velhas cortadas, daí surgiram as cores de equipamento que o clube ainda hoje enverga: camisola grená e calções azuis. No símbolo também surge mais uma referência à localização, uma gaivota, que ainda nos nossos dias nos visitam quase diariamente. Em 1924, com a subida de divisão o nome foi alterado para Clube Desportivo dos Olivais, marcando a passagem de um clube de rua para um clube de bairro. Com essa subida surgiu a necessidade de mudar o campo de local, para terminarem as interferências com as marés. A nova localização situava-se perto da zona onde hoje existe o Campus da Justiça. A proximidade à linha do comboio fez com que os vagões dos comboios passassem a ser utilizados como cabines. Mais tarde, com a construção do Matadouro Municipal de Lisboa, nesse local, houve uma vez mais que mudar de espaço. O então Presidente, Alfredo Marques Augusto, conseguiu, nessa altura da CML, a cedência dos terrenos onde estão atualmente as instalações. Nas décadas de 70 e 80 os adeptos passaram a ser em maior número de Moscavide, o que levou à proposta e aprovação do atual nome: Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide. O clube tem sido ao longo dos anos um dos mais ecléticos de Lisboa, não se limitando à prática de futebol. Por exemplo, o Andebol do Clube esteve 4 épocas na 1ª divisão Nacional . No desporto Rei assinalam-se inúmeras conquistas, sendo as mais marcantes as de Campeão da 2ª e 3ª Divisões, entre muitos outros títulos e troféus nas diversas camadas etárias. Nomes como Miguel Veloso, Carlos Saleiro, Paulo Santos, Tiago Pinto e Fábio Paim, entre muitos outros, passaram por esta instituição que os
ajudou a formarem-se como atletas de 1º nível. Fruto de alguns erros do passado o Clube tem vindo a fazer, com a atual Direção, uma recuperação que lhe possibilite, a curto prazo, voltar a ocupar o lugar que lhe pertence por direito próprio.
O Presente
O CDOM tem uma escola de futebol própria com treinadores credenciados em todas as camadas jovens, desde traquinas e petizes, até ao escalão de Júniores. Rui Carvalho lidera a equipa de treinadores. No Triatlo existem também diversos escalões, assinalando-se diversas conquistas. Maria na Mercedes (atual iniciada) foi campeã Nacional de Infantis 2014 e campeã regional de natação. Outros atletas conquistaram já primeiras classificações, como é o caso do Rodrigo Leite e a Luana. O técnico do Triatlo é Pedro Basílio, atleta paralímpico com diversos títulos nacionais e internacionais. Derivando do Triatlo surgiram naturalmente as modalidades de Natação (utilizando a Piscina do Oriente) e Atletismo, esperando-se que possa vir a surgir, num futuro próximo, o ciclismo. Este ano volta a surgir o Andebol, iniciando-se pelas camadas mais jovens. Existe também uma equipa de futebol feminino com carácter lúdico. O c o m p l e x o d e s p o r ti v o A l f r e d o M a r q u e s Augusto ocupa uma área de 27000m2 onde existe um campo de futebol 11 de relva natural (sendo o 2º maior em medidas oficiais, apenas ficando atrás do Belenenses), um espaço que está a ser reabilitado para, no futuro, poder receber um campo sintético com medidas de futebol 7, um pavilhão polidesportivo para modalidades indoor, podendo também receber reuniões/ congressos/ exposições e outras atividades, dispondo ainda de estacionamento próprio e vedado. Existe ainda uma sala de Ballet/ Dança e um Dojo para artes marciais. Horários das atividades: Futebol: Todos os dias da semana a partir das 18h45m (horários conforme os escalões etários) Andebol: 5ª feira 18-19h e sábado 10-11h Triatlo: Todos os dias da semana Natação: 18h30-19h15 Atletismo: 19h30-20h20 Siga-nos no Facebook: Clube Desportivo dos Olivais e Moscavide Site: cdom.pt (em breve) / Mail: geral.cdom@gmail.com Venha conhecer-nos e Ser Desportivo!
“O clube tem sido ao longo dos anos um dos mais ecléticos de Lisboa, não se limitando à prática de futebol. Por exemplo, o Andebol do Clube esteve 4 épocas na 1ª divisão Nacional . No desporto Rei assinalam-se inúmeras conquistas, sendo as mais marcantes as de Campeão da 2ª e 3ª Divisões, entre muitos outros títulos e troféus nas diversas camadas etárias.”
(1, 2 e 3) Imagens do Estádio Alfredo Marques Augusto; (4) Retrato de Alfredo Marques Augusto; (5) Símbolo do CDOM; 6) Troféu de Campeão da 2.ª Divisão
VIDA SAUDÁVEL APRESENTADA POR:
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Os nossos serviços:
Somos o primeiro estúdio oficial de electro fitness, em Portugal, método que consiste na mais nova metodologia de treino personalizado com recurso a máquinas de electroestimulação muscular (EMS).Trabalhamos de forma personalizada e, além do treino propriamente dito, formamos uma equipa multidisciplinar com profissionais da área da Fisioterapia, Nutrição e Osteopatia.
Os Benefícios:
E-FIT permite-lhe sentir-se em forma mais rapidamente e com menos tempo de treino (25 minutos - 1 ou 2 vezes por semana), sendo ainda um treino integral (+ 350 músculos trabalham em simultâneo) de alta intensidade que não comprometem as articulações (sem impacto e sem carga), reduz as dores nas costas (estimulação de musculatura profunda) conseguindo atingir objectivos como: tonificação, aumento da performance, diminuição da celulite, perda de peso, ou aumento de massa muscular muito mais rapidamente do que metodologias convencionais de treino.
Quantos dias devo treinar por semana?
Em metodologias convencionais é aconselhável entre 3-5 treinos por semana em sessões que rondam os 60 a 90 minutos . Com EFIT o tempo gasto em actividade física reduz em 6 vezes, com uma frequência mínima de 1 e máxima de 2 treinos de 25 minutos, por semana, sentirá rapidamente os resultados. Os treinos E-FIT poderão ser utilizados como único método de treino ou poderão funcionar como complemento de metodologia ou de actividades físicas convencionais.
Resultados em quanto tempo:
Em média, os primeiros resultados com E-FIT aparecem antes da 10ª sessão de treino. Antes do primeiro treino terá lugar uma avaliação da composição corporal que é repetida antes da 10ª sessão onde aparecem os primeiros resultados traduzidos em alteração da composição corporal (aumento da massa muscular e da hidratação e perda de massa gorda). Para além de benefícios estéticos poderá esperar um aumento significativo da condição física (força, resistência, velocidade, coordenação e equilíbrio) o que o tornará mais funcional nas tarefas do quotidiano ou aumentará a sua performance em algum deporto que possa praticar (Ex: melhorar tempo na corrida)
O que comer antes de um treino:
Tendo em conta que se trata de um treino activo e de alta intensidade terá que preparar o seu organismo antes do treino, fornecendo nutrientes necessários para ter energia durante todo o treino e para a recuperação muscular. Antes do treino é conveniente uma refeição, 1 hora antes do treino, com uma fonte de hidratos de carbono de baixo índice glicémico (que lhe garantirá energia para toda a sessão), sendo, no pós treino, fundamental uma refeição rica em proteína de alto valor biológico (indispensável na recuperação muscular).
Exercícios para fazer em casa:
Estar em casa não é sinónimo de estar parado, para tal a equipa do E-FIT Lisboa Expo propõe-lhe um circuito metabólico de 30 minutos para complementar a sua actividade física regular, ou, até mesmo, para ocupar os dias mais monótonos de forma saudável. Tarefa 1: 25 Agachamentos Tarefa 2: 15+15 Lunges (alterar a perna) Tarefa 3: 30s de polichinelos Tarefa 4: 15 Burpees Tarefa 5: Prancha frontal 45s Execute todas as tarefas com 90 segundos de intervalo e, no fim da tarefa 5, descanse 3 minutos e volte a fazer o circuito mais 4 vezes. No fim de todas as séries faça alongamentos. É fundamental que execute todos os exercícios com a técnica correcta. PS: Este é um exemplo de treino para um nível iniciante. Procure, sempre, um profissional para o ajudar a atingir os seus objectivos.
Saiba mais sobre o método E-FIT: Poderá marcar uma sessão de experimentação gratuita do método, no estúdio do Parque das Nações, através do (917 462 719/ 211 391 315) e obter mais informações sobre o método em: www.efitportugal.pt.
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NOTÍCIAS CLUBE TEJO ESCOLA DE TÉNIS JAIME CALDEIRA / www.etjc.pt Por: Miguel Soares
Férias Desportivas de Verão 2015 As nossas Férias Desportivas de Verão no Clube Tejo foram um sucesso. Tivemos um grande número de meninos inscritos, por semana, durante as 6 semanas de Férias Desportivas. Ficámos todos rendidos com o feedback positivo que recebemos, por parte dos pais. XXI Internacional Júnior de Leiria No passado mês, a Escola de Ténis Jaime Caldeira marcou presença, em peso, no XXI Internacional Júnior de Leiria, colocando quatro atletas nessa prova. Trata-se de um evento internacional, do escalão sub-18, onde alguns dos melhores jogadores nacionais e internacionais competem ao melhor nível. Marcaram presença Rodrigo Silva, Vladislav Stavruk, Tomás Monteiro e João Luís. Todos eles realizaram encontros de grande nível e ficaram de parabéns pelas boas performances obtidas, bem como pela imagem positiva e íntegra com que representaram a nossa escola. Equipa ETJC Neste início de época desportiva 2015/16 , a equipa ETJC deu as boas vindas, a todos os alunos e utentes, desejando uma grande época desportiva. Para tal, tirámos uma foto “de família” para mostrar algumas caras novas da nossa equipa. Convívio Rentrée Nocturno de Pares Para darmos as boas vindas a todos os nosso alunos, organizámos um convívio “Churrasco Rentrée Nocturno” com partidas de ténis a Pares pela noite fora. CURIOSIDADE TÉNIS Tenista Português João Sousa (melhor tenista português da actualidade) Tenista profissional português. Em 10 de Setembro, de 2012, subiu à 107.ª posição no ranking, tornando-se, pela primeira vez, no número um de Portugal, posição que mantém actualmente. A 29 de Setembro, de 2013, subiu à 51.ª posição no ranking, após a sua vitória no ATP de Kuala Lumpur, de 2013, tornando-se o primeiro tenista luso a lograr um título ATP. Em 7 de Outubro de 2013, conseguiu a sua melhor posição, até então, no ranking, na 49.ª posição, tornando-se o primeiro português a entrar no Top 50 do ranking ATP. A 31 de Março de 2014, subiu ao 38.º lugar no ranking mundial, a sua melhor posição de sempre até então, e a melhor de sempre de um tenista português, tornando-se o primeiro português a entrar no Top 40 do ranking ATP. QUADRO DE HONRA 1- Férias Desportivas de Verão 2015 2- XXI Internacional Júnior de Leiria (atletas de competição da ETJC) 3- Equipa ETJC (foto de família) 4- Convívio Rentrée Nocturno de Pares
Nome: Manuel Duarte Idade: 8 Clube de Futebol: Sporting Clube onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira Livro: Mindcraft Filme: Avengers - Age of Ultron Actriz/Actor: Mark Rufallo Tenista favorito: Rafael Nadal À mesa: Carne de Vaca com molho de ostras e arroz xau xau O que dirias aos políticos: De momento, não sei.. Citação preferida: E o Sporting é o nosso único grande amor! Futura profissão: Engenheiro mecânico
Nome: Rafael Sousa Idade: 9 Clube de Futebol: Futebol Clube do Porto Clube onde treina: Escola de Ténis Jaime Caldeira Livro: Todos do Harry Potter Filme: Minions Actriz/Actor: Minion Tenista favorito: Rafael Nadal À mesa: Pizza O que dirias aos políticos: De momento, também não sei.. Citação preferida: BANANA! Futura profissão: Paleontólogo ou Cientista
OPINIÃO | NP | 29
O Parque está na moda Por: Sara Andrade
A minha mãe uma vez indagou-me porque não colocava a fruta e legumes em sacos quando ia à mercearia. Duvidava - em termos de higiene - deste meu método de os colocar no carrinho de compras diretamente e, depois, pesar os pimentos, as maçãs e as laranjas "ao léu", antes de os guardar no saco de compras que costumo levar comigo. Façoo para reduzir a produção de sacos de plástico no mundo, expliquei, orgulhosa da minha iniciativa ecológica e consciência ambiental - que o meu irmão deitou logo por terra: "então tens que deixar de consumir carne vermelha." J'accuse, lia-se no seu olhar. A carne vermelha consome uma enorme quantidade de recursos naturais mundiais, não pelo facto de ser consumida, mas pela forma desenfreada com que o fazemos. O que é que isto tem a ver com Moda? Nada. Mas tudo, na verdade. O gado e o têxtil tocam-se nos hábitos de consumo. O modo como hoje em dia temos facilidade de acesso ao que vestimos, nomeadamente, com a fast fashion, implica que obriguemos as fábricas a produzirem peças em massa, e a aumentarem os
gastos com todos os químicos e energia que isso exige, muito além daquilo que permite que a terra e os seus recursos continuem a ser renováveis. Além disso, significa também um aumento do desperdício, porque consumimos algo, com suposta pouca durabilidade, para depois deitar fora. A solução passa pelo vegetariano na Moda - ou pelo menos, por passar a consumir menos e a reciclar mais. Já começa, inclusivamente, a haver um movimento na indústria que apela a isso: a H&M tem a campanha "Close the loop", que incita os seus clientes a entregarem peças que já não queiram para que a marca lhes possa dar uma nova vida em futuras coleções (é claro que isto também é vantajoso para o nome sueco, mas isso é outro artigo). A mesma empresa tem também uma linha de gangas, "Conscious Denim", que são 14 peças feita em denim reciclado, permitindo que não haja desperdício: o que era outrora um produto acabado passa a matéria prima, implicando que tenha que se ir buscar menos à Terra. A G-Star Raw tem uma linha com o Pharrell Williams cujo vestuário é feito
a partir dos plásticos retirados dos oceanos e o surfista Kelly Slater lançou uma marca de roupa, a Outerknown, cujo material base é o econyl, um nylon feito a partir de redes de pesca perdidas no mar. São exemplos que ainda fazem uma minoria, mas que são manifestamente uma referência para onde se pode e deve caminhar no que à produção textil diz respeito. Acima de tudo, é sintomático de que é possível uma consciência ecológica sem canibalizar ou minar as linhas de sucesso da indústria, as marcas, as exigências do consumidor. Os hábitos do cliente também têm que mudar: substituir o Made in China pelo Made in Portugal; estar disponível a pagar mais por algo que dure 10 anos em vez de por três peças que durem três, pelo mesmo valor. É um tipo de pensamento que está a crescer, mas que ainda está longe de ter impacto. Inadvertidamente, ou não, as tendências estão de conluio com isto: o "vintage" e o "em 2ª mão" voltam a estar na Moda e há uma procura maior por roupas usadas. Em parte, pela originalidade do guar-
da-roupa, mas também - talvez subconscientemente - porque o futuro do mundo está na reciclagem. Até na Moda. Consumo agora muito menos peças de roupa - até porque estou sempre a voltar às mesmas camisolas de que mais gosto. E isso é um feito para quem trabalha na área e está sempre exposto a diferentes designs e materiais e, enfim, tentações têxteis. Mas também significa que só compro o que realmente gosto e que a adrenalina da compra é exponenciada por dias a fio com aquela nova peça de roupa. É o que os ingleses chamam de uma situação win-win - toda a gente sai a ganhar. Não, ainda não deixei de consumir carne vermelha. Mas estou a diminuir.
30 | NP | ENTREVISTA
MULHERES DO PARQUE Rita Carvalho entrevista ALEXANDRA ALMEIDA FERREIRA ritavitorinodecarvalho@gmail.com
Idade: 34 anos Profissão: Jornalista do jornal principal do Económico TV e do programa “Causa das Coisas”. Licenciada em Jornalismo com um Master in Business Administration – Lisbon MBA da Universidade Católica e Nova de Lisboa. Autora dos livros: “José Maria Espírito Santo Silva” e “Horácio Roque” Hobbies: Ler, viajar, Padel e muito desporto! Cidade ou local preferido: Lisboa, claro! Atualmente és jornalista no Económico TV, escritora, como foi o teu percurso até aqui? O meu primeiro trabalho como jornalista aconteceu aos 18 anos justamente com o Miguel (Diretor deste jornal), no Notícias da Portela. Nunca tive dúvidas que queria ser jornalista mas no meu horizonte esteve sempre a escrita e, por isso, o meu primeiro livro, o “José Maria Espírito Santo e Silva”, foi um marco muito importante na minha vida. Como jornalista, nunca tive dúvidas que seria na área da Economia e, de há dois anos para cá, comecei a dedicar-me igualmente à política porque nunca como hoje as duas áreas estiveram tão ligadas. Em termos de sítios, estive no Euronotícias, onde estagiei, na revista Prémio, no Independente (que adorei), fui editora de Economia aos 15 anos no Rádio Clube Português, onde tinha um programa diário e, depois, vim para o Diário Económico. Hoje estou no Económico TV, na televisão do Diário Económico onde apresento o jornal principal e tenho um programa semanal de política chamado “Causa das Coisas”, dedicado à política. Já que és jornalis ta da parte económ ica e política, como vês o nosso país atu alm ente? Bom, este é um momento sempre muito especial do ponto de vista político porque passámos pela campanha para as legislativas. À semelhança das eleições de 2011, também estas têm a Economia como ponto central porque Portugal foi obrigado a pedir ajuda internacional e tratase, agora, de demonstrar que é possível pôr o país a crescer, sem voltarmos a cair no mesmo. Se, por um lado, esta garantia é fundamental para nós, que fomos obrigados a diminuir a nossa qualidade de vida, o debate tornou-se redutor e desesperançado. Com isso, em 40 anos de democracia, voltámos a desinteressar-nos da política porque não acreditamos nos políticos. Mas é preciso contrariar isto! Acreditar nas empresas, no potencial do país e dos portugueses, recuperar alguma noção do colectivo, de comunidade. Acho também que estamos a sofrer alguma fadiga dos protagonistas políticos, o que não ajuda em nada a mobilização.
ENTREVISTA | NP | 31
“Seremos capazes de criar os nossos filhos com valores mais humanistas, mas deixaremos de lhes poder, como sociedade, dar as garantias que a geração anterior nos deu a nós de que caminhávamos sempre em sentido ascendente. Mas acredito que a lição de realismo nos tornou a todos mais preparados e cientes das nossas responsabilidades. Acredito muito que seremos uma sociedade menos viciada e mais lutadora. Que desta fase em que as elites de alguma forma nos falharam – as políticas, as culturais, as económicas – surgirão novas e mais estruturadas.” E a nível mundial? A nível mundial, acho que os desafios são vários consoante a região. Naquela que nos diz mais directamente respeito, que é a Europa, o desafio será a resposta conjunta que seremos, ou não, capazes de dar aos milhares de refugiados que procuram um porto de abrigo e uma eventual resposta armada na origem, no Estado Islâmico. Não podemos esquecer que, em grande parte, o Ocidente é parcialmente responsável pelas condições de vida de países como a Síria, depois de ter apoiado, de várias maneiras, a Primavera Árabe. De uma vez por todas, o Ocidente não pode promover a mudança e a seguir abandonar estes países a uma qualquer organização que acaba a ser liderada por movimentos extremistas, que se alimentam do desnorte e miséria destas populações. Se um governo te pedisse algumas sugestões para o programa político, a nível de governação, quais seriam? Promover uma reforma do Estado em que se assume, de uma vez por todas, que os recursos que existem não são suficientes para que seja o Estado a assegurar todas elas. Estabelecer avaliação de desempenho consequente para os gestores públicos. Propinas nas escolas, a partir do primeiro ciclo, ajustadas ao rendimento, para financiar creches e resolver um dos principais entraves à natalidade. E elevar o discurso político e promover orçamentos participativos que envolvam de novo as pessoas com a governação. E do ponto de vista social, como vê a evolução de Portugal nas próximas gerações? Que tipo de sociedade teremos? Uma sociedade mais envelhecida, que continuará a adaptar as suas expectativas a uma vida com rendimentos mais limitados, mas capaz de se reinventar, em particular os jovens, com projetos novos de empreendedorismo. Seremos menos consumistas, mais realistas, mas também mais criativos e resilientes. Seremos capazes de criar os nossos filhos com valores mais humanistas, mas deixaremos de lhe poder, como sociedade, dar as garantias, que a geração anterior nos deu a nós, de que caminhávamos
sempre em sentido ascendente. Mas acredito que a lição de realismo nos tornou a todos mais preparados e cientes das nossas responsabilidades. Acredito muito que seremos uma sociedade menos viciada e mais lutadora. Que desta fase em que as elites de alguma forma nos falharam – as políticas, as culturais, as económicas – surgirão novas e mais estruturadas. Agora falemos de ti. És uma pessoa muito ativa, trabalhas muito. Por exemplo, o ano passado estiveste a fazer o MBA ao mesmo tempo que estavas a trabalhar (sempre com uma agenda muito exigente) e conseguiste fazer tudo. Como consegues? O que te inspira para fazeres tudo isto? Sim, é verdade! De facto não consigo estar quieta. Acho que sempre acreditei que devemos ser tudo o que pudermos ser e, por isso, nunca quis, a nível intelectual, dar o caminho por concluído, daí o nunca ter parado. Por outro lado, não tenho fechado o que quero fazer na minha vida e, por isso, quis sempre ter todas as ferramentas para que nenhuma porta se me fechasse por falta de competências. E, apesar do cansaço, tiro muito gozo de todas as coisas que faço. O que gostas mais de fazer nos tempos livres? Acho que as coisas normais. Adoro estar com amigos, de ir à praia, ler, ir ao cinema e deporto, desde correr a jogar Padel. Qual a cidade do mundo que gostarias que tivesse mais carimbos no teu passaporte? Gosto de tantas, mas falta-me conhecer ainda mais pelo que acho que é redutor dizer. Mas talvez, até hoje, a que mais me encantou conhecer tenha sido a Cidade do Cabo, em África do Sul. Gostas de viver no Parque das Nações? Do que gostas e o que se devia melhorar? Gosto muito. De tudo. De acordar de manhã e ir correr, de ser tratada por menina na mercearia da D. Rosa que me conhece desde os 10 anos. De ver o rio da janela todos os dias e de ter um bairro à porta, no que de melhor um bairro tem. Adoro os Sábados de manhã em que saio para comprar o jornal e me demoro a lê-lo na relva.
Gelado Artesanal Batidos Crepes e Waffles Caixas de Gelado 0,5Lts, 1Lts e 1,5Lt Alameda dos Oceanos, 43E (JUNTO AO CASINO LISBOA) Horário Verão : Segunda, Terça e Quarta das 12H às 20H Quinta e Domingo das 12H às 22H Sexta e Sábado das 12H às 24H Contacto: 211 929 540 - oficinadogelado@gmail.com
32 | NP | ALIMENTAÇÃO
POR UM MUNDO MELHOR Chef Cláudia Salú MISS SAIGON - COZINHA VEGETARIANA DO MUNDO www.miss-saigon.pt
Erva de trigo: puro detox! Há cerca de 3 anos fiz a minha primeira plantação de Erva de trigo, porque achei curioso como uma pequena erva continha tantas propriedades positivas para o nosso organismo, bebendo apenas um shot do seu sumo! Desde essa altura tenho procurado, cada vez mais, informação sobre o assunto como, por exemplo, o facto desta erva ser uma das fontes principais de clorofila, com mais de 100 elementos de que o ser humano necessita, uma das suas principais e mais importantes funções é neutralizar as toxinas e metais existentes no organismo, o que a torna actualmente como um forte contributo para doentes em tratamento de cancro, fumadores, pessoas com níveis superiores de açúcar no sangue mas, também, para desportistas porque é de assimilação rápida, utilizando pouca energia do corpo para extrair os nutrientes. A erva de trigo é talvez um dos exemplos máximos do que a natureza nos pode oferecer dentro deste novo conceito de sumos e programas detox ! Hoje em dia, já é fácil encontrar em supermercados biológicos as plantações, já prontas para fazer o sumo, feitas na sua maioria com o denominado trigo vermelho, porque é mais barato do que o trigo kamut. Caso tenham disponibilidade e prazer em produzirem a sua própria erva de trigo eu sugiro sempre que o façam com o trigo kamut, um dos trigos mais antigos, só existe em cultivo biológico e tem uma quantidade superior de nutrientes das restantes espécies de trigo. É importante, cada pessoa saber em que condições de saúde se encontra para poder fazer um programa alimentar só com estas bebidas. O importante de fazermos em casa e tomarmos estas bebidas "detox" é a quantidade de vitaminas e minerais puros, frescos e naturais que escolhemos. Sabemos o que estamos a ingerir e a certeza de que nos vai fazer bem ! Este shot de erva de trigo pode ser tomado todos os dias de manhã em jejum e, de seguida, tomarem o vosso pequeno almoço, tal como as vossas habituais e restantes refeições. No entanto, se tencionam associar a um programa detox ou a pequenos períodos e curtos jejuns devem ter em
conta o vosso actual estado de saúde, assim como o vosso ritmo de trabalho (profissão). Para além da clorofila, a erva de trigo é uma importante fonte de rejuvenescimento, que permite às células terem mais oxigénio e, é também, um excelente desintoxicante, porque limpa o fígado e liberta as toxinas. É rica em vitaminas como a A, a C e a B12), em selénio, minerais e aminoácidos. Tem ainda a particularidade de não ter glúten por serem folhas da planta e não o cereal. Como cultivar a sua própria Erva de Trigo: 1) Comprar cerca de 1kg de terra orgânica e 1 pacote de sementes de trigo kamut ou de trigo espelta biológicos; 2) Colocar as sementes (cerca de 150 grs. para uma área de aprox. 50cm) de molho por 8 horas num recipiente de vidro e colocar uma organza ou um tule no cimo do frasco (em substituição da tampa) para poder respirar; 3) Após as 8 horas escorra a água e lave bem as sementes com água corrente e deixe a escorrer com a abertura para baixo para tirar o excesso de água; 4) Repita a lavagem de sementes de manhã e à noite por 2 a 3 dias até que a semente comece a germinar; 5) Colocar cerca de 1 cm de altura de terra num tabuleiro de metal ou plástico e colocar as sementes já germinadas directamente na terra e cobrir com cerca de 1cm de terra; 6) Durante 2 dias borrifar diariamente o tabuleiro coberto com um pano ou um papel de cozinha num local com pouca luz directa. Quando começar a crescer retirar o pano ou o papel; 7) Ao fim de 10 a 15 dias, a erva já deve estar pronta a utilizar, com cerca de 15 cm de altura; 8) Cortar cerca de 3 cm de diâmetro de erva e colocar no espremedor manual para erva de trigo ou no liquidificador.
“Para além da clorofila, a erva de trigo é uma importante fonte de rejuvenescimento, que permite às células terem mais oxigénio e, é também, um excelente desintoxicante, porque limpa o fígado e liberta as toxinas. É rica em vitaminas como a A, a C e a B12), em selénio, minerais e aminoácidos. Tem ainda a particularidade de não ter glúten por serem folhas da planta e não o cereal.”
ESPAÇO EMPRESAS | NP | 33
O INGLÊS NA PRIMEIRA INFÂNCIA “Na Saídos da Casca, todas as músicas e atividades em Inglês constituem uma experiência oral, auditiva, visual e cinestésica, representando não só uma forma divertida de aprender, mas também, pela sua abordagem global, extremamente eficaz para os diferentes tipos de crianças.”
1 e 2 - Formação para as educadoras pelo British Council – metodologias para o ensino bilingue precoce.
Num mundo cada vez mais globalizado e onde a língua Inglesa se instalou de forma incontornável como idioma primordial, torna-se relevante compreender o momento chave para que a aquisição desta língua ocorra de forma mais natural e com melhores resultados: a primeira infância. É atendendo a esta realidade que a Saídos da Casca pretende, agora, integrar a introdução à língua inglesa no seu currículo, com o apoio do
British Council. A implementação deste programa será feita de forma gradual, respeitando o ritmo e a individualidade das crianças, e a exposição à língua inglesa irá aumentando à medida que elas vão crescendo. Chegando à sala de Jardim de Infância da Saídos da Casca, poderemos ver o grupo envolvido em atividades conduzidas, exclusivamente, em Inglês, em vários momentos por dia. O objetivo não será anteci-
par conteúdos que as crianças irão posteriormente aprender no 1º Ciclo, mas sim enriquecer o projeto educativo da Saídos da Casca com a integração da língua Inglesa, nos planos curriculares, para as diferentes faixas etárias, promovendo-se sobretudo a interação oral e a apetência natural das crianças para se expressarem naquela língua. Como não poderia deixar de ser, o contexto lúdico surge como espaço basilar para
estas experiências de aprendizagem, privilegiando a expressão dramática e musical enquanto instrumentos. Na Saídos da Casca, todas as músicas e atividades em Inglês constituem uma experiência oral, auditiva, visual e cinestésica, representando não só uma forma divertida de aprender, mas também, pela sua abordagem global, extremamente eficaz para os diferentes tipos de crianças.
AULAS DE PINTURA INICIAÇÃO À PINTURA A ÓLEO
NO CENTRO PASTORAL DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES
CONTACTO 913 391 902
LOCAL | NP | 35
“DESPORTO, MÚSICA E MILHARES DE ATLETAS NAS RUAS DE CASCAIS, OEIRAS E LISBOA!” Realizam-se, no próximo dia 18 de Outubro, os eventos Rock ‘n’ Roll Meia Maratona Vodafone RTP (Ponte Vasco da Gama), Mini Maratona EDP e, na sua 3ª edição, a Rock ‘n’ Roll Maratona de Lisboa EDP. Uma manhã de festa que contempla o Tejo e passa pelas ruas de Cascais, Oeiras e Lisboa. Várias provas, vários percursos, mas o MESMO PONTO DE CHEGADA e a garantia da grande adesão dos portugueses e estrangeiros a esta grande jornada do atletismo português! A organização e os parceiros orgulham-se de juntar milhares de portugueses e estrangeiros, repartidos pelas várias distâncias. Aposta-se no crescimento e inovação, e na projecção da modalidade e do país, também, além fronteiras. As provas terão transmissão em directo pela RTP1, garantindo que estas imagens fantásticas
cheguem a milhões de telespectadores em todo o mundo. Os eventos principais (Meia Maratona e Maratona) apresentam, mais uma vez, um programa diversificado de outras provas (com distâncias mais curtas). Não há dúvida que o fim-de-semana de 17 e 18 de Outubro é dedicado à prática desportiva e ao convívio, entre pessoas de todas as faixas etárias, entre amigos e familiares. Na vertente competitiva (Maratona e Meia Maratona) reúnem-se atletas profissionais (do mais alto nível nacional e internacional) e atletas amadores. Para mais informações, contacte o Maratona Clube de Portugal (Tel. 21 4413182) ou visite: Site: www.rocknrolllisboa.com FB: http://www.facebook.com/RnRPortugal
36 | NP | AGENDA
DE VOLTA Por: Sónia Ferreira
Após umas merecidas e bem necessárias férias, voltamos ao trabalho com uma energia renovada e vontade de fazer mais e melhor, de ver as coisas por novos ângulos e de aproveitar melhor o equilíbrio entre a nossa parte profissional e a parte pessoal, de conciliar os desafios do trabalho com os duma vida pessoal igualmente preenchida, onde imperam os programas infantis e os bons momentos passados em família e com os amigos. O fim do Verão traz, normalmente, a saudade do tempo quente e das idas à praia e os passeios ao ar livre, mas também a vontade de procurar novamente o que se passa dentro de portas dos vários espaços da cidade, como se nos virássemos de fora para dentro, à procura de novas formas de nos surpreendermos e aprendermos coisas novas ou, simplesmente, de nos desligarmos de tudo e de aproveitar o momento. Deste modo, em vez de partilhar todos os eventos que acontecem no Parque das Nações, durante os meses de Outubro e Novembro, irei apenas seleccionar alguns eventos, que decorrem por toda a cidade e que acredito serem os mais interessantes, do meu ponto de vista pessoal, com uma descrição mais pormenorizada dos mesmos. A decisão é difícil, com tantos eventos marcantes a decorrer por toda a cidade, mas as minhas sugestões são as seguintes: - Dave Matthews Band: 11 de Outubro, Meo Arena
Criada em 1991, no estado da Virginia, nos EUA, é a única banda com 6 álbuns consecutivos com estreia no primeiro lugar da Billboard, tendo vendido mais de 38 milhões de álbuns em todo o mundo. Lisboa será a primeira cidade da tour europeia, que inclui 19 cidades. Os bilhetes variam entre os Eur 35 e os Eur 55. A não perder! - DocLisboa: de 22 de Outubro a 1 de Novembro, a decorrer em vários espaços de Lisboa (Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal, Cinema City Campo Pequeno e Museu da Electricidade) Festival de cinema iniciado em 2003, que pretende ser “um lugar de imaginação da realidade, através de novos modos de percepção, reflexão, novas formas possíveis de acção”. Divide-se em 9 secções e aposta num serviço educativo, onde se incluem oficinas infanti s (“Docs4Kids”), procurando estimular a criatividade e a reflexão crítica através do cinema, com sessões
durante a semana, para escolas e ao fim-de-semana, para famílias. Para mais informação, consulte www.doclisboa.org. - Corrida Rock’n’Roll Portugal: 18 de Outubro, Parque das Nações Quer seja na opção Mini, Meia ou Maratona, esta prova destaca-se por começar no tabuleiro da Ponte Vasco da Gama e pela música ao vivo em todo o percurso, tocada nos vários palcos colocados ao longo do percurso, com o poder da música rock a acompanhar e a dar energia aos milhares de participantes que todos os anos se inscrevem nesta corrida (e este ano, eu serei uma delas!). Também conta com uma prova Mini Campeões, para os mais pequenos e várias outras actividades
para toda a família. - “Os Improváveis: a Fabrica”, Terças às 21:30, de 6 de Outubro a 24 de Novembro, no Casino Lisboa É o regresso do teatro de improviso, onde cada sessão é diferente, dependendo de onde levar a interacção com o público. Deixe-se levar pela imaginação e pelo imprevisível, com bastantes gargalhadas à mistura. Estas são as minhas sugestões para os próximos tempos, mas não faltam iniciativas para estimular a criatividade e aproveitar o tempo o melhor possível, junto da família ou amigos, porque é essa a parte melhor de aprender, o prazer de o partilhar com quem mais gostamos.
Exposição “PerCurso” no Espaço Cultura AXA A AXA apresenta a exposição “PerCurso”, de Arlindo Abreu, que está patente, ao público, no seu Espaço Cultural, no Parque das Nações, em Lisboa, desde 10 de Setembro “PerCurso” é uma mostra de trabalhos insólitos e encantatórios, realizados com recurso a corte e colagem, sobre pautas e livros, em intricados motivos de caprichosa precisão, resultando em obras cheias de movimento e profundidade. Professor de Educação Musical profissionalizado, Arlindo Abreu iniciou, em 2006 o seu percurso nas artes plásticas, que se encontra intimamente ligado à música. Este início foi marcado por uma preciosa herança: um baú cheio de partituras para piano de edições antigas, prontas para serem recicladas e ganharem vida sobre outra forma de arte, numa tentativa de recriar a música ou as ideias dos compositores, dando-lhes formas, texturas, cor, sentido e alma. A ideia geral da obra está sempre na base dos seus trabalhos, focando-se umas vezes na forma
musical, outras na linguagem ou no colorido tímbrico, outras ainda na mensagem, transpondo a essência da música para a intensa plasticidade das suas obras. Licenciado em Ciências Musicais pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Arlindo Abreu tem ainda uma pós-graduação em Música y Teoria pela Universidade de Salamanca e é consultor dos manuais 100% Música da Texto Editora. A AXA continua a investir ao nível da cultura, particularmente através do apoio a artistas nacionais, abrindo-lhes um espaço privilegiado, de entrada livre, que facilita a sua aproximação ao público.
Edifício AXA, Av. do Mediterrâneo, 1, Parque das Nações, Lisboa. Tel. 21 350 6100 www.ax a.pt
AGENDA | NP | 37
PAIS
COM SABER A BEBÉ VIDA, a EXPOCLÍNICA e a KID TO KID EXPO, empresas do Parque das Nações, promovem um ciclo de workshops, gratuitos, denominado “Pais com Saber”, para todos os futuros papás e mamãs com o objectivo de esclarecer dúvidas sobre esta temática. As inscrições serão gratuitas, mas obrigatórias. Os primeiros temas a serem desenvolvidos por estas três empresas serão: • Ajudem-me a Crescer - Como contribuir de forma ativa para um melhor desenvolvimento do seu filho (dos 0 aos 12 meses) • Prevenção da Doença Respiratória e Higiene das Vias Aéreas Superiores na criança • Cordão Umbilical, Uma alternativa terapêutica • Fui Mãe... e agora?? - A importância de uma
adequada recuperação pós-parto • Preparação para um parto confortável e feliz! - técnicas de auto-controlo e hipnose que ajudam no controlo da dor Durante os eventos os participantes podem usufruir de ofertas, descontos e amostras para os pais e para os bebés. Acompanhe as novidades nas páginas do facebook: f acebook. co m/k2kexpo f acebook. co m/expo cl in ica f acebook. co m/pagi na bebevid a.
38 | NP | LITERATURA
RIOS DE PAIXÃO Carmo Miranda Machado, moradora do Parque das Nações e colunista residente deste jornal, lançou a sua mais recente obra. O Notícias do Parque deixa, aqui, alguns excertos deste seu último romance:
Naqueles sete dias, nenhum dos dois quis saber o que se estava a passar em Lisboa ou no mundo. Beberam tojaki de olhos um no outro e, ou foi pelo amor que ele lhe fez, ou pela travessia do deserto que ela fizera, Adriana adormeceu convencida de que gostava até à morte daquele desconhecido. Pela primeira vez, Adriana seguira o conselho de Mia e metera o medo no bolso. Pusera-se em perigo, permitindo¬ se sonhar. Adriana nunca tinha cometido tamanha heresia: encontrar-se com um desconhecido numa cidade adriática repleta de pontes. Das quais, segundo Mia, ela poderia sempre saltar quando as coisas começassem a dar para o torto. Adriana nunca dormira com um homem no primeiro encontro. Deitar-se com um homem, rosto e corpo vistos pela primeira vez? Não, tal heresia ela nunca cometera e era bom que lá no Alentejo profundo ninguém sonhasse – pedia Adriana.
Sinopse do livro: Rios de Paixão narra a saga de quatro personagens principais e de uma narradora perseguidas pelos espaços enquanto
Contrariamente a Adriana, Mia não fazia carne assada como ninguém mas tinha asas. Este rebeldia muito cedo se revelou incompatível com a vida no Alentejo profundo. Por isso, ao longo dos anos em que viveu na planície, Mia foi delineando ao pormenor todas as técnicas possíveis para escapar. Tinha o espírito dos sobreviventes bem como a força e a coragem dos caminhantes. O Alentejo, sempre o Alentejo, ao entardecer do outono, provocava em Mia um aperto no coração em forma de susto. Nunca consegui que ela me explicasse este medo... Mia gostava de cidades. Quanto maiores fossem, melhor. Locais onde se sentisse anónima. Nessa tarde em que nos encontrámos junto ao rio, Mia contou¬ me que sorria sempre que atravessava a ponte e avistava Lisboa após os seus dias de sol a sul.
definidores da sua identidade. Há, em todas elas, a dualidade de lugares a defini-las e entre elas, um rio, vários rios, água que corre para o mar ou o próprio mar a uni-las ou a separá-las. Sempre o movimento e a viagem
Homens e mulheres – diz-se – escolhem lugares, cidades, países. Simão não escolhera nenhum lugar. Eles escolhiam-no, sem avisar. E nos sítios por onde passava, não se identificava com nada nem com ninguém. Havia exatamente três anos e dezassete dias que vivia numa cidade e num país que detestava. Dias contados um a um ao peso do seu exílio forçado. Com efeito, quando aterrou no aeroporto de Luanda pela primeira vez, trazia o coração destroçado, a alma vazia e um único propósito: enriquecer. Ganhar dinheiro e perder a alma. Mal sabia ele que a perderia com tanta rapidez. Após um curso de engenharia civil, dois casamentos e vários filhos, Simão ficara desempregado. Logo, não tinha mais propósitos na vida do que fazer dinheiro e sonhar o regresso a Lisboa três vezes por ano, às vezes quatro, até poder voltar de vez. De preferência, rico.
como pano de fundo, num romance onde os corações estão ocupados pelas muitas pessoas e lugares de onde viemos e para onde todos vamos. Pode a plena
Luanda, hoje a terra de todos os desesperados, escolhera-o. Luanda, uma cidade onde se cruzam milhares de rostos que nunca se encontram, milhares de expatriados obcecados pelo medo e pelo dinheiro, esse Deus que move os homens mais crentes. Simão movia¬ se por algo ainda maior: o desejo de se tornar invisível. Por isso isolava-se, não permitindo grandes familiaridades ou aproximações. A sua existência narcísica e solitária impedia-o de ver a realidade com toda a clareza. Mas esse seu egoísmo era também parte do seu encanto. Havia neste homem de metro e setenta e oito e ombros largos, algo de inexplicavelmente pueril.
consciência da morte dar mais sentido às nossas vidas? Podem os locais perseguir-nos e ao nosso destino? Podem sete dias mudar a nossa vida para sempre? 2015, Edições Colibri
Na primeira noite que passaram juntos, o céu explodia sobre as suas cabeças. Trovejou violentamente sobre o Tejo. Os relâmpagos sucediam-se e eles fizeram amor sem luzes ou ansiedade. A ponte acendia-se a cada relâmpago. Uma luz mágica entrava neles através do quarto iluminado pelo vendaval. Arif tinha uma nudez vigorosa, selvagem. A partir daquela noite, o grande ativador sexual de Mia não tinha forma de diamante ou de outro bem material. Tinha a forma daquelas mãos. Arif tinha umas mãos sublimes. E um peito forte onde caía um estranho amuleto preso a um fio de pele preta. Mia sentiu nos lábios o sabor da terra quente e castanha de África. Da sua pele desprendia-se uma força telúrica, inexplicável. Era como se o tivesse tocado sempre. Desejado sempre. Beijado sempre.
OPINIÃO | NP | 39
Crónica da Centieira “Hoje, os moradores fazem questão de manter bem vivas as memórias e as crenças de quem lutou com armas desiguais. Podem ter perdido muitas lutas mas ganharam uma rua cheia de cor, tornando a Centieira um enorme piano de tonalidades que parecem emitir sons, numa cidade cada vez mais ruidosa.” Por. Conceição Xavier A primeira coisa que salta à vista quando percorremos a Rua da Centieira é a profusão de cores com que as casas estão pintadas. De tonalidades predominantemente quentes, há amarelos vários, cor-de-rosa, passando pelos vermelhos e ocres, aqui e ali, intercalados com azul. As janelas, debruadas a branco, realçam os tons exuberantes das paredes, como se de uma colónia de aves tropicais se tratasse. Aqui, ninguém estranha esta amálgama de cores. E, de cada vez que se repintam as paredes, rejuvenesce o opaco dos coloridos. Em plena rua, encontro o Sr. António, com as suas 83 primaveras e não resisto em lhe perguntar, o porquê da sua casa ser amarela. Com algum espanto, primeiro percorre a rua com o olhar, como que a certificar-se de que assim é, e entre um sorriso vira-se para mim: - Ó filha, fazes cada pergunta… - Conte-me, Sr. António, porque não são brancas, por exemplo? O sorriso foi desvanecendo, dando lugar a rugas mais
vincadas e olhou de novo para o longo da rua. - Houve tempos em que nos calaram a voz e nos davam um salário de sobrevivência. A cor era a nossa Alma. Era uma maneira de não nos submetermos. Por muito que nos fizessem a vida negra, a nossa casa era sempre alegre…pelo menos dávamos a entender isso… Retorqui: – Mas, agora, já pensou em mudar? - Trabalhei uma vida inteira, menina. Parece-me que está atualizada nos tempos que correm. Agora, se me dá licença vou tomar os remédios. E voltando a sorrir: - A ver se ainda cá ando mais uns tempos! E com alguma cor à mistura… Acenou-me com a mão e afastou-se com um andar lento. A razão deste alegre arco-íris já vem pois, de longe. Dos tempos em que o cinzento da indústria que cercava a Centieira predominava de tal modo que abafava as mentes e os corpos de quem habitava aqui. Com a vida difícil, os moradores viram nas pigmentações fortes um contrapoder que lhes ali-
mentava o espírito. Podia não ser grande coisa mas nutria os olhos, naquelas manhãs em que a neblina do rio se demorava por todo o meio-dia, humedecendo os ossos de quem já vivia exausto sem grandes perspetivas do amanhã. Hoje, os moradores fazem questão de manter bem
vivas as memórias e as crenças de quem lutou com armas desiguais. Podem ter perdido muitas lutas mas ganharam uma rua cheia de cor, tornando a Centieira um enorme piano de tonalidades que parecem emitir sons, numa cidade cada vez mais ruidosa. E parecem não querer mudar. Ainda bem!
40 | NP | OPINIÃO
Sabia que... Por: Pedro Gaspar pedrogaspar.noticiasdoparque@gmail.com
(1) A Francesinha do Paullu´s (2) “Pedro e Inês”, no Teatro Camões; (3) Os novos campos de Padel ; (4) O Aeroporto de Cabo Ruivo
GASTRONOMIA… É UMA DAS 10 MELHORES SANDUICHES DO MUNDO! Francesinha de vaca, francesinha de porco preto, francesinha vegetariana ou francesinha de frango? É difícil a escolha para quem é apreciador deste prato portuense, num restaurante que vai mais além do que a tradicional bóia de salvação local. O Paullu’s tem vindo à conversa entre amigos e vizinhos do Parque das Nações e também de outras localidades, pela qualidade que é medida, não só pelos produtos frescos, mas, também, pela criatividade e pela multiplicidade de muito bons bifes. Tem uma lista dinâmica neste tipo de confecção portuguesa, é uma Stakehouse com grelhados já com uma considerável reputação, com um serviço muito dedicado, simpático e vale bem a deslocação ao extremo Norte da nossa Zona. Eu optei pela Francesinha vegetariana a 9,95 € para ser diferente e, da próxima vez, irei ter a experiência de degustar as outras. É de salientar que a original já está catalogada mundialmente como uma das
10 melhores sanduíches do mundo! Foi inventada no Porto, nos anos 60, por um emigrante que regressou de França e que baseou este snack no famoso prato francês “Croque-monsieur”, improvisando e adaptando o petisco à nossa cultura gastronómica e ao nosso paladar substancial. É composta por pão de forma, bifana de porco, salsicha, linguiça, queijo, fiambre e ovo estrelado e é temperada pelo icónico molho que dá o charme final e que é a alma do prato, feito à base de cerveja, louro, tomate, piri-piri, vinho do Porto ou Brandy, leite, entre outros ingredientes, e sempre acompanhada por batatas fritas. Sabia que o “Croquemonsieur” já não é, na maior parte dos cafés e restaurantes de Paris, servido em forma quadrada, mas sim, numa espécie de tarte com uma larga fatia de pão em formato redondo? Via do Oriente nº 18, Telf.: 21 825 2792. Mais em www.restaurantepaullus.com/
DESPORTO… PADEL, ANYONE? ANYONE? Com mais de 4 milhões de praticantes desta modalidade em Espanha, desde 1973, o Padel está a tornar-se num fenómeno em fase ascendente também em terras Lusitanas. É um desporto com base no Ténis e no Squash, jogado a pares, com raquetes e bolas próprias, num campo rectangular de 10 m por 20 m, fechado ou aberto, de relva sintética ou de alcatifa, com uma rede no meio. As regras são: 1- O serviço é feito por baixo e não pode ser feito acima da cintura; 2- No serviço, a bola deve bater primeiro no chão atrás da linha de fundo. Deve ser cruzado, passar a rede e acertar dentro da zona de recepção do campo do adversário; 3- Após o serviço e passada a rede, se a bola bater no campo contrário e tocar na rede metálica que limita o campo, antes do segundo ressalto, é considerada falta; 4- A pontuação é igual à do Ténis, para ganhar um jogo é preciso ganhar 4 pontos seguidos (15-0,30-0,40-0 e jogo); 5-O jogador que responde não pode responder directamente em vólei; 6 - É permitido aos jogadores sair do campo e devolver a bola enquanto não ocorrer o seu segundo ressalto. Existem, até à data, aproximadamente 200 campos espalhados por todo o país, 112 na região de Lisboa e distribuídos por clubes de Ténis, unidades hoteleiras e, em alguns casos, em condomínios privados preparados para este efeito. O Parque das Nações já conta, desde este ano, com 7 campos em frente ao Ginásio Kalorias, bem no centro dos nossos espaços verdes, na Zona Norte. Transversal a todas as faixas etárias, é um desporto praticado por ambos os sexos, dos 5 aos 80 anos, em família, entre amigos, entre casais, entre desconhecidos, muito divertido e lúdico, muito saudável, muito viciante. Consta que, após a primeira vez que jogaram, a taxa de utilizadores que deram continuidade ronda os 80%. Mais em https://www.fppadel.pt/padel/padel-emportugal CULTURA… PEDRO E INÊS.. Dia 8 de Outubro a Companhia Nacional de Bailado dá início à temporada 2015/2016 no Teatro Luís de Camões com o célebre “Pedro e Inês” da coreógrafa e dramaturga Olga Roriz. O bailado é inspirado na tragédia amorosa entre D. Pedro I e D. Inês de Castro, contrariada em vida pelo pai do futuro D. Pedro I, o rei D. Afonso IV, que acabaria em assassinato e vingança. A história ou estória de amor mais controversa e marcante em Portugal. O maior romance português de todos os tempos! Segundo Olga Roriz, é uma história e uma obra "mortal e imortal, cheia de segredos transparentes,
de meandros obscuros, de interesses privados, de poder, de defesas, de fronteiras e, sobretudo, de uma louca e incondicional paixão". O ensaio geral solidário do espetáculo "Pedro e Inês" realizou-se a 7 de Outubro, às 21:00, no Teatro Camões, e a receita de bilheteira reverteu a favor da Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21 (APPT21), do Centro Diferenças e da Associação de Trissomia 21 (AVISPT21) de Viseu. Em cena de 8 a 24 de Outubro, um espetáculo obrigatório para assistir, para maiores de 6 anos. Mais em http://www.cnb.pt/ PARQUE… ENTRE AEROPORTOS. Sabia que à porta de nossa casa existiu, há uns anos atrás, o primeiro aeroporto marítimo do País? Sabia também que, devido à proximidade com o da Portela, a Avenida que os ligava (com 3 km), a actual Avenida de Berlim, era chamada, por isso, Avenida Entre-Aeroportos? E que o presente nome foi-lhe atribuído a pedido do Embaixador da Alemanha Ocidental, em Portugal, por aí se encontrar, nessa época, a Escola Alemã? Os dois aeroportos iniciaram as obras em 1938 e terminaram em 1940. O aeroporto marítimo, denominado de Aeroporto de Cabo Ruivo situava-se na Doca dos Olivais, na zona onde hoje está o Oceanário, mesmo à beira do Rio Tejo. No rio Tejo amaravam os hidroaviões vindos da América, desembarcando os seus passageiros em Cabo Ruivo. Depois, os passageiros eram transportados de automóvel até ao da Portela onde, de seguida, eram distribuídos pelos diversos aviões que os levariam aos vários destinos na Europa. E, da Europa para as Américas, o percurso era o inverso. No final dos anos 50, o Aeroporto de Cabo Ruivo foi desactivado desaparecendo, assim, por completo, o transporte de passageiros por hidroavião. O Aeroporto da Portela foi inaugurado ao tráfego aéreo a 15 de Outubro de 1942 e, desde 1962, conta com duas pistas, uma com 3 805 m de comprimento e outra com 2 400 m de comprimento, ambas asfaltadas e com 45 m de largura. A opção por uma ou por outra é feita pelo Controle de Tráfego, com base na direcção dos ventos dominantes, na altura da aterragem ou da descolagem. Sabia que, entre 1919 e a inauguração do Aeroporto da Portela, Lisboa era servida por um aeroporto situado em Alverca, chamado Campo Internacional de Aterragem? E que o frequente nevoeiro, que tanto perturba o funcionamento do Aeroporto da Portela, tem origem no “Mar da Palha”, situado em frente ao Parque das Nações, e que esse nevoeiro se espalha pelo “corredor” formado pela Avenida de Berlim?
OPINIÃO | NP | 41
CORREIO DO LEITOR
SALVEM O GIL Tanta coisa se vendeu E o dinheiro que rendeu Esta figura gentil Por favor salvem o Gil
Meninos fotografados Casalinhos abraçados Ou com capa estudantil Por favor salvem o Gil
Está em cima duma pira Com a lixeira na mira E um tratamento hostil Por favor salvem o Gil
Há quem o queira levar Pró restaurar e mimar Para milhas mais de mil Por favor salvem o Gil
Porta-chaves e balões Boas encadernações Souvenires mais de mil Por favor salvem o Gil
Mas não foi classificado Mesmo sendo assinado Por artista de perfil Por favor salvem o Gil
Tem paletes de madeira Prontas para uma fogueira À espera de um fósforo vil Por favor salvem o Gil
Necessitam-se mecenas Para o restaurar apenas E salvar-lhe o perfil Por favor salvem o Gil
Por favor salvem o Gil POR FAVOR… SALVEM O GIL!
LM Almeida Ser Avô -Maio-2015 Registado no IGAC
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SIL – SALÃO IMOBILIÁRIO DE PORTUGAL UM EVENTO PARA TODA A FAMÍLIA ESPAÇO FAMÍLIA CENTURY 21 | BOLSA DE ARRENDAMENTO | LEILÕES | ACONSELHAMENTO DE ARQUITECTOS
O Salão Imobiliário de Portugal terá lugar de 7 a 11 de Outubro, na FIL. É um Evento dirigido a público e profissionais, uma organização da FIL, Grupo Fundação AIP, com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e a inquestionável colaboração das diversas entidades sectoriais. O SIL é o espaço anual que congrega a maior oferta do Sector Imobiliário no país e onde pode encontrar Imobiliário de Turismo e lazer (apartamentos, condomínios, hotéis, entre outros); Mediadores Imobiliários; Promotores Imobiliários e Urbanizadores; Banca, Seguros e Fundos Imobiliários; Cidades, Munícipios e Agências Promotoras Regionais; Empresas de Construção e Obras Públicas; Reabilitação Urbana e Construção Sustentável; Serviços para Imobiliário; Gabinetes de Arquitectura, Estudos e Projectos; Gestão e Administração de Condomínios e outros operadores do Sector Imobiliário. Este ano o SIL conta com 234 expositores e uma estimativa de 45 000 visitantes. Em destaque
Bolsa de Arrendamento
Oferta concertada de imóveis, com uma vasta oferta, desde T0 a T8, apartamentos e vivendas, escritórios, lojas e armazéns, de Norte a Sul de Portugal. Base de dados disponível para consulta e encaminhamento dos Visitantes para os stands dos expositores cuja oferta lhes interessa.
“Festa da Família” – STAND C21
Partindo do conceito criado pela Century 21 – “Por sua casa, abrimos-lhe a nossa casa” – pela primeira vez, numa iniciativa conjunta entre a Century 21 e a organização do SIL, espaço de entretenimento, informação e animação, inteiramente dedicado às famílias.
Quer comprar ou melhorar a casa? Pergunte aos Arquitectos – STAND 3E28
O espaço “Pergunte aos Arquitectos” no stand Architect Your Home, disponibiliza aconselhamento gratuito, com os arquitectos e designers AYH,
uma preciosa ajuda para quem pretende comprar ou melhorar a casa.
Leilões Imobiliários
Leilão Imobiliário – Caixa Geral de Depósitos - Auditório Multiusos - 15:00 |17:30 Leilão – Direcção Geral do Tesouro e Finanças - Auditório Multiusos - 17:30 |19:00 Ponto de encontro de investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e consumidor final, o SIL é, inquestionavelmente, a maior iniciativa do Sector. O futuro do Imobiliário, em Portugal, será debatido em Conferência no dia 7 sob o lema “ As Dificuldades e as O portun idades do Sector Imobiliário: Propostas para o Futuro”, com visões de Entidades sectoriais, Empresas de projecto, de construção e promoção Imobiliária. Com os olhos postos nos mercados externos, o SIL assume-se como uma plataforma dinamizadora de negócios com os países da CPLP, designadamente Angola, Moçambique, Brasil e Cabo Verde, com a Europa, com grande ênfase em França, e com a China, tendo como objectivos principais reforçar a captação de investimento e internacionalizar o Sector Imobiliário. De referir, ainda, a 7ª edição dos Prémios SIL do Imobiliário, cujo objectivo inicial prevalece: galardoar e distinguir personalidades, empresas, entidades e projectos que se destacaram pela sua competência, qualidade e visão de futuro no panorama do Mercado Imobiliário Nacional.
INTERCASA e LXD - LISBOA DESIGN SHOW promovem as novas tendências do Mobiliário, Decoração, Design e Inovação A 39º edição da INTERCASA – Feira Internacional
de Decoração de Interiores e Exteriores – apresenta as mais recentes tendências de mobiliário e decoração de conceituadas marcas nacionais e internacionais. A INTERCASA é o único evento de referência no sector que aposta na promoção de soluções globais para interiores e exteriores da casa, através de uma oferta qualificada e diversificada, estruturada por ambientes e conceitos de decoração para os diferentes estilos de vida, desde o tradicional ao contemporâneo. Organizada pela FIL, Grupo Fundação AIP, a INTERCASA ocupa mais de 10 mil m2 de área de exposição e conta com uma afluência média de 40 mil visitantes. O certame tem vindo a afirmar-se como o centro da apresentação das novidades das principais indústrias de mobiliário e marcas comerciais, que escolhem este evento para apresentar as últimas colecções nas diferentes áreas. O LXD – Lisboa Design Show, nesta 6ª edição sob o mote “Create Local Think Global’’, projecto inovador dedicado ao Design, criado no âmbito da INTERCASA, reúne marcas nacionais e internacionais, designers e opinion makers, com um programa que inclui workshops, conferências com keynote speakers internacionais e desfiles de moda com a presença de estilistas portugueses emergentes e referências na moda africana, em particular designers angolanas, com o objectivo de promover a Inovação e a Criatividade e proporcionar oportunidades de negócio e parcerias na área do Design. Para mais informação consultar o programa completo em www.lisboadesignshow.fil.pt. No ano em que regista um número record de designers participantes, o LXD – Lisboa Design Show enquadra-se na missão de apoio ao desenvolvimento da Economia e, em particular, às Indústrias Criativas da Fundação AIP.
VINTAGE FESTIVAL Para todos os amantes da cultura Vintage, um espaço de Decoração, Moda e Acessórios, Música, Dança, Motos, Carros, Surf, Cabelos, Estética,
Cosm ética, Tatu agens, Produtos tradicionais, Artesanato e Gastronomi a. Espectáculos e Workshops temáticos num único espaço em ambiente de festa.
Animações Musicais
Discovers - Recriação dos sons pop/rock das décadas de 50 e 60 do século XX; “Elvis 100% - Still Rockin’!” - Clube de fãs de Elvis Presley Actuações ao vivo pelo artista de tributo a Elvis, em Portugal, António Carlos Coimbra; Stone Bones & Bad Spaghetti Banda de Bluegrass, apresentam ao vivo uma recolha abrangente de canções tradicionais e também alguns temas inéditos, compostos ao estilo Bluegrass e cantados em português.; Swing Station – School of Vintage Dance Animações show group, Aula Aberta Vintage Jazz, Aula Aberta Blues e Aula Aberta Lindy Hop; Motorcycle Rockers - Rock'nRoll
Exposições Temáticas
Exposição Comemorativa dos 65 anos das Carrinhas “Pão de Forma”; Exposição de Veículos Automóveis Clube BMW; Exposição de Veículos Militares Vintage da GNR e PSP; Exposição de Motos e Motorizadas Vintage de Motoclubes; Exposição de Veículos Emblemáticos da CML Câmara Municipal de Lisboa Intercasa - Feira Internacional de Decoração de Interiores e Exteriores 7 a 11 Out. » 15h00 às 23h00 - Pavilhão 1 LXD - Lisboa Design Show 7 a 11 Out. » 14h00 às 23h00; 8 Out. » 14h00 às 20h00; 9 e 10 Out. » 14h00 às 22h00; 11 Out. » 14h00 às 20h00 - Pavilhão 2 SIL – Salão Imobiliário de Portugal | Vintage Festival 7 e 8 Out. » 14h00 às 20h00; 9 e 10 Out. » 14h00 às 22h00; 11 Out. das 14h00 às 20h00 SIL - Pavilhão 3 | Vintage Festival – Pavilhão 4 www.intercasa.fil.pt | www.lisboadesignshow.fil.pt | www.imobiliario.fil.pt | www.vintagefestival.fil.pt
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T1 de 80 m2 com boas áreas e ótima exposição solar. Aquecimento central. Parqueamento e arrecadação. Próximo a comércio, serviços e transportes. \ 042150235 sob consulta
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Edifício Rosa dos Ventos, T2 de 110 m2 com acabamentos de excelência. Ótima exposição solar. Cozinha equipada. Parqueamento e arrecadação. Junto ao Oceanário de Lisboa. \ 108150339 sob con sulta
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